ano 30 - nº 1.553 r$ 2,00 iris e vanderlan vão para o 2º...

8
Redação: [email protected] - Departamento Comercial: [email protected]Telefone: (62) 3226-4600 Página 6 Eleições transcorrem em clima de normalidade Página 3 O resultado nas maiores cidades de Goiás A rotina estressante no Eixão Gustavo Mendanha vence em Aparecida A polêmica reforma do ensino médio Repórter da Tribuna fez uma viagem de 48 minutos no Eixo Anhanguera entre o terminal Padre Pelágio e o ter- minal Novo Mundo, em Goiânia. E escutou toda espécie de reclamação, como poluição sonora nas plataformas, ônibus lotados, excesso de ambulantes e, de sobra, furtos, quando não assaltos. Página 8 ANO 30 - Nº 1.553 O candidato a prefeito do PMDB em Aparecida de Goiânia, vereador Gustavo Mendanha, foi eleito com 59,99% dos votos. Mendanha conseguiu uma boa distância do principal concorrente, Marlúcio Pereira (PSD), que chegou a 21,09% dos votos válidos. O terceiro colocado, Professor Alcides (PSDB), obteve votos de 18,92% do eleitorado. “Com certeza o povo de Aparecida resolveu que a continuidade seria muito bom para o município”, disse Gustavo Mendanha, referindo-se ao prefeito Maguito Vilela. Página 5 GO I Â NIA, 2 A 8 DE OUTUBRO DE 2016 FUNDADOR E DIRETOR-PRESIDENTE: SEBASTIÃO BARBOSA DA SILVA tribunadoplanalto.com.br R$ 2,00 Como indicavam as pesquisas de intenção de voto, Iris Rezende, do PMDB, e Vanderlan Cardoso, do PSB, vão disputar o segundo turno na eleição para prefeito de Goiânia, no próximo dia 30 de outubro. O•candidato peemedebista obteve 40,47% dos votos válidos enquanto o pesebista chegou a 31,84%. Delegado Waldir (PR), que chegou a alcançar o primeiro lugar na intenção de votos, ficou com o terceiro lugar com 10,48%, enquanto Francisco Jr. (PSD) atingiu o quarto lugar com 9,31%. Página 4 O mau rendimento dos alunos no ensino médio e a falta de interesse nas disciplinas curriculares levaram o governo federal a fazer várias mudanças no ensino médio. As modificações, como a flexibilização do currículo, são para melhorar a qualidade do aprendizado e fazer com que o aluno se interesse pelos estudos, numa aposta do governo para reduzir a evasão escolar. Páginas 4 e 5 Iris e Vanderlan vão para o 2º turno Gustavo Mendanha se elegeu prometendo continuar a gestão de Maguito Iris e Vanderlan, representando os dois principais grupos políticos do estado, PMDB e PSDB, disputam o comando da prefeitura de Goiânia

Upload: buiquynh

Post on 12-Dec-2018

213 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Redação: [email protected] - Departamento Comercial: [email protected] – Telefone: (62) 3226-4600

Página 6

Eleiçõestranscorremem clima denormalidade

Página 3

O resultadonas maiorescidades deGoiás

A rotina estressante no Eixão

Gustavo Mendanhavence em Aparecida

A polêmica reformado ensino médio

Repórter da Tribuna fez uma viagem de 48 minutos no Eixo Anhanguera entre o terminal Padre Pelágio e o ter-minal Novo Mundo, em Goiânia. E escutou toda espécie de reclamação, como poluição sonora nas plataformas,ônibus lotados, excesso de ambulantes e, de sobra, furtos, quando não assaltos. Página 8

ANO 30 - Nº 1.553

O candidato a prefeito do PMDB em Aparecida de Goiânia, vereador Gustavo Mendanha, foi eleito com 59,99%dos votos. Mendanha conseguiu uma boa distância do principal concorrente, Marlúcio Pereira (PSD), quechegou a 21,09% dos votos válidos. O terceiro colocado, Professor Alcides (PSDB), obteve votos de 18,92% doeleitorado. “Com certeza o povo de Aparecida resolveu que a continuidade seria muito bom para o município”,disse Gustavo Mendanha, referindo-se ao prefeito Maguito Vilela. Página 5

GO I Â NIA, 2 A 8 DE OUTUBRO DE 2016

FUNDADOR E DIRETOR-PRESIDENTE: SEBASTIÃO BARBOSA DA SILVA tri bu na do pla nal to.com.br

R$ 2,00

Como indicavam as pesquisas de intenção de voto, Iris Rezende, do PMDB, e Vanderlan Cardoso, do PSB, vão disputar o segundoturno na eleição para prefeito de Goiânia, no próximo dia 30 de outubro. O•candidato peemedebista obteve 40,47% dos votosválidos enquanto o pesebista chegou a 31,84%. Delegado Waldir (PR), que chegou a alcançar o primeiro lugar na intenção devotos, ficou com o terceiro lugar com 10,48%, enquanto Francisco Jr. (PSD) atingiu o quarto lugar com 9,31%. Página 4

O mau rendimento dos alunosno ensino médio e a falta deinteresse nas disciplinascurriculares levaram o governofederal a fazer várias mudançasno ensino médio. Asmodificações, como aflexibilização do currículo, sãopara melhorar a qualidade do

aprendizado e fazer com que oaluno se interesse pelosestudos, numa aposta dogoverno para reduzir a evasãoescolar. Páginas 4 e 5

Iris e Vanderlanvão para o 2º turno

Gustavo Mendanha se elegeu prometendo continuar a gestão de Maguito

Iris e Vanderlan, representando os dois principais grupos políticos do estado, PMDB e PSDB, disputam o comando da prefeitura de Goiânia

Rua An tô nio de Mo ra is Ne to, 330, Setor Castelo Branco, Go i â nia - Go i ás CEP: 74.403-070 Fo ne: (62) 3226-4600

2

Edi ta do e im pres so porRede de Notícia Planalto Ltda-ME

Fun da do em 7 de ju lho de 1986

Di re tor de Pro du ção Cleyton Ataí des Bar bo sacleyton@tri bu na do pla nal to.com.br

Di re tor Ad mi nis tra ti vo e FinanceiroFrancisco Carlos Júlio Ramos

francisco@tri bu na do pla nal to.com.br

Fun da dor e Di re tor-Pre si den teSe bas ti ão Bar bo sa da Sil vase bas ti ao@tri bu na do pla nal to.com.br

Edi to r-Chefe

Edi to r-Executivo

Ronaldo Coelho

De par ta men to Co mer cialco mer cial@tri bu na do pla nal to.com.br

[email protected]@gmail.com

Manoel Messias [email protected]

Edi to ra interinaDaniela  Martins

[email protected]

Paulo José (Fotografia)[email protected]

Marcione Barreira

Fabiola Rodrigues [email protected]

[email protected]

RepórteresDiagramaçãoJosé Deusmar Rodrigues

[email protected]

Redaçãoredacao@tri bu na do pla nal to.com.br

tri bu na do pla nal to.com.br

Opinião CENA URBANAFLAGRANTE DO DIA A DIA DA CAPITAL, ESTADO, BRASIL E MUNDO

CARTA AO LEITOR

MANOEL MESSIAS – EDITOR EXECUTIVO

Planejamento para aposentadoriaFrente à proximidade da reforma da Previdência So-

cial, uma das prioridades do atual governo, muitos tra-balhadores estão inseguros com o seu futuro. Além deconhecer as mudanças nas regras, fazer um planeja-mento para ter uma aposentadoria tranquila é mais doque uma alternativa à conjuntura desfavorável, é umanecessidade.

Muitas pessoas se preocupam com o crescimentoprofissional e aumento de sua renda hoje, mas poucasse organizam e poupam dinheiro para garantir qualidadede vida no futuro. E é aí que a educação financeira se en-caixa perfeitamente, preenchendo a importante lacunade aprender a se planejar, não importa a idade.

O salário do INSS é muito importante para os brasi-leiros e um direito do trabalhador. Entretanto, o valornão é suficiente para manter o padrão e a qualidade devida. O intuito desse artigo é informar sobre as mudan-ças e ajudar os trabalhadores a como agir diante delas,para não comprometer de forma negativa o futuro.

Então, o que fazer?O primeiro passo para mudar é pensar no padrão de

vida que deseja ter após se aposentar. Será que para viverdignamente você precisará da ajuda de parentes ou deoutras pessoas? Infelizmente, isso acontece com milhõesde brasileiros. É importante ter consciência que mesmotendo trabalhado a vida toda com carteira assinada, con-tribuindo para o INSS, a quantia recebida dificilmenteserá suficiente.

Tenha em mente também que o quanto antes vocêpensar em seu futuro, mais fácil será para poupar di-nheiro e atingir a quantia desejada. Há diversas modali-dades de investimentos adequadas para a aposentadoria,

como previdência privada e tesourodireto. Vale a pena conhecer um pouco mais a respeito.

Para auxiliar nesse processo, vou compartilhar umafórmula que criei há alguns anos, com base na minha ex-periência pessoal e profissional, como educador finan-ceiro. O segredo é encontrar o “número da suaaposentadoria”, ou seja, quanto quer ganhar mensal-mente a partir da data em que decidir parar de trabalharpor obrigação. Fazendo as contas certas, acredite, é pos-sível conseguir.

Para que não se tenha risco de o dinheiro acabaruma hora, o “número” deve ser de, no mínimo, odobro do padrão de vida. Assim, a pessoa saca 50%do que é ganho com os juros mensais dessa aplicação,para viver da forma que planejou, e guarda o restantecomo reserva, que irá se acumular e continuar tra-zendo rendimento.

Fiz uma planilha que já faz todo o cálculo necessáriode maneira automatizada, apenas bastando que coloqueas informações nos lugares indicados. Basta acessarhttp://www.dsop.com.br/arquivos-downloads/file/cal-culo-de-aplicacao-para-independencia-financeira?id=1,baixar o arquivo e descobrir o número da sua aposenta-doria.

Eduque-se financeiramente e mude o comporta-mento em relação ao dinheiro, para viver uma vida maisplena e sustentável!

Reinaldo Domingos, educador financeiro, presi-dente da Associação Brasileira de Educadores Finan-ceiros (Abefin) e da DSOP Educação Financeira eautor do best-seller Terapia Financeira

GO I Â NIA, 2 A 8 DE OUTUBRO DE 2016

X

Eleição: menor influência do poder econômico

As eleições municipais deste ano tiveram regras pela nova lei eleitoral apro-vada em reforma no ano passado. A minirreforma reduziu o prazo oficial decampanha, de 90 para 45 dias, e o período para propaganda no rádio e naTV. Além disso, estabeleceu um limite para captação de recursos financeirose proibiu o financiamento privado de campanha.

