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EDITAL DE LEILÃO N O 004/2007-ANEEL ANEXO 6B LOTE B LT 500 KV CS SÃO JOÃO DO PIAUÍ MILAGRES. VOL. IV - Fl. 82 de 544 ANEXO 6B LOTE B LINHA DE TRANSMISSÃO 500 kV SÃO JOÃO DO PIAUÍ – MILAGRES CARACTERÍSTICAS E REQUISITOS TÉCNICOS BÁSICOS DAS INSTALAÇÕES DE TRANSMISSÃO

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EDITAL DE LEILÃO NO 004/2007-ANEEL ANEXO 6B – LOTE B – LT 500 KV – CS – SÃO JOÃO DO PIAUÍ – MILAGRES.

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ANEXO 6B LOTE B

LINHA DE TRANSMISSÃO 500 kV SÃO JOÃO DO PIAUÍ – MILAGRES

CARACTERÍSTICAS E

REQUISITOS TÉCNICOS BÁSICOS DAS

INSTALAÇÕES DE TRANSMISSÃO

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ÍNDICE

1 REQUISITOS BÁSICOS DAS INSTALAÇÕES .................................................................... 85

1.1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 85 1.1.1 DESCRIÇÃO GERAL.............................................................................................................. 85 1.1.2 CONFIGURAÇÃO BÁSICA ....................................................................................................... 86 1.1.3 DADOS DE SISTEMA UTILIZADOS ............................................................................................ 87 1.1.4 REQUISITOS GERAIS ............................................................................................................ 87

1.2 LINHA DE TRANSMISSÃO ................................................................................................... 88 1.2.1 REQUISITOS GERAIS ............................................................................................................ 88 1.2.2 CARACTERÍSTICAS OPERATIVAS BÁSICAS ................................................................................. 88 1.2.3 REQUISITOS ELÉTRICOS ....................................................................................................... 88 1.2.4 REQUISITOS MECÂNICOS ...................................................................................................... 91 1.2.5 REQUISITOS ELETROMECÂNICOS ............................................................................................ 94

1.3 SUBESTAÇÕES................................................................................................................... 95 1.3.1 REQUISITOS GERAIS ............................................................................................................ 95 1.3.2 REQUISITOS DOS EQUIPAMENTOS........................................................................................... 99

1.4 REQUISITOS TÉCNICOS DOS SISTEMAS DE PROTEÇÃO ..................................................103 1.4.1 GERAL .............................................................................................................................103 1.4.2 PROTEÇÕES DE LINHAS DE TRANSMISSÃO...............................................................................104 1.4.3 SISTEMA DE PROTEÇÃO DE REATORES ...................................................................................108 1.4.4 PROTEÇÃO DE BARRAS NAS SUBESTAÇÕES EXISTENTES ............................................................109 1.4.5 PROTEÇÃO PARA FALHA DE DISJUNTOR ...................................................................................109 1.4.6 SISTEMAS ESPECIAIS DE PROTEÇÃO .......................................................................................110

1.5 SISTEMAS DE SUPERVISÃO E CONTROLE........................................................................113 1.5.1 INTRODUÇÃO .....................................................................................................................113 1.5.2 REQUISITOS DE SUPERVISÃO E CONTROLE DAS INSTALAÇÕES ....................................................113 1.5.3 REQUISITOS DE SUPERVISÃO PELO AGENTE PROPRIETÁRIO DAS SUBESTAÇÕES ..............................121 1.5.4 REQUISITOS DE SUPERVISÃO E CONTROLE PELO ONS ..............................................................123 1.5.5 REQUISITOS DE DISPONIBILIDADE E AVALIAÇÃO DE QUALIDADE.....................................................127 1.5.6 REQUISITOS PARA TESTE DE CONECTIVIDADE DA(S) INTERCONEXÃO(ÕES) .....................................131

1.6 REQUISITOS TÉCNICOS DO SISTEMA DE OSCILOGRAFIA DIGITAL..................................132 1.6.1 ASPECTOS GERAIS .............................................................................................................132 1.6.2 DESCRIÇÃO FUNCIONAL .......................................................................................................132 1.6.3 DISPARO DO REGISTRADOR DIGITAL DE PERTURBAÇÕES.............................................................133 1.6.4 SINCRONIZAÇÃO DE TEMPO ..................................................................................................133 1.6.5 REQUISITOS DE COMPATIBILIDADE ELETROMAGNÉTICA ...............................................................134 1.6.6 CARACTERÍSTICAS DOS SINAIS DE ENTRADA E SAÍDA..................................................................134 1.6.7 CAPACIDADE DE REGISTRO DE OCORRÊNCIAS ..........................................................................135 1.6.8 REQUISITOS DE COMUNICAÇÃO .............................................................................................136 1.6.9 REQUISITOS MÍNIMOS DE REGISTRO ......................................................................................136

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1.7 REQUISITOS TÉCNICOS DO SISTEMA DE TELECOMUNICAÇÕES .....................................138 1.7.1 REQUISITOS GERAIS ...........................................................................................................138 1.7.2 REQUISITOS PARA A TELEPROTEÇÃO ......................................................................................139 1.7.3 REQUISITOS PARA CANAIS DE VOZ..........................................................................................140 1.7.4 REQUISITOS PARA TRANSMISSÃO DE DADOS ............................................................................141

1.8 DEMONSTRAÇÃO DA CONFORMIDADE DOS EQUIPAMENTOS AOS REQUISITOS DESTE ANEXO TÉCNICO ...........................................................................................................................142

1.8.1 TENSÃO OPERATIVA ............................................................................................................142 1.8.2 CRITÉRIOS PARA AS CON DIÇÕES DE MANOBRA ASSOCIADOS ÀS LINHAS DE TRANSMISSÃO .................143 1.8.3 CRITÉRIOS PARA MANOBRAS DE FECHAMENTO E ABERTURA DE SECCIONADORES E SECCIONADORES DE ATERRAMENTO...............................................................................................................................148 1.8.4 CRITÉRIOS PARA AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO DE DISJUNTORES ..................................................148

2 DOCUMENTAÇÃO TÉCNICA RELATIVA AO EMPREENDIMENTO..............................149

2.1 ESTUDOS DE ENGENHARIA E PLANEJAMENTO ...............................................................149 2.1.1 RELATÓRIOS .....................................................................................................................149

2.2 RELATÓRIOS DAS CARACTERÍSTICAS E REQUISITOS BÁSICOS DAS INSTALAÇÕES EXISTENTES ..................................................................................................................................149

3 MEIO AMBIENTE E LICENCIAMENTO ..............................................................................150

3.1 GERAL ...............................................................................................................................150

3.2 DOCUMENTAÇÃO DISPONÍVEL .........................................................................................150

4 DIRETRIZES PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS ......................................................151

4.1 ESTUDOS DE SISTEMA E ENGENHARIA............................................................................151

4.2 PROJETO BÁSICO DAS SUBESTAÇÕES............................................................................151

4.3 PROJETO BÁSICO DA LINHA DE TRANSMISSÃO ..............................................................151 4.3.1 RELATÓRIO TÉCNICO...........................................................................................................151 4.3.2 NORMAS E DOCUMENTAÇÃO DE PROJETOS. .............................................................................152

4.4 PROJETO BÁSICO DE TELECOMUNICAÇÕES: ..................................................................153

4.5 PLANILHAS DE DADOS DO PROJETO: ..............................................................................153

5 CRONOGRAMA .....................................................................................................................154

5.1 CRONOGRAMA FÍSICO DE LINHAS DE TRANSMISSÃO (TABELA A) .................................155

5.2 CRONOGRAMA FÍSICO DE SUBESTAÇÕES (TABELA B) ...................................................156

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1 REQUISITOS BÁSICOS DAS INSTALAÇÕES

1.1 INTRODUÇÃO

1.1.1 DESCRIÇÃO GERAL

Este anexo apresenta as características e os requisitos técnicos básicos da linha de transmissão em 500 kV São João do Piauí – Milagres, com 400 km; que atenderá à expansão do sistema de transmissão da região Nordeste, pertencentes à Rede Básica do SIN – Sistema Interligado Nacional. A seguir apresenta-se a descrição das subestações existentes onde as linhas de transmissão deverão conectar-se.

Usina hidroelétrica futura

Subestação 500 kV

Linha de Transmissão 500 kV

Linha de Transmissão 230 kV

Linha de Transmissão 500 kV objeto deste Lote B

Linha de Transmissão 500 kV objeto do Lote A

Figura 1.1 – Mapa eletrogeográfico do sistema de transmissão do Nordeste – Configuração 2009 - 2015.

Tucurui I e II

Açailândia Marabá

P. Dutra

Itacaiunas

Colinas

Fortaleza

Milagres

B. L Lapa

Miracema

Gurupi

Lajeado

Peixe

PE

CE RN

PB

AL

SE BA

PI

2c 2c

2c 4c

Rio das Éguas

S. J.Piauí

Cana Brava

S. Mesa

Imperatriz

UHE Existente

Usinas do São Francisco

B. Esperança

Teresina

R. Gonçalves

Itapebi

Estreito

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1.1.2 CONFIGURAÇÃO BÁSICA

A configuração básica a ser licitada é composta pela linha de transmissão em 500 kV São João do Piauí – Milagres. Além desta, ainda constam na configuração básica 2 (dois) bancos de reatores de linha nas SEs São João do Piauí (um) e Milagres (um) com 180 Mvar cada, mais uma fase de reserva em cada uma das SEs.

Tabela 1.1 – Principais obras de linhas de transmissão

ORIGEM DESTINO CIRCUITO kV km

São João do Piauí Milagres C1 500 400

Tabela 1.2 – Principais obras em subestações

SUBESTAÇÃO kV EQUIPAMENTO

São João do Piauí 500

1 entrada de linha 1 interligação de barras 3 reatores monofásicos de linha (60 Mvar) – LT SJP-MIL 1 reator monofásico reserva 60 Mvar 1 conexão de reator de linha não manobrável (sem disjuntor)

Milagres 500

1 entrada de linha 1 interligação de barras 3 reatores monofásicos de linha (60 Mvar) – LT SJP-MIL 1 reator monofásico reserva 60 Mvar 1 conexão de reator não manobrável (sem dis juntor)

A configuração básica supracitada se constitui na alternativa de referência. Os requisitos técnicos deste ANEXO 6B caracterizam o padrão de desempenho mínimo a ser atingido por qualquer solução proposta. Este desempenho deverá ser demonstrado mediante justificativa técnica comprobatória.

A utilização pelo empreendedor de outras soluções, que não a de referência, fica condicionada à demonstração de que a mesma apresente desempenho elétrico equivalente ou superior àquele proporcionado pela alternativa de referência.

Em caso de proposição de configuração alternativa, o projeto da compensação reativa em derivação das linhas de transmissão deve ser definido de forma que o conjunto formado pelas linhas e suas compensações atendam aos requisitos constantes do item 2 e demais critérios constantes deste Anexo.

No entanto, nesta proposta de configuração alternativa, a TRANSMISSORA NÃO tem liberdade para modificar:

• Níveis de tensão (somente CA);

• Distribuição de fluxo de potência em regime permanente.

O empreendimento objeto do Leilão compreende a implementação das instalações detalhadas nas Tabelas 1.1 e 1.2. Estão incluídos no empreendimento os equipamentos terminais de manobra, proteção, supervisão e controle, telecomunicações e todos os demais equipamentos, serviços e

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facilidades necessários à prestação do SERVIÇO PÚBLICO DE TRANSMISSÃO, ainda que não expressamente indicados neste ANEXO 6B.

Figura 1.2 – Diagrama unifilar dos empreendimentos deste Lote B.

1.1.3 DADOS DE SISTEMA UTILIZADOS

Os dados de sistema utilizados nos estudos em regime permanente e transitório, efetuados para a definição da configuração básica estão disponibilizados, conforme documentação relacionada no item 2.1 deste ANEXO 6B.

Os dados relativos aos estudos de regime permanente estão disponíveis nos formatos dos programas do CEPEL de simulação de rede, ANAREDE, ANATEM no site da Empresa de Pesquisa Energética – EPE (www.epe.gov.br).

Os dados relativos aos estudos de transitórios eletromagnéticos estão disponíveis no formato do programa ATP, no anexo 01 do documento “R2 da LT Colinas – Milagres, de março de 2007”.

1.1.4 REQUISITOS GERAIS

O projeto e a construção das linhas de transmissão e demais equipamentos das subestações terminais devem estar em conformidade com as últimas revisões das normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT, no que for aplicável e, na falta destas, com as últimas revisões das normas da International Electrotechnical Commission - IEC, American National Standards Institute - ANSI ou National Electrical Safety Code - NESC, nesta ordem de preferência, salvo onde expressamente indicado.

Os requisitos aqui estabelecidos aplicam-se ao pré-projeto, aos projetos básico e executivo bem como às fases de construção, manutenção e operação do empreendimento. Aplicam-se ainda ao projeto, fabricação, inspeção, ensaios e montagem de materiais, componentes e equipamentos utilizados no empreendimento.

É de responsabilidade da TRANSMISSORA obter os dados, inclusive os descritivos das condições ambientais e geomorfológicas da região de implantação, a serem adotados na elaboração do projeto básico, bem como nas fases de construção, manutenção e operação das instalações.

É de responsabilidade e prerrogativa da TRANSMISSORA o dimensionamento e especificação dos equipamentos e instalações de transmissão que compõem o Serviço Público de Transmissão, objeto desta licitação, de forma a atender este ANEXO 6B e as práticas da boa engenharia, bem como a política de reserva.

SE Milagres SE S.J. do Piauí

OBS. Todos os reatores são bancos de 3x60 Mvar, com 1 fase reserva na SE Milagres

400 km 4x954 mcm

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1.2 LINHA DE TRANSMISSÃO

1.2.1 REQUISITOS GERAIS

A TRANSMISORA deve evitar ao máximo o cruzamento sobre linhas de transmissão existentes. Caso o cruzamento seja inevitável, a TRANSMISSORA deve identificar esses casos, tanto nas entradas/saídas das subestações quanto ao longo do traçado das LTs, e informar as providências que serão tomadas no sentido de minimizar os riscos inerentes a esses cruzamentos, ficando a critério da ANEEL a aprovação dessas providências.

1.2.2 CARACTERÍSTICAS OPERATIVAS BÁSICAS

1.2.2.1 Parâmetros elétricos

A impedância equivalente vista dos terminais de cada trecho de linha de transmissão, composta por suas componentes de seqüências positiva e zero e também por seu grau de compensação série e/ou paralela, deve possib ilitar que o desempenho sistêmico da instalação seja similar ao da configuração básica, caracterizado pelo resultado obtido em termos de fluxo de potência e resposta dinâmica em um conjunto de situações em regime normal e sob contingências apresentados nos estudos documentados nos relatórios listados no item 2.

1.2.2.2 Capacidade de corrente

A linha de transmissão 500 kV São João do Piauí – Milagres deve ter capacidade operativa de longa duração de 2300 A, A capacidade de corrente de longa duração corresponde ao valor de corrente da linha de transmissão em condição normal de operação e deve atender às diretrizes fixadas pela norma técnica NBR 5422 da ABNT. A capacidade de corrente de curta duração refere-se à condição de emergência estabelecida na norma técnica NBR 5422 da ABNT.

1.2.3 REQUISITOS ELÉTRICOS

1.2.3.1 Definição da flecha máxima dos condutores

A linha de transmissão deve ser projetada de acordo com as prescrições da Norma Técnica NBR 5422, da ABNT, de forma a preservar, em sua operação, as distâncias de segurança nela estabelecidas. Devem ser previstas a circulação das capacidades de longa e de curta duração na linha de transmissão e a ocorrência simultânea das seguintes condições climáticas:

(a) temperatura máxima média da região ;

(b) radiação solar máxima da região; e

(c) brisa mínima prevista para a região, desde que não superior a um metro por segundo.

Na operação em regime de longa duração, devem ser preservadas as distâncias de segurança correspondentes, estabelecidas na Norma Técnica NBR 5422 da ABNT, e mantida a temperatura dos condutores igual ou inferior à temperatura de projeto. Na operação em regime de curta duração, devem ser preservadas as distâncias de segurança correspondentes, estabelecidas na Norma Técnica NBR 5422 da ABNT. As linhas de transmissão para cuja classe de tensão essa norma não estabeleça valores de distâncias de segurança devem ser projetadas segundo as prescrições contidas no NESC, em sua edição de 2002.

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Em condições climáticas comprovadamente mais favoráveis do que as estabelecidas acima, a linha de transmissão pode ser solicitada a operar com carregamento superior à capacidade de longa ou curta duração, desde que as distâncias de segurança, conforme definidas nos itens acima, sejam respeitadas.

1.2.3.2 Definição da capacidade de condução de corrente dos acessórios, conexões e demais componentes que conduzem corrente

A capacidade de condução de corrente dos acessórios, conexões e demais componentes que conduzem corrente deve ser superior à máxima corrente que pode circular na linha preservando as distâncias de segurança correspondentes à operação em regime de longa duração prescritas na Norma Técnica NBR 5422 da ABNT nas seguintes condições climáticas:

I. Média das temperaturas mínimas diárias da região;

II. sem radiação solar; e

III. vento médio da região.

A linha de transmissão deve ser projetada de sorte a não apresentar óbices técnicos à instalação de monitoramento de distâncias de segurança, uma vez que, a qualquer tempo, pode vir a ser solicitada pela ANEEL a sua implantação.

1.2.3.3 Capacidade de corrente dos cabos pára-raios

Nas condições climáticas estabelecidas no item 1.2.3.1, os cabos pára-raios – conectados ou não à malha de aterramento das subestações terminais e às estruturas da linha – devem ser capazes de suportar, sem dano, durante o período de concessão da linha de transmissão, a circulação da corrente associada à ocorrência de curto-circuito monofásico franco em qualquer estrutura por duração correspondente ao tempo de atuação da proteção de re taguarda. Considerar níveis de curto-circuito de 40 kA nas subestações 500 kV.

1.2.3.4 Perda Joule nos cabos condutores e pára-raios

A resistência de seqüência positiva por unidade de comprimento da linha de transmissão deve ser igual ou inferior à da configuração básica, como segue:

(a) Linha de transmissão 500 kV São João do Piauí – Milagres, para freqüência nominal de 60 Hz e para a temperatura de 75ºC deve ser igual ou inferior a 0,019 Ω/km/fase.

A perda Joule nos cabos pára-raios deve ser inferior a 5% das perdas no cabo condutor para qualquer condição de operação.

1.2.3.5 Desequilíbrio

A linha de transmissão objeto deste Anexo 6B deve ser transposta com um ciclo completo de transposição, de preferência com trechos de 1/6, 1/3, 1/3 e 1/6 do comprimento total.

1.2.3.6 Tensão máxima operativa

A tensão máxima operativa da linha de transmissão, mencionada nos itens subseqüentes, está limitada ao limite dos valores descritos na Tabela 1.3.

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Tabela 1.3 – Máxima tensão operativa

Classe de tensão [kV]

Tensão máxima operativa [kV]

230 242 345 362 440 460 500 e 525 550

1.2.3.7 Coordenação de isolamento

(a) Isolamento à tensão máxima operativa

Para dimensionar o isolamento da linha de transmissão para tensão máxima operativa deve-se considerar:

• as características de contaminação da região, conforme classificação contida na publicação IEC 815;

• a distância específica de escoamento deve atender ao especificado nos itens 4 e 5 daquela norma, limitada a um mínimo de 14 mm/kV eficazes fase-fase; e

• o balanço da cadeia de isoladores sob ação de vento com período de retorno de, no mínimo, 30 (trinta) anos.

Deve ser mantida a distância mínima para evitar descarga à tensão máxima operativa entre qualquer condutor da linha e objetos situados no limite da faixa de servidão, tanto para as condições sem vento como para as velocidades de vento e ângulos de balanço dos cabos e cadeias nas condições especificadas na NBR 5422.

