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Universidade de São Paulo Prefeitura do Campus USP "Fernando Costa" - Pirassununga Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia - Departamento de Nutrição e Produção Animal Programa de Pós-Graduação em Nutrição e Produção Animal - Laboratório de Análises Socioeconômicas e Ciência Animal 1 Socioeconomia & Ciência Animal Boletim Eletrônico do LAE/FMVZ/USP Edição 113, de 31 de agosto de 2017 EDITORIAL Iniciamos nossa edição 113 do boletim divulgando pesquisa sobre o ensino de administração nos cursos de Medicina Veterinária no Estado de São Paulo. A pesquisa foi desenvolvida pelo Médico Veterinário Frederico José Souto de Freitas em sua dissertação de Mestrado no Programa de Pós- Graduação em Gestão e Inovação na Indústria Animal da FZEA/USP. Dados os novos desafios que a gestão dos negócios do crescente mercado pet impõe a esses profissionais, uma série de sugestões de revisão do ensino é proposta. Uma polêmica pesquisa desenvolvida por pesquisador da Universidade da Califórnia sugeriu uma relação entre o consumo de leite e o desenvolvimento econômico. Por meio de análise estatística de pessoas de diversos países, o cientista explora a contribuição que o consumo do leite supostamente deu para as sociedades que mais se desenvolveram. Muito embora possamos apresentar questionamentos sobre o achado, não se pode descartar a hipótese analisada. Matéria divulgada na revista Nature, assinada por Anthony King, discute a revolução tecnológica pela qual vem passando a agropecuária moderna mundial, especialmente diante dos avanços tecnológicos em robótica e sensores. O autor sugere que tais tecnologias poderão até mesmo orientar uma completa redefinição dos sistemas produtivos tradicionalmente conhecidos. Exploramos este texto nesta edição. Selecionamos resumos de artigos científicos recentemente publicados nas seguintes revistas: Ciência Rural, Extensão Rural, Revista de Economia e Agronegócio, Revista de Economia e Sociologia Rural, Environmental and Resource Economics, Acta Tropica, Advanced Science Letters, Animal Welfare, World's Poultry Science Journal, Animal, Livestock Science, Journal of Animal Science, Journal of Agricultural and Applied Economics, Meat Science, Agriculture and Human Values, Animal Production Science, Livestock Research for Rural Development. Divulgamos os resultados das pesquisas do Índice de Custo de Produção de Bovinos Confinados (ICBC) e do Índice do Custo de Produção do Cordeiro Paulista (ICPC). Confira as alterações nos preços de mercado dos fatores de produção que foram responsáveis pelas alterações nos índices para o mês de agosto em relação a julho. Estes projetos podem ajudar pecuaristas a acompanharem a evolução da viabilidade econômica dos negócios em que estão inseridos. A equipe Perfarm® disponibilizou livro eletrônico gratuito contendo informações valiosas para orientar técnicos e produtores no planejamento e acompanhamento da safra. O e-book: "Planejamento e Gestão da Safra Agrícola" é apresentado nesta edição e pode ser obtido gratuitamente. No próximo dia 19 de setembro o programa de extensão “Diálogos no LAE” receberá o Médico Veterinário, PhD, diretor técnico de pecuária da Ceva Saúde Animal, Alex Souza. Nosso convidado abordará o tema “A inserção do pós-graduando no mercado de trabalho”. Informações adicionais nesta edição. O cálculo da pegada hídrica pode auxiliar na geração de conhecimento a fim de manejar os recursos hídricos nas atividades agropecuárias e agroindustriais. Entre os dias 22 e 24 de novembro, em São Carlos, a Embrapa Pecuária Sudeste está promovendo o Curso de Pegada Hídrica para produtos de origem animal. O cálculo e avaliação da pegada se propõe a ser uma ferramenta analítica, auxiliando no entendimento de como o produto se relaciona com a demanda e a escassez hídrica. Veja como se inscrever na seção de Cursos. Desejamos boa leitura... Os editores

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Socioeconomia & Ciência Animal

Boletim Eletrônico do LAE/FMVZ/USP Edição 113, de 31 de agosto de 2017

EDITORIAL

Iniciamos nossa edição 113 do boletim divulgando pesquisa sobre o ensino de administração nos cursos de Medicina Veterinária no Estado de São Paulo. A pesquisa foi desenvolvida pelo Médico Veterinário Frederico José Souto de Freitas em sua dissertação de Mestrado no Programa de Pós-Graduação em Gestão e Inovação na Indústria Animal da FZEA/USP. Dados os novos desafios que a gestão dos negócios do crescente mercado pet impõe a esses profissionais, uma série de sugestões de revisão do ensino é proposta. Uma polêmica pesquisa desenvolvida por pesquisador da Universidade da Califórnia sugeriu uma relação entre o consumo de leite e o desenvolvimento econômico. Por meio de análise estatística de pessoas de diversos países, o cientista explora a contribuição que o consumo do leite supostamente deu para as sociedades que mais se desenvolveram. Muito embora possamos apresentar questionamentos sobre o achado, não se pode descartar a hipótese analisada. Matéria divulgada na revista Nature, assinada por Anthony King, discute a revolução tecnológica pela qual vem passando a agropecuária moderna mundial, especialmente diante dos avanços tecnológicos em robótica e sensores. O autor sugere que tais tecnologias poderão até mesmo orientar uma completa redefinição dos sistemas produtivos tradicionalmente conhecidos. Exploramos este texto nesta edição. Selecionamos resumos de artigos científicos recentemente publicados nas seguintes revistas: Ciência Rural, Extensão Rural, Revista de Economia e Agronegócio, Revista de Economia e Sociologia Rural, Environmental and Resource Economics, Acta Tropica, Advanced Science Letters, Animal Welfare, World's Poultry Science Journal, Animal, Livestock Science, Journal of

Animal Science, Journal of Agricultural and Applied Economics, Meat Science, Agriculture and Human Values, Animal Production Science, Livestock Research for Rural Development. Divulgamos os resultados das pesquisas do Índice de Custo de Produção de Bovinos Confinados (ICBC) e do Índice do Custo de Produção do Cordeiro Paulista (ICPC). Confira as alterações nos preços de mercado dos fatores de produção que foram responsáveis pelas alterações nos índices para o mês de agosto em relação a julho. Estes projetos podem ajudar pecuaristas a acompanharem a evolução da viabilidade econômica dos negócios em que estão inseridos. A equipe Perfarm® disponibilizou livro eletrônico gratuito contendo informações valiosas para orientar técnicos e produtores no planejamento e acompanhamento da safra. O e-book: "Planejamento e Gestão da Safra Agrícola" é apresentado nesta edição e pode ser obtido gratuitamente. No próximo dia 19 de setembro o programa de extensão “Diálogos no LAE” receberá o Médico Veterinário, PhD, diretor técnico de pecuária da Ceva Saúde Animal, Alex Souza. Nosso convidado abordará o tema “A inserção do pós-graduando no mercado de trabalho”. Informações adicionais nesta edição. O cálculo da pegada hídrica pode auxiliar na geração de conhecimento a fim de manejar os recursos hídricos nas atividades agropecuárias e agroindustriais. Entre os dias 22 e 24 de novembro, em São Carlos, a Embrapa Pecuária Sudeste está promovendo o Curso de Pegada Hídrica para produtos de origem animal. O cálculo e avaliação da pegada se propõe a ser uma ferramenta analítica, auxiliando no entendimento de como o produto se relaciona com a demanda e a escassez hídrica. Veja como se inscrever na seção de Cursos. Desejamos boa leitura... Os editores

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DIVULGAÇÃO I

ENSINO DE ADMINISTRAÇÃO TAMBÉM É

RELEVANTE PARA VETERINÁRIOS1

Valéria Dias2 Quem decide pelo curso de Medicina Veterinária pensa, na maioria das vezes, que a vida profissional vai se limitar a cuidar da saúde de cães, gatos ou talvez de animais de produção, como frango ou gado. Muitos não se dão conta de que será necessário administrar o próprio negócio, como clínicas e hospitais veterinários, e que o conhecimento sobre contabilidade, administração e empreendedorismo será essencial para o sucesso profissional. Pesquisa do veterinário Frederico José Souto de Freitas teve o objetivo de desvendar como o ensino de administração foi passado durante a faculdade para alunos de Medicina Veterinária e se esse conteúdo foi relevante para os profissionais que hoje trabalham com animais de pequeno porte, como cães e gatos – um mercado em grande expansão no Brasil. Entre outras conclusões da pesquisa, estão a necessidade de mudar o foco curricular do curso de Medicina Veterinária a fim de aproximar a realidade do mercado de trabalho com o conteúdo oferecido na graduação, além de melhorar a comunicação entre as universidades e os egressos. A pesquisa foi realizada em 2015. Naquele ano, Souto enviou um questionário aos coordenadores de curso das 45 instituições de ensino superior públicas e privadas que oferecem graduação em Medicina Veterinária no Estado de São Paulo (atualmente são 47). O pesquisador obteve retorno de 16 delas. Souto explica que, em 2002, passou a valer a nova diretriz curricular do curso de Medicina Veterinária em que é obrigatória a existência de disciplinas humanistas e sociais, como economia e administração. “Todas as instituições estavam em concordância com o exigido pela legislação e ofereciam alguma disciplina na área de

1 Texto original disponível em:

http://jornal.usp.br/ciencias/ciencias-biologicas/ciencias-1608-ensino-de-administracao-tambem-e-relevante-para-veterinarios/amp/

administração”, conta o pesquisador. Ao analisar as respostas dos questionários, foi constatado que a maioria dessas disciplinas era obrigatória e, algumas, optativas. Mas poucas voltadas ao mercado pet (de pequenos animais). O pesquisador também disponibilizou questionários para médicos veterinários inscritos na Associação Nacional de Clínicos Veterinários de Pequenos Animais do Estado de São Paulo (Anclivepa-SP), que reúne 1.500 profissionais ativos. Ele conseguiu o retorno de 96 questionários. Souto constatou um desencontro entre o discurso dos coordenadores e o dos médicos veterinários (veja infográficos na matéria original). Para 91% dos veterinários entrevistados, o ensino de administração durante a graduação foi insatisfatório ou mediano. “Talvez a forma como o ensino foi disponibilizado para esses profissionais não tenha surtido o efeito desejado; ou exista a necessidade de oferecer disciplinas que sejam mais úteis ao futuro profissional; ou a importância do tema administração não tenha sido explicada adequadamente aos alunos”, sugere. Os coordenadores disseram que o empreendedorismo é algo muito importante, mas a grade disciplinar das faculdades apresentava poucas abordagens sobre o tema. Os veterinários também citaram essa importância, mas poucos lembraram se tiveram essas aulas durante o curso. “O empreendedorismo é uma mola mestra. Poucas pessoas nascem com o espírito empreendedor, porém, é algo que se aprende. Por isso é tão importante que as faculdades ofereçam disciplinas sobre isso”, destaca. Os coordenadores também disseram que as disciplinas ligadas à administração eram generalistas (enfoque tanto em animais de pequeno porte como animais de produção); mas, para a maioria dos veterinários, as disciplinas eram voltadas para animais de produção. Experiência internacional Frederico Souto relata que há alguns anos, na Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, alunos de veterinária perceberam que, ao sair da faculdade, iriam precisar de informações sobre administração. Eles montaram uma associação

2 Jornalista do Jornal da USP.

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para reunir estudantes, discutir e estudar o tema. Trata-se da Veterinarian Business Management Association (VBMA), entidade que, atualmente, está presente em várias faculdades de veterinária dos Estados Unidos, além de México, Austrália, Inglaterra e países do Caribe. A pesquisa Ensino de administração nos cursos de medicina veterinária e a visão dos profissionais sobre a gestão dos serviços veterinários para pequenos animais diante da expansão do mercado pet foi apresentada à Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos (FZEA) da USP em dezembro de 2016, sob a orientação do professor Augusto Hauber Gameiro, da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ) da USP, em Pirassununga. De acordo com o professor Gameiro, está em estudo o oferecimento de uma disciplina sobre administração veterinária para os alunos da FMVZ, com o objetivo de abordar conceitos de administração geral associada aos setores de animais de pequeno porte (pet) e de produção, entre outros temas. Mais informações: e-mail [email protected], com Frederico Souto, ou [email protected], com o professor Augusto Hauber Gameiro.

