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ANEXOS Histórico da Ocupação Urbana de João Pessoa

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ANEXOS

Histórico da Ocupação Urbana de João Pessoa Aspectos Sócio-Econômicos da Cidade de João Pessoa

Mapa da Cobertura VegetalPerfis da Orla

Quadro de indicadores de qualidade ambiental, social e econômicaBibliografia

Coletânea da legislação citadaPlanta com delimitação da Orla de João Pessoa

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ANEXO 1

Histórico da Ocupação Urbana: (fonte: NÓBREGA, 2002)João Pessoa, até 1910, tinha seu núcleo urbano resumido ao que representa hoje, o centro histórico. Até aquela data, não há conhecimento de registro de interferência na cidade, na área de saneamento. A lagoa dos Irerês, atual Parque Solon de Lucena, funcionava como barreira geográfica natural à expansão urbana por ser uma área bastante pantanosa. Só em 1912 foi implantado o abastecimento de água e em 1913 chegou à eletricidade na cidade de João Pessoa. Na década de 20 foram efetuadas as primeiras obras de saneamento, inclusive na referida lagoa, ocasionando a modificação da aglomeração urbana que passava a crescer no sentido leste. No início da década de 30 houve a abertura da Avenida Epitácio Pessoa, possibilitando a integração do centro com a orla marítima, bem como, a ocupação ao longo da mesma. A linha de bonde elétrico instalada em 1913 foi estendida na década de 50 pela Avenida Epitácio Pessoa influindo na consolidação do processo de ocupação da faixa litorânea (SILVEIRA, 1997).

Na década de 60, consolidou-se a ocupação de uma parte significativa da planície litorânea da cidade de João Pessoa. À medida que ocorria a ocupação urbana começavam a surgir os problemas de drenagem, causados pelo desmatamento e pelo mal uso do solo em toda a cidade. Os espaços públicos constatados como áreas de risco potencial, a exemplo das falésias e dos vales dos rios, foram os mais procurados pela população de baixa renda, que fugindo dos problemas do campo, procurava um espaço na cidade que fosse livre da fiscalização e do interesse imobiliário.

Segundo Silveira (op. cit.) as características de crescimento urbano de João Pessoa resultaram dos condicionantes naturais, como o rio Paraíba a oeste; pelas terras baixas inundáveis, que ao norte formam grandes várzeas; e os acidentes topográficos ao sul, os quais limitaram o crescimento nesta direção. A topografia, enquanto restrição de ordem física, representou, ao longo do tempo, forte condicionante da expansão da cidade para o sul. Esta forma segregada da ocupação urbana de João pessoa reflete-se na sua organização espacial pulverizada, privilegiando a horizontalidade, com a construção de um espaço que não cumpre a sua função social. Os bairros e áreas periféricas ficam desprovidos de infra-estrutura pela dificuldade financeira, devido à distância para fazer a interligação com o sistema implantado.

João Pessoa apresenta uma densidade bruta habitacional (ano base 2000) da ordem de 38,9 hab/ha, índice que ainda está muito distante da recomendada pelos “Padrões Urbanos Adequados ao Nordeste” de 160hab/ha. Este fato indica que a cidade de João Pessoa tem sua malha urbana espalhada no território municipal prevalecendo o crescimento horizontal na totalidade dos bairros. A verticalização ocorre com maior freqüência nos bairros da orla marítima e ao longo dos corredores de transporte urbano.Torna-se evidente no desenho da malha urbana, que há uma preferência e um modismo para a ocupação de alguns bairros. Enquanto tem-se o bairro dos

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Estados dotado de toda a infra-estrutura e com densidade habitacional muito baixa, 41,35 hab/ha, ao mesmo tempo, tem-se os bairros da baixada litorânea, com sérios condicionantes à ocupação, apresentando densidade habitacional relativamente alta, 61,65 hab/ha, com tendência de continuidade de crescimento e previsão média de densidade bruta para o ano de 2010 igual a 107,25 hab/ha.

A verticalização da baixada litorânea em um processo acelerado é uma realidade que não é comportada pela infra-estrutura disponível. O sistema de esgotamento sanitário da zona costeira foi implantado na década de oitenta, e já apresenta falhas devido ao tempo de vida útil, em torno de vinte anos, para estruturas de concreto em contato direto com os gases corrosivos oriundos dos esgotos.

O Plano Diretor físico( pg.8), detalha a fórmula para efetuar o cálculo do número máximo de habitantes por zona adensável. Tomando-se como exemplo o bairro mais populoso da zona costeira, o bairro de Manaíra, veremos que, segundo esse parâmetro, já atingiu sua quota máxima de habitantes, pois em 2000 já tinha 20.276hab. Efetuando-se o cálculo tem-se: Nmáx = Abruta * Densidadebruta,Nmáx = 220hab*92,3hab/há= 20.306hab.No entanto, a quota de conforto está muito abaixo da recomendada pela ONU, 400 hab/ha, tendo-se em Manaíra uma quota de 92,30hab/ha, considerando-se a área total do bairro. Efetuando-se o quociente entre a área residencial construída e a população residente tem-se o valor de 40m²/hab. Comparando-se estes parâmetros, conclui-se que o bairro de Manaíra tem área disponível para construção, porém está bastante verticalizado, atingindo seu número máximo de habitantes. Este parâmetro relaciona-se diretamente com a capacidade da infra-estrutura disponível que foi dimensionada para um número de usuários que deve estar próximo da realidade populacional atual.

Aspectos Sócio-Econômicos da Cidade de João Pessoa (fonte: EIA/RIMA do Projeto de Contenção da Erosão do Cabo Branco)

Durante a ECO 92 João Pessoa recebeu o título de segunda cidade mais verde do mundo, perdendo apenas para Paris. Três grandes áreas verdes são fundamentais nesse título: a Mata do Buraquinho (Jardim Botânico), a Mata do Amém e a área do Parque Arruda Câmara, mais conhecido como Bica. A vegetação litorânea possui predomínio da Mata Atlântica, porém é também constituída por manguezais e cerrados. A formação vegetal predominante possui árvores altas, sempre verdes, com grande variedade de espécies, como embiriba, pau d’arco, mirici, sucupira, peroba, dentre outras.

A geografia da cidade é marcada pelo ponto mais oriental das Américas: a Ponta do Seixas.

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Dinâmica Populacional

Segundo o Censo de 1991 e a contagem populacional de 1996 ambos realizados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, constatou-se a seguinte condição demográfica: João Pessoa contava com 497.600 habitantes em 1991, enquanto que a contagem populacional de 1996 registrou 549.363 habitantes, o que corresponde a uma aumento de aproximadamente 9,43% na população durante o período de 5 anos.

De acordo com os dados do Censo de 2000 João Pessoa apresentou uma população total de 597.934 habitantes, sendo 279.476 homens (46,74%) e 318.458 (53,26%) mulheres. O crescimento populacional em relação ao Censo de 1991 foi de 100.334 habitantes, correspondendo um aumento em torno de 16,79%.

Para esta população atual e de acordo com sua área territorial a densidade demográfica para a cidade de João Pessoa é de 2.848,12 hab/ km2.

A caracterização populacional por faixa etária é apresentada no Quadro 5.7, nele se poderá observar que até a idade de 29 anos, a população total é de 343.579 habitantes, representando 57,4% da população total residente na cidade, enquanto que 254.355 corresponde a população da faixa etária entre 30 a 60anos ou mais, correspondendo a 42,6% da população total.

A evolução populacional, com taxa média de crescimento próxima a 2% ao ano, entre 1991 e 2000, é compatível com as demais cidades brasileiras, notadamente com as capitais nordestinas, pois estas recebem acréscimo populacional de habitantes das cidades do interior dos Estados, vindos principalmente dos municípios situados no polígono semi-árido.

Este crescimento populacional faz com que: a cada ano, novas residências sejam necessárias para abrigar a população, ensejando que novas áreas da cidade venham a ser ocupadas e provocando a perda de áreas verdes. Ressalta-se que como parte da população não possui recursos econômicos para aquisição de moradias, áreas desocupadas passam a sê-lo e de forma irregular, muitas das quais situadas em áreas de preservação permanente, consoante o Código Florestal Brasileiro, como nas margens dos rios, sendo estas áreas impróprias para habitação, considerando os riscos envolvidos de uma condição de ocupação insalubre, e gerando cuidados e custos ao poder público para promover a remoção e reassentamento dessa população para áreas saneadas.

Quadro – Dados dos Bairros da Orla de João Pessoa (fonte: censo 2000/PMJP)

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BAIRRO Área total

(ha)

Área verde

(ha)

Área bruta

(há)

População

residente

Domicílios Esgoto

(%)

Aeroclube 206,40 24 182,40 4.057 1.165 16,8

Bessa 61,60 24 181,70 7.111 1.915 1,9

Cabo Branco

147,80 44 103,80 5.439 1.576 97,80

Costa do Sol 1.321,00 1,9 1.319,10 609 157 0

Gramame 1.441,80 83,70 1.358,10 6.288 1.534 1,2

Jardim Oceania

236,70 11 225,70 10.015 2.698 3,6

Manaíra 243,60 11 232,60 19.289 5.117 79,6

Penha 41,50 2,2 39,30 773 170 2,4

Ponta do Seixas

61,40 5,0 56,40 383 100 1,0

Tambaú 90,60 9,0 81,60 6.782 1.873 93,50

Infra-Estrutura Física (fonte: EIA RIMA projeto de contenção da erosão do Cabo Branco)

A infra-estrutura física compreende a descrição das condições de disponibilidade de: habitação, transporte, sistema viário, água e saneamento, energia e comunicação, que poderá ser utilizada pela população.

Sua caracterização é importante do ponto de vista de melhor conhecer a realidade de acesso a esses sistemas, tanto pela população, em geral, quanto por visitantes, e somente dessa forma, se poderá proceder à avaliação dos impactos

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ambientais dos empreendimentos sobre os sistemas de infra-estrutura e sua operacionalidade.

Habitação

João Pessoa fundada em 1585, é uma das mais antigas cidades do País e, por isso mesmo, é o retrato vivo do passado nas ruas e praças que remontam às origens da cidade. Dona de um patrimônio raro, João Pessoa é a mais bucólica capital nordestina.

Desta maneira a cidade de João Pessoa possui os mais variados padrões e estilos de habitações, espalhados por toda as regiões.

Em geral as cidades brasileiras cedo conhecem um crescimento expressivo, sem, contudo contar, em contrapartida, com investimentos públicos nas áreas de habitação e saneamento básico, que façam face ao grande fluxo migratório no sentido campo-cidade. Este processo tem ocasionado tanto o crescimento das periferias urbanas como também tem dado origem a ocupação de áreas não indicadas para o uso habitacional. Essa população oriunda do campo, não chega à cidade com qualificação para o mercado de trabalho urbano, o que faz crescer a quantidade de mão de obra sub-empregada e desempregada, carente portanto de recursos financeiros para ocupar espaços mais nobres no tecido urbano, obrigando-as assim a se instalarem nas proximidades das margens de rios, de encostas de redes de alta tensão.

O último Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano da cidade de João Pessoa, registrou 66 áreas de interesse social no município. Em recente levantamento feito pelo governo do Estado foi detectada a existência de 141 aglomerados urbanos carentes na grande João Pessoa, ocupados por 33.211 habitações e uma população estimada em 166.000 pessoas. Esses números representam, sobretudo o déficit habitacional qualitativo, ou seja, as famílias que apesar de terem um “abrigo”, não podem ser classificadas, em sua totalidade, de habitação.

As formas habitacionais que mais se destacam são as casas de um só pavimento, ficando em segundo plano as unidades de apartamentos residenciais, gerando grande ocupação quando em conjuntos habitacionais, situados na periferia da cidade, normalmente junto às rodovias de acesso aos demais municípios.

Os Arts. 22 e 23 da Constituição Estadual e 175 da Lei Orgânica para o Município de João Pessoa, declinam quanto a altura máxima das edificações situadas em uma faixa de 500 metros ao longo da orla e a partir da linha de testada da primeira quadra da orla em direção ao interior do continente.

Na orla das praias de Manaíra, Tambaú e Cabo Branco, ainda são proibidos a construção de edifícios com mais de três andares, apesar da contrariedade daqueles que ali adquiriram terrenos para especulação imobiliária.

Na orla, as ocupações habitacionais se dão em dois grupos principais: casas de residências permanentes e casas de residência temporária. No primeiro caso se envolvem os habitantes locais, do próprio bairro, e no segundo se incluem habitantes de outros bairros da cidade que possuem casas de praia, para veraneio na área, sendo estes concentrados no Seixas, Penha e Gramame. As edificações

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variam de dimensões segundo o grupo ocupacional, sendo as casas dos veranistas de melhor qualidade construtiva e de maiores dimensões, quando comparadas as dos habitantes fixos. O processo de avanço do mar sobre a área, envolve os dois grupos ocupacionais e ambos sofrem perdas, assim como as edificações comerciais e mistas, que também foram identificadas no local. As edificações mistas resultam de uma forma combinada de trabalho e moradia, sendo inicialmente produzidas pelos habitantes fixos, que com a chegada de visitantes em busca de lazer, passam-lhes a oferecer serviços de bares e restaurantes, garantindo moradia e condição de trabalho.

Transportes e Sistema Viário

Na cidade de João Pessoa o setor de transportes conta com os mais variados tipos de serviços relativos tanto a cargas quanto a passageiros. No setor de cargas, existem transportadoras ferroviárias, rodoviárias, marítimas e aéreas, com possibilidades de envio de cargas e encomendas para qualquer região do planeta.

Ao nível de uso de passageiros, há facilidades tanto nos transportes intermunicipais e interestaduais, para ônibus, e interestaduais e internacionais para aviões, ficando o serviço ferroviário limitado à amplitude de sua via.

A frota de transporte coletivo de João Pessoa tem hoje mais de 500 ônibus entre convencionais e opcionais atendendo a população. A gerência dos transportes coletivos e do trânsito da cidade é de responsabilidade da Superintendência de Transportes e Trânsito Municipal – STTrans.