(b) Isolamento para manobras

O dimensionamento dos espaçamentos elétricos na estrutura deverão considerar os resultados indicados pelos estudos de transitórios eletromagnéticos.

O risco de falha em manobras de energização e religamento deve estar limitado aos valores constantes da Tabela 1.4.

Tabela 1.4 – Risco máximo de falha em manobras de energização e religamento

Manobra Risco de falha (adimensional)

Entre fase e terra Entre fases Energização 10 – 3 10 – 4 Religamento 10 – 2 10 – 3

(c) Desempenho a descargas atmosféricas

Para o nível de 500 kV, o número total de desligamentos por descargas atmosféricas deve ser inferior ou, no máximo , igual a um desligamento por 100 km por ano.

Não poderá haver desligamentos por descargas atmosféricas diretas nos cabos condutores para o perfil de terreno predominante da região.

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1.2.3.8 Emissão eletromagnética

Os efeitos tratados abaixo devem ser verificados à tensão máxima de operação da linha conforme Tabela 1.3.

(a) Corona visual

A linha de transmissão, com seus cabos e acessórios, bem como as ferragens das cadeias de isoladores, quando submetida à tensão máxima operativa, não deve apresentar corona visual por 90% do tempo para as condições atmosféricas predominantes na região atravessada pela linha de transmissão.

(b) Rádio-interferência

A relação sinal/ruído no limite da faixa de servidão, quando a linha de transmissão estiver submetida à tensão máxima operativa, deve ser, no mínimo, igual a 24 dB, para 50% do período de um ano. O sinal adotado para o cálculo deve ser o nível mínimo de sinal na região atravessada pela linha de transmissão, conforme norma DENTEL ou sua sucedânea.

(c) Ruído audível

O ruído audível no limite da faixa de servidão, quando a linha de transmissão estiver submetida à tensão máxima operativa, deve ser, no máximo, igual a 58 dBA em qualquer uma das seguintes condições não simultâneas: durante chuva fina (0,00148 mm/min); durante névoa de 4 (quatro) horas de duração; ou durante os primeiros 15 (quinze) minutos após a ocorrência de chuva.

(d) Campo elétrico

Quando a linha de transmissão estiver submetida à tensão máxima operativa, o campo elétrico a um metro do solo no limite da faixa de servidão deve ser inferior ou igual a 4,16 kV/m.

Deve-se assegurar que o campo no interior da faixa, em função da utilização de cada trecho da mesma, não provoque efeitos nocivos a seres humanos.

(e) Campo magnético

O campo magnético na condição de carregamento máximo e no limite da faixa de servidão deve ser inferior ou igual a 67 A/m, equivalente à indução magnética de 83,3 µT.

Deve-se assegurar que o campo no interior da faixa, em função da utilização de cada trecho da mesma, não provoque efeitos nocivos a seres humanos.

1.2.4 REQUISITOS MECÂNICOS

1.2.4.1 Confiabilidade

O projeto mecânico da linha de transmissão deve ser desenvolvido segundo a IEC 60826 – International Electrotechnical Commission: Loading and Strength of Overhead Transmission Lines.

O nível de confiabilidade do projeto eletromecânico, expresso pelo período de retorno do vento extremo, deve ser compatível com um nível intermediário entre os níveis 2 e 3 preconizados na IEC 60826. Deve ser adotado período de retorno do vento igual ou superior a 250 anos.

1.2.4.2 Parâmetros de vento

Para o projeto mecânico de uma linha de transmissão, os carregamentos oriundos da ação do vento nos componentes físicos da linha de transmissão devem ser estabelecidos a partir da caracterização

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probabilística das velocidades de vento da região, com tratamento para fenômenos meteorológicos severos, tais como, sistemas frontais, tempestades, tornados, furacões, etc.

Os parâmetros explicitados a seguir devem ser obtidos a partir de dados fornecidos por estações anemométricas selecionadas adequadamente para caracterizar a região atravessada pela linha de transmissão:

(a) Média e coeficiente de variação (em porcentagem) das séries de velocidades máximas anuais de vento a 10 m de altura, com tempos de integração da média de 3 (três) segundos (rajada) e 10 (dez) minutos (vento médio).

(b) Velocidade máxima anual de vento a 10 m de altura, com período de retorno correspondente ao vento extremo, como definido no item 1.2.4.1, e tempos de integração para o cálculo da média de 3 (três) segundos e 10 (dez) minutos. Se o número de anos da série de dados de velocidade for pequeno, na estimativa da velocidade máxima anual deve ser adotado, no mínimo, um coeficiente de variação compatível com as séries mais longas de dados de velocidades de ventos medidas na região.

(c) Coeficiente de rajada para a velocidade do vento a 10 m de altura, referenciado ao tempo de integração da média de 10 (dez) minutos.

Deverá ser informada a categoria de terreno, adotada no tratamento das velocidades de vento, com base na rugosidade do terreno do corredor por onde a linha de transmissão será implantada.

1.2.4.3 Cargas mecânicas sobre os cabos.

O cabo deve ser dimensionado para suportar três estados de tracionamento – básico, de tração normal e de referência –, definidos a partir da combinação de condições climáticas e de idade do cabo como se segue.

(a) Estado básico

• Para condições de temperatura mínima, a tração axial deve ser limitada a 33% da tração de ruptura do cabo.

• Para condições de vento com período de retorno de 50 anos, a tração axial deve ser limitada a 50% da tração de ruptura do cabo.

• Para condições de vento extremo, como definido no item 1.2.4.1, a tração axial deve ser limitada a 70% da tração de ruptura do cabo.

(b) Estado de tração normal (EDS everyday stress)

• No assentamento final, à temperatura média, sem vento, o nível de tracionamento médio dos cabos deve atender ao indicado na norma NBR 5422. Além disso, deve ser compatível com o desempenho mecânico no que diz respeito à fadiga ao longo da vida útil da linha de transmissão conforme será abordado no item 1.2.4.4.

(c) Estado de referência

• A distância mínima ao solo do condutor (clearance) deve ser verificada sem considerar a pressão de vento atuante.

1.2.4.4 Fadiga mecânica dos cabos

Os dispositivos propostos para amortecer as vibrações eólicas devem ter sua eficiência e durabilidade avaliadas por ensaios que demonstrem sua capacidade de amortecer os diferentes tipos

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de vibrações eólicas e sua resistência à fadiga, sem perda de suas características de amortecimento e sem causar danos aos cabos.

É de inteira responsabilidade da TRANSMISSORA a elaboração de estudos, o desenvolvimento e a aplicação de sistema de amortecimento para prevenção de vibrações eólicas e efeitos relacionados com a fadiga dos cabos, de forma a garantir que estes não estejam sujeitos a danos ao longo da vida útil da linha de transmissão.

A solicitação aos cabos deve ser dimensionada de forma compatível com seu tipo e sua formação.

1.2.4.5 Cargas mecânicas sobre as estruturas

O projeto mecânico de uma linha de transmissão deve ser desenvolvido segundo a IEC 60826. Além das hipóteses previstas na IEC, é obrigatória a introdução de hipóteses de carregamento que reflitam tormentas elétricas. Devem ser previstas necessariamente as cargas a que as estruturas estarão submetidas nas condições mais desfavoráveis de montagem e manutenção, inclusive em linha viva.

Para o caso de uma linha de transmissão construída com estruturas metálicas em treliça, as cantoneiras de aço-carbono ou microligas laminadas a quente devem obedecer aos requisitos de segurança estabelecidos na Portaria nº 243 do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial – INMETRO, publicada no Diário Oficial da União, de 17 de dezembro de 2002.

1.2.4.6 Fundações

No projeto das fundações, para atender o critério de coordenação de falha, as solicitações transmitidas pela estrutura a suas fundações devem ser majoradas pelo fator mínimo 1,10. Essas solicitações, calculadas com as cargas de projeto da torre, considerando suas condições particulares de aplicação – vão gravante, vão de vento, ângulo de desvio, fim de linha de transmissão e altura da torre, passam a ser consideradas cargas de projeto das fundações.

As fundações de cada estrutura devem ser projetadas estrutural e geotecnicamente de forma a adequar todos os esforços resultantes de cada torre às condições específicas de seu próprio solo de fundação.

As propriedades físicas e mecânicas do solo de fundação de cada estrutura devem ser determinadas de forma reconhecidamente científica, de modo a retratar, com precisão, os parâmetros geomecânicos do solo. Tal determinação deve ser realizada a partir das seguintes etapas:

• Estudo e análise fisiográfica preliminar do traçado da linha com a conseqüente elaboração do plano de investigação geotécnica.

• Estabelecimento dos parâmetros geomecânicos a partir do reconhecimento do subsolo com a caracterização geológica e geotécnica do terreno, qualitativa e quantitativamente

• Parecer geotécnico com a elaboração de diretrizes técnicas e recomendações para o projeto.

No cálculo das fundações, devem ser considerados os aspectos regionais geomorfológicos que influenciem o estado do solo de fundação, seja no aspecto de sensibilidade, de expansibilidade, seja de colapsividade, levando-se em conta a sazonalidade..

A definição do tipo de fundação, bem como o seu dimensionamento estrutural e geotécnico, deve considerar os limites de ruptura e deformabilidade para a capacidade de suporte do solo à compressão, ao arrancamento e aos esforços ho rizontais, valendo-se de métodos racionais de cálculo, incontestáveis e consagrados na engenharia geotécnica.

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1.2.5 REQUISITOS ELETROMECÂNICOS

1.2.5.1 Descargas atmosféricas

Os cabos pára-raios de qualquer tipo e formação devem ter desempenho mecânico frente a descargas atmosféricas igual ou superior ao do cabo de aço galvanizado EAR de diâmetro 3/8”.

Todos os elementos sujeitos a descargas atmosféricas diretas da superestrutura de suporte dos cabos condutores e cabos pára-raios, incluindo as armações flexíveis de estruturas tipo “Cross-Rope”, Trapézio ou Chainette, não devem sofrer redução da suportabilidade mecânica original após a ocorrência de descarga atmosférica. As cordoalhas de estruturas estaiadas mono-mastro ou V protegidas por cabos pára-raios estão isentas deste requisito.

1.2.5.2 Corrosão eletrolítica

É de inteira responsabilidade da TRANSMISSORA a elaboração de estudos para prevenção dos efeitos relacionados à corrosão em elementos da linha de transmissão em contato com o solo, de forma a garantir a estabilidade estrutural dos suportes da linha e o bom funcionamento do sistema de aterramento ao longo da vida útil da mesma.

1.2.5.3 Corrosão ambiental

Todos os componentes da linha de transmissão devem ter sua classe de galvanização compatível com a agressividade do meio ambie nte, particularmente em zonas litorâneas e industriais.

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1.3 SUBESTAÇÕES

1.3.1 REQUISITOS GERAIS

1.3.1.1 Informações básicas

A TRANSMISSORA deve desenvolver e apresentar os estudos necessários à definição das características e dos níveis de desempenho de todos os equipamentos, considerando que os mesmos serão conectados ao sistema existente.

Todos os equipamentos devem ser especificados de forma a não comprometer ou limitar a operação das subestações, nem impor restrições operativas às demais instalações do sistema interligado.

Nas subestações, a configuração básica deve contemplar equipamentos com características elétricas básicas similares ou superiores às dos existentes, as quais estão apresentadas nos documentos listados no item 2. O dimensionamento dos novos equipamentos deve considerar as atuais e futuras condições a serem impostas pela configuração prevista pelo planejamento da expansão do Sistema Interligado Nacional - SIN.

Devem ser observados os critérios e requisitos básicos das instalações das subestações de 500 kV São João do Piauí e Milagres, conforme especificados nos documentos listados no item 2.

Deverão ser realizadas, dentre outras, as obras necessárias de infra-estrutura, descritas no módulo geral – Resolução ANEEL nº. 191, de 12 de dezembro de 2005, conforme segue:

• SE São João do Piauí: para a entrada de linha e interligação de barras, previstos neste edital, será necessário aquisição de terreno contíguo a SE existente, aterro leve, drenagem, extensão da malha de terra, cercas e embritamento, além da remoção de algumas benfeitorias no acesso da ATE II.

• SE Milagres: para o vão de linha objeto deste Anexo 6B será necessário terraplanagem, malha de terra, canaletas, embritamento, cercas e demais infra-estrutura necessária para instalação dos módulos de entrada de linha e interligação de barras.

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1.3.1.2 Arranjo de barramentos e equipamentos das subestações

• Subestação São João do Piauí, CHESF, possui arranjo de barramento tipo DJM com quatro vãos de linha em operação, sendo um na Interligação Norte – Nordeste; um na LT Sobradinho – Boa Esperança; um com um reator de barra pertencente à interligação Norte – Nordeste e outro na conexão com o transformador 500/230 kV. Este último vão não possui disjuntores. Há previsão de mais um vão de linha.

Figura 1.3 – Diagrama unifilar do setor de 500 kV da SE São João do Piauí

(a LT Ribeiro Gonçalves C2 e equipamentos associados, EL e reatores, fazem parte do Lote A deste Leilão).

BC

S

BC

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BC

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LT S

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1

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LT

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3x33,3Mvar

3x33,3Mvar

436,8Mvar

500/230/13,8kV 3x100MVA

3x33,3Mvar + 1 Reserva 436,8Mvar

3x60Mvar + 1 Reserva

3x33,3Mvar + 1 Reserva 484Mvar

LT

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Gon

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3x60Mvar

LT

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3x60Mvar + 1 Reserva

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• Subestação Milagres, CHESF, possui arranjo de barramento tipo DJM com três vãos de linha em operação, sendo apenas um disjuntor e meio completo nas linhas para Quixadá e Luiz Gonzaga. O vão do transformador 500/230 kV não tem interligação de barras e o vão do reator de barra não possui nenhum disjuntor.

Figura 1.4 – Diagrama unifilar do setor de 500 kV da SE Milagres

1.3.1.3 Capacidade de corrente

(a) Corrente em regime Permanente

Os barramentos das subestações devem ser dimensionados considerando a situação mais severa de circulação de corrente, levando em conta a possibilidade de indisponibilidade de elementos da subestação e ocorrência de emergência no Sistema Interligado Nacional – SIN, no horizonte de planejamento.

No caso de subestação existente, se a máxima corrente verificada for inferior à capacidade do barramento, o trecho de barramento associado a este empreendimento deverá ser compatível com o existente.

A TRANSMISSORA deve informar a capacidade de corrente dos barramentos, para todos os níveis, rígidos ou flexíveis, para a temperatura de projeto.

Para o dimensionamento da capacidade de corrente nominal dos equipamentos a serem implantados na subestação, tais como, disjuntores, chaves seccionadoras e transformadores

3x40Mvar

LT

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xadá

LT

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3x33,3Mvar 3x40Mvar + 1 Reserva

500/230/13,8kV 3x200MVA + 1 Reserva

LT

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Joã

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3x60Mvar + 1 Reserva

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de corrente, deve ser considerado que indisponibilidades de equipamentos, pertencentes ou não a este empreendimento, podem submeter os remanescentes a valores de correntes mais elevados, cabendo a TRANSMISSORA identificar as correntes máximas que poderão ocorrer nos seus equipamentos, desde a data de entrada em operação até o ano horizonte de planejamento, por meio de estudo específico descrito no item 1.8 deste anexo técnico.

Os equipamentos exclusivos das entradas de linha (no arranjo de barramento DJM e ANEL – seccionadora da linha e bobinas de bloqueio; no arranjo BD – todas as secionadoras, disjuntor, TCs e bobinas de bloqueio) devem suportar, no mínimo, as condições de carregamento da linha de transmissão estabelecidas no item 1.2.3.1.

(b) Capacidade de curto-circuito

Os equipamentos e demais instalações das subestações São João do Piauí 500 kV e Milagres 500 kV devem suportar , no mínimo, as correntes de curto-circuito simétrica e assimétrica relacionadas a seguir:

• corrente de curto-circuito nominal: 40 kA

• valor de crista da corrente suportável nominal: 104 kA (fator de assimetria de 2,6)

Ressalta-se que o atendimento a fatores de assimetria superiores àqueles acima definidos pode ser necessário em função dos resultados dos estudos, considerando inclusive o ano horizonte de planejamento, a serem realizados pela TRANSMISSORA, conforme descrito no item 1.8 desse anexo técnico.

(c) Sistema de Aterramento

O projeto das subestações deve atender ao critério de um sistema solidamente aterrado.

1.3.1.4 Suportabilidade (a) Tensão em regime permanente

O dimensionamento dos barramentos e dos equipamentos para a condição de operação em regime permanente deve considerar o valor máximo de tensão de 550 kV para a tensão nominal de 500 kV.

(b) Isolamento sob poluição

As instalações devem ser isoladas de forma a atender, sobretensão operativa máxima, às características de poluição da região, conforme classificação contida na Publicação IEC 815 – Guide for the Selection of Insulators in Respect of Polluted Conditions.

(c) Proteção contra descargas atmosféricas

O sistema de proteção contra descargas atmosféricas das subestações deve ser dimensionado de forma a assegurar um risco de falha menor ou igual a uma descarga por 50 anos.

Além disso, deve-se assegurar que não haja falha de blindagem nas instalações para correntes superiores a 2 kA.

Caso existam edificações, as mesmas devem atender às prescrições da Norma Técnica NBR 5419.

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1.3.1.5 Efeitos de campos (a) Efeito corona

Os componentes das subestações, especialmente condutores e ferragens, não devem apresentar efeito corona visual em 90% do tempo para as condições atmosféricas predominantes na região da subestação. A tensão mínima fase-terra eficaz para início e extinção de corona visual a ser considerada no projeto para os pátios de 500 kV é de 350 kV.

(b) Rádio interferência

O valor da tensão de rádio interferência externa à subestação não deve exceder 2.500 µV/m a 1.000 kHz, com 1,1 vezes a tensão nominal do sistema.

1.3.2 REQUISITOS DOS EQUIPAMENTOS

1.3.2.1 Disjuntores (a) O ciclo de operação dos disjuntores deve atender aos requisitos das normas aplicáv eis.

(b) O tempo máximo de interrupção para disjuntores classe de tensão de 500 kV deve ser de 2 ciclos.

(c) A corrente nominal do disjuntor deve ser compatível com a máxima corrente possível na indisponibilidade de um outro disjuntor, no mesmo bay ou em bay vizinho, pertencente ou não a este empreendimento, para os cenários previstos pelo planejamento e pela operação.

(d) Os disjuntores devem ser dimensionados respeitando os valores mínimos de corrente de curto circuito nominal (corrente simétrica de curto-circuito) e valor de crista da corrente suportável nominal (corrente assimétrica de curto-circuito) dispostos no item 1.3.1.3 b). Relações de assimetria superiores a indicada em 1.3.1.3 b) poderão ser necessárias, em função dos resultados dos estudos a serem realizad os pela própria TRANSMISSORA, descritos nos item 1.8 deste anexo técnico.

(e) Os disjuntores devem ser capazes de efetuar as operações de manobra listadas no item 1.8.4.

(f) Os disjuntores devem ter dois circuitos de disparo independentes, lógicas de detecção de discrepância de pólos e acionamento monopolar. O ciclo de operação nominal deve ser compatível com a utilização de esquemas de religamento automático tripolar e monopolar.

(g) Caberá à nova TRANSMISSORA fornecer disjuntores com resistores de pré-inserção ou com mecanismos de fechamento ou abertura controlados, quando necessário.

(h) Nos casos em que forem utilizados mecanismos de fechamento ou abertura controlados devem ser especificados a dispersão máxima dos tempos médios de fechamento ou de abertura, compatíveis com as necessidades de precisão da manobra controlada.

(i) O disjuntor deve manobrar linhas a vazio sem reacendimento do arco.

(j) Os disjuntores que manobrem banco de capacitores em derivação devem ser do tipo de “baixíssima probabilidade de reacendimento de arco”, classe C2 conforme norma IEC 62271-100.