DIVULGAÇÃO II

LEITE E DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO: A CAPACIDADE DE DIGERIR LEITE PODE EXPLICAR COMO A EUROPA FICOU RICA3

The Economist

Humanos podem digerir a lactose, principal carboidrato no leite, apenas com a ajuda de uma enzima chamada lactase. Mas dois terços das pessoas deixam de produzir lactase depois de terem sido desmamados. O terço afortunado - aqueles com "persistência de lactase" - continuam a produzi-la até a idade adulta. Um artigo4 argumenta que essa peculiaridade genética ajuda a explicar por que alguns países são ricos e outros pobres.

3 Texto traduzido pela Equipe do LAE. Originalmente publicado na revista The Economist, disponível em: https://www.economist.com/news/finance-and-economics/21647352-ability-digest-milk-may-explain-how-europe-got-rich-no-use-crying

Justin Cook, da Universidade da Califórnia, usa dados sobre os fluxos migratórios históricos para estimar a composição étnica de 108 países na África, Ásia e Europa em 1500. Ele então estima que proporção da população teria sido capaz de digerir o leite, usando os dados sobre a tolerância à lactose de diferentes grupos étnicos (que ele assume não mudaram muito ao longo dos séculos). Os países pré-coloniais na Europa Ocidental tendem a ter as maiores taxas de persistência de lactase, estima o Sr. Cook. Cerca de 96% dos suecos tinham, por exemplo. Os níveis mais baixos foram na África Subsaariana e no Sudeste Asiático. Um aumento de um desvio padrão na incidência de persistência de lactase, por sua vez, foi associado a um aumento de 40% na densidade populacional. As pessoas que poderiam digerir o leite, segundo a teoria, usaram recursos de forma mais eficiente do que aqueles que não podiam. Eles podem extrair energia líquida do gado, além da lã, do fertilizante, do poder de arar e da carne para a qual outros os criaram. O leite pode ter ajudado de outras maneiras também: suas gorduras, proteínas, vitaminas e minerais adicionaram equilíbrio à dieta pré-colonial, reduzindo a incidência de doenças. Se usado como um substituto para a amamentação das crianças, o leite animal poderia ter reduzido o tempo de desmame e, portanto, o tempo entre as gravidezes das mães. Tudo isso sugere que as sociedades consumidoras do leite poderiam suportar densidades populacionais mais elevadas (embora permaneça intrigante que a persistência de lactase tenha evoluído em partes da África, mas não se espalhou). Quando as pessoas estão fortemente agrupadas, a teoria afirma que o crescimento decola. Os governantes acham mais fácil construir infraestrutura e administrar a lei, incluindo direitos de propriedade. As cidades podem se desenvolver, o que permite que os trabalhadores se especializem. A inovação tecnológica explode; exércitos maiores podem defender o que é produzido. Não é de admirar que os lugares com

4 The role of lactase persistence in pre-colonial development, by C. Justin Cook, Journal of Economic Growth, December 2014. Available at: https://link.springer.com/article/10.1007/s10887-014-9109-5

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alta densidade populacional, nos tempos pré-coloniais, tendem a ser relativamente ricos hoje. Nenhum fator pode explicar os resultados econômicos de longo prazo, é claro, mas a ideia do Sr. Cook pode valer a ordenha...

DIVULGAÇÃO III

TECNOLOGIA: O FUTURO DA AGRICULTURA5

Anthony King

Uma revolução tecnológica na agricultura liderada por avanços tecnológicos em robótica e sensores parece interromper a prática moderna. Ao longo dos séculos, como os agricultores adotaram mais tecnologia na busca de maiores rendimentos, a crença de que "maior é melhor" passou a dominar a agricultura, tornando as operações em pequena escala impraticáveis. Mas os avanços nas tecnologias de robótica e sensores ameaçam perturbar o modelo de agronegócio atual. "Existe o potencial para que os robôs inteligentes mudem o modelo econômico da agricultura para que torne viável ser um pequeno produtor novamente", diz o engenheiro de robótica George Kantor, da Carnegie Mellon University, em Pittsburgh, Pensilvânia. As tecnologias de robótica e sensores do século XXI têm o potencial de resolver problemas tão antigos quanto a própria agricultura. "Acredito, ao mudar para um sistema agrícola robótico, podemos tornar a produção de culturas significativamente mais eficiente e sustentável", diz Simon Blackmore, engenheiro da Harper Adams University em Newport, Reino Unido. Em estufas dedicadas à produção de frutas e vegetais, os engenheiros estão explorando a automação como forma de reduzir custos e aumentar a qualidade. Dispositivos para monitorar o crescimento de vegetais, bem como os seletores robotizados, estão atualmente sendo testados. Para os criadores de gado, as tecnologias de sensores podem ajudar a gerir a saúde e o bem-estar dos seus animais. E o trabalho está em andamento para melhorar o monitoramento e manutenção da qualidade do solo e para eliminar

5 Texto traduzido pela Equipe do LAE. Originalmente publicado

na revista Nature, disponível em:

pragas e doenças sem recorrer ao uso indiscriminado de agroquímicos. Embora algumas dessas tecnologias já estejam disponíveis, a maioria está em fase de pesquisa em laboratórios e empresas spin-off. "Os grandes fabricantes de máquinas não estão colocando seu dinheiro na fabricação de robôs agrícolas, porque isto vai em contramão do seu modelo de negócio atual", diz Blackmore. Pesquisadores como Blackmore e Kantor fazem parte de um corpo crescente de cientistas com planos para revolucionar a prática agrícola. Se eles tiverem sucesso, eles mudarão como produzimos comida para sempre. "Nós podemos usar a tecnologia para duplicar a produção de alimentos", diz Richard Green, engenheiro agrícola da Harper Adams. Maduro para a colheita A Holanda é famosa pela eficiência de suas estufas de cultivo de frutas e vegetais, mas essas operações dependem de pessoas para escolher o produto. "Os seres humanos ainda são melhores do que os robôs, mas há muito esforço direcionada para a colheita automática", diz Eldert van Henten, engenheiro agrícola da Universidade de Wageningen, na Holanda, que trabalha em uma cultura de pimenta doce. O desafio é identificar rápida e precisamente a pimenta e evitar cortar o caule principal da planta. A chave está no software rápido e preciso. "Estamos realizando aprendizado profundo com a máquina para que ela possa interpretar todos os dados de uma câmera colorida rapidamente", diz van Henten. "Nós até alimentamos dados de cenas de rua regulares na rede neural para treiná-la melhor". No Reino Unido, a Green desenvolveu um coletor de morangos que ele diz que pode colher a fruta mais rapidamente do que os humanos. Baseia-se em visão estereoscópica com câmeras RGB para capturar a profundidade, mas são seus poderosos algoritmos que lhe permitem escolher um morango a cada dois segundos. As pessoas podem escolher 15 a 20 por minuto, estima Green. "Nossos parceiros do Laboratório Nacional de Física trabalharam no problema há dois anos, mas fizeram um brainstorm um dia e finalmente conseguiram", diz Green. Harper Adams University está considerando criar uma empresa spin-off para comercializar a tecnologia. O grande obstáculo para a comercialização, no entanto, é que os

http://www.nature.com/nature/journal/v544/n7651_supp/full/544S21a.html

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produtores de alimentos exigem robôs que possam escolher todos os tipos de vegetais, diz van Henten. A variedade de formas, tamanhos e cores dos tomates, por exemplo, torna-se um desafio difícil, embora já haja um robô disponível para remover folhas indesejadas das plantas. Outro ponto chave para procurar eficiência é o tempo. Escolher muito cedo é um desperdício porque você perdeu o crescimento, mas escolher muito tarde, reduz as semanas do tempo de armazenamento. A engenheira de precisão Manuela Zude-Sasse, no Instituto Leibniz de Engenharia Agrícola e Bio-economia em Potsdam, na Alemanha, está conectando sensores a maçãs para detectar seu tamanho e níveis de pigmentos clorofila e antocianina. Os dados são alimentados em um algoritmo para calcular o estágio de desenvolvimento e, quando o tempo está pronto para a escolha, os produtores são alertados pelo smartphone. Até agora, Zude-Sasse colocou sensores em peras, frutas cítricas, pêssegos, bananas e maçãs. Ela está preparada para iniciar ensaios de campo ainda este ano em uma estufa de tomate comercial e um pomar de maçã. Ela também está desenvolvendo um aplicativo para smartphones para produtores de cerejas. O aplicativo usará fotografias de cerejas tomadas pelos produtores para calcular a taxa de crescimento e um índice de qualidade. Crescimento de frutas e vegetais frescos tem tudo a ver com manter a qualidade alta e os custos baixos. "Se você pode agendar a colheita para o melhor desenvolvimento da fruta, então você pode obter um benefício econômico e de qualidade", diz Zude-Sasse. Eliminando inimigos Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação estima que 20 a 40% dos rendimentos das culturas globais são perdidos a cada ano em pragas e doenças, apesar da aplicação de cerca de dois milhões de toneladas de pesticidas. Dispositivos inteligentes, como robôs e drones, podem permitir que os agricultores reduzam o uso agroquímico ao detectar os inimigos das culturas antecipadamente para permitir uma aplicação química precisa ou a remoção de pragas, por exemplo. "O mercado exige alimentos com menos herbicidas e pesticidas e com maior qualidade", diz Red Whittaker, engenheiro de robótica da Carnegie Mellon, que desenhou e patenteou um sistema de orientação automatizado para tratores em 1997. "Esse desafio pode ser cumprido pelos robôs"

“Nós prevemos que os drones, com câmeras RGB ou multiespectrales, vão decolar todas as manhãs antes que o agricultor se levante e identifique onde, dentro do campo, há uma praga ou um problema", diz Green. Além de luz visível, essas câmeras poderiam coletar dados das partes invisíveis do espectro eletromagnético que poderiam permitir aos agricultores identificar uma doença fúngica, por exemplo, antes de se estabelecer. Cientistas da Carnegie Mellon começaram a testar a teoria no sorgo (Sorghum bicolor), um alimento básico em muitas partes da África e uma potencial cultura para biocombustíveis nos Estados Unidos. A Agribotix, uma empresa de análise de dados agrícolas em Boulder, Colorado, fornece drones e software que usam imagens de infravermelhos próximos para mapear manchas de vegetação não saudável em grandes campos. As imagens também podem revelar causas potenciais, como pragas ou problemas de irrigação. A empresa processa dados de drones de campos de culturas em mais de 50 países. Agora está usando a aprendizagem de máquina para treinar seus sistemas para diferenciar culturas e ervas daninhas, e espera ter esta capacidade pronta para a temporada de crescimento 2017. "Seremos capazes de fazer um alarme aos produtores com um alerta dizendo que você tem ervas daninhas crescendo em seu campo, aqui e aqui", diz o cientista Jason Barton, um executivo da Agribotix. A tecnologia moderna que pode eliminar de forma autônoma pragas e melhorar os produtos agroquímicos reduzirá os danos colaterais para animais selvagens, reduzirá a resistência e reduzirá os custos. "Estamos trabalhando com uma empresa de pesticidas ansiosa para aplicar desde o ar usando um drone", diz Green. Ao invés de pulverizar todo um campo, o pesticida pode ser entregue no lugar certo na quantidade necessária, diz ele. As possíveis reduções no uso de pesticidas são impressionantes. De acordo com pesquisadores do Centro Australiano para Robótica de Campo da Universidade de Sydney, a pulverização direta de vegetais usou 0,1% do volume de herbicida usado na pulverização de manta convencional. Seu robô de protótipo é chamado RIPPA (Robot for Intelligent Perception and Precision Application) e dispara ervas daninhas com uma micro-dose de líquido dirigida. Cientistas do Harper Adams estão indo ainda mais longe, testando um robô que acabou com os produtos químicos completamente, destruindo ervas daninhas perto de culturas com um laser. "As