Em outras palavras, os políticos que concorreram e concorrem aos cargosde prefeito e vereador esse ano só puderam receber doações de pessoas físicasou do fundo partidário, além de recursos próprios. Além disso, as captaçõespara a candidatura só podem atingir 70% do maior gasto declarado para ocargo no pleito anterior, se tiver havido só um turno, e 50% caso tiver havidodois turnos. No segundo turno, esse valor será 30% do máximo arrecadadopara o primeiro turno. Para municípios de 10 mil habitantes, o teto é de R$100 mil.

No mesmo sentido há ainda outras limitações. Só foram permitidos ade-sivos comuns de até 50 cm x 40 cm ou microperfurados no tamanho máximodo para-brisa traseiro. “Envelopamentos” do carro estão proibidos. Veículoscom jingles no dia das eleições também foram proibidos. O período de pro-paganda dos candidatos no rádio e na TV foi diminuído de 45 para 35 dias.

Todas essas mudanças, especialmente a proibição de doação de dinheiropor pessoas jurídicas (empresas) e a redução significativa do tempo de cam-panha, parece que conseguiram de fato dar um novo ar às eleições. Se por umlado não tivemos a empolgação própria do processo democrático de escolhados representantes do povo, a campanha foi mais silenciosa, menos suja. Enão há o que se falar em falta de tempo para apresentação das propostas doscandidatos, até porque vivemos na era da informação, com o eleitor tendo àsua disposição inúmeros meios para avaliar as propostas.

Houve nessa eleição uma considerável redução da presença do abuso dopoder econômico, que tradicionalmente era algo visível no processo eleitoral.Essa realidade é confirmada pelos números do Tribunal Superior Eleitoral(TSE). Segundo o órgão que coordena o processo eleitoral, até este domingo(2), os candidatos a prefeito e a vereador na eleição municipal deste ano de-clararam ter gasto R$ 2,1 bilhões com a campanha. O número equivale a umterço das despesas informadas em 2012, quando o montante chegou a R$ 6,24bilhões no primeiro e no segundo turno da eleição. O valor não está corrigidopela inflação registrada no período.

A tendência, portanto, deve ser essa: teremos campanhas cada vez maismodestas, com menor influência do poder econômico.

Toda eleição a cena se repete: candidatos insistem em jogar na rua, principalmente nas proximidades delocais de votação, uma enorme quantidade de material de campanha, conduta é vedada pela lei eleitoral

Eduardo Shinyashiki

Liderança compartilhada:necessária e eficaz

Já parou para pensar que a atual crise, da qualtanto se fala, vai além da questão financeira, da cor-rupção e do caos econômico que muitos estão viven-ciando? Ela envolve, nitidamente, falta de liderança ede espírito cooperativo. E não falo da liderança habi-tual praticada por gestores ou chefes, mas daquela queenvolve quase todas as esferas sociais e que é um es-tado de consciência, uma atitude.

Muitas pessoas e empresas ainda mantêm a mesmaposição de antigamente, em que os sistemas de lide-rança corporativa eram vistos como caminhos a serempercorridos de forma solitária, e que o segredo para al-cançar o sucesso estava em uma postura mais indivi-dualista. Isso dificulta o crescimento de todos, inclusivedos que acreditam nessa forma retrógrada de liderar.

O cenário atual requer pessoas capazes de oferecera oportunidade para todos brilharem e se realizaremdentro dos ambientes em que estão inseridos. Ao as-sumir essa postura, cada um faz muito mais do quesimplesmente comandar algo: convida a todos queestão ao seu redor para crescerem juntos. Com isso, assoluções são compartilhadas, baseadas no cooperati-vismo e ainda somam forças para conquistar excelentesresultados.

A partir do momento em que compreendermos quea solução não virá de uma única liderança, mas, sim,de muitas, podemos passar a liderar a própria vida,empresa, profissão e, então, nos unir em prol de algomuito maior. Tenha em mente que, mais do que ter umtime forte e unido, é necessário estabelecer parceriascom outros times fortes e unidos, já que o cenário decrise não é exclusivo de um ou dois porém de todos.Caso ele seja compartilhado, pode se transformar emmúltiplos cenários de oportunidades.

Isso só será possível, no entanto, se cada pessoasouber liderar a si mesma, com disposição e sabedoriapara aceitar o seu próprio brilho, e entender sua uni-cidade dentro do todo. Mais do que nunca, é funda-mental fortalecer a autoestima, autoconfiança,autoeficácia e autoconhecimento para que o valorpessoal, as habilidades, potencialidades, capacidadese a consciência sejam reforçados. É preciso muita de-terminação, perseverança, compaixão, empatia, tole-rância e humildade para que possamos nosdesenvolver enquanto grupo.

A diferença de um grande líder não está na capaci-dade de gerir, organizar e guiar um grupo, está na cria-ção de contexto, na capacidade de se colocar no lugardo outro, de ousar e compartilhar novas soluções paraos problemas de sempre. Grandes líderes são aptos agerenciar as próprias competências socioemocionais etambém as de todos que estão ao seu redor.

Lidere primeiramente a sua história, vá além dos li-mites, olhe para onde todos estão olhando e procureenxergar o que ninguém viu. Imagine o futuro e com-preenda que, ao contar com o outro e permitir que eleconte com você, o caminho entre o sonho e a realidadefica bem mais próximo!

Eduardo Shinyashiki é palestrante, consultor orga-nizacional, conferencista nacional e internacional e es-pecialista em Desenvolvimento das Competências deLiderança aplicadas à Administração e Educação.Mestre em neuropsicologia, Eduardo é presidente doInstituto Eduardo Shinyashiki e também escritor eautor de importantes livros como “Transforme seus So-nhos em Vida”, sua publicação mais recente.www.edushin.com.br.

Reinaldo Domingos

ESFERA PÚBLICAESPAÇO PARA FOMENTAR O DEBATE, OS ARTIGOS PUBLICADOS NESTA SEÇÃO NÃO TRADUZEM NECESSARIAMENTE A OPINIÃO DO JORNAL

OSWALDO CORNETI /FOTOS PÚBLICAS

Rua An tô nio de Mo ra is Ne to, 330, Setor Castelo Branco, Go i â nia - Go i ás CEP: 74.403-070 Fo ne: (62) 3226-4600

2

Edi ta do e im pres so porRede de Notícia Planalto Ltda-ME

Fun da do em 7 de ju lho de 1986

Di re tor de Pro du ção Cleyton Ataí des Bar bo sacleyton@tri bu na do pla nal to.com.br

Di re tor Ad mi nis tra ti vo e FinanceiroFrancisco Carlos Júlio Ramos

francisco@tri bu na do pla nal to.com.br

Fun da dor e Di re tor-Pre si den teSe bas ti ão Bar bo sa da Sil vase bas ti ao@tri bu na do pla nal to.com.br

Edi to r-Chefe

Edi to r-Executivo

Ronaldo Coelho

De par ta men to Co mer cialco mer cial@tri bu na do pla nal to.com.br

[email protected]@gmail.com

Manoel Messias [email protected]

Edi to ra interinaDaniela  Martins

[email protected]

Paulo José (Fotografia)[email protected]

Marcione Barreira

Fabiola Rodrigues [email protected]

[email protected]

RepórteresDiagramaçãoJosé Deusmar Rodrigues

[email protected]

Redaçãoredacao@tri bu na do pla nal to.com.br

tri bu na do pla nal to.com.br

Opinião CENA URBANAFLAGRANTE DO DIA A DIA DA CAPITAL, ESTADO, BRASIL E MUNDO

CARTA AO LEITOR

MANOEL MESSIAS – EDITOR EXECUTIVO

Planejamento para aposentadoriaFrente à proximidade da reforma da Previdência So-

cial, uma das prioridades do atual governo, muitos tra-balhadores estão inseguros com o seu futuro. Além deconhecer as mudanças nas regras, fazer um planeja-mento para ter uma aposentadoria tranquila é mais doque uma alternativa à conjuntura desfavorável, é umanecessidade.

Muitas pessoas se preocupam com o crescimentoprofissional e aumento de sua renda hoje, mas poucasse organizam e poupam dinheiro para garantir qualidadede vida no futuro. E é aí que a educação financeira se en-caixa perfeitamente, preenchendo a importante lacunade aprender a se planejar, não importa a idade.

O salário do INSS é muito importante para os brasi-leiros e um direito do trabalhador. Entretanto, o valornão é suficiente para manter o padrão e a qualidade devida. O intuito desse artigo é informar sobre as mudan-ças e ajudar os trabalhadores a como agir diante delas,para não comprometer de forma negativa o futuro.

Então, o que fazer?O primeiro passo para mudar é pensar no padrão de

vida que deseja ter após se aposentar. Será que para viverdignamente você precisará da ajuda de parentes ou deoutras pessoas? Infelizmente, isso acontece com milhõesde brasileiros. É importante ter consciência que mesmotendo trabalhado a vida toda com carteira assinada, con-tribuindo para o INSS, a quantia recebida dificilmenteserá suficiente.

Tenha em mente também que o quanto antes vocêpensar em seu futuro, mais fácil será para poupar di-nheiro e atingir a quantia desejada. Há diversas modali-dades de investimentos adequadas para a aposentadoria,

como previdência privada e tesourodireto. Vale a pena conhecer um pouco mais a respeito.

Para auxiliar nesse processo, vou compartilhar umafórmula que criei há alguns anos, com base na minha ex-periência pessoal e profissional, como educador finan-ceiro. O segredo é encontrar o “número da suaaposentadoria”, ou seja, quanto quer ganhar mensal-mente a partir da data em que decidir parar de trabalharpor obrigação. Fazendo as contas certas, acredite, é pos-sível conseguir.

Para que não se tenha risco de o dinheiro acabaruma hora, o “número” deve ser de, no mínimo, odobro do padrão de vida. Assim, a pessoa saca 50%do que é ganho com os juros mensais dessa aplicação,para viver da forma que planejou, e guarda o restantecomo reserva, que irá se acumular e continuar tra-zendo rendimento.

Fiz uma planilha que já faz todo o cálculo necessáriode maneira automatizada, apenas bastando que coloqueas informações nos lugares indicados. Basta acessarhttp://www.dsop.com.br/arquivos-downloads/file/cal-culo-de-aplicacao-para-independencia-financeira?id=1,baixar o arquivo e descobrir o número da sua aposenta-doria.

Eduque-se financeiramente e mude o comporta-mento em relação ao dinheiro, para viver uma vida maisplena e sustentável!

Reinaldo Domingos, educador financeiro, presi-dente da Associação Brasileira de Educadores Finan-ceiros (Abefin) e da DSOP Educação Financeira eautor do best-seller Terapia Financeira

GO I Â NIA, 2 A 8 DE OUTUBRO DE 2016

X

Eleição: menor influência do poder econômico

As eleições municipais deste ano tiveram regras pela nova lei eleitoral apro-vada em reforma no ano passado. A minirreforma reduziu o prazo oficial decampanha, de 90 para 45 dias, e o período para propaganda no rádio e naTV. Além disso, estabeleceu um limite para captação de recursos financeirose proibiu o financiamento privado de campanha.

