ano 11 edição 97 março 2015 um jeito diferente de lidar com a … · a nova geração de...

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FEA ALUMNI uma publicação mensal da FEAUSP ano 11 _edição 97_março_2015 pág. 6 www.fea.usp.br/jornal Após a matrícula aprovados na FUVEST 2015 passam a fazer parte da comunidade feana pág. 2 pág. 3 pág. 8 pág. 10 pág. 12 ANÁLISE & OPINIÃO FEA PROFESSORES FEA por FEA FEA FUNCIONÁRIOS FEA DESTAQUES FEAUSP recebe calouros de 2015 Um jeito diferente de lidar com a carreira As relações com o trabalho mudam conforme as novas ge- rações vão surgindo. Os jovens que hoje ingressam no mer- cado de trabalho relacionam carreira automaticamente com satisfação pessoal, diferente de seus pais, cujo objetivo pro- fissional está mais alinhado ao dinheiro. Esse é o principal resultado de uma pesquisa recente do Bank of America com mil jovens entre 18 e 34 anos. A faixa etária representa, se- gundo alguns estudiosos, a geração millennial, mas outros teóricos classificam como Y. Essas marcas geracionais, no entanto, variam de acordo com o país e com o contexto em que as pessoas vivem. A nova geração de profissionais tem características bas- tante peculiares. Nasceu na era das inovações tecnológicas, do excesso de segurança, e recebeu estímulos constantes dos pais. São jovens motivados por desafios e interesse de ascen- são rápida. É tida como uma “geração de resultados”. Para o Prof. Joel Dutra, do departamento de Administra- ção da FEA (EAD), as pessoas que a partir de meados da dé- cada 2000 começaram a ingressar no mercado “valorizam muito o equilíbrio entre a vida e o trabalho”. Elas escolhem um ambiente ou situação de trabalho no qual conseguem conciliar “as várias dimensões da sua vida”. Especialista em gestão de pessoas, Dutra coordena to- dos os anos, ao lado dos professores André Fischer e Wil- son Amorim, uma pesquisa com cerca de mais de 12 mil jovens, entre 18 e 26 anos, na qual são identificadas “As Melhores Empresas para Começar a Carreira”. Nesse levan- tamento são avaliadas duas coisas: a percepção do jovem sobre o ambiente de trabalho e a qualidade da gestão de pessoas. De acordo com o Prof. Wilson Amorim, a satisfação dos jovens está relacionada com aspectos da própria ida- de. Entre os desejos apontados pelo novo profissional estão: ganhar bem, enfrentar constantemente novos desafios e re- ceber feedback. “Ele quer ser avaliado o tempo todo”, revela Amorim. Continua na página 4

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Page 1: ano 11 edição 97 março 2015 Um jeito diferente de lidar com a … · A nova geração de profissionais tem características bas-tante peculiares. Nasceu na era das inovações

FEA ALUMNI

uma publicação mensal da FEAUSP • ano 11 _edição 97_março_2015 •

pág. 6

www.fea.usp.br/jornal

Após a matrícula aprovados na FUVEST 2015 passam a fazer parte da comunidade feana

pág. 2pág. 3pág. 8pág. 10pág. 12

ANÁLISE & OPINIÃOFEA PROFESSORESFEA por FEAFEA FUNCIONÁRIOSFEA DESTAQUES

FEAUSP recebe calouros de 2015

Um jeito diferente de lidar com a carreira

As relações com o trabalho mudam conforme as novas ge-rações vão surgindo. Os jovens que hoje ingressam no mer-cado de trabalho relacionam carreira automaticamente com satisfação pessoal, diferente de seus pais, cujo objetivo pro-fissional está mais alinhado ao dinheiro. Esse é o principal resultado de uma pesquisa recente do Bank of America com mil jovens entre 18 e 34 anos. A faixa etária representa, se-gundo alguns estudiosos, a geração millennial, mas outros teóricos classificam como Y. Essas marcas geracionais, no entanto, variam de acordo com o país e com o contexto em que as pessoas vivem.

A nova geração de profissionais tem características bas-tante peculiares. Nasceu na era das inovações tecnológicas, do excesso de segurança, e recebeu estímulos constantes dos pais. São jovens motivados por desafios e interesse de ascen-são rápida. É tida como uma “geração de resultados”.

