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ANO III - 141° Edição | 08 de abril de 2016 |

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ANO III - 141° Edição | 08 de abril de 2016 |

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Igreja eCongregação

Província BSP eDistrito BSL

Nesta Edição

Sem o Trabalho as coisas úteis e agradáveis ou não existiriam ou não serviriam. Pe. Dehon“ “

Reunião Mensal da Comunidade Local/Área 8

- Fr. Antônio Maria Rezende Pereira - P. José Ronaldo de Castro Gouvêa - P. Mariano Weizenmann - Fr. Rarden Luis Reis Pedrosa.

Equipe Responsável por E&L

Evangelização segundo P. Zezinho 12

Saberes e Sabores 13Comunicado da ADBM 5

Palavra de Padre Dehon 4

Ecos da Venezuela 6

Experiência da Semana Santa 10

Alerta Saúde 11

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Para ComeçarAno da Misercórdia

Misericordiae Vultus (17)Papa Francisco.

E a nossa oração estenda-se também a tantos Santos e Beatos que fizeram da misericórdia a sua missão vital. Em particular, o pensamento volta-se para a grande apóstola da Misericórdia, Santa Faustina Kowalska. Ela, que foi chamada a entrar nas profundezas da misericórdia divina, interceda por nós e nos obtenha a graça de viver e caminhar sempre no perdão de Deus e na confiança inabalável do seu amor.

Será, portanto, um Ano Santo extraordinário para viver, na existência de cada dia, a misericórdia que o Pai, desde sempre, estende sobre nós. Neste Jubileu, deixemo-nos surpreender por Deus. Ele nunca Se cansa de escancarar a porta do seu coração, para repetir que nos ama e deseja partilhar conosco a sua vida. A Igreja sente, fortemente, a urgência de anunciar a misericórdia de Deus. A sua vida é autêntica e credível, quando faz da misericórdia seu convicto anúncio. Sabe que a sua missão primeira, sobretudo numa época como a nossa cheia de grandes esperanças e fortes contradições, é a de introduzir a todos no grande mistério da misericórdia de Deus, contemplando o rosto de Cristo. A Igreja é chamada, em primeiro lugar, a ser verdadeira

testemunha da misericórdia, professando-a e vivendo-a como o centro da Revelação de Jesus Cristo. Do coração da Trindade, do íntimo mais profundo do mistério de Deus, brota e flui incessantemente a grande torrente da misericórdia. Esta fonte nunca poderá esgotar-se, por maior que seja o número daqueles que dela se abeirem. Sempre que alguém tiver necessidade poderá aceder a ela, porque a misericórdia de Deus não tem fim. Quanto insondável é a profundidade do mistério que encerra, tanto é inesgotável a riqueza que dela provém.

Neste Ano Jubilar, que a Igreja se faça eco da Palavra de Deus que ressoa, forte e convincente, como uma palavra e um gesto de perdão, apoio, ajuda, amor. Que ela nunca se canse de oferecer misericórdia e seja sempre paciente a confortar e perdoar. Que a Igreja se faça voz de cada homem e mulher e repita com confiança e sem cessar: “Lembra-te, Senhor, da tua misericórdia e do teu amor, pois eles existem desde sempre” (Sl 25/24,6).

Dado em Roma, junto de São Pedro, no dia 11 de Abril – véspera do II Domingo de Páscoa ou da Divina Misericórdia – do Ano do Senhor de 2015, o terceiro de pontificado.

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|||| Abrindo Espaços e criando Laços!

Palavra de Padre Dehon: A Renovação Social Cristã

Das Conferências Romanas ao livro A Renovação Social CristãP. André Perroux, scj

O horizonte se alarga, a preocupação social aumenta (2)