(k) Os disjuntores devem ser especificados para abertura de corrente de curto-circuito nas condições mais severas de X/R, no ponto de conexão do disjuntor. Em caso de disjuntores localizados nas proximidades de usinas geradoras especial atenção deve ser dada à determinação da constante de tempo a ser especificada para o disjuntor. Caso exista a

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possibilidade da ocorrência de “zeros atrasados” em caso de defeitos próximos a usina, o disjuntor deve ser especificado para operar nestas condições de defeito;

(l) Capacidade de manobrar outros equipamentos ou linhas de transmissão existentes na subestação onde estão instalados, em caso de faltas nesses equipamentos seguidas de falha do referido disjuntor, considerando inclusive disjuntor em manutenção;

(m) Capacidade de manobrar a linha de transmissão licitada em conjunto com o(s) equipamento(s) ou linha(s) a ela conectadas em subestações adjacentes, em caso de falta no equipamento ou na linha da subestação adjacente, seguido de falha do respectivo disjuntor.

(n) Os disjuntores utilizados na manobra de reatores em derivação devem ser capazes de abrir pequenas correntes indutivas e ser especificados com dispositivos de manobra controlada.

1.3.2.2 Seccionadoras, lâminas de terra e chaves de aterramento

Estes equipamentos devem atender aos requisitos das normas IEC aplicáveis e serem capazes de efetuar as manobras listadas no item 1.8.3.

As seccionadoras devem ser especificadas com, pelo menos, a mesma corrente nominal utilizada pelos disjuntores deste empreendimento, aos quais estejam associadas.

A TRANSMISSORA deve especificar o valor de crista da corrente suportável nominal(corrente de curto circuito assimétrica) e a corrente suportável nominal de curta duração(corrente de curto simétrica) respeitando os valores mínimos dispostos no item 1.3.1.3 b).

Fatores de assimetria superiores ao indicado em 1.3.1.3 b) poderão ser necessários, em função dos resultados dos estudos a serem realizados pela TRANSMISSORA, descritos nos item 1.8 deste anexo técnico.

As lâminas de terra e chaves de aterramento das linhas de transmissão devem ser dotadas de capacidade de interrupção de correntes induzidas de acordo com a norma IEC 62271-102.

Esses equipamentos devem ser dimensionados considerando a relação X/R do ponto do sistema onde serão instalados.

1.3.2.3 Pára-raios

Deverão ser instalados pára-raios nas entradas de linhas de transmissão, nas conexões de unidades transformadoras de potência, de reatores em derivação e de bancos de capacitores não autoprotegidos. Os pára-raios devem ser do tipo estação, de óxido de zinco (ZnO), adequados para instalação externa.

Os pára-raios devem ser especificados com uma capacidade de dissipação de energia suficiente para fazer frente a todas as solicitações identificadas nos estudos descritos no item 1.8 deste anexo técnico.

A TRANSMISSORA deverá informar, ainda na fase de projeto básico, em caso de indisponibilidade dos dados finais do fornecimento, os valores de catálogo da família do pára-raios escolhido para posterior utilização no empreendimento.

1.3.2.4 Transformadores de corrente e potencial

As características dos transformadores de corrente e potencial, como: número de secundários, relações de transformação, carga, exatidão, etc., devem satisfazer as necessidades dos sistemas de proteção e de medição das grandezas elétricas e medição de faturamento, quando aplicável.

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Os transformadores de corrente devem ter enrolamentos secundários em núcleos individuais e os de potencial devem ter enrolamentos secundários individuais e serem próprios para instalação externa.

Para a especificação dos núcleos de proteção dos transformadores de corrente deve-se considerar a relação X/R do ponto de instalação, para que esses núcleos não saturem durante curtos-circuitos e religamentos rápidos (IEEE 76 CH1130-4 Transient response of current transformers e IEC 44-6 Instrument transformers - part 6: Requirements for protective current transformers for transient performance).

A TRANSMISSORA deve especificar transformadores de corrente com o valor de crista da corrente suportável nominal(corrente de curto-circuito assimétrica) e a corrente suportável nominal de curta duração(corrente de curto simétrica) que respeitem o disposto no item 1.3.1.3 b).

Fatores de assimetria superiores a indicada em 1.3.1.3 b) poderão ser necessários, em função dos resultados dos estudos a serem realizados pela própria TRANSMISSORA, descritos no item 1.8 deste anexo técnico.

1.3.2.5 Reatores em Derivação

(a) Tolerâncias

Serão admitidas as seguintes tolerâncias do reator:

• Impedância: ± 2% por fase em relação ao valor especificado e não devendo afastar-se 1% do valor médio medido das três fases das unidades;

(b) Esquemas de Aterramento

Os bancos de reatores poderão considerar os seguintes esquemas de aterramento:

• Estrela solidamente aterrada; • Estrela aterrada através de impedância.

Quando for utilizada a impedância de aterramento, a classe de isolamento do neutro do reator deve ser dimensionada considerando esse equipamento.

(c) Perdas

O valor médio das perdas totais, à tensão nominal de operação e freqüência 60 Hz, deve ser inferior a 0,3 % da potência nominal do reator.

(d) Suportabilidade a Sobretensões

O equipamento deve ser capaz de suportar os níveis de sobretensões transitórias e temporárias definidos pelos estudos de sistema.

(e) Característica V x I

Deve ser definida por estudos de sistema e engenharia.

(f) Isolamento do Neutro

Caso os estudos de sistema determinarem, para a viabilização da implementação do religamento monopolar, a necessidade da utilização de reatores de neutro, o isolamento do reator deve ser especificado de forma a permitir a conexão desses reatores.

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1.3.2.6 Instalações abrigadas

Todos os instrumentos, painéis e demais equipamentos dos sistemas de proteção, comando, supervisão e telecomunicação devem ser abrigados e projetados segundo as normas aplicáveis, de forma a garantir o perfeito desempenho destes sistemas e sua proteção contra desgastes prematuros.

Em caso de edificações, é de responsabilidade da TRANSMISSORA seguir as posturas municipais aplicáveis e as normas de segurança do trabalho.

1.3.2.7 Equipamentos localizados em entradas de linhas Equipamentos localizados nas extremidades de linha e que possam ficar energizados após a manobra da mesma no terminal em vazio, tais como reatores de linha, disjuntores, secionadores e transformadores de potencial, deverão ser dimensionados para suportar por uma hora as sobretensões à freqüência industrial de acordo com a Tabela 1.5:

Tabela 1.5 – Tensão eficaz entre fases admissível na extremidade das linhas de transmissão 1 hora após manobra (kV)

Tensão nominal Tensão na extremidade da LT

230 253 345 398

500/525 600

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1.4 REQUISITOS TÉCNICOS DOS SISTEMAS DE PROTEÇÃO

1.4.1 GERAL

Cada equipamento primário, exceção feita aos barramentos, deve ser protegido por, no mínimo, dois conjuntos de proteção completamente independentes. Acrescenta-se, quando aplicável, a proteção própria ou intrínseca dos equipamentos.

Os sistemas de proteção são identificados como:

(a) Proteção principal e proteção alternada - quando as mesmas forem funcionalmente idênticas;

(b) Proteção unitária e proteção de retaguarda - quando as mesmas forem funcionalmente diferentes.

Os sistemas de proteção devem ser constituídos, obrigatoriamente, de equipamentos discretos e dedicados para cada componente da instalação (transformador, barramento etc) e linhas de transmissão, podendo os mesmos ser do tipo multifunção.

Todos os relés de proteção deverão utilizar tecnologia digital numérica.

Os sistemas de proteção deverão ser integrados no nível da instalação, permitindo o acesso local e remoto aos ajustes, registros de eventos, grandezas de entrada e outras informações pertinentes de cada um dos sistemas ou relés de proteção. A arquitetura e protocolos utilizados não devem impor restrições à integração de novos equipamentos, nem à operação da instalação.

Todos os equipamentos e sistemas digitais devem possuir automonitoramento e autodiagnóstico, com bloqueio automático de atuação por defeito, sinalização local e remota de falha ou defeito.

Todos os sistemas de proteção devem admitir a falha ou defeito de um componente sem que isto acarrete a degradação do seu desempenho final.

Os transformadores de corrente deverão ser dispostos na instalação de forma a permitir a superposição de zonas de proteções unitárias de equipamentos primários adjacentes.

A proteção dos equipamentos deve ser concebida de maneira a não depender de proteção de retaguarda remota no sistema de transmissão. Nos casos de barramentos é admitida, excepcionalmente, proteção de retaguarda remota quando da indisponibilidade de sua única proteção.

Os conjuntos de proteção principal e alternada (ou unitária e retaguarda) deverão ser alimentados por bancos de baterias, retificadores e circuitos de corrente contínua independentes, além de possuírem independência a nível físico de painel, fonte auxiliar e todo e qualquer recurso que possam compartilhar.

As proteções deverão possuir saídas para acionar disjuntores com dois circuitos de disparo independentes e para acionamento monopolar e/ ou tripolar.

As informações de corrente e tensão para cada sistema de proteção (principal e alternada ou unitária e retaguarda) deverão ser obtidas de núcleos independentes de transformadores de corrente e de secundários diferentes de transformadores de potencial.

As proteções alimentadas por transformadores de potencial devem possuir supervisão de tensão para bloqueio de operação indevida e alarme por perda de potencial.

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Deve ser prevista a supervisão dos circuitos de corrente contínua dos esquemas dos conjuntos de proteção, teleproteção, religamento automático e sincronismo, de forma a indicar qualquer anormalidade que possa implicar em perda da confiabilidade operacional do sistema de proteção.

Todos os sistemas de proteção e equipamentos associados deverão atender às normas de compatibilidade eletromagnética aplicáveis, nos graus de severidade adequados para instalação em subestações de Extra Alta Tensão (EAT).

Os Sistemas de Proteção devem atender aos requisitos existentes de sensibilidade, seletividade, rapidez e confiabilidade operativa, de modo a não deteriorar o desempenho do sistema elétrico em condições de regime ou durante perturbações.

1.4.2 PROTEÇÕES DE LINHAS DE TRANSMISSÃO

Compreende o conjunto de equipamentos e acessórios, instalados em todos os terminais da linha de transmissão, necessários e suficientes para a detecção e eliminação de todos os tipos de faltas (envolvendo ou não impedância de faltas) e outras condições anormais de operação na linha de transmissão, realizando a discriminação entre faltas internas e externas à linha protegida.

1.4.2.1 Proteções Principal e Alternada - Linha de Transmissão em 500 kV

Cada terminal de linha de transmissão deve ser equipado com dois conjuntos independentes de proteção, do tipo proteção principal e proteção alternada, totalmente redundantes, cada um deles provendo completa proteção unitária e de retaguarda, ambos adequados para a proteção da linha de transmissão em que forem instalados.

O sistema de proteção deve ser seletivo e adequado para a detecção e eliminação de todo tipo de falta ao longo da linha de transmissão.

As proteções unitárias ou restritas, integrantes dos sistemas de proteção principal e alternada, devem ser capazes de realizar, individualmente e independentemente, a detecção e eliminação de faltas entre fases e entre fase e a terra para 100 % da extensão da linha protegida, sem retardo de tempo intencional.

O tempo total de eliminação de todos os tipos de faltas, incluindo o tempo de abertura dos disjuntores de todos os terminais da linha e da teleproteção, não deve exceder a 100 ms.

Os conjuntos de proteção principal e alternada devem permitir a correta seleção das fases defeituosas para comandar o desligamento do disjuntor de forma mono ou tripolar. É vedada a utilização de unidades de distância com compensação de seqüência zero para a seleção de fases.

No caso de utilização de proteção por relés de distância, a mesma deve possuir as seguintes funções e características:

• Elementos de medição para detecção de faltas entre fases e entre fases e terra (21/21N), com, pelo menos, três zonas diretas e uma reversa. As unidades de medição deverão apresentar sobrealcance transitório máximo de 5 % para defeitos sólidos com máxima componente exponencial;

• A proteção de distância deve ser complementada com a uti lização de proteção de sobrecorrente direcional de neutro (67N), com unidades instantâneas e temporizadas;

• Permitir a adequada eliminação de faltas que ocorram durante a energização da linha de transmissão, mesmo quando a alimentação de potencial para a proteção seja proveniente de DCP de linha (“line pick-up”);

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• Permitir o bloqueio das unidades de distância por oscilações de potência (68OSB).

Se a proteção unitária for realizada por relés de distância, a mesma deve se adequar, por meio de configuração de sua lógica, aos seguintes esquemas básicos de teleproteção:

• Esquema permissivo de transferência de disparo por subalcance (PUTT);

• Esquema permissivo de transferência de disparo por sobrealcance (POTT);

• Esquema de desbloqueio por comparação direcional (DCU);

• Esquema de bloqueio por comparação direcional (DCB);

• Esquema de transferência de disparo direta (DUTT).

Além dos requisitos descritos no item 1.7.2 do sistema de telecomunicações a ser implantado, no qual inclui o número mínimo de canais, a teleproteção deverá ainda atender os seguintes requisitos:

• A determinação da(s) lógica(s) de teleproteção a ser(em) adotada(s) em cada caso deve levar em conta os efeitos das variações das impedâncias das fontes, o comprimento da linha de transmissão, a existência de acoplamentos magnéticos com outras linhas de transmissão, derivações na linha de transmissão e a existência ou não de compensação série;

• A proteção de sobrecorrente direcional de neutro (67N) deve atuar incorporada ao esquema de teleproteção utilizado;

• Em esquemas de teleproteção baseados em unidades de medida ajustadas em sobrealcance devem ser utilizadas lógicas de bloqueio para operação indevida durante a eliminação seqüencial de faltas nas linhas paralelas;

• Quando necessário, os esquemas devem possuir lógicas para a devolução de sinal permissivo de disparo (“echo”) e para proteção de terminais com fraca alimentação (“weak infeed”);

• No esquema de transferência direta de desligamento (DUTT) devem ser previstos meio s para permitir o desligamento do disjuntor remoto quando ocorrer falha de algum canal de telecomunicação (operação monocanal);

• Devem ser previstos meios para a verificação funcional de todos os canais de transmissão e recepção de teleproteção, independentemente do meio usado na comunicação, sem risco de desligamento acidental e sem a necessidade do desligamento da linha de transmissão.

As proteções de retaguarda, integrantes dos sistemas de proteção principal e alternada devem ser gradativas, compostas por relés de distância (21/21N), para defeitos entre fases e fase terra e por relé de sobrecorrente direcional de neutro (67N), atendendo as seguintes condições:

• Elementos de medição para detecção de faltas entre fases e entre fases e terra (21/21N) com, pelo menos, três zonas diretas e uma reversa. As unidades de medição deverão apresentar sobrealcance transitório máximo de 5 % para defeitos sólidos com máxima componente exponencial;

• A proteção de distância deve ser complementada com a utilização de proteção de sobrecorrente direcional de neutro (67N), com unidades instantâneas e temporizadas;

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• Permitir a adequada eliminação de faltas que ocorram durante a energização da linha de transmissão, mesmo quando a alimentação de potencial para a proteção seja proveniente de DCP de linha (“line pick-up”);

• Permitir o bloqueio das unidades de distância por oscilações de potência (68OSB).

No caso de terminais conectados a barras com arranjos do tipo disjuntor e meio ou em anel, deve ser prevista lógica para proteção do trecho da linha que permanecer energizado quando a respectiva chave isoladora estiver aberta (linha fora de serviço), estando o(s) disjuntor(es) da linha fechado(s) (“stub bus protection”).

Todo desligamento tripolar em um terminal de linha de transmissão deve gerar um sinal a ser transferido para o terminal remoto, via esquema de transferência direta de disparo, para efetuar o desligamento dos disjuntores do terminal remoto. A lógica de recepção deverá discriminar os desligamentos para os quais é desejado o religamento da linha daqueles para os quais o religamento deve ser bloqueado.

As proteções principal e alternada devem possuir esquema para disparo por perda de sincronismo (78) baseada na taxa de variação no tempo da impedância medida, com as seguintes características:

• ajustes das unidades de impedância e do temporizador independentes;

• seleção do modo de disparo na entrada (trip on way in) ou na saída (trip on way out) da característica de medição; e

• bloqueio do disparo para faltas assimétricas, preferencialmente por corrente de seqüência de fase negativa.

Todo terminal de linha de transmissão deve possuir proteção principal e alternada para sobretensões (59), com elementos instantâneo e temporizado, com ajustes independentes e faixa de ajustes de 1,1 a 1,6 vezes a tensão nominal.

• Os elementos instantâneos devem operar somente para eventos onde se verificam sobretensões simultaneamente nas três fases;

• Os elementos temporizados devem operar para sobretensões sustentadas em qualquer uma das três fases.

Todo terminal de linha de transmissão deve possuir esquema de verificação de sincronismo, para supervisionar o comando de fechamento tripolar dos disjuntores.

1.4.2.2 Esquemas de religamento

As linhas de transmissão devem ser dotadas de esquema de religamento conforme filosofia definida a seguir:

(a). Requisitos gerais

O esquema de religamento deverá possibilitar a seleção do tipo com duas possibilidades: tripolar e monopolar e do número de tentativas de religamento.

Na posição “tripolar” qualquer ordem de disparo iniciada por proteção deverá desligar os três pólos do disjuntor e iniciar automaticamente o religamento tripolar.

Na posição “monopolar”, o desligamento e o religamento dos dois terminais da linha deverão ser monopolares para curtos-circuitos fase-terra e tripolares para os demais tipos de curtos-circuitos.

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Caso não haja sucesso no ciclo de religamento o desligamento deverá ser tripolar (por exemplo: curto-circuito permanente).

Em subestações com arranjo em anel, barra dupla com disjuntor duplo ou disjuntor e meio deverá ser prevista a possibilidade de religamento em qualquer dos disjuntores associados à linha. A colocação ou retirada de serviço e a seleção do tipo de religamento e do disjuntor a religar deverão ser realizadas por meio de chave seletora e do sistema de supervisão e controle da subestação.

Os relés de religamento deverão possuir temporizadores independentes com possibilidade de ajuste de tempo morto, para religamento monopolar e tripolar.

Uma vez iniciado um determinado ciclo de religamento, um novo ciclo somente será permitido depois de decorrido um tempo mínimo ajustável, que se iniciará com a abertura do disjuntor.

A proteção a ser fornecida deverá ter meios para, opcionalmente, realizar o religamento automático somente quando da ocorrência de curtos–circuitos monofásicos internos.

O esquema de verificação de sincronismo deve supervisionar todo comando de fechamento tripolar de disjuntores, sendo composto por unidade de verificação de sincronismo e por unidades de subtensão e sobretensão.

(b). Esquema de religamento tripolar

Os esquemas de religamento automático tripolar são para atuação exclusiva após a eliminação de faltas por proteções de alta velocidade ou instantâneas, não devendo ser iniciados quando de aberturas manuais de disjuntores, operação de funções de proteção temporizadas, operação do Sistema Especial de Proteção, falhas em barras, falhas em disjuntores, recepção de transferência de disparo contínuo do terminal remoto, atuação das proteções de sobretensão e proteções de disparo por perda de sincronismo ou, quando for o caso, por atuações das proteções dos reatores de linha ou transformadores.

Qualquer um dos terminais da linha de transmissão poderá ser selecionado para ser o primeiro terminal a religar (“LÍDER“), e deverá religar depois de transcorrido o tempo morto. O outro terminal (“SEGUIDOR”) deverá ser religado por meio de um relé verificador de sincronismo. Para permitir a seleção do terminal que será religado em primeiro lugar, ambos os terminais deverão ser equipados com esquemas de relig amento e relés de verificação de sincronismo.

O terminal “LÍDER” deverá religar somente se não houver tensão na linha. O terminal “SEGUIDOR” deverá religar somente após a verificação de sincronismo e havendo nível de tensão adequado do lado da linha de transmissão. O relé de verificação de sincronismo deverá monitorar o ângulo e o escorregamento entre as tensões a serem sincronizadas.