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câmeras identificam o ponto de crescimento da erva daninha e nosso laser, que não é mais do que uma fonte de calor concentrada, aquece-se até 95°C, então a erva daninha morre ou fica adormecida", diz Blackmore. Rastreadores de animais Os colares inteligentes - um pouco como os dispositivos portáteis projetados para monitorar a saúde humana foram usados para monitorar as vacas na Escócia desde 2010. Desenvolvido pela Glasgow Silent Herdsman, o colar monitora a fertilidade por atividade de rastreamento - as vacas se movem mais quando elas estão no cio - e usa isso para alertar os agricultores para quando uma vaca está pronta para se acasalar, enviando uma mensagem para o laptop ou para o smartphone. Os colares, que estão sendo desenvolvidos pela empresa israelense de tecnologia de fazendas e lácteos, Afimilk, depois de terem adquirido o Silent Herdsman no ano passado, também detectam sinais iniciais de doença ao monitorar o tempo médio que cada vaca gasta comendo e ruminando e alertando o fazendeiro através de um smartphone. "Estamos agora analisando mudanças de comportamento mais sutis e como elas podem estar relacionadas com a saúde animal, como laminite ou acidose", diz Richard Dewhurst, um nutricionista de animais do Colégio Rural da Escócia (SRUC) em Edimburgo, que está envolvido em pesquisas para expandir as capacidades do colar. Os cientistas estão desenvolvendo algoritmos para analisar dados coletados pelos colares. Em um projeto separado, Dewhurst está analisando os níveis de cetonas e sulfetos expirados na respiração da vaca para revelar a mal nutrição ou excesso de proteína em sua dieta. As câmeras também estão melhorando a detecção de ameaças à saúde das vacas. A condição inflamatória mastite - muitas vezes o resultado de uma infecção bacteriana - é um dos maiores custos para o setor lácteo, causando declínios na produção de leite ou mesmo na morte. As câmeras de imagem térmica instaladas em galpões de vaca podem detectar úberes quentes e inflamadas, permitindo que os animais sejam tratados com antecedência. Carol-Anne Duthie, cientista animal da SRUC, está usando câmeras 3D para filmar gado e estimar o rendimento de carcaça e peso animal. Esses critérios determinam o preço que os produtores

recebem. Conhecer o melhor momento para vender seria maximizar o lucro e fornecer frigoríficos com animais mais consistentes. "Isso provocou efeitos em termos de eficiência geral de toda a cadeia de suprimentos, reduzindo os animais que estão fora de especificação chegando no frigorifico", explica Duthie. E os pesquisadores da Bélgica desenvolveram um sistema de câmera para monitorar frangos de engorda em galpões. Três câmeras acompanham continuamente os movimentos de milhares de aves individualmente para detectar problemas rapidamente. "Analisar o comportamento dos frangos de corte pode dar um alerta precoce para mais de 90% dos problemas", diz o bio-engenheiro Daniel Berckmans na Universidade de Leuven. O sistema de monitoramento de comportamento está sendo vendido pela Fancom, uma empresa de criação de gado em Panningen, na Holanda. Os pesquisadores de Leuven também lançaram um monitor de tosse para sinalizar problemas respiratórios em porcos, através de uma empresa spin-off chamada SoundTalks. Isso pode dar um aviso 12 dias antes do que agricultores ou veterinários normalmente poderiam detectar um problema, diz Berckmans. O microfone, que está posicionado acima dos animais em seu curral, identifica indivíduos doentes para que o tratamento possa ser direcionado. "A ideia é reduzir o uso de antibióticos", diz Berckmans. Berckmans agora está trabalhando em um monitor de estrese projetado para pessoas, de modo que ele irá acoplado no brinco de identificação das vacas. "Quanto mais você estressa um animal, menos energia está disponível para o crescimento", diz ele. O monitor leva 200 medidas fisiológicas por segundo, alertando os agricultores através de um smartphone quando há um problema.

ARTIGOS PUBLICADOS

CONTRIBUTION OF EQUINE EDUCATION TO THE EQUINE INDUSTRY DEVELOPMENT IN MALAYSIA

The objectives of this study were to identify the contribution of equine education to the equine industry development in Malaysia. This study has analyzed the activity in equine industry and equine education in Malaysia. Through analysis, it is found

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that equine education is important to improve the equine industry in this country. The concerns of the equine industry will assist to fulfill the equine industry requirements such as providing skilled worker and ensuring that each employee owns the relevant equine certificates. The equine industry must work together with education in a symbiotic partnership, not only to strengthen the human resources of the industry, but also to ensure that the equine industry is acceptable. Therefore, the government should support and continue to focus on the development of equine education and program in this country, in order to generate more economic resources for the equine industry. Darmansah, N.F.; Misnan, M. S.; Sam, A.R.M.; Omar, A.H. Contribution of Equine Education to the Equine Industry Development in Malaysia. Advanced Science Letters, v. 23, n. 4, p. 2818-2820, 2017. https://doi.org/10.1166/asl.2017.7685

INDICADORES PARA AVALIAR O BEM-ESTAR DE CABRAS EM FAZENDAS NA REGIÃO SEMIÁRIDA DO NORDESTE BRASILEIRO

Em 2015, o Protocolo AWIN para cabras foi publicado na Europa, com indicadores que identificam o nível de bem-estar das cabras leiteiras em lactação, no entanto não existem protocolos de bem-estar para cabras de corte. Portanto, o objetivo deste estudo foi selecionar indicadores baseados nos animais e recursos para avaliar o bem-estar em cabras de corte em diferentes tipos de sistemas de pastejo no semiárido do Nordeste brasileiro. Dezoito indicadores foram selecionados para avaliar o bem-estar de cabras. O conhecimento do grau de bem-estar destes animais é o melhor caminho de realizar melhorias e promover uma melhor qualidade de vida para cabras de corte. Leite, L.O.; Stamm, F.O.; Garcia, R.C.M. Indicators to assess goat welfare on-farm in the semiarid region of Brazilian Northeast. Ciência Rural, v. 47, n. 9, 2017. http://dx.doi.org/10.1590/0103-8478cr20161073

FEWER FISH FOR HIGHER PROFITS? PRICE RESPONSE AND ECONOMIC INCENTIVES IN GLOBAL TUNA FISHERIES MANAGEMENT

This paper evaluates industry-wide economic incentives arising from changes in product prices in an industry exploiting a common renewable resource (tropical tunas) that is regulated via output limits. Changes in prices alter economic incentives by affecting revenues, profits, conservation, and nonmarket public benefits. Economic incentives in industries exploiting common resources have been examined from multiple angles. However, industry level variation in market prices arising from changes in public regulation has not been explored. We analyse the impact on economic incentives due to changes in output limits and market prices through estimation of ex-vessel price and scale flexibilities for imported skipjack and yellowfin in Thailand’s cannery market. The unitary scale flexibility, estimated from the General Synthetic Inverse Demand Systems, indicates no loss in revenue and even potential profit increases resulting from lower harvest levels that could arise from lower catch limits. However, for a revenue neutral or positive outcome to be achieved, the three inter-governmental tuna Regional Fisheries Management Organizations, which manage the majority of the yellowfin and skipjack tuna in the Pacific and Indian Oceans, would have to coordinate multilaterally to set the catch limits for both species. Sun, J.C.; Chiang, F.; Guillotreau, P.; Squires, D.; Webster, D.G.; Owens, M. Fewer Fish for Higher Profits? Price Response and Economic Incentives in Global Tuna Fisheries Management. Environmental and Resource Economics, v. 66, n. 4, p. 749-764, 2017. https://link.springer.com/article/10.1007/s10640-015-9971-4

ROLE OF SOCIO-CULTURAL AND ECONOMIC FACTORS IN CYPRINID FISH DISTRIBUTION NETWORKS AND CONSUMPTION IN LAWA LAKE REGION, NORTHEAST THAILAND: NOVEL PERSPECTIVES ON OPISTHORCHIS VIVERRINI TRANSMISSION DYNAMICS Opisthorchis viverrini (Ov) is a fish-borne parasite endemic in parts of Lao PDR, Cambodia, southern Vietnam and Northeast Thailand (Isaan) where an estimated 10 million people are infected. Human Ov infection, associated with hepatobiliary

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complications, including cholangiocarcinoma (CCA), occurs when infected fish are consumed raw or undercooked, a longstanding cultural tradition in the region. This mixed- methods descriptive study was carried out in Isaan villages around Lawa Lake, Khon Kaen Province, known for their Ov endemicity. Focus group discussions (FGDs) and in depth interviews (IDIs) were used to explore socio-cultural determinants underlying raw fish consumption practices, and global positioning system (GPS) devices to map local fish distribution networks. Qualitative data affirmed major socio-cultural and dietary lifestyle transitions occurring consequent on recent decades of modernization policies and practices, but also the persistence of Isaan traditional raw-fish eating practices and incorrect beliefs about infection risk avoidance. Fish traders/middlemen purchase most of the catch at the lakeshore and play the dominant role in district market fish distribution networks, at least for the larger and less likely infected, fish species. The lower economic value of the small potentially-infected cyprinid fish means local fishermen typically distribute them free, or sell cheaply, to family and friends, effectively concentrating infection risk in already highly Ov infected villages. Our study confirmed the persistence of traditional Isaan raw-fish meal practices, despite major ongoing socio-cultural lifestyle transitions and decades of Ovinfection health education programs. We contend that diffuse socio-cultural drivers underpin this practice, including its role as a valued cultural identity marker. A “fish economics” factor was also evident in the concentration of more likely infected fish back into local villages due to their low economic value at district market level. The complexity of factors supporting “risky” fish-eating traditions in Isaan underscores the importance of integrated liver fluke infection control strategies to draw on transdisciplinary knowledge beyond biomedicine and also embrace participatory protocols for engaging communities in developing, implementing and evaluating interventions. Kim, C.S.; Smith, J.F.; Suwannatrai, A.; Echaubard, P.; Wilcox, B.; Kaewkes, S.; Sithithaworn, P.; Sripa, S.B. Role of socio-cultural and economic factors in cyprinid fish distribution networks and consumption in Lawa Lake region, Northeast Thailand: Novel perspectives on Opisthorchis viverrini transmission dynamics. Acta Tropica, v. 170, p. 85-94, 2017. http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0001706X16

304752

FIT FOR TRANSPORT? BROILER CHICKEN FITNESS ASSESSMENT FOR TRANSPORATION TO SLAUGHTER

EU legislation stipulates that unfit broilers may not be transported, but no guidelines for fitness-for-transport assessment are provided. Moreover, the impact of pre-slaughter conditions (eg crate stocking density) may depend on broiler fitness. We aimed to evaluate a fitness-assessment method and test physiological responses to the pre-slaughter phase with different stocking densities. Broilers (41 days; n = 1,939) were transported for 45 min at 'high' (160 cm2 per kg), 'medium' (190 cm2 per kg) or 'low' (220 cm2 per kg) stocking density, and were subjected to a commercially representative pre-slaughter phase duration of ≈ 16 h. Pre-loading, lameness, illness, hock burns, foot-pad dermatitis, lesions, physical defects, cleanliness and cachexia were scored on a sample, for categorisation as fit (n = 49) or unfit (n = 25). Blood was collected before and after the pre-slaughter phase for determination of plasma levels of corticosterone (CORT), lactate, glucose and thiobarbituric acid-reactive substances (TBARS). Lameness, foot-pad dermatitis, lesions, illness, defects, and cachexia scores were, or tended to be, correlated with ≥ 1 physiological stress indicators. Unfit chickens tended to show or showed lower pre-transport glucose and lactate levels than fit chickens. Post-lairage, unfit chickens had higher TBARS and lower lactate levels compared to fit chickens. At high and low stocking densities, unfit chickens showed higher CORT levels than fit chickens. Furthermore, CORT levels of unfit chickens increased more at low stocking density. The results show that our method potentially identifies chickens experiencing additional stress during the pre-slaughter phase, due to poor physical condition. High and low stocking density proved a stressor for all, and especially for unfit chickens, with detrimental implications for their welfare. Jacobs, L.; Delezie, E.; Duchateau, L.; Goethals, K.; Vermeulen, D.; Buyse, J.; Tuyttens, F.A.M. Fit for transport? Broiler chicken fitness assessment for transportation to slaughter. Animal Welfare, v. 26, n. 3, p. 335-343, 2017. http://www.ingentaconnect.com/contentone/ufaw/aw/2017/000