No seio mesmo de sua jovem Congregação, embora o Fundador não esteja tão isolado como muitas vezes se diz [De 9 a 14 de setembro de 1895, aconteceram em São Quintino importantes “reuniões de estudos sociais”. Padre Dehon viveu-as intensamente: “grandes jornadas, ardentes, luminosas, inesquecíveis. É um pequeno concílio, um concílio de jovens” (NQT XI/1895, 33r e v). Em nome de 200 eclesiásticos que delas participaram, escreve ao Papa Leão XIII uma carta que relata as questões tratadas, muitas bem próximas de suas futuras conferências em Roma, e em que pede a bênção apostólica. Junto com a sua assinatura e a dos padres Naudet, Perriot, Lemire, Pottier, Vaneufville..., L. Harmel, encontramos as assinaturas de vários professores do Instituto São João, umas vinte (padres, seminaristas) de sacerdotes do Sagrado Coração: Falleur, Legrand, Kanters, Héberlé, Gaborit, Weiskopf...., e de dois padres, autores de um relatório sobre o “Catecismo Social: le Patron” (P. Charcosset) e sobre “As Associações” (P. Rasset). O que mostra Padre Dehon ter sabido partilhar seu engajamento social até com seus religiosos (cf. Carta manuscrita, conservada nos Arquivos da Secretaria de Estado do Vaticano, R.1/1895, 26364, pp. 218-220; fotocópias nos Arquivos

Dehonianos, B 106/2)], nem todos compreendem ou aprovam essa intensa atividade social; é sofrimento e tensão, que vem juntar-se a outros problemas que dividem seus religiosos.

Em Souvenirs, Dom Philippe, um confidente dos mais antigos e mais diretos, não pôde evitar um alusão, embora discreta, a essas dificuldades, particularmente quanto à orientação dada à revista Le Régne du Coeur de Jésus. Sem se fechar, mas com sofrimentos, sem se deixar desconcertar, Padre Dehon mantém seu engajamento. Dialoga com os membros do clero e com os leigos que tem a mesma preocupação de uma abertura em profunda fidelidade ao Evangelho.

Logo, a pedido e com a aprovação da mais alta instância de Roma, de modo firme e corajoso, ele justificará esses Congressos numa pequena obra intitulada Nos Congrés (Nossos Congressos), de março de 1897. Isso pode parecer surpreendente, mas foi necessário justificá-los. Os ambientes hostis à Igreja denunciam “o perigo clerical”, enquanto na própria Igreja preferir-se-ia muito mais calma, quando não inércia, diante dessa perigosa tomada de iniciativa da “base”.

Padre Dehon, pelo contrário, vê neles um poderoso meio de sensibilização, de informação e formação. É, a seus olhos, uma das melhores ocasiões para a indispensável confrontação, a fim de renovar as energias e a esperança. “Para mim, confesso ter assistido muitos Congressos, desde há vinte e cinco anos. Sempre os considerei como retiros de fervor. Segundo meu humilde parecer, tocar nesses Congressos, seria trair a causa sagrada da Igreja” [Nos Congrés IV; cf. OSC II, p. 370].

Algumas palavras, tiradas da conclusão desta brochura, revelam muito bem sua intenção e seu estilo tão característicos. “Ah, Senhores, que não quereis Congressos católicos, encarregai-vos também de parar o elã dos Congressos socialistas e dos livres-pensadores, ou quereis reservar-lhes o privilégio da ação e da organização?... Se vosso ideal é perecer na agitação social, deixai-nos ao menos lutar, nós que queremos salvar a sociedade para entregá-la a Cristo, seu rei, hoje dolorosamente privado da coroa” [Ibid., Conclusion; cf. OSC II, p. 377].

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|||| Abrindo Espaços e criando Laços!

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Comunicado da ADBM

Assembleia da Entidade no dia 13.04 P. Carlos Alberto Rodrigues, scj (Presidente da ADBM).

Caro Confrade Associado,A fim de lembrá-los da convocação enviada

anteriormente, venho agora solicitar encarecidamente sua presença na Assembleia da ADBM no dia 13.04.2016, quarta-feira, pois trataremos de assuntos importantes, tal como a o retorno da filial “Abrigo São Judas Tadeu” para a ADBM e outras matérias que implicam em alteração no Estatuto Social da Entidade.

Neste sentido, para que as votações tenham validade é necessária a presença de ao menos 2/3 dos associados (se em 1ª convocação) ou 1/3 (se em 2ª convocação). Por isso, reitero o convite a sua presença.

A Assembleia se instalará às 08h30 em 1ª Convocação ou 2ª Convocação às 09h00 e deverá se encerrar em torno das 17h00.

