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1 Análise de situação da Economia da Saúde no Brasil Perspectivas para a estruturação de um centro nacional de informações EDITORA COOPMED AV. ALFREDO BALENA, 190 SANTA EFIGÊNIA CEP 30130-100 BELO HORIZONTE MG e-mail: [email protected] Editoração eletrônica: Folium É permitida a reprodução parcial ou total desta obra, desde que citada a fonte.

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Análise de situação da Economia da Saúde no Brasil

Perspectivas para a estruturação de um

centro nacional de informações

EDITORA COOPMED AV. ALFREDO BALENA, 190 – SANTA EFIGÊNIA

CEP 30130-100 – BELO HORIZONTE – MG e-mail: [email protected]

Editoração eletrônica: Folium

É permitida a reprodução parcial ou total desta obra, desde que citada a fonte.

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AUTORES: Eli Iola Gurgel Andrade – Faculdade de Medicina da UFMG Francisco de Assis Acúrcio – Faculdade de Farmácia da UFMG Mariângela Leal Cherchiglia - Faculdade de Medicina da UFMG

Soraya Almeida Belisário - Faculdade de Medicina da UFMG

Augusto Afonso Guerra Júnior –Departamento de Economia da Saúde/SCTIE/MS Daniele Araújo Campos Szuster - Departamento de Economia da Saúde/SCTIE/MS

Daniel Resende Faleiros - Departamento de Economia da Saúde/SCTIE/MS

Huco Vocurca Teixeira – Prefeitura de Belo Horizonte

COLABORADORES: Eduardo da Mota e Albuquerque – Faculdade de Ciências Econômicas da UFMG

Mônica Viegas Andrade - Faculdade de Ciências Econômicas da UFMG

Vânia Lacerda Macedo - Departamento de Economia da Saúde/SCTIE/MS

ESTAGIÁRIOS: Camila Lins Rodrigues - Faculdade de Ciências Econômicas da UFMG

Frederico Augusto Lanna Murici - Faculdade de Ciências Econômicas da UFMG

Grazielle Dias da Silva – Curso de Farmácia - Centro Universitário Newton Paiva

Paula Januzzi Serra - Faculdade de Ciências Econômicas da UFMG

Thiago Santos Taveira - Faculdade de Medicina da UFMG

Os autores, colaboradores e estagiários integram o Grupo de Pesquisa em

Economia da Saúde da UFMG.

APOIO INSTITUCIONAL Núcleo de Pesquisas em Saúde Coletiva – NESCON

Faculdade de Medicina - UFMG

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MINISTÉRIO DA SAÚDE Humberto Costa

Ministro

SECRETARIA DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INSUMOS ESTRATÉGICOS Luís Carlos Bueno de Lima

Secretário

DEPARTAMENTO DE ECONOMIA DA SAÚDE ELIAS ANTÔNIO JORGE DIRETOR

_____________________________________________________

PROJETO ECONOMIA DA SAÚDE – ANO II COOPERAÇÃO BRASIL – REINO UNIDO INSTITUIÇÕES PARCEIRAS: MINISTÉRIO DA SAÚDE INSTITUTO DE PESQUISA ECONÔMICA APLICADA – IPEA DEPARTMENT FOR INTERNATIONAL DEVELOPMENT – DFID UGP - DFID ARMANDO MARTINHO BARDOU RAGGIO

GERENTE DE PROJETO

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AGRADECIMENTOS

Agradecemos a todas as pessoas que colaboraram para a execução deste estudo,

especialmente:

• Alexandre Lemgruber P. d'Oliveira • Marcelo Gouvêa Teixeira

• Alexandre Mont'Alverne da Silva • Jairnilson Silva Paim

• Aluísio Teixeira • Janice Dornelles de Castro

• André Cezar Médici • José Alberto Hermógenes de Souza

• André Feijó Barrosa • José Geraldo de Freitas Drumond

• Antonio Carlos Coelho Campino • Ligia Bahia

• Armando da Rocha Nogueira • Luis Felipe Karam

• Armando Martinho Bardou Raggio • Luiz Carlos Bueno

• Bernard Francois Couttolenc • Marcelo Gurgel Carlos da Silva

• Carisi Anne Polanczyk • Marco Akerman

• Carlos Alberto Pereira Gomes • Marcos Bosi Ferraz

• Carlos Armando Lopes do Nascimento • Maria Alicia Dominguez Ugá

• Cid Manso de Mello Vianna • Maria de Fátima Sibilansky Andreazzi

• Denizar Vianna • Maria Helena Lima Souza

• Edite Matta Machado • Maria Lucia Teixeira Werneck Vianna

• Elias Antônio Jorge • Nelly Marin Jaramillo

• Elza Fonseca Sá Calafanje • Neusa Maria Nogueira Moyses

• Ernesto Jegger • Otávio Ricardo Bitencourt

• Fausto Pereira dos Santos • Pedro Benevenuto Júnior

• Fernando José Pires • Rose Marie Inojosa

• Francisco Eduardo de Campos • Sérgio Francisco Piola

• Gabriel Ferrato dos Santos • Sergio Robles Reis de Queiroz

• Gilson de Cássia Marques de Carvalho • Sofia Cristina Adjunto Daher

• Gonçalo Vecina Neto • Solon Magalhães Vianna

• Helvécio Miranda Magalhães Junior • Vera Maria Câmara Coelho

• José Dirceu da Silveira

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PREFÁCIO

O DESAFIO DA INSTITUCIONALIZAÇÃO DA ECONOMIA DA SAÚDE NO SUS

Este livro resulta da iniciativa do Departamento de Economia da Saúde de estruturação de um Centro Nacional de Informações em Economia da Saúde e Avaliação Tecnológica, que congregue os campos da avaliação econômica, inovação tecnológica e farmacoeconomia, em parceria com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – IPEA e o apoio do Department for International Development – DFID. O Centro, por sua vez, se constitui em uma das principais medidas estratégicas para implantação e consolidação da área da Economia da Saúde no âmbito do SUS. O Sistema Único de Saúde brasileiro tem dentre seus princípios constitucionais a universalidade, a integralidade e a eqüidade. Isto significa uma demanda praticamente infinita de recursos com critérios de distributividade, face a uma disponibilidade finita de recursos. Este conflito torna imperativa a presença da Economia da Saúde no processo de construção, estruturação e consolidação do SUS. A Economia da Saúde pode ser vista segundo três vertentes:

A primeira, como área de conhecimento a ser desenvolvida, principalmente, pela academia, universidades e institutos de pesquisas.

A segunda, como ferramenta de gestão e tomada de decisões a ser utilizada, principalmente, pelos gestores no serviço.

E a terceira, como uma atitude cultural, provocando uma mudança no olhar da academia, do serviço e das relações entre serviço e academia, objetivando melhor servir à sociedade.

O Centro pretende atender às demandas das três vertentes se constituindo como componente importante da atitude cultural. Nas atividades do Departamento de Economia da Saúde – DES, tem sido privilegiada a vertente atitude cultural. O Departamento foi criado em janeiro de 2003, dentro da também recém-criada Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos - SCTIE. A proposta de criação desta Secretaria foi formulada durante a 1ª Conferência Nacional de Ciência e Tecnologia em Saúde, em 1994. Durante o processo de transição, após as eleições presidenciais de 2002, retomou-se a discussão e, na nova estrutura do Ministério da Saúde, foi concebida a SCTIE, estruturada com os Departamentos de Assistência Farmacêutica, de Ciência, Tecnologia e de Economia da Saúde.

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A contribuição do Departamento de Economia da Saúde para a consolidação da SCTIE ficou centrada em três ações básicas: 1ª -Expansão e fortalecimento do Sistema de Informações sobre Orçamentos Públicos em Saúde – SIOPS, sistema este que tem por objetivo coletar, de forma regular e sistemática, dados da execução orçamentária e financeira dos municípios, do Distrito Federal, dos estados e da União. O SIOPS coleta os dados relativos à receita total e à despesa total com saúde. Este sistema é uma proposta originária do Conselho Nacional de Saúde, desenvolvida pelo Ministério da Saúde em conjunto com o Ministério Publico Federal. Num universo de 5.562 municípios existentes no Brasil, pertence ao SIOPS um acervo de dados relativo a mais de 5.000 municípios dos exercícios de 2000, 2001 e 2002 e de, aproximadamente, 4.500 do exercício de 2003, cuja coleta permanece aberta. O SIOPS é importante como instrumento de controle social, de gestão e como mecanismo de acompanhamento da integralidade e integridade do financiamento público em Saúde, assegurado pela Emenda Constitucional n° 29/2000. 2ª Manutenção, Ampliação e Consolidação do Banco de Preços em Saúde - BPS. O primeiro movimento foi transformar o Banco, que se restringia a preços hospitalares, a Banco de Preços em geral, com a agregação do Registro Nacional de Preços e a criação de vários módulos, dentre os quais destacam-se: Preços de Medicamentos para DST/AIDS – América Latina e Caribe, Medicamentos Excepcionais de Alto Custo, Medicamentos da Atenção Básica, Equipamentos etc. Também este banco pretende ser um instrumento importante no controle social, como também instrumento auxiliar para gestão e tomada de decisões. Foram desenvolvidas planilhas que exibem a data da compra, a quantidade, o preço unitário e a correlação, para cada comprador, do preço pago com o valor mínimo, médio ponderado e com o valor máximo. Está em desenvolvimento um módulo para atender ao conjunto dos medicamentos essenciais para os países do MERCOSUL e Associados, utilizando-se da plataforma do módulo DST/AIDS e da planilha para comparabilidade das compras efetuadas. 3ª Consolidação e Ampliação do Núcleo de Economia da Saúde, a partir do qual estão sendo desenvolvidas ações estratégicas para atender o desafio de institucionalização da Economia da Saúde no SUS. Este Núcleo, assim como toda a equipe do departamento, é composto por um conjunto de técnicos jovens, entusiasmados e competentes, com muita fome de saber e fazer. Com base nessa equipe é que mantemos uma produtiva interação com o Department for International Development – DFID e atendemos as demandas internas da SCTIE e de outras secretarias do Ministério. A ação mais estratégica a ser desenvolvida é a estruturação e implantação do Centro Nacional de Informações e o apoio à criação de núcleos estaduais e/ou regionais de Economia da Saúde, Inovação e Avaliação Tecnológica e Farmacoeconomia, preferencialmente vinculados aos gestores estaduais. Para desencadear estas ações estratégicas foi criado e ministrado pela equipe do Departamento um curso de Iniciação à Economia da Saúde, com o apoio do DFID, oferecido, inicialmente, a representantes de todas as secretarias do Ministério, todas as secretarias estaduais de saúde e todas as secretarias municipais das capitais dos

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estados. Como desdobramento destes cursos e visando dar continuidade à comunicação e interação entre os participantes, foi criada a Rede de Economia da Saúde - REDE ECOS. Além disso, o Departamento criou a Jornada de Economia da Saúde que se constitui em Ciclos de debates mensais, realizados no auditório central do Ministério da Saúde, onde são apresentados informes conjunturais sobre financiamento e economia da saúde e abordado um tema de fundo por conferencista convidado. Como a Jornada se insere numa lógica de continuidade dos cursos de iniciação, seus Ciclos são filmados e veiculados pelo Canal Saúde, na TV Câmara, podendo os temas serem acessados na página do Departamento. Além disso, foi contratado, com o apoio do DFID, um curso de Especialização em Economia da Saúde, modalidade à distância, junto à Universidade Pompeu Fabra – Barcelona, para o qual foram selecionados 50 técnicos de 17 secretarias estaduais, do CONASS, do CONASSENS, da ANVISA, do IPEA e do DES. Durante este curso, deverá ser organizado pela ENSP/FIOCRUZ, em cooperação técnica com a Universidade Pompeu Fabra, um curso na mesma modalidade, para o atendimento à demanda de novas turmas. Aos 10 estados não contemplados na primeira seleção, foi oferecido um curso de especialização na Universidade de Campinas, modalidade presencial, que contou também com o apoio do DFID. Dessa forma, 23 estados estão cobertos com a formação de especialistas em Economia da Saúde e esperamos que venham a ser peças importantes na criação dos núcleos estaduais e/ou regionais de Economia da Saúde. Com o objetivo de “desentocar” os talentos nacionais, foi instituído, em parceria com o IPEA, dentro do Projeto de Cooperação Técnica com o DFID, o Prêmio Nacional em Economia da Saúde, para graduandos e graduados, em três temas da área, onde diversos trabalhos foram inscritos. O Departamento de Economia da Saúde também participou ativamente das articulações para a organização do I Congresso de Economia da Saúde da América Latina e Caribe, a ser realizado em dezembro de 2004. O Congresso tem por objetivo gerar a oportunidade para o encontro dos talentos regionais, podendo estimular a (re)organização de associações de economia da saúde dos países, viabilizando a criação de uma associação latino-americana e do Caribe. Espera-se que, assim, se amplie a atitude cultural no âmbito regional, favorecendo a institucionalização da Economia da Saúde nos sistemas de saúde da Região. É emblemático e oportuno o lançamento deste livro que apóia a estruturação do Centro Nacional de Informações no I Congresso de Economia da Saúde da América Latina e Caribe. A metodologia para a construção do Centro estabeleceu a necessidade preliminar de visita e apropriação da reflexão e do discurso de atores identificados como referências relevantes na área. A coleta, processamento, organização e consolidação destes depoimentos evidenciou e explicitou a necessidade de disseminação e disponibilização deste produto para o público.

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Daí a idéia deste livro e de um CD Room, como fecho desta etapa inicial e plataforma de lançamento da segunda etapa de construção do Centro. O Centro poderá evoluir em futuro próximo para uma configuração regional, estando em curso entendimentos junto à BIREME/OPS, para a inclusão do tema Economia da Saúde na Biblioteca Virtual em Saúde – BVS

Brasília, novembro de 2004 Professor Doutor Elias Antônio Jorge

Diretor do Departamento de Economia da Saúde Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos

Ministério da Saúde - Brasil

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO

2. METODOLOGIA

2.1. DESCRIÇÃO DOS COMPONENTES

I. COMPONENTE 1 – PRODUÇÃO CIENTÍFICA

I.1. MAPEAMENTO DE GRUPOS DE PESQUISA

I.2. PRODUÇÃO CIENTÍFICA E TÉCNICA

I.3. TRATAMENTO E ANÁLISE DOS DADOS REFERENTES À PRODUÇÃO CIENTÍFICA E GRUPOS DE PESQUISA

I.4. CONSTRUÇÃO DE INDICADORES

II. COMPONENTE 2 – PERSPECTIVA DOS ATORES

II.1. CRITÉRIOS DE SELEÇÃO DE ATORES SOCIAIS

II.2. TRATAMENTO E ANÁLISE DAS ENTREVISTAS

2.2. LIMITAÇÕES DO ESTUDO

3. RESULTADOS

3.1. PRODUÇÃO CIENTÍFICA

I.1. MAPEAMENTO DE GRUPOS DE PESQUISA

I.1.1. INFORMAÇÕES SOBRE GRUPOS DE PESQUISA COM REPERCUSSÕES EM ECONOMIA DA SAÚDE

I.1.2. PERFIL DOS PESQUISADORES DE GRUPOS DE PESQUISA ATUANTES EM ECONOMIA DA SAÚDE

I.2. PRODUÇÃO CIENTÍFICA E TÉCNICA

3.2. PERSPECTIVA DOS ATORES

II.1. DISCURSO DO SUJEITO COLETIVO – GESTORES DO SUS

II.2. DISCURSO DO SUJEITO COLETIVO – AGÊNCIAS REGULADORAS

II.3. DISCURSO DO SUJEITO COLETIVO – INSTITUIÇÕES DE FOMENTO

II.4. DISCURSO DO SUJEITO COLETIVO – INSTITUIÇÕES DE ENSINO E PESQUISA

4. CONCLUSÕES

4.1. GRUPOS DE PESQUISA

4.2. PRODUÇÃO CIENTÍFICA

4.3. PERSPECTIVA DOS ATORES SOCIAIS

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

APÊNDICES

APÊNDICE 1 - RELAÇÃO DE GRUPOS DE PESQUISA PREVIAMENTE SELECIONADOS

APÊNDICE 2 - DISTRIBUIÇÃO DE PUBLICAÇÕES (ARTIGOS, LIVROS E TESES) POR INSTITUIÇÃO DE ORIGEM

APÊNDICE 3 - PUBLICAÇÕES (ARTIGOS, LIVROS E TESES) RELACIONADAS A ECONOMIA DA SAÚDE NESTE ESTUDO POR ORDEM DE AUTOR

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1. INTRODUÇÃO

Observou-se no Brasil dos anos 80, um movimento inverso ao ocorrido com os demais países

latino-americanos no que tange às políticas públicas de saúde. Aqui, na contra-mão do

discurso da Reforma do Estado e da focalização das políticas sociais em curso, a criação do

Sistema Único de Saúde, SUS, expande universalmente o direito aos serviços de saúde de

forma igualitária, integral e equânime, tornado-o um sistema mais que peculiar, um sistema

único.

A implantação dos princípios e diretrizes preconizadas na Constituição Federal de 1988, bem

como a necessidade de uma maior eficiência e eficácia da ação governamental na gestão do

sistema de saúde estabelecem a necessidade e a urgência do desenvolvimento e consolidação

do campo da Economia da Saúde em nosso país, no sentido de produzir estudos e pesquisas

que contribuam para a consecução de tais finalidades.

É importante, entretanto, que as alternativas de alocação de recursos sejam analisadas no

contexto do desafio da universalidade e integralidade da atenção proposta pelo SUS, e, nesse

sentido, dado o caráter econômico de bem público da assistência à saúde, é possível e

necessário combinar eficiência e equidade em seu provimento.

Outro desafio está representado pelo processo de descentralização da gestão do SUS. A

contradição entre a execução descentralizada das ações de saúde e a manutenção de

recursos financeiros centralizados sob a gestão da União, gera constantemente conflitos

distributivos, resultando em uma crescente demanda das três esferas de governo por estudos e

projetos com interface com a área da Economia da Saúde. Também nesse contexto, a

Economia da Saúde pode ser acionada para auxiliar na construção de propostas de alocação

de recursos mais equânimes e estudar contrapartidas financeiras das demais esferas de

governo.

A ampliação da eficiência do sistema de saúde brasileiro no que se refere à provisão de

serviços é de elevada importância, tanto pelo lado da demanda, por meio da identificação das

necessidades da população, como pelo lado da oferta, em termos da forma como esses

serviços são disponibilizados.

Além disso, a crescente incorporação tecnológica no setor saúde tem reflexos conhecidos

sobre o custo do sistema além de exigir mecanismos de regulação cada vez mais complexos e

sofisticados. Assim, estudar o sistema de regulação e a incorporação de novas tecnologias

passa a ser uma necessidade cada vez mais premente no sistema de saúde brasileiro. Sabe-

se que hoje, a inovação tecnológica é condição fundamental para o processo de crescimento

econômico e desenvolvimento social de qualquer país, tornando-se ainda mais significativa nos

dias atuais, face aos desafios decorrentes da rapidez com que se processa o avanço do

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conhecimento e da competitividade numa economia em crescente interdependência. Esta nova

realidade afeta principalmente países em desenvolvimento, entre eles o Brasil e seus parceiros

latino-americanos.

Concorda-se com Saes (2000), que a incorporação da Economia da Saúde apresenta-se como

um auxiliar indispensável na determinação das prioridades da gestão em saúde. Tal

incorporação propicia metodologias e/ou instrumentos gerenciais de avaliação econômica,

contemplando estudos de oferta e demanda em saúde, estudos relativos à saúde suplementar

e à organização dos provedores de serviços; avaliação de tecnologias médica e diagnóstica,

análise dos sistemas de saúde, regulação e competição no mercado de serviços de saúde,

entre outras possibilidades.

Para Medeiros (1999), citado por SAES (2000, p.7),

“a escassez de recursos para a saúde restringe a possibilidade de ampla distribuição de bens e serviços públicos e, portanto, exige uma série de decisões alocativas que consistem fundamentalmente, em selecionar quais serão os beneficiários do sistema público de saúde e quais serviços serão oferecidos. Em um país como o Brasil onde há pobreza massiva, grande demanda por saúde e a impossibilidade de vasta parcela da população obter serviços fora do sistema público, a responsabilidade dessas decisões é extremamente grande”.

Pode-se dizer que atualmente a contribuição da economia para a esfera da assistência à saúde

é bem conhecida e tal contribuição deriva da natureza dos bens e serviços oferecidos pelo

sistema de atenção médica, assim como da estrutura dos mercados a eles relacionados.

Em primeiro lugar, muitos desses bens e serviços podem ser classificados no que a teoria

econômica identifica como “bens públicos”. Um exemplo de bem público, nesse caso, seria os

programas para a erradicação de doenças infecto-contagiosas. A teoria econômica fundamenta

uma importante justificativa para a intervenção governamental na produção desses bens.

Em segundo lugar, há bens e serviços oferecidos pelo sistema de atenção médica que geram

externalidades positivas substanciais. Programas de vacinação são um exemplo desse

fenômeno. A teoria econômica indica que a presença de externalidades é uma condição para

“falhas de mercado”, uma situação na qual o mercado tende a prover um nível subótimo de

bens e serviços.

Em terceiro lugar, existem assimetrias de informação nos mercados de provisão de bens e

serviços de saúde. Essas assimetrias implicam em um risco substancial de “falhas de

mercado”, donde a regulação governamental passa a ser essencial.

Enquanto campo científico, a Economia da Saúde se desenvolve a partir de estudos e

pesquisas sistemáticas e da aplicação de instrumentos econômicos como ferramentas

estratégicas e/ou operacionais do setor saúde. Considerando que as condições de vida das

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populações e suas conseqüências sobre a saúde são objeto de pesquisa há muito tempo,

torna-se imperativo ressaltar seu papel para o estudo da dinâmica do mercado de serviços de

saúde. No entanto, como afirma Del Nero (2002), a definição de seu objeto como disciplina não

aconteceu até a década de 70 do século passado, pelo fato de parte de seu conteúdo ter se

desdobrado em tópicos de uma outra disciplina, o planejamento de saúde.

A Economia da Saúde lança mão da colaboração multidisciplinar para entender o significado

das necessidades de serviços de saúde e as relações entre oferta e demanda, reconhecendo

que a percepção dos processos patológicos é diferente para cada grupo social, afetando e

sendo afetada, pelo comportamento desses grupos em cada contexto (DEL NERO, 2002).

Em seu estudo, o autor apresenta algumas definições de Economia da Saúde, não excludentes

e complementares entre si. Para ele, numa definição ampla, Economia da Saúde seria “a

aplicação do conhecimento econômico ao campo das ciências da saúde, em particular como

elemento contributivo à administração dos serviços de saúde” (DEL NERO, 2002, p.19). Ainda

para esse autor uma outra proposta de definição apresentada em estágio inicial, porém mais

específica, considera Economia da Saúde “o ramo do conhecimento que tem por objetivo a

otimização das ações de saúde, ou seja, o estudo das condições ótimas de distribuição dos

recursos disponíveis para assegurar à população a melhor assistência à saúde e o melhor

estado de saúde possível , tendo em conta meios e recursos limitados” (DEL NERO, 2002,

p.19).

O corpo teórico da Economia da Saúde utiliza-se de conceitos econômicos tradicionais, que

são incorporados pelos profissionais da saúde para, num segundo momento, retirar desse

corpo de conceitos econômicos mais amplos os elementos e temáticas relevantes para seu

campo de aplicação.

No processo de definição das áreas temáticas deste estudo, procurou-se associar questões

relacionadas ao papel dos serviços de saúde no sistema econômico, enfocando estudos que

compreendam não só análise de custos, custo-benefício, e custo efetividade, como também

análises relativas à acessibilidade econômica a bens e serviços de saúde, a eficiência e

efetividade na gestão das políticas públicas de saúde, ao mercado farmacêutico e ao mercado

de saúde suplementar, desde que pudessem se constituir em subsídios para o processo de

tomada de decisão (LUCCHESE, 2003).

A Economia da Saúde apresenta-se atualmente como um campo de produção científica e ação

governamental bastante desenvolvido na Europa, Canadá, Estados Unidos e Austrália,

contando com programas específicos de pós-graduação e de pesquisa em universidades,

associações profissionais atuantes, revistas eletrônicas, etc. Nesses países, constata-se que o

estudo da Economia da Saúde tem contribuído para a formação e especialização de pessoal

para essa área multidisciplinar, reconhecendo-se ser seu conhecimento essencial para quem

trabalha em planejamento e administração e gestão de serviços de saúde.

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Contudo, a despeito de se identificar a presença de estudos internacionais na área, anteriores

aos anos 50, pode-se dizer que, no Brasil, o campo de pesquisa em Economia da Saúde

possui um desenvolvimento relativamente recente.

Numa breve incursão acerca de sua emergência, pode-se tomar a criação da Associação

Brasileira de Economia da Saúde – ABrES, em 1989, como a pedra fundamental da instituição

e consolidação do campo no Brasil.

Inspirada nas Associações Portuguesa (APES) e Espanhola (AES) de Economia da Saúde, a

criação da ABrES veio concretizar a proposta formulada em junho de 1989, no Rio de Janeiro,

durante a realização de Seminário sobre Economia e Financiamento da Saúde, promovido pelo

Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas – IPEA, na Escola Nacional de Saúde Pública da

Fundação Oswaldo Cruz – ENSP / FIOCRUZ.

A produção científica na área vem então, desde 1993, se institucionalizando, principalmente

por meio do apoio a programas de cooperação técnica internacional entre o Reino Unido e o

Brasil, coordenados pelo Ministério da Saúde. Dentre os mesmos, destaca-se o Projeto de

Economia da Saúde: Fortalecendo Sistemas para Reduzir Desigualdades, em andamento, uma

parceria entre o MS e o IPEA com o apoio técnico e financeiro do Departament for International

Development (DFID, UK)

Pelo exposto, demonstra-se e reforça-se a necessidade de consolidação dessa área no Brasil.

O desenvolvimento e a implementação de um CENTRO NACIONAL DE INFORMAÇÕES EM ECONOMIA

DA SAÚDE E AVALIAÇÃO TECNOLÓGICA EM SAÚDE, dentro de uma perspectiva de trabalho

interinstitucional e multidisciplinar, pretende proporcionar a difusão do conhecimento para a

sociedade, assim como uma maior interação entre aqueles que produzem conhecimento e os

responsáveis pela tomada de decisão no SUS.

Como subsídio à implantação de um centro dessa magnitude, realizou-se esta análise

situacional da área de Economia da Saúde no Brasil, que apresentamos neste livro. Nela

buscou-se identificar a capacidade de produção de conhecimento, bem como os estudos

relacionados à matéria, com vistas a sua posterior disseminação1. Complementarmente,

estabeleceu-se um processo de articulação junto a atores nacionais relevantes (stake-holders),

de forma a se obter subsídios e estratégias que contribuíssem para estruturação da área, bem

como, das informações em economia da saúde e avaliação tecnológica em saúde. Assim,

procurou-se harmonizar, quando possível, as diferentes perspectivas sobre demandas e

1 Para isso, realizou-se um mapeamento dos grupos de pesquisa cadastrados no Conselho Nacional de

Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), que desenvolvem trabalhos pertinentes à área, bem como um

mapeamento bibliográfico de produções acadêmicas, científicas e técnicas relacionadas à avaliação tecnológica em

saúde e à Economia da Saúde no Brasil

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resultados práticos a serem incorporados à construção de um Centro Nacional de Informações

nesta área.

Concluindo, é relevante reafirmar a existência de vários temas que compõem a agenda

internacional da Economia da Saúde, agenda essa orientada a facilitar o processo decisório

relativo a escolhas difíceis na gestão cotidiana de sistemas e serviços de saúde.

Concomitantemente, como se disse, outros temas têm sido recentemente incorporados à

Economia da Saúde para dar conta das novas dinâmicas institucionais e organizacionais,

observando-se um crescimento progressivo e contínuo do campo, com a incorporação de

objetos, profissionais e temáticas.

Tal trajetória demonstra não só a inquestionável importância do desenvolvimento de estudos

na área, como um movimento inverso ao constatado por Del Nero (2002, p.5) quando afirma

que “são raros os economistas que se interessam e permanecem interessados pelo setor

saúde; em contrapartida poucos profissionais de saúde entram no campo econômico”.

O produto desta pesquisa permite vislumbrar, de maneira bastante satisfatória, a riqueza, a

magnitude e as potencialidades observadas no processo de construção do campo da

economia da saúde no Brasil.

2. METODOLOGIA

A análise situacional realizada com o objetivo de estruturar um Centro Nacional de Economia

da Saúde e Avaliação Tecnológica em Saúde englobou dois componentes.

O primeiro componente enfocou a capacidade de produção científica nesta área do

conhecimento no Brasil. Uma base de dados foi elaborada visando organizar as informações

obtidas e permitir uma melhor compreensão da amplitude do campo da Economia da Saúde. A

produção científica identificada foi classificada de acordo com as seguintes áreas temáticas,

preliminarmente definidas:

1) medicamentos, insumos e assistência farmacêutica;

2) equipamentos médicos e hospitalares;

3) equipamentos e métodos de diagnóstico;

4) procedimentos clínicos e cirúrgicos;

5) educação sanitária e promoção da saúde;

6) financiamento, alocação e eqüidade;

7) inovação tecnológica.

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A composição de cada área temática é apresentada na TABELA 1.

O segundo componente colheu a opinião de atores relevantes no cenário nacional, no que diz

respeito às ações e iniciativas já desenvolvidas e ou em desenvolvimento, bem como aspectos

facilitadores e dificultadores do processo de estruturação da área no país.

TABELA 1 – Áreas temáticas utilizadas para a organização dos dados obtidos no processo de análise situacional

ÁREAS TEMÁTICAS COMPOSIÇÃO

1 - Medicamentos, insumos e assistência farmacêutica

Estudos contendo avaliações econômicas aplicadas aos medicamentos, insumos farmacêuticos e substâncias com finalidade terapêutica e diagnóstica, bem como estudos que enfoquem repercussões econômicas realizados no campo da assistência farmacêutica

2 - Equipamentos médicos e hospitalares

Estudos contendo avaliações tecnológicas e econômicas sobre recursos indiretos para realização dos procedimentos médicos, compreendidas as órteses, próteses e equipamentos de suporte terapêutico, excluídos os equipamentos com finalidade diagnóstica

3 - Equipamentos e métodos de diagnóstico

Estudos contendo avaliações tecnológicas e econômicas sobre os métodos e equipamentos utilizados com finalidade diagnóstica

4 - Procedimentos clínicos e cirúrgicos

Estudos contendo avaliações econômicas sobre gastos e custos de procedimentos clínicos e cirúrgicos, incluindo estudos relativos à padronização de protocolos e guias terapêuticos, bem como estudos que discutam ou apresentem repercussões econômicas realizados no campo da regulação do setor saúde, especificamente, sobre procedimentos clínicos e cirúrgicos

5 - Educação sanitária e promoção da saúde

Estudos contendo avaliações econômicas sobre políticas, projetos e ações realizadas com finalidade de promover a saúde da população por meio de ações preventivas e da educação sanitária

6 – Gestão, financiamento, alocação e equidade

Estudos contendo avaliações econômicas sobre modelos de gestão de sistemas e serviços, de políticas públicas em saúde, bem como avaliações sobre financiamento, investimento, orçamento, gasto e equidade na distribuição dos recursos destinados à saúde

7- Inovação tecnológica

Estudos contendo avaliações sobre o investimento em P&D em saúde e no setor biomédico, correlacionados com a formação de recursos humanos, produção científica e a propriedade intelectual/industrial

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2.1. DESCRIÇÃO DOS COMPONENTES

I. COMPONENTE 1 – PRODUÇÃO CIENTÍFICA

• Produção científica brasileira em avaliação tecnológica em saúde

(ATS) e Economia da Saúde (ES), revisão da literatura a partir de

pesquisa bibliográfica em bancos de dados informatizados.

Para analisar a capacidade de produção científica nesta área foi realizado um mapeamento

bibliográfico de produções acadêmicas, científicas e técnicas relacionadas à área de avaliação

tecnológica em saúde (ATS) e Economia da Saúde (ES) no Brasil, por meio de busca em

bancos de dados informatizados. Também foram mapeados os grupos de pesquisa

cadastrados no Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), que

desenvolvem trabalhos pertinentes à área.

I.1. MAPEAMENTO DE GRUPOS DE PESQUISA

Buscou-se nesta etapa investigar informações sobre recursos humanos constituintes destes

grupos, linhas de pesquisa em andamento, especialidades do conhecimento, setores de

aplicação envolvidos, produção científica e tecnológica, padrões de interação com o setor

produtivo, bem como o tipo de repercussão obtida com as atividades realizadas.

FONTES DE DADOS DO MAPEAMENTO

Para efetuar o mapeamento dos grupos de pesquisa relacionados à área de ATS e ES foi

realizada busca textual na base de dados corrente do Diretório de Grupos de Pesquisa da

Plataforma Lattes certificados no Brasil, mantida pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento

Científico e Tecnológico (CNPq) do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) e disponibilizado

na Internet.

Segundo o CNPq (2004) “a base de dados corrente permite a busca de informações sobre os

grupos de pesquisa, líderes, pesquisadores e estudantes presentes na base atual do Diretório,

relativamente aos grupos certificados pelas instituições participantes(...)”. Além disto, a base é

atualizada sempre que ocorre a alteração ou inclusão de grupos, como também pela

certificação fornecida por dirigentes institucionais. Assim, cabe aos dirigentes institucionais de

pesquisa das instituições participantes (autorizadas previamente pelo CNPq) o credenciamento

dos líderes de grupos e a certificação dos grupos na base de dados. As informações sobre o

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grupo, os pesquisadores, os estudantes, o pessoal de apoio técnico e as linhas de pesquisa

são fornecidas pelos líderes dos grupos.

Os grupos constantes na base de dados do CNPq podem estar localizados em universidades,

instituições isoladas de ensino superior, institutos de pesquisa científica, institutos tecnológicos,

laboratórios de pesquisa e desenvolvimento de empresas estatais ou ex-estatais e em

organizações não-governamentais com atuação em pesquisa científica ou tecnológica2.

Segundo o CNPq (2004) estas informações podem ser obtidas nas bases de dados do referido

órgão, porém os dados disponibilizados sobre grupos de pesquisa não incluem os grupos

localizados em empresas do setor produtivo privado.

BUSCA TEXTUAL DOS GRUPOS

Para o processo de busca textual de grupos de pesquisa certificados na Plataforma Lattes do

CnPq/MCT foram estabelecidos os seguintes critérios:

• Palavras-chave – busca de grupos que estão associados na base do CNPq às

palavras-chaves elencadas na TABELA 2. Essas palavras-chave foram

estabelecidas após busca no sistema de terminologia em saúde, “Descritores

em ciência da saúde” - (DESC) e complementadas com outros termos

utilizados na área. Este sistema utiliza vocabulários estruturados, que são

coleções de termos, organizados segundo uma metodologia na qual é possível

especificar as relações entre conceitos com o propósito de facilitar o acesso à

informação.

• Seleção de grupos de interesse – foram relacionados os grupos de pesquisa

obtidos no processo de busca associados às palavras-chave, sendo

classificados aqueles cuja informação registrada pelo líder do grupo no campo

“Repercussões dos trabalhos do grupo” estavam relacionados às áreas

temáticas de interesse definidas para este estudo (TABELA 1). Apenas grupos

que possuíam repercussões de trabalhos relacionadas àquelas áreas

temáticas foram selecionados.

2 Informações disponíveis na internet na página: < http://lattes.cnpq.br/diretorio/>

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TABELA 2 – Palavras-chave utilizadas para pesquisa em bases de dados

PALAVRAS-CHAVE TERMOS PARA BUSCA1 Acessibilidade econômica→ Acess$ econom$ Alocação→ Alocaç$ Análise de custos→ Análise$ custo$ Análise de impacto no orçamento→ Análise$ de impacto no orcament$ Análise de sensibilidade→ Análise$ de sensibilidade$ Análise econômica→ Análise$ economic$ Custo da doença→ Custo$ da doença$ Custo-benefício→ Custo$ benefício$ Custo-efetividade→ Custo$ efetividade$ Custo-eficiência→ Custo$ eficiência$ Custo-oportunidade→ Custo$ oportunidade$ Custo-utilidade→ Custo$ utilidade$ Economia da Saúde→ Econom$ da saúde$ Farmacoeconomia→ Farmacoeconom$ Financiamento→ Financia$ Gastos→ Gasto$ Avaliação econômica→ Avalia$ econom$ Nota: (1) O símbolo de truncagem $(cifrão) é utilizado para pesquisar palavras com mesma raiz. Exemplo: educ$ recupera educación, education, educação, etc.

• Validação das informações sobre grupos – com o intuito de validar as

informações obtidas, os grupos selecionados como de interesse para este

estudo foram contatados à partir do líder do grupo ou pessoa por ele indicada,

via telefone. Complementarmente procurou-se, neste processo, atualizar

informações sobre os participantes do grupo, bem como sobre estudos em

andamento e de outros já concluídos.

• Levantamento do perfil dos colaboradores – Com as informações sobre os

participantes do grupo que efetivamente trabalham em Economia da Saúde

validadas pelos líderes, buscou-se identificar o perfil de formação das pessoas

que estão atuando na área, por meio do Curriculum Lattes.

COLETA DE DADOS

• Período de coleta de dados – as buscas foram realizadas na página do

CNPq, na Internet, nos meses de março e abril de 2004.

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• Período de validação – a validação foi realizada, via contato telefônico, nos

meses de maio a julho de 2004.

I.2. PRODUÇÃO CIENTÍFICA E TÉCNICA

Nesta etapa foram catalogados resumos de artigos, dissertações, teses, monografias, livros,

bem como outros documentos oficiais que enfocaram a área de economia da saúde (ES) e

avaliação tecnológica em saúde (ATS) no Brasil.

FONTES DE DADOS DA PRODUÇÃO CIENTÍFICA

Para mapear a produção científica foi realizada busca ativa nas bases de dados informatizadas

disponíveis na Biblioteca Virtual em Saúde mantidas pela BIREME (2004).

“A BIREME têm como objetivo, além daqueles que lhe são atribuídos através da resolução dos Corpos Diretivos da Organização Pan-Americana da Saúde (denominada OPAS), a promoção da cooperação técnica em informação científico-técnica em saúde, com os países e entre os países da América Latina e do Caribe (denominada REGIÃO), com o intuito de desenvolver os meios e as capacidades para proporcionar acesso eqüitativo à informação científico-técnica em saúde, relevante e atualizada e de forma rápida, eficiente e com custos adequados. Para isso lhe compete:

• (...) promover a construção, o desenvolvimento e a operação descentralizada da Biblioteca Virtual em Saúde (denominada BVS) entendida como a base do conhecimento científico-técnica em saúde, registrado, organizado e armazenado em formato eletrônico nos países da REGIÃO, disponível de forma universal em Internet e de forma compatível com as principais fontes de informação internacionais(...)”.

As bases de dados que constituem a BVS são apresentadas na TABELA 3.