(c). Esquema de religamento monopolar

Os esquemas de religamento automático monopolar são para atuações exclusivas após a eliminação de faltas fase-terra por proteções de alta velocidade ou instantâneas. Estes esquemas de religamento automático não deverão ser iniciados pelas mesmas funções descritas no item anterior.

As proteções deverão ser dotadas de esquemas de seleção de fases adequados a cada aplicação para prover a abertura monopolar para os defeitos monofásicos internos à linha de transmissão. Em caso de utilização de proteções de distância, as unidades de seleção de fases utilizadas deverão ser independentes das unidades de partida e medida da proteção.

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Durante o período de operação com fase aberta imposto pelo tempo morto do religamento monopolar, deverão ser bloqueadas as funções direcionais de sobrecorrente de seqüências negativa e zero de alta sensibilidade, associadas a esquemas de teleproteção baseados em lógicas de sobrealcance, caso necessário. Durante este período de tempo, qualquer ordem de disparo para o disjuntor como, por exemplo, vinda das outras fases, deverá ser tripolar, cancelando o religamento da linha de transmissão.

(d). Relés verificadores de sincronismo

Os relés verificadores de sincronismo utilizados nos esquemas de religamento tripolar deverão permitir o ajuste do tempo de religamento, considerando a contagem de tempo desde a abertura do disjuntor e incluindo os tempos mortos típicos para a respectiva classe de tensão. Além disso, deverão possibilitar ajustes da diferença de tensão, defasagem angular, diferença de freqüência e permitir a seleção das seguintes condições para fechamento do disjuntor:

• barra viva - linha morta;

• barra morta - linha viva;

• barra viva – linha viva; e

• barra morta - linha morta.

1.4.3 SISTEMA DE PROTEÇÃO DE REATORES

Compreende o conjunto de equipamentos e acessórios necessários e suficientes para a eliminação de todos os tipos de faltas internas (para a terra, entre fases ou entre espiras) em reatores mono ou trifásicos, com neutro em estrela aterrada, conectados nas linhas de transmissão ou em barramentos. O reator deve dispor de três conjuntos independentes de proteção:

• Proteção unitária ou restrita;

• Proteção de retaguarda;

• Proteção intrínseca.

A proteção unitária deve possuir as seguintes funções e características:

• O tempo total de eliminação de faltas, incluindo o tempo de operação do relé de proteção, dos relés auxiliares e o tempo de ab ertura dos disjuntores, pela proteção unitária não deve exceder a 100 ms para reatores de tensão nominais iguais ou superiores a 345kV;

• Ser constituída por proteção diferencial de sobrecorrente percentual (87);

• No caso de bancos de reatores monofásicos, a proteção diferencial deve ser trifásica, com conexão por fase entre os transformadores de corrente do lado da linha de transmissão ou do barramento e os transformadores de corrente do lado do neutro de cada reator;

• No caso de reatores trifásicos, é admitida a proteção diferencial monofásica, com conexão residual entre os transformadores de corrente do lado da linha de transmissão ou do barramento e um único transformador de corrente existente no fechamento do neutro do reator. Caso existam transformadores de corrente por fase no lado de neutro, a proteção diferencial deve ser trifásica;

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A proteção de retaguarda deve possuir as seguintes funções e características:

• Relé de sobrecorrente com elementos instantâneo e temporizado de fase e terra (50/51 e 50/51N) localizada no lado da linha de transmissão ou do barramento do reator;

• Relé de sobrecorrente instantâneo e temporizado de terra (50/51G) no aterramento do neutro do reator.

A proteção intrínseca deve possuir as seguintes funções e características:

• Proteção por acúmulo ou detecção de gás, (tipo Buchholz ou similar, 63), pressão súbita de óleo ou gás (válvula de segurança ou similar, 63V), ambas promovendo o desligamento do reator através de relé de bloqueio (86T);

• Proteção para sobretemperatura do óleo (26) e dos enrolamentos (49), ambas com contatos para alarme de advertência e urgência, bem como contatos para disparo dos disjuntores após temporização ajustável.

As proteções do reator devem atuar sobre relé de bloqueio (86R), para:

• No caso de reatores manobráveis por disjuntor(es) próprio(s), abrir e bloquear o fechamento do(s) disjuntor(es) do reator;

• No caso de reatores diretamente conectados a linha de transmissão, abrir e bloquear o fechamento do(s) disjuntor(es) do terminal local da linha de transmissão associada, e enviar transferência direta de disparo promovendo a abertura e o bloqueio de fechamento dos disjuntores remotos.

1.4.4 PROTEÇÃO DE BARRAS NAS SUBESTAÇÕES EXISTENTES

Deverão ser previstos os equipamentos e esquemas associados necessários à integração das novas entradas de linha ao esquema de proteção diferencial de barras existente nas subestações São João do Piauí e Milagres.

Deverão ser utilizados núcleos de transformador de corrente independentes e dedicados para cada proteção diferencial, sendo vedada a utilização de transformadores de corrente auxiliares.

Onde existirem proteções de barra com relés de alta impedância, as características magnéticas dos transformadores de corrente a serem acrescentados devem ser idênticas às dos transformadores de corrente existentes.

1.4.5 PROTEÇÃO PARA FALHA DE DISJUNTOR

Todo disjuntor da subestação deve ser protegido por esquema para falha de disjuntor, consistindo de relés detectores de corrente, temporizadores e relés de bloqueio, com as seguintes características:

• Partida pela atuação de todas as proteções que atuam sobre o disjuntor protegido;

• Promover um novo comando de abertura no disjuntor protegido (retrip), antes de atuar no relé de bloqueio;

• Comandar, por atuação do relé de bloqueio, a abertura e bloqueio de fechamento de todos os disjuntores necessários à eliminação da falta, em caso de recusa de abertura do disjuntor;

• Possuir sensores ajustáveis de sobrecorrente de fases e terra, ajustáveis e temporizadores ajustáveis.

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O tempo total para a eliminação de faltas pela proteção para falha de disjuntores não deve ser superior a 250 ms, para o nível de tensão igual ou superior a 345 kV, e 300 ms para o nível de tensão inferior a 345 kV.

Os sistemas de proteção para falha de disjuntores associados a equipamentos tais como autotransformadores e reatores, devem permitir a inicialização por meio de sinais da operação de proteções mecânicas ou referentes a outras faltas, onde não existam níveis de corrente suficientes para sensibilizar as unidades de supervisão de sobrecorrente do esquema de falha de disjuntor. Nestes casos, devem ser previstas lógicas de paralelismo entre os contatos representativos de estado dos disjuntores e os contatos das unidades de supervisão de corrente, de forma a viabilizar a atuação do esquema de falha de disjuntor para todos os tipos de defeitos, inclusive aqueles não capazes de sensibilizar os relés de supervisão de corrente do referido esquema.

A proteção para falha de disjuntores deve comandar a abertura do menor número de disjuntores adjacentes ao disjuntor defeituoso, suficientes para a eliminação da falha, promovendo, quando necessário, a transferência de disparo direta para o disjuntor do terminal remoto.

A proteção de falha de disjuntor deverá ser dedicada e possibilitar a integração aos esquemas de falha de disjuntores existentes.

No caso de barramentos com configuração variável por manobra de chaves seccionadoras, a proteção para falha de disjuntor deve ser seletiva para todas as configurações, de modo a desligar apenas a seção de barra necessária ao isolamento do disjuntor em falta.

1.4.6 SISTEMAS ESPECIAIS DE PROTEÇÃO

O Sistema Especial de Proteção - SEP deverá ser implementado por Unidades de Controle Digital (UCD), específico para processar emergências envolvendo o Sistema Interligado Nacional – SIN.

Deverá existir um SEP para cada subestação 500 kV.

As características descritas a seguir são específicas para o SEP e deverão ser rigidamente observadas pela TRANSMISSORA:

• As UCDs deverão ser funcionalmente independentes das demais unidades do Sistema de Proteção Controle e Supervisão (SPCS) no que diz respeito ao desempenho das suas funções. Estas unidades deverão estar conectadas à Via de dados (VDD) somente para enviar e receber informações que deverão ser exibidas nas Unidades de Supervisão e Operação (USO) das subestações e dos Centros de Operação;

• Os SEPs das subestações deverão estar diretamente conectados entre si e com os SEPs das demais subestações, incluindo as hoje existentes no sistema. Cada SEP deverá ser dotado de um mínimo de cinco portas seriais padrão RS-232C com Protocolo de Comunicação IEC-870-5-101 encapsulado em TCP-IP;

• Esta conexão deverá ser dedicada à função (SEP) e deverá atender aos seguintes requisitos de tempo de resposta:

º O tempo máximo (total) estimado para tomada de decisão de um SEP de determinada Subestação, em função da alteração de entradas digitais e / ou violação dos limites estabelecidos para as funções supervisionadas ocorridos em outra subestação, incluídos os tempos de comunicação, deverá ser menor ou igual a 200 ms;

º Dentro de uma mesma subestação o tempo de atuação deverá ser menor ou igual a 20 ms.

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• Caso a UCD proposta para o SEP não consiga desempenhar as funções especificadas a seguir, a TRANSMISSORA deverá instalar os relés de proteção em quantidade e tipo necessários e suficientes para cumprir estas funções. Estes relés deverão, também, ser exclusivos para a função SEP, não podendo ser compartilhados com o SPCS.

As seguintes funções deverão ser desempenhadas pelas UCDs:

• Função Direcional de Potência (para as linhas):

º Atuação trifásica ou por fase;

º Curva característica de tempo inversa;

º Possibilidade de inversão da direcionalidade;

º Facilidade de ajuste quanto ao ponto de atuação em termos de potência (W) ou corrente (A);

º Dotado de saídas independentes para alarme e desligamento com reset local e remoto;

º Interface com fibra óptica.

• Função de Sub e Sobretensão (para as barras):

º Atuação por fase;

º Característica de tempo definido;

º Ajuste contínuo da função 27 na faixa de 0,3 a 0,8 da tensão nominal e da função 59 de 1,1 a 1,6 da tensão nominal;

º Exatidão melhor que 2%;

º Interface com fibra óptica.

• Função de Sub e Sobrefreqüência:

º Possuir 04 estágios de freqüência independentes;

º Faixa de ajuste mínima para cada estágio de operação: de 50 Hz a 70 Hz, ajustável em intervalos de 0,01 Hz;

º Exatidão de ± 0,005 Hz do valor ajustado;

º A operação da unidade deverá ser bloqueada por subtensão, ajustável de 40 % a 80 % da tensão nominal;

º Cada unidade deverá ser fornecida com funções para alarme e desligamento;

º A atuação dessa unidade só deverá ser possível após um período de avaliação não inferior a 3 (três) ciclos, de forma a eliminar eventuais atuações indevidas provocadas por componente aperiódica ou outros transitórios na onda de tensão;

º O tempo máximo de rearme dessa unidade deverá ser de 50 ms;

º O erro máximo admissível para cada temporizador será de ± 5 %;

º Circuitos de medição e saída independentes por estágios de atuação;

º Interface com fibra óptica.

Deverão ser disponibilizados os seguintes dados para ligação ao CLP do sistema:

• Entradas analógicas:

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º Fluxo de potência ativa em todas as linhas de transmissão, geradores e transformadores;

º Tensão em todas as seções de barramento.

• Entradas digitais:

º Indicação de estado (com dois contatos) de disjuntores, chaves seccionadoras, chaves de seleção de corte dos geradores (para usinas);

º Indicação da atuação da proteção.

• Saídas de controle:

º Dois contatos para comando de abertura por disjuntor.

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1.5 SISTEMAS DE SUPERVISÃO E CONTROLE

1.5.1 INTRODUÇÃO

Este item descreve os requisitos de supervisão e controle que devem ser implantados para que seja assegurada a plena integração da supervisão e controle dos novos equipamentos à supervisão dos equipamentos existentes, garantindo-se, com isto, uma operação segura e com qualidade do sistema elétrico interligado. Assim, são de responsabilidade da TRANSMISSORA a aquisição e instalação de todos os equipamentos, softwares e serviços necessários para a implementação dos requisitos especificados neste item e para a implementação dos recursos de telecomunicações, cujos requisitos são descritos em item à parte. Os requisitos de supervisão e controle foram divididos em:

1.5.1.1 Requisitos de supervisão e controle das instalações, detalhados em: • Requisitos gerais;

• Interligação de dados;

• Dimensionamento dos sistemas utilizados;

• Critérios para a operação e manutenção dos recursos de supervisão e controle;

• Elenco de informações a serem supervisionadas;

1.5.1.2 Requisitos de supervisão pelo Agente proprietário das subestações existentes;

1.5.1.3 Requisitos de supervisão e controle pelo ONS, divididos em: • Requisitos básicos de supervisão, normalmente atendidos por um SSCL (Sistema de Supervisão

e Controle Local) ou UTR (Unidade Terminal Remota) convencional;

• Arquitetura da interconexão com o ONS;

• Requisitos para o cadastramento dos equipamentos;

1.5.1.4 Requisitos de disponibilidade e avaliação de qualidade;

1.5.1.5 Requisitos para teste de conectividade da(s) interconexão(ões);

1.5.2 REQUISITOS DE SUPERVISÃO E CONTROLE DAS INSTALAÇÕES

1.5.2.1 Requisitos gerais

A construção da linha de transmissão em 500 kV São João do Piauí – Milagres envolve, a instalação de um conjunto de equipamentos que inclui entradas de linhas, reatores, capacitores e suas respectivas conexões e outros, em subestações existentes pertencentes à Concessionária Chesf.

Em função disto, todos os equipamentos a serem instalados pela TRANSMISSORA devem ser supervisionados a nível local segundo a filosofia, critérios e padrões adotados pela empresa proprietária de tais subestações, devendo esta supervisão ser devidamente integrada aos Sistemas Digitais de Supervisão e Controle (SDSCs) existentes ou que serão futuramente instalados pela atual proprietária.

A arquitetura e os requisitos básicos destes Sistemas Digitais de Supervisão e Controle (SDSCs) são apresentados nos documentos:

(a) “Características e Requisitos Básicos das Instalações – Subestação: São João do Piauí” e

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(b) “Características e Requisitos Básicos das Instalações – Subestação: Milagres”.

Na época da elaboração do Workstatement a TRANSMISSORA receberá os documentos detalhados dos requisitos de hardware, funcionais e de projeto dos SDSCs, padrões do ONS e das transmissoras acessadas. Estes documentos estão disponíveis a princípio para consulta, a qualquer momento nas Transmissoras e no ONS.

Na eventualidade do sistema da TRANSMISSORA entrar em operação antes da instalação dos SDSCs em implantação nas Subestações existentes, o mesmo deverá ser projetado para operação independente e prevendo posterior integração aos referidos SDSCs.

Em adição à supervisão local, os equipamentos elétricos devem permitir a supervisão remota pelos seguintes Centros de Operação:

• Centros do agente proprietário das subestações existentes São João do Piauí e Milagres:

º Centro Regional de Operação Oeste, da Chesf, localizado em Teresina – PI.

º Centro Regional de Operação Norte, da Chesf, localizado em Fortaleza – CE. • Centro do ONS:

º Centro Regional de Operação Nordeste, COSR-NE, localizado em Recife – PE.

Assim sendo, o atendimento aos requisitos de supervisão e controle requererá a instalação de sistemas de supervisão nas instalações para: • A aquisição das informações necessárias à supervisão e controle local dos equipamentos a

serem implantados;

• Nas subestações existentes, integração funcional com os Sistemas Digitais de Supervisão e Controle (SDSCs) existentes, visando troca de informações;

• Interconexão ao COSR-NE, do ONS, utilizando o protocolo IEC 870-5-101/104 ou DNP V3.0 e atendendo ao especificado no item “Requisitos de Supervisão e Controle pelo ONS”;

• Interconexão aos Centros de Operação da Chesf, para as subestações São João do Piauí e Milagres, conforme indicado no item “Requisitos de supervisão pelos agentes proprietários das subestações existentes”. Esta interconexão deve ser feita utilizando o protocolo já implementado nestes centros.

Os protocolos adotados para comunicação com os centros de operação (ONS e CHESF) devem ser configurados conforme determinado por estes Agentes, devendo-se observar: • IEC 60870-5-101/104 – implementado atendendo a todos os requisitos definidos pelo padrão IEC

60870-5-101/104, incluindo, também, uma “Lista de Interoperabilidade”, conforme cláusula 8 do referido padrão;

• DNP 3.0 – implementado em conformidade com os requisitos do Nível 3 do referido protocolo, conforme descrito na versão mais recente do documento DNP V 3.00 Subset Definition do DNP Users Group (http://www.dnp.org ). Deve, também, incluir o documento DNP V 3.00 Device Profile Document, conforme também descrito no DNP V 3.00 Subset Definition do DNP Users Group.

Adicionalmente, a configuração dos protocolos deve permitir a tais centros identificar o estado operacional dos sistemas de supervisão da TRANSMISSORA instalados nas subestações. Estas informações serão modeladas como indicações de estado nas bases de dados destes centros de operação.

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Nota Importante:

No caso de interposição de um centro de operação, neste edital denominado de concentrador de dados, na rota de comunicação com algum dos centros de operação da CHESF ou do ONS, a configuração do protocolo deve permitir que tais centros identifiquem o estado operacional do concentrador e, adicionalmente, o concentrador de dados deve ser capaz de identificar o estado operacional de todos os sistemas hierarquicamente a ele subordinados e transferir estas informações para os correspondentes centros, conforme o caso. Adicionalmente, no caso de adoção de concentradores de dados, a comunicação com o ONS deve ser feita usando-se o protocolo ICCP, em vez de IEC ou DNP.

Devem ser efetuadas, às custas da TRANSMISSORA, as modificações de hardware e software e demais serviços necessários nos Sistemas Digitais de Supervisão e Controle (SDSCs) existentes nas subestações para permitir a completa supervisão dos equipamentos elétricos a partir das interfaces homem máquina (IHMs) existentes nas salas de controle local das subestações. A quantidade e tipos de pontos supervisionados devem ser similares ao dos sistemas existentes.

Alternativamente à instalação de novos recursos de supervisão e controle, a TRANSMISSORA, mediante prévio acordo com as empresas proprietárias das instalações existentes, pode optar pela expansão dos recursos de supervisão e controle disponíveis, desde que atendidos todos os requisitos especificados neste item de “Sistemas de Supervisão e Controle” e no de “Requisitos Técnicos do Sistema de Telecomunicações a ser Implantado”.

1.5.2.2 Interligação de dados

As interligações de dados necessárias para atender aos requisitos de supervisão e controle aqui especificados devem ser direcionadas aos Computadores de Comunicação que atendem ao Sistema de Supervisão e Co ntrole dos centros citados neste edital.

• Conceito de interligação de dados

Será considerado como interligação de dados o conjunto de equipamentos e sistemas que se interpõe entre o ponto de captação de dados ou de aplicação de comando no campo e cada um dos centros citados neste edital.

Este conjunto poderá abranger, entre outros, os seguintes equipamentos: • Sistemas de Supervisão e Controle Locais – SSCLs e Unidades Terminais Remotas – UTRs que

venham a ser instalados nas subestações São João do Piauí e Milagres;

• Sistemas que eventualmente se interponham entre as citadas subestações e os computadores de comunicações dos Centros de Operação descritos no título 1.5.2.1, designados genericamente neste documento por “Concentradores de Dados”;

• Enlaces de dados, ponto-a-ponto, que podem ser redundantes em função da disponibilidade exigida neste edital, ou via redes WAN, entre quaisquer destes sistemas;

• Hardware, Software e interfaces necessárias para a integração das UTRs/SSCLs aos computadores de comunicação, incluindo-se aí modems e/ou outros equipamentos de interfaceamento de comunicações.

