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IC31 – Castelo Branco / Monfortinho Estudo de Impacte Ambiental - Aditamento -Anexo 2 Anexo 2 – Reformulação da Paisagem do EIA

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IC31 – Castelo Branco / Monfortinho

Estudo de Impacte Ambiental - Aditamento -Anexo 2

Anexo 2 – Reformulação da Paisagem do EIA

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IC31 – Castelo Branco / Monfortinho Estudo de Impacte Ambiental – Aditamento Anexo 2 - Reformulação da Paisagem do EIA

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IC31 – CASTELO BRANCO / MONFORTINHO

ESTUDO DE IMPACTE AMBIENTAL - ADITAMENTO

ANEXO 2 - REFORMULAÇÃO DA PAISAGEM DO EIA

ÍNDICE DE TEXTO

4.  CARACTERIZAÇÃO DO AMBIENTE POTENCIALMENTE AFECTADO .................................... 3 

4.12.  Paisagem ........................................................................................................... 3 

4.12.1.  Metodologia ....................................................................................................... 3 

4.12.2.  Relevo ............................................................................................................... 4 

4.12.3.  Análise Visual - Unidades de paisagem ............................................................ 8 

5.  EVOLUÇÃO PREVISÍVEL DO AMBIENTE AFECTADO NA AUSÊNCIA DO PROJECTO ...................................................................................................................... 21 

5.12.  Paisagem ......................................................................................................... 21 

6.  AVALIAÇÃO DE IMPACTES AMBIENTAIS ........................................................................... 22 

6.12.  Paisagem ......................................................................................................... 22 

6.12.1.  Metodologia ..................................................................................................... 22 

6.12.2.  Impactes na fase de construção e na fase de exploração .............................. 23 

6.12.3.  Impactes cumulativos ...................................................................................... 40 

6.12.4.  Síntese de impactes ........................................................................................ 40 

7.  MEDIDAS DE MITIGAÇÃO ................................................................................................. 45 

7.12.  Paisagem ......................................................................................................... 45 

7.12.1.  A incorporar no Projecto de Execução ............................................................ 45 

7.12.2.  Fase de construção da obra ............................................................................ 49 

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7.12.3.  Fase de exploração ......................................................................................... 49 

8.  ANÁLISE COMPARATIVA DE ALTERNATIVAS DE TRAÇADO ..................................... 50 

8.12.  Paisagem ......................................................................................................... 50 

8.12.1.  Introdução........................................................................................................ 50 

8.12.2.  Dimensão dos taludes ..................................................................................... 50 

8.12.3.  Afectação de vegetação e trechos de paisagem com interesse paisagístico ..................................................................................................... 55 

8.12.4.  Extensão do troço visível ................................................................................. 57 

8.12.5.  Afectação visual de áreas (ha) de média, elevada ou muito elevada qualidade visual na bacia visual da alternativa ............................................... 59 

8.12.6.  Afectação da rede de drenagem natural ......................................................... 62 

8.12.7.  Síntese da comparação ................................................................................... 63 

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4. CARACTERIZAÇÃO DO AMBIENTE POTENCIALMENTE AFECTADO

4.12. Paisagem

4.12.1. Metodologia

Para interpretar os aspectos mais significativos que caracterizam a paisagem, na zona prevista para o traçado das diferentes soluções do IC31 entre Castelo Branco e Monfortinho, procedeu-se à análise e caracterização da área de influência visual da sua envolvente.

A área em estudo foi definida de acordo com um critério uniforme de equidistância, utilizando-se para o efeito um buffer de 4 km gerado a partir do eixo dos traçados que se desenvolvem nas situações mais periféricas, tal como solicitado pela CA.

Tendo por bases de estudo a Carta Militar de Portugal, o levantamento topográfico da área envolvente à via (escala 1:5000), a fotografia aérea e o reconhecimento de campo, estudaram-se os aspectos relativos ao relevo, ocupação do solo, vegetação existente e elementos construídos, considerados mais importantes para a interpretação da paisagem.

Relativamente ao relevo embora se tenham analisado separadamente os aspectos fisiográficos, altimétricos e declives apresenta-se cartografia que de forma sintética caracteriza a área em análise (Desenho 120-EP-80-11A).

Elaborou-se também o estudo relativo aos elementos determinantes da visualização da paisagem (Desenho 120-EP-80-12A) para fundamentar a definição de unidades de paisagem (zonas homogéneas), o seu valor cénico e qualidade visual, tal como a avaliação da sua vulnerabilidade e capacidade de absorção, face às alterações que irão resultar da construção e exploração da via, permitindo deste modo a identificação e avaliação dos impactes visuais previsíveis e respectivas medidas minimizadoras, ou de compensação, a aplicar.

Complementarmente efectuou-se um levantamento fotográfico que retrata as características paisagísticas da área em análise.

O estudo do relevo foi elaborado com recurso a meios informáticos, tendo-se criado o modelo digital de terreno, com um pixel de 25 x 25 m (625 m2).

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4.12.2. Relevo

4.12.2.1. Festos e Talvegues

A área atravessada pelos diferentes corredores das alternativas do IC31 em estudo insere-se na bacia hidrográfica do rio Tejo, integrando-se todas as hemi-bacias afectadas em linhas de água afluentes à margem direita do rio Tejo.

São três as hemi-bacias com linhas interceptadas pelos corredores em estudo e correspondem, de poente para nascente, às bacias hidrográficas dos rios Ocreza, Ponsul e Erges.

O rio Ocreza, que na área em estudo corre de norte para sul, verá afectada, na zona inicial do traçado (primeiros 6 km), a ribeira da Liria, linha de água afluente à sua margem esquerda.

A zona final do traçado – últimos 11 km – insere-se na bacia hidrográfica do rio Erges, linha de água que na zona em análise define o limite nascente de Portugal Continental, corre sensivelmente de noroeste para sudeste e de norte para sul, num percurso meandrizado que alterna entre situações de vale encaixado e de vale mais aberto.

Na sua bacia hidrográfica são interceptadas quatro linhas de água; a ribeira de Arades, a ribeira das Canas, a ribeira das Tapadas e a ribeira do Vale de Santa Maria. Exceptuando a ribeira de Arades que, na zona em estudo, se desenvolve de norte para sul, as restantes linhas de água correm todas sensivelmente de noroeste para sudeste, afluindo a ribeira das Tapadas e a ribeira do Vale de Santa Maria à margem direita do rio Gavião, linha de água afluente da margem direita do rio Erges.

A grande maioria das diferentes soluções de traçado inserem-se na área da bacia hidrográfica do rio Ponsul, linha de água que nasce na serra do Ramiro – cerca de 1 a 2 km para norte da solução 5 – corre no seu troço inicial de noroeste para sudeste inflectindo junto a Penha Garcia para sudoeste. O seu percurso desenvolve-se maioritariamente num vale bastante encaixado embora nas zonas atravessados pelas distintas soluções de traçado o relevo se apresente relativamente suave.

A maioria das linhas de água interceptadas na sua bacia hidrográfica são afluentes da sua margem direita, correm predominantemente de norte para sul e de noroeste para sudeste e são, de poente para nascente, aos seguintes talvegues:

Ribeira da Ribeirinha;

Ribeira de Alpreade, um afluente da sua margem direita (Ribª de Ronções) e um afluente da sua margem esquerda, a ribeira de Oledo;

Rio Torto e um afluente da sua margem esquerda, a ribeira Mourisco;

Ribeira de Rio de Moinhos;

Ribeira do Amial.

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Da margem direita do rio Ponsul são interceptadas as ribeiras do Urgeiral e da Nave de João Domingues, linhas de água de pequena dimensão que se desenvolvem de NNE para OSO.

4.12.2.2. Hipsometria

Em termos hipsométricos verifica-se uma variação de aproximadamente 600 metros entre os pontos de cota mais baixa (valores inferiores a 200 m), que se localizam no vale da ribeira de Alpreade e as zonas de cota mais elevada (820 m), que se localizam a nordeste na serra da Gorda (marco geodésico da Cabeça Gorda).

O aumento de cotas faz-se sentir predominantemente de sudoeste para noroeste sendo predominantes as cotas dos escalões hipsométricos compreendidos entre os 200 e os 300 m e os 300 e 400 metros. As zonas de cota mais elevada sobressaem visualmente na paisagem e coincidem com a colina onde se implanta a vila de Monsanto e com a serra de Penha Garcia.

As linhas de cumeada mais importantes estabelecem a separação das três principais bacia hidrográficas presentes na zona destacando-se, pela sua marcação fisiográfica bem definida, a cumeada que, a nordeste, delimita a bacia hidrográfica do rio Ponsul.

4.12.2.3. Declives

Para melhor caracterizar, a morfologia e tipos de relevo existentes, procedeu-se à determinação de declives na área em estudo tendo-se definido as seguintes classes (Figura 4.12.1):

0 a 5% Zonas planas;

5 a 15% Zonas de declive suave a moderado;

15 a 25% Zonas de declive moderado a acentuado;

25% a 45% Zonas de declive acentuado;

> 45% Zonas de declive muito acentuado.

Da análise da cartografia elaborada constata-se que a área em estudo apresenta dominantemente relevo plano a ondulado ocupando as situações de relevo mais dobrado e acentuado áreas pontuais mas muito significativas que correspondem “grosso modo” aos “inselberg” graníticos de Monsanto e Moreirinha e às cristas quartzíticas de Penha Garcia.

Quanto à percentagem de incidência das várias classes de declives analisadas, nota-se uma predominância da classe de 0 a 5% com 40,16% da área estudada, logo seguida da classe dos 5 a 15% com 39,85%. Estes valores tornam bem evidente, o relevo suave a moderado da área analisada.

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As classes de relevo mais acidentado não chegam a ocupar 20% da área sendo que destes 12,47% correspondem a declives entre os 15 e 25%. As zonas mais vigorosas (declives de 25 a 45%) ocupam 6,75% da área analisada e as zonas escarpadas (declives > 45%) têm reduzida expressão, 0,76%.

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Figura 4.12.1 - Declives

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4.12.3. Análise Visual - Unidades de paisagem

4.12.3.1. Metodologia

Com base na análise do relevo, uso do solo, fotografia aérea e reconhecimento de campo, procedeu-se à caracterização visual da paisagem da área em estudo.

Na carta de Análise Visual inclui-se a delimitação das unidades de paisagem presentes na área em estudo e os elementos que, em termos paisagísticos determinam os aspectos visuais mais marcantes da paisagem em apreciação. Os elementos cartografados foram os seguintes:

Elementos físicos (linhas de cumeada e encostas mais declivosas) que funcionam como limites visuais ao corredor em estudo, de entre os quais se destacam os festos e encostas que sobressaem nas zonas de cota mais elevada e marcam o relevo da zona de Monsanto e Penha Garcia;

Os pontos de vista notáveis, localizando-se os mais importantes em Monsanto e Penha Garcia;

As vias com maior visibilidade sobre o corredor em estudo, nomeadamente alguns troços das EN18, 18-7, 233, 353, 239 e 332, da EM557 e da estrada que liga a EN239 a N. Srª da Azenha;

Os corredores ecológicos constituídos pelas galerias ripícolas que acompanham as margens de algumas das linhas de água, nomeadamente das ribeiras de Oledo, Alpreade e Caniça;

As áreas que, pelas suas características morfológica, e/ou de ocupação do solo, apresentam maior interesse paisagístico, de entre as quais se destacam a zona circundante a Oledo e Monsanto com a sua área envolvente;

As manchas de ocupação do solo que pelas suas características ecológicas e /ou visuais apresentam maior fragilidade visual e cuja afectação poderá originar impactes paisagísticos de maior significado. De entre estes tipos de espaço cartografaram-se as manchas de montado, olival e culturas arvenses.

4.12.3.2. Definição das unidades de paisagem

A região que virá a ser atravessada pelo IC31, ligação viária entre Castelo Branco – Monfortinho, apresenta uma paisagem marcada por uma forte dicotomia.

Por um lado, zonas de relevo ondulado suave, materializado em extensas superfícies aplanadas, de tipo planáltico – superfícies de Castelo Branco e da Idanha, designadas respectivamente por “Campo Albicastrense” e Campanha ou “Campina da Idanha” (Pina Manique e Albuquerque, 1954) apenas recortadas por vales, alguns com grande encaixe, como é o caso do vale do rio Pônsul. Esta é a tipologia morfológica dominante.

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Por outro lado, com carácter muito pontual, mas nem por isso menos marcante, podem ler-se nesta paisagem relevos residuais em formas colinares de forte projecção vertical, de tipo “inselberg”, de natureza granítica – os morros de Monsanto e Moreirinha e, ainda, as cristas quartzíticas de Penha Garcia.

