análise dos padrões de utilização de códons sinônimos no … · 2019. 10. 25. ·...

133
Programa de Pós-Graduação em Genética Universidade Federal de Pernambuco Centro de Ciências Biológicas Departamento de Genética Análise dos padrões de utilização de códons sinônimos no genoma da bactéria Chromobacterium violaceum Catarina Paula da Silva Ramos Recife, Pernambuco Julho de 2006

Upload: others

Post on 18-Nov-2020

1 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Análise dos padrões de utilização de códons sinônimos no … · 2019. 10. 25. · Palavras-chave: Análise de correspondência, assimetria das fitas, hidrofobicidade, transporte

Programa de Pós-Graduação em Genética

Universidade Federal de Pernambuco

Centro de Ciências Biológicas

Departamento de Genética

Análise dos padrões de utilização de códons

sinônimos no genoma da bactéria

Chromobacterium violaceum

Catarina Paula da Silva Ramos

Recife, Pernambuco

Julho de 2006

Page 2: Análise dos padrões de utilização de códons sinônimos no … · 2019. 10. 25. · Palavras-chave: Análise de correspondência, assimetria das fitas, hidrofobicidade, transporte

Catarina Paula da Silva Ramos

Análise dos padrões de utilização de códons

sinônimos no genoma da bactéria

Chromobacterium violaceum

Dissertação apresentada ao Programa de

Pós-Graduação em Genética da

Universidade Federal de Pernambuco,

como parte dos requisitos necessários para a

obtenção do grau de Mestre em Genética.

Orientador: Prof. Dr. Paulo Paes de

Andrade, Departamento de Genética, Centro

de Ciências Biológicas, Universidade Federal

de Pernambuco.

Co-Orientador: Prof. Dr. Valdir de

Queiroz Balbino, Departamento de

Genética, Centro de Ciências Biológicas,

Universidade Federal de Pernambuco.

Recife, Pernambuco

Julho, 2006

Page 3: Análise dos padrões de utilização de códons sinônimos no … · 2019. 10. 25. · Palavras-chave: Análise de correspondência, assimetria das fitas, hidrofobicidade, transporte

Ramos, Catarina Paula da Silva Análise dos padrões de utilização de códons sinônimos no genoma da bactéria Chromobacterium violaceum / Catarina Paula da Silva Ramos. – Recife: A Autora, 2006. 70 folhas : il. Dissertação (mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. CCB. Ciências Biológicas. Genética. 1. Genética 2 Chromobacterium violaceum I. Título. 576.5 CDD (22.ed.) UFPE 575 CDU (2.ed.) CCB - 2006 - 073

Page 4: Análise dos padrões de utilização de códons sinônimos no … · 2019. 10. 25. · Palavras-chave: Análise de correspondência, assimetria das fitas, hidrofobicidade, transporte

Universidade Federal de Pernambuco

Programa de Pós-Graduação em Genética

PARECER DA COMISSÃO EXAMINADORA DA DEFESA DE DISSERTAÇÃO DO MESTRADO

Catarina Paula da Silva Ramos

“Análise dos padrões de utilização de códons

sinônimos no genoma da bactéria Chromobacterium

violaceum”

Área de Concentração: Genética e Evolução

A comissão examinadora, composta pelos professores abaixo, sob a presidência do primeiro,

considera a aluna Catarina Paula da Silva Ramos como aprovada.

Recife, 24 de outubro de 2006.

________________________________________

Orientador: Prof. Dr. Paulo Paes de Andrade (UFPE)

________________________________________

Titular Externo: Profa. Dra. Marise Sobreira Bezerra da Silva

(Fiocruz/CPqAM)

________________________________________

Titular Externo: Prof. Dr. Antônio Basílio de Miranda (Fiocruz)

________________________________________

Titular Interno: Profa. Dra. Ana Maria Benko Iseppon (UFPE)

________________________________________

Coordenador do Programa: Prof. Dr. Marcos Antônio de Morais (UFPE)

Page 5: Análise dos padrões de utilização de códons sinônimos no … · 2019. 10. 25. · Palavras-chave: Análise de correspondência, assimetria das fitas, hidrofobicidade, transporte

Agradecimentos

Agradeço primeiramente a Deus, o autor da minha vida, pai

e amigo fiel que me deu toda a força e sabedoria necessária para a

realização deste trabalho. Obrigada Senhor.

À minha família por todo o apoio e amor. Em especial aos

meus pais, por toda a educação, instrução e amor durante minha

vida.

Ao meu esposo Rodrigo, que sempre me apoiou em todos os

momentos difíceis.

Aos meus orientadores Dr. Paulo Andrade e Dr. Valdir

Balbino, pelo estímulo, amizade, ensinamento, dedicação,

sinceridade, paciência e incentivo; por me fazerem acreditar que sem

o esforço da busca é impossível a alegria da vitória;

Aos meus colegas de mestrado, pelo convívio alegre e

descontraído, especialmente a Pollyanna, Juliana, Kyria, Ebenézer,

Helen, Jemima, Dalmo, Adriana e Iliano.

A todos do Laboratório de Biologia Molecular do Hemope

pela amizade, incentivo e por tudo que passamos juntos,

especialmente, a Júlia e a Camilla.

A todos da Igreja Batista Corpo de Cristo pela amizade e

orações.

Às ex-coordenadoras, Dra. Ana Benko Iseppon e Dra. Aline

Alexandrino, pelo esforço em melhorar o curso.

Aos novos coordenadores, Dr. Marcos Morais e Dra. Tânia

Rieger, por manterem a boa qualidade do curso.

Aos professores do curso, por todas as oportunidades de

desenvolvimento pessoal.

Ao secretário do curso, Arismar Lobo, pela atenção em

todos os momentos necessários.

Page 6: Análise dos padrões de utilização de códons sinônimos no … · 2019. 10. 25. · Palavras-chave: Análise de correspondência, assimetria das fitas, hidrofobicidade, transporte

Aos integrantes do Laboratório de Bioinformática do

Hemocentro da USP de Ribeirão Preto pelo incentivo e ajuda na busca

de artigos e principalmente pela amizade.

À CAPES, por me ceder uma bolsa de estudos durante a

realização deste trabalho.

A todos, Muito Obrigada !

Page 7: Análise dos padrões de utilização de códons sinônimos no … · 2019. 10. 25. · Palavras-chave: Análise de correspondência, assimetria das fitas, hidrofobicidade, transporte

Ramos, C.P.S. Análise de códons sinônimos em Chromobacterium violaceum

6

Ao meu esposo Rodrigo, a

maior motivação de minha

vida!

Page 8: Análise dos padrões de utilização de códons sinônimos no … · 2019. 10. 25. · Palavras-chave: Análise de correspondência, assimetria das fitas, hidrofobicidade, transporte

Ramos, C.P.S. Análise de códons sinônimos em Chromobacterium violaceum

7

Sumário

Página Lista de Tabelas

Lista de Figuras

Lista de Abreviaturas

Resumo 11

1. Introdução 12

2. Objetivos 16

2.1. Geral 16

2.2. Específicos 16

3. Revisão de Literatura 17

3.1. Origem do Código Genético 17

3.2. Propriedades do Código Genético 21

3.3. Seleção Natural e a Utilização de Códons 24

3.4. Seleção de Códons Ótimos e a Eficiência Traducional 27

3.5. Códons Sinônimos 39

3.6. Métodos Usados na Análise de Códons Sinônimos 43

3.7. Proteobactérias:Morfologia,Fisiologia,Ecologia,Diversidade Filogenética 52

3.8. Chromobacterium violaceum 61

4. Referências Bibliográficas 70

5. Manuscrito de Artigo Científico

Analysis Codon Usage of Chromobacterium violaceum

89

6. Abstract 119

7. Conclusões 120

8. Anexos 121

8.1. Instruções para Autores (Genetics and Molecular Biology) 122

8.2. Instruções para Autores (Genetics and Molecular Research) 126

9. Apêndice

9.A Classificação filogenética de proteínas codificadas em genomas

completos (Clusters of Orthologous Groups - COGs). 130

Page 9: Análise dos padrões de utilização de códons sinônimos no … · 2019. 10. 25. · Palavras-chave: Análise de correspondência, assimetria das fitas, hidrofobicidade, transporte

Ramos, C.P.S. Análise de códons sinônimos em Chromobacterium violaceum

8

Lista de Tabelas

Tabela Página Manuscrito Table 1: Comparison of codon usage on leading and lagging strands

in C. violaceum genome.

99

Page 10: Análise dos padrões de utilização de códons sinônimos no … · 2019. 10. 25. · Palavras-chave: Análise de correspondência, assimetria das fitas, hidrofobicidade, transporte

Ramos, C.P.S. Análise de códons sinônimos em Chromobacterium violaceum

9

Lista de Figuras

Figura Página

Revisão de Literatura Figura 1: Estrutura de um RNA transportador (RNAt) 17

Figura 2: Tabela do Código Genético Universal 22

Figura 3: Árvore filogenética simplificada de proteobactérias

baseadas nas seqüências de DNAr 16S da maioria do

gênero das proteobactérias.

53

Figura 4: Chromobacterium violaceum 62

Manuscrito Figure 1: (A) Distribution of C. violaceum genes in the plane defined

by the first two main axes of the CoA of RSCU values; (B)

Correlation between first axis values and G+C content; (C)

Correlation between second axis values and

hydrophobicity (Gravy score).

97

Figure 2: Gene frequencies on the 18 COG categories for the two C.

violaceum gene subsets generated by CoA second axis/

hydrophobicity values. Letters on the x-axis denote COG

categories.

98

Figure 3: Correlation between ENc and GC3s values for all C.

violaceum ORFs. A strong inverse correlation can be

observed.

102

Figure 4: Codon bias index in C. violaceum genome. There is a

trend toward CBI values higher than 0.2.

103

Figure 5: Correlation between CAI and ENc on RSCU values for all C.

violaceum genes.

104

Figure 6: Distribution of codons along the first two main CoA axes

for C. violaceum.

105

Page 11: Análise dos padrões de utilização de códons sinônimos no … · 2019. 10. 25. · Palavras-chave: Análise de correspondência, assimetria das fitas, hidrofobicidade, transporte

Ramos, C.P.S. Análise de códons sinônimos em Chromobacterium violaceum

10

Lista de Abreviaturas

A Adenina

AS Antisense (Fita)

C Citosina

CAI Codon Adaptation Index - Índice de Adaptação de Códons

CBI Codon Bias Index - Índice de Desvio de Códons

CoA Correspondence Analysis - Análise de Correspondência

DNA Ácido Desoxirribonucléico

ENc Effective Number of Codons - Número Efetivo de Códons

Fop Frequency of Optimal Codons - Freqüência de Códons Ótimos

G Guanina

GC Guanina/Citosina (Conteúdo)

GC3s Guanine Citosine Content of third position - Guanina/Citosina de terceira

posição

GRAVY Protein hidrophobicity - Hidrofobicidade da Proteína

RNA Ácido Ribonucléico

RNAm RNA mensageiro

RNAr RNA ribossômico

RNAt RNA transportador

RSCU Relative Synonymous Codon Usage - Freqüência Relativa de Códons

Sinônimos

SS Sense (Fita)

T Timina

U Uracil (a)

Page 12: Análise dos padrões de utilização de códons sinônimos no … · 2019. 10. 25. · Palavras-chave: Análise de correspondência, assimetria das fitas, hidrofobicidade, transporte

Ramos, C.P.S. Análise de códons sinônimos em Chromobacterium violaceum

11

Resumo

Desvios no uso de códons podem ocorrer devido a vários fatores. Entre procariotos, o uso de códons sinônimos é atribuído ao equilíbrio existente entre mutação e seleção natural. Um determinado subconjunto de códons pode freqüentemente ser observado nas regiões do genoma onde uma alta eficiência traducional é requerida. O uso de códons de uma β-proteobactéria, Chromobacterium violaceum, é descrito aqui pela primeira vez. O presente estudo teve como objetivo a identificação das principais causas da variação do uso de códons no genoma da C. violaceum ATCC 12472. Uma análise de correspondência (CoA) da utilização relativa de códons sinônimos (RSCU) foi empregada para investigar a variação do uso de códons sinônimos entre os genes. Os resultados mostraram que um dos maiores determinantes desta variação é o conteúdo GC que mostrou correlação direta com o primeiro eixo principal da CoA. Observou-se também uma forte correlação inversa entre o número efetivo de códons (ENc) e o conteúdo guanina/citosina de terceira posição (GC3s), mostrando que o uso de códons também sofre influência da composição em nucleotídeos. A hidrofobicidade de cada proteína foi a segunda maior fonte de variação e esteve significantemente correlacionada ao segundo eixo principal da CoA. Os eixos 1 e 2 separaram o genoma em dois grupos de genes. O grupo menor, formado majoritariamente por proteínas de transporte, refletiu uma provável utilização diferencial de códons sinônimos destes genes em relação aos demais. Isto pode ser devido à composição da parede celular da bactéria e do meio em que vive para uma melhor adaptação às variações do ambiente. Além disso, foi mostrada uma forte correlação negativa do índice de adaptação de códons (CAI) com o ENc, refletindo a “escolha” pelo uso de códons ótimos. Correlações semelhantes foram vistas para a freqüência de códons ótimos (Fop) e índice de enviezamento de códons (CBI). A composição dos aminoácidos não pareceu influenciar a utilização de códons sinônimos neste organismo. Ao contrário do observado em α-proteobactérias, a assimetria das fitas não pareceu influenciar a composição de aminoácidos ou o número de genes, por outro lado o uso do códon teve alguma influência. A distribuição semelhante dos genes nas fitas contínua e descontínua apontou para ausência de conflito entre transcrição e replicação, provavelmente devido a uma tradução otimizada e a uma replicação muito lenta. A generalidade destas observações entre β-proteobactérias dependerá de novos estudos com este grupo de microrganismos.

Palavras-chave: Análise de correspondência, assimetria das fitas, hidrofobicidade, transporte de proteínas, adaptação ao ambiente, β-proteobactéria.

Page 13: Análise dos padrões de utilização de códons sinônimos no … · 2019. 10. 25. · Palavras-chave: Análise de correspondência, assimetria das fitas, hidrofobicidade, transporte

Ramos, C.P.S. Análise de códons sinônimos em Chromobacterium violaceum

12

1. Introdução

Em decorrência da redundância do código genético, a maioria

dos 20 aminoácidos naturais é codificada por mais de um códon. Desde

que as primeiras seqüências de nucleotídeos foram depositadas nos

bancos de dados públicos, tem sido observado que nem todos os

códons que codificam para um mesmo aminoácido são usados com a

mesma freqüência. As freqüências de utilização de códons sinônimos

variam tanto entres os genes de um mesmo genoma quanto entre

genomas de organismos distintos. As diferenças nos padrões de

utilização de códons podem resultar, por exemplo, de restrições locais

na composição dos genomas conforme já foi observado em genomas

ricos nos nucleotídeos guanina e citosina.

A seleção traducional parece ser a principal responsável pela

variação na utilização diferencial de códons entre os diferentes genes. O

emprego de códons sinônimos também parece sofrer a influência direta

de restrições seletivas e da existência de padrões mutacionais

diferenciados. O estudo da utilização de códons possibilita a detecção

de alterações nestas duas forças e das suas possíveis implicações

evolutivas. A maior variação na utilização de códons em um genoma

ocorre principalmente nos genes que são altamente expressos, em

função da necessidade de utilização de trincas que maximizem a

eficiência traducional. Em bactérias, por exemplo, o uso de códons

parece estar intimamente relacionado com o seu nível de expressão.

Page 14: Análise dos padrões de utilização de códons sinônimos no … · 2019. 10. 25. · Palavras-chave: Análise de correspondência, assimetria das fitas, hidrofobicidade, transporte

Ramos, C.P.S. Análise de códons sinônimos em Chromobacterium violaceum

13

Outra fonte de variação importante consiste na transferência horizontal

de genes, pois os genes transferidos tendem a exibir padrões de

utilização de códons diferentes daquele observado no organismo

hospedeiro. Diferenças nos padrões de utilização de códons em genes

heterólogos e no organismo hospedeiro podem afetar diretamente os

seus níveis de expressão.

Existem vários índices voltados para a verificação de

distorções na utilização de códons sinônimos. Como exemplos podemos

citar: conteúdo guanina/citosina de terceira posição (GC3s); freqüência

de códons ótimos (Fop); número de códons sinônimos (L_sym); número

total de códons sinônimos e não sinônimos (L_aa); hidrofobicidade das

proteínas (Gravy) calculado como a soma dos índices de hidrofobicidade

de cada aminoácido; índice de desvio do uso de códons (CBI); número

efetivo de códons (ENc), considerado o método que fornece a melhor

estimativa da utilização diferencial de códons de um conjunto de genes;

utilização relativa de códons sinônimos (RSCU) cujos valores fornecem

uma primeira estimativa do nível de distorção na utilização de códons

de um determinado aminoácido e o índice de adaptação de códons

(CAI) que estima o grau de extensão da utilização diferencial de códons

sinônimos em genes altamente expressos. Estes índices podem ser

empregados, por exemplo, na análise de correspondência (CoA) que é

um dos métodos que permite estudar a diferença entre os códons ou

examinar tendências na composição dos aminoácidos.

Page 15: Análise dos padrões de utilização de códons sinônimos no … · 2019. 10. 25. · Palavras-chave: Análise de correspondência, assimetria das fitas, hidrofobicidade, transporte

Ramos, C.P.S. Análise de códons sinônimos em Chromobacterium violaceum

14

O estudo dos fatores envolvidos na determinação da utilização

diferencial de códons tem sido facilitado pela disponibilidade de um

grande número de genomas completos cujas seqüências já se

encontram depositadas em bancos de dados públicos. Em função do

tamanho relativamente pequeno dos genomas bacterianos, os métodos

de análise dos padrões de utilização de códons sinônimos puderam ter

sua eficácia comprovada e passaram a ser utilizadas de forma rotineira

nos estudos de expressão gênica e evolução destes organismos.

O crescimento da genômica no Brasil resultou na produção de

uma grande quantidade de informações derivadas dos vários programas

de sequenciamento de nucleotídeos conduzidos nos últimos anos. Tem-

se observado, no entanto, que o número de pesquisadores devidamente

habilitados para a análise das informações advindas dos programas de

sequenciamento ainda é bastante limitada e evidencia a necessidade de

investimentos maciços na formação de recursos humanos, a exemplo

do que ocorre nos países desenvolvidos.

Neste trabalho, utilizamos a bactéria Chromobacterium

violaceum como microorganismo modelo pelo fato de ter tido seu

gemoma completamente seqüenciado no Brasil e também devido a

pouca exploração do seu genoma no que diz repeito ao uso de códons.

Além disso, observou-se que as análises sobre o uso de códons

sinônimos em bactérias têm se restringido a classe das

alfaproteobactérias, surgindo a necessidade de estudos com outras

classes de proteobactérias para fins de comparação. Este estudo foi o

Page 16: Análise dos padrões de utilização de códons sinônimos no … · 2019. 10. 25. · Palavras-chave: Análise de correspondência, assimetria das fitas, hidrofobicidade, transporte

Ramos, C.P.S. Análise de códons sinônimos em Chromobacterium violaceum

15

primeiro a demonstrar principais causas da variação na utilização de

códons sinônimos em uma betaproteobactéria.

Em bactéria, sabe-se que o fator mais importante de

variabilidade entre espécies é o seu conteúdo genômico

guanina/citosina (GC), em contraste com a baixa variabilidade de

conteúdo GC intra-espécies. A ampla variação entre espécies e a

estreita heterogeneidade do conteúdo GC dentro do genoma foi

interpretada como resultado de taxas de mutação bidirecional entre

pares AT e GC. Apesar da seleção para otimização da tradução ter sido

evidenciada como o maior fator para a variabilidade intra-espécies de

bactérias, apenas recentemente foi encontrada uma ligação entre

conteúdo genômico GC de bactérias e um fator ambiental aumentando

a interessante possibilidade de um impacto não zero de conteúdo GC

genômico no funcionamento da bactéria.

Um outro fator que tem mostrado influenciar a utilização de

códons sinônimos em bactérias é a hidrofobicidade dos aminoácidos,

que apesar de ser uma característica físico-química importante, é pouco

explorada. Em bactérias, parece estar relacionada com algum

mecanismo de adaptação ao meio ambiente, formando na maioria das

vezes, um grupo de genes bem diferente do habitual. Com base nestas

características, espera-se que a utilização diferencial de códons

sinônimos seja diferente entre as classes de proteobactérias alfa e beta,

uma vez que a C. violaceum possui características bastante

particulares.

Page 17: Análise dos padrões de utilização de códons sinônimos no … · 2019. 10. 25. · Palavras-chave: Análise de correspondência, assimetria das fitas, hidrofobicidade, transporte

Ramos, C.P.S. Análise de códons sinônimos em Chromobacterium violaceum

16

2. Objetivos

2.1 Geral

Identificar aspectos estruturais e funcionais envolvidos na

determinação do uso de códons sinônimos no genoma da

Chromobacterium violaceum.

2.2 Específicos

Estruturar um banco de dados contendo informações

básicas acerca das regiões codificantes encontradas no

genoma da C. violaceum, com ênfase especial nos

aspectos estruturais e funcionais dos genes nele

encontrado;

Correlacionar os índices de quantificação do emprego

diferencial de códons com características estruturais e

funcionais dos genes estudados, visando verificar a

existência de um padrão que possa ser utilizado como

referência para estudos em bactérias.

Analisar o conteúdo GC genômico e a hidrofobicidade dos

aminoácidos que compõem o genoma da C. violaceum e

fazer uma comparação com outras bactérias a fim de

verificar o impacto destas variáveis na utilização

diferencial de códons sinônimos.

Page 18: Análise dos padrões de utilização de códons sinônimos no … · 2019. 10. 25. · Palavras-chave: Análise de correspondência, assimetria das fitas, hidrofobicidade, transporte

Ramos, C.P.S. Análise de códons sinônimos em Chromobacterium violaceum

17

3. Revisão de Literatura

3.1 Origem do Código Genético

Estudos na década de 60 sugeriam que todas as formas

existentes de vida deveriam utilizar o mesmo código genético (hipótese

do acidente congelado). Esta hipótese foi proposta por Crick (1968) e

foi finalmente aceita com a definição do RNA transportador (RNAt)

como a molécula adaptadora. Segundo esta teoria, pequenas moléculas

de RNAs citoplasmáticos de cerca de 73 a 93 bases contendo um

grande número de bases modificadas, adquirem uma estrutura globular

compacta decorrente de um dobramento específico em forma de flor de

trevo (Figura 1). Esses RNAts são abundantes e ocorrem normalmente

acilados, ou seja, carregados com um resíduo de aminoácido específico,

existindo pelo menos um tipo de RNAt específico para cada um dos 20

aminoácidos naturais.

Figura 1. Estrutura de um RNA transportador (RNAt). Disponível em:

http://www.designeduniverse.com/articles/Nobel_Prize/trna.jpg

Page 19: Análise dos padrões de utilização de códons sinônimos no … · 2019. 10. 25. · Palavras-chave: Análise de correspondência, assimetria das fitas, hidrofobicidade, transporte

Ramos, C.P.S. Análise de códons sinônimos em Chromobacterium violaceum

18

O modelo de Crick (1968) assume que as designações dos

códons são acidentes históricos que se fixaram no último ancestral

comum de todos os organismos, mas não explica ou prediz a ordem dos

códons observada. Este modelo tem sido contestado por três hipóteses

que se baseiam em argumentos adaptativos, químicos e históricos,

conforme revisto por Knight et al. (1999).

A hipótese adaptativa sugere que o padrão de atribuições dos

códons é reflexo das adaptações que reduzem os erros causados pela

mutação ou por erros de tradução (Woese, 1965; Freeland & Hurst,

1998; Knight et al., 1999; Ardell & Sella, 2002).

O argumento químico sugere que as atribuições de certos

códons são diretamente influenciadas pelas interações químicas entre

aminoácidos e moléculas de RNA (Sonneborn, 1965; Woese et al.,

1966; Woese, 1967; Knight et al., 1999; Freeland et al., 2000).

A hipótese histórica, por sua vez, propõe que o código

genético canônico se desenvolveu a partir de um ancestral primitivo

durante a evolução. Este código primitivo compreenderia um pequeno

número de aminoácidos codificados por 64 códons altamente

degenerados. Esta hipótese assume que poucos (aproximadamente

cinco) aminoácidos seriam precursores. Como os demais aminoácidos

teriam surgido a partir destes, parte ou todos os domínios dos códons

do aminoácido precursor teriam sido repassados para os aminoácidos

produzidos (Wong, 1975; Knight et al., 1999). A teoria histórica propõe

uma evolução gradual de um sistema em que um dado RNAt passou a

Page 20: Análise dos padrões de utilização de códons sinônimos no … · 2019. 10. 25. · Palavras-chave: Análise de correspondência, assimetria das fitas, hidrofobicidade, transporte

Ramos, C.P.S. Análise de códons sinônimos em Chromobacterium violaceum

19

reconhecer uma base para RNAts com especificidades para a primeira e

segunda bases. Esta evolução poderia ter permitido que mais

aminoácidos fossem distinguidos e quando a especificidade do sistema

melhorasse, RNAts poderiam expandi-la para as três bases do códon

(Yockey, 2000).

Estas suposições foram recusadas a partir da descoberta de

desvios no código genético universal em procariotos, genomas

nucleares de eucariotos e genomas mitocondriais. Segundo Knight et al.

(1999) estes argumentos propõem que o código genético atual é de

algum modo ótimo, e reflete a expansão de um código mais primitivo

para incluir mais aminoácidos, ou é conseqüência de interações

químicas diretas entre RNA e aminoácidos, respectivamente.

Entretanto, tais modelos não são mutuamente exclusivos. Eles podem

ser ajustados pelo modelo evolucionário, pelo qual interações

estereoquímicas formaram o código inicial, e subsequentemente

expandiram através de modificações biossintéticas dos aminoácidos

codificados sendo otimizadas através da redefinição de códon ou codon

reassignment, ou seja, a inserção de um aminoácido em resposta a um

códon de terminação. Alternativamente, as três forças devem ter

atuado para determinar os 20 aminoácidos naturais para as atuais

posições no código genético.