Será por meio destas interligações de dados que a TRANSMISSORA disponibilizará os recursos de supervisão e controle citados neste edital aos Centros de Operação descritos no título 1.5.2.1. As mesmas interligações de dados utilizadas para atender aos requisitos de supervisão e controle devem ser utilizadas para a disponibilização da seqüência de eventos.

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É requerido que a TRANSMISSORA seja responsável pela instalação e operacionalização de todos os equipamentos e sistemas necessários para implantar as interligações de dados com os centros de operação aqui citados. Como é requerido que a interface entre os equipamentos da TRANSMISSORA e os citados centros seja a entrada dos computadores de comunicação dos centros, de acordo com o critério estabelecido acima, isto inclui a implantação destas conexões e também inclui a instalação de sistemas de comunicação, de modems, e/ou de roteadores e outros equipamentos que se fizerem necessários em todos os terminais das conexões de dados.

• Conceito de recurso de supervisão e controle

Entenda-se como recurso de supervisão e controle dos Agentes como sendo o conjunto formado por:

• Ponto de captação de dados ou de aplicação de comando no campo, que pode abranger TPs, transformadores de corrente, transdutores, relés de interposição, e outros equipamentos;

• Interligação de dados, ou seja, o conjunto de equipamentos e sistemas que se interponham entre o ponto de captação de dados ou de aplicação de comando no campo e os computadores de comunicação do centro de operação do ONS.

1.5.2.3 Dimensionamento dos sistemas utilizados

É, também, responsabilidade da TRANSMISSORA:

• O dimensionamento de todos os sistemas utilizados para atender aos requisitos aqui apresentados, incluindo o sistema de telecomunicações. Os enlaces de dados das UTRs/SSCLs com o(s) computador(es) de comunicação devem ser dedicados.

• A futura operação e manutenção destes recursos de forma a manter os índices de disponibilidade e qualidade aqui especificados., A manutenção deve seguir as regras aqui especificadas.

1.5.2.4 Critérios para a operação e manutenção dos recursos de supervisão e controle (a) Requisitos gerais

Este item estabelece os procedimentos a serem seguidos pela TRANSMISSORA e pelos Centros de Operação descritos no título 1.5.2.1, no processo de acompanhamento dos índices de disponibilidade e qualidade e, também, no processo de identificação de anomalias nos recursos de supervisão e controle disponibilizados pela TRANSMISSORA e os procedimentos a serem adotados para solicitação para execução dos serviços de manutenção e acompanhamento dos mesmos.

A disponibilidade dos recursos de supervisão e controle providos pela TRANSMISSORA será avaliada mensalmente pelos Centros, por meio de índices de indisponibilidade calculados como descrito no subitem 1.5.5 “Requisitos de disponibilidade e avaliação de qualidade” deste edital.

Em tempo real, os citados centros solicitarão à TRANSMISSORA correção de eventuais anomalias que sejam detectadas, no que devem ser atendidos pela TRANSMISSORA de forma a não comprometer seus índices de disponibilidade e qualidade.

É importante lembrar que existirão dois tipos de programa de intervenção no sistema de medição:

• Intervenção para eliminação de problemas identificados pelos Centros: manutenção corretiva;

• Intervenção para cumprir programa de manutenção preventiva da TRANSMISSORA.

Em ambos os casos, qualquer intervenção nos recursos de supervisão e controle disponibilizados a um determinado Centro deve ser programada com tal Centro, cumprindo os prazos previamente estabelecidos em procedimento de rede específico. O referido Centro avaliará a solicitação e fará a

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liberação para que o serviço possa ser executado.

É de extrema importância que a empresa TRANSMISSORA comunique ao Centro em questão o tipo de serviço que irá ser realizado para que possa ser avaliado o impacto da manutenção solicitada na operação em tempo real.

1.5.2.5 Elenco de informações a serem supervisionadas

Como requisito geral de supervisão e controle, devem ser supervisionados todos os equipamentos que venham a ser instalado nas subestações, sejam elas novas ou existentes. As informações coletadas nestas subestações devem ser transferidas para os centros de operação indicados ne ste edital conforme abaixo especificado:

(a) Telemedições • Todas as medições deverão ser feitas de forma individualizada e transferidas

periodicamente aos centros de operação;

• O período de transferência deve ser parametrizável por centro, devendo os sistemas ser projetados para suportar períodos de pelo menos 4 segundos;

• As seguintes medições devem ser coletadas e transferidas para os centros de operação:

­ Módulo de tensão fase-fase em kV em todas as entradas de linha (uma medição por entrada de linha, por exemplo: tensão fase-fase A-B);

­ Potência trifásica ativa em MW e reativa em Mvar em todas as entradas de linha;

­ Corrente de uma das fases em Ampère em todos os terminais de linha de transmissão (por exemplo: Ia);

­ Freqüência em Hz em todos os barramentos envolvidos. • Todas as medições de tensão devem ter uma exatidão mínima de 1% e as demais de 2%.

Tal exatidão deve englobar toda a cadeia de equipamentos utilizados, tais como: transformadores de corrente, de tensão, transdutores, conversores analógico / digital, etc.

(b) Indicação de estado • Todas as indicações de estado devem ser coletadas com selo de tempo com exatidão

melhor que 1 ms e reportadas por exceção aos centros de operação;

• O selo de tempo a ser transmitido aos centros de operação indicados neste edital deve ser aquele definido quando da aquisição do dado pela unidade de aquisição e controle (UAC), não sendo aceitável sua posterior alteração.

• Os sistemas de supervisão e controle das instalações devem estar aptos a responder a varreduras de integridade feitas pelos centros a ele conectados (Centros de Operação descritos no título 1.5.2.1) que podem ser cíclicas, com período parametrizável, tipicamente a cada 1 hora, ou por evento, como, por exemplo, uma reinicialização dos recursos de supervisão e controle dos centros ou, então, sob demanda;

• Os sistemas de supervisão e controle das instalações devem ser capazes de identificar e armazenar o selo de tempo das indicações de estado com uma resolução mínima de 1 milissegundo entre eventos;

• Os relés de interposição devem ser compatíveis com a resolução acima especificada;

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• As seguintes indicações de estado devem ser coletadas e transferidas para os centros de operação:

­ Posição de todas as chaves e disjuntores utilizados para a conexão de todos os equipamentos, incluindo-se chaves de aterramento e de by-pass;

­ Indicação de atuação dos disjuntores pela proteção ou por ação do operador;

­ Relés de bloqueio;

­ Estado dos comutadores sob carga (em automático, remoto ou manual), se aplicável;

­ Alarme de temperatura de enrolamento e óleo de unidades transformadoras e reatores. Nota: As indicações de estado de chaves não precisam ser coletadas com selo de tempo.

(c) Cada unidade de aquisição e controle (UAC) deve ter um relógio e calendário interno para prover precisamente o dia, mês, ano, hora, minuto, segundo e milissegundo de cada operação de registro de variação de estado. Estes relógios internos devem possuir circuitos de sincronismo a partir de um sinal com data absoluta obtida de um sistema GPS, sistema este incluído no objeto deste edital, de forma a garantir que a supervisão e controle das diversas instalações sejam feitos dentro de uma mesma base de tempo. O sistema deverá ser projetado de forma que a exatidão seja melhor que 1 milissegundo.

(d) Todas as telemedições e indicações de estado devem ter indicadores de qualidade do dado, relativos à coleta do dado e às condições de supervisão local (dado inválido na origem, dado sem atualização na última varredura da remota, etc).

(e) Exceto quando explicitamente dito em contrário, todas as informações transferidas aos centros de operação dos Agentes citados neste item de sistemas de supervisão e controle, devem estar em valor de engenharia, correspondentes aos dados coletados nas instalações, não sendo aceitável qualquer outro tipo de processamento prévio.

(f) Quando, caso a caso, acordado algum processamento prévio, as informações devem dispor de indicadores de qualidade informando, pelo menos: • Indicação de entrada manual pelo operador da instalação ou do centro de operação da

TRANSMISSORA, conforme apropriado;

• Indicação de ponto desativado pelo operador da instalação ou do centro de operação da TRANSMISSORA, conforme apropriado.

(g) Informações para o seqüenciamento de eventos • Resolução e exatidão

• Os sistemas de supervisão e controle das instalações devem ser capazes de armazenar informações para o seqüenciamento de eventos com uma resolução entre eventos menor ou igual a 5 milissegundos. A exatidão do selo de tempo associado a cada evento também deve ser menor ou igual a 1 milissegundo, tendo por base o GPS e devendo ser considerados todos os tipos de atuação a serem definidos durante a execução do projeto executivo.

• Conjunto de Informações

Sempre que existentes, as informações indicadas abaixo, armazenadas pelos sistemas de supervisão e controle das instalações, devem ser transferidas aos COSR-N e COSR-NE, conforme apropriado, contendo o instante da atuação do evento, sendo que pontos adicionais poderão ser incluídos durante desenvolvimento do projeto executivo:

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º Linha de Transmissão: ­ Partida da proteção principal de fase (por fase);

­ Disparo da proteção principal de fase;

­ Partida da proteção alternada de fase (por fase);

­ Disparo da proteção alternada de fase;

­ Partida da proteção principal de neutro (por fase);

­ Disparo da proteção principal de neutro;

­ Partida da proteção alternada de neutro (por fase);

­ Disparo da proteção alternada de neutro;

­ Partida do religamento automático;

­ Disparo por sobretensão;

­ Alarme de bloqueio por oscilação de potência;

­ Disparo da proteção para perda de sincronismo;

­ Alarme de transmissão de sinal de desbloqueio / bloqueio ou sinal permissivo da teleproteção;

­ Alarme de transmissão de sinal de transferência de disparo da teleproteção;

­ Alarme de recepção de sinal de desbloqueio / bloqueio ou sinal permissivo da teleproteção;

­ Disparo por recepção de sinal de transferência de disparo da teleproteção;

­ Alarme de bloqueio por falha de fusível;

­ Disparo da 2ª zona da proteção de distância;

­ Disparo da 3ª zona da proteção de distância;

­ Disparo da 4ª zona da proteção de distância;

­ Disparo da proteção de sobrecorrente direcional de neutro temporizada;

­ Disparo da proteção de sobrecorrente direcional de neutro instantânea;

­ Disparo do relé de bloqueio.

º Barramento ­ Disparo da proteção diferencial (por fase);

­ Disparo da proteção de sobretensão;

­ Disparo do relé de bloqueio.

º Reator ­ Disparo por sobretemperatura do óleo;

­ Disparo por sobretemperatura do enrolamento;

­ Proteção de gás ;

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­ Válvula de alívio de pressão;

­ Proteção diferencial por fase;

­ Proteção de sobrecorrente de fase e neutro;

­ Atuação do relé de bloqueio.

º Disjuntor ­ Alarme de mudança de posição;

­ Alarme de falta de alimentação nos circuitos de abertura e fechamento;

­ Disparo da proteção de discordância de pólos;

­ Alarme de fechamento bloqueado;

­ Alarme de abertura bloqueada;

­ Alarme de fechamento automático por mínima pressão sistema de isolação;

­ Alarme de baixa pressão sistema de extinção de arco;

­ Alarme de baixa pressão sistema de acionamento;

­ Alarme de recarga de ar insuficiente;

­ Disparo da proteção de falha do disjuntor;

­ Alarme de sobrecarga do disjuntor central;

­ Disparo do relé de bloqueio.

º Sistemas Especiais de Proteção: ­ Todos os disparos e alarmes.

(h) Idade do dado • Define-se como “idade máxima do dado” o tempo máximo decorrido entre o instante de

ocorrência de seu valor na instalação (processo) e sua recepção nos Centros de Operação descritos no título 1.5.2.1.

• O tempo necessário para a chegada de um dado a qualquer um destes centros inclui o tempo de aquisição do dado na instalação, processamento da grandeza e sua transmissão por meio dos enlaces de comunicação.

• A idade máxima de um dado coletado periodicamente (por varredura) deve ser inferior à soma do tempo de varredura do mesmo adicionado de:

­ 4 segundos em média;

­ 10 segundos no máximo. • A idade máxima de um dado de indicação de estado deve ser inferior a 8 segundos. Este

requisito não se aplica quando ocorrer uma mudança de estado e o sistema de supervisão local estiver sob ciclo de integridade.

• Estes requisitos não se aplicam à transmissão das informações de seqüência de eventos.

(i) Banda morta

• Dependendo do protocolo de comunicações adotado, as informações analógicas poderão ser reportadas por exceção aos centros de operação aqui indicados. Nestes casos, o valor

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adotado para a banda morta utilizada no processo de filtragem deve ser definido de comum acordo entre o Agente proprietário do centro (Centros de Operação descritos no título 1.5.2.1) e a empresa TRANSMISSORA, não devendo o valor que venha a ser fixado para a banda morta comprometer o requisito de exatidão da medição.

1.5.3 REQUISITOS DE SUPERVISÃO PELO AGENTE PROPRIETÁRIO DAS SUBESTAÇÕES

A TRANSMISSORA deve prover aos Centros de Operação do Agente proprietário das subestações existentes, a supervisão remota dos equipamentos que venham a ser instalados nas subestações São João do Piauí e Milagres, conforme requisitos apresentados no sub -item 1.5.2.5 “Elenco de Informações a serem Supervisionadas.

A Figura 1.6 apresenta uma visão simplificada dos requisitos de supervisão das subestações (instalações) objeto deste edital pelos Centros de Operação dos Agentes existentes. Foi aqui colocada com objetivo meramente ilustrativo, no intuito de dar uma visão gráfica dos requisitos especificados no texto deste edital.

Figura 1.6 – Diagrama simplificado dos requisitos de supervisão das subestações.

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Alternativamente, a critério da TRANSMISSORA, a interconexão com os Centros do Agente proprietário das subestações (instalações) pode se dar por meio de um centro de operação próprio da TRANSMISSORA ou contratado de terceiros, desde que sejam atendidos os requisitos descritos neste item, “Sistemas de Supervisão e Controle”. Neste edital, este centro é genericamente chamado de “concentrador de dados”. Neste caso, a estrutura de centros apresentada na Figura 1.6 seria alterada com a inserção do concentrador de dados num nível hierárquico situado entre as instalações e os Centros da CHESF, portanto incluído no objeto desta licitação.

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1.5.4 REQUISITOS DE SUPERVISÃO E CONTROLE PELO ONS

1.5.4.1 Requisitos básicos para a supervisão dos equipamentos

Os recursos básicos para a supervisão dos equipamentos que devem ser disponibilizados ao ONS estão descritos no item 1.5.2.5 “Elenco de Informações a serem Supervisionadas” e abrangem: • Telemedições com varredura de 4 segundos, período este parametrizável;

• Indicações de estado reportadas por exceção e com ciclo de integridade, também parametrizável;

• Seqüência de eventos (SOE).

1.5.4.2 Arquitetura da interconexão com o ONS

A supervisão e controle é um dos pilares da operação em tempo real do sistema elétrico, estando hoje estruturada em um sistema hierárquico com sistemas de supervisão e controle instalados em cinco Centros de Operação do ONS, quais sejam:

• Centro Nacional de Operação do Sistema Elétrico – CNOS;

• Centro Regional de Operação Nordeste – COSR-NE;

Esta estrutura, no que diz respeito ao escopo desta licitação está representada na Figura 1.7, para fins meramente ilustrativos, sendo que a TRANSMISSORA deverá prover as interconexões de dados entre o Centro de Operação do ONS (exceto o CNOS) e cada um dos sistemas de supervisão das subestações envolvidas, devidamente integrados aos existentes.

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Figura 1.7 – Arquitetura de interconexão com o ONS.

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Observa-se que a interconexão com o CNOS se dá por meio de interligações de dados entre o COSR-NE e os Centros de Operação das Concessionárias de Transmissão.

Alternativamente, a critério da TRANSMISSORA, a interconexão com os Centros do ONS poderá se dar por meio de um centro de operação próprio da TRANSMISSORA ou contratado de terceiros, desde que sejam atendidos os requisitos descritos neste item, “Sistemas de Supervisão e Controle” e no de “Requisitos Técnicos do Sistema de Telecomunicações a ser Implantado”. Neste edital, este centro é genericamente chamado de “Concentrador de Dados”. Neste caso, a estrutura dos centros apresentada na Figura 1.7 seria alterada com a inserção do concentrador de dados num nível hierárquico situado entre as instalações e os COSR-NE do ONS e, portanto, incluído no objeto desta licitação.

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/ HJHQGD( P DGLomRDVVLJODVGDILJXUDDQWHULRUXWLOL] RX VH

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1.5.4.3 Requisitos para o Cadastramento dos equipamentos

As informações cadastrais de todos os equipamentos que serão operados pelo ONS devem ser encaminhadas ao mesmo com no mínimo 2 meses de antecedência da entrada em operação. Estas informações devem incluir para os equipamentos objeto deste edital:

• Parâmetros descritivos de linhas de transmissão, incluindo-se impedância série e a susceptância da mesma, segundo o modelo π, bem com a corrente máxima em ampéres, a potência máxima em MVA e a latitude e longitude de cada instalação e das torres de linha;

• Capacidade nominal em Mvar e a tensão nominal em kV, de todos os equipamentos estáticos de suporte de reativo que venham a ser utilizados, como capacitores, reatores, etc.,

• Impedância série de capacitores série;

• Fornecimento dos diagramas unifilares de operação com a identificação de todos os equipamentos de cada instalação;

• Fornecimento dos diagramas com a localização da posição exata de todos os pontos de medição, telessinalização e controle de cada instalação;

• Todos os diagramas devem ser fornecidos em papel e meio magnético, num padrão de importação e exportação a ser previamente acordado entre os Agentes e o ONS;

• Relação, compatível com os requisitos de supervisão e controle aqui apresentados, dos pontos de medição, telessinalização, controle, e SOE que trafegarão na interconexão (ou interconexões) como o(s) sistema(s) de supervisão e controle do ONS, num formato compatível com o protocolo adotado para a interconexão e organizado por SSCL/UTR e concentradores de dados, se utilizados;

• No caso de interligações de dados diretas com UTRs, e se aplicável, parâmetros que permitam a conversão para valores de engenharia dos dados recebidos / enviados pelo Centro;

• Sempre que aplicáveis, limites de escala, superior e inferior, para todos os pontos analógicos supervisionados.

1.5.5 REQUISITOS DE DISPONIBILIDADE E AVALIAÇÃO DE QUALIDADE

1.5.5.1 Geral

Os recursos de supervisão e controle providos pela TRANSMISSORA aos Centros de Operação citados neste edital, para atender aos requisitos também apresentados neste edital, deverão ter sua disponibilidade e qualidade medida por tais Centros de acordo com os conceitos e critérios a seguir estabelecidos.

A avaliação destes recursos será feita por ponto de medição ou de controle, ou seja, por unidade terminal remota, sistema de supervisão e controle local, concentrador de dados e TRANSMISSORA, conforme apropriado e com base na disponibilidade / qualidade dos recursos de supervisão e controle providos pelos mesmos, segundo visão dos centros de operação citados neste edital. Assim, serão avaliados conjuntamente os equipamentos de captação de dados ou de aplicação de comandos nas instalações e também todos os sistemas que se interponham entre tais equipamentos e o sistema computacional do referido centro, incluindo os equipamentos de interfaceamento com os sistemas de comunicação.

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Esta avaliação será feita por meio de índices agregados por unidade terminal remota, concentrador de dados e para a TRANSMISSORA de forma ponderada pelo número recursos implantados e liberados para a operação em relação ao número total que deveriam ser disponibilizados se aplicados os critérios apresentados no subitem 1.5.2.5 – “Elenco de informações a serem supervisionadas”, deste Edital.

Não serão computados nos índices os tempos de indisponibilidade causados por indisponibilidade nos centros de operação do ONS (COSR-NE).