O transporte coletivo é feito por 06 empresas concessionárias que transportam aproximadamente 10 milhões de passageiros a cada mês. A frota opcional é composta por microônibus com ar condicionado, bem como se divisam transportadores independentes, sendo alguns regularizados e outros não.

João Pessoa tem hoje 07 corredores principais no seu sistema viário. Esses corredores cortam a maioria dos bairros da cidade, ligando a periferia ao centro e por todos eles passam transportes coletivos. Recentemente, esses corredores receberam re-capeamento asfáltico, e nova sinalização, o que está aos poucos reduzindo o tempo do percurso e dando mais qualidade ao serviço prestado à comunidade.

A cidade ainda conta com uma boa frota de táxis. São 1.440 com uma idade média de 4,58 anos. Já o transporte escolar reúne hoje veículos cadastrados com uma idade média de circulação de 5,81 anos.

A iniciativa privada, através da Companhia Ferroviária do Nordeste – CFN, é responsável pelo transporte de cargas entre João Pessoa e os municípios de Cabedelo, Cruz do Espírito Santo (Estação Paula Cavalcante), Itabaiana, Campina Grande, Juazeirinho, Patos e Sousa, fazendo ligação também com o Norte do País, via Natal (RN) e o Sul via Recife (PE).

O Porto de Cabedelo, a 18 km de João Pessoa, é o mais oriental do Brasil. Tem 700 metros de extensão, 300 metros de largura e evoluirá, após a dragagem, para 13 metros de profundidade. Movimentou 1,2 milhões de toneladas em 1995,

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destacando-se o petróleo, carga geral, e cereais. O porto está equipado a contento para movimentação de cargas gerais e conteiners, possuindo as tarifas de embarque e desembarque, compatível à concorrência com os demais portos do Nordeste, inclusive em relação a rapidez e eficiência operacional, resultando em índices de alta produtividade compatíveis a qualquer porto brasileiro.

O Aeroporto Presidente Castro Pinto, localiza-se no município de Bayeux, distante 12 km do centro de João Pessoa, em trecho conurbado. Dispõe de pista pavimentada de 2.515 metros e de boas condições para operações de vôo, permitindo aterrissagem de aviões de grande porte. Nele operam linhas regulares nacionais, e vôos internacionais irregulares no sistema charter. De uma forma geral a freqüência de vôos é baixa, pouco compatível a uma cidade do porte de João Pessoa.

A cidade ainda pode contar com um campo de pouso no Aeroclube de João Pessoa, com capacidade operacional para atender aeronaves de pequeno porte.

Em João Pessoa a Superintendência de Transportes e Trânsito – STTrans vem realizando trabalhos na parte educativa. São campanhas, ações em escolas, treinamento de professores, de profissionais da STTrans e capacitação de jovens. Uma das metas é conscientizar a comunidade para que obtenha um trânsito mais seguro no futuro.

Na área da orla, os sistemas de transporte público circulam na avenida Cabo Branco, por meio de ônibus, e vans, que atingem até a comunidade na ponta do Seixas. A via principal ainda opera abaixo de sua capacidade de tráfego, porém está sob risco de erosão marinha, o que ocasionaria um grande transtorno urbano para a população local que teria de obter rotas alternativas e mais longas para alcançar o centro da cidade.

Água e Saneamento

João Pessoa tem estrutura básica de redes de distribuição de água e captação de esgotos, compatível à maioria das cidades brasileiras, o que significa, na prática que ambos sistemas são pouco eficientes em termos de área de cobertura funcional, e mesmo em funcionamento.

O sistema de abastecimento d’água e saneamento é executado através da Companhia de Água e Esgotos da Paraíba – CAGEPA, empresa de economia mista, sob controle do Governo do Estado da Paraíba, através de concessão emitida pela Prefeitura Municipal. O sistema de gestão de água e esgoto é superavitário em João Pessoa, embora a empresa possa ser deficitária em relação à operação nos demais municípios da Paraíba. De uma forma geral a companhia reinveste seus ativos financeiros em manutenção de equipamentos e ampliação constante de rede instalada.

O total de investimentos no período de 1995/2000 foi assim distribuído:

Sistema de Abastecimento D’água: R$ 75 milhões

Sistema de Esgotamento Sanitário: R$ 44 milhões

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Dentre as ações programadas pela CAGEPA na região de João Pessoa, tem-se o projeto de construção da Lagoa de Estabilização (despoluição) no Baixo Roger, que se trata de ação muito positiva ao meio ambiente por tratar os esgotos sanitários antes de seu lançamento no rio Paraíba, dando o primeiro passo para recuperação do ecossistema local, a partir dos manguezais aí existentes. O projeto contempla além do tratamento dos despejos, a ampliação da rede coletora, de emissários e de estações elevatórias.

O Quadro abaixo apresenta a situação da população de João Pessoa em relação as formas de abastecimento d’água e saneamento básico, para os domicílios particulares permanentes. Como se observa no Quadro a maioria dos domicílios está ligada à rede de distribuição de água, assim como recebe coleta regular do lixo, porém cerca de metade dos domicílios ainda não está ligada a rede coletora de esgotos.

Quadro – Dados Gerais sobre Abastecimento D’água e Saneamento Básico

Forma de Abastecimento D’água e Saneamento Básico Domicílios

Forma de Abastecimento D’águaRede Geral 148.379Poço ou Nascente 2.135

Instalações SanitáriasCom Banheiro ou Sanitário 149.499Com Banheiro ou Sanitário ligado a Rede Geral de esgotamento 64.772

Sem Banheiro ou Sanitário 2.366Destino de Lixo

Coletado 144.212Outro Destino 7.653

Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2000 – Malha Municipal Digital do Brasil - 1997

Os serviços de limpeza pública na cidade de João Pessoa ficam a cargo da Autarquia Especial Municipal de Limpeza Urbana – EMLUR. Onde a mesma têm patrimônio e receitas próprias, autonomia financeira, administrativa e técnica. Além disso, a EMLUR tem competência para planejar, desenvolver, regulamentar,

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fiscalizar, executar, manter e operar os serviços integrantes ou relacionados com sua atividade e promover a educação para a limpeza urbana. Explorar, diretamente ou através de contrato com terceiros, os serviços e a comercialização dos produtos e subprodutos deles resultantes, quais sejam:

coleta de lixo domiciliar, industrial, comercial e público;

varrição e capinagem de logradouros;

limpeza mecanizada e especializada;

transporte e destinação final dos resíduos sólidos; e

tratamento e transformação do lixo.

A coleta de lixo na área de abrangência da EMLUR é executada de forma ordenada, nas seguintes modalidades:

coleta domiciliar regular;

coleta comercial;

coleta industrial;

coleta de feiras livres e varrição;

coleta de entulhos e podas; e

coleta de resíduos sólidos de serviços de saúde.

A empresa ainda mantém um Serviço de Atendimento ao Cidadão – SAC, o qual tem como objetivo receber denúncias, reclamações e pedidos de retirada de lixo ou limpeza de ruas e terrenos. O morador de João Pessoa pode fazer observações sobre a regularização da coleta, passando pelos serviços de limpeza de terrenos baldios e arrastões de limpeza nos bairros, até a coleta de podas de árvores e entulhos de construção.

A cidade de João Pessoa ainda pode dispor do serviço de coleta seletiva tendo sido iniciado em 1998. A iniciativa se deu face à necessidade de diminuir a quantidade de resíduos dispostos nos vazadouros e aterros, bem como de redirecionar a população marginalizada ligada à catação de material nesses locais.

Na área da orla, a coleta de lixo se faz de maneira regular e organizada, porém, mesmo assim, ainda se pode observar lixo ao longo das vias, o que enseja que campanhas regulares de limpeza tenham de ser implantadas, pois a coleta regular se restringe ao lixo acondicionado e disposto nas vias para recolhimento, ao passo que a população, em sua maioria, ainda mantêm hábitos de lançar lixos nas vias, que ali se acumulam, gerando focos de disseminação de vetores de doenças.

Energia Elétrica

A cidade de João Pessoa conta com serviços de distribuição de energia através da Sociedade Anônima de Eletrificação da Paraíba – SAELPA. A distribuição de energia faz parte do sistema a que a população se interliga com maior facilidade, sendo que toda a área municipal está coberta pelo sistema.

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O horizonte de suprimento garantido pelo sistema CHESF foi ampliado com a entrada em operação da Usina Hidrelétrica do Xingó. Através do Programa COOPERAR, de combate à pobreza, o Governo do Estado que leva a energia elétrica a toda zona rural, introduzindo fator estratégico ao processo de modernização das atividades agropecuárias.

O acesso da energia elétrica pelas empresas é prontamente assegurado pelo Governo Estadual, principalmente nos distritos industriais. Nova alternativa energética é oferecida, como resultado da instalação do gasoduto da PETROBRÁS, que transporta o gás natural desde os campos produtores do Rio Grande do Norte até Recife, passando por João Pessoa. Para reforço da oferta do sistema CHESF, será construída uma usina elétrica à base de gás natural (imediações de João Pessoa).

A maior classe consumidora é a residencial, seguindo-se logo após a classe industrial e por último a classe comercial.

Comunicações

As comunicações telefônicas e de dados, estão disponibilizadas em toda a cidade, através da telefonia convencional e celular, ambas com interligações ao sistema de discagem direta nacional e internacional. O sistema de telefonia convencional é operado através da TELEMAR, permissionária da Agência Nacional de Telecomunicações – ANATEL, bem como ainda operam na região com o sistema de telefonia convencional a EMBRATEL e a VESPER. Além da telefônica convencional, a cidade de João Pessoa é coberta pelo sistema de telefonia móvel celular, através das operadoras TIM, BCP e OI.

As comunicações postais estão disponíveis através das agências dos Correios e Telégrafos, da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, que se disponibiliza em, praticamente todos os bairros da cidade.

João Pessoa possui também outras formas de comunicação, como 03 jornais de circulação diária (O Norte, Correio da Paraíba e A União), 09 emissoras de rádio FM (com sites na Internet) e 03 AM, somadas a 06 estações de TV.

Infra-estrutura Social

Saúde

Segundo dados do IBGE, os estabelecimentos de saúde, dispostos em João Pessoa em 1997, constituíam uma rede representada por 30 hospitais; entre públicos e particulares, com um total de 3.566 leitos. As unidades ambulatoriais correspondiam um total de 177 unidades e um total de 54 centros de saúde.

A Secretária de Saúde de João Pessoa oferece uma ação preventiva, curativa, mais humana e eficiente para os bairros da cidade. É o Programa Saúde da Família – PSF, que tem 39 equipes formadas por médicos, dentistas, enfermeiras, técnicos e auxiliares de enfermagem, além dos agentes comunitários de saúde trabalhando nos cinco distritos e com realização de visitas domiciliares.

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A proposta do PSF é acompanhar a comunidade nas questões relativas à saúde pública. Os médicos do PSF também realizam atividades de incentivo ao aleitamento materno, acompanham mulheres gestantes durante o pré-natal, identificam crianças com peso abaixo do normal e atendem crianças de 0 – 5 anos.A equipe da Vigilância Sanitária corresponde um grupo formado por técnicos em inspeção sanitária, enfermeiros, veterinários e técnicos em saneamento atuam diariamente em estabelecimentos comerciais da cidade, verificando sobretudo, se estes locais funcionam em boas condições.A Vigilância Sanitária está dividida em quatro setores: alimentos, saúde, farmácia e saúde do trabalhador.Para melhor administrar a rede de saúde, João Pessoa, está dividida em cinco Distritos Sanitários:

Cruz das Armas Cristo Mangabeira Bairro dos Estados Jardim Luna

Esses distritos são responsáveis pelos equipamentos de saúde do município. A Secretária de Saúde ainda dotou os distritos de equipamentos de informática, viaturas e recursos financeiros. Além disso, os Distritos Sanitários dispõem de farmácias, com farmacêuticos de plantão. Esse processo exigiu envolvimento e qualificação progressiva das equipes distritais e representou grande passo na consolidação da gestão plena de saúde no município.

Educação

O Conselho Municipal de Educação – CME do município de João Pessoa acumula as funções consultivas, normativas e fiscalizadores, dos temas relacionados à prática organizacional e pedagógica das escolas, em consonância com o princípio da gestão democrática do ensino público. Cumpre, assim, a sua finalidade de estabelecer a política e as diretrizes educacionais do município.

Neste setor a cidade de João Pessoa é servida por unidades de aprendizagem aos quatro níveis educacionais, ou seja, pré-escolar, escolas de ensino fundamental, ensino médio e nível superior. Relativamente ao nível superior, a cidade de João Pessoa dispõe de algumas universidades, a Universidade Federal da Paraíba – UFPB, Universidade Estadual da Paraíba – UEPB, Centro Universitário de João Pessoa – UNIPÊ, Centro Federal de Educação Tecnológica da Paraíba, entre outras..

Aspectos Culturais e Turismo

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João Pessoa é conhecida, nos meios turísticos, sob inúmeras denominações, que bem retratam a cidade, expressando as suas facetas: “segunda cidade mais verde do mundo”, “cidade onde o sol nasce primeiro”, “a terra do sol madrugador”, “sede do ponto extremo oriental das Américas”, “onde estão as mais bonitas praias nordestinas” ou ainda “terceira cidade mais antiga do Brasil”.

Detém de um patrimônio arquitetônico raro, com diversas igrejas do século 16 em exemplar estado de conservação, João Pessoa é a mais bucólica capital nordestina. Técnicos da ONU classificaram a cidade, durante a Rio 92, como uma das mais verdes do mundo, com 29,3 metros quadrados de mata para cada habitante. A cidade tem outros bons motivos para o marketing ecológico criado sobre o seu nome. Além de ruas cheias de mangueiras e de uma imensa reserva florestal dentro da área urbana, a Mata do Buraquinho.

João Pessoa possui belíssimas praias, limpas e que não oferecem perigo aos banhistas. As águas tépidas e cristalinas são um permanente convite ao banho tranqüilo e reconfortante. As mais freqüentadas são as praias de Tambaú, Manaíra, Cabo Branco, Sol, Penha, Seixas e Bessa, recebendo maior número de turistas. Elas dispõem de toda uma infra-estrutura de bares, restaurantes, e hotéis que oferecem aos turistas o aconchego encontrado em qualquer grande cidade do país.