Esta tipologia de relevo e a natureza do substracto geológico, com predomínio do complexo xisto-grauváquico e também de algumas formações graníticas, condicionam os solos da região. Estas condições orográficas e geológicas, em conjunto com as características climáticas de cariz mediterrânico da região, embora marcadas por uma interioridade de que lhe advêm, nas zonas mais a leste, amplitudes térmicas diárias e anuais mais acentuadas, determinam os usos do solo da região, que são os característicos das paisagens mediterrânicas e que prolongam de certa forma a tipologia de paisagem do Alentejo.

Assim, verifica-se um predomínio dos montados de sobro e/ou azinho, cerealicultura extensiva de sequeiro, em campo aberto; olivais, fundamentalmente nas periferias dos aglomerados populacionais onde, quase sempre coexistem com uma certa forma de policultura tradicional de abastecimento aos aglomerados e que se materializa numa paisagem de campos fechados por muros de pedra – tapadas ou cercas, mas também em manchas de maior dimensão (Alcains, Idanha-a-Velha e Oledo). Existem ainda manchas residuais de matos sobre as situações de maior declive e de afloramentos rochosos que alternam com outras, mais ou menos extensas, de povoamentos florestais estremes de pinheiro bravo, ou de eucalipto.

De acordo com estudo elaborado pela Universidade de Évora para a Direcção-Geral do Ordenamento do Território e Desenvolvimento Urbano (Cancela D’Abreu et al., 2004) a área atravessada pelo corredor das distintas alternativas do IC31, em análise, insere-se em duas grandes unidades de paisagem:

Penha Garcia e Serra da Malcata;

Castelo Branco – Penamacor – Idanha.

Da análise do estudo referido constata-se que o corredor em análise se insere maioritariamente na unidade de paisagem designada por “Castelo Branco – Penamacor – Idanha”, implantando-se apenas o troço final na faixa sul da unidade de paisagem “Penha Garcia e Serra da Malcata”.

O referido estudo (Cancela d’Abreu et al, 2004), dá-nos o enquadramento das principais unidades de paisagem que, a nível nacional (trabalho elaborado à escala 1/250.000), são atravessadas pelo corredor em análise. Contudo, a uma escala de maior detalhe (1/25.000), a análise do corredor em apreciação requer, em termos de unidades de paisagem, uma definição de maior pormenor.

Como base para a definição das unidades de paisagem presentes no corredor em análise importa ter em consideração o conceito de paisagem e o de unidade de paisagem.

Por paisagem entende-se a imagem global, dinâmica e evolutiva, abrangente de "uma área heterogénea de território composta por um conjunto de ecossistemas interactuantes que se repetem através dela de forma semelhante" (Forman, R.T.T e Godron, M. 1986, p.11) e que

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é “resultante da combinação entre a natureza, as técnicas e a cultura do homem” (Pitte, J.R. 1983).

Como unidade de paisagem considera-se "uma área que pode ser cartografada, relativamente homogénea em termos de clima, solo, fisiografia e potencial biológico, cujos limites são determinados por alterações em uma ou mais dessas características" (Naveh e Lieberman (1994, p. 208).

Tendo por base para a definição das unidades de paisagem o estudo elaborado pela Universidade de Évora, os conceitos atrás enunciados, a análise efectuada e a escala de trabalho, considerou-se que o corredor em análise, face as condições biofísicas e à ocupação humana deste território, atravessa fundamentalmente 3 grandes tipologias de Unidades de Paisagem (Campinas, Relevos residuais e Vale do Ponsul):

CAMPINAS – unidades de paisagem de campo aberto sobre o relevo de ondulado suave das extensões planálticas do Campo Albicastrense e da Campina da Idanha. São unidades de grande amplitude e abrangência visual onde se distinguem dois tipos de sub-unidades:

a clareira dos campos de cultura cerealífera extensiva de sequeiro em folhas de média a grande dimensão;

os campos arborizados de tipo montado de sobro e/ou azinho num coberto irregular de maior ou menor densidade e os olivais predominantemente alinhados.

RELEVOS RESIDUAIS – unidades de paisagem que assentam sobre os relevos residuais que se destacam fortemente da planura que os envolve - os “inselberg” graníticos de Monsanto e Moreirinha e as cristas quartzíticas de Penha Garcia. O declive acentuado, a pobreza dos solos e a grande profusão de afloramentos rochosos, constituindo por vezes penhascos com grande impacte visual, determinam uma paisagem de cumes agrestes rochosos e despidos de vegetação, ou apenas cobertos com estrato herbáceo pobre ou matos rasteiros, onde a espessura do solo, apesar de reduzida, já o permite. Os terços médios e superiores destas encostas apresentam também alguns povoamentos florestais (com predomínio de eucaliptais, mas também alguns pinhais). As bases das encostas e várzeas (ribeira da Monsatela, junto a Monsanto e pequena várzea do Pônsul junto a Penha Garcia) com ocupação humana em pequenas propriedades de policultura tradicional das periferias dos aglomerados populacionais.

VALE DO PONSUL – unidade de paisagem do vale do rio Pônsul que na maior parte do seu curso corre com grande encaixe determinado por acidente geológico de tipo falha, mas que no troço a ser atravessado pelas diferentes alternativas do IC31 não apresenta essas características cortando a Campina, como a maioria das outras linhas de água, sem que o seu curso a entalhe de forma perceptível.

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4.12.3.3. Capacidade de Absorção Visual

Metodologia

Capacidade de absorção visual corresponde à maior ou menor aptidão que uma paisagem possui para integrar determinadas alterações ou modificações sem diminuir as suas qualidades visuais.

Os parâmetros considerados para a quantificação do valor estético e da capacidade de absorção das unidades de paisagem presentes, embora como já referimos apresentem algum grau de subjectividade, foram os seguintes:

Forma / Morfologia;

Uso do Solo;

Visualização.

Por forma entende-se o aspecto exterior de uma paisagem, característica essa que é dada fundamentalmente pelo relevo (plano, ondulado, de colinas, montanhoso, etc.), mas também pela ocorrência de aspectos visualmente significativos, nomeadamente de natureza geológica, como sejam afloramentos rochosos, escarpas, gargantas, etc..

Dentro deste parâmetro, considera-se que as situações de maior diversidade de relevo apresentam maior capacidade de absorção visual em oposição às zonas de relevo mais uniforme.

Também as zonas com menor pendente apresentam maior capacidade de absorção visual do que as zonas com inclinação mais acentuada.

As paisagens com aspectos morfológicos significativos, pelo seu valor visual e singularidade, apresentam maior sensibilidade e menor capacidade de absorção.

O Uso do Solo traduz-se no modo como as distintas formas de ocupação humana (áreas agrícolas, florestais, urbanas/industriais, etc.) se distribuem num determinado território. Neste item, assumem especial importância a diversidade dos estratos em presença (árvores, arbustos, herbáceas), a sua distribuição e densidade, o contraste cromático, etc., bem como a presença de elementos do património construído ou "natural" e outros elementos estruturantes da paisagem rural (sebes, muros, socalcos, galerias ripícolas, etc.);

Neste parâmetro considera-se que a maior capacidade de absorção visual está relacionada com:

maior contraste cromático;

maior dimensão/porte da vegetação;

maior diversidade de estratos vegetais.

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Também a maior densidade de coberto vegetal, principalmente do estrato arbóreo, constitui normalmente um parâmetro que contribui para uma maior capacidade de absorção visual.

A Visualização, corresponde à maior ou menor facilidade com que uma paisagem é apreendida e está directamente relacionada com a acessibilidade, e distribuição do povoamento, o tipo de relevo e de ocupação do solo – factores que definem a dimensão e forma das bacias visuais.

Considera-se como paisagens de maior capacidade de absorção aquelas que têm menor facilidade de acessos ou de pontos a partir dos quais seja possível a sua observação, as que contêm bacias visuais de menor dimensão e também aquelas em que a amplitude e profundidade de vistas seja menor.

Apresentam também maior capacidade de absorção as zonas que, numa bacia visual, se encontrem a meia encosta ou que possuam elementos que possam funcionar como “pano de fundo” e atenuem assim o impacte visual de determinada intervenção.

Avaliação da capacidade de absorção visual

Tendo por base nos critérios anteriormente enunciados elaborou-se, à escala 1/50 000, cartografia (Desenho nº 120-EP-80-14) onde se delimitaram áreas com diferentes graus de capacidade de absorção visual. Em termos de classificação foram consideradas quatro classes:

Baixa;

Média;

Elevada;

Muito Elevada.

Para a elaboração desta cartografia cruzaram-se os seguintes parâmetros:

Relevo;

Uso do Solo;

Visualização.

Para a desagregação do parâmetro relevo recorreu-se à carta de declives elaborada e à referida Figura 4.12.1 (ponto 4.12.2.3). Relativamente ao Uso do Solo a análise dos diferentes parâmetros teve por base a carta de ocupação do solo do CNIG (COS’90), exceptuando a área em território espanhol para a qual existe cartografia do relevo em que se utilizou a fotografia aérea e o reconhecimento do local. No que se refere à visualização a metodologia seguida para a sua elaboração baseou-se no cruzamento do modelo digital do terreno (MDT) e uso do solo, com potenciais pontos de vista sobre o território.

Considerando-se que o uso do solo, conjuntamente com o relevo constituem os elementos que à partida funcionam como limites visuais, fez-se o cruzamento do MDT com o uso do

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solo atribuindo-se altura à vegetação, em função do seu porte, tendo para o efeito sido consideradas as seguintes situações:

Uso do solo Altura atribuída

Povoamentos florestais 10 metros

Montados / Carvalhais 7 metros

Matos / Incultos 2 metros

Agrícolas Sequeiro / Regadio 0 metros

Olivais / Pomares / Vinhas 3 metros

Urbano 5 metros

Consideraram-se como potencias locais com vista sobre a área em análise aqueles que na área em estudo apresentam maior acessibilidade e presença humana nomeadamente as povoação, vias e pontos de vista notáveis. Com base neste pressuposto os pontos assinalados para elaboração da carta de visualização foram os que correspondem às envolvente dos aglomerados existentes, os pontos de maior cota em Monsanto e Penha Garcia e ao longo dos eixos viários num compasso de 300 metros.

Estes pontos, a partir dos quais se elaboraram as respectivas bacias visuais, encontram-se assinalados na Figura 4.12.2.

Considerando a bibliografia da especialidade que a nitidez de leitura dos elementos que integram a paisagem se vai esbatendo à medida que aumenta a distância a que se encontra o observador definiram-se, para as áreas visíveis, três escalões na carta gerada por processos informáticos:

Até 500 metros (zonas de elevada visibilidade);

Entre 500 m e 2000 metros (zonas de elevada a média visibilidade);

Distâncias superiores a 2000 metros (zonas de média a baixa visibilidade).

Para as áreas não visívei,s a Figura 4.12.2 expressa essa análise sendo patente que os diferentes traçados alternativos do IC31 – Castelo Branco / Monfortinho, se desenvolvem predominantemente entre os 500 e 2000 metros dos potencias locais com vista sobre a área em análise.

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Figura 4.12.2 - Visibilidades a partir de pontos de maior acessibilidade

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Cada um dos itens considerados (Relevo, Uso do Solo e Visualização) foi subdividido em três classes tendo sido atribuído a cada uma dessas classes um grau diferente de capacidade de absorção visual, de acordo com a seguinte matriz:

Quadro 4.12.1 - Capacidade de Absorção Visual da Paisagem – Matriz de Ponderação

Parâmetro analisado Valor de Capacidade de Absorção Visual

Baixa Média Elevada Muito Elevada

Relevo

Plano a moderado (0 a 15%) 3

Dobrado a muito inclinado (15 a 45%)

2

Escarpado (>45%) 1

Uso do Solo

Veg. arbórea densa (povoamentos florestais)

3

Veg. arbórea mais dispersa (montado, outras folhosas e olivais)

2

Sem vegetação arbórea (áreas agrícolas, matos, incultos)

1

Área urbanas 2

Visualização

Elevada (< 500 m) 1

Média a elevada (500 a 2000 m) 2

Média a baixa (>2000m) 3

Zonas não visíveis * 10

* Tratando esta análise da capacidade de absorção visual considerou-se à partida que as áreas não visíveis apresentam capacidade de absorção visual muito elevada independentemente das características de relevo e/ou uso do solo presentes.

A Carta de Capacidade de Absorção da Paisagem (Desenho nº 120-EP-80-14) resulta do cruzamento dos valores constantes no Quadro acima e da agregação desses resultados em quatro classes.