00026/00000003/art00010

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HPAI IMPACTS ON CHINESE CHICKEN MEAT SUPPLY AND DEMAND Chicken meat is an economically important part of Chinese food security, but has suffered relatively consistent highly pathogenic avian influenza (HPAI) outbreaks since 2004. This review evaluates the extent of quantity losses caused by HPAI events on Chinese chicken meat supply and demand (domestic production, consumption, imports and exports) between 2004 and 2013, using a partial equilibrium model. The largest losses were experienced in 2004 and 2005 (4,496,700 tons) which accounted for 38.84% and 33.76% of total respectively. Across the full review period the largest impacts were on per capita consumption (2.7 million tons) followed by production (2.5 million tons), imports (0.73 million tons) and exports (0.21 million tons). Research suggests that higher imports of chicken meat during HPAI events, branding strategies and investment in food safety management through the sector may help to avoid or minimise future HPAI losses in China. Huang, Z.; Loch, A.; Findlay, C.; Wang, J. HPAI impacts on Chinese chicken meat supply and demand. World's Poultry Science Journal, v. 73, n. 3, p. 543-558, 2017. https://doi.org/10.1017/S0043933917000447

ASSESSMENT OF THE MULTI-CRITERIA EVALUATION SYSTEM OF THE WELFARE QUALITY®

PROTOCOL FOR GROWING PIGS Animal welfare has become an important subject of public and political debate, leading to the necessity of an objective evaluation system for on-farm use. As welfare is a multi-dimensional concept, it makes sense to use a multi-criteria aggregation system to obtain an overall welfare score. Such an aggregation system is provided by the Welfare Quality® Network. The present paper focusses on the assessment of the multi-criteria evaluation model included in the Welfare Quality® protocol for growing pigs in order to aggregate the animal-based indicators first to criteria, then to principles and finally to an overall welfare score. Specifically, the importance of the indicators on the overall assessment of growing pig farms is analysed in a given population which consisted of a total of 198 protocol assessments carried out on a sample of 24 farms in Germany. By means of partial least

squares modelling, the influence of measures in the calculation procedure is estimated by calculation and interpretation of Variable Importance for Projection (VIP) scores. Variable Importance for Projection scores revealed some meaningful, unexpected influences as the multi-criteria evaluation model of Welfare Quality® aimed at avoiding interferences and double-counting. Some of these influences led to the assumption that some measures might have potential as iceberg indicators, whereas others showed lesser importance. Thus, feasibility can be gained by the deletion and special weighting of indicators according to their importance. Altogether, the study is an essential contribution to the further development of the Welfare Quality® protocols as well as the application of multi-criteria decision systems in the field of animal welfare science in general. Czycholl, I.; Kniese, C.; Schrader, L.; Krieter, J. Assessment of the multi-criteria evaluation system of the Welfare Quality® protocol for growing pigs. Animal, v. 11, n. 9, p. 1573-1580, 2017. https://doi.org/10.1017/S1751731117000210

O LICENCIAMENTO AMBIENTAL DE SUINOCULTURAS NA REGIÃO DO ALTO SÃO FRANCISCO, MINAS GERAIS O Brasil é um dos principais países exportadores de carne suinícola, tendo produzido 3,643 milhões de toneladas em 2015. Porém, essa intensa produção animal ocasiona uma serie de impactos ambientais como a contaminação do solo e da água. Este trabalho teve como objetivo caracterizar o estado de adequação ambiental dos empreendimentos suinícolas licenciados no período de 2011 a 2015 na região do Alto São Francisco, Minas Gerais, observando principalmente as alternativas de mitigação de impactos utilizadas. A estatística utilizada foi a descritiva e a coleta de dados interpretativa, por meio de check-list. Verificou-se que o principal motivo de indeferimento de licenças foi a falta de cumprimento de condicionantes estabelecidas pelos órgãos ambientais. Os principais impactos ambientais negativos da suinocultura observados foram o grande volume de efluente gerado e da emissão de gases que contribuem com o aumento do efeito estufa. Entre as medidas mitigadoras, destaca-se o manejo do efluente por meio de biodigestores e queimadores, podendo ser reutilizado como insumo para fertirrigação ou geração de energia elétrica. A regularização

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ambiental é uma prática necessária para a sustentabilidade da atividade de suinocultura, proporcionando adequações necessárias à qualidade de vida. Andrade, H.B.; Moras Filho, L.O.; Borges L.A.C. O Licenciamneto ambiental de suinocultura na região do alto São Francisco, Minas Gerais. Extensão Rural, v. 24, n. 2, p. 72-84, 2017. https://periodicos.ufsm.br/extensaorural/article/view/24249

IMUNOCASTRATION: ECONOMIC IMPLICATIONS FOR THE PORK SUPPLY CHAIN AND THE CONSUMER PERCEPTION. AN ASSESSMENT OF EXISTING RESEARCH The increasing concern of some market segments for animal welfare has led some companies in the pork supply chain to consider immunocastration as an alternative to surgical castration, which is used to prevent boar taint. The first aim of this analysis was to contribute to the systemisation of the literature about the economic and management aspects as well as consumer perception of immunocastration, and the second aim was to provide recommendations for future research to support policy decision making. Some of the observations from the present study include that on the supply chain side, farmers are very cautious about immunocastration despite the scientific evidence of its efficacy, so they require training in vaccine administration and management support to optimise performance as well as completely transparent information on the economic impact of the technique. Further research into the management and economics of alternative techniques would be useful to help farmers and other supply chain stakeholders make better-informed choices. However, the main concern among farmers is consumer perception, and the information collected to date on consumer perception of immunocastration shows important differences between countries that reflect cross-cultural aspects. Overall, there is low awareness of the issue, and few consumers have heard of the vaccine method. Additionally, information campaigns are likely to be more effective if supplementary audio–visual information is used to show surgical castration of live animals and alternative practices. Current research indicates that three main factors influence consumer WTP in terms of different castration techniques: sensitivity to animal welfare, food quality (taste) and food safety. Research has also yielded somewhat controversial findings suggesting that consumers

feel the need to trade off attributes that they believe are incompatible (e.g., taste and animal welfare), so publicity and information campaigns are needed to reduce “conflicts” between product attributes that are important to consumer perception. It is necessary to clearly communicate the impact of immunocastration on price, food safety and taste to consumers, particularly in light of the disproportionally large impact of negative publicity related to food safety issues, but sharing information between different stakeholders is also problematic. While there has already been significant research into this topic, the findings need to be adequately disseminated for all stakeholders to be able to make decisions with full awareness. Mancini M.C.; Menozzi, D.; Arfini, F. Immunocastration: Economic implications for the pork supply chain and consumer perception. An assessment of existing research. Livestock Science, v. 203, p. 10-20, 2017. http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S18711413173

01944

RELIABILITY OF THE QUALITATIVE BEHAVIOR ASSESSMENT AS INCLUDED IN THE WELFARE QUALITY ASSESSMENT PROTOCOL FOR GROWING PIGS Positive emotions constitute a very important part of animal welfare. They are, however, also the most challenging elements to be objectively measured. Due to its feasibility, the qualitative behavior assessment (QBA) is included in the Welfare Quality Assessment protocol for growing pigs as the animal-based measurement tool for positive emotions. Reliability testing on the QBA in the form as included in the protocols is, however, rare. Therefore, the present study aimed at the evaluation of the inter- and intraobserver as well as test–retest reliability of the QBA in growing pigs. This was done by trained observers based on 19 joint on-farm assessments, the repeated assessments of 24 farms during 2 growing periods, and 107 video sequences. The results were compared between the observers and the repeated farm visits. Therefore, millimeter values were directly compared by calculation of Spearman’s rank correlation coefficients (RS), and furthermore, the results were subjected to a principal component analysis (PCA). The results identified 2 main principal components (PC; PC1 and PC2) together explaining from 42 to 75% of the variation in the recorded variables of the different PCA. The factor

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loadings that the adjectives reached on PC1 and PC2 were compared by calculation of RS between observers and farm visits, respectively. Reliability was interpreted as acceptable if at least a moderate correlation was detected; that is, RS was greater than or equal to 0.4. Regarding the on-farm assessments, and, therefore, under practical conditions, no sufficient interobserver reliability (RS = −0.16 for PC1 and RS = 0.13 for PC2) was found. In terms of the test–retest reliability, only 1 comparison of 2 farm visits showed a positive correlation for PC1 (RS = 0.79) as well as for PC2 (RS = 0.64). The other 5 comparisons presented negative to weak positive correlations. However, based on video sequences, good interobserver (RS = 0.67 for PC1 and RS = 0.60 for PC2) and intraobserver (RS = 0.94 for PC1 and RS = 0.44 for PC2) reliability was achieved. Therefore, the present study revealed good reliability for the QBA in the form as it is currently included in the Welfare Quality Assessment protocol for growing pigs based on video sequences but insufficient reliability for the application on the farm. Czycholl, I.; Beilage, E.G.; Henning, C.; Krieter, J. Reliability of the qualitative behavior assessment as included in the Welfare Quality Assessment protocol for growing pigs. Journal of Animal Science, v. 95, n. 8, p. 3445-3454, 2017. https://www.animalsciencepublications.org/publications/jas/abs

tracts/95/8/3445

ACTIVITIES OF SOME STRESS ENZYMES AS INDICATORS OF SLAUGHTER CATTLE WELFARE AND THEIR RELATIONSHIP WITH

PHYSICO-CHEMICAL CHARACTERISTICS OF BEEF The study determined the activities of creatine kinase (CK) and lactate dehydrogenase (LDH) in transported cattle as indicators of welfare and how they relate to beef quality. A total of 219 (n=219) (85 Beefmaster, 48 Charolaise, 32 Holstein-Friesian and 54 nondescript) cattle brought to the abattoir for slaughter were used in the study. Disposable vacutainer tubes with anticoagulant (ethylenediaminetetraacetic acid) were used to collect 4 ml of blood samples to determine the activities of CK and LDH. The measurements of pHu and colour coordinates (L*, a* and b*) were carried out at 48 h after slaughter on the representative samples of muscularis longissimuss thoracis et. lumborum (LTL). Longer distance

travelled by cattle had a significant effect (P<0.05) on ultimate pH (pHu), lightness (L*), redness (a*) and Warner–Bratzler Shear Force. Animals that travelled for 366, 877 and 1012 km had higher CK (>3000 to 5000) and those that travelled for 1263 km had lower CK activities (1000). The activities of LDH were observed in cattle that travelled for 366 and 1012 km (7000) and for those that travelled for 877 and 922 km (6000). Results of the principal component analysis showed that the first three principal components (PCs) explained about 53% of the total variability. The first PC was correlated with meat quality attributes (pHu, Tm, a* and b* values). The activities of CK and LDH were related and useful to define the second PC. However, CK and LDH were not related to beef quality. Therefore, CK and LDH can be used as indicators of welfare in slaughter cattle but cannot be used to predict the quality of meat. Chulayo, A.Y.; Mucheine, V. Activities of some stress enzymes as indicators of slaughter cattle welfare and their relationship with physico-chemical characteristics of beef. Animal, v. 11, n. 9, p. 1645-1652, 2017. https://doi.org/10.1017/S1751731117000222

MEXICAN CONSUMERS AT THE POINT OF MEAT PURCHASE. BEEF CHOICE Within-consumer preference replication achieved through systematic image manipulation was used in consumer surveys in four cities across Mexico (Mexico City, n = 195; Guadalajara, n = 100; Hermosillo, n = 132; Veracruz, n = 61) to study beef preferences. Images of beef steaks controlled for lean and fat colour, fat cover and marbling were presented to consumers to determine the characteristics used in beef choice and the levels of preference of these characteristics. The most important choice criteria were fat cover (62% preferring little fat cover) and marbling (59% preferring non-marbled). Lean colour was also important with 24% and 29% choosing light and dark red beef, respectively. Fat colour was the least important of the four attributes studied (18% and 19% choosing white and yellow, respectively), but was nevertheless important given that 43% of consumers used three or four characteristics to make their choice. Imported and domestic beef in the Mexican marketplace appear to respond to the range of consumers' beef preferences at the point of purchase.

