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Caro leitor, No decorrer do mês que passou, o Grupo Pet Geografia da UDESC realizou uma
grande viagem em busca de conhecimento geográfico, participando do VI
ENAPETGEO – Encontro Nacional dos Grupos PET Geografia, realizado na UFRN em
Natal/RN, entre os dias 25 e 28 de setembro. Os bolsistas tiveram a oportunidade de
crescer como geógrafos, participando de atividades como: minicursos, palestras, mesas-
redondas, além de apresentar seus artigos e discuti-los com Tutores e PETianos de todo
o Brasil. O relato do evento, escrito pelo bolsista Matheus Julio Pereira, pode ser lido
neste informativo.
O PET promoveu uma atividade de ensino chamada “Barfraseando”, onde um
professor convidado traz discussões sobre temas variados para debate em um ambiente
informal de ensino, no caso deste evento, um bar. A professora convidada nesta edição
foi a Dr. Daniela de Souza Onça, do Departamento de Geografia da UDESC, trazendo o
tema “Ciência e valores”. Nas palavras da convidada: “Passamos uma linda noite
discutindo questões éticas na ciência, em seus aspectos epistemológicos (valores
cognitivos e morais, ética aristotélica, agostiniana e kantiana, distinção entre
legalidade e legitimidade e guilhotina de Hume) e questões práticas (transgênicos,
aborto, gays, seleção genética humana, cirurgia plástica, novas formas de escravidão,
relação pais e filhos e relação homem e trabalho). Foi uma noite muito gratificante e
muito produtiva, da qual surgiram várias ideias e laços de amizade foram ainda mais
estreitados.”
Foi dada a partida na Educação Ambiental Indígena desde ano. O Grupo realizou
uma visita de reconhecimento na Escola Indígena Itaty, localizada no Morro Dos
Cavalos. A título de curiosidade e informação: a escola encontra-se à beira da BR-101
no litoral catarinense, onde é palco de constantes discussões e intervenções relacionadas
às demarcações das terras indígenas na região. Nesta reunião, o grupo discutiu com a
atual direção quais temas seria mais bem adaptado à realidade destes índios guarani.
Além disso, deu-se continuidade ao “Vestibular Solidário”, onde os bolsistas
ministram aulas para os alunos do curso pré-vestibular oferecido gratuitamente à
comunidade pela UDESC no CESFI, em Balneário Camboriú. Por sinal, este projeto
tem sido muito gratificante para o grupo, pois, assim, os bolsistas tem a divertida
oportunidade de ministrar estas aulas.
Até logo!
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ISSN: 1982-517X
Nessa edição: Página
Editorial ...........................................................................................................................2
Relato do ENAPET GEO.................................................................................................4
Representação de artefatos em sítios arqueológicos por analise espacial:
Sítio arqueológico Populina..............................................................................................5
Pensamentos: Feitos disso e aquilo.................................................................................17
PET Indica.......................................................................................................................20
Eventos............................................................................................................................21
Ano VIII – N° 88 Outubro de 2014
PROGRAMA DE EDUCAÇÃO
TUTORIAL
PETGeo
INFORMATIVO
PET Geo FAED/UDESC
Expediente:
Bolsistas: Angel Albano, Camila Verena Fernandes Barbosa, Francine Sagas Florindo,
Gabriel Luiz de Miranda, Giovani Silveira dos Santos, João Daniel Barbosa Martins,
Júlia Bastos Barcelos, Lucas Gonzaga Coelho, Marina Pinho Bernardes, Matheus Júlio
Pereira, Raphael Meira Knabben e Weslley Luan Soares
Tutora: Prof.ª Vera Lucia Nehls Dias.
Edição: Francine Sagas Florindo e João Daniel Barbosa Martins
Revisão: Grupo PET-Geografia
Impresso pelo Grupo PET-Geografia FAED/UDESC, em tamanho A4, fonte Times
New Roman.