As principais atrações naturais que os turistas encontram no litoral pessoense ficam por conta da barreira do Cabo Branco, onde está situado o Farol do Cabo Branco, a Ponta do Seixas (o ponto mais oriental das Américas, onde o sol chega primeiro ao continente), a Mata do Cabo Branco, as argilas moles e coloridas da barreira, águas mornas, calmas, límpidas e muito sol.

A Casa da Pólvora constitui um marco histórico, além de um símbolo do esforço colonizador. É um belo monumento que propicia ao visitante uma lição de história e de encantamento com as lembranças do passado. Uma visita à Casa da Pólvora também oferece momentos de pura beleza, a paisagem que dela se descortina, o rio, a cidade verde, espaço aberto para luz especial da Paraíba (por do sol). No interior, exposições artísticas complementam a sua importância para o Estado e para a região. Ali está instalado o Museu Fotográfico Walfredo Rodrigues e, na área externa, o Bar da Pólvora. Outros museus urbanos são:

Arquivo dos Governadores em Cabo Branco

Arquivo Histórico do estado da Paraíba

Casa de José Américo em Cabo Branco.

Centro Cultural de São Francisco, no interior da Igreja de São Francisco – Centro

Cripta de Epitácio Pessoa, no Tribunal de Justiça – Centro

Estação Ciência

José Lins do Rego

Memorial Augusto dos Anjos na Academia Paraibana de Letras – Centro

Museu da Cultura Popular no Campus Universitário da UFPB

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Pinacoteca da UFPB

O conjunto do São Francisco, com Igreja e o Convento de Santo Antônio é uma obra prima da arquitetura colonial portuguesa. É considerado um dos mais belos e importantes complexos barrocos do Brasil. Foi erguido a partir de 1589, tendo sido concluído em 1591 pelo Guardião Frei Antônio do Campo Maior. João Pessoa, é o retrato vivo do passado nas ruas e praças que remontam às origens da cidade. Deslumbram os olhos do turista as tradicionais igrejas, construções e o clima de saudosismo que impera no Centro Histórico. Destacam-se ali as igrejas de São Pedro Gonçalves, de São Bento (antigo Convento), do Carmo, com o Palácio Arquidiocesano e a Catedral Metropolitana.

A cidade baixa, a qualquer hora do dia ou da noite, tem sempre atrativos para quem busca na arquitetura dos últimos três séculos o testemunho do processo de desenvolvimento nordestino, além de outros encantos que se traduzem em ancoradouros do rio Sanhauá, casarões antigos, hotéis, igrejas e praças:

O Espaço Cultural José Lins do Rego é uma monumental construção moderna, totalmente dedicada a tudo que diz respeito à cultura e às artes.

O Parque Arruda Câmara é um misto de jardim zoológico e botânico.

O Parque Sólon de Lucena é um dos recantos mais aprazíveis da cidade. Velho sítio dos jesuítas, está no centro da cidade, formado por uma lagoa, circundada por palmeiras imperiais.

A cultura do Estado comprova a criatividade do seu povo, através das manifestações folclóricas passadas a cada geração. Os grupos folclóricos preservam os cantos e danças como reisado, a ciranda, o forró e o xaxado.

A culinária paraibana é um mosaico de cores e sabores dos mais diversos para atender aos mais requintados paladares. No litoral, a mesa é rica em frutos do mar. Peixes de água salgada formam apetitosos pratos onde a peixada à brasileira é mais expressiva.

Segundo o dito popular: “João Pessoa, uma cidade que une o passado ao futuro e que se orgulha de receber bem”.

Outros estabelecimentos ligados ao setor cultural são:

Bibliotecas, como:

Centro de Ciências Jurídicas na Praça João Pessoa

Daura Santiago Rangel na Av. Pres. Getúlio Vargas - Lyceu Paraibano

Irineu Pinto na rua Barão do Abiaí.

Juarez Gama Batista no Espaço Cultural José Lins do Rego.

Ministério da Fazenda na Av. Epitácio Pessoa.

Ubirajara Botto Targino (PBTUR) na Av. Alm. Tamandaré.

Universidade de João Pessoa (UNIPÊ).

Teatros, dentre os quais:

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Ariano Suassuna do Colégio Pio X na Av Monsenhor Walfredo Leal em Tambiá.

Cilaio Ribeiro do Colégio Tomáz Mindelo

Ednaldo do Egypto na rua Maria Rosa, em Manaíra.

Lima Penante na Av. João Machado

Santa Rosa na Praça Pedro Américo

Teatro de Arena e o Teatro Paulo Pontes, ambos na rua Abdias Gomes de Almeida.

Aspectos da Economia

A economia se destaca pelo dinamismo, com ênfase na expansão do setor industrial. Investimentos em novas empresas e em projetos de ampliação vêm consolidando complexos industriais tradicionais e modernos, como o de minerais não metálicos, têxtil, calçados, cerâmica e informática.

As atividades de serviços (comércio, crédito, turismo, profissões liberais, governos) acumulam índices elevados de expansão. É conseqüência do processo de urbanização, da industrialização e do crescimento do setor público, este fortalecido pelas transferências compensatórias do governo federal, orientadas principalmente para os serviços públicos essenciais. Já o setor industrial cresce e se moderniza por efeito das políticas combinadas de incentivos nos diversos âmbitos de governo, particularmente o estadual. A atração de novas empresas se reforça pela tendência de re-localização da indústria leve nacional, que busca vantagens comparativas para enfrentar os novos paradigmas de competição impostos pela abertura da economia.

A maioria dos habitantes de João Pessoa ocupa-se primordialmente na agricultura, no comércio, na indústria e no setor de turismo. Graças à sua localização estratégica e ao solo fértil de suas redondezas, apropriado ao cultivo da cana-de-açúcar, a cidade prosperou, o que se reflete hoje na riqueza da arquitetura barroca ali existente.

A estrutura econômica do município de João Pessoa tem nos setores secundários e terciários os de maior expressão econômica.

Segundo dados da RAIS, em 1999 a capital registrava 2.289 indústrias instaladas e o maior número delas concentrava-se nas atividades de construção (817), produtos alimentares (248) e vestuário e calçados (136).

O distrito industrial de João Pessoa tem 616 hectares e está localizado às margens da BR-101, na extensão dos quilômetros 85 a 92, no sentido João Pessoa – Recife, distando aproximadamente 6 km do centro da cidade, e dispõe de toda a infra-estrutura necessária.

O acesso interno constitui-se de ruas terraplenadas e asfaltadas; é cortado em toda sua extensão pela BR – 101, a 6 km da Estação Ferroviária, 30 km do Porto

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de Cabedelo e 10 km do Aeroporto Castro Pinto. É atendido, ainda, pelo sistema de transporte coletivo urbano.

Este distrito dispõe de toda infra-estrutura necessária a qualquer tipo de indústria, com gás natural, energia elétrica que chega a suprir com 220/380v, 15, 8kV, 60 ciclos; água; comunicações e etc.

Dispõe de uma extensa zona residencial, da presença de entidades profissionalizantes, com SESI e SENAI de João Pessoa e de creche para os filhos das mães operárias, administrada pela CINEP.

O distrito industrial de João Pessoa conta com 129 empresas industriais implantadas, 13 em implantação e 17 a implantar.

A área de ampliação do Distrito Industrial está localizada no vizinho município de Conde, integrante do Aglomerado Urbano de João Pessoa, também situado à margem da Rodovia BR-101, 15 km da capital.

Segundo dados do IBGE, 1997 a pecuária no município se destacava pela criação galos, frangos, codornas, criação de galinhas, rebanho bovino, suínos, eqüinos, caprinos, muares e asininos.

Dados mais recentes adquiridos pelo IBGE em 1998 mostram que a criação de bovinos passou para 7.138 cabeças, suínos 1000 cabeças e galinhas, galos, frangos, frangas e pintos (1000 cabeças) foi de 616.

O turismo vem dando novo impulso à economia da cidade de João Pessoa e de toda a Paraíba, crescendo com ele os setores de comércio e serviços.

O comércio de João Pessoa é impulsionado principalmente pelo turismo, tendo destaque na demanda de alimentos diversos, e bebidas. A diversificação de seus produtos se dá tanto em função da atratividade turística local, como em função das necessidades de seus moradores. Alimentos, vestiários, calçados, artesanatos são oferecidos das formas mais atrativos para chamar a atenção dos compradores.

O SEBRAE, que nasceu em João Pessoa, torna-se assim a maior entidade de fomento da micro, pequena e média empresas da Paraíba, numa contribuição decisiva para o resgate da economia e conseqüente criação de novos empregos na região.

A cidade de João Pessoa é servida por diversos tipos de estabelecimentos no setor de serviços, com agências bancárias espalhadas pelos principais bairros e corredores de atividades, ao mesmo modo que shoppings, lojas, bares, restaurantes e demais estabelecimentos de lazer e entretenimento.

Na área da orla, as atividades econômicas tradicionais incluem a pesca artesanal, desenvolvida de forma embarcada, de mão, e ainda em redes de arrasto, sendo essas atividades,junto a pequenos campos agrícolas que geraram as primeiras ocupações fixas no local. Depois, a partir dos atrativos turísticos, representados pela Ponta do Seixas, como ponto continental mais oriental das Américas, as escadarias da Penha, o farol do Cabo Branco, bem como das falésias, como atrativos naturais, foram desenvolvidas novas formas de relações econômicas,

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pois estes atrativos levaram as pessoas e com elas os veranistas, que através de investimento em imóveis passaram a gerar empregos na construção civil. Atualmente as atividades econômicas se concentram no segmento de lazer e turismo, com bares, restaurantes e atividades artesanais, embora a pesca continue a ser praticada, bem como as atividades agrícolas tenham evoluído para novas formas de produção e produtividade.

Quadro– Empresas – 1997

Discriminação Sedes de Empresas com CNPJ

Empresas com CNPJ Atuantes

Agricultura, Pecuária, Silvicultura e Exploração Florestal 52 53

Pesca 04 04Indústrias Extrativas 17 18Indústria de Transformação 871 926Produção de Eletricidade, Gás e Água 04 05

Construção 588 609Comércio, Reparação de Veículos Automotores, Objetos Pessoais e Domésticos

5.691 5.836

Alojamento e Alimentação 600 608Transporte, Armazenagem e Comunicações 196 248

Intermediação Financeira 134 194Atividades Imobiliárias, Aluguéis e Serviços Prestados às Empresas 1.799 1.839

Administração Pública, Defesa e Seguridade Social 21 37

Educação 386 398

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Saúde e Serviços Sociais 340 350Outros Serviços Coletivos, Sociais e Pessoais 922 05

Fonte: IBGE, Cadastro Central de Empresas 1998; Malha municipal digital do Brasil; Situação em 1997. Rio de Janeiro, 1999.

ANEXO-2

MAPA DA COBERTURA VEGETAL DE 1949 – JOÃO PESSOA – PB

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ANEXO 3 - Qualidade ambiental da Orla de João Pessoa.Unidade de Paisagem 1 – Planície Costeira urbanizada1.1-Trecho Bessa – Classe CLimite norte do Município (Foz do Rio Jaguaribe) até a Rua Antônio Batista de Araújo (Jardim Oceania)

Parâmetros ambientais Situaçãoatual Tendência Situação

desejadaCobertura vegetal nativa (%) B C BValores cênicos C C BIntegridade dos ecossistemas B C BFragilidade dos ecossistemas B C BPresença de Unidades de Conservação B C BCondição de Balneabilidade A B ADegradação ambiental B C APresença de efluentes (línguas negras) A B APresença de resíduos sólidos (lixo) na orla A B APresença de construções irregulares A C A

Potencial para aproveitamento mineral * - - -Aptidão agrícola * - - -Potencial para extração vegetal * - - -Potencial pesqueiro * - - -Aptidão para maricultura * - - -

SociaisPresença de comunidades tradicionais C C CConcentração de domicílios de veraneio A A AInfra-estrutura de lazer/turismo C C BCobertura urbana ou urbanização C C CDomicílios servidos por água (%) C C CDomicílios com serviço de esgoto (%) B C C

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Domicílios servidos por coleta de lixo (%) C C CDomicílios servidos por energia elétrica (%) C C CFormas de acesso B C C

EconômicosPressão imobiliária C C CUso agrícola C C CUso para extração vegetal C C CUso dos recursos pesqueiros ** - - -Uso para maricultura * - - -Uso para tráfego aquaviário ou portuário A A AUso industrial A A AAproveitamento mineral * - - -Atividades petrolíferas * - - -Atividades turísticas B C B

* Não existe neste trecho de orla** Pesca utilizada como esporte

Unidade de Paisagem 1 – Planície Costeira urbanizada1.2 - Trecho Manaíra,Tambaú e Cabo Branco - Classe CRua Antônio Batista Araújo (Jardim Oceania) até a Rua Monsenhor Odilon Ribeiro Coutinho (Cabo Branco)

Parâmetros ambientais Situaçãoatual Tendência Situação

desejadaCobertura vegetal nativa (%) C C BValores cênicos C C BIntegridade dos ecossistemas B C BFragilidade dos ecossistemas B C BPresença de Unidades de Conservação C C BCondição de BalneabilidadeManaíra C C ATambaú/Cabo Branco A B ADegradação ambiental C C BPresença de efluentes (línguas negras) A B APresença de resíduos sólidos (lixo) na orla A B APresença de construções irregulares A B APotencial para aproveitamento mineral * - - -Aptidão agrícola * - - -Potencial para extração vegetal * - - -Potencial pesqueiro B C BAptidão para maricultura * - - -SociaisPresença de comunidades tradicionais C C C