Às manchas com valor igual ou inferior a 4 atribuiu-se baixa capacidade de absorção visual;

Às manchas com valor compreendido entre 5 e 7 atribuiu-se média capacidade de absorção visual;

Para as manchas com valor compreendido entre 8 e 9 atribuiu-se capacidade de absorção visual elevada;

Para as manchas com valor superior a 9 atribuiu-se capacidade de absorção visual muito elevada. Estas manchas incluem todas as áreas não visíveis dos potenciais locais com vista sobre a área em estudo, seleccionados para a elaboração da carta de visibilidades (Figura 4.12.2).

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Da análise da cartografia (Desenho nº 120-EP-80-14) elaborada de acordo com a metodologia descrita verifica-se que a grande maioria da área em análise apresenta média a elevada capacidade de absorção visual.

4.12.3.4. Qualidade Visual da Paisagem

Metodologia

A paisagem, para além da realidade cénica e geográfica, comporta uma vertente cultural que não pode deixar de ser considerada como factor de qualificação do espaço.

Sendo a paisagem o resultado da interacção entre as características biofísicas, geomorfológicas, climáticas, etc. presentes num determinado território e as acções que sobre ele o homem processa, reveste-se do maior interesse a sua caracterização bem como a análise da compatibilização entre os usos presentes e/ou previstos e as especificidades da base de suporte dessas actividades, já que a qualidade visual de uma determinada paisagem decorre do balanço / equilíbrio entre estes dois factores.

Dado que a qualidade visual da paisagem é, em si, um recurso natural e, como tal, não é um bem inesgotável nem se mantém inalterável face às acções humanas que se processam sobre o território, importa que, em Estudos de Impacte Ambiental, este aspecto seja analisado, quantificado e incluído como mais um parâmetro a ponderar no conjunto dos recursos biofísicos.

Embora a quantificação do valor cénico de uma paisagem tenha sempre um carácter mais ou menos subjectivo, inerente à forma de interpretação do território por parte do observador, analisaram-se e valoram-se, de forma desagrega, alguns dos aspectos normalmente utilizados em estudos de paisagem e que constituem os seus componentes naturais e estruturais.

Para além destes aspectos de carácter físico, biológico e antrópico analisou-se ainda paisagem na componente visual.

A análise e cruzamento de elementos biofísicos e de humanização da paisagem, aos quais se atribui uma determinada valoração, tenta de certa forma minimizar a subjectividade inerente à análise do seu valor cénico da paisagem.

Avaliação da qualidade visual da paisagem

Tal como para já descrito para a Carta de Capacidade de Absorção Visual, na elaboração da Carta de Qualidade Visual da Paisagem (Desenho nº 120-EP-80-15) recorreu-se a informação constante na cartografia temática elaborada para a área em estudo bem como ao reconhecimento de campo efectuado ao longo do período em que se desenvolveu a análise do local.

Em termos de valoração das manchas definidas de cada um dos componentes analisados foram consideradas quatro classes:

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Nula;

Baixa;

Média;

Elevada.

Para a elaboração desta cartografia cruzaram-se primeiramente os seguintes parâmetros:

Relevo;

Uso do Solo / Humanização;

Água.

Relativamente ao relevo e de acordo com o normalmente consensual e aceite em estudos de paisagem considera-se que as paisagens com qualidade visual mais elevada se encontram relacionadas com relevos mais vigorosos enquanto as paisagens de menor qualidade visual correspondem a zonas morfologicamente mais planas ou de maior uniformidade topográfica.

No que se refere ao uso do solo considerou-se que a área com qualidade visual de valor mais elevado corresponde à zona urbana de Monsanto, uma das aldeias históricas de Portugal. Às manchas de montado e às áreas de uso agrícola, pela sua maior riqueza ecológica e ou paisagística resultante da maior diversidade visual decorrente da sazonalidade e rotação de culturas atribuiu-se valor médio.

Para as áreas ocupadas com povoamentos florestais, situações por apresentarem menor variedade cromática, de texturas e de espécies, grande uniformidade visual e por vezes pouco adequadas às características edafoclimáticas, atribuiu-se valor nulo (zero).

A presença de água na paisagem foi outro dos parâmetros considerados encontrando-se o valor atribuído dependente da maior ou menor importância / dominância que a sua ocorrência tem na paisagem. Assim considerou-se que as zonas com planos de água permanentes (albufeiras) eram as que apresentavam maior valor seguindo-se os cursos de água permanentes e as pequenas charcas.

A estes três parâmetros que definem a qualidade visual intrínseca da paisagem foram sobrepostos outros aspectos, de valor positivo ou negativo, que se consideram como “valores correctivos” correspondendo o resultado final do cruzamento de todos estes valores à Qualidade Visual absoluta da paisagem.

Os parâmetros considerados como valores correctivos foram:

Aspectos geomorfológicos;

Características particulares das linhas de água;

Valores decorrentes da humanização da paisagem;

Visualização;

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Estes aspectos que constituem elementos pontuais concorrem, de forma isolada ou em conjunto, para o acréscimo do valor tendo-se por essa razão atribuído a cada um deles valor positivo.

Como “aspectos geomorfológicos” com interesse na valoração da qualidade visual da paisagem consideraram-se os relevos mais significativos que se destacam na paisagem da zona em estudo, os “inselberg” graníticos de Monsanto e Moreirinha e as cristas quartzíticas de Penha Garcia.

No parâmetro “características particulares das linhas de água” foram ponderadas, com valor positivo os troços mais meandrizados bem como as situações em que os talvegues apresentam maior encaixe.

Em termos de “humanização da paisagem” foram considerados os conjuntos construídos com interesse arquitectónico, nomeadamente Monsanto e Penha Garcia, bem como as zonas peri-urbanas que se desenvolvem junto a alguns dos núcleos habitacionais. Na realidade estas zonas da periferia urbana, ao contrário da relativa uniformidade do geral da área em análise, apresentam um mosaico cultural diversificado, em que o olival, as culturas arvenses e as hortícolas constituem o uso dominante do solo, as folhas de cultura são bem definidas e marcadas por uma malha de compartimentação relativamente densa, sobressaindo, pontualmente, pequenos bosquetes constituídos por vegetação autóctone.

A maior ou menor facilidade de visualização de um troço de paisagem encontra-se sempre dependente de aspectos de ordem antrópica dado que está sempre relacionada com a presença humana, quer através de uma mais directa acessibilidade quer com a existência de povoações. Assim, o valor de uma paisagem é sempre acrescido se, sem se correr o risco de degradação através de sobrecarga de uso, poder ser usufruída por um número mais elevado de observadores. Assumem por isso especial importância os pontos de vista panorâmicos de que destacam Monsanto e Penha Garcia.

O quadro seguinte expressa a valoração atribuída aos parâmetros analisado na elaboração da carta de qualidade visual.

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Quadro 4.12.2 - Qualidade Visual da Paisagem – Matriz de Ponderação

Parâmetro analisado

Valor da Qualidade Visual

Nulo (0) Positivo

Baixo (1) Médio (2) Elevado (3)

Relevo

Plano (0 a 5%) ●

Ondulado a muito inclinado (5 a 25%)

Muito inclinado (>25%) ●

Uso do Solo

Povoamentos florestais ●

Matos e incultos ●

Montados e outras folhosas ●

Zonas agrícolas ●

Zonas urbanas

De forma geral

Monsanto ●

Presença de Água

Albufeiras ●

Linhas de Água permanentes

Parâmetros correctivos

Aspectos geomorfológicos

(Monsanto e Penha Garcia) ●

Características das linhas de água

(Encaixadas e/ou meandrizadas) ●

Humanização da Paisagem Zonas peri-urbanas ●

Monsanto e Penha Garcia ●

Pontos de vista notáveis

(Monsanto e Penha Garcia) ●

A Carta de Qualidade Visual da Paisagem resulta do cruzamento dos valores constantes no Quadro acima e da agregação desses resultados em quatro classes de acordo com os seguintes escalões:

Ponderação Qualidade Visual da Paisagem

0 a 4 Baixa

5 a 7 Média

8 e 9 Elevada

> 9 Muito elevada

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Da análise da cartografia elaborada de acordo com a metodologia descrita (Desenho nº 120-EP-80-15) verifica-se que a grande maioria da área em análise apresenta baixa qualidade visual.

4.12.3.5. Sensibilidade Visual

O conceito sensibilidade visual de uma paisagem, parâmetro que indica o grau de afectação de uma paisagem pela alteração/introdução de determinada acção exterior, varia na razão inversa da capacidade de absorção visual o que significa, à partida, que quando menor for a capacidade de absorção de um determinado espaço maior será a sua sensibilidade.

Para a elaboração da carta de sensibilidade visual da paisagem (Desenho nº 120-EP-80-16) fez-se o cruzamento da informação constante nas cartas de capacidade de absorção visual e qualidade visual da paisagem de acordo com o expresso no quadro seguinte:

Quadro 4.12.3 - Sensibilidade Visual da Paisagem – Matriz de Ponderação

Valor da Sensibilidade Visual Capacidade de Absorção Visual Qualidade Visual

Baixa (1)

Muito Elevada Baixa

Elevada Baixa

Muito Elevada Média

Elevada Média

Média Média

Média (2)

Muito Elevada Elevada

Elevada Elevada

Muito Elevada Muito Elevada

Elevada Muito Elevada

Média Média

Baixa Baixa

Elevada (3)

Baixa Elevada

Média Média

Baixa Elevada

Muito Elevada (4) Baixa Muito Elevada

Média Muito Elevada

Da análise da cartografia (Desenho nº 120-EP-80-16) elaborada de acordo com a metodologia descrita verifica-se que a grande maioria da área em análise apresenta baixa a média sensibilidade visual tendo as áreas de sensibilidade visual elevada expressão muito pontual.

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5. EVOLUÇÃO PREVISÍVEL DO AMBIENTE AFECTADO NA AUSÊNCIA DO PROJECTO

5.12. Paisagem

Da análise da zona onde se desenvolvem as diferentes soluções de traçado do IC31, pensamos que, na ausência do projecto, as características gerais da paisagem, na globalidade de área em análise, irão provavelmente manter-se embora se possam verificar ligeiras alterações das quais avançamos as seguintes:

Ao longo das principais vias de circulação (IP2, EN18, EN239,EN240 e Linha de Caminho de Ferro) irá muito provavelmente verificar-se um adensamento, gradual e progressivo, da vegetação arbustiva e arbórea dos taludes e faixas de expropriação;

Nas zonas mais declivosas e de solos mais pobres poderá verificar-se uma evolução da vegetação arbórea e arbustiva potencial, com o consequente aparecimento de situações ecologicamente mais ricas;

No entanto, nestas zonas, poderá verificar-se um aumento de áreas florestais originando paisagens de menor ou maior valor ecológico e paisagístico dependente do tipo de vegetação que aí se venha a implantar, uma vez que neste aspecto não é indiferente tratar-se de um povoamento extreme de eucalipto ou pinheiro, de um povoamento de sobreiro ou azinheira;

As pequenas áreas agrícolas poderão, devido a factores sócio-económicos, vir a ser abandonadas passando essas zonas a ser ocupadas por matos ou matas, diminuindo assim o contraste clareira / mata tão importante na diversidade e riqueza de uma paisagem.

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6. AVALIAÇÃO DE IMPACTES AMBIENTAIS

6.12. Paisagem

6.12.1. Metodologia

É objectivo do presente capítulo a identificação e avaliação dos principais impactes que a implantação dos diferentes traçados do IC31 entre Castelo Branco e Monfortinho irá induzir na paisagem durante as diferentes fases do projecto: construção e exploração.

A análise e caracterização de impactes foi elaborada através do cruzamento dos dados obtidos no reconhecimento de campo com a informação analisada a diversas escalas - Carta Militar de Portugal, esc. 1:25.000; planta do traçado e perfil longitudinal, esc. 1:5.000 e fotografia aérea.

A previsão, determinação e avaliação dos impactes paisagísticos mais significativos foi efectuada tendo em consideração as alterações que a abertura da plataforma e a implantação da futura via irão originar nas características visuais da paisagem, na sua qualidade visual e no seu valor cénico.

Estas alterações serão resultado da intrusão visual de um novo elemento linear ou, pontualmente, alteração das dimensões de uma via já existente, na paisagem actual e reflectem as transformações que a implantação da via, através da modificação das características do relevo, da drenagem hídrica e do tipo da ocupação do solo, irão provocar na estrutura e leitura actuais da paisagem.

A alteração do relevo natural (taludes de escavação e de aterro), constitui um impacte importante pois tem influência directa ou indirecta na drenagem hídrica e atmosférica, nas relações funcionais de zonas agrícolas e/ou florestais intersectadas pelo traçado da via e na alteração da leitura visual da paisagem.

