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www.diocese-braga.pt/arciprestadobraga www.facebook.com/paroquiasdebraga.org www.facebook.com/boletimfamiliasolidaria BOLETIM INTERPAROQUIAL | NÚMERO 468 ANO PASTORAL 2015+2016 FÉ ANUNCIADA O batismo não é um título que recebe- mos, mas um chamamento para o ser- viço ativo na vida da Igreja, dentro e fora de portas. O (cristão) batizado não pode não ser «discípulo missionário». [...] Não se trata duma opção, duma escolha en- tre ser ou não ser. A evangelização que a todos nos é pedida é uma respeitosa oferta da nossa mais valia, que é a alegria do Evangelho. A Boa Nova de Jesus Cris- to não pode ficar entregue ao desleixo e desalento, mas tem de ser proposta com coragem, apresentando o melhor que temos aos nossos próximos. Contudo, esta consciência vivencial só acontece quando se «experimentou verdadeira- mente o amor de Deus», «na medida em que se encontrou com o amor de Deus em Jesus Cristo». Eis de novo diante de nós o ícone do Bom Pastor! Eis diante de nós a importância fundamental em experienciar a misericórdia de Deus. «A trave-mestra que suporta a vida da Igreja é a misericórdia. Toda a sua ação pastoral deveria estar envolvida pela ternura com que se dirige aos crentes; no anúncio e testemunho que oferece ao mundo, nada pode ser desprovido de misericórdia. A credibilidade da Igreja passa pela estrada do amor misericordioso e compassivo. ANUNCIAR A ALEGRIA DO EVANGELHO! Exortação Apostólica sobre o anúncio do Evangelho no mundo atual Uma eterna novidade [2] 12. Embora esta missão nos exija uma entrega generosa, seria um erro consi- derá-la como uma heroica tarefa pes- soal, dado que ela é, primariamente e acima de tudo o que possamos sondar e compreender, obra de Deus. Jesus é «o primeiro e o maior evangelizador». [...] A verdadeira novidade é aquela que o pró- prio Deus quer produzir, aquela que Ele inspira, que Ele provoca, aquela que Ele orienta e acompanha de mil e uma ma- neiras. [...] Esta convicção permite-nos manter a alegria no meio duma tarefa tão exigente e desafiadora que ocupa in- teiramente a nossa vida. Pede-nos tudo, mas ao mesmo tempo dá-nos tudo. 13. E também não deveremos entender a novidade desta missão como um de- senraizamento [...]. A memória é uma dimensão da nossa fé [...]. A alegria evangelizadora refulge sempre sobre o horizonte da memória agradecida [...]. A memória faz-nos presente, juntamente com Jesus, uma verdadeira «nuvem de testemunhas» (Hebreus 12, 1). De entre elas, distinguem-se algumas pessoas que incidiram de maneira especial para fazer germinar a nossa alegria crente [...]. Às vezes, trata-se de pessoas sim- ples e próximas de nós, que nos inicia- ram na vida da fé [...]. O crente é, fun- damentalmente, «uma pessoa que faz memória». ANO B | 15 |NOVEMBRO |2015 TRIGÉSIMO TERCEIRO DOMINGO Daniel 12, 1-3 | Salmo 15 Hebr 10, 11-14.18 | Marcos 13, 24-32 PALAVRA PARA HOJE Uma felicidade duradoira e profunda Deus é Deus da história; e a história é o lugar duma luta incessante entre o mal e o bem. O profeta Daniel anuncia que a luta se intensificará no final dos tempos. Por isso, é preciso acreditar na felicidade que Deus tem para nos oferecer; uma felicidade, aliás, que já nos dá, agora, no tempo presente: «Senhor nosso Deus, concedei-nos a graça de encontrar sem- pre a alegria no vosso serviço, porque é uma felicidade duradoira e profunda ser fiel ao autor de todos os bens». Uma fe- licidade duradoira e profunda... É certo que, no hoje da história, essa felicidade não anula o confronto entre o bem e o mal. Mas Deus também não nos aban- dona e sobre nós já brilha o rosto vitorio- so de Jesus Cristo: os justos «brilharão como estrelas por toda a eternidade». PERGUNTA DA SEMANA Acredito na ressurreição, felicidade duradoira e profunda? EUCARISTIA PELOS PRESBÍTEROS FALECIDOS igreja de santo adrião, 21h NOVEMBRO: 18