1.5.5.2 Conceito de indisponibilidade de recursos de supervisão e controle

Uma informação de quaisquer dos tipos especificados no subitem 1.5.2.5 – Elenco de informações a serem supervisionadas, deste anexo, é dita indisponível sempre que:

• O recurso não estiver instalado ou não estiver liberado para a operação;

• Uma unidade terminal remota ou um sistema de supervisão e controle local estiver fora de serviço ou sem comunicação;

• O concentrador de dados, quando utilizado, estiver fora de serviço ou sem comunicação.

Todos os pontos subordinados a um sistema de supervisão e controle de uma instalação serão declarados indisponíveis sempre que ocorrer ausência de resposta de tal sistema às solicitações do(s) centro(s) ou de um concentrador de dados, se utilizado. Adicionalmente, no caso de utilização de concentradores de dados, todos os pontos subordinados ao concentrador serão declarados indisponíveis quando o mesmo deixar de responder às solicitações de qualquer um dos centros de operação citados neste edital.

1.5.5.3 Conceito de qualidade dos recursos de supervisão e controle

Uma informação de qualquer dos tipos especificados no subitem 1.5.2.5 – “Elenco de informações a serem supervisionadas”, deste anexo, é dita violando os critérios de qualidade quando:

• O indicador de qualidade sinalizar informação sob entrada manual pelo operador da TRANSMISSORA (se houver);

• O indicador de qualidade sinalizar informação fora de varredura;

• No caso de informações analógicas, violar um dos seus respectivos limites de escala;

• Uma informação estiver comprovadamente inconsistente.

1.5.5.4 Indicadores (a) Os indicadores abaixo apresentados serão usados para apurar os seguintes índices:

• Disponibilidade geral dos recursos providos pela TRANSMISSORA;

• Disponibilidade de cada concentrador de dado utilizado, se aplicável;

• Disponibilidade de cada unidade terminal remota ou sistema de supervisão e controle local;

• Qualidade geral dos recursos providos pela TRANSMISSORA;

• Qualidade de cada concentrador de dado utilizado, se aplicável;

• Qualidade de cada unidade terminal remota ou sistema de supervisão e controle local;

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(b) Disponibilidade dos recursos de supervisão e controle agregado para a TRANSMISSORA e por unidade terminal remota e concentrador de dados [DRSij]. • Caracterização:

• Abreviatura: DRSij

• Objetivo: Avaliar, percentualmente, para a TRANSMISSORA e para uma determinada unidade terminal remota e concentrador de dados “i”, a disponibilidade agregada dos recursos de supervisão e controle fornecidos para a operação de determinado centro de operação “j”, no período de observação;

• Periodicidade de avaliação: Mensal;

• Unidade dimensional: Percentual;

• Natureza: Sistemas de Supervisão e Controle;

• Agregação: Dos últimos 12 meses, para a TRANSMISSORA, por unidade terminal remota e concentrador de dados, apurados por centro de operação;

• Critério de disponibilidade: Os valores mínimos aceitáveis são:

• Para unidades terminais remotas ou sistemas de supervisão e controle local: 98,5 % em base anual;

• Para concentradores de dados e TRANSMISSORA: 99% em base anual;

• Dados necessários: Conforme equação;

Equação:

ij

zzij

ij NPRST

TDRS

×

×=

∑ 100

Onde: T: Tempo total em minutos do período de apuração; Tzij: Soma dos períodos em que o recurso “z” da TRANSMISSORA ou da unidade terminal remota ou do concentrador de dados “i” ficou disponível durante o tempo total “T” para um determinado centro “j”;

Nota: Tzij = (T – Tlzij)

Onde:

Tlzij: Soma dos períodos em que o ponto “z” da TRANSMISSORA ou da unidade terminal remota ou do concentrador de dados “i” ficou indisponível durante o tempo total, visto pelo centro “j” NPRSij: Número total de recursos de supervisão e controle da TRANSMISSORA ou da unidade terminal remota ou do concentrador de dados “i”, vistos pelo centro “j”.

(c) Qualidade dos recursos de supervisão e controle agregado para a TRANSMISSORA e por unidade terminal remota e concentrador de dados [QRSij] • Caracterização:

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• Abreviatura: QRSij

• Objetivo: Avaliar, percentualmente, para a TRANSMISSORA e para uma determinada unidade terminal remota, ou concentrador de dados “i”, a média dos tempos em os recursos de supervisão e controle fornecidos pelos mesmos para a operação de determinado Centro do ONS “j” não violaram o conceito de qualidade, no período de observação;

• Periodicidade de avaliação: Mensal;

• Unidade dimensional: Percentual;

• Natureza: Sistemas de Supervisão e Controle;

• Agregação: Dos últimos 12 meses, para a TRANSMISSORA, por unidade terminal remota e concentrador de dados, apurados por centro de operação;

• Critério de qualidade: Os valores mínimos aceitáveis são:

• Para unidades terminais remotas ou sistemas de supervisão e controle local: 98,5%

• Para concentradores de dados e Agentes: 99%

• Dados necessários: Conforme equação;

Equação:

IJ

zzij

ij NPRSqTq

TqQRS

×

×=

∑ 100

Onde:

Tq: Tempo total em minutos do período de apuração; Tqzij: Soma dos períodos em que o recurso “z” da TRANSMISSORA ou da unidade terminal remota ou do concentrador de dados “i” atendeu ao conceito de qualidade durante o tempo total “Tq”, quando visto pelo centro “j”; Nota: Tqzij = (Tq – Tnqzij)

Onde:

Tnqzij: Soma dos períodos em que o ponto “z” da TRANSMISSORA ou da unidade terminal remota ou do concentrador de dados “i” não atendeu ao conceito de qualidade durante o tempo total, quando visto pelo centro “j”; NPRSqij: Número total de recursos de supervisão e controle da TRANSMISSORA ou da unidade terminal remota ou do concentrador de dados “i”, vistos pelo centro “j” e passíveis de avaliação de qualidade.

1.5.5.5 Relatórios de análise e de avaliação da disponibilidade dos recursos de supervisão e controle

Os centros de operação que receberão as informações da TRANSMISSORA avaliarão a disponibilidade e qualidade dos recursos de supervisão e controle, emitindo relatórios de não conformidade nas seguintes situações:

• A cada apuração mensal, qualquer um dos indicadores especificados for inferior, no mês, ao correspondente critério definido neste edital;

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• Ocorra perda de mais 30 por cento dos recursos de supervisão e controle providos pela TRANSMISSORA por um período maior ou igual a 1 hora;

• Durante uma perturbação de vulto na Rede Básica, um ou mais sistemas de supervisão e controle local da TRANSMISSORA saírem de serviço ou se perder a comunicação com algum concentrador de dados da TRANSMISSORA, caso utilizado.

Pelo acima exposto, existirão dois tipos de relatórios: • Relatório de Avaliação de Disponibilidade e Qualidade: Emitido sempre que algum critério de

disponibilidade e / ou qualidade for violado.

• Relatório de Ocorrência: Emitido nos demais casos.

1.5.5.6 Publicação dos relatórios de disponibilidade, qualidade e acionamento da TRANSMISSORA

Os relatórios finais devem ser emitidos com base nos relatórios elaborados pelo Agente proprietário dos centros de operação e após equalização com a TRANSMISSORA e incluindo, se for o caso, recomendações para a correção de eventual anomalia.

Nos casos em que houver violação dos critérios especificados neste edital, o Agente proprietário do centro de operação enviará os relatórios à ANEEL para a tomada das providências cabíveis, definidas em função da legislação vigente e dos contratos firmados com a TRANSMISSORA.

1.5.6 REQUISITOS PARA TESTE DE CONECTIVIDADE DA(S) INTERCONEXÃO(ÕES)

Devem ser previstos testes de conectividade entre o sistema de supervisão e controle local (SSCL)/unidade terminal remota (UTR) e o sistema de supervisão e controle dos Centros de Operação do ONS e dos Agentes proprietários das subestações existentes, de forma a garantir a coerência das bases de dados destes sistemas e o perfeito funcionamento dos protocolos utilizados.

Os testes devem ser programados de comum acordo entre a TRANSMISSORA e o correspondente agente proprietário do centro de operação, observando-se:

• Devem estar concluídos pelo menos 10 dias úteis antes da operacionalização das novas instalações contempladas neste edital;

• Sempre que as alterações modificarem o conjunto de informações armazenadas na base de dados de qualquer um dos Centros citados neste edital, estes testes devem ser programados de comum acordo entre a TRANSMISSORA e o Agente proprietário do Centro em questão, devendo estar concluídos pelo menos 2 dias úteis antes da operacionalização da alteração;

• Em complemento, os testes devem ser ponto a ponto, conforme programação a ser previamente acordada com o agente proprietário de cada centro de operação.

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1.6 REQUISITOS TÉCNICOS DO SISTEMA DE OSCILOGRAFIA DIGITAL

1.6.1 ASPECTOS GERAIS

O Sistema de Registro de Perturbações compõem dos seguintes subsistemas:

• Registradores Digitais de Perturbações (RDP) localizados nas subestações;

• Quando necessários, Concentrador de Dados Local e rede de comunicação para coleta e armazenamento dos dados dos diversos registradores instalados na subestação;

• Concentrador de Dados Central para a coleta e armazenamento dos dados oriundos das diversas subestações;

• Recursos de comunicação interligando o Concentrador de Dados Central aos Concentradores de Dados Locais das diversas subestações ou diretamente aos RDP, quando não for necessária a utilização de concentrador de dados local na subestação.

Os registros armazenados no concentrador de dados central deverão ser disponibilizados para acesso ao ONS por meio de servidor computacional conectado à INTERNET, utilizando o protocolo de transferência de arquivos FTP (RFC-959,“File Transfer Protocol”).

Os registros deverão ser disponibilizados ao ONS convertidos para o formato de dados descrito na NORMA ANSI / IEEE C37.111 “IEEE Standard Common Format for Transient Data Exchange (CONTRADE) for Power Systems”.

O subsistema de registro digital de perturbações nas subestações deve se constituir de um ou mais registradores digitais de perturbações (RDP), independentes das demais funções de proteção, controle ou supervisão, contemplando as seguintes funções:

• Aquisição e armazenamento de correntes e tensões (canais analógicos);

• Aquisição e armazenamento de sinais digitais (canais digitais);

• Localização de faltas em linha de transmissão;

• Comunicação para a transferência dos dados do RDP para o concentrador local ou independente, para acesso remoto desde o concentrador de dados central.

As funções acima devem permitir, quando da ocorrência de uma falta no sistema elétrico, a análise do comportamento, no tempo, das grandezas elétricas, do desempenho da proteção, além da indicação da distância em que a falta ocorreu.

Devem ser expandidos os sistemas de oscilografia existentes para os vãos acrescidos, ou a instalação de novos RDP, que deverão ser integrados aos sistemas de oscilografia existentes.

A TRANSMISSORA deve realizar a integração funcional de todos os equipamentos e softwares, e disponibilizar os softwares de comunicação, de configuração e ajuste e de conversação para o padrão COMTRADE (IEEE C37.111-1999). A integração funcional deve incluir os dispositivos de sincronização de tempo via GPS.

1.6.2 DESCRIÇÃO FUNCIONAL

Para realizar as funções de registro de perturbações, as grandezas elétricas (tensão e corrente) e os sinais digitais devem ser amostrados em intervalos de tempo regulares, atendendo aos requisitos de resposta de freqüência conforme especificados, convertidos para a forma digital e armazenados em memória.

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Em situação normal, o RDP deve permanecer monitorando continuamente as grandezas analógicas e digitais. As amostras mais antigas devem ser sucessivamente recobertas por amostras mais recentes (buffer circular) mantendo sempre um quadro completo dos dados abrangendo um intervalo de tempo igual ao tempo de pré-falta ajustado.

Havendo o disparo do RDP os dados básicos relativos à perturbação são automaticamente arquivados em memória do próprio registrador. Durante a fase de armazenamento dos dados de falta os registradores devem continuar supervisionando as grandezas analógicas e digitais, de forma a não perder nenhum evento mesmo que este tempo seja muito pequeno.

Este processo deve continuar até que a situação se normalize, quando então as amostragens efetuadas devem passar a serem consideradas como dados de pós-falta, até que se esgote o tempo de pós-falta ajustado. O esgotamento do tempo de pós-falta configura o término da coleta de dados relativa àquela ocorrência.

Os dados referentes a uma perturbação devem estar armazenados em memória própria, devendo ser possível, quando solicitado, a sua transmissão para análise remota, por meio do elo de comunicação, manual ou automaticamente.

Os cálculos necessários para a localização de faltas podem ser executados local ou remotamente.

Os dados de perturbações existentes na memória do RDP devem ser transferidos automaticamente para memória não volátil, devendo o programa de comunicação prever o gerenciamento, acesso e o descarte destes dados.

Devem ser disponibilizados os softwares para fazer a transferência, a compactação/ descompactação dos dados, a conversão para formato padrão COMTRADE (IEEE C37.111-1999) e a interface de comunicação remota, bem como o software para ajustes e calibração do RDP.

O RDP deve conter rotinas de automonitoramento e autodiagnóstico contínuo.

A sincronização do tempo interno do RDP deve ser efetuada por dispositivo de sincronização via sinal de satélite (GPS).

1.6.3 DISPARO DO REGISTRADOR DIGITAL DE PERTURBAÇÕES

O RDP deve ser disparado para a memorização na ocorrência de qualquer uma das condições listadas a seguir ou por qualquer combinação delas, devendo ser livremente configurável (programável) pelo usuário:

• Disparo por variação do estado da proteção;

• Disparo por violação de limites operacionais;

• Disparo por lógica digital;

• Disparo manual, local ou remotamente.

O disparo do RDP deve ser feito por meio de sensores próprios, ou por software, ou por contatos externos, ou pela combinação desses. O modo de disparo deve ser configurável, local e remotamente.

1.6.4 SINCRONIZAÇÃO DE TEMPO

Cada RDP deve possuir um relógio e calendário interno para prover o dia, mês, ano, hora, minuto, segundo e milissegundo de cada operação de registro.

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O RDP deve permitir a sincronização da base de tempo interna por meio de relógio externo, de forma a manter a exatidão em relação ao tempo do Sistema Global de Posicionamento por Satélites (GPS) com erro máximo inferior a 1 ms.

1.6.5 REQUISITOS DE COMPATIBILIDADE ELETROMAGNÉTICA

A TRANSMISSORA deve executar as medidas necessárias para proteger as entradas e saídas do RDP de emissões eletromagnéticas.

O RDP deverá atender as normas de compatibilidade eletromagnética aplicáveis, nos graus de severidade adequados para instalações de EAT.

1.6.6 CARACTERÍSTICAS DOS SINAIS DE ENTRADA E SAÍDA

As entradas digitais devem possuir erro máximo de tempo entre a atuação de qualquer sinal de entrada e o seu registro, inferior a 2ms.

As entradas analógicas devem possuir as seguintes características:

• Configuráveis para corrente e tensão;

• Possuir tempo de atraso, entre quaisquer canais, menor do que 1 grau elétrico, referido à freqüência de 60 Hz;

As entradas de tensão devem possuir as seguintes características:

Tabela 1.6 – Características das entradas de tensão.

CARACTERÍSTICAS GRANDEZAS Tensão nominal (Vn) 115 e 115/ 3 V Faixa de medição 0 a 2,0 Vn Sobretensão permanente 2,0 Vn Faixa de resposta de freqüência com assimetria total + 1dB 1 a 1000 Hz Erro de ângulo de fase ≤ 1,0 milisegundos Exatidão da amplitude do registro ≤ 2,0% Consumo da entrada ≤ 2,0 VA Resolução do dado menor ou igual a 1% a 60 Hz

Obs.: A exatidão e os erros de ângulo de fase acima mencionados referem-se à relação entre o sinal de entrada e ou seu registro em papel ou terminal de vídeo.

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As entradas de corrente devem possuir as seguintes características:

Tabela 1.7 – Características das entradas de corrente.

CARACTERÍSTICAS GRANDEZAS Corrente nominal (In) 1 ou 5 A rms Faixa de medição 0 a 20 In Detecção de corrente contínua até a saturação: Com 1 In Com 20 In

1,5 s 50 milisegundos

Sobrecorrente: Permanente 1 segundo

2 In 20 In

Erro de ângulo de fase de registro ≤ 1,0 milisegundos Exatidão amplitude: De 0 a 1 In

≤ 1%

Faixa de resposta de freqüência com assimetria total + 1dB 1 a 1000 Hz Consumo individual ≤ 2,0 VA

Obs.: A exatidão e os erros de ângulo de fase acima mencionados referem-se à relação entre o sinal de entrada e ou seu registro em papel ou terminal de vídeo.

As saídas digitais devem ser do tipo contato livre de tensão para sinalizar os seguintes eventos:

• defeito no sistema;

• registrador disparado;

• falha na comunicação remota;

• 75% de sua capacidade de armazenar esgotada;

• indicação de estado de operação normal.

1.6.7 CAPACIDADE DE REGISTRO DE OCORRÊNCIAS

O RDP deve ter memória suficiente para armazenar dados referentes a, no mínimo, 30 (trinta) perturbações, com duração de 5 segundos cada perturbação, para o caso de várias faltas consecutivas dispararem o registrador.

O RDP deve ser capaz de registrar para cada falta ou perturbação no mínimo 160 ms de dados de pré-falta e o tempo de pós falta deve ser ajustável entre 100 e 5000 ms.

O registro de uma falta ou perturbação só deve ser interrompido na condição em que os sensores de partida estiverem desoperados e depois de transcorrido o tempo de pós-falta ajustado.

Se antes de encerrar o tempo de registro de uma perturbação ocorrer uma nova, o registrador deve iniciar um novo período de registro, não se levando em conta o tempo já transcorrido da anterior.

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1.6.8 REQUISITOS DE COMUNICAÇÃO

O RDP deve possuir porta de comunicação serial padrão RS-232C para as funções de comunicação local e remota.

Nos locais com mais de um RDP, os mesmos deverão estar interligados por meio de rede exclusiva. Um microconcentrador conectado a esta rede realizará a função de comunicação com o nível hierárquico superior. Nos locais onde existe rede de oscilografia, os novos equipamentos deverão ser integrados à mesma.

A transferência remota dos dados poderá ocorrer por solicitação ou automaticamente, sendo que, durante a transferência devem ser previstos meios para a verificação da integridade dos mesmos. O descarte dos dados armazenados na memória interna só deverá ocorrer por solicitação.

O protocolo de comunicação deve ser aberto ao usuário e formalmente descrito de modo que, caso necessário, se possa conectar o RDP a outros sistemas digitais já existentes ou a serem desenvolvidos. Preferencialmente deve estar de acordo com o padrão da ISO.

1.6.9 REQUISITOS MÍNIMOS DE REGISTRO

1.6.9.1 Terminais de linha de transmissão superior a 345 kV

Deverão ser supervisionadas as seguintes grandezas analógicas:

• Correntes das três fases e corrente residual da linha de transmissão;

• Tensões das três fases e tensão residual da linha de transmissão.

Deverão ser supervisionadas as seguintes grandezas digitais:

• Desligamento pela proteção unitária principal de fases;

• Desligamento pela proteção retaguarda principal de fases;

• Desligamento pela proteção unitária alternada de fases;

• Desligamento pela proteção retaguarda alternada de fases;

• Desligamento pela proteção unitária principal de terra;

• Desligamento pela proteção retaguarda principal de terra;

• Desligamento pela proteção unitária alternada de terra;

• Desligamento pela proteção retaguarda alternada de terra;

• Desligamento pela proteção principal de sobretensão;

• Desligamento pela proteção alternada de sobretensão;

• Desligamento pela proteção para perda de sincronismo;

• Recepção de sinais de teleproteção;

• Transmissão de sinais de teleproteção;

• Atuação de bloqueio por oscilação de potência;

• Atuação de religamento automático;

• Atuação do esquema de falha de disjuntor;

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• Desligamento pela proteção de barras, quando houver.