Sugestões, reclamações, convites, opiniões: [email protected]
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Relato do XIX Encontro Nacional dos Grupos PET Geografia (ENAPET Geo)
Matheus Julio Pereira
Após a realização do penúltimo ENAPET Geo, em 2011, houve uma ausência na
realização deste evento por um longo período. Porém, com a iniciativa do PETGeo-
UFRN o evento voltou a tona, reunindo a famosa “Geogalera” em uma das cidades mais
belas do país, Natal-RN. O evento ocorreu dentre os dias 25 à 28 de setembro, e claro, o
PETGeo-UDESC não poderia ficar de fora dessa!
Saindo de Florianópolis no dia 23 de setembro, os onze bolsistas do grupo
chegaram em Natal ansiosos pelas novas experiências, aprendizados e descobertas que o
evento lhes proporcionaria. No dia seguinte, ainda fora do período de realização do
evento, os bolsistas foram conhecer o litoral norte de Natal, com belas praias, dunas e
lagoas, não só com o cunho turístico, mas também geográfico, parafraseando Orlando
Ribeiro, porque a Geografia se faz com os “pés para caminhar”, para ganhar
sensibilidade geográfica, e, para aprender com “os olhos de ver”.
Já no dia 25, o primeiro do evento, os petianos se deslocaram até a UFRN para o
credenciamento, recebendo seu kit ENAPETGeo. Ao cair da noite, acontecera a palestra
de abertura do evento, contando com a presença da Profª. Drª. Beatriz Ribeiro Soares
(UFU), com o tema “A Tríade Universitária em uma Perspectiva geográfica”. Neste
momento o grupo percebeu que diversos dilemas quanto a tríade, que enfrenta em seu
cotidiano, também são os dilemas de muitos outros grupos.
No dia seguinte, logo pela manhã, simultaneamente ocorreram as inscrições para
oficinas e uma roda de conversas mediada pelo petiano Daniel Nunes. Após o almoço, o
grupo devidamente dividido, se encaminhou para as oficinas, onde sempre que presente
em um evento deste porte, os bolsistas tentam adaptar e reutilizar as ideias aqui vistas.
Ao término das oficinas, era chegada a hora da última atividade do dia, a mesa redonda
com o tema “Os Desafios do Profissional de Geografia no Mercado de Trabalho.”,
tendo como palestrantes o Prof. Dr. Adriano Lima Troleis (UFRN) e o Prof. Dr. João
Mendes Rocha Neto (UNB/Ministério do Planejamento). Nesta mesa redonda os
palestrantes desmistificaram muitos dogmas sobre a atuação do Geógrafo, abrindo um
imenso leque de possibilidades de atuação.
Adentrando no dia 27, logo pela manhã os petianos fizeram relatos de projetos
realizados pelos seus respectivos grupos, um momento muito rico, onde percebeu-se
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que apesar da mesma ciência envolta pelos grupos PETGeo, os projetos são muito
diversificados, demonstrando tamanha riqueza de papéis da Geografia. No período
vespertino, aconteceu a Conferência de Encerramento e Deliberações Finais, contando
com o Prof.Dr. Ademir Araújo da Costa (URFN), e após sua fala, houve um momento
político, onde deliberou-se algumas medidas para que o evento não corresse o risco
novamente de passar um longo período sem ocorrer. Por fim, a noite potiguar reservava
a festa de interação entre a Geogalera de todo o país, um momento de descontração após
um dia cheio de atividades.
Por fim, o último dia de evento já era uma realidade, para este dia, a intenção
era uma saída a campo para o santuário de Pipa. Porém, os bolsistas do PETGeo-
UDESC não conseguiram vagas para esta saída, tendo em vista a grande demanda por
parte dos petianos. Então, por conta própria, organizou-se uma saída para não só o
santuário, mas também, todo o litoral sul. Com belíssimas paisagens de lagoas, falésias,
recifes e praias, juntamente coma agradável companhia constante dos golfinhos, o grupo
obteve uma experiência incrível, que com toda a certeza ficará na memória de cada
petiano. Ao amanhecer do dia 29, os bolsistas se encaminhavam para o aeroporto, de
volta para casa, chegando em Florianópolis no começo da noite.