Em outras palavras, os políticos que concorreram e concorrem aos cargosde prefeito e vereador esse ano só puderam receber doações de pessoas físicasou do fundo partidário, além de recursos próprios. Além disso, as captaçõespara a candidatura só podem atingir 70% do maior gasto declarado para ocargo no pleito anterior, se tiver havido só um turno, e 50% caso tiver havidodois turnos. No segundo turno, esse valor será 30% do máximo arrecadadopara o primeiro turno. Para municípios de 10 mil habitantes, o teto é de R$100 mil.

No mesmo sentido há ainda outras limitações. Só foram permitidos ade-sivos comuns de até 50 cm x 40 cm ou microperfurados no tamanho máximodo para-brisa traseiro. “Envelopamentos” do carro estão proibidos. Veículoscom jingles no dia das eleições também foram proibidos. O período de pro-paganda dos candidatos no rádio e na TV foi diminuído de 45 para 35 dias.

Todas essas mudanças, especialmente a proibição de doação de dinheiropor pessoas jurídicas (empresas) e a redução significativa do tempo de cam-panha, parece que conseguiram de fato dar um novo ar às eleições. Se por umlado não tivemos a empolgação própria do processo democrático de escolhados representantes do povo, a campanha foi mais silenciosa, menos suja. Enão há o que se falar em falta de tempo para apresentação das propostas doscandidatos, até porque vivemos na era da informação, com o eleitor tendo àsua disposição inúmeros meios para avaliar as propostas.

Houve nessa eleição uma considerável redução da presença do abuso dopoder econômico, que tradicionalmente era algo visível no processo eleitoral.Essa realidade é confirmada pelos números do Tribunal Superior Eleitoral(TSE). Segundo o órgão que coordena o processo eleitoral, até este domingo(2), os candidatos a prefeito e a vereador na eleição municipal deste ano de-clararam ter gasto R$ 2,1 bilhões com a campanha. O número equivale a umterço das despesas informadas em 2012, quando o montante chegou a R$ 6,24bilhões no primeiro e no segundo turno da eleição. O valor não está corrigidopela inflação registrada no período.

A tendência, portanto, deve ser essa: teremos campanhas cada vez maismodestas, com menor influência do poder econômico.

Toda eleição a cena se repete: candidatos insistem em jogar na rua, principalmente nas proximidades delocais de votação, uma enorme quantidade de material de campanha, conduta é vedada pela lei eleitoral

Eduardo Shinyashiki

Liderança compartilhada:necessária e eficaz

Já parou para pensar que a atual crise, da qualtanto se fala, vai além da questão financeira, da cor-rupção e do caos econômico que muitos estão viven-ciando? Ela envolve, nitidamente, falta de liderança ede espírito cooperativo. E não falo da liderança habi-tual praticada por gestores ou chefes, mas daquela queenvolve quase todas as esferas sociais e que é um es-tado de consciência, uma atitude.

Muitas pessoas e empresas ainda mantêm a mesmaposição de antigamente, em que os sistemas de lide-rança corporativa eram vistos como caminhos a serempercorridos de forma solitária, e que o segredo para al-cançar o sucesso estava em uma postura mais indivi-dualista. Isso dificulta o crescimento de todos, inclusivedos que acreditam nessa forma retrógrada de liderar.

O cenário atual requer pessoas capazes de oferecera oportunidade para todos brilharem e se realizaremdentro dos ambientes em que estão inseridos. Ao as-sumir essa postura, cada um faz muito mais do quesimplesmente comandar algo: convida a todos queestão ao seu redor para crescerem juntos. Com isso, assoluções são compartilhadas, baseadas no cooperati-vismo e ainda somam forças para conquistar excelentesresultados.

A partir do momento em que compreendermos quea solução não virá de uma única liderança, mas, sim,de muitas, podemos passar a liderar a própria vida,empresa, profissão e, então, nos unir em prol de algomuito maior. Tenha em mente que, mais do que ter umtime forte e unido, é necessário estabelecer parceriascom outros times fortes e unidos, já que o cenário decrise não é exclusivo de um ou dois porém de todos.Caso ele seja compartilhado, pode se transformar emmúltiplos cenários de oportunidades.

Isso só será possível, no entanto, se cada pessoasouber liderar a si mesma, com disposição e sabedoriapara aceitar o seu próprio brilho, e entender sua uni-cidade dentro do todo. Mais do que nunca, é funda-mental fortalecer a autoestima, autoconfiança,autoeficácia e autoconhecimento para que o valorpessoal, as habilidades, potencialidades, capacidadese a consciência sejam reforçados. É preciso muita de-terminação, perseverança, compaixão, empatia, tole-rância e humildade para que possamos nosdesenvolver enquanto grupo.

A diferença de um grande líder não está na capaci-dade de gerir, organizar e guiar um grupo, está na cria-ção de contexto, na capacidade de se colocar no lugardo outro, de ousar e compartilhar novas soluções paraos problemas de sempre. Grandes líderes são aptos agerenciar as próprias competências socioemocionais etambém as de todos que estão ao seu redor.

Lidere primeiramente a sua história, vá além dos li-mites, olhe para onde todos estão olhando e procureenxergar o que ninguém viu. Imagine o futuro e com-preenda que, ao contar com o outro e permitir que eleconte com você, o caminho entre o sonho e a realidadefica bem mais próximo!

Eduardo Shinyashiki é palestrante, consultor orga-nizacional, conferencista nacional e internacional e es-pecialista em Desenvolvimento das Competências deLiderança aplicadas à Administração e Educação.Mestre em neuropsicologia, Eduardo é presidente doInstituto Eduardo Shinyashiki e também escritor eautor de importantes livros como “Transforme seus So-nhos em Vida”, sua publicação mais recente.www.edushin.com.br.

Reinaldo Domingos

ESFERA PÚBLICAESPAÇO PARA FOMENTAR O DEBATE, OS ARTIGOS PUBLICADOS NESTA SEÇÃO NÃO TRADUZEM NECESSARIAMENTE A OPINIÃO DO JORNAL

OSWALDO CORNETI /FOTOS PÚBLICAS

POLÍTICA 3GO I Â NIA, 2 A 8 DE OUTUBRO DE 2016

XRonaldo Coelho

[email protected] DIRETA

Veja o resultado nas principais cidadesEm alguns municípios,como Inhumas eSenador Canedo, osprefeitos que tentavam areeleição perderam oembate nas urnas

ELEIÇÕES 2016

Daniela Martins

Nas principais cidades goia-nas do interior, as eleições trans-correram de forma tranquila e osprefeitos e vereadores eleitos fo-ram conhecidos já no início danoite de domingo.

A grande surpresa deste plei-to aconteceu em Anápolis, ondeRoberto do Órion, cotado emquinto lugar nas pesquisas, des-bancou os concorrentes e vaidisputar o segundo turno com oatual prefeito João Gomes.

Rio VerdeEm Rio Verde, o médico

Paulo do Vale (PMDB) foi eleitocom 49,33%, acompanhado pelovice Chico do KGL (DEM), em-presário. O segundo colocado,deputado estadual licenciadoHeuler Cruvinel (PSD), alcan-çou 27,76%.

Em terceiro lugar ficou Lis-sauer Vieira (PSB) com 20,52 e,em último, Cristiano Quintino(PPL) com 2,38%.

Cidade de GoiásNa Cidade de Goiás, a pre-

feitura Selma Bastos (PT) foireeleita com o apoio do PSDB.

Democracia forteO governador Marconi Perillo votou na

3ª seção do Colégio Militar de Palmeiras deGoiás (Antigo Colégio Estadual), no Centroda cidade, onde chegou por volta das 11h50acompanhado de seu pai, senhor MarconiFerreira Perillo, e do prefeito da cidade, Al-berane Marques. “O voto fortalece a demo-cracia”, disse ele ao deixar o local.

SerenidadeAntes de ir ao local de votação, Marconi

Perillo usou as redes sociais para incentivaro eleitor a participar do pleito. “Torcemos eesperamos por um domingo de pleno exercí-cio da democracia, sem qualquer tipo deocorrência em Goiás”, disse o governador noTwitter. “Desejo aos goianos um dia de vota-ção tranquilo e que possam fazer suas esco-lhas com serenidade”, acrescentou.

RÁPIDASTrabalhadores da UFG, IFG e IF Goiano

anunciaram greve para o dia 22 de outubro. Ostrabalhadores são contra medidas anunciadaspor Michel Temer, dentre elas a PEC 241, quecongela por 20 anos os gastos da União.

A categoria também é contrária à reformaprevidenciária e do Ensino Médio, e ao Projetode Lei da Câmara (PLC) 54/16, que prevê cor-te de verbas, congelamento de salários, tercei-rização e privatização no serviço público.

Goiânia e Aparecida registraram, juntas, 17homicídios apenas na quinta e sexta-feira, dias 29e 30 de setembro. As duas cidades tiveram, só emsetembro, 39 homicídios dolosos, situação quedeixa as autoridades e a população alarmados.

Os crimes ocorreram por motivos diversos,que vão desde o envolvimento com drogas, exe-cuções, tentativas de assalto a disputas por pontode táxi. Dos 17 homicídios registrados em 48 ho-ras, 14 foram em Goiânia em três em Aparecida.

XXX

X

SujõesRuas de Goiânia e, principalmente de Apa-

recida de Goiânia, amanheceram tomadas delixo eleitoral na manhã desse domingo, dia 2.Os candidatos sujões voltaram a atacar nova-mente, demonstrando total falta de consciênciaambiental, e derramaram santinhos nas proxi-midades dos locais de votação. A pena para es-se tipo de atitude varia entre seis meses a umano de cadeia, além de multa de R$ 5 mil a R$16 mil, mas parece que não incomoda os polí-ticos sujões. Jogar lixo nas ruas é uma vergo-nha.

Renovação na políticaAssessor especial do presidente Michel Te-

mer, o ex-deputado Sandro Mabel parece mes-mo decidido em não mais disputar cargo elei-toral. Ele disse que ao deixar a Câmara Federaldepois de seis mandatos de deputado, colabo-rou para a renovação política, citando comoexemplo a eleição de Daniel Vilela, seu colegade PMDB, a deputado federal. Mabel disseque é preciso “dar vez aos mais novos”.

Mudança de horárioO presidente Michel Temer (PMDB) foi

o primeiro a votar em sua sessão na manhãdeste domingo, dia 2. Ele chegou de carro às7h52 à sede da PUC, na Zona Oeste de SãoPaulo, e subiu até sua seção de elevador. Avotação de Michel Temer estava marcadapara às 11 horas, mas para evitar constran-gimentos, já que está com a popularidadeem baixa, o presidente adiantou o horáriodo voto e evitou contato com eleitores e im-prensa.