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Concentração de domicílios de veraneio A A AInfra-estrutura de lazer/turismo C C CCobertura urbana ou urbanização C C CDomicílios servidos por água (%) C C CDomicílios com serviço de esgoto (%) C C CDomicílios servidos por coleta de lixo (%) C C CDomicílios servidos por energia elétrica (%) C C CFormas de acesso C C CEconômicosPressão imobiliária C C CUso agrícola * - - -Uso para extração vegetal * - - -Uso dos recursos pesqueiros B B BUso para maricultura * - - -Uso para tráfego aquaviário ou portuário A A AUso industrial * - - -Aproveitamento mineral * - - -Atividades petrolíferas * - - -Atividades turísticas C C C

* Não existe neste trecho de orla

Unidade de Paisagem 1 – Planície Costeira urbanizada 1.3 - Trecho Cabo Branco - Classe CRua Monsenhor Odilon Ribeiro Coutinho (Cabo Branco) até a última quadra do Cabo Branco

Parâmetros ambientais Situaçãoatual Tendência Situação

desejadaCobertura vegetal nativa (%) A C AValores cênicos B C BIntegridade dos ecossistemas B C BFragilidade dos ecossistemas B C BPresença de Unidades de Conservação B C BCondição de Balneabilidade A B ADegradação ambiental A B APresença de efluentes (línguas negras) A B APresença de resíduos sólidos (lixo) na orla A B APresença de construções irregulares A B APotencial para aproveitamento mineral * - - -Aptidão agrícola * - - -Potencial para extração vegetal * - - -Potencial pesqueiro B C BAptidão para maricultura * - - -

SociaisPresença de comunidades tradicionais C C C

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Concentração de domicílios de veraneio A A AInfra-estrutura de lazer/turismo C C CCobertura urbana ou urbanização C C CDomicílios servidos por água (%) C C CDomicílios com serviço de esgoto (%) C C CDomicílios servidos por coleta de lixo (%) C C CDomicílios servidos por energia elétrica (%) C C CFormas de acesso C C C

EconômicosPressão imobiliária C C CUso agrícola * - - -Uso para extração vegetal * - - -Uso dos recursos pesqueiros A A AUso para maricultura * - - -Uso para tráfego aquaviário ou portuário* - - -Uso industrial * - - -Aproveitamento mineral * - - -Atividades petrolíferas * - - -Atividades turísticas B B B

* Não existe neste trecho de orla

Unidade de Paisagem 2 – Falésia viva com planície em processo de urbanização2.1-Trecho: Cabo Branco, Seixas e Penha – Classe BDo girador da última quadra da Praia do Cabo Branco até a Foz do Rio Cabelo, na Praia da Penha.

Parâmetros ambientais SituaçãoAtual Tendência Situação

desejadaCobertura vegetal nativa (%) A C AValores cênicos A B AIntegridade dos ecossistemas B C AFragilidade dos ecossistemas B C APresença de Unidades de Conservação B C BCondição de Balneabilidade A A ADegradação ambiental B C APresença de efluentes (línguas negras) A A APresença de resíduos sólidos (lixo) na orla B B APresença de construções irregulares A B APotencial para aproveitamento mineral A A AAptidão agrícola * - - -Potencial para extração vegetal * - - -Potencial pesqueiro B C BAptidão para maricultura A B A

SociaisPresença de comunidades tradicionais B C B

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Concentração de domicílios de veraneio A A AInfra-estrutura de lazer/turismo A B ACobertura urbana ou urbanização A B ADomicílios servidos por água (%) B C CDomicílios com serviço de esgoto (%) A B CDomicílios servidos por coleta de lixo (%) B C CDomicílios servidos por energia elétrica (%) C C CFormas de acesso B C C

EconômicosPressão imobiliária A B BUso agrícola * - - -Uso para extração vegetal * - - -Uso dos recursos pesqueiros A B BUso para maricultura A B BUso para tráfego aquaviário ou portuário A A AUso industrial * - - -Aproveitamento mineral A A AAtividades petrolíferas * - - -Atividades turísticas A C B

* Não existe neste trecho de orla

Unidade de Paisagem 3 – Falésia, praia rústica e loteamento de segunda residência.3.1-Trecho: Costa do Sol – Classe AFoz do Rio Cabelo, na Praia da Penha até o início do Loteamento Barra do Gramame.

Parâmetros ambientais Situaçãoatual Tendência Situação

desejadaCobertura vegetal nativa (%) A B AValores cênicos A B AIntegridade dos ecossistemas B C AFragilidade dos ecossistemas A B APresença de Unidades de Conservação A B ACondição de Balneabilidade A B ADegradação ambiental A B APresença de efluentes (línguas negras) A B APresença de resíduos sólidos (lixo) na orla C C APresença de construções irregulares A B APotencial para aproveitamento mineral * - - -Aptidão agrícola A B APotencial para extração vegetal * - - -Potencial pesqueiro B C BAptidão para maricultura A B A

SociaisPresença de comunidades tradicionais B C B

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Concentração de domicílios de veraneio * - - -Infra-estrutura de lazer/turismo A B ACobertura urbana ou urbanização A B ADomicílios servidos por água (%) * - - -Domicílios com serviço de esgoto (%) * - - -Domicílios servidos por coleta de lixo (%) * - - -Domicílios servidos por energia elétrica (%) C C CFormas de acesso B B B

EconômicosPressão imobiliária A B BUso agrícola *** B C BUso para extração vegetal C C CUso dos recursos pesqueiros A B BUso para maricultura A A AUso para tráfego aquaviário ou portuário A A AUso industrial * - - -Aproveitamento mineral * A A -Atividades petrolíferas * - - -Atividades turísticas A B B

* Não existe neste trecho de orla*** Não é só devido à alteração dos ambientes naturais

Unidade de Paisagem 3 – Falésia, praia rústica e loteamento de segunda residência.3.2-Trecho Gramame – Classe ADo início do Loteamento Barra do Gramame até o limite sul do Município, no Estuário do Rio Gramame.

Parâmetros ambientais Situaçãoatual Tendência Situação

desejadaCobertura vegetal nativa (%) B C BValores cênicos B C BIntegridade dos ecossistemas B C BFragilidade dos ecossistemas A B APresença de Unidades de Conservação B C BCondição de Balneabilidade A B ADegradação ambiental A B APresença de efluentes (línguas negras) A B APresença de resíduos sólidos (lixo) na orla A B APresença de construções irregulares A B APotencial para aproveitamento mineral * - - -Aptidão agrícola A A APotencial para extração vegetal * - - -Potencial pesqueiro A B AAptidão para maricultura A B A

SociaisPresença de comunidades tradicionais B C B

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Concentração de domicílios de veraneio C C CInfra-estrutura de lazer/turismo * - - -Cobertura urbana ou urbanização A B BDomicílios servidos por água (%) * - - -Domicílios com serviço de esgoto (%) * - - -Domicílios servidos por coleta de lixo (%) * - - -Domicílios servidos por energia elétrica (%) C C CFormas de acesso A B B

EconômicosPressão imobiliária A B AUso agrícola *** C C CUso para extração vegetal * - - -Uso dos recursos pesqueiros A B BUso para maricultura A A AUso para tráfego aquaviário ou portuário A A AUso industrial * - - -Aproveitamento mineral * - - -Atividades petrolíferas * - - -Atividades turísticas A B B

* Não existe neste trecho de orla*** Não é só devido à alteração dos ambientes naturais.

Unidade de Paisagem 4 (Especial Compartilhada) – Foz do Rio Jaguaribe4.1-Trecho Mangue do Rio Jaguaribe – Classe AÍnício na desembocadura do Rio Jaguaribe e vai até o limite da vegetação de mangue.

Parâmetros ambientais Situaçãoatual Tendência Situação

desejadaCobertura vegetal nativa (%) A B AValores cênicos A B AIntegridade dos ecossistemas A B AFragilidade dos ecossistemas A B APresença de Unidades de Conservação C C ACondição de Balneabilidade B C BDegradação ambiental A B APresença de efluentes (línguas negras) A B APresença de resíduos sólidos (lixo) na orla A B APresença de construções irregulares A B APotencial para aproveitamento mineral * - - -Aptidão agrícola * - - -Potencial para extração vegetal B C BPotencial pesqueiro B C BAptidão para maricultura A B A

SociaisPresença de comunidades tradicionais C C CConcentração de domicílios de veraneio * - - -

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Infra-estrutura de lazer/turismo * - - -Cobertura urbana ou urbanização * - - -Domicílios servidos por água (%) * - - -Domicílios com serviço de esgoto (%) * - - -Domicílios servidos por coleta de lixo (%) * - - -Domicílios servidos por energia elétrica (%) * - - -Formas de acesso B C B

EconômicosPressão imobiliária C C CUso agrícola * - - -Uso para extração vegetal * - - -Uso dos recursos pesqueiros A A AUso para maricultura A A AUso para tráfego aquaviário ou portuário * - - -Uso industrial * - - -Aproveitamento mineral * - - -Atividades petrolíferas * - - -Atividades turísticas A A A

* Não existe neste trecho de orla

Unidade de Paisagem 4 (Especial Compartilhada) – Foz do Rio Jaguaribe4.2-Trecho Rio Jaguaribe – Classe CÍnício na desembocadura do Rio Jaguaribe e vai até o limite da vegetação de mangue.

Parâmetros ambientais Situaçãoatual Tendência Situação

desejadaCobertura vegetal nativa (%) C C BValores cênicos C C BIntegridade dos ecossistemas C C BFragilidade dos ecossistemas B C APresença de Unidades de Conservação C C ACondição de Balneabilidade C C BDegradação ambiental C C APresença de efluentes (línguas negras) C C APresença de resíduos sólidos (lixo) na orla C C APresença de construções irregulares C C APotencial para aproveitamento mineral * - - -Aptidão agrícola * - - -Potencial para extração vegetal * - - -Potencial pesqueiro * - - -Aptidão para maricultura C C A

SociaisPresença de comunidades tradicionais * - - -

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Concentração de domicílios de veraneio * - - -Infra-estrutura de lazer/turismo * - - -Cobertura urbana ou urbanização * * - - -Domicílios servidos por água (%) C C CDomicílios com serviço de esgoto (%) A C CDomicílios servidos por coleta de lixo (%) A B CDomicílios servidos por energia elétrica (%) C C CFormas de acesso B C C

EconômicosPressão imobiliária C C CUso agrícola C C CUso para extração vegetal * - - -Uso dos recursos pesqueiros * - - -Uso para maricultura * - - -Uso para tráfego aquaviário ou portuário * - - -Uso industrial * - - -Aproveitamento mineral * - - -Atividades petrolíferas * - - -Atividades turísticas * - - -

* Não existe neste trecho de orla* * O trecho não se caracteriza na classificação sugerida

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Vista panorâmica do bairro de Manaíra – trecho 1.2

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Vista panorâmica da praia do Cabo Branco, com barreira ao fundo – ZEP4

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Ponta do Cabo Branco. Marco Náutico – Farol.

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Praia do Seixas invadindo a área de uso comum . Remoção da vegetação da falésia.

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Praia do Seixas.Barracas em áreade uso comum.Contenção deerosão.

Praça do SolNascente

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Coqueiral – propriedade privada na beira mar. Início da área para implantação do Projeto Costa do Sol.

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Vista panorâmica doestuário do rio Aratú. Áreado Projeto Costa do Sol.

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Vista panorâmica do hotel Tambaú

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Vista panorâmica da praia do Cabo Branco, com barreira ao fundo – ZEP4

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BIBLIOGRAFIA

JOÃO PESSOA, Código de Posturas, Lei Complementar N.º 07 Prefeitura Municipal de João Pessoa, 1995

JOÃO PESSOA ,Código Municipal de Meio Ambiente, Lei Complementar n. 05 de agosto de 2002.

PARAÍBA, Constituição do Estado da Paraíba, 1989

GEOCONSULT, Consultoria, Geologia e Meio ambiente, Projeto de Regeneração da Praia de Cabo Branco, Estudo de Impacto Ambiental, João Pessoa-Pb, 2003.

JOÃO PESSOA, Plano Diretor, Lei Complementar nº 03, 1992.

JOÃO PESSOA, Lei Orgânica para o Município de João Pessoa, 1990.

PRODETUR, Pólo Turístico Cabo Branco, João Pessoa, 1998.

JOÃO PESSOA, Perfil do Municipio de João Pessoa, João Pessoa, atualizado parcialmente agosto de 2003

NÓBREGA, Tânia Maria Queiroga, A Problemática da Drenagem Urbana em Planícies Costeiras, Dissertação de Mestrado, 2002

BRASIL, Extrato Da Normam – Normas da Autoridade Marítima para Amadores, Embarcações de Esporte e ou Recreio e para Cadastramento e Funcionamento das Marinas,Clubes e Entidades Desportivas Náuticas, 03/2004.

BRASIL, DECRETO Nº 3.725 , Regulamenta a Lei n o 9.636, de 15 de maio de 1998, que dispõe sobre a regularização, administração, aforamento e alienação de bens imóveis de domínio da União, e dá outras providências, 2001.

PARAÍBA, Plano de Gestão da Região Metropolitana de João Pessoa, João Pessoa, 1997.

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Coletânea da Legislação citada

I - EXTRATO DA NORMAM 03/2004

Normas da Autoridade Marítima paraAmadores, Embarcações de Esporte e ou Recreio epara Cadastramento e Funcionamento das Marinas,Clubes e Entidades Desportivas Náuticas (NORMAM–03/DPC)

1-1 - NORMAM-03/DPC CAPÍTULO 1 CONSIDERAÇÕES GERAIS – DEFINIÇÕES

0101 -CONSIDERAÇÕES INICIAISA NORMAM-03/DPC decorre do que estabelece a Lei n o 9.537, de 11 de dezembro de 1997, que dispõe sobre a segurança do tráfego aquaviário - LESTA, e do Decreto n o 2.596 de 18 de maio de 1998 - RLESTA, que a regulamenta.

0102 -PROPÓSITOEstabelecer normas e procedimentos sobre o emprego das embarcações de esporte e/ou recreio e atividades correlatas NÃO COMERCIAIS visando à segurança da navegação, à salvaguarda da vida humana no mar e à prevenção contra a poluição do meio ambiente marinho por tais embarcações.