TABELA 3 – Bases de dados informatizadas constituintes da BVS (BIREME, 2004) BASE DE DADOS DESCRIÇÃO

Ciências da Saúde

LILACS - Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde

LILACS é uma base de dados cooperativa do Sistema BIREME e que compreende a literatura relativa às Ciências da Saúde, publicada nos países da Região, a partir de 1982. Contém artigos de cerca de 670 revistas mais conceituadas da área da saúde, atingindo mais de 350 mil registros, e outros documentos tais como: teses, capítulos de teses, livros, capítulos de livros, anais de congressos ou conferências, relatórios técnico-científicos e publicações governamentais. Disponível em Português, Espanhol e Inglês

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MEDLINE - Literatura internacional em Ciências da Saúde e Biomédica

MEDLINE é uma base de dados da literatura internacional da área médica e biomédica, produzida pela NLM (National Library of Medicine, USA) e que contém referências bibliográficas e resumos de mais de 4.000 títulos de revistas publicadas nos Estados Unidos e em outros 70 países. Contém aproximadamente 11 milhões de registros da literatura desde 1966 até o momento, que cobrem as áreas de: medicina, biomedicina, enfermagem, odontologia, veterinária e ciências afins. A atualização da base de dados é mensal. Disponível em Português, Espanhol e Inglês

Áreas Especializadas

ADOLEC - Saúde na Adolescência

ADOLEC é uma base de dados bibliográfica contendo citações relativas a Adolescência, a qual tem por objetivo subsidiar o projeto da OPAS coordenado pelo Programa de Saúde Materno-Infantil. O projeto prevê a criação de uma sub-rede na região Latino-Americana, a qual se encarrega da coleta e processamento de informações pertinentes ao tema, mantendo esta base de dados constantemente atualizada. Disponível em Português, Espanhol e Inglês

BBO - Bibliografia Brasileira de Odontologia

BBO é uma base de dados de literatura nacional na área de saúde oral, a partir de 1986, de responsabilidade do Serviço de Documentação Odontológica da Faculdade de Odontologia da USP. Contém livros, teses, folhetos, separatas e publicações periódicas, assim como artigos de autores nacionais publicados em revistas estrangeiras e não especializadas, sem a preocupação de seleção, com vistas a obter a Memória Nacional em Odontologia, a partir de 1986. Disponível em Português, Espanhol e Inglês

BDENF - Base de Dados de Enfermagem

BDENF é uma base de dados bibliográficas especializada na área de Enfermagem. É desenvolvida pela Biblioteca J. Baeta Vianna, do Campus da Saúde/UFMG. Nasceu em 1988, numa tentativa de facilitar o acesso e a difusão das publicações da área, normalmente ausentes das bibliografias nacionais e internacionais. Desenvolveu-se com o patrocínio do PRODEN - Programa de Desenvolvimento da Escola de Enfermagem / UFMG e convênio estabelecido com o Centro Latino Americano e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde - BIREME, com o compromisso de alimentar a Base de Dados LILACS. Inclui referências bibliográficas e resumos de documentos convencionais e não convencionais, tais como: livros, teses, manuais, folhetos, congressos, separatas e publicações periódicas, gerados no Brasil ou, escritos por autores brasileiros e publicados em outros paises. Uma Sub-Rede Brasileira de Informação em Enfermagem - SURENF, da qual a Biblioteca J. Baeta Vianna é coordenadora, se encarrega da coleta, processamento e armazenamento de informações pertinentes ao tema, mantendo esta base de dados constantemente atualizada. Supre a ausência de uma Bibliografia Brasileira de Enfermagem, incluindo também documentos retrospectivos. Disponível em Português, Espanhol e Inglês

HISA - História da Saúde Pública

HISA é uma base bibliográfica voltada para a coleta e disseminação de informações referentes a estudos produzidos e/ou publicados, a partir de 1960, que tenham a Saúde Pública como tema central, os

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na América Latina e Caribe

eventos e processos históricos como objetos das diversas disciplinas das Ciências Humanas, e a América Latina e o Caribe como dimensão geográfica. Desenvolvida pela Casa de Oswaldo Cruz (Fiocruz), conta com o apoio da Organização Panamericana de Saúde (OPAS) e a orientação técnica do Centro Latino-Americano e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde -BIREME. Disponível em Português

LEYES - Legislação Básica de Saúde da América Latina e Caribe

LEYES é uma base de dados coordenada pelo Sistema de Documentação sobre Legislação Básica do Setor de Saúde na América Latina e Caribe - Desarrollo de Politicas de Salud (HSP/OPAS - Washington, USA). Contém referências bibliográficas da legislação básica em saúde vigente em mais de trinta paises da América Latina e do Caribe. A informação contida nesta base de dados foi extraída em sua maior parte dos registros do Indice Legislativo Latino-americano mantido pela Divisão de Direito Hispânico da Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos, com exceção das disposições constitucionais e dos códigos de saúde/sanitários. Disponível em Português, Espanhol e Inglês

MEDCARIB - Literatura do Caribe em Ciências da Saúde

MEDCARIB é uma base de dados bibliográfica que reúne a literatura em Ciências da Saúde gerada principalmente nos países do Caribe de língua inglesa. Produzida pela Rede Caribenha e coordenada pelo Centro Coodenador da Rede MedCarib The Medical Library, University of the West Indies, Mona, Kingston - Jamaica. Indexa documentos tais como livros, capítulo de livros, teses, relatórios técnicos, anais de congressos e artigos de revistas. Contém referências de documentos desde o século 18 até a presente data. Disponível em Português, Espanhol e Inglês

REPIDISCA - Literatura em Engenharia Sanitária e Ciências do Ambiente

REPIDISCA é uma base de dados que contém referências bibliográficas da literatura de Engenharia Sanitária e Ciências do Ambiente, coordenada pelo CEPIS. A partir de 1994 incorporou os registros da base de dados ECO, sobre Ecologia Humana e Saúde. O CEPIS - Centro Pan-americano de Engenharia Sanitária e Ciências do Ambiente localizado em Lima, Peru, é um centro internacional da Organização Pan-americana da Saúde (OPAS) criado em 1971 com o objetivo de aplicar modernas tecnologias para a soluções de problemas sanitários básicos e aqueles derivados da crescente urbanização e industrialização. Disponível em Português, Espanhol e Inglês

OPAS / OMS

OPAS - Acervo da Biblioteca da Organização Pan-Americana da Saúde

PAHO é uma base de dados que contém referências bibliográficas e resumos do acervo da Biblioteca da sede da Organização Pan-americana da Saúde em Washington, D.C., USA. Abrange a documentação sobre temas em Saúde indexada pela Biblioteca, que atende principalmente aos funcionários da OPAS e aos consultores radicados em Washington, as Representações da OPAS nos países e aos Centros Pan-americanos. Seu atendimento abrange também o público em geral por ser fonte de referência sobre o trabalho da Organização e conter literatura sobre temas de saúde da América

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Latina e Caribe. Disponível em Português, Espanhol e Inglês

WHOLIS - Sistema de Informação da Biblioteca da OMS

WHOLIS é uma base de dados bibliográfica que contém publicações da sede da Organização Mundial da Saúde (OMS) e das Representações Regionais, artigos de periódicos, documentos técnicos e políticos, e publicações da OMS em colaboração com outros editores e organizações internacionais. Disponível em Português, Espanhol e Inglês

DESASTRES - Acervo do Centro de Documentação de Desastres

DESASTRES é uma base de dados é produzida pelo Centro de Documentação de Desastres, do Programa de Preparativos para Situações de Emergência e Coordenação de Socorro para Casos de Desastres da Organização Pan-americana da Saúde (OPAS). Contém referências bibliográficas resultantes de análises de publicações OPAS ou outras agências das Nações Unidas, livros ou capítulos de livros, literatura não convencional, como informes técnicos, apresentações de congressos, teses, planos de emergência, etc, e artigos científicos extraídos de revistas especializadas. Disponível em Português, Espanhol e Inglês

BUSCA TEXTUAL DA PRODUÇÃO CIENTÍFICA

Para o processo de busca textual da produção científica foram estabelecidos os seguintes

critérios:

• Palavras-chave – busca ativa de informações a partir dos termos de busca

relacionados às palavras-chave elencadas na TABELA 2;

• Seleção de documentos de interesse – os documentos obtidos no processo

de busca ativa associados às palavras-chave alimentaram base de dados,

organizada, preliminarmente, em planilha do programa Microsoft Excel®2000,

conforme os campos discriminados na TABELA 4;

• Classificação – Os trabalhos foram avaliados em sua relação com o campo da

Economia da Saúde3, a partir das informações disponibilizadas nos respectivos

resumos. Classificaram-se os documentos conforme a área temática, o tipo de

estudo e a abrangência dos dados.

3 Del Nero (2002, p.19) cita diversos autores para tentar elucidar o conceito de Economia da Saúde. Economia da Saúde seria “a aplicação do conhecimento econômico ao campo das ciências da saúde, em particular como elemento contributivo à administração dos serviços de saúde”. Del Nero (2002, p.19) ainda propõe uma definição mais ampla: “ramo do conhecimento que tem por objetivo específico a otimização das ações de saúde, ou seja, o estudo das condições ótimas de distribuição dos recursos disponíveis para assegurar à população a melhor assistência à saúde e o melhor estado de saúde possível, tendo em conta meios e recursos limitados”.

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COLETA DE DADOS • Período de coleta de dados – as buscas foram realizadas na página da

BVS/BIREME, na Internet, no período de maio a julho de 2004. A coleta de

dados foi realizada por meio de busca ativa, sendo catalogados documentos

publicados entre janeiro de 1999 a julho de 2004.

• Período de análise e classificação dos dados – o processo de análise,

classificação e constituição do banco de dados ocorreu no período de junho a

julho de 2004.

TABELA 4 – Estrutura da base de dados para catalogação de estudos e outras publicações

CAMPO CONTEÚDO

Base de dados Base de dados de origem

Critério de Busca Informação das restrições utilizadas para busca de informações

Título do trabalho Título da publicação

Autor(es) Autor(es)

Instituição de origem

Instituição de origem do estudo ou do primeiro autor na falta desta informação

Classificação da instituição

01 – Academia – Universidades, centros universitários, faculdades e escolas

02 – Administração pública – Federal, Estadual, Distrital, Municipal

03 – Institutos de pesquisa – Institutos/ fundações de pesquisa públicos ou privados

04 – Organismo internacional – Organismos internacionais multilateral

05 – Setor Privado – Laboratórios farmacêuticos e/ou empresas privadas

06 – Outros – ONG´s, consultores privados e outras situações não relacionadas nos itens anteriores

Resumo Resumo informado na base de dados referente ao trabalho

Ano da Publicação Ano de publicação

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Veículo de publicação

Nome da revista ou outro meio utilizado para divulgar o trabalho, incluindo “sites” institucionais

Referência bibliográfica Volume; Número; Páginas; Mês/Ano da publicação

Idioma da Publicação Idioma das publicações

Abrangência dos dados

01 - Multicêntrico – Estudos realizados em âmbito internacional que incluem dados brasileiros

02 - Nacional – Estudos com dados de abrangência nacional

03 - Estadual – Estudos com dados de abrangência de um ou mais estados

04 - Municipal – Estudos com dados de abrangência de um ou mais municípios

05 - Local – Estudos com dados de determinados locais dentro do município (bairros/distritos)

06 - Unidade – Estudos com dados de uma ou mais unidades de serviço

07 – Outros – Estudos realizados por brasileiros sobre realidades estrangeiras ou estudos que não puderam ser determinados por meio da informação prestada no resumo

Área Temática abordada

01 – Medicamentos, insumos, assistência farmacêutica

02 - Equipamentos médicos e hospitalares

03 - Equipamentos e métodos de diagnóstico

04 - Procedimentos clínicos e cirúrgicos

05 - Educação sanitária e promoção da saúde

06 – Gestão, financiamento, alocação, eqüidade

07 - Inovação tecnológica

08 – Outras áreas

Tipos de Estudos

01 - Análise de custos e gastos em saúde

02 - Análise de minimização de custos

03 - Análise de custo – efetividade

04 - Análise de custo – utilidade

05 - Análise de custo – benefício

06 - Análise de custo – oportunidade

07 - Análise de custo da doença

08 - Análise de sensibilidade

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09 – Análise de impacto no orçamento

10 - Estudos sobre acesso e/ou acessibilidade econômica

11 - Estudos sobre a gestão em saúde e/ou políticas públicas

12 - Estudos sobre mercado farmacêutico

13 - Estudos sobre mercado de saúde suplementar

14 – Outros

I.3. TRATAMENTO E ANÁLISE DOS DADOS REFERENTES À PRODUÇÃO CIENTÍFICA E GRUPOS

DE PESQUISA

Os dados quantitativos obtidos foram descritos e organizados em tabelas de distribuições de

freqüências e gráficos.

I.4. CONSTRUÇÃO DE INDICADORES

A partir dos dados coletados sobre grupos de pesquisa com repercussões em ES e ATS, bem

como da pesquisa bibliográfica nos bancos de dados de produção científica foram

estabelecidos os seguintes indicadores que, em conjunto, contribuem para estabelecer uma

análise sobre a situação da área de economia da saúde no país:

a) Número de grupos de pesquisa com repercussões em ES e ATS;

b) Percentual de grupos de pesquisa com repercussões em ES e

ATS em relação ao total de grupos do CNPq;

c) Número de grupos de pesquisa (ES e ATS) por Estado;

d) Percentual de grupos de pesquisa (ES e ATS) por Estado em

relação ao total de grupos (ES e ATS);

e) Número de grupos de pesquisa (ES e ATS) por Região;

f) Percentual de grupos de pesquisa (ES e ATS) por Região em

relação ao total de grupos (ES e ATS);

g) Número de grupos de pesquisa (ES e ATS) por tipo de instituição

(pública, privada com finalidade lucrativa e privada filantrópica);

h) Perfil da formação acadêmica de pesquisadores de grupos de

pesquisa com repercussões em ES e ATS;

i) Perfil das linhas de pesquisa dos grupos com repercussões para

ES e ATS;

j) Produção do conhecimento em ES e ATS;

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k) Produção de conhecimento por área temática em relação a

produção total mapeada;

l) Produção de conhecimento por abrangência dos dados em

relação a produção total mapeada;

m) Produção de conhecimento por tipo de estudo em relação a

produção total mapeada;

n) Produção de conhecimento por instituição em relação a produção

total mapeada;

o) Produção de conhecimento por região do país em relação a

produção total mapeada;

p) Produção de conhecimento por veículo de publicação em relação

a produção total mapeada.

II. COMPONENTE 2 – PERSPECTIVA DOS ATORES

• Inquérito com atores sociais relevantes (“stake-holders”) para

identificar e sistematizar subsídios e estratégias que contribuam

para estruturação da área de Economia da Saúde no Brasil,

incluindo a implementação de um Centro Nacional de Informações

em Economia da Saúde.

Foram realizadas entrevistas semi-estruturadas com atores sociais relevantes que contribuem

ou que possam contribuir para a estruturação da área de economia da saúde no país. Buscou-

se, também, a percepção desses atores sobre a perspectiva de implementação de um centro

de informações em Economia da Saúde, ao mesmo tempo em que se estabeleceu um

processo de articulação que propiciou a obtenção de informações qualificadas, bem como o

resgate de iniciativas, projetos, documentos e estudos realizados que pudessem contribuir para

esta iniciativa.

O inquérito abrangeu gestores do SUS, de agências de regulação do setor saúde, de

instituições de fomento, de ensino e de pesquisa em saúde. Neste processo, buscou-se obter

respostas aos seguintes tópicos:

a) Em que medida utilizam e sabem da utilização dos resultados de

pesquisas em Economia da Saúde pelos tomadores de decisão;

b) Quais as maiores barreiras à demanda e à produção de

conhecimento em Economia da Saúde;

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c) Que fatores facilitam e/ou dificultam a estruturação da área de

Economia da Saúde;

d) Quais as perspectivas da Economia da Saúde no Brasil,

considerando o cenário atual;

e) Quais são os mecanismos de regulação utilizados no controle das

inovações e tecnologias existentes, bem como quais seriam as

necessidades nesta área no país;

f) Qual a percepção sobre a implantação de um Centro Nacional de

Informações em Economia da Saúde;

g) Qual a percepção sobre a implantação de núcleos estaduais de

Economia da Saúde;

h) Qual a percepção sobre a política de ciência e tecnologia na

formação de recursos humanos para a área de Economia da

Saúde.

II.1. CRITÉRIOS DE SELEÇÃO DE ATORES SOCIAIS

O critério preferencial para seleção dos atores foi sua vinculação às instituições parceiras do

“Projeto Economia da Saúde: Fortalecendo Sistemas de Saúde para Reduzir Desigualdades",

DFID, MS e IPEA, Cooperação Internacional entre Brasil e Reino Unido para a área de

Economia da Saúde. Além desses atores, foram selecionados para o inquérito aqueles

inseridos em instituições com papel relevante para o desenvolvimento da área no país, bem

como líderes/membros de grupos de pesquisa, gestores e técnicos, que realizam atividades de

interesse para ES e ATS ou que disponham de conhecimento sobre a área de Economia da

Saúde. A seleção teve como base o processo de investigação desenvolvido no Componente 1.

A TABELA 5 apresenta a relação das instituições selecionadas.

Uma vez que este componente do diagnóstico buscou informações de caráter qualitativo,

também participaram no inquérito atores com publicações, estudos e projetos relevantes na

área de Economia da Saúde e que estão ou estiveram vinculados à área, desde que

recomendados por algum dos entrevistados preliminarmente selecionados.

INSTRUMENTOS DE PESQUISA

O instrumento utilizado para a análise da perspectiva dos atores foi um questionário semi-

estruturado a partir de roteiros previamente elaborados, específicos para cada conjunto de

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atores sociais entrevistados, agrupados nas seguintes categorias: Agências Reguladoras,

Instituições de Fomento, Gestores do SUS e Instituições de Pesquisa e Ensino.

TABELA 5 – Instituições selecionadas para participar do Componente 2: Perspectiva dos atores

INSTITUIÇÃO SELECIONADA LOCALIZAÇÃO INSTITUIÇÕES DE FOMENTO Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) Brasília (DF)

Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) Brasília (DF)

Organização Panamericana de Saúde (OPAS) Brasília (DF)Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) Brasília (DF)Department for International Development (DFID) Brasília (DF)Banco Mundial Rio de Janeiro (RJ)Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig) Belo Horizonte (MG)

INSTITUIÇÕES DE ENSINO E PESQUISA Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) Brasília (DF)Universidade Federal do Ceará (UFCE) Fortaleza (CE)Universidade Estadual do Ceará (UECE) Fortaleza (CE)Universidade Federal da Bahia (UFBA) Salvador (BA)Universidade de Brasília (UnB) Brasília (DF)Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP/Fiocruz) Rio de Janeiro (RJ)Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) Porto Alegre (RS)Universidade do Vale dos Sinos (UNISINOS) São Leopoldo (RS)Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) São Paulo (SP)Universidade de Campinas (UNICAMP) Campinas (SP)Universidade de São Paulo (USP) São Paulo (SP)Faculdade de Medicina do ABC de São Paulo São Paulo (SP)Associação Brasileira de Economia da Saúde (ABRES) Rio de Janeiro (RJ)Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) Rio de Janeiro (RJ)Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Rio de Janeiro (RJ)Fundação João Pinheiro (FJP/MG) Belo Horizonte (MG)AGÊNCIAS REGULADORAS Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) Brasília (DF)Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) Rio de Janeiro (RJ)GESTORAS DO SUS Secretaria Executiva do Ministério da Saúde Brasília (DF)Datasus - Ministério da Saúde Brasília (DF)Secretaria de Assistência à Saúde - Ministério da Saúde Brasília (DF)Secretaria Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos - Ministérioda Saúde Brasília (DF)

Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo – SES/SP São Paulo (SP)Secretaria Estadual de Saúde de Minas Gerais – SES/MG Belo Horizonte (MG)Secretaria Estadual de Saúde da Bahia – SES/BA Salvador (BA)Secretaria Estadual de Saúde do Ceará – SES/CE Fortaleza (CE)Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro – SES/RJ Rio de Janeiro (RJ)Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte – SMS/BH Belo Horizonte (MG)Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo – SMS/SP São Paulo (SP)

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Conselho de Secretários Municipais de Saúde de MG - Cosems/MG Belo Horizonte (MG)

Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde – Conasems Brasília (DF)

Conselho Nacional de Secretários Estaduais de Saúde - Conass Brasília (DF)Conselho Nacional de Saúde - CNS Brasília (DF)Fundação Ezequiel Dias (Funed) Belo Horizonte (MG) COLETA DE DADOS

A pesquisa de campo foi realizada por pesquisadores do “Grupo de Pesquisa em Economia da

Saúde da UFMG”, utilizando-se do recurso de gravação de entrevistas em meio magnético.

Medidas de caráter ético foram adotadas para garantir o respeito aos indivíduos entrevistados e

a confiabilidade das informações. Por este motivo, os entrevistados foram previamente

esclarecidos a respeito dos objetivos da pesquisa e das entrevistas. Só foram aplicados os

instrumentos de coleta de dados em atores sociais que concordaram em participar da

pesquisa, por meio de consentimento livre e esclarecido. O projeto foi submetido à Comissão

de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG/COEP).

• Período de coleta de dados – As entrevistas foram realizadas no

período de abril a julho de 2004

• Período de transcrição de fitas – As transcrições ocorreram

entre junho e julho de 2004.

II.2. TRATAMENTO E ANÁLISE DAS ENTREVISTAS

O objetivo proposto para este componente foi delinear um painel com a

perspectiva de atores relevantes, a fim de identificar e sistematizar subsídios e

estratégias que contribuissem para estruturação da área de economia da

saúde no Brasil. O enfoque qualitativo foi a estratégia metodológica adotada

para a análise das entrevistas semi-estruturadas, entre outros motivos, por se

tratar de método apropriado para “... incorporar a questão do significado e da

intencionalidade...”(Minayo,1992, apud Lefrève et al., 2000, p.15) presentes “...

muito mais clara e naturalmente nos discursos, sejam eles frutos de

depoimentos coletados em entrevistas ou estejam eles presentes em artigos de

jornais, revistas etc...” (Lefèvre et al., 2000, p.15).

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30

Assim, além dos dados de caráter objetivo, a exemplo do número de pessoas envolvidas com o

tema na instituição, tipo e número de publicações realizadas, área de atuação, etc, buscou-se

aqueles considerados subjetivos, como opiniões, idéias e sentimentos sobre o tema.

As fitas com as entrevistas realizadas com os atores foram transcritas e agrupadas de acordo

com o tipo de instituição ao qual estava vinculado (fomento, ensino-pesquisa, gestores do SUS

e agências reguladoras).

Após a transcrição, as respostas foram analisadas e decompostas com o intuito de associá-las

às respectivas questões propostas nos roteiros. As respostas obtidas dos diferentes atores

para cada questão foram agrupadas e analisadas utilizando-se o método do “Discurso do

Sujeito Coletivo” (DSC) como proposto por Lefèvre et al. (2000).

Busca-se, com essa técnica, “(...) reconstruir, com pedaços de discursos individuais, como em

um quebra-cabeça, tantos discursos-síntese quantos se julgue necessário para expressar uma

dada figura(...)”, o que resulta em um dado pensar ou representação social sobre um

fenômeno, observando-se suas múltiplas perspectivas. Lefrève et al. (2000) ainda relatam que:

“Através deste modo discursivo é possível visualizar melhor a representação social na medida em que ela aparece, não sob uma forma (artificial) de quadros, tabelas ou categorias, mas sob uma forma (mais viva e direta) de um discurso que é, como se assinalou, o modo como os indivíduos reais, concretos, pensam” (LEFÈVRE et al., 2000,p.9).

O trabalho analítico foi realizado levando-se em consideração as figuras metodológicas

propostas pelos autores citados, que são a ancoragem4, a idéia central5, as expressões-chave6

e o discurso do sujeito coletivo presentes em cada uma das respostas às questões das

entrevistas realizadas. Finalmente, buscou-se reconstituir um discurso da representação social

levando em consideração as diferentes percepções dos atores sobre a implementação de um

Centro Nacional de Informações em Economia da Saúde e Avaliação Tecnológica em Saúde.

Em síntese, procurou-se organizar o trabalho “(...)como se o discurso de todos fosse o discurso

de um(...)” (LEFRÈVE et al., 2000, p.20).

4 “Considerando a questão genericamente, diríamos que quase todo o discurso tem uma ancoragem, na medida em que está sempre alicerçada em pressupostos, teorias, conceitos, hipóteses.” (Lefèvre et al., 2000, p.17) 5 “Para efeito de análise dos depoimentos, idéia central poderia ser entendida como a(s) afirmação (ões) que permite(m) traduzir o essencial do conteúdo discursivo explicitado pelos sujeitos em seus depoimentos.” (Lefevre et al., 2000, p.18) 6 “As expressões-chave são constituídas por transcrições literais de partes dos depoimentos, que permitem o resgate do essencial do conteúdo discursivo dos segmentos em que se divide o depoimento (que, em geral, correspondem às questões de pesquisa).” (Lefèvre et al., 2000, p.18)

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31

2.2. LIMITAÇÕES DO ESTUDO

O estudo está centrado nos limites de obtenção de informações dos entrevistados, dos

registros documentais disponibilizados nas bases de dados selecionadas e também resultantes

da observação dos pesquisadores. No processo de coleta e análise dos dados, buscou-se a

homogeneização dos procedimentos pelos pesquisadores envolvidos, por meio de capacitação

e discussão sistemática das dúvidas existentes. No trabalho de campo, procurou-se

sistematicamente a cooperação dos entrevistados, visando a qualidade da informação.

Perseguiu-se, assim, o propósito da construção do conhecimento dentro de um campo ainda

incipiente na academia, mas que apresenta grande relevância social.

Observamos outros limitadores vinculados às informações apresentadas, que embora não

caracterizem modificações importantes no resultado da pesquisa e, conseqüentemente, na

análise situacional, são relacionados a seguir:

• Problemas nas bases de publicações. Durante o processo de

busca da produção científica e técnica, foram encontradas diversas

deficiências, principalmente nas bases MEDLINE e LILACS.

Observaram-se ocorrências de capturas de publicações que não se

enquadravam no critério de busca, extrapolando o período solicitado

e o tipo de publicação (livro, artigo e teses). Também se observou

divergência entre a quantidade de publicações apresentadas quando

da utilização do mesmo critério de busca em momentos diferentes.

Bibliotecários que participaram do processo de elaboração da base

LILACS foram consultados à respeito e confirmaram as deficiências

apresentadas pela mesma. Estes profissionais sugeriram o

encaminhamento à BIREME de recomendações para melhoria do

processo de busca.

• Abrangência das publicações restrita às bases de dados

definidas. Definiram-se as bases de dados cuja abrangência de

informações pudesse permitir representatividade. Autores e

publicações não indexados a estas bases de dados, não foram

catalogados nesta primeira fase. Em uma próxima etapa planeja-se

ampliar a abrangência da coleta, permitindo a inclusão de outras

publicações indexadas em outras bases de dados.

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• Insuficiência de informações quantitativas obtidas via entrevista. O roteiro de entrevista previu, na sua formatação,

algumas questões enfocando informações quantitativas sobre

produção e grupos de pesquisa. Porém o fornecimento dessas

informações pelos entrevistados foi pouco sistemático, razão pela

qual a equipe de pesquisa optou por trabalhar tais informações

exclusivamente à partir dos dados obtidos em fontes secundárias.

• Avaliação das publicações por meio de seus resumos. As

classificações das publicações selecionadas foram realizadas com

base na leitura de seus resumos. Quando o seu conteúdo mostrou-

se precário devido à insuficiência das informações apresentadas, o

resultado das classificações incorporou certo grau de incerteza.

• Deficiência na abrangência da definição de Economia da Saúde. Durante o processo de validação dos grupos de pesquisa,

questionou-se o entrevistado sobre uso de ferramentas para análises

econômicas. Apenas um grupo de pesquisa informou não utilizar

nenhuma dessas ferramentas. Porém, quando se questionou sobre a

atuação do grupo na área de Economia da Saúde, 13 grupos

(representando 27% dos entrevistados) responderam que não

trabalham com esta área. Ou seja, grupos que desenvolvem

atividades efetivas na área de Economia da Saúde, porém não

reconhecem esta área dentro de seu escopo de atuação.

3. RESULTADOS

3.1. PRODUÇÃO CIENTÍFICA

I.1. MAPEAMENTO DE GRUPOS DE PESQUISA

Inventariou-se 207 grupos de pesquisa relacionados às palavras elencadas na TABELA 2,

cadastrados no Diretório de Grupos de Pesquisa, Plataforma Lattes, do Conselho Nacional de

Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCT) (TABELA 6).

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TABELA 6 – Grupos de pesquisa inventariados

RESULTADOS DA BUSCA DE GRUPOS DE PESQUISA n Grupos inventariados – Total(a) 207 Grupos capturados em duplicidade(b) 32 Grupos pré-classificados(c)=(a)-(b) 175 Grupos sem repercussões em Economia da Saúde(d) 126 Grupos com repercussões em Economia da Saúde(e)=(c)-(d) 49 Descobertos durante o processo de entrevista(f) 2 Total de Grupos Avaliados(g)=(e)+(f) 51 Notas: (a) Grupos inventariados no processo de pesquisa (b) Grupos capturados em duplicidade no processo de busca na Base Lattes do CNPq. Os grupos pré-classificados foram obtidos pela subtração de (a-b) (e) apresenta o resultado da subtração de (c)-(d), ou seja, grupos com repercussão em Economia da Saúde. (g) o total de grupos de pesquisa avaliados foi obtido pela somatório dos grupos com repercussões da base Lattes acrescidos aos que foram descobertos durante o processo de entrevistas(f).

Deste total, 32 grupos foram capturados em duplicidade devido à sua incidência em mais de

uma palavra-chave.

Relacionou-se, então, 175 grupos diferentes de pesquisa que foram submetidos à um processo

de seleção por meio de análise do campo “repercussões do grupo” na base de dados,

classificando-os segundo seu perfil e correlação com a área de Economia da Saúde.

Após o processo, selecionamos um total de 49 grupos cujos trabalhos potencialmente estão

relacionados às áreas temáticas referentes à Economia da Saúde. A estes, somaram-se dois

grupos de pesquisa identificados quando da realização de entrevistas com atores sociais

selecionados.

Os 51 grupos selecionados foram submetidos ao processo de validação e os resultados desse

processo são apresentados na TABELA 7.

TABELA 7 – Resultados do processo de validação

SITUAÇÃO DOS GRUPOS N % Pesquisa Completa 48 94,1 Pesquisa Inconclusa 3 5,9 Total 51 100,0

Completou-se o processo de validação em 48 grupos de pesquisa, utilizados na análise de

dados. Para três grupos, a validação não foi concluída, pois seus líderes solicitaram o

encaminhamento da entrevista por e-mail e não enviaram a resposta.

A partir dos grupos de pesquisa validados foram identificados 324 pesquisadores para a

análise do perfil dos profissionais atuantes na área. Neste universo foram observadas as

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seguintes situações: 14 participações reincidentes em razão da inserção de pesquisadores em

mais de um grupo de pesquisa; 38 pesquisadores sem registro de suas informações

acadêmicas na base de currículos Lattes. Portanto, a análise do perfil acadêmico incluiu

informações relativas a 272 pesquisadores atuantes em Economia da Saúde.

Os 48 grupos de pesquisa avaliados têm escopo de atuação diversificado, conforme

apresentação na TABELA 8.

TABELA 8 - Atividades desenvolvidas pelos grupos de pesquisa (n=48)

ATIVIDADES n % Pesquisa 46 96 Orientação em trabalhos de pós- graduação 45 94 Consultoria 37 77 Curso de extensão 28 58 Outras 19 40

A maioria dos grupos avaliados (96%) desenvolve atividades de pesquisa, 94% realiza

orientações em trabalhos de pós-graduação (monografias, dissertações e teses), 77% exerce

atividades de consultoria e 58% oferece cursos de extensão. Outras atividades relacionadas

pelos grupos incluem: ensino de graduação e pós-graduação stricto e lato sensu; educação

permanente e cursos à distância; assessoria e cooperações técnicas (CNPq, DIEESE);

desenvolvimento e monitoramento de projetos técnicos; estação telefônica de pesquisa;

capacitação para docentes em economia e gestão em saúde.

A TABELA 9 apresenta os tipos de estudos em Economia da Saúde desenvolvidos pelos

grupos de pesquisa avaliados. Destes, 69% realizam estudos de análise de custos; 63%

estudos sobre eficácia, efetividade e eficiência na gestão; 58% estudos sobre acessibilidade

econômica e análises de custo – efetividade; 56% análise de custo-benefício. Além disso, 39%

dos grupos desenvolvem análises de custo da doença; 37% realizam estudos sobre mercado

farmacêutico e análise de sustentabilidade; 35% análises de minimização de custos; 33%

análise de custo-utilidade e 31% estudos sobre o mercado de saúde suplementar. Nove grupos

(19%) relacionaram outros estudos, a saber: políticas que afetam a saúde da criança; aspectos

bioéticos e de biosegurança; direito de propriedade intelectual; custos de procedimentos e de

treinamento; análise de gastos da doença; gastos privados com ênfase no orçamento familiar;

processos de descentralização em saúde; relações contratuais; desenvolvimento das trajetórias

tecnológicas na indústria farmacêutica e equipamentos médicos; modelo de Markov; modelo de

decisão; gastos da família com saúde.

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TABELA 9 – Tipos de estudos desenvolvidos pelos grupos de pesquisa (n=48)

TIPO DE ESTUDO n %Análise de custos 33 69Análise de minimização de custos 17 35Análise de custo – efetividade 28 58Análise de custo – utilidade 16 33Análise de custo – benefício 27 56Análise de custo – oportunidade 9 19Análise de custo da doença 19 40Análise de sustentabilidade 18 38Estudos sobre acessibilidade econômica 28 58Estudos sobre eficácia, efetividade e eficiência na gestão 30 63Estudo sobre mercado farmacêutico 18 38Estudo sobre o mercado de saúde suplementar 15 31Outros 9 19

A classificação segundo as áreas temáticas de atuação dos grupos de pesquisa é apresentada

na TABELA 10.

TABELA 10 – Áreas temáticas de atuação dos grupos de pesquisa (n=48)

ÁREAS TEMÁTICAS n % Gestão em saúde 35 73 Medicamentos, insumos, assistência farmacêutica 30 63 Financiamento, alocação, equidade 28 58 Educação sanitária e promoção da saúde 25 52 Inovação tecnológica 23 48 Equipamentos e métodos de diagnóstico 20 42 Procedimentos clínicos e cirúrgicos 19 40 Equipamentos médicos e hospitalares 13 27 Outras 11 23

Dos grupos de pesquisa avaliados 73% indicou atuação na área de gestão em saúde; 63% na

farmacêutica; 58% na de financiamento, alocação e equidade; e 52% na de educação sanitária

e promoção da saúde. Além disso, 48% dos grupos atuam em inovação tecnológica; 42% em

equipamentos e métodos de diagnóstico; 40% em procedimentos clínicos e cirúrgicos; e 27%

em equipamentos médicos e hospitalares. Onze grupos (23%) informaram atuação em outras

áreas assim especificadas: mercado de saúde suplementar; avaliação econômica de saúde;

estudos de demanda em saúde da criança; impacto da mortalidade evitável; recursos humanos

em saúde; gastos familiares e de empresas em saúde; organização de serviços; violência

contra a mulher; quantificação de ganhos de saúde.

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Quando questionados sobre a atuação do grupo na área de Economia da Saúde, a maioria

(73%) reconheceu desenvolver atividades com repercussões na área (TABELA 11).

TABELA 11 – Grupos que atuam na área de Economia da Saúde

ATUA NA ÁREA DE ECONOMIA DA SAÚDE? n %

Sim 35 72,9 Não 13 27,1 Total 48 100,0

É oportuno ressaltar que aqueles grupos (n=13) que informaram não atuar especificamente na

área de Economia da Saúde realizaram estudos de avaliação econômica, com produção que

repercute nesta área. Portanto, consideramos que houve um viés de interpretação quanto à

definição e abrangência da Economia da Saúde, por parte deste conjunto. Para efeito de

análise e construção de indicadores da produção científica em Economia da Saúde no Brasil,

decidiu-se pela inclusão desses grupos na base de dados (TABELA 12).

TABELA 12 – Estudos de avaliação econômica desenvolvidos por grupos que declararam não atuar na área de Economia da Saúde (n=13)

TIPOS DE ESTUDOS n %(1)

Análise de custos 7 53,8 Análise de minimização de custos 2 15,4 Análise de custo – efetividade 5 38,5 Análise de custo – utilidade 3 23,1 Análise de custo – benefício 7 53,8 Análise de custo – oportunidade 1 7,7 Análise de custo da doença 2 15,4 Análise de sustentabilidade 6 46,2 Estudos sobre acessibilidade econômica 3 23,1 Estudos sobre eficácia, efetividade e eficiência na gestão 6 46,2 Estudo sobre mercado farmacêutico 1 7,7 Estudo sobre o mercado de saúde suplementar 2 15,4 Outros 1 7,7 Nota: (1) todos os percentuais foram calculados tomando-se por base o total de grupos que declararam não atuar na área de Economia da Saúde

I.1.1. INFORMAÇÕES SOBRE GRUPOS DE PESQUISA COM REPERCUSSÕES EM ECONOMIA DA

SAÚDE

Na base de dados do Diretório de Grupos de Pesquisa no Brasil da Plataforma Lattes do

CnPq/MCT encontram-se registrados um total de 15.158 grupos, sendo que 4.914 (32,4%)

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atuam na área de saúde. A distribuição dos grupos segundo áreas de conhecimento é

apresentada na TABELA 13.

TABELA 13 – Grupos cadastrados no Censo 2002 do Diretório de Grupos de Pesquisa, CNPq, segundo a grande área do conhecimento predominante nas suas atividades

GRANDE ÁREA DO CONHECIMENTO1 GRUPOS QUE

ATUAM EM SAÚDE 2 (S)

TOTAL DE GUPOS CADASTRADOS

(T) %

(S)/(T)

Ciências da Saúde 2.507 2.513 99,8 Ciências Biológicas 1.129 2.126 53,1 Ciências Humanas 430 2.399 17,9 Ciências Exatas e da Terra 319 2.051 15,6 Ciências Agrárias 216 1.653 13,1 Engenharias e Ciências da Computação 199 2.243 8,9

Ciências Sociais Aplicadas 91 1.429 6,4 Lingüística, Letras e Artes 23 744 3,1 Total 4.914 15.158 32,4 1 Grande área do conhecimento predominante nas atividades dos grupos de pesquisa 2 Grupos com pelo menos uma linha de pesquisa relacionada à grande área Ciências da Saúde ou ao setor de atividade Saúde Humana Fonte: Guimarães, 2004

Para o cálculo dos indicadores foram considerados 47 grupos de pesquisa, uma vez que um

dos grupos selecionados reiterou não atuar na área de Economia da Saúde.

Verifica-se que os grupos com repercussões na área de Economia da Saúde representam

apenas 0,3% do total de grupos da base Diretório de Grupos de Pesquisa no Brasil da

Plataforma Lattes do CnPq/MCT e 1,0% dos grupos atuantes na área de saúde.

A distribuição dos 47 grupos de pesquisa avaliados segundo a instituição de origem e unidade

da Federação (UF) se dá conforme apresentado na TABELA 14.

Observa-se que 30% dos grupos de pesquisa encontram-se localizados no Estado de São

Paulo, sendo que metade é mantida pela Universidade de São Paulo (USP) e os demais (n=7)

estão distribuídos em diversas instituições do estado, tais como: Instituto Adolfo Lutz (IAL);

Instituto de Saúde da Secretaria do Estado de Saúde de São Paulo (SES/SP); Pontifícia

Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas); Universidade de Campinas (Unicamp);

Universidade Federal de São Paulo (Unifesp); Universidade Metodista de Piracicaba (Unimep);

Universidade de Sorocaba (Uniso); e Universidade Comunitária Regional de Chapecó

(Unochapeco).

No estado do Rio de Janeiro estão localizados 11 (23%) dos grupos de pesquisa avaliados,

sendo 8 grupos mantidos pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e os demais distribuídos na

Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), Universidade Federal Fluminense (UFF) e

Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

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Em terceiro lugar, Minas Gerais e Rio Grande do Sul mantêm igual número de grupos de

pesquisa (n=4), cada unidade apresentando 9% do conjunto nacional. A Universidade Federal

de Minas Gerais (UFMG) mantêm 3 grupos e a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), 1

grupo. A Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) mantêm 3 grupos e a

Universidade Católica de Pelotas (UCPEL), 1 grupo de pesquisa nesta área (TABELA 14).

TABELA 14 – Distribuição dos grupos de pesquisa por instituições e UF (n=47)

INSTITUIÇÕES UNIDADES DA FEDERAÇÃO n %MS PE RN SC BA PB CE PR MG RS RJ SP FIOCRUZ 8 8 17 USP 7 7 15 UFMG 3 3 6 UFRGS 3 3 6 UEL 2 2 4 UFC 2 2 4 IAL 1 1 2 IMIP 1 1 2 IS 1 1 2 PUC-CAMPINAS 1 1 2 PUC-PR 1 1 2 UCPEL 1 1 2 UECE 1 1 2 UEFS 1 1 2 UEPB 1 1 2 UERJ 1 1 2 UFBA 1 1 2 UFF 1 1 2 UFJF 1 1 2 UFMS 1 1 2 UFPB 1 1 2 UFRJ 1 1 2 UFRN 1 1 2 UNICAMP 1 1 2 UNIFESP 1 1 2 UNIMEP 1 1 2 UNISO 1 1 2 UNOCHAPECO 1 1 2 TOTAL 1 1 1 1 2 2 3 3 4 4 11 14 47 100 TOTAL (%) 2 2 2 2 4 4 6 6 9 9 23 30 100 -

Os demais grupos, representando 30% do total estão distribuídos pelos seguintes estados e

instituições: no Paraná, Pontifícia Universidade do Paraná (Puc-PR) e Universidade Estadual

de Londrina (UEL); no Ceará, Universidade Federal do Ceará (UFCE) e Universidade Estadual

do Ceará (UECE); na Paraíba, Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e Universidade

Estadual da Paraíba (UEPB); na Bahia, Universidade Federal da Bahia (UFBA) e Universidade

Estadual de Feira de Santana (UEFS); em Santa Catarina, Universidade Comunitária Regional

de Chapecó (UNOCHAPECO); no Rio Grande do Norte, Universidade Federal do Rio Grande

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do Norte (UFRN); em Pernambuco, Instituto Materno Infantil de Pernambuco (IMIP) e no Mato

Grosso do Sul, Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS).

A distribuição dos grupos pode ser visualizada nos GRÁFICOS 1 e 2.

GRÁFICO 1 – Distribuição de grupos de pesquisa por instituições

UFF2%

UFRJ 2%

UNICAMP2%

UFRN2%

UFPB2%

UFMS2%

UFJF2% Instituições mais

freqüentes52%

FIOCRUZ17%

USP15%

UFMG6%

UFRGS6%

UEL4%

UFC4%

UNOCHAPECO2%

UNISO2%

UNIMEP2%

UFBA2%

UERJ2% UEPB

2%

UEFS2%

UECE2%

UCPEL2%

PUC-PR2%

PUC-CAMPINAS2%

IS2% IMIP

2%

IAL2%

UNIFESP2%

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GRÁFICO 2 – Distribuição de grupos de pesquisa por estados

Observa-se uma concentração de grupos de pesquisa atuantes em Economia da Saúde na

região Sudeste, onde estão localizados 64% dos grupos de pesquisa (GRÁFICO 3). Em

seguida, vem a região Nordeste, com 19% dos grupos, região Sul com 15% e a região Centro-

Oeste, com apenas 2% dos grupos selecionados.

MS2%

PE2%

RN2%

SC2%

BA4%

PB4%

CE6%

PR6% MG

9%

RS9%

RJ24%

SP30%

Grupos mais freqüentes

72%

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GRÁFICO 3 – Distribuição de Grupos por regiões

A partir do Diretório de Grupos de Pesquisa da Plataforma Lattes - CnPq/MCT foram

identificadas 82 linhas de pesquisa desenvolvidas pelos grupos com repercussão em Economia

da Saúde, relacionadas no QUADRO 1. No processo de validação estas informações foram

confirmadas.

QUADRO 1 – Linhas de pesquisa desenvolvidas pelos grupos com repercussão em Economia da Saúde

Acesso econômico ao medicamento Administração de serviços de saúde Administração de sistemas e serviços de saúde Análise comparativa das reformas da saúde Análise custo benefício e custo-efetividade de programas de saúde Análise de custo e eficiência hospitalares Análise de políticas de ciência e tecnologia em saúde Análise e avaliação de serviços e programas de saúde Análise e avaliação de sistemas e serviços de saúde Análise e disseminação de sistemas de informação: construção de indicadores em saúde e meio ambiente Análise e utilização de recursos de saúde Análise econômica em saúde, custo de doença, “willingness to pay” Análises de eficiência de hospitais Avaliação da efetividade das ações do programa de Saúde da Família no município de São Paulo Avaliação da tecnologia de uso de medicamentos Avaliação de dor torácica em serviços de emergência Avaliação de eficácia e segurança de medicamentos, fitoterápicos e cosméticos Avaliação de instrumentos de custos de serviços e procedimentos

30 grupos -64%

9 grupos -19%

7 grupos - 15%

1 grupo -2%

Sudeste Nordeste Sul Centro-Oeste

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Avaliação de novas formas de gestão Avaliação de políticas públicas e sistema de saúde Avaliação de políticas de saúde Avaliação de políticas, programas, serviços e tecnologias em saúde Avaliação de políticas, sistemas e programas de saúde Avaliação de programas de saúde Avaliação de programas e serviços de saúde Avaliação de projetos, programas e serviços de saúde Avaliação de qualidade de vida Avaliação de serviços Avaliação de serviços de saúde Avaliação de serviços e tecnologias de saúde Avaliação de tecnologia em saúde Avaliação do desenvolvimento científico e tecnológico em saúde Avaliação do setor privado da saúde. Avaliação econômica da saúde Avaliação tecnológica e econômica em saúde Avaliação de desempenho de sistema de saúde Ciência e tecnologia no setor saúde Custo-efetividade do manejo das doenças cardiovasculares no Brasil Demanda e utilização de serviços de saúde Desenho institucional das agências regulatórias Desigualdade em saúde e equidade. Diagnóstico dos hospitais filantrópicos Diagnóstico e tratamento da doença cárie Dispensação de medicamentos na área hospitalar. Economia da Saúde Economia dos recursos humanos Educação em saúde para o uso racional de medicamentos Eficácia e efetividade de medicamentos Epidemiologia, diagnóstico e terapêutica Estudo de erros de medicação Estudos de exploração, descrição e interpretação qualitativa de experiências em atenção farmacêutica Estudos de utilização de medicamentos Farmacoeconomia Farmacoepidemiologia, estudos de utilização de medicamentos e atenção farmacêutica. Financiamento da saúde Formulação e implementação de políticas públicas e saúde Gasto e financiamento em saúde Gerenciamento de ações e de serviços de saúde e de enfermagem (gerenciamento de custos) Implementação e avaliação de atenção farmacêutica em diferentes níveis de atenção à saúde Linha de custos Memória do empresariamento na saúde Metodologia de avaliação da justiça no financiamento de sistemas de saúde Metodologia eqüitativa de alocação de recursos Metodologias aplicadas à saúde Metrologia Organização e gestão de sistemas e serviços de saúde Organização e gestão dos serviços e recursos humanos em saúde Pesquisa na área de preços e distribuição de medicamentos pelo SUS Planejamento e Economia da Saúde

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Políticas e organização de serviços de saúde Políticas, práticas e gestão em saúde Produção de normas e leis sobre a renúncia fiscal na saúde. Protocolos assistenciais: impacto clínico e na utilização de recursos na área de saúde Recursos humanos em saúde Reforma do setor saúde Relação entre o público e privado na saúde e previdência Saúde coletiva e assistência farmacêutica Saúde suplementar Sistema de seguridade social Uso racional de medicamentos

I.1.2. PERFIL DOS PESQUISADORES QUE PARTICIPAM DE GRUPOS DE PESQUISA ATUANTES

EM ECONOMIA DA SAÚDE

Dentre as áreas de conhecimento identificadas, observa-se uma predominância de

pesquisadores advindos da área de Ciências da Saúde, perfazendo 67% do total de

pesquisadores analisados, conforme demonstrado no GRÁFICO 4. Ressalte-se a discrepância

existente entre a atuação de profissionais da área de Ciências da Saúde e demais áreas de

conhecimento.