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Ngapo, T.M.; Varela, D.B.; Lozano, M.S.R. Mexican consumers at the point of meat purchase. Beef choice. Meat Science, v. 134, p. 34-43, 2017. http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S03091740173

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PROBABILITY OF RECEIVING AN INDEMNITY PAYMENT FROM FEEDER CATTLE LIVESTOCK RISK PROTECTION INSURANCE Livestock risk protection (LRP) insurance is a price risk management tool available to cattle producers; however, producers have been hesitant to adopt LRP. The objective of the study was to determine the monthly feeder cattle LRP contract coverage level and length maximizing the probability of the LRP net price being greater than the CME Feeder Cattle Index (CME FCI) price. The CME FCI prices were higher than the LRP net price for the majority of the contract lengths and coverage levels. Several coverage lengths and levels provided similar price protection, and there was no consistent preferred coverage length and level. Merrith, M.; Griffith, A.; Boyer, C.; Lewis, K. Probability of receiving an indemnity payment from feeder cattle livestock risk protection insurance. Journal of Agricultural and Applied Economics, v. 49, n. 3, p. 363-381, 2017. https://doi.org/10.1017/aae.2016.44

ADOPTION OF BEEF CATTLE TRACEABILITY AT FARM LEVEL IN SÃO PAULO STATE, BRAZIL This paper aimed to identify the determinants of beef traceability adoption at farm level in São Paulo State, Brazil. A sample survey of 32 farmers who adopted the European Union certified traceability and 52 other farmers who did not adopt traceability provided data to test hypotheses on determinant factors. Three binomial logit models were used in the analysis. Results suggested that capital-intensive livestock production system, high scale production, access to specialized information and high level of human and social capital play significant role in the adoption decision. Vinholis, M. de M.B.; Carrer, M.J.; Souza Filho, H.M. Adoption of beef cattle traceability at farm level in São Paulo State, Brazil. Ciência Rural, v. 47, n. 9 p.1-7, 2017 https://doi.org/10.1017/aae.2016.44

HOW GLOBAL IS MY LOCAL MILK? EVALUATING THE FIRST-ORDER INPUTS OF “LOCAL” MILK IN HAWAII

“Local food” is gaining in popularity, particularly within a rising alternative food movement, yet it remains an ambiguous term. We use an illustrative example - the case of “local milk” in Hawai‘I - to demonstrate this point. We evaluate "localness" by measuring the origins of production inputs by economic value and physical mass–an approach that is akin to the Made in America standard. The innovative method we propose is easily replicable to other food products or locations worldwide. We find that most first order production related inputs are obtained from non-local sources. Our findings are significant to the local food debate because a focus beyond the point of production to upstream inputs in the life cycle of a food item can push towards a re-framing what local means both in Hawai‘i and beyond. In particular, our findings suggest that production system type, as opposed to location of production end-point, might have a greater impact on the degree of localness of a product. Looking forward, a shift in focus towards production system characteristics may help researchers make headway in exploring the environmental and economic effects of local food. Gupta, C.; Makov, T.; How global is my local milk? Evaluating the first-order inputs of “local” milk in Hawai‘i. Agriculture and Human Values, v. 34, n. 3, p. 619-630, 2017. https://link.springer.com/article/10.1007/s10460-016-9755-7

USING STRUCTURAL EQUATION MODELING TO IDENTIFY THE PSYCHOLOGICAL FACTORS INFLUENCING DAIRY FARMERS’ INTENTION TO DIVERSIFY AGRICULTURAL PRODUCTION Actions and public policies have been developed to encourage Brazilian farmers to diversify their agricultural production. However, such actions have been unable to encourage production and economic diversification. This article uses the theory of reasoned action (TRA) and the theory of planned behavior (TPB) to understand the intention of dairy farmers to diversify agricultural production. Results showed that the TRA had better explanatory power of farmers’ intention to diversify agricultural production than the TPB model. Corroborating the theory, results revealed that

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attitude and subjective norm positively influence the intention of farmers to diversify agricultural production. Implications for public policies are discussed. Senger, I.; Borges, J.A.R.; Machado, D.J.A. Using structural equation modeling to identify the psychological factors influencing dairy farmers’ intention to diversify agricultural production. Livestock Science, v. 203, p. 97-105, 2017. http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S18711413173

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FEEDING MANAGEMENT, PRODUCTION AND PERFORMANCE OF 13 PASTURE-BASED DAIRY FARMS IN A MEDITERRANEAN ENVIRONMENT Physical performance data from 13 dairy farms in Western Australia, six feeding all concentrate in the milking parlour and seven feeding a portion of concentrate in a partial mixed ration (PMR) with forage, were collected between March 2012 and June 2013. Each farm was visited 13 times at intervals of 4–6 weeks, and feed intake and milk production was recorded on each visit. Four farms had access to fresh pasture all year round via irrigation. Milk yield (MY) and composition data was calculated daily from milk processor records. Pasture dry matter intake (DMI) was estimated based on metabolisable energy supply and requirements according to published feeding standards. All milk and feed-related measures were significantly affected by visit date (P < 0.01). Mean annual concentrate intake and MY was 2082 ± 344 kg/cow and 7679 ± 684 kg/cow, respectively. Daily concentrate DMI was greatest in May 2012 (8.9 ± 2.2 kg/cow), near the end of the non-grazing season, and lowest in August 2012 (5.1 ± 1.5 kg/cow). On an average annual basis, PMR farms provided 22 ± 15% of total concentrate fed as part of a PMR, and 28 ± 11% of total concentrates and by-products fed as part of a PMR. Daily grazed pasture DMI was highest on all farms in September 2012 (12.9 ± 2.4 kg/cow), and averaged 6.6 kg/cow on the four irrigated farms between January and May. Daily yield of energy-corrected milk was highest in September 2012 (26.9 kg/cow) and lowest in January 2013 (21.9 kg/cow). Milk fat content was highest in summer and lowest in winter; the reverse was true of milk protein. Feed conversion efficiency was significantly affected by visit date, but mean feed conversion efficiency was the same (1.37) for in-parlour and PMR farms. Overall there was some evidence that PMR feeding

systems on Western Australian dairy farms are not optimised to their full potential, but a high degree of variability in performance between all farms was also apparent. McDonnell, R.P.; Staines M.; Edmunds, B.E.; Morris R. Feeding management, production and performance of 13 pasture-based dairy farms in a Mediterranean environment. Animal Production Science, v. 57, n. 9, p. 1940-1951, 2017. http://www.publish.csiro.au/AN/AN15768

SOCIO-ECONOMIC DIFFERENCES BETWEEN INNOVATION PLATFORM PARTICIPANTS AND NON-PARTICIPANTS AND NON-PARTICIPANTS: THE CASE OF SMALLHOLDER DAIRYING IN ZIMBABWE The concept of innovation platforms as a strategy for enhancing technology development, the dissemination of innovations, and market participation has received much attention in recent times among researchers in Sub Saharan Africa. However, very little is written on the determinants of participation in smallholder dairy innovation platforms, particularly for Southern Africa. This paper investigates the socio-economic differences between participants and non-participants in smallholder dairy innovation platforms, based on results of a cross-sectional survey of 227 households in Rusitu and Gokwe smallholder dairy schemes in Zimbabwe. Results indicated statistically significant differences between the groups with respect to experience in commercial dairying, agricultural training received, household size, availability and access to labour, the main source of household income, dairy herd size, and the number of lactating cows (p < 0.01). The study also established statistical significance in differences in asset ownership; dairy management systems (p < 0.01); overall Knowledge, Attitudes and Practices (KAP) scores (p < 0.01); and household food and nutrition security (p < 0.05). Insights from this study have critical implications for smallholder dairy research and advisory services. They suggest a need for improvements in the design of key support services for the provision of training, capacity building, technical backstopping services, enhancing commercial dairying experience and growing the dairy herds for smallholder dairy farmers. Hanyani-Mlambo B.; Mudhara M.; Nyikahadzoi K.; Mafongoya P. Socio-economic differences

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between innovation platform participants and non-participants: the case of smallholder dairying in Zimbabwe. Livestock Research for Rural Development, v. 29, art. 159, 2017. http://www.lrrd.org/lrrd29/8/bmla29159.html

ASSESSING THE PROFITABILITY OF NATIVE PASTURE GRAZING SYSTEMS: A STOCHASTIC WHOLE-FARM MODELING

APPROACH Grazing enterprises on the Central Tablelands of New South Wales employ a range of different strategies to manage temperate native grassland pastures common in the high rainfall zone of southern Australia. This paper uses a stochastic whole-farm simulation modelling approach to assess the impact of grazing system and stocking rate (SR) on the long-term profitability of a representative case-study enterprise. In particular, the impact of infrastructure costs, debt and downside risk, on whole-farm performance are examined over a 10-year planning horizon. In total, 12 different strategies were modelled under both price and climate risk, with a matrix of three paddock systems (1-paddock, 4-paddock and 20-paddock rotations) and four stocking rates (SR of 3, 4.2, 5.3 and 7 ewes/ha). Profitability was primarily driven by SR. In general, higher SR increased total farm output and annual profits under favourable conditions, although they were also associated with higher costs and greater downside risk in poor seasons, which in turn was magnified by the compounding effect of accumulating debt over time. When SR increased above 4.2 ewes/ha, it had a negative impact on lamb sale weights, resulting in lower prices due to lambs not meeting the ≥40-kg liveweight specification. Although this was offset by increased whole-farm production volumes at 5.3 ewes/ha, declines in profitability occurred at 7 ewes/ha as a result of significant increases in supplement feeding costs, and lambs not meeting sale weight specifications. The analytical scale of the analysis also had an impact on the relative profitability between alternative treatments. When assessed using a partial measure of economic analysis (gross margin per ha), there was little difference between paddock system treatments at the same SR. When the cost of additional fencing and water infrastructure were accounted for at the whole-farm analytical scale, the 20 paddock system was markedly less profitable than the 1- and 4-paddock rotations. This highlights the need for assessing

production systems at an appropriate analytical and temporal scale to better understand the relationship between the key drivers of long-term profitability and risk. Overall there were relatively small differences in whole-farm performance between the four best performing strategies in this study. Given the trade-offs between profitability, downside risk, ground cover and feedbase sustainability, the lower risk 1- and 4-paddock systems with a SR of 4.2 ewes/ha are proposed as being optimal. Amidy, M.R.; Behrendt, K.; Badgery, W.B. Assessing the profitability of native pasture grazing systems: a stochastic whole-farm modelling approach. Animal Production Science, v. 57, n. 9, p. 1859-1868, 2017. http://www.publish.csiro.au/AN/AN16678