Apesar de voltarem ao local de onde saíram e retomar suas rotinas, o grupo
voltou minado de novas ideias, novos projetos e com uma experiência riquíssima vivida
na capital “Noiva do sol”. Teve-se a oportunidade de compartilhar com grupos de
vivências parecidas a nossa experiência, e ao mesmo tempo absorver as experiências
compartilhadas por eles, essa interação faz o movimento petiano e geográfico se
fortalecer e buscar um objetivo maior, a melhoria do curso e do Programa de Educação
Tutorial.
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REPRESENTAÇÃO DE ARTEFATOS EM SÍTIOS ARQUEOLÓGICOS POR
ANÁLISE ESPACIAL: Sítio arqueológico Populina I
Dimitri Bergmann Vieira1
Resumo
A Arqueologia estuda as antigas etnias a partir dos vestígios deixados com o
tempo. No entanto, esses vestígios estão localizados em determinado espaço, o que
demonstra que a Geografia sempre fez parte da análise arqueológica. Atualmente a
geoarqueologia aparece com destaque nas análises dos sítios arqueológicos e com o
avanço das tecnologias na Geografia, esta passou atuar como ferramenta fundamental.
Com isso, o SIG aparece como a principal ferramenta para a organização dos dados. A
análise espacial, serve como uma forma de avaliar o comportamento dos sítios
arqueológicos. Por fim, a Cartografia é a forma final de visualização que a Geografia
oferece às análises dos sítios arqueológicos.
Palavras-chave: Análise Espacial, Cartografia, Arqueologia.
Abstract
Archaeology studies the ancient ethnicities from the remnants left over time.
However, these traces are located in a given space, which demonstrates that Geography
has always been part of archaeological analysis. Currently geoarchaeology appears
prominently in the analysis of archaeological sites and the advancement of technologies
in Geography, this act passed as a fundamental tool. Thus, GIS appears as the main tool
for data organization. Spatial analysis serves as a way to evaluate the behavior of the
archaeological sites. Finally, the cartography is the ultimate form of visualization that
Geography provides analyzes of archaeological sites.
Keywords: Spatial Analysis, Cartography, Archaeology.
Introdução
A Arqueologia é uma ciência que trabalha com muitos dados provenientes dos
vestígios arqueológicos deixados pelas culturas passadas, os quais necessitam de certos
cuidados ao serem resgatados, catalogados e armazenados, assim como os dados
obtidos. Todos esses vestígios são encontrados em determinado local, isso faz com que
a Arqueologia, além de trabalhar com o tempo, também trabalha no espaço.
1 Graduando em Geografia na Universidade do Estado de Santa Catarina. E-mail:
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O fato dos vestígios arqueológicos estarem no espaço faz com que a Geografia
esteja inserida na Arqueologia e como os vestígios arqueológicos geram uma enorme
quantidade de dados, o SIG aparece como ferramenta fundamental para se trabalhar
esses dados, aproximando ainda mais a Geografia da Arqueologia.
O SIG quando utilizado para catálogo de dados e gerenciamento de sítios
arqueológicos, possibilitam a manipulação de grande volume de dados, mesmo de
fontes diversas, o que possibilita a realização de análises em arqueologia (Oliveira et al,
2005).
Contudo, a análise desses dados deve ser representada de alguma forma, e a
Cartografia aparece como mais uma disciplina oriunda da Geografia que auxilia nos
trabalhos arqueológicos. Para Santos (2006), a Arqueologia faz uso da Cartografia
essencialmente em dois pontos: como suporte ao trabalho de campo e na caracterização
geo-espacial dos sítios arqueológicos.
Os sítios arqueológicos são locais onde se encontra os vestígios arqueológicos,
os quais inicialmente são descobertos pela visita a campo. Depois de constatado os
vestígios, são realizadas sondagens para verificar os artefatos sob a superfície e por fim,
caso a sondagem seja positiva, é realizada a escavação para resgatar esse material.
O processamento e análise da informação arqueológica exige a manipulação dos
diferentes dados, recolhidos nas fases de prospecção e escavação, sejam eles,
alfanuméricos ou gráficos, relativos ao registro sedimentar, espacial ou artefatos
(Ribeiro, 2001). Os dados recolhidos pelas escavações podem ser determinantes na
espacialização e delimitação do sítio arqueológico.