SP, 01.04.2016.

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Ecos da Venezuela

Saludos desde Venezuela,Fr. Erick Max Humberto e Fr. Rafael F. Nobrega (Caracas, Venezuela).

Queremos partilhar com vocês um pouco da caminhada aqui em Venezuela.Na semana santa deste ano fomos enviados em missão para cidades do interior do país (Mariara,

San Carlos, Tinaquillo, Puerto Cabello) nas quais já existe a presença dehoniana. Sair da capital (Caracas) foi uma boa oportunidade, para respirar um ar mais tranquilo dos campos, convivermos com pessoas que “não correm tanto” (típico de grandes centros urbanos). Contudo, também foi um tempo de encontrar com uma realidade “mais” sofrida e angustiada deste povo que muitas vezes sente, com maior intensidade as consequências de um governo irresponsável e pouco preocupado com o bem estar e dignidade dos mais humildes.

Todos partimos aos distintos rumos após a “missa de envio” no sábado dia 26. Cheguei em Mariara (2h30 da capital) para o almoço e ali fui muito bem recebido pelo superior da casa (Pe. Alejandro) e pelo pároco da Paróquia Nossa Senhora do Carmo (Pe. Juan) onde me correspondia partilhar e viver a Semana Maior.

A pedido de Pe. Juan tive a oportunidade de preparar junto com o grupo de jovens e infância missionária da paróquia dois encontros: um com crianças e outro com jovens. Nestes buscava através de dinâmicas e também palestras explicar por que a semana é Santa. Outra atividade que é pouco comum (ou quase rara) entre as atividades de fratres aqui em Venezuela, mas que pude vivenciar, foi a Celebração da Palavra. Foram duas celebrações (Segunda e Terça-feira santa) em um misto de ansiedade e alegria em poder celebrar, pela primeira vez, em outro idioma. Além disso, acompanhei o pároco em visita a enfermos, exéquias, também ajudei no trabalho e formação dos acólitos para semana santa. Foram celebrações e atividades muito simples, porém intensas e que findaram no domingo de ressurreição com um “sancocho” (nosso conhecido ‘sopão’) em uma das capelinhas da paróquia com diversos grupos e pastorais.

Rafael, foi enviado para nossa paróquia na cidade de Tinaquillo, no estado Cojedes. Lugar de gente muito simples, mas com coração enorme. Lá ficou oito dias com outros três fratres que o acompanhou juntamente com alguns leigos. Dormiram em um pré-escolar, que era também o “quartel general” deles, onde planejavam todas as atividades (as quais envolviam crianças, jovens, adultos e idosos) e as visitas às casas nos setores do povoado.

Se em Caracas, que é a capital, sentimos as dificuldades pela grave crise que atravessa o país, no interior se sente muito mais. E lá Rafael também enfrentou algumas, sobretudo quanto à comida, água e energia elétrica – além, é claro, do forte calor. Graças a Deus esta época do ano há muita, mas muita manga, o que os ajudou quanto à alimentação. Mas tudo isso, sem dúvida foi aliviado pelo carinho e acolhimento do povo, especialmente por parte dos jovens, que estiveram com eles durante todas as atividades da semana.

Muito mais que ensinar, pregar, conduzir, sem dúvidas o que mais fizeram foi aprender. Como disse o Rafael: “Aprendemos um pouco mais sobre como ser Igreja e mais cristãos desde a fé do povo simples, que por sua vez, é capaz de muito mais teologia que a que produzimos na faculdade”.

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Ecos da Venezuela

Depois deste período de missão continuamos o caminho cotidiano. Na faculdade estamos aproximando da metade do segundo semestre do 2º ano de Teologia. E como sempre, o método do Instituto nos convida a confrontar, a situar a teologia com a vida (pastoral e comunidade, etc.). Na vida comunitária seguimos buscando viver como irmãos numa comunidade internacional. É uma experiência desafiadora e que enriquece muito. Uma “novidade” é que motivados pelo Governo Geral e para enriquecer a própria comunidade, iniciamos a prática de ao menos uma leitura em cada celebração eucarística ser em outro idioma que não seja o espanhol (ou seja, inglês e português), inclusive nas terças e quartas feiras os cantos são nessas respectivas línguas. Pouco a pouco percebemos que vamos familiarizando-nos com esse projeto. Tal atividade gera alegria e satisfação, e também muitas risadas.