InvestigaçãoA Polícia Civil já descobriu que o assassino

de José Gomes da Rocha (PTB), Gilberto Fer-reira do Amaral, conversou pelo menos 15 ve-zes com o candidato a vereador Rogério Re-zende (PR), casado com uma sobrinha do de-putado Álvaro Guimarães, também do PR. Ocandidato a vereador teria conversado com oautor do crime duas horas antes do evento edepois do crime teria deixado a cidade. A Polí-cia Civil afirmou também que o ex-prefeito nãose envolveu em confusão com o atirador Gil-berto Ferreira no mesmo dia do atentado

RepercussãoO escritório regional para América do Sul

do Alto Comissariado das Nações Unidas paraos Direitos Humanos (Acnudh) condenou nasexta-feira, dia 30, o ataque a tiros que causoua morte de José Gomes da Rocha e feriu o vi-ce-governador e secretário de Segurança Públi-ca, José Eliton. “Condenamos a morte do can-didato e confiamos em uma rápida apuração,por parte das autoridades, dos motivos e asresponsabilidades por trás do ataque”, disseAmerigo Incalcaterra, representante do Ac-nudh.

Eliton confirma voto em VanderlanMesmo em

recuperação, ovice-governadorJosé Eliton foi namanhã de do-mingo, dia 2, àurna eleitoral vo-tar para prefeitode Goiânia.“Agradeço aDeus por me per-mitir mais essemomento espe-cial, oportunida-de em que pudeexercer plena-mente a minha cidadania”. No Twitter, JoséEliton revelou o seu voto. “Fiz questão de votarnestas eleições municipais e fazendo a opçãopelo candidato Vanderlan Cardoso”.

IdoneidadeNota divulgada pelo Ministério Público de

Goiás na sexta-feira, dia 30, diz que o órgãonão concede atestado de idoneidade para ne-nhum político ou candidato. “Aos membros doMP-GO cabe tão somente apurar e investigarfatos que possam estar em desacordo com alegislação”, diz a nota, uma clara resposta aIris Rezende (PMDB), que havia afirmado nu-ma pílula na TV que o MP lhe conferiu umatestado de idoneidade na vida pública.

“Nesta eleição, sem doação de pessoajurídica, apenas com doação de pessoafísica, temos, até agora – e os candidatosainda têm três dias para contabilização –R$ 2,1 bilhões”. Presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Gilmar Mendes, informa no domingo, dia 2, que os candidatos a prefeito e avereador na eleição municipal deste ano gastaram um terço das despesas informadas em 2012, quando o montantechegou a R$ 6,24 bilhões.

Atentado em Itumbiara leva Helio de Sousaa assumir governo de Goiás por dois dias

O presidente da Assembleia Legislativa, Helio de Sousa, foi governador de Goiás por dois dias nasemana passada. Ele assumiu a função na noite de quarta-feira, dia 28, após o atentado à bala sofridopor José Eliton. O vice-governador substituía Marconi Perillo, que estava em missão comercial nos Es-tados Unidos. Como governador, Helio de Sousa foi ao velório de José Gomes na quinta-feira, dia 29,e recebeu o ministro da Justiça, Alexandre de Morais, que veio a Goiânia visitar José Eliton no Hugol.Na sexta-feira, dia 30, com a chegada de Marconi Perillo, ele reassumiu seu cargo de presidente da As-sembleia Legislativa, que fora ocupado interinamente pelo deputado NédioLeite (PSDB). Todo político sonha em ser governador, mesmo quepor poucos dias, mas assumir o cargo nesta situação não agarradaa ninguém. Foi assim com Helio de Sousa, que afirmou ter rece-bido com indignação a notícia dos fatos ocorridos no municípiode Itumbiara. De acordo com ele, os atos de violência são lamen-táveis e traduzem o momento melindroso pelo qual atravessa ocontexto político brasileiro.

“José Gomes da Rocha foi meu colega de Assembleia Legisla-tiva em 2003, quando deixou o cargo de deputado para assu-mir a Prefeitura de Itumbiara, em 2005. Presto minha so-lidariedade às famílias das vítimas e ao restabele-cimento integral da saúde dos feridos. Espe-ramos que as circunstâncias desse crimebrutal sejam apuradas e que as investiga-ções possam esclarecer as reais motivaçõesdo ocorrido”, afirmou Helio de Sousa.

Selma alcançou 42,59% dos vo-tos. Abner Curado (PMDB), ex-prefeito por duas ocasiões, ficouem segundo, tendo alcançado30,20% da preferência dos elei-tores. Na sequência vieram o ex-vereador Cesinha (PRB) com10,16%; Zilda Lobo (PP) com8,64%; Edil Araújo (PSB) com8.07% e Joaquim Craveiro(PSL) com 0,33%.

TrindadeOs eleitores do município de

Trindade também reelegeramseu atual prefeito: Jânio Darrot(PSDB), que venceu com51,34% dos votos contra 35,62%alcançados pelo segundo colo-cado, Dr. Antônio (PR). O ex-prefeito Ricardo Fortunato(PMDB) ficou com 11,55% e oex-vereador Alexandre Complei-te (DEM) com 1,5%.

InhumasO advogado Abelardo Vaz

(PP) foi reconduzido à prefeitu-ra de Inhumas com 56,58% dosvotos, vencendo o atual prefeitoDioji Ikeda (PDT), que buscavaa reeleição e alcançou 33,09%.Pacheco Júnior (Rede) ficou emterceiro lugar com 10,32% dosvotos.

Abelardo Vaz pertence aogrupo político do deputado fede-ral Roberto Balestra (PP) e já foiprefeito em Inhumas de 2005 a2008. Agora retorna ao Executi-vo municipal acompanhado dovice Dr. João Antônio.

Senador CanedoEm Senador Canedo, o em-

presário Zélio Cândido (PSB)venceu o prefeito Misael Oliveira(PDT), que tentava a reeleição.Zélio alcançou 37,90% dos votoscontra 32,79% de Misael. Dr. Al-sueres (PR) ficou em terceiro,com 15,43% e Franco Martins(DEM) em quarto, com 13,88%.

Zélio Cândido foi secretário

municipal na gestão de Vander-lan Cardoso como prefeito deSenador Canedo.

CatalãoEm Catalão, o atual prefeito

Jardel Sebba (PSDB) tambémperdeu a reeleição. O deputadoestadual Adib Elias (PMDB)venceu a disputa pela prefeituracom 67,62% contra 26,34% al-cançado pelo prefeito. CamilaCampos (PSOL) ficou em ter-ceiro lugar com 6,04% da prefe-rência do eleitorado catalano.

ItumbiaraAinda abalados pela violên-

cia do atentado que vitimou ocandidato José Gomes da Rocha(PTB), na quarta-feira, 28, oseleitores de Itumbiara elegeramo agrônomo José Antônio(PTB) com 67,27% dos votos.José Antônio é substituto de Jo-sé Gomes.

Em segundo lugar ficou Ál-

varo Guimarães (PR) com 26,15e Cesinha (PDT) terminou emterceiro, com 6,57%.

LuziâniaNo município de Luziânia,

entorno do Distrito Federal, oempresário Marcelo Melo(PSDB) foi eleito com 83,97%deixando Augustinho (PSOL)em segundo, com 16,03%. Cris-tovão Vaz (PSD), atual prefeito,obteve a maioria dos votos, massua candidatura foi indeferidapela Justiça Eleitoral. Ele está re-correndo.

FormosaTambém no entorno do DF,

Formosa elegeu o deputado es-tadual Ernesto Roller (PMDB)como prefeito. Roller venceucom 76,68% do total. RodrigoLacerda (PSB) ficou em segun-do lugar com 21,43% votos eProfessor Mirim (PT), que obte-ve 1,89%, terminou em terceiro.

JoãoGomesenfrenta Roberto doÓrion no 2º turno

O professor Roberto doÓrion (PTB) é uma dessasgrandes surpresas das elei-ções deste domingo. Quintocolocado nas pesquisas Ser-pes pela Prefeitura de Aná-polis, iniciando a corridaeleitoral com 0,8% das in-tenções de votos, Órion des-bancou os três candidatos àsua frente e vai disputar osegundo turno com o atualprefeito João Gomes (PT).

João Gomes foi eleitocomo vice de Antônio Go-mide, em 2012, e assumiudepois que o titular saiu pa-ra concorrer às eleições es-taduais de 2014. Agora con-corre a reeleição, tendo al-cançado 29,92% dos votosneste primeiro turno.

Roberto do Órion che-gou a 21,56%, deixando forada disputa Pedro Canedo(DEM), Valeriano (PSC),Carlos Antonio (PSDB), Jo-sé de Lima (PV) e Ernani dePaula (PSDC).

Jânio Darrot: Trindade Adib Elias: Catalão Abelardo Vaz: Inhumas Ernesto Roller: Formosa

POLÍTICA4 X

GO I Â NIA, 2 A 8 DE OUTUBRO DE 2016

ELEIÇÕES 2016

Pesebista chega aosegundo turno apósdisputa polarizadacom ex-prefeito doPMDB. Nos próximosdias de campanha,Iris e Vanderlandevem intensificar osdebates

Marcione Barreira, repórter de política

A eleição de Goiânia terá umnovo embate no próximo dia 30de outubro entre Iris Rezende(PMDB) e Vanderlan Cardoso(PSB). O candidato do PMDBobteve 40,47% dos votos e o pse-bista alcançou 31,84% dos votosválidos. Agora, os dois traçamsuas estratégias para os próxi-

Iris e Vanderlan disputamsegundo turno em Goiânia

PAULO JOSÉ

mos dias e no decorrer da se-mana deve ser anunciado oapoio ou neutralidade dos de-mais concorrentes.Os dois candidatos estavam

animados nos últimos dias decampanha, enquanto Iris falavaem ganhar o pleito no primeiroturno, Vanderlan sonhava emchegar a frente já no primeiroembate. Entretanto, a realidadenão refletiu o imaginário dosdois.Neste sentido, as pesquisas

apresentavam outro cenário, emespecial a última, divulgada peloIbope. O levantamento davaampla vantagem a Iris e o colo-cava com 45% das intenções devoto contra 27% de Vanderlan.No final, a diferença ficou em8,63% e os próximos passos dosegundo momento da campa-nha dará o tom no caminhar decada candidato.No início da votação, Van-

derlan Cardoso chegou a lideraraté 35% das urnas apuradas.Aos 36%, Iris assumiu a pontanum placar que mostrava osdois praticamente empatadoscom 35,96% para Iris e 35,54%para Vanderlan. No momentoem que o placar marcava50,13% de urnas abertas, Irisampliou sua vantagem em3,09% e só abriu até alcançar8,63% com 100% de apuração.Para chegar ao segundo,

turno os dois candidatos trava-ram, a partir da segundo metadede agosto, duelos tímidos.Numa campanha mais curta, osdois nomes se propuseram aapresentar seus projetos. Van-derlan Cardoso apostou nocarro forte de seu plano de go-verno que pretende instalar oitopólos industriais pela cidade deGoiânia. A coligação do empresário

Vanderlan reúne 12 partidos,

entre eles o PSDB, que indicoucomo vice da chapa Thiago Al-bernaz. O candidato já foi pre-feito de Senador Canedo em2004 e reeleito em 2008. Tam-bém concorreu ao governo esta-dual de Goiás em 2010 e 2014,e saiu derrotado.Iris Rezende apostava em

sua experiência e a usou quandose ausentou de vários debates enem assim perdeu seu eleito-rado. O ex-prefeito, governador,ministro e vereador apostoutambém no corpo a corpo du-rante a campanha e em carrea-tas nos últimos dias do primeiroturno.Aos 82 anos, Rezende che-

gou a anunciar o fim de sua car-reira política em junho deste ano–na ocasião, disse que estavacom sua "missão cumprida".Um mês depois, porém, voltouatrás e aceitou o convite do par-tido para se candidatar.