A localização dos sítios refere- se às coordenadas do ponto central da dispersão
de vestígios e é baseada em identificações realizadas durante prospecções de campo
(Santos 2006). Os sítios podem ser localizados através de seu tamanho, idade, número
de artefatos, número de habitações, assim como auxiliados pelas variáveis ambientais
(Oliveira ET. AL, 2005).
Com todos os dados já armazenados no SIG o pesquisador deve realizar uma
análise espacial e verificar como os artefatos podem influenciar na delimitação do sítio
arqueológico. As análises espaciais são as principais ferramentas que os sistemas de
informações geográficas oferecem (Oliveira ET. AL, 2005).
Para realizar uma análise espacial, torna-se necessário ter informação sobre a
qual se vai trabalhar. Dados, são observações diretas da realidade, ou seja, é uma
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coleção de fatos que podem ser armazenados, processados e transformados em
informação (Rosa, 2011).
A análise espacial pode ser simples, observando apenas a distribuição do
fenômeno abordado no espaço. No entanto, os softwares atuais tem a capacidade de
relacionar esses fenômenos entre si por cálculos matemáticos como estatísticas,
densidades entre outras, o que pode trazer uma nova perspectiva na análise espacial dos
artefatos arqueológicos e sua relação com os sítios arqueológicos.
O trabalho busca representar a espacialização dos artefatos arqueológicos por
ferramentas de análise espacial do software ArcGis e verificar se as relações realizadas
por estas ferramentas podem auxiliar a delimitação e pesquisas dos sítios arqueológicos
através da quantidade de artefatos.
Sitio Arqueológico Populina I
Localizado no município de Populina (Figura 1), no Estado de São Paulo, o sítio
arqueológico recebe o mesmo nome deste (Populina I). O sítio está vinculado ao projeto
da LT (Linha Transmissão) Porto Velho (RO) – Araraquara (SP), a qual se inicia no rio
Madeira, no Estado de Rondônia e termina no município de Araraquara, no Estado de
São Paulo.
O trabalho de campo, primeiramente de prospecção e validação do sítio e
posteriormente, o resgate dos artefatos encontrados no sítio, foi realizado pela equipe de
pesquisadores da empresa Scientia Consultoria Científica, unidade Sul, localizada em
Florianópolis.
Base De Dados Da Empresa Scientia Consultoria Científica
Com o resgate, iniciou- se o trabalho arqueológico em laboratório e com o
término dessa etapa foi possível catalogar todos os dados referentes aos artefatos, passar
para o meio digital e totalizar a quantidade de artefatos de acordo com sua
espacialização. Com isso, abre- se a possibilidade de se trabalhar esses dados com no
SIG, realizar análises e representar espacialmente esses dados.
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Organização Dos Dados
No trabalho de campo, os dados chegam de duas formas, o trabalho do
topógrafo, que possibilita a entrada no SIG e facilita o trabalho de análise e o trabalho
dos pesquisadores com os artefatos, que são obtidos e catalogados de forma manuscrita.
Os dados referentes aos artefatos do sítio arqueológico chegam ao laboratório de
forma bruta. No entanto, para se trabalhar esses dados com o SIG, é necessário passar
esses dados para o meio digital e assim, poder relaciona- lós com os dados obtidos pelo
topógrafo.
As funções do SIG compreendem a entrada de dados, edição e correção;
manipulação e transformação e as saídas (mapas, gráficos, planilhas) e as análises
espaciais são as principais ferramentas que os sistemas de informações geográficas
oferecem (Oliveira ET. AL, 2005).
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Ferramentas De Análise Espacial
Com os dados organizados, cabe ao pesquisador estudar quais ferramentas de
análise espacial pode ser utilizada. No caso em questão, foi escolhido o software ArcGis
(versão10.1), o qual fornece um leque de opções em análise espacial, das mias simples,
que trabalha com sobreposição de fenômenos e as relações desses, às mais complexas,
que utilizam cálculos matemáticos para realizar a análise.