No campo da pastoral, prosseguimos os trabalhos na favela (catequese de primeira comunhão e confirmação), além de visitas às famílias e pessoas enfermas, e algumas vezes acompanhamos ao padre formador (Pe. Carlos Luis) em suas visitas à casa de detenção de menores. Apesar de tudo isso ser uma realidade complexa e violenta, o fato de já sermos reconhecidos pelos malandros da favela nos dá “certa tranquilidade”. Esta vivência não deixa de ser um aprender a abandonar-se nas mãos de Deus. A obra é d’Ele, é preciso confiar sempre nisso.

Em consonância com todo brasileiro sofremos com a atual situação de nosso país. As incoerências de alguns políticos brasileiros são deprimentes e preocupantes. Um país onde o poderio e a força fundamenta-se na desonestidade e na ganância, e que se esquece do mais simples ou não quer escutar a voz do povo, é um país fadado à ruína. Infelizmente é algo que temos vivido aqui e pedimos a Deus que não alcancemos o nível de ser chamados “Brasil bolivariano”. Daqui acompanhamos em oração e pedimos que orem também pela Venezuela, para que reine o diálogo e o interesse pela dignidade do ser humano.

Confiantes na presença do Ressuscitado entre nós e inspirados e motivados pelo Espírito Santo seguimos adiante anunciando que: ¡Cristo ha resucitado, verdaderamente ha resucitado!

Feliz Páscoa a todos!

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Reunião Mensal da Comunidade Local/Área Abril/2016 Celebração

Comissão Coração Aberto da BSP.

1 – Ritos iniciais, por conta de quem preside.• Canto inicial: Ref.: E TODOS REPARTIAM O PÃO e não havia necessitados entre eles.1. Nossos irmãos repartiam os seus bens, * fraternalmente, tinham tudo em comum; * e era grande a alegria e união, * no dia a dia e ao partir o Pão.2. Hoje de novo a Palavra se reúne * e com a mesma união e alegria * vamos, na ceia do Senhor, partir o Pão, * para depois repartir com nosso irmão.• Sinal da cruz;• Saudação como na missa.

2 – Leitura partilhada do texto que segue abaixo. Trata-se de uma parte da carta do P. Heinrich Wilmer, superior geral, para o dia 14 de março recém passado.

Uma Obra de Misericórdia Espiritual: Sofrer com paciência as fraquezas do próximo