A disputa eleitoral em Goiâ-nia foi marcada pela discussãoda insegurança na cidade. Doisdelegados da Polícia Civil con-correram a prefeito e dois PMs,a vice, em quatro chapas distin-tas. Ao se aproximarem das pes-soas, os candidatos de Goiâniafaziam questão de se apresenta-rem como policiais.Delegado Waldir (PR) fez

campanha praticamente sozi-nho sobre um automóvel pelasruas de Goiânia. A coligaçãoque reuniu apenas PTN chegoua alcançar o primeiro lugar nomomento em que Iris Rezendehavia desistido da disputa. Nofinal, ficou em terceiro lugarcom 10,48% dos votos.A delegada Adriana Accorsi

(PT) fez campanha com o apoiodo atual prefeito Paulo Garcia(PT) e com cinco partidos nacoligação. Adriana também é dosetor de segurança e no final da

campanha ficou apenas com oquinto lugar, aquém do vislum-brado pelos institutos de pes-quisa que a colocavam emquarto lugar. Candidato a vice em outra

chapa, Major Araújo (PRP) pro-punha o bolsa arma, subsídiopara o eleitor "se sentir seguronas ruas". Major foi reeleito de-putado estadual em 2014 e esco-lhido para vice de Iris Rezende.Ex-comandante da PM de

Goiânia, o coronel Cézar Pa-checo de Araújo (PTB) entroupela primeira vez em uma corridaeleitoral como candidato a vice.Na cabeça da chapa de Pachecoesteve o deputado estadual Fran-cisco Jr (PSD), que cresceu nareta final e atingiu o quarto lugarcom 9,31%. Com campanha mo-desta, os últimos colocadosforam Flavio Sofiati (PSOL)eDjalma Araújo (REDE)que nãoalcançaram 1% de votos válidos

Peemedebista Iris Rezende concede entrevista, observado pelo senador Ronaldo Caiado,pelo vice de sua chapa, Major Araújo, e pelo deputado estadual José Nelto

Após a oficialização do resultado, Valderlan Cardoso discursou para militantes ao lado dovice, Thiago Albernaz (à esquerda) e Zélio Cândido (à direita), de Senador Canedo

Yago Sales

Das 35 cadeiras, a partir dejaneiro de 2017, 22 vão contarcom novos nomes para legislarna Câmara Municipal de Goiâ-nia. É uma renovação de 66%,um índice histórico na capital. O pleito teve como vereador

mais bem votado Jorge Kajuru(PRP), com 37.796 votos, quase30 mil a mais que a segunda co-locada, Dra. Cristina (PSDB),que teve 9.114 votos. VinciusCirqueira (Pros) obteve 8.582 econsta em 3° lugar, se tornandouma das grandes surpresas nocenário eleitoral. Em 2014, Kajuru ficou entre

os dez mais votados no Estadopara o cargo de deputado federalem Goiás. Mesmo com 106.291votos não conseguiu se elegerpara a Câmara dos Deputados.Agora, Kajuru faz parte da

renovação da Câmara goia-niense, que conta com os tam-bém novatos Vinícius Cirqueira,Carlin Café (PPS), AlyssonLima (PRB), Sabrina Garcêz(PMB), Oséias Varão (PSB),Kleybe Alves (PSDC), Tiãozi-nho Porto (Pros), Priscilla Tejota(PSD), Lucas Kitão (PSL), De-legado Eduardo Prado (PV),Andrey Azeredo (PMDB), Gus-tavo Cruvínel (PV), Jair Dia-

mantino (PSDC), Juarez Lopes(PRTB), Anderson Sales Bokão(PSDC), Leila Klébia (PSC),Romário Policarpo (PTC), Mil-ton Mercêz (PRP), Cabo Senna(PRP), Sargento Novandir(PTN), Dr. Paulo Daher (DEM)e Emilson Pereira (PTN).Os reeleitos para a Câmara

foram Dra. Cristina (PSDB),Rogério Cruz (PRB), AnselmoPereira (PSDB), Elias Vaz(PSB), Felisberto Tavares (PR),Welington Peixoto (PMDB), Izi-dio Alves (PR), Paulinho Graus(PDT), Clécio Alves (PMDB),Paulo Magalhães (PSD), Ta-tiana Lemos (PC do B) e Zander(PEN).

Vereador com mais tempona Câmara, Anselmo Pereira foireeleito com 7.504, e chega em2017 ao seu nono mandato. Pelo menos 14 vereadores

não se reelegeram. Entre eles,Dr. Gian, Denício Trindade,Pedro Azulão Júnior, DivinoRodrigues, Edson Automó-veis, Paulo da Farmácia, Mi-zair Lemes Júnior, GiovaniAntônio, Carlos Soares,Eudes Vigor, Fábio Caixeta,Antônio Uchôa, Dr. Ber-nardo, Célia Valadão, entreoutros.Emilson Pereira (PTN) rece-

beu 2.429 e consta em últimolugar no pleito 2016.

DesistênciaSete vereadores não dispu-

taram a reeleição na capital,abrindo outras possibilidades aeleitores. Alguns dos quais de-cidiram pela candidatura emcargos majoritários, comoDjalma Araújo (Rede), paraprefeito; Thiago Albernaz(PSDB), como vice de Vander-lan Cardoso (PSB) e DeivisonCosta (PT do B) vice deAdriana Accordi (PT). Os ve-readores Tayrone Di Martino(PSDB), Paulo Borges (PR) eCida Garcêz (ela não tem par-tido) e Richard Nixon (PRTB)também concorreram à reelei-ção na Câmara.

Legislativo goianiense chega a 66% de renovação

1. Jorge Kajuru (PRP) 37.796 2. Dra. Cristina (PSDB) 9.1143. Vinicius Cirqueira (Pros) 8.5824. Rogério Cruz (PRB) 8.3125. Anselmo Pereira (PSDB) 7.5046. Elias Vaz (PSB) 7.4877. Carlin Café (PPS) 7.3928. Alysson Lima (PRB) 7.2579. Sabrina Garcez (PMB) 7.23310. Felisberto Tavares (PR) 6.67011. Welington Peixoto (PMDB) 6.51312. Paulinho Graus (PDT) 6.45213. Oséias Varão (PSB) 6.17114. Izidio Alves (PR) 5.88915. Kleybe Morais (PSDC) 5.81816. Clecio Alves (PMDB) 5.41517. Tiaozinho Porto (Pros) 4.87818. Priscilla Tejota (PSD) 4.80719. Lucas Kitão (PSL) 4.49920. Paulo Magalhães (PSD) 4.48221. Tatiana Lemos (PCdoB) 4.41822. Delegado Eduardo Prado (PV) 4.23723. Andrey Azeredo (PMDB) 4.07324. Gustavo Cruvinel (PV) 4.06625. Jair Diamantino (PSDC) 3.88926. Juarez Lopes (PRTB) 3.75327. Zander (PEN) 3.50128. Anderson Bokão (PSDC) 3.47929. Leia Klebia (PSC) 3.36730. GCM Romário Policárpio (PTC) 3.18531. Milton Mercez (PRP) 2.88632. Cabo Senna (PRP) 2.79533. Sargento Novandir (PTN) 2.71334. Doutor Paulo Daher (DEM) 2.51135. Emilson Pereira (PTN) 2.429

OS ELEITOS

Jorge Kajuru Dra. Cristina Anselmo Pereira

POLÍTICA 5

X

GO I Â NIA, 2 A 8 DE OUTUBRO DE 2016

PAULO JOSÉ

NO PRIMEIRO TURNO

Gustavo Mendanha é eleitoem Aparecida de GoiâniaPara peemedebista,eleitor mandou umrecado claro ao escolhero candidato querepresenta acontinuidade daadministração "exitosa"do atual prefeito,Maguito Vilela

Manoel Messias

O candidato a prefeito doPMDB em Aparecida de Goiâ-nia, vereador Gustavo Menda-nha, foi eleito no domingo(2/10) com 59,99% dos votos,ou 121.797 votos. Mendanhaconseguiu uma boa distânciado principal concorrente, Mar-lúcio Pereira (PSD), que ficoucom 42.827 votos, ou 21,09%dos votos válidos. O terceiro co-locado foi Professor Alcides(PSDB), que obteve 37.968votos, 18,92% do eleitorado vo-tante de Aparecida.

"Nós trabalhamos muitopara isso. A eleição se encerrahoje e nós vamos fazer umgrande governo para o povo deAparecida, pois fui eleito paragovernador para todos", decla-rou Mendanha após o resultadodas urnas.

Nas últimas pesquisas, Gus-tavo Mendanha apresentavauma rápida e significativa as-censão, apresentando um cres-

cimento de 11,4% nas intençõesde voto entre agosto e setem-bro. Ancorado nos quase oitoanos de administração do pre-feito Maguito Vilela (PMDB),Gustavo iniciou a disputa naparte de baixo das pesquisas,mas conseguiu reverter a situa-ção em velocidade espetacular.

"Com certeza o povo deAparecida resolveu que a conti-nuidade seria muito bom para omunicípio", disse, referindo-seao prefeito Maguito Vilela.

Nos últimos dias, o peemede-bista intensificou a campanhapara garantir a vitória já no pri-meiro turno. A estratégia foi estarpresente em todas as regiões dacidade. Enquanto ele saía emcampanha com o prefeito Ma-guito Vilela, seu vice, Veter Mar-tins (SD), e sua esposa, MayaraMendanha, comandavam car-reatas para atingir todas as zonaseleitorais da cidade.

Pouco menos de duas horasapós o fechamento das urnas,que ocorreu às 17h, a apuraçãodos votos divulgada pelo Tribu-nal Superior Eleitoral (TSE) jáanunciava o presidente da Câ-mara Municipal como novoprefeito da cidade.