SOCIOCULTURAL TENSIONS AND WICKED PROBLEMS IN SUSTAINABLE AGRICULTURE EDUCATION

Future practitioners of sustainable agriculture and agroecology must have the capacity to address the wicked problems in the food system to make progress toward sustainability. Undergraduate sustainable agriculture students from a variety of backgrounds may struggle with the question, is the challenging and complex work of addressing wicked problems of agroecology for me? Our case study investigated sociocultural tensions associated with identity encountered when wicked problems teaching units were integrated into the Advanced Practices of Sustainable Agriculture course at a large, Midwestern Land Grant University. The research and course employed a four-part framework that focused on (1) attending to individual needs and identities, (2) facilitating practice-based and community-based learning, (3) engaging in problems situated in regional contexts, and (4) supporting awareness of local and global political and ecological issues. Researchers used a community of practice theoretical lens, and focused on the sociocultural tensions that may have impacted individual and community identity formation. Two wicked problems teaching units are described by drawing upon documentation and audio recordings from planning meetings, course sessions, student and instructor interviews, and course artifacts. Vignettes were constructed to situate four interrelated types of sociocultural tensions encountered by instructors and students. These tensions reflected forces at the individual,

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community, local, and global levels which interact to influence learners’ capacity to become full participants in sustainable agriculture. The study fills a gap related to affective dimensions of learning like identity in agroecology education. Dilemmas and implications related to identity, pedagogy, and epistemology are discussed. Murakami, C.D.; Hendrickson, M.K.; Siegel, M.A. Sociocultural tensions and wicked problems in sustainable agriculture education. Agriculture and Human Values, v. 34, n. 3, p. 591-606, 2017. https://link.springer.com/article/10.1007/s10460-016-9752-x

IMPLEMENTATION OF THE EUROPEAN LEGISLATION TO PROTECT FARM ANIMALS: A CASE STUDY ON FRENCH INSPECTIONS TO FIND SOLUTIONS TO IMPROVE COMPLIANCE In the European Union, at least 1% of farms are inspected every year and sanctions are applied to those that do not comply with the legislation on animal welfare. These on-farm inspections can result in measures to correct welfare problems detected. They can also highlight major risks that will require a focus of efforts and help prevent further non-compliances. Here, we analysed the reports from inspections of French cattle farms between 2010 and 2013 to check whether inspection stimulates improvement and to propose ways to improve how animal welfare legislation is implemented through the cross-compliance system. French inspectors use 32 items to assess overall compliance of farms inspected. We found that compliance improves on farms that are re-inspected but not in other farms (8% of severely non-compliant farms). Nine items do not influence the overall assessment whereas eight have a huge impact. The importance attributed to items varies from the first to the second visit to a farm. The major risks are absence of farm records, lack of basic care (practices or enclosures likely to harm animals, insufficient feeding) and inadequate skills (no veterinarian consulted, insufficient qualified staff). To improve compliance with EU animal welfare legislation and the efficiency of the inspection system, we suggest organising consultation between inspectors, ministry central services and welfare experts to: (i) refine the checklist and harmonise interpretations of item compliance; (ii) make sure all farmers are aware of the legislative requirements and the major risks of non-compliance; and (iii) define plans for a step-wise improvement of non-compliant farms.

Lomellini-Dereclenne, A.C.; Miele, M.; Mounier, L.; Veissier, I. Implementation of the European legislation to protect farm animals: a case study on French inspections to find solutions to improve compliance. Animal Welfare, v. 26, n. 3, p. 311-321, 2017. http://www.ingentaconnect.com/contentone/ufaw/aw/2017/000

00026/00000003/art00008

DETERMINANTES DO ACESSO AO CRÉDITO RURAL VIA COOPERATIVAS DE CRÉDITO E BANCOS: UMA ANÁLISE DO CENSO AGROPECUÁRIO 2006 A maioria das redes financeiras brasileiras, principalmente os bancos, ainda não prioriza as regiões periféricas, sobretudo no meio rural, perpetuando-se as limitações no acesso ao crédito. Nesse contexto, as cooperativas de crédito, na lógica de finanças de proximidade, podem ajudar a resolver algumas das imperfeições de mercado que existem no setor de crédito rural, uma vez que podem reduzir os custos de transação e a assimetria de informações entre os agentes. Desse modo, usando microdados do Censo Agropecuário 2006 do IBGE, um modelo logit multinomial verifica os fatores determinantes do acesso ao crédito rural via cooperativas de crédito e via bancos, em relação aos estabelecimentos agropecuários que não acessaram crédito, controlando por características tanto dos estabelecimentos agropecuários como de seus responsáveis. De modo geral, os resultados do modelo logit multinomial sugerem que, dentre as variáveis consideradas, dada a magnitude dos coeficientes, os estabelecimentos que tinham acesso à assistência técnica e cujo responsável participava de cooperativas e/ou outras entidade de classe tinham mais chances de acessar crédito rural via cooperativas de crédito e via bancos do que sofrer restrição de crédito. Schuntzemberger, A.M.S.; Sampaio, A.V. Determinantes do acesso ao crédito rural via cooperativas de crédito e bancos: Uma análise do censo agropecuário 2006. Revista de Economia e Agronegócio, v. 15, n. 1, 2017. http://www.rea.ufv.br/index.php/rea/article/view/414

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COMPETITIVIDADE E ISOMORFISMO: ANÁLISE DO PERFIL ESTRUTURAL E FINANCEIRO-CONTÁBIL DE GRANDES COOPERARIVAS AGROPECUÁRIAS BRASILEIRAS Com as mudanças ocorridas no agronegócio, as cooperativas agropecuárias, pautadas por uma atuação local, com pouca agregação de valor, passaram a buscar novas formas de estruturação. Intentou-se identificar a estruturação e as peculiaridades financeiro-contábeis das cooperativas agropecuárias com maior volume de vendas no contexto brasileiro frente às organizações não cooperativas do mesmo segmento. O enfoque partiu de uma análise documental e da técnica contábil da análise vertical, bem como da utilização do teste de médias estatísticas Mann-Whitney com a finalidade de comparação das rubricas da DRE de um conjunto de 15 cooperativas e 14 empresas não cooperativas discriminadas como pertencentes ao conjunto de organizações com maiores vendas no segmento de produção agropecuária em 2013. Os resultados confirmam a amplitude da estruturação em relação ao portfólio de negócios das cooperativas, visto a extensa atuação em diversificação concêntrica e conglomerada. Evidenciou-se, também, a paridade competitiva entre os segmentos de negócios analisados, principalmente pelo fato de não haver diferenças entre as taxas finais de “lucratividade”. Ademais, há uma aparente refutação da ideia de que tal paridade competitiva se dá por uma orientação excessivamente voltada ao mercado, em detrimento de uma orientação social, haja vista os pontos diferenciadores verificados. Simao, G.L.; Calegario, C.L.L.: Antonialli, L.M.; Santos, A.C. Competitividade e Isomorfismo: análise do perfil estrutural e financeiro-contábil de grandes cooperativas agropecuárias brasileiras. Revista de Economia e Sociologia Rural, v. 55, n. 1, p. 65-84, 2017. http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S0103

-20032017000100065&lng=en&nrm=iso&tlng=pt

MOVIMENTOS SOCIAIS RURAIS NO BRASIL: O ESTADO DA ARTE Os movimentos sociais rurais têm sido foco de vários estudos que apontam para o seu papel ativo na luta por direitos dos grupos excluídos dentro da sociedade brasileira. Através de ações coletivas,

agem como resistência à exclusão e provocam novas dinâmicas sociais no campo. Partindo da concepção teórica de novos movimentos sociais apresentada por Alain Touraine, este artigo se propôs a mapear e a discutir o estado da arte referente a teses e dissertações sobre movimentos sociais rurais. Adotamos os períodos compreendidos entre 2002 a 2014 para o mapeamento das teses e dissertações e 1980 a 2015 para as análises das temáticas relativas aos movimentos sociais rurais. Utilizou-se, para a realização das análises, o software Alceste (Análise Lexical por Contexto de um Conjunto de Segmentos de Texto). Os resultados mostraram que o período posterior a 2003 marcou a passagem do viés combativo para a rotinização dos movimentos sociais, tendo as contestações sociais se deslocado do mundo do trabalho para a vida cotidiana, com uma pluralidade de demandas materiais e simbólicas que giraram em torno do reconhecimento de identidades e do modo de vida camponês, evidenciando-se a politização dos costumes e práticas relativos ao modo de vida tradicional. Miranda, E.L.; Fiuza, A.L.C. Movimentos Sociais Rurais no Brasil: o estado da arte. Revista de Economia e Sociologia Rural, v. 55, n. 1, p. 123-136, 2017. http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S0103

-20032017000100123&lng=en&nrm=iso&tlng=pt

A TRAJETÓRIA DO MOVIMENTO DAS MULHERES TRABALHADORAS RURAIS DO SERTÃO CENTRAL DE PERNAMBUCO: 1984 – 2015 O artigo apresenta uma análise da trajetória de mobilização, engajamento e articulação das mulheres agricultoras rurais que resultou no Movimento das Mulheres Trabalhadoras Rurais do Sertão Central/PE. Ao longo de mais de 30 anos de luta, ele desenvolveu estratégias de comunicação diferenciadas ao mesmo tempo em que (re) construiu discursos e posicionamentos que possibilitaram uma maior autonomia, visibilidade e empoderamento às trabalhadoras rurais. Os dados foram coletados mediante análise documental, observação e entrevista semiestruturada. E a de análise foi feita a partir da Análise do Discurso. Buscou-se ligar o campo conceitual ao universo no qual as trabalhadoras estão inseridas, evidenciando assim seus códigos, crenças e linguagens, que normalmente se apresentam estruturadas em uma forma de vida

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particular e diferenciada, sustentada pela base de uma agricultura familiar. O resultado permitiu uma compreensão maior dos elementos que foram determinantes para que as mulheres tivessem coragem de combater as dificuldades que as excluíam das questões sociais, ao mesmo tempo em que sentiam uma maior necessidade e urgência de se reunir e se organizar enquanto movimento social. Carvalho, C.R.; Salvador Costa, M.A.T. A Trajetória das Mulheres Trabalhadoras Rurais do Sertão Central de Pernanbuco: 1984-2015. Extensão Rural, v. 24, n. 2, p. 37-54, 2017. https://periodicos.ufsm.br/extensaorural/article/view/22565

ÍNDICE DE CUSTO DE PRODUÇÃO DE BOVINOS CONFINADOS (ICBC)

O Índice de Custo de Produção de Bovinos Confinados é um projeto desenvolvido pelo Laboratório de Análises Socioeconômicas e Ciência Animal, sediado no Departamento de Nutrição e Produção Animal da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo. Na terceira edição do Informativo de Custos de Bovinos Confinados (ICBC) se identificou redução dos custos de produção para o estado de São Paulo. Quando comparados os meses de julho e

agosto, os custos da diária-boi (CDB) reduziram 2,04% e 1,59% para os confinamentos de São Paulo médio (CSPm) e grande (CSPg), respectivamente. No entanto, para o confinamento de Goiás (CGO) houve aumento de 6,17% no CDB, conforme a Tabela 1. No levantamento mensal de todos os itens que compõem a atividade, identificamos diminuição dos preços dos itens alimentares para o estado de São Paulo. Por exemplo, em relação à cotação de julho, os preços da polpa cítrica peletizada e do sorgo no mês atual, diminuíram em 14% e 10%, respectivamente. Já no estado de Goiás, a saca do milho, por exemplo, aumentou de R$ 18,50 para R$ 19,83 (7%). Consequentemente, a dieta para o CGO ficou com o custo 4% mais elevado. De modo geral o resultado econômico melhorou para os confinadores. A situação foi mais favorável para aqueles localizados no estado de São Paulo, onde a receita obtida por arroba foi superior aos custos da atividade, resultando em lucro econômico. Em Goiás, apesar da elevação nos custos, o Custo Operacional Total (COT) foi menor do que as receitas. Ou seja, mesmo não obtendo lucro econômico o confinador consegue se manter na atividade sem o risco de ficar descapitalizado, cenário que não era observado desde o início da divulgação do presente índice que foi a partir do mês de maio. Assim, neste levantamento, concluímos que os confinadores começaram a recuperar os prejuízos econômicos que, possivelmente, tiveram nos meses anteriores.