0103 -COMPETÊNCIACompete à Diretoria de Portos e Costas (DPC) estabelecer as normas de tráfego e permanência nas águas nacionais para as embarcações de esporte e/ou recreio, sendo atribuição das Capitanias dos Portos (CP), suas Delegacias (DL) e Agências (AG) a fiscalização do tráfego aquaviário, nos aspectos relativos à segurança da navegação, à salva-guarda da vida humana e à prevenção da poluição ambiental, bem como o estabelecimento de Normas de Procedimentos relativas à área sob sua jurisdição. Compete aos Municípios estabelecer o ordenamento do uso das praias, especificando as áreas destinadas a banhistas e à prática de esportes, através do Plano Municipal de Gerenciamento Costeiro, observadas as diretrizes dos Planos Nacional e Estadual de Gerenciamento Costeiro.

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Assim, a fiscalização do tráfego de embarcações nas áreas adjacentes às praias, quer sejam marítimas, fluviais ou lacustres, poderá ser delegada às administrações municipais, visando a dar proteção à integridade física de banhistas, desportistas e assemelhados.

0104 -APLICAÇÃOEstas normas deverão ser observadas por todas as embarcações e equipamentos empregados exclusivamente na atividade não comercial de esporte e/ou recreio. As embarcações ou equipamentos empregados e/ou classificados para operar em outras atividades, que englobem ou não uma finalidade comercial, mesmo que eventual-mente, deverão atender aos requisitos estabelecidos em outras instruções específicas da DPC.A presente Norma estabelece procedimentos a serem cumpridos desde a construção das embarcações até sua fiscalização pelos órgãos competentes.

0105 -CONSELHO DE ASSESSORAMENTOAs CP, suas DL e AG criarão os Conselhos de Assessoramento, coordenados pelo titular da OM e constituídos por representantes de autoridades estaduais e/ou municipais, marinas, clubes, entidades desportivas e associações náuticas e outros segmentos da comunidade, que se reunirão semestralmente, ou a critério dos Capitães dos Portos, Delegados ou Agentes para deliberarem sobre ações a serem implementadas, com o objetivo de desenvolver elevados padrões de comportamento nos navegantes.

0109 - ÁREAS SELETIVAS PARA A NAVEGAÇÃOa) As embarcações, equipamentos e atividades que interfiram na navegação,

trafegando ou exercendo suas atividades nas proximidades de praias do litoral e dos lagos, lagoas e rios, deverão respeitar os limites impostos para a navegação, de modo a resguardar a integridade física dos banhistas;

b) Considerando como linha base, a linha de arrebentação das ondas ou, no caso de lagos e lagoas onde se inicia o espelho d’água, são estabelecidos os seguintes limites, em áreas com freqüência de banhistas:1) embarcações utilizando propulsão a remo ou a vela poderão trafegar a

partir de cem (100) metros da linha base;

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2) embarcações de propulsão a motor, reboque de esqui aquático, pára-quedas e painéis de publicidade, poderão trafegar a partir de duzentos (200) metros da linha ba-se;

3) embarcações de propulsão a motor ou à vela poderão se aproximar da linha base para fundear, caso não haja nenhum dispositivo contrário estabelecido pela autoridade competente. Toda aproximação deverá ser feita perpendicular à linha base e com velocidade não superior a 3 (três) nós, preservando a segurança dos banhistas;

c) As embarcações de aluguel, que operam nas imediações das praias e margens, deverão ter suas áreas de operação perfeitamente delimitadas, pelos proprietários das embarcações, através de bóias devidamente aprovadas pela CP/DL ou AG. A atividade deverá ser autorizada pelas autoridades competentes sendo os seus limites então estabelecidos;

d) Compete ao poder público estadual e, especialmente, ao municipal, através dos planos decorrentes do Plano Nacional de Gerenciamento Costeiro, estabelecer os diversos usos para os diferentes trechos de praias ou margens, demarcando as áreas, em terra, para jogos e banhistas, bem como, na água, as áreas de banhistas e de prática de esportes náuticos. Poderão, ainda, estabelecer, nessas imediações, áreas restritas ou proibidas à operação de equipamentos destinados ao entretenimento aquático, inclusive rebocados. O uso de pranchas de “surf” e “wind -surf” somente será permitido nas áreas especialmente estabelecidas para essa finalidade; e

e) Em princípio, a extremidade navegável das praias, ou outra área determinada pelo poder público competente, é o local destinado ao lançamento ou recolhimento de embarcações da água ou embarque e desembarque de pessoas ou material, devendo ser perfeitamente delimitada e indicada por sinalização aprovada pela Autoridade Marítima. O fundeio nessa área será permitido apenas pelo tempo mínimo necessário ao embarque ou desembarque de pessoal, material ou para as faixas de recolhimento ou lançamento da embarcação; .

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II -DECRETO Nº 3.725 , DE 10 DE JANEIRO DE 2001.

Regulamenta a Lei no 9.636, de 15 de maio de 1998, que dispõe sobre a regularização, administração, aforamento e alienação de bens imóveis de domínio da União, e dá outras providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, inciso IV, da Constituição, e tendo em vista o disposto no art. 49 da Lei no 9.636, de 15 de maio de 1998,DECRETA:

Art. 14. A utilização, a título precário, de áreas de domínio da União será autorizada mediante outorga de permissão de uso pelo Secretário do Patrimônio da União, publicada resumidamente no Diário Oficial.§ 1º Do ato de outorga constarão as condições da permissão, dentre as quais:I - a finalidade da sua realização;II - os direitos e obrigações do permissionário;III - o prazo de vigência, que será de até três meses, podendo ser prorrogado por igual período;IV - o valor da garantia de cumprimento das obrigações, quando necessária, e a forma de seu recolhimento;V - as penalidades aplicáveis, nos casos de inadimplemento; eVI - o valor e a forma de pagamento, que deverá ser efetuado no ato de formalização da permissão.§ 2º Os equipamentos e as instalações a serem utilizados na realização do evento não poderão impedir o livre e franco acesso às praias e às águas públicas correntes e dormentes.§ 3º Constituirá requisito para que se solicite a outorga de permissão de uso a comprovação da prévia autorização pelos órgãos federais, estaduais e municipais competentes para autorizar a realização do evento.§ 4º Durante a vigência da permissão de uso, o permissionário ficará responsável pela segurança, limpeza, manutenção, conservação e fiscalização da área, comprometendo-se, salvo autorização expressa em contrário, a entregá-la, dentro do prazo, nas mesmas condições em que inicialmente se encontrava.§ 5º O simples início da utilização da área, ou a prestação da garantia, quando exigida, após a publicação do ato de outorga, independentemente de qualquer outro ato especial, representará a concordância do permissionário com todas as condições da permissão de uso estabelecidas pela autoridade competente.§ 6º Nas permissões de uso, mesmo quando gratuitas, serão cobrados, a título de ressarcimento, os custos administrativos da União, relacionados direta ou indiretamente com o evento.§ 7º A Secretaria do Patrimônio da União estabelecerá os parâmetros para a fixação do valor e da forma de pagamento na permissão de uso de áreas da União.§ 8º A publicação resumida identificará o local de situação da área da União, o permissionário e o período de vigência da permissão.

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Art. 18. As áreas necessárias à gestão ambiental, à implantação de projetos demonstrativos de uso sustentável dos recursos naturais e dos ecossistemas costeiros, de compensação por impactos ambientais, relacionados com instalações portuárias, marinas, complexos navais e outros complexos náuticos, desenvolvimento do turismo, de atividades pesqueiras, da aqüicultura, da exploração de petróleo e gás natural, de recursos hídricos e minerais, aproveitamento de energia hidráulica e outros empreendimentos considerados de interesse nacional, serão reservadas segundo os seguintes critérios:I - a identificação das áreas a serem reservadas será promovida conjuntamente pela Secretaria do Patrimônio da União e órgãos e entidades técnicas envolvidas, das três esferas de governo, federal, estadual e municipal, e das demais entidades técnicas não governamentais, relacionadas com cada empreendimento, inclusive daqueles ligados à preservação ambiental, quando for o caso;II - as áreas reservadas serão declaradas de interesse do serviço público, mediante ato do Secretário do Patrimônio da União, em conformidade com o que prevê o parágrafo único do art. 5º do Decreto-Lei nº 2.398, de 21 de dezembro de 1987;III - quando o empreendimento envolver áreas originariamente de uso comum do povo, a utilização dar-se-á mediante cessão de uso, na forma do art. 18 da Lei nº 9.636, de 1998, condicionada, quando for o caso, à apresentação do Estudo de Impacto Ambiental e respectivo relatório, devidamente aprovados pelos órgãos competentes, observadas as demais disposições legais pertinentes; eIV - no desenvolvimento dos empreendimentos deverão ser observados, sempre que possível, os parâmetros estabelecidos pelo Secretário do Patrimônio da União para a utilização ordenada de imóveis de domínio da União.Art. 19. O Secretário do Patrimônio da União disciplinará, em instrução normativa, a utilização ordenada de imóveis da União e a demarcação dos terrenos de marinha, dos terrenos marginais e das terras interiores.

Art. 20. Este Decreto entra em vigor na data da sua publicação.

III - Código de Posturas, Lei Complementar N.º 07 Prefeitura Municipal de João Pessoa, 1995

CAPÍTULO IVDO CONTROLE DOS DIVERTIMENTOS E FESTEJOS PÚBLICOS

Art. 70 - Para a promoção de festejos nos logradouros públicos ou em recintos fechados de livre acesso ao público, será obrigatório a licença prévia fornecida pelo setor competente da Prefeitura Municipal.

§ 1° - As exigências deste artigo são extensivas aos bailes públicos de caráter popular tais como: armação de circo, parque de diversões, feiras de negócios e similares.

§ 2° - A autorização de funcionamento de que trata o parágrafo anterior não será concedido por prazo superior a 60 (sessenta) dias, podendo ser renovada a critério da Prefeitura.

§ 3° - Excetuam-se das prescrições deste artigo as reuniões de qualquer natureza, sem convites ou entradas pagas, realizadas por clubes ou Entidades profissionais ou beneficentes, órgãos públicos ou empresas' em suas sedes. bem como, as realizadas em residências.

Art. 71 - Os circos e parques de diversões, embora autorizados, só poderão ter seu funcionamento liberado depois de vistoriados em todas as suas instalações, pelas autoridades competentes, visando principalmente a segurança do público em geral.

Art. 72 - Não será permitida a interdição e a utilização das vias publicas para a prática de esportes ou festividades de qualquer natureza, excetuando-se todas as áreas projetadas e executadas como ruas de lazer, quando receberem anuência da maioria dos moradores do entorno.

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§ 1° - Ressalvam-se as competições esportivas e festividades promovidas ou admitidas pelos órgãos públicos eompetentes, em vias principais e coletoras mediante autorização do órgão competente da Prefeitura, por período rido superior a 10 (dez) dias.

§ 2° - Nos casos de eventos musicais, a licença prévia será fornecida pelo órgão competente da Prefeitura Municipal.

Art. 73 - Para viabilizar situações de especial peculiaridade, atendendo as aspirações e tradições culturais da populacho, Prefeitura Municipal poderá interditar, para os referidos Ventos, provisoriamente os logradouros públicos, desde que sejam observadas as determinações legais, velando para que se atenuem os inconvenientes para a comunidade residente, no entorno do local de realização do evento.

Art. 74 - Nas competições esportivas e nos espetáculos públicos, em que se exige pagamento de entradas, são proibidas alterações nos programas anunciadas e modificações nos horários estabelecidos, depois de iniciada a venda dos ingressos

Art. 75 As entradas para competições esportistas e espetáculos públicos nato poderão ser vendidas por preço superior ao anunciado, riem em número excedente à lotação do estádio, ginásio, teatro ou qualquer outro local em que se realizar o evento.

Art. 76 - Nos estádios, ginásios, campos esportivos e qualquer outros locais onde se realizarem competições esportivas ou espetáculos públicos, é proibido, por ocasião destes, o porte de garrafas, objetos cortantes, mastros, fogos de artifícios e quaisquer outros objetos que possam causar danos físicos a terceiros.

Art. 77 - Na realização de eventos populares no Parque Solon de Lucena, como permite o Plano Diretor do Município através do artigo 41, inciso VII, deve ser observado a adequação do evento, à legislação de preservação do meio ambiente e às características do parque.

Art. 78 - Nas áreas de preservação ambiental e histórico-cultural deverão ser observadas as normas técnicas e toda legislação existente, quando da realização de eventos populares e festejos públicos.

Art. 79 - As demais normas pertinentes ao licenciamento de que trata este Capitulo, estão contídas no Titulo IV, capitulo IV - Do fumcionamento de casas e locais de diversões públicas deste Código.

Art. 80 - O prazo estabelecido para o cumprimento das normas deste Capitulo é de 06 (seis) dias, exceto para o artigo 76 que é de 24 00 hs (vinte e quatro) horas.

CAPITULO VDA UTILIZAÇÃO DOS LOGRADOUROS PÚBLICOSSEÇÃO IDOS SERVIÇOS E OBRAS NOS LOGRADOUROS PÚBLICOS

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Art. 81 - Nenhum serviço ou obra poderá ser executado nos logradouros públicos sem prévia licença do órgão competente da Prefeitura, exceto quando se tratar de reparo de emergência nas instalações hidráulicas, elétricas, telefônicas ou qualquer outro serviço de infra-estrutura urbana, permanecendo em vigor o que estabelece a Lei N" 6 904, de 18/12/91, que dispõe sobre a Proteção de Bens Públicos de Uso Comum.

§ 1° - A execução dos serviços do manutenção e reparo nas vias públicas de intenso transito, serão realizados nos horários de menor movimento.

§ 2° - Os danos causados em logradouros públicos deverão ser reparados pelo seu causador, dentro de 24 (vinte e quatro) horas, sob pena de fazê-lo a Prefeitura, cobrando ao responsável a quantia dispendida, acrescida de 20% (vinte por cento) ao mês, até o limite de 100% (cera por cento), reajustada mensalmente com base no valor de referencia monetária Municipal vigente a Época sem prejuízos das demais penalidades.