1.6.9.2 Barramentos

Deverão ser registradas, em cada seção de barramento, as seguintes grandezas digitais:

• Desligamento pela proteção – fase A;

• Desligamento pela proteção – fase B;

• Desligamento pela proteção – fase C.

1.6.9.3 Reatores

Deverão ser registradas as seguintes grandezas analógicas:

• Corrente das três fases;

• Corrente de seqüência zero.

Deverão ser registradas as seguintes grandezas digitais:

• Desligamento pela pro teção unitária;

• Desligamento pela proteção de retaguarda de fases;

• Desligamento pela proteção de retaguarda de neutro;

• Desligamento pelas proteções intrínsecas.

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1.7 REQUISITOS TÉCNICOS DO SISTEMA DE TELECOMUNICAÇÕES

1.7.1 REQUISITOS GERAIS

O sistema de telecomunicações da linha de transmissão em 500 kV São João do Piauí – Milagres, circuito simples, deve atender aos sistemas de comunicação de voz operativa e administrativa, teleproteção, supervisão e controle elétrico, supervisão de telecomunicações, controle de emergência, medição, faturamento e manutenção da linha de transmissão de energia elétrica, entre as subestações de energia elétrica envolvidas e destas aos centros de operação do sistema elétrico envolvidos.

Os meios de comunicação para voz e dados devem atender aos seguintes requisitos:

• Serviço Classe A: igual ou superior a 99,98%, apurada mensalmente e tendo como valor de referência o somatório dos últimos 12 meses;

• Serviço Classe B: igual ou superior a 99,00%, apurada mensalmente e tendo como valor de referência o somatório dos últimos 12 meses;

• Circuitos de voz analógicos:

º Nível de sinal: ± 3 dB de variação em relação ao nível nominal

º Nível de ruído admissível: ≤ - 40 dBm0

• Circuitos de dados analógicos:

º Nível de sinal: ± 3 dB de variação em relação ao nível nominal

º Nível de ruído admissível: ≤ - 40 dBm0

º Taxa de erro: ≤ 50 bits / milhão, sem código de correção de erros, com seqüência pseudo-aleatória em teste com duração de 15 minutos.

• Circuitos de voz ou de dados digitais:

º Taxa de erro 0 (zero), em pelo menos uma dentre três medidas realizadas, com duração de 15 minutos cada uma e utilizando uma seqüência pseudo-aleatória.

• Para o sistema de teleproteção também devem ser seguidos os requisitos das normas IEC 834-1, IEC 870-5 e IEC 870-6 onde aplicável.

O sistema de energia para todos os equipamentos de telecomunicações fornecidos deverá ter as seguintes características: • Unidade de supervisão e, no mínimo, duas unidades de retificação;

• Dois bancos de baterias com autonomia total de no mínimo 12 horas, dimensionados para a carga total de todos os equipamentos de telecomunicações instalados;

• No caso de utilização de baterias do tipo chumbo-ácido, os bancos de baterias deverão estar acondicionados em ambiente especial, isolado das demais instalações e com sistema de exaustão de gases;

• As unidades de retificação deverão ter a capacidade de alimentar, simultaneamente, o banco de baterias em carga e todos os equipamentos de telecomunicações, com margem de mais 30% no dimensionamento.

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Os equipamentos de telecomunicações devem ser supervisionados local e remotamente, devendo alarmar nas instalações anomalias dos principais equipamentos de telecomunicações, incluindo os equipamentos de suprimento de energia.

Os equipamentos digitais devem possuir tele ssupervisão, e permitir remotamente gerenciamento, autodiagnóstico e configuração.

A TRANSMISSORA será responsável pela total operacionalização dos enlaces de comunicação devendo ser prevista toda a infra-estrutura necessária para implantação do sistema de telecomunicações, tais como: edificações, alimentação de corrente contínua de 48 Vcc para suprimento dos equipamentos de telecomunicações com autonomia de no mínimo 12 horas na falta de CA, aterramento, bem como qualquer outra infra-estrutura que se identificar necessária para a plena funcionabilidade do sistema de telecomunicações.

A TRANSMISSORA será responsável pela manutenção dos índices de qualidade e de disponibilidade dos canais de dados e voz que se interligam com o ONS e CHESF.

Em caso de indisponibilidade programada de quaisquer canais de dados ou de voz de interesse do ONS e da CHESF, a TRANSMISSORA deve manter entendimentos com o Centro de Operação destes agentes, para obter a aprovação do serviço solicitado em data e horário convenientes.

A TRANSMISSORA deverá indicar um contato técnico para tratar dos assuntos relacionados a telecomunicações com o ONS e CHESF.

1.7.2 REQUISITOS PARA A TELEPROTEÇÃO

Os equipamentos de telecomunicações para as funções de teleproteção devem ser dedicados e adequados para uso em instalações de transmissão de sistemas elétricos de potência.

Os equipamentos de teleproteção devem ter chaves de testes, a fim de que seja possível realizar intervenção nesses equipamentos sem ser necessário desligar a linha de transmissão.

É admissível a utilização de comunicação direta relé a relé por meio de fibra óptica, para a implementação dos esquemas de teleproteção utilizando unidades de distância, desde que mantida a independência dos meios de comunicação da proteção principal e da alternada.

A teleproteção deve manter a confiabilidade e a segurança de operação em condições adversas de relação sinal/ruído, sobretudo na ruptura de condutores da linha de transmissão sob falta.

1.7.2.1 Teleproteção para linhas de transmissão com tensão nominal igual ou superior a 345 kV

Nos esquemas de teleproteção devem ser utilizados equipamentos de telecomunicação independentes e redundantes para a proteção principal e alternada, preferencialmente com a utilização de meios físicos de transmissão independentes, de tal forma que a indisponibilidade de uma via de telecomunicação não comprometa a disponibilidade da outra via.

Cada equipamento de comunicação deve ter o número de canais necessários para o correto desempenho do esquema de teleproteção utilizado.

Os esquemas de transferência de disparo direto, em cada proteção, devem utilizar dois canais de comunicação. As saídas dos receptores de transferência de disparo devem ser ligadas em série, de tal forma que ambos os receptores devem receber o sinal antes de executar o comando de disparo. Deve ser prevista lógica para permitir disparo, mesmo no caso da perda de um dos canais de comunicação.

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Os canais de transferência de disparo devem permanecer permanentemente acionados quando da atuação de relés de bloqueio (quando da ocorrência de falha na abertura de disjuntores, atuação de proteções de reatores, proteções de sobretensão, etc.) e temporariamente acionados quando atuados pelas proteções de linha de transmissão. O esquema de recepção deve ter meios para diferenciar os sinais de transferência de disparo direto para os quais o religamento automático deve ser permitido, daqueles para os quais o religamento não deve ser permitido.

Nos esquemas de teleproteção, baseados em lógicas permissivas de sobrealcance, os comandos de cada proteção deverão ser acionados pelas unidades de medida de sobrealcance da proteção da linha. Em esquemas de teleproteção baseados em lógicas de comparação direcional por sinal de bloqueio, estes comandos serão acionados por unidades de medida reversas das proteções da linha. Em esquemas de teleproteção baseados em lógicas permissivas por subalcance, estes comandos serão acionados pelas unidades de medida de subalcance das proteções da linha.

Os canais de telecomunicação devem ser específicos para proteção, não compartilhados com outras aplicações. O tempo decorrido entre o envio do sinal em um terminal e seu recebimento no terminal oposto deve ser menor que 15ms, aí incluídos os tempos de operação dos relés auxiliares.

Deve ser previsto o registro de transmissão e recepção de sinais associados à atuação da teleproteção no sistema de registro de seqüência de eventos da instalação, visando a facilitar a análise de ocorrências pós-distúrbios.

1.7.2.2 Teleproteção para Linhas de transmissão com tensão nominal inferior a 345 kV

O equipamento de comunicação deve ter o número de canais necessários para o correto desempenho do esquema de teleproteção utilizado, atendendo aos demais requisitos definidos no subitem 1.7.2.1 acima.

1.7.3 REQUISITOS PARA CANAIS DE VOZ

1.7.3.1 A TRANSMISSORA deve prover canalização para telefonia full duplex, com sinalização sonora e visual, conforme definido a seguir, para comunicação operativa do sistema elétrico entre:

(a) As subestações envolvidas: São João do Piauí e Milagres – serviço no mínimo Classe B.

(b) Se a TRANSMISSORA optar pelo uso de Centro de Operação Local próprio ou contratado, deverão ser previstos canais entre tal centro e:

• Subestações São João do Piauí e Milagres – serviço de telefonia direta no mínimo Classe B;

• Centros de Operação Local da CHESF – serviço de telefonia direta Classe A;

• Centro Regional de Operação Nordeste – COSR-NE, do ONS – serviço de telefonia direta Classe A.

(c) Se a TRANSMISSORA não optar pelo uso de Centro de Operação Local próprio ou contratado, para atendimento às subestações São João do Piauí e Milagres, deve-se prever um serviço de telefonia direta Classe A:

• Entre estas Subestações e os Centros de Operação Local da CHESF;

• Entre estas Subestações e o Centro Regional de Operação Nordeste – COSR-NE, do ONS.

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1.7.3.2 Adicionalmente, deverá ser fornecido um sistema de comunicação móvel para cobertura de toda a extensão das linhas de transmissão e das subestações envolvidas, para apoio às equipes de manutenção elétrica e de telecomunicações.

1.7.4 REQUISITOS PARA TRANSMISSÃO DE DADOS

Os enlaces de dados abaixo especificados devem ser dimensionados (quantidade de canais, velocidade, uso de rotas alternativas, etc.) de forma a suportar o carregamento imposto pela transferência das informações especificadas e apresentar a disponibilidade e qualidade conforme descrito neste edital.

1.7.4.1 Enlaces para supervisão e controle

Para a supervisão e controle pelo ONS e demais Agentes, deverão ser fornecidos os seguintes enlaces de dados atendendo ao serviço Classe A:

(a) Se a TRANSMISSORA optar pelo uso de Centro de Operação Local próprio ou contratado, devem ser previstos enlaces entre tal centro e:

• Subestações São João do Piauí e Milagres;

• Computadores de comunicação dos Centros de Operação Local da CHESF;

• Computadores do Centro Regio nal de Operação Nordeste – COSR-NE, do ONS.

(b) Se a TRANSMISSORA não optar pelo uso de Centro de Operação Local:

• Enlace com o computador de comunicação do Centro Regional de Operação Oeste da CHESF;

­ Subestação São João do Piauí.

• Enlace com o computador de comunicação do Centro Regional de Operação Norte da CHESF;

­ Subestação Milagres.

• Enlace com o computador de comunicação do Centro Regional de Operação Nordeste - COSR-NE, do ONS:

­ Subestações São João do Piauí e Milagres.

• Estes enlaces deverão ser independentes de qualquer outro enlace de dados.

1.7.4.2 Outros enlaces de dados

Para a aquisição de dados de registro de perturbação devem ser previstos dois ramais telefônicos DDR (discagem direta ao ramal).

Soluções alternativas que permitam o acesso via rede de dados poderão ser admitidas, uma vez assegurado, no mínimo, os mesmos índices de desempenho atribuídos aos enlaces acima especificados.

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1.8 DEMONSTRAÇÃO DA CONFORMIDADE DOS EQUIPAMENTOS AOS REQUISITOS DESTE ANEXO TÉCNICO

Seja qual for a configuração proposta, básica ou alternativa, a TRANSMISSORA deve realizar, no mínimo, os seguintes estudos:

• Fluxo de potência, rejeição de carga e energização na freqüência fundamental;

• Estudos de fluxo de potência nos barramentos das subestações;

• Estudos de transitórios de religamento, rejeição de carga e energização;

• Estudos de tensão transitória de restabelecimento;

• Estudo de coordenação de isolamento das subestações. Esses estudos devem demonstrar o atendimento ao estabelecido no documento de critério s da EPE, nos relatórios de estudos indicados no subitem 2.1.1, e aos critérios e requisitos estabelecidos nesse item.

A TRANSMISSORA deve certificar-se de que os parâmetros das linhas a serem avaliadas pelos estudos de transitórios eletromagnéticos são aqueles definidos pelos estudos de coordenação de isolamento das linhas elaborados pela TRANSMISSORA.

Ressalta-se que a TRANSMISSORA deve analisar também o ano de entrada em operação do empreendimento, utilizando a base de dados disponibilizada pelo ONS e pela EPE em suas páginas na Internet, www.ons.org.br e www.epe.gov.br, respectivamente.

Todos os estudos de transitórios eletromagnéticos deverão ser desenvolvidos na ferramenta ATP (Alternative Transients Program). A TRANSMISSORA deverá disponibilizar à ANEEL os casos base de cada um desses estudos, no formato do programa ATP, em meio digital, para fins de registro na base de dados de estudos.

A especificação do conjunto das características elétricas básicas dos diversos equipamentos integrantes deste empreendimento deverá levar em conta os resultados dos estudos supra mencionados.

1.8.1 TENSÃO OPERATIVA

A tensão eficaz entre fases de todas as barras do sistema interligado, em todas as situações de intercâmbio e cenários avaliados, deve situar-se na faixa de valores listados na Tabela 6, que se refere às condições operativas normal (regime permanente) e de emergência (contingências simples em regime permanente nos estudos que definiram a configuração básica ou alternativa).

Tabela 6 – Tensão eficaz entre fases admissível (kV).

Nominal Condição

operativa normal Condição operativa de emergência

Barras com carga Demais barras

230 218 a 242 218 a 242 207 a 242

345 328 a 362 328 a 362 311 a 362

500 475 a 550 475 a 550 450 a 550

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1.8.2 CRITÉRIOS PARA AS CON DIÇÕES DE MANOBRA ASSOCIADOS ÀS LINHAS DE TRANSMISSÃO

1.8.2.1 Sobretensão admissível

A máxima tensão em regimes permanente e dinâmico na extremidade das linhas de transmissão após manobra (energização, religamento tripolar e rejeição de carga) deve ser compatível com a suportabilidade dos equipamentos das subestações terminais, dos isolamentos das linhas e das torres de transmissão.

A tensão dinâmica (tensão eficaz entre fases no instante imediatamente posterior à manobra dos disjuntores) e a tensão sustentada (tensão eficaz entre fases nos instantes subseqüentes) devem situar-se na faixa de valores constantes da 1.9 abaixo.

Tabela 1.9 – Tensão eficaz entre fases admissível na extremidade das linhas de transmissão após manobra (kV).

Tensão nominal Tensão dinâmica Tensão sustentada 230 218 a 322 218 a 253 345 328 a 483 328 a 398 500 475 a 700 475 a 600

A TRANSMISSORA deve levar em conta, no dimensionamento dos equipamentos que se situam na extremidade das linhas de transmissão que os mesmos possam ficar em vazio e sujeitos ao valor da tensão sustentada estabelecido na Tabela 1.9 por até uma hora.

1.8.2.2 Energização das linhas de transmissão

A energização das linhas de transmissão deve ser viável em todos os cenários avaliados, atendido o critério de tensão em condições operativas normais definido na Tabela 1.8.

Em particular, deve ser prevista a possibilidade de energização nos dois sentidos, considerando, inclusive, o sistema degradado, por conta de possíveis manobras de recomposição.

Devem ser avaliadas energizações com e sem aplicação de defeito ao longo da linha, respeitando-se o tempo de eliminação de falta de 100 ms.

Devem ser respeitadas as premissas, definidas nos estudos de coordenação de isolamento das linhas de transmissão, elaborados pela TRANSMISSORA, quanto às máximas tensões fase-terra e fase-fase admissíveis ao longo da LT.

Os pára-raios de linha deverão ser dimensionados para dissipar sozinhos a energia advinda da manobra de energização.

Os documentos de especificação das características elétricas básicas dos equipamentos, elaborados pela TRANSMISSORA, devem levar em conta os resultados dos estudos em epigrafe, bem como as características dos equipamentos de controle de sobretensões considerados nestes estudos.

1.8.2.3 Religamento tripolar das linhas de transmissão

Deve ser prevista a possibilidade de religamento tripolar, pelos dois terminais, em todas as linhas de transmissão.

Deve ser avaliado o religamento com aplicação de defeito ao longo da linha, respeitando-se o tempo de eliminação de falta de 100 ms.

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Devem ser respeitadas as premissas, definidas nos estudos de coordenação de isolamento das linhas de transmissão, elaborados pela TRANSMISSORA, quanto às máximas tensões fase-terra e fase-fase admissíveis ao longo da LT.

Os pára-raios de linha deverão ser dimensionados para dissipar sozinhos a energia advinda da manobra de religamento tripolar.

Os documentos de especificação das características elétricas básicas dos equipamentos, elaborados pela TRANSMISSORA, devem levar em conta os resultados dos estudos em epigrafe, bem como as características dos equipamentos de controle de sobretensões considerados nestes estudos.

1.8.2.4 Religamento monopolar

Deve ser prevista a possibilidade de relig amento monopolar da linha de transmissão. Cabe à TRANSMISSORA a viabilização técnica do religamento monopolar, conforme o seguinte procedimento: • Priorizar as soluções técnicas no sentido de garantir uma probabilidade adequada de sucesso na

extinção do arco secundário em tempos inferiores a 500 ms, de acordo com o critério estabelecido no item 1.8.2.4;

• Somente nos casos em que for demonstrada, por meio da apresentação de resultados de estudos, a inviabilidade técnica de atender tal requisito, a TRANSMISSORA poderá optar pela utilização do critério definido no item 1.8.2.4, para tempos de extinção superiores a 500 ms;

• Quando só for possível a solução técnica para tempos mortos acima de 500 ms, devem ser avaliadas, pela TRANSMISSORA, as implicações de natureza dinâmica para a Rede Básica, advindas da necessidade de operar com tempos mortos mais elevados.

• A TRANSMISSORA deve evitar soluções que possam colocar em risco a segurança do sistema elétrico, tais como a utilização de chaves de aterramento rápido em terminais de linha adjacentes a unidades geradoras, onde a ocorrência de curtos-circuitos devidos ao mau funcionamento de equipamentos e sistemas de proteção e controle possa causar severos impactos à rede;

• Todos os equipamentos associados, tais como disjuntores, bem como a proteção, o controle e o nível de isolamento dos equipamentos, incluído o neutro de reatores em derivação, o espaço físico e demais facilidades necessárias ao religamento monopolar devem ser providos, de forma a permitir a sua implementação.

(a) Critério com Tempo Morto de 500 ms

A Figura 1.8 deve ser utilizada para a avaliação da probabilidade de sucesso da extinção do arco secundário. São considerados, como pontos de entrada, o valor eficaz do último pico da corrente de arco secundário (em Ampères) e o valor do primeiro pico da tensão de restabelecimento transitória (em kVp). Um religamento monopolar, para ser considerado como sendo de boa probabilidade de sucesso para faltas não mantidas, deve ser caracterizado pelo par de valores (V, I) localizado no interior da curva ilustrada na Figura 1.8.

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Primeiro Pico da TRV (kV)

0 10 20 30 40 50 60 0

50

100

150

200

Iarc(rms)

Zona de Provável Extinção do Arco

Figura 1.8 – Curva de referência para análise da extinção da corrente de arco secundário, considerando-se tempo morto

de 500 ms.

A TRANSMISSORA deve dimensionar os seus equipamentos de forma a tentar obter uma corrente máxima de arco secundário de 50 A e com TRV, dentro da “zona provável de extinção”, o que indica uma probabilidade razoável de sucesso na extinção do arco secundário.

A demonstração do atendimento deste critério deve ser oferecida pela TRANSMISSORA por meio de estudos de transitórios eletromagnéticos, considerando, inicialmente, a não utilização de quaisquer métodos de mitigação.

Caso estas simulações demonstrem a improbabilidade da extinção dos arcos secundários dentro do tempo de 500 ms, novas simulações devem ser efetuadas, considerando a utilização de métodos de mitigação. Apenas no caso dessas novas simulações demonstrarem não ser possível atender o requisito da Figura 1.8, poderá a TRANSMISSORA optar pela utilização do critério definido no item 1.8.2.4(b).