As transformações do uso do solo ao longo da faixa de implantação da via, nas zonas de estaleiro, depósito e empréstimo de terras constituem, em conjunto com a modificação das características morfológicas do terreno, os factores mais importantes na alteração da percepção e valor cénico da paisagem.

Seguidamente à avaliação de impactes efectua-se a comparação das soluções alternativas de traçado, tendo sido utilizados métodos quantitativos para estimar a extensão afectada em cada um dos corredores analisados.

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Por fim é feita também uma análise aos impactes cumulativos do projecto.

6.12.2. Impactes na fase de construção e na fase de exploração

Os previsíveis impactes sobre a paisagem, resultantes da construção e exploração do IC31 serão decorrentes das seguintes acções:

alteração ao uso do solo (desmatação);

movimentos de terras;

infra-estruturas de apoio à obra:

implantação de estaleiros;

abertura de acessos à obra e movimentação de maquinaria;

depósito de terras e áreas de empréstimo.

visualização da via e das estruturas associadas.

6.12.2.1. Alteração ao uso do solo (desmatação)

Em termos de alteração ao uso do solo os impactes mais significativos são os decorrentes das acções de desmatação.

Fase de construção

Esta acção, que se estenderá por toda a área afecta à implantação da plataforma da via e taludes laterais e resultará da destruição do coberto vegetal existente para abertura do corredor, será efectuada durante a fase de construção.

Devido à alteração significativa a nível de uso do solo, com repercussões directas nas características estruturais da paisagem actual, esta acção irá provocar um impacte negativo, imediato, directo, certo e significativo. Caso sejam aplicadas as medidas de minimização preconizadas este impacte será minimizável ao longo da fase de exploração.

O impacte decorrente da desmatação, que se classifica, na fase de construção, de forma genérica como significativo, dada a diminuição do valor intrínseco da paisagem atravessada que decorre da destruição de uma faixa contínua de vegetação ao longo de todo o corredor, terá um impacte ainda mais acrescido nas zonas ocupadas com vegetação de maior interesse ecológico e paisagístico, nomeadamente nas margens das linhas de água acompanhadas por vegetação da galeria ripícola, que apresentam ocorrência pouco expressiva na área em análise, nas áreas onde se verifica a presença de montado de sobro e carvalhais, que se distribuem um pouco ao longo de todo corredor de forma relativamente

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dispersa e nos trechos de paisagem de maior valor paisagístico (envolvente a Oledo e a Monsanto).

Para cada um dos tipos de vegetação considerada de interesse paisagístico – manchas de montado de sobro, carvalhais e corredores ripícolas – e para os trechos de paisagem de maior valor paisagístico, analisou-se a extensão que será afectada pela implantação de cada uma das soluções de traçado.

Esta análise foi elaborada tanto para a globalidade da extensão total das soluções, como de forma pontual. Considera-se importante distinguir estas duas situações uma vez que, de acordo com a metodologia adoptada para a classificação da magnitude do impacte, poderá verificar-se que em termos globais por alternativa o impacte seja classificado como de magnitude reduzida mas, numa situação pontual concreta, seja considerado de magnitude elevada.

No quadro seguinte apresentam-se os critérios de classificação da magnitude para os impactes pontuais decorrentes da desmatação.

Quadro 6.12.1 - Avaliação da magnitude dos impactes

Acção Magnitude

Reduzida Média Elevada

Destruição de galeria ripícola X

Destruição de montado de sobro e carvalhal em extensão < 300m X

Destruição de montado de sobro e carvalhal em extensão 300 a 800m X

Destruição de montado de sobro e carvalhal em extensão > 800m X

Quanto ao significado, dado o interesse e valor paisagístico destes tipos de vegetação considera-se que o impacte da sua destruição será significativo a muito significativo em todas as situações, uma vez que estas ocorrências são relativamente escassas ao longo do traçado.

Tendo por base os critérios atrás referidos os principais impactes decorrentes da desmatação ocorrem nas situações apresentadas no quadro seguinte.

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Quadro 6.12.2 - Localização das zonas a desmatar com impacte de maior magnitude

Acção Solução Localização

Destruição de montado e/ou carvalhal

1 km 4+800 a 5+500; km 8+000 a 9+000; km 9+500 a 12+500; km 12+750 a 13+750; km 16+400 a 16+700; km 17+750 a 18+400; km 19+100 a 19+500; km 23+500 a 24+100; km 43+600 a 45+700

1B km 6+500 a 9+200

2 km 12+800 a 13+900; km 18+700 a 19+300; km 19+700 a 20+600

3 km 23+400 a 24+050; km 28+200 a 28+680

5 km 23+750 a 24+050; km 28+100 a 28+700; km 30+450 a 31+000; km 37+100 a 37+250; km 37+400 a 37+600; km 37+700 a 37+800; km 38+000 a 38+500; km 46+500 a 46+700; km 47+100 a 47+500

5.1 km 23+450 a 23+700

Destruição de galeria ripícola

1 Aprox. km 20+000 (Vale da ribª do Oledo)

2 Aprox. km 18+500 (Vale da ribª do Oledo)

Em termos globais de alternativa os critérios utilizados para a classificação da magnitude e do significado foram os seguintes:

Magnitude elevada para as situações em que mais de 30% da extensão da alternativa venha a afectar vegetação considerada com interesse paisagístico.

Magnitude média para as situações em que a extensão da alternativa que se implanta sobre vegetação considerada com interesse paisagístico corresponde a uma percentagem compreendida entre 10% e 30%.

Magnitude reduzida para as situações em que a vegetação com interesse paisagístico é afectada em menos de 10% da extensão total da alternativa.

Quanto ao significado considerou-se:

Impacte muito significativo nas situações em que se verifica uma magnitude elevada.

Impacte significativo nas situações em que se verifica uma magnitude média ou magnitude reduzida.

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Fase de exploração

Durante a fase de exploração os impactes decorrentes da desmatação efectuada na fase anterior serão, na maioria das situações, pouco significativos e fortemente atenuados caso sejam aplicadas as medidas de minimização preconizadas.

Em alguns casos as alterações ao uso do solo que terão lugar durante a fase de exploração poderão, com aplicação de medidas de minimização, concorrer para gerar potenciais impactes positivos, nomeadamente os decorrentes do aumento da extensão dos corredores de vegetação natural que poderá vir a integrar a malha do contínuo natural e a estrutura de protecção e valorização ambiental. Este aspecto assume especial importância nas áreas onde predominam as culturas arvenses, e nas zonas ocupadas por povoamentos florestais de produção (eucaliptais e pinhais bravos) que, maioritariamente, são monoespecíficos, uma vez que a introdução de espécies arbustivas e arbóreas, da flora local, nos taludes e áreas de expropriação das zonas contíguas a esses tipos de ocupação do solo irá concorrer para o acréscimo da biodiversidade das zonas interceptadas. Também nas zonas em que o corredor atravessa manchas de montado e/ou de pinhal manso, a implementação de orlas arbustivas poderá ser um factor que contribua para o aumento da diversidade biológica e paisagística dessas áreas.

Os critérios utilizados para a classificação da magnitude e do significado dos impactes, por alternativa, foram os seguintes:

Relativamente à magnitude embora a destruição da vegetação seja efectuada na fase de construção, durante a fase de exploração a faixa desmatada irá imprimir uma descontinuidade artificial nas características paisagísticas das áreas de montado e pinhal manso, pelo que se mantêm os mesmos valores atribuídos na fase anterior.

No que respeita ao significado do impacte teve-se em consideração que, na fase de exploração, a implementação do projecto de integração paisagística da via poderá contribuir para a criação de galerias ripícolas, actualmente quase inexistentes, e para o reforço das manchas de montado (nos taludes e faixa de expropriação) pelo que se reduziu o valor do significado do impacte, passando os muito significativos (fase de construção) para significativos (fase de exploração) e os significativos para pouco significativos.

No quadro seguinte apresentam-se os valores das manchas afectadas e o impacte correspondente, por fase de construção e de exploração, elaborado de acordo com os critérios atrás referidos.

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Quadro 6.12.3 - Extensão de desmatação de zonas ocupadas com vegetação com interesse paisagístico e impacte associado

Solução

Montados e/ou carvalhal

Galeria ripicola

Tre

cho

s d

e p

aisa

gem

co

m in

tere

sse

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sag

ísti

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Ext

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fect

ada

e

a ex

ten

são

to

tal

da

alte

rnat

iva Impacte

Extensão afectada

(m)

% total afectada em

relação à extensão da alternativa

Extensão afectada (m)

Fase de construção Fase de exploração

Extensão afectada (m)

Magnitude Significado Magnitude Significado

1 7850 14,14 80 2100 10030 18,07 Média Significativo Média Pouco Sig.

1A 0 0,00 0 0 0 0,00 - - - -

1B 3500 36,27 0 0 3500 36,27 Elevada Muito Sig. Elevada Significativo

1C 0 0,00 0 0 0 0,00 - - - -

2 2600 26,02 80 0 2680 26,82 Média Significativo Média Pouco Sig.

3 1030 19,62 0 0 1030 19,62 Média Significativo Média Pouco Sig.

4 0 0,00 0 0 0 0,00 - - - -

5 3000 9,06 0 2400 5400 16,30 Média Significativo Média Pouco Sig.

5.1 250 3,63 0 0 250 3,63 Média Significativo. Média Pouco Sig.

6 0 0,00 0 0 0 0,00 - - - -

7 0 0,00 0 0 0 0,00 - - - -

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6.12.2.2. Movimentos de terras

Fase de construção

A implantação do IC31, nas alternativas em análise, implica, na fase de construção, a realização de escavações e de aterros de maior ou menor dimensão em função das características orográficas da zona atravessada.

Para além do elevado valor do volume de terras movimentado, com especial destaque para a solução 1 (valores superiores a 11 milhões de m3) e para a solução 5 (mais de 6,6 milhões de m3) a alteração do relevo natural (taludes de escavação e de aterro), constitui um impacte importante pois tem influência directa ou indirecta na drenagem hídrica e atmosférica (aspecto analisado nos capítulos referentes ao Clima e aos Recursos Hídricos Superficiais), nas relações funcionais entre as diferentes tipologias de espaço intersectadas pelas diferentes soluções de traçado e na alteração da leitura visual da paisagem.

Os impactes na morfologia do terreno decorrentes da execução das obras de terraplanagem (taludes de escavação e aterro) são negativos, originados na fase de construção, imediatos, directos, permanentes, localizados, irreversíveis e certos. A sua magnitude encontra-se directamente relacionada com a altura dos taludes e o significado da relação entre a altura e extensão.

Fase de exploração

Durante a fase de exploração, os impactes sentidos na fase de construção relativos às alterações funcionais e visuais da paisagem decorrentes da modificação da morfologia natural, serão continuados pela fase de exploração.

Assim, os impactes na morfologia do terreno decorrentes da presença dos taludes de escavação e aterro, executados na fase de construção, são negativos, directos, permanentes, localizados, irreversíveis e certos. A aplicação das medidas de minimização recomendadas possibilitará uma relativa minimização do impacte durante a fase de exploração, embora não suficiente para atenuar a magnitude e significado do impacte.

No que se refere à magnitude e significado do impacte decorrente da alteração ao relevo natural considera-se não existir diferença entre as fases de construção e de exploração. Os critérios da sua quantificação são os apresentados no quadro seguinte.

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Quadro 6.12.4 - Avaliação, em termos pontuais, da magnitude e significado dos principais impactes

Alteração ao relevo natural Magnitude Significado

Altura do talude (metros)

Extensão do talude (metros)

Reduzida Média Elevada Pouco Signif.

Signif- Muito Signif.

5 a 10

<200

X

X

200 a 500 X

>500 X

10 a 20

<200

X

X

200 a 500 X

>500 X

> 20

< 50

X

X

50 a 200 X

>200 X

Nota: Quando um talude de 5 a 10 metros e/o de 10 a 20 metros integra um talude de altura superior, considera-se, para quantificação do seu significado, que a extensão corresponde ao somatório dessas duas situações.