Com a eleição de Menda-nha, esta será a terceira gestãoconsecutiva do PMDB no muni-cípio, segundo mais populoso deGoiás. Em 2008 e 2012, o atualprefeito, ex-governador MaguitoVilela, venceu ambos os pleitosainda no primeiro turno.

"Vamos seguir em frentecom um plano de governo vol-tado para o desenvolvimento dasaúde, da educação, da segu-rança, do meio ambiente e dainfraestrutura", adiantou Gus-tavo Mendanha.

No município, há 280.848eleitores, 17,01% não comparece-ram às urnas. Os votos brancosforam 4,17% e os nulos 8,49%. Aabstenção foi de 17,01%.

Mendanha votou na manhãde domingo, em um colégio docentro de Aparecida de Goiâniae depois acompanhou o voto doprefeito Maguito Vilela no Co-légio Estadual José Alves deAssis, no setor dos Afonsos. Naocasião, ele declarou que casoas pesquisas se confirmem, aprimeira ação será agradecer aopovo aparecidense.

“Primeiro vamos agradecerao povo, sair em carreata. Masamanhã vamos sentar e come-çar a planejar a continuidade dogoverno”, disse o candidato doPMDB, que acompanhou aapuração dos votos da ChácaraPassarinho, junto com o mili-tância do partido.

Segundo Maguito Vilela, aavaliação da campanha foi po-sitiva. Para ele, o trabalho foibem feito e as propostas sãopara um futuro de êxito. O pre-feito parabenizou GustavoMendanha e a população deAparecida, que, segundo ele,exerceu o dever de cidadão commuita civilidade.

Gustavo Mendanha (à esquerda, ao lado do prefeito Maguito Vilela e do vice eleito, VeterMartins) obteve 59,99% dos votos válidos, na segunda maior cidade de Goiás

POLÍTICA 5

X

GO I Â NIA, 2 A 8 DE OUTUBRO DE 2016

PAULO JOSÉ

NO PRIMEIRO TURNO

Gustavo Mendanha é eleitoem Aparecida de GoiâniaPara peemedebista,eleitor mandou umrecado claro ao escolhero candidato querepresenta acontinuidade daadministração "exitosa"do atual prefeito,Maguito Vilela

Manoel Messias

O candidato a prefeito doPMDB em Aparecida de Goiâ-nia, vereador Gustavo Menda-nha, foi eleito no domingo(2/10) com 59,99% dos votos,ou 121.797 votos. Mendanhaconseguiu uma boa distânciado principal concorrente, Mar-lúcio Pereira (PSD), que ficoucom 42.827 votos, ou 21,09%dos votos válidos. O terceiro co-locado foi Professor Alcides(PSDB), que obteve 37.968votos, 18,92% do eleitorado vo-tante de Aparecida.

"Nós trabalhamos muitopara isso. A eleição se encerrahoje e nós vamos fazer umgrande governo para o povo deAparecida, pois fui eleito paragovernador para todos", decla-rou Mendanha após o resultadodas urnas.

Nas últimas pesquisas, Gus-tavo Mendanha apresentavauma rápida e significativa as-censão, apresentando um cres-

cimento de 11,4% nas intençõesde voto entre agosto e setem-bro. Ancorado nos quase oitoanos de administração do pre-feito Maguito Vilela (PMDB),Gustavo iniciou a disputa naparte de baixo das pesquisas,mas conseguiu reverter a situa-ção em velocidade espetacular.

"Com certeza o povo deAparecida resolveu que a conti-nuidade seria muito bom para omunicípio", disse, referindo-seao prefeito Maguito Vilela.

Nos últimos dias, o peemede-bista intensificou a campanhapara garantir a vitória já no pri-meiro turno. A estratégia foi estarpresente em todas as regiões dacidade. Enquanto ele saía emcampanha com o prefeito Ma-guito Vilela, seu vice, Veter Mar-tins (SD), e sua esposa, MayaraMendanha, comandavam car-reatas para atingir todas as zonaseleitorais da cidade.

Pouco menos de duas horasapós o fechamento das urnas,que ocorreu às 17h, a apuraçãodos votos divulgada pelo Tribu-nal Superior Eleitoral (TSE) jáanunciava o presidente da Câ-mara Municipal como novoprefeito da cidade.

Com a eleição de Menda-nha, esta será a terceira gestãoconsecutiva do PMDB no muni-cípio, segundo mais populoso deGoiás. Em 2008 e 2012, o atualprefeito, ex-governador MaguitoVilela, venceu ambos os pleitosainda no primeiro turno.

"Vamos seguir em frentecom um plano de governo vol-tado para o desenvolvimento dasaúde, da educação, da segu-rança, do meio ambiente e dainfraestrutura", adiantou Gus-tavo Mendanha.

No município, há 280.848eleitores, 17,01% não comparece-ram às urnas. Os votos brancosforam 4,17% e os nulos 8,49%. Aabstenção foi de 17,01%.

Mendanha votou na manhãde domingo, em um colégio docentro de Aparecida de Goiâniae depois acompanhou o voto doprefeito Maguito Vilela no Co-légio Estadual José Alves deAssis, no setor dos Afonsos. Naocasião, ele declarou que casoas pesquisas se confirmem, aprimeira ação será agradecer aopovo aparecidense.

“Primeiro vamos agradecerao povo, sair em carreata. Masamanhã vamos sentar e come-çar a planejar a continuidade dogoverno”, disse o candidato doPMDB, que acompanhou aapuração dos votos da ChácaraPassarinho, junto com o mili-tância do partido.

Segundo Maguito Vilela, aavaliação da campanha foi po-sitiva. Para ele, o trabalho foibem feito e as propostas sãopara um futuro de êxito. O pre-feito parabenizou GustavoMendanha e a população deAparecida, que, segundo ele,exerceu o dever de cidadão commuita civilidade.

Gustavo Mendanha (à esquerda, ao lado do prefeito Maguito Vilela e do vice eleito, VeterMartins) obteve 59,99% dos votos válidos, na segunda maior cidade de Goiás

POLÍTICA6 GO I Â NIA, 2 A 8 DE OUTUBRO DE 2016

X

ELEIÇÕES 2016

Gilmar Mendeslembrou queacompanhou assituações maisdelicadas em relaçãoà segurança públicanos estados e pediupresença das ForçasArmadas e a ForçaNacional

Manoel MessiasCom informações da Agência Brasil

O presidente do Tribunal Su-perior Eleitoral (TSE), ministroGilmar Mendes, e o ministro daDefesa, Raul Jungmann, conce-deram coletiva de imprensa, jun-tos, na sede do tribunal, na tardedo domingo, 2, para falar das elei-ções. De acordo com o presidentedo TSE, as eleições correm emum quadro de normalidade du-rante todo o dia.O ministro Gilmar Mendes

informou também que, com asmudanças ocorridas na legisla-ção, que modificaram a forma definanciamento das campanhaseleitorais – com a proibição dedoações de pessoas jurídicas – osgastos declarados até hoje peloscandidatos chegaram a R$ 2 bi-lhões e 181 milhões. Em 2012,esses gastos chegaram a R$ 6 bi-lhões e 240 milhões.“Uma diferença significativa,

o que talvez reflita o caráter maismodesto, mais econômico dacampanha, em função das mu-danças ocorridas na legislação”,

Presidente do TSE ressaltanormalidade do pleito

Ministro Gilmar Mendes, presidente do TSE: “Montamos uma coordenação de controle, noMinistério da Defesa, e recebemos comunicação online de todo o país”

Ex-presidente Lula em campanha pelo candidato petista em São Paulo, Fernando Haddad: legenda amarga resultados negativos

Manoel Messias

Confirmadas as pesquisase as projeções a partir do re-sultado da apuração da noitede domingo, o PT teve nestaseleições seu pior resultado emcapitais em vinte anos. Nogeral, em todo o país, o PTdeve sofrer uma redução deem torno de 50% nas cidadessob administração da le-genda. Desde a eleição muni-cipal de 2004, o partido vemperdendo prefeitos nas princi-pais cidades do país. A le-genda elegeu prefeitos em ca-pitais em 2004, cinco em 2008e quatro em 2012.Nesta eleição de 2016, o PT

venceu só uma capital no pri-meiro turno, Rio Branco. A le-genda passou ao segundoturno apenas em mais uma,

Recife. Se ganhar na capitalpernambucana, o que parecedifícil, vai igualar o desempe-nho de 1996, quando tambémlevou duas capitais; se perder,será o pior resultado desde1985, ano em que conquistouuma única capital, Fortaleza.Além de Recife, o PT tinha

esperanças de ir ao segundoturno em outras três capitais:São Paulo, que elegeu JoãoDoria (PSDB) no primeiroturno; Porto Alegre, onde RaulPont (PT) ficou em terceiro; eFortaleza, onde a petista Lui-zianne Lins deve ficar em umterceiro lugar.O resultado altamente ne-

gativo ocorre num momentoem que o partido se vê envoltoem um verdadeiro mar de notí-cias ruins: os três últimos te-soureiros estão presos, seu

principal líder, Lula, estáameaçado pela Justiça e Dilmafoi impedida de continuar napresidência da República.Em sentido oposto, PMDB

e o PSDB deverão ser os prin-cipais vencedores do primeiroturno das eleições deste anonas 26 capitais brasileiras ondehá disputas eleitorais. Juntas,as duas legendas deverão levarao menos 12 candidatos ao se-gundo turno. Os dois partidossão os principais alicerces doGoverno Michel Temer(PMDB) e tiveram as campa-nhas de seus candidatos im-pulsionadas pelo impeachmentde Dilma Rousseff.A disputa nos municípios

é considerados estratégicapor ser uma espécie de lar-gada extraoficial da corridapresidencial e de governado-

res, que acontece dois anosdepois. Os peemedebistas,que hoje administram duascapitais estaduais (Rio de Ja-neiro e Boa Vista), têm gran-des chances de chegar ao se-gundo turno em seis delas epossibilidade remotas em ou-tras três. Já os tucanos são lí-deres em cinco municípios,devem chegar à segundaetapa em seis e têm chancesreduzidas em outros dois.O PSDB tem hoje as prefei-

turas de Manaus, Maceió, Te-resina e Belém. Dessas, só nãobriga pela reeleição na última.Além disso tem chances emSão Paulo, com João Doria Jr.,que lidera de maneira isolada edeve vencer no primeiro turno,em Campo Grande, com RoseModesto e em Belo Horizonte,com João Leite.

disse.O presidente do TSE lem-

brou que acompanhou as situa-ções mais delicadas em relação àsegurança pública nos estados.“Estivemos duas vezes no Rio

de Janeiro, pedimos que as For-ças Armadas e a Força Nacionallá continuassem depois dasOlimpíadas e das Paralimpíadas,e assim foi feito”, disse.Lembrou ainda que “houve o

episódio também lamentável deItumbiara (GO) e ainda ontem tí-nhamos desdobramentos em SãoLuís (MA), onde houve ordem dedentro de um presídio certamentepara tumultuar o processo eleito-ral. O Exército também foi cha-mado, as Forças Armadas estão

lá para garantir o pleito. Nessamadrugada tivemos apenas umincidente que atingiu uma escola,que serviria de zona eleitoral,onde tivemos apenas uma urnaque foi substituída e tudo se deuem um quadro de normalidade”.Mendes salientou que aindaontem falou com o corregedor doTribunal Regional Eleitoral doMaranhão, que relatou que tudoestava correndo dentro da nor-malidade.O ministro da Defesa, Raul

Jungmann, lembrou que, no do-mingo, por determinação da Jus-tiça Eleitoral, as tropas federaisestiveram presentes em 491 mu-nicípios. Nas últimas eleiçõesmunicipais foram 477. “Nesses

491 municípios temos 25.400 efe-tivos militares que foram aloca-dos por solicitação da JustiçaEleitoral. Nós montamos umacoordenação de controle, no Mi-nistério da Defesa, e recebemoscomunicação online de todo opaís”, afirmou.Ainda de acordo com o mi-

nistro da Defesa, “as únicas alte-rações registradas foram em SãoLuís. Ou seja, naqueles domicí-lios onde estamos com as forçasfederais apenas em São Luístemos alterações a registrar. Lá,durante a madrugada, três esco-las foram alvos de coquetel molo-tov, que foram apagados, não ge-rando incêndios e não compro-metendo a votação e a apuração.