As ferramentas escolhidas foram a point statistic e point density. Ambas as
ferramentas trabalham com o conceito matemático da mediana. (Nogueira, 2009),
define que a mediana é utilizada para mostrar o elemento que ocupa a posição central
em um conjunto de dados, obtido por:
M = n/2, para números pares;
M = (n + 1)/2, para números ímpares;
Onde:
M = Mediana.
n = A soma dos valores relacionados.
Aplicando As Ferramentas
Todas as ferramentas de análise espacial do software ArcGis têm como saída um
arquivo matricial, portanto trabalha- se com pixels ao invés de arquivos vetoriais. Para
as duas ferramentas, o tamanho de saída dos pixels escolhido foi de 1m², no intuito de
haver uma comparação dos resultados.
Mesmo as duas ferramentas trabalhando a partir da mediana, elas apresentam
diferenças em suas aplicações. No caso da point statistics, ela considera todos os valores
encontrados dentro de determinado raio, que foi escolhido de 11m. Já no caso da point
density, ela considera o valor dos pixels ao redor e caso esse valor seja nulo, os pixels
buscam o valor mais próximo e divide por trinta, para realizar o cálculo. No caso da
point density, também é escolhido um raio, no entanto esse não modificará o resultado
final. Novamente no intuito de buscar uma comparação, o raio escolhido foi de 11m.
Depois de aplicadas as ferramentas sobre a quantidade de artefatos
arqueológicos por sondagens, constatou- se que, mesmo as ferramentas point statistics e
point density trabalharam com cálculos diferentes, demonstraram um resultado parecido
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sobre as áreas de maior concentração de artefatos no sítio arqueológico Populina I
(Figuras 2 e 3).
Figura 2. Mapa de Concentração de Artefatos do sítio arqueológico Populina I. Ferramenta Point Statistics.
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Figura 3. Mapa de Concentração dos Artefatos do sítio arqueológico Populina I. Ferramenta Point Density.
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Considerações Finais
As análises espaciais realizadas no trabalho demonstram espacialmente onde
ocorrem as maiores concentrações de artefatos no sítio arqueológico Populina I. No
entanto, esta é apenas uma ferramenta que o arqueólogo deve considerar ao analisar um
sítio arqueológico. Aspectos da Geologia, como o solo e sua estratificação; da
Geomorfologia, como o escoamento superficial e o fluxo de direção; e da própria
Geografia, como o ambiente onde está instalado o sítio, devem ser considerados na
análise final do sítio arqueológico.
No entanto, os resultados obtidos na análise espacial do sítio Populina I, podem
ser aplicados a qualquer sítio arqueológico, desde que seja feito o resgate dos
fragmentos e que todos os fragmentos sejam catalogados corretamente. As ferramentas
também podem ser utilizadas em análises espaciais em outras áreas da Geografia, não
somente na geoarqueologia, como no planejamento urbano, geomarketing, estudos da
população, entre outras.
A transformação desses dados para informação, através da criação de mapas,
facilita a visualização e interpretação desses pelos arqueólogos e também na relação
desses dados com outros que serão fundamentais para o entendimento dos sítios
arqueológicos.
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BIBLIOGRAFIA CITADA
CÂMARA, Gilberto; MONTEIRO, Antônio Miguel; FUCKS, Suzana Druck;
CARVALHO, Marília Sá. Análise espacial e geoprocessamento. INPE – São José dos
Campos, SP. 2002. Disponível em < http://mtc-
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m12.sid.inpe.br&requiredmetadatatimestamp=2013:09.13.01.42.15&requiredmirror=sid
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FITZ, Paulo Roberto. Cartografia básica. Canoas: La Salle, 2000.
JOLY, Fernand. A cartografia; tradução de Tânia Pellegrini. Campinas, SP: Papirus,
1990.
NOGUEIRA, Ruth E. Cartografia: representação, comunicação e visualização de
dados espaciais. 3. Ed. Ver. E amp. – Florianópolis: Ed. Da UFSC, 2009.
OLIVEIRA, Cêurio de. Dicionário cartográfico. 4. Ed. – Rio de Janeiro: IBGE, 1993.