Em termos globais de alternativa, os critérios utilizados para a classificação da magnitude e do significado foram os seguintes, para as fases de construção e de exploração:

Magnitude elevada para taludes de altura superior a 10 metros, cuja extensão é superior a 4000 m. Magnitude média para taludes de altura superior a 10 metros, cuja extensão está compreendida entre 2000 e 4000 m. Magnitude reduzida para taludes de altura superior a 10 metros, cuja extensão é inferior a 2000 m;

Impacte muito significativo quando a percentagem de taludes com altura superior a 20 metros corresponde a mais de 20% da extensão total da solução, quando os taludes de altura compreendida entre 10 e 20 metros correspondem a mais de 25% da extensão total da solução ou quando a percentagem de taludes de dimensão superior a 5 metros representa mais de 40% da extensão total da solução;

Impacte significativo quando a percentagem de taludes com altura superior a 20 metros se encontra compreendida entre 10 e 15% da extensão total da solução, quando os taludes de altura compreendida entre 10 e 20 metros se situam entre os 15 e 20% da extensão total da solução, ou quando a totalidade de taludes de altura superior a 5 metros corresponde a valores entre os 25 e 40% da extensão total da solução;

Impacte pouco significativo nas restantes situações.

Os Quadros 6.12.5 e 6.12.6 expressam os principais impactes que a nível pontual se farão sentir por solução alternativa, bem como o impacte global sobre as características paisagísticas da área atravessada, em resultado das alterações ao relevo natural decorrente da implantação do traçado de cada uma das soluções.

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Anexo 2 - Reformulação da Paisagem do EIA

30/68

Quadro 6.12.5 - Alteração ao relevo natural e localização do impacte associado

Solução Altura do talude Localização Magnitude Significado

F. const. F. explor. F. const. F. explor.

1

5 a 10 metros

km 3+150 a 5+300

Reduzida Reduzida

Muito Sig. Muito Sig

km 15+300 a 15+800

km 22+500 a 23+000

km 24+080 a 24+550

Significativo Significativo

10 a 20 metros

km 25+100 a 25+300

km 26+250 a 26+350

km 29+100 a 29+200

Média Média

Pouco Sig. Pouco Sig.

km 7+200 a 7+600

km 13+350 a 13+600

km 25+950 a 26+200

km 26+400 a 26+650

km 26+900 a 27+150

km 27+200 a 27+650

km 29+350 a 29+550

km 31+900 a 32+250

km 32+450 a 32+800

km 35+600 a 36+100

km 40+000 a 40+200

km 47+600 a 47+950

km 48+450 a 48+650

km 49+300 a 49+700

Significativo Significativo

km 9+700 a 10+300

km 23+300 a 24+000

km 34+600 a35+300

km 37+100 a 37+700

km 38+300 a 38+900

km 39+000 a 39+750

km 42+750 a 43+850

km 44+100 a 45+050

km 45+200 a 46+050

km 54+000 a 54+300

Muito Sig. Muito Sig

Superior a 20 metros

km 29+580 a 30+200

Elevada Elevada

Muito Sig. Muito Sig.

km 30+400 a 30+950

km 50+250 a 50+650

km 54+000 a 54+300

Significativo Significativo

1B

5 a 10 metros km 1+100 a 2+500

km 8+500 a 9+900 Reduzida Reduzida Muito Sig. Muito Sig.

10 a 20 metros km 3+200 a 3+700

km 6+400 a 6+850 Média Média Significativo Significativo

1C

10 a 20 metros km 29+600 a 30+100 km 31+580 a 32+000

Média Média Muito Sig Muito Sig

Superior a 20 metros km 28+500 a 29+550 km 30+450 a 31+500 km 32+200 a 32+800

Elevada Elevada Significativo Significativo

2

5 a 10 metros km 16+050 a 19+200 Reduzida Reduzida Muito Sig. Muito Sig

10 a 20 metros km 13+750 a 14+150

Média Média Significativo Significativo

km 19+500 a 20+100 Muito Sig. Muito Sig

Superior a 20 metros km 13+150 a 13+500 Elevada Elevada Significativo Significativo

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Solução Altura do talude Localização Magnitude Significado

F. const. F. explor. F. const. F. explor.

km 15+400 a 16+050

3 10 a 20 metros

km 23+300 a 23+700 km 23+750 a 24+250 km 24+300 a 24+550 km 25+650 a 26+000

Média Média Significativo Significativo

km 26+200 a 27+100 Muito Sig. Muito Sig

4

10 a 20 metros km 22+400 a 23+250

Média Média Muito Sig. Muito Sig

km 24+750 a 25+000 Significativo Significativo

Superior a 20 metros km 23+250 a 23+450 km 24+000 a 24+400

Elevada Elevada Significativo Significativo

5.1

5 a 10 metros km 22+200 a 23+000 Reduzida Reduzida Muito Sig. Muito Sig

10 a 20 metros

km 23+400 a 23+600

Média Média

Pouco Sig. Pouco Sig.

km 23+650 a 24+400 Muito Sig. Muito Sig

km 25+500 a 25+900 Significativo Significativo

Superior a 20 metros km 26+450 a 27+000 Elevada Elevada Muito Sig. Muito Sig

5

5 a 10 metros km 42+250 a 43+300 Reduzida Reduzida Muito Sig. Muito Sig

10 a 20 metros

km 25+150 a 25+300

Média Média

Pouco Sig. Pouco Sig.

km 24+650 a 25+100 km 25+400 a 25+700 km 44+200 a 44+700 km 55+650 a 56+000 km 56+600 a 56+878

Significativo Significativo

km 23+750 a 24+300 km 26+100 a 26+680 km 29+000 a 29+900 km 31+900 a 33+500 km 38+850 a 39+300 km 48+000 a 48+800 km 53+100 a 53+700

Muito Sig. Muito Sig

Superior a 20 metros km 26+800 a 27+700 km 54+450 a 55+600

Elevada Elevada Muito Sig. Muito Sig.

6 10 a 20 metros

km 39+400 a 39+750 Média Média Significativo Significativo

km 38+200 a 38+900 km 40+850 a 41+600 km 42+000 a 42+900

Muito Sig. Muito Sig.

7 10 a 20 metros km 45+750 a 46+080 Média Média Significativo Significativo

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Anexo 2 - Reformulação da Paisagem do EIA

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Quadro 6.12.6 - Extensão, em metros, de taludes em aterro e escavação, com altura superior a 5 m e a 10 m, por solução e impacte associado

So

luçã

o

Taludes de altura 5 a 10 m (extensão em m)

Taludes de altura 10 a 20 m (extensão em m)

Taludes de altura superior a 20 m

(extensão em m)

Taludes de altura

superior a 5 m

(extensão em m)

Impacte

Aterro Escav. Extensão

Total

% em relação à extensão total da alternat.

Aterro Escav. Extensão

Total

% em relação à extensão total da alternat.

Aterro Escav. Extensão

Total

% em relação à extensão total da alternat.

% em relação à extensão total da alternat.

Fase construção Fase exploração

Magnit. Signific Magnit. Signific.

1 8410 5230 13640 24,58 2395 4010 6405 11,54 100 0 100 0,18 36,30 Elevada Signific. Elevada Signific.

1A 320 0 320 16,10 0 0 0 0,00 0 0 0 0,00 16,10 Reduzida Pouco Signif

Reduzida Pouco Signif

1B 2180 690 2870 29,74 50 140 190 1,97 0 0 0 0,00 31,71 Reduzida Signific. Reduzida Signific.

1C 0 0 0 0,00 550 860 1410 24,18 0 0 0 0,00 24,18 Reduzida Signific. Reduzida Signific.

2 2130 330 2460 24,61 430 1120 1550 15,51 0 380 380 3,80 43,93 Reduzida Muito Signif

Reduzida Muito Signif

3 695 570 1265 24,10 420 600 1020 19,43 0 0 0 0,00 43,52 Reduzida Muito Signif

Reduzida Muito Signif

4 160 830 990 26,70 110 620 730 19,69 0 0 0 0,00 46,39 Reduzida Muito Signif

Reduzida Muito Signif

5 2130 5190 7320 22,10 720 2790 3510 10,60 0 0 0 0,00 32,69 Média Signific. Média Signific.

5.1 330 1030 1360 19,77 80 830 910 13,23 0 0 0 0,00 32,99 Reduzida Signific. Reduzida Signific.

6 420 1150 1570 27,61 0 360 360 6,33 0 0 0 0,00 33,94 Reduzida Signific. Reduzida Signific.

7 30 220 250 16,04 0 260 260 16,68 0 0 0 0,00 32,71 Reduzida Signific. Reduzida Signific.

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6.12.2.3. Infra-estruturas de apoio à obra

Nesta fase de projecto não existe informação suficientemente pormenorizada para uma avaliação detalhada do impacte decorrente da presença de infra-estruturas de apoio à obra. É no entanto previsível que os principais impactes, nestes parâmetros, que ocorrem exclusivamente na fase de construção, sejam decorrentes das seguintes acções:

implantação de estaleiros;

acessos à obra e movimentação de maquinaria;

depósito de terras e zonas de empréstimo.

Implantação de estaleiros

A implantação e presença dos estaleiros constituirá um impacte negativo que terá lugar apenas na fase de construção se forem aplicadas as medidas de minimização preconizadas.

Embora se desconheça a dimensão e localização dos estaleiros de obra é previsível que a sua implantação origine impactes visuais e paisagísticos resultantes da destruição do coberto vegetal, da modificação do relevo natural e da intrusão de elementos estranhos, que se destaquem na paisagem com alguma presença.

Trata-se de um impacte indirecto, temporário, localizado, reversível, certo, minimizável, pouco significativo e de magnitude média a elevada.

Acessos à obra e movimentação de maquinaria

Os acessos à obra (que deverão aproveitar caminhos existentes) e a circulação de maquinaria irão, durante a fase de construção, originar alguns impactes negativos.

Caso sejam criados novos caminhos é previsível que a sua abertura, para além de acarretar a destruição da vegetação existente e a alteração o relevo natural, origine taludes, que pela sua dimensão, possam constituir “feridas” na paisagem.

A circulação de maquinaria constituirá, por si só, um factor de intrusão visual podendo contribuir também para redução da visibilidade na zona envolvente às vias em que circulam, em consequência do aumento da concentração de poeiras no ar.

Os impactes decorrentes destas acções classificam-se como indirectos, temporários, localizados, reversíveis, certos, de magnitude média, e pouco significativos, se forem cumpridas as medidas de minimização preconizadas.

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Depósito de terras e zonas de empréstimo

Da análise da previsão dos volumes de terras a movimentar nas diferentes soluções de traçado do IC31 verifica-se que, na maioria das soluções, existe excedente de terras. Com efeito apenas as soluções 1A e 1B têm um déficit de terras.

Os volumes de terras a movimentar são apresentados, por solução, no quadro seguinte.

Quadro 6.12.7 - Balanço de terras por solução de traçado (m3)

Solução Volume de escavações Volume de aterros Balanço (Esc – Ater)

1 6 269 673 4 873 097 1 396 576

1A 32 167 152 881 - 120 714

1B 512 191 942 091 - 429 900

1C 1 090 955 648 257 442 698

2 1 847 918 1 040 856 807 062

3 869 838 516 747 353 091

4 568 604 170 205 398 399

5a 4 916 583 1 761 918 3 154 665

5.1 1 170 000 230 604 939 396

6 796 387 206 173 590 214

7 396 619 33 510 363 109

Embora não estejam ainda definidos os destinos das terras sobrantes, o que impossibilita uma caracterização detalhada do presumível impacte paisagístico associado à sua deposição, é expectável, dada a escassez de depressões artificiais decorrentes de exploração de inertes que possam funcionar como potenciais zonas de depósito de terras, que a sua deposição sobre o terreno natural dê origem a impactes de sinal negativo, indirectos, permanentes, localizados, irreversíveis, certos, minimizáveis de magnitude média a elevada e significativos.

Os depósitos de terras sobrantes, que se prevê venham a resultar de terras excedentárias irão originar impactes que, embora ocorram na fase de construção, se prolongarão também pela fase de exploração, embora com menor magnitude e significado, se forem adoptadas as medidas de minimização previstas.

6.12.2.4. Visualização da via e das estruturas associadas

Fase de construção

O traçado do IC31, nas diversas soluções em análise, atravessa áreas com diferentes tipologias morfológicas e características diversas de uso do solo, pelo que a adaptabilidade

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da plataforma da via ao terreno natural adquire ao longo do corredor situações bastante variáveis correspondendo as maiores intrusões visuais, em termos pontuais, aos viadutos, passagens superiores e taludes de dimensão superior a 20 metros.

Em termos de paisagem, num âmbito de maior abrangência, a nova infra-estrutura viária irá afectar, com especial destaque, as características visuais da paisagem das zonas na influência visual das povoações localizadas em situações que, pela grande diferença de cota, se destacam no relevo relativamente uniforme da área em análise e correspondem a pontos de vista panorâmica, nomeadamente Monsanto e Penha Garcia

Embora a extensão dos troços visíveis, a partir das zonas de maior acessibilidade visual, seja igual em ambas as fases de projecto, durante a fase de construção as acções necessárias à execução da obra, nomeadamente desmatação, movimentos de terra, construção dos viadutos, estaleiros e movimentação de maquinaria, irão originar uma maior desorganização do território da zona contígua à área de intervenção.