Durante entrevista coletivaconcedida em Brasília, o presi-dente do Tribunal Superior Elei-toral (TSE), ministro GilmarMendes, disse que as campa-nhas deste ano, com a proibiçãode doações de empresas a candi-datos, estão mais modestas emostram um aspecto positivo dareforma política aprovada peloCongresso, “independente deoutros debates que possam ter”.“Os gastos declarados em

2012 foram de R$ 6,240 bilhões,e até agora, nesta eleição, semdoação de pessoa jurídica,temos R$ 2,131 bilhões. Umadiferença significativa. O quetalvez reflita um caráter maismodesto da campanha com asmudanças ocorridas na legisla-ção”, disse.Perguntado sobre a continui-

dade da prática de caixa dois,Gilmar Mendes disse que aOperação Lava Jato mostrouque a prática continuou a fun-cionar.“Mas vamos admitir que,

pelo menos no aspecto visual, ossinais mostram que as campa-nhas estão mais modestas. Isto éum dado positivo. Acho quehouve redução de honorários, ede prolabore de marqueteiros”,completou. (Agência Brasil)

Em uma dessas escolas foi feitoum disparo de advertência. Foraisso, não temos a registrar em ne-nhum desses municípios algumtipo de alteração, até o meio dia”.Segundo o presidente do

TSE, ministro Gilmar Mendes, oquadro de insegurança que se re-vela no momento eleitoral nãotraduz necessariamente violênciado pleito. “É um quadro de agra-vamento da insegurança pública.Sem dúvida, tivemos uma dete-rioração da segurança públicaentre 2012 e 2016. Basta ver a si-tuação do Rio de Janeiro, com onarcotráfico. Tivemos dificulda-des de distribuir urnas em deter-minados locais”.O ministro relatou que estava

no TRE do Rio de Janeiro,quando foi colocada uma pro-posta de logística para se distri-buir as urnas eletrônicas no sá-bado às seis horas da manhã nafavela da Maré. “Isso é inadmissí-vel em um ambiente de Estado deDireito. A mim me parece que ogrande desafio que nós temos queter é em relação à segurança pú-blica. Isso se revelou necessáriono contexto dessas eleições”,acentuou.Segundo o ministro Raul

Jungmann, o estado do Rio de Ja-neiro foi o que recebeu o maiorcontingente de militares, aproxi-madamente seis mil homens,sendo que dois mil no estado e2.574 só na cidade do Rio. NoGrande Rio foram mais 2.574 ho-mens. Disse ainda que o presi-dente da República, MichelTemer, determinou, diante dessequadro de deterioração da segu-rança pública, reunir os ministrosda área da segurança – Justiça,Defesa e Inteligência – para pro-por novas medidas.

PT é o grande derrotado

Campanhasforam maismodestas,destacaMendes

Apesar de ser proibida pelalegislação eleitoral, a prática defazer propaganda de candidatospróximo aos locais de votação,chamada boca de urna, ainda éregistrada nas eleições. Mas, naavaliação do cientista políticoLeonardo Barreto, especialistaem comportamento eleitoral, aboca de urna perdeu importân-cia nos últimos anos, porquepoucas pessoas deixam para es-colher o seu candidato na úl-tima hora.“Hoje temos pesquisas que

mostram que o percentual depessoas que deixam para esco-lher seus candidatos em cimada hora é algo em torno de 10%dos eleitores. A maior parte daspessoas já vão sabendo, muitasvezes vão indecisas, mas não éque elas não tenham ideia, àsvezes estão com dois candida-tos na cabeça”, disse.Além disso, a boca de urna

pode não ser tão efetiva para adecisão dos eleitores, segundoBarreto. “O eleitor que vai semsaber o que fazer pode até votarem quem está fazendo boca deurna, mas pode também pegarum santinho no chão, pode en-contrar uma pessoa na fila. Émuito aleatório, não tem umnível de controle”, disse. Paraele, o principal objetivo da proi-bição da propaganda no dia daeleição é organizar o pleito eevitar a violência e o confrontoentre os candidatos e eleitores.Para Barreto, o rigor na fis-

calização reduziu bastante aprática de boca de urna, atémesmo com o apoio dos pró-

prios eleitores, que agem comofiscais. “Hoje ficou muito maiscomplicado fazer boca de urna,e reduziu bastante por causadessa capacidade de fiscaliza-ção que todo mundo tem atual-mente”, avalia.Por outro lado, a cientista

política da Universidade Fede-ral de São Carlos (UFScar)Maria do Socorro Sousa Bragaavalia que a prática da boca deurna pode influenciar no votodos eleitores que acabam deci-dindo seu candidato no cami-nho entre sua casa e a seçãoeleitoral.“É uma fatia menor, mas

sempre é uma intervenção, porisso que a lei coíbe essa prática.E ainda tem muito [boca deurna], principalmente em re-giões com menor controle. Issoacaba afetando o resultadoeleitoral em algumas cidades”,avalia.De acordo com a Lei das

Eleições, arregimentar eleitoresou fazer propaganda de boca deurna no dia da eleição é crime,com punição de detenção deseis meses a um ano. A legisla-ção permite, no dia do pleito, amanifestação individual e silen-ciosa da preferência do eleitor,com uso de bandeiras, broches eadesivos.Nas eleições municipais de

domingo (2) em todo o país, 21candidatos e 142 eleitores jáforam presos em flagrante porcometer alguma irregularidade,como divulgação de propa-ganda proibida e boca deurna.(Agência Brasil)

Boca de urna perdeimportância nadecisão do voto

COMUNIDADES 7X

GO I Â NIA, 2 A 8 DE OUTUBRO DE 2016

BazarDaniela Martins - [email protected]

En tre em con ta to com es ta co lu na tam bém pe lo email: [email protected] ou car ta - Rua An tô nio de Mo ra is Ne to, 330, St. Castelo Branco, Go i â nia-Go i ás - CEP: 74.403-070

Centro de Diagnósticodo Câncer de Mama

Inaugurado dia 28, o Centro Avançado deDiagnóstico da Mama (Cora), unidade do Hospi-tal das Clínicas, é o primeiro local no Centro-Oestea oferecer o exame de biópsia da mama por meiodo aparelho de mamotomia a pacientes usuáriasdo SUS.

A consolidação do Centro foi realizada numaparceria da Universidade Federal de Goiás (UFG)com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estadode Goiás, Instituto Avon, Empresa Brasileira deServiços Hospitalares, ministérios públicos deGoiás e do Trabalho, Comissão Nacional de Ener-gia Nuclear e ONG Companheiro das Américas.No total, foram investidos R$ 8 milhões para com-pra de equipamentos de alta tecnologia e bolsaspara pesquisadores.

Stand-up com Paulinho Gogó Paulinho Gogó apresenta seu stand-up comedy

No Gogó do Paulinho no Teatro PUC, dias 15, às21h, e dia 16, às 18h. Personagem dos programasA Praça é Nossa (SBT) e Patrulha da Cidade(Super Rádio Tupi), Paulinho Gogó é interpretadopelo humorista Maurício Manfrini, e já é uma dasmaiores referências do humor nacional.

Prorrogadas inscrições ao VI Prêmio Detran de Jornalismo

As inscrições ao VI Prêmio Detran de Jorna-lismo foram prorrogadas até o dia 24 de outubro.Podem concorrer reportagens e fotos jornalísticaspublicadas de 1º de janeiro a 22 de outubro de 2016,sobre o tema Sua Educação Muda o Trânsito .

Serão premiados as três melhores reportagensnas categorias: Jornalismo Impresso, Telejorna-lismo, Radiojornalismo, Webjornalismo e Fotojor-nalismo. Incluindo as cinco categorias, osvencedores receberão o Prêmio nos valores, 1º co-locado R$ 10 mil, 2º colocado R$ 8 mil e 3º colo-cado R$ 5 mil.

Escola de Governo Darci Accorsi oferece cursos à distância

A Escola de Governo Darci Accorsi está comampla programação, já devidamente atualizada,de cursos à distância ofertados pela Escola Nacio-nal de Administração Pública (ENAP). São cursosgratuitos oferecidos em turmas abertas.

Os cursos têm como público alvo servidorespúblicos federal, estaduais e municipais, e são cer-tificados pela ENAP, de acordo com o cumpri-mento de todas as atividades e a consecução dosobjetivos propostos. Mais: (62) 3524-4065 (Gerê).

Festival de Sorvete do Recanto O Recanto dos Pit Bulls realizada no sábado,

8, o Festival de Sorvete com ingresso a R$ 10. Re-canto dos Pit Bulls é uma organização de volun-tários que tem sob sua tutela mais de 80 cãesresgatados de maus tratos. O Festival visa arreca-dar fundos para a manutenção dos animais, e serárealizado no próprio Recanto. Mais informações:98478-7673

Sinfônica Jovem e Filarmônica no mesmo palcoDurante este mês de outubro, o público será agraciado com duas apresentações especiais que unirão

as orquestras Sinfônica Jovem e Filarmônica de Goiás no mesmo palco. O encontro musical será para ainterpretar a consagrada Sinfonia n. 1 “Titã”, do compositor Gustav Mahler. Também integra o programaa obra Variações sobre um tema de Haydin, de Brahms.

Ao todo, 115 músicos vão dividir o palco em dois momentos. A primeira apresentação será na quinta,6, às 20h30, e a segunda no domingo, 9, às 11h. Todas as duas no Centro Cultural Oscar Niemeyer. Todosos concertos têm entrada gratuita. A regência é do maestro Neil Thomson.