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44

GRÁFICO 4 – Distribuição de pesquisadores por área de conhecimento (n=272)

Um olhar mais acurado permite identificar a composição da área de ciências da saúde, neste

estudo, a qual está representada pelos cursos: Medicina, Farmácia, Nutrição, Odontologia,

Enfermagem e Fisioterapia. Destes, observa-se uma clara predominância do curso de

graduação em Medicina, representando 45% dos pesquisadores atuantes na área de Ciências

da Saúde, seguido do curso de Farmácia com 29%, conforme observado no GRÁFICO 5.

1%

67%

5%

8%

10%4% 4% 1%

Ciências Agrárias Ciências Biológicas Ciências da SaúdeCiências Exatas e da Terra Ciências Humanas Ciências Sociais AplicadasEngenharias Graduação não informada

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45

GRÁFICO 5 – Distribuição de pesquisadores por curso de graduação na área de Ciências da Saúde (n=192)

A segunda área de conhecimento com maior participação de profissionais estudiosos de

Economia da Saúde está representada pela área de Ciências Sociais Aplicadas (10%). Esta

área é composta por profissionais com as seguintes graduações: Administração, Arquitetura e

Urbanismo, Ciências Econômicas e Direito, com evidente predominância do curso de Economia

(59%), conforme pode ser visualizado no GRÁFICO 6.

8%

29%

2%45%

2%14%

Enfermagem Farmácia Fisioterapia Medicina Nutrição Odontologia

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46

GRÁFICO 6 – Distribuição de pesquisadores por curso da área de Ciências Sociais Aplicadas (n= 24)

O perfil da graduação dos profissionais que constituem os grupos de pesquisa validados está

apresentado na TABELA 15.

28%

3%

59%

10%

Administração Arquitetura e Urbanismo Ciências Econômicas Direito

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47

TABELA 15 – Distribuição de pesquisadores em Economia da Saúde segundo o Curso de Graduação

Área de Conhecimento Cursos de Graduação

Gra

duaç

ão ú

nica

Ad

min

istra

ção

Ciê

ncia

s C

iênc

ias

Eco

nôm

icas

D

ireito

Ed

ucaç

ão

Enf

erm

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sica

H

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ria

Odo

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ogia

P

edag

ogia

Te

cnol

ogia

e P

roce

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ento

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Dad

os

Tota

l por

cur

so d

e gr

adua

ção

Per

cent

ual

Tota

l por

áre

a de

con

heci

men

to

Per

cent

ual

Ciências Agrárias Medicina Veterinária 2 1* 3 1,1 3 1,1 Ciências Biológicas Ciências Biológicas 2 2 0,7 2 0,7

Ciências da Saúde

Enfermagem 12 1 13 4,8

192 70,6

Farmácia 53 1 1 1 56 20,6Fisioterapia 3 3 1,1Medicina 86 2 1 1 90 33,1Nutrição 4 4 1,5Odontologia 26 26 9,6

Ciências Exatas e da Terra

Análise de Sistemas 2 2 0,7

11 4,0

Ciência da Computação 2 2 0,7Estatística 1 1 0,4Matemática 2 2 0,7Química Industrial 1 1 0,4Tecnologia e Processamento de Dados 3 3 1,1

Ciências Humanas

Ciências Sociais 6 6 2,2

17 6,3 Filosofia 1 1 0,4História 1 1 0,4Psicologia 6 1 7 2,6Serviço Social 2 2 0,7

Ciências Sociais Aplicadas

Administração 5 1 6 2,2

24 8,8 Arquitetura e Urbanismo 1 1 0,4Ciências Econômicas 12 1 1 1 15 5,5Direito 1 1 2 0,7

Engenharias

Engenharia Agrônoma 1 1 0,4

11 4,0

Engenharia de Produção 1 1 0,4Engenharia Elétrica 6 6 2,2Engenharia Eletrônica 1 1 0,4Engenharia Mecânica 1 1 0,4Engenharia Química 1 1 0,4

Área não informada Graduação em área não informada 12 12 4,4 12 4,4 Total Global 256 2 2 2 1 2 2 1 1 1 1 1 272100,0272100,0* Ocorrência de 3 graduações para este pesquisador: Medicina Veterinária, Ciências e Ciências Biológicas

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A TABELA 16 apresenta a distribuição da titulação máxima obtida pelos 272 pesquisadores.

Observa-se que 34 pessoas (12,5%) possuem titulação de pós-doutorado, 141 (51,8%) de

doutorado, 72 (26,5%) de mestrado enquanto 18 (6,6%) possuem titulação máxima de

especialização e 7 (2,6%) não possuem pós-graduação.

TABELA 16 – Distribuição de pesquisadores segundo a titulação máxima obtida

TITULAÇÃO n % Pós Doutorado 34 12,5Doutorado 141 51,8Mestrado 72 26,5Especialização 18 6,6Graduação 7 2,6Total 272 100,0

I.2. PRODUÇÃO CIENTÍFICA E TÉCNICA

A busca de publicações na BVS/BIREME foi realizada nas bases de dados utilizando-se o

critério de busca proposto, sendo capturados preliminarmente 5.239 trabalhos, cuja distribuição

é apresentada na TABELA 17.

TABELA 17 – Número de documentos capturados nas três principais bases de dados da BVS/BIREME, segundo as palavras-chave definidas.

Palavra Artigo Livro Tese Total n % n % n % n %

Acessibilidade econômica 72 2,4 29 1,9 36 4,6 137 2,6Alocação 37 1,2 19 1,3 14 1,8 70 1,3Análise de custos 372 12,5 147 9,8 101 13,0 620 11,8Análise de impacto no orçamento 0 0,0 2 0,1 0 0,0 2 0,0Análise de sensibilidade 361 12,2 1 0,1 99 12,8 461 8,8Análise econômica 391 13,2 192 12,9 181 23,4 764 14,6Avaliação econômica 82 2,8 97 6,5 43 5,5 222 4,2Custo da doença 229 7,7 20 1,3 39 5,0 288 5,5Custo-benefício 227 7,6 46 3,1 31 4,0 304 5,8Custo-efetividade 159 5,4 32 2,1 17 2,2 208 4,0Custo-eficiência 61 2,1 0 0,0 17 2,2 78 1,5Custo-oportunidade 9 0,3 1 0,1 1 0,1 11 0,2Custo-utilidade 3 0,1 42 2,8 1 0,1 46 0,9Economia da Saúde 77 2,6 188 12,6 65 8,4 330 6,3Farmacoeconomia 25 0,8 0 0,0 7 0,9 32 0,6Financiamento 420 14,1 435 29,1 84 10,8 939 17,9Gastos 446 15,0 242 16,2 39 5,0 727 13,9Total 2971 100,0 1493 100,0 775 100,0 5239 100,0

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49

Durante o processo de busca de artigos capturados na base de dados Medline acrescentou-se

um filtro ao processo de pesquisa, inventariando-se aqueles que continham em qualquer dos

campos descritores a palavra Brasil ou Brazil.

A leitura, avaliação e posterior classificação das publicações foram feitas apenas para aqueles

documentos que continham resumo. Assim, foi avaliado o total de 2.617 documentos, sendo

que 376 foram relacionados à área de Economia da Saúde, conforme TABELA 18.

TABELA 18 - Perfil da produção científica (artigos, livros e teses) inventariada

Documentos Artigo Livro Tese Total

n % n % n % n %Avaliados - relacionados 241 8,1 43 2,9 92 11,9 376 7,2Avaliados – não relacionados 1511 50,9 412 27,6 318 41,0 2241 42,8Sem resumo 287 9,7 406 27,2 8 1,0 701 13,4Repetidos 932 31,4 632 42,3 357 46,1 1921 36,7Total capturado 2971 100,0 1493 100,0 775 100,0 5239 100,0

A construção do perfil de publicações considerou então os 376 documentos cujas informações

apresentadas permitiram verificar o relacionamento da publicação à área de Economia da

Saúde.

As áreas temáticas as quais se relacionam as publicações em Economia da Saúde são

apresentadas na TABELA 19 e o GRÁFICO 7. Observa-se predominância de estudos que

enfocam a gestão, o financiamento, a alocação e eqüidade na distribuição de recursos,

representando 48% do total de documentos.

TABELA 19 - Produção científica (artigos, livros e teses), segundo a área temática abordada

Área Temática Artigo Livro Tese Total n % n % n % n %

Gestão, financiamento, alocação, eqüidade 107 44,4 27 62,8 46 50,0 180 47,9 Medicamentos, insumos, assistência farmacêutica 41 17,0 1 2,3 15 16,3 57 15,2 Procedimentos clínicos e cirúrgicos 46 19,1 0 0,0 9 9,8 55 14,6 Educação sanitária e promoção da saúde 13 5,4 8 18,6 7 7,6 28 7,4 Equipamentos e métodos de diagnóstico 11 4,6 0 0,0 2 2,2 13 3,5 Inovação tecnológica 7 2,9 0 0,0 1 1,1 8 2,1 Equipamentos médicos e hospitalares 1 0,4 0 0,0 1 1,1 2 0,5 Outras 15 6,2 7 16,3 11 12,0 33 8,8 Total 241 100,0 43 100,0 92 100,0 376 100,0

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50

GRÁFICO 7 – Distribuição das publicações por área temática abordada

Os documentos foram classificados pelo tipo de estudo enfocado, observando-se que, do total,

34,6% das publicações se referem a estudos sobre gestão em saúde e/ou políticas públicas,

sendo este o enfoque principal dos livros e teses (TABELA 20). O enfoque da maioria dos

artigos se distribui de forma proporcional entre estudos sobre gestão em saúde e/ou políticas

públicas, com 70 publicações e análise de custos e gastos em saúde, composto por 68

documentos. Verifica-se que 38% das publicações se referem a estudos que utilizam

ferramentas de avaliação econômica, sendo que o enfoque principal foi dado à análise de

custos e gastos em saúde, conforme pode ser observado no GRÁFICO 8.

15%

15%

2%

48%

7%

3%

9%1%Gestão, financiamento, alocação, eqüidade

Medicamentos, insumos, assistênciafarmacêutica

Procedimentos clínicos e cirúrgicos

Educação sanitária e promoção da saúde

Equipamentos e métodos de diagnóstico

Inovação tecnológica

Equipamentos médicos e hospitalares

Outras

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51

TABELA 20 - Produção científica (artigos, livros e teses), segundo o tipo de estudo

TIPO DE ESTUDO ARTIGO LIVRO TESE TOTAL n % n % n % n %

Estudos sobre gestão em saúde e/ou políticas públicas 70 29,0 25 58,135 38,0 130 34,6Análise de custos e gastos em saúde 68 28,2 5 11,615 16,3 88 23,4Análise de custo-efetividade 20 8,3 1 2,3 2 2,2 23 6,1Estudos sobre mercado de saúde suplementar 7 2,9 6 14,010 10,9 23 6,1Estudos sobre acesso e/ou acessibilidade econômica 17 7,1 0 0,0 5 5,4 22 5,9Análise de custo da doença 13 5,4 0 0,0 3 3,3 16 4,3Análise de custo-benefício 13 5,4 0 0,0 2 2,2 15 4,0Análise de impacto no orçamento 5 2,1 2 4,7 0 0,0 7 1,9Estudos sobre mercado farmacêutico 3 1,2 0 0,0 3 3,3 6 1,6Análise de custo-oportunidade 0 0,0 0 0,0 1 1,1 1 0,3Análise de custo-utilidade 1 0,4 0 0,0 0 0,0 1 0,3Outros 24 10,0 4 9,316 17,4 44 11,7Total 241 100,0 43 100,0 92 100,0 376 100,0

GRÁFICO 8 – Produção do conhecimento (artigos, livros e teses) por tipo de estudo em relação à produção total mapeada

6%

6%

2%

2%

12%

0,5%

0,5%

23%

Avaliações Econômicas

38%6%

35%

4%

4%

Estudos sobre gestão em saúde e/ou políticaspúblicasEstudos sobre mercado de saúde suplementar

Estudos sobre acesso e/ou acessibilidadeeconômicaAnálise de impacto no orçamento

Estudos sobre mercado farmacêutico

Outros

Análise de custos e gastos em saúde

Análise de custo-efetividade

Análise de custo da doença

Análise de custo-benefício

Análise de custo de oportunidade

Análise de custo-utilidade

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52

As publicações se distribuem por instituições de origem, conforme apresentado no GRÁFICO 9.

Neste gráfico se observa nítida predominância de documentos provenientes da Universidade

de São Paulo, com 71 publicações; seguido pela Fundação Oswaldo Cruz com 47 publicações

que representam respectivamente 18,9% e 12,5% das 376 publicações relacionadas. O

GRÁFICO 9 refere-se às 11 instituições com maior número de publicações, que representam

um total de 228 documentos, ou seja, 60,6% do total.

GRÁFICO 9 –Instituições com maior número de publicações (artigos, livros e teses)

As instituições foram reunidas por categorias, ocorrendo a distribuição de documentos,

conforme apresentado na TABELA 21. Observa-se a prevalência de documentos produzidos

pela academia (universidade, centros universitários, escolas e faculdades) com 60,1% das

publicações seguidas pelos institutos de pesquisa com 21,3% dos documentos. Em conjunto,

estes dois tipos de instituições produziram 81,4% de todas as publicações relacionadas à

Economia da Saúde neste estudo. No GRÁFICO 10 observa-se a distribuição percentual por

tipo de publicação presente em cada categoria de instituição.

47

21 2118

11 10 107 6 6

71

0

10

20

30

40

50

60

70

80

Universidade de São Paulo

Fundação Oswaldo Cruz

Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Universidade Federal de São Paulo

Fundação Getúlio Vargas

Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada

Ministério da Saúde

Universidade Federal do Rio de Janeiro

Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

Universidade Estadual Paulista

Universidade Federal de Minas Gerais

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53

TABELA 21 – Distribuição da produção científica (artigos, livros e teses) por categorias de instituições

CLASSIFICAÇÃO DAS INSTITUIÇÕES ARTIGO LIVRO TESE TOTAL N % n % n % n %

Academia 154 63,9 10 23,3 62 67,4 226 60,1 Instituto de Pesquisa 35 14,5 15 34,9 30 32,6 80 21,3 Administração Pública 16 6,6 8 18,6 0 0,0 24 6,4 Organismo Internacional 11 4,6 0 0,0 0 0,0 11 2,9 Setor Privado 2 0,8 0 0,0 0 0,0 2 0,5 Outros 17 7,1 3 7,0 0 0,0 20 5,3 Não Localizado 6 2,5 7 16,3 0 0,0 13 3,5 Total 241 100,0 43 100,0 92 100,0 376 100,0

GRÁFICO 10 – Produção científica (artigos, livros e teses) por categorias de

instituições

0%

100%

Setor P

rivad

o

Organ

ismo In

ternac

ional

Academ

ia

Administraç

ão Públic

a

Instituto de P

esquisa

Outros

Não Loca

lizad

o

TeseLivroArtigo

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A TABELA 22 apresenta os países de origem das publicações relacionadas a área de

Economia da Saúde.

TABELA 22 - Produção científica (artigos, livros e teses) por país de origem das publicações

PAÍS ARTIGO LIVRO TESE TOTAL n % n % n % n %

Brasil 191 79,3 43 100,0 92 100,0 326 86,7Estados Unidos 20 8,3 0 0,0 0 0,0 20 5,3Chile 3 1,2 0 0,0 0 0,0 3 0,8Espanha 3 1,2 0 0,0 0 0,0 3 0,8Suíça 3 1,2 0 0,0 0 0,0 3 0,8Inglaterra 2 0,8 0 0,0 0 0,0 2 0,5Alemanha 1 0,4 0 0,0 0 0,0 1 0,3Argentina 1 0,4 0 0,0 0 0,0 1 0,3Austrália 1 0,4 0 0,0 0 0,0 1 0,3Canadá 1 0,4 0 0,0 0 0,0 1 0,3Colômbia 1 0,4 0 0,0 0 0,0 1 0,3Costa Rica 1 0,4 0 0,0 0 0,0 1 0,3Itália 1 0,4 0 0,0 0 0,0 1 0,3Japão 1 0,4 0 0,0 0 0,0 1 0,3México 1 0,4 0 0,0 0 0,0 1 0,3Portugal 1 0,4 0 0,0 0 0,0 1 0,3Ruanda 1 0,4 0 0,0 0 0,0 1 0,3Tailândia 1 0,4 0 0,0 0 0,0 1 0,3Uruguay 1 0,4 0 0,0 0 0,0 1 0,3Não Localizado 6 2,5 0 0,0 0 0,0 6 1,6Total 241 100 43 100,0 92 100,0 376 100

Por meio das instituições de origem, identificamos os estados de proveniência das publicações.

Assim, observa-se a maior freqüência de publicações na região Sudeste, conforme verificado

na TABELA 23.

TABELA 23 - Produção científica (artigos, livros e teses) por regiões administrativas

REGIÃO ARTIGO LIVRO TESE TOTAL n % n % n % n %

Centro-Oeste 10 5,2 11 25,6 1 1,1 22 6,7Nordeste 18 9,4 3 7,0 3 3,3 24 7,4Norte 1 0,5 1 2,3 0 0,0 2 0,6Sudeste 144 75,4 20 46,5 87 94,6 251 77,0Sul 18 9,4 1 2,3 1 1,1 20 6,1Não Localizado 0 0,0 7 16,3 0,0 0,0 7 2,1Total 191 100,0 43 100,0 92 100,0 326 100,0Nota: (1) O total apresentado nesta tabela exclui as publicações originadas em outros países

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Os 10 principais veículos de publicação utilizados para divulgar a cada um dos tipos

de produção científica (artigos, livros e teses) são apresentados na TABELA 24. TABELA 24 - Veículos de publicação com maior número produção científica (livros, teses e artigos)

Tipo de Publicaçã

o Veículos de Publicação n % %AC

Artigos

Cad Saude Publica 32 13,3 13,3 Ciênc Saúde Coletiva 22 9,1 22,4 Rev Panam Salud Publica 15 6,2 28,6 Rev Assoc Med Brás 10 4,1 32,8 Arq bras oftalmol 8 3,3 36,1 Rev adm pública 6 2,5 38,6 Saúde Soc 6 2,5 41,1 Bioética 5 2,1 43,2 Mundo saude (1995) 5 2,1 45,2 Rev Saude Publica 5 2,1 47,3 Restante dos artigos em conjunto 127 52,7 100,0

Total de artigos 241 100,

0

Livros

Ipea. Texto para Discussäo 9 20,9 20,9 Editora Atlas 4 9,3 30,2 Ministério da Saúde 3 7,0 37,2 Fundação Getúlio Vargas. Escola de Administraçäo de Empresas Säo Paulo 2 4,7 41,9 Gazeta Mercantil Informaçöes Eletrônicas - Análise setorial 2 4,7 46,5 Ministério da Saúde. Coordenaçäo Nacional de DST e Aids 2 4,7 51,2 Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Instituto de Medicina Social 2 4,7 55,8 ANS. Série C. Projetos, Programas e Relatórios 1 2,3 58,1 Casa da Qualidade Editora 1 2,3 60,5 Centro Universitário Säo Camilo. Coleçäo Bioética em Perspectiva 1 2,3 62,8 Restante dos livros em conjunto 16 37,2 100,0

Total de livros 43 100,

0

Teses

Escola de Administração de Empresas de São Paulo 14 15,2 15,2 Escola Nacional de Saúde Pública 14 15,2 30,4 Universidade de São Paulo. Faculdade de Saúde Pública 14 15,2 45,7 Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Instituto de Medicina Social 14 15,2 60,9 Universidade de São Paulo. Escola de Enfermagem 4 4,3 65,2 Universidade de São Paulo. Faculdade de Saúde Pública 3 3,3 68,5 Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães 2 2,2 70,7 Universidade de São Paulo. Faculdade de Ciências Farmacêuticas 2 2,2 72,8 Universidade de São Paulo. Faculdade de Odontologia 2 2,2 75,0 Universidade de São Paulo. Faculdade de Saúde Pública 2 2,2 77,2 Restante dos teses em conjunto 21 22,8 100,0

Total de teses 92 100,

0

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56

As publicações foram distribuídas por ano no período de coleta de dados do trabalho,

conforme pode ser verificado na TABELA 25. Observa-se um acréscimo de 102%

entre a produção do ano de 1999 para o ano de 2002, com um decréscimo de 30%

deste ano para o ano de 2003. As publicações se concentraram no ano de 2002

quando produziu-se 26,3% do total de publicações analisadas. Houve uma certa

constância na produção de artigos no período analisado, conforme se verifica no

GRÁFICO 11. Estudou-se a projeção para o ano de 2004 do total de publicações, com

base nas informações dos anos anteriores. Observa-se uma tendência de aumento do

número de publicações na área de Economia da Saúde (GRÁFICO 12).

TABELA 25 – Distribuição de publicações segundo o ano em que foram veículadas

ANO DE PUBLICAÇÃO ARTIGO LIVRO TESE TOTAL n % n % n % n %

1999 27 11,2 10 23,3 12 13,0 49 13,0 2000 47 19,5 10 23,3 9 9,8 66 17,6 2001 41 17,0 17 39,5 24 26,1 82 21,8 2002 59 24,5 5 11,6 35 38,0 99 26,3 2003 56 23,2 1 2,3 12 13,0 69 18,4 2004(1) 11 4,6 0 0,0 0 0,0 11 2,9 Total 241 100,0 43 100,0 92 100,0 376 100,0

(1) Produção científica capturada nas bases de dados até julho de 2004.

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57

GRÁFICO 11 - Série histórica da produção científica (livros, teses e artigos) publicada no período de 1999 – 2004

GRÁFICO 12 - Produção científica total (1999-2003) com projeção para o ano de 2004

0

10

20

30

40

50

60

1999 2000 2001 2002 2003 2004(1)

ANO

Publ

icaç

ões

ArtigoLivroTese

0,0

5,0

10,0

15,0

20,0

25,0

30,0

1999 2000 2001 2002 2003 2004

ANO

PER

CEN

TUA

L

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Na TABELA 26, apresenta-se a produção científica segundo a abrangência dos dados,

observando-se que 30% das informações utilizadas pelos pesquisadores nos respectivos

estudos eram de abrangência nacional. Os dados referentes às unidades de serviço mostram a

segunda abrangência com maior representatividade (17,3%). Constata-se que houve

ocorrência de estudos nas diversas abrangências definidas, embora os estudos em nível local

representem 0,8% do total de estudos (GRÁFICO13).

TABELA 26 - Produção científica (livros, teses e artigos) por abrangência dos dados

ABRANGÊNCIA DOS DADOS ARTIGO LIVRO TESE TOTAL n % N % n % n %

Multicêntrico 38 15,8 1 2,3 2 2,2 41 10,9 Nacional 70 29,0 15 34,9 31 33,7 116 30,9 Estadual 16 6,6 4 9,3 6 6,5 26 6,9 Municipal 34 14,1 2 4,7 26 28,3 62 16,5 Local 3 1,2 0 0,0 0 0,0 3 0,8 Unidade 45 18,7 2 4,7 18 19,6 65 17,3 Outra 35 14,5 19 44,2 9 9,8 63 16,8 Total 241 100,0 43 100,0 92 100,0 376 100,0

GRÁFICO 13 - Produção científica (livros, teses e artigos) por abrangência dos dados

11%

31%

7%16%

17%

17%

1%

MulticêntricoNacionalEstadualMunicipalLocalUnidadeOutra

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A distribuição das publicações por idioma se dá conforme TABELA 27, onde verifica-se a

predominância de publicações em língua portuguesa (78,5%).

TABELA 27 - Produção científica (livros, teses e artigos) por idioma de publicação

IDIOMA DA PUBLICAÇÃO ARTIGO LIVRO TESE TOTAL n % n % n % n %

Português 161 66,8 42 97,7 92 100,0 295 78,5 Inglês 55 22,8 1 2,3 0 0,0 56 14,9 Espanhol 22 9,1 0 0,0 0 0,0 22 5,9 Português e espanhol 2 0,8 0 0,0 0 0,0 2 0,5 Português e inglês 1 0,4 0 0,0 0 0,0 1 0,3 Total 241 100,0 43 100,0 92 100,0 376 100,0

Em 1998, a evolução da produção científica em Economia da Saúde no Brasil foi sistematizada

por Vianna (1998) a partir de estudos coletados no Centro de Documentação e Informação do

Ministério da Saúde, Biblioteca da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo

e Biblioteca e Diretoria de Política Social do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada. Foram

utilizados documentos de forma genérica, não havendo discriminação dos tipos de trabalhos

por artigo, livro ou tese; entre os anos de 1986 e 1995. Neste trabalho foram encontrados 185

títulos, que, a despeito de algumas oscilações, apresentaram tendência geral de crescimento,

como pode ser observado pelo GRÁF. 14.

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GRÁFICO 14 – Evolução da produção científica em Economia da Saúde no Brasil por ano, segundo estudo de Vianna (1998).

Fonte: Vianna (1998)

Em 2000, já utilizando somente bases informatizadas, Saes (2000) analisou o estado da arte

no campo da Economia da Saúde no país, por meio de pesquisa de publicações brasileiras e

de publicações sobre temas brasileiros neste campo, no período de 1989 a 1998. Este trabalho

utilizou bases de dados específicas para busca de teses e dissertações (IBICT – CNPq); além

das bases da BIREME e base de dados Health Star - produzida pela American Hospital

Association e National Library of Medicine. O escopo dos descritores para a área de Economia

da Saúde utilizado por Saes (2000) tem semelhança com o estudo ora desenvolvido pelo

Grupo de Pesquisa em Economia da Saúde da Universidade Federal de Minas Gerais

(GPES/UFMG), o que agrega maior homogeneidade à análise. Pode-se observar (GRÁFICO

15) um crescimento contínuo da produção científica em Economia da Saúde no Brasil, até

2002. A despeito da queda em 2003, a produção naquele ano encontra-se em patamar mais

elevado do que o observado no período de 1999 a 2000.

0

10

20

30

40

1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995anos

publ

icaç

ões

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GRÁFICO 15 – Evolução da produção científica em Economia da Saúde no Brasil por ano baseada nos estudos de Saes (2000) e GPES – UFMG (2004).

0

20

40

60

80

100

120

19891990

19911992

19931994

19951996

19971998

19992000

20012002

2003

anos

pulic

açõe

s

0

20

40

60

80

100

120

Fonte: Saes (2000) GPES - UFMG

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3.2. RESULTADOS DO COMPONENTE 2 – PERSPECTIVA DOS ATORES

Entre Abril e Julho de 2004 foram realizadas 48 entrevistas com atores sociais relevantes para

a área de Economia da Saúde. Esses atores foram selecionados em função de sua

representatividade institucional e/ou produção científica. As entrevistas foram gravadas em

meio magnético e suas transcrições embasaram a análise dos conteúdos. Para isso, aplicou-se

a metodologia do “Discurso do Sujeito Coletivo” (DSC) como proposto por Lefèvre et al. (2000).

A seguir são apresentadas, para cada grupo de atores, as idéias centrais e o

discurso do sujeito coletivo, organizadas segundo as questões do roteiro de

entrevista.

II.1. DISCURSO DO SUJEITO COLETIVO – GESTORES DO SUS

1 - Qual a opinião sobre a implantação de um Centro nacional de informações de Economia da Saúde que articulasse o conhecimento produzido na academia com as necessidades de informações do SUS, de forma isenta e pública?

I. ATORES FAVORÁVEIS À IMPLANTAÇÃO

Idéias centrais:

• A iniciativa já deveria ter sido implementada há mais tempo e é possível, desde

que o nível federal priorize sua implantação em parceria com as Secretarias

Estaduais de Saúde. O Centro deverá ser o resultado de um consenso de

demandas amplamente sentidas por vários atores da área de saúde. Além

disso deve ter uma natureza evolutiva, se construindo à medida que for se

desenvolvendo, conforme a enorme demanda.

• Considera a implantação importante para disseminar a Economia da

Saúde, permitindo socializar a produção, difundindo quem esta fazendo

o que, onde e com qual competência. Existe alocado no SUS um volume

grande de recursos, mas que são insuficientes para atender a todas as

demandas e, portanto, há necessidade de se estabelecer

critérios/parâmetros para priorizar as ações a serem financiadas. O

Centro é fundamental ao trazer transparência, permitir um

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acompanhamento dos investimentos nas três esferas de governo, um

planejamento baseado em dados reais e no conhecimento acumulado,

além de criar uma cultura nesta área. Deverá ser uma central de captura

e divulgação de informações, com o desafio de consolidar a

institucionalização da área de Economia da Saúde.

• As informações acadêmicas necessitam de um enquadramento técnico para

que possamos realmente ter subsídios que nos levem a informações que

possam ser quantificadas e aplicadas no dia a dia do sistema.

• O Centro pode ajudar os gestores a compreender as questões com um olhar

mais abrangente. Com a grande quantidade de conhecimento disponível

atualmente, é fundamental ter instituições encarregadas de tentar reuni-lo e

disponibiliza-lo, uma vez que é impossível para cada município gerar toda a

informação que precisa. Assim é de interesse dos municípios serem parceiros

na construção deste Centro.

Discurso do Sujeito Coletivo:

1. (...) de grande importância tendo em vista que os recursos financeiros são

escassos, as necessidades são ilimitadas. Ademais a economicidade aliada ao

benefício, gera muito mais serviços, bons serviços prestados à população(...) que

critérios a gente tem pra definir que o financiamento pra essa ação é uma, pro de lá é

outra e pro de cá é diferente?

2. Eu sou a favor (...)

4. (...) as informações acadêmicas, digamos assim, desenvolvimento teórico(...) é

extremamente lastreável, por uma série de estudos e totalmente viabilizado do ponto

de vista teórico, necessita, claro, do desenvolvimento técnico, do enquadramento

técnico, para que nós possamos realmente ter subsídios, que nos levem a

informações(...) para o sistema(...) eu acredito que nós podemos conciliar a

informação acadêmica(...)com o quadro técnico do Ministério de tal forma que nós

tenhamos um sistema(...)um plano de trabalho que nos dê resultados, que possam ser

quantificados e possam ser aplicados no dia a dia(...)

5. (...) Eu acho muito importante (...) tanto para quem já produz, saber o que o outro

está produzindo, como para quem não tem nenhum meio de organização vai poder(...)

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conhecer e desenvolver(...) Porque eu acho que a nossa preocupação (...) é tentar o

máximo possível disseminar a Economia da Saúde(...)

7. Fundamental(...) vai trazer primeiro transparência, segundo, um acompanhamento

real dos investimentos tanto nos municípios quanto no Estado como, obviamente nos

da União. E além disso para que se possa fazer planejamentos em cima de dados

reais e não de dados hipotéticos, como a gente tem feito constantemente(...)

8. (...) eu entendo que é possível, desde que haja um esforço do nível Federal

alocando recursos, dando prioridade a isso, e conseguindo parcerias com as

Secretarias de Saúde de alguns Estados. No projeto de Economia da Saúde já se tem

vamos dizer assim algum embrião vivo (...) apesar da substituição dos gestores, se se

mantiver uma certa continuidade dessa idéia eu acho possível(...)

9. Acho que está atrasado, deveria ter sido feito há muito mais tempo(...) eu acho que

tem que dar um caráter mais científico, mais organizado nisso(...) tem um volume de

recursos muito grande no SUS, a gente reclama muito que está faltando recurso mas

talvez tenha muito disso, do mau uso, do desconhecimento de quanto custa as coisas,

falta parâmetro(...) Tem que criar uma cultura ou senão pelo menos um

comportamento(...) nessa área(...) Mas eu acho que é fundamental ter alguém

pensando isso realmente no País e se puder ter uma forma de esse conhecimento ser

usado na hora de planejar a saúde.

11. (...) com a quantidade de conhecimento que se gera hoje em todas as áreas, é

fundamental que a gente tenha algumas instituições encarregadas de tentar reunir o

mais possível, porque senão a gente fica buscando (...) uma informação, quando ela já

foi gerada, já está disponível, (...) nos moldes, por exemplo, da rede (...) a gente vê

com muita alegria porque é impossível a cada um dos municípios gerar toda a

informação que precisa, alguns municípios não têm absolutamente nenhuma

capacidade de pesquisa, outros têm mas estão envolvidos com tantas áreas da

gestão, que se a gente tiver um Centro que possa disponibilizar informações para os

municípios por exemplo, é de fundamental importância, nós queremos ser parceiros na

construção dele(...)

12. Eu acho que pode ajudar os gestores, e os órgãos que congregam os gestores do

SUS a compreender as questões com um olhar mais abrangente(...)

14. A idéia do Centro surge de um projeto(...) para fazer núcleos de

farmacoeconomia(...) começamos um processo de discussão com a Unidade Gestora

de Projetos do DFID e com o IPEA e fomos reformulando, até que transformamos

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aquela proposta original numa proposta consistente,(...) vou externar a sondagem que

eu fiz e que acabou gerando um verdadeiro consenso (...) todo mundo tinha essa

gana já há algum tempo e só estava faltando deslanchar a iniciativa. Um Centro que

consiga saber quem está fazendo o que, onde, com que competência, se instalada,

com que atividade, que possa ser uma central de captura de dados, de

disponibilização desses dados, para se tornarem informações, e que possa além de

estar disponibilizando estudos, pesquisas(...) possa também ser um disseminador das

idéias básicas de Economia da Saúde, quer dizer, esse é o desafio que está dado

para gente consolidar a institucionalização, a formalização da área como não sendo

algo operado em guetos, (...) todo mundo tentando fazer um processo de construção

nessa área (...) algo que o indivíduo lá entrando consiga satisfazer as suas demandas

e necessidades. Quer dizer a rede ECOS deve ser o referencial para o Centro (...)

agora eu imagino o Centro como sendo algo mais, além de uma mera rede de

conversa, ele vai ter que ter uma perspectiva de evolução(...) nós vamos ter um Centro

que possa fazer interação com Granada na Espanha, com Barcelona, com o NICE na

Inglaterra, (...) eu concebo o Centro como sendo uma construção que seja

consolidadora disso tudo (...) a pedra de toque, todos os núcleos de Economia da

Saúde se reportariam não como vinculação hierárquica, mas como uma fonte em que

eu bebo e alimento ao mesmo tempo.

II. ATORES FAVORÁVEIS À IMPLANTAÇÃO, COM CONDICIONANTES

Idéias centrais:

• O Centro deve ter a capacidade de apoiar múltiplos centros e não se

transformar em uma cabeça de sistema. Deve funcionar em rede e ser um

elemento que gera sinergismo. Não pode puxar para si, ser dono da verdade,

ou complicar-se tanto que deixe de estimular iniciativas e passe a ser

concorrente sufocador.

• A idéia seria estabelecer uma política de centros colaboradores permanentes

coordenado pelo setor de Economia da Saúde do Ministério da Saúde e não

criar uma nova estrutura. É preferível trabalhar com o conceito de redes

institucionais e núcleos de debate. Nesta perspectiva é necessário clarear o

papel deste Centro para poder saber se o CooperaSUS atende ao que

estamos necessitando na área de Economia de Saúde.

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• O Centro pode desenvolver duas atividades distintas: uma que resgata, divulga

a produção e facilita o acesso à informação. Outra seria relacionada à

pesquisa, não necessariamente realizada pelo próprio Centro, configurando

uma iniciativa que venha a preencher uma grande lacuna em relação à

necessidade de carrear recursos e financiar projetos na área de Economia da

Saúde.

• É um espaço importante para gerar políticas, pensar alternativas, com uma

visão mais ampla e afiada. Para isso, é necessário observar a possibilidade de

casamento do interesse público com o interesse privado no que diz respeito a

alavancar a capacidade de produção, porque o capital também produz valor

em termos de emprego, renda e exportação. Não estamos conseguindo

perceber isto porque não temos uma política industrial que enfoque o setor

privado nesta área (farmacoeconomia).

Discurso do Sujeito Coletivo:

3. (...) eu acho que esse país é suficientemente grande pra ter múltiplas experiências.

Então, acho isso bom, se tiver a capacidade de apoiar os múltiplos centros e não se

transforme em uma cabeça do sistema(...)se isso for uma rede(...)se isso não for uma

rede, vai ser um espaço pra um conjunto de burocratas aplacarem vontades aqui e ali,

de acordo com as suas vontades próprias(...) cabe um Centro desde que esse Centro

não seja central, desde que ele faça parte de uma rede que realmente ele apóie. Ou

seja, ele seja um elemento que gera sinergismo e não um elemento que gera sombra

pra nada crescer, pra não ter sol, né? Isso é um perigo muito grande que eu vejo(...)

Mas acho que a idéia não é uma idéia ruim. A única coisa que eu vejo é que se você

excluir o capital dessa história da farmacoeconomia isso só vai diminuir a possibilidade

de você ter uma visão mais afiada(...) Porque o capital está produzindo valor também.

Está produzindo valor em termos de emprego, está produzindo valor em termos de

renda, está produzindo valor em termos de exportação(...) Então eu acho que tem aí

um espaço importante pra gente gerar políticas, pensar alternativas que se a gente

tiver um tapa-olhos não vai ter amplitude pra enxergar o que tem pra ser visto, né?(...)

se a gente não tomar cuidado pra observar possibilidade de casamento do interesse

público com o interesse privado no que diz respeito a alavancar a capacidade de

produção(...) . Nós não estamos conseguindo perceber isso porque nós(...)não temos

uma política que olha o setor privado nessa área, uma política industrial(...) somos

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vesgos em relação a isso. Parte dessa vesguidão é por causa dessa visão

antípoda(...)

6. O Centro vai ser um espaço físico, onde você vai estruturar toda a inteligência da

Economia da Saúde nacional, ou ele vai ser um espaço virtual, onde ele possa estar

concentrando informações, onde a gente possa ter acesso, onde a gente possa estar

construindo em mãos. Quer dizer, ele é uma rede ou esse Centro nacional é concreto,

é uma instituição onde vai ficar na verdade tendo um espaço, uma estrutura com

pessoal, enfim. Precisa estar distinguindo. Se for em relação à rede, eu acho que não

se justifica(...) Então nós temos que clarear melhor o papel desse Centro para poder

saber se o CooperaSUS atende ou não atende ao que nós estamos necessitando na

área de Economia da Saúde(...)

10. Importância total. Uma correção essencial: conhecimento produzido na academia

e nos vários serviços de saúde(...)a academia pensa que o saber é só dela e

desconhece as experiências(...) tem que estar levantando essas coisas que estão

acontecendo(...) são pesquisas operacionais, que alicerçaram trabalho, que

alicerçaram mudanças de rumo, você pode ter um super trabalho de economia de

saúde(...) mas não vai ser lido, não vai ser posto em prática(...) então, quem vai

desentocar isso? Ou vai aproximar?(...) são duas coisas bem distintas, uma, um centro

de documentação que resgata e divulga e outra, um centro que produz. Esse resgatar

e divulgar, exige uma produção de organização: tem um trabalho de divulgação, de

leitura, de resumo, de divulgação disso, de juntar, de fazer catalogação com vários

unitermos, que facilite às pessoas acharem as coisas(...) E outro(...) seria de fazer a

pesquisa, nem sempre necessariamente no Centro(...) mas o Centro pode ver as

lacunas disso daqui e conseguir carrear recursos e financiar projetos(...) Ele não pode

é a partir de qualquer uma das posições puxar pra si, ser dono da verdade, ou

complicar-se tanto que ele deixe de fazer o outro, que é despertar, entendeu? Ele

passar a ser concorrente sufocador(...)aí(...)é ruim porque eu acho que nós estamos

lutando exatamente para que se dê estímulo(...)

13. (...) eu prefiro muito mais trabalhar com os conceitos de redes institucionais, de

núcleos de debate e já existe um setor de Economia da Saúde dentro do Ministério da

Saúde, que pode puxar e coordenar uma contribuição permanente(...) eu acho que

esse é o complicador(...) a gente sempre procura criar instituições novas pra dar conta

de coisas que o Estado deveria estar dando conta e que não dá hoje, é muito mais por

uma falta de política clara e direcionada para o estabelecimento desse processo de

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discussão(...) fico meio receoso de que essas coisas virem sempre uma nova

estrutura(...) Acho que a idéia de se estabelecer uma política de centros colaboradores

mais permanentes (...) coordenado pelo setor de Economia da Saúde do Ministério da

Saúde, se é pra produzir(...) políticas nessa área, acho que deveria ter essa

coordenação e ser criada rede e não Centro(...)

2- Quais poderiam ser as atribuições deste Centro?

Idéias centrais:

• Levantamento de estudos e pesquisas, acadêmicas e desenvolvidas nos

serviços, na área de Economia da Saúde, organizando, consolidando e

disponibilizando o acesso às informações.

• Identificação de instituições e especialistas que atuam na área.

• Articulação com vários centros, dentro e fora do país, de forma sinérgica, para

garantir o acesso em rede à informação que esta sendo gerada.