Outras duas teorias evolucionárias podem explicar como o

significado de um códon pode ser mudado sem extinção das espécies:

as teorias da captura (Osawa & Jukes, 1989) e da ambigüidade

Page 21: Análise dos padrões de utilização de códons sinônimos no … · 2019. 10. 25. · Palavras-chave: Análise de correspondência, assimetria das fitas, hidrofobicidade, transporte

Ramos, C.P.S. Análise de códons sinônimos em Chromobacterium violaceum

20

intermediária (Schultz & Yarus, 1994). Experimentos recentes e

análises in silico indicam que, em lugar de aberrações da natureza,

mudanças no código genético também podem ter significado funcional.

Um ponto importante na teoria da captura é a suposição da

neutralidade da redefinição de códon, uma vez que a troca de

aminoácidos é efetuada sem gerar proteínas anormais ou não funcionais

que levem a ruptura do proteoma (Osawa & Jukes, 1989). Por outro

lado, a teoria da ambigüidade intermediária propõe um mecanismo não

neutro em que mutações no RNAt podem expandir a capacidade de

decodificação daquela molécula levando a uma ambigüidade de

decodificação de um único aminoácido pelos RNAts cognato e mutante

(Schultz & Yarus, 1994).

Quase todas as mudanças no código genético são explicadas

por um efeito sinergista entre as forças evolucionárias postuladas pelas

teorias da captura e ambigüidade intermediária. Entretanto, estes

processos contam com as maquinarias de replicação e/ou reparo do

DNA que mudam a seqüência codificada e o ribossomo.

A diversidade do código genético e da sua conseqüente

expansão para incorporar novos aminoácidos tem enfraquecido o

conceito de que o código genético é universal e “congelado”. Sua

flexibilidade tem sido encontrada especialmente entre microorganismos

e no genoma mitocondrial de várias espécies. O estudo da variação do

código genético fornece novos e importantes critérios acerca de como a

fidelidade de decodificação do RNAm (controlada pela maquinaria

Page 22: Análise dos padrões de utilização de códons sinônimos no … · 2019. 10. 25. · Palavras-chave: Análise de correspondência, assimetria das fitas, hidrofobicidade, transporte

Ramos, C.P.S. Análise de códons sinônimos em Chromobacterium violaceum

21

traducional) modela a composição de bases do genoma, utilização de

códons e redefinição de códons, revelando novos mecanismos

moleculares que relacionam o meio ambiente com a evolução dos

genomas (Santos et al., 2004).

3.2 Propriedades do Código Genético

O código genético representa uma coleção de seqüências de

bases (códons) que correspondem a cada aminoácido e aos sinais de

tradução. No início da década de 1960, Crick et al. (1961) publicaram a

primeira forte evidência em apoio de um código triplo (três nucleotídeos

por códon). De fato, todos os 64 códons possíveis correspondem a

algum tipo de informação. Além disso, ao traduzir as moléculas de

RNAm, os códons não se sobrepõem, mas são lidos seqüencialmente.

A grande maioria dos aminoácidos corresponde a mais de um

códon, com exceção da metionina (AUG) e do triptofano (UGG).

Portanto o código é dito redundante ou degenerado. Além disso, vários

códons diferem apenas na terceira base e correspondem a um único

aminoácido. Três códons finalizadores indicam o término da síntese de

polipeptídeos: UAA, UAG e UGA. De uma forma geral, observa-se a

mesma relação códon-aminoácido para todos os organismos, o que

mostra a universalidade do código genético. Porém foram observadas

variações em mitocôndrias, no genoma nuclear de algumas leveduras,

ciliados e outros. Estas exceções particulares parecem ser espécie-

Page 23: Análise dos padrões de utilização de códons sinônimos no … · 2019. 10. 25. · Palavras-chave: Análise de correspondência, assimetria das fitas, hidrofobicidade, transporte

Ramos, C.P.S. Análise de códons sinônimos em Chromobacterium violaceum

22

específicas e têm, portanto, grande significado evolutivo. O aspecto

mais marcante da redundância é que, com apenas algumas exceções, a

identidade da terceira base do códon parece não ser importante. Isto é,

XYA, XYB, XYC e XYD freqüentemente correspondem ao mesmo

aminoácido.

Figura 2. Tabela do Código Genético Universal. Disponível em:

http://www.class.unl.edu/biochem/gp2/gx/image_bank/codon.gif.

Em 1965, Crick propôs “a hipótese da oscilação”, que explica

como algumas moléculas de RNAt respondem a vários códons, e

fornece uma compreensão para o padrão de redundância do código. Até

esta época era geralmente suposto que nenhum par de bases que não

GC, AT ou AU fosse encontrado em um ácido nucléico. Isto é verdade

quanto ao DNA, pois a estrutura helicoidal regular da dupla hélice impõe

Page 24: Análise dos padrões de utilização de códons sinônimos no … · 2019. 10. 25. · Palavras-chave: Análise de correspondência, assimetria das fitas, hidrofobicidade, transporte

Ramos, C.P.S. Análise de códons sinônimos em Chromobacterium violaceum

23

duas restrições estéricas: duas purinas não podem parear uma com a

outra, pois não há espaço suficiente para um par planar purina-purina e

duas pirimidinas não podem parear porque não se alcançam (Crick,

1968). Crick propôs que, como o anticódon está situado dentro de uma

alça de RNA unifilamentar, a interação códon-anticódon pode não ser

restrita no mesmo grau que a dupla hélice de DNA. Construindo um

modelo, ele mostrou que as restrições estéricas eram menos rígidas na

terceira posição do códon, o que deveria permitir certa flexibilidade na

estrutura, chamada de “oscilação”.

A redundância do código genético não é aleatória, mas

altamente ordenada a fim de minimizar a letalidade mutacional. Além

disso, os aminoácidos com propriedades químicas semelhantes têm

códons que diferem uns dos outros em apenas uma base, o que

minimiza os efeitos das mutações. O código genético possui muitas

regularidades (Taylor & Coates, 1989) das quais apenas um

subconjunto tem explicações em termos de função do RNAt (Crick,

1966), contra força de efeitos deletérios de mutação (Sonneborn et al.,

1965; Knight et al., 1999) ou erros na tradução (Woese, 1967; Knight

et al., 1999).

Sabe-se que há uma forte correlação entre as primeiras bases

dos códons e as vias biossintéticas dos aminoácidos que eles codificam

(Wong, 1975; Taylor & Coates, 1989). Códons começando com C, A e U

codificam aminoácidos sintetizados a partir do alfa-cetoglutarato,

oxaloacetato e piruvato, respectivamente. Essas correlações são

Page 25: Análise dos padrões de utilização de códons sinônimos no … · 2019. 10. 25. · Palavras-chave: Análise de correspondência, assimetria das fitas, hidrofobicidade, transporte

Ramos, C.P.S. Análise de códons sinônimos em Chromobacterium violaceum

24

especialmente notáveis tendo em vista a diversidade estrutural dos

aminoácidos cujos códons têm em comum a primeira base (Copley et

al.,2005). Códons que têm U como segunda base estão associados com

aminoácidos mais hidrofóbicos e os que têm A nesta posição, com

aminoácidos mais hidrofílicos.

3.3 Seleção Natural e a Utilização de Códons

O crescimento exponencial do volume de seqüências

armazenadas em bancos de dados durante a década de 1980 facilitou a

análise estatística no que se refere à utilização de códons. Várias

técnicas de análise multivariada foram aplicadas para analisar a

utilização de códons sinônimos em mamíferos, vírus, bacteriófagos,

bactérias, mitocôndrias e genes de pequenos eucariotos (Grantham et

al., 1980a; 1981) demonstrando que os genes poderiam ser agrupados

com base no uso de códons e que estes grupos teriam ampla relação

com a organização taxonômica destes organismos. Conseqüentemente,

foi proposta a teoria genômica que afirma que o padrão de utilização de

códons de um genoma era uma característica específica de um

organismo. Isto sugere que a variação na utilização de códons pode

estar relacionada com a variação na abundância do RNA (Grantham et

al., 1980a) e que isso pode modular a expressão do gene (Grantham et

al., 1981).

Page 26: Análise dos padrões de utilização de códons sinônimos no … · 2019. 10. 25. · Palavras-chave: Análise de correspondência, assimetria das fitas, hidrofobicidade, transporte

Ramos, C.P.S. Análise de códons sinônimos em Chromobacterium violaceum

25

O uso não aleatório de códons e a variação na utilização de

códons entre diferentes espécies sugerem que existe alguma restrição

seletiva na escolha do códon. Um estudo realizado por Grantham et al.

(1981) em 13 genes de Escherichia coli fortemente expressos e 16

menos expressos, usando a técnica de análise multivariada, encontrou

uma forte variação na utilização de códons. Gouy & Gautier (1982)

analisaram 83 genes de E. coli e encontraram que a variação na

utilização de códons era dependente dos níveis de tradução, e genes

com um alto número de cópias de proteínas usavam com maior

freqüência códons de energia intermediária que requeriam menos

discriminações de RNAt por ciclo de elongação.

A utilização de códons difere entre espécies não apenas na

seleção de códons, mas também no grau de preferência. Diferenças na

utilização de códons de genes homólogos não implicam

necessariamente em mudança nos níveis de expressão, mas sugerem

que o efeito de pressões seletivas não são as mesmas. As preferências

de códons são freqüentemente diferentes no início de um gene quando

comparada com a parte central ou terminal do mesmo (Chen & Inouye,

1994; Karlin et al., 1998).

Muitas espécies de bactérias possuem preferências na escolha

de alguns códons (Sharp & Li, 1987). A seleção natural da utilização de

códons pelos organismos é a ferramenta chave para a caracterização de

todos os genes que, por sua vez, é útil no entendimento da evolução de

espécies alvo, bem como para medir o fluxo horizontal de genes ao

Page 27: Análise dos padrões de utilização de códons sinônimos no … · 2019. 10. 25. · Palavras-chave: Análise de correspondência, assimetria das fitas, hidrofobicidade, transporte

Ramos, C.P.S. Análise de códons sinônimos em Chromobacterium violaceum

26

longo das diferentes espécies de bactérias. A variação na utilização de

códons é representada por dois paradigmas principais. Tanto a

utilização diferencial de códons quanto a seleção determinam o uso de

códons, ou ele é determinado apenas por preferências mutacionais.

Embora a seleção natural voltada para o aumento da eficiência

traducional tenha uma maior influência na utilização de códons em

muitas espécies, nem sempre é possível definir de que forma a seleção

está tomando lugar, assim como não explica toda a variação de uso de

códons observada. Alguns genes têm seu uso de códons determinado

principalmente por mutações, enquanto outros exibem padrões de

utilização de códons que aumentam com o balanço entre preferências

mutacionais e pressões seletivas (Sharp & Li, 1986).

As preferências de códons devem resultar do equilíbrio entre

seleção, que beneficia a fixação de códons favoráveis, e mudanças

genéticas, que aumentam a probabilidade de fixação de códons

desfavoráveis. A manutenção das preferências de códons por posições

sinônimas neutras requer uma lenta, porém constante taxa de fixação

adaptativa (Akashi, 1995). Se a seleção atua independentemente em

cada códon, então diferenças seletivas entre códons sinônimos são

provavelmente muito pequenas, logo a seleção de códons poderia ser

útil apenas em espécies com grande tamanho populacional (Li, 1987). A

seleção é comumente mais forte em genes altamente expressos porque

estes códons são traduzidos mais freqüentemente (Bulmer, 1988).

Page 28: Análise dos padrões de utilização de códons sinônimos no … · 2019. 10. 25. · Palavras-chave: Análise de correspondência, assimetria das fitas, hidrofobicidade, transporte

Ramos, C.P.S. Análise de códons sinônimos em Chromobacterium violaceum

27

Li (1987) descreveu que as preferências de códons

intermediárias deveriam representar um balanço entre mutação e

seleção, e assumiu que as freqüências relativas de sinônimos seriam

influenciadas pelas tendências mutacionais, coeficiente de seleção e

tamanho efetivo da população. Para selecionar entre códons sinônimos,

a vantagem seletiva deve ser maior do que o inverso do tamanho

efetivo da população. Sítios sinônimos poderiam ser fixados quando a

taxa absoluta de mutação fosse lenta e o tamanho efetivo da população

pequeno, assim o polimorfismo populacional poderia ser dispensável.

Isto assume uma segregação independente de códons e uma ligação

poderia aumentar substancialmente o acúmulo de códons deletérios.

Shields (1989) propôs um modelo onde seleção, preferências

mutacionais e tamanho efetivo da população construiriam o códon de

preferência. Dessa forma, a utilização de códons era dependente da

magnitude e variabilidade de pressões seletivas.

3.4 Seleção de Códons Ótimos e a Eficiência Traducional

Ikemura (1981a) encontrou uma forte correlação entre o

número de cópias de proteínas e a freqüência de códons cujo RNAt

cognato era mais abundante. Esta correlação pareceu ser ainda mais

forte em genes altamente expressos, que usavam exclusivamente

códons “ótimos” (Ikemura, 1981a; Ikemura, 1981b; Ikemura, 1982;

Ikemura, 1985). Em um outro estudo, Ikemura (1982) sugeriu que a

Page 29: Análise dos padrões de utilização de códons sinônimos no … · 2019. 10. 25. · Palavras-chave: Análise de correspondência, assimetria das fitas, hidrofobicidade, transporte

Ramos, C.P.S. Análise de códons sinônimos em Chromobacterium violaceum

28

utilização diferencial de códons poderia não apenas regular a expressão

do gene, como também atuar como uma ótima estratégia para sua

expressão. As conseqüências práticas desses achados deixam óbvia que

a expressão de genes heterólogos poderia ser severamente

enfraquecida quando da introdução de um gene contendo códons raros

tais como AGA ou AGG (arginina), enquanto o problema poderia ser

compensado pela mudança de códons raros por códons sinônimos mais

freqüentemente usados ou por proporcionar cópias adicionais que

correspondem a RNAts raros (Ikemura 1981b; Ikemura 1985).

Goetz & Fuglsang (2005) realizaram um estudo sobre a

relação quantitativa entre a utilização de códons e os níveis de RNAm e

subseqüentemente, deste com os níveis de proteínas sintetizadas. Eles

mostraram que a utilização diferencial de códons é um bom parâmetro

de expressividade de genes em E. coli.

Há pelo menos dois mecanismos regulatórios independentes

para genes de RNAts. Alguns RNAts são produzidos em uma taxa

constante relativa à massa celular, enquanto outros são acoplados à

abundância de ribossomos. Os RNAts localizados nos operons de RNAr

são usados preferencialmente como códons principais (Komine et al.,

1990). A taxa de síntese desses RNAts está relacionada à síntese do

RNAr, a qual está, por sua vez, relacionada à taxa de crescimento do

organismo (Jinks-Robertson & Nomura, 1987). Códons secundários não

estão associados aos operons RNAr, embora pelo menos um RNAt

secundário em E. coli aumente em abundância relativa durante altas

Page 30: Análise dos padrões de utilização de códons sinônimos no … · 2019. 10. 25. · Palavras-chave: Análise de correspondência, assimetria das fitas, hidrofobicidade, transporte

Ramos, C.P.S. Análise de códons sinônimos em Chromobacterium violaceum

29

taxas de crescimento. Isto sugere que era a freqüência do códon e não

a abundância dos RNAts cognatos que determinavam a resposta à

mudanças na taxa de crescimento (Kurland, 1991). Independentemente

da alteração das freqüências dos genes RNAts, a natureza da variação

genética que dirige a síntese dos RNAts é desconhecida. Como regra

geral, os RNAts principais estão representados como múltiplas cópias no

genoma enquanto que os RNAts secundários estão representados como

cópia única (Komine et al., 1990).

Embora a correlação entre a freqüência de códons e os RNAts

cognatos sejam um argumento atrativo para definir a forma como

seleção natural optaria entre códons sinônimos, isto poderia explicar

apenas parcialmente as preferências observadas quanto à utilização de

códons. Um códon ótimo é definido como qualquer códon cuja

freqüência de uso seja significantemente mais alta em prováveis genes

altamente expressos (Stenico et al., 1994). Ikemura (1981b), definiu

esses códons como sendo àqueles que ocorrem mais freqüentemente

em genes preferenciais e que sejam traduzidos pelo RNAt cognato mais

abundante.

Códons “ótimos” estariam presumivelmente sob seleção para

alguma forma de eficiência traducional. Embora medidas de taxas de

tradução in vitro possam inicialmente não encontrar diferenças na taxa

de tradução de códons “ótimos” e “não ótimos” (Andersson et al.,

1984), experimentos mais sofisticados detectaram diferenças nessas

taxas. Códons que são reconhecidos por RNAts principais são traduzidos

Page 31: Análise dos padrões de utilização de códons sinônimos no … · 2019. 10. 25. · Palavras-chave: Análise de correspondência, assimetria das fitas, hidrofobicidade, transporte

Ramos, C.P.S. Análise de códons sinônimos em Chromobacterium violaceum

30

de três a seis vezes mais rápido do que seus sinônimos (Sorensen et

al., 1989). Talvez um uso de códons que reflita a seleção por um tempo

de vida muito curto possa responder as rápidas mudanças do ambiente

(Bagnoli & Lio, 1995).

Muitas moléculas de proteínas altamente expressas estão

envolvidas no crescimento e divisão celular. Melhor do que a otimização

de genes individuais, preferências de códon ou utilização diferencial de

códons considerados ótimos pode ser parte de uma estratégia especial

de maximização do crescimento (Kurland, 1991). Este autor sugeriu

que a seleção poderia atuar sobre a maquinaria de tradução para uma

melhor eficiência, o que implicaria na produção de proteína normal pelo

aparato de tradução, sendo a taxa de produção protéica mais

comumente determinada pela taxa de iniciação de tradução. A

conseqüência de uma tradução mais rápida é que os RNAm passariam

menos tempo nos ribossomos, elevando o número de ribossomos livres

e aumentando o número de RNAms traduzidos por ribossomo. Isto é

importante, pois o número dessas organelas freqüentemente é limitado.

É estimado que um terço do peso seco de uma célula de E. coli

crescendo rapidamente seja RNAr e proteína, e que aproximadamente

70% do fluxo de energia em E. coli seja usado no processo celular de

síntese de proteína (Ikemura, 1985). Se a tradução da proteína é

otimizada pela massa investida no aparato de tradução, então a taxa de

tradução de genes individuais não pode ser regulada pelo uso de códons

(Ehrenberg & Kurland, 1984).

Page 32: Análise dos padrões de utilização de códons sinônimos no … · 2019. 10. 25. · Palavras-chave: Análise de correspondência, assimetria das fitas, hidrofobicidade, transporte

Ramos, C.P.S. Análise de códons sinônimos em Chromobacterium violaceum

31

Uma análise do uso de códons sinônimos encontrou que a

seleção pela eficiência traducional poderia influenciar a utilização

diferencial de códons observada em genes altamente expressos de

Drosophila (Sharp & Matassi, 1994; Akashi, 1995). Segundo Sharp et

al. (1995) tanto a eficiência quanto a acurácia traducional são

importantes neste organismo.

Os genes que são transcritos mais freqüentemente podem ter

taxas de mutação mais baixas porque estão sujeitos a uma resposta

mais rigorosa de reparo do DNA (Berg & Martelius, 1995). Enquanto

alguns códons são preferencialmente usados em genes altamente

expressos, outros se mostram quase ausentes. Estes códons são citados

na literatura como raros, não favorecidos ou como códons de baixo uso.

O agrupamento de códons raros ou não favorecidos próximos ao códon

de iniciação foi primeiramente identificado por Ikemura (1981b) nos

genes altamente expressos de proteínas ribossomais.

Os códons são, às vezes, encontrados em contextos

específicos. Fortes correlações entre nucleotídeos na interface do códon

e entre duplas posições de códons adjacentes sugerem que a

degeneração do código genético seja explicada pela organização dos

códons em algum contexto muito favorável (Curran, 1995). O contexto

de códon é diferente para genes muito e pouco expressos (Gouy,

1987). Smith & Smith (1986) fizeram uma análise com os genes gapA e

ompA de 10 gêneros de enterobactérias e encontraram forte preferência

no uso de códons. Além disso, observaram que, surpreendentemente,

Page 33: Análise dos padrões de utilização de códons sinônimos no … · 2019. 10. 25. · Palavras-chave: Análise de correspondência, assimetria das fitas, hidrofobicidade, transporte

Ramos, C.P.S. Análise de códons sinônimos em Chromobacterium violaceum

32

códons sinônimos diferentes preferiam sítios diferentes no mesmo gene.

Com isto, os autores concluíram que a seleção seqüência-específica é

melhor que a mutação seqüência-específica.

A composição das bases é uma característica mais

freqüentemente relatada no DNA sendo, provavelmente, uma das

influências mais persuasivas no uso de códons. Há uma grande variação

no conteúdo GC genômico de procariotos, variando de menos de 25% a

mais de 75%. O conteúdo GC dos códons sinônimos de terceira posição

pode variar por um fator de 10 entre espécies; esta preferência está

sempre na direção das tendências mutacionais. A composição de bases

é definida a partir de um balanço entre pressão mutacional e pares de

nucleotídeo GC (Sueoka, 1962). Também é o resultado da utilização

diferencial de códons (Sueoka, 1988), ou da seleção natural que tem a

função de conduzir a fixação preferencial de dinucleotídeos e

freqüências de bases não aleatórias (Bernardi, 1993). Quase todos os

organismos estão sujeitos a pressões mutacionais direcionadas e, na

ausência de seleção, é esta pressão que forma o uso de códons do gene

(Sueoka, 1988). Uma análise de grandes regiões em seqüências de

humanos e procariotos, usando a análise pela cadeia de Markov,

encontrou regiões que eram atípicas em muitos genomas. Isto pode ser

devido a pressões seletivas desconhecidas, a características estruturais

ou transferência horizontal de genes (Jain et al., 1999; Koonin et al.,

2001).

Page 34: Análise dos padrões de utilização de códons sinônimos no … · 2019. 10. 25. · Palavras-chave: Análise de correspondência, assimetria das fitas, hidrofobicidade, transporte

Ramos, C.P.S. Análise de códons sinônimos em Chromobacterium violaceum

33

Uma importante característica da organização genômica é a

presença de zonas ou regiões que diferem significantemente entre si na

freqüência relativa das quatro bases que constituem o DNA. Em

vertebrados e outros organismos, estas regiões foram denominadas

isócoros (Bernardi et al., 1988; Bernardi, 1993; Musto, 2001). O

conteúdo GC de terceira posição (GC3) é a freqüência dos nucleotídeos

G ou C presentes na terceira posição de códons sinônimos (excluindo

Met, Trp e códons de término) e sua variação substancial entre genes

procariotos tem sido usada para inferir a presença de isócoros em

procariotos (Sueoka, 1992). Os genes que têm fraca preferência de

códons exibem variação GC3 associada com a posição do cromossomo,

com um GC3 mais baixo próximo ao terminal de replicação

(Deschavanne & Filipski, 1995). Em Saccharomyces cerevisiae, os

genes ricos em GC estão localizados predominantemente no centro dos

dois braços cromossômicos (Sharp & Lloyd, 1993), enquanto regiões

mais pobres em GC são encontradas nos centrômeros e telômeros. Esta

variação de GC é independente da seleção por códons “ótimos”. Os

padrões de códons e aminoácidos diferem significativamente entre

genes codificados pelas fitas senso e anti-senso (Lobry, 1996).

Em E. coli a localização cromossomal influencia as taxas de

substituição. Genes localizados próximos à origem de replicação têm

taxas de substituição mais baixas (Sharp et al., 1989). Isto implica que

tanto a utilização diferencial de códons quanto a seleção natural variam

sistematicamente com a localização do genoma.

Page 35: Análise dos padrões de utilização de códons sinônimos no … · 2019. 10. 25. · Palavras-chave: Análise de correspondência, assimetria das fitas, hidrofobicidade, transporte

Ramos, C.P.S. Análise de códons sinônimos em Chromobacterium violaceum

34

Enquanto que em quase todas as espécies o código genético

permanece constante, o uso e a escolha de códons “ótimos” divergem.

Uma análise detalhada e cuidadosa do uso de códons é um pré-requisito

essencial para o entendimento de como e porque padrões de escolha de

códons diferem. Não há uma razão óbvia do porquê de um subconjunto

de códons ótimos diferir entre espécies. A utilização de códons é similar

em espécies proximamente relacionadas, mas diverge com o aumento

da distância filogenética. Quando examinamos o uso de códons é

importante distinguir entre variação intra e interespecífica. Também é

necessário considerar se a variação é causada por uma preferência

mutacional ou através da seleção por um códon traducionalmente

eficiente. Embora isto seja atribuído a uma variação nas tendências

mutacionais do genoma (Nomura et al., 1987), pode ser mais

facilmente explicado como um equilíbrio entre mutação e seleção

(Sharp, 1990).

Um grande interesse na evolução do uso de códons tem sido

em torno dos códons de início e término, composição de bases,

utilização de códons nas fitas senso e anti-senso, assim como da

freqüência de aminoácidos que exibem desvios significantes na

distribuição aleatória, que é bem acentuada em genes altamente

expressos (Sharp & Bulmer, 1988). A escolha do códon de terminação

está relacionada com o nível de expressão do gene. Em genes

altamente expressos de E. coli há uma forte tendência pelo uso do

códon de terminação UAA (revisado por Jin et al., 2002).

Page 36: Análise dos padrões de utilização de códons sinônimos no … · 2019. 10. 25. · Palavras-chave: Análise de correspondência, assimetria das fitas, hidrofobicidade, transporte

Ramos, C.P.S. Análise de códons sinônimos em Chromobacterium violaceum

35

Não se sabe o grau com que recombinações interespécies

ocorrem entre procariotos. A transferência de genes está

freqüentemente associada com elementos transposons ou seqüências

de inserção (Groisman et al., 1993). Antes que seqüências transferidas

horizontalmente sejam estabelecidas, elas devem conquistar barreiras

que bloqueiem a herança de genes recentemente adquiridos (Matic et

al., 1995). Genes adquiridos por transferência horizontal

freqüentemente têm conteúdo GC atípico, preferências de códons e

elementos repetitivos (Medigue et al., 1991).