§ 3° - A interdição, mesmo que parcial da via publicas depende da prévia autorização do órgão responsável pelo transito Municipal, que deverá ser comunicado do termino das obras ou serviços, para que seja recomposta a sinalização e liberado o tráfego de veículos.

§ 4° - Os logradouros publicas interditados só poderão ser fechados com tapumes, quando a obra objetivar a implantação de um serviço e infra-estrutura urbana de uso coletivo.

§ 5° - As obras realizadas em logradouros públicos que causem danos ou desvalorizem bens particulares, somente poderão ser executadas com o pagamento de indenização aos respectivos proprietárias, do mesmo modo que serão cobradas contribuições de melhoria, quando as obras públicas valorizarem bens particulares.

Art. 82 - Salvo para permitir o acesso de veículos à garagem, ou para facilitar a locomoção de pessoas portadoras de necessidades especiais, é proibido o rebaixamento dos meios-fios das calçadas.

Art. 83 - Nos passeias com largura interior a 3,75m (três metros e setenta e cinco centímetros) rido é permitido colocar nenhum tipo de impedimento corno plantas e arbustos espinhosos, jardineiras, correntes, moirões e similares.

Art. 84 - Depende de prévia autorização da Prefeitura Municipal a instalação nas vias e passeias publicas de:

I. caixas coletoras de correspondência e de pontos de telefona,II caixas bancária eletrônicas;III relógios, esculturas, monumentos, desde que comprovada a sua necessidade ou seu valor artístico cultural ou cívicoIV. hidrantes,V. cabinas para instalação de segurança públicaVl. e similares.

Art. 85 - E vedado nos logradouros públicos.

1. transitar ou estacionar veículos nos trechos das vias interditadas para execução das obras.

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II. inserir quebra-molas redutores de velocidade e afins no leito das vias, sem autorização prévia da Prefeitura Municipal e do órgão responsável pelo transito urbano.

Parágrafo Único - O veiculo encontrado em via interditada para. obras será apreendido e transportado para local determinado pela Prefeitura e só será liberado mediante pagamento de multa.Art. 86 - O prazo estabelecido para o cumprimento das normas desta seção é de 24 (vinte e quatro)

horas.

SEÇÃO IIDAS lNVASÕES E DAS DEPREDAÇÕES DAS ÁREAS E, LOGRADOUROS PÚBLICOS

Art. 87 - É proibido, a invasão de logradouros e áreas públicas Municipais, de conformidade com a Lei Federal N° 6.766 - Parcelamento do Solo Urbano, e com o Código de Urbanismo.

Parágrafo Único - O não comprimento desta norma sujeita o infrator, além das penalidades previstas na Lei Federal e Municipal, a ter a obra, permanente ou provisória, demolida pelo órgão competente da Prefeitura, com a remoção dos materiais resultantes, sem indenização, bem como qualquer responsabilidade de revogação.

Art. 88 - Não é percutido a depredação, pichamento ou a destruição de qualquer obra, instalação ou equipamento público, ficando os infratores obrigados ao ressarcimento dos danos causados sem prejuízo das penalidades aplicáveis.

Parágrafo Único - Os comerciantes que revendem no atacado e varejo tinta Spray ou similar' ficam obrigados a remeterem mensalmente a SEMMA, SUDEMA e Secretaria de Segurança Pública do Estado' o Cadastro contendo nome, endereço, número da Carteira de Identidade dos adquirentes de tais produtos.

Art. 89 - O prazo estabelecido para cumprimento das normas desta seção é de 24 (Vinte e quatro) horas.

IV - CÓDIGO DE MEIO AMBIENTE Lei Complementar n. 05 de agosto de 2002.

SEÇÃO VIo ZONA COSTEIRA

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Art. 31. Zona Costeira – Espaço

geográfico de interação do ar, do mar

e da terra, incluindo seus recursos

ambientais, abrangendo as seguintes

faixas:

I – Faixa Marítima – é a

faixa que se estende do continente

para o mar até a distância de doze

milhas marítimas, medidas a partir do

nível médio das preamares de sizígia,

compreendendo, portanto a totalidade

do mar territorial;

II – Faixa Terrestre – é a

faixa do continente que sofre influência

direta dos fenômenos ocorrentes na

Zona Costeira, até os limites do

Município.

Art. 32. Praias – são bens públicos de uso comum, sendo assegurado, livre e franco acesso a elas e ao mar, em qualquer direção e sentido, ressalvados os trechos considerados de interesse estratégico ou incluídas em áreas protegidas por legislação específica.

§ 1º Entende-se por praia a área coberta e descoberta pelo fluxo e refluxo das marés, acrescida da faixa imediatamente superior, pós-praia, constituída por sedimentos inconsolidados ou por substrato rochoso, desde que povoados pelas plantas halófilas, constituintes da vegetação pioneira e sua fauna associada;

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§ 2º - Não será permitida nessas áreas a urbanização ou qualquer forma de utilização do solo que impeça ou dificulte o acesso assegurado no caput deste artigo;

§ 3º - De conformidade com a legislação federal, o Município determinará as características e as modalidades de acesso que garantam o uso público das praias e do mar.

CAPÍTULO VII

DO GERENCIAMENTO COSTEIRO

Art. 33. O gerenciamento costeiro tem por finalidade primordial o estabelecimento de normas gerais visando à gestão ambiental da Zona Costeira, lançando as bases para a formulação de políticas específicas de contexto ecológico.

Art. 34. A zona costeira é o território especialmente protegido, objeto de gerenciamento específico, que tem por finalidade planejar, disciplinar, controlar usos e empreendimentos, assim como processos que causem ou possam vir a causar degradação ambiental.

Parágrafo único. Denomina-se zona costeira do Município de João Pessoa, objeto do gerenciamento citado no caput deste artigo, a faixa de quinhentos metros de largura, medidos a partir do nível médio das preamares de sizígia, em direção ao interior do continente, constituindo-se em patrimônio ambiental, cultural, paisagístico, histórico e ecológico do município.

Art. 35. O gerenciamento costeiro será realizado com base na Legislação Federal, na Constituição Estadual, pelo que consta do artigo 229 e na Lei Orgânica do Município, de conformidade com o que está disposto em seu artigo 175 e no artigo 25 do Plano Diretor do Município de João Pessoa, observando-se os seguintes princípios:

I – Nas áreas a serem loteadas, a primeira quadra da praia distará cento e cinqüenta metros do nível médio das marés de sizígia, em direção ao interior do continente;

II – Nas áreas já loteadas, a construção de edificações obedecerá a um escalonamento vertical que terá como altura máxima inicial o gabarito de 12,90m, compreendendo pilotis e três andares, podendo atingir o máximo de 35m de altura na faixa de quinhentos metros.III – Nos equipamentos hoteleiros será facultativo o pavimento em pilotis, sendo que o pavimento térreo só poderá ser utilizado como área de serviço, ficando vedado, sob qualquer hipótese, a ocupação do mesmo por unidades habitacionais;

IV – As edificações deverão obedecer a critérios que garantam a aeração e iluminação natural bem como existência de infra-estrutura urbana, compatibilizando-os, em cada caso, com as normatizações de adensamento demográfico, taxa de ocupação e índice de aproveitamento;

V – Proteger e restaurar áreas significativas e representativas dos ecossistemas costeiros que tenham sido degradadas ou descaracterizadas.

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Art. 36. É proibido o corte ou a retirada da vegetação protetora da duna existente nas praias.

Art. 37. O plantio e corte deverá receber a autorização da Secretaria de Meio Ambiente do Município de João Pessoa.

V - LEI ORGÂNICA PARA O MUNICÍPIO DE JOÃO PESSOA

SEÇÃO IVDa Política de Meio Ambiente

Artigo 175 - A zona costeira no território do Município de João Pessoa, é patrimônio ambiental, cultural, paisagístico, histórico e ecológico, na faixa de quinhentos metros de largura, a partir de preamar, da Sizígia , para interior do continente, cabendo ao Município sua defesa e preservação.

§ 1º - O Plano Diretor do Município de João Pessoa disciplinará as construções na zona costeira, obedecendo, entre outros, os seguintes requisitos:

a) nas áreas a serem loteadas e urbanizadas, a primeira quadra da praia distará cento e cinqüenta metros da maré de Sizígia, para o interior do continente, observando o disposto neste artigo;

b) nas áreas já urbanizadas ou loteadas, a construção de edificações, obedecerá um estacionamento vertical que terá como altura máxima inicial o gabarito de doze metros e noventa centímetros, compreendendo pilotis e três andares, podendo atingir no máximo trinta e cinco metros de altura na faixa de quinhentos metros mencionada no caput deste artigo;

c) nos equipamentos hoteleiros, será facultativo o pavimento em pilotis, sendo que o pavimento térreo só poderá ser utilizado como áreas de componentes de serviços, ficando vedado, sob qualquer hipótese, a ocupação do mesmo por unidades habitacionais.

§ 2º - As construções referidas no parágrafo anterior deverão obedecer a critérios que garantam a aeração, iluminação e existência de infra-estrutura urbana, compatibilizando-os em cada caso, com os referenciais de adensamento demográfico, taxa de ocupação e índice de aproveitamento.

VI - Plano Diretor, Lei Complementar nº 03, 1992

Seção II - Da Orla MarítimaArt. 25. A restrição adicional da Orla Marítima visa a cumprir os Arts. 22~3 da Constituição Estadual e 175 da Lei Orgânica para o Município de João Pessoa, quanto a altura máxima das edificações situadas emuma faixa de 500 metros ao longo da orla e a partir da linha de testada da primeira quadra da orla em direção ao interior do continente, cujo calculo será efetuado da seguinte forma:I - toma-se a distancia que vai do ponto media da testada principal do lote ou da gleba, ao ponto mais próximo da testada da primeira quadra contígua a orla marítima e mais próxima a ela;II - a altura máxima da edificação, medida a partir da altura da linha do meio-fio da testada do imóvel ate o ponto mais alto da cobertura, será igual 12,90 metros, mais a distancia calculada no inciso anterior vezes 0,0442.Parágrafo único - O Mapa 2, que e parte integrante desta lei, demarca a faixa de 500 (quinhentos) metros onde a altura máxima das edificações de todos os lotes ou glebas nela contidos devem ser calculados de acordo com o disposto neste artigo.

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Seção III - Do Altiplano do Cabo BrancoArt. 26. A restrição adicional do Altiplano do Cabo Branco deve ser objeto de regulamentação especifica no Código de Zoneamento, no Código de Parcelamento do Solo e no Código de Obras e Edificações, para permitir sua ocupação ordenada contemplando obrigatoriamente:I - a delimitação precisa e as formas de viabilizar a implantação do Parque Estadual do Cabo Branco - Zona Especial de Preservação;II - uma Densidade Bruta de ate 50 hab./ha e limitação na altura das edificações de modo a preservar paisagisticamente a falésia e a Ponta do Cabo Branco;III - a utilização do instrumento do Consorcio Imobiliário como forma de viabilizar a ocupação da área e de recuperar os investimentos publico.

Seção IV - Do Cone de Proteção ao Vôo do AeroclubeArt. 27. Aplicam-se as edificações delimitadas pelo Cone de Proteção ao vôo do Aeroclube, as restrições definidas em legislação especifica do Departamento da Aeronáutica Civil - DAC.Seção V - Dos Empreendimentos de ImpactoArt. 28. Empreendimentos de Impacto são aqueles, publico ou privados, que quando implantados, venham a sobrecarregar a infra-estrutura básica, a rede viária e de transporte ou provoquem danos ao meio ambiente natural ou construído.Art. 29. São considerados Empreendimentos de Impacto, entre outros a serem definidos por lei:I- (VETADO)II - os empreendimentos sujeitos a apresentação do RIMA - Relatório de Impacto do Meio Ambiente, nos termos da legislação Federal ou Estadual em vigor;III - aqueles com capacidade de reunido de mais de 300 pessoas sentadas.Art. 30. 0 Poder Executivo regulamentara, através de decreto, os procedimentos para a elabore acho do Relatório de Impacto de Vizinhança a - RIV, que devera obrigatoriamente informar sobre:I - a demanda dos serviços de infra-estrutura básica;II - a sobrecarga na rede viária e de transportes;III - os movimentos de terra e a produção de entulho;IV - a absorção de éguas pluviais;V- os danos ao meio ambiente;VI - os padrões funcionais e urbanísticos da vizinhança fica.Art. 31. A Secretaria de Planejamento do Município, ao classificar um empreendimento como de impacto, devera elaborar parecer técnico para a analise do empreendimento pelo Conselho de Desenvolvimento Urbano, devendo indicar as exigências a serem feitas ao empreendedor para que, as suas expensas, realize obras ou adote medidas no sentido de atenuar, compensar ou neutralizar o impacto previsível.

Capitulo III - Das Zonas EspeciaisSeção I - Do Conceito e ClassificaçãoArt. 32. Zonas Especiais são porções do território do Município com destinação especifica e normas próprias de parcelamento, uso e ocupação do solo, compreendendo:I - Zonas Especiais de Interesse Social;II - Zonas Especiais de Preservação.Parágrafo único - A criação de novas Zonas Especiais e a alteração dos perímetros das zonas existentes, devem ser aprovadas em lei, ouvido o Conselho de Desenvolvimento Urbano.

Seção II - Das Zonas Especiais de Interesse SocialArt. 33. Zonas Especiais de Interesse Social são aquelas destinadas primordialmente a produção, manutenção e a recuperação de habitações de interesse social e compreendem:I - terrenos públicos ou particulares ocupados por favelas ou por assentamentos assemelhados, em relação aos quais haja interesse publico em se promover a urbanize acho ou a regularizar, ao jurídica da posse da terra, delimitados no Mapa 3, que e parte integrante desta lei;II - glebas ou lotes urbanos, isolados ou contíguos, não edificados, subutilizados ou não utilizados com área igual ou superior a 1.000 má;III - edificações de valor para o Patrimônio Histórico que abriga ocupação plurifamiliar subnormal.Art. 34. 0 Poder Executivo devera elaborar plano de urbanização para as Zonas Especiais de Interesse Social, que estabelecerá.