Para o Prof. Joel Dutra, do departamento de Administra-ção da FEA (EAD), as pessoas que a partir de meados da dé-

cada 2000 começaram a ingressar no mercado “valorizam muito o equilíbrio entre a vida e o trabalho”. Elas escolhem um ambiente ou situação de trabalho no qual conseguem conciliar “as várias dimensões da sua vida”.

Especialista em gestão de pessoas, Dutra coordena to-dos os anos, ao lado dos professores André Fischer e Wil-son Amorim, uma pesquisa com cerca de mais de 12 mil jovens, entre 18 e 26 anos, na qual são identificadas “As Melhores Empresas para Começar a Carreira”. Nesse levan-tamento são avaliadas duas coisas: a percepção do jovem sobre o ambiente de trabalho e a qualidade da gestão de pessoas.

De acordo com o Prof. Wilson Amorim, a satisfação dos jovens está relacionada com aspectos da própria ida-de. Entre os desejos apontados pelo novo profissional estão: ganhar bem, enfrentar constantemente novos desafios e re-ceber feedback. “Ele quer ser avaliado o tempo todo”, revela Amorim.

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ANÁLISE & OPINIÃO

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Perspectivas da Agricultura Brasileira

nos primEiros QuinZE Anos do sÉculo XXi A

AgriculturA brAsilEirA AprEsEntou gAnhos dE

produtividAdE dos FAtorEs QuE EXplicAm o sEu

dEsEmpEnho no mErcAdo intErno E intErnAcio-

nAl. Em tempos difíceis para a economia bra-sileira, a agricultura garantiu resultados posi-tivos. O agro brasileiro é um caso de sucesso.

Na safra 2014-2015, a expectativa da pro-dução de soja e milho se situa ao redor de 170 milhões de toneladas. Além dos grãos, o sis-tema agroindustrial sucroalcooleiro desem-penha bem, mesmo tendo enfrentado a in-consistência das políticas públicas na área da energia. São dignos de nota os setores de pro-teína animal – leite, frango, suínos e boi- , café, laranja, celulose, produção de folhosas, frutas e legumes. Ou seja, não produzimos apenas soja e milho.

O sucesso do agro brasileiro não ocorreu por acaso. Além dos recursos naturais, tem o suporte de pesquisas realizadas pela EMBRA-PA, institutos de pesquisa e Universidades, que

desenvolveram tecnologias compatíveis com as condições tro-picais. Basta lembrarmos que a soja, a laranja, o café e o euca-lipto não são originários do Brasil.

A continuidade do sucesso dependerá de avanços na inova-ção tecnológica e organizacional, a começar por investimentos públicos voltados para logística, vigilância sanitária agropecu-ária e incentivos para mudanças organizacionais geradoras de valor.

O futuro da capacidade do agronegócio brasileiro depende-rá de três fatores:

a) Desenvolver instituições promotoras dos mercados como de serviços para o agricultor e de serviços ambientais. O aperfeiçoamento do ambiente de negócios passa pela revisão dos marcos legais e regulatórios que afetam as atividades agrí-colas.

b) Promover a formação do capital humano para o agro em todos os níveis, que será a base para a inovação. Manter o homem no campo depende cada vez menos da propriedade da terra e mais da geração de conhecimento.

c) Internacionalização dos sistemas agroindustriais com o aumento da exposição brasileira às principais tendências glo-bais dos alimentos, fi bras e bioenergia. A nossa timidez no trato da área internacional, talvez fruto da nossa cultura exploradora de commodities, impede que busquemos margens disponíveis ao longo das cadeias produtivas aqui originadas.

Refl etindo sobre o histórico de sucesso brasileiro, penso que a Universidade de São Paulo contribuiu para a geração de co-nhecimento para os Sistemas Agroindustriais. A FEA de modo particular contribuiu com as pesquisas de professores como Delfi m Netto, Fernando Homem de Melo, Guilherme Dias, Elizabeth Farina, Joaquim Guilhoto, e com o Programa de Es-tudos dos Sistemas Agroindustriais – PENSA que completa 25 anos de atividade em 2015, dando continuidade às pesquisas sobre o tema.

deCIO ZYLBeRSZtaJnPROFeSSOR tItULaR - Fea - PenSa

PROGRaMa dOS eStUdOS dOS SISteMaS aGROIndUStRIaIS

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FEA PROFESSORES

Cacilda LunaA FEA inAugurA Em mArço um sErviço dE oriEn-

tAção FinAncEirA grAtuito pArA sEus Funcioná-

rios. Como administrar e solver dívidas contra-ídas em instituições financeiras ou por meio de cartão de crédito ou cheque especial, como rea-lizar um planejamento orçamentário familiar, ou ainda informações sobre o melhor investimento para adquirir um imóvel, um carro ou planejar uma viagem, são algumas das orientações que serão fornecidas.