Medigue et al. (1991) utilizaram a análise de correspondência

para investigar o uso de códons de 780 genes de E. coli e descreveram

três classes de genes. Os genes da classe III tinham um uso de códons

que não refletia a média da distribuição de RNAts específicos, tendo

consequentemente um baixo valor para o índice de adaptação de

códons (CAI). Os genes da classe I e II eram distribuídos similar e

uniformemente ao agrupamento encontrado por Gouy & Gautier (1982).

A maioria dos genes adquiridos por transferência horizontal em E. coli

apresenta uma vantagem adaptativa imediata, como por exemplo, os

genes que codificam proteínas da superfície celular e genes de

resistência a antibióticos (Matic et al., 1994), o que sugere que esta

transferência possa ter função importante na evolução das bactérias

(Lan & Reeves, 1996).

A divergência no uso de códons está relacionada com a

distância evolucionária, o que sugere que o uso de códons ou uso de

Page 37: Análise dos padrões de utilização de códons sinônimos no … · 2019. 10. 25. · Palavras-chave: Análise de correspondência, assimetria das fitas, hidrofobicidade, transporte

Ramos, C.P.S. Análise de códons sinônimos em Chromobacterium violaceum

36

aminoácidos pode ajudar a elucidar as relações evolucionárias entre

espécies. Embora as análises filogenéticas que se baseiam no uso de

códons pareçam ter aplicação prática, a filogenia é melhor investigada

através da análise comparativa de seqüências homólogas (Sharp,

1986). A utilização de códons pode convergir em espécies

evolutivamente distantes devido à similaridade das preferências

mutacionais. Ikemura (1981b), em um estudo com oito genes de E.

coli, notou uma correlação entre composição de aminoácidos e

preferências de códons. Isso foi mostrado depois da hidrofobicidade ser

considerada como a segunda mais forte tendência na composição de

aminoácidos em E. coli. Surpreendentemente esta tendência é mais

significante do que a aromaticidade, volume ou mudança do aminoácido

(Lobry & Gautier, 1994).

A suposição de que a seleção natural poderia influenciar

mudanças silenciosas (Grantham et al., 1980b; Grantham et al., 1981;

Kimura, 1983; Ikemura, 1985), sugeria que em genes de algumas

espécies, sítios silenciosos não sejam neutros (Sharp et al., 1993). A

conseqüência disso é que algumas substituições sinônimas são

efetivamente neutras e provavelmente acumulam seqüências

semelhantes à taxa de mutação (Ikemura 1981a; Ikemura 1981b;

Ikemura, 1985).

Seleções fracas permitem que processos não adaptativos

sejam evidenciados. Com a identificação de códons favoráveis é

possível predizer a vantagem e desvantagem relativa de seqüências

Page 38: Análise dos padrões de utilização de códons sinônimos no … · 2019. 10. 25. · Palavras-chave: Análise de correspondência, assimetria das fitas, hidrofobicidade, transporte

Ramos, C.P.S. Análise de códons sinônimos em Chromobacterium violaceum

37

alternativas e talvez, a de uma seqüência completamente ótima

(Akashi, 1995). Substituições silenciosas ocorrem normalmente com

maior freqüência do que as não sinônimas (Kimura, 1977). As taxas de

evolução de sítios sinônimos são usadas para investigar e validar

algumas das predições da evolução molecular, tais como a hipótese do

relógio molecular (Sharp & Li, 1989). As taxas de substituições

silenciosas são substancialmente mais baixas em genes altamente

expressos do que em genes com baixos níveis de expressão (Ikemura,

1985).

A observação de restrições no uso de códons reduz a taxa de

substituição silenciosa e essa restrição pode variar entre genes, estando

de acordo com as predições da teoria neutra (Kimura, 1983).

Substituições sinônimas podem elevar a taxa de substituição em um

códon adjacente em cerca de 10%; isto parece não estar relacionado

com o nível da expressão do gene e tem uma pequena faixa de

influência, mas pode ser devido a mutagênese direta seqüencial,

recombinação e/ou seleção (Eyre-Walker, 1994).

A relação entre o uso de códons e a taxa de substituição de

sítios silenciosos é mais complexa do que a seleção de códons ótimos.

Enquanto o aumento da expressão aumenta a pressão seletiva em

códons sinônimos e imediatamente reduz as taxas de substituições

observadas, há também uma diminuição na taxa de mutação (Berg &

Martelius, 1995). Em E. coli este declínio na taxa de mutação parece

similar para a família de códons da lisina que parece não ser fortemente

Page 39: Análise dos padrões de utilização de códons sinônimos no … · 2019. 10. 25. · Palavras-chave: Análise de correspondência, assimetria das fitas, hidrofobicidade, transporte

Ramos, C.P.S. Análise de códons sinônimos em Chromobacterium violaceum

38

selecionada pela eficiência traducional, e por códons fenilalanina, que

são selecionados pela tradução (Eyre-Walker & Bulmer, 1995).

A freqüência de códons raros é mais alta em genes raramente

transcritos. Usualmente isto é atribuído a pressões adaptativas que

modulam a expressão do gene. Do mesmo modo que há uma

freqüência mais alta de códons raros próximos ao códon de iniciação de

muitos genes regulatórios há também, próximos a genes altamente

expressos (Eyre-Walker & Bulmer, 1993). Saier (1995) estudou como a

expressão inapropriada de certos genes poderia ser regulada pela

alteração no conjunto de RNAts em diferentes estágios do crescimento.

A diferença de padrões de utilização de códons nesses diferentes

estágios de crescimento não é necessariamente um mecanismo

regulatório. Isto pode simplesmente refletir a diferença nos mecanismos

de controle da abundância do RNAt durante a fase de crescimento

estacionária ou exponencial de alguns procariotos e uma conseqüente

adaptação a diferentes conjuntos de RNAt.

A expressão de genes heterólogos pode ser adversamente

afetada por códons não usuais. A presença de códons raros em um

gene recombinante pode ser compensada pela adição de um RNAt

apropriado ou pela síntese de um gene para remover códons raros

(Kane, 1995).

Page 40: Análise dos padrões de utilização de códons sinônimos no … · 2019. 10. 25. · Palavras-chave: Análise de correspondência, assimetria das fitas, hidrofobicidade, transporte

Ramos, C.P.S. Análise de códons sinônimos em Chromobacterium violaceum

39

3.5 Códons Sinônimos

O uso de códons “ótimos” está relacionado com a composição

do conjunto de RNAt, sugerindo que a seleção por uma eficiência

traducional favorece o uso de códons que correspondem aos RNAts

mais abundantes uma vez que o uso desses códons poderia minimizar o

número de RNAts incorretos que são rejeitados antes da chegada do

RNAt correto (Akashi, 1994).

Em bactérias o conteúdo de guanina/citosina (conteúdo GC) é

muito variável e resulta provavelmente de três fatores: (1) tendências

mutacionais diferenciadas entre as fitas senso (SS) e anti-senso (AS),

uma vez que os genes localizados na fita senso tendem a ser mais ricos

em GT (Lobry et al., 1996; McLean et al., 1998); (2) o uso de códons

sinônimos que correspondem aos RNAs transportadores (RNAt) mais

abundantes na célula (Ikemura, 1985); e (3) transferência horizontal de

genes, que tenderiam a exibir padrões de utilização de códons atípicos

quando comparados àqueles do organismo hospedeiro (Nakamura et

al., 2000; Goetz et al., 2005).

Lynn et al. (2002) analisaram os padrões de utilização de

códons em 40 genomas bacterianos e mostraram que o uso de códons

sinônimos sofre influência direta do conteúdo GC e da temperatura

ambiental, demonstrando a existência de uma clara ligação entre um

padrão particular de utilização de códons e uma força externa seletiva.

Page 41: Análise dos padrões de utilização de códons sinônimos no … · 2019. 10. 25. · Palavras-chave: Análise de correspondência, assimetria das fitas, hidrofobicidade, transporte

Ramos, C.P.S. Análise de códons sinônimos em Chromobacterium violaceum

40

Sharp et al. (2005) analisaram os genomas de 80 bactérias

filogeneticamente diferentes e concluíram que as espécies de

crescimento rápido exibem em maior quantidade operons de RNAr, e

genes para RNAt apresentando uma forte tendência à utilização

diferencial de códons sinônimos.

Ardell (1998) introduziu a carga média de peso como uma

forma geral de função adaptativa que estima a habilidade do código

genético em minimizar os erros durante a replicação, transcrição e

tradução. Baseado neste trabalho, Najafabadi et al. (2005) definiu esta

função adaptativa comparando o uso de códons sinônimos de um

conjunto de 3237 genes de E. coli K12 com o de 106 genes gerados

aleatoriamente e sugeriu que a minimização de erros pode ser um fator

que influencia a preferência de utilização de códons em E.coli.

O código genético padrão é conhecido pela alta eficiência em

minimizar os efeitos deletérios de erros devido a mutações pontuais e

erros de tradução, uma habilidade que, em termos, é denominada

“minimização da carga” (Najafabadi et al., 2005). Sabe-se também que

quando um aminoácido é substituído por outro, devido a um erro, as

propriedades bioquímicas do aminoácido resultante são geralmente

similares àquelas do original. Considerando as freqüências relativas dos

aminoácidos e das cópias do gene de RNAts em seqüências genômicas,

Goodarzi et al. (2005) fizeram uma análise para introduzir uma função

adaptativa que modelasse mais pontualmente as probabilidades de

Page 42: Análise dos padrões de utilização de códons sinônimos no … · 2019. 10. 25. · Palavras-chave: Análise de correspondência, assimetria das fitas, hidrofobicidade, transporte

Ramos, C.P.S. Análise de códons sinônimos em Chromobacterium violaceum

41

erros traducionais em organismos modernos, sugerindo a presença de

uma coevolução da freqüência do RNAt e do código genético.

Knight et al. (1999) mostraram que a principal força que

forma o código genético é a seleção para minimização de distâncias

químicas entre aminoácidos, que é, a minimização de erros no nível da

proteína como proposto por Sonneborn (1965), Woese (1965) e outros.

A utilização diferencial de códons pode afetar o grau de minimização de

erros. Isto é importante, pois supõe que a vida foi originada em altas

temperaturas e durante a origem do código G e C foram provavelmente

mais abundantes que A e T, por causa da maior estabilidade de

conformação devido às três pontes de hidrogênio que ligam GC ao invés

das duas que ligam AT (Woese, 1965; Li, 1997; Najafabadi et al.,

2005).

Archetti (2004) mostrou que o alto grau de minimização de

erros do código genético, aparentemente, é reduzido bruscamente

quando se considera que a preferência na utilização de códons

produzida pelo provável conteúdo GC ocorreu durante a origem do

código e há possíveis códons alternativos que diferem apenas

levemente do código padrão. Quando a utilização diferencial de códons

e a mutação são fatores limitantes se considera a freqüência de códons

que melhor representa que o código padrão não é desprezível. Por esta

razão o código genético padrão está longe de ser “ótimo” no que diz

respeito à minimização de erros (Knight et al., 1999; Woese, 1965).

Page 43: Análise dos padrões de utilização de códons sinônimos no … · 2019. 10. 25. · Palavras-chave: Análise de correspondência, assimetria das fitas, hidrofobicidade, transporte

Ramos, C.P.S. Análise de códons sinônimos em Chromobacterium violaceum

42

Copley et al. (2005) estudaram um mecanismo quimicamente

aceitável para a associação dos aminoácidos com as duas primeiras

bases de seus códons. Eles projetaram um exemplar mais simples do

código genético e desenvolveram um modelo sugerindo que a ligação

covalente de um aminoácido a um dinucleotídeo poderia levar a síntese

preferencial de aminoácidos específicos devido à catálise de certas

transformações bioquímicas pelo dinucleotídeo.

A utilização de códons sinônimos é um fenômeno que não

ocorre ao acaso, pois sua estrutura reflete as propriedades físico-

químicas dos aminoácidos e suas relações biossintéticas. A preferência

na utilização dos códons pode resultar em desvio na taxa mutacional ou

da ação da seleção atuando sobre as trocas silenciosas no DNA ou de

ambos. A utilização de códons sinônimos reflete a variação na

composição dos nucleotídeos, observada em genomas distintos.

Provavelmente, as bactérias são o modelo onde esse fenômeno tenha

sido melhor estudado. Nesse caso, além da composição de

nucleotídeos, pelo menos um outro fator está atuando no uso dos

códons sinônimos: a ligação de RNAts.

Em E. coli, foi demonstrado que alguns códons são bem

reconhecidos pelos tipos de RNAts mais abundantes na célula. Tais

códons são preferencialmente escolhidos. Estes conferem uma

vantagem sob o ponto de vista da tradução (Sharp & Matassi, 1994).

Esses códons “ótimos” são escolhidos preferencialmente nos genes

altamente expressos, em contraposição aos genes com baixos níveis de

Page 44: Análise dos padrões de utilização de códons sinônimos no … · 2019. 10. 25. · Palavras-chave: Análise de correspondência, assimetria das fitas, hidrofobicidade, transporte

Ramos, C.P.S. Análise de códons sinônimos em Chromobacterium violaceum

43

expressão, pois neste caso a utilização de códons é mais uniforme. A

vantagem de usarem códons “ótimos” seria tornar a tradução mais

eficiente. Resultados similares têm sido descritos para o genoma dos

eucariotos.

Atualmente, a seleção para a eficiência no processo da

tradução das proteínas é a hipótese mais aceita para explicar o

enviezamento na utilização dos códons. Postula-se que as substituições

sinônimas em um gene altamente expresso, que resultam em códons

raros no conjunto dos RNAts, sejam eliminadas por seleção natural.

3.6 Métodos Usados na Análise de Códons Sinônimos

O maior avanço na análise do uso de códons sinônimos foi

quando Grantham et al. (1980a) aplicaram a técnica de estatística

multivariada, e logo depois Gouy & Gautier (1982) aplicaram índices

que podiam sumarizar códons ótimos através de variáveis descritivas,

facilitando a comparação dos padrões de utilização de códons. Os

índices de análise de códons sinônimos são usados para ajudar na

tabulação e investigação dos mesmos. Estes índices reduzem os dados

obtidos na análise, porém podem ter certas limitações. Existem vários

métodos voltados para a quantificação de distorções na utilização de

códons.

Page 45: Análise dos padrões de utilização de códons sinônimos no … · 2019. 10. 25. · Palavras-chave: Análise de correspondência, assimetria das fitas, hidrofobicidade, transporte

Ramos, C.P.S. Análise de códons sinônimos em Chromobacterium violaceum

44

O índice GC3s mede a freqüência dos nucleotídeos G e C

presentes na terceira posição dos códons (excluindo metionina,

triptofano e códons de terminação):

O número efetivo de códons (ENc) foi introduzido em 1990

(Wright, 1990) sendo considerado como o método estatístico que

fornece a melhor estimativa da utilização diferencial de códons em um

determinado conjunto de genes. É análogo ao número efetivo de alelos

usados em genética de populações. As principais vantagens

apresentadas pelo ENc advêm da possibilidade de inclusão de todo o

conjunto de códons e da constatação de que este parâmetro se mostra

relativamente insensível a variações no comprimento do gene (Comeron

& Aguade, 1998). Adicionalmente, o ENc possibilita a análise de um

grande número de genes sobre os quais não se dispõe de informações

precisas sobre o seu nível de expressão. Os seus valores variam entre

20 e 61, observados nos casos nos quais apenas um códon é utilizado

para cada aminoácido – mínimo, ou quando todos os códons sinônimos

são igualmente empregados – máximo. Em genomas onde o uso de

códons é inteiramente devido a tendências mutacionais o valor

esperado de ENc (dependendo do grau de preferência GC) varia de 31 a

61 (Wright, 1990);

Page 46: Análise dos padrões de utilização de códons sinônimos no … · 2019. 10. 25. · Palavras-chave: Análise de correspondência, assimetria das fitas, hidrofobicidade, transporte

Ramos, C.P.S. Análise de códons sinônimos em Chromobacterium violaceum

45

Onde Fˆ = número de códons degenerados; k = número de

códons sinônimos; n = número total de códons para um determinado

aminoácido; pi = número de ocorrências do enésimo códon para um

determinado aminoácido.

O programa CodonW que foi usado para fazer a análise de

correspondência usa uma versão desta equação que é um código

genético independente.

Onde x = número de membros na maior família de sinônimos;

N1 = frequência de códons não sinônimos; Ni = número de famílias de

códons i-vezes degenerados maiores que 0; Nc = é a soma de todas as

famílias de códons sinônimos.

Se aminoácidos são raros ou forem perdidos serão feitos

ajustes. Para aminoácidos ausentes o numerador irá conter a

informação apenas dos aminoácidos presentes. Para seqüências onde a

família de aminoácidos sinônimos estiver vazia (nFˆ=0), Nc não é

calculado pois se assume que o gene é muito pequeno.

Uma outra medida empregada na análise da utilização

diferencial de códons sinônimos é a RSCU (acrônimo da expressão

Relative Synonymous Codon Usage ou utilização relativa de códons

Page 47: Análise dos padrões de utilização de códons sinônimos no … · 2019. 10. 25. · Palavras-chave: Análise de correspondência, assimetria das fitas, hidrofobicidade, transporte

Ramos, C.P.S. Análise de códons sinônimos em Chromobacterium violaceum

46

sinônimos) (Sharp, Tuohy & Mosurski, 1986) a qual é calculada como

sendo a razão da freqüência observada de um códon pela freqüência

esperada se a utilização de códons for uniforme (H0*) dentro de um

grupo de códons sinônimos (Hastings & Emerson, 1983). Valores

superiores ou inferiores a uma unidade são interpretados como uma

indicação da utilização diferencial de códons sinônimos em relação ao

que seria esperado na concepção de que todas as trincas fossem

empregadas na mesma proporção (Fulgsang, 2003). Os valores de

RSCU são independentes da composição do aminoácido e fornecem uma

estimativa do nível de utilização de códons de um determinado

aminoácido. Ou seja:

RSCUi = Xi ∑ X n

onde Xi é o número de vezes que o códon foi utilizado e n corresponde

ao número de códons sinônimos, ou seja: RSCU = freqüência do códon

X dividido pela frequência esperada do códon X se o uso de códons for

uniforme. Valores acima ou abaixo de 1,0 indicam que os códons são

utilizados acima ou abaixo daquilo que seria esperado. Por exemplo,

dois códons codificam o aminoácido fenilalanina (Phe). Se um de seus

códons (UUU) for usado 4791 vezes em um determinado genoma de um

total de 23119 fenilalaninas presentes, o valor de RSCU para este códon

será de 2*4791/23119 = 0.41.

Page 48: Análise dos padrões de utilização de códons sinônimos no … · 2019. 10. 25. · Palavras-chave: Análise de correspondência, assimetria das fitas, hidrofobicidade, transporte

Ramos, C.P.S. Análise de códons sinônimos em Chromobacterium violaceum

47

Esses índices medem o desvio da utilização de códons

sinônimos observada sobre a esperada. As duas principais hipóteses

nulas usadas para estimar as distribuições esperadas são:

H0: O códon esperado é inteiramente determinado por

tendências mutacionais.

H1: Não presume tendências mutacionais ex. códons são

usados igualmente. H1 é a hipótese nula mais usada porque faz uma

presunção mais simples. Entretanto, o uso igual de sinônimos é uma

exceção à regra. Índices tais como os métodos de estatística-G (Sharp,

Tuohy & Mosurski, 1986) e o qui-quadrado (Shields et al., 1988),

podem ser usados com outros padrões de referência do H1. Outros

índices, tais como, o número efetivo de códons (Wright, 1990), embora

quase que freqüentemente usado para H1, é igualmente aplicável para

H0.

Diversos índices estimam o quanto o uso de códons por um

gene é alterado no que diz respeito ao uso preferencial de códons

“ótimos”. O índice de enviezamento de códons (CBI) é a medida de

preferência de códons que altera um subconjunto de códons “ótimos”

(Bennetzen & Hall, 1982).

Onde Nopt = número de códons ótimos; Nran = número

esperado de códons ótimos se os códons forem escolhidos

aleatoriamente (H1); Ntot = número de códons sinônimos.

Page 49: Análise dos padrões de utilização de códons sinônimos no … · 2019. 10. 25. · Palavras-chave: Análise de correspondência, assimetria das fitas, hidrofobicidade, transporte

Ramos, C.P.S. Análise de códons sinônimos em Chromobacterium violaceum

48

O CBI é semelhante ao Fop (Ikemura, 1985), exceto que o

Nran é usado como um fator de escalonamento. Em um gene com

preferências extremas de desvios códons, CBI é igual a 1.0. Com o uso

de códons aleatório CBI pode ser zero. Se Nopt for menor que Nran,

este índice será negativo.

O índice da freqüência de códons ótimos (Fop) em um gene

(Ikemura, 1981a; Ikemura & Ozeki, 1982; Ikemura, 1985) é uma

medida espécie-específica de tendência próxima a códons particulares

que parecem ser transcricionalmente ótimos nas espécies, ou seja, uma

razão simples entre a freqüência de códons ótimos e o número total de

códons sinônimos.

Se códons sinônimos raros forem identificados, há a escolha

de calcular o índice Fop original:

Ou o índice Fop modificado:

Onde N é a frequência com que cada tipo de códon é usado.

Os valores de Fop para o índice original sempre variam de

zero (quando códons não ótimos são usados) a 1,0 (quando apenas

códons ótimos são usados). Quando se calcula o índice Fop modificado,

é possível ocorrer valores negativos, mas estes valores são ajustados

para zero (Ikemura, 1981a; Ikemura & Ozeki, 1982; Ikemura, 1985).

Page 50: Análise dos padrões de utilização de códons sinônimos no … · 2019. 10. 25. · Palavras-chave: Análise de correspondência, assimetria das fitas, hidrofobicidade, transporte

Ramos, C.P.S. Análise de códons sinônimos em Chromobacterium violaceum

49

O Índice de Adaptação de Códons (CAI, acrônimo da

expressão Codon Adaptation Index) estima o grau de extensão da

utilização diferencial de códons em genes altamente expressos (Sharp &

Li, 1987a) e é uma medida muito usada de preferências de códons em

procariotos (Eyre-Walker & Bulmer, 1993; Gutierrez et al., 1994;

Perrière et al., 1994) e eucariotos (Akashi, 1994). O CAI é considerado

como um dos métodos mais eficientes para a determinação teórica do

nível de expressão gênica (Zhuo-Cheng, 2003), sendo freqüentemente

utilizado no estudo de várias espécies de bactérias (Naya et al., 2001;

Hou & Yang, 2002). O CAI de um gene pode ser estabelecido a partir da

obtenção da média geométrica dos valores de adaptabilidade dos seus

códons e pode assumir valores compreendidos entre zero e um. Os

valores máximo e mínimo são encontrados, respectivamente, nos casos

onde os códons sinônimos são utilizados em igual proporção ou quando

apenas códons de maior adaptabilidade são empregados (Hou & Yang,

2002).

Onde ωk é a adaptação relativa do k-enésimo códon e L é o

número de códons sinônimos no gene.

A freqüência do uso de códons em genes altamente expressos

é usada para definir valores de adaptação relativa para cada códon

sinônimo. Esses valores são calculados baseados no RSCU embora

sejam essencialmente independentes da composição do aminoácido. O

Page 51: Análise dos padrões de utilização de códons sinônimos no … · 2019. 10. 25. · Palavras-chave: Análise de correspondência, assimetria das fitas, hidrofobicidade, transporte

Ramos, C.P.S. Análise de códons sinônimos em Chromobacterium violaceum

50

CAI evita a dicotomia inerente ao Fop e CBI onde códons são ótimos ou

não ótimos, mas pequenas mudanças no tamanho da amostra podem

ter efeito indesejado na troca de códons ótimos. Entretanto, os valores

de CAI dos genes de diferentes espécies não são diretamente

comparáveis, porque o valor de adaptação relativa difere. Similarmente,

se houver mudança no conjunto referência de genes altamente

expressos, os valores de adaptação relativa mudam e os valores de CAI

para todos os genes daquelas espécies devem ser recalculados.

Os índices CBI, Fop e CAI medem preferências nos desvios de

códons e podem ser calculados para espécies em que a seleção pela

eficiência traducional supere a mudança mutacional e um conjunto de

códons ótimos (ou de genes altamente expressos) tenha sido

identificado. Se estes índices são calculados para genes onde os códons

ótimos são desconhecidos ou onde o uso de códons é determinado por

tendências mutacionais, o valor do índice resultante é essencialmente

sem sentido.

A hidrofobicidade da proteína (Gravy) calcula a média geral

do razão de hidrofobicidade para o produto gênico conceitualmente

traduzido. É calculada como a média aritmética da soma dos índices de

hidrofobicidade de cada aminoácido (Kyte & Doolittle, 1982). Este índice

foi usado anteriormente para quantificar a maior tendência no uso de

aminoácidos em genes de E. coli através da análise de correspondência

(Lobry & Gautier 1994).

Page 52: Análise dos padrões de utilização de códons sinônimos no … · 2019. 10. 25. · Palavras-chave: Análise de correspondência, assimetria das fitas, hidrofobicidade, transporte

Ramos, C.P.S. Análise de códons sinônimos em Chromobacterium violaceum

51

Onde N é o número de aminoácidos e Ki é o índice de

hidrofobicidade de cada aminoácido.

A análise de correspondência (CoA) é um tipo de análise

multivariada onde são usadas matrizes retangulares cujas colunas

representam medidas do uso de códons ou de aminoácidos e as linhas,

genes individuais. Este método é utilizado para identificar as maiores

tendências na variação do uso de códons e na composição dos

aminoácidos, e distribui os genes ao longo de eixos contínuos de acordo

com estas tendências (Greenacre, 1984). Apenas os códons que há um

códon sinônimo alternativo (59 códons, excluindo metionina e

triptofano) são incluídos na análise. Cada gene é descrito por um vetor

de 59 variáveis (códons). A CoA plota estes genes em um espaço de 59

dimensões e permite encontrar eixos neste espaço que descrevam as

variações mais importantes quanto ao uso de códons.

