TRABALHO DE GEOGRAFIA

ESPAÇO EDUCACIONAL DESCOBRIR E CRIARProfessora: DeolindaAluno(a): Anna Julia Barros8º ano

O rompimento entreCuba e Estados Unidos

A influência econômica estadunidense em Cuba já podia ser notada nos anos seguintes à independência cubana. Grande parte dos hotéis, bancos, importadoras de alimentos e propriedades rurais se tornaram propriedades de empresas estadunidenses. Essas corporações atuavam livremente no país, pagavam impostos baixíssimos e remetiam volumosos lucros para as matrizes, instaladas nos Estados Unidos.

Em contrapartida, a população cubana vivia em péssimas condições. O saneamento básico era precário, e pouquíssimos cubanos tinham acesso à educação e à saúde. A mortalidade infantil era uma das maiores do continente americano, e a miséria era geral.

Logo após sua vitória, o governo de Fidel Castro tomou medidas que descontentaram muito os empresários estadunidenses, entre elas, decretou a nacionalização das empresas estadunidenses que atuavam em Cuba.

O governo dos Estados Unidos advertiu Fidel Castro de que não aceitaria essa situação. Em resposta a essa ameaça, já em 1960 Cuba se afastou da influência econômica estadunidense e aproximou-se do maior rival dos Estados Unidos, a União Soviética, país socialista que disputava com a superpotência capitalista a hegemonia mundial. Ao mesmo tempo, Fidel assumiu que seu governo adotaria a socialização dos meios de produção.

Com o passar do tempo, esse precário quadro social foi se agravando mais e mais e criou um ambiente propício a revoltas entre a população cubana. Na década de 1950 multiplicaram-se os movimentos populares que protestavam e exigiam melhores melhores condições de vida.

O maior líder desses protestos foi Fidel Castro, que organizou um movimento guerrilheiro na região montanhosa de Sierra Maestra.

Os revolucionários exigiam a queda do presidente Fulgêncio Batista, aliado dos Estados Unidos, e o simpatia maciça da população e, em 1º de janeiro de 1959, ingressam triunfantes em Havana, capital do país.

Foi firmada, então, uma aliança entre Cuba e a União Soviética. Os Estados Unidos foram obrigados a conviver, pela primeira vez, com um país socialista a poucos quilômetros da Flórida.

Reagindo à implantação do socialismo na ilha, em 1962, os Estados Unidos decretaram um embargo, isto é, um bloqueio de caráter econômico, contra Cuba. Muitas restrições foram impostas à ilha, como a proibição da compra de mercadorias cubanas e também da venda de quaisquer produtos norte – americanos para o país caribeiro.

Embora essa medida tenha isolado Cuba do comércio com o bloco capitalista, a economia da ilha pôde comercializar com países socialistas, bem como contar com o apoio econômico e comercial soviético.

Inicialmente, a parceria baseou-se no fornecimento do petróleo soviético em troca do açúcar cubano. Isso permitiu que a ilha obtivesse energia e recursos financeiros para melhorar as áreas sociais.

Por isso, foi praticamente eliminada a miséria que há séculos afligia quase toda a população cubana. A prioridade atribuía à educação e à saúde tornou Cuba reconhecida mundialmente, em especial pelo elevado nível de suas pesquisas científicas na área da Medicina.