Vamos à obra de misericórdia espiritual que diz: Sofrer com paciência as fraquezas do nosso próximo, ou no dizer do Fundador: “uma perfeita caridade para com o próximo para suportar os seus defeitos, e um grande amor a Jesus Cristo para carregar a sua cruz”. Perguntar-se-á por que razão revisitar, em primeiro lugar, esta obra? Responde o Padre Dehon: “A nossa missão na Igreja é muito bela, mas nós correspondemos muito debilmente. Nosso Senhor não fez maior obra de misericórdia do que suportar-nos”. Incômodo é alguém que provoca sofrimento, cansaço e peso, que exige de nós ‘um trabalho suplementar’. Neste sentido pode ser incômodo um irmão de comunidade, um leigo que trabalha conosco em alguma das nossas obras. Incômodos podemos ser nós, mas também os pobres que nos importunam, como a viúva do Evangelho (cf. LC, 14,13). Perante o efeito que as essas pessoas provocam em nós, sentimos um duplo desafio: aceitar as pessoas como são e, ao mesmo tempo compreender como somos nós por dentro. Sem excluir que temos de enfrentar outra realidade: podemos ser incômodos uns para os outros!Não é mau começar por aqui. O sofrimento, que pode ficar ao nível de incômodo, e por vezes pode tornar-se uma verdadeira cruz, tem diversas causas: temperamento, intrusão, falta de tato, prepotência.O Padre Dehon especificava: “Que cruzes são estas? Encontramo-las em todos os estados, no claustro e na família, onde quer que haja deveres a cumprir, regulamentos de vida a observar, caráteres diferentes do nosso para suportar”. Para nós, esta obra de misericórdia realiza-se em primeiro lugar na nossa vida comunitária, cujo objetivo quotidiano é “formar um ambiente que favoreça o progresso espiritual de cada um” (Cst 64). Portanto, coloca-nos sempre no caminho do outro, da reciprocidade, na qual “a caridade deve ser uma esperança ativa daquilo que os outros podem vir a ser com a ajuda do nosso apoio fraterno” (Cst 64). A vida comunitária torna-se para nós escola de misericórdia em que a primeira tarefa é acolher “os outros como realmente são, com a sua personalidade e funções, com as suas iniciativas e limitações, e que nos deixemos pôr em questão pelos irmãos.” (Cst 66). E a primeira lição é esta: aprender sempre de novo a controlar os nossos sentimentos, que nos podem levar a revoltar-nos, a resmungar, a calar-nos ou, muito pelo contrário, a reagir com violência agressiva; mas eles também nos levam a suportar, na “base de um verdadeiro diálogo, no respeito mútuo, no amor fraterno, na solidariedade e na corresponsabilidade” (Cst 67). Na Sagrada Escritura, aquele que tudo suporta é Deus (cf. Num 14,27; Mt 17,17; Rom 9,22-23). Ao suportar-nos, Deus revela uma história de paciência, de perseverante fidelidade a um sopro de paixão, de amor que aceita sofrer esperando com magnanimidade a nossa conversão (cf. 2Pe 3, 15). Jesus na sua entrega à morte, torna-Se modelo de resistência, de suportação, de aceitação da realidade. Perante Ele, temos que decidir se aceitamos que Deus é Deus e... confiar (eis a fé original!), ou fazer de nós valor e meta suprema (eis o pecado original!).

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Reunião Mensal da Comunidade Local/Área Abril/2016

A grandeza é que Deus vê para além do momento insuportável, vê o que podemos vir a ser em Cristo. Por isso n’O-lo entrega. Deus aceita “carregar o peso”, “suportar” a nossa ‘imperfeição’ (‘incompletude’) e inadequação carregando sobre Si os momentos em que escolhemos o pecado (o que desagrada a Deus), sabendo que é esse o caminho para restaurar os laços de verdade, de comunhão, de reino... Tudo se joga no terreno da fraternidade, mais ainda das relações sociais. Em Cristo encontramos a atitude do forte perante a adversidade e o sofrimento; Ele dá-nos a capacidade de sofrer com firmeza, resistindo... A paciência de Cristo manifesta o amor de Deus e é dele sacramento: “O amor é paciente” (l Cor 13,4), “tudo suporta” (1 Cor 13,7). A história do Padre Dehon está marcada pela ‘capacidade de suportação dehoniana’ feita de amor paciente. (Carta nº 4)

3 – Após breve pausa para acolher o que foi lido, a fim de se favorecer o aprofundamento do texto e a partilha, seguem algumas perguntas:

a) Como você entende a afirmação de P. Dehon: “Nosso Senhor não fez maior obra de misericórdia do que suportar-nos” (6ª linha do texto). E a palavra de Paulo: “Suportai-vos com amor” (Cl 3,13)?

b) Que relação se estabelece entre descontrole dos sentimentos e intolerância (linhas 31ss do texto)?c) “A grandeza é que Deus vê para além do momento insuportável”. Partilhe o que lhe inspira esta

frase (das linhas 44s do texto).

4 – Após razoável tempo de reflexão e partilha, sugere-se a oração do D.O. p. 447.

5 – Comunicações etc.

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Experiência da Semana Santa

Viver a Semana Santa em Minas GeraisPe. Anderson R. de Paula,scj (Diretor do Seminário Dehonista, Lavras/MG).

Viver a Semana Santa é experimentar a força misericordiosa de Deus por cada um de nós. É adentrar no mistério Pascal e por meio dele aprofundar o nosso Batismo e sua expressão salvífica em nossa vida.