(b) Critério com Tempo Morto superior a 500 ms

Para avaliação do sucesso do religamento monopolar com tempo morto superior a 500 ms, deve ser considerada a curva de referência da Figura 1.9, que relaciona o tempo morto necessário para a extinção do arco secundário com o valor eficaz do último pico da corrente de arco, da forma proposta a seguir:

• A TRANSMISSORA deve refazer os estudos de transitórios de forma a viabilizar o menor valor possível de corrente de arco, utilizando, inicialmente, apenas os meios de mitigação convencionais. Caso estes não se mostrem suficientes, outros meios de mitigação poderão ser considerados. Em qualquer caso, os tempos mortos a serem considerados nos ajustes

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para definição do tempo para religamento do disjuntor devem ser aqueles definidos pela curva da Figura 1.9 para a corrente encontrada;

• Nessa avaliação, devem ser consideradas, preferencialmente, soluções de engenharia que não demandem equipamentos que requeiram fabricação especial.

Nos casos em que os tempos mortos definidos de acordo com a alínea a acima forem iguais ou superiores a 1,75 segundos, a TRANSMISSORA deve avaliar a viabilidade técnica da adoção de medidas de mitigação não usuais, tais como chaves de aterramento rápido, entre outras, procurando o menor tempo morto possível, sem exceder 1,75 segundos.

Notas:

Quando da adoção de chaves de aterramento rápido a extinção do arco pode ocorrer mesmo com correntes mais elevadas que as indicadas nesse critério. Nesse caso, a TRANSMISSORA deve demonstrar a extinção do arco, de forma independente da Figura 1.9.

A adoção de solução que demande tempo morto superior a 500 ms fica condicionada à demonstração, pela TRANSMISSORA, por meio de estudos dinâmicos, que a mesma não compromete o desempenho do SIN.

Figura 1.9 – Curva de referência - Tempo Morto para Extinção do Arco Secundário X Valor eficaz da Corrente de Arco

Secundário, para tensões até 765 kV

Os estudos de religamento monopolar têm por objetivo não apenas avaliar a extinção do arco secundário, mas também prover as informações necessárias ao correto dimensionamento do isolamento do neutro do reator de linha, nos casos em que for necessária a utilização de um reator de neutro.

Dessa forma, deve também ser apresentada pela TRANSMISSORA a simulação no tempo (com o programa ATP), considerando toda a seqüência de eventos, com o tempo de eliminação de falta de 100 ms.

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As simulações devem identificar as solicitações de dissipação de energia nos pára-raios de linha e nos pára-raios do reator de neutro, quando for o caso.

Os documentos de especificação das características elétricas básicas dos equipamentos, elaborado pela TRANSMISSORA deve levar em conta os resultados desses estudos.

1.8.2.5 Rejeição de carga

Devem ser atendidas sem violação dos critérios de desempenho as situações de rejeição de carga avaliadas para a configuração básica ou alternativa.

Devem ser avaliadas rejeições com e sem aplicação de defeito monofásico ao longo da linha, respeitando-se o tempo de eliminação de falta de 100 ms.

Deve ser avaliada também a rejeição sem aplicação de falta prévia, com a ocorrência de curto circuito posterior à rejeição, no instante de máxima tensão.

A TRANSMISSORA deverá avaliar a rejeição em ambos os sentidos, com fluxos o mais próximo possível da capacidade da linha em análise, mesmo que os casos operativos indiquem fluxos mais baixos.

Em casos de circuitos duplos deverá ser considerada a possibilidade de rejeição dupla.

Os pára-raios de linha deverão ser dimensionados para dissipar sozinhos a energia advinda da rejeição de carga.

Devem também ser avaliadas as rejeições consideradas como operativamente mais severas, que podem ser inclusive rejeições duplas.

1.8.2.6 Estudos de Tensão Transitória de Restabelecimento (TRT)

Esses estudos têm por objetivo quantificar as solicitações as quais estarão sujeitos os diversos disjuntores integrantes deste empreendimento.

Compreendem as avaliações de abertura de faltas terminais e quilométricas, a abertura em discordância de fases e a abertura em vazio.

Devem ser aplicados os critérios definidos no item 1.8.4.

Os estudos de abertura em vazio devem, adicionalmente, levar em conta a necessidade de atendimento ao requisito descrito no item 1.3.2.1 m). Essa situação deve ser simulada na freqüência fundamental, com aplicação de falta monofásica e máxima tensão operativa pré-manobra (1,05 ou 1,10 dependendo do nível de tensão).

1.8.2.7 Estudos de Fluxo de Potência nos Barramentos das Subestações

Esses estudos têm por objetivo identificar as correntes máximas em regime permanente as quais estão sujeitos os barramentos (incluindo os vãos interligadores de barras) e os equipamentos das subestações, de forma a prover os susbsídios necessários à determinação da corrente nominal dos equipamentos e barramentos das subestações.

Os seguintes aspectos devem ser levados em conta nas avaliações:

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- Condições normal e emergência (n-1) de operação do sistema, com os valores máximos dos fluxos em linhas que se conectam às subestações em análise, tanto para o ano de entrada em operação como para o ano horizonte de planejamento;

- Condição degradada das subestações em análise, com indisponibilidade de um equipamento ou mesmo de um trecho do barramento, para as condições normal e emergência (n-1) do sistema;

- Evolução prevista da topologia da subestação.

1.8.3 CRITÉRIOS PARA MANOBRAS DE FECHAMENTO E ABERTURA DE SECCIONADORES E SECCIONADORES DE ATERRAMENTO

As manobras de fechamento e abertura de seccionadores e de seccionadores de aterramento devem considerar as condições mais severas de tensões induzidas de linhas de transmissão existentes em paralelo, incluindo carregamento máximo e situações de ressonância.

Deverão ser avaliadas, sem considerar a aplicação de medidas operativas, os efeitos de eventuais induções ressonantes provocadas pela linha de transmissão objeto dessa licitação sobre outras linhas de transmissão existentes.

1.8.4 CRITÉRIOS PARA AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO DE DISJUNTORES

• Deverá ser considerado o maior nível de curto-circuito previsto entre a data de entrada em operação e o horizonte de planejamento. A TRANSMISSORA deverá levar em conta as informações disponibilizadas pela EPE e pelo ONS.

• Abertura de linha em vazio, com tensão da rede do lado fonte do disjuntor na freqüência de 60 Hz e com valor eficaz entre fases de 770 kV.

• Deverá ser identificado o maior angulo para abertura em discordância de fases a que ficará sujeito o disjuntor, considerando as condições operativas mais desfavoráveis;

• Deverão ser avaliadas a abertura de defeito trifásico envolvendo ou não a terra, no barramento ou saída de linha;

• Deverão ser avaliadas a abertura de defeito monofásico, no barramento ou saída de linha;

• Deverá ser avaliada a abertura de defeito quilométrico;

• Deverá ser avaliada a situação crítica de X/R no ponto da rede onde os disjuntores estão instalados.

• Nas manobras de energização e de religamento de linhas de transmissão bem como na energização e abertura dos transformadores conectados à rede, deve-se observar os limites de suportabilidade de sobretensão dos equipamentos associados e a capacidade de absorção de energia dos pára-raios envolvidos.

Os critérios mencionados neste item devem subsidiar a definição dos requisitos para disjuntores definidos no item 1.3.2.1 deste anexo técnico.

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2 DOCUMENTAÇÃO TÉCNICA RELATIVA AO EMPREENDIMENTO

Os relatórios de Estudos de Engenharia e Planejamento, elaborados pela EPE, e os documentos elaborados pela CHESF para a linha de transmissão e para as subestações interligadas, estão relacionados a seguir.

Estes relatórios e documentos são partes integrantes do ANEXO 6B devendo suas recomendações ser adotadas pela TRANSMISSORA no desenvolvimento dos seus projetos para implantação das instalações.

2.1 ESTUDOS DE ENGENHARIA E PLANEJAMENTO

2.1.1 RELATÓRIOS

Nº EMPRESA DOCUMENTO

EPE-DEE-RE-133/2006-r1

R1 – Estudo de Expansão da Interligação N-NE – LT 500 kV Colinas – Ribeiro Gonçalves – São João do Piauí – Milagres – janeiro de 2007.

CHESF-RT-01.01.03-2007

R2 – Estudos para Definição das Característica Básicas da LT 500 kV Colinas – Ribeiro Gonçalves – São João do Piauí – Milagres – março de 2007.

EPE-DEE-RE-171/2006 ONS 2.1.002/2007

PAR/PET- Obras Consolidadas Período 2007 a 2009 – janeiro de 2007

2.2 RELATÓRIOS DAS CARACTERÍSTICAS E REQUISITOS BÁSICOS DAS INSTALAÇÕES EXISTENTES

NºEMPRESA DOCUMENTO

CHESF S/N R4 – Subestação Milagres – Características e Requisitos Básicos das Instalações – março de 2007.

CHESF S/N R4 – Subestação São João do Piauí – Características e Requisitos Básicos das Instalações – março de 2007.

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3 MEIO AMBIENTE E LICENCIAMENTO

3.1 GERAL

A TRANSMISSORA deve implantar as INSTALAÇÕES DE TRANSMISSÃO do LOTE B, observando a legislação e os requisitos ambientais aplicáveis.

3.2 DOCUMENTAÇÃO DISPONÍVEL

Nº EMPRESA DOCUMENTO

EPE-DEE-RE-133/2006-r1

R1 – Estudo de Expansão da Interligação N-NE – LT 500 kV Colinas – Ribeiro Gonçalves – São João do Piauí – Milagres – janeiro de 2007.

CHESF/SN R3 – Relatório de Caracterização Socioambiental do Sistema de Transmissão de Energia Elétrica – LT 500kV Ribeiro Gonçalves – Milagres – maio de 2007.

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4 DIRETRIZES PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS

Conforme previsto no Edital, Volume I - item 4.7, e para fins de verificação da conformidade com os requisitos técnicos exigidos, a TRANSMISSORA deve apresentar à ANEEL para liberação o Projeto Básico das instalações, de acordo com o Relatório Diretrizes para Projeto Básico de Sistemas de Transmissão - DNAEE-ELETROBRAS e a itemização a seguir.

A TRANSMISSORA deve entregar 2 cópias de toda documentação do Projeto Básico em papel e em meio magnético ou ótico.

4.1 ESTUDOS DE SISTEMA E ENGENHARIA

A TRANSMISSORA deve apresentar os relatórios dos estudos apresentados no item 2.1.

Sempre que solicitado, a TRANSMISSORA deve comprovar mediante estudo que as soluções adotadas nas especificações e projetos das instalações de transmissão objeto deste anexo são adequadas.

4.2 PROJETO BÁSICO DAS SUBESTAÇÕES

Os documentos de projeto básico da subestação devem incluir:

• Relação de normas técnicas oficiais utilizadas.

• Critérios de projeto para as obras civis, projeto eletromecânico, sistemas de proteção, comando, supervisão e telecomunicações, instalações de blindagem e aterramento, inclusive premissas adotadas.

• Desenho de locação das instalações.

• Diagrama unifilar.

• Desenho de arquitetura das construções: plantas, cortes e fachadas.

• Arranjo geral dos pátios: planta e cortes típicos.

• Arranjo dos sistemas de blindagem e aterramento.

• Características técnicas dos equipamentos e dos materiais principais.

• Descrição dos sistemas previstos para proteção, comando, supervisão e telecomunicações, inclusive diagramas esquemáticos.

• Descrição dos sistemas auxiliares, inclusive diagramas esquemáticos e folha de dados técnicos de equipamentos e materiais principais.

4.3 PROJETO BÁSICO DA LINHA DE TRANSMISSÃO

Os documentos de projeto básico da linha de transmissão devem apresentar:

4.3.1 RELATÓRIO TÉCNICO

Relatório técnico com roteiro completo e descrição detalhada do tratamento e das hipóteses assumidas para os dados de vento, as pressões dinâmicas e as cargas resultantes, os esquemas e as hipóteses de carregamentos e o respectivo memorial de cálculo com o dimensionamento completo

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dos suportes incluindo:

• Mapas (isótacas);

• Estações Anemométricas usadas;

• Velocidade Máxima Anual de vento a 10 m de altura e média de 3 segundos, tempo de retorno de 250 anos (para linha com tensão superior a 230 kV) e 150 anos (para linha com tensão igual ou inferior a 230 kV) e ,também, com média de 10 minutos;

• Média de Velocidade Máxima Anual de vento a 10 m de altura e média de 3 segundos, tempo de retorno de 250 anos (para linha com tensão superior a 230 kV) e 150 anos (para linha com tensão igual ou inferior a 230 kV) e, também, com média de 10 minutos;

• Coeficiente de variação da Velocidade Máxima Anual a 10 m de altura (em porcentagem);

• Coeficientes de rajadas a 10 m de altura e média de 10 minutos.

4.3.2 NORMAS E DOCUMENTAÇÃO DE PROJETOS.

• Relação de normas técnicas oficiais utilizadas;

• Memorial de cálculo dos suportes;

• Desenho da diretriz selecionada e suas eventuais interferências;

• Desenho da faixa de passagem, “clearances” e distâncias de segurança;

• Regulação mecânica dos cabos: características físicas, estados básicos e pressão resultante dos ventos;

• Suportes (estrutura metálica ou de concreto armado e ou especiais):

º Tipos, características de aplicação e relatórios de ensaios de cargas para os suportes pré-existentes:

º Desenhos das silhuetas com as dimensões principais;

º Coeficientes de segurança;

º Pressões de ventos atuantes (cabos e suportes), coeficientes de arrasto, forças resultantes e pontos de aplicação;

º Esquemas de carregamentos e cargas atuantes;

º Cargas resultantes nas fundações.

• Ensaio de carregamento de protótipo (para os suportes de suspensão simples de maior incidência);

• Programa preliminar do ensaio de carregamento a ser realizado com a indicação da data prevista, hipóteses e a determinação das cargas (Kgf) e respectivos locais de aplicação;

• Tipos de fundações: critérios de dimensionamento e desenhos dimensionais;

• Cabos condutores: características;

• Cabos pára-raios: características;

• Cadeias de isoladores: coordenação eletromecânica, desenhos e demais características;

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• Contrapeso: características, material, método e critérios de dimensionamento;

• Ferragens, espaçadores e acessórios: descrição, ensaios de tipo, características físicas e desenhos de fabricação;

• Vibrações eólicas:

º Relatórios dos Estudos de vibração eólica e de sistemas de amortecimentos para fins de controle da fadig a dos cabos.

º Projeto do sistema de amortecimento para fins de controle da fadiga dos cabos de forma a garantir a ausência de danos aos cabos.

4.4 PROJETO BÁSICO DE TELECOMUNICAÇÕES:

• Descrição sumária dos sistemas de telecomunicações.

• Descrição sumária do sistema de energia (alimentação elétrica).

• Diagramas de configuração dos sistemas de telecomunicações.

• Diagramas de configuração do sistema de energia.

• Diagramas de canalização.

• Comentários sobre as alternativas de provedores de telecomunicações prováveis e sistemas propostos.

4.5 PLANILHAS DE DADOS DO PROJETO:

A TRANSMISSORA deverá fornecer na apresentação do Projeto Básico as planilhas disponíveis no CD “Planilhas de Dados do Projeto” preenchidas com dados requeridos, no que couber, do empreendimento em licitação.

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5 CRONOGRAMA

A TRANSMISSORA deve apresentar cronograma de implantação das INSTALAÇÕES DE TRANSMISSÃO pertencentes a sua concessão, conforme modelos apresentados nas tabelas A e B deste ANEXO 6B, com a indicação de marcos intermediários para as seguintes atividades, não se restringindo a essas: licenciamento ambiental, projeto básico, topografia, instalações de canteiro, fundações, montagem de torres, lançamento dos cabos condutores e instalações de equipamentos, obras civis e montagens das instalações de Transmissão e das Subestações, e comissionamento, que permitam aferir, mensalmente, o progresso das obras e assegurar a entrada em OPERAÇÃO COMERCIAL no prazo máximo de 21 (vinte e um) meses.

A ANEEL poderá solicitar a qualquer tempo a inclusão de outras atividades no cronograma.

A TRANSMISSORA deve apresentar mensalmente, à fiscalização da ANEEL, Relatório do andamento da implantação das INSTALAÇÕES DE TRANSMISSÃO, em meio ótico e papel.

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5.1 CRONOGRAMA FÍSICO DE LINHAS DE TRANSMISSÃO (TABELA A)

NOME DA EMPRESA: LINHA DE TRANSMISSÃO:

DATA: MESES No DESCRIÇÃO DAS ETAPAS DA IMPLANTAÇÃO 1 2 3 19 20 21 1 PROJETO BÁSICO 2 ASSINATURA DE CONTRATOS 2.1 EPC – Estudos, projetos e construção 2.2 CCT – Acordo Operativo 2.3 CCI – Acordo Operativo 2.4 CPST 3 IMPLANTAÇÃO DO TRAÇADO 4 LOCAÇÃO DE TORRES 5 DECLARAÇÂO DE UTILIDADE PUBLICA 6 LICENCIAMENTO AMBIENTAL 6.1 Termo de Referência 6.2 Estudo de Impacto Ambiental 6.3 Licença Prévia 6.4 Licença de Instalação 6.5 Autorização de Supressão de Vegetação 6.6 Licença de Operação 7 PROJETO EXCUTIVO 8 AQUISIÇÕES 8.1 Pedido de Compra 8.2 Estruturas 8.3 Cabos e Condutores 9 OBRAS CIVIS 9.1 Canteiro de Obras 9.2 Fundações 10 MONTAGEM 10.1 Montagem de Torres 10.2 Lançamento de Cabos 11 ENSAIOS DE COMISSIONAMENTO 12 OPERAÇÃO COMERCIAL OBSERVAÇÕES: DATA DE INÍCIO DURAÇÃO DATA DE CONCLUSÃO

ASSINATURA CREA N o ENGENHEIRO REGIÃO

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5.2 CRONOGRAMA FÍSICO DE SUBESTAÇÕES (TABELA B)

NOME DA EMPRESA SUBESTAÇÂO

DATA

No

DESCRIÇÃO DAS ETAPAS DA OBRA

Meses 1 2 3 4 19 20 21

1 PROJETO BÁSICO 2 ASSINATURA DE CONTRATOS 2.1 EPC – Estudos, projetos e construção 2.2 CCT – Acordo Operativo 2.3 CCI – Acordo Operativo 2.4 CPST 3 DECLARAÇÂO DE UTILIDADE PUBLICA 4 LICENCIAMENTO AMBIENTAL 4.1 Termo de Referência 4.2 Estudo de Impacto Ambiental 4.3 Licença Prévia 4.4 Licença de Instalação 4.5 Autorização de Supressão de Vegetação 4.6 Licença de Operação 5 PROJETO EXCUTIVO 6 AQUISIÇÔES 6.1 Pedido de Compra 6.2 Estruturas 6.3 Equipamentos Principais (Transformadores e

Compensadores de Reativos)

6.4 Demais Equipamentos (Disj., Secc., TP, TC, PR e etc)

6.5 Painéis de Proteção, Controle e Automação 7 OBRAS CIVIS 7.1 Canteiro de Obras 7.2 Fundações 8 Montagem 8.1 Pedido de Compra 8.2 Estruturas 8.3 Equipamentos Principais (Transformadores e

Compensadores de Reativos)

8.4 Demais Equipamentos (Disj., Secc., TP, TC, PR e etc)

8.5 Painéis de Proteção, Controle e Automação 9 ENSAIOS DE COMISSIONAMENTO 10 OPERAÇÃO COMERCIAL DATA DE INÍCIO

OBSERVAÇÕES:

DATA DE CONCLUSÃO DURAÇÃO DA OBRA ENGENHEIRO ASSINATURA

CREA N o REGIÃO