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Page 1: ANO B | 15 NOVEMBRO 2015 TRIGÉSIMO TERCEIRO DOMINGO … · 2015. 11. 16. · do Evangelho. A Boa Nova de Jesus Cris-to não pode ficar entregue ao desleixo e desalento, mas tem de

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www.facebook.com/boletimfamiliasolidariaBOLETIM INTERPAROQUIAL | NÚMERO 468

ANO PASTORAL 2015+2016FÉ ANUNCIADA

O batismo não é um título que recebe-mos, mas um chamamento para o ser-viço ativo na vida da Igreja, dentro e fora de portas. O (cristão) batizado não pode não ser «discípulo missionário». [...] Não se trata duma opção, duma escolha en-tre ser ou não ser. A evangelização que a todos nos é pedida é uma respeitosa oferta da nossa mais valia, que é a alegria do Evangelho. A Boa Nova de Jesus Cris-to não pode ficar entregue ao desleixo e desalento, mas tem de ser proposta com coragem, apresentando o melhor que temos aos nossos próximos. Contudo, esta consciência vivencial só acontece quando se «experimentou verdadeira-mente o amor de Deus», «na medida em que se encontrou com o amor de Deus em Jesus Cristo». Eis de novo diante de nós o ícone do Bom Pastor! Eis diante de nós a importância fundamental em experienciar a misericórdia de Deus. «A trave-mestra que suporta a vida da Igreja é a misericórdia. Toda a sua ação pastoral deveria estar envolvida pela ternura com que se dirige aos crentes; no anúncio e testemunho que oferece ao mundo, nada pode ser desprovido de misericórdia. A credibilidade da Igreja passa pela estrada do amor misericordioso e compassivo.

anunciar

A ALEGRIA DO EVANGELHO!

Exortação Apostólica sobre o anúncio do Evangelho no mundo atualUma eterna novidade [2]

12. Embora esta missão nos exija uma entrega generosa, seria um erro consi-derá-la como uma heroica tarefa pes-soal, dado que ela é, primariamente e acima de tudo o que possamos sondar e compreender, obra de Deus. Jesus é «o primeiro e o maior evangelizador». [...] A verdadeira novidade é aquela que o pró-prio Deus quer produzir, aquela que Ele inspira, que Ele provoca, aquela que Ele orienta e acompanha de mil e uma ma-neiras. [...] Esta convicção permite-nos manter a alegria no meio duma tarefa tão exigente e desafiadora que ocupa in-teiramente a nossa vida. Pede-nos tudo, mas ao mesmo tempo dá-nos tudo. 13. E também não deveremos entender a novidade desta missão como um de-senraizamento [...]. A memória é uma dimensão da nossa fé [...]. A alegria evangelizadora refulge sempre sobre o horizonte da memória agradecida [...]. A memória faz-nos presente, juntamente com Jesus, uma verdadeira «nuvem de testemunhas» (Hebreus 12, 1). De entre elas, distinguem-se algumas pessoas que incidiram de maneira especial para fazer germinar a nossa alegria crente [...]. Às vezes, trata-se de pessoas sim-ples e próximas de nós, que nos inicia-ram na vida da fé [...]. O crente é, fun-damentalmente, «uma pessoa que faz memória».