Neste ano tive a oportunidade de viver a Semana Santa no Distrito de Itumirim – MG, conhecido como Macuco de Minas, com aproximadamente três mil habitantes. Durante a caminhada formativa no seminário colaborei pastoralmente nas mais diversas cidades nesta Semana Maior. Todas tiveram o seu valor, mas não posso deixar de manifestar a minha alegria como

padre jovem em poder servir aquela comunidade tão sedenta do amor de Deus. Inicialmente fui tomado por tamanho entusiasmo, pois tinha consciência que realizaria pela

primeira vez este serviço pastoral como um ministro ordenado. Sabia da responsabilidade, mas também da importância que esta presença faria na vida do povo. Muitas pessoas buscavam o sacerdote para partilhar suas angústias e receberem o sacramento da reconciliação. Além disso, visitei muitas pessoas debilitadas pela idade e pela enfermidade, levando o sacramento da unção dos enfermos.

Toquei nas feridas de cada pessoa e por meio delas percebi a missão que ainda tinha pela frente para colaborar no anúncio do Reino do Coração de Jesus. O encontro com aquelas pessoas e suas famílias, me fazia entender e compreender a dimensão oblativa do Cristo, da sua entrega por cada um de nós. Cada criança, jovem, casal e idoso expressavam o seu carinho e respeito pela pessoa do padre. Percebi o

quanto eu precisava cada vez mais aprofundar minha fé e por meio dela amadurecer cada vez mais minha vocação.

Foram dias intensos com muitas atividades: procissões, confissões individuais e comunitárias, pregações, missas, visita aos enfermos, bênçãos, orientações pastorais-litúrgicas e muita fraternidade. Cada momento preparado e celebrado com o mais profundo respeito pela pessoa que ali buscava a presença do Cristo. Uma das expressões que eu sempre utilizava ao conduzir as atividades era a de que “tomássemos consciência daquilo que iríamos rezar”, por isso o esforço para que rezássemos bem e corretamente.

Outro fator importante foi o de receber a ajuda dos seminaristas. Estar com cada um deles me possibilitou colaborar diretamente na formação humana e pastoral dos mesmos. Agradeço a ajuda de cada um, bem como a dos fratres Rafael Vieira e Rodrigo Tascheck que também tiveram parcialmente suas participações nas pregações e procissões. Também agradeço a acolhida do Pe. Bolivar, pároco da Paróquia de São José – Itumirim MG, que com seu jeito “ímpar” de acolher cativa a todos.

Faço uma prece por cada pessoa e família que me recebeu com tanto carinho e respeito. Peço a Deus que derrame copiosas bênçãos sobre este povo do Macuco de Minas. Aproveito a oportunidade para desejar a todos uma Feliz Páscoa e que possamos juntos testemunhar o que vimos e cremos (Cf Jo 20, 1-9) Deus os abençoe!!!

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Alerta Saúde

GripeH1N1Dr. Vinay Goyal (enviado por P. Walmor).

Segundo os jornais, vamos ter um surto de gripe lá para meados de ABRIL. Assim reenvio esta recomendação/aviso que recebi hoje e que vou seguir escrupulosamente.

O Dr. Vinay Goyal, urgentista reconhecido mundialmente, diretor de um departamento de medicina nuclear, tiroídica e cardíaca pede para você divulgar a mensagem abaixo para o maior número de pessoas possível, a fim de contribuir para minimizar o número de casos da Gripe A, causada pelo vírus H1N1.

“As únicas vias de acesso para o vírus da gripe são as narinas, a boca e a garganta. Em relação a esta epidemia tão vastamente propagada, apesar de todas as precauções, é praticamente impossível não estar em contato com portadores do vírus que a promove.

Contudo, alerto para o seguinte: o problema real não é tanto o contato com o vírus, mas a sua proliferação. Enquanto estamos em boa saúde e não apresentamos sintomas de infecção da gripe A (H1N1),

há precauções a serem tomadas para evitar a proliferação do vírus, o agravamento dos sintomas e o desenvolvimento das infecções secundárias. Infelizmente, estas precauções, relativamente simples, não são divulgadas suficientemente na maior parte das comunicações oficiais.