• Expor a informação e disseminar a discussão, por meio eletrônico, via eventos

etc, desencadeando um processo nacional de criação de uma cultura nesta

área, que contemple as diversidades existentes, com vistas a aprender e

entender o custo real do processo saúde doença.

• Ser um Centro de inteligência na área de Economia da Saúde, que desenvolva

atividades de capacitação, indicadores de avaliação, fóruns de discussão

permanentes e aprofundamento de estudos.

• Coletar e analisar dados para subsidiar o adequado planejamento estratégico

nesta área, como ferramenta de auxílio para resolver questões de saúde

pertinentes aos municípios e regiões, qualificando o diálogo local entre saúde e

setor financeiro.

• Estimular a criação de instrumentos gerenciais de acompanhamento da

execução orçamentária para gestores e conselhos e de instrumentos de

prestação de contas inteligíveis para a população.

• Contribuir para a discussão da macro-economia de saúde e desenvolvimento,

além de constituir-se num espaço importante para gerar políticas e pensar

alternativas. A idéia é ter um Centro tipo espinha de peixe, onde estariam

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sendo articulados módulos, tais como avaliações tecnológicas, estudos de

farmacoeconomia e formação de recursos humanos.

Discurso do Sujeito Coletivo:

1. (...) consolidar essas informações e disseminar para os núcleos as discussões. Pro

núcleo incorporar essa cultura(...)

2. (...) que indicadores a gente vai construir que contemple esta diversidade(...) Porque

nós temos muitas diferenças aqui dentro do nosso País(...) ser realmente um processo

nacional (...) um processo mesmo de criar uma cultura (...) é um desafio de trabalho

e(...)é bem interessante(...)

3. (...) que ele faça parte de uma rede (...) seja um elemento que gera sinergismo(...)

tem aí um espaço importante pra gente gerar políticas, pensar alternativas (...)

4. (...) um Centro de informações (...) pode ser amplo,(...) nós somos carentes (...) de

informações(...)para que nos possamos, em nível gerencial, ter uma tomada de

decisão consolidada(...) uma ação diferenciada, (...) bem lastreada (...) com um

significado de qualidade (...) mensurável(...)

5. (...) disponibilizar os estudos e pesquisas, geração de cursos de pós-graduação,

divulgação de especialistas das diversas áreas da atuação da Economia da Saúde

nacionais e internacionais(...) e divulgação de eventos nacionais e internacionais (...)

6. Se o Centro vai ser virtual, quer dizer(...) uma rede, ele vai ter um papel que é, de

estar colocando para todos os usuários informações de produção científica, tanto em

relação à(...) Academia, como (...) também estar viabilizando a entrada de estudos

especiais (...) essa finalidade máxima que é de expor a informação, permitir que as

pessoas possam ter acesso a uma rede, onde você vai ter conhecimento de todas as

pesquisas, de todos os estudos que estão sendo feitos no Brasil(...) Se for um

espaço(...)concreto, físico, com pessoas(...) vai nos permitir ter (...)um Centro de

inteligência na área de Economia da Saúde onde você possa estar se capacitando,(...)

ter fóruns permanentes de discussão e aprofundamento de estudos e de pesquisas

que apontam a possibilidade de estar tomando decisões a partir daquilo que foi de fato

concluído (...) dentro dessas pesquisas. Agora eu tenho que te dizer que tanto

presencial como virtual, nós temos que garantir o espaço do pessoal do serviço(...)

7. (...) a coleta de dados, a discussão, análise desses dados e disponibilização (...) pra

que efetivamente a gente tenha condição de, baseados nas análises desses dados,

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fazer planejamento estratégico nas ações de saúde(...) ferramenta de auxílio pra que a

gente possa resolver as questões de saúde que são pertinentes a cada município ou

região (...)

8. Não creio que seja a melhor opção já se definir assim a priori, enfim, as atribuições.

(...) “No hai camiño, os caminhos se fazem ao caminhar (...)”.

9. (...) é uma coisa bem específica da área de medicamentos, quanto custa de

verdade a assistência farmacêutica no Brasil, no setor público? A gente sabe, quando

muito, alguns segmentos do SUS quanto compram em medicamento. Você não sabe

quanto custa a logística para isso, você não sabe quanto custa pessoal, a perda de

medicamentos, a estrutura física para isso, você não tem a menor idéia(...) tem que

aprender e entender quanto custa realmente esse processo de saúde, e doença(...)

esses núcleos, têm que pensar a saúde nessa lógica(...) comparando a tecnologia(...)

avaliar o que você tem e pensar no futuro. Isso, até para se ter um planejamento

correto nessa área. Você planeja muito em cima de modismo ou de indução de novas

tecnologias, às vezes você incorpora é porque foi induzido e não porque você avalia

de fato a demanda dela(...) os recursos são escassos sim mas também são muito mal

usados, em função de desconhecimento(...) esse é o desafio que tem num Centro

desse tipo. Pensar dentro da lógica epidemiológica, usar ferramentas, instrumental

epidemiológico para decidir, o que você não faz, vira meio no modismo ou indução(...)

10. Manter equipe permanente levantando informações e minimamente trabalhando-as

para a disseminação ; Levantar bibliografia nacional e internacional (acesso linkado). ;

Levantar material produzido no caso Brasil ; Levantar núcleos de estudo e pesquisas ;

Levantar pessoas ; Disponibilizar o acesso a estes dados ; Disseminar a informação

eletronicamente através de boletins semanais com resumos ou títulos de trabalhos ;

Promover eventos disseminadores das informações ; Manter um programa de apoio às

comissões de financiamento dos conselhos até com plantão virtual de dúvidas ;

Criação ou estímulo à criação de instrumentos gerenciais e de acompanhamento da

execução orçamentária para gestores e conselhos ; instrumentos de prestação de

contas inteligíveis para a população ; Manter canal direto com conselhos(...)

11. (...) um Centro que possa articular com vários centros (...) no país, de fora do país,

(...)para garantir o acesso à informação que está sendo gerada, (...) integrar a rede

com os Institutos Nacionais (...) e outros centros(...) atuar em rede e tentar gerar e

disponibilizar essa informação(...)são funções fundamentais desse núcleo (...). O

Ministério tem que favorecer iniciativas desse tipo(...)

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12. (...) o CONASEMS através de seus filiados poderia contribuir, com uma visão

municipal, uma visão local, como é que esses grandes temas nacionais vão acontecer,

nessa multiplicidade de situações que a gente tem nos municípios. Até porque na

maioria dos municípios a saúde tem uma dependência também da Secretaria de

Finanças, então pode qualificar esse diálogo local(...)

14. (...) tem três ou quatro produtos e sub-produtos, um é desentocar talentos do

continente, outro é articular as associações de Economia da Saúde, outro é

institucionalizar a área para outros gestores e países. Todos têm este tipo de

demanda, ninguém conseguiu construir ainda formalmente uma diretoria de Economia

da Saúde(...) o outro é contribuir para discussão de macro-economia de saúde e

saúde e desenvolvimento(...) assegurar uma melhor função da área, como algo que

possa se desdobrar depois, ter um braço, um módulo dentro do Centro que vai estar

cuidando de articular as avaliações tecnológicas, outro que vai estar articulando

estudos de farmacoeconomia, outro que vai estar articulando os dados a respeito de

formação de recursos humanos. Na verdade a idéia é ter um Centro que possa ter

essas asas ou esses módulos, essas barbatanas, ou seja, um Centro tipo espinha de

peixe, onde você teria uma espinha dorsal, onde estariam sendo pendurados esses

módulos. Acho que o primeiro passo é realmente consolidar o que existe, eu

sintetizaria assim: quem esta fazendo o que, onde, com que competência? (...) eu

acho que ele seria o referencial de convergência de tudo isso. Ele é o orientador de

navegação na área(...)

3 - Existe interesse/abertura (ponto de vista das pessoas e da instituição) para articular/fortalecer a construção de um núcleo estadual de Economia da Saúde com o SUS, neste Estado?

Idéias centrais:

• Há reconhecimento da importância da Economia da Saúde para gestão do

SUS. Alguns gestores têm demonstrado claramente este interesse.

• Algumas instituições já criaram uma estrutura formal ou estão trabalhando na

sua institucionalização. Na prática existem iniciativas que podem ser

consideradas como um embrião do núcleo.

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72

• O núcleo responderia a uma necessidade de informação, uma vez que o

Estado tem uma demanda muito grande, mas pouca organização nesta área.

Uma das funções macro do Estado seria o financiamento da saúde, entendido

não como um simples repasse de recursos, mas atuando na regulação, na

definição do processo de incorporação tecnológica no SUS, no favorecimento

da implantação de sistemas de custos nas suas unidades.

• O núcleo deve se constituir num espaço propício à articulação entre os atores,

em um sistema de co-gestão, sem nenhuma dominância. Pode ser do gestor e

da academia, cada um potencializando suas qualidades e minimizando seus

defeitos. Mas a Economia da Saúde não deve ser um espaço só de

economistas ou médicos, mas também de epidemiologistas, administradores,

pessoas que militam na área da saúde, que possam utilizá-la como suporte

para seus estudos e no processo de tomada de decisões.

• O gestor federal manifesta interesse e empenho na viabilização de rubrica

orçamentária que possibilitará a estruturação do Centro nacional e dos núcleos

de economia estaduais ou regionais, preferencialmente ligados aos gestores.

Discurso do Sujeito Coletivo:

1. (...) A criação do núcleo dentro da recuperação da Secretaria tá? A disposição da

instituição em indicar servidores pra se capacitarem, esse curso à distância teve uma

procura muito grande aqui(...) os secretários municipais, pelo menos a metade deles

(...) passaram já por uma especialização na área de gestão(...) eles entendem a

questão financeira, econômica como uma necessidade (...) a Secretaria definiu que a

prioridade pro curso à distância ia ser exatamente para os municípios, demonstra

interesse de criar no Estado essa lógica.

3. (...) Eu em princípio sou simpático à idéia(...) Principalmente na medida em que

você tem essa visão de articulação(...)

5. (...) já existe, na prática, uma comissão que trabalha(...) já fiz até uma portaria, mas

a secretaria ainda não assinou porque a atribuição dessa comissão está se chocando

com a(...) da própria secretaria(...) Tem duas pessoas da Secretaria da Saúde (...)

Universidade Estadual(...) Escola de Saúde Pública e(...) USC, e a gente incluiu uma

pessoa agora que é do Conselho de Secretário Municipal de Saúde porque(...) as

instituições acadêmicas são muito importantes, mas é importante a gente entrar

também nos municípios(...) estamos discutindo da inclusão de mais dois membros: um

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na macroregião de Sobral e outro na macroregião de Pariri(...) podia ser uma

instituição acadêmica. Seria assim um apoio que a gente poderia ter nas macros. Nós

estamos discutindo isso, possivelmente nós vamos institucionalizar aqui dentro da

comissão(...)

6. (...) Em termos de núcleo nós temos já um embrião, nós temos uma comissão que

foi uma iniciativa nossa na estruturação da própria Economia da Saúde no Estado, e

trabalhamos em parceira com duas universidades, Universidade Federal, Escola de

Saúde Pública e Secretaria. Nós nos reunimos sistematicamente, temos agenda para

discussão e posição da Economia da Saúde no Estado. Tenho dificuldade de ampliar

o número de pessoas que participam desses movimentos(...) mas em termos de

fóruns de debates nós precisamos ampliar, para que as pessoas possam participar, ter

mais interesse e se manter na economia nacional. Nós não queremos, por hipótese

nenhuma, que a Economia da Saúde seja um espaço só de economistas ou só de

médicos. Nós queremos que seja um espaço dos profissionais da Saúde, dos

epidemiologistas de uma forma geral, que eles possam se apropriar do conhecimento

da Economia da Saúde, que os administradores, que todas as pessoas que militam na

área da Saúde, eles possam conhecer Economia da Saúde e utilizar Economia da

Saúde como suporte para os seus estudos e para os estudos nas tomadas de

decisões(...) Já fizemos alguns estudos(...)de subsídios para os gestores municipais

em termos de faturamento de custos, em unidades com perfil de atendimento micro-

regional, temos seminários informativos sobre a economia na busca de formar produzir

e sensibilizar o desenvolvimento da economia, mas ainda não é uma necessidade

sentida dos gestores municipais(...)

7. (...) Com certeza. Nós já estamos trabalhando nisso. O COSEMS, junto com a

Secretaria de Estado, o DATASUS e o Ministério(...)

8. (...) eu entendo que sim, de alguns dos gestores foi claramente demonstrado esse

interesse(...) é uma idéia que a adesão dos gestores, tanto estaduais como alguns

municipais, dependendo do porte, seria grande. Agora, lógico que o próprio SUS é um

processo(...)

9. (...) Nós defendemos que o Estado tenha um núcleo(...) queremos trabalhar junto

nisso. Nós temos assim, necessidade da informação, acho que é fundamental, o

Estado tem uma demanda muito grande mas sem nenhuma organização nisso, eu

acho que está na hora da gente se organizar(...) nunca pensei como é que é, não(...)

Mas eu acho (...) que não pode descolar, não pode ter essa separação porque eu

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acho meio perversa, sabe? Você separa o recurso terapêutico do diagnóstico e da

conseqüência do tratamento. Eu acho que tem que estar bem articulado, essa coisa

tem que estar ligada, como ela é de fato(...) tem que casar essas duas coisas pra você

ter uma redutividade com o dinheiro que você tem, até para discutir melhor o

orçamento da saúde(...)

10. (...) Eu acho que tem que criar uma co-gestão só, nenhuma dominância dos dois

vai ser bom. Se ele tiver muita cara de academia não vai ser bom, e se ele tiver só a

cara do gestor não vai ser bom, eu acho que uma co-gestão paritária até(...) estou

pensando que pode ser do gestor e da academia, cada um potencializando,

minimizando seus defeitos, potencializando suas qualidades(...) Eu acho que é

possível, eu tenho boa impressão disso(...)

11. (...) Eu acho que é etapa (...) estamos no segundo (...) curso de especialização

em Economia da Saúde que tem gerado uma coisa interessante (...) o primeiro gerou

várias monografias, interessantes ao sistema (...) você está ao mesmo tempo na

interface com a universidade e com o serviço(...) A atenção terciária, ela precisa muito

de regulação, sobretudo na área de incorporação de novas tecnologias, de estudos de

custos. E a atenção secundária precisa de suporte mesmo, tem proposta que é uma

micro-região, já existe tecnologia disponível testada, e precisa de financiamento,

discutir como que ela vai funcionar, então os estados têm papel fundamental na

regulação (...) acho que os estados ainda têm propostas muito tímidas no

financiamento, então é fundamental que rediscutam isso, fontes estaduais, alocação

estadual de recurso, fomento a sistema de custos, são algumas das áreas que eu

acho que esses núcleos têm e em parceria com os municípios, eu acho que os

municípios têm contribuição para dar(...) E uma das funções do Estado (...) é a função

de financiamento da saúde, regulação, financiamento, avaliação(...) essas funções

macro, uma delas seria o financiamento e não pura e simples repasse de recursos,

não queremos transformar a secretaria numa agência financiadora de saúde, num

banco, mas na regulação, na discussão, na incorporação tecnológica, no

favorecimento à implantação do sistema de custos nas suas unidades. Não é

consenso a visão (...) do ponto de vista da social democracia, mas é consenso que a

Economia da Saúde é parte importante(...) o CONASEMS(...) optou por usar a

estratégia de organização de núcleos(...) O núcleo tem vários aspectos, desde a

discussão do financiamento(...) fontes de financiamento, a eqüidade e a alocação de

recursos pra nós são áreas estratégicas, alocação eqüitativa de recursos (...) a área

de custos de unidades(...) trabalhar com custos, hoje como o sistema é financiado por

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três esferas, acaba que o município sabe quanto bota, mas não sabe quanto custa, o

ministério aloca, mas também não sabe, o Estado nem sabe direito onde aloca ou

ninguém sabe. Só cada Estado sabe(...) essa discussão sobre contratualização, que é

gestão mas envolve financiamento, como pagar prestadores, é uma outra discussão

que tem interface com a Economia da Saúde(...) Essa parte de avaliação tecnológica e

incorporação de procedimentos, (...) a gente não conseguiu ainda, (...) sensibilizar

muito pra essa área(...) para nível de município é importante que a gente tenha um

órgão nacional, pode ser até estadual, que defina o processo de incorporação

tecnológica no SUS(...) isso é uma tarefa mais do nível nacional e nós devemos ser(...)

partícipes(...) a maioria dos países tem uma agência nacional que trabalha com isso,

mas é uma área importante, que tem repercussões importantes, e a gente deve

participar do processo como interlocutores, mas não criando dentro do CONASEMS

uma estrutura deste tipo(...)

12. (...) Talvez as estruturas aprisionem um pouco essa possibilidade de fazer os

estudos que possam interessar em diferentes momentos da administração. Eu tendo a

achar que núcleos de estudo assim bastante importantes como é a questão da

Economia da Saúde podem extrapolar interesses em momentos mesmo de

articulação, talvez tenha “ locus” melhor na universidade(...)

14. No setor público você configura um maior ou menor interesse em função da

existência formal de dotação orçamentária, (...) a certidão de nascimento, o registro

em cartório aconteceu no dia 1º de janeiro do ano de 2004, (...), ao ser aprovado o

orçamento do PPA (...), quando vem lá, Economia da Saúde, com o horizonte de 5

milhões de reais (...) a atividade principal da Economia da Saúde é a estruturação do

Centro nacional e dos núcleos de economia estaduais ou regionais, preferencialmente

ligados aos gestores.

4 - Como se daria a participação desta instituição neste núcleo estadual?

Idéias centrais:

• O Ministério da Saúde atuaria como parceiro com os estados, suprindo

deficiências na busca dessa estruturação, além de funcionar como agitador

cultural da área. Quanto à alocação de recursos, deve haver um esforço

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compartilhado, a constituição de um fundo único para fomentar uma agenda de

prioridade de pesquisas a serem estimuladas.

• A Secretaria estadual tem o papel de coordenação, prestando cooperação

técnica e financeira aos municípios e buscando congregar outros parceiros em

torno do núcleo, aí incluídas as universidades.

• É necessário promover a aproximação da universidade com os serviços. Seria

muito salutar se o núcleo puder materializar essa parceria da academia com os

municípios.

• O CONASEMS, por meio dos COSEMS, se incorporaria aos núcleos,

favorecendo que as informações estejam disponibilizadas em sua rede.

• As Secretarias municipais participariam tanto provendo recursos para seu

funcionamento, como demandando análises e produção de conhecimento. Um

dos problemas é como garantir que os serviços sejam capazes de gerar estas

demandas para se integrarem ao núcleo.

Discurso do Sujeito Coletivo:

1. (...)E dentro da nova estrutura da Secretaria, uma das funções aqui, da Secretaria,

do nível central é prestar assistência técnica aos municípios(...)

3. (...) a participação da (...) Secretaria Municipal de Saúde se daria tanto como uma

provedora de recursos pro funcionamento de um núcleo desses, como também de

uma demandadora de análise, de produção de conhecimento(...) Um dos

problemas(...) é essa incapacidade que a administração pública tem de gerar

necessidades para a academia(...) essa é uma questão importante, entendeu? Como

garantir que o serviço tenha um grau de demanda, de análise, de conhecimento e etc.

pra conseguir ser parte do sistema(...)

4. (...) o Ministério, a Secretaria, o Departamento de Economia da Saúde, vão atuar

enquanto um todo, como grandes parceiros, assim como os estados são grandes

parceiros(...) embora tenham deficiências, embora necessitem de informações e

necessitem de muita atenção por parte do Ministério. No momento em que eles

tenham uma estrutura que podem buscar informações e que podem transmitir essas

informações, mas já transformadas em ferramentas gerenciais, sim, eles vão ter

interesse e nós, enquanto Ministério, vamos estar juntos, para que eles possam estar

bem estruturados(...)

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5. (...) É como coordenação(...) Já existe na prática uma comissão que trabalha. Ela

não é formalizada(...)

6. (...) Nas pesquisas nós estamos envolvendo o pessoal também de serviço. Está

tendo uma experiência que nós consideramos exitosa(...) não só como demandas(...)

Eles também participam da pesquisa e estão participando tanto dos cursos básicos(...)

como nós temos pessoal de serviço nos cursos de especialização(...) Já fizemos

alguns estudos(...) de subsídios para os gestores municipais em termos de

faturamento de custos, em unidades com perfil de atendimento micro-regional. Temos

seminários informativos sobre a economia na busca de formar produzir e sensibilizar o

desenvolvimento da economia, mas ainda não é uma necessidade sentida dos

gestores municipais. Nós temos que ter um trabalho grande de informação para

sensibilizar os gestores municipais (...)

7. (...) O COSEMS, pelo próprio acesso que ele tem a todos os municípios, como

articulador e mesmo como propagador da idéia e das informações obtidas

8. (...) se faça um fundo único(...) a partir da agenda de prioridade de pesquisas se

passe a estimular(...) Acho que deve ser compartilhado o esforço, não deve ser assim

olha, estamos chegando com isso(...) porque aí (...) a postura vai ser sempre de

esperar que da próxima vez venha aquilo ou mais e tal. Então que se aloque algum

recurso como estímulo para que some recursos aos estaduais e eventualmente a

algum outro(...)

9. (...) o estado tem uma grande contribuição. (...) Indicaria como parceiros:(...) o

COSEMS, a Secretaria Estadual, são os mais interessados. A Fundação João

Pinheiro, ela conhece muito, eles são bons de diagnóstico dos próprios municípios(...)

a FIEMG(...)

10. (...) a estratégia de botar núcleos dentro da Secretaria Estadual de Saúde é

fundamental, ela vai poder ajudar dentro do que está previsto na Constituição, na

cooperação técnica e financeira com os municípios por obrigação legal(...) e tentar ver

se consegue congregar os demais, que são as universidades junto com ela. (...) Eu

acho que o lugar disso é dentro das Secretarias Estaduais(...)

11. (...) já estamos implantando uma rede, os COSEMS, que são os núcleos estaduais

do CONASEMS, são a primeira instância de agregação dos municípios, nós estamos

passando por um processo de fortalecimento dos COSEMS, (...) assessoria aos

COSEMS pra que se possa assessorar os municípios em várias áreas, sobretudo na

área de gestão(...) A incorporação dos COSEMS nos núcleos favorece que essa

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informação esteja disponível na nossa rede. (...) na hora em que a gente reúne

universidade e município(...) é uma parceria muito salutar e o núcleo pode materializar

isso, essa parceria de academia e municípios na geração, no teste, na execução

dessas informações.

12. (...) Na verdade, o que a gente precisa mesmo é aproximar, a universidade e os

serviços(...)

14. (...) agitador cultural nessa área, (...), a orientação que eu vou estar dando não é

de ter uma central que (...) coordene hierarquicamente os núcleos, eu tenho

particularmente a concepção de que são núcleos do SUS.

5 - Quais ações, no âmbito da Economia da Saúde, poderiam ser realizadas por núcleos estaduais (explicar a proposta de núcleo estadual: articulação entre

serviços e academia para realização de estudos, pesquisas e formação de RH) e que seriam de interesse desta instituição?

Idéias centrais:

• O núcleo estadual deve atuar na sensibilização dos gestores do SUS quanto

aos objetivos da Economia da Saúde e na produção e disseminação de

conhecimentos nesta área, a partir das realidades e dificuldades locais, em

articulação com outros núcleos estaduais.

• Deve promover a ligação entre academia e serviços, como um instrumento do

processo de construção do SUS. Deve desenvolver um papel de articular as

informações, avaliar custos e aportes de recursos na perspectiva de se

promover equidade. É preciso se constituir enquanto referência do

instrumental para viabilizar análises estruturadas, elaboradas para ajudar no

planejamento estratégico das ações, na alocação racional dos recursos, bem

como, subsidiar o diálogo com o judiciário no sentido de qualificar suas

decisões ou mesmo contestá-las.

• Deve investir na capacitação e qualificação de pessoas e desenvolver estudos

em consonância com a prioridade nacional de pesquisa em Saúde.

Discurso do Sujeito Coletivo:

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1. (...) sensibilização com gestores do SUS(...) quanto ao objetivo Economia da Saúde,

a produção e disseminação de conhecimentos em Economia da Saúde. Incorporar na

Instituição e também nos agentes todos essa nova cultura. E articulação com outros

núcleos estaduais(...)

3. (...) análises relativas à evasão - invasão do município, análises relativas a

dispensação de medicamentos, pra atenção primária. A discussão importante que a

gente tem muito com o judiciário, no sentido do judiciário ficar dizendo o que a gente

tem que fazer(...) A equidade é tratar(... )os desiguais desigualmente. Agora, essa

leitura(...) exige contra-posição de informação e muitas vezes nós não temos gente pra

fazer essas análises. (...) Poderia me valer de alguém que tivesse um núcleo, que

fizesse uma análise estruturada, profunda. Porque(...) todo dia chega uma ação nova.

E tem novas patologias aparecendo aí(...) novas drogas(...) e o impacto disso vai dar

no SUS(...) O custo dessas drogas será sempre altíssimo, independente de quanto

custa produzir(...) E aí nós estamos vendidos pra essas multinacionais que estão

produzindo esses medicamentos. Então a racionalidade da utilização desses produtos

vai ser vital. A análise econômica é muito importante. E você pode ter certeza que a

indústria vai começar a produzir também análise econômica(...)

5. (...) está na portaria elaborada. (...)

7. (...) o levantamento de dados, a avaliação do aporte desses recursos, ajudar no

planejamento estratégico das ações de saúde baseado na perspectiva de

financiamento(...) Ver o quê se está gastando em saúde, se está se gastando de

maneira correta(...) Se está sendo alocado racionalmente esses recursos(...)

8. (...) a difusão desse campo do conhecimento, a partir das realidades locais, das

dificuldades locais, e o estímulo e a difusão ao mesmo tempo que envolva a

qualificação de pessoas que possam estar identificando quadros e talentos, que

posam investir na capacitação, e estudos que estejam em consonância com a

prioridade nacional de pesquisa de Saúde, e de estímulos mesmo, concretos e

acompanhamento do seu desenvolvimento(...)

9. (...) se levar em conta quanto custa de verdade, se você descobrir, diagnosticar

esse custo, você pode melhorar a distribuição de recursos e acabar com o recurso

concentrado na União(...) a informação vai ser útil para definir a equidade, para

perseguir a equidade(...) o estado detém a informação que está pulverizada, aí pode

juntar essa informação e articular, (...) repensar essa logística da forma de

atendimento, também remanejamento(...) maximizar os recursos que você tem(...)

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capacitar pessoas, enfim(...) criar uma cultura na área(...) a contribuição do estado é

real e dos municípios também, agora falta articulação. Eu acho que o papel do núcleo

é fazer o papel de articulador para isso aí, sabe? Vai ter que ser instigante,

provocante(...)

10. (...) Eu acho que ele pode ser um executor disso (...)ele pode ser(...) Um pólo

regional entendeu?(...) talvez seja o executor que vai estimular e dar visibilidade do

que é o Centro(...)

11. (...) importante. (...) o núcleo estadual do SIOPS eu acho que deve ir pra dentro aí

do núcleo estadual da Economia da Saúde, porque o SIOPS é hoje uma fonte de

informação fundamental (...) na utilização do SIOPS como fonte de dados para os

tribunais de contas, para apurar melhor o gasto com saúde(...) os núcleos de

Economia da Saúde usando informações disponíveis no SIOPS, favorecendo a

integração com as universidades, favorecendo pesquisas, acho que os municípios

maiores podem participar do processo, podem contribuir, e grandes e pequenos se

beneficiam igualmente das informações (...) o núcleo tende a ser um foro importante

de criação e disseminação de tecnologia, na área de gestão mesmo é muita

contribuição que o núcleo pode dar(...)

12. (...) como é que se promove eqüidade com os recursos que se tem? Ou como se

usa eqüanimamente os recursos que se tem, enfim, essa é a nossa grande questão

(...) hoje a gente tem, por exemplo, uma necessidade de diálogo muito forte com o

judiciário, por conta até da questão da equanimidade, do entendimento da saúde como

direito de todos e aí as ações judiciais que se multiplicam (...)vejo uma possibilidade

também na parte especificamente de comunicação, de qualificar a comunicação, das

pessoas receberem trabalhos e notícias que possam ajudá-las a formar sua opinião

(...) capacitação de gestores e técnicos, capacitação no sentido de fazer circular

informações, de promover encontros e eventualmente até ter cursos, uma proposta

mesmo de colocar informação na roda, de atualizar as pessoas(...)

14. (...) são núcleos de economia de saúde no SUS para fazer esse

acompanhamento(...) ser um instrumento mesmo no processo de construção do SUS.

Mas eu concebo muito desses núcleos como sendo agências matrimoniais, que vão

fazer o casamento do serviço com a academia (...) a cabeça do casal seria o serviço

(...), quer dizer, é pra servir mesmo para ser uma fonte referencial do instrumental(...)

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6 - Quais estratégias contribuiriam neste processo?

Idéias centrais:

• Realização de encontros, oficinas, com a participação dos atores com poder de

decisão, dos consultores envolvidos e do Departamento de Economia da

Saúde, que explicitem a vontade política de consolidar o núcleo estadual,

desencadeando um processo de construção coletiva que envolve a discussão

das atividades embrionárias, o estabelecimento das estratégias e as

contrapartidas institucionais. Conseguir que as pessoas que participam do

processo se sintam donas da idéia.

• É importante sensibilizar os gestores do SUS, envolver outras instâncias, criar

uma cultura onde as pessoas falem uma linguagem comum, formar gente na

área.

• Em locais onde já existam vários grupos atuando nesta área é preciso atentar

para a dificuldade de congregar e desenvolver esforços para a criação de

consensos.

• Existe também a preocupação quanto à criação de estruturas nos serviços que

não correspondam à proposta, que se burocratizem em excesso e não tenham

a agilidade necessária para atuar.

Discurso de Sujeito Coletivo:

1. (...) de sensibilizar os gestores do SUS(...)o próprio envolvimento das outras

instâncias como a Secretaria de Ciência e Tecnologia, como a Secretaria da

Fazenda(...)

3. (...) eu não sei que visão (...) tem alimentando isso. Se é um núcleo ligado a

universidade, se é um núcleo tipo sociedade civil(...) Um núcleo desses numa cidade

que tem grupo de Economia da Saúde como o da Paulista, outro como o da Faculdade

de Saúde Pública, deve ter gente lá na Fundação Getúlio Vargas(...) Como é que esse

núcleo trabalha? Isso é uma dificuldade grande (...) Porque os médicos vêm das três,

têm uma escola, então eu tenho que me preparar pra criar um consenso (...) A

engenharia é complicada, né? Eu tenho na Secretaria Municipal de Saúde o Centro de

Formação do Trabalhador, que hora ele faz as coisas, hora ele compra das

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pessoas(...) E tem uma função específica ao CEFOR(...) é justamente formar

trabalhadores. (...) A análise econômica desse tipo da atenção à saúde (...) só como

ferramenta isolada(...) é muito artificial, né? Se ela está dentro de um centro de

avaliação de tecnologia é uma coisa, agora, se ela existe isolada(...) esse é um risco

que não deve correr. (...) Precisa tomar cuidado um pouco com isso. Na academia

você pode criar centros excelentes de economia de saúde, não sei(...) talvez(...)

Agora, a minha primeira reação é (...)de receio, de você ter dentro de um serviço, um

grupo de pessoas que só faz análise econômica(...) Você imaginar que você possa ter

um núcleo de Economia da Saúde, onde as decisões passam a serem tomadas como

acontece na CPD? (...) É muito artificial isso. A Economia da Saúde é uma

ferramenta(...)

4. (...) É uma necessidade(...) das diversas secretarias estaduais e do Ministério(...)

nós teríamos que ter claro em um primeiro momento, quais as informações que nós

precisamos e quais as avaliações que devem ser feitas. No momento em que isso

fique bem claro, nós passamos a ter o quê? Os atores plenamente identificados e os

trabalhos que vão ser desenvolvidos. Quando se fala em núcleo estadual de

acompanhamento, se fala em um trabalho evolutivo que vai ser desenvolvido ao longo

do tempo, as informações que vão ser geradas a partir desse trabalho. Tendo

identificado os atores e a partir do momento em que eles se comprometem, nós vamos

ter(...) nesse núcleo, os diferenciais de pesquisa e a identificação do trabalho. Logo,

nós vamos ter as informações necessárias para a tomada de decisão, não só

enquanto informações com qualidade, mas principalmente informações que vão refletir

no momento e no futuro, as ações que nós temos que desenvolver(...)

5. (...) Nós já estamos falando aqui do passado, a comissão já está criada. A

estratégia principal que eu considero foi a estruturação da célula(...) nós passamos

duas semanas com um consultor(...) que trabalhou com um grupo de oito pessoas e

fez o planejamento estratégico porque tinham pessoas que tinham pouquíssimo

conhecimentos de Economia da Saúde e outras com muito conhecimento(...) Então

isso fez com que nivelasse o grupo e a gente saiu de lá com o planejamento já bem

estruturado. E a gente levou pro Conselho de gestor e aprovou integralmente. Então

isso foi muito importante(...) A outra coisa que acho que foi importantíssima foi a

vontade política da Secretaria de fazer. Sem ter vontade política você pode ter um

monte de gente muito bem qualificada e não sai nada do papel. E a vontade política

dos parceiros, realmente os parceiros mesmo sem ter um papel formalizado, nós

tivemos total apoio(...) de sentar para analisar, pra discutir, pra fazer planejamento, pra

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definir as coisas, então foi muito importante. Eu considero esses três pontos

fundamentais(...)

7. (...) é de suma importância que tanto o COSEMS, quanto a Secretaria de Estado,

todos estejam falando a mesma linguagem e a capacitação é a forma de você

conseguir isso. E eu acho que valia à pena também a gente introduzir nesse grupo os

Conselhos de Saúde, que seria a questão do controle social(...)

8. (...) uma oficina em que atores com poder de decisão pudessem ser convidados,

juntamente com pelo menos o diretor do Departamento de Economia da Saúde, e

algumas pessoas-chave em cada Estado(...) com essa estratégia mais ou menos

estabelecida, que algum recurso pudesse ser colocado(...) esse recurso será

destinado para isso desde que exista uma contrapartida. Para demonstrar claramente

que o Estado se interessou com aquela contrapartida e uma discussão de atividades

embrionárias que possam ir concorrendo para a própria consolidação desse núcleo

estadual. Eu tenho sempre muita crença e muita fé quando a gente reúne pessoas, a

construção coletiva sempre tem mais condições de ser efetivada do que aquelas

coisas de gabinete, e eu acho que por aí a gente caminharia bem(...)

9. (...) é fundamental você criar uma cultura, criar pessoas pensando isso, formar

gente na área é fundamental, você não tem recursos humanos no Brasil(...) Essa

cultura do usuário, eles não levam em conta que se orça, tinha que participar desse

orçamento, até pra penalizar quem deixa perder por irresponsabilidade, tem que

mudar essa lógica mesmo(...) até para o gestor entender, porque eles também não

entendem quanto custa isso não, não têm a noção de quanto custa isso, e vira um

negócio essa coisa, é um binômio meio que perverso demais, é um armazenzinho,

compra e distribui, compra e distribui, mas você não avalia(...) o problema com a falta,

o uso errado(...) ou o excesso, o problema que causa. Então acho que(...)vai ser muito

útil (...) conhecer esse lado da realidade, porque é muito empírico, a gente imagina,

tem muito achismo nisso e (...) é no Brasil inteiro(...)

10. (...) Eu acho que juntar, nós temos vários núcleos(...) Cada um com os seus

interesses, entendeu?(...) Eu acho que nenhuma dessas estruturas o estado seria

capaz de juntar. Olha como é que é complexo, hein? Se tem um estado que consegue

congregar os municípios, eu não tenho aqui o estado congregador, entendeu? Ele não

vai desempenhar, os outros estão mais acima do que ele em termos de credibilidade,

entendeu? (...) uma tentativa de fazer (...)seminários para sensibilização, eu acho que

tem que começar a plantar, por que ai vêm alguns caras(...)

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12. (...) que eu fico preocupada de você aprisionar esses estudos dentro de uma

estrutura porque essa estrutura que às vezes não consegue corresponder ao que se

idealiza enquanto legislação, enquanto proposta. Então, até que ponto ela vai poder

realmente trabalhar com a liberdade que é preciso?(...)

14. (...) oficina sobre núcleos para poder discutir com os consultores que trabalharam

isso, com as pessoas que estão envolvidas com a idéia do núcleo (...) conseguir que

as pessoas que participam do processo se sintam donas da idéia (...)

7 - Qual a percepção sobre o cenário atual e quais são as perspectivas (fatores dificultadores e facilitadores) para a institucionalização da área de Economia da Saúde no Brasil?

Idéias centrais:

Fatores facilitadores:

• Houve um despertar sobre o tema no período recente, especialmente nos

conselhos e no âmbito das secretarias estaduais de saúde.

• Existem atualmente diversos atores vinculados à academia que estão atuando

no governo, no âmbito federal, estadual e municipal, propiciando um momeno

favorável ao desenvolvimento de um trabalho diferenciado enquanto política de

governo.

• A necessidade de racionalização de recursos para a área da Saúde sentida

pelas três esferas de governo, uma vez que as necessidades da população são

crescentes. Um ponto de fortalecimento é fazer com que os gestores

conheçam técnicas de alocação de recursos dentro de uma abordagem de

justiça social e não de uma visão puramente economicista, com a Economia da

Saúde subsidiando-os para a tomada de decisão.

• Há um consenso de que a competência gerencial tem que ser melhorada e da

necessidade de se reforçar a construção do SUS no componente controle

social.

• A maior disponibilidade de informações relativas a alocação de recursos (e.g.

SIOPS), bem como a perspectiva de maior transparência nos gastos,

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permitindo reavaliar novos aportes de recursos dos municípios, estados e

União.

• Especificamente na área de medicamentos, a existência de uma política

nacional definindo claramente o papel de cada instância do SUS e os meios

para assistência farmacêutica.

Fatores dificultadores:

• Ausência de massa crítica com vinculo permanente no Serviço Público,

precarização das relações e condições de trabalho em função do Estado

mínimo herdado do modelo neoliberal.

• A expansão da área de Economia da Saúde exige um preparo técnico para ser

adequadamente utilizada e, atualmente, é baixo o nível de formação técnica

das equipes de saúde.

• Os profissionais vinculados aos serviços já tem suas atribuições normais e não

recebem nenhum incentivo financeiro para poder participar de uma pesquisa.

Dificuldade de remuneração de pessoal.

• Sistema hierarquizado, com manutenção de políticas verticalizadas de

recursos, inviabilizando a efetiva gestão plena do sistema pelos municípios.

• Especificamente na área de registro de medicamentos, a atribuição é de

competência federal, mas no processo do SUS deveria ser coletivamente

discutida, uma vez que ainda funciona numa lógica de simples mercado e não

leva em conta a importância terapêutica.

• Persistência da distância existente entre instituições de ensino e de pesquisa e

os serviços.

• Cultura institucional que não valoriza o bem público, propiciando uma frouxidão

dos controles das finanças públicas.

• Consequências da crise econômica e do desemprego na organização do

sistema de saúde.

• Resistência à novidade e a falta de cultura de alimentação de banco de dados

e sistema de informação. Desenvolver plataforma de informática amistosa.

• Oportunizar espaço para todos os atores envolvidos.

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• Viabilizar recurso humano para dar suporte e sustentação permanente a este

processo.

Discurso do Sujeito Coletivo:

1. (...) como principais dificultadores, a cultura das instituições e do próprio agente

público acerca do que é público e do que é privado. Eu acho que os agentes públicos

não fazem muita diferença, dentro das instituições na questão do gasto público(...) Às

vezes eles pensam assim: não é meu, é do estado(...) E a questão da frouxidão dos

controles(...) das finanças públicas. O Tribunal de Contas (...) está mais preocupado

com a formalidade contábil e financeira do que com metas alcançadas. Eu diria que há

uns 3 anos, no máximo 4, a gente já vê essa mudança em termos de preocupação

com as metas(...) já vem tendo essa mudança de comportamento(...) E os

facilitadores(...) escassez de recursos, que a coisa está ficando complicada com

relação a financiamento. Porque quanto mais você põe dinheiro em saúde, mas você

vai gastar. (...) E as necessidades da população que realmente, cada dia que passa,

são crescentes e a gente não sabe onde vai chegar(...) Eu vejo uma dificuldade

grande em se trabalhar a Economia na área da Saúde(...) nessa lógica de que você

tem que dar total cobertura às necessidades de saúde. É aquela história, aquele velho

dilema, e a vida não tem preço, então, você tem que estar investindo(...) Não é que

aquela vida não tenha sentido, mas pra atender aquela demanda a gente deixa todos

os outros morrerem. Eu acho que a gente precisa começar a relativizar essa história,

do valor da vida nesse sentido. Porque quando a gente vê essa coisa isoladamente,

eu me preocupo com o valor dessa vida aqui, mas eu esqueço que tantos outros

também estarão morrendo se eu não fizer a escolha adequada. Então essa cultura de

você poder mensurar o valor da vida, pra área da saúde é extremamente

complicado(...)

3. (...) A tentação de ter uma visão cartesiana é muito grande, principalmente por

causa(...) nós estamos numa draga muito grande, entendeu? Esse desemprego, essa

estagnação da economia da cidade é uma coisa que você não acredita o desgaste

que isso está gerando. Além do desgaste que isso está gerando, a retração da

atividade da Secretaria. (...) Todo dia vem uma notícia de mais um congelamento,

porque a expectativa de receita se frustrou e se frustrou e se frustrou. E aí você fala

não, nesse mar de miséria, né, o que eu vou fazer?(...)

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4. (...) O cenário atual é favorável, hoje mais do que nunca nós temos aí diversos

atores vinculados à academia, que estão vinculados ao governo, não só no âmbito

federal, mas também nos âmbitos estaduais, e municipal(...) nós temos hoje um

momento favorável para que se possa desenvolver um trabalho diferenciado enquanto

política de governo(...)

5. (...) Quando a gente vai desenvolver uma pesquisa, a gente pensa pessoas que

podem contribuir(...) que não são obrigatoriamente dentro da célula(...) E outras

pessoas de fora,..têm já as suas atribuições normais e ela não recebe nenhum

incentivo financeiro para poder participar de uma pesquisa. Eu acho que isso, isso é

uma dificuldade(...) essa questão da remuneração do pessoal(...) o encerramento do

projeto, o DFID (...) também já foi um colaborador muito grande que parece que vai

terminar agora em março do próximo ano(...)

6. (...) facilitadores(...) a necessidade da racionalização dos recursos para a área da

Saúde é sentida pelos gestores das três esferas de Governo(...) essa queixa é sempre

que os recursos são insuficientes para atendimento das necessidades de Saúde(...)