A CoA também tem sido usada na investigação dos padrões de

utilização de códons sinônimos em vários organismos (Romero et al.,

2000; Naya et al., 2001; Jenkins et al., 2001). De uma forma geral,

tem-se observado que os genes altamente expressos tendem a usar

códons correspondentes aos RNAs transportadores (RNAts) mais

abundantes da célula (Perrière & Thioulouse, 2002) e também códons

ricos em C3 e pobres em A3. O nível de expressão gênica interfere

decisivamente na utilização dos códons sinônimos.

Page 53: Análise dos padrões de utilização de códons sinônimos no … · 2019. 10. 25. · Palavras-chave: Análise de correspondência, assimetria das fitas, hidrofobicidade, transporte

Ramos, C.P.S. Análise de códons sinônimos em Chromobacterium violaceum

52

3.7 Proteobactérias: Morfologia, Fisiologia, Ecologia e

Diversidade Filogenética

As proteobactérias são uma classe de bactérias que

compreende as bactérias púrpuras e seus semelhantes, que formam um

ramo da árvore eubacterial. Este grupo de bactérias

predominantemente Gram-negativas é classificado com base na

homologia de sequências equivalentes de nucleotídeos de RNA

ribossômico 16S, ou pela hibridização de RNA ribossômico ou DNA com

RNA ribossômico 16S e 23S (http://141.150.157.117:8080/prokPUB

/chaphtm/379/02_00.htm).

Page 54: Análise dos padrões de utilização de códons sinônimos no … · 2019. 10. 25. · Palavras-chave: Análise de correspondência, assimetria das fitas, hidrofobicidade, transporte

Ramos, C.P.S. Análise de códons sinônimos em Chromobacterium violaceum

53

Figura 3. Árvore filogenética simplificada de proteobactérias baseadas nas seqüências

de DNAr 16S da maioria do gênero das proteobactérias.

Page 55: Análise dos padrões de utilização de códons sinônimos no … · 2019. 10. 25. · Palavras-chave: Análise de correspondência, assimetria das fitas, hidrofobicidade, transporte

Ramos, C.P.S. Análise de códons sinônimos em Chromobacterium violaceum

54

Apenas os nomes das famílias e grupos maiores estão

indicados. As Deltaproteobactérias e Epsilonproteobactérias são as mais

ramificadas do filo; as Alfaproteobactérias estão também claramente

separadas, enquanto que se observa uma relação mais próxima entre

as Betaproteobactérias e Gamaproteobactérias, o que pode indicar uma

origem comum destes dois últimos grupos.

3.7.1 Alfaproteobactérias

O DNAr 16S separa claramente a classe alfa das demais

classes de proteobactérias. Pertencem as alfaproteobactérias cerca de

140 gêneros e 425 espécies diferentes morfologicamente e

metabolicamente. A Tabela 1 mostra uma revisão dos maiores grupos

filogenéticos e nomes das ordens e famílias de alfaproteobactérias.

Tabela 1. Alfaproteobactérias: Ordens, famílias e número de

gêneros.

Ordem Família Número de

Gêneros

Rhodospirillaceae 10

Acetobacteraceae 12

Rickettsiaceae 3

Ehrlichiaceae 5

Rhodospirillales

Holosporaceae 7

Rhodobacterales Rhodobacteraceae 20

Sphingomonadales Sphingomonadaceae 9

Page 56: Análise dos padrões de utilização de códons sinônimos no … · 2019. 10. 25. · Palavras-chave: Análise de correspondência, assimetria das fitas, hidrofobicidade, transporte

Ramos, C.P.S. Análise de códons sinônimos em Chromobacterium violaceum

55

Caulobacterales Caulobacteraceae 4

Rhizobiaceae 7

Bartonellaceae 1

Brucellaceae 3

Phyllobacteriaceae 6

Methylocystaceae 3

Beijerinckiaceae 3

Bradyrhizobiaceae 8

Hyphomicrobiaceae 19

Methylobacteriaceae 3

Rhizobiales

Rhodobiaceae 1

Fonte: http://141.150.157.117:8080/prokPUB/figures/normal/p379-108.gif

A maioria das alfaproteobactérias tem a forma de bastão,

sendo que algumas espécies também podem apresentar formas

diferentes deste padrão. Algumas são fototróficas, de cor púrpura e não

sulfurosas (tais como Rhodospirillum e Rhodobacter), enquanto que

outras são quimiolitotróficas (Nitrobacter, que oxida nitrito) ou

quimiorganotróficas (Sphingomonas e Brucella). Batérias fototróficas

não sulfurosas marinhas e halofílicas parecem estar restritas as

alfaproteobactérias (Imhoff, 2001), enquanto que um notável grupo de

bactérias contendo bacterioclorofil, mas incapaz de crescer

fototroficamente sob condições anaeróbias pertence a várias linhagens

de alfaroteobactérias (Yurkov & Beatty, 1998). Exceto para Roseateles,

todas as bactérias aeróbicas contendo bacterioclorofil são

exclusivamente encontradas dentro das alfaproteobactérias e parecem

estar relacionadas filogeneticamente com as bactérias

Page 57: Análise dos padrões de utilização de códons sinônimos no … · 2019. 10. 25. · Palavras-chave: Análise de correspondência, assimetria das fitas, hidrofobicidade, transporte

Ramos, C.P.S. Análise de códons sinônimos em Chromobacterium violaceum

56

quimiorganotróficas puramente aeróbicas. Isto poderia ondicar que a

presença de bacterioclorofil em alguns membros de alfaproteobactérias

(Erythrobacter e Roseobacter) é uma peculiaridade atávica que

permanece funcional após a bactéria aeróbica evoluir dos seus

ancestrais fototróficos anaeróbios (Stackebrandt et al., 1996). Então

bactérias aeróbicas fototróficas poderiam representar uma fase

intermediária da evolução das fototróficas anaeróbias para as

quimiotróficas aeróbicas não-fotossintéticas.

Na última década, a classificação das Rhodospirillum e

Rhodopseudomonas, sofreu mudanças consideráveis, que estão de

acordo com os dados das sequencias de DNAr 16S, parâmetros

morfológicos, estruturas internas da membrana e importantes

parâmetros quimiotaxonômicos tais como a composição dos ácidos

graxos celulares, ubiquinonas e estruturas do citocromo-c. Muitas das

bactérias fotossintéticas não-sulfurosas são também capazes de fixar o

nitrogênio.

Quimiorganotróficas clássicas (Sphingomonas), assim como

acidófilas típicas (Acetobacter) e metilotróficas (Methylobacterium)

pertencem as alfaproteobactérias. Um grande número de membros da

classe alfa vive em associação com eucariotas: algumas são patógenos

de humanos e animais (Brucella) ou plantas (Agrobacterium), e outras

desenvolvem um estilo de vida parasita obrigatório, causando doenças

em humanos e mamíferos, sendo transmitidos por mordidas de insetos

ou carrapatos (Rickettsiaceae), ou vivem simbioticamente nas raízes de

Page 58: Análise dos padrões de utilização de códons sinônimos no … · 2019. 10. 25. · Palavras-chave: Análise de correspondência, assimetria das fitas, hidrofobicidade, transporte

Ramos, C.P.S. Análise de códons sinônimos em Chromobacterium violaceum

57

plantas leguminosas (Rhizobium e Bradyrhizobium), e tem função na

fixação do nitrogênio atmosférico. Assim, as alfaproteobactérias se

destacam na grande divergência de habitats e exercem um impacto

significante na biosfera do nosso planeta (Birch, 1997).

3.7.2 Betaproteobactérias

As betaproteobactérias (cerca de 75 gêneros e 220 espécies)

claramente representam um grupo monofilético dentro de um grande

linhagem filogenética composta pelo complexo β-γ proteobactéria,

chamado Chromatibacteria. Do ponto de vista metabólico, morfológico e

ecológico, as betaproteobactérias são muito heterogêneas. Elas contêm

algumas bactérias fototróficas púrpuras não-sulfurosas, várias

quimiolitotróficas, algumas metilotróficas, um grande número de

quimiorganotróficas, algumas bactérias fixadoras de nitrogênio e

algumas que são importantes patógenos de plantas, humanos e

animais. Suas morfologias podem variar de bacilos ou cocos a espirais e

células revestidas. Alguns membros são de interesse biotecnológico

devido a suas propriedades biodegradáveis.

Recentemente, uma betaproteobactéria fixadora de nitrogênio

que nodulava as raízes de leguminosas foi descrita (Chen et al., 2001).

Embora a maioria das bactérias fototróficas não-sulforosas pertençam

ao grupo alfa, algumas espécies não-sulfurosas são membros do grupo

Rhodocyclus ou da família Comamonadaceae do grupo beta. Como no

Page 59: Análise dos padrões de utilização de códons sinônimos no … · 2019. 10. 25. · Palavras-chave: Análise de correspondência, assimetria das fitas, hidrofobicidade, transporte

Ramos, C.P.S. Análise de códons sinônimos em Chromobacterium violaceum

58

grupo alfa, as betaproteobactérias fototróficas não-sulfurosas

misturam-se filogeneticamente com as não-fototróficas e podem ser

claramente diferenciadas daquelas pertencentes ao grupo das

alfaproteobactérias (Rhodobacter, Rhodobium, etc.) com base na

composição dos ácidos graxos e quinona, bem como das seqüências de

citocromo-c (Imhoff, 2001). A Tabela 2 mostra uma revisão dos

maiores grupos filogenéticos e nomes das ordens e famílias de

betaproteobactérias.

Tabela 2. Betaproteobactérias: Ordens, famílias e número de

gêneros.

Ordem Família Número de

Gêneros

Burkholderiaceae 4

Ralstoniaceae 1

Oxalobacteraceae 5

Alcaligenaceae 6

Burkholderiales

Comamonadaceae 15

Hydrogenophilales Hydrogenophilaceae 2

Methylophilales Methylophilaceae 3

Neisseriales Neisseriaceae 14

Nitrosomonadaceae 2

Spirillaceae 1

Nitrosomonadales

Gallionellaceae 1

Rhodocyclales Rhodocyclaceae 6

Fonte: http://141.150.157.117:8080/prokPUB/chaphtm/379/02_02.htm

Page 60: Análise dos padrões de utilização de códons sinônimos no … · 2019. 10. 25. · Palavras-chave: Análise de correspondência, assimetria das fitas, hidrofobicidade, transporte

Ramos, C.P.S. Análise de códons sinônimos em Chromobacterium violaceum

59

3.7.3 Gamaproteobactérias

As gamaproteobactérias correspondem ao maior grupo de

proteobactérias (cerca de 180 gêneros e 750 espécies) incluindo o

grupo fitopatogênico Xanthomonas como membro limítrofe. O grupo

DNAr das Xanthomonas aparece perifericamente ligado às classes das

betaproteobactérias ou gamaproteobactérias, e pode ser considerado

como um grupo irmão das betaproteobactérias. As gamaproteobactérias

contêm bactérias sulfurosas púrpuras fotossintéticas (Chromatiaceae e

Ectothiorhodospiraceae) juntamente com um grande número de

bactérias quimiorganotróficas, tais como Enterobacteriaceae,

Legionellaceae, Pasteurellaceae, Pseudomonadaceae, Vibrionaceae e

també, algumas quimiolitotróficas sulfurosas ou ferro-oxidantes. Há

algumas classes que são importantes patógenos humanos e animais.

O gênero Pseudomonas está restrito a todas as espécies

filogeneticamente relacionadas à espécie Pseudomonas aeruginosa, um

membro da gamaproteobactéria, enquanto às Pseudomonas

pertencentes às classes alfa e beta foram alocadas a novos gêneros tais

como Brevundimonas, Sphingomonas, Comamonas, Burkholderia,

Ralstonia, etc. Tiobacilli relacionado à espécie T. thioparus pertence a

betaproteobactéria, enquanto que as espécies Thiobacillus pertencem a

gamaproteobactéria foram reclassificados nos gêneros Acidithiobacillus,

Halothiobacillus e Thermithiobacillus.

Page 61: Análise dos padrões de utilização de códons sinônimos no … · 2019. 10. 25. · Palavras-chave: Análise de correspondência, assimetria das fitas, hidrofobicidade, transporte

Ramos, C.P.S. Análise de códons sinônimos em Chromobacterium violaceum

60

3.7.4 Deltaproteobactérias

Do ponto de vista de estilo de vida e morfologia, a classe delta

é a mais peculiar porque contém bactérias que são típicos predadores

de outros procariotos (bdellovibrios), enquanto outras

deltaproteobactérias pertencentes às mixobactérias desenvolvem

complexos ciclos de vida, formando estruturas muiticelulares produtoras

de esporos. Até o momento, não fora encontradas bactérias

fotossintéticas pertencentes à classe delta. Menaquinonas são as

maiores carregadoras de elétrons na cadeia respiratória. Os maiores

subgrupos de deltaproteobactérias são: 1) as mixobactérias

desenvolvendo motilidade e formando esporos (Chondromyces); 2) os

bdellovibrios vivendo como predadores de outras bactérias Gram-

negativas; 3) as bactérias dissimilatórias redutoras de sulfato e enxofre

(gênero recebe o prefixo Desulfo-); e 4) algumas bactérias sintróficas

que transforma fermento (Syntrophobacter) ou benzoato (Syntrophus)

a acetato, CO2 e hidrogênio em cocultura com metanógenos que

consomem hidrogênio.

Bdellovibrios e mixobactérias são estritamente aeróbios,

enquanto que as bactérias sintróficas e redutoras de sulfato e enxofre

são estritamente anaeróbias. O maior grupo filogenético das

deltaproteobactérias contém atualmente cerca de 60 diferentes gêneros

e 160 espécies.

Page 62: Análise dos padrões de utilização de códons sinônimos no … · 2019. 10. 25. · Palavras-chave: Análise de correspondência, assimetria das fitas, hidrofobicidade, transporte

Ramos, C.P.S. Análise de códons sinônimos em Chromobacterium violaceum

61

3.7.5 Epsilonproteobactérias

Este é o menor e a mais recentemente conhecida linha de

descendentes dentro das Proteobactérias (6 gêneros e cerca de 50

espécies). Até o momento, bactérias fotossintéticas não foram

repostadas e as chaves representativas são os gêneros Campylobacter

e Helicobacter, que inclui enteropatógenos de humanos e animais.

Muitas espécies das epsilonproteobactérias são microaerofílicas,

quimiorganotróficas de forma espiralada não sacarolítica ou bactérias

curvadas, tipicamente móveis com um flagelo polar. Elas obtêm sua

energia principalmente de aminoácidos ou intermediários do ciclo do

ácido tricarboxílico. Algumas espécies requerem fumarato e outras

formam mais fumarato ou hidrogênio mais fumarato para crescimento

em condições microaeróbias. Algumas epsilonproteobactérias ainda não

cultiváveis têm sido reportadas como simbiontes de camarões e

poliquetas.

3.8 Chromobacterium violaceum

A bactéria Chromobacterium violaceum (Figura 4),

microrganismo modelo utilizado neste estudo foi primeiramente descrita

no século XIX (Boisbaudran, 1882) sendo um organismo

particularmente interessante, uma vez que é β-proteobactéria, Gram-

negativa, saprófita não patogênica, aeróbica facultativa presente em

Page 63: Análise dos padrões de utilização de códons sinônimos no … · 2019. 10. 25. · Palavras-chave: Análise de correspondência, assimetria das fitas, hidrofobicidade, transporte

Ramos, C.P.S. Análise de códons sinônimos em Chromobacterium violaceum

62

amostras de solo e água de regiões tropicais e subtropicais de diversos

continentes sendo encontrada em abundância nas águas do Rio Negro,

região da Amazônia Brasileira (Duran & Menck, 2001). A análise de seu

genoma deve fornecer informações importantes sobre adaptação

fisiológica de organismos de vida livre.

Figura 4. Chromobacterium violaceum

Ocasionalmente, pode atuar como um patógeno oportunista

em animais e homens e causar septicemia fatal de lesões na pele com

abscessos no fígado e pulmão. Seu potencial patogênico foi descrito

pela primeira vez por Wooley (1905) (em Rettori, 2000), ao comprovar

que esse organismo causava a morte de búfalo d’água por septicemia,

nas Filipinas. Posteriormente, verificou-se que esta bactéria poderia

causar infecções em outros animais como porcos, macacos, ovelhas e

cães. Alguns casos de infecções sérias e mesmo fatais, em humanos,

foram reportadas em outros países, inclusive no Brasil (Bilton &

Johnson, 2000).

Aparentemente a incidência de infecção por C. violaceum em

humanos é baixa, no entanto, deve-se alertar para o fato de que essa

Page 64: Análise dos padrões de utilização de códons sinônimos no … · 2019. 10. 25. · Palavras-chave: Análise de correspondência, assimetria das fitas, hidrofobicidade, transporte

Ramos, C.P.S. Análise de códons sinônimos em Chromobacterium violaceum

63

bactéria é encontrada com freqüência na natureza e de causar infecções

graves em humanos. Após uma análise de indivíduos infectados e

diagnosticados, nos Estados Unidos, conclui-se que a C. violaceum é um

agente patogênico de baixo grau, capaz de causar infecções severas,

principalmente em pacientes imunodeprimidos. Entretanto, essas

generalizações são questionáveis, uma vez que foi descrita uma

infecção severa com C. violaceum em uma criança de 12 anos, que não

apresentava imunodepressão (Bilton & Johnson, 2000).

Outros relatos também associados à C. violaceum são a

granulomatose crônica, a adenite, como complicação degranulomatose

crônica, a osteomielite, a celulite periorbital e a infecção ocular. Todos

os casos citados até agora foram produzidos por bactérias pigmentadas,

mas há também casos de infecções originados por formas não

pigmentadas (ausência de violaceína) (Miller et al., 1988). Portanto, a

patogenicidade associada a essa bactéria parece ser independente de

violaceína.

O genoma completo da C. violaceum compreende um único

cromossomo circular de 4.75 Mb contendo 4.431 matrizes abertas de

leitura (Open Reading Frames - ORFs), destas 2.717 (61,3%) codificam

proteínas com funções hipotéticas, 958 (21,6%) proteínas hipotéticas

conservadas e as demais (17,1%) proteínas hipotéticas. Cerca de 539

ORFs do genoma da C. violaceum codificam proteínas envolvidas no

transporte de metabólitos. Muitas destas ORFs (489, que representam

11% de todas as ORFs anotadas) codificam seqüências de proteínas que

Page 65: Análise dos padrões de utilização de códons sinônimos no … · 2019. 10. 25. · Palavras-chave: Análise de correspondência, assimetria das fitas, hidrofobicidade, transporte

Ramos, C.P.S. Análise de códons sinônimos em Chromobacterium violaceum

64

tem similaridades semelhantes às proteínas de membrana relacionadas

ao transporte de outros organismos (Vasconcelos et al., 2003). O

número significante de proteínas transportadoras em C. violaceum é

certamente um importante fator que marca esta bactéria como um

microorganismo dominante em uma variedade de ecossistemas de

regiões tropicais e subtropicais e parece estar relacionado à

necessidade de adaptação às diversas condições externas. Do ponto de

vista biotecnológico, o achado mais importante são os transportadores

de metais pesados, que podem levar à exploração da C. violaceum para

a biorremediação (Grangeiro et al., 2004).

Como um organismo de vida livre, a C. violaceum está exposta

a uma variedade de condições, tais como fontes e abundância de

nutrientes diferentes, mudanças de temperatura e pH, compostos

tóxicos e raios UV. Estas variações e os diversos ambientes requerem

uma grande adaptabilidade e um forte sistema de proteção. O

seqüenciamento do genoma desta bactéria revelou uma variedade de

ORFs associadas a rotas metabólicas alternativas para geração de

energia, proteínas relacionadas ao transporte, transdução de sinal,

mobilidade celular, secreção e metabolismo secundário (Vascondelos et

al., 2003). Adicionalmente, a disponibilidade limitada de ferro em

muitos ambientes pode ser superada por quelantes de ferro, proteínas

de armazenamento de ferro e por diversas proteínas relacionadas ao

metabolismo do ferro no genoma da C. violaceum. Proteínas

osmoticamente induzidas, canais transmembrana de água e outras

Page 66: Análise dos padrões de utilização de códons sinônimos no … · 2019. 10. 25. · Palavras-chave: Análise de correspondência, assimetria das fitas, hidrofobicidade, transporte

Ramos, C.P.S. Análise de códons sinônimos em Chromobacterium violaceum

65

porinas podem estar regulando o movimento da água e mantendo o

turgor da célula, atividades que tem função importante na adaptação às

variações de pressão osmótica. Diversas proteínas relacionadas à

tolerância ao estresse contra compostos antimicrobianos, metais

pesados, temperatura, ácidos e luz UV, outros que promovem a

sobrevivência sob condições de inanição e enzimas capazes de

detoxificação de espécies reativas do oxigênio foram também

detectadas em C. violaceum. Todas estas características juntas ajudam

a explicar a remarcável competitividade e habilidade para sobreviver

sob diferentes tipos de estresse ambiental (Hungria et al., 2004).

A bactéria C. violaceum possui a característica marcante de

produzir um pigmento violeta denominado violaceína que tem

demonstrado o seu potencial como atividade antibiótica (Caldas, 1990),

antitumoral (Ueda et al., 1994), antiparasitária (Duran et al., 1994;

Souza et al., 1999; Leon et al., 2001), antifúngica (Shirata et al., 2000)

e antiviral (Duran & Menck, 2001). Além disso, C. violaceum possui a

capacidade de biossíntese do homopolímero de 3-hidroxivalerato

(polihidroxivalerato ou PHV), bem como outros tipos de

polihidroxialcanoatos (PHA’s) (Steinbüchel et al., 1993; Piemolini et al.,

2003).

Apesar da variedade de metabólitos produzidos por C.

violaceum, de interesse médico, e potenciadores de antibióticos,

antitumorais e enzimas, o potencial biotecnológico dessa bactéria ainda

é pouco estudado, e merece estudos mais aprofundados. Por outro

Page 67: Análise dos padrões de utilização de códons sinônimos no … · 2019. 10. 25. · Palavras-chave: Análise de correspondência, assimetria das fitas, hidrofobicidade, transporte

Ramos, C.P.S. Análise de códons sinônimos em Chromobacterium violaceum

66

lado, é importante relatar que algumas cepas de C. violaceum

mostraram resistência a rifampicina e vancomicina, o que pode

aumentar o potencial patogênico desta bactéria.

Entre os aspectos biológicos interessantes dessa bactéria, já

foi descrita, em 1999, sua capacidade de hidrolisar filmes plásticos de

celulose, devido, provavelmente, à ação de hidrolases. Processos mais

complexos também foram relatados, como a desnitrificação e

solubilização de ouro. Acredita-se que o cianeto produzido por

processos enzimáticos seja um dos elementos responsáveis pela

extração do ouro. Aparentemente, esse método evitaria o uso de

mercúrio e a conseqüente contaminação ambiental. Recentemente foi

verificado que 53% do ouro poderiam ser extraídos de materiais com

baixo teor em ouro (Lawson et al., 1999). Mais uma vez, é importante

destacar que existem atualmente patentes destes tópicos.

Com o anúncio do seqüenciamento do genoma de C.

violaceum por um grupo de laboratórios brasileiros, o país se inclui

entre os grupos que realizam clonagem gênica e sequenciamento de

DNA dessa bactéria, em estudos iniciados em 1989. De fato, alguns

trechos do genoma da C. violaceum, com interesse biotecnológico, já

foram seqüenciados. Entre eles, estão os genes envolvidos na

biossíntese de violaceína (Pemberton et al., 1991), a hidroxilase de

fenilalanina (Onishi et al., 1991), o ácido polihidroxialquílico sintase

(Kolibachuk et al., 1999), fragmentos genômicos contendo orfD

(homólogo a SoxR de Escherichia coli) (Kolibachuk & Dennis, 1999) e

Page 68: Análise dos padrões de utilização de códons sinônimos no … · 2019. 10. 25. · Palavras-chave: Análise de correspondência, assimetria das fitas, hidrofobicidade, transporte

Ramos, C.P.S. Análise de códons sinônimos em Chromobacterium violaceum

67

seqüências de genes que codificam RNAs ribossomais 16S and 23S

(Dewhirst et al., 1989; Turner et al., 1996).

Em termos biotecnólogicos, o conhecimento da seqüência dos

genes permite desvendar as etapas envolvidas nos processos

metabólicos e orientar eventuais melhorias na produtividade de

metabólitos. Este conhecimento abre ainda a possibilidade do desenho

de novos fármacos ou de inibidores de processos bioquímicos próprios a

uma determinada patogenicidade. Obviamente, o interesse comercial

desses dados científicos gera a proteção da informação científica por

patentes, fato esse que se aplica aos dados de seqüência dos genes já

descritos de C. violaceum.

Entretanto, ainda há muito por ser descoberto sobre a

seqüência de reações e a correlação genética dos processos que

resultam na síntese desse pigmento. A violaceína de C. violaceum é

codificada por um conjunto único de quatro genes, denominados

vioABCD, encontrados em um fragmento de DNA de cerca de 8 Kbp,

provavelmente arranjados em um operon. O uso desse fragmento de

DNA permitiu a forte expressão heteróloga de violaceína em E.coli e em

várias outras bactérias Gram-negativas (Pemberton et al., 1991).

A análise da seqüência dos genes dessa via de produção de

violaceína indica que vioA, vioC e vioD codificam para monooxigenases

dependentes de nucleotídeos. A mutagênese de transposons resultou

em um número diferente de fenótipos que variaram de ausência da

produção do pigmento (colônias brancas) à formação de pigmentos

Page 69: Análise dos padrões de utilização de códons sinônimos no … · 2019. 10. 25. · Palavras-chave: Análise de correspondência, assimetria das fitas, hidrofobicidade, transporte

Ramos, C.P.S. Análise de códons sinônimos em Chromobacterium violaceum

68

verdes ou violeta claro (e a mesma coloração da colônia). Esses

fenótipos dependem do local de inserção do transposon: enquanto

inativação dos genes vioA ou vioB, bloqueia completamente a formação

do pigmento, a inativação de vioC ou vioD resulta em formação de

pigmentos precursores de violaceína (August et al., 2000).