ANO B | 15 |NOVEMBRO |2015TRIGÉSIMO TERCEIRO DOMINGO

Daniel 12, 1-3 | Salmo 15Hebr 10, 11-14.18 | Marcos 13, 24-32

PALAVRA PARA HOJEUma felicidade duradoira e profundaDeus é Deus da história; e a história é o lugar duma luta incessante entre o mal e o bem. O profeta Daniel anuncia que a luta se intensificará no final dos tempos. Por isso, é preciso acreditar na felicidade que Deus tem para nos oferecer; uma felicidade, aliás, que já nos dá, agora, no tempo presente: «Senhor nosso Deus, concedei-nos a graça de encontrar sem-pre a alegria no vosso serviço, porque é uma felicidade duradoira e profunda ser fiel ao autor de todos os bens». Uma fe-licidade duradoira e profunda... É certo que, no hoje da história, essa felicidade não anula o confronto entre o bem e o mal. Mas Deus também não nos aban-dona e sobre nós já brilha o rosto vitorio-so de Jesus Cristo: os justos «brilharão como estrelas por toda a eternidade».

PERGUNTA DA SEMANAAcredito na ressurreição,

felicidade duradoira e profunda?

EUCARISTIA PELOS

presbíteros falecidos

igreja de santo adrião, 21h

NOVEMBRO: 18

Page 2: ANO B | 15 NOVEMBRO 2015 TRIGÉSIMO TERCEIRO DOMINGO … · 2015. 11. 16. · do Evangelho. A Boa Nova de Jesus Cris-to não pode ficar entregue ao desleixo e desalento, mas tem de

Paróquia de São Victor 253 204 620www.diocese-braga.pt/[email protected]

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Para um exame colectivoJesus não envia os seus discípu-los de qualquer maneira. Para colaborar no Seu projecto do reino de Deus e prolongar a Sua missão é necessário ter um esti-lo de vida. Se não é assim, pode-rão fazer muitas coisas, mas

Convicções Cristãs

Pouco a pouco iam morrendo os discípulos que tinham conhecido Jesus. Os que ficavam, acredita-vam Nele sem o ter visto. Celebra-vam a Sua presença invisível nas eucaristias, mas quando veriam o Seu rosto cheio de vida? Quando se cumpriria o seu desejo de en-contrarem-se com Ele para sem-pre?

Continuavam a recordar com amor e com fé as palavras de Jesus. Eram o seu alimento naqueles tempos difíceis de perseguição. Mas, quando poderiam comprovar a verdade que encerravam? Não se iriam esquecendo pouco a pouco? Passavam os anos e não chegava o Dia Final tão esperado, que po-diam pensar?

O discurso apocalíptico que en-contramos em Marcos quer ofe-recer algumas convicções que hão de alimentar a sua esperança. Não o temos de entender em sentido literal, mas procurando descobrir a fé contida nessas imagens e símbolos que hoje nos resulta tão estranhos.

Primeira convicção: A história apaixonante da Humanidade che-gará um dia ao seu fim. O «sol» que assinala a sucessão dos anos apagar-se-á. A «lua» que marca o ritmo dos meses já não brilhará.

Não haverá dias e noites, não haverá tempo. Também, «as estrelas cairão do céu», a distância entre o céu e a terra se apagará, já não haverá espaço. Esta vida não é para sempre. Um dia chegará a Vida definitiva, sem espaço nem tempo. Viveremos no Mistério de Deus.

Segunda convicção: Jesus voltará e os Seus seguidores poderão ver por fim o Seu desejado rosto: «verão vir o Filho do Homem». O sol, a lua e os astros apagar-se-ão, mas o mundo não ficará sem luz. Será Jesus quem o iluminará para sem-pre pondo verdade, justiça e paz na história humana tão escrava hoje de abusos, injustiças e mentiras.

Terceira convicção: Jesus irá trazer consigo a salvação de Deus. Vem com o poder grande e salvador do Pai. Não se apresenta com aspecto ameaçador. O evangelista evita falar aqui de juízos e condenações. Jesus vem a «reunir os Seus eleitos», os que esperam com fé a sua salvação.

Quarta convicção: As palavras de Jesus «não passarão». Não perderão a sua força salvadora. Seguirão alimentando a esperança dos seus seguidores e o alento dos pobres. Não caminhamos em direcção ao nada e ao vazio. Espera-nos o abraço com Deus.

José Antonio Pagola