Se você que trabalha, que milita na área da Saúde não tiver capacidade de apresentar

estudos em que você mostre que esses montantes de recursos para a Saúde são

insuficientes para garantir uma intervenção na área, em função das necessidades da

população, fica cada vez mais difícil você conseguir novos recursos. Eu vejo que o

ponto de fortalecimento para a área da Economia da Saúde é no sentido de fazer com

que os gestores possam conhecer que existem técnicas, que vão permitir a eles alocar

os recursos da Saúde dentro de uma abordagem de justiça social(...) a área do

controle externo está colocando para os gestores uma situação ímpar. O controle

externo que eu estou falando é o controle social e o Ministério Público(...) Você

apresenta uma demanda pontual, onde essa demanda pontual representa uma

intervenção individual, num custo altíssimo, mas que essa pessoa tem um risco muito

grande(...) uma quantidade imensa de pessoas, com problemas de Saúde, que não

são agudos, mas que nós, com esse mesmo recurso, eu deixo de assistir para poder

assistir essa demanda individual(...) Então a Economia da Saúde pode dar aos

gestores a possibilidade de se subsidiar para a tomada de decisões. (...) subsídios

para a tomada de decisão que não seja só na visão puramente economicista, mas que

ele contemple uma justiça social(...) Qual é o ponto fraco? É que estas técnicas

exigem um preparo técnico para serem de fato usadas. E hoje você não tem um nível

de formação técnica para a equipe de Saúde(...)

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7. (...) o SIOPS, foi um grande ganho para todos os municípios, para o Estado e para a

própria União(...) Porque começou-se a ter realmente informações a respeito da

alocação de recursos(...) seria uma transformação não só na transparência, na

questão objetiva de quanto se gastou, mas como se gastou, onde se gastou, e

reavaliar os planos municipais de saúde, reavaliar as perspectivas de novos aportes

de recursos dos municípios, do estado e da própria União. (...)a maior parte das

pessoas que estão hoje no Ministério são supostamente municipalistas. Só que

continua a mesma política verticalizada, onde os recursos já são pré-destinados, pré-

definidos, inviabilizando a real gestão plena do sistema pelos municípios(...)

8. (...) ainda não conseguimos formar uma massa crítica com vínculo permanente com

o Serviço Público. A maioria das pessoas que estão envolvidas nisso são contratos

temporários com Organismos Internacionais. (...) É esse estado mínimo herdado do

modelo neoliberal(...) Hoje o Ministério da Saúde é uma precarização total, as pessoas

não tem vínculo, não tem garantia de emprego, não tem uma série de coisas, (...)é um

fator que dificulta você estar formando um quadro de pessoas que queiram, que optem

por ser um Servidor Público, que se possa capacitá-los. Você vai capacitar um cidadão

que daqui a dois dias vai estar no Setor Privado?(...) Uma segunda questão é o

próprio Orçamento para a Saúde, embora a Emenda Constitucional venha sendo

razoavelmente cumprida (...) mas que se busquem novas fontes(...) para beneficiar a

população de renda inferior(...)

9. (...) é registrado o produto, mas não se leva em conta a importância terapêutica(...)

Antes funcionava, ainda funciona muito, como um simples mercado como qualquer

outro(...) Isso leva também a você ter dificuldade de controle de preço(...) porque você

tem 13 mil marcas no mercado(...) hoje a competência é federal mas no processo do

SUS não pode ser(...) porque tem que ser coletivamente discutido(...) tem que

construir esse sistema, porque ele não existe nesse sentido não. Ele ainda é um

sistema bem hierarquizado(...) você tem uma política nacional de medicamentos(...)

Ela estabelece, claramente, o papel de cada órgão, de cada instância do SUS(...) a

própria Portaria define a competência financeira estadual, municipal e federal(...) isso

está mais ou menos pactuado já no Brasil(...) há um consenso nisso e há a

regulamentação, eu acho até que está muito boa, falta é implementação mesmo (...)

10. (...) houve um despertar sobre o tema, de uns anos para cá. Mais gente se

interessou pelo assunto, mais discussões nacionais e estaduais aconteceram nos

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conselhos e no âmbito das secretarias de saúde. A perspectiva é boa mas ainda é

lenta(...)

12. (...) A distância que ainda existe entre essa máquina (prestadora. e a universidade,

não só universidade, mas associações de pesquisa(...)

14. (...) as pessoas estão mais convencidas de que têm que melhorar a sua

competência gerencial e (...) é necessário que a gente reforce a construção do SUS

no componente controle social, (...) no mundo inteiro, está todo mundo em crise pra

financiar medicamento (...) financiar melhor qualidade de vida. Tem todo (...) um

confronto, um conflito entre gestor de saúde e fornecedor de equipamentos, de

medicamentos. As demandas são muito mais formuladas a partir das necessidades e

das pretensões dos construtores de equipamentos, de procedimentos e

medicamentos, do que da própria necessidade de saúde da população (...) Isso tem

um caráter socializante fantástico, porque todos, estão com essa crise. Então a área é

absolutamente dinâmica(...) O pior de tudo será a resistência à novidade, o segundo é

a falta de cultura de alimentação de banco de dados e sistema de informação (...)

Vamos ter problema de ciúme(...) Quando der certo vai aparecer um monte de pai

querendo assumir(...) temos que ter uma estratégia muito clara para uma plataforma

de informática que seja adequada, amistosa e, temos que ter uma lógica de gerência

para alimentação, manutenção, atualização das bases que a gente for construindo (...)

essa vai ser a maior dificuldade, quer dizer, como oportunizar espaço pra todo mundo,

e como não deixar que isso seja apenas um momento de espasmo(...) Outro problema

grave (...) assegurar pessoal para essa gerência, o recurso humano necessário para

isso. A maior dificuldade(...) é garantir recurso permanente, não é financeiro não,

porque financeiro acaba sendo menos complicado do que o recurso humano para dar

suporte e sustentação permanente (...) um Centro desses (...) é uma coisa que é pra

ser continuada, não é pra ser um espasmo. Ele é algo pra ser institucionalizado (...)

8 - Quais seriam as estratégias que poderiam ser utilizadas para institucionalizar o uso das ferramentas da área de Economia da Saúde no SUS?

Idéias centrais:

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• Oportunizar o conhecimento e estratégias de capacitação em Economia da

Saúde, inclusive com a utilização estratégias pedagógicas inovadoras e da

tecnologia disponível (cursos à distância, canal Saúde etc).

• Estimular debates e negociações no sentido de articular as potencialidades

existentes. Desenvolver mecanismos de organização, padronização,

disseminação e qualificação das informações disponíveis.

• Implementar um processo de regulação da incorporação tecnológica e dos

gastos em saúde, via avaliação econômica, de sistemas de custo,

aprimoramento do banco de preços. Criação de projetos pilotos, em áreas

específicas, como por exemplo medicamentos.

• Apoiar espaços acadêmicos que tenham condição de estar desenvolvendo

linhas de pesquisa nesta área.

• Envolver os Conselhos de Saúde, induzindo a formação de comissões de

financiamento.

Discurso do Sujeito Coletivo:

1. (...) Eu acho que tem que haver uma verticalização. E a criação de projeto piloto em

áreas específicas(...) medicamentos por exemplo(...)

3. (...) o que eu vi, foi querer que isso viesse de baixo pra cima(...) identificar espaços

dentro da academia que tivessem essa condição e jogar dinheiro nesses espaços e

criar um conhecimento que é criar linha de pesquisa.(...) Ou você faz isso(...) da

academia e apóia o nascimento disso lá, porque lá não existe condição pra resistir a

isso, ou eu não via outra alternativa. Na área de Economia da Saúde eu penso de

maneira semelhante, né? Exceto se você estiver pensando em criar alguns institutos

de análise tecnológica, analise de incorporação tecnológica etc, onde a questão da

análise econômica é uma das ferramentas mais fortes(...) Um DIEESE da saúde, uma

coisa desse tipo(...) A única coisa é que eu não sei se nós temos maturidade pra

sustentar um treco desses(...) Eu sou um cara que matura, maquina a idéia e tal.

Quando aparece a idéia assim de repente, eu sou um pouco cético!(...) Uma coisa é

falar de uma rede de instituições do tipo que vão lidar com análise de economia na

academia etc. Outra coisa é falar que vai criar uma rede disso, fora da academia. Eu

não acredito. Uma terceira coisa é criar uma rede de institutos como este. Também

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não acredito. Porque um já é muito com uma realidade social como a nossa(...) Você

teria dificuldade de manter um troço desses(...)

[entrevistador : um Centro Nacional de Informações disponibilizaria as informações

existentes, as produções que estão sendo realizadas(...) é quase como uma

administração de conhecimentos(...)]

Isso é muito diferente! Eu acho que isso que cabe dentro do Ministério(...) com alguma

colaboração ou não, alguma academia, etc(...) Eu acho isso interessante(...) O IPEA é

um exemplo interessante nisso. Até é um lugar interessante pra um negócio desse

ficar(...)

4. (...) na realidade, aí nós caímos num problema, que é a falta de informação, aí nós

caímos num problema que é conhecido, que é o processamento de informações e o

momento em que essas informações são concebidas(...) o núcleo ele é um grande,

digamos assim, avaliador, ele vai avaliar(...) então a partir daí nós vamos ter, além de

informações(...) com qualidade, isso pode ser utilizado na tomada de decisão, nós

vamos ter também padronização de informações, quer dizer, todos vão falar a mesma

linguagem, todos vão estar com a mesma informação(...)

5. (...) passa por regulação na área de tecnologia(...) orçamento(...) para que exista a

avaliação da economia pra equipamento também. Ainda é uma coisa muito livre, não

tem regulação para nada, então fica difícil, você realmente ter na prática avaliação

econômica dessa área(...) levantamento do sistema de custos, a obrigatoriedade dos

sistemas de custos do SUS. Você não sabe quanto custa absolutamente nada, então

eu acho que teria que também regulamentar a área(...)

6. (...) É um processo contínuo de informação. Quer dizer, você tem que começar a

trabalhar, os epidemiologistas. Têm que começar na verdade a ter oportunidade de

aprendizagem na área de Economia da Saúde. As pessoas que fazem análise de

Saúde não podem deixar de conhecer a Economia da Saúde. Nós temos que trazer

isso, aproximar isso. E eu acho que a rede vai fortalecer muito, isso em termos do

virtual, porque ela vai oferecer estudos, vai oportunizar para que as pessoas tenham

conhecimento de como é que é a administração. Mas no presencial também se faz

necessário(...)

7. (...) Estamos discutindo planos estaduais, planos macro-regionais, planos regionais

e micro-regionais de alocação de equipamentos, para alocação de recursos, pra

fortalecimento de redes assistenciais(...) Eu acho também que o próprio banco de

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preços, onde que tiver um bom incentivo e um aprimoramento é uma forma também

da gente estar discutindo a questão da Economia da Saúde(...)

8. (...) disseminação da informação, de qualificação de pessoal, de implantação de

estruturas tipo núcleos(...) e conseguir que pelo menos - já que o grande empurrão foi,

no âmbito do Ministério da Saúde, uma cooperação internacional com o Reino Unido-,

que no término, isso já está para concluir, que os recursos nacionais possam ser

suficientes para se conseguir substituir esse recurso da cooperação. E, à medida das

possibilidades, que possa ir se ampliando isso com recursos próprios(...)

9. Eu acho que tem que juntar mesmo. Quem tem tempo pra pensar, formular

discussão mais ou menos, tem espaço pra isso(...)

10. (...) trabalhar com os conselhos de saúde especificamente induzindo a formação

das comissões de financiamento dos conselhos. Criação de um programa de apoio

virtual às comissões dos conselhos de saúde. Ampla divulgação(...)

14. (...) um curso em que fossem aplicadas técnicas didático-pedagógicas

diferenciadas e que tivesse um cerne(...) teria que ser um curso de Economia da

Saúde com direção à construção do SUS, então tinha que ter um componente de

discussão inclusive dos fundamentos constitucionais, legais do SUS (...) Incentivei

muito fortemente o concurso para contratação de temporários(...) A idéia foi

contaminar as secretarias do Ministério(...) deslanchamos essa seqüência de

contaminações junto aos gestores federais, estaduais e municipais, (...) fazer uma

rede eletrônica - ECOS, para que as pessoas pudessem continuar conversando e(...)

criar jornadas mensais de Economia da Saúde (...) de maneira que essas idéias, e o

tema, tivessem continuidade (...) o canal saúde passa a filmar as jornadas e veicular

através da TV Cultura, TV Câmara, o próprio canal saúde. E a gente conseguiu fazer

um link colocando na página do departamento, para quem quiser assistir todas as

jornadas(...) contratação de um curso à distância que pudesse deslanchar a

especialização em Economia da Saúde e ser inicializador dos núcleos (...) a idéia de

ter esse curso com acompanhamento da ENSP, não se trata de transferência

tecnológica, mas de cooperação técnica. A ENSP tem uma ampla experiência em

cursos à distância, de tal maneira que ao final do curso da Universidade Pompeu

Fabra, a ENSP possa ter um curso brasileiro para estar apresentando (...) eu vou

sintetizar a estratégia assim: cursos de iniciação para gestores, com envolvimento do

canal saúde(...) colocar todas as fitas em CD, com legenda, de tal maneira que você

pode acessar os vários assuntos debatidos(...) Então a estratégia está sendo

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consolidada. A argamassa da estratégia é saliva, muita saliva e muitas conversações

e negociações com um horizonte de casualidade, ou seja, de articular um monte de

talentos que já existem e que possam ir deslanchando.

9 - Tem conhecimento da utilização dos resultados de pesquisas em Economia da Saúde, por gestores no SUS?

Idéia central:

• Existem algumas experiências, tem havido espaço para utilizar este

conhecimento, mas ele não está sistematizado na academia brasileira. O que

está sendo produzido não se configura ainda uma alternativa para a tomada de

decisão e não há informação se esta decisão foi subsidiada por estudos neste

campo. Existem poucos instrumentos de acompanhamento do orçamento por

meio de informações gerenciais, mas observa-se crescente utilização dos

instrumentos disponíveis, como é o caso do SIOPS.

Discurso do Sujeito Coletivo:

3. Foi contratada uma consultora, a consultora fez uma análise do mercado nacional,

do mercado internacional, análise custo da importação, o custo da produção fora, o

custo da produção dentro. E tomou decisões em relação a isso. Outra análise que nós

fizemos(...) de DNA viral pra hepatite(...) foi feito uma análise (...) também, o número

de pacientes, dias de vida perdidos, dias de vida ganhos, internação, não sei o quê. A

decisão de implantar o procedimento, depois de muita análise epidemiológica baseada

nos dados disponíveis, foi tomada dessa maneira(...) Também (...) tem tentado fazer

muito nessa área econômica, no que diz respeito a registro de medicamentos e

munição pra discutir preço dos medicamentos que estão entrando no mercado, novos,

que têm forte interesse do ponto de vista de saúde pública. Então tem tido espaço pra

utilizar esse conhecimento e tem sido utilizado lá. Ele não está sistematizado aqui na

academia brasileira, né?(...)

4. Existem algumas pesquisas que foram desenvolvidas(...) têm a ver com

administração hospitalar, têm a ver com centros colaboradores da qualidade da

assistência no âmbito do SUS, têm a ver com a modernização gerencial e na relação

medicamentos. Nós temos as pesquisas que foram realizadas e os impactos que

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foram obtidos, quando do desenvolvimento dos protocolos clínicos e diretrizes

terapêuticas, o desenvolvimento de diversas doenças e aí nós temos Alzheimer, nós

temos Parkinson, por exemplo, nós temos alguns estudos que foram realizados para

medir o impacto econômico de alguns tratamentos oncológicos, com a utilização de

novos medicamentos (...) enfim, existe conhecimento desses trabalhos que foram

realizados(...)

5. (...) a pesquisa que a gente trabalhou(...) as desigualdades de saúde do estado(...)

servia de base para o planejamento estratégico e o plano plurianual que a gente fez o

ano passado(...) Tem um estudo(...) desenvolveu um índice para distribuir os recursos

de uma maneira mais eqüitativa. E foi institucionalizado pela Secretaria para fazer(...)

6. Eu não tenho conhecimento de trabalhos feitos na área da Economia que tenham

subsidiado os gestores na formulação de políticas fora do meu estado(...) Sei que

estudos em relação a critérios de alocação de recursos, na área de alocação de

recursos, já foram elaborados, inclusive com conhecimento do SUS, que podem até

ter subsidiado. Mas quando os gestores vão colocar uma decisão de alocação de

recursos eles não fazem menção, quer dizer, você distancia a fala do gestor, naquele

momento, com os subsídios que ele provavelmente deve ter tido de algum estudo

produzido na área de Economia da Saúde. E por isso você não tem transparência se

os estudos, que foram feitos no âmbito nacional, de fato estão dando suporte para a

tomada de decisão. Sei que os estudos produzidos pelo IPEA, no momento da

discussão para a emenda tanto do fortalecimento da vinculação quando da

Constituição de 88, como para a Emenda Constitucional 29, eles foram utilizados

como suporte para identificar, para conhecer a estrutura de gastos, a estrutura de

financiamento atual, e estar fazendo proposições de mudança em termos da questão

da vinculação. A economia deu um grande suporte tanto na discussão da criação do

SUS, como também deu suporte para a Emenda Constitucional 29(...) Mas ainda não

é uma coisa que você possa dizer que o que está sendo produzido se torna, de fato, a

alternativa para a tomada de decisão mesmo. Não, a gente pode ver que algumas

coisas que estão apontadas como alternativas são apropriadas. Mas muito pela

conveniência também. Quer dizer, o fato desse estudo dessas cooperativas, para a

Secretaria, os gestores já vinham com uma ação do Ministério do Trabalho quanto à

irregularidade das cooperativas. O estudo da economia veio dar mais força política aos

gestores. De estarem no nível estratégico de Governo mostrando que, além deles

estarem susceptíveis, havia um estudo que mostrava que economicamente o Estado

estava tendo perda utilizando a estratégia de cooperativas. Quer dizer(...) ele está

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pegando o estudo naquilo que o estudo tecnicamente recomenda(...) e traz para

subsidiar aquilo que lhe é conveniente naquele momento(...)

8. (...) historicamente tenho, vou dar um exemplo(...) a fluoretação das águas de

abastecimento para prevenção da cárie dental foi um dos primeiros estudos que teve,

vamos dizer assim, a sua consolidação ou a sua disseminação no país. Era

basicamente estudo econômico, o quanto era simples, barato e a eficácia da

fluoretação da água. Ainda eu alcancei um tempo em que pessoas(...) se valiam de

concepções muito atrasadas, achavam que não valia a pena fluoretar as águas de

abastecimento porque tinha gente que(...) desperdiçava a água, e que era estar

agregando um insumo a mais na água(...) Quando o maior problema era desperdiçar a

água em si e não por ter o flúor ali dentro(...) Não correlacionar aquilo com o benefício

que era de prevenção da cárie dental nas crianças desde o útero da mãe. Então, era o

primeiro estudo claro do custo/benefício de uma ação de saúde. Infelizmente, hoje

metade dos sistemas de água não são ainda fluoretados, ou seja, é a disseminação da

informação que poderia se alcançar(...) 100% dos sistemas de distribuição

existentes(...)

9. (...) Eu não conheço não(...) uma experiência mais antiga, mais consolidada, talvez

eles tenham isso melhor, eles fizeram um trabalho bom na área de asma(...) não sei

se foi para outros agravos não, mas conheciam muito bem todos os medicamentos em

asma, os custos mesmo(...) eles têm um trabalho muito bom. Hoje pra você receber

uma bombinha de corticóide, você tem que levar o casco vazio, que você troca, senão

você não recebe a nova,..

10. Nos discursos sim, na prática tenho dúvidas. Poucos instrumentos existem de

acompanhamento através de informações gerenciais(...)

12. Há pouco tempo a gente compartilhou uma experiência (...) o pessoal fez uma

proposta de verificação de custo(...) sistematicamente mandam os estudos que estão

desenvolvendo, ontem ainda eu recebi(...) um trabalho sobre a emenda constitucional

29, que(...) hoje já está na mão de todos os secretários, via e-mail(...) Agora, os

estudos mais encorpados, que demandam publicação, aí também tem um outro jeito

de chegar, eu não sei te dizer(...)

14. É esse conjunto de atividades que está sendo desenvolvido (...), discutindo SIOPS

(...) um curso para gestores municipais com esses componentes (...) a rede ECOS

funcionando(...) uma feira de amostras permanente, on-line (...) pesquisa TRS que

está sendo desenvolvida (...) o banco de preços (...) SIOPS na coleta é um dado que

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é declaratório, portanto tem um enorme significado(...) já alcançou em um dos anos

coletados mais de 5000 municípios(...)

10 - A política de desenvolvimento científico e tecnológico contribui para a formação de recursos humanos em ES e ATS?

Idéias centrais:

• Embora reconhecida como importante, em geral não há uma ação conjunta

entre o SUS e os órgãos de fomento. A política de desenvolvimento científico e

tecnológico tem contribuído de modo esparso, mas pode-se conseguir uma

contribuição mais sistemática. Existe espaço para o Estado, por meio do

governo, criar uma agenda de interesse. Entretanto, deve-se considerar que o

apoio a projetos pode estar mais relacionado à influência exercida pelo

pesquisador, ou pela instituição proponente, do que a uma prioridade definida

para a área.

• Existe uma carência grande no âmbito do SUS para desenvolver trabalhos

diferenciados, como por exemplo na avaliação de inovações tecnológicas, que

geram necessidade de capacitação de recursos humanos, uma vez que a

incorporação destas inovações mostra-se superior à real necessidade do

sistema. É preciso ainda estar associado com profissionais qualificados de

outras áreas além da saúde.

Discurso do Sujeito Coletivo:

1. Era importante, né? Desenvolvimento científico e tecnológico. Claro, pra adição de

conhecimentos(...)

3. (...) não tinha ação conjunta(...) nós nunca fizemos nenhuma colaboração firme e tal

com CNPq e CAPES(...) temos pouca capacidade de gerar(...) estímulo positivo pra

que a universidade faça o que ela não sabe que quer fazer e que a gente quer que ela

faça(...) na área de fomento a gente está aprendendo como fomenta. Esse é o

problema, nós não sabemos fomentar(...) Tem muito espaço pra gente fomentar e criar

uma agenda positiva comum(...) não é a tradição . O estado através do governo tinha

que criar uma agenda de interesse(...)

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4. Sim(...) mesmo que exista a vontade de qualificar, existe ainda uma carência muito

grande no âmbito do SUS e nos estados, principalmente de técnicos qualificados para

desenvolver os trabalhos que nós precisamos, que são trabalhos diferenciados(...)

5. Sim. Essa área de ciência e tecnologia (...) já tem o apoio (...) eu acho que mais pra

frente ela vai se desenvolver(...)

7. (...) as inovações tecnológicas(...) geram necessidade de capacitação de recursos

humanos(...) Pela própria pressão da mídia, pressão popular, faz com que essa

incorporação tecnológica seja acima da real necessidade dos municípios e dos

munícipes(...)

8. Contribui(...) nesse campo vamos precisar lidar melhor com isso(...) porque a

comunidade científica tem(...) os seus laços de influência, e muitas vezes as

instituições são levadas a apoiar determinados projetos, determinadas propostas,

muito mais por quem apresenta(...) ou daquela instituição que está apresentando do

que de fato de uma prioridade que tenha sido definida para essa área(...)

10. Eu acho que precisa(...) nós não temos estudo de custos (...) Eu preciso que essas

instituições também puxem gente de alto cabedal (...) não é só profissional de

saúde(...) tenho que trazer o estatístico(...) o economista(...) o de ciências contábeis

pra poder ficar associado senão eu não vou conseguir(...) essas políticas são

importantes(...)

14. Tem contribuído de modo esparso, mas pode-se conseguir a contribuição de modo

sistemático. No que diz respeito a iniciação, o Departamento de Economia da Saúde

deu conta. Agora é necessário exportar para as escolas de saúde pública(...). Cursos

de graduação e pós-graduação, ou seja, deve haver a continuidade do processo.

11 - Quais seriam os passos iniciais para construir esta proposta conjunta de política de formação de RH (lato sensu e stricto sensu) para Economia da Saúde no SUS?

Idéias centrais:

• Criar espaço de discussão envolvendo o Ministério da Saúde, instituições de

ensino e pessoal dos serviços, visando um planejamento estratégico para a

formação de RH, em um processo de identificação das demandas, clareza de

objetivos, estabelecimento de parcerias, obtenção de recursos, definição de

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conteúdos mínimos e estratégias de mobilização de especialistas da área, para

apoiar as ações planejadas. As estratégias de formação não devem se limitar à

pós-graduação, buscando influenciar nos currículos de graduação, assim como

viabilizar apoio aos conselhos de saúde. A mola propulsora é o dinamismo da

área pela urgência de se dar respostas. Desta forma haverá a formação de

recursos humanos e não há dúvidas quanto ao desenvolvimento da área.

Discurso do Sujeito Coletivo:

1. (...) alteração na grade curricular(...) o currículo de pessoal da medicina,

enfermagem, em nenhum momento fala sobre essa questão. Eu acho que um espaço

pra construção dessa proposta, proposta de RH, seria uma alteração na grade

curricular(...) trabalhar com planejamento, verem a realidade do país é outra coisa(...)

No curso médico a gente aprende tudo quanto é doença emergente, doenças de

primeiro mundo(...) E quando chega nas doenças mais presentes no nosso país, na

nossa realidade, passa como se fosse uma coisa que acontece no Amazonas(...)

Realização de curso de curta duração, agora, contando a teoria com a prática. Quando

fica só na teoria é meio complicado. Para as pessoas partirem pra execução(...)

3. (...) Acho que estamos no caminho(...). Vamos colocar isso como necessidade,

vamos colocar isso como possibilidade, de formar gente. Eu topo fazer isso(...) nós

estamos numa draga muito grande, entendeu? Esse desemprego, essa estagnação da

economia da cidade é uma coisa que você não acredita o desgaste que isso está

gerando. Além(...) da retração da atividade da Secretaria(...) E aí(...) nesse mar de

miséria, né, o que que eu vou fazer?(...) a epidemiologia estou lutando porque de fato

não tem cabimento esse negócio(...) de não ter a estatística de mortalidade. O que

que eu faço com mortalidade materna?(...) Então a epidemiologia eu acho que é um

negócio(...) Olha, não posso deixar de pensar que a Economia da Saúde também trás

instrumentos pra isso. Agora um não vem depois do outro. Essa é um pouco a minha

preocupação, nós precisamos tomar cuidado pra não ter um pensamento cartesiano. É

necessário fazer as duas coisas junto. Mas a falta de oportunidade me faz não pensar.

Se houver oportunidade penso junto. E principalmente se eu puder influenciar no como

esse negócio é feito(...) É fazer um pouco essa discussão. E como construir de baixo

pra cima(...)

4. (...) quando se fala em investir e investir em desenvolvimento, primeiro nós temos

que ter claro o que nós queremos e nós queremos desenvolver recursos humanos pra

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quê? (...) tem alguns passos, nós vamos ter que quantificar, vamos ter que buscar

parceiros, nós vamos ter que ter o recurso, obter o recurso. Então nós passamos por

um processo, primeiro é saber, é ter claro o que nós queremos, essa(...) é a primeira

grande necessidade. A partir daí(...) nós vamos ter como montar uma estrutura de

qualificação, para que tenhamos aí diferenciais e núcleos estaduais diferenciados(...)

5. (...) tudo começa com um bom planejamento. Você teria que pegar todo esse

pessoal que está no projeto Economia da Saúde, que já tem alguma coisa e pensar,

fazer um planejamento estratégico de uns três ou quatro anos. Pensar tudo que possa

ser feito de cursos básicos(...) cursos de preparação, como fazer o mestrado ou

doutorado, ou cursos a distância, até porque a gente pudesse pensar várias

estratégias(...) Porque é muito mais fácil você, com um planejamento(...) ir

adequando(...) Primeiramente não tinha nem pensado em curso de especialização no

planejamento estratégico, pensamos em cursos de extensão. Fizemos o primeiro de

avaliação econômica. Logo depois a gente viu o seguinte, que as pessoas, se você

não tiver uma prática mínima que seja(...) a maioria das pessoas há muito tempo que

não estuda, não tem prática de fazer um trabalho científico(...) Fica conveniente com

universitários, então é uma coisa assim que dá um incentivo maior às pessoas a

pensar, a escrever, a discutir, a apresentar, uma série de coisas que um curso de

especialização nos obriga a fazer(...)

6. (...) o caminho é o Ministério, dentro da estrutura da Economia da Saúde. Poder

estar convidando as instituições de ensino, com o pessoal de serviços, e estar

trabalhando com esse pessoal no sentido de identificação de demandas. E ao

identificar as demandas, verificar que conteúdos na verdade você vai considerar como

conteúdo mínimo, que cada realidade vai implementar de acordo com a sua

necessidade e, o que é mais importante, subsidiar no sentido da possibilidade de

movimentação dos “experts” na área de Economia da Saúde no país inteiro(...) O

Ministério da Saúde estar identificando que uma instituição de ensino tal tem um corpo

de profissionais e fazer um instrumento de cooperação, onde esses professores

pudessem então vir, porque senão fica muito no individual(...)

7. (...) formação do núcleo, eu acho que é o primeiro passo, né. E esse entrosamento:

Município, Estado, Academia e o Ministério da Saúde, pra que a gente possa fazer um

trabalho conjunto(...)

8. (...) identificar algumas pessoas que tivessem poder de decisão nas suas estruturas

e fazer então uma oficina específica(...)

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10. (...) Acho que o DFID em parte já iniciou este processo. Tem-se que dar mais

continuidade a ele, com mais amplo incentivo. Uma atividade pouco usada seria a de

incentivar que alunos da graduação elaborassem seus trabalhos de conclusão sobre

questões de saúde. Isto poderia ser feito através de apoio eletrônico, oferecendo

temas e referências bibliográficas(...) Eu fiz uma proposta uma vez(...) um núcleo de

saúde, sabe, vamos interessar todo mundo nesse núcleo de alguma maneira?(...) Nós

vamos dar aula também, mas nós vamos ficar pronto para ajudar todo mundo porque

nessa hora você pega o cara interessado de determinada área, você está descobrindo

tendências das pessoas, depois você pode estar encaminhando essas pessoas. E o

outro é a questão dos conselhos(...) estou brigando para que se faça um centro de

apoio aos conselhos(...) Se a pessoa tem um lugar, nós vamos ensinar como é que faz

orçamento, prestação de contas pro gestor, nós vamos ensinar como é que

acompanha(...) vamos até se for necessário fazer proposta para que mude a

organização do orçamento(...) Quando é que é o ponto ótimo para você resolver

comprar? Porque se eu tivesse um Conselho, eu precisaria ter essa informação em

linguagem simples, dizendo: Olha, recomenda-se a compra de um equipamento desse

porte, o custo de manutenção vai ser dessa ordem, quando você tem essas condições

aqui alinhadas. Então eu fico sempre imaginando o Conselho (...) eu acredito que é o

espaço que talvez seja mais legítimo(...)

12. (...) depende muito de como é que se desenhar essa estrutura(...) o foco é muito

como fazer e pouco porque fazer(...) eu questiono essa proposta de um núcleo no

ministério com filhotinhos nos estados, eu não acredito muito nessa proposta mas é a

visão minha, pessoal e não a visão do órgão(...) uma coisa que se podia pensar talvez

era esse núcleos ficarem nos pólos de educação continuada. Que também têm toda

uma ligação, mas pelo menos já é um espaço um pouco menos institucionalizado

dentro de uma estrutura, não sei, eu acho que eu pensaria de novo isso(...) Uma

possibilidade seria o ministério incentivar mais a ABRES e ter núcleos regionais da

ABRES, onde então você teria a possibilidade de ter pesquisadores das secretarias

estaduais, municipais, que congregam e, também, das universidades, de um modo

mais independente(...)

14. O conjunto de fatores como(...) a agenda nacional(...) a concentração da pesquisa

em saúde e inovação tecnológica estar sendo feita pelo Departamento de Ciência e

Tecnologia(...) a formação de RH estar concentrada na Secretaria de Gestão do

Trabalho, Educação e Saúde, que descentralizou estes fóruns permanentes de

educação(...) Tende-se a caminhar para se ter uma formação mais regular e

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sistemática(...) A mola propulsora é o dinamismo da área pela urgência e emergência

de se dar respostas. Desta forma haverá a formação de recursos e consolidação da

área(...) A preferência está sendo dada à ENSP, que é a faculdade específica do

Ministério da Saúde. Agora, não estamos dispensando nas nossas reflexões, de modo

algum, a cooperação dos outros parceiros dentro do projeto do DFID, e sobretudo das

academias que tiverem desencadeado coisas nessa direção.

II.2. DISCURSO DO SUJEITO COLETIVO – AGÊNCIAS REGULADORAS

1 - Qual a opinião sobre a implantação de um Centro Nacional de Informações de Economia da Saúde que articulasse o conhecimento produzido na academia com as necessidades de informações do SUS, de forma isenta e pública?

Idéias centrais:

• A implantação de um Centro Nacional de Informações em Economia da Saúde

é uma iniciativa importante e fundamental

Discurso do Sujeito Coletivo:

1. (...) acho fundamental, acho que a gente tem que construir isso (...) A Anvisa está

caminhando para cada vez mais valorizar esse processo e acho que o Ministério tem

que caminhar pra fazer isso. O Brasil deveria ter uma agência de avaliação de

tecnologia de saúde(...). O que é feito no Brasil, que está sendo feito por demandas

específicas, pra atender a inquietações filosóficas. Unir academia e estudos, isto é

fundamental.

2. (...) eu acho que a formatação de algum tipo de, onde essas informações, essas

questões pudessem ser coletivizadas, eu acho extremamente importante.

2 - Quais poderiam ser as atribuições deste centro?

Idéias centrais:

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• Capacidade de diagnosticar, apontar pontos de agenda, catalogar e

disponibilizar o processo de formulação.

Discurso do Sujeito Coletivo:

2. (...) ter uma capacidade grande de diagnosticar e apontar pontos de agenda que

seriam importantes e ele poderia (...) catalogar e colocar à disposição do SUS e dos

diversos interessados, onde está o processo de formulação (...)

3 - Existe interesse/abertura (ponto de vista das pessoas e da Agência) para articular/fortalecer a construção de núcleo estadual de Economia da Saúde com o SUS nos Estados?

Idéias centrais:

• Existe interesse e os núcleos regionais podem contribuir muito na circulação de

informações. É importante e necessário.

Discurso do Sujeito Coletivo:

1. (...) informações com os estados, (...) a gente tem informações a fornecer e tem

informações a receber também.

2. Eu vejo muito positivamente. (...) acho que núcleos regionais podem dar grandes

contribuições. (...) extremamente importante e extremamente necessário(...).

4 - Como se daria a participação desta Agência neste Núcleo Estadual?

Idéias centrais:

• As agências podem e devem participar, tanto técnica como economicamente,

dependendo do formato de estruturação do centro e desde que o mesmo seja

uma política a ser definida pelo governo.

Discurso do Sujeito Coletivo:

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2. A agência tem uma linha clara, hoje, de financiar e trabalhar bem firme. E tem

também (...) uma política de mudar um pouco essa forma de atuação, buscando essa

dispersão nacional e buscando o reconhecimento de outros mercados(...) é uma das

tarefas da agência, (...) pesquisar, aumentar o conhecimento do setor e até trabalhar

linhas de fomento, (...) buscar outras articulações e tal que pudessem estar

trabalhando.(...) Nós podemos participar dependendo do formato em que for

construído esse centro, desde o início da sua formatação, dar a nossa contribuição,

seja técnica, seja econômica, desde que isso seja uma política a ser definida pelo

governo, pelo departamento de Economia da Saúde do Ministério ou pelos centros

universitários e tal, a gente pode participar e deve participar.

5 - Quais ações, no âmbito da Economia da Saúde, poderiam ser realizadas por núcleos estaduais (explicar a proposta de núcleo estadual: articulação entre

serviços e academia para realização de estudos, pesquisas e formação de RH) e que seriam de interesse desta Agência?

Idéias centrais:

• Estudos sobre gastos relativos à tecnologias de maior impacto bem como o

conhecimento do setor de saúde suplementar.

Discurso do Sujeito Coletivo:

1. É, eu acho que essa discussão sobre as tecnologias de maior impacto, (...) a gente

está, por exemplo, numa decisão pra ver quais, aí falando de tecnologias, de mais

tecnologias, que a gente devia estar preocupado. A gente não tem essa informação,

(...) a partir da criação de núcleo de Economia da Saúde, se tivesse estudos e

levantamentos de gastos nessa área de tecnologia, de equipamentos, etc., (...)

2. Acho que o conhecimento, por exemplo, do setor especificamente da saúde

suplementar, ele pode ser de grande valia pro SUS.

6 - Quais estratégias contribuiriam neste processo?

Idéias centrais:

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• Incorporar outros atores (CONASS), enfocar práticas desenvolvidas pelo

setor de saúde suplementar, trabalhar para uma visão global do setor.

Discurso do Sujeito Coletivo:

1. (...) trazer esse tema pro CONASS, eu acho que ele tem que entrar.

2. Eu acho que discutir (...), e observar como que o mercado da saúde suplementar

está incorporando tecnologia, está gerindo seus custos, está procurando introduzir

mecanismos regulatórios,(...) eu acho que tem uma série fatos e possibilidades que

poderiam ser trabalhadas para uma visão global do setor, então eu acho que, por

exemplo, hoje um diagnóstico claro da rede e do financiamento da rede, quem é que

está financiando o quê da rede?

7 - Esta Agência poderia incentivar tecnicamente o processo, (como)?

Idéias centrais:

• Participação técnica no processo de capacitação de pessoal. A participação

depende do formato de construção, desde que seja uma política a ser definida

pelo governo.

Discurso do Sujeito Coletivo:

1.(...) capacitar o nosso pessoal nessa área, e vamos trabalhar nisso. Então, hoje, eu

diria que trabalhar, por exemplo, num processo de capacitação nos estados. Acho que

a Anvisa não teria recursos para depois, mas participar do processo, não teria nenhum

problema,(...) Eu, por exemplo, poderia ir, poderia fazer um esforço para isso(...)

2. (...) nós podemos participar dependendo do formato que for construído esse Centro,

(...) seja técnica, seja econômica, desde que isso seja uma política a ser definida pelo

governo, pelo departamento de Economia da Saúde do Ministério ou pelos centros

universitários e tal, a gente pode participar e deve participar.

8 - Esta Agência poderia incentivar financeiramente o processo? Como?

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Idéias centrais:

• Participação no custeio é mais difícil. Pode haver contribuição

econômica, se esta for uma política definida pelo governo.

Discurso do Sujeito Coletivo:

1. (...) A gente, como instituição, apoiar fortemente alguma coisa ao nível dos estados

assim, eu acho mais difícil, mas eu acho que teria interesse em participar, não custear.

2.(...) .nós podemos participar dependendo do formato que for construído esse Centro,

desde o início da sua formatação, dar a nossa contribuição, seja técnica, seja

econômica, desde que isso seja uma política a ser definida pelo governo, pelo

departamento de Economia da Saúde do Ministério ou pelos centros universitários e

tal, a gente pode participar e deve participar.

9 - Qual a percepção sobre o cenário atual e quais são as perspectivas (fatores dificultadores e facilitadores) para a institucionalização da área de Economia da Saúde no Brasil?

Idéias centrais:

• O cenário é extremamente positivo e propício, permitindo agilidade inicial no

processo, mas para avançar é preciso vontade política. A institucionalização

nos níveis federal e estaduais é uma questão importante e pode dar grande

contribuição.

Discurso do Sujeito Coletivo:

1. Eu acho que o cenário é extremamente positivo, (...) em menos de 2 anos, menos

de 1 ano e meio você tem mudanças aí que, é impressionante, impressionante. Quer

dizer, eu acho que você hoje tem um cenário extremamente propício, foram criadas

bases para construir com muita rapidez, agora tem uma etapa que ela é mais difícil,

que é você avançar nesse processo,(...) não basta só você criar condições

institucionais, você precisa de recursos para investir em pessoal, você precisa ter a

famosa vontade política para fazer outras coisas(...)

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2. (...) então pra nós a institucionalização disso dentro do Ministério pro exemplo é

uma questão importante. Acho difícil que isso se institucionalize nacionalmente nas

várias gestões e tal, até porque eu não sei se seria necessário. Agora eu acho que se

existisse a institucionalização disso no nível federal ou pelo menos nos níveis

estaduais, a nível de Secretarias e de estudos nessa área, eu acho importante, eu

acho que pode dar uma grande contribuição.

10 - Quais seriam as estratégias que poderiam ser utilizadas para institucionalizar o uso das ferramentas da área de Economia da Saúde no SUS?

Idéias centrais:

• Criar caminhos institucionais para a incorporação de atores fundamentais

(Conselho Nacional de Saúde, Agência Nacional de Saúde, segmento de

saúde suplementar) e buscar a institucionalização.

Discurso do Sujeito Coletivo:

1. (...) levar essa discussão para o Conselho Nacional de Saúde, (...) é

fundamental.(...) acho fundamental que a ANS esteja integrada também nessas

atividades e trazer o segmento todo suplementar, afinal de contas tudo é sistema de

saúde, para essa discussão, (...) você precisa criar um caminho institucional (...).

2. (...) pra nós a institucionalização disso dentro do Ministério pro exemplo (...) é uma

questão importante.(...) a institucionalização disso no nível federal ou pelo menos nos

níveis estaduais (...)

11 - Tem conhecimento da utilização dos resultados de pesquisas em Economia da Saúde, por gestores no SUS?

Idéias centrais:

• Não, pelos gestores não.

Discurso do Sujeito Coletivo:

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1. Não. (...) Eu, no meu dia a dia aqui, utilizo resultados de pesquisas em avaliação

econômica para tomar minhas decisões(...).

2. (...) na gestão pública especificamente eu não conheço (...).

12 - A política de desenvolvimento científico e tecnológico contribui para a formação de recursos humanos em ES e ATS?

Idéias centrais:

• Sim.

Discurso do Sujeito Coletivo:

1. Eu acho que sim(...).

13 - Existe disposição/abertura desta Agência para discutir proposta conjunta com o Ministério da Saúde que vise incentivar, especificamente, a pesquisa e a formação de recursos humanos em Economia da Saúde para o SUS?

Idéias centrais:

• Sim, e já está sendo sendo realizada.

Discurso do Sujeito Coletivo:

1. Não só existe disposição como já está sendo feito (...).

14 - Quais seriam os passos iniciais para construir esta proposta conjunta de incentivo à pesquisa e formação de RH (lato sensu e stricto sensu) para Economia da Saúde no SUS?

Idéias centrais:

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• Avançar iniciativas já desencadeadas, consolidando a existência de uma

estrutura mais institucionalizada, que possibilite o inicio de atividades, trocas de

experiências e avaliações dos instrumentais.