Será também durante a fase de construção que os impactes das soluções que aproveitam troços de vias existentes (Solução 5 / EN239) se farão sentir, já que na fase de exploração o corredor, nessas situações será praticamente o mesmo.

Considera-se por isso que durante a fase de construção a visualização da via será um impacte de sinal negativo, imediato, regional, irreversível, minimizável e a sua magnitude e significado tem relação directa com a maior ou menor intensidade de presença humana das áreas atravessadas, o que, em termos práticos, se traduz na maior extensão de troço visível.

Considerando que a classificação da magnitude e significado do impacte está, em termos visuais, relacionada com as características dos estratos de vegetação existente nos locais atravessados, o número potencial de observadores das áreas afectadas e a distância entre estes e a nova via, os critérios utilizados para a classificação da magnitude e do significado do impacte são os apresentados no quadro seguinte.

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Quadro 6.12.8 - Avaliação, em termos pontuais, da magnitude e significado dos principais impactes

Visualização da Via Magnitude Significado

Tip

olo

gia

do

s es

paç

os

inte

rsec

tad

os

Zonas abertas / revestimento do solo predominantemente do estrato herbáceo

Elevada

Zonas florestais e montados com maior densidade de coberto

Reduzida

Zonas mistas Média

Car

acte

ríst

icas

do

s p

on

tos

de

aces

sib

ilid

ade

visu

al

Auto-estradas, estradas nacionais Muito

Significativo

Aglomerados em pontos de vista dominantes

Distância à via inferior a 2000 m

Muito Significativo

Distância à via superior a 2000 m Significativo

Estradas municipais, linha de caminho de ferro e aglomerados de pequena dimensão

Pouco

Significativo

Em termos globais de alternativa os critérios utilizados para a classificação da magnitude e do significado do atravessamento de áreas agrícolas, na fase de construção, foram os seguintes:

Magnitude elevada quando a percentagem de zonas visualizadas é superior a 50% da extensão total da solução, magnitude média quando a percentagem de zonas visualizadas está compreendida entre 20% e 50% da extensão total da solução, e magnitude reduzida quando essa percentagem é inferior a 20% da extensão total da solução;

Impacte muito significativo quando a percentagem do traçado visível, em zonas com revestimento predominantemente do estrato herbáceo e sub-arbustivo (zonas abertas), é superior a 30% da extensão total da solução, impacte significativo quando a percentagem do traçado visível, em zonas com revestimento predominantemente do estrato herbáceo e sub-arbustivo (zonas abertas), está compreendida entre 15% e 30% da extensão total da solução, e impacte pouco significativo quando essa percentagem é inferior a 15% da extensão total da solução.

Fase de exploração

Na fase de exploração o impacte decorrente da visualização da via persiste embora, se forem aplicadas as medidas de minimização preconizadas, se consiga repor um maior equilíbrio e ordem ao longo da zona intervencionada.

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Considera-se que durante a fase de exploração o impacte continua a ser de sinal negativo, regional, irreversível, minimizável e a sua magnitude e significado directamente relacionada com o número de observadores existentes nas áreas atravessadas.

Quanto à classificação da magnitude e significado do impacte, considera-se que, em termos pontuais, os critérios utilizados para a fase de construção se mantêm na fase de exploração, embora em termos globais de alternativa se considere que existem pequenas diferenças, dado que a aplicação das medidas de minimização, nomeadamente o projecto de integração paisagística da via, irão concorrer para atenuar o impacte da presença da infra-estrutura:

Magnitude elevada quando a percentagem de zonas visualizadas é superior a 60% da extensão total da solução, magnitude média quando a percentagem de zonas visualizadas está compreendida entre 30% e 60% da extensão total da solução, e magnitude reduzida quando essa percentagem é inferior a 30% da extensão total da solução;

Impacte muito significativo quando a percentagem do traçado visível, em zonas com revestimento predominantemente do estrato herbáceo e sub-arbustivo (zonas abertas), é superior a 40% da extensão total da solução, impacte significativo quando a percentagem do traçado visível, em zonas com revestimento predominantemente do estrato herbáceo e sub-arbustivo (zonas abertas), está compreendida entre 20% e 40% da extensão total da solução, e impacte pouco significativo quando essa percentagem é inferior a 20% da extensão total da solução.

Os Quadros 6.12.9 e 6.12.10 explicitam os principais impactes que a nível pontual se farão sentir por solução, bem como o impacte global sobre as características paisagísticas da área atravessada, em resultado da intrusão visual decorrente da implantação do traçado de cada uma das soluções.

Quadro 6.12.9 - Visualização da plataforma e taludes da via e localização do impacte associado

Solução Localização Magnitude Significado

Fase Const./ Explor. Fase Const./ Explor.

1

Nó com o IP2 (Nó 1 S1) Elevada Muito Significativo

Nó com a EN18 (Nó 2 S1) Elevada Muito Significativo

km 0+000 a 2+500 Elevada Muito Significativo

km 4+200 a 4+800 Elevada Pouco Significativo

Nó com a EN18-7 (Nó 3 S1) Elevada Muito Significativo

Nó com a EN233 (Nó 4 S1) Média Muito Significativo

Nó com a EN353 (Nó 5 S1) Média Muito Significativo

km 18+000 a 18+500 Média Pouco Significativo

km 13+500 a 15+150 Elevada Muito Significativo

Nó com a EN353-1 (Nó 5 S1) Elevada Muito Significativo

Viaduto sobre Rio de Moinhos (V 5 S1) Elevada Muito Significativo

km 33+000 a 38+000 Média Significativo

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Solução Localização Magnitude Significado

Fase Const./ Explor. Fase Const./ Explor.

Viaduto sobre Rio Ponsul (V 7S1) Elevada Pouco Significativo

km 42+000 a 45+000 Média Pouco Significativo

km 46+000 a 50+500 Elevada Muito Significativo

km 55+000 a 55+500 Elevada Significativo

Nó com a EN240 (Nó 10 S1) Elevada Muito Significativo

1A

Nó com o IP2 (Nó 1 S1A) Elevada Muito Significativo

Nó com a EN18 (Nó 2 S1A) Elevada Muito Significativo

km 0+000 a1+988 Elevada Muito Significativo

1B

Nó com o IP2 (Nó 1 S1B) Elevada Muito Significativo

km 1+500 a 2+200 Elevada Pouco Significativo

Nó com a EN18-7 (Nó 3 S1B) Elevada Muito Significativo

km 5+500 a 6+400 Elevada Muito Significativo

Nó com a EN233 (Nó 4 S1B) Média Muito Significativo

1C Viaduto sobre Rio Ponsul (V 5 S1C) Elevada Muito Significativo

2 Nó com a EN353 (Nó 5 S2) Elevada Muito Significativo

4 Nó com a EN353-1 (Nó 6 S4) Elevada Muito Significativo

5

km 27+500 a 28+100 Reduzida Muito Significativo

km 28+100 a 29+200 Elevada Muito Significativo

km 32+000 a 36+000 Elevada Muito Significativo

Nó com a EN239 (Nó 8 S5) Média Muito Significativo

km 36+800 a 38+500 Média Muito Significativo

km 41+000 a 43+500 Elevada Muito Significativo

Nó com a EN239 (Nó 9 S5) Reduzida Muito Significativo

km 44+000 a 44+500 Reduzida Muito Significativo

km 44+500 a 47+000 Elevada Muito Significativo

km 53+500 a 54+000 Reduzida Muito Significativo

5.1

Nó com a EM557 (Nó 6 S5.1) Elevada Pouco Significativo

Nó com a EN239 (Nó 7 S5.1) Reduzida Muito Significativo

km 27+000 a 28+200 Reduzida Muito Significativo

km 28+200 a 28+680 Média Muito Significativo

6

Nó 8 S6 Média Pouco Significativo

km 41+750 a 42+500 Reduzida Muito Significativo

km 42+500 a 43+800 Elevada Muito Significativo

7 km 45+750 a 47+300 Elevada Muito Significativo

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Quadro 6.12.10 - Visualização da plataforma e taludes da via e impacte associado (síntese por solução)

Solução

Troço visível (extensão em metros e percentagem) Impacte

Zonas abertas Zonas fechadas Zonas Mistas

Extensão total visível

na alternativa

% em relação à extensão total da

alternativa

Magnitude Significado

Extensão atravessada

% em relação à extensão total da

alternativa

Extensão atravessada

% em relação à extensão total da

alternativa

Extensão atravessada

% em relação à extensão total da

alternativa

Fase de construção

Fase de exploração

Fase de construção

Fase de exploração

1 12200 21,98 2100 3,78 9500 17,12 23800 42,88 Média Média Significativo Significativo

1A 1988 100,00 0 0,00 0 0,00 1988 100,00 Elevada Elevada Muito Sig. Muito Sig.

1B 2600 26,94 0 0,00 600 6,22 3200 33,16 Média Média Significativo Significativo

1C 1500 25,72 0 0,00 0 0,00 1500 25,72 Média Reduzida Significativo Significativo

2 1500 15,01 0 0,00 0 0,00 1500 15,01 Reduzida Reduzida Significativo Pouco Sig.

3 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 Reduzida Reduzida Pouco Sig. Pouco Sig.

4 500 13,48 0 0,00 0 0,00 500 13,48 Reduzida Reduzida Pouco Sig. Pouco Sig.

5 11800 35,62 2100 6,34 0 0,00 13900 41,96 Média Média Muito Sig. Significativo

5.1 750 10,90 1950 28,34 480 6,98 3180 46,22 Média Média Pouco Sig. Pouco Sig.

6 1300 22,86 750 13,19 600 10,55 2650 46,60 Média Média Significativo Significativo

7 1250 80,18 0 0,00 0 0,00 1250 80,18 Elevada Elevada Muito Sig. Muito Sig.

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6.12.3. Impactes cumulativos

O território atravessado pelas diferentes soluções de traçado em análise apresenta pouca intervenção e uma ocupação humana relativamente baixa, não se verificando, até à data, intervenções / alterações ao uso do solo, em termos de estruturas lineares, com particular relevo na transformação das características estruturais e funcionais da paisagem.

Na zona inicial do traçado, a implantação da A23, estrutura linear existente com o mesmo tipo de características do traçado em análise, poderá induzir impactes cumulativos, fundamentalmente no âmbito das alterações à morfologia natural do terreno e uso actual do solo, factores que terão influência directa nos aspectos estruturais e visuais da paisagem.

Dada a dimensão do território atravessado pelo IC31e a relação muito marginal entre esta via e a A23, considera-se que os impactes cumulativos são pouco significativos.

6.12.4. Síntese de impactes

No Quadro 6.12.11, apresenta-se uma matriz síntese dos diversos tipos de impactes na paisagem associados às diferentes alternativas. Esta síntese tem como objectivo ter a visão conjunta das distintas acções geradoras de impacte que concorrem em simultâneo numa localização específica.

Pese embora o facto da implementação de projectos de estruturas lineares, nomeadamente as acções decorrentes da alteração ao relevo natural e da desmatação, originarem impactes ao longo de todo o corredor, nesta síntese far-se-á apenas a descrição e a avaliação dos impactes mais importantes, considerando-se que, nos troços não referenciados, por alternativa, os impactes são de significado reduzido.

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Quadro 6.12.11 - Síntese dos impactes na Paisagem

Fase Impacte Acções geradoras de

impacte Localização

Nat

ure

za

Mag

nit

ud

e

Inci

dên

cia

Du

raçã

o

Oco

rrên

cia

Dim

ensã

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l

Rev

ersi

bili

dad

e

Sig

nif

icad

o

sem

med

idas

m

itig

ado

ras

Sig

nif

icad

o

co

m m

edid

as

mit

igad

ora

s

C/E Intrusão Visual

Execução e presença de taludes de

escavação e aterro com altura superior a

10 m

Ocorrências difusas ao longo dos traçados em estudo - / Dir Per C L Irrev - - / - - - - - / -

Execução e presença de viadutos

Solução S1: km 9+220 a 9+470; 12+940 a 13+130;23+420 a 23+600; 24+740 a 25+040; 31+200 a 31+900; 37+850 a 38+180; 41+210 a 41+500.

Solução S1C: km 31+220 a 31+570.

Solução S2: km 12+930 a 12+620.

Solução S3: km 24+550 a 24+970.

Solução S4: km 23+700 a 24+000; 24+450 a 24+680.