Coordenado pelo professor Rodrigo de Losso da Silveira Bueno (EAE), o serviço vai funcionar na sala 16 do prédio FEA-5. Os interessados terão de agendar um horário para o atendimento, que será feito por uma equipe de orientadores finan-ceiros, contratada para esse fim, formada pela ba-charel em Economia pela USP, Fernanda Seidel Oliveira, e dois estagiários com conhecimento em matemática financeira que cursam Econo-mia na FEA, além de estudantes voluntários.

O projeto foi criado para prover assessoria fi-nanceira a famílias e indivíduos que necessitem superar situações econômico-financeiras difíceis ou que precisem de assistência para planejar a aquisição de um bem. A ideia é, no futuro, esten-dê-lo à comunidade como uma ação de extensão universitária, nos mesmos moldes da orientação

jurídica gratuita prestada pela Faculdade de Direi-to da USP. A diferença, no entanto, de acordo com o Prof. Rodrigo de Losso, é que a FEA “não tomará a frente de uma negociação de dívida; isso não está no nosso escopo”.

Trata-se de um pro-jeto de grande relevância social uma vez que a taxa de pessoas endividadas é grande. Dados da Fecomércio (Federação do Comércio do Estado de São Paulo) apontam que, somente na cidade de São Paulo, 49% das famílias se declaram endividadas. Esse número é maior (53%) entre pessoas com renda familiar de até 10 salários mínimos. Das dívidas contraídas, 69% referem-se a cartões de crédito, sendo que no grupo das famílias com renda até 10 mínimos esse índice sobe para 73%.

O fato de o maior endividamento estar relacionado ao uso de cartão de crédito demonstra a falta de conhecimento do consumi-dor em relação às altas taxas de juros cobradas pelas administrado-ras e bancos. Para o Prof. Rodrigo de Losso, esse é um aspecto que deve gerar bastante demanda no serviço de orientação financeira da FEA.

Os orientadores financeiros estarão aptos a ajudar os interessa-dos no planejamento para compra de bens duráveis e imóveis; no planejamento do orçamento doméstico e de patrimônio; orientar sobre poupança e outros investimentos; previdência privada e apo-sentadoria; além de quitação de dívidas e seguros. Todos os atendi-mentos terão garantia de sigilo.

O Prof. Rodrigo de Losso ressalta, no entanto, que o serviço é apenas de orientação. Os funcionários atendidos serão informa-dos, desde o início, que as decisões financeiras tomadas por eles serão de sua inteira responsabilidade.

Serviço de Orientação Financeira (SOF): 11 3091-5929E-mail: [email protected]

Funcionários terão serviço gratuito de orientação financeira

Prof. Rodrigo de Losso

Sala de atendimento do serviço de orientação financeira

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PAINEL

Um jeito diferente de lidar com a carreira

Cacilda LunapEssoAs dE diFErEntEs gErAçõEs são sElEcio-

nAdAs pArA trAbAlhAr numA mEsmA EmprEsA.

Cada geração carrega valores, visões e carac-terísticas distintas, de acordo com o contex-to socioeconômico e cultural em que foram criadas. A nova geração que está ingressando no mercado de trabalho tem características comportamentais que tendem a influenciar a cultura e a dinâmica organizacional. Entender como elas se desenvolvem é necessário para o bom desempenho das empresas e para a rela-ção dos jovens com o ambiente de trabalho.

Segundo o Prof. Joel Dutra (EAD), uma nova geração surge quando ocorrem grandes transformações na sociedade ou no contexto em que as pessoas vivem. No Brasil, as mar-cas geracionais diferem um pouco da Europa e dos Estados Unidos. Na época dos “baby boomers”, que vai do final da década de 40 até o final da década de 60, elas coincidiram. No entanto, na geração X, as marcas se distancia-ram. “Enquanto na Europa e nos EUA essa

geração vai de meados da década de 60 ao final da década de 70, no Brasil ela começa um pouco mais tarde e se estende até 1985”.

A década de 80 foi uma década de grandes transformações para a Europa e EUA, no aspecto cultural, econômico e geopo-lítico, culminando com a queda do muro de Berlim. “Mas aqui no Brasil nada aconteceu. O país estava fechado para o resto do mundo e muitos autores se referem a esse período como a década perdida”, lembra o docente.