Tabela 1. Comparativo de custos da diária-boi (CDB) entre os meses de julho e agosto de 2017 Julho /2017 Agosto /2017 Variação

Confinamento São Paulo médio – CSPm¹ R$ 7,84 R$ 7,68 -2,04%

Confinamento São Paulo grande – CSPg² R$ 7,57 R$ 7,45 -1,59%

Confinamento Goiás – CGO³ R$ 6,32 R$ 6,71 6,17% 1 Dias de confinamento igual a 95; 2 103 dias; e 3 99 dias;

Considerações da análise de custos: O método de alocação dos custos contempla quatro categorias: i) custos variáveis (aquisição de animais e despesas relacionadas); ii) custos semifixos (energia elétrica, telefonia e combustíveis); iii) custos fixos (mão de obra, depreciações e manutenções); e iv) renda dos fatores (juros sobre o capital de giro e sobre o capital próprio). Desta

forma todos os itens de custos foram inclusos conforme a Teoria Econômica. A análise de todos os custos se faz necessário para evitar a descapitalização do produtor na atividade. Entretanto, é comum analisar os resultados por meio de outros indicadores. A Tabela 2 demonstra os custos resumidos com os principais indicadores da atividade.

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Tabela 2. Custos de produção no mês de agosto de 2017, em R$/@

Itens do custo CSPm¹ CSPg² CGO³

Custos Variáveis - CV 116,79 115,97 114,54

Custos Semifixos - CSF 0,78 0,91 1,00

Custos Fixos - CF 5,58 5,05 4,98

Renda dos Fatores - CO 5,46 4,96 4,92

Custo Operacional Efetivo - COE 118,14 118,42 116,90

Custo Operacional Total - COT 123,15 119,94 120,52

Custo Total - CT 128,61 126,90 125,44

Custo Operacional - COPd4 1,89 1,61 1,65 1 Confinamento em São Paulo de tamanho médio; 2 Confinamento em São Paulo grande; 3 Confinamento em Goiás; e 4 Custo Operacional por dia em reais. Esse indicador considera todos os itens de custos, exceto: aquisição de animais, alimentação, os impostos variáveis e os custos de oportunidade relacionados (R$.animal.dia-1).

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ÍNDICE DE CUSTO DE PRODUÇÃO DO CORDEIRO PAULISTA (ICPC)

O Índice de Custo de Produção do Cordeiro Paulista é um projeto desenvolvido pelo

Laboratório de Análises Socioeconômicas e Ciência Animal, sediado no Departamento de Nutrição e Produção Animal da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo. Registramos baixa no índice do custo agregado para o estado em mais esta edição. Neste mês de agosto a variação foi de -2,31% em relação a julho. O custo agregado desde março de 2017 caiu, aproximadamente, 10% segundo o nosso monitoramento. Além dos preços dos itens alimentares terem reduzido, as taxas de juros têm ficado menores continuamente. A taxa Selic foi cotada a 12,28% ao ano em agosto. Isso impactou o custo de oportunidade de arrendamento da terra, pois reduziu em todas as regiões monitoradas.

Tabela 1. Custo de produção do cordeiro nos meses de julho e agosto de 2017.

Região

Custo do cordeiro em

julho/2017

Custo do cordeiro em

agosto /2017 Variação do

custo % R$/kg vivo R$/kg carcaça R$/kg vivo R$/kg carcaça

Araçatuba1 22,80 54,29 22,17 52,78 -2,76%

Bauru1 18,39 45,97 17,88 44,70 -2,77%

Campinas1 30,03 69,84 29,76 69,20 -0,90%

Piracicaba2 31,26 72,71 30,30 70,48 -3,07%

São José do Rio Preto1 7,30 15,22 7,13 14,86 -2,33%

Custo agregado para o estado3 18,18 42,68 17,76 41,69 -2,31% 1 Nas regiões de Araçatuba, Bauru, Campinas e São José do Rio Preto os custos se referem ao kg do cordeiro terminado. 2 Na região de Piracicaba os custos se referem ao kg do cordeiro desmamado, não terminado. 3 Ponderação dos índices regionais baseada nos efetivos de rebanho de cada região, segundo a Pesquisa Pecuária Municipal (IBGE, 2011).

Recebemos com certa frequência mensagens com dúvidas em relação à forma com que os custos são calculados neste estudo. Assim, procuramos apresentar a seguir algumas informações para melhorar a compreensão sobre o ICPC. Itens de custo: no método adotado, os itens de custo são agrupados em três categorias. São elas:

i) custos variáveis (alimentação e despesas veterinárias); ii) custos fixos operacionais (mão de obra, energia e combustíveis, depreciações de instalações, equipamentos e reprodutores e manutenção de instalações, equipamentos e pastagens); e iii) renda dos fatores (juros sobre o capital de giro e imobilizado e custo de oportunidade da terra). Assim, são incluídos todos os itens recomendados pela Teoria Econômica. É

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importante que se incluam todos estes itens, para evitar a descapitalização do produtor. No entanto, é comum que vários destes itens não entrem nas

contas dos produtores, por diversos motivos. A Tabela 2 demonstra o impacto disso no custo de produção do mês atual.

Tabela 2. Custos de produção no mês de agosto de 2017, em R$/kg vivo, descontando-se alguns itens.

São José do

Rio Preto Campinas Bauru Piracicaba Araçatuba

Custo total (CT) 7,13 29,76 17,88 30,30 22,17

CT menos custo do pasto 5,19 28,32 12,86 17,46 11,72

CT menos renda dos fatores 5,81 21,74 14,82 23,78 18,14

CT menos depreciações 6,54 28,41 17,45 29,44 21,65

CT menos custo do pasto,

renda dos fatores e depreciações 3,28 18,96 9,36 10,07 7,17

Se desejar, cadastre-se para ser um informante mensal de preços de insumos, e/ou para receber gratuitamente a planilha de cálculo de custo de produção de cordeiros. Para mais detalhes sobre a caracterização dos sistemas de produção considerados no estudo ou sobre a ponderação do índice estadual, envie e-mail para [email protected].

E-BOOK

A equipe PERFARM disponibilizou material contendo informações muito ricas para te ajudar no planejamento e acompanhamento da safra: O e-book: "Planejamento e Gestão da Safra Agrícola" Mais informações: http://materiais.perfarm.com/guia-lavoura?utm_campaign=ebook_lavoura&utm_medium=email&utm_source=RD+Station

LIVROS

Achieving sustainable production of sheep J. P. C. Greyling Burleigh Dodds Science Publishing

Achieving sustainable production of poultry meat Volume 2: Breeding and nutrition Todd Applegate, Sammy E. Aggrey, Fernando González-Cerón Burleigh Dodds Science Publishing

The Clinical Chemistry of Laboratory Animals David M. Kurtz, Gregory S. Travlos CRC Press

Reproductive Technologies in Farm Animals I. Gordon CABI

Dardanelle and the Bottoms: Environment, Agriculture, and Economy in an Arkansas River Community, 1819-1970 Mildred D. Gleason University of Arkansas Press

A New Paradigm for Greek Agriculture Kostas Karantininis Palgrave Macmillan

Territorial Tools for Agro-Industry Development: A Sourcebook Food & Agriculture Organization

Princípios de Rega Agrícola Capa Comum António José da Anunciada Santos Publindústria

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Agroecologia em Uma Perspectiva Social (Português) Capa Comum – 30 jul 2017 Marcio Moacir Bessa, Matheus Vinicius Abadia Ventura Prismas Marketing Estratégico em Medicina Veterinária (Lançamento)

DOWNLOAD

Série Produtor Rural, da USP em Piracicaba, está disponível gratuitamente pela internet Motivar produtores e trabalhadores rurais para leitura, por meio de textos curtos, ilustrados e de linguagem acessível, com o propósito de estabelecer uma conexão entre a pesquisa e a extensão. Essa é a base conceitual da Série Produtor Rural (SPR), publicação editada pela Divisão de Biblioteca da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), da USP em Piracicaba, desde 1997. Mais informações em: http://www4.esalq.usp.br/biblioteca/publicacoes-a-venda/serie-produtor-rural

DIÁLOGOS NO LAE

Paula Boller Bissoli

O médico veterinário Juliano Leonel Gonçalves foi o convidado do XXXIX Diálogos no LAE, trazendo informações relevantes sobre “Os prejuízos associados à mastite bovina”. Juliano é pós-doutorando no programa de pós-graduação em nutrição e produção animal do Departamento de Nutrição e Produção animal da FMVZ-USP e desenvolve pesquisa no laboratório Qualileite, sob supervisão do Professor Doutor Marcos Veiga. A mastite bovina é uma doença de altíssima importância, pois é a maior responsável pelas perdas econômicas dos rebanhos leiteiros. Mais especificamente, a mastite subclínica é responsável por 70 a 80% dos prejuízos econômicos da produção leiteira e, por ser não-aparente, seu diagnostico nem sempre é realizado. Para se estimar a prevalência da mastite subclínica em uma propriedade, considera-se que a cada um caso de mastite clínica, há aproximadamente 15 casos de mastite subclínica. Foram apresentados dados elucidativos sobre a origem dos impactos da doença no rebanho leiteiro, esclarecendo os pontos que levam às perdas econômicas. São eles:

1) Diminuição da produção de leite; 2) Redução da qualidade e rendimento

industrial de derivados; 3) Custos do tratamento da mastite clínica

(medicamentos); 4) Descarte do leite; e 5) Outros: mão de obra extra, serviço

veterinário, diminuição do pagamento pelo laticínio devido à baixa qualidade do leite entregue, exame diagnostico, descarte da vaca.

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Considerando essas informações, faz-se evidente a importância da implementação de programas de pagamento condizente com o nível da qualidade da matéria-prima entregue aos laticínios, incentivando os produtores a melhorar a qualidade do leite em sua propriedade com base na manutenção da saúde de seus animais individual e globalmente. A palestra foi um sucesso, contando com 55 participantes. Os produtos de limpeza e higiene pessoal arrecadados serão doados para o Abrigo São Vicente de Paula, em Pirassununga. Para maiores informações sobre o assunto, indicamos os links abaixo: http://www.cpatc.embrapa.br/publicacoes_2012/doc_170.pdf https://www.milkpoint.com.br/radar-tecnico/qualidade-do-leite/impacto-economico-da-mastite-parte-22-16202n.aspx

No próximo dia 19 de setembro o programa de extensão “Diálogos no LAE” receberá o Médico Veterinário, PhD, diretor técnico de pecuária da Ceva Saúde Animal Alex Souza. O Dr. Souza abordará o tema “A inserção do pós-graduando no mercado de trabalho”. Faça sua inscrição pelo site: http://www.usp.br/lae/

Diálogos de outubro, agende-se....

Diálogos de dezembro, agende-se....

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CURSO EM DESTAQUE I

CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA

PRODUTOS DE ORIGEM ANIMAL Uma pergunta que começa a ser feita pela sociedade e por aqueles que têm como missão gerenciar os recursos hídricos é: quanto de água se consome para produzir um quilograma de carne, leite, ovo, milho, soja, etc.? Nos últimos anos, estudos com o objetivo de responder a essa pergunta começaram a ser feitos. Existem vários métodos que podem ser utilizados nesses estudos. Um dos que tem tido maior aceitação pela comunidade científica, governos e destaque na mídia é o método da pegada hídrica. O cálculo da pegada hídrica pode auxiliar na geração de conhecimento a fim de manejar os recursos hídricos nas atividades agropecuárias e agroindustriais. A pegada hídrica é definida como o volume de água consumido, direta e indiretamente para produzir o produto. O cálculo e avaliação da pegada se propõe a ser uma ferramenta analítica, auxiliando no entendimento de como o produto se relaciona com a demanda e a escassez hídrica.