Solução S5: km 25+720 a 25+900; 44+880 a 45+070.

Solução S5.1: km 26+220 a 26+390.

Solução S6: km 42+930 a 43+120.

- Dir Per C L Irrev - - - - / -

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Fase Impacte Acções geradoras de

impacte Localização

Nat

ure

za

Mag

nit

ud

e

Inci

dên

cia

Du

raçã

o

Oco

rrên

cia

Dim

ensã

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e

Sig

nif

icad

o

sem

med

idas

m

itig

ado

ras

Sig

nif

icad

o

co

m m

edid

as

mit

igad

ora

s

C/E Intrusão Visual

Execução e presença de passagens

superiores

Solução S1:

km 0+449; 1+866; 7+099;10+752; 14+835; 18+355; 22+598; 26+289; 27+794; 29+987; 30+392; 36+074; 40+786; 46+788; 50+068; 54+030; 55+860.

Solução S1A:

km 1+604.

Solução S1B:

km 7+652.

Solução S1C:

km 27+794; 30+000; 30+680.

Solução S2:

km 16+143; 18+188; 19+216; 21+855.

Solução S4:

km 22+576.

Solução S5:

km 26+894; 27+338; 29+683; 32+288; 36+516; 36+853; 41+722; 42+673; 43+631; 49+250; 50+283; 53+668; 56+658.

Solução S5.1:

km 22+968; 23+862; 26+715.

Solução S6:

km 41+488.

- / Dir Per C L Irrev - - - - / -

Deposição de terras sobrantes sobre terreno natural

Localizações a determinar - / Ind Per P L Rev - - - - - / -

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Fase Impacte Acções geradoras de

impacte Localização

Nat

ure

za

Mag

nit

ud

e

Inci

dên

cia

Du

raçã

o

Oco

rrên

cia

Dim

ensã

o

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l

Rev

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dad

e

Sig

nif

icad

o

sem

med

idas

m

itig

ado

ras

Sig

nif

icad

o

co

m m

edid

as

mit

igad

ora

s

C/E

Alteração nas

relações visuais

Proximidade da nova plataforma às

principais vias de circulação existentes

Solução S1:

km 9+220 a 9+470; 12+940 a 13+130; 23+420 a 23+600; 24+740 a 25+040; 31+200 a 31+900; 37+850 a 38+180; 41+210 a 41+500. Nó com o IP2 (Nó 1 S1)

Solução S1C:

km 31+220 a 31+570.

Solução S2:

km 12+930 a 12+620.

Solução S3:

km 24+550 a 24+970.

Solução S4:

km 23+700 a 24+000; 24+450 a 24+680.

Solução S5:

km 25+720 a 25+900; 44+880 a 45+070.

Solução S5.1:

km 26+220 a 26+390.

Solução S6:

km 42+500 a 43+800.

Solução S7:

km 45+750 a 47+300.

- / Dir Per C L Irrev - - - / - - - - / -

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Fase Impacte Acções geradoras de

impacte Localização

Nat

ure

za

Mag

nit

ud

e

Inci

dên

cia

Du

raçã

o

Oco

rrên

cia

Dim

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med

idas

m

itig

ado

ras

Sig

nif

icad

o

co

m m

edid

as

mit

igad

ora

s

C/E

Alteração nas

relações Visuais

Terraplanagens e presença da nova via a partir de pontos de

vista dominantes

Solução S1: km 33+000 a 38+000; 42+000 a 45+000.

Solução S5: km 36+800 a 38+500; 44+500 a 47+000.

- / Dir Per C L Irrev - - - / - - - -

Alteração na

Estrutura da

Paisagem

Alteração ao uso do solo decorrente da

desmatação

Solução S1: km 4+800 a 5+500; 9+500 a 12+500; 12+750 a 13+750; 17+750 18+400; 23+500 a 24+100; 43+600 a 45+700.

Solução S1B: km 6+500 a 9+200.

Solução S2: km 12+800 a 13+900; 18+700 a 19+300; 19+700 a 20+600.

Solução S3: km 24+550 a 24+970.

Solução S5: km 28+100 a 28+700.

- / Dir Per C L Irrev - - - / - - - - / -

Deposição de terras sobrantes sobre terreno natural

Localizações a determinar - / Ind Per P L Rev - - - - - / -

Destruição de trechos de paisagem com

interesse paisagístico

Solução S1: km 15+600 a 17+700.

Solução S5: km 34+700 a 37+100.

- / Dir Per C L Irrev - - - / - - - - / -

Fase: C (construção), E (exploração) Natureza: Positiva (+), Negativa (-) Magnitude: Elevada (●●●), Média (●●), Reduzida (●)

Incidência: Directa (Dir), Indirecta (Ind) Duração: Permanente (Per), Temporário (Temp) Probabilidade de ocorrência: Certa (C), Provável (P), Incerta (I)

Dimensão Espacial: Local (L), Regional (R), Nacional / Supra-nacional (N)

Reversibilidade: Reversível (Rev), Irreversível (Irrev)

NA: Não aplicável

Significado: Pouco significativo (- /+), Significativo (-- / ++), Muito significativo (--- / +++)

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7. MEDIDAS DE MITIGAÇÃO

7.12. Paisagem

7.12.1. A incorporar no Projecto de Execução

Para a fase de preparação prévia à execução da obra propõe-se o cumprimento da medida nº 5 incluída no documento da APA “Medidas de Minimização Gerais da Fase de Construção” (indicadas no subcapítulo 7.1) que permita esbater e minimizar os impactes negativos da obra e assegurar a integração da via na paisagem envolvente, tendo em consideração que:

Ao longo de toda a área se implementem as seguintes intervenções de ordem geral:

O estabelecimento de medidas cautelares que assegurem a protecção do solo arável em toda a área de intervenção. Nesse sentido deverá proceder-se, ao longo do traçado, nas áreas sujeitas a movimentos de terras, à decapagem da camada superficial do solo arável (terra viva) em profundidade variável dependendo das características pedológicas das áreas atravessadas;

Deverá ser preservada e protegida através de vedações, a vegetação arbórea e arbustiva existente na faixa de expropriação que se localize em áreas não sujeitas a movimentos de terras. Deverá ser dado cuidado à vegetação existente com estatuto especial de protecção (sobreiros);

Na restante área – zona de desmatação – a vegetação arbórea e arbustiva existente deverá ser tratada de modo a que se possa aproveitar todo o material vegetal, à excepção dos toros de maior dimensão destinados a venda de madeira, para a formação de composto. Deverá ser avaliada em fase de Projecto de Execução a utilização desses materiais escassilhados que misturados com terra constituem o composto nas zonas de solos mais pobres em matéria orgânica;

Modelação dos taludes de aterro e de escavação, de modo a que se estabeleça a continuidade com o terreno natural. Nesse sentido deverá proceder-se ao adoçamento da crista e base dos taludes, criando um talude de perfil sinusoidal, com menor tendência ao ravinamento, a partir da crista, e com condições mais favoráveis à instalação da vegetação;

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Anexo 2 - Reformulação da Paisagem do EIA

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O revestimento vegetal dos taludes e das áreas expropriadas, através de hidrossementeiras de espécies herbáceas e arbustivas, deverá ser efectivado com a maior celeridade possível, de modo a favorecer uma rápida cobertura vegetal das áreas intervencionadas, promovendo assim o combate à erosão das superfícies inclinadas bem como a sua eficaz estabilização. Para além da hidrossementeira deverá também recorrer-se à plantação de árvores e de arbustos.

As espécies vegetais a utilizar deverão ser seleccionadas de entre as da flora local e/ou bem adaptadas às condições edafo-climáticas presentes.

Os atravessamentos de áreas de maior sensibilidade visual e paisagística, nomeadamente de zonas ocupadas com vegetação identificada como de valor paisagístico, trechos de paisagem com maior interesse paisagístico e locais de maior acessibilidade visual deverão ser objecto de intervenção mais pormenorizada. Também o enquadramento e a integração paisagística de viadutos e das passagens superiores e inferiores deverá ser alvo de particular atenção. Para estas zonas as medidas de minimização a implementar são por tipologia de espaço as seguintes:

Atravessamento de áreas ocupadas com vegetação de interesse paisagístico:

o Restabelecimento das galerias ripícolas através da plantação de espécies, arbóreas e arbustivas, que integram o ecossistema designado por mata ribeirinha, efectuado de forma a estabelecer a continuidade com a galeria ripícola da zona envolvente.

Galerias ripícolas a restabelecer:

Solução Localização

1 Aproximadamente ao km 20+000 (Vale da ribª de Oledo)

2 Aproximadamente ao km 18+500 (Vale da ribª de Oledo)

o Criação de zonas de orla, nos atravessamentos de montados de sobro e carvalhais. Estas zonas de ecotone deverão ser constituídas por espécies que integrem a associação da formação vegetal atravessada. O esquema de plantação a adoptar deverá recriar situações diversificadas, em termos visuais e ecológicos, que se aproximem o mais possível das condições naturais.

De forma a compensar o abate de vegetação deste tipo deverá proceder-se, nas zonas de menor valor ecológico à plantação dos novos taludes com sobreiros, no estrato arbóreo, utilizando arbustos da respectiva associação para constituir o sub-bosque.

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Na plantação destas zonas deverá ter-se em consideração as medidas compensatórias definidas no Decreto-Lei nº 169/2001 de 25 de Maio com as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei nº 155/2004 de 30 de Junho.

Orlas a implementar:

Solução Localização

1 km 4+800 a 5+500; km 8+000 a 9+000; km 9+500 a 12+500;km 12+750 a 13+750; km 16+400 a 16+700; km 17+750 a 18+400;km 19+100 a 19+500; km 23+500 a 24+100; km 43+600 a 45+700

1B km 6+500 a 9+200

2 km 12+800 a 13+900; km 18+700 a 19+300; km 19+700 a 20+600

3 km 23+400 a 24+050; km 28+200 a 28+680

5 km 23+750 a 24+050; km 28+100 a 28+700; km 30+450 a 31+000;km 37+100 a 37+250; km 37+400 a 37+600; km 37+700 a 37+800;km 38+000 a 38+500; km 46+500 a 46+700; km 47+100 a 47+500

5.1 km 23+450 a 23+700

Atravessamentos de trechos de paisagem de maior interesse paisagístico:

o Restabelecimento dos limites dos campos agrícolas e respectivas sebes de compartimentação através da plantação, recorrendo a espécies da flora local.

Trechos de paisagem de maior interesse paisagístico:

Solução Localização

1 km 17+000 a 17+700

5 km 30+200 a 31+500; km 34+700 a 37+100

Zonas de maior acessibilidade visual:

o Reforço das plantações arbóreas e arbustivas, ao longo dos taludes, de modo a atenuar a presença da nova infra-estrutura viária.

Nestas zonas as plantações arbóreas e arbustivas deverão ser dispostas predominantemente em maciços, mais ou menos naturalizados de forma a criar volumes de dimensão e altura diversificada que contribuam para cortar a horizontalidade da plataforma e dos taludes da nova via.

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Anexo 2 - Reformulação da Paisagem do EIA

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Troços de via mais visíveis. Zonas reforçar com plantação:

Solução Localização

1

Nó com o IP2 (Nó 1 S1); Nó com a EN12 (Nó 2 S1); km 0+000 a 2+500;km 4+200 a 4+800; Nó com a EN18-7 (Nó 3 S1); Nó com a EN233 (Nó 4 S1);Nó com a EN353 (Nó 5 S1); km 13+500 a 15+150; Nó com a EN353-1 (Nó 5 S1); Viaduto sobre rio de Moinhos (V 5 S1); Viaduto sobre rio Ponsul (V 7 S1);km 46+000 a 50+500; km 55+000 a 55+500; Nó com a EN353 (Nó 10 S1)

1A Nó com o IP2 (Nó 1 S1); Nó com a EN12 (Nó 2 S2); km 0+000 a 1+988

1B Nó com o IP2 (Nó 1 S1); km 1+500 a 2+200; Nó com a EN18-7 (Nó 3 S1B);km 5+500 a 6+400

1C Viaduto sobre rio Ponsul (V 5 S1C)

2 Nó com a EN353 (Nó 5 S2)

4 Nó com a EN353-1 (Nó 6 S4)

5 km 28+100 a 29+200; km 32+000 a 36+000; Nó com a EN239 (Nó 8 S5); km 36+800 a 38+500; km 41+000 a 43+500; km 44+500 a 47+000

5.1 Nó com a EM557 (Nó 6 S5.1); km 28+200 a 28+680

6 km 42+500 a 43+800

7 km 45+750 a 47+300

Viadutos e Passagens Superiores e Inferiores:

Reforço da plantação arbórea e arbustiva nos taludes dos encontros dos viadutos com o terreno natural, bem como nos taludes contíguos às passagens inferiores e superiores;

Nestas zonas a disposição das plantações deverá ser de forma a criar volumes consistentes que enquadrem os taludes dos encontros da via com os restabelecimentos e/ou com as obras de arte;

Nas zonas sob os viadutos, exceptuando os taludes dos encontros, deverá ser restabelecido o uso anteriormente existente e nas zonas em que estas obras de arte se implantem sobre linhas de água deverá ser implementada (ou criada) a galeria ripícola, que nos taludes de menor altura, poderá ser constituída exclusivamente por espécies arbustivas características desses ecossistemas;

Nas situações em que haja maior acessibilidade visual deverá ser, caso exista espaço disponível, proposta a plantação de faixas (arbóreas e arbustivas) não contínuas, com desenvolvimento paralelo à obra de arte, de forma a atenuar a sua presença.