Assim sendo, a nova geração surgiu de fato no Brasil so-mente a partir de 1986. “Esse pessoal foi socializado na década de 90, aí sim uma década de grandes transformações. Alguns chamam de geração Y, acompanhando os estudiosos america-nos. Observamos, no entanto, que aqui essa geração tem traços da geração Y, mas também carrega traços da geração que al-guns chamam de millennial ou Z. Aí é uma questão de nomen-clatura”, afirma o especialista em gestão de pessoas.

Confronto geracionalDentro das organizações, o Prof. Joel Dutra percebe que

existe um choque cultural entre as gerações. “Na minha ge-ração (baby boomers) fomos educados num ambiente muito autoritário, tanto na escola, quanto em casa e no trabalho. Mas não foi assim que educamos nossos filhos, que cresceram num ambiente mais aberto. Eles representam a geração X, que co-meça a entrar no mercado de trabalho na década de 90. Ela foi educada num ambiente muito competitivo, que tinha de brigar pelos seus espaços. A atual geração, Y, não tem esse tipo de competitividade”.

De acordo com Dutra, num primeiro momento, a geração Y foi mal interpretada pela geração X, pois era vista como pes-soas sem garra, que não brigavam pelas coisas que queriam. “Na nossa pesquisa, nós começamos a investigar isso mais a fundo e descobrimos que não é assim. Detectamos que 81% das pessoas que têm 3º grau financiaram seus próprios estu-dos. Então, é um pessoal que briga pelo que quer, mas briga de forma diferente”. Prof. Joel Dutra

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5Desafios e ascensão rápida

Teóricos afirmam que os novos profissionais já nasceram num mundo cercado por tecnologias, cujos costumes são si-nalizados pela internet. Têm acesso fácil às informações, são considerados ambiciosos, instáveis, mas ao mesmo tempo preocupados com o meio ambiente e direitos humanos. São pessoas decididas, que têm um bom nível de formação, embo-ra demonstrem indiferença em relação à autoridade. Aceitam bem a diversidade, tendem a fazer várias coisas ao mesmo tem-po, e gostam de desafios e oportunidades.

Em seus levantamentos, o Prof. Joel Dutra observa que essa geração é muito generosa e disposta a dividir informação e co-nhecimento. Outra qualidade é a forma diferente de pensar, de raciocinar. “Enquanto na minha geração nós raciocinamos de forma linear, ou seja, para resolver um problema a gente refaz o caminho percorrido, esses jovens, quando estão diante de um problema, deletam tudo e constroem de novo”. Para o docente, isso os torna muito mais criativos, pois eles conseguem enxer-gar outros caminhos, outras premissas.

Muito do que se observa nessa geração se assemelha aos jogos de videogame. “O que a gente percebe hoje, principal-mente em sala de aula, é que o aprendizado tem muito do ex-perimento e menos da reflexão. Não digo que isto esteja certo ou errado. É uma maneira diferente de aprender. A tecnologia proporciona isso. Poucos leem o manual. Eles vão tentando, tentando, até encontrar o portal que irá levá-los para outro ní-vel. É a tentativa e erro”, observa o Prof. Wilson Amorim.

Um aspecto notório nos jovens que iniciam uma carreira é o desejo de ascensão rápida. Para Joel Dutra, o jovem, por ima-turidade, acha que vai crescer muito rápido dentro da organi-zação. “Ele chega e acha que, daqui a pouco, vai ser um diretor”. Esse comportamento é motivado pelo fato do jovem desco-nhecer a realidade da organização e também porque vivemos numa sociedade que estimula esse tipo de reflexão. “Ocorre que, de fato, de 90 para cá, as carreiras são mais rápidas, mas não na velocidade que o jovem gostaria que fosse”, diz Dutra.

A rotatividade é outra marca dessa geração. Na pesquisa

“Melhores Empresas para Começar a Carreira”, boa parte dos jovens pesquisados não perma-nece na mesma empresa mais de 2 anos. O fato de o jovem mudar constantemente de empre-go tem algumas razões, na avaliação de Wilson Amorim. Uma delas é que no Brasil a taxa de rotatividade no trabalho é historicamente ele-vada. Outra é o fato do país estar vivendo um momento de mais oportunidades para os jo-vens com melhor qualificação.