OLIVEIRA, Jacqueline Freitas de; BARTOLOMUCCI, Rafael; RODRÍGUEZ, Ana
Cristina Machado. Geoprocessamento e análises espaciais aplicados à
arqueologia.Disponívelem<http://observatoriogeograficoamericalatina.org.mx/egal10/
Nuevastecnologias/Teledeteccion/05.pdf> Acessado em 20 de novembro de 2013.
PROUS, André. Arqueologia brasileira – Brasília, DF: Editora Universidade de
Brasília, 1992.
RENFREW, Colin; BAHN, Paul. Arquelogía: teorías, métodos y prática. 2. Ed.
Mdrird: AKI Distribuidora Ltda, 1998.
16
RIBEIRO, Maria do Carmo Franco. A arqueologia e as tecnologias de informação.
Uma proposta para o tratamento normalizado de registo arqueológico. Braga,
2001. Disponível em
<http://repositorium.sdum.uminho.pt/bitstream/1822/8603/1/TESE_MESTRADO.pdf>
Acessado em 20 de novembro de 2013.
ROSA, Roberto. Análise espacial em Geografia. Revista da ANPEGE, v. 7, n. 1,
número especial, p. 275- 289, out. 2011.
SANTOS, Pedro José Leitão da Silva. Aplicações de sistemas de informação
geográfica em arqueologia. Disponível em
<http://run.unl.pt/bitstream/10362/2694/1/TSIG0017.pdf> Acessado em 20 de
novembro de 2013.
SOUZA, Alfredo Mendoça de. Dicionário de arqueologia. Ed. ADESA, 1997.
17
Feito disso e daquilo.
Por João Daniel Barbosa Martins
Saudações, construtores do saber!
Venho compartilhar alguns
pensamentos com você que tem algum
interesse em ler esta besteira sobre a
existência a partir das minhas
experiências. Sempre me questiono
sobre o que pensamos, se são
pensamentos nossos, de fato, ou se são
apenas ilusões, códigos criados pela
nossa habilidade de reconhecer e
reproduzir padrões, assim projetados em
nossas mentes como imagens, sons e
cheiros que nos evocam ainda mais
sensações (ou memórias, sei lá). Para
começar, gostaria de saber: O que você
comeu?
Bom, esta pergunta parece meio
perdida agora no início, mas... Vamos
lá! Pergunto isso para discutir o que nos
move. Sim, movimento. Como a
engrenagem de carne e osso funciona?
Nos alimentamos, os ácidos e os
organismos em nosso sistema digestivo
quebram as estruturas dos alimentos
que, então, são transportadas para as
células do nosso corpo. Ok.
Assim, arrisco dizer que somos o
que comemos. O que nos alimenta são
enzimas e proteínas, formados por
dezenas de aminoácidos, que, por sua
vez, são constituídos por moléculas,
átomos. Falando em átomos, sabe como
são formados os átomos? Pulando a
teoria das cordas, indo depois dos
quarks que os constituem, os átomos
são basicamente outras configurações
decorrentes da fusão do hidrogênio.
Estou muito longe da compreensão?
Fonte:http://i.imgur.com/ZlQoSJN.jpg
Imagine uma nuvem. É... Uma nuvem
qualquer, como as cumulus humilis
(cumulus de bom tempo). Agora
imagine que todo o universo é essa
nuvem, ok? Agora, que esta nuvem é
constituída somente por gás hidrogênio.
Por gravitação, esse gás começa a
condensar, aquece até que a energia e
pressão nessa massa, agora em rotação,
como um vortex convergindo a um
único ponto. Quando a pressão ali se faz
suficiente, ocorre a primeira fusão de
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Fonte: http://www.meta-synthesis.com/webbook/35_pt/postcard.png
hidrogênio. Nasce uma estrela! (Que
bonitinho).
Esta fusão dá origem a um novo
elemento, o hélio. A fusão tem como
produto, além do hélio, muita energia,
que é emitida em um longo espectro de
ondas, desde raios gama, passando pelo
espectro de luz visível até as ondas de
rádio. Esse processo pode durar bilhões
de anos, enquanto
tiver gás hidrogênio
para ser usado como
combustível. Quando
o H se torna escasso,
dá-se início a um
novo processo, a
fusão de elementos
mais pesados que o
He, fundindo essa
matéria em Lítio,
Berílio, Boro, Nitrogênio, até o Ferro.