Discurso do Sujeito Coletivo:

1. (...) passos iniciais foram tomados, naquela oficina que foi feita lá, que você

participou em novembro de 2002, continuou agora em 2003,(...) o problema é que não

tem nada de concreto, eu não queria ficar esperando depois chegar lá na frente,

entendeu? (...), eu vou começar a fazer alguma coisa e em algum momento as coisas

se juntam. Na verdade é começar, contratar duas ou três pessoas para montar alguma

coisa, acho que vai ter que fazer muita tradução de estudos feitos lá fora. (...) Então

vamos começar a montar a lógica do “site”, (...). E atualizando (...) passo a passo, a

idéia é centrar mais nos tratamentos de alto custo, uma coisa de maior impacto.

2. (...) a existência de um formato de um centro ou de alguma coisa mais

institucionalizada pode ser uma forma de troca importante, até para uma certa

avaliação do que a gente tem feito dos instrumentais(...)

II.3. DISCURSO DO SUJEITO COLETIVO – INSTITUIÇÕES DE FOMENTO

1 - Qual a opinião sobre a implantação de um centro nacional de informações de Economia da Saúde que articulasse o conhecimento produzido na academia com as necessidades de informações do SUS, de forma isenta e pública?

Idéias centrais:

• O centro é necessário para que, progressivamente, as pessoas tenham acesso

à informação e passem a utilizar as ferramentas da Economia da Saúde,

aumentando assim a eficiência das instituições.

• Tarefa relevante do centro é levar o conhecimento ao gestor, melhorar a

qualidade do gasto, contribuir para redução da pobreza, melhorar a alocação e

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do gasto público, iniciativa esta que servirá de base e exemplo para outras

áreas, principalmente as de cunho social.

• Em relação às agências de fomento à pesquisa, que promovem o

entrelaçamento entre a produção de conhecimento e a aplicação tecnológica,

deve-se promover o estudo da Economia da Saúde, por meio de projetos e

linhas específicas de pesquisa, apoiando a pós-graduação nesta área, visando

um panorama futuro a ser seguido.

• O centro deverá funcionar ainda como divulgador e utilizador de resultados de

pesquisa e promoção dos pesquisadores.

Discurso do Sujeito Coletivo:

1. (...) isso é uma coisa que permite, efetivamente, que as pessoas possam,

progressivamente, utilizar as ferramentas da economia de saúde e ter acesso às

informações. A economia da saúde tem muitas outras aplicações, além do tema de

financiamento. E uma das aplicações, que eu acho que é fundamental, é a questão

específica do uso dos instrumentos de economia de saúde para aumentar a eficiência

das instituições(...).

2. (...) isso pode depois dar frutos interessantes para outros setores do governo, da

educação por exemplo, que não tem nada parecido com isso. A gente sabe das

especificidades e diferenças da saúde em relação a outros setores, mas todo esse

trabalho de tentar melhorar a qualidade da alocação e do gasto, eu acho que isso

pode virar depois um paradigma pro governo como um todo, usar ferramentas desse

tipo para outros setores, principalmente na área social. E enfim, está dentro mesmo do

objetivo maior do DFID que é contribuir pra redução de pobreza e desigualdade, você

ter ferramentas que melhorem a qualidade da alocação e do gasto público (...).

3. (...) o projeto de Economia da Saúde é interessante que tenha organicidade. O

gestor federal que é o Ministério e o IPEA devem, pela sua autoridade nacional, ser a

melhor localização desse centro. Eu acho que deveria ter análise também, se ele for

só um banco de dados (...) ele corre o risco de virar um arquivo morto. Arquivo não é

um problema em si, mas o desejável é que fosse um arquivo vivo, que ele seja o

protagonista. Por exemplo se virar um arquivo (...) bem qualificado, instrumento de

cibernética adequado, ele pode conectar com o mundo em todos ícones do Brasil, eu

acho que isso é muito bom. Principalmente ele tem que contribuir para conduzir

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informação e análise(...). O problema nosso de academia não é de banco de dados,

(...) o problema é a sintonia entre a gestão e o saber (...)

4. Então, a missão de uma Fundação de Amparo à Pesquisa, de uma Agência de

Fomento à Pesquisa é fazer esse entrelaçamento entre a produção de conhecimentos

e a sua aplicação tecnológica na indústria, porque quem faz tecnologia é a indústria.

Eu acho que é importante, então, que se comece a estudar essa questão da Economia

da Saúde, que até venha a se demonstrar, de maneira clara, que não pode ficar só na

produção do conhecimento. Esse conhecimento tem que ser socializado, para trazer

não só a repercussão que se espera, mas para trazer também riqueza(...). Então,

estudar economia de saúde, eu acho que é essencial nesse momento(...) – volto a

insistir – visualizar um panorama futuro do que você deve seguir. Então, como agência

fomentadora, nós poderíamos, em convênio com universidades e com o próprio

Ministério e Secretarias de Saúde, desenvolver projetos específicos, linhas específicas

de pesquisa e apoio à pós-graduação nessa área, não tenha dúvida.

5. (...) ótima a iniciativa. Acho superinteressante porque, de fato, até pra gente falta

esse canal. Porque você financia pesquisa, você gera um resultado da pesquisa e a

não ser que aquele pesquisador já esteja engajado em alguma instituição faça uso de

seus resultados, que vai gerar um “paper” e vai formar recursos humanos, ambas as

coisas são super importantes, porém não são suficientes. Mas se você conseguir dar a

divulgação e a utilização dos resultados da melhor forma. Certamente um

departamento como esse no Ministério da Saúde, é fundamental que ele consiga

enxergar todos os resultados de pesquisa e tenha um rebatimento na sua atividade.

Essa coisa de avaliação tecnológica e de análise mesmo de custo-benefício. Eu acho

que isso é importantíssimo, tem o nosso apoio.

12 - Quais poderiam ser as atribuições deste centro?

Idéias centrais:

• Produzir ferramental, como por exemplo manuais, para análises de aplicações,

sistemas e/ou avaliações econômicas, de modo a se aumentar a eficiência das

instituições.

• O centro tem como atribuição a divulgação no sentido de disseminação, no

sentido epidemiológico mesmo, de fazer ver se a Economia da Saúde pega.

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Deve haver a total sintonia com os gestores, o livre acesso aos bancos de

dados, viabilização de análises, a promoção de capacitação de capital humano

além de viabilização de recursos. Deve ser protagonista, coativo, viabilizar

fontes de financiamento de pesquisas.

• Promoção da sintonia entre a gestão e o saber. Deve ser plural, acessível e

acessável por qualquer um, pois o que interessa é ter uma boa política pública

de acesso aos bens e serviços públicos.

• O centro é mais um articulador do que uma instituição burocrática, deve ser

leve e forte, e auxiliar o executivo. Deve haver a multilateralidade institucional.

• Mapear/conhecer: a natureza dos projetos, as instituições e utilização dos

resultados para tomada de decisão.

Discurso do Sujeito Coletivo:

1 . (...) falta no Brasil alguns manuais. Como é que a gente pode fazer uma aplicação

de sistemas de aumento da eficiência hospitalar, baseado nos procedimentos de

economia de saúde? Como é que a gente pode utilizar economia de saúde para

avaliação econômica? Enfim, esse tipo de ferramenta é uma coisa que falta. Você vai

colocar uma nova técnica, uma nova forma de organização de serviço, você tem que

testar se essa forma é custo-efetivo em relação às outras existentes. Então, esse tipo

de coisa ainda falta, o uso do instrumental de Economia de Saúde para isso. Eu acho

que o importante é que esse tipo de núcleo não somente seja uma ferramenta

acadêmica, mas ele tem que ser mais que uma ferramenta acadêmica, alguma coisa

que oriente, praticamente, como os serviços de saúde podem utilizar as ferramentas

que estão sendo produzidas.

2. (...) é importante a concepção (...) aprovado como uma das atividades prioritárias

para serem fomentadas, principalmente nesse segundo ano do projeto, foi uma das

atividades aprovadas por um comitê avaliador do projeto.

3. tem que contribuir para conduzir informação e análise(...). O problema nosso de

academia não é de banco de dados, (...) o problema é a sintonia entre a gestão e o

saber. Geralmente o conhecimento é produzido por tentativa e erro e analisado depois

que sobreviveu e desenvolveu no caminho, para dar o atestado de óbito ou a certidão

de nascimento.(...) o centro de informações devia ser de análise também. Não que ele

criasse um estado imenso de analistas, mas que ele tivesse uma tomada não só para

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quem vem buscar análise e sabe o que quer fazer (...) acho que a gente tem que ser

coativo, protagonista, arrumar fontes de financiamento para estudos, apesar da

trabalheira que dá. Pequenas quantidades de dinheiro dão um grande incentivo à

equipe de pesquisa.(...) Penso que deve ser o mais plural possível, acessível e

acessável por qualquer um. Quanto mais for assim, mais chance ele tem de se

enraizar.(...) a gente tiver capacidade de criar uma coisa dessas, se criaria o que eu

acho que é o que o Brasil mais precisa, uma instituição republicana, que sirva à

sociedade como um todo, porque não tem dois públicos e dois sistemas de saúde,

esse negócio de setor privado, isso não existe. De fato o que interessa é se ter uma

boa política pública de acesso aos bens e serviços públicos(...) o centro tem que ser

auxiliar do executivo (...) tem que ter compreensão dos contextos, das conjunturas,

para ir fazendo essa acumulação, então eu vejo ele como uma articulação muito mais

do que como uma coisa (...) com burocracia (...) Ele precisa ser leve e forte, pouca

consolidação burocrática(...) é importante a multilateralidade institucional também.

Trazer secretários municipais de saúde.

5. (...) conseguir mapear, saber da natureza desses projetos que estão sendo

desenvolvidos, em quais instituições e saber efetivamente como é que vocês vão

utilizar os resultados. Quer dizer, esse esforço desse mapear, se você conseguir,

efetivamente, aproveitar os resultados para decisões(...) mas se você de fato não se

apropriar dos resultados e usar isso aí pra tomada de decisão, aí eu acho que o

esforço é em vão. Então o esforço primeiro é de reunir, tomar conhecimento, a coisa

de tomar posse, saber o quê que aquilo está dizendo e saber como é que aquilo seria

uma tomada de decisão, entre fazer aquilo ou não fazer(...).

3 - Qual a percepção sobre o cenário atual e quais são as perspectivas (fatores dificultadores e facilitadores) para a institucionalização da área de Economia da Saúde no Brasil?

I - DIFICULTADORES

Idéias centrais:

• Avanço na área da saúde maior do que na área de economia;

• Ausência de incentivos (estágios, bolsas, prêmios) para economistas na área

de saúde;

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• Contemplar outros tipos de pesquisas, de divulgação da contribuição da saúde

para a formação do capital humano para a sociedade;

• Pouca difusão de estudos sobre o tema, falta de interesse da área econômica

em discutir o tema saúde;

• Pouco comprometimento das faculdades de economia com conteúdos e

disciplinas associados à área da saúde;

• Desconhecimento do tema, novo/recente;

• Ausência de estudos que indiquem o que e como se gasta no Brasil e qual o

impacto na saúde da população.

Discurso do Sujeito Coletivo:

1. Um dos grandes problemas que eu vejo, da área de Economia da Saúde no Brasil,

é que a área de economia de saúde tem avançado muito mais na parte específica das

faculdades de saúde do que nas faculdades de economia (...) criar determinados tipos

de estágios para economistas em estabelecimentos da área de saúde, bolsas, dar

prêmios para teses de economia que estejam vinculadas à área de saúde e tentar

fazer com que esse tipo de questão se integre cada vez mais. A outra área é fazer

outros tipos de pesquisa, (...) mais pesquisa de divulgação – da contribuição da saúde

para o capital humano, para a formação do capital humano para a sociedade. (...)

temos alguns estudos sobre isso, mas existe muito pouca difusão. Por isso,

normalmente quando você chega no Ministério da Economia, ele não tem a menor

paciência para discutir o tema saúde. Então, isso é uma coisa que tem que reverter,

porque eles são muito mais pacientes para discutir educação do que saúde. Porque

educação é uma coisa que, claramente, está na cabeça deles como um elemento de

formação do capital humano. Mas saúde, a única coisa que os economistas vêm é a

conta, o único elemento é o gasto. Então, precisa reverter esse tipo de expectativa.

Para isso a gente tem que comprometer cada vez mais as faculdades de economia

com os conteúdos e disciplinas dos processos que estão associados à área saúde(...).

Colocar os ministérios de economia para discutir saúde. Mas, primeiro, você tem que

mostrar isso: a importância a saúde para o capital humano.

2. O fator dificultador é que é uma coisa nova,(...), pouca gente sabe exatamente o

que é.

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3. (...) o problema está em, acho que o fulcro da questão da Economia da Saúde, que

dá certo em qualquer lugar, é a pessoa que dá a receita, a pessoa que faz diagnóstico

e dá receita passar a pensar economicamente saúde, economicossaudemente saúde.

4. fatores mais dificultadores é a ausência de um estudo que mostra o quê que está se

gastando e como está se gastando em saúde no Brasil. (...) Mas isso está sendo

traduzido numa resposta eficaz em termos de saúde da população? Não se sabe.

Certamente não está, senão não haveria tanta grita, tanta repercussão negativa como

tem o sistema de saúde pública.

II - FACILITADORES

Idéias centrais:

• Fato de ser novidade é um facilitador, na medida em que mostra ganhos e

benefícios que esta área pode trazer;

• Criação de cursos nas grandes universidades contribuindo para a formação de

um contingente de especialistas;

• Parceria da academia como setor de serviços;

• Aumento da produção em Economia da Saúde nos últimos dez anos, dando

maior visibilidade ao tema e propiciando a incorporação do mesmo, nos órgãos

gestores;

• Criação do Departamento de Economia da Saúde no Ministério da Saúde.

Discurso do Sujeito Coletivo:

2. (...) por outro lado, por ser novo, também eu acho que esse projeto pode colaborar

muito pra isso, mostrar os ganhos e os benefícios que essa área pode trazer.(...) a

criação desses cursos nas grandes universidades, cursos de pós-graduação

principalmente, eu acho que vai ajudar a formar um contingente de especialistas, que

eu acho que talvez seja um primeiro passo (...) o outro objetivo desse projeto (...) é

essa união, essa parceria entre academia e setor de serviço.

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3. (...) afiliar a unidades pesquisadoras em Economia da Saúde, aqui se faz Economia

da Saúde, eu acho que são estratégias interessantes de ‘fazeção de cabeça’, fazer

cabeça não no sentido ideológico, fazer cabeça no sentido instrumental mesmo.

4. nós devemos fazer um estudo econômico de quais são essas linhas de atuação da

saúde brasileira, por parte do Estado. Pode até chegar a uma conclusão de que, como

em outros países, existe a saúde complementar privada que pode ser complementar

mesmo, mas que a saúde estatal, oficial deve ser mais objetiva, sei lá, deve ser mais

eficiente do que é.

4 – Quais seriam as estratégias que poderiam ser utilizadas para institucionalizar o uso das ferramentas da área de Economia da Saúde no SUS?

Idéias centrais:

• A própria criação do Departamento de Economia da Saúde é um propulsor

para disseminação da Economia da Saúde com a criação de núcleos.

• A formação de um contingente de profissionais com formação específica em

Economia da Saúde, reconhecimento da importância da atividade e

conseqüente criação de mercado de trabalho nas instituições públicas que

possam absorvê-los.

• Introdução de conhecimentos relativos à Economia da Saúde na formação dos

profissionais integrantes da equipe de saúde.

• Mudança na forma de pagamento dos procedimentos têm influência direta

sobre a conduta e o comportamento dos profissionais de saúde.

• Investir na capacitação e conhecimento dos gestores, de foma ampla, do

prefeito aos conselheiros de saúde (controle social).

• Identificação de grupos que trabalhem em Economia da Saúde, promovendo-

os, capacitando-os e possibilitando intercâmbios.

Discurso do Sujeito Coletivo:

1 . (...) nos últimos cinco, dez anos, aumentou muito a produção de estudo em

Economia da Saúde. Isso, por enquanto, tem uma influência prática, específica dentro

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das instituições, quer dizer, se você pensa que do ponto de vista institucional, o

Ministério da Saúde criou um Departamento de Economia da Saúde por conta desse

tipo de repercussão. Alguns estados estão criando.

2. (...) simultaneamente com a criação de cursos e com a parceria entre academia e

setor de serviços, a secretaria estadual de saúde, o Ministério e tal, você também crie,

dentro desses organismos públicos, você levante a importância dessa área e crie

como foi criado recentemente o departamento de Economia da Saúde aqui no

Ministério da Saúde, o tal do núcleo da Economia da Saúde lá na Secretaria Estadual

do Ceará, como o que está sendo pensado na Bahia. Quer dizer, o segundo passo

depois da formação e da capacitação é você mostrar a importância dessa atividade,

criando um espaço para ela dentro das estruturas de saúde no setor público, e aí atrair

esses profissionais para irem trabalhar lá e usar as ferramentas(...) isso se faz mesmo

mostrando os benefícios dos ganhos que essas ferramentas podem ter para melhorar

a qualidade da saúde, a alocação de recursos para a saúde. Então com esses

profissionais formados, com as pesquisas, o conhecimento gerado e, aí sim, as

estruturas criadas no setor público, esse conjunto de coisas pode fazer com que a

gente perenize a Economia da Saúde e aí sim ela se institucionalize(...)

3. (...) as decisões básicas,de como se financia e como se paga, não vão mudar com a

velocidade que a gente já pode começar a propagar no micro, e a gente não precisa

partir por causa disso, não precisa morrer de desânimo por causa disso, temos que ter

um entendimento de como esse processo se dá. O que eu quero dizer é que a forma

de pagar determina o comportamento da Economia da Saúde e também dos

profissionais. É muito difícil querer que alguém pense, num sistema que apesar de

público é extremamente mercantilizado (...).

4. (...) empreender treinamentos, divulgar conhecimentos e treinar de fato. Não só os

gestores, mas também os Conselhos, que são o controle social da saúde, dos

investimentos em saúde. Alguns acham que a questão é só gestão, outros dizem que

se fosse já estaria resolvido. Não é apenas de gestão, mas é também de gestão.

5. (...) fomentar a pesquisa, como pegar a demanda do Ministério da Saúde e

convocar os melhores grupos do País, contratar estrangeiros, se for preciso pra formar

gente. Dar respostas dentro daquele projeto que vocês estão precisando. (...) localizar

os grupos de maior competência do País, contratar os projetos, esse é o nosso ramo.

Agora, como se apropriar e fazer isso valer dentro do SUS (...).

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5 - Tem conhecimento da utilização dos resultados de pesquisas em Economia da Saúde, por gestores no SUS?

Idéias centrais:

• Não se tem, ainda, informação precisa. As agências fomentadoras, que

financiam projetos específicos na área, estão em processo inicial de

identificação desta utilização por meio de estudos que foram iniciados há

pouco.

Discurso do Sujeito Coletivo:

2. (...) destacada nessa avaliação do projeto, de que nós deveríamos investir um

pouco agora nesse sentido de pesquisar como, quais são, qual é o impacto que o uso

das ferramentas da saúde está tendo no processo da tomada de decisão por parte do

gestor, dos que trabalham no SUS.

3. (...) não tenho segurança para falar de nenhum, a não ser análise orçamentária,

subsídio a alocação macro(...)

4. Não, com gestores não tenho não. O que a gente tem é assim, informações de

reportagens que tal município teve o desenvolvimento melhor, o desenvolvimento

humano, mas isso está ligado a vários fatores, não só à questão da saúde.(...) se nós

não tivemos nenhuma materialização de algo mais diferenciado na saúde é porque

não havia formação de pessoal específico pra isso. Forma-se médicos, farmacêuticos,

enfermeiros, odontólogos, mas cada um deles com uma missão específica de

diagnosticar e tratar. Não há ninguém preocupado em como equalizar, como, vamos

dizer assim, administrar os elementos que estão envolvidos nesse processo(...).

5. (...) quero crer que esses projetos aqui do REFORSUS, (...) tenham servido para

subsidiar algumas decisões no Ministério. Principalmente nos Estados que são super

carentes dessas efetividades de melhoria de gestão. Então a gente viu, pelas

avaliações, que teve problemas em alguns e outros elogiaram barbaridade. Já há uma

mudança de postura, de visão do que é gestão desse estabelecimento.

6 - A política de desenvolvimento científico e tecnológico contribui para a formação de recursos humanos em ES e ATS?

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Idéias centrais:

• Contribui e é importante. Existe a necessidade de um processo por parte do

Ministério da Saúde que direcione o fomento e a aplicação de resultados, tanto

em pesquisas quanto na capacitação de RH.

• Atenção em relação ao Ministério da Saúde para que se aproprie, incorpore e

divulgue o resultado de pesquisas realizadas na área de Economia da Saúde.

Discurso do Sujeito Coletivo:

2. (...) política de desenvolvimento tecnológico contribui para a formação de recursos

humanos.

3. O que importa é o conteúdo, se é uma pós-graduação "strictu senso " como o

mestrado e o doutorado, "lato senso" não é a palavra aí, mas se é uma pós-graduação

generalista em saúde e alguém vai fazer Economia da Saúde, ótimo. Até vai

contaminar esses conteúdos porque está criando estruturas, continentes.

4.(...) saúde não é só medicina, saúde não é só farmácia. Saúde é uma coisa bem

mais ampla, que envolve economia, que envolve emprego, que envolve lazer, enfim.

Então, todos esses elementos têm que ser colocados e ponderados numa balança, e

mais especificamente estudados à luz de uma chamada Economia da Saúde. Aí sim,

eu acho que a gente pode ter um quadro completo (...).

5. (...) o objetivo principal do CNPq, na formação de recursos humanos, é a pesquisa

científica. E isso aí tem um pouco mais a ver com capacitação profissional do que

propriamente formação de pesquisadores.

II.4. DISCURSO DO SUJEITO COLETIVO – INSTITUIÇÕES DE ENSINO E

PESQUISA

1 - Qual a opinião sobre a implantação de um Centro Nacional de Informações de Economia da Saúde que articulasse o conhecimento

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produzido na academia com as necessidades de informações do SUS, de forma isenta e pública?

I . Atores favoráveis à implantação

Idéias centrais:

• A iniciativa é relevante e condição essencial para aprimoramento

da gestão do sistema. Existe um “gap” entre a geração do

conhecimento na academia e sua aplicação na gestão dos

recursos. Nesse cenário, integração seria a palavra de ordem,

articulando estímulos tanto provenientes da demanda (gestores),

como da oferta (instituições de pesquisa).

• A academia tem que ser alimentada com informações rápidas,

fidedignas e de qualidade, disponibilizadas em rede e que

possibilite a pesquisa, o avanço da pesquisa aplicada não apenas

da Economia da Saúde como para toda a área social. A abertura

das informações em rede possibilitaria gerar novos adeptos,

fomentando o surgimento de outros profissionais.

• A perspectiva do Sistema Único de Saúde é de ter controle

público e social sobre o que faz, sobre o que pretende fazer. A

temática de financiamento, gastos, custos da saúde, é uma

temática central para o SUS e a constituição deste organismo

pode resultar em instrumento de publicização das informações

produzidas. Deve ser plural, na perspectiva de contemplar as

várias correntes teóricas no campo da economia, não se fixando

apenas numa abordagem da economia. Pode haver correntes

marxistas e correntes marginalistas, convivendo, discutindo,

debatendo.

• No passado, essa tentativa de articulação foi feita pela ABRES

através dos congressos bi-anuais, mas era mais uma troca de

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experiências acadêmicas. Está faltando essa articulação

institucional.

Discurso do Sujeito Coletivo:

1. É condição “sine qua non” para integração e disseminação do conhecimento gerado

na área de Economia da Saúde no Brasil. Existe um “gap” entre a geração do

conhecimento na academia e sua aplicação na gestão dos recursos. É necessário um

esforço conjunto para diminuir(...), mas eu acho que está faltando exatamente isso: a

gente está conseguindo gerar conhecimento, gerar artigo, tese, mas está faltando um

mecanismo integrador aí.(...) A palavra integração seria a palavra de ordem nesse

momento.

3. Eu acho a idéia sensacional, eu acho muito interessante se pudesse existir(...)

precisa de um lugar que tenha preços, que seja útil, que tenha uma coisa pesada de

pesquisa, mas uma pesquisa aplicada.

4. (...) facilitaria muito a troca de experiências, que na realidade é a constituição de

ambientes de trabalho. Eu acho que é a informação que circula pouco.

6. A academia tem que ser alimentada com essas informações, e informações

fidedignas de qualidade e com uma certa presteza (...)eu diria que a informação e

uma rede de informações que seja transparente, que abra com rapidez e que

possibilite a pesquisa é de suma importância para o avanço da Economia da Saúde e

não digo só da Economia da Saúde, de toda a área social.

7. A temática de financiamento, gastos, custos da saúde, queiramos ou não, é uma

temática central para o desenvolvimento do Sistema Único de Saúde e a constituição

deste organismo pode dar uma coisa que você pense no interesse do cidadão, o

interesse de publicizar as informações produzidas. A perspectiva do Sistema Único de

Saúde é de ter controle público sobre o que faz, sobre o que pretende fazer e essa

questão é simplesmente vital.(...) Eu estou inteiramente de acordo. Eu poderia

acrescentar inclusive que fosse plural, na perspectiva de contemplar as várias

correntes teóricas no campo da economia.(...) No sentido de, por exemplo, não se fixar

em apenas uma abordagem da economia. É você poder ter correntes marxistas e

correntes marginalistas, convivendo, discutindo, debatendo.

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8. E é muito importante ter essa rede, pela possibilidade que ela tem de gerar novos

adeptos, de fomentar o surgimento de outros profissionais tanto da área econômica,

financeira e administrativa, como da área da saúde.

9. Acho ótimo

10. Acho a iniciativa relevante. O projeto de Economia da Saúde (MS/IPEA/DFID) tem,

como uma de suas principais estratégias, a articulação entre a academia e os

serviços, incluindo estímulos tanto à demanda (gestores) como à oferta (instituições

de pesquisa). A importância da criação do Centro é a possibilidade de ele vir dar

continuidade, de forma mais ampla, a essa estratégia, uma vez que o PES termina em

2005.

12. Eu acho fundamental. Eu acho que no passado, muito esporadicamente, essa

tentativa de articulação foi feita pela ABRES, através dos congressos bi-anuais que a

ABRES tinha, mas era mais uma troca de experiências acadêmicas. Está faltando

essa articulação institucional. Eu acho que um Centro dessa natureza seria muito bem

vindo e também com centros regionais, com o espelho dele para algumas regiões.

Não em nível estadual, mas em nível regional.

13. Eu penso que isso é condição essencial para aprimoramento da gestão do

sistema.

18. Eu acho que seria extremamente importante a existência desse Centro.

20. Eu acho ótimo

II. ATORES FAVORÁVEIS À IMPLEMENTAÇÃO, COM CONDICIONANTES

Idéias Centrais

• Há uma ressalva com relação a um enfoque exclusivo no SUS. Deveria

ter um enfoque maior, mais amplo, para a sociedade.

• Não se tem clareza sobre onde situar o Centro Nacional

geograficamente e institucionalmente: Tem que ser no Ministério da

Saúde? Tem que ser no setor público? Pode ser uma ONG? Uma

iniciativa mais autônoma?

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• Há uma certa simpatia pela flexibilidade da autonomia que é dada por

uma entidade de direito privado e não uma de direito público, sobretudo

se for da administração direta. Até que ponto deveria possuir uma

materialidade? Entretanto, tem que ter permanência, gerenciamento e

uma preocupação com o foco, o que implica em ter algum nível de

estrutura, de financiamento.

• Mais importante do que criar um órgão dentro do Ministério da Saúde,

seria procurar agregar todos o esforços que já estão sendo feitos no

País, que são muitos. Talvez uma estrutura pequena desse conta de

articular, de divulgar, de realmente reunir essas pessoas. Até que ponto

poderia ser um site super ativo. É positivo ter um ou mais “sites” que

ofereçam informações. Uma coisa é mapear profissionais, grupos e

produção científica, e outra é fazer recomendações e avaliações

técnicas sobre metodologias.

• Num primeiro momento, possibilitaria gerar informação e pesquisa; no

entanto, a capacidade desse conhecimento de voltar à realidade e

modificá-la, acredita-se muito pequena. Há necessidade de uma

informação tipo “on line”, que seja relevante para a tomada de decisão,

uma recomendação, um disque evidência.

Discurso do Sujeito Coletivo:

2. Não é que não seja bom, não é que não seja interessante. Eu acho que há muita

dificuldade. Eu acho até que num primeiro momento, essa coisa de gerar informação e

possibilitar pesquisa, a capacidade desse conhecimento, de voltar à realidade e

modificá-la, eu acho ainda muito pequena.

5. (...) a gente aqui(...) é totalmente favorável a esse tipo de iniciativa.(...) uma

estrutura de rede, quer dizer, núcleos trabalhando, sejam nos estados, sejam

universidade ou o que for, eu penso muito a importância de um gerenciamento dessa

rede.(...) Eu acho que o que precisa é agregar. O que de alguma forma já está sendo

feito pela ABRES. O IPEA teve nos anos 90 esse papel, mas precisa melhorar mais

esse gerenciamento. Eu penso mais nisso do que propriamente em burocracia.(...)

Mais importante do que criar um órgão dentro do Ministério da Saúde, o responsável

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por isso, é você procurar agregar todos o esforços que já estão sendo feitos no País,

que são muitos. E que talvez uma estrutura pequena no Ministério desse conta de

articular, de divulgar, de realmente reunir essas pessoas.(...) Agora, isso tem que ter

permanência, tem que ter gerenciamento e tem que ter uma preocupação com o foco,

e aí tem que ter algum nível de estrutura, de financiamento.

11. No caso do nacional eu não teria dúvida. O que eu não tenho clareza é onde situá-

lo geograficamente e institucionalmente. Primeiro: tem que ser no Ministério da

Saúde? Eu não sei. Tem que ser no setor público? Pode ser uma ONG? Uma coisa

mais autônoma?(...) Então eu tenho(...) uma certa simpatia pela flexibilidade da

autonomia que é dada por uma entidade de direito privado e não uma de direito

público, sobretudo se for da administração direta.

14. Eu acho que seria excelente(...) iniciativa(...) centralizada, com o apoio de

instituições.(...) Para quem toma decisão, ou pelo menos saber a quem recorrer para

te ajudar(...)

15. Acho que é importante.(...) Seria interessante se acontecesse de forma

descentralizada, seria importante até para divulgar, acredito que tenha pessoas

fazendo trabalhos que em alguma medida estão relacionados com a área, mas eles

nem sabem que estão fazendo tudo aquilo (...)

16. (...)é bacana,(...) como em todo sistema de informação e toda base de dados é a

questão do acesso rápido(...) Eu acho que tem que ter interatividade pra ele ser

relevante(...) eu quero uma informação desse tipo “on-line”(...) desde que tenha

informação que seja relevante,(...) pra tomada de decisão,(...) uma recomendação, é

produzir informação sintética, (...) um disque-evidência.

17. Então eu vejo essa iniciativa como muito bem vinda. Eu só acho que, eu teria uma

ressalva com relação ao enfoque SUS. Eu acho que deveria ter um enfoque maior,

mais amplo, para a sociedade, porque Economia da Saúde não é só para o SUS(...)

Eu acho que é positivo ter um ou mais “sites” que ofereçam essas informações, e eu

não tenho certeza de que seria recomendável de que isso aconteça no mesmo “site”,

porque são funções diferentes. Uma coisa é mapear profissionais, grupos e produção

científica, e outra coisa é você fazer recomendações e avaliações técnicas sobre

metodologias, etc. Eu não estou convencido de que a melhor maneira seja colocar as

duas coisas no mesmo local, porque são finalidades diferentes.

19. Eu vejo com muito bons olhos. Eu vi os primeiros passos disso no “site” do projeto

do IPEA. E depois... Eu não sei se precisaria ter uma materialidade ou não (...) até que

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ponto vale mais à pena investir num “site super ativo”.(...) Eu acho que são dois

caminhos, provavelmente complementares. São duas estratégias que podem ser

complementares. Tem a do “site”, uma coisa é melhorar o “site” que já existe e eu

acho que o “site” só não dá conta não.

2 - Quais poderiam ser as atribuições deste Centro?

Idéias Centrais:

Agregação, integração, centralização:

• Mapear “expertises” e as iniciativas que são geradas nos

núcleos/grupos de Economia da Saúde existentes; Formar banco

de consultores com currículo e especificação das áreas de

atuação e banco de pesquisas em andamento e concluídas;

Relacionar as necessidades de pesquisas e consultorias das

instituições; Criar um verdadeiro banco de dados de

disponibilidade nacional. Gerenciar essa rede de informações

vencendo a dispersão que hoje ainda caracteriza a área.

Divulgação:

• Publicizar; divulgar conhecimentos; revelar temas que ainda não

foram considerados e até mesmo num sentido prospectivo,

antecipar demandas que poderão ocorrer a médio e longo prazo.

Permitir acesso eletrônico da produção intelectual brasileira e

internacional especializada; Divulgação de cursos e eventos

científicos. Realização de encontros, seminários, trabalhos

conjuntos.

Formação:

• Instituir linhas de pesquisa e programas de capacitação que

atendam as necessidades do SUS.

Fomento:

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• Prospectar fundos de recursos para iniciativas na área de

Economia da Saúde. Apoiar grupos que estejam trabalhando

nessa perspectiva; Induzir as universidades e centros de

pesquisas, criar oportunidades.

Regulação:

• Definir atribuições de centros regionais de economia da saúde

baseado em “expertises” locais, de modo a evitar sobreposição de

iniciativas. A partir de bases concretas das demandas existentes,

avaliá-las numa perspectiva de custo-benefício, custo-efetividade

com base em pesquisa operacional e incorporação racional desta

tecnologia. Portanto, precisamos de um centro que nos auxilie a

gerar “inputs” para responder essa questão. Um centro desses

precisa ser capaz de tudo isso e de desenvolver uma forma de

que as pessoas possam se apropriar dessas ferramentas e

efetivamente exercer o controle social.

• Validar informações, certificar. Incorporar a avaliação econômica

como critério obrigatório pra inclusão de um procedimento na

tabela do SUS, não com o caráter de veto, mas para elencar

prioridades.

Pesquisa:

• Produzir conhecimentos nessa área, fazer pesquisas,

investigação.

Discurso do Sujeito Coletivo:

1. Mapear “expertises” e as iniciativas que estão sendo geradas nos centros de

Economia da Saúde existentes. Definir atribuições de centros regionais de Economia

da Saúde, baseado em “expertises” locais, para não haver sobreposição de iniciativas.

Instituir linhas de pesquisa e programas de capacitação que atendam as necessidades

do SUS. Prospectar fundos de recursos para estas iniciativas. Mapear e manter

atualizadas informações sobre temas de interesse, sobretudo na área de avaliação

econômica; instituições que atuam na área; grupos de pesquisadores. Manter uma

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ligação ativa com os centros estaduais de Economia da Saúde que vierem a se

constituir.

2. Então, nessa função normatizadora, eu acho que um sistema como esse teria uma

importância grande. (...) Então, essa normatização podia ser enriquecida a partir de

informações, insumos(...).

5. (...)essa dispersão do País. (...) Então eu acho(...) é importante gerenciar isso nesse

momento.(...) Apoiar o desenvolvimento de pesquisa no País, principalmente onde já

existem iniciativas nessa direção, que são várias. E gerenciar essa rede de

informações.

7. Publicizar, eu acho que produzir conhecimentos nessa área, fazer pesquisas,

investigação, apoiar grupos que estejam trabalhando nessa perspectiva, apoiar redes

nessa linha, divulgar os conhecimentos. E eu acho que trazer temas, que não estão

sendo ainda considerados, mas que possa ter um sentido perspectivo, de você se

antecipar um pouco a demandas que podem acontecer daqui a cinco, dez anos. (...)

8. Formação de banco de consultores com currículo e especificação das áreas de

atuação; Cadastros de pesquisas em andamento e concluídas; Relação das

necessidades de pesquisas e consultorias das instituições; Acesso eletrônico da

produção intelectual brasileira; Acesso “on line” de publicações internacionais

especializadas; Divulgação de cursos e eventos científicos; Intercâmbio de material

didático

9. Centralização da informação científica e divulgação da informação – oportunidades

financiamentos, eventos.

10. Mapear e manter atualizadas informações sobre temas de interesse, sobretudo na

área de avaliação econômica; Instituições que atuam na área; Grupos de

pesquisadores. Manter uma ligação ativa com os Centros Estaduais de Economia da

Saúde que vierem a se constituir.

11. (...) a primeira idéia que me vem à cabeça é o seguinte: que já era mais do que

hora do Ministério da Saúde incorporar como critério obrigatório pra inclusão de um

procedimento na tabela do SUS, uma avaliação econômica.(...) Mas mesmo que não

seja pra vetar, vai dizer que não, que não é econômico,(...) ele serve pelo menos para

apontar prioridades. Vão surgir 5 ou 6 demandas, ou 3 ou 4 por ano e um estudo de

avaliação econômica vai dizer: olha, do ponto de vista de prioridade o mais importante

seria esse, ou o 1º, o 2º, o 3º e tal(...)

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12. (...) é validação de informações,(...) uma certificação.(...) centralizar e disseminar

as informações. Ele deve ser um indutor, pra induzir as universidades, induzir os

centros de pesquisas, criar oportunidades.

13. Se de alguma forma fosse possível inverter esta lógica, ou seja, a partir de bases

concretas das demandas existentes, avaliá-las numa perspectiva de custo-benefício,

custo-efetividade, com base em pesquisa operacional e incorporação racional desta

tecnologia. Portanto nós precisamos de um Centro que nos auxilie gerar “inputs” para

responder essas questões.(...) O Brasil fez 27 conferências de assistência

farmacêutica, em estados, no último ano. Poucas delas discutiram essas questões de

incorporação tecnológica, de avaliação economica e saúde, na perspectiva do acesso

a medicamentos. Um Centro desses precisa ser capaz de tudo isso que falamos,

colocar num liquidificador e desenvolver uma forma de que a pessoa, na perspectiva

do controle social, possa se apropriar dessas ferramentas e efetivamente exercer o

controle, o que não acontece.

14. (...) manter atualizado e fidedigno, bastante confiável(...) evitar que trabalho

semelhante seja feito em outra instituição, com os mesmos recursos.(...) ser uma fonte

de troca(...) de articulação.

15. Descentralizada.(...) Por que há muita diferença,(...) tem que se levar em conta

essas diferenças, ou mesmo os modelos, as propostas, do que se vai fazer(...) tinha

de estar vinculado ao que é dentro de cada região,(...) talvez através das

universidades, dos centros de pesquisa.(...) Uma proposta de Programa de Saúde da

Família em regiões em que atenção básica está adequada, garantida e em um nível

melhor que o Programa de Saúde da Família. Então termina fazendo incentivos para

implantação de Programa de Saúde da Família, como foi feito para todo o país, de

forma irrestrita, o pessoal termina sucateando o seu serviço que funcionava muito

bem, para migrar para o Programa de Saúde da Família e fica uma porcaria.

16. (...) qualificar os trabalhos(...) dentro da lógica da economia(...) o núcleo pode

promover eventos, o núcleo pode articular ou estimular e o núcleo pode até, digamos,

(...) provocar os centros e suas linhas de pesquisa,(...) questões, perguntas, que

podem ser pensadas no ponto de vista econômico.

17. Primeiro mapear os profissionais e grupos, institutos, etc, que desenvolvem

atividades em Economia da Saúde. Segundo, manter uma base de dados sobre a

produção científica desses profissionais e grupos. Terceiro, divulgar a disponibilidade

de bancos de dados, seja do próprio SUS, sejam outros que não sejam do SUS.

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Sejam nacionais ou internacionais que tenham relevância para a Economia da Saúde,

por exemplo, um “link” para um banco de dados que tem na Inglaterra sobre Avaliação

Econômica de Saúde. Eu acho que, cumprindo essas três coisas, já estaria cumprindo

um papel bastante importante.

18. (...) reservatório para a produção científica na área, no País, (...) reconhecer o que

diferentes grupos estão fazendo e isso estar à disposição de qualquer interessado e

até, quem sabe, atualizar também o próprio cenário em saúde e potenciais

consumidores das atividades educacionais em cada um desses centros. E até ver

déficit onde existem necessidades específicas, não atendidas ou oferecidas hoje e

estimular pra que os centros possam se capacitar para um dia vir a oferecer.

19. (...) disseminar e instrumentar a Economia da Saúde, através de cursos(...)

20 (...) criar um verdadeiro banco de dados de disponibilidade nacional, quer dizer

para todas as instituições de pesquisas ligadas a essa área. Hoje é uma coisa da qual

a gente carece(...) Outra linha diz respeito à, mesmo a questão regulatória, e à

relação público/privado.(...) E a terceira linha que eu acho é permitir que haja troca

disso; vários, quer dizer, realização de encontros, seminários, trabalhos conjuntos,

mobilização instrumentos de fomento da pesquisa, com esse caráter.

3 - Existe interesse/abertura (ponto de vista das pessoas e da instituição) para articular a construção de Núcleo Estadual de Economia da Saúde com o SUS neste Estado?

Idéia Central:

• Há interesse, mas se acredita que deveria haver uma proposição,

uma articulação ampla da qual pudesse participar vários grupos

de pesquisadores além de pessoal da rede de serviços.

Discurso do Sujeito Coletivo:

1. Objetivamente, sim (...)

3. Acho que (...) é difícil.

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4. Eu acho que,(...) você faz isso nacionalmente e depois até você consegue

capilarizar para os estados.

5. Eu diria não só existe interesse e abertura, mas já existe uma iniciativa nessa

Instituição(...) e que a gente está aberta a ampliá-la..

6. O núcleo foi estruturado em cima de pessoas que trabalhavam na área de

Economia da Saúde.

7. Tem sim(...) o nosso Instituto (...) já teve momentos de muita aproximação com o

Estado, (...) mas agora muito fortuitos.

8. A Secretaria de Saúde do Estado constituiu um comitê assessor em Economia da

Saúde, com participação de técnicos da SES, gestores do SUS e professores de três

instituições acadêmicas(...).

9. Claro, eu acho que sim (...) não sei na Secretaria se tem uma área para isso, mas

eu acho que se chegarem e propor uma articulação ampla, que pudesse entrar vários

grupos de pesquisadores junto com o pessoal de lá, eu acho que eles teriam gente lá

para integrar isso.(...) Eu acho que (...) tem condição, sim, de fazer.

10. O IPEA já vem se articulando com o Departamento de Economia da Saúde do MS.

No futuro poderia ser feita uma articulação com a SES (já existem alguns

entendimentos em andamento) e com a universidade(...)

11. Eu acho que no curto prazo é um pouco pretensioso. Talvez pudéssemos se

pensar em núcleos regionais.