Para Joel Dutra, o jovem está entrando num mercado de trabalho com fácil mobilidade. “A partir de 2008, percebemos que as pessoas estão mais exigentes em relação às empresas por causa do pleno emprego. Outra coisa é que a atual ge-ração tem um tipo específico de exigência em re-lação às organizações, que é característica da sua estrutura de valores. Se ela não encontra um am-biente onde possa conciliar as várias dimensões da sua vida, onde seja respeitado e perceba condições de desenvolvimento, provavelmente vai buscar outra alternativa de emprego”, finaliza.

“O que a gente percebe hoje é que o aprendizado tem muito do experimento e menos da reflexão”

Prof. Wilson Amorim

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FEA ALUMNI

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FEAUSP recepciona os calouros de 2015

Tiago Cesquim

MATRÍCULAMATRÍCULAAprovados na FUVEST 2015, os novos

feanos foram recebidos por uma equipe de 14 funcionários que efetivaram a matrícula dos ingressantes. O orgulho de ter entrado na FEAUSP “MaravilhoS/A”, como dizem os alunos, esteve estampado no rosto dos calouros, familiares e amigos presentes.

ENTIDADESENTIDADESOficialmente feanos, a Turma

2015 foi recepcionada pelos cole-gas. O abraço do Canguru mas-cote abria as portas das Entidades Estudantis aos calouros, que foram

apresentados aos diversos grupos de estudantes da FEAUSP. Houve espaço

para conversas descon-traídas e sérias, de-poimentos, convites para participação e, claro, festa.

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A partir da matrícula, os aprovados na FUVesT 2015 passam a fazer parte da comunidade feana

TROTETROTE

RECEPÇÃORECEPÇÃO

SEJAM BEM-VINDOS!

Calouro também é bixo, então tinha que ter trote. A palavra de ordem era “só

brinca quem quer”, e muita gente quis. Cabelos cortados e muita tinta foram os preferidos na Vivência dos alunos, ao som de música ao vivo. Teve competição de videogame, futebol, cachorro-quente e muito mais para desejar as boas-vindas aos novos amigos.

A vida acadêmica da Turma 2015 na FEAUSP teve início com apresentações da diretoria da Faculdade e das Entidades Estudantis, que enalteceram a conquista dos ex-vestibulandos, explicaram diversas questões sobre o funcionamento da USP, da FEAUSP e das

Entidades, e deram sugestões para o bom aproveitamento da vida universitária.

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FEA por FEA

FEA reforma portaria para aumentar segurança

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A FEA Está construindo umA novA

portAriA Em suA EntrAdA principAl, nA

AvEnidA proFEssor luciAno guAlbErto, com

o objEtivo dE AumEntAr A sEgurAnçA. As obras, que tiveram início em janeiro, devem demorar cerca de 90 dias. A reforma prevê a instalação de câmeras de vigilância de alta resolução, o reposicionamento das portas de vidro, a colocação de uma cobertura de vidro e a instalação de um novo balcão de recepção para facilitar a visualização das pessoas que adentram o edifício.

O projeto para a instalação do Sistema de Controle de Acesso foi aprovado em plebiscito realizado em maio de 2012. Segundo o diretor da FEA, Prof. Adalberto Fischmann, foram feitos ajustes no projeto original para baratear os custos, optando-se pela construção apenas da portaria da frente, que custará R$ 306 mil. O projeto completo inicial estava orçado em R$ 1,861

Cacilda Lunamilhão. O sinal verde para o início das obras da portaria foi dado pela Reitoria da USP no dia 19 de dezembro passado.

A questão da segurança na FEA vem sendo discutida desde 2008 pelas várias instâncias da Faculdade. Naquele ano, a Congregação levantou o assunto pela primeira vez.

Durante uma sessão do colegiado, o então diretor Carlos

Roberto Azzoni anunciou que estava em andamento um

estudo sobre a possibilidade de colocação de catracas de acesso na portaria, em decorrência de dois furtos ocorridos na Biblioteca – de um livro raro e de um notebook pertencente a um aluno.

Nos dois casos citados, os ladrões chegaram a ser filmados, mas não puderam ser identificados, pois não tinham vínculo com a instituição. O fato reforçou o argumento de que seria necessário um sistema de identificação na entrada do prédio. Se não pudesse evitar os furtos, ao menos coibiria a ação dos criminosos. A partir daí, o Prof. Azzoni solicitou à Reitoria recursos para implementar medidas de segurança, entre elas a melhoria da iluminação externa e a implantação de um controle de acesso ao edifício.