O gene da hidroxilase de fenilanina (PHA; fenilalanina 4-mono-

oxigenase) de C. violaceum foi também inteiramente seqüenciado e

expresso em E. coli. Curiosamente, a proteína deduzida da seqüência

de DNA apresenta muitas características de enzimas de fígado de

mamíferos, o que indica um alto grau de conservação desses genes.

Entretanto, PHA da C. violaceum é uma enzima monomérica que

contém um mol de cobre no sítio ativo, enquanto as enzimas de

mamíferos são ativas como um tetrâmero e contém um mol de

ferro/subunidade (Onishi et al., 1991).

Os ácidos polihidroxilalquílicos são reservas de carbono e

energia produzidos em algumas bactérias, quando as fontes de

nutrientes chegam a ser limitantes. Alguns desses poliácidos e seus

poliésteres têm propriedades físicas similares às de polipropilenos,

fazendo eles importantes como fonte de plásticos biodegradáveis de

fontes renováveis (por exemplo, o BIO-POL) (Sherwood, 1983).

A seqüência do gene responsável pela síntese do RNA

ribossomal 16S foi realizada 12 anos atrás (Dewhirst et al., 1989),

sendo que, recentemente, foi determinada a seqüência do gene do

RNAr 23S (Harmsen & Singer, 1999). Esses genes têm grande

Page 70: Análise dos padrões de utilização de códons sinônimos no … · 2019. 10. 25. · Palavras-chave: Análise de correspondência, assimetria das fitas, hidrofobicidade, transporte

Ramos, C.P.S. Análise de códons sinônimos em Chromobacterium violaceum

69

interesse, pois confirmam a posição filogenética da bactéria C.

violaceum dentro do ramo das beta-proteobactérias, da família

Neisseriaceae.

Outro aspecto interessante da C. violaceum, diz respeito ao

fato de ser uma bactéria encontrada livre no meio ambiente. Este fato

permite seu contato com outras espécies de bactérias, podendo haver

transferências genéticas entre elas. Assim, desvendar o código genético

de C. violaceum poderá revelar aspectos não só da história evolutiva da

bactéria como um todo, mas também da evolução específica dos seus

genes.

Page 71: Análise dos padrões de utilização de códons sinônimos no … · 2019. 10. 25. · Palavras-chave: Análise de correspondência, assimetria das fitas, hidrofobicidade, transporte

Ramos, C.P.S. Análise de códons sinônimos em Chromobacterium violaceum

70

4. Referências Bibliográficas

Akashi H (1995) Inferring weak selection from patterns of

polymorphism and divergence at silent sites in Drosophila

DNA. Genetics 139: 1067-1076.

Akashi H (1994) Synonymous codon usage in Drosophila melanogaster

natural selection and translational accuracy. Genetics 136:

927-935.

Andersson SGE, Buckingham RH and Kurland CG (1984) Does codon

composition influence ribosome function? EMBO Journal 3: 91-

94.

Archetti M (2004) Codon Usage Bias and Mutation Constraints Reduce

the Level of Error Minimization of the Genetic Code. J Mol Evol

59:258-266.

Ardell DH (1998) On error-minimization in a sequential origin of the

standard genetic code. J Mol Evol 47: 1–13.

Ardell DH and Sella G (2001) On the evolution of redundancy in genetic

codes. J Mol Evol 53: 269–281.

Ardell DH and Sella G (2002) No accident: genetic code freeze in error-

correcting patterns of the standard genetic code. Phil Trans R

Soc Lond B Biol Soc 357: 1625–1642.

August PR, Grossman TH, Minor C, Draper MP, MacNeil IA, Pemberton

JM, Call KM, Holt D, Sosburne MS (2000) Sequence analysis

and functional characterization of the violacein biosynthetic

Page 72: Análise dos padrões de utilização de códons sinônimos no … · 2019. 10. 25. · Palavras-chave: Análise de correspondência, assimetria das fitas, hidrofobicidade, transporte

Ramos, C.P.S. Análise de códons sinônimos em Chromobacterium violaceum

71

pathway from Chromobacterium violaceum. J Mol Microbiol

Biotechnol 2: 513-519.

Bagnoli F and Lio P (1995) Selection, mutations and codon usage in a

bacterial model. J Theor Biol 173: 271-281.

Bennetzen JL and Hall BD (1982) Codon selection in yeast. J Biol Chem

257: 3026-3031.

Berg O and Martelius M (1995) Synonymous substitution-rate constants

in Escherichia coli and Salmonella typhimurium and their

relationship to gene expression and selection pressure. J Mol

Evol 41: 449-456.

Bernardi G (1993) The vertebrate genome - isochores and evolution.

Mol Biol Evol 10: 186-204.

Bernardi G, Mouchiroud D, Gautier C, Bernardi G (1988) Compositional

patterns in vertebrate genomes: conservation and change in

evolution. J Mol Evol 28: 7–18.

Bilton BD and Johnson (2000) LW Recurrent nonfatal Chromobacterium

violaceum infection in a nonimmunocompromised patient.

Infect Med 17: 686-692.

Birch RG (1997) Plant transformation: problems and strategies for

practical application. Ann Rev Plant Physiol 48: 297–326.

Boisbaudran LD (1882) apud Vasconcellos ATR, de Almeida DF, Almeida

FC, de Almeida LGP et al (2003) The complete genome

sequence of Chromobacterium violaceum reveals remarkable

Page 73: Análise dos padrões de utilização de códons sinônimos no … · 2019. 10. 25. · Palavras-chave: Análise de correspondência, assimetria das fitas, hidrofobicidade, transporte

Ramos, C.P.S. Análise de códons sinônimos em Chromobacterium violaceum

72

and exploitable bacterial adaptability. Proc Natl Acad Sci

U.S.A. 100: 11660-11665.

Bulmer M (1988) Are codon usage patterns in unicellular organisms

determined by selection mutation balance. J Evol Biol 1: 15-

26.

Caldas LR (1990) Um pigmento nas águas negras. Jornal Ciência Hoje

11: 55-57.

Chen WM, Laevens S, Lee TM, Coenye T, De Vos P, Mergeay M and

Vandamme P (2001) Ralstonia taiwanensis sp. nov., isolated

from root nodules of Mimosa species and sputum of a cystic

fibrosis patient. Int J Syst Evol Microbiol 51: 1729–1735.

Chen GFT and Inouye M (1994) Role of the AGA/AGG codons, the rarest

codons in global gene expression in Escherichia coli. Genes

Dev 8: 2641-2652.

Clusters of Orthologs Genes (COG), http://www.ncbi.nlm.nih.gov/COG.

Comeron JM and Aguade M (1998) An evaluation of measures of

synonymous codon usage bias. J Mol Evol 47: 268–274.

Copley SD, Smith E and Morowitz HJ (2005) A mechanism for the

association of amino acids with their codons and the origin of

the genetic code. Proc Natl Acad Sci U S A 102: 4442-4447.

Crick FHC (1968) The origin of the Genetic Code. J Mol Biol 38: 367-

379.

Crick FHC (1966) Codon-anticodon pairing: The wobble hypothesis. J

Mol Biol 19:548–555.

Page 74: Análise dos padrões de utilização de códons sinônimos no … · 2019. 10. 25. · Palavras-chave: Análise de correspondência, assimetria das fitas, hidrofobicidade, transporte

Ramos, C.P.S. Análise de códons sinônimos em Chromobacterium violaceum

73

Crick FHC (1965) Recent research in molecular biology: introduction. Br

Med Bull 21(3): 183-186.

Crick FHC, Barnett L, Brenner S, Watts-Tobin RJ (1961) General nature

of the genetic code for proteins. Nature 192: 1227-1232.

Curran JF (1995) Decoding with the A-I wobble pair is inefficient.

Nucleic Acids Res 23: 683-688.

Deschavanne P and Filipski J (1995) Correlation of GC content with

replication timing and repair mechanisms in weakly expressed

Escherichia coli genes. Nucleic Acids Res 23: 1350-1353.

Dewhirst FE, Paster BJ and Bright PL (1989) Chromobacterium,

Eikenella, Kingella, Neisseria, Simonsiella and Vitreoscilla

species comprise a major branch of the beta-group

proteobacteria by 16S ribosomal ribonucleic-acid sequence

comparison-transfer of Eikenella and Simonsiella to the family

Neisseriaceae (emend.). Intern J System Bacteriol 39: 258-

266.

Duran N and Menck CFM (2001) Chromobacterium violaceum: a review

of pharmacological and industrial perspective. Crit Ver

Microbiol 27: 201-222.

Durán N, Antonio RV, Haun M and Pilli RA (1994) Biosynthesis of a

trypanocide by Chromobacterium violaceum. World J Microbiol

Biotechnol 10: 686-690.

Ehrenberg M and Kurland CG (1984) Costs of accuracy determined by a

maximal growth-rate constraint. Q Rev Biophys 17: 45-82.

Page 75: Análise dos padrões de utilização de códons sinônimos no … · 2019. 10. 25. · Palavras-chave: Análise de correspondência, assimetria das fitas, hidrofobicidade, transporte

Ramos, C.P.S. Análise de códons sinônimos em Chromobacterium violaceum

74

Estrutura de um RNAt. Disponível em: http://www.designeduniverse

.com/articles/Nobel_Prize/trna.jpg

Eyre-Walker A and Bulmer M (1995) Synonymous substitution rates in

Enterobacteria. Genetics 140: 1407-1412.

Eyre-Walker A (1994) Synonymous substitutions are clustered in

Enterobacterial genes. J Mol Evol 39: 448-451.

Eyre-Walker A and Bulmer M (1993). Reduced synonymous substitution

rate at the start of Enterobacterial genes. Nucleic Acids Res

21: 4599-4603.

Freeland SJ, Knight RD, Landweber LF and Hurst LD (2000) Early

fixation of an optimal genetic code. Mol Biol Evol 17: 511–518.

Freeland SJ and Hurst LD (1998) Load minimization of the genetic code:

history does not explain the pattern. Proc R Soc Lond B 266:

2111–2119.

Fuglsang A (2003) Strong association between gene function and codon

usage. APMIS 111: 843-847.

Goetz RM and Fuglsang A (2005) Correlation of codon bias measures

with mRNA levels: analysis of transcriptome data from

Escherichia coli. Biochem Biophys Res Commun 327:4–7.

Goodarzi H, Najafabadi HS, Nejad HA and Torabi N (2005) The impact

of including tRNA content on the optimality of the genetic

code. Bull Math Biol 67:1355-1368.

Gouy M (1987). Codon contexts in Enterobacterial and Coliphage genes.

Mol Biol Evol 4: 426-444.

Page 76: Análise dos padrões de utilização de códons sinônimos no … · 2019. 10. 25. · Palavras-chave: Análise de correspondência, assimetria das fitas, hidrofobicidade, transporte

Ramos, C.P.S. Análise de códons sinônimos em Chromobacterium violaceum

75

Gouy M and Gautier C (1982) Codon usage in bacteria: correlation with

gene expressivity. Nucleic Acids Res 10: 7055-7074.

Granjeiro TB, Jorge DMM, Bezerra WM, Vasconcelos ATR, Simpson AJG

(2004) Transport genes of Chromobacterium violaceum: an

overview. Genet Mol Res 3: 117-133.

Grantham R, Gautier C, Gouy M, Jacobzone M and Mercier R (1981)

Codon catalogue usage is a genome strategy for genome

expressivity. Nucleic Acids Res 9: r43-r75.

Grantham R, Gautier C and Gouy M (1980a) Codon frequencies in 119

genes confirm consistent choices of degenerate base according

to genome type. Nucleic Acids Res 8: 1892-1912.

Grantham R, Gautier C, Gouy M, Mercier R and Pave A (1980b) Codon

catalog usage and the genome hypothesis. Nucleic Acids Res

8: r49-r62.

Greenacre MJ (1984) Theory and applications of correspondence

analysis. Academic Press, London.

Groisman EA, Sturmoski MA, Solomon FR, Lin R and Ochmann H (1993)

Molecular, functional and evolutionary analysis of sequence

specific to Salmonella. Proc Natl Acad Sci U S A 90: 1033-

1037.

Gutierrez G, Casadesus J, Oliver JL and Marin A (1994) Compositional

heterogeneity of the Escherichia coli genome - a role for VSP

repair. J Mol Evol 39: 340-346.

Page 77: Análise dos padrões de utilização de códons sinônimos no … · 2019. 10. 25. · Palavras-chave: Análise de correspondência, assimetria das fitas, hidrofobicidade, transporte

Ramos, C.P.S. Análise de códons sinônimos em Chromobacterium violaceum

76

Harmsen D and Singer C (1999). Chromobacterium violaceum strain

DMS 30191 16S and 23S ribosomal RNA genes.

NCBINucleotide AF124618; AJ247211.

Hastings KE and Emerson CP Jr (1983) Codon usage in muscle genes

and liver genes. J Biol Mol 19: 214-8.

Hou ZC and Yang N (2002) Analysis of factors shaping S. Pneumoniae

codon usage. Acta Gen Sinica 29 (8): 77-752.

Hungria M, Nicolas MF, Guimarães CT, Jardim SN, Gomes EA and

Vasconcelos ATR (2004) Tolerance to stress and environmental

adaptability of Chromobacterium violaceum. Genet Mol Res 3:

102-116.

Ikemura T (1985) Codon usage and transfer-RNA content in unicellular

and multicellular organisms. Mol Biol Evol 2: 13-34.

Ikemura T (1982) Correlation between the abundance of yeast transfer

RNAs and the occurrence of the respective codons in protein

genes. Differences in synonymous codon choice patterns of

yeast and Escherichia coli with reference to the abundance of

isoaccepting transfer RNAs. J Mol Biol 158: 573-597.

Ikemura T and Ozeki H (1982) Codon usage and transfer RNA contents:

organism specific codon choice patterns in reference to the

isoacceptor contents. Cold Spring Harb Symp Quant Biol 47:

1087-1097.

Ikemura T (1981a) Correlation between the abundance of Escherichia

coli transfer RNAs and the occurrence of the respective codons

Page 78: Análise dos padrões de utilização de códons sinônimos no … · 2019. 10. 25. · Palavras-chave: Análise de correspondência, assimetria das fitas, hidrofobicidade, transporte

Ramos, C.P.S. Análise de códons sinônimos em Chromobacterium violaceum

77

in its protein genes: a proposal for a synonymous codon

choice that is optimal for the E. coli system. J Mol Biol 151:

389-409.

Ikemura T (1981b) Correlation between the abundance of Escherichia

coli transfer RNAs and the occurrence of the respective codons

of its protein genes. J Mol Biol 146: 1-21.

Imhoff JF (2001) True marine and halophilic anoxygenic phototrophic

bacteria. Arch Microbiol 176: 243-254.

Jain R, Rivera MC and Lake JA (1999) Horizontal gene transfer among

genomes: The complexity hypothesis. Proc Natl Acad Sci USA

96: 3801–3806.

Jenkins GM, Pagel M, Gould EA, de A Zanotto PM and Holmes EC (2001)

Evolution of base composition and codon usage bias in the

genus Flavivirus. J Mol Evol 52: 383-390.

Jin H, Bjömsson A and Isaksson LA (2002) Cis control of gene

expression in E. coli by ribosome queuing at an inefficient

translational stop signal. EMBO J 21 (16): 4357-4367.

Jinks-Robertson S and Nomura N (1987) Ribosomes and tRNA.

American Society for Microbiology, Washington DC.

Kane JF (1995) Effects of rare codon clusters on high-level expression

of heterologous proteins in Escherichia coli. Curr Opin

Biotechnol 6: 494-500.

Page 79: Análise dos padrões de utilização de códons sinônimos no … · 2019. 10. 25. · Palavras-chave: Análise de correspondência, assimetria das fitas, hidrofobicidade, transporte

Ramos, C.P.S. Análise de códons sinônimos em Chromobacterium violaceum

78

Karlin S, Mrazek J and Campbell AM (1998). Codon usages in different

classes of the Escherichia coli genome. Mol Microbiol 29:

1341-55.

Kimura M (1983) The Neutral Theory of Molecular evolution. Cambridge

University Press, Cambridge.

Kimura M (1977) Preponderance of synonymous changes as evidence

for the neutral theory of molecular evolution. Nature 267:

275-276.

Knight RD, Freeland SJ and Landweber LF (1999) Selection, history and

chemistry: the three faces of the genetic code. Trends

Biochem Sci 24: 241–247.

Kolibachuk D and Dennis D (1999) SoxR homolog [Chromobacterium

violaceum]. NCBI-Protein AAC69613 AF061445.

Kolibachuk D, Miller A and Dennis D (1999) Cloning, molecular analysis

and expression of the polyhydroxyalkanoic acid syntase (phaC)

gene from Chromobacterium violaceum. Appl Environ Microbiol

65: 3561-3565.

Komine Y, Adaki T, Inokuchi H and Ozeki H (1990) Genomic

organization and physical mapping of the transfer-RNA Genes

in Escherichia coli K12. J Mol Biol 212: 579-598.

Koonin EV, Makarova KS and Aravind L (2001) Horizontal gene transfer

in prokaryotes: quantification and classification. Ann Rev

Microbiol 55: 709-742.

Page 80: Análise dos padrões de utilização de códons sinônimos no … · 2019. 10. 25. · Palavras-chave: Análise de correspondência, assimetria das fitas, hidrofobicidade, transporte

Ramos, C.P.S. Análise de códons sinônimos em Chromobacterium violaceum

79

Kurland CG (1991) Codon bias and gene-expression. FEBS Letters 285:

165-169.

Kyte J and Doolittle R (1982) A simple method for displaying the

hydropathic character of a protein. J Mol Biol 157: 105-132.

Lan R and Reeves PR (1996) Gene Transfer is a Major Factor in

Bacterial Evolution. Mol Biol Evol 13 (1): 47-55.

Lawson EN, Barkhuisen M, Dew DW (1999) Gold solubilization by the

cyanide producing bacteria Chromobacterium violaceum. Chem

Abstr 131: 239-246.

Leon LL, Miranda CC, de Souza AO and Duran N (2001) Antileishmanial

activity of the violacein extracted from Chromobacterium

violaceum. J Antimicrob Chemother 48: 449-450.

Li W-H (1997) Molecular evolution. Sinauer Associate Inc, Sunderland –

MA, USA. 487 p.

Li W-H (1987) Models of nearly neutral mutations with particular

implications for nonrandom usage of synonymous codons. J

Mol Evol 24: 337-345.

Lobry JR (1996). Asymmetric Substitution Patterns in the Two DNA

Strands of Bacteria. Mol Biol Evol 13: 660-5.

Lobry JR and Gautier C (1994) Hydrophobicity, expressivity and

aromaticity are the major trends of amino acid usage in 999

Escherichia coli chromosome encoded genes. Nucleic Acids Res

22: 3174-3180.

Page 81: Análise dos padrões de utilização de códons sinônimos no … · 2019. 10. 25. · Palavras-chave: Análise de correspondência, assimetria das fitas, hidrofobicidade, transporte

Ramos, C.P.S. Análise de códons sinônimos em Chromobacterium violaceum

80

Lynn DJ, Singer GAC and Hickey DA (2002) Synonymous codon usage is

subject to selection in thermophilic bacteria. Nucleic Acids

Research 30: 4272-4277.

Matic I, Rayssiguier C and Radman M (1995) Interspecies gene

exchange in bacteria: the role of SOS and mismatch repair

systems in evolution of species. Cell 80: 507-515.

Matic I, Radman M and Rayssiguier C (1994) Structure of recombinants

from conjugational crosses between Escherichia coli donor and

mismatch repair deficient Salmonella typhimurium. Genetics

136: 16-26.

Miller DP, Blevins WT, Steele DB and Stower MD (1988) A comparative

study of virulent and avirulent strains of Chromobacterium

violaceum Can. J Microbiol 34: 249-255.

Musto H (2001) Estructura y evolucion del genoma de los vertebrados.

In: Capítulo 13 de El prisma de la Evolución. Editado por C.

Altuna y M. Ubilla. Facultad de Ciencias, UdelaR.

McLean MJ, Devine KM and Wolfe KH (1998) Base composition skews,

replication orientation, and gene orientation in 12 prokaryotic

genomes. J Mol Evol 47: 691–696.

Najafabadi HS, Goodarzi H and Torabi N (2005) Optimality of codon

usage in Escherichia coli due to load minimization. J Theor Biol

237: 203-9.

Page 82: Análise dos padrões de utilização de códons sinônimos no … · 2019. 10. 25. · Palavras-chave: Análise de correspondência, assimetria das fitas, hidrofobicidade, transporte

Ramos, C.P.S. Análise de códons sinônimos em Chromobacterium violaceum

81

Nakamura Y, Gojobori T and Ikemura T (2000) Codon usage tabulated

from the intenational DNA sequences databases; its status

1999. Nucleic Acids Res 27: 292.

National Center for Biotechnology Information (NCBI),

http://www.ncbi.nlm.nih.gov.

Medigue C, Rouxel T, Vigier P, Henaut A and Danchin A (1991) Evidence

for horizontal gene transfer in Escherichia coli speciation. J Mol

Biol 222: 851-856.

Naya H, Romero H, Carels N, Zavala A and Musto H (2001)

Translational selection shapes codon usage in the GC-rich

genomes of Chlamydomonas reinhadtii. FEBS Lett 501: 127-

130.

Nomura M, Sor F, Yamagashi M and Lawson M (1987) Heterogeneity of

GC content within a single bacterium and its implications for

evolution. Cold Spring Harb Symp Quant Biol 52: 658-663.

Onishi A, Liotta LJ and Benkovic SJ (1991) Cloning and expression of

Chromobacterium violaceum phenylalanine hydroxylase in

Escherichia coli and comparison of amino acid sequence with

mammalian aromatic amino acid hydroxylases. J Biol Chem

266: 18454-9.

Osawa S and Jukes TH (1989) Codon reassignment (codon capture) in

evolution. J Mol Evol 29: 271-278.

Page 83: Análise dos padrões de utilização de códons sinônimos no … · 2019. 10. 25. · Palavras-chave: Análise de correspondência, assimetria das fitas, hidrofobicidade, transporte

Ramos, C.P.S. Análise de códons sinônimos em Chromobacterium violaceum

82

Perrière G and Thioulouse J (2002) Use and misuse of correspondence

analysis in codon usage studies. Nucleic Acids Res 30 (20):

4548-4555.

Perrière G, Gouy M and Gojobori T (1994) NRSUB a nonredundant

database for the Bacillus subtilis genome. Nucleic Acids Res

22: 5525-5529.

Pemberton JM, Vincent KM and Penfold RJ (1991) Cloning and

heterologous expression of the violacein biosynthesis gene

cluster from Chromobacterium violaceum. Curr Microbiol 22:

355-358.

Piemolini LT, Coral JT, Porto LM and Antônio RV (2003) Identificação de

Sítios de PHA Sintases para Estudos de Controle de

Comprimento de Cadeia de Polihidroxialcanoatos. In: XIV

Simpósio Nacional de Fermentações - Sinaferm2003,

Florianópolis/SC.

Proteobactérias. Disponível em: http://141.150.157.117:8080/prokPUB

/chaphtm /379/02_00.htm. Acessado em: 12/02/2006.

Romero H, Zavala A and Musto H (2000) Codon usage in Chlamydia

trachomatis is the result of strand-specific mutational biases

and a complex pattern of selective forces. Nucleic Acids Res

28: 2084-2090.

Saier MJ (1995) Differential codon usage: a safe guard against

inappropriate gene expression of specialized genes. FEBS Lett

362: 1-4.

Page 84: Análise dos padrões de utilização de códons sinônimos no … · 2019. 10. 25. · Palavras-chave: Análise de correspondência, assimetria das fitas, hidrofobicidade, transporte

Ramos, C.P.S. Análise de códons sinônimos em Chromobacterium violaceum

83

Santos MA, Moura G, Massey SE and Tuite MF (2004) Driving change:

the evolution of alternative genetic codes. Trends Genet 20:

95-102.

Schultz DW and Yarus M (1994) Transfer RNA mutation and the

malleability of the genetic code. J Mol Biol 235: 1377-80.

Sella G and Ardell DH (2002) The impact of message on the fitness of a

genetic code. J Mol Evol 54: 638–651.

Sharp PM, Bailes E, Grocock RJ, Peden JF and Sockett RE (2005).

Variation in the strength of selected codon usage bias among

bacteria. Nucleic Acids Res 33: 1141–1153.

Sharp PM, Averof M, Lloyd AT, Matassi G and Peden JF (1995) DNA

sequence evolution: the sounds of silence. Philos Trans R Soc

Lond B Biol Sci 349: 241-247.

Sharp PM and Matassi G (1994) Codon usage and genome evolution.

Curr Opin Genet Dev 4: 851-860.

Sharp PM and Lloyd AT (1993) Regional base composition variation

along yeast chromosome III evolution of chromosome primary

structure. Nucleic Acids Res 21: 179-183.

Sharp PM, Stenico M, Peden JF and Lloyd AT (1993) Codon usage -

mutational bias, translational selection, or both. Biochem Soc

Trans 21: 835-841.

Sharp PM (1990) Processes of genome evolution reflected by base

frequency differences among Serratia marcescens genes. Mol

Microbiol 4: 119-122.

Page 85: Análise dos padrões de utilização de códons sinônimos no … · 2019. 10. 25. · Palavras-chave: Análise de correspondência, assimetria das fitas, hidrofobicidade, transporte

Ramos, C.P.S. Análise de códons sinônimos em Chromobacterium violaceum

84

Sharp PM and Li WH (1989) On the rate of DNA-sequence - evolution in

Drosophila. J Mol Evol 28: 398-402.

Sharp PM, Shields DC, Wolfe KH and Li WH (1989) Chromosomal

location and evolutionary rate variation in Enterobacterial

genes. Science 246: 808-810.

Sharp PM and Bulmer M (1988) Selective differences among translation

termination codons. Gene 63: 141-145.

Sharp PM and Li WH (1987) The codon adaptation index – a measure of

directional synonymous codon usage bias, and its potential

applications. Nucleic Acids Res 15: 1281-1295.