14. A gente tem uma relação muito boa com a Secretaria Municipal e acho que teria

todo um interesse.(...) Mas entre a Secretaria Estadual e nós na área(...) Eu acho mais

fácil ele ficar baseado na instituição, quer seja a universidade federal, quer seja o

hospital.(...) Eu não vejo uma coisa hierárquica. Prefiro pensar que as pessoas teriam

vínculo de ambas as formas, não dependeriam do interesse estadual, ou pelo menos

de vias tradicionais de governo.

15. Acho que poderíamos fazer sim (...)

17. Sim (...) Mas sem dúvida, quer dizer, tanto os profissionais do grupo quanto a

Faculdade de Saúde Pública, eu tenho certeza que teriam o maior interesse em

participar disso.

18. Com certeza (...) não dá pra deixar de se considerar. Como é importante não

esquecer de fontes de recursos ao lado, pra poder implementar.

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4 - Como se daria a participação desta instituição neste Núcleo Estadual?

Idéia Central:

• Há várias possibilidades que giram em torno dos eixos:

capacitação e treinamento, pesquisa, assessoria e apoio técnico.

Um nível de participação institucional se dá na formação e

capacitação de gestores na área de saúde, outro na

implementação de pesquisas mais aplicáveis e operacionais,

voltadas para as necessidades do sistema. Também participa

com apoio técnico e consultoria, podendo inclusive constituir

comitê assessor em Economia da Saúde, com a participação de

gestores e instituições de ensino.

Discurso do Sujeito Coletivo:

1. Orientar pesquisas e análises que atendam a demanda do SUS(...). Participar da

Câmara Técnica de Avaliação de Incorporação de Tecnologia em Saúde no Estado(...)

o Instituto de Medicina Social tem essa tradição de estar capacitando gestores na

área de saúde. Gerar uma pesquisa muito mais aplicável e operacional, sair do âmbito

da academia e entrar, fazer um trabalho de campo, voltado para as necessidades.

5. Nós vamos participar com aquilo que nós sabemos fazer, que é fazer estudo, fazer

projetos(...) perfil na área do gasto, da apuração, da discussão da desigualdade(...)

cursos pela nossa Escola de Governo.(...) Já existe essa possibilidade no mestrado de

Gestão Econômica, existe abertura pra curso de especialização.

8. (...)formando quadros para SES, (...) e participando da realização de projetos de

pesquisa.

9. Tem um pessoal aqui da Secretaria de Planejamento, são todos alunos nossos lá,

do NESC, que a gente mantém contato, atualmente são técnicos da secretaria. (...)

10. (...) desenvolvimento de estudos e pesquisas e na participação de seus técnicos

em eventos de capacitação, como docentes.

12. A gente está aberto para essas questões, treinamento de pessoal nas

modalidades presencial e à distância, e na parte de pesquisa. E a gente também

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poderia ser um consultor desse Centro, nós temos que definir as pautas de pesquisas.

Não estou dizendo individualmente, mas institucionalmente (...)

13. (...) como um pólo de capacitação, um pólo de multiplicação,(...) mapear a

implantação de algumas tecnologias,

15. (...) estando dentro da Universidade,(...) a gente termina formando alunos, e eles é

que vão estar fazendo, reproduzindo essa prática, (...)

16. (...) pensar avaliação tecnológica de procedimentos médicos,(...)

17. Primeiro treinamento,(...) Outra é apoio técnico ou assessoria, consultoria,(...)

alguns projetos de pesquisa, ou seja, lá o que for que a Secretaria tenha alguma

necessidade(...) Então tem várias possibilidades, mas que giram em torno desses dois

eixos, capacitação e treinamento e assessoria, apoio técnico, e tal(...) estimar os

custos de protocolos clínicos.(...) a faculdade tem um convênio de longo prazo com a

Secretaria de Estado da Saúde, não seria difícil incluir como um dos itens, como

adendo ao convênio, algo referente a apoio técnico, ou sei lá o que, em Economia da

Saúde.

18. (...) uma é a educação(...) A segunda(...) é de implementar pesquisas pra gerar

novos conhecimentos a respeito de como é o sistema, e das possíveis respostas a

essas dificuldades que o sistema enfrenta.(...)

5 - Quais ações, no âmbito da Economia da Saúde, poderiam ser realizadas por núcleos estaduais (explicar a proposta de núcleo estadual: articulação entre serviços e academia para realização de estudos, pesquisas e formação de RH) e que seriam de interesse desta instituição?

Idéias Centrais:

• Necessita-se de informações detalhadas sobre os gastos na

saúde, qualquer iniciativa que permita uma transparência maior

no uso dos recursos públicos será muito útil do ponto de vista de

formulação, acompanhamento e avaliação de políticas.

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• O núcleo deve contribuir para a criação de uma cultura

de “mensuração”: avaliar a incorporação de tecnologia em saúde

no SUS estadual; avaliar a eficiência no uso dos recursos físicos

e humanos no âmbito do SUS; avaliar custos, o impacto clínico, a

satisfação do usuário; o grau de insatisfação do profissional

médico e o comprometimento do ponto de vista da renda familiar,

dedicada à saúde.

Discurso do Sujeito Coletivo:

1. Avaliar incorporação de tecnologia em saúde no SUS estadual; avaliar a eficiência

no uso dos recursos físicos e humanos no âmbito do SUS; capacitar gestores do SUS

no uso das ferramentas de Economia da Saúde(...) Criar cultura da mensuração.(...)

ter um compromisso formal, um cronograma de ações, fluxo de trabalho definido com

metas, com prestação de contas,(...)

5. (...) é pesquisa, relacionada, no nosso caso, à metodologia de alocação eqüitativa,

(...) uma linha de(...) serviços hospitalares,(...) e a linha do monitoramento do gasto

público,(...) a divulgação é muito importante(...)

6. (...) um trabalho na área de custo hospitalar, de situação na área de Saúde, de

sistema de informação,(...)

7. (...) precisamos muito é de informações detalhadas sobre os gastos na saúde,(...)

qualquer iniciativa que permita uma transparência maior no uso dos recursos públicos,

particularmente em saúde.(...) É uma iniciativa que vai ser muito útil do ponto de vista

de formulação de política, de acompanhamento político e de avaliação de política.

9..Estudos de demanda, de custos; avaliação econômica; avaliação tecnológica;

regulação de mercados; acompanhamento de preços.

12. Se esse núcleo estadual financiasse pesquisas e cursos, nós certamente

responderíamos(...)

15. Então esse é um papel importante: disseminar, de organizar eventos, encontros,

seminários, “workshops” (...)

18. Formação, capacitação e educação de recursos humanos, nas áreas de economia

e gestão, implementação de pesquisas com potencial de responder algumas dúvidas

que hoje os tomadores de decisão têm, dentro do SUS. (...) Pode fazer avaliação de

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custos, pode ser de impacto clínico, pode ver satisfação do usuário, pode ver o grau,

eventualmente, de insatisfação do profissional médico, uso de outros recursos,

comprometimento do ponto de vista de receita familiar ou renda familiar dedicada à

saúde

6 - Quais estratégias contribuiriam neste processo?

Idéias Centrais:

• Produtividade, eficiência, eficácia, efetividade são termos hoje

recorrentes no discurso dos gestores em saúde. Assim é

necessário ter claro qual é o objetivo do Centro. Acredita-se que o

projeto não deva ser muito ambicioso de início. A estratégia inicial

seria partir de casos ou exemplos do próprio SUS, como

gerenciamento de recursos, custos, onde a deficiência é evidente.

Pode-se realizar pesquisas conjuntas, desenvolvendo tecnologias

a serem incorporadas no quotidiano.

• A preferência é que esta iniciativa seja multi-institucional, pois

todos teriam a ganhar com isso. Mesmo que do ponto de vista da

formalização possa ser um dificultador, pois é mais fácil encaixar

atividades específicas dentro de um convênio entre a faculdade e

a Secretaria de Estado da Saúde, do que pensar num mecanismo

mais ou menos formal, reunindo diversas instituições.

• Acredita-se ser complicado o Núcleo bater à porta do SUS

tentando fazer uma aproximação. A Universidade, a instituição,

pode apresentar e referendar o núcleo perante o SUS regional e

criar condições internas para que esse núcleo se desenvolva.

Alguma instituição tem que chamar pra si a responsabilidade.

Pode ser a Secretaria, até porque o Ministério está apoiando a

formação dos núcleos. Porém, há um risco da institucionalização

empacar nas brigas políticas de cada região. Assim, outra forma

seria a partir da articulação com os COSEMS.

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Discurso do Sujeito Coletivo:

1. Eu acho ainda complicado o Núcleo bater à porta do SUS e tentar fazer essa

aproximação. A Universidade, a instituição, ela tem que apresentar e referendar o

Núcleo perante o SUS regional, o gestor regional e criar condições internas para que

esse Núcleo se desenvolva (...) É bem provável que o próprio SUS regional não tenha

ferramentas para diagnóstico da situação. Num primeiro momento era fazer um

diagnóstico de uma série de necessidades, após esse diagnóstico, propor algumas

medidas efetivas de implementação de ferramentas (...) Programas de capacitação

formatados com visão gerencial (...) Definição de planos de trabalho, com metas e

cronogramas; Instituir avaliação de indicadores de processo e desfecho para as

iniciativas implantadas.

5. Eu acho que nesse próprio trabalho seu(...) você já está fazendo isso.(...) Estão

reconhecendo que a gente está trabalhando. Então, essa idéia de fortalecer esses

grupos, apoiar a consolidação, em algum momento pela Secretaria, apoiar alguma

forma de ampliação de equipe, eu acho isso muito importante.(...) Então eu acho que

esses tipos de apoio que às vezes são singelos, muito pequenos, gasta-se muito

pouco com eles, pode ter um resultado muito grande.

6. (...) eu acredito que um apoio institucional maior poderá dar uma boa contribuição

para o avanço da Economia da Saúde no estado, a partir da articulação deste Comitê.

7. (...) uma das iniciativas é de realizar pesquisas conjuntas,(...) posteriormente, isso

pode ser transformado em alguma tecnologia e se incorporar no quotidiano e seja

mais transparente.(...) Eu acho que nessa área de recursos,(...) pelo menos, a retórica

da Secretaria da Saúde, eles buscam mais a eficiência, eles têm um gestor que não é

médico é administrador. Então, produtividade, eficiência, eficácia, efetividade são

termos que estão de uma forma recorrente no discurso deles e acho que isso pode ser

um caminho(...) para reforçar esse núcleo (...)

8. Oferta regular de cursos de especialização em Economia da Saúde; Disponibilidade

da vagas no Mestrado em Saúde Pública para a linha de pesquisa em Economia da

Saúde; Convênio de cooperação com a Universidade Nova de Lisboa para formar

doutores para a SES; Abertura de linhas de financiamento de projetos de pesquisas;

Produção de material didático para auxiliar a formação em Economia da Saúde;

9. Reunião amplamente divulgada (...)

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10. Centrar as preocupações no núcleo em questões de interesse da SES local –

incluindo as de interesse da região centro-oeste (...); Estimular a participação da SES

e Universidade em eventos de Economia da Saúde, promovidos pelo MS e pelo IPEA.

(...) Eu acho que alguma instituição tem que chamar pra si a responsabilidade. (...)

Então podia ser a Secretaria, até porque o Ministério está apoiando a formação dos

núcleos.(...) E a outra questão é essa que nós estamos discutindo aqui, como fazer a

gestão mais no “dia-a-dia”, via Conselho, via CONASEMS, fazer coisas simples,

usando os dados dos estados .

12. Esse núcleo talvez teria que ter uma personalidade jurídica à parte(...)

15. (...) não vejo também como você possa fazer isso em cada estado, num primeiro

momento,(...) No momento em que você tiver publicação e desenvolvimento de

pesquisa suficientemente importante na área, pode ser um núcleo, agora enquanto

não tem, não é um núcleo (...) Eu acho que vai empacar nas brigas políticas de cada

região (...) talvez pegar os COSEMS e tentar viabilizar alguma coisa por aí.

17. (...) eu tendo a preferir que uma iniciativa dessa seja multi-institucional. Acho que

todos têm a ganhar com isso. Do ponto de vista de formalização pode até dificultar,

porque é mais fácil, por exemplo, encaixar atividades específicas dentro de um

convênio guarda-chuva que a faculdade já tem com a Secretaria de Estado da Saúde

do que pensar num mecanismo mais ou menos formal, reunindo diversas instituições.

18. (...) primeiro precisa estar muito claro qual é o objetivo desse Centro. Eu acho que

ele não pode ser muito ambicioso de início.(...) a minha estratégia seria pegar alguns

casos ou exemplos dentro do próprio SUS, se a gente considerar gerenciamento de

recursos, custos, onde hoje você tem um problema muito evidente, você tem(...) a

chance de ter um grande impacto, desde que você alinhe esses incentivos dentro

dessa cadeia produtiva.

7 - Esta instituição poderia incentivar tecnicamente o processo? Como?

Idéias Centrais:

• As instituições de ensino e pesquisa podem oferecer capital

humano e produção intelectual necessários. Porém elas não têm

recursos suficientes, para atenderem a demanda.

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• A instituição pode dar um certo direcionamento ao treinamento de

estudantes, encaminhando-os a desenvolver suas teses, ou pelos

menos pesquisa ou produtos, na linha de Economia da Saúde.

• Deve haver um empenho maior na política institucional. Nesse

particular, um terceiro parceiro pode ser muito útil. Pode ser o

IPEA, o Ministério da Saúde, a Organização Panamericana de

Saúde e, eventualmente, até o Banco Mundial.

Discurso do Sujeito Coletivo:

1. Sim, oferecendo o capital humano e produção intelectual necessários.(...) Mas eu

acho que internamente ela não tem recursos técnicos(...), eu acho que ela tem que ser

facilitadora.

2. Uma coisa importante é que a gente está trabalhando com estagiários, alunos da

medicina e da economia, o que está exigindo um certo direcionamento do treinamento

deles nessa linha(...) Eu acho que a tendência é a gente expandir um pouco essa

linha, esse tipo de formação. A gente já está com contatos no Instituto de Economia,

com professores que poderiam – o projeto dispõe de recursos para que estudantes de

mestrado e até mesmo doutorado do Instituto de Economia, possam receber, durante

um período, uma bolsa para desenvolver suas teses, ou pelos menos pesquisa ou

produtos de pesquisa nessa linha.

5. Eu acho que a Fundação, embora a gente esteja vivendo um momento difícil, com

baixa de financiamento, cortes e tudo, ela tem aqui dentro gente ainda muito

interessada, aberta a negociar esse tipo de coisa.(...) As especializações são cursos

que são estruturados, dependem um pouco de demanda, então aí também podia se

pensar alguma coisa voltada para a Economia da Saúde. E no mestrado, como eu te

falei, reforçar a área da Gestão Econômica dessa temática da saúde (...)

7. (...) você tem que ter um empenho maior na política institucional. Nesse particular a

minha tese: um terceiro parceiro pode ser muito útil para que esse esforço redunde em

alguma coisa mais pra frente(...) Pode ser IPEA, pode ser o Ministério da Saúde, a

Organização Panamericana de Saúde, alguém que, pode ser até eventualmente o

Banco Mundial(...)

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8. A Universidade Estadual tem sido parceira da SES, desde quando criou cursos de

especialização em economia, e procura responder prontamente às demandas desta. O

acolhimento de técnicos da SES no mestrado em Saúde Pública tem incentivado a

integração das ações no plano estadual.

14. Com certeza (...)

18. (...) sim. Com certeza (...) A única coisa, a gente hoje tem poucos braços para uma

demanda muito grande (...)

8 - Qual a percepção sobre o cenário atual e quais são as perspectivas (fatores dificultadores e facilitadores) para a institucionalização da área de Economia da Saúde no Brasil?

Idéias Centrais:

Facilitadores

• Existe uma janela de oportunidade, pois o cenário de escassez de

recursos na área da saúde, somado à percepção do uso

inadequado dos mesmos e à falta de capacitações específicas

dos gestores enfatizaram a importância para a inserção da

Economia da Saúde na formulação de políticas públicas. O

habitual debate sobre a escassez de recursos em Saúde tem a

virtude de estimular a importância da Economia da Saúde. Por

outro lado, embora se reclame dos poucos recursos, não se

responde à pergunta, nem se comprova que está se gastando

bem. Existe um instrumental que a Economia da Saúde oferece

pra esse tipo de análise.

• Existe uma nova concepção das pessoas que estão ocupando

cargos no Ministério da Saúde e que estão apoiando as iniciativas

da área, que pode alavancar um outro olhar sobre a saúde.

• A evidente carência de informações de qualidade e de fácil

acesso fortalece a necessidade da institucionalização da área de

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Economia da Saúde, possibilitando novo patamar de integração

entre pesquisa e serviço.

Dificultadores

• A dificuldade está em integrar as ações dos centros regionais.

• Existe uma resistência das lideranças institucionais, que, mesmo

cientes da necessidade do conhecimento em Economia da

Saúde, não estão dispostas a colocar esforços, a abrir mão de

docentes das áreas para as quais foram concursados, para alocá-

los em novas áreas, muitas vezes desconhecidas.

• É negativo o fato de existirem pessoas da área de saúde coletiva

que possuem certas críticas à Economia da Saúde, por

perceberem ou acharem que esta só tem o viés neoclássico.

• Outro fator negativo é ter, até agora, cada um ficado com o seu

quadradinho, ou seja, a indústria contra o governo, o governo

contra a indústria, sem diálogo comum.

• Há também pouco conhecimento, ainda, por parte de técnicos e

gestores do SUS da contribuição que a Economia da Saúde pode

oferecer à gestão do sistema. Alia-se a isto a ausência de massa

crítica de pessoal capacitado em Economia da Saúde.

• Trabalhar com os gestores elegíveis é complicado. Um ano tem

eleições municipais e até os eleitos entenderem a situação,

demora mais um ano. Nesse meio tempo acaba o mandato no

nível federal e no nível estadual, tornando-se um dilema

administrar os tempos.

• Outro dificultador é que não há financiamento suficiente para

alavancar a área de Economia da Saúde. O recurso foi usado

para o que já estava sendo feito, então é mais do mesmo.

Discurso do Sujeito Coletivo:

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1. Existe uma janela de oportunidade, pois o cenário de escassez de recursos na área

da saúde, a percepção do uso inadequado (desperdício) dos mesmos, somados à

falta de capacitação do gestor, despertou o interesse dos líderes de opinião para a

implementação da Economia da Saúde na formulação de políticas públicas de saúde.

A dificuldade está em integrar as ações dos centros regionais (...) acho que existe uma

dificuldade ainda das lideranças institucionais(...) Entendem que há necessidade

desse tipo de conhecimento, dessa área de conhecimento, mas(...) não estão

dispostos a colocar esforços(...) A Universidade tem que tomar essa decisão de abrir

mão de docentes em áreas(...) pra a qual ele foi concursado, pra alocar nessas

áreas(...) novas e muitas vezes até desconhecidas

3. Talvez, pela primeira vez na vida, a gente tem um Ministério da Saúde que tem uma

concepção diferente(...) as pessoas que estão nesses cargos(...) podem alavancar um

outro olhar sobre a saúde. Eu acho que isso é um facilitador. Outro facilitador é

deslocar um pouco a pesquisa das coisas tradicionais, que já estão muito

reforçadas.(...) Dificultador eu acho é que não tem financiamento para isso.(...) O

recurso foi usado para o que já estava sendo feito, então é mais do mesmo. Esse mais

do mesmo não adianta, a gente teria que ter uma outra coisa.

6. É com a informação que a Academia se alimenta para produzir suas pesquisas,(...)

E há uma carência generalizada(...) a uma informação de qualidade e uma informação

rápida.

7. Nós temos um sanitarista, que é o Ministro da Fazenda, então teoricamente não

existiria melhor condição para poder institucionalizar a área de Economia da Saúde,

deve ter gente lá que deve estar muito mais preocupado com a saúde da

economia.(...) Dificultadores é que(... ) pelo menos é uma avaliação muito pessoal, nós

não temos um Ministério da Saúde forte, no atual governo(...)

8. Facilitadores: o acordo de cooperação técnica Brasil-Reino Unido para o Projeto

Economia da Saúde; a ação continuada do IPEA e da ABRES; a recente criação de

Departamento de Economia da Saúde no Ministério da Saúde; a expansão do

SUS.(...) Dificuldades: a interrupção do Projeto Economia da Saúde e cortes do

financiamento do DFID; a baixa credibilidade das Ciências Econômicas na sociedade

brasileira, com reflexo negativo na formação de profissionais; a dispersão dos recursos

humanos em economia, que somam poucos e necessitam crescer para suprir as

necessidades acadêmicas e dos serviços.

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9. Tem muita gente (...) na área de saúde coletiva, que (...) olha com uma certa crítica,

a Economia da Saúde, porque percebe ou acha que só tem o viés neoclássico.

10. Dificuldades: pouco conhecimento, ainda, por parte de técnicos e gestores do SUS

da contribuição que a economia da saúde pode dar à gestão do sistema; ausência de

massa crítica de pessoal capacitado em economia da saúde,(...) falta material

didático,(...) não é fácil encontrar um livro que seja aplicável; Facilitadores: Aumento

do interesse em relação à economia da saúde por parte dos gestores do SUS e

administradoras de planos e seguros de saúde; interesse de organismos

internacionais em apoiar os esforços da economia da saúde; criação, no Ministério da

Saúde, de departamento de Economia da Saúde.

11. A escassez tem a virtude de estimular a importância da economia da saúde, a

importância da economia de um modo geral.(...) De outro lado, embora se reclame de

poucos recursos, não se responde a pergunta, nem se comprova que está se

gastando bem. E a economia da saúde (...) oferece um instrumental pra esse tipo de

análise (...)

12. Não há uma cultura, do ponto de vista das pessoas que tomam decisões.(...) Eu

acho que o grande facilitador no momento, eu acho que é o próprio apoio que

gradativamente a gente tem sentido do setor público, mais especificamente do

Ministério da Saúde, desse trabalho conjunto do Ministério da Saúde e o IPEA(...) E

um fator que eu acho que não é um fator facilitador (...) um fator negativo é que, até

agora, cada um tem ficado muito com o seu quadradinho. Quer dizer, a indústria

contra o governo, o governo contra a indústria e talvez, até repetindo mais oficinas

como a gente teve hoje, você comece a criar um diálogo comum.

13. (...) a saúde deu um avanço nos últimos 20 anos, é um avanço na equipe. Por

outro lado, há dificuldade de ampliação das fontes de financiamentos do sistema,

aliado há um processo de pauperização da população(...)

14. Os facilitadores são a própria Universidade(...) o mercado vai demandar cada vez

mais, porque as indústrias, o pessoal está investindo em conhecimento.(...)

Dificultador: (...) Eu acho que um dos dificultadores é encontrar pessoas que queiram

fomentar, ou pagar financeiramente de um modo adequado.(...)

15. No momento, se vocês estão pensando em trabalhar com os gestores, a questão

das eleições. Esse ano tem eleições municipais. Vai ser complicado trabalhar com

gestor municipal esse ano e no ano que vem, porque ano que vem troca, e até eles

entenderem onde estão, demora mais um ano.(...) aí nesse meio tempo acaba o

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mandato, no nível federal e no nível estadual. É um dilema como administrar os

tempos, por isso eu acho que o melhor é não fazer esse caminho (...) É complicado. O

problema de dinheiro, o de sempre.

16. (...) Todo mundo quer saber e isso é uma questão, (...) se as coisas funcionam ou

não funcionam, quanto custa, quanto não custa, se vale à pena, se não vale a pena.

17. (...) a principal dificuldade é a desagregação de instituições e profissionais(...)

Demanda. Tem uma demanda crescente tanto no setor público quanto no setor

privado.(...) Obviamente, isso é um fator bastante facilitador(...) outro é o projeto de

Economia da Saúde, que está estimulando várias iniciativas.(...) Fator dificultador(...) é

a desagregação institucional, e a distância(...) inclusive geográfica(...)

18. (...) de facilitadores tem a percepção sobre a necessidade de novas ferramentas.

(...) hoje você precisa ter decisões que(...) sejam justificadas e, aí, você precisa ter um

pouco dessa fundamentação de base, reconhecimento dos problemas(...)

Dificultadores, aí um dos fatores eu acho que é o baixo nível de conhecimento da

área, mesmo os centros mais especializados ainda são(...) está todo mundo ainda no

berço(...)

19. (...) a dificuldade grande que eu acho é que somos poucos.(...) Eu não concordo

com aquelas pessoas que dizem que o gestor não gosta de falar em avaliação

econômica, que acha que é um horror. Eu vejo ao contrário. Na minha experiência tem

sido assim, tem muita adesão à adoção de instrumentos de Economia da Saúde.

Agora, somos poucos pra um país tão grande.

9 - Quais seriam as estratégias que poderiam ser utilizadas para institucionalizar o uso das ferramentas da área de Economia da Saúde no SUS?

Idéias Centrais:

• A concepção vigente de que a saúde é um horror, um buraco sem

fundo, deve ser mudada. Talvez seja esse o momento de se criar

instâncias dentro das organizações públicas que contemplem

essa temática, além de desenvolver algumas modificações

institucionais para dar seqüência a esse movimento político.

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• A Economia da Saúde deve se constituir em alicerce técnico na

tomada de decisão dos gestores centrais (federal) e regionais

(estados e municípios), adquirindo credibilidade como uma

ferramenta gerencial. Senão vai ficar numa esfera acadêmica,

não vai mostrar aplicabilidade. Deve-se reproduzir independente

de quem está no poder, independente de qual partido.

• Podem ser adotadas diversas ações que visem a

institucionalização das ferramentas, entre elas: capacitar gestores

na área de Economia da Saúde, promovendo eventos de

sensibilização dos gestores e/ou aproveitando os eventos

promovidos pelo CONASS e CONASEMS; estimular a introdução

de módulos de economia da saúde nos cursos de pós-graduação

em saúde pública, gestão da saúde; encomenda, pelo Ministério

da Saúde, de estudos ou revisão de estudos econômicos para

introdução de novas tecnologias no rol dos procedimentos e

medicamentos custeados pelo SUS; estímulo à criação de

Núcleos Estaduais de Economia da Saúde; colocando esses

núcleos como órgãos de assessoria aos Conselhos Estaduais de

Saúde, participando de suas comissões de financiamento;

• A coordenação geral de recursos humanos do Ministério teria que

ser envolvida nesta proposta, acoplando na própria política de

pessoal do Ministério a capacitação para área de economia da

saúde. A questão fundamental é esta, o sistema já existe, as

instâncias já foram criadas, é necessário fazer uma capacitação

institucional.

• O alcance da abordagem da economia da saúde pode inclusive

contribuir para a requalificação de condutas, tais como a

interpretação pelo judiciário de que saúde é direito de todos e

dever do estado, mas sem que isso se traduza para a dimensão

da equidade, na direção da integralidade numa perspectiva

racional.

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• Deve se fazer um diagnóstico da área, mapeando universidades,

grupos de pesquisa, pessoas que trabalhem, e o que cada um

desses locais poderia estar fazendo. Torna-se, então necessário

fazer uma divulgação extensiva das técnicas de economia da

saúde, por meio de seminários, mais voltados para sensibilizar o

tomador de decisão, capacitando-o a identificar necessidades e

fazer a leitura dos relatórios de avaliação econômica ou de

tecnologia.

Discurso do Sujeito Coletivo:

1. Capacitar gestores na área de Economia da Saúde; Definir a Economia da Saúde

como alicerce técnico na tomada de decisão dos gestores centrais (federal) e

regionais (estados e município).(...) Eu olho muito a Economia da Saúde com a

cabeça gerencial. Ela tem que se credibilizar numa ferramenta gerencial, senão vai

ficar(...) numa esfera acadêmica, não vai mostrar aplicabilidade.

2. (...) mudar essa concepção de que a saúde é um horror, que é um buraco sem

fundo (...)

7. (...) a questão do financiamento, com a questão da gestão,(...) já está na agenda,

(...) criar algumas modificações institucionais para dar seqüência a esse movimento

político, talvez seja esse o momento de criar instâncias dentro das organizações

públicas que contemplem essa temática (...)

8. Palestras e cursos básicos de Economia da Saúde para sensibilização de gestores

e gerentes do SUS; Maior divulgação de resultados de pesquisas em Economia da

Saúde; Ampliação de quadro técnico especializado em Economia da Saúde.

9. (...) eu acho que tem que marcar a pluralidade do campo,(...) dar oportunidade a

todas as pessoas que estão trabalhando com isso (...)

10. Encomenda, pelo Ministério da Saúde, de estudos ou revisão de estudos

econômicos para introdução de novas tecnologias no rol dos procedimentos e

medicamentos custeados pelo SUS; estímulo à criação de Núcleos Estaduais de

Economia da Saúde; colocar esses núcleos como órgãos de assessoria aos

Conselhos Estaduais de Saúde, participando de suas comissões de financiamento;

promover eventos de sensibilização dos gestores, aproveitando os eventos

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promovidos pelo CONASS e CONASEMS; estimular a introdução de módulos de

economia da saúde nos pós-graduação em saúde pública, gestão da saúde, (...) Pra

chegar a gestores você teria que fazer uma coisa muito simples,(...) fazer parte,

assessorar aquela comissão de orçamento dos conselhos estaduais(...). Coisa mais

simples e que o pessoal está mais interessado (...)

11. Uma é(...) introduzir nos eventos de CONASS e CONASEMS algum tipo de

palestra sobre o tema (...)

12. Isso teria que estar acoplado atrás de uma própria política de pessoal do

Ministério.(...) Eu acho que o Departamento de Recursos Humanos do Ministério teria

que ter se envolvido numa proposta dessa também.

13. (...) a questão fundamental é esta, o sistema já existe, as instâncias já foram

criadas, nós precisamos fazer uma capacitação institucional, gerencial.(...) falta

aperfeiçoar a gestão, capacitar para incorporar de alguma maneira essas inovações,

seja em termo de gestão, seja em termo de insumos, de medicamento (...) O judiciário

tem interpretado: saúde é(...) direito de todos e dever do estado,(...) Como se traduzir

isso para dimensão da equidade, na direção da integralidade numa perspectiva

racional?

14. (...) acho que tem que tirar o caráter individual de pesquisador e consultor. Se a

gente não conseguir evoluir para isso, esse recurso é desnecessário(...)

15. (...)fazer um caminho que(...) pudesse se reproduzir independente de quem está

no poder naquele momento, no partido, independente de que partido, isso

atrapalha.(...) Fazer esses encontros em todas as regiões do país.(...) Talvez primeiro

dar uma mapeada assim: universidades, grupos de pesquisa, ou que já tenha alguém

trabalhando e o que cada um desses locais poderia estar fazendo, tipo: seminários,

cursos de sensibilização, ou junto com os COSEMS, apresentar algum projeto de...

Não adianta fazer coisas muito centralizadas, porque é difícil das pessoas

chegarem.(...) Tem que haver, inevitavelmente, uma enorme interação entre as

universidades e os núcleos de pesquisa com o gestor público.

17. Primeira, a necessidade de divulgar essas técnicas, através de seminários, mais

voltados para sensibilizar o tomador de decisão, e capacitá-lo a identificar

necessidades desse tipo e saber ler, como por exemplo, um relatório de avaliação

econômica de(...) ou de tecnologia. Segundo, a questão da formação, que temos que

criar uma massa crítica de pessoas que possam e saibam usar essas tecnologias,(...)

Uma terceira estratégia eu acho que seria de pinçar alguns projetos de pesquisa,

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digamos, pesquisa aplicada, pesquisa em serviço e, seja o Ministério da Saúde, enfim,

algum organismo internacional, financiar essa pesquisa. O Banco Mundial está

fazendo isso, o ReforSUS fez isso no passado, em anos recentes(...) Ou seja, é

mostrar estudos concretos, e o que se pode fazer com eles. Então, uma coisa

bastante importante seria que todo estudo que fosse feito, financiado pelo Ministério

da Saúde, pela Secretaria, pelos organismos internacionais, receber uma divulgação

extensiva, ser bastante divulgado.

18. Eu acho que a principal é enfocar gestores.(...) talvez num segundo momento, os

próprios profissionais da saúde que são os, vamos dizer, líderes de opinião em algum

segmento.(...) é ajustar e alinhar incentivos dentro desse sistema.(...) Não precisa nem

ser diretamente recursos em termos monetários, mas é uma qualificação até adicional

para esse grupo,(...)

10 - Tem conhecimento da utilização dos resultados de pesquisas em Economia da Saúde, por gestores no SUS?

Idéias Centrais:

• Em que medida a produção científica contribui para a tomada de

decisão é um debate internacional e que está presente na

questão da Economia da Saúde. Porém, não se tem uma

informação específica sobre utilização dos resultados de pesquisa

em Economia da Saúde, por gestores do SUS. Alguns estudos

foram realizados e estão tendo alguma influência na decisão.

• Os resultados dos trabalhos realizados pela ANS devem estar

sendo utilizados. Os trabalhos de financiamento ainda são muito

utilizados pelo pessoal do SUS – centralização, alocação de

recursos. Pesquisa de contratualização – desenvolvida pelo

REFORSUS – está subsidiando a implementação de contratos

com provedores. Pesquisa na área de medicamentos realizada

pelo IPEA, foi utilizada, no governo anterior, para orientar a

política na área de medicamentos. Os resultados da pesquisa

sobre alocação eqüitativa de recursos, realizada pela ENSP, têm

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sido discutidos nos grupos que estão colaborando na elaboração

de lei complementar da Emenda Constitucional 29. Avaliação de

custos das unidades de saúde da família do modelo tradicional foi

encomenda por Secretaria Municipal de Saúde.

Discurso do Sujeito Coletivo:

7. (...) esse é um tema tão desafiante, em que medida a produção científica contribui

para a tomada de decisão, esse é um debate internacional e eu sei que, no caso aí,

está regionalizando a questão para a área da Economia da Saúde, mas eu não tenho

uma informação específica (...)

8. A Secretaria de Estado da Saúde tem respeitado e apoiado a realização de estudos

e sempre procura ouvir para fins de planificação de várias ações, embora isso seja

fruto de relações mais pessoais do que institucionais.

9. Eu acho que a ANS usa(...) os resultados dos trabalhos que são feitos lá, eles

devem utilizar. Mas na área do SUS eu não tenho, não. A não ser os trabalhos de

financiamento. Eu acho que os trabalhos de financiamento ainda são muito utilizados

pelo pessoal do SUS – centralização, alocação de recursos (...)

10. Citando apenas três exemplos: pesquisa de contratualização – desenvolvida pelo

REFORSUS – está subsidiando a implementação de contratos com provedores no

estado(...). Pesquisa na área de medicamentos, realizada pelo IPEA, foram utilizadas,

no governo anterior para orientar a política na área de medicamentos. Os resultados

da pesquisa sobre alocação eqüitativa de recursos, realizada pela ENSP, tem sido

discutidos nos grupos que estão colaborando na elaboração de lei complementar da

Emenda Constitucional 29.

11. Eu não poderia mencionar casos específicos assim, mas a notícia que eu tenho é

que alguns Estados onde esses estudos já começaram a ser realizados, parece que

estão tendo alguma influência na decisão.(...) Mas de qualquer forma, acho que o

interesse do gestor local está muito na área de financiamentos, de gastos e de custos.

12. Não, não tenho (...)

14. Não. Aqui no hospital fizemos alguns estudos, mas sobre perspectivas básicas (...)

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15. Esse trabalho que estou fazendo, terminando, de avaliação de custos das

unidades de saúde da família do modelo tradicional, foi encomenda do secretário de

saúde (...), o retorno vai para ele (...)

17. De maneira geral, não (...)

18. Talvez até exista, mas eu não conheço (...)

11 - A política de desenvolvimento científico e tecnológico contribui para a formação de recursos humanos em ES e ATS?

Idéias Centrais:

• A política de desenvolvimento científico e tecnológico contribui na

medida em que enseja o recrutamento de pessoal para suprir

suas próprias necessidades de avaliação, bem como pode

propiciar incentivos na concessão de bolsas para pós-graduação.

• Por ser uma iniciativa recente dentro do meio acadêmico ainda

não há iniciativas específicas de incentivo para a área de

Economia da Saúde. Contribui para a demora deste processo a

dificuldade de economistas, principalmente quando são

economistas puros, de entrarem para a área social. Outra

dificuldade é de se conquistar acadêmicos para mudarem de

pesquisa e passem a trabalhar com Economia da Saúde.

• Deveria contemplar a Economia da Saúde, mas não está clara,

qual é a receptividade, o grau de prioridade, para alguém que

peça uma bolsa de estudos na área de Economia da Saúde ao

CNPq

• Existe uma tendência hoje no campo de saúde de apoiar muito

mais pesquisas de biologia molecular, pesquisas biomédicas, por

motivos de desenvolvimento. Até recentemente não tinha na

política de desenvolvimento científico e tecnológico a menção à

Economia da Saúde, se mencionava Avaliação de Tecnologia,

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mas não sob um olhar econômico, não com uma visão

econômica.

• O Ministério está fazendo um esforço no sentido de incorporar as

técnicas de Economia da Saúde, e isto fica claro na constituição

da agenda. Porém existem alguns empecilhos de ordem

institucional e/ou conceitual: por exemplo, na classificação por

grande área de conhecimento, ao se requisitar um financiamento

para um projeto de pesquisa em Economia da Saúde, junto às

agências de fomento. A Economia da Saúde é uma área inter-

disciplinar e as opções Saúde Pública, Saúde Coletiva ou

Economia não a contemplam integralmente. Então as instituições

de fomento deveriam reconhecer a individualidade dessa área.

• A área tem que criar demanda. Se houver uma solicitação ao

CNPq para que crie a área, ele pode até criar, mas se não tiver

demanda, não vai se manter. Acredita-se que haja uma demanda

potencialmente grande, não só de profissionais com formação na

área de saúde, mas, sobretudo na área de economia e das ações

ligadas aos problemas de gestão, tipo administração de

empresas.

Discurso do Sujeito Coletivo:

1. Desconheço iniciativas para formação de RH, no contexto atual (...)

6. (...) geralmente economista fica com um pé atrás, quando é o economista puro,(...)

de entrar para a área Social.(...) outra dificuldade também (...) é de fazer acadêmicos

já estruturados,(...) já com suas linhas de pesquisa definidas, mudarem de pesquisa e

passarem a trabalhar com Economia da Saúde.

7. (...) uma coisa muito precária, muito recente nessa área, pelo menos na época que

eu andei pelo CNPq eu não me lembro de ter recebido projetos de avaliação

tecnológica, esta é uma iniciativa muito recente dentro do acadêmico (...)

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8. Contribui na medida em que enseja o recrutamento de pessoal para suprir suas

próprias necessidades de avaliação, bem como pode propiciar incentivos da

concessão de bolsas para pós-graduação.

9. Não sei, também não tenho idéia.

10. Não tenho conhecimento a este respeito.

11. Eu acho que devia contemplar, (...) Qual é a receptividade pra alguém que peça

uma bolsa de estudos na área de Economia da Saúde pro CNPq, em que estado de

prioridade ele entra? Eu não vou poder te dizer.(...) Eu acho que essa é uma área que

a gente tem que criar demanda. Se você simplesmente pedir pro CNPq que crie uma

área, ele pode até criar, mas se não tiver demanda, daqui a pouco ele esquece. E

acho que há um mercado potencial nessa área, uma demanda potencial grande, não

só na área de profissionais de saúde, mas, sobretudo na área de economia e das

ações ligadas mais a problemas de gestão, tipo administração de empresas e tal. A

saúde acaba sendo, ou pode se tornar um mercado pra essas situações,o que não é

até hoje.(...) O setor privado é outra coisa, mas o setor privado pra esses profissionais

também está saturado. Então, eu acho que de qualquer forma, embora eu ainda faça

essa fotografia um pouco pessimista, a evolução que teve nos últimos anos foi muito

boa. A saúde hoje está muito menos preconceituosa em relação aos outros

profissionais do que foi no passado. Quer dizer, se você pegar no passado, há 30

anos, 40 anos atrás e ver o número e a qualificação de outros profissionais fora da

saúde que estão hoje presentes no setor, tanto em quantidade como em qualidade, é

muito maior do que a 40 anos atrás. Mas ainda acho que estamos pouco

profissionalizados nesse campo.

12. (...) porque eu não conheço qual é a política atual de desenvolvimento científico-

tecnológico para a formação de recursos humanos.

13. (...) entrou com um projeto de lei no Congresso, mas eu não consigo reconhecer

qual é a nossa política de desenvolvimento científico-tecnológico. (...)

14. Eu acho que contribui, mas acho que pode contribuir mais (...)

15. (...) eu acho que não ajuda não. Eu acho que a gente não tem importância, não

tem peso político, não tem um lugar dentro do CNPq, não tem lugar dentro da CAPES,

não consegue interferir, não consegue julgar os nossos projetos. Eu tenho dificuldade,

por exemplo, a gente tem a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado(...), aí lá, tem

Comitê de Saúde, que assim dominado por medicão, clínico, tem o de economia, que

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é dominado pelo economista, e aí mando os trabalhos e ninguém entende nada. O de

economia não aprova, manda para o de saúde, o de saúde devolve para o de

economia.(...) Enquanto a gente permanecer trabalhando com esses quadradinhos,

isso não ajuda a quem tenta fazer um estudo que é multidisciplinar, que é

transdisciplinar.

16. (...) existe uma tendência hoje no nosso campo de apoiar muito mais pesquisas de

biologia molecular, pesquisas biomédicas, por motivos de desenvolvimento, né?

17. Eu tenho a impressão de que isso é um processo em andamento, digamos assim,

quer dizer, até recentemente não tinha na política de desenvolvimento científica e

tecnológica não se mencionava ou mal se mencionava Economia da Saúde, se

mencionava Avaliação de Tecnologia, mas não sob um olhar econômico, não com

uma visão econômica.(...) Eu acho que o Ministério esta fazendo um esforço no

sentido de incorporar essas técnicas num redesenho de políticas de desenvolvimento

científico e tecnológico. Eu acho que está claro na constituição da agenda, porém tem

alguns empecilhos que eu considero até fáceis de resolver. Por exemplo, eu quero

solicitar um financiamento à CAPES, ou à FAPESP ou ao CNPq para um projeto de

pesquisa em Economia da Saúde. Não existe a área de Economia da Saúde, eu tenho

que entrar ou como Saúde Pública, Saúde Coletiva ou como Economia. Bom, mas não

é nem uma coisa nem outra. É uma área interdisciplinar. Então eu acho que uma coisa

relativamente simples de se fazer, seria que as instituições de fomento

reconhecessem a individualidade dessa área. Só isso daria um impulso ao

financiamento, porque até tem recurso,(...) mas entra por onde?

18. (...) até recentemente acho que não. Eu acho que ela não estava alinhada aí com

essa proposta. A gente está até numa fase de transição, (...)