Em março de 2009, o Prof. Azzoni informou à Congregação que conseguira a verba para a compra de equipamentos destinados à segurança. A princípio, seria instalada infraestrutura para câmeras e interfones nas salas de aula, além de câmeras de segurança em todos

Projeto da nova portaria da FEA

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A reforma prevê a instalação de câmeras de vigilância de alta resolução e a instalação de um novo balcão de recepção para facilitar a visualização das pessoas que adentram o edifício.

os prédios e no estacionamento. Também haveria um novo sistema de iluminação externo. Essas obras já foram realizadas. A conveniência de se instalar catracas na portaria seria discutida posteriormente.

Mais tarde, na gestão do diretor Reinaldo Guerreiro, foi realizada uma rodada de reuniões com os funcionários, promovida pela Assistência Técnica Administrativa (ATAd), entre novembro de 2010 e janeiro de 2011. O objetivo era fazer um diagnóstico da situação da FEA. Os funcionários puderam expor suas necessidades e sugestões para melhorar a administração da Faculdade e o item “segurança” foi o que recebeu o maior número de propostas. A maior preocupação apontada foi em relação ao acesso livre às dependências da Faculdade.

Entre as sugestões estavam um maior número de câmeras de vigilância e um sistema de controle de

Morte de aluno reforçou debate sobre segurançaAs ocorrências de furtos dentro da FEA não são poucas. Envolvem ob-

jetos e equipamentos não apenas da Faculdade, mas também dos alunos, funcionários e professores. Já foram registrados furtos de laptops, celulares, iPads, cartões de crédito, impressoras, cartuchos, desktops, CPUs, peças de computador, fi lmadora, câmera fotográfi ca, projetores multimídia, mochilas, roupas, carteiras e dinheiro. No estacionamento, já levaram carro, bicicleta, houve roubo de relógio e sequestro relâmpago.

O perigo maior se dá quando a ação dos criminosos coloca em risco a vida das pessoas. No dia 7 de abril de 2011, um aluno da USP sofreu um sequestro relâmpago. O carro dele estava estacionado na FEA. Já era tarde da noite e, na impossibilidade de sacar dinheiro no caixa eletrônico, os ladrões acabaram ro-dando com ele no campus e depois o soltaram próximo à Cidade Universitária. Levaram sua mochila com iPod, calculadora HP, material escolar e roupas.

O episódio parecia ser o prenúncio de um fato mais grave, que viria a acontecer um mês depois: a morte do aluno Felipe Ramos Paiva, da FEA. No dia 18 de maio, à noite, após as aulas, ele foi baleado quando tentava fugir de um assalto, no estacionamento da Faculdade. O caso teve grande repercussão na mídia e ampliou as preocupações internas, intensifi cando as discussões sobre medidas efetivas de segurança no espaço acadêmico.

acesso. Em abril de 2011, a Comissão de Segurança da FEA, depois de analisar mais profundamente a questão, apresentou o Projeto de Ampliação do Sistema de Segurança Patrimonial da FEA, que mais tarde seria avaliado pela Congregação.

Congregação aprova o controle de acesso

Em dezembro de 2011, os membros da Congregação colocaram em votação e aprovaram a implantação do denominado Sistema de Controle de Acesso. No entanto, para que o processo pudesse ser mais democrático,

o colegiado deliberou que fosse realizado um plebiscito com a participação das três categorias da comunidade – alunos, funcionários e docentes. A medida teria de ser aprovada por meio do voto paritário, no qual a maioria dos votos de cada categoria representa um voto.

O plebiscito foi realizado no final de maio de 2012. A aprovação das novas medidas de segurança foi decidida por 2 votos a 1, com os seguintes resultados por categoria: Alunos - 205 (a favor) e 758 (contra); Funcionários - 43 (a favor) e 38 (contra); Professores - 71 (a favor) e 22 (contra).

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10duAs AposEntAdoriAs, um pEdido dE dEmissão E 14

Funcionários AdEptos Ao progrAmA dE incEntivo

À dEmissão voluntáriA (pidv), idEAliZAdo pElo

consElho univErsitário (co) A Fim dE rEduZir os

custos dA usp com A FolhA dE pAgAmEnto. Ao todo, dezessete colaboradores deixarão a FEA nos próximos dias e a faculdade perderá pouco mais de 10% da força de trabalho da qual dispunha até o final de fevereiro.