Sharp PM (1986) What can aids virus codon usage tell us. Nature 324:

114.

Sharp PM and Li WH (1986) Codon usage in regulatory genes in

Escherichia coli does not reflect selection for rare codons.

Nucleic Acids Res 14: 7737-7749.

Sharp PM, Tuohy TMF and Mosurski KR (1986) Codon usage in yeast

cluster-analysis clearly differentiates highly and lowly

expressed genes. Nucleic Acids Res 14: 5125-5143.

Sherwood M (1983) Bacterial plastic comes to market. Biotech 1: 388-

389.

Shields D (1989) Evolution of codon usage patterns, in Department of

Genetics. Trinity College Dublin, Dublin.

Page 86: Análise dos padrões de utilização de códons sinônimos no … · 2019. 10. 25. · Palavras-chave: Análise de correspondência, assimetria das fitas, hidrofobicidade, transporte

Ramos, C.P.S. Análise de códons sinônimos em Chromobacterium violaceum

85

Shields DC, Sharp PM, Higgins DG and Wright F (1988) Silent sites in

Drosophila genes are not neutral - evidence of selection

among synonymous codons. Mol Biol Evol 5: 704-716.

Shirata A, Tsukamoto T, Yasui H, Hata T, Hayasaka S, Kojima A, Kato H

(2000) Isolation of bacteria producing bluishpurple pigment

and use for deyeing. Japan Agric Res Quart 34: 131-140.

Smith JM and Smith NH (1986) Site specific codon bias in bacteria.

Genetics 142: 1037-1043.

Sonneborn TM (1965) Degeneracy of the Genetic Code: Extent, Nature,

and Genetic Implications, in Evolving Genes and Proteins.

Academic Press, New York, pp. 97–166.

Sorensen MA, Kurland CG and Pedersen S (1989) Codon usage

determines translation rate in Escherichia coli. J Mol Biol 207:

365-377.

Souza AO de, Aily DCG, Sato DN and Durán N (1999) Atividade da

violaceína in vitro sobre o Mycobacterium turbeculosis H37RA.

Rev Inst Adolfo Lutz 58: 59-62.

Stackebrandt E, Rainey FA and Ward-Rainey N (1996) Anoxygenic

phototrophy across the phylogenetic spectrum: current

understanding and future perspectives. Arch Microbiol 166:

211–223.

Steinbüchel A, Debzi EM, Marchessault RH and Timm A (1993)

Synthesis and production of poly (3-hydroxyvaleric acid)

Page 87: Análise dos padrões de utilização de códons sinônimos no … · 2019. 10. 25. · Palavras-chave: Análise de correspondência, assimetria das fitas, hidrofobicidade, transporte

Ramos, C.P.S. Análise de códons sinônimos em Chromobacterium violaceum

86

homopolyester by Chromobacterium violaceum. Appl Microbiol

Biotech 39:4-5.

Stenico M, Lloyd AT and Sharp PM (1994) Codon usage in

Caenorhabditis elegans - delineation of translational selection

and mutational biases. Nucleic Acids Res 22: 2437-2446.

Sueoka N (1992) Directional mutation pressure, selective constraints,

and genetic equilibria. J Mol Evol 34: 95-114.

Sueoka N (1988) Directional mutational pressure and neutral pressure.

Proc Natl Acad Sci U S A 85: 2653-2657.

Sueoka N (1962) On the genetic basis of variation and heterogeneity of

DNA base composition. Proc Natl Acad Sci U S A 48: 582-592.

Tabela do Código Genético Universal. Disponível em: http://www.class.

unl.edu/biochem/gp2/gx/image_bank/codon.gif.

Taylor FJR and Coates D (1989) The code within the codons.

BioSystems 22: 177–187.

Turner SJ, Lewis GD, Saul DJ, Baker CS and Rodrigi AG (1996)

Chromobacterium violaceum 16S ribosomal RNA, partial

sequence spanning the V3-V4 region. NCBI-nucleotide U65966.

Ueda H, Nakajima H, Hori Y, Goto T and Okuhara M (1994) Action of

FR901228, a novel antitumor bicyclic depsipeptide produced

by Chromobacterium violaceum No. 968, on Ha-ras

transformed NIH3T3 cells. Biosci Biotechnol Biochem 58:

1579-1583.

Page 88: Análise dos padrões de utilização de códons sinônimos no … · 2019. 10. 25. · Palavras-chave: Análise de correspondência, assimetria das fitas, hidrofobicidade, transporte

Ramos, C.P.S. Análise de códons sinônimos em Chromobacterium violaceum

87

Vasconcelos ATR, de Almeida DF, Almeida FC, de Almeida LGP, de

Almeida R, Gonçalves JAA, Andrade EM, Antonio RV, Araripe J,

de Araujo MFF, et al. (2003) The complete genome sequence

of Chromobacterium violaceum reveals remarkable and

exploitable bacterial adaptability. Proc Natl Acad Sci U S A 100

(20): 11660-11665.

Wong JT (1975) A co-evolution theory of the genetic code. Proc Natl

Acad Sci USA 72: 1909–1912.

Woese CR (1967) The genetic code: the molecular basis for genetic

expression. Harper & Row, New York.

Woese CR, Dagre DH, Dagre SA, Kondo M and Saxinger WC (1966) On

the fundamental nature and evolution of genetic code. Cold

Spring Harb Symp Quant Biol 31: 723–736.

Woese CR (1965) On the evolution of the genetic code. Proc Natl Acad

Sci USA 54: 1546–1552.

Wooley (1905) apud Rettori D (2000) Estudos físico-químicos e

biológicos da violaceína: Um pigmento produzido pela

Chromobacterium violaceum (Durán N - Orientador), Tese de

Doutorado, Instituto de Química, UNICAMP.

Wright F (1990) The ‘effective number of codons’ used in a gene. Gene

87: 23-29.

Yockey HP (2000) Origin of life on earth and Shannon’s theory of

communication. Comput Chem 24:105–123

Page 89: Análise dos padrões de utilização de códons sinônimos no … · 2019. 10. 25. · Palavras-chave: Análise de correspondência, assimetria das fitas, hidrofobicidade, transporte

Ramos, C.P.S. Análise de códons sinônimos em Chromobacterium violaceum

88

Yurkov VV and Beatty JT (1998) Aerobic anoxygenic phototrophic

bacteria. Microbiol Molec Biol Rev 62: 695-724.

Zhuo-Cheng H (2003) Factors affecting codon usage in Yersinia pestis.

Acta Bioch Biophys Sinica 35 (6): 580-586.

Page 90: Análise dos padrões de utilização de códons sinônimos no … · 2019. 10. 25. · Palavras-chave: Análise de correspondência, assimetria das fitas, hidrofobicidade, transporte

Ramos, C.P.S. Análise de códons sinônimos em Chromobacterium violaceum

89

5. Manuscrito de Artigo Científico

Protein hydrophobicity and codon usage

patterns in Chromobacterium violaceum

Manuscrito submetido à revista

GGeenneettiiccss aanndd MMoolleeccuullaarr

RReesseeaarrcchh

ISSN: (1676-5680)

(v.6, n. 1, 2007)

Submissão em Setembro/2006

Page 91: Análise dos padrões de utilização de códons sinônimos no … · 2019. 10. 25. · Palavras-chave: Análise de correspondência, assimetria das fitas, hidrofobicidade, transporte

Ramos, C.P.S. Análise de códons sinônimos em Chromobacterium violaceum

90

Protein hydrophobicity and codon usage patterns in

Chromobacterium violaceum

Catarina Paula da Silva Ramos1, Tetsuo Tashiro2, Enivaldo Carvalho da

Rocha3, Valdir de Queiroz Balbino1, Paulo Paes de Andrade1*.

Addresses: 1. Departamento de Genética, Centro de Ciências

Biológicas, Universidade Federal de Pernambuco, Cidade Universitária,

Recife, Pernambuco, Brasil;

2. Departamento de Educação Física, Universidade Federal de

Pernambuco, Cidade Universitária, Recife, Pernambuco, Brasil;

3. Departamento de Ciências Sociais, Centro de Filosofia e Ciências

Humanas, Universidade Federal de Pernambuco, Cidade Universitária,

Recife, Pernambuco, Brasil.

Running title: Codon usage and hidrophobicity in Chromobacterium

violaceum

Page 92: Análise dos padrões de utilização de códons sinônimos no … · 2019. 10. 25. · Palavras-chave: Análise de correspondência, assimetria das fitas, hidrofobicidade, transporte

Ramos, C.P.S. Análise de códons sinônimos em Chromobacterium violaceum

91

Abstract

Biased codon usage may result from various factors. Among prokaryotes, it appears that the influences of natural selection and mutational biases are different if the genome is skewed towards AT or GC. A particular codon subset can often be observed in those genome regions where a maximized translational efficiency is required. Codon usage of a β-proteobacterium, Chromobacterium violaceum, is for the first time reported. The present study was aimed at the identification of the main cause of codon usage variation in C. violaceum ATCC 12472 genome. Correspondence analysis (CoA) on relative synonymous codon usage (RSCU) was used to examine the synonymous codon usage variation among the genes. The results have shown that one of the major determinants of codon bias trends in C. violaceum is, as expected, the G+C content. It shows a direct correlation with the first principal CoA axis. A strong inverse correlation between the effective number of codons (ENc) and GC3s content was also observed, showing that the codon usage was affected by gene nucleotide composition. Hydrophobicity was the second major source of variation and was significantly correlated to the second principal CoA axis. Axis 1 and 2 separated the genome in two gene groups. The minor group seems to be formed mostly by transport proteins, reflecting a putative codon usage bias of these genes. This unusual grouping may reflect the particular environment in which this bacterium dwells (river water) and is possibly related to the special features of α-proteobacterial cell walls and to a proper adaptation to environment variations. Moreover, the strong negative correlation between CAI and ENc reflected the regular use of optimal codons among these genes. Amino acid composition does not have any influence in selecting the codon usage in this organism and does not affect either Fop or CBI. In contrast to what has been observed in α-proteobacteria, strand asymmetry does not seem to influence on amino acid composition or in the number of genes, in the other hand codon usage may have some influence. The similar distribution of genes between leading and lagging strands is possibly due to an optimized translation and a very slow replication, reducing the expected conflict between transcription and replication. The generality of these observations among β-proteobacteria will depend on new studies on this group of microorganisms. Key-words: Correspondence analysis, strand asymmetry, hydrophobicity, transport proteins, adaptation to environment, β-proteobacterium.

Page 93: Análise dos padrões de utilização de códons sinônimos no … · 2019. 10. 25. · Palavras-chave: Análise de correspondência, assimetria das fitas, hidrofobicidade, transporte

Ramos, C.P.S. Análise de códons sinônimos em Chromobacterium violaceum

92

*Corresponding author:

Paulo Paes de Andrade, Universidade Federal de Pernambuco,

Departamento de Genética, Av. Prof. Moraes Rego S/N, Cidade

Universitária, Recife, Pernambuco, Brazil, ZIP 50732-970, Fone/fax:

(55) 8121268569; E-mail: [email protected]

Introduction

Most of the 20 natural amino acids are coded by more than

one codon, with the exception of methionine and tryptophan. Codon

usage for a single amino acid varies both between genes from the same

genome as well as among different organisms (Grantham et al., 1980;

Ikemura, 1985). The guanine/citosine content (C+C content) in bacteria

is rather variable and results from three main factors: (1) different

mutation rates between sense and anti-sense DNA strands, since genes

on the first strand are GT richer than those from on the latter (Lobry et

al., 1996; McLean et al., 1998); (2) codon usages that mirror the

aminoacyl-tRNA abundance in a given species (Ikemura, 1985); and

(3) horizontal gene transfer, allowing the existence of an atypical

skewed codon usage for a specific set of genes when compared to the

overall codon usage pattern for the whole genome (Nakamura et al.,

2000; Goetz et al., 2005).

The higher gene density in the leading strand is commonly

observed in most bacterial genomes and especially in rDNA and

Page 94: Análise dos padrões de utilização de códons sinônimos no … · 2019. 10. 25. · Palavras-chave: Análise de correspondência, assimetria das fitas, hidrofobicidade, transporte

Ramos, C.P.S. Análise de códons sinônimos em Chromobacterium violaceum

93

ribosomal protein encoding segments (reviewed by McLean et al.,

1998). A particular codon subset can often be observed in those

genome regions where a maximized translational efficiency is required

(Gouy and Gautier, 1982; Sharp and Li, 1987).

Lynn et al. (2002) studied codon usage patterns from 40

bacterial genomes and showed that codon usage was under direct

influence of the G+C content and the environment temperature,

demonstrating therefore the existence of a clear connection between a

particular codon usage pattern and an external selective pressure.

Chromobacterium violaceum (Boisbaudran, 1882) is a free-

living Gram-negative β-proteobacteria, belonging to the family

Neisseriaceae (Garrity et al., 2001), found in water and soil samples

from tropical and sub-tropical regions worldwide (Caldas, 1990). Its

most conspicuous product is violacein, a pigment used for therapeutic

purposes in dermatological products (Caldas et al., 1978). Violacein also

exhibits anti-parasitic activity against important tropical pathogens, as

Mycobacterium tuberculosis (Souza et al., 1999), Trypanosoma cruzi

(Duran et al., 1994) and Leishmania sp. (Leon et al., 2001), as well as

anti-bacterial (Caldas, 1990), anti-viral (Duran and Menck, 2001) and

anti-cancer (Ueda et al., 1994) activities.

The C. violaceum ATCC 12472 strain genome consists of a

single circular 4.57 Mb chromosome containing 8 rRNA operons, 98

tRNA genes and 4,431 ORFs, from which 2,717 (61.3%) code for

proteins with putative functions, 958 (21.6%) for hypothetical

Page 95: Análise dos padrões de utilização de códons sinônimos no … · 2019. 10. 25. · Palavras-chave: Análise de correspondência, assimetria das fitas, hidrofobicidade, transporte

Ramos, C.P.S. Análise de códons sinônimos em Chromobacterium violaceum

94

conserved proteins and the rest (17.1%) for hypothetical proteins

(Vasconcelos et al., 2003). These ORFs encompass 89% of the genome

and must be expressed in such a way as to guarantee the bacteria

adaptative success in a wide spectrum of different environmental

conditions. C. violaceum genes have a mean length of 954 bp and a

64.83% G+C content (Vasconcelos et al., op. cit.).

The present study is the first aimed at the identification of the

main causes of codon usage variation in a β-proteobacteria,

Chromobacterium violaceum.

Material and Methods

The C. violaceum ATCC 12472 (NC_005085) genomic

sequence was obtained from GenBank (ftp://ftp.ncbi.nih.gov/

genomes/Bacteria). Codon usage analysis was performed with the

software CodonW v. 1.4.2 available at http://bioweb.pasteur.fr/seqanal

/interfaces/codonw.html.

Correspondence analysis (CoA) on relative synonymous codon

usage (RSCU) was used to examine the synonymous codon usage

variation among the genes without any confounding influence of amino

acid composition. All annotated genes with complete ORFs and without

internal stop codons were included in the present analysis. For each

gene the following features were considered: length, functional

categories (according to COG, http://www.ncbi.nlm.nih.gov/COG), G+C

Page 96: Análise dos padrões de utilização de códons sinônimos no … · 2019. 10. 25. · Palavras-chave: Análise de correspondência, assimetria das fitas, hidrofobicidade, transporte

Ramos, C.P.S. Análise de códons sinônimos em Chromobacterium violaceum

95

content (in categories ranging from < 21% to > 80%, in 10% intervals)

and strand position (SS - sense strand or AS - antisense strand).

The number of codons used in each gene sequence was

determined by direct counting from amino acid sequence tables

generated by conceptual translation. The following CodonW output

indexes were analyzed: G+C content at the third codon position

(GC3s); frequency of optimal codons (Fop); number of synonymous

codons and total number of synonymous and non-synonymous codons

(L_sym and L_aa, respectively); protein hydrophobicity (Gravy

score), calculated as the sum of hydrophobicity indexes of each amino

acid (Kyte and Doolittle, 1982); effective number of codons (ENC)

(Wright, 1990); codon adaptation index (CAI), estimated from codon

usage pattern among E. coli ribosomal and elongation factors genes;

codon bias index (CBI), as defined by Bennetzen and Hall (1982). The

overall information was compiled in a tabulated form and analyzed the

help of the SPSS software for Windows (v.11.0) available at

http://www.spss.com.

In order to analyze the influence of gene strand position in

codon usage genes were separated according to their location in the

leading (total 2101 genes) and lagging (total 2306 genes) strands in a

cumulative codon usage table. The correlation between codon usage

and amino acid usage indexes (ENc, GC3s, GC, Gravy, CBI, Fop, CAI), as

well as the principal axes contributions generated by the

correspondence analysis were graphically displayed.

Page 97: Análise dos padrões de utilização de códons sinônimos no … · 2019. 10. 25. · Palavras-chave: Análise de correspondência, assimetria das fitas, hidrofobicidade, transporte

Ramos, C.P.S. Análise de códons sinônimos em Chromobacterium violaceum

96

Square 2 X 2 contingency tables were produced with the total

number of occurrences for each codon in the first column and total

number of available synonymous codons in the second column.

Significance was evaluated by the χ-square test for the 59 codons at

5% level.

Results

The total number of codons in the lagging and leading strands

were 736,495 and 665,853, summing up 1.402,348 codons. A CoA of

RSCU values was conducted, in which the first four axes accounted for

49.4% of the total inertia of the 59-dimensional space. The first axis

accounted for 20.1%, whereas the second axis only accounted for

12.2% and the two next axes for 17%. The position of each gene on the

plane defined by the two first axes is displayed in Figure 1A. Two sets of

genes were clearly demonstrated, a larger set and a smaller one,

separated by second axis values. There was a strong positive

correlation between gene position along the first axis and G+C content

(r = 0.610, p<0.0001) (Figure 1B). The second axis displayed a strong

correlation (r = - 0.720, p<0.0001) to protein hydrophobicity and was

responsible for the separation of the two gene sets (Figure 1C).

Page 98: Análise dos padrões de utilização de códons sinônimos no … · 2019. 10. 25. · Palavras-chave: Análise de correspondência, assimetria das fitas, hidrofobicidade, transporte

Ramos, C.P.S. Análise de códons sinônimos em Chromobacterium violaceum

97

Figure 1. (A) Distribution of C. violaceum genes in the plane defined by

the first two main axes of the CoA of RSCU values; (B) Correlation

between first axis values and G+C content; (C) Correlation between

second axis values and hydrophobicity (Gravy score).

The smaller set of genes is formed mostly by genes

responsible for the synthesis of transport proteins (53.3%), mainly of

inorganic ions, carbohydrates and amino acids. On the other hand,

genes for proteins involved in replication, transcription and translation

were scarce, accounting for only 0.41%. When the COG categories for

the genes belonging to the larger or the smaller groups were compared,

Page 99: Análise dos padrões de utilização de códons sinônimos no … · 2019. 10. 25. · Palavras-chave: Análise de correspondência, assimetria das fitas, hidrofobicidade, transporte

Ramos, C.P.S. Análise de códons sinônimos em Chromobacterium violaceum

98

there was a patent difference of gene frequencies corresponding to

transport-related proteins in the two sets (Figure 2).

Figure 2. Gene frequencies on the 18 COG categories for the two C.

violaceum gene subsets generated by CoA second axis/hydrophobicity

values. Letters on the x-axis denote COG categories.

In order to evaluate the influence of replication associated to

mutational pressures on the amino acid composition of C. violaceum

proteins, values of the relative amino acid usage were compared

between proteins coded by genes on the leading and lagging strands.

There were no significant differences (p<0.0001) between amino acid

usage on both strands (data not shown).

Page 100: Análise dos padrões de utilização de códons sinônimos no … · 2019. 10. 25. · Palavras-chave: Análise de correspondência, assimetria das fitas, hidrofobicidade, transporte

Ramos, C.P.S. Análise de códons sinônimos em Chromobacterium violaceum

99

The mean GC3s values on the leading and lagging strands

were respectively 83.52% and 83.21%, while mean ENc values were

34.45 and 34.40, respectively, again without significant differences.

The codon usage patterns for the two strands are shown in Table 1.

Differences on codon usage were highly significant for only 13 codons:

on the leading strand ACG (coding for threonine) had an increased use

in relation to the lagging strand, whereas 12 codons ending on A or on

U had an increase used in relation to the leading strand. As for the

whole set of codons in the genome, as expected by the C. violaceum

G+C content, there is a preference for codons terminated by C or G on

both strands.

Table 1. Comparison of codon usage on leading and lagging

strands in C. violaceum genome.

AA Codon Leading Lagging

Strand Strand

N RSCU 1/1000 N RSCU 1/1000

Phe UUU 3054 0.266 04.6 3490 0.278 04.7

UUC* 19895 1.734 29.9 21642 1.722 29.4

Leu UUA+ 552 0.043 0.80 805 0.057 1.10

UUG 8538 0.671 12.8 9540 0.676 13.0

CUU 1954 0.153 02.9 2263 0.160 03.1

CUC 5668 0.445 08.5 6545 0.464 08.9

CUA 1002 0.079 01.5 1156 0.082 01.6

CUG* 58668 4.609 88.1 64382 4.561 87.4

Ile AUU+ 3194 0.325 04.8 3713 0.345 05.0

AUC* 23975 2.439 36.0 26002 2.419 35.3

AUA 2321 0.236 03.5 2532 0.236 03.4

Page 101: Análise dos padrões de utilização de códons sinônimos no … · 2019. 10. 25. · Palavras-chave: Análise de correspondência, assimetria das fitas, hidrofobicidade, transporte

Ramos, C.P.S. Análise de códons sinônimos em Chromobacterium violaceum

100

AA Codon Leading Lagging

Strand Strand

N RSCU 1/1000 N RSCU 1/1000

Met AUG 15915 1.000 23.9 17629 1.000 23.9

Val GUU 2303 0.206 03.5 2707 0.217 03.7

GUC 13855 1.237 20.8 15463 1.241 21.0

GUA 1771 0.158 02.7 2076 0.167 02.8

GUG* 26855 2.399 40.3 29595 2.375 40.2

Tyr UAU 4518 0.539 06.8 4864 0.543 06.6

UAC* 12246 1.461 18.4 13067 1.457 17.7

Ter UAA 497 0.710 00.7 567 0.738 00.8

UAG 276 0.394 00.4 293 0.381 00.4

His CAU 5134 0.701 07.7 5680 0.711 07.7

CAC* 9508 1.299 14.3 10305 1.289 14.0

Gln CAA+ 5449 0.377 08.2 6425 0.396 08.7

CAG* 23434 1.623 35.2 26022 1.604 35.3

Asn AAU 5090 0.539 07.6 5919 0.559 08.0

AAC* 13807 1.461 20.7 15272 1.441 20.7

Lys AAA+ 4892 0.411 07.3 5875 0.445 08.0

AAG* 18909 1.589 28.4 20521 1.555 27.9

Asp GAU 8526 0.472 12.8 9681 0.484 13.1

GAC* 27573 1.528 41.4 30287 1.516 41.1

Glu GAA 14627 0.815 22.0 16081 0.819 21.8

GAG* 21278 1.185 32.0 23206 1.181 31.5

Ser UCU+ 1143 0.184 01.7 1411 0.203 01.9

UCC 9923 1.598 14.9 10903 1.570 14.8

UCA 924 0.149 01.4 1005 0.145 01.4

UCG 8702 1.401 13.1 9769 1.407 13.3

Pro CCU 1896 0.228 02.8 2184 0.242 03.0

CCC 8466 1.019 12.7 9057 1.003 12.3

CCA+ 1559 0.188 02.3 1827 0.202 02.5

CCG* 21316 2.565 32.0 23036 2.552 31.3

Page 102: Análise dos padrões de utilização de códons sinônimos no … · 2019. 10. 25. · Palavras-chave: Análise de correspondência, assimetria das fitas, hidrofobicidade, transporte

Ramos, C.P.S. Análise de códons sinônimos em Chromobacterium violaceum

101

AA Codon Leading Lagging

Strand Strand

N RSCU 1/1000 N RSCU 1/1000

Thr ACU 1443 0.204 02.2 1700 0.219 02.3

ACC* 18153 2.566 27.3 20103 2.586 27.3

ACA+ 962 0.136 01.4 1163 0.150 01.6

ACG+ 7741 1.094 11.6 8129 1.046 11.0

Ala GCU+ 3944 0.192 05.9 4654 0.201 06.3

GCC* 42830 2.087 64.3 48152 2.083 65.4

GCA+ 3092 0.151 04.6 3754 0.162 05.1

GCG 32239 1.571 48.4 35910 1.553 48.8

Cys UGU 715 0.207 01.1 759 0.203 01.0

UGC* 6201 1.793 09.3 6737 1.797 09.1

Ter UGA* 1328 1.896 02.0 1446 1.881 02.0

Trp UGG 9802 1.000 14.7 10715 1.000 14.5

Arg CGU+ 2679 0.350 04.0 3149 0.377 04.3

CGC* 29117 3.803 43.7 31558 3.776 42.8

CGA 1419 0.185 02.1 1643 0.197 02.2

CGG 9668 1.263 14.5 10217 1.223 13.9

Ser AGU 1137 0.183 01.7 1325 0.191 01.8

AGC* 15437 2.485 23.2 17245 2.484 23.4

Arg AGA+ 776 0.101 01.2 1001 0.120 01.4

AGG 2274 0.297 03.4 2572 0.308 03.5

Gly GGU+ 2813 0.202 04.2 3444 0.223 04.7

GGC* 45239 3.250 67.9 49856 3.229 67.7

GGA 3085 0.222 04.6 3519 0.228 04.8

GGG 4546 0.327 06.8 4947 0.320 06.7

An asterisk (*) indicates that the codon is more often used by the amino acid on the

leading and lagging strands. A plus (+) represents the 13 codons which presented a

significant difference in face of the strands use (p<0.05). N is the codon frequency

and RSCU is the relative synonymous codon usage. The total number of codons to the

leading strand is 665853 and to the lagging strand 736495. The absence of any

Page 103: Análise dos padrões de utilização de códons sinônimos no … · 2019. 10. 25. · Palavras-chave: Análise de correspondência, assimetria das fitas, hidrofobicidade, transporte

Ramos, C.P.S. Análise de códons sinônimos em Chromobacterium violaceum

102

symbol after a codon indicates that there is no significant difference in usage of that

particular codon on either strand. AA, amino acid.