12 - Existe disposição/abertura da instituição/órgão para discutir proposta conjunta com o Ministério da Saúde sobre política que vise incentivar, especificamente, a formação de recursos humanos em Economia da Saúde para o SUS?

Idéia Central:

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151

• Há grande concordância quanto à disposição e competência das

instituições formadoras em capacitar gestores do SUS. O recém

criado Departamento de Economia da Saúde do Ministério da

Saúde tem dado início a tarefa de fomentar cursos para gestores

e gerentes do SUS para disseminar a Economia da Saúde como

importante ferramenta de gestão.

Discurso do Sujeito Coletivo:

1. (...) essa é a principal vocação do nosso grupo,(...) tem sido feito de uma forma

ainda não estruturada, mas seria a principal vocação nossa, estar capacitando

gestores.

7. É um certo valor que orienta o nosso grupo é essa abertura para coisas novas e

para buscar articulação com o Ministério da Saúde, com a Secretaria de Saúde,(...)

8. O recém-criado Departamento de Economia da Saúde do Ministério da Saúde tem

dado início a tarefa de fomentar cursos para gestores e gerentes do SUS, para

disseminar a economia da saúde com importante ferramenta de gestão.

9. Eu acho que sim (...)

10. O IPEA, por meio do projeto de Economia da Saúde, tem participado deste esforço

do Ministério da Saúde e pretende continuar colaborando.

11. (...)eu acho que sim.(...) sem falar em nome da instituição, obviamente (...) O IPEA

já teve um núcleo(...) acho que foi extinto, chamava CEDEC – Centro de Estudos para

o Desenvolvimento Econômico, e deu curso de elaboração de projetos, de

capacitação(...) Inclusive um dos primeiros cursos de Economia(...) em 89 e depois em

90, que a ABRES promoveu com o IPEA(...) Hoje não existe mais,(...) o IPEA

permanece e acho que teria interesse em colaborar. Não só pelas pessoas que eu

conheço aqui, como pela própria missão da casa que é pesquisa econômica aplicada

inclusive na área social.

12. Não tenho conhecimento. Tem algum?(...) nós não temos uma agenda de pontos

relevantes de pesquisa que o Ministério queira perseguir, e no qual a comunidade

acadêmica possa servir como um ponto pra discussão. Certamente o próprio corpo do

Ministério, que vive o dia-a-dia do serviço tem uma série de “interrogâncias” também

(...)

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13. Recentemente a gente discutiu como podemos desenvolver uma integração

maior(...) com o Ministério da Saúde (...)

14. É claro (...)

15. Acho maravilhoso. Na verdade, o desenvolvimento da nossa área, se não tiver

uma mudança na lógica das agências de fomento, a gente vai estar sempre no

limbo(...) Para os economistas, a gente é uma coisa lá, que estuda uma área menor. E

para o pessoal da saúde: como assim, tu trabalha na saúde?! Eu já passei por

situações assim (...)

17. Claro, sem dúvida. Definitivamente sim.

19. Eu acho que sim. Quer dizer, o nosso papel como um órgão do Ministério da

Saúde tem que ser fortalecer os campos de conhecimento, nos campos de

conhecimento que tem aqui nessa escola e um deles é Economia da Saúde(...)

20. Nós tivemos oportunidade lá na Agência Nacional de Saúde, por incentivo deles,

por demanda deles, de montar um curso que se estruturou com esse escopo, que é

um curso de economia política da saúde. E esse curso, ele servia como crédito para

nossos estudantes de pós-graduação da UFRJ, da FIOCRUZ, do IMS lá na UERJ(...)

13 - Quais seriam os passos iniciais para construir esta proposta conjunta de política de formação de RH (lato sensu e stricto sensu) para Economia da Saúde no SUS?

Idéias Centrais:

• Deve haver uma discussão e um mapeamento das questões e

linhas de trabalho e de pesquisa em Economia da Saúde. A

Economia da Saúde é mais ampla e mais rica do que

tradicionalmente se discute internacionalmente. Deve-se capacitar

os recursos humanos em quê? Que temas devem compor a

política de capacitação de recursos humanos? Então, primeiro é

ampliar um pouco a discussão de que questões a Economia da

Saúde deve discutir, quais são os instrumentos que ela oferece

para cada uma dessas questões. Segundo, montar ou desenhar

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uma política de divulgação, familiarizar os tomadores de decisão

com alguns instrumentos. Então deve-se estabelecer uma política

de formação mesmo, no lato sensu e stricto sensu. Talvez uma

reunião mais ampliada, que as pessoas pudessem ver esse

interesse do Ministério. Esses grupos que estão trabalhando hoje,

mais isoladamente, de repente vendo uma perspectiva de

trabalho para frente. O Ministério da Saúde, por meio do

Departamento Economia da Saúde, Secretaria de Recursos

Humanos e Secretaria de Assistência Integral à Saúde, deveria

liderar este movimento, uma vez que o Ministério tem forte poder

indutor de demanda e co-financia diversas iniciativas de

capacitação.

• A formação do gestor deve acontecer nos programas lato sensu,

com formato prático, estudos de casos e uso de ferramentas. O

pesquisador que construirá os modelos econômicos e avaliará as

iniciativas implementadas será formato nos programas stricto

sensu. Acredita-se que o desafio nesse momento é a

Universidade Pública entender como fazer isso. A experiência

nessa área, no setor privado, é a preocupação com o resultado. O

que vai se buscar no setor público é o equivalente ao lucro, ou

seja, a produtividade, a eficiência.

• As instituições não têm professores suficientes, com formação em

Economia da Saúde. Para formar massa crítica de Economia da

Saúde será necessária uma iniciativa multi-institucional.

Discurso do Sujeito Coletivo:

1. A formação do gestor deve acontecer nos programas ‘lato sensu’, com formato

prático, estudos de casos e uso de ferramentas; O pesquisador que construirá os

modelos econômicos e avaliará as iniciativas implementadas será formado nos

programas ‘stricto sensu’. Eu acho que o desafio nesse momento é a Universidade

Pública entender como fazer isso. A minha experiência foi especificamente nessa

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área, foi no setor privado, onde existe uma tradição com resultado, tem que ser

produtivo, eficiente, buscando lucro. O que a gente vai buscar no setor público é o

equivalente ao lucro, é a produtividade, é a eficiência.

6. Teria que ver talvez, como definir melhor a clientela dos cursos de Economia da

Saúde (...)

7. A academia brasileira hoje, as universidades federais, todos nós sabemos em que

pé ela se encontra, e se houver algum curso, alguma linha de pesquisa com

financiamento, etc., eu acho que isso pode dar uma ajuda para que grupos desse tipo

vão se especializar.(...) Na época do Geisel, a FINEP teve um papel muito importante

para determinadas áreas nesse país, a área de saúde coletiva foi uma das áreas que

teve, digamos assim, um certo impulso da FINEP. Então eu acho que se alguma coisa

parecida ocorrer em relação à Economia da Saúde, a gente vai poder ter vários

núcleos acadêmicos interessados nessa questão.(...)

8. Consolidação e apoio continuado aos cursos de especialização em Economia da

Saúde existentes; Fomentar a instalação de outros cursos de especialização em

Economia da Saúde; Apoiar a criação de Mestrados Profissionais em Economia da

Saúde; Apoiar a criação de áreas de concentração em Economia da Saúde em

Mestrados Acadêmicos credenciados pela CAPES; Promover intercâmbio para a

formação de doutores em centros de excelência em Economia da Saúde do exterior;

Patrocinar a vinda de “experts” estrangeiros como professores ou pesquisadores

visitantes; Financiar projetos de pesquisas para feitura de dissertações e teses.

9. (...) talvez uma reunião mais ampliada, que as pessoas pudessem ver esse

interesse do Ministério. Esses grupos que estão trabalhando hoje, mais isoladamente,

de repente vendo uma perspectiva de trabalho para frente, talvez pudessem construir

um projeto comum da Universidade (...), com as suas várias áreas, as pessoas com

suas diferentes especializações, que pudessem apoiar o Ministério (...)

10. Falando mais especificamente sobre Economia da Saúde no SUS: formar um

grupo de profissionais das áreas de desenvolvimento de recursos humanos, de gestão

e de Economia da Saúde para fazer uma proposta inicial. O Ministério da Saúde, por

meio do Departamento de Economia da Saúde, Secretaria de Recursos Humanos e

Secretaria de Assistência Integral à Saúde, deveria liderar este movimento, uma vez

que o Ministério tem forte poder indutor de demanda e co-financia diversas iniciativas

de capacitação.

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13. É muito importante nós termos(...) contratações vinculadas a este tipo de

estratégia, no âmbito de mestrado e doutorado. Mas, precisamos trabalhar antes

disso, na especialização, eventualmente até na graduação.(...) Minha preocupação é

isso ser vinculado ao programa de pós-graduação, nível de mestrado e doutorado, e

de alguma forma isso tornar-se uma discussão muito elaborada e não

necessariamente absolutamente vinculada ao dia a dia da gestão.

14. (...) levantar as competências, capacidades disponíveis(...) Poderia se pensar, no

primeiro momento, uma coisa mais básica,

15. Discutir áreas temáticas no CNPq, por exemplo.(...) Discutir a forma como eles

estão avaliando os cursos.(...) Se tiver aluno interessado em fazer trabalho nessa

área, vai ser espaço para trabalhar essa área.(...) Como vai ter aluno interessado em

trabalhar nessa área, se eles não souberem que ela existe? Por isso uma divulgação

era importante.(...) O melhor lugar é uma revista específica de Economia da Saúde,

indexada com toda aquela coisa bacaninha.(...)

17. Primeiro, eu acho que seria interessante ter uma discussão e um mapeamento das

questões e linhas de trabalho e de pesquisa em Economia da Saúde. Porque eu

observo que a Economia da Saúde é muito mais ampla e muito mais rica do que

aquilo que tradicionalmente a gente discute internacionalmente (...) Bom, a gente vai

capacitar os recursos humanos em que? Que temas têm que entrar numa política de

capacitação de recursos humanos?(...) Então primeiro é ampliar um pouco a

discussão de que questões a Economia da Saúde pode discutir, quais são os

instrumentos que ela oferece para cada uma dessas questões. Segundo,(...), montar

ou desenhar uma política de divulgação,(...) familiarizar os tomadores de decisão com

alguns instrumentos para eles saberem o que é para que serve.(...) Um terceiro ponto

é uma política de formação mesmo, no estrito censo.(...) Eu vejo que um programa de

formação em Economia da Saúde em nível de pós-graduação, eu acho difícil

acontecer isoladamente em nível de uma ou outra instituição. Digo isso porque não

tem professores suficientes. Quer dizer, em cada instituição tem dois, três professores.

Ou às vezes todos eles são especialistas em Economia da Saúde, são ou sanitaristas,

médicos, etc, que têm alguma experiência em utilização de técnicas econômicas, têm

alguma familiaridade com alguma parte da Economia da Saúde ou são economistas

que fizeram um ou outro estudo pontual. Na verdade temos muito poucos profissionais

formados em Economia da Saúde.(...) No que diz respeito à formação de uma massa

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crítica de economistas da Saúde, eu estou convencido de que tem que ser através de

uma iniciativa multi-institucional.

18. Eu acho que falta(...) precisa reafirmar de fato essa vontade(...) disponibilizar

recurso para que esse projeto cresça forte (...)

19. (...) Eu sei que a Escola (...) participa, mas aí eu não sou a pessoa adequada para

falar disso, de programas de capacitação de gestores (...)

4. CONCLUSÕES

A elaboração da análise situacional realizada neste trabalho consistiu em um esforço de

mapeamento e delimitação da Economia da Saúde no Brasil, permitindo visualizar alguns

aspectos importantes para a compreensão do desenvolvimento deste campo, no período entre

1999 e 2004. Neste trabalho adotou-se uma concepção ampliada de economia da saúde,

considerando-a como um campo de fronteira entre idéias econômicas e políticas sociais,

extrapolando, portanto, os limites das metodologias clássicas de avaliação econômica

aplicadas à saúde. As informações aqui sistematizadas pretendem subsidiar a discussão que

permeia a implementação de um Centro Nacional de Informação em Economia da Saúde,

inserido na perspectiva mais ampla do fortalecimento do processo de construção e

consolidação do Sistema Único de Saúde.

A diretriz de construção coletiva do conhecimento permeou a elaboração deste livro, seja pela

discussão sistemática e compartilhamento das contribuições de cada um dos integrantes do

grupo de pesquisa responsável pelo desenvolvimento do trabalho, seja pela busca de opiniões

de um conjunto de atores sociais relevantes que contribuíssem para uma melhor e mais

complexa aproximação ao campo estudado.

Nesta etapa da pesquisa procurou-se articular as informações obtidas, no intuito de perceber a

potencialidade de estruturação da Economia da Saúde no país, bem como da capacidade de

produção técnico-científica nesta área. Entretanto, este trabalho não se encerra neste

momento e sua continuidade deve contemplar e absorver os produtos das discussões que ele

venha a desencadear. O essencial, ao longo do processo, é manter um espaço democrático de

elaboração das análises e propostas delas decorrentes.

Isto posto, seguimos com estas considerações finais enfocando os três componentes

avaliados, a saber: a estrutura organizativa do campo da Economia da Saúde, representada

pelo conjunto de grupos de pesquisa atuantes, o estado da arte na produção científica

específica e, finalmente, uma apreciação de atores sociais relevantes quanto à situação atual

e aos cenários prospectivos de conformação da área no Brasil.

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4.1. GRUPOS DE PESQUISA

O processo de mapeamento e validação dos grupos de pesquisa cadastrados junto ao

Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), permitiu apresentar

resultados relativos a 48 grupos no campo da Economia e Avaliação Tecnológica em Saúde,

que desenvolvem trabalhos com repercussão na área de Economia da Saúde.

Em termos quantitativos o conjunto é ainda pouco expressivo, representa apenas 0,3% do total

de grupos de pesquisa existentes no país e 1,0% daqueles atuantes na área de saúde.

Entretanto a análise qualitativa destes grupos revela características bastante positivas quando

se enfoca a perspectiva de consolidação da área no país.

Um primeiro aspecto digno de nota refere-se à diversidade de atuação dos grupos

inventariados, situação que a nosso ver reflete uma grande potencialidade do campo,

atualmente no Brasil. Essa diversidade compreende, como atividades majoritárias, a pesquisa

(96%), as atividades ligadas a orientações de trabalhos de pós-graduação (94%), consultoria

(77%) e cursos de extensão (58%). Além destas, foram identificadas atividades relativas ao

ensino (graduação e pós-graduação); educação permanente e cursos à distância; assessoria e

cooperações técnicas; desenvolvimento e monitoramento de projetos técnicos; capacitação de

docentes em economia e gestão em saúde.

No que se refere às áreas temáticas de atuação dos grupos de pesquisa, nota-se uma

predominância da área de gestão em saúde, referenciada por 73% dos grupos. Este

dinamismo reflete a crescente importância da Economia da Saúde como suporte ao processo

decisório dos gestores da saúde. A segunda principal área temática de atuação é a que enfoca

medicamentos, insumos e assistência farmacêutica, seguida pela área de financiamento,

alocação e equidade. Educação sanitária e promoção de saúde; inovação tecnológica;

equipamentos médico-cirúrgicos e hospitalares também se constituem como áreas temáticas

de atuação expressiva dos grupos pesquisados.

Além destas, foram identificadas áreas temáticas mais específicas tais como mercado de

saúde suplementar; gastos familiares e de empresas em saúde; dentre outras.

É curioso observar que, embora 23% dos grupos tenham declarado não atuar especificamente

na Economia da Saúde, pode-se identificar estudos desenvolvidos por estes grupos que

apresentam repercussões para este campo. Portanto, considera-se a possibilidade de um viés

interpretativo quanto à definição e abrangência da área por parte deste conjunto.

Dentre os tipos de estudo desenvolvidos pelos grupos de pesquisa, constata-se um enfoque

predominante na análise de custos, mas verifica-se também, uma substantiva diversificação de

objetos e estratégias metodológicas. Os cinco tipos de estudo mais freqüentemente

desenvolvidos foram: análise de custos (69%), eficácia, efetividade e eficiência na gestão

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(63%); acessibilidade econômica (58%), análise de custo-efetividade (58%) e análise de custo-

benefício (56%).

A distribuição regional dos grupos de pesquisa no eixo sudeste / sul reproduz a concentração

já identificada em outros levantamentos (VIANNA, 1998 e SAES, 2000). Denota-se, assim, uma

maior concentração de grupos de pesquisa no Estado de São Paulo (30%), seguido do Rio de

Janeiro (23%), Minas Gerais e Rio Grande do Sul com 9% cada um. Os 30% restantes estão

distribuídos por outros dez estados da Federação. Esta realidade não é exclusiva da área de

Economia da Saúde e reflete a distribuição nacional do conjunto de grupos de pesquisa.

Quando observamos a distribuição agregada por região, a maioria dos grupos concentra-se na

região sudeste (64%), seguida pela região nordeste (19%) e pela região sul (15%). A posição

relativa da região nordeste parece refletir o esforço recente para o desenvolvimento de grupos

naquela região, estimulado pelo projeto de Cooperação Brasil-Reino Unido para fortalecer a

área de Economia da Saúde no país.

Ao se fazer o levantamento das linhas de pesquisa desenvolvidas pelos grupos com

repercussão na área, foram relacionadas e confirmadas 82 linhas, reiterando o vigor, a

potencialidade e a diversidade de iniciativas na área.

Quanto ao perfil dos pesquisadores, constatou-se uma nítida predominância daqueles advindos

da área de Ciências da Saúde (67%) e, nesta, uma preponderância dos profissionais

graduados em medicina (45%). A segunda área de conhecimento com maior participação é a

de Ciências Sociais Aplicadas (10%), destacando-se os graduados em economia (59%). Este

resultado mostra a progressiva inserção de duas categorias profissionais fundamentais para o

desenvolvimento da área.

No que se refere à titulação acadêmica dos pesquisadores da área, ressalta-se o elevado nível

de qualificação encontrado. Dos 272 pesquisadores analisados verifica-se que 12,5% deles

possuem pós-doutorado; 51,8% são doutores; 26,5% mestres; 6,6% são especialistas e 2,6%

são graduados. Este cenário compensa qualitativamente a ainda insuficiente quantidade de

profissionais atuando neste campo. Além disso, permite a adoção de estratégias

multiplicadoras destinadas à formação de recursos humanos especializados.

4.2. PRODUÇÃO CIENTÍFICA

No mapeamento da produção científica entre os anos de 1999 a 2004 (até julho) foram

avaliados os resumos de 2.617 trabalhos englobando livros, teses e artigos, capturados nos

bancos da BVS/BIREME. Foram, então, selecionados 376 trabalhos enquadrados nos critérios

de classificação propostos, publicados como artigos, teses e livros. Deste conjunto de

documentos, 241 (64%) foram publicados como artigos em revistas e periódicos, 92 (25%)

como teses e 43 (11%) na categoria livro.

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Uma avaliação sobre o espectro de temas investigados neste conjunto de trabalhos revela a

predominância (48%) de estudos voltados para a problemática da gestão, financiamento,

alocação e eqüidade, com prioridade clara (39%) para o tema das políticas públicas e gestão

em saúde. Estes achados são corroborados pelos resultados observados na análise dos

grupos de pesquisa e por VIANNA (1998) e SAES (2000) que identificaram que “o maior

interesse dos pesquisadores dessa área está voltado para o estudo das formas de

financiamento do setor saúde, suas prioridades e a alocação de recursos”. Estes autores

argumentam que esta tendência pode ser explicada pelas marcantes dificuldades de

financiamento e de alocação eqüitativa do Sistema Único de Saúde.

Temas como medicamentos, insumos e assistência farmacêutica são objeto de 15% dos

trabalhos, o mesmo ocorrendo com procedimentos clínicos e cirúrgicos. O parâmetro

internacional referido por Garatini et al (2003) para a área de farmacoeconomia situa-se em

torno de 35% das publicações em Economia da Saúde, proporção bastante superior àquela

observada em nossa realidade.

De outro modo, olhando o conjunto dos 376 trabalhos pelo enfoque da utilização de conceitos e

ferramentas de análise relacionadas ao campo da teoria econômica, é interessante observar

que, praticamente 30% dos trabalhos desenvolve alguma análise de custo e/ou de gastos em

saúde. Secundariamente, estudos focados em análise de custo-efetividade, saúde

suplementar, acessibilidade, custo de doença e demais enfoques, comparecem com médias

bem inferiores, em torno de 7%.

Esta constatação se contrapõe à observada em revisões internacionais sobre avaliações

econômicas em saúde, nas quais o tipo de análise mais freqüente é a análise de custo-

efetividade (CEA). Conforme recente revisão realizada, Garattini et al. (2003) concluiram que,

em média, 70% dos estudos utilizam as técnicas CEA na Itália, 62% na Espanha e 85% na

Inglaterra.

Do ponto de vista institucional, a produção científica em Economia da Saúde provém

predominantemente da academia (universidades, centros universitários, faculdades e escolas),

sendo responsável por 60% do total de publicações. Destaca-se que a Universidade de São

Paulo, com 71 publicações, em conjunto com a Fundação Oswaldo Cruz, com 47, perfazem

30% do conjunto das publicações. Tal concentração reflete-se, evidentemente, no mapeamento

regional, com o sudeste sendo responsável por 75% das publicações identificadas. Entretanto,

conforme já ressaltado anteriormente, é relevante notar a posição em segundo lugar, da região

nordeste, responsável por 7% das publicações.

Em relação à evolução da produção científica ao longo dos últimos catorze anos, a tendência é

de crescimento contínuo. Para o período 1989 a 1998, Saes (2000) identifica dois anos nos

quais o volume de publicações alcança o total de 60 trabalhos/ano, enquanto que nesta

análise, no ano de 2002, atingiu-se a marca de 100 publicações/ano. O ano de 2003 apresenta

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160

uma queda significativa (69 publicações), mantendo-se, porém, acima do observado nos anos

noventa.

4.3. PERSPECTIVA DOS ATORES SOCIAIS

A análise das entrevistas proporcionou uma qualificação da análise de situação da área de

Economia da Saúde no Brasil, revelando aspectos novos e imprescindíveis para o processo de

sua estruturação organizativa. O principal aspecto a ser destacado é o fato de que todos os

entrevistados manifestaram opinião favorável à implantação de um Centro Nacional de

Informações em Economia da Saúde, justificando, entre outros motivos, a necessidade de se

organizar as informações demandadas e produzidas, municiar o planejamento, otimizar o

gasto, dar maior transparência e capacitar gestores e profissionais nesta área. Alguns

apresentaram condicionantes, chamando a atenção para a necessidade de se evitar a

duplicação de esforços e de que se tenha o cuidado de cumprir um papel propulsor, sinérgico,

sem, entretanto, sufocar ou inibir iniciativas de outras instituições. Outro tipo de condicionante

diz respeito à necessidade de espaço físico específico, ou até mesmo ao caráter jurídico-

institucional desse Centro.

Em relação aos Núcleos Estaduais de Economia da Saúde, apesar da ampla manifestação

favorável, parece não haver uma clara compreensão de seu papel e conformação institucional.

As opiniões são favoráveis à sua criação ou continuidade, e próximas no sentido de que se

deve promover uma maior integração entre as instituições de ensino e pesquisa e os serviços,

mas pouco coincidentes sobre o objetivo, a estrutura e sua condução.

Outro fato que chama a atenção é o pouco que se sabe sobre a utilização dos resultados de

pesquisa em Economia da Saúde pelos gestores. Isto pode estar relacionado a deficiências na

divulgação e circulação destes resultados, ou mesmo a problemas quanto ao volume

insuficiente de pesquisas e/ou seu direcionamento para áreas que não enfocam a gestão dos

serviços.

Diante deste cenário, os grupos apontaram vários fatores considerados “facilitadores” e

“dificultadores” ao fazerem uma análise das perspectivas para a institucionalização da área no

país. Dentre os primeiros destaca-se um recente despertar para o tema, simbolizado pela

criação do Departamento de Economia da Saúde no Ministério da Saúde, um aumento da

produção científica na área nos últimos anos aliado a necessidades crescentes de

racionalização de gastos, num ambiente de escassez de recursos financeiros para a saúde. Os

fatores dificultadores, por outro lado, podem ser exemplificados na resistência dos profissionais

da área econômica em discutir o tema saúde, enquanto os profissionais da área de saúde

criticam as abordagens puramente economicistas e de viés neoclássico aplicadas à saúde.

Também como dificultadores foram apontados: a rotatividade dos gestores; o sistema

verticalizado de transferência de recursos pela União, o nível incipiente de formação técnica

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161

das equipes de saúde nesta área e a distância existente entre instituições de ensino, pesquisa

e serviços.

Em síntese, a análise de situação realizada revela um cenário desafiador: de concentração

regional, de saberes especializados e compartimentalizados, de sazonalidade na produção

específica, além de frágil articulação entre as instituições de ensino e pesquisa e aquelas

gestoras e provedoras de cuidado em saúde.

Em contraposição, importantes indicadores de potencialidades para a estruturação da área não

podem ser secundarizados. A criação da Associação Brasileira de Economia da Saúde (AbrES)

e a instituição do Departamento de Economia da Saúde (DES) no Ministério da Saúde, em

momentos seqüenciais, podem ser considerados marcos estruturantes do campo no Brasil. A

existência de grupos de pesquisa atuantes, apresentando alta qualificação acadêmica, com

relevantes contribuições à pesquisa e à formação de recursos humanos, bem como, uma

crescente e comprometida produção técnico-científica devem ser considerados exemplos

alvissareiros que contribuem para viabilizar a formulação e implementação de políticas neste

campo.

Concluindo, espera-se que a divulgação das informações contidas neste trabalho possam

contribuir para uma melhor compreensão do campo da Economia da Saúde no Brasil, dos

desafios a serem enfrentados para sua consolidação, bem como para motivar ações

sistemáticas buscando seu fortalecimento. Este cenário desejável propiciaria um subsídio

essencial ao processo de tomada de decisão pelos gestores da saúde, que vivenciam a

dificuldade cotidiana de alocar recursos escassos em um contexto de demandas crescentes.

Também agregaria qualidade ao trabalho docente neste campo do conhecimento, no

fundamental ofício de educação permanente dos profissionais de saúde em nosso país. Mas,

principalmente, contribuiria para que cada vez mais o nosso sistema de saúde garanta, de

maneira eqüânime, o principio constitucional da saúde como direito do cidadão e dever do

Estado.

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162

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APÊNDICE I RELAÇÃO DE GRUPOS DE PESQUISA PREVIAMENTE SELECIONADOS

Nº GRUPO LÍDER INSTITUIÇÃO MUNICÍPIO

1 Aspectos Fisiopatológicos, clínicos e utilização de recursos em doenças cardiovasculares Jorge Pinto Ribeiro UFRGS Porto Alegre

2 Avaliação da Qualidade e Custos de Serviços de Saúde Margareth Crisostomo Portela FIOCRUZ Rio de Janeiro

3 Avaliação de Políticas e Serviços de Saúde e Recursos Humanos em Saúde Francisco Eduardo de Campos UFMG Belo Horizonte

4 Avaliação de Serviços, Sistemas de Informação e Políticas de Saúde Fábio Leite Gastal UCPEL Pelotas

5 Avaliação e Gestão de Serviços de Saúde Oswaldo Yoshimi Tanaka USP São Paulo

6 Avaliação em saúde Edison Bueno UNICAMP Campinas

7 Avaliação em saúde Hillegonda Maria Dutilh Novaes USP São Paulo

8 Cariologia Marisa Maltz UFRGS Porto Alegre

9 Centro de Pesquisas Epidemiológicas Cesar Gomes Victora UFPEL Pelotas

10 Ciência, Tecnologia, informação e saúde Marilia Bernardes Marques FIOCRUZ Rio de Janeiro

11 Cirurgia-Traumatologia-Estomatologia Marina de Oliveira Ribas PUC-PR Curitiba

12 Economia da Saúde Marcelo Gurgel Carlos da Silva UECE Fortaleza

13 Economia da Saúde Maria Alicia Dominguez Uga e Silvia Marta Porto FIOCRUZ Rio de Janeiro

14 Economia da Saúde Eli Iola Gurgel Andrade UFMG Belo Horizonte

15 Economia do Setor Saúde Bernard Francois Couttolenc USP São Paulo

16 Economia e administração em enfermagem Valeria Castilho USP São Paulo

17 Economia, Saúde e Políticas Públicas Denisard Cneio de Oliveira Alves USP São Paulo

18 Estudos de Avaliação em Saúde Bertoldo Kruse Grande de Arruda IMIP Recife

19 Farmácia e Saúde Publica Thais Adriana do Carmo UNIMEP Piracicaba

20 Farmacoepidemiologia Suely Rozenfeld FIOCRUZ Rio de Janeiro

21 Farmacoepidemiologia Selma Rodrigues de Castilho UFF Niterói

22 Gestão e Avaliação em Saúde Luiz Cordoni Junior UEL Londrina

23 Grupo de estudos e pesquisas em Administração e Economia da Saúde -GEPAES Edson Mamoru Tamaki UFMS Campo Grande

24 Grupo de Estudos em Farmacoepidemiologia Nicolina Silvana Romano Lieber USP São Paulo

25 Grupo de Estudos em Saude Coletiva Ivanildo Cortez de Sousa UFRN Natal

26 Grupo de Pesquisa e Atuação em Farmácia Samara Leite UNOCHAPECO Chapeco

27 Grupo de Pesquisa em Atenção Farmacêutica- GRUPATF Marta Maria de Franca Fonteles UFC Fortaleza

28 Grupo de Pesquisa em Farmacoepidemiologia Francisco de Assis Acurcio UFMG Belo Horizonte

29 Grupo de Pesquisa em Serviços e Sistemas de Saúde Luiza Sterman Heimann IS São Paulo

30 Grupo de Prevenção ao Uso Indevido de Medicamentos Helena Lutescia Luna Coelho UFC Fortaleza

31 Informação em Saúde Celia Landmann Szwarcwald FIOCRUZ Rio de Janeiro

32 Laboratório de Análises Sócio-Espaciais e Políticas em Saúde Coletiva Alberto Lopes Najar FIOCRUZ Rio de Janeiro

33 LABORATÓRIO DE ECONOMIA POLÍTICA DA SAÚDE Lígia Bahia e Maria Lúcia Werneck Vianna UFRJ Rio de Janeiro

34 Laboratório de Economia Social Samuel Kilsztajn PUC-SP São Paulo

35 Laboratório de Saúde Pública Rogério Guimarães Frota Cordeiro IAL São Paulo

36 Mecanica Computacional e Avaliação Tecnologia na área da Saúde Jose Felicio da Silva UFPB Joao Pessoa

37 Neuropsicofarmacologia da Dor Maria Beatriz Cardoso Ferreira UFRGS Porto Alegre

38 NPES Marcos Bosi Ferraz UNIFESP São Paulo

39 Núcleo de Assessoria, Treinamento e Estudos em Saúde Maria Teresa Bustamante Teixeira UFJF Juiz de Fora

40 Núcleo de Assistência Farmacêutica Jorge Antonio Zepeda Bermudez FIOCRUZ Rio de Janeiro

41 Núcleo de Estudos e Pesquisas em Assistência Farmacêutica - NEPAF Joice Mara Cruciol e Souza UEL Londrina

42 Núcleo de Saúde Coletiva Luis Eugenio Portela Fernandes de Souza UEFS Feira de

Santana 43 Núcleo Interdisciplinar de Pesqusa e Ensino - NIPE Sylvia Rosalina Grasseschi Panico UFSCAR Sao Carlos

44 Organização do cuidado e ações programáticas em saúde Lilia Blima Schraibe USP São Paulo

45 Planejamento, Gestão e Economia da Saúde Cid Manso de Mello Vianna UERJ Rio de Janeiro

46 Planificação e Gestão em Saúde Jairnilson Silva Paim UFBA Salvador

47 Políticas Setoriais de Saúde Domenico Feliciello PUC-CAMPINAS Campinas

48 Reforma do Estado e o Setor Saúde Nilson do Rosario Costa FIOCRUZ Rio de Janeiro

49 Saúde Bucal Coletiva Sonia Maria de Luna Maciel UEPB Campina Grande

50 Sistemas de Lliberação: Pesquisa, Desenvolvimento e Avaliação Newton Lindolfo Pereira USP Ribeirao Preto

51 Uso Racional de Medicamentos Fernando de Sá Del Fiol UNISO Sorocaba

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APÊNDICE 2 APÊDISTRIBUIÇÃO DE PUBLICAÇÕES (ARTIGOS, LIVROS E TESES) POR INSTITUIÇÃO DE ORIGEM

Instituição Artigo Livro Tese Total n % n % n % n %

Universidade de São Paulo 36 14,9 1 2,3 34 37,0 71 18,9

Fundação Oswaldo Cruz 29 12,0 2 4,7 16 17,4 47 12,5

Universidade do Estado do Rio de Janeiro 4 1,7 3 7,0 14 15,2 21 5,6

Universidade Federal de São Paulo 14 5,8 0 0,0 7 7,6 21 5,6

Fundação Getúlio Vargas 1 0,4 3 7,0 14 15,2 18 4,8

Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada 1 0,4 10 23,3 0 0,0 11 2,9

Ministério da Saúde 4 1,7 6 14,0 0 0,0 10 2,7

Universidade Federal do Rio de Janeiro 8 3,3 1 2,3 1 1,1 10 2,7

Pontifícia Universidade Católica de São Paulo 7 2,9 0 0,0 0 0,0 7 1,9

Universidade Estadual Paulista 4 1,7 0 0,0 2 2,2 6 1,6

Universidade Federal de Minas Gerais 5 2,1 0 0,0 1 1,1 6 1,6

Organização Panamericana de Saúde 5 2,1 0 0,0 0 0,0 5 1,3

Universidade Estadual de Campinas 5 2,1 0 0,0 0 0,0 5 1,3

Universidade Federal de Pelotas 5 2,1 0 0,0 0 0,0 5 1,3

Universidade Federal do Rio Grande do Sul 5 2,1 0 0,0 0 0,0 5 1,3

Universidade Federal da Bahia 2 0,8 1 2,3 1 1,1 4 1,1

Fundação Altino Ventura 3 1,2 0 0,0 0 0,0 3 0,8

Fundação Universitária do ABC 3 1,2 0 0,0 0 0,0 3 0,8

Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo 2 0,8 1 2,3 0 0,0 3 0,8

Universidade Federal do Mato Grosso 3 1,2 0 0,0 0 0,0 3 0,8

Universidade Federal do Paraná 1 0,4 1 2,3 1 1,1 3 0,8

Consultor em Saúde 2 0,8 0 0,0 0 0,0 2 0,5

Fundação Armando Álvares Penteado de São Paulo 2 0,8 0 0,0 0 0,0 2 0,5

Gazeta Mercantil 0 0,0 2 4,7 0 0,0 2 0,5

Harvard University 2 0,8 0 0,0 0 0,0 2 0,5

Instituto Materno Infantil de Pernambuco 2 0,8 0 0,0 0 0,0 2 0,5

Pontifícia Universidad Católica de Chile 2 0,8 0 0,0 0 0,0 2 0,5

Pontifícia Universidade Católica de Campinas 2 0,8 0 0,0 0 0,0 2 0,5

Secretaria de Estado da Saúde do Ceará 2 0,8 0 0,0 0 0,0 2 0,5

Universidade de Brasília 1 0,4 0 0,0 1 1,1 2 0,5

Universidade Federal de Pernambuco 1 0,4 1 2,3 0 0,0 2 0,5

Universidade Federal de Santa Catarina 2 0,8 0 0,0 0 0,0 2 0,5

Universidade Federal do Maranhão 2 0,8 0 0,0 0 0,0 2 0,5

Agência Nacional de Saúde Suplementar 0 0,0 1 2,3 0 0,0 1 0,3

Armed Forces Research Institute of Medical Sciences 1 0,4 0 0,0 0 0,0 1 0,3

Aso HealthCare Institute 1 0,4 0 0,0 0 0,0 1 0,3

Associaçäo Brasileira Interdisciplinar de AIDS 0 0,0 1 2,3 0 0,0 1 0,3

Banco Interamericano de Desenvolvimento 1 0,4 0 0,0 0 0,0 1 0,3

Centro Universitario de Caratinga 1 0,4 0 0,0 0 0,0 1 0,3

Centro Universitário São Camilo 0 0,0 1 2,3 0 0,0 1 0,3

Colorado State University 1 0,4 0 0,0 0 0,0 1 0,3

Comisión Económica para América Latina y el Caribe 1 0,4 0 0,0 0 0,0 1 0,3

Comitê Nacional de Bioética da Itália 1 0,4 0 0,0 0 0,0 1 0,3

Conselho de Secretários Municipais de Saúde de São Paulo 1 0,4 0 0,0 0 0,0 1 0,3

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166

Instituição Artigo Livro Tese Total

n % n % n % n %

Consorcio Hospitalario de Cataluña 1 0,4 0 0,0 0 0,0 1 0,3El Instituto Costarricense de Investigación y Enseñanza en Nutrición y Salud 1 0,4 0 0,0 0 0,0 1 0,3

Faculdad Latinoamericana de Ciencias Sociales 1 0,4 0 0,0 0 0,0 1 0,3

Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo 1 0,4 0 0,0 0 0,0 1 0,3

Faculdade de Medicina de Marília 1 0,4 0 0,0 0 0,0 1 0,3

Faculdade Evangélica do Paraná 1 0,4 0 0,0 0 0,0 1 0,3

Female Health Company 1 0,4 0 0,0 0 0,0 1 0,3

Fundação João Pinheiro 1 0,4 0 0,0 0 0,0 1 0,3

Fundação Padre Albino 1 0,4 0 0,0 0 0,0 1 0,3

Fundación Mexicana para la Salud 1 0,4 0 0,0 0 0,0 1 0,3

Group Health Cooperative of Puget Sound 1 0,4 0 0,0 0 0,0 1 0,3

GTZ Rwanda, Kigali, Rwanda 1 0,4 0 0,0 0 0,0 1 0,3

Hospital São Francisco 1 0,4 0 0,0 0 0,0 1 0,3

Instituto de Metabolismo e Nutrição 1 0,4 0 0,0 0 0,0 1 0,3

International Planned Parenthood Federation, Western Hemisphere Region 1 0,4 0 0,0 0 0,0 1 0,3

Joint United Nations Programme on AIDS 1 0,4 0 0,0 0 0,0 1 0,3

Laboratórios Pfizer 1 0,4 0 0,0 0 0,0 1 0,3

Loyola University Chicago 1 0,4 0 0,0 0 0,0 1 0,3

Organização Mundial de Saúde 1 0,4 0 0,0 0 0,0 1 0,3

Pasteur Mérieux Connaught do Brasil 1 0,4 0 0,0 0 0,0 1 0,3

Princeton University 1 0,4 0 0,0 0 0,0 1 0,3

Santa Casa de Belo Horizonte 1 0,4 0 0,0 0 0,0 1 0,3

Secretaria de Cidadania e Assistência Social do Estado do Acre 1 0,4 0 0,0 0 0,0 1 0,3

Secretaria de Estado da Saúde do Distrito Federal 1 0,4 0 0,0 0 0,0 1 0,3

Secretaria de Estado da Saúde do Rio de Janeiro 1 0,4 0 0,0 0 0,0 1 0,3

Secretaria Municipal de Saúde de Porto Alegre 1 0,4 0 0,0 0 0,0 1 0,3

Secretaria Municipal de Saúde de Ribeirão Preto 1 0,4 0 0,0 0 0,0 1 0,3

Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo 1 0,4 0 0,0 0 0,0 1 0,3

Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro 1 0,4 0 0,0 0 0,0 1 0,3

Texas Medical Center 1 0,4 0 0,0 0 0,0 1 0,3

Tusculum College 1 0,4 0 0,0 0 0,0 1 0,3

United Nations Children's Fund 1 0,4 0 0,0 0 0,0 1 0,3

Universidad Carlos III de Madrid 1 0,4 0 0,0 0 0,0 1 0,3

Universidad de Barcelona 1 0,4 0 0,0 0 0,0 1 0,3

Universidad de la República 1 0,4 0 0,0 0 0,0 1 0,3

Universidad de los Andes 1 0,4 0 0,0 0 0,0 1 0,3

Universidade Camilo Castelo Branco 1 0,4 0 0,0 0 0,0 1 0,3

Universidade Católica Dom Bosco 1 0,4 0 0,0 0 0,0 1 0,3

Universidade de Caxias do Sul 1 0,4 0 0,0 0 0,0 1 0,3

Universidade de Marília 1 0,4 0 0,0 0 0,0 1 0,3

Universidade dos Açores 1 0,4 0 0,0 0 0,0 1 0,3

Universidade Estadual de Feira de Santana 1 0,4 0 0,0 0 0,0 1 0,3

Universidade Estadual do Oeste do Paraná 1 0,4 0 0,0 0 0,0 1 0,3

Universidade Estadual do Rio Grande do Sul 1 0,4 0 0,0 0 0,0 1 0,3

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Instituição Artigo Livro Tese Total

n % n % n % n %

Universidade Federal da Paraíba 1 0,4 0 0,0 0 0,0 1 0,3

Universidade Federal de Juiz de Fora 1 0,4 0 0,0 0 0,0 1 0,3

Universidade Federal do Ceará 1 0,4 0 0,0 0 0,0 1 0,3

Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro 1 0,4 0 0,0 0 0,0 1 0,3

Universidade Federal do Pará 0 0,0 1 2,3 0 0,0 1 0,3

Universidade Federal do Rio Grande do Norte 1 0,4 0 0,0 0 0,0 1 0,3

Universidade Federal Fluminense 1 0,4 0 0,0 0 0,0 1 0,3

Universität Bielefeld 1 0,4 0 0,0 0 0,0 1 0,3

Universität Zürich 1 0,4 0 0,0 0 0,0 1 0,3

Université Laval 1 0,4 0 0,0 0 0,0 1 0,3

University of California, Berkeley 1 0,4 0 0,0 0 0,0 1 0,3

University of Florida 1 0,4 0 0,0 0 0,0 1 0,3

University of Leeds 1 0,4 0 0,0 0 0,0 1 0,3

University of London 1 0,4 0 0,0 0 0,0 1 0,3

University of Melbourne 1 0,4 0 0,0 0 0,0 1 0,3

University of New Mexico 1 0,4 0 0,0 0 0,0 1 0,3

Yeshiva University 1 0,4 0 0,0 0 0,0 1 0,3

Não Localizado 6 2,5 7 16,3 0 0,0 13 3,5

Total 241 100,0 43 100,0 92 100,0 376 100,0

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APÊNDICE 3 PUBLICAÇÕES (ARTIGOS, LIVROS E TESES) RELACIONADAS A ECONOMIA DA SAÚDE NESTE

ESTUDO POR ORDEM DE AUTOR

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