Porque será? Por ser barato demais e não haver lucros?Eis algumas precauções:1. Como mencionado na maior parte das publicidades, lave as mãos frequentemente.2. Evite, na medida do possível, tocar no rosto com as mãos.3. Duas vezes por dia, sobretudo quando esteve em contato com outras pessoas, ou quando

chegar em casa, faça gargarejos com água morna contendo sal de cozinha. Decorrem normalmente 2 a 3 dias entre o momento em que a garganta e as narinas são infectadas e o aparecimento dos sintomas. Os gargarejos feitos regularmente podem prevenir a proliferação do vírus. De certa maneira, os gargarejos com água salgada têm o mesmo efeito, numa pessoa em estado saudável, que a vacina sobre uma pessoa infectada. Não devemos subestimar este método preventivo simples, barato e eficaz. Os vírus não suportam a água morna contendo sais.

4. Ao menos uma vez por dia, à noite, por exemplo, limpe as narinas com a água morna e sal. Assoe o nariz com vigor, e, em seguida, com um cotonete para ouvidos (ou um pouco de algodão) mergulhado numa solução de água morna com sal, passe nas duas narinas. Este é um outro método eficaz para diminuir a propagação do vírus. O uso de potes nasais para limpeza das narinas, contendo água morna e sal de cozinha, é um excelente método para retirar as impurezas que albergam os vírus e bactérias; trata-se de um costume milenar, da Índia.

5. Reforce o seu sistema imunitário comendo alimentos ricos em vitamina C. Se a vitamina C for tomada sob a forma de pastilhas ou comprimidos, assegure-se de que contém Zinco, a fim de acelerar a absorção da vit. C.

6. Beba tanto quanto possível bebidas quentes (chás, café, infusões etc.). As bebidas quentes limpam os vírus que podem se encontrar depositados na garganta e em seguida depositam-nos no estômago onde não podem sobreviver, devido o pH local ser ácido, o que evita a sua proliferação.”

Amigo(a): Será uma grande contribuição se você fizer chegar esta mensagem ao maior número de pessoas possível. Você prestará um serviço de grande utilidade pública, ajudando no combate desta gripe que já dizimou tantas pessoas.

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P. Zezinho: teologia e devoção, em poesia e canção

O Ventre de Maria (P. Zezinho, scj)

O que houve com Maria foi algo além do que poderíamos sequer ousar imaginar. Deus Filho se encarnando no ventre de uma jovem mulher? E Deus tem um filho?

Como? Então, não é um só Deus? E se Deus, segundo algumas religiões é só uma pessoa, como pode Deus ter um filho, que é Deus como Ele?

Aí aparecem os cristãos dizendo que Deus é um só ser, mas este ser não é só uma pessoa e sim três pessoas num só ser! Maria também não sabia disso! De repente um anjo lhe aparece e ela fica com medo. Medo do quê? Pergunta o anjo. – Você foi escolhida e Deus, o altíssimo vai se encarnar como pessoa humana, dentro do seu ventre. Você vai abrigar o Filho do Altíssimo...

É claro que Maria não entendeu. -Se você que vem de lá, está falando isso, que seja como você falou! Que aconteça o que Deus quer que aconteça! Disse ela. E ficou com aquilo na cabeça e no coração. Como assim? Vou ser mãe de um modo como virgem alguma jamais foi? A cada momento ela aprofundava mais aquele fato. Todas as gerações irão discutir isso até o fim dos tempos. E muitos vão dizer que Deus fez coisas incríveis em mim e dirão que sou feliz. Mas eu sei o que me espera!

Guardou silêncio e só falou com quem fosse capaz de entende-la, porque também tinha passado por uma gravidez fora do comum: sua parenta Izabel. Nem com José ela falou. Entregou o noivo aos cuidados de Deus. E foi o céu que disse a José para não ter medo da gravidez de Maria. Ele a levou para a sua casa, tornando-se cúmplice daqueles fatos. Filho especial, mãe especial, gravidez especial, paternidade especial...

Hoje, alguns crentes cristãos de outras Igrejas e de outras religiões, e mais ainda os ateus acham difícil crer na virgindade de Maria. Há versículos da mesma Bíblia, deixando claro que aqueles que são citados como irmãos de Jesus têm outra mãe. Judas, Simão, Tiago e José que eram filhos de Maria de Alfeu. Em várias passagens são citados como irmãos entre si e também como irmãos do Senhor, que porem era filho de outra Maria, a de José. Então não eram irmãos de sangue nem do mesmo ventre. Mas os versículos estrategicamente nunca são lidos nem lembrados. Então, muitos deles insistem que Maria teve outros filhos logo, só foi virgem até Jesus. Depois deles foi mãe como outra mãe qualquer.