Janaína Silva passou num concurso e pediu demissão. Olga Maria Zulzke de Miranda e Arlete Akemi Nakamura estão se aposentando. Os demais saem pelo PIDV.

Dulcineia Diva Jacomini aderiu ao PIDV e faz parte do grupo de funcionários que primeiro se desligaram da FEA, no dia 26 de fevereiro. Entrou na faculdade em 1994, como diretora técnica do Serviço de Biblioteca e Documentação, e manteve o mesmo cargo durante os 20 anos de serviço. “Nesse tempo, fiz um mestrado na ECA e um MBA na FIA, que me agregaram conhecimentos valiosos para o desenvolvimento das minhas atividades na Biblioteca”, conta. Sobre a adesão ao PIDV, Dulcineia afirma: “Se a escolha foi acertada, só o tempo dirá. Com a decisão tomada, meu olhar se volta novamente ao horizonte, e deixo à comunidade FEA o meu especial agradecimento”.

Valdemir Jacinto de Souza é outro funcionário que optou por aderir ao PIDV e está com saída marcada para o dia 20 de março. Valdemir entrou na faculdade em julho de 1994 e, desde então, ocupou três cargos diferentes. “Quando entrei, minha expectativa era das melhores. Meu primeiro cargo foi o de contador chefe, depois fui diretor financeiro e, por fim, assistente técnico financeiro”, lembra. E acrescenta: “Meus planos para o futuro estão indefinidos, por enquanto. Talvez eu trabalhe no escritório de contabilidade de um amigo”.

Anaís MottaO último grupo a deixar a FEA tem

desligamento marcado para dia 22 de abril. Ivone Robles, bibliotecária da Seção de Atendimento ao Usuário da Biblioteca, é uma dos quatro funcionários pertencentes a esse grupo e deixará a faculdade depois de 26 anos: “Sou grata à faculdade pelo meu aprimoramento profissional ao longo desses anos, que me possibilitou ocupar o cargo de bibliotecária na maior biblioteca de economia, administração e contabilidade do Brasil”.

Em reunião de funcionários na Sala da Congregação, no dia 23 de fevereiro, os professores Adalberto Fischmann e Joaquim Guilhoto fizeram questão de agradecer a todos e desejar os mais sinceros votos de sucesso. “Aqui é a casa de vocês e, a qualquer momento, vocês serão bem-vindos”, disse Fischmann. Sobre os funcionários que permanecerão na faculdade, Guilhoto complementou: “São todos excelentes, simpáticos, trabalhadores e atenciosos.

FEA perde parte de seus servidores

Olga MirandaTrabalhou 28 anos na USP, no CCE, na Codage, na Vice-Reitoria e, na FEA, como Assistente Técnica

Administrativa por duas vezes

FEA FUNCIONÁRIOS

Essa crise passageira da USP vai ser superada com o apoio de vocês, com esse c o l e g u i s m o . Espero que a gente trabalhe juntos sempre”.

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11Alan Gonçalves de SousaTrabalhou quatro anos no

Departamento de Administração

Ana Maria Ventura BrazTrabalhou na USP por 28 anos na

Seção de Atendimento aos Usuários da Biblioteca da FEA

Dulcineia Dilva JacominiTrabalhou 21 anos na FEA, 20

como Diretora da Biblioteca e no último ano no Departamento de

Contabilidade e Atuária

Guilherme Ricardo de A. FilhoTrabalhou 25 anos na USP; passou

pela FFLCH e na FEA trabalhou na Seção de Graduação e no Serviço de

Expediente

Ivone RoblesTrabalhou 25 anos na USP todos eles na FEA, na Diretoria da faculdade e na Seção de Aquisição

da Biblioteca

João Aparecido CorrêaTrabalhou 26 anos na FEA,

sempre no Serviço de Gráfica

Jordelino de OliveiraTrabalhou 36 anos na USP. Passou pela Reitoria da USP e, na FEA, pelo departamento de Contabilidade e Atuária e pelo Serviço de Expediente

Maria Cristina de Brito29 anos dedicados à FEA,

na Seção de Atendimento aos Usuários da Biblioteca

Marilda Fatima da GraçaTrabalhou 30 anos na FEA na

Seção Técnica de Informática

Olga Maria M. CharroTrabalhou 17 anos na FEA, no

Serviço de Cooperação Internacional e por fim no Departamento de

Administração

Rose Mary dos Santos28 anos na FEA, passando pelo

Serviço de Graduação, Serviço de Expediente, Secretaria dos Colegiados e pelo Serviço de Estágios e Empregos