Quando a estrela começa a fundir Fe, é
sin al de que ela está no final de sua
vida. O Fe é muito denso, então, por
esse e outros fatores, a estrutura da
estrela entra em colapso.
Mas, espera ai!? Os elementos
não são formados dentro das estrelas?
O Fe é o elemento número 26 na tabela
periódica que vai até uns 118. E o resto,
onde se formam?
Boa pergunta! O resto é formado
neste colapso! Peguemos o Au (ouro)
como exemplo. Ele é o elemento 79 da
tabela. Legal, mas e ai? Bom, todo o
ouro que existe na Terra, no seu relógio
e até naquele colar que era da sua avó,
foram formados quando a estrela que
existia, antes do nosso sistema solar
existir, explodiu num evento muito
comum no universo, chamado
supernova! Todo o ouro e todos os
outros elementos que conhecemos hoje
vieram de uma
supernova de uma
estrela que surgiu
bilhões de anos antes
do nosso Sol. Essa
estrela, ao explodir,
espalhou todos os
elementos que
conhecemos por anos
luz de distância
através da nossa
galáxia (que é só mais uma entre
bilhões que conhecemos no universo
visível). Entre os elementos
distribuídos, além dos que constituem
os minerais de nosso planeta, ainda
restou muito hidrogênio para formar
uma nova estrela de hidrogênio.
Entediado? Então, se liga nessa!
Ainda se lembra da pergunta que fiz pra
começar a conversa? Bom, essa comida,
que você comeu mais cedo e que está
sendo digerida enquanto você lê isso
aqui, é formada por hidrocarbonetos
(compostos por átomos de carbono e
19
hidrogênio, entre outros) com átomos de
13,7 bilhões de anos!
Beleza, e o que isso tem a ver
com existência?
Absolutamente tudo! Somos
estruturas extremamente “organizadas”,
como peças em um quebra-cabeças
tridimensional auto-organizado.
Chegamos num ponto interessante. Isso
é tão organizado que desenvolveu
estruturas que reconhecem padrões em
outras estruturas e as reproduz, como as
palavras deste ensaio, lidas e
interpretadas por você.
Somos o universo em autocompreensão
vivendo a ilusão do tempo-espaço.
O que é consciência?
Fonte: http://img-fotki.yandex.ru/get/5508/64843573.d5/0_82406_a10b7ded_orig.jpg
20
PET-Indica (sugestão de filmes, livros, etc.)
Livro: Ditadura À Brasileira - 1964-1985.
A Democracia Golpeada À Esquerda e À
Direita. De Villa, Marco Antonio.
Sinopse: Um livro fundamental para quem
quer entender as peculiaridades da ditadura
brasileira. Com seu estilo coloquial, direto e
despojado.
Fonte:
http://www.livrariascuritiba.com.br/ditadura-
a-brasileira-a-
leya,product,LV339212,3153.aspx
Livro: As Mulheres do Nazismo.
Sinopse: Consultora do Museu do
Holocausto, a norte-americana Wendy
Lower mostra, em As mulheres do nazismo,
como uma geração de jovens alemãs –
enfermeiras, professoras, secretárias, entre
outras – anestesiadas pela propaganda
hitlerista e movidas por um fervor
nacionalista doentio enxergaram o nazismo
como uma opção profissional ou quase
matrimonial e colaboraram com o regime.
Fonte:
http://www.livrariasaraiva.com.br/produto/36
65926?mi=VITRINECHAORDIC_frequently
boughttogether_product_3665926
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Eventos
II Seminário Latino-americano de Geografia e Gênero
Data: 8/10 a 12/10/2014
Local: UNIR (Universidade Federal de Rondônia)
Informações: http://www.gete.net.br/ocs/index.php/ugi/slagg
VII SIMPÓSIO PARANAENSE DE PÓS-GRADUAÇÃO E
PESQUISA EM GEOGRAFIA. ACONTECERA NO DIA 30/10 A
01/11. LOCAL: MARINGA, PARANÁ (UEM)