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I - padrões específicos para o parcelamento, uso e ocupação do solo e para as edificações;II - as formas de participação da iniciativa privada, em especial dos proprietários de terrenos, dos promotores imobiliários e das associações de moradores na viabilização do empreendimento;III - a fixação de prático e forma de financiamento, transferência ou aquisição das unidades habitacionais a serem produzidas.Parágrafo único - Os proprietários de lotes ou glebas em Zonas Especiais de Interesse Social poderão apresentar propostas de plano de urbanização compatíveis com as diretrizes fornecidas pelo Poder Executivo.Art. 35. 0 Poder Executivo, para promover a regularize acho fundiária nas Zonas Especiais de Interesse Social, poderá:I - utilizar a Concessão Real de Uso, quando o assentamento for sobre arca publica Municipal, mediante lei específica;II - assegurar a prestação de serviço de assistência jurídica e técnica gratuita a populacho de baixa renda, para a promoção da Ação de Usucapião Urbano;III - promover as ações discriminatórias cabíveis, quando for o caso.§ 1°. Em nenhum caso poderá ser utilizada a doação de imóveis.§ 2º. A concessão de uso, não poderá ter prazo superior a 90 (noventa) anos, sendo transferível hereditariamente nos termos da lei civil.§ 3°. Não será permitida a transferência para terceiro, da concessão real de uso, sem a previa autorização da Prefeitura Municipal, ouvido o órgão responsável pela política de habitação do Município.§ 4°. Não será deferida a uma mesma pessoa, mais de 01 (uma) concessão real de uso, a cada intervalo de 10 (dez) anos, salvo nos casos de permuta, devidamente autorizada pela Prefeitura Municipal ouvido o órgão responsável pela política de habitação do Município.Art. 36. Não são passíveis de urbanização e regularização fundiária as favelas, ou assentamentos assemelhados, localizados em arcas de uso publico, nos seguintes casos:I - localizados sobre rede principal de égua ou esgotos ou sob redes de alta tensão;II - localizados em área que apresente risco a segurança de seus ocupantes, constatado através de laudo técnico de orago competente;III - localizados em área destinada a realização de obras de interesse coletivo, sobretudo nas arcas de pragas e de equipamentos de uso institucional;IV - existentes ha menos de doze meses, contados a partir da publicação desta lei.Art. 37. Depois de aprovado o plano de urbanização da Zona Especial de Interesse Social não será permitido o remembramento de lotes, exceto para a implantação de equipamentos comunitários públicos.Art. 38. O Poder Executivo, devera encaminhar anualmente a Câmara Municipal, anexo a proposta orçamentaria, programa de intervenção nas Zonas Especiais de Interesse Social, com indicação dos recursos correspondentes .Seção III - Das Zonas Especiais de PreservaçãoArt. 39. Zonas Especiais de Preservação são porções do território, localizadas tanto na Área Urbana como na Área Rural, nas quais o interesse social de preservado, manutenção e recupere acho de características paisagísticas, ambientais, histéricas e culturais, impõe normas especificas e diferenciados para o uso e ocupação do solo, abrangendo:I – O Centro Histórico da cidade;II - a Falésia do Cabo Branco, o Parque Arruda Câmara, a Mata do Buraquinho, a Mata do Cabo Branco, os manguezais, os mananciais de Marés-Mumbaba e de Gramame, o Altiplano do Cabo Branco, a Ponta e a Praia do Seixas e o Sitio da Gráfica;III - os vales dos rios Jaguaribe, Cuia, do Cabelo, Água Fria, Gramame, Sanhauá, Paraíba, Tambiá, Mandacaru, Timbó, Paratibe, Aratu e Mussuré, na forma da Lei Federal e Estadual;IV - as lagoas do Parque Solon de Lucena, Antônio Lins, João Chagas e as Três Lagoas de Oitizeiro;V - os terrenos urbanos e encostas com declividade superior a 20% (vinte por cento);VI - as praças publicas com áreas superior a 5.000 m2;VII - as arcas tombadas ou preservadas por legislação Municipal, Estadual ou Federal.§ 1° As Zonas Especiais de Preservação a que se referem os incisos I, II, III, estão indicadas no Mapa 3, que e parte integrante desta lei.§ 2° Aplicam-se aos terrenos particulares situados nas Zonas Especiais de Preservação e na Área Urbana o mecanismo de transferência de potencial construtivo, conforme o disposto no

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Art. 47 desta lei e mediante adesão do interessado em programa de preservação e/ou restauração.Art. 40. O Centro Histórico e a portão da Área Urbana definida pelo Decreto Estadual n° 9484, de 10/5/82, e que deve ser objeto de regulamentação especifica, contemplando:I - o estabelecimento de mecanismo conjunto de consulta, aprove acho e fiscalização de projetos e obras entre o Poder Executivo e os órgãos de preservação;II - a utilize acho do instrumento da Operação Urbana;III - uma política gradual de substituição de usos, para aqueles mais adequados a preservação do Centro Histórico e a utilização de lotes vazios e arcas deterioradas em projetos de interesse social;IV - a restrição ao trafego de veículos;V - o uso de incentivos fiscais definidos em lei, que inclusive, estimule a preservação dos imóveis;VI - uma política de intervenção para recuperação das fachadas e volumetrias de imóveis tombados, cadastrados ou de interesse ambientar.

Capitulo IV - Da Circulação e dos TransportesArt. 41. A Política Municipal de Transportes sob a coordenação e responsabilidade da Superintendência de Transportes Públicos - STP, após ouvir o Conselho próprio, devera ser integrada com a Política de Zoneamento de Uso do Solo constante do Código de Urbanismo, e tem por diretrizes:I - o ajuste da oferta a demanda de transporte, de forma a utilizar seus efeitos indutores e a compatibilizar a acessibilidade local as propostas de parcelamento, uso e ocupação do solo;II - a racionalização de uso da estrutura viária e de transportes mediante o remanejamento dos meios e modos existentes. Fica prevista a introdução de novos modos de transporte desde que soja demonstrada a viabilidade segundo os critérios de eficiência econômica e a sua exequibilidade segundo a avalia acho de custos e benefícios sociais;III - a estruturação do sistema de transportes coletivo por ônibus, compreendendo terminais de integração, corredores de grande capacidade e as redes transversais, permitindo a articulação das zonas periféricas entre si e com a zona do Centro Principal;IV - a prioridade da circulação do transporte coletivo na rede viária principal, sobretudo nos corredores de grande capacidade e na zona do Centro Principal;V - a adequação da rede viária principal a melhoria do desempenho da rede de transporte coletivo, em termos de rapidez, conforto, segurança e custos operacionais;VI - a implantação de um sistema de transporte coletivo de grande capacidade e com freqüência controlada nos principais corredores, de forma a otimizar o fluxo e a restringir o numero de veículos nesses eixos e na arca central, especialmente em demanda da cidade baixa;VII - a adequação do sistema de transporte a política de preservação e revitalização do Centro Histórico, permitindo a integração de seus espaços públicos, tendo como polo principal de eventos populares o Parque Solon de Lucena;VIII - a adequação do sistema de transporte publico a política de descentralização e desconcentração do Centro Histórico utilizando o efeito indutor no vigoramento de subcentros ou eixos de comercio e serviços nas zonas de maior adensamento;IX - a implante acho de terminais de carga localizados em função da articulação das redes viárias urbana e regional com os centros de consumo da cidade, compatibilizando com o fluxo do trafego urbano,sobretudo da rede de transporte coletivo;X - adoção da utilização onerosa de espaços públicos, para fins de estacionamento de veículos públicos eprivados, principalmente na arca central, mediante sistema de parqueamento, com tarifa progressiva no tempo;XI - o Plano Diretor devera prever tratamento urbanístico para vias e arcas contíguas a rede estrutural de transportes com o objetivo de garantir a segurança dos cidadãos, do patrimônio ambientar, paisagístico e arquitetônico da cidade.Art. 42. 0 sistema de circulação e transporte do Município de João Pessoa, compreende o transporte publico e a rede viária principal constante do Mapa 4, que e parte integrante desta lei.Art. 43. Os planos, programas e projetos que dizem respeito ao sistema de circulação e de transporte, serão desenvolvidos pelos órgãos competentes respectivos, em articule acho com o órgão central de planejamento, que os submetera a apreciação do Conselho de Desenvolvimento Urbano.

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RESUMO DOS PROJETOS DE INTERVENÇÃO URBANÍSTICA NA ORLA DE JOÃO PESSOA

I - BESSA

TÍTULO DO PROJETO: Implantação, Ampliação e Melhoria de Obras de Infra-Estrutura Urbana- ações de infra estrutura urbana em João Pessoa - implantação do binário do Bessa.

ORIGEM DOS RECURSOS: Ministério das Cidades (processo em tramitação)

VALORES: Solicitado (MPO): R$ 2.457.981,03 Contrapartida (PMJP): R$ 129.367,42 Total do Investimento: R$ 2.587.348,45

JUSTIFICATIVA DO PROJETO:

O bairro do Bessa, um dos mais tradicionais do litoral norte de João Pessoa, apresenta uma densidade habitacional bastante elevada em função do processo de ocupação acelerado a que foi submetido. Essa expansão corresponde à ocupação formal que se dá segundo regras de mercado ou de ações programadas pelo Município que, entretanto, não teve condições de investir o suficiente para o atendimento da demanda por infra-estrutura urbana na área.

A proposta de pavimentação da Avenida Arthur Monteiro Paiva, visa dar uma continuidade

ao binário formado pelas avenidas Argemiro de Figueiredo e Fernando Luiz Henrique dos

Santos, já implantado e em pleno funcionamento. Com a execução das obras haverá a

interligação das avenidas Argemiro de Figueiredo e Arthur Monteiro Paiva, ficando o outro ramo

do binário constituído pelas avenidas Fernando Luiz Henrique dos Santos e Afonso Pena, esta

última também já pavimentada. Desta forma, o Poder Executivo do Município de João Pessoa,

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objetivando oferecer bem-estar e conforto à população residente, bem como promover o

desenvolvimento do turismo na área, se propõe a promover a implantação, pavimentação e

urbanização da Avenida Arthur Monteiro de Paiva e das diversas artérias que fazem a ligação

entre esta e a Avenida Afonso Pena.

II – CONTINUAÇÃO DA Av. JOÃO MAURÍCIO até o Iate Clube

TÍTULO DO PROJETO: Implantação, Ampliação e Melhoria de Obras de Infra-Estrutura Urbana- ações de infra estrutura urbana em João Pessoa - implantação do binário Oceania. (fase de elaboração de projeto)

III – LARGO DA GAMELEIRA

TÍTULO DO PROJETO: Urbanização da Orla Tambaú – Largo da Gameleira.

ORIGEM DOS RECURSOS: Próprios (PMJP)

VALORES: Total do Investimento: R$ (está sendo orçado)

JUSTIFICATIVA DO PROJETO:

O Projeto de Revitalização do Largo da Gameleira faz parte da Intervenção Urbanística que a Prefeitura Municipal de João Pessoa está realizando em toda orla urbanizada. O projeto visa ordenar o Largo da Gameleira, disciplinando a ocupação e resgatando a paisagem com a visão do mar que encontra-se obstruída atualmente com o acúmulo de barracas . Serão relocadas 26 barracas para sete (07) ilhas, as quais ficarão em conjuntos de quatro barracas. O bar e restaurante Bahamas terá sua área reduzida para 60% da original. O mercado de peixes será reformado dentro dos padrões exigidos pela vigilância sanitária ficando com treze boxes e bateria de sanitários.

IV – CABO BRANCO

TÍTULO DO PROJETO: Contenção do Avanço do Mar na Praia do Cabo Branco ORIGEM DOS RECURSOS: Ministério da Integração Nacional (processo em

tramitação)

VALORES: Solicitado (M I N): R$ 6.000.000,00 Contrapartida (PMJP): R$ 120.000,00 Total do Investimento: R$ 7.120.000,00

JUSTIFICATIVA DO PROJETO:

A contínua degradação provocada pelo avanço do mar na Orla Marítima da cidade de João Pessoa e, mais especificamente, na Ponta do cabo Branco, área de grande importância geográfica para o Estado da Paraíba e para o Brasil, faz com que o processo

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erosivo comprometa a estabilidade das falésias ao longo da costa, inclusive do sistema viário ali implantado. Este projeto é o resultado de estudos detalhados realizados pela equipe técnica do INPH – Instituto de Pesquisas Hidroviárias e contempla as obras de enrocamento para contenção e engordamento de praias.

V – SEIXAS E PENHA

TÍTULO DO PROJETO: Urbanização das Praias do Seixas e da Penha ORIGEM DOS RECURSOS: (Próprios)

JUSTIFICATIVA DO PROJETO:

O acesso as praias do Seixas e da Penha apresentavam-se em situação precária com potencial risco para a população moradora. A prefeitura realizou obras de infra-estrutura com pavimentação de vias e drenagem de águas pluviais, e a urbanização de largo para implantação da praça do Sol Nascente.

VI – PRAIA DO SOL (fase de elaboração de projeto)

VII – GRAMAME (fase de elaboração de projeto)

VIII – CADASTRO DO USO DO SOLO DA ORLA

TÍTULO DO PROJETO: Cadastro dos Empreendimentos de Apoio ao Turismo na Orla Urbanizada de João Pessoa

ORIGEM DOS RECURSOS: Próprios (parceria Prefeitura – Governo do Estado da Paraíba)

JUSTIFICATIVA DO PROJETO:

A elaboração de projetos para atrair investimentos turísticos, a orientação, divulgação e criação de fundos de aval para os pequenos e médios empreendedores dependem do conhecimento da área em que se quer investir. Fatores como uso do solo, e levantamentos qualitativos e quantitativos dos empreendimentos existentes são importantes para a proposição de novos investimentos e fortalecimento do turismo local. Neste trabalho foram cadastrados todos os empreendimentos localizados na orla urbanizada de João Pessoa com preenchimento de formulário de pesquisa do Senso Empreendedor e identificação dos pontos positivos, negativos, ameaças e oportunidades além de relatório fotográfico.