The relation between GC3s and ENc for the complete C.

violaceum gene set is displayed in Figure 3. GC3s values were inversely

correlated to the differential use of codons (r = -0.836, p<0.0001). The

majority of the genes have Enc values varying from 25 to 45, and GC3s

values between 0.75 and 0.98, reflecting the C. violaceum high GC

content.

Figure 3. Correlation between ENc and GC3s values for all C. violaceum

ORFs. A strong inverse correlation can be observed.

Codon usage bias is frequently related to expression patterns

of the related gene products. Highly expressed proteins have usually a

CBI value > 0.2. Figure 4 displays the codon bias for all C. violaceum

Page 104: Análise dos padrões de utilização de códons sinônimos no … · 2019. 10. 25. · Palavras-chave: Análise de correspondência, assimetria das fitas, hidrofobicidade, transporte

Ramos, C.P.S. Análise de códons sinônimos em Chromobacterium violaceum

103

genes. Most of the genes have CBI values larger than 0.2, suggesting

that also for C. violaceum the most used codons are those found in

highly expressed genes.

Figure 4. Codon bias index in C. violaceum genome. There is a trend

toward CBI values higher than 0.2.

The pairwise analysis of CAI, Fop and CBI indexes showed that

they are closely related to each other.

To investigate if the translational selection has any influence

on C. violaceum codon usage, a CoA between CAI expression values

and the effective number of codons was performed for all 4,407 genes.

CAI and Enc displayed a strong inverse correlation (r = -0.746,

Page 105: Análise dos padrões de utilização de códons sinônimos no … · 2019. 10. 25. · Palavras-chave: Análise de correspondência, assimetria das fitas, hidrofobicidade, transporte

Ramos, C.P.S. Análise de códons sinônimos em Chromobacterium violaceum

104

p<0.0001), as displayed in Figure 5, reflecting the choice for optimal

codons in C. violaceum genome.

ENc

CA

I

706050403020

.7

.6

.5

.4

.3

.2

.1

ENc

CA

I

706050403020

.7

.6

.5

.4

.3

.2

.1

Figure 5. Correlation between CAI and ENc on RSCU values for all C.

violaceum genes.

When the distribution of synonymous codons along the two

principal CoA axes was examined, it was clear that codons ending in A

or U clustered at the left side of the plane (with the exception of GAA,

coding for glutamine), while those ending in G or C clustered at the

right side (with the exceptions of AGG, UUG and GGG, coding for lysine,

leucine and glycine, respectively) (Figure 6).

Page 106: Análise dos padrões de utilização de códons sinônimos no … · 2019. 10. 25. · Palavras-chave: Análise de correspondência, assimetria das fitas, hidrofobicidade, transporte

Ramos, C.P.S. Análise de códons sinônimos em Chromobacterium violaceum

105

.50.0-.5-1.0-1.5-2.0-2.5-3.0

.8

.6

.4

.2

0.0

-.2

-.4

-.6-.8

GGG

GAG

GCG

GUG

GGA

GAA

GCAGUA

GGCGAC

GCCGUC

GGUGAU

GCU

GUU

AGG

AAG

ACG

AGA

AAAACA

AUAAGC

AACACC

AUCAGU

AAUACUAUU

CGG

CAGCCG

CUG

CGA

CAA

CCA

CUA

CGC

CAC

CCCCUC

CGU

CAU

CCUCUU

UCG

UUG

UCA

UUA

UGC

UACUCC

UUC

UGU

UAU

UCU

UUU

Axis 1

Axi

s 2

.50.0-.5-1.0-1.5-2.0-2.5-3.0

.8

.6

.4

.2

0.0

-.2

-.4

-.6-.8

GGG

GAG

GCG

GUG

GGA

GAA

GCAGUA

GGCGAC

GCCGUC

GGUGAU

GCU

GUU

AGG

AAG

ACG

AGA

AAAACA

AUAAGC

AACACC

AUCAGU

AAUACUAUU

CGG

CAGCCG

CUG

CGA

CAA

CCA

CUA

CGC

CAC

CCCCUC

CGU

CAU

CCUCUU

UCG

UUG

UCA

UUA

UGC

UACUCC

UUC

UGU

UAU

UCU

UUU

Axis 1

Axi

s 2

Figure 6. Distribution of codons along the first two main CoA axes for C.

violaceum.

Discussion

Analysis of synonymous codon usage in bacteria have been

restricted to alpha-proteobacteria and this is, to the best of our

knowledge, the first report on such a study in a beta-proteobacterium,

C. violaceum. In the present study, two gene groups were separated by

correspondence analysis of codon usage, in the plane determined by the

first two axes. Lynn et al. (2002) found a strong correlation between

the first CoA axis and the G+C content in GC-rich genomes, like

Mycobacterium tuberculosis and Pseudomonas aeruginosa.

Page 107: Análise dos padrões de utilização de códons sinônimos no … · 2019. 10. 25. · Palavras-chave: Análise de correspondência, assimetria das fitas, hidrofobicidade, transporte

Ramos, C.P.S. Análise de códons sinônimos em Chromobacterium violaceum

106

This is also the case of C. violaceum, as a clear direct

correlation between horizontal axis values and G+C content was

observed for the whole genome. On the other hand, the second axis is

related to protein hydrophobicity, as observed for other bacteria

(Peden, 1999; Banerjee et al., 2004; Gupta et al., 2004; Liu et al.,

2004; Das et al., 2006). These results suggest that the smaller gene

group, generated by the CoA, contains a large proportion of highly

hydrophobic proteins. When the COG categories for a randomly selected

set of genes belonging to both groups were compared, the smaller

group was clearly enriched in genes encoding transport proteins, mostly

for inorganic ions, carbohydrates and amino acids, while the larger

group was richer in soluble proteins related to replication, transcription

and translation processes and to general metabolic functions. Moreover,

also the R category, listed at COG as of general function, but described

at the NCBI as related to transport, is also increased in the smaller

group.

A possible explanation for the existence of this particular

subset of genes may be the composition of C. violaceum cellular wall,

rich in peptidoglycans, that confers a highly stable cell form and

protects the cytoplasm from changes in osmotic pressure. The

petidoglycan is localized in the peri-plasmic space, between the

cytoplasmic membrane and the external membrane. In the peri-plasmic

membranes there is also a set of important proteins either hydrolytic

(phosphatases, nucleases, proteases, etc.) or involved in the binding

Page 108: Análise dos padrões de utilização de códons sinônimos no … · 2019. 10. 25. · Palavras-chave: Análise de correspondência, assimetria das fitas, hidrofobicidade, transporte

Ramos, C.P.S. Análise de códons sinônimos em Chromobacterium violaceum

107

and transport of nutrients, as well as enzymes able to inactivate

antibacterial compounds (Burnett and Schuster, 1982; Nisengard and

Newman, 1994).

The presence of transport proteins among the most

hydrophobic proteins in the bacterial genome was observed in other

organisms (Peden, 1999). In effect, irrespective of their G+C content

and phylogenetic relationship, bacteria usually display two sets of

proteins, the smaller one constituted mainly of membrane-associated

proteins, and coded by T2- rich and A2-poor codons and, therefore,

more hydrophobic (Das et al., 2005b). However, in C. violaceum

transport proteins constitute a separate group in the correspondence

analysis, clearly separated from the rest of the proteins, what may

reflect a special adaptative mechanism to environmental conditions.

Opposite to what was observed in other bacterial genomes,

the amino acid usage in the two strands in C. violaceum genome does

not differ. Das et al. (2005a) demonstrated that amino acid usage was

influenced by the asymmetric composition of bases in the leading and

lagging strands in two Bartonella species. Borrelia burgdorferi

(McInerney, 1998) and Treponema pallidum (Lafay et al., 1999)

displayed significant differences in both codon and amino acid usages

when the genes from the two strands were compared, the differences

being originated by strand-specific mutational biases. On the other

hand, the same authors could not demonstrate any influence of

translational selection on the use of synonymous codons in highly

Page 109: Análise dos padrões de utilização de códons sinônimos no … · 2019. 10. 25. · Palavras-chave: Análise de correspondência, assimetria das fitas, hidrofobicidade, transporte

Ramos, C.P.S. Análise de códons sinônimos em Chromobacterium violaceum

108

expressed gene in both species, suggesting that the asymmetric

replication, together with the transcription selection, are probably the

main source of variation of codon usage variation. In fact, DNA

replication is semi-conservative and asymmetric, since one new strand

has an uninterrupted synthesis (the leading strand), while the other is

completed in short consecutive fragments (the lagging strand) (Alberts,

2003).

Brewer (1988) proposed that gene density in a given strand is

the result of a demand to optimize the replication fork speed along the

DNA: highly expressed genes would tend to be positioned over the

leading strand, favoring an increased fork speed and less transcript

loss. An alternative hypothesis states that a selective pressure is

exerted by the conflict of the replication and transcription antagonic

directions, in particular in multigenic operons (Price et al., 2005). Both

hypotheses may be true for Borrelia and Treponema. Also in the

endosymbiotic bacterium Blochmannia floridanus replication and

transcription answer for most codon usage variation, while the use of

GC rich codons in highly expressed amino acids and the hydrophobicity

of gene products are the main source of variation in the amino acid use

(Banerjee et al., 2004).

Miranda et al. (2000) analysed the Mycobacterium tuberculosis

and Mycobacterium leprae and saw that they have a very low growth

rate, and translational selection could not be as determinant in their

codon preferences as it is in other fast-growing bacteria. Indeed,

Page 110: Análise dos padrões de utilização de códons sinônimos no … · 2019. 10. 25. · Palavras-chave: Análise de correspondência, assimetria das fitas, hidrofobicidade, transporte

Ramos, C.P.S. Análise de códons sinônimos em Chromobacterium violaceum

109

principal components analysis of codon usage from the set of

homologous genes revealed that the codon choices in M. tuberculosis

and M. leprae are correlated not only with compositional constraints and

translational selection, but also with the degree of amino acid

conservation and the hydrophobicity of the encoded proteins.

Smolka et al. (2003) analyzed the Xylella fastidiosa proteome

and related its very slow growth to the lack of an optimized use of its

tRNAs, evidenced by very low CBI values for most genes.

A previous study of the X. fastidiosa genome from our group

has show that the codon usage on RSCU values on both strands has

differences for 32 codons in 59 codons (data not shown). In a different

way, C. violaceum has only 13 codons differentially used in either the

leading or the lagging strands, 12 of them more frequently used in the

lagging strand. A possible explanation is that, although C. violaceum is

a slow growing bacterium, like X. fastidiosa, it has a codon usage

pattern corresponding to the most abundant tRNAs and, therefore, can

ensure a faster, more effective translation that X. fastidiosa, which has

CBI values below zero for most of their genes (Smolka et al., 2003).

The slow translation rate would force X. fastidiosa to more frequently

transcribe its genes to ensure a proper protein level, what would led to

a conflict between transcription and translation, and hece strand

asymmetry, while this conflict would be avoided by C. violaceum due to

its optimized codon usage.

Page 111: Análise dos padrões de utilização de códons sinônimos no … · 2019. 10. 25. · Palavras-chave: Análise de correspondência, assimetria das fitas, hidrofobicidade, transporte

Ramos, C.P.S. Análise de códons sinônimos em Chromobacterium violaceum

110

The correlation between GC3s and ENc was observed in many

bacterial genomes (Liu et al., 2004; Das et al., 2006). The correlation

for C. violaceum fits well to the expected theoretical curve, particularly

for GC-rich genes displaying a low ENc. Most of the genes fit this curve

and those outside the expected curve are possibly those with low CBI

values, pointing towards heterogeneity in the adaptation of codon

usage.

In many bacterial genomes it was observed that the codon

bias is related to expression patterns (Gouy and Gautier, 1982; Sharp

et al., 1986; Gygi et al., 2000), highly expressed genes having CBI

values > 0.2. Most C. violaceum genes have CBI values > 0.2,

reflecting a co-adaptation between codon usage and tRNA abundance in

order to optimize the efficiency of protein synthesis, as observed in

other bacterial genomes (Moriyama and Powell, 1997; Kanaya et al.,

1999; Duret, 2000). According to Sharp et al. (1993), highly expressed

genes tend to use optimal codons to increase translational accuracy and

efficiency. In C. violaceum, the first axis of RSCU CoA separates codons

in two groups, and the G or C-ending codons group together and are

possibly used in the most expressed genes. Codon optimization can only

be successful if a strong correlation between CAI and ENc exists and

highly expressed genes usually use G or C-ending codons (Fuglsang,

2003; Liu et al., 2004). C. violaceum displays a strong correlation

between CAI and ENc.

Page 112: Análise dos padrões de utilização de códons sinônimos no … · 2019. 10. 25. · Palavras-chave: Análise de correspondência, assimetria das fitas, hidrofobicidade, transporte

Ramos, C.P.S. Análise de códons sinônimos em Chromobacterium violaceum

111

In conclusion, the codon usage pattern in C. violaceum

contrasts to other patterns described for alpha-proteobacteria. This

study demonstrated the existence of a group of genes coding for highly

hydrophobic proteins that may be related to the particular

environmental stress faced by the bacterium in river waters and other

water collections. There were no differences in gene distribution or

codon usage among the leading and lagging strands, pointing towards

the absence of a conflict between transcription and replication, possibly

solved by an optimized translation coupled to a very slow replication.

The generalization of these conclusions to other beta-proteobacteria

depends on new studies with this group of prokaryotes.

Page 113: Análise dos padrões de utilização de códons sinônimos no … · 2019. 10. 25. · Palavras-chave: Análise de correspondência, assimetria das fitas, hidrofobicidade, transporte

Ramos, C.P.S. Análise de códons sinônimos em Chromobacterium violaceum

112

Bibliography

Alberts B (2003). DNA replication and recombination. Nature 421: 431-

435.

Banerjee T, Basak S, Gupta SK, Ghosh TC (2004). Evolutionary Forces

in Shaping the Codon and Amino Acid Usages in Blochmannia

floridanus. J. Biomol. Struct. Dyn., 22: 13-24.

Bennetzen JL and Hall BD (1982). Codon selection in yeast. J. Biol.

Chem., 257: 3026-3031.

Boisbaudran LD (1882) apud Vasconcellos ATR, de Almeida DF, Almeida

FC, de Almeida LGP et al (2003). The complete genome

sequence of Chromobacterium violaceum reveals remarkable

and exploitable bacterial adaptability. Proc. Natl. Acad. Sc.i

U.S.A., 100: 11660-11665.

Brewer BJ (1988). When polymerases collide: replication and the

transcriptional organization of the E. coli chromosome. Cell,

53: 679-86.

Burnett GW and Schuster GS (1982). Microbiologia Oral e Enfermidade

infecciosas. Panamericana, Buenos Aires, Argentina.

Caldas LR, Leitão AAC, Santos SM and Tyrrell RM (1978). Preliminary

experiments on the photobiological properties of violacein. In:

Proceedings of the International Symposium on Current Topics

in Radiology and Photobiology (Tyrrell RM, ed.). Academia

Brasileira de Ciências, Rio de Janeiro, pp. 121–126.

Page 114: Análise dos padrões de utilização de códons sinônimos no … · 2019. 10. 25. · Palavras-chave: Análise de correspondência, assimetria das fitas, hidrofobicidade, transporte

Ramos, C.P.S. Análise de códons sinônimos em Chromobacterium violaceum

113

Caldas LR (1990). Um pigmento nas águas negras. Jornal Ciencia Hoje,

11: 55-57.

Das S, Paul S, Chatterjee S and Dutta C (2005a). Codon and Amino

Acid Usage in Two Major Human Pathogens of Genus

Bartonella - Optimization Between Replicational-Transcriptional

Selection, Translational Control and Cost Minimization. DNA

Research, 12: 91–102.

Das S, Ghosh S, Pan A and Dutta C (2005b). Compositional variation in

bacterial genes and proteins with potential expression level.

FEBS Lett., 579:5205-10.

Das S, Paul S and Dutta C (2006). Synonymous codon usage in

adenoviruses: Influence of mutation, selection and protein

hydropathy. Virus Res., 117: 227–236

Durán N, Antonio RV, Haun M and Pilli RA (1994). Biosynthesis of a

trypanocide by Chromobacterium violaceum. World J.

Microbiol. Biotechnol., 10: 686-690.

Duran N and Menck CFM (2001). Chromobacterium violaceum: a review

of pharmacological and industrial perspective. Crit. Rev.

Microbiol., 27: 201-222.

Duret L (2000). tRNA gene number and codon usage in the C. elegans

genome are co-adapted for optimal translation of highly

expressed genes. Trends Genet., 16: 287-289.

Page 115: Análise dos padrões de utilização de códons sinônimos no … · 2019. 10. 25. · Palavras-chave: Análise de correspondência, assimetria das fitas, hidrofobicidade, transporte

Ramos, C.P.S. Análise de códons sinônimos em Chromobacterium violaceum

114

Fuglsang A (2003). Lactic acid bacteria as prime candidates for codon

optimization. Biochem. Biophys. Res. Commun., 312: 285–

291.

Garrity GM, Winters M and Searles DB (2001). Taxonomic outline of the

prokaryotic genera, Bergey’s Manual of Systematic

Bacteriology. 2nd ed. Springer-Verlag, New York, NY, USA, pp.

1-39.

Goetz RM and Fuglsang A (2005). Correlation of codon bias measures

with mRNA levels: analysis of transcriptome data from

Escherichia coli. Biochem. Biophys. Res. Commun., 327:4–7.

Gouy M and Gautier C (1982). Codon usage in bacteria: correlation with

gene expressivity. Nucleic. Acids Res.,10: 7055-7074.

Gupta SK, Bhattacharvva TK and Ghosh TC (2004). Synonymous codon

usage in Lactococcus lactis: mutational bias versus

translational selection. J. Biol. Struct. Dyn., 21: 527-536.

Grantham R, Gautier C, Gouy M, Mercier R et al (1980). Codon catalog

usage and the genome hypothesis. Nucleic. Acids Res., 8: 49-

62.

Gygi SP, Corthals GL, Zhang Y, Rochon Y et al (2000). Evaluation of

two-dimensional gel electrophoresis-based proteome analysis

technology. Proc. Natl. Acad. Sci. U.S.A, 97: 9390-9395.

Ikemura T (1985). Codon usage and tRNA content in unicellular and

multicelluar organisms. Mol. Biol. Evol., 2: 13-14.

Page 116: Análise dos padrões de utilização de códons sinônimos no … · 2019. 10. 25. · Palavras-chave: Análise de correspondência, assimetria das fitas, hidrofobicidade, transporte

Ramos, C.P.S. Análise de códons sinônimos em Chromobacterium violaceum

115

Kanaya S, Yamada Y, Kudo Y and Ikemura T (1999). Studies of codon

usage and tRNA genes of 18 unicellular organisms and

quantification of Bacillus subtilis tRNAs. Gene, 238: 143-155.

Kyte J and Doolittle R (1982). A simple method for displaying the

hydropathic character of a protein. J. Mol. Biol., 157: 105-132.

Lafay B, Lloyd AT, McLean MJ, Devine KM et al (1999). Proteome

composition and codon usage in spirochaetes: species-specific

and DNA strand-specific mutational biases. Nucleic. Acids Res.,

27: 1642-1649.

Leon LL, Miranda CC, de Souza AO and Duran N (2001). Antileishmanial

activity of the violacein extracted from Chromobacterium

violaceum. J. Antimicrob. Chemother., 48: 449-450.

Liu Q, Feng Y and Xue Q (2004). Analysis of factors shaping codon

usage in the mitochondrion genome of Oryza sativa.

Mitochondrion, 4: 313–320.

Lobry JR (1996). Asymmetric substitution patterns in the two DNA

strands of bacteria. Mol. Biol. Evol., 13: 660–665.

Lynn DJ, Singer GAC and Hickey DA (2002). Synonymous codon usage

is subject to selection in thermophilic bacteria. Nucleic Acids

Res., 30: 4272-4277.

McInerney JO (1998). Replicational and transcriptional selection on

codon usage in Borrelia burgdorferi. Proc. Natl. Acad. Sci.

USA, 95: 10698-10703.

Page 117: Análise dos padrões de utilização de códons sinônimos no … · 2019. 10. 25. · Palavras-chave: Análise de correspondência, assimetria das fitas, hidrofobicidade, transporte

Ramos, C.P.S. Análise de códons sinônimos em Chromobacterium violaceum

116

McLean MJ, Devine KM and Wolfe KH (1998). Base composition skews,

replication orientation, and gene orientation in 12 prokaryotic

genomes. J. Mol. Evol., 47: 691–696.

Miranda AB, Alvarez-Valin F, Jabbari K, Degrave WM and Bernardi G

(2000). Gene Expression, Amino Acid Conservation, and

Hydrophobicity are the Main Factors Shaping Codon

Preferences in Mycobacterium tuberculosis and Mycobacterium

leprae. J. Mol. Evol., 50: 45-55.

Moriyama EN and Powell JR (1997). Codon usage bias and tRNA

abundance in Drosophila. J. Mol. Evol., 45: 514-523.

Nakamura Y, Gojobori T and Ikemura T (2000). Codon usage tabulated

from the intenational DNA sequences databases; its status

1999. Nucleic. Acids Res., 27: 292.

Nisengard RJ and Newman MG (1994). Oral Microbiology and

Immunology. 2ª ed. Philadelphia, Sauders, USA.

Peden JF (1999). Analysis of codon usage. PhD Thesis, University of

Nottingham, UK.

Price MN, Alm EJ and Arkin AP. Interruptions in gene expression drive

highly expressed operons to the leading strand of DNA

replication (2005). Nucleic. Acids Res., 33: 3224-3234.

Sharp PM, Tuohy TMF and Mosurski KR (1986). Codon usage in yeast:

cluster analysis clearly differentiates highly and lowly

expressed genes. Nucleic. Acids Res., 14: 5125-5143.

Page 118: Análise dos padrões de utilização de códons sinônimos no … · 2019. 10. 25. · Palavras-chave: Análise de correspondência, assimetria das fitas, hidrofobicidade, transporte

Ramos, C.P.S. Análise de códons sinônimos em Chromobacterium violaceum

117

Sharp PM and Li WH (1987) The codon adaptation index – a measure of

directional synonimous codon usage bias, and its potential

applications. Nucleic. Acids Res., 15: 1281-1295.

Sharp PM, Stenico M, Peden JF and Lloyd AT (1993). Codon usage:

mutational bias, translational selection, or both? Biochem.

Soc. Trans., 21: 835-841.

Smolka MB, Martins D, Winck FV, Santoro CE, Ferrari F, Brum IJ et al

(2003). Proteome analysis of the plant pathogen Xylella

fastidiosa reveals major cellular and extracellular proteins and

a peculiar codon bias distribution. Proteomics, 3: 224-237.

Souza AO de, Aily DCG, Sato DN and Durán N (1999). Atividade da

violaceína in vitro sobre o Mycobacterium turbeculosis H37RA.

Rev. Inst. Adolfo Lutz, 58: 59-62.

SPSS para Windows (versão 11.0) Disponível em: www.spss.com.

Ueda H, Nakajima H, Hori Y, Goto T and Okuhara M (1994). Action of

FR901228, a novel antitumor bicyclic depsipeptide produced

by Chromobacterium violaceum No. 968, on Ha-ras

transformed NIH3T3 cells. Biosci. Biotechnol. Biochem., 58:

1579-1583.

Vasconcelos ATR, de Almeida DF, Almeida FC, de Almeida LGP et al

(2003). The complete genome sequence of Chromobacterium

violaceum reveals remarkable and exploitable bacterial

adaptability. Proc Natl Acad Sci U.S.A., 100: 11660-11665.

Page 119: Análise dos padrões de utilização de códons sinônimos no … · 2019. 10. 25. · Palavras-chave: Análise de correspondência, assimetria das fitas, hidrofobicidade, transporte

Ramos, C.P.S. Análise de códons sinônimos em Chromobacterium violaceum

118

Wright F (1990) The ‘effective number of codons’ used in a gene. Gene,

87: 23-29.

Page 120: Análise dos padrões de utilização de códons sinônimos no … · 2019. 10. 25. · Palavras-chave: Análise de correspondência, assimetria das fitas, hidrofobicidade, transporte

Ramos, C.P.S. Análise de códons sinônimos em Chromobacterium violaceum

119

Abstract

Biased codon usage may result from various factors. Among prokaryotes, it appears that the influences of natural selection and mutational biases are different if the genome is skewed towards AT or GC. A particular codon subset can often be observed in those genome regions where a maximized translational efficiency is required. Codon usage of a β-proteobacterium, Chromobacterium violaceum, is for the first time reported. The present study was aimed at the identification of the main cause of codon usage variation in C. violaceum ATCC 12472 genome. Correspondence analysis (CoA) on relative synonymous codon usage (RSCU) was used to examine the synonymous codon usage variation among the genes. The results have shown that one of the major determinants of codon bias trends in C. violaceum is, as expected, the G+C content. It shows a direct correlation with the first principal CoA axis. A strong inverse correlation between the effective number of codons (ENc) and GC3s content was also observed, showing that the codon usage was affected by gene nucleotide composition. Hydrophobicity was the second major source of variation and was significantly correlated to the second principal CoA axis. Axis 1 and 2 separated the genome in two gene groups. The minor group seems to be formed mostly by transport proteins, reflecting a putative codon usage bias of these genes. This unusual grouping may reflect the particular environment in which this bacterium dwells (river water) and is possibly related to the special features of α-proteobacterial cell walls and to a proper adaptation to environment variations. Moreover, the strong negative correlation between CAI and ENc reflected the regular use of optimal codons among these genes. Amino acid composition does not have any influence in selecting the codon usage in this organism and does not affect either Fop or CBI. In contrast to what has been observed in α-proteobacteria, strand asymmetry does not seem to influence on amino acid composition or in the number of genes, in the other hand codon usage may have some influence. The similar distribution of genes between leading and lagging strands is possibly due to an optimized translation and a very slow replication, reducing the expected conflict between transcription and replication. The generality of these observations among β-proteobacteria will depend on new studies on this group of microorganisms. Key-words: Correspondence analysis, strand asymmetry, hydrophobicity, transport proteins, adaptation to environment, β-proteobacterium.