Nando Reis em GoiâniaO cantor Nando Reis apresenta o

show Voz e Violão, no Teatro Rio Verme-lho do Centro de Convenções de Goiâ-nia, no próximo domingo, 8, às 21h. Norepertório, canções consagradas como“Por Onde Andei”, “Luz dos Olhos”,“Sei”, “All Star”, “Diariamente” e “Reli-cário”.

COMUNIDADES8 GO I Â NIA, 2 A 8 DE OUTUBRO DE 2016

X

Uma vitrine deprodutos se estendepelas plataformas,sob gritaria e oconstante medo defurtos

Yago Sales

O percurso de 48 minutosentre o terminal Padre Pelágio eo terminal Novo Mundo pareceuma eternidade para os passa-geiros do Eixo Anhanguera, emGoiânia. A reportagem fez umaviagem e escutou toda espéciede reclamação quanto à rotinaque a maioria dos usuários de-finem como caos. O barulho provoca poluição

sonora nas plataformas, nosterminais de embarque e de-sembarque e dentro dos ônibus.Ônibus lotados, excesso de am-bulantes e, de sobra, furtos,

TRANSPORTE COLETIVO

Dia a dia

no Eixão

O rosto enrijecido de CarlaSouza, de 28, compõe o cenáriocaótico do Eixo Anhanguera,em apenas um fragmento do diaa dia de pelo menos 300 milpassageiros. Ela está estressada.No terminal Praça da Bíblia,

o eixo nada lembra o vazio doinício da viagem. Dois passagei-ros discutem por causa de umacoisa comum no Eixo: pisar nopé. Um vendedor de limpadorde para-brisas oferece o produ-to. “Vai que alguém tem carroem casa”, justifica Pedro Henri-que, 19, ao ser perguntado seaquilo tinha algum sentido. “Euvendo no sinaleiro. Como voupra casa, aproveito para ofere-cer. Vai que cola”, brincou.No terminal Novo Mundo, a

fumaça de cigarro ultrapassa aplataforma e invade o ônibus. Ocliente de uma banca logo àfrente, abriu a carteira do Para-guai e acendeu ali mesmo. Ovendedor: um menino de 15anos. Depois de vender, abreuma sacola com cigarro estoca-do, pega uma carteira e a encai-xa junto a outras empilhadas.Na plataforma de embarque

e desembarque, o barulho é in-tenso. A fileira de ambulantesagita-se cada vez que estacionaum dos eixões. Vozes de váriosgêneros, várias idades, oferecemtoda espécie de produtos. Todosos preços. “Em alguns momentos, o

passageiro é esquecido no con-

texto do trânsito. O estresse, arotina, o cotidiano, todos os es-tímulos que se recebe, o passa-geiro também sofre”, alertouSimone Minassi, psicóloga eespecialista em Psicologia doTrânsito. “Com o barulho nocoletivo, o passageiro pode des-cer atordoado e pode sofrer al-gum acidente”.“Temos de adequar o trânsi-

to para o passageiro e, também,claro, para o condutor. Em rela-ção ao estresse, cada um deveprocurar condições internas pa-ra se adequar à rotina”, aconse-lha a pisicóloga. O passageiropode fugir do estresse, porexemplo, lendo, escutando mú-sica com o fone de ouvidos. “Opassageiro pode tentar se dis-trair no coletivo”, aponta.

quando não assaltos com facas,estiletes e armas de fogo geramestresse. Com isso, basta umaviagem para perceber uma roti-na de medo entre passageiros emotoristas que, estressados emmeio ao tumulto, empurrões e,não raro, tapas.A caixa de isopor amparada

por um carrinho improvisadocom pontas enf errujadas esbar-ra nas pernas da diarista AnaLúcia, 48, que resmunga algu-ma coisa. Enquanto o vendedorambulante se afasta oferecendogarrafas de água a R$ 1, ela re-para o calcanhar dolorido emaldiz o homem.

Ana trabalha no Centro deGoiânia e há pelo menos dois

anos faz o percurso entre o tra-balho e a casa, em Senador Ca-nedo. “Tem dia que o barulho étão insuportável que passo diascom dor de cabeça”, conta.“Fora o medo de ser roubadopela...”, diz, sem se lembrar dequantas vezes teve bolsas rasga-das, e levados celulares, bolsi-nhas.

A reportagem da Tribunado Planalto percorreu a exten-são do Eixo Anhanguera, entreo Padre Pelágio e o terminalNovo Mundo. Em média, 48minutos em seus 14 km. A cadauma das 19 plataformas, pelomenos um ambulante aguarda-va sua vez para adentrar o cole-tivo e oferecer seus produtos. Às

A plataforma do terminal setorna shopping em meio a tan-tas coisas para comprar. Oscheiros do caldo de feijão, democotó e de frango invadem asnarinas do repórter que prefereo café vendido por uma mulher.Ela acaricia a criança cadeiranteacompanhada por uma cliente.O cachorro quente, preparadocom pães amontoados em umabacia verde e coberto com doispanos é vendido a R$ 3. Tudooferecido a base do grito. Quando o repórter sai do

Padre Pelágio, às 16 horas, 19pessoas se acomodam nos ban-cos. Uma moça de cabelos ver-melhos entra, com uma blusade frio amarrada em volta aoquadril, com quatro garrafas deágua entre as mãos. Ela mascachiclete e não vende nenhumagarrafa com água. Mas quandoo motorista ia fechando as por-tas e a voz anunciava “porta-fe-chando-porta-fechando”, umamulher a chamou pela janela e

quase ficou sem os R$ 3 do tro-co de R$ 5 que entregou pela ja-nela. Diferente do restante dopercurso, onde se encontraágua por R$ 1, ela pagou R$ 2.“Está muito gelada, nesse calornão tem coisa melhor”, consi-dera Maria das Graças, que iaao Centro comprar uma panelade pressão para o Chá de Pane-las do sobrinho. O ônibus sai do terminal

Padre Pelágio. Um vapor quen-te incomoda os passageirosque reclamam. É a deixa paraoutro vendedor. Em três minu-tos, 12 garrafinhas de água sãovendidas. “Eu já cheguei a ven-der 30 águas em um único ôni-bus, revela Júlio.Júlio ignora uma visível

placa cuja inscrição passa des-percebida: “Proibido vendedorambulante”. Quando o repór-ter lhe apresenta a placa, eledebocha: “O eixão tá semprecheio e não dá para ficarolhando para placas”.

“Só água”Uma cliente, que não quis di-

zer o nome, defende a venda deágua. “Só água. Se não tiverágua aqui, onde vamos beber?Nos terminais, naquela nojei-ra?”, questiona. “Se bem quepodiam tirar daqui os pedintes”,sugere Célia Pires, 33, bem nahora em que um homem estendeum papel plastificado com suahistória. “Não queria incomodar,mas queria pedir uma ajuda pramim comer hoje”, diz o texto. Com rosto e cabeça cicatri-

zados, o homem entrou na por-ta da frente, perto do motoristae, até chegar na última porta,não conseguiu ajuda.

Não menos 20 produtos évendido por um deficiente vi-sual. Ele vende desentupidor dechama de fogão, ralo para pia,pirulito, velas, tampa de tanque,balinhas de mel e gengibre, go-ma de mascar, chicletes, óculos,bolas de gude. Aquele homemera um camelódromo.

“Moço, me dá uma tampapara o tanque”, pede LucianaLopes, 32. “Escolhe a cor”, su-gere, depois se desencadeia noambulante uma crise de tosses.Até descer na próxima platafor-ma, esbarra nas pessoas e pisano pé do repórter. No Dergo, a Guarda Muni-

cipal está no encalço de alguémque pula uma das catracas e fo-ge. Duas crianças ajeitam a cai-xa de isopor na plataforma.Vazia. “É o calor, tio”, justificao menino mais falante, batendoa sandália kenner desgastada,saindo do terminal.No Praça A, a reportagem en-

controu amendoim torrado, su-co, bolos, sonhos (com recheiode doce de leite), picolés, antenasde televisão, pipocas, café comleite, pão de queijo, carregador,bolachas, capas para celular e atétabletes. Pelo menos 25 ambulan-tes se amontoam, espremendo osusuários num espaço pequenopara a demanda de usuários.

Um shopping na plataforma

Psicóloga sugereválvula de escape

estressantevezes, o acordo – como contouum dos ambulantes – de apenasum ambulante vender dentro doônibus é desrespeitado por al-guns e as vozes se misturam notransporte, cujo ruído intensifi-ca o nível de estresse do passa-geiro. Na ida, a reportagemcontabilizou 29 ambulantesdentro do coletivo. Nas plata-formas, a reportagem contabili-zou pelo menos 300 deles quese encarregam de cercar o clien-te no embarque e no desembar-que, diariamente. A rotina, para André Luz,

38, é insuportável. “Ás vezespasso por vários terminais paraevitar o eixão. Isso daqui é opróprio inferno, tanto quanto àquentura quanto ao barulho”,desabafa. Um motorista que não quis

se identificar contou que fre-quentemente ouve-se gritos de

mulheres pedindo socorro porcausa de furtos. “Ontem mes-mo uma senhora gritou. Depoisa gente só encontra a bolsa va-zia ou os documentos esparra-mados pela extensão do eixo”,revela. O articulado perpassa cinco

terminais: Padre Pelágio, Der-go, Praça A, Praça da Bíblia eNovo Mundo. Essas platafor-mas concentram um grande nú-mero de ambulantes queamontoam bugigangas numaespécie de corredor. Os passa-geiros ficam acuados, semchance de fugir dos produtosque, no chão, formam um tape-te para o consumo. Bolachas,pipocas, paçocas – cinco cus-tam R$ 1 – são vendidas em sa-quinhos de plástico. No Padré Pelágio, ponto de

partida da reportagem, LuizaFerreira Lourenço, 48, vende

pano de prato. Quatro panos deprato pelo preço de R$ 10. “Aquiganho mais do que em lavar pa-ra madame”, conta, sem revelara média de ganhos. Ao lado de Luiza, um ho-

mem mastiga o amendoim ven-dido por um garoto que passouhá pouco, enquanto negocia umcopo de pequi. “O pequi amare-lado”, mas pequeno, mirrado,“pode ser preparado com fran-go e arroz”, tenta convencer ovendedor. Quando o articulado encosta

no Praça A, um grito invade a ja-nela do ônibus. Todo mundoolha. Uma moça vendendo pa-çocas quase cai na plataforma.Ela logo segue sua sina, venden-do seu produto. À frente, umaoutra moça oferece chip para ce-lular. “Leva o chip e paga só ocrédito. Leva o chip, moça, sóR$ 10", oferece.

Além da lotação, barulho e insegurança, passageiros precisam lidar com os ambulantes que entram e saem dos ônibus e terminais

Psicóloga Simone Minassi:alternativa à correria