VIX – MANAÍRA

TÍTULO DO PROJETO: Urbanização da Orla Marítima – Praia de Manaíra ORIGEM DOS RECURSOS: (a definir)

JUSTIFICATIVA DO PROJETO:

A praia de Manaíra está situada no coração da orla urbanizada da cidade de João Pessoa. Entretanto, vem sofrendo por congestionamentos pela carência de projeto moderno de ordenamento de seus espaços. Este projeto visa a construção de ciclovia, estacionamentos, calçadas e restauração da Av. João Maurício, relocação/retirada de barracas localizadas nas calçadas.

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ENCAMINHAMENTOS E ORIENTAÇÕES DO INSTRUTOR PARA O PLANO DE INTERVENÇÃO

NA ORLA MARÍTIMA DE JOÃO PESSOA

Prezados amigos,

Estou encaminhando abaixo os argumentos que justificam as modificações que fiz no plano. Estes argumentos basicamente são os mesmos que encaminhei anteriormente, quando discutíamos a versão encaminhada para avaliação do MMA. Acredito sinceramente que o Plano tenha ficado melhor depois das recomendações do MMA e não tenho outras modificações a fazer.

Fiz uma revisão na versão que encaminhei semana passada e consertei os erros com relação à numeração dos trechos e seus nomes, que talvez tenham prejudicado o entendimento desta versão.

Além destas, não fiz mais nenhuma modificação e peço que avaliem todo o plano sem pensar nas versões anteriores, concentrando-se na expectativa dele expressar corretamente as informações e ações que vocês delinearam neste trabalho. Peço que não se preocupem com a forma e sim com o conteúdo.

Não estou encaminhando todos os arquivos, só os que tiveram modificações.

Peço que avaliem o Plano e vejam se falta alguma informação ou se há incorreções nas mesmas.

Eu procurei manter todo o conteúdo que me encaminharam, só estão descritos de forma diferente, e se falta algo por algum descuido meu, por favor acrescentem..

As mudanças são basicamente referentes à forma de expressar os conflitos e na formatação do plano, não se preocupem com o nome dos trechos, e sim com sua abrangência e homogeneidade.

Quanto à divisão em Unidades de Paisagem e Trechos

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Lembro que esta proposta de setorização em unidades de paisagem e trechos que encaminho é idêntica a que foi feita nas oficinas, só modifiquei o limite entre as unidades de paisagem 2 e 3, de modo a não seccionar uma única praia entre duas unidades de paisagem distintas, lembrando que o Hotel Tambaú é um marco físico e que por si só justificaria a delimitação.

Não consigo compreender por que não aceitam esta proposta com uma pequena modificação, pois foram vocês mesmos que a elaboraram na oficina. Podem existir outras formas de setorização, inclusive na minha opinião a ideal seria outra forma, que não essas que estamos discutindo. Entretanto, o Plano, não é avaliado em termos de certo ou errado, mas sim se está de acordo com a metodologia proposta. O primeiro passo para o Plano começar a dar frutos é a aprovação junto ao MMA, que colabora com orientações para a elaboração do Plano, de modo que fique condizente com as expectativas do Projeto Orla. Então não podemos insistir em encaminhar a mesma setorização sem a revisão com base nas recomendações do MMA.

Desse modo, peço a vocês que caso não concordem com a divisão que estou encaminhando, que proponham outra, sempre pensando na interação entre o suporte físico (falésias e planícies), a cobertura vegetal e a malha urbana. É Importante que um trecho tenha sempre a dimensão mínima correspondente a uma praia, ou maior, e que seja contínuo e homogêneo em seus elementos. Fiz uma descrição, na figura do plano, dos principais motivos que levaram a delimitação das UP´s. Fiz isso com base nas informações que vocês me encaminharam na primeira versão do plano, feita nas oficinas.

Com relação aos conflitos, faço abaixo algumas considerações para respaldar a versão que envio após a avaliação do MMA. Coloquei a caracterização dos trechos e dos conflitos em tópicos, pois concordo com a avaliação do MMA de que as informações se repetiam nos quadros e nos textos que os antecediam.

EM AZUL VAI A VERSÃO QUE VOCÊS CONSIDERAM MAIS ADEQUADAEM PRETO VÃO MEUS COMENTÁRIOS E ARGUMENTOS QUE SUSTENTAM A VERSÃO QUE SUGIRO

TRECHO: 1.1 – Do limite Norte do Município até a Rua Antônio Batista de Araújo – Jardim OceaniaCONFLITO 1: DINÂMICA URBANA X PRESERVAÇÃO AMBIENTALEste conflito está contemplado no Plano, e somente mudamos a forma de

expressá-lo de modo a contrapor atividades.

Na última versão : TRECHO: 2.1 – BESSA - CONFLITO 1: OCUPAÇÃO URBANA X IMPLANTAÇÃO DE INFRA-ESTRUTURAEntendo que a preservação ambiental é importante para o trecho, entretanto

não justificaria tratá-la como atividade em um trecho predominantemente

urbano, onde inclusive vocês detectaram potencial para expansão da

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ocupação, que esta contida ou feita de forma inadequada justamente em

função da não implantação de infra-estrutura condizente.

TRECHO: 1.1 – Do limite Norte do Município até a Rua Antônio Batista de Araújo – Jardim OceaniaCONFLITO 2: USO E OCUPAÇÃO DE AREAS PÚBLICAS X PLENO APROVEITAMENTO DO ESPAÇO PÚBLICOEste conflito também está expresso de maneira diferente no plano, pois é

principalmente o aproveitamento do espaço público pelo turismo e para o lazer

que está prejudicado pelo uso e ocupação de áreas públicas, desse modo

acredito que descrevendo o conflito como:

TRECHO: 2.1 – BESSA CONFLITO 2: USO E OCUPAÇÃO DE ESPAÇOS PÚBLICOS X TURISMO E LAZER BALNEÁRIO ficaria a contento.

TRECHO: 1.2 – Da Rua Antônio Batista Araújo – Jardim Oceania até a Rua Monsenhor Odilon Coutinho – Cabo BrancoCONFLITO 2: COMPETÊNCIA JURíDICA NOS TRÊS NÌVEIS DE PODER X GERENCIAMENTO DAS BARRACAS NAS ÁREAS DE USO COMUM CONFLITO 3: ÁREA DE CONGESTIONAMENTO DE BARRACAS E MERCADO DE PEIXE X QUALIDADE AMBIENTAL

Descrevi para as duas propostas acima, o conflito: TRECHO 2.2 – MANAÍRA - CONFLITO 1: ALTA DENSIDADE COMERCIAL X USO RESIDENCIAL, TURISMO E LAZER BALNEÁRIO, visto que há prejuízos para o uso residencial, para o turismo e para o lazer no trecho, em decorrência do problema da falta de definição de competências para gerenciar o local, que no final das contas é um dos responsáveis pela alta densidade comercial ou de barracas. Acredito que este problema seja um dos primeiros a serem resolvidos, visto que há previsão de convênio com a SPU para justamente equacionar questões como essa. Entretanto esse não é o único problema, como podemos observar nos arquivos que mando em anexo. Então considero que essa é a melhor maneira de expressar o conflito e os problemas que dele decorrem que também interferem na qualidade ambiental, que por sua vez prejudica o uso residencial, o turismo e o lazer.

TRECHO: 1.2 – Da Rua Antônio Batista Araújo – Jardim Oceania até a Rua Monsenhor Odilon Coutinho – Cabo BrancoCONFLITO 4: POLUIÇÃO SONORA X MORADORESCONFLITO 5: PROSTITUIÇÃO INFANTIL/PROMISCUIDADE SEXUAL X MORADORES/USUÁRIOS

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Acredito que estes problemas que foram descritos estão contemplados no conflito anterior, pois a poluição sonora decorre principalmente do comércio (dele próprio ou dos freqüentadores) e a prostituição/promiscuidade também decorrem da criação de espaços ociosos pelo comércio fechado. Mas lembrem-se que conforme depreendemos de nossas discussões nas oficinas sobre isso, essa não é a única causa deste problema social que transcende os limites físicos e de competência do Projeto Orla. Por este motivo, tratamos apenas equacionar o problema da existência de espaços ociosos, em decorrência do comércio em densidade excessiva e freqüentemente fechado, que é um dos fatores que facilitam a ocorrência de tão grave problema social.

CONFLITO 6: EVENTOS ESPORTIVOS E CULTURAIS NA PRAIA X PRESERVAÇÃO AMBIENTAL

Este conflito também está contemplado no plano, só mudei a forma de expressar, com base na mesma justificativa acima descrita, de que a atividade de preservação ambiental não é válida para o trecho que não tem unidades de conservação ou similares. Pode ser que eu tenha me equivocado com relação ao trecho que isso ocorre, pois entendi que ocorria em Cabo Branco principalmente, mas podemos incluir como conflito para outros trechos, se for o caso. Na versão que encaminho ficou:TRECHO 3.1 – CABO BRANCO - CONFLITO 1: EVENTOS ESPORTIVOS E CULTURAIS NA PRAIA X USO RESIDENCIAL, TURISMO E LAZER BALNEÁRIOVisto que a redução da qualidade ambiental é decorrente dos problemas, efeitos e impactos provocados pelos eventos, que conseqüentemente afetam as atividades de lazer e turismo

CONFLITO 7: BANHISTAS X BALNEABILIDADEAcredito que o problema da balneabilidade esteja contemplado no conflito já descrito acima.

CONFLITO 8: PRESSÃO IMOBILIARIA X LEGISLAÇÃOEste conflito está contemplado na versão que encaminho para vocês como:TODOS OS TRECHOS - PRESSÃO IMOBILIARIA X MANUTENÇÃO DA QUALIDADE URBANA E DO POTENCIAL TURÍSTICO Eu coloquei como referente a todos os trechos, visto que a pressão para modificação da constituição estadual afetaria toda a orla, caso considerem que isto fica restrito a algum trecho é só modificar.

TRECHO: 2.1 – Do girador da última quadra da Praia do Cabo Branco até a foz do Rio Cabelo – Praia da Penha CONFLITO 1: OCUPAÇÃO IRREGULAR X USO PÚBLICO E MEIO AMBIENTE Este conflito está contemplado no :TRECHO 3.2- SEIXAS E PENHA - CONFLITO 2: OCUPAÇÃO E USO IRREGULAR X TURISMO E LAZER BALNEÁRIO

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Modifiquei a forma de expressá-lo com base nos argumentos já expostos acima, relativos à necessidade de expressar os conflitos somente entre atividades e novamente o turismo e lazer balneário são prejudicados, também pela redução da qualidade ambiental promovido pela ocupação irregular local

CONFLITO 2: EROSÃO MARINHA X PONTO MAIS ORIENTAL DAS AMERICAS E HABITAÇÕESEste conflito também está contemplado na nova versão do plano que encaminho novamente para apreciação de vocês, após nova revisão.TRECHO 3.2- SEIXAS E PENHA -CONFLITO 1: TURISMO E LAZER X CONTENÇÃO DA EROSÃO DA FALÉSIAAcrescentei nesta versão notas de rodapé explicando que a contenção da erosão pluvial também deve ser feito em outros trechos, só me lembro de Gramame, mas acredito que ocorra em outros trechos. .

TRECHO: 2.1 – Do girador da última quadra da Praia do Cabo Branco até a foz do Rio Cabelo – Praia da PenhaCONFLITO: 3 – DEFICIÊNCIA DE INFRA-ESTRUTURA X CONDIÇÕES HABITACIONAIS E OUTROS USOSO problema com deficiência de infra-estrutura foi contemplado em outro conflito para outro trecho e acredito que as condições habitacionais e outros usos também tenham sido contemplados para este trecho no TRECHO 3.2- SEIXAS E PENHA - CONFLITO 2: OCUPAÇÃO E USO IRREGULAR X TURISMO E LAZER BALNEÁRIO

TRECHO: 2.1 – Do girador da última quadra da Praia do Cabo Branco até a foz do Rio Cabelo – Praia da PenhaCONFLITO 4: DEGRADAÇÃO X PRESERVAÇÃO AMBIENTAL

Caracterização e Atividades geradoras do conflito

Inseri o problema com a explotação de minerais de classe II que ocorrem neste trecho como uso irregular no TRECHO 3.2- SEIXAS E PENHA -CONFLITO 2: OCUPAÇÃO E USO IRREGULAR X TURISMO E LAZER BALNEÁRIO, espero que dessa maneira o problema da degradação esteja contemplado, visto que a geração e disposição inadequada de efluentes também foi tratada no mesmo conflito.

O restante do texto segue esta definição e aborda todos os problemas e as ações elencados por vocês, caso tenha faltado algo foi descuido meu, então por favor completem.

Por último gostaria que compreendessem que não tenho intenção de interferir no trabalho que vocês tiveram, somente estou tentando adequá-lo às expectativas do MMA, de acordo com as recomendações encaminhadas em parecer técnico. Tenho certeza que esta versão pode não ser a ideal, mas acredito que esteja mais próximo das expectativas do MMA. Por isso peço a vocês que olhem esta versão não com base somente no formato das informações, mas sim no conteúdo e objetivo do Plano, vejam principalmente se as ações estão de acordo com que vocês pretendem para solucionar os conflitos e problemas que identificaram. Reitero o fato de que os conflitos

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estão expressos de maneira diferente do que vocês escreveram, mas abordam todas as questões colocadas durante as oficinas e nossa troca de informações. Como já relatei para vocês, eu adoraria poder retornar para podermos discutir isso pessoalmente, tanto pela cidade quanto pelas amizades que fiz, mas acho que não há necessidade. É preciso somente que leiam os argumentos que encaminho e contra-argumentem se for necessário, para que possamos chegar a um consenso. Conforme informado, estou encaminhando cópia deste mail para o Zamboni, avisei a ele que o faria para que ele pudesse contribuir também para o alcance do consenso.Grato pela atençãoAbraços a todos. Erich