Page 121: Análise dos padrões de utilização de códons sinônimos no … · 2019. 10. 25. · Palavras-chave: Análise de correspondência, assimetria das fitas, hidrofobicidade, transporte

Ramos, C.P.S. Análise de códons sinônimos em Chromobacterium violaceum

120

7. Conclusões

1. As características encontradas no uso de códons em C. violaceum

contrastam com aquelas observadas em alfa-proteobactérias;

2. O estudo do uso de códons da C. violaceum demostrou a existência

de um conjunto de genes de proteínas transportadoras e parece

estar relacionado com o mecanismo de adaptação da bactéria ao

meio ambiente (água);

3. Não houve distribuição desigual dos genes nas fitas contínua e

descontínua, o que aponta para ausência de conflito entre

transcrição e replicação, provavelmente devido a uma tradução

optimizada e a uma replicação muito lenta;

4. A generalidade destas observações entre beta-proteobactérias

dependerá de novos estudos com este grupo de microrganismos.

Page 122: Análise dos padrões de utilização de códons sinônimos no … · 2019. 10. 25. · Palavras-chave: Análise de correspondência, assimetria das fitas, hidrofobicidade, transporte

Ramos, C.P.S. Análise de códons sinônimos em Chromobacterium violaceum

121

8. Anexos

Page 123: Análise dos padrões de utilização de códons sinônimos no … · 2019. 10. 25. · Palavras-chave: Análise de correspondência, assimetria das fitas, hidrofobicidade, transporte

Ramos, C.P.S. Análise de códons sinônimos em Chromobacterium violaceum

122

8.1. Instruções para Autores

Revista

Genetics and Molecular Biology

ISSN 1415-4757

Ribeirão Preto, Brasil

Genetics and Molecular Biology (Instructions to authors)

ISSN 1415-4757 (printed version)

ISSN 1678-4685 (online version)

Scope and Policy

Genetics and Molecular Biology (formerly named Revista Brasileira de Genética/Brazilian

Journal of Genetics - ISSN 0100-8455) is published quarterly by the Sociedade Brasileira de Genética

(Brazilian Society of Genetics).

The Journal considers contributions that present the results of original research in genetics,

evolution and related scientific disciplines.

Although Genetics and Molecular Biology is an official publication of the Brazilian Society of

Genetics, contributors are not required to be members of the Society.

It is a fundamental condition that submitted manuscripts have not been and will not be

published elsewhere. With the acceptance of a manuscript for publication, the publishers acquire full and

exclusive copyright for all languages and countries.

Manuscripts considered in conformity with the scope of the journal as judged by the Editor in

conjunction with the Editorial Board are reviewed by the Associate Editors and two or more external

reviewers. Acceptance by the Editor is based on the quality of the work as substantial contribution to the

field and on the overall presentation of the manuscript.

Submission of Papers

1. Manuscripts should be submitted to Fábio de Melo Sene, Editor-in-Chief in the address

below.

2. A submission package sent to the Editorial Office must contain:

a) A cover letter signed by all authors stating that they have approved the submission of the

manuscript and that the findings have not been published or are not under consideration for publication

elsewhere;

b) A copy of the manuscript, including original figures.

c) A copy of any unpublished or in-press companion articles referred to in the submission.

d) A copy of the text, tables and figures on a disk. Be sure that the disk is adequately

protected. Formats for text are Word or RTF, in Windows platform. Images in TIFF or JPEG formats should

be sent in separate files (For Figures, see detailed instructions in 3.1.g). Disk must be labeled with the first

author's last name, platform and software. (See detailed instructions below). Failure to adhere to these

Page 124: Análise dos padrões de utilização de códons sinônimos no … · 2019. 10. 25. · Palavras-chave: Análise de correspondência, assimetria das fitas, hidrofobicidade, transporte

Ramos, C.P.S. Análise de códons sinônimos em Chromobacterium violaceum

123

guidelines can delay the handling of your contribution, and manuscripts may be returned before being

reviewed.

3. Categories of Contribution

3.1. Research Articles

Manuscripts must be written in English in double-spaced, 12-point type throughout, including

the References Cited section, appendices, tables and legends; printed on one side only of A4 paper with 2.5

cm margins; marked with consecutive page numbers, beginning with the cover page. The following

elements must start on a new page and be ordered as they are listed below:

a) The title page must contain: a concise and informative title; the authors' names (first name

at full length); the authors' institutional affiliation, including department, institution, city, state or province

and country; different affiliations indicated with superscript numbers; a short running title of about 35

characters, including spaces; up to five key words; the corresponding author's name, postal address, phone

and fax numbers and email address. The corresponding author is the person responsible for checking the

page proofs, arranging for the payment of color illustrations and author's alteration charges.

b) The Abstract must be a single paragraph that does not exceed 200 words and summarizes

the main results and conclusions of the study. It should not contain references.

c) The text must be as succinct as possible. Text citations: articles should be referred to by

authors' surnames and date of publication; citations with two authors must include both names; in citations

with three or more authors, name the first author and use "et al". Only articles that are published or in

press should be cited. In the case of personal communications or unpublished results, all contributors must

be listed by initials and last name ("et al" should not be used). Numbers: In the text, numbers nine or less

must be written out except as part of a date, a fraction or decimal, a percentage, or a unit of measurement.

Use Arabic numerals for numbers larger than nine. Avoid starting a sentence with a number. Binomial

Names: Latin names of genera, species and intraspecific taxa in the text must be printed in italics; names of

orders and families should be in the Title.

The text includes the following elements:

Introduction - Description of the background that led to the study.

Material (or Subjects) and Methods - Details relevant to the conduct of the study. Statistical

methods should be explained at the end of this section.

Results - Undue repetition in text and tables should be avoided. Comment on significance of

results is appropriate but broader discussion should be part of the Discussion section.

Discussion - The findings of the study should be placed in context of relevant published data.

Ideas presented in other publications should not be discussed solely to make an exhaustive presentation.

Some manuscripts may require different formats appropriate to their content.

d) The Acknowledgments must be a single paragraph that immediately follows the discussion

and includes references to grant support.

e) The References Section: citations must be ordered alphabetically by the first author; only

articles that are published or in press should be included; personal communications must be cited within the

text; journal titles must be abbreviated according to Medline (http://www.ncbi.nlm.nih.gov/entrez/jrbrowser

.cgi).

Sample journal article citation:

Breuer ME and Pavan C (1955) Behaviour of polytene chromosomes of Rhynchosciara angelae

at different stages of larval development. Chromosoma 7:371-386.

Bertollo LAC, Takahashi CS and Moreira-Filho O (1978) Cytotaxonomic consideration on

Hoplias lacerdae (Pisces, Erythrinidae). Rev Bras Genet 1:103-120.

Sample book citation:

Page 125: Análise dos padrões de utilização de códons sinônimos no … · 2019. 10. 25. · Palavras-chave: Análise de correspondência, assimetria das fitas, hidrofobicidade, transporte

Ramos, C.P.S. Análise de códons sinônimos em Chromobacterium violaceum

124

Salzano FM and Freire-Maia N (1967) Populações Brasileiras. Companhia Editora Nacional and

EDUSP, São Paulo, 178 pp. Dobzhansky T (1951) Genetics and Origin of Species. 3rd edition. Columbia

University Press, New York, 364 pp.

Sample chapter-in-book citation:

Carvalho A, Monaco LC and Krug CA (1966) Melhoramento genético das plantas e sua

repercussão econômica. In: Pavan C and da Cunha AB (eds) Elementos de Genética. 2nd ed. EDUSP and

Companhia Editora Nacional, São Paulo, pp 587-653.

Sample abstracts in meeting citation:

Basile R (1973) Cromossomos Politênicos em células nutritivas de ovócitos de ovário atrofiado

de Rhyncosciara. Ciênc e Cult 25 (suppl): 248. XXV Reunião Anual da SBPC, Rio de Janeiro, Brazil.

Sample Thesis/Dissertation citation:

Frota-Pessoa O (1953) Revision of the Tripunctata group of Drosophila with description of

fifteen new species. PhD Thesis, Universidade do Brasil, Rio de Janeiro.

Sample Electronic Article citation:

Simin K, Wu H, Lu L, Pinkel D, Albertson D, Cardiff RD, Van Dyke T (2004) pRb Inactivation in

Mammary Cells Reveals Common Mechanisms for Tumor Initiation and Progression in Divergent Epithelia.

Plos Biol 2: 194-205. http://www.plosbiology.org.

Sample Electronic Database citation:

Online Mendelian Inheritance in Man (OMIM), http://www.ncbi.nlm.nih.gov/OMIM

f) Tables each table must start on a new page. A concise title should be provided above the

table. Tables must be numbered consecutively in Arabic numerals. Each column must have a title in the box

head. Footnotes typed directly below the table should be indicated in lowercase superscript numbers.

g) Figures must be numbered consecutively in Arabic numerals. Legends should be typed on a

separate sheet. A set of original illustrations of the highest quality must be provided in glossy paper. If you

have created figures electronically submit them also as hard copies. Scanned figures should not be

submitted. Images should be in TIFF or JPEG format and provided in separate files. Figures in Word format

cannot be published. Journal quality reproduction will require grayscale and color at resolution yielding 300

dpi. Authors should submit bitmapped line art at resolution yielding 600-1200 dpi. These resolutions refer to

the output size of the file; if it is anticipated that images will be enlarged or reduced, the resolutions should

be adjusted accordingly. Identify each illustration by affixing on the back a label containing: the number of

the figure, the name of the first author and an arrow indicating top of illustration. Illustrations supplied on

disks must follow instructions in item 2 (Submission package). Color illustration can be accepted, but

authors are asked to defray the cost. For costs of color figures, check with the Editorial Office.

h) Nomenclature: current standard international nomenclature should be adhered to.

i) Sequences may appear in text or in figure. DNA, RNA and protein sequences equal to or

greater than 50 units must be entered into public databases. The accession number must be provided and

released to the general public together with publication of the article. Long sequences requiring more than

two pages to reproduce will not be published unless the Editorial decision is that the publication is

necessary. Complete mtDNA sequence will not be published.

j) Data access: reference should be made to availability of detailed data and materials used

for reported studies.

k) Ethical issues: Reports of experiments on live vertebrates must include a brief statement

that the work was approved by the institutional review board. For experiments involving human subjects,

authors must also include a statement that informed consent was obtained from all subjects. If photos or

any other identifiable data are included, a copy of the signed consent must accompany the manuscript.

3.2 Short Communications present brief observations that do not warrant full-length articles.

They should not be considered preliminary communications. They should be 15 or fewer typed pages in

double spaced 12-point type, including literature cited. They should include an Abstract no longer than five

Page 126: Análise dos padrões de utilização de códons sinônimos no … · 2019. 10. 25. · Palavras-chave: Análise de correspondência, assimetria das fitas, hidrofobicidade, transporte

Ramos, C.P.S. Análise de códons sinônimos em Chromobacterium violaceum

125

percent of the paper's length and no further subdivision with introduction, material and methods, results

and discussion in a single section. Up to two tables and two figures may be submitted. The title page and

reference section format is that of full-length article.

3.3 Letters to the Editor relate or respond to recent published items in the journal.

Discussions of political, social and ethical issues of interest to geneticists are also welcome in this form.

3.4 Review Articles are welcome.

3.5 Book Reviews: publishers are invited to submit books on Genetics, Evolution and related

disciplines, for review in the journal. Aspiring reviewers may propose writing a review.

3.6 History, Story and Memories: accounts on historical aspects of Genetics relating to Brazil.

4. Proofs: Page proofs will be sent to the corresponding author. Changes made to page

proofs, apart from printer's errors, will be charged to the authors. Notes added in proof require Editorial

approval.

5. Reprints are free of charge and provided as a pdf-file. [email protected]

© 2002-2004 Sociedade Brasileira de Genética

Page 127: Análise dos padrões de utilização de códons sinônimos no … · 2019. 10. 25. · Palavras-chave: Análise de correspondência, assimetria das fitas, hidrofobicidade, transporte

Ramos, C.P.S. Análise de códons sinônimos em Chromobacterium violaceum

126

8.2. Instruções para Autores

Revista

Genetics and Molecular Research

ISSN 1676-5680

Ribeirão Preto, Brasil

Genetics and Molecular Research (Instructions to authors)

ISSN 1676-5680 (online version)

Genetics and Molecular Research (GMR) publishes research articles, research reports, technical notes, scientific commentaries, news, views, and review articles on Genetics, Evolution and Molecular Biology. It is an exclusively online journal.

Genetics and Molecular Research is maintained by a not-for-profit scientific foundation

Ribeirão Preto Foundation for Scientific Research (FUNPEC-RP). There has been no institutional support for publication since 2003, so we are obliged to recover part of the costs of publishing. The Journal will bill authors for all "papers" accepted and submitted after February 1, 2005. The cost per accepted submission will be R$500.00 for Brazilian authors and US$250.00 for authors outside Brazil. This fee covers part of the expenses for language and technical revision, and for page setup, for publishing online in pdf and html.

Authors of all papers are expected to pay "page charges", which will be billed to the author for

correspondence at the time the galley proofs of the paper are sent. Payment, both from within or outside Brazil, should be made by bank deposit or by credit card (Visa or Master Card). Please contact the editorial office ([email protected]) if you have any questions.

Payment Instructions Payment for page charges can be made by bank deposit, credit card or by check, as follows:

- Bank deposit in our account in Brazil Bank: Banco do Brasil Agency Number: 3312-x Account Number: 160.314-0 Account of Fundação de Pesquisas Científicas de Ribeirão Preto

Please mail or fax (55 16 3621 1991) a copy of the deposit, and include information that identifies the article (author name and manuscript number)

- Visa Credit Card - if you choose this option, we will need the following information from

you: card holder name, as it appears on the card, card number, card's expiration date (month/year), card's security code - three number code after the card number on the back of the card - and mother's full name - this can be sent via fax (55 16 3621 1991), along with information that identifies the article (author name and manuscript number)

- Check in U.S. dollars written to Fundação de Pesquisas Científicas de Ribeirão Preto,

payable in the U.S.A.

All GMR articles must meet the highest scientific quality standards, both in terms of originality

and significance, and the research reported should make substantial advances. As a journal serving a wide and varied scientific community, article abstracts, introductions and conclusions should be accessible to the non-specialist, stressing any wider implications of the work. However the papers should not compromise on the scientific rigor and detail demanded by an international research journal. The broad readership that GMR

Page 128: Análise dos padrões de utilização de códons sinônimos no … · 2019. 10. 25. · Palavras-chave: Análise de correspondência, assimetria das fitas, hidrofobicidade, transporte

Ramos, C.P.S. Análise de códons sinônimos em Chromobacterium violaceum

127

attracts gives authors an opportunity to convey to a wider audience, as well as to specialists, the importance of their work.

Contributions should be sent either by e-mail as attachments to [email protected], or on

disk by post to:

Prof. Dr. Francisco A. Moura Duarte, Editor Av. Presidente Vargas, 2627 2º andar - Itamarati 14020-260 Ribeirao Preto, SP BRAZIL

It is a fundamental condition that submitted manuscripts have not been published and will not

be simultaneously published elsewhere. With the acceptance of a manuscript for publication, the publishers acquire full and exclusive copyright for all languages and countries.

The use of registered names, trademarks, etc., in this publication does not imply, even in the absence of a specific statement, that such names are exempt from the relevant protective laws and regulations and therefore free for general use.

An initial evaluation of the language will be made upon receipt of each manuscript. Those that are considered inadequate will be returned or sent out for correction, at the discretion of the author. The manuscript will be considered officially received when the corrected version is ready to be sent to the referees.

Before final acceptance, a submission letter with the title of the article and names and

signatures of all the authors should be posted to the above address or faxed to the journal at 55 16 3621 1991.

GMR articles have no rigid length restrictions. They should contain sufficient technical detail

for an expert reader to understand and assess the methods and results. There is no page limit for GMR articles. You should still be concise, however, for two main reasons. Firstly, our electronic refereeing system relies on e-mail, and very large files occasionally cause problems. Referees also tend to dislike lengthy manuscripts, and they take longer to process. Readers of electronic journals often print articles to read them. Remember that a 10,000-word article takes up around eleven pages. How many pages would you be willing to read on-screen? What length of article would you be prepared to print out?

Editorial policies: Genetics and Molecular Research is a refereed journal. Only original

manuscripts will be considered for publication. Manuscripts will be reviewed by at least two independent reviewers before a decision is made on publication. The whole process is conducted electronically to speed progress and final publication. Papers will be published (placed online) within a few days after acceptance. Papers accepted in their final form from January 1 to March 31 constitute the first issue of each volume, and so on. There are four issues per year.

Manuscripts (in U.S. English), together with a cover letter from the author responsible for all

correspondence, should be submitted to the Editor in electronic format as .doc files saved in Microsoft Word 97 for Windows, or later. Do not use formatting such as Word’s “Heading” or “Style Sheets”. Spelling, punctuation, sentence structure, spacing, length, and consistency of usage in form and descriptions should be checked before submission. Please also check references for accuracy. Ensure that all figures and tables are mentioned in the text, and that all references are cited in the text. Figure files (see below) should be separate.

Submission information: Authors are required to provide the following information with their electronic submissions: Article submitted by Article title Authors (full list) Article type and session Status of article (e.g., new, revised, etc.) Manuscript number (provided at the first submission) Postal address E-mail address Phone number Fax number Names and types of the files sent * Brazilian authors should not translate their institutional addresses. These should remain in

the original (Portuguese) language. Revised Versions If you are submitting a revised version of your article then please remember to include a list

of changes, and replies to the referees. You should also send all the files for the article, not just those you have revised.

Page 129: Análise dos padrões de utilização de códons sinônimos no … · 2019. 10. 25. · Palavras-chave: Análise de correspondência, assimetria das fitas, hidrofobicidade, transporte

Ramos, C.P.S. Análise de códons sinônimos em Chromobacterium violaceum

128

Acknowledgment of electronic submissions. Successful receipt and processing of your submission will be acknowledged by e-mail when

your submission has been checked. If you have no response within one week you should contact the editor at [email protected].

Articles are reviewed anonymously by independent referees. Authors are encouraged to

suggest names of expert reviewers, but selection remains a prerogative of the editors. To facilitate the review process, the authors can send supplementary material, such as cited accepted but not published papers, which may be important for assessment of the manuscript.

Order the sections comprising the manuscript as follows: title, running title, author, address,

abstract, key words, introduction, material and methods, results, discussion, acknowledgments, and bibliography.

Title Page: The title page should include the title of the article, author’s names with full first

names (no degrees), and author’s affiliation. The affiliation should comprise the department, institution (usually university or company), city, and state (or nation). The title page should include the name and complete mailing address, telephone number, fax number, and e-mail address of the author designated to review proofs. The title page should start below the top margin, be single-spaced, and no space left before the Summary/Abstract. Provide a running title of no more than 60 characters (including spaces).

Abstract: An abstract of fewer than 250 words, single-spaced, is required of research articles

and reports and should be arranged in one paragraph. The following information (without headings) should be included: purpose, methods, results, and conclusions. Review articles also require an abstract, which need not include the same items.

Key words: A list of key words or indexing terms (no more than 6) should be included. Text Format: Headings should be bold, first letters capitalized and left aligned. All text should be

set in Times New Roman font, 12 point, left aligned, single spaced. Do not justify the right margin. Leave only one (1) space after periods. Paragraphs should not be indented, nor should there be any blank lines between them. Use line returns only at the end of paragraphs. Do not use tabs or spaces to create indents. Use the Symbol font for symbols and special characters. Do not use equation editors or footnoting utilities. Save equations as images. Equations should be numbered consecutively with Arabic numerals in parentheses on the right hand side of the page.

Footnotes. Footnotes should be avoided. When their use is absolutely necessary, footnotes

should be numbered consecutively using Arabic numerals and should be placed at the bottom of the page to which they refer. Place a line above the footnote, so that it is set off from the text.

Tables/Charts. Special care should be taken to ensure that all Tables are properly

formatted. Scientific symbols used should be in ‘Symbol’ or ‘Times New Roman’. Tables should be on a separate page, numbered consecutively (with Arabic numerals), referred to by number in the text and designed to fit the column or page size of the Journal. Use tables with cells to separate columns. Do not use spaces, tabs or vertical lines. Left justify the title above the table (bold font). Indicate each table’s location within the manuscript.

Illustrations. Illustrations/figures (photographs, drawings, diagrams, and charts) should

each be in a single file, numbered in one consecutive series of Arabic numerals in the order in which they are cited in the text. Illustrations must be submitted as separate files. All illustrations are to be supplied in JPEG (jpg) format in either color or black and white. Images must be saved as separate, stand-alone files. The image resolution should be 300 dpi. Do not embed images within the text file. The placing of graphics in the paper should be indicated in the text and should include the captions for the figures. The authors should also send, by mail, a printed version of the figures. These should be at least 10 x 15 cm, up to size A4, so that figures can be scanned to guarantee good quality for publishing online.

Reference style: References in the text should include the name of the author and the year

in parentheses, e.g. (Searle, 1961) or (King and Wilson, 1975). When a reference with more than two authors is cited, only the first author is named, e.g. (Comstock et al., 1958). The references must be cited, in the text, in chronological order, e.g., (Ideber, 2001; Uetz, 2002; Ottavai, 2004). References to “unpublished results” and “submitted papers” should appear in the text in parentheses following the individual name(s). Example: (Pereira KS, Martins PK and Silva TM, unpublished results).

Abbreviations: Try to use abbreviations sparingly. When used extensively, provide a list of

all nonstandard abbreviations on a separate page before the reference section. Use the metric system for all measurements without periods (cm, mL, s). Define all symbols used in equations and formulas. Do not abbreviate the word “Figure” or “Table” in titles or text.

Acknowledgments: All acknowledgments (including those for grant and financial support)

should be typed in one paragraph directly preceding the reference section. Authors of manuscripts

Page 130: Análise dos padrões de utilização de códons sinônimos no … · 2019. 10. 25. · Palavras-chave: Análise de correspondência, assimetria das fitas, hidrofobicidade, transporte

Ramos, C.P.S. Análise de códons sinônimos em Chromobacterium violaceum

129

submitted to GMR are requested to state the source of all funding that enabled the described research to be undertaken.

Bibliography: The bibliography should include only works referred to in the text. It should be

arranged in alphabetical order under the first author’s last name. References should be cited as follows: journal papers - names and initials of the four first authors (after that use et al.), year, full title, journal abbreviated according to Index Medicus, volume number, first and last page numbers; books - names of authors, year, full title, edition, publishers, address (city, state and country); articles published in symposia - names of authors, year, full title of book, name(s) of editor(s) in parentheses, publisher, address (city, state and country), first and last page numbers.

Examples of Bibliographic style: Journal article Searle SR (1961). Variance components in the unbalanced 2-way nested design. Ann. Math.

Statist. 32: 1161-1166. Comstock RE, Kellcher T and Morrow EB (1959). Genetic variation in an asexual species, the

garden strawberry. Genetics 43: 634-646. Book Mather K (1949). Biometrical Genetics. 1st edn. Methuen, London, England. Chapter in book Rhoades MM (1968). Studies on the cytological basis of crossing over. In: Replication and

Recombination of Genetic Material (Peacock WJ and Brock RD, eds.). Australian Academy of Science, Canberra, Australia, pp. 229-241.

Thesis abstracts Thesis abstracts should be submitted in English and in the original language (if the author is

not a native speaker). Bibliographic data (original title, year, institution, address, number of pages and major (orienting) professor) should be included.

Authors using GMR may view, reproduce or store copies of the Journal providing the

information is not used for profit purposes. Copies of this Journal, in whole or in part, must include the copyright notice. Any use of this Journal in whole or in part should include the customary bibliographic citation,

including author attribution, date, article title, Genetics and Molecular Research, and the URL http://www.funpecrp.com.br/gmr.

Use of illustrations in other publications is only permitted with prior permission of Genetics and Molecular Research.

Published by the Ribeirão Preto Foundation for Scientific Research (FUNPEC-RP). http://www.funpecrp.com.br This page last updated on September 2, 2005 Copyright © 2005 by FUNPEC.

Page 131: Análise dos padrões de utilização de códons sinônimos no … · 2019. 10. 25. · Palavras-chave: Análise de correspondência, assimetria das fitas, hidrofobicidade, transporte

Ramos, C.P.S. Análise de códons sinônimos em Chromobacterium violaceum

130

9. Apêndice - Classificação filogenética de proteínas codificadas

em genomas completos (Clusters of Orthologous Groups-COGs).

Fonte: (www.ncbi.nlm.nih.gov/COG)

COG

Domínios

Descrição

J 6449 Tradução, estrutura ribossomal e biogênese

K 5438 Transcrição

L 5337 Replicação do DNA, recombinação e reparo

D 842 Divisão celular e particionamento do cromossomo

O 3165 Modificação pós-traducional, turnover de proteínas,

chaperones

M 4079 Biogênese do envelope celular, fora da membrana

N 3110 Mobilidade celular e secreção

P 5112 Transporte e metabolismo de íons inorgânicos

T 3627 Mecanismos de transdução de sinal

C 5594 Produção e conversão de energia

G 5262 Transporte e metabolismo de carboidratos

E 8383 Transporte e metabolismo de aminoácidos

F 2364 Transporte e metabolismo de nucleotídeos

H 4057 Metabolismo de coenzimas

I 2609 Metabolismo de lipídeos

Q 2754 Biossíntese de metabólitos secundários, transporte e

catabolismo

R 11948 Apenas predição de função geral

S 6416 Função desconhecida

Page 132: Análise dos padrões de utilização de códons sinônimos no … · 2019. 10. 25. · Palavras-chave: Análise de correspondência, assimetria das fitas, hidrofobicidade, transporte
Page 133: Análise dos padrões de utilização de códons sinônimos no … · 2019. 10. 25. · Palavras-chave: Análise de correspondência, assimetria das fitas, hidrofobicidade, transporte