CURSO EM DESTAQUE II

A PERFARM preparou um curso enriquecedor e que vai lhe ajudar a alcançar os seus objetivos econômicos da atividade, o "Curso de Avaliação Econômica da Safra de Grãos e Oleaginosas". Neste curso serão listados e discutidos os principais fatores econômico-financeiros

envolvidos no planejamento e gestão da safra agrícola brasileira, ponderando os conceitos de administração e finanças junto aos aspectos práticos da gestão financeira na safra agrícola do país. O conteúdo é de alta qualidade e está imperdível. Para saber mais informações sobre o curso e para participar dele, basta entrar no site da PERFARM http://www.perfarm.com/

CURSOS

Estatística Aplicada - Software R - 2017 Jaboticabal, SP, de 4, 11, 18 e 25 de setembro 2017. https://eventos.funep.org.br/Eventos/Detalhes#/exibir/2134

Curso de Métodos de Captura de Pequenos Mamíferos São Luís, MA, 01 e 02 de setembro de 2017 http://www.manejofauna.com.br/cursos.php

II Encontro Técnico Regional da Abraves – SP, Instituto de Zootecnia (IZ), Nova Odessa, SP, 12 de setembro de 2017 https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSca0nHXv6FNPzSLPgz1eVLagilyBYhoUj3_AFtt0ZTLOUrfzA/viewform?c=0&w=1

XI Curso “ELABORAÇÃO E ANÁLISE DE ARTIGOS CIENTÍFICOS E APRESENTAÇÕES ORAIS” Jaboticabal, SP, de 11 a 15 de setembro de 2017 https://eventos.funep.org.br/Eventos/Detalhes#/exibir/2125

XIV Curso de Atualização em Avicultura para Postura Comercial Jaboticabal, SP, 13 a 15 de setembro de 2017. https://eventos.funep.org.br/Eventos/Detalhes#/exibir/2130

IV Curso "Atualização em Inspeção Sanitária de POA e Defesa Sanitária Animal” Jaboticabal, SP, 10 de novembro de 2017. https://eventos.funep.org.br/Eventos/Detalhes#/exibir/2145

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Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia - Departamento de Nutrição e Produção Animal Programa de Pós-Graduação em Nutrição e Produção Animal - Laboratório de Análises Socioeconômicas e Ciência Animal

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OPORTUNIDADES

Vaccinar Indústria e Comércio: abre vaga para Prestador de Serviço. Perfil desejado: formação em Agronomia, Medicina Veterinária, Zootecnia, ou áreas afins. Envio de currículos até dia 18 de setembro de 2017. Mais informações: [email protected] ou https://www.agrobase.com.br/oportunidades/2017/08/emprego-representante-comercial-saude-e-nutricao-animal-goias/

Agrotimbó: abre vaga para Promotor (a) de vendas. Perfil Desejado: Formação em Medicina Veterinária. Envio de currículos até dia 29 de setembro de 2017. Mais informações: [email protected] ou https://www.agrobase.com.br/oportunidades/2017/08/emprego-promotor-de-vendas-medicamentos-veterinarios-e-racao-santa-catarina/

Pif Paf Alimentos: abre vaga para Coordenador de Processos. Perfil Desejado: indispensável ampla experiência em processos industriais de frigoríficos, sendo em produção de suínos um diferencial; desejável formação em engenharia de alimentos ou produção. Envio de currículos até dia 09 de setembro de 2017. Mais informações: https://www.agrobase.com.br/oportunidades/2017/08/emprego-coordenador-de-processos-industriais-patrocinio-mg/

JBS: abre vaga para Supervisor de Expedição. Perfil Desejado: superior completo ou cursando (preferência na área logística); facilidade de relacionamento com pessoas e gestão de resultados. Envio de currículos até dia 06 de setembro de 2017. Mais informações: https://www.agrobase.com.br/oportunidades/2017/08/emprego-supervisor-de-expedicao-logistica-sao-jose-sc/

Carrefour: abre vaga para Analista de Qualidade. Perfil Desejado: Ensino Superior completo na Área Agroalimentar (Nutrição, Veterinária, Eng. Alimentos, Zootecnia, Agronomia, Ciência dos Alimentos, etc). Pós-graduação concluída ou cursando na área Agroalimentar será considerada um diferencial. Envio de currículos até dia 13 de setembro de 2017. Mais informações: https://www.agrobase.com.br/oportunidades/2017/08/emprego-analista-de-qualidade-alimentos-sao-paulo-sp-3/

Grupo Neovia By In Vivo Nutrição e Saúde Animal: abre vaga para Gerente de território. Perfil Desejado: graduado em Medicina Veterinária, Zootecnia, Agronomia ou Engenharia Agrícola; conhecimentos em nutrição de Ruminante. Envio

de currículos até dia 15 de setembro de 2017. Mais informações: ttps://www.agrobase.com.br/oportunidades/2017/08/emprego-gerente-de-territorio-nutricao-de-ruminante-sao-luiz-ma/

Max Vt Hospital Veterinário: abre vaga para MédicoVeterinário. Envio de currículos até dia 14 de setembro de 2017. Mais informações: https://ww.agrobase.com.br/oportunidades/2017/08/2-vagas-medico-veterinario-em-hospital-sao-paulo-sp-4/

Universidade de São Paulo (USP): abre concurso para professor doutor na área de “Biotecnologia da Reprodução Animal”, visando atuação junto a Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade São Paulo (FMVZ – USP). Docentes interessados podem acessar o website uspdigital.usp.br até 09 de outubro de 2017 para confirmar participação no certame. Edital 002/2017. Mais informações: https://www.agrobase.com.br/concursos/2017/concurso-publico-usp-fmvz-edital-002-2017/ https://cdn2.agrobase.com.br/concursos/wp-content/uploads/2017/08/edital-02-2017-concurso-publico-de-usp-fmvz.pdf

EVENTO EM DESTAQUE

II Simpósio Multidisciplinar sobre Relações Harmônicas entre Seres Humanos e Animais A cada dia torna-se maior a preocupação da sociedade com o bem-estar animal, aspectos produtivos e atendimento clínico de animais. Outra importante questão é o uso de animais em pesquisa, fato este que permeia diversas profissões das áreas biológica, agrária e de saúde. A fim de complementar a formação humanística de acadêmicos e profissionais para esta importante demanda, o SIMHHAnimal se caracteriza como um evento inovador. Especialmente preparado para todos que trabalham com animais nas mais diversas áreas: pesquisa, clínica, conservação, eventos esportivos e produção. Sua programação conta com ampla abordagem distribuída em três dias de evento com a participação de profissionais renomados. Promoverá ricas discussões por meio de mesas redondas, palestras e apresentação de trabalhos científicos. O simpósio será realizado de 06 a 08 de outubro. Para maiores informações consulte o site. http://www.eventos.ufu.br/simhhanimal

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EVENTOS

Simpósio Sobre Condicionantes da Alta Produtividade da Soja Piracicaba, SP, de 11 a 13 de setembro de 2017. http://fealq.org.br/contato/

EPERSOL – VI Encontro Pernambucano e IV Congresso Brasileiro de Resíduos Sólidos Recife, PE, de 20 a 22 de setembro de 2017. http://www.epersol.com/

I Workshop Internacional de Isótopos Estáveis em Ciências da Vida Botucatu, SP, de 22 a 24 de setembro de 2017. http://www.ibb.unesp.br/#!/workshopcie

Simpósio de Propagação de Plantas e Produção de Mudas – Inovações em Busca da Qualidade Ribeirão Preto, SP, 28 e 29 de setembro de 2017. https://agroevento.com/agenda/simposio-de-propagacao-de-plantas-e-producao-de-mudas/

II Simpósio Brasileiro de Biologia Subterrânea Lavras, MG, de 02 a 06 de outubro de 2017. http://www.biosubbrasil.com.br/

Congresso ABES & Fenasan 2017 São Paulo, SP, de 02 a 06 de outubro de 2017. https://www.abesfenasan2017.com.br/

COLACMAR – Congresso Latino-Americano de Ciências do Mar Balneário Camboriú, SC., de 22 a 26 de outubro de 2017. http://www.colacmar2017.com/

I Workshop de Aquicultura Continental e Marinha – Caminhos para o Consumo Responsável São Paulo, SP, 02 de outubro de 2017. http://www.cursosfundag.com.br/cursos/presenciais/workshop-aquicultura/

XII Jornada NESPro & III Simpósio Internacional sobre Sistemas de Produção de Bovinos de Corte Porto Alegre, de 26 a 28 de setembro de 2017. http://www.ufrgs.br/nespro/xii-jornada-2017/

Fórum Internacional de Supply Chain & Expo.Logística São Paulo, SP, de 19 a 21 de setembro de 2017. http://forum.ilos.com.br/web/

IV SIMCARNE

Londrina, PR, 03 e 04 de outubro de 2017. http://www.uel.br/eventos/simcarne/

InterCorte Araguaia, TO, 18 e 19 de outubro de 2017. http://intercorte.com.br/

29º Congresso Brasileiro de Microbiologia Foz do Iguaçu, PR, de 22 a 25 de outubro de 2017. http://sbmicrobiologia.org.br/29cbm/2017/#menu

Congresso ABES & Fenasan 2017 São Paulo, SP, de 02 a 06 de outubro de 2017. https://www.abesfenasan2017.com.br/

XVIII Congresso ABRAVES Goiânia – GO, de 17 a 19 de outubro de 2017 http://www.abraves2017.com.br/site/home.html

VII Simpósio sobre Nutrição Clínica de Cães e Gatos - “A Inter-relação Nutrição e Doença” Jaboticabal, SP, 2 a 7 de outubro de 2017.

EQUIPE

Augusto Hauber Gameiro [email protected] Professor da FMVZ/USP Alejandro Ojeda Rojas [email protected] Doutorando na FMVZ/USP Gustavo Lineu Sartorello [email protected] Doutorando na FMVZ/USP Gabriela Geraldi Mendonça [email protected] Mestranda na FMVZ/USP Cintia Pinto da Silva [email protected] Aluna do Curso de Medicina Veterinária da FMVZ/USP, Bolsista do Programa Unificado de Bolsas da USP 2016/2017 Natasha Camila Maximiano da Silva [email protected] Aluna do Curso de Zootecnia da FZEA/USP, Bolsista do Programa Unificado de Bolsas da USP 2016/2017

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Dayse Dias de Souza [email protected] Aluna do Curso de Zootecnia da FZEA/USP, Bolsista do Programa Unificado de Bolsas da USP 2016/2017 Paula Boller Bissoli [email protected] Aluna do Curso de Medicina Veterinária da FZEA/USP, Bolsista do Programa Unificado de Bolsas da USP 2016/2017 Rubens Nunes [email protected] Professor da FZEA/USP Nota: as imagens foram elaboradas gentilmente pelo designer Francisco Eduardo Alberto de Siqueira Garcia.

CONTATO

USP / FMVZ / VNP / LAE Laboratório de Análises Socioeconômicas e Ciência Animal Av. Duque de Caxias Norte, 225 - Campus USP CEP 13.635-900, Pirassununga - SP Telefone: (19) 3565 4224 Fax: (19) 3565 4295

http://www.usp.br/lae

SOBRE O BOLETIM ELETRÔNICO

“SOCIOECONOMIA & CIÊNCIA ANIMAL”

Trata-se de um projeto de extensão vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Nutrição e Produção Animal da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ/USP). O projeto conta com a participação da Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos (FZEA/USP). O boletim eletrônico tem o objetivo de divulgar os resultados de pesquisas desenvolvidas e publicadas nacionalmente e internacionalmente, e que tenham como campo de investigação, as Ciências Humanas aplicadas diretamente ou conjuntamente à Ciência Animal. Portanto, este projeto de extensão procura contribuir para o desenvolvimento científico baseado na multidisciplinaridade. O boletim é de livre acesso a todos que tenham interesse, bastando enviar uma mensagem solicitando a inclusão do e-mail destinatário para o seu recebimento. Críticas, ideias e sugestões sempre serão bem-vindas.

Para solicitar cadastramento na lista de destinatários ou cancelamento do recebimento, favor escrever para: [email protected]

Clique no link abaixo para ter acesso às edições anteriores:

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