Rosemary Feijó da SilvaHá 13 anos na USP, trabalhou no

IAG, na EEFE e na FEA, nos serviços de Pessoal e de Apoio aos Colegiados

Arlete Akemi NakamuraAlocada há 30 anos na Seção

de Atendimento aos Usuários da Biblioteca da FEA

Valdemir Jacinto de SouzaTrabalhou 25 anos na USP, na

Reitoria da Universidade e na FEA, no Serviço de Contabilidade e como

na Assistente Técnico Financeiro

Sérgio de LuccasTrabalhou 32 anos na FEA, na Seção

de Laboratório de Ensino e nos setores de Suporte e Produção e de Redes, da

Seção Técnica de Informática.

Janaina SilvaFicou quatro anos na FEA, no departamento de Contabilidade e Atuária e na Seção de Atendimento

aos Usuários da Biblioteca da FEA

Page 12: ano 11 edição 97 março 2015 Um jeito diferente de lidar com a … · A nova geração de profissionais tem características bas-tante peculiares. Nasceu na era das inovações

Gente da FeaUma publicação mensal da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo Assistência de Comunicação e DesenvolvimentoMarço 2015_tiragem 1.800 exemplares

Av. Prof. Luciano Gualberto, 908Cidade Universitária - CEP 05508-010

Diretor da FEA AdAlberto Américo FischmAnn

Coordenação Gerallu medeiros

AssistênciA de comunicAção e desenvolvimento dA FeAusP

Edição AssistênciA de comunicAção e desenvolvimento

dA FeAusPmilenA neves – mtb 46.219

ReportagensAnAís mottA, cAcildA lunA e

tiAgo cesquim

Projeto Gráfico: elos comunicAção

revisado porton cândido

Layout e Editoração Eletrônica robertA de PAulA

Revisão cAcildA lunA e milenA neves

Fotos robertA de PAulA e tiAgo cesquim

seLO FsC

FEA DESTAQUES

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Cacilda LunaLançamentos“Cálculo no Mercado Financeiro – Conceitos, Ferramentas e exercícios”

As professoras Liliam Sanchez Carrete e Rosana Tavares, do departamento de Administração da FEA (EAD), lançaram em fevereiro o livro “Cálculo no Mercado Financeiro – Conceitos, Ferramentas e Exercícios”, pela Editora Atlas. A obra passa a ser adotada neste semestre na disciplina Matemática Financeira, nos cursos de graduação e pós-graduação. O diferencial desse trabalho é a combinação do conceito teórico, cálculo financeiro, com aplicação e soluções que os instrumentos e técnicas oferecem ao tomador de decisão.

“Qualidade de Vida no Trabalho: estudos e metodologias brasileiras”A coordenadora do Núcleo de Gestão da Qualidade de Vida no Trabalho da

FEA, profa. Ana Cristina Limongi-França (EAD), é uma das organizadoras do livro “Qualidade de Vida no Trabalho: estudos e metodologias brasileiras”, lançado em fevereiro. Distribuído pela Editora CRV, a obra foi produzida em parceria com os professores Izabela Maria Rezende Taveira (UFF) e Mário César Ferreira (UnB). O objetivo desse trabalho é apresentar as principais abordagens teóricas e metodológicas que têm contribuído para a evolução dos estudos sobre qualidade de vida no trabalho, saúde mental e segurança no trabalho no Brasil.

“Fusões e aquisições em Ato – Guia prático: geração e destruição de valor em M&A”e “Finanças Corporativas – Teoria e Prática 2ª edição”

O professor Eduardo Luzio, do departamento de Economia (EAE), lançou dois livros em março, ambos pela Editora Senac. “Fusões e aquisições em Ato – Guia prático: geração e destruição de valor em M&A” apresenta em detalhes todos os processos de fusão e aquisição (M&A). Trata da teoria e prática em M&A com base nas experiências do autor, apresentando uma abordagem diferenciada ao considerar o posicionamento do vendedor e do comprador. Já o livro “Finanças Corporativas – Teoria e Prática 2ª Edição” tem o

objetivo de analisar a prática das finanças corporativas no contexto das empresas brasileiras. Aliando teoria e prática, oferece soluções que podem ser adaptadas e replicadas a diversas situações corporativas semelhantes.