Vai ser sempre difícil crer que Deus é três pessoas divinas, Pessoa-Pai-Santo, Pessoa-Filho-Santo e Pessoa-Espírito-Santo e que as três pessoas são um só ser. Alguém sempre reduzirá Jesus Cristo, o ungido, no máximo à condição de profeta porque e um absurdo dizer que alguém é Deus de Deus. . Nós que o vemos como Filho Eterno do Pai Eteno, com o Espírito Santo Eterno formando um só ser Deus Eterno, mas afirmando sua encarnação, seremos vistos como impostores, confusos, enganadores, ignorantes, fanáticos ou pouco inteligentes.

Para eles, inteligente é quem conclui ou crê ou nega como eles. Para nós, inteligente é quem lê dentro dos acontecimentos. Maria inteligentemente praticou o “intus-legere”. Leu dentro, guardou-os no coração e foi aprofundando, sem nada afirmar, passo a passo com o filho, do nascer ao morrer, ao ressuscitar e ao voltar ao céu. Ela mais pensou do que falou. Fez o contrário de milhões de pregadores que mais falam do que pensam e acham que quanto mais marketing usarem e quanto mais falam do que Deus fez neles mais serão de Deus. O que houve com Maria foi fora de qualquer cogitação humana.

Jamais conseguiremos explicar que Deus-Pessoa-Filho existe e se fez homem. Maria também não saberia e nem inventar, nem prever isso. Teve que ir assimilando; a cada golfada de leite; a cada roupa dele que lavava; a cada papinha que lhe pôs na boca; a cada palavra que lhe ensinou; a cada brincadeira, choro e riso e... mais tarde a cada palavra que disse e a cada golpe que levou. Acreditou na medida em que meditava. Isso também fez Maria diferente. Ela pensava! Era pensadora. Por isso, assimilou! Poderíamos aprender com ela porque o mundo está superlotado de pregadores e de fiéis que preferem mais sentir do que pensar. O mundo será mudado pelos que conseguem fazer as duas coisas.

Page 13: ANO III - 141° Edição 08 de abril de 2016§os-e... · E a nossa oração estenda-se também ... Igreja se faça voz de cada homem e mulher e repita com confiança e sem cessar:

|||| Abrindo Espaços e criando Laços!

Dehonianos ........................................ 13

Saberes e Sabores de ajudaO amor

John Lennon (http://www.tomcoelho.com.br/index.aspx/s/Parabolas_Exibir/13/O_amor).

Fizeram a gente acreditar que cada um de nós é a metade de uma laranja, e que a vida só ganha sentido quando encontramos a outra metade. Não contaram que já nascemos inteiros, que ninguém em nossa vida merece carregar nas costas a responsabilidade de completar o que nos falta: a gente cresce através da gente mesmo. Se estivermos em boa companhia, é só mais agradável.

Fizeram a gente acreditar numa fórmula chamada “dois em um”: duas pessoas pensando igual, agindo igual, que era isso que funcionava. Não nos contaram que isso tem nome: anulação. Que só sendo indivíduos com personalidade própria é que poderemos ter uma relação saudável.

Fizeram a gente acreditar que casamento é obrigatório e que desejos fora de hora devem ser reprimidos.

Fizeram a gente acreditar que os bonitos e magros são mais amados, que os que transam pouco são caretas, que os que transam muito não são confiáveis, e que sempre haverá um chinelo velho para um pé torto. Só não disseram que existe muito mais cabeça torta do que pé torto.

Fizeram a gente acreditar que só há uma fórmula de

ser feliz, a mesma para todos, e os que escapam dela estão condenados à marginalidade. Não nos contaram que estas fórmulas dão errado, frustram as pessoas, são alienantes, e que podemos tentar outras alternativas.

Ah, também não contaram que ninguém vai contar isso tudo pra gente. Cada um vai ter que descobrir sozinho. E aí, quando você estiver muito apaixonado por você mesmo, vai poder ser muito feliz e se apaixonar por alguém.