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7.12.2. Fase de construção da obra

Para além das medidas n.º 7, 8, 9, 11 e 14 a 21, 23, 54 e 55 incluídas no documento da APA “Medidas de Minimização Gerais da Fase de Construção” e indicadas no subcapítulo 7.1, deverá ser assegurado o seguinte:

Nos casos em que a deposição de terras ocorra sobre o terreno natural, terão que ser garantidos os seguintes aspectos:

a altura máxima dos depósitos não deverá exceder os 7 m;

os taludes deverão apresentar inclinações suaves, não superiores a 1/5 (V/H);

deverá ser efectuado o boleamento da crista dos taludes e concordância com o terreno natural na sua base;

deverá ser efectuada a cobertura dos relevos artificiais criados com terra vegetal, com plantação e sementeira de espécies adequadas, características da flora local.

7.12.3. Fase de exploração

Manutenção e conservação de todas as áreas semeadas e plantadas, envolventes à via, propostas no projecto de enquadramento e integração paisagística.

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IC31 – Castelo Branco / Monfortinho Estudo de Impacte Ambiental – Aditamento

Anexo 2 - Reformulação da Paisagem do EIA

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8. ANÁLISE COMPARATIVA DE ALTERNATIVAS DE TRAÇADO

8.12. Paisagem

8.12.1. Introdução

Tendo em conta os principais impactes na paisagem e com vista à comparação das alternativas, procede-se seguidamente à sua avaliação quantitativa baseada nos factores de impacte mais importantes:

Dimensão dos taludes;

Afectação de vegetação com valor paisagístico;

Extensão do troço visível;

Afectação de áreas (ha) de média, elevada ou muito elevada qualidade visual na bacia visual de cada uma das alternativas;

Afectação da rede de drenagem natural;

Para cada um destes parâmetros é medida a extensão afectada em cada uma das soluções em alternativa.

8.12.2. Dimensão dos taludes

A comparação deste parâmetro foi feita com base na análise dos perfis longitudinais, ao eixo da via, para todas as soluções, tendo sido agrupadas as alterações ao relevo (taludes de escavação e de aterro) em três categorias (5 – 10 metros , 10 – 20 m, e > 20 m).

Os metros lineares de escavação e de aterro ao longo do traçado, para cada uma das alternativas previstas, foram medidos e ponderados de acordo com os valores apresentados no quadro seguinte.

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Quadro 8.12.1 - Valores de ponderação para o critério dimensão dos taludes

Talude Altura Peso

Aterro e/ou Escavação 5 a 10 m 1

Aterro 10 a 20 m 2

Escavação 10 a 20 m 3

Aterro > 20 m 4

Escavação > 20 m 5

Consideraram-se apenas taludes de dimensão superior a 5 metros de altura por ser os que apresentam já altura significativa face às características topográficas presentes na paisagem atravessada pelas alternativas em análise. A diferença de ponderação entre taludes de aterro e de escavação de altura superior a 10 metros decorre do facto de se verificar uma maior facilidade no revestimento vegetal dos taludes de aterro que, embora constituam sempre uma barreira, se forem objecto de uma modelação adequada e tratamento vegetal integram-se mais facilmente na paisagem.

No Quadro 8.12.2 apresentam-se os valores ponderados relativos ao critério “dimensão dos taludes”.

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Quadro 8.12.2 - Valores ponderados relativos ao critério “Dimensão dos Taludes”

Alternativa

Aterro Escavação

Ext

ensã

o T

ota

l

To

tal

Po

nd

erad

o

5 a 10 m 10 a 20 m superiores a 20 m 5 a 10 m 10 a 20 m superiores a 20 m

Extensão (m) Valor ponder. Extensão (m) Valor ponder. Extensão (m) Valor ponder. Extensão (m) Valor ponder. Extensão (m) Valor ponder. Extensão (m) Valor ponder.

Troço Poente

P1 2590 2590 220 440 0 0 705 705 160 640 0 0 3675 4375

P2 2910 2910 220 440 0 0 705 705 160 640 0 0 3995 4695

P3 2180 2180 50 100 0 0 690 690 140 560 0 0 3060 3530

Troço Central

C1 1090 1090 80 160 0 0 455 455 0 0 0 0 1625 1705

C2 2128 2128 430 860 0 0 330 330 1120 4480 380 1900 4388 9698

Troço Nascente

N1 4729 4729 2095 4190 100 300 4065 4065 385 1540 0 0 11374 14824

N2 2979 2979 1650 3300 100 300 4695 4695 2410 9640 0 0 11834 20914

N3 3329 3329 2010 4020 100 300 3385 3385 3890 15560 0 0 12714 26594

N4 4324 4324 2035 4070 0 0 3350 3350 4060 16240 0 0 13769 27984

N5 2574 2574 1590 3180 0 0 3980 3980 2620 10480 0 0 10764 20214

N6 2924 2924 1950 3900 0 0 2670 2670 4100 16400 0 0 11644 25894

N7 4610 4610 2285 4570 100 300 3945 3945 4150 16600 0 0 15090 30025

N8 2860 2860 1840 3680 100 300 4575 4575 2710 10840 0 0 12085 22255

N9 3210 3210 2200 4400 100 300 3265 3265 4190 16760 0 0 12965 27935

N10 4205 4205 2225 4450 0 0 3230 3230 4360 17440 0 0 14020 29325

N11 2455 2455 1780 3560 0 0 3860 3860 2920 11680 0 0 11015 21555

N12 2805 2805 2140 4280 0 0 2550 2550 4400 17600 0 0 11895 27235

N13 2540 2540 830 1660 0 0 5540 5540 2890 11560 0 0 11800 21300

N14 4620 4620 2205 4410 100 300 4360 4360 4360 17440 0 0 15645 31130

N15 2870 2870 1760 3520 100 300 4990 4990 2920 11680 0 0 12640 23360

N16 3220 3220 2120 4240 100 300 3680 3680 4400 17600 0 0 13520 29040

N17 4215 4215 2145 4290 0 0 3645 3645 4570 18280 0 0 14575 30430

N18 2465 2465 1700 3400 0 0 4275 4275 3130 12520 0 0 11570 22660

N19 2815 2815 2060 4120 0 0 2965 2965 4610 18440 0 0 12450 28340

N20 2330 2330 650 1300 0 0 5465 5465 2130 8520 0 0 10575 17615

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Na comparação deste parâmetro constata-se o seguinte:

Na secção Poente a alternativa P3 é a mais vantajosa e a alternativa P2 a mais desfavorável.

Na secção Central a alternativa C1 é nitidamente a mais favorável.

Na secção Nascente a alternativa N1 é a mais favorável seguida da N2 e as alternativas N14, N17 e N7 são as menos vantajosas.

8.12.3. Afectação de vegetação e trechos de paisagem com interesse paisagístico

Para a comparação deste item foram medidas as extensões em que as diferentes soluções atravessam áreas ocupadas por vegetação arbórea e arbustiva com interesse ecológico e paisagístico, nomeadamente montados e galerias ripícolas. Foi também medido o comprimento dos trechos de paisagem com interesse paisagístico (envolvente a Oledo e a Monsanto) que serão interceptados por cada uma das alternativas.

A ponderação atribuída é apresentada no quadro seguinte.

Quadro 8.12.3 - Valores de ponderação do critério “afectação de vegetação e trechos de paisagem com interesse paisagístico”

Ocorrências Peso

Montados 2

Galerias ripícolas 1

Trechos de paisagem com interesse 3

Embora qualquer das ocorrências tenha elevado valor ecológico e paisagístico considerou-se que a perda dos trechos de paisagem com interesse paisagístico é a que apresenta maior dificuldade em minimizar uma vez que a via terá, nestas zonas, uma forte intrusão visual.

No Quadro 8.12.4 apresentam-se os valores ponderados relativos ao critério “Afectação de vegetação e trechos de paisagem com interesse paisagístico”.

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Quadro 8.12.4 - Valores ponderados relativos ao critério “afectação de vegetação e trechos de paisagem com interesse paisagístico”

Alt

ern

ativ

a

Montado Galeria ripícola Trechos de paisagem com

especial interesse

To

tal

Po

nd

erad

o

Extensão (m)

Valor ponder.

Extensão (m)

Valor ponder.

Extensão (m)

Valor ponder.

Troço Poente

P1 1370 2740 0 0 0 0 2740

P2 1370 2740 0 0 0 0 2740

P3 1725 3450 0 0 0 0 3450

Troço Central

C1 1225 2450 60 60 2100 6300 8810

C2 1115 2230 60 60 0 0 2230

Troço Nascente

N1 3580 7160 0 0 0 0 7160

N2 2640 5280 0 0 0 0 5280

N3 3585 7170 0 0 0 0 7170

N4 3440 6880 0 0 0 0 6880

N5 2500 5000 0 0 0 0 5000

N6 3445 6890 0 0 0 0 6890

N7 3240 6480 0 0 0 0 6480

N8 2300 4600 0 0 0 0 4600

N9 3245 6490 0 0 0 0 6490

N10 3100 6200 0 0 0 0 6200

N11 2160 4320 0 0 0 0 4320

N12 3105 6210 0 0 0 0 6210

N13 2980 5960 0 0 2400 7200 13160

N14 3120 6240 0 0 0 0 6240

N15 2180 4360 0 0 0 0 4360

N16 3125 6250 0 0 0 0 6250

N17 2980 5960 0 0 0 0 5960

N18 2040 4080 0 0 0 0 4080

N19 2985 5970 0 0 0 0 5970

N20 2815 5630 0 0 2400 7200 12830

Na comparação deste parâmetro, constata-se o seguinte:

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Em relação à secção Poente as alternativas P1 e P2 são mais favoráveis relativamente à alternativa P3;

Na secção Central a alternativa C2 é claramente a mais favorável;

Relativamente à secção Nascente a alternativa N18 é a mais favorável, seguida das alternativas N11, N15 e N8. As alternativas menos vantajosas são as N13 e N20.

8.12.4. Extensão do troço visível

Para a análise comparativa do grau de afectação deste parâmetro foi medida, para cada uma das diferentes soluções alternativas, a extensão de via que se prevê venha a ficar mais exposta visualmente, tendo como pontos de acessibilidade visual as vias de comunicação automóvel e as zonas construídas.

A medição destas áreas foi elaborada separadamente em função do tipo de ocupação do solo que se encontra presente nas zonas em que se prevê que venha a existir visualização da via, diferenciando-se as seguintes situações:

Zonas abertas que correspondem aos espaços onde o revestimento do solo é predominantemente do estrato herbáceo;

Zonas fechadas que correspondem às manchas florestais e aos montados /pinhais mansos com maior densidade de coberto;

Zonas mistas ou seja aquelas em que existe uma diversidade de usos o que se traduz numa situação em que coexistem zonas abertas com distintos graus de permeabilidade visual.

A ponderação atribuída é a apresentada no quadro seguinte.

Quadro 8.12.5 - Valores de ponderação do critério “extensão do troço visível”

Visualização Peso

Zonas abertas 3

Zonas fechadas 1

Zonas mistas 2

Nesta análise comparativa não foram consideradas as situações que correspondem a alargamento de vias existentes excepto quando existem alterações ao traçado.

No Quadro 8.12.6 apresentam-se os valores ponderados relativos ao critério “extensão do troço visível”.

Quadro 8.12.6 - Valores ponderados relativos ao critério “extensão do troço visível”

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Na comparação deste parâmetro constata-se o seguinte:

Na secção Poente a alternativa P3 é a mais vantajosa e a alternativa P1 a mais desfavorável.

Alt

ern

ativ

a Zonas visíveis

To

tal

P

on

der

ado

Zonas abertas Zonas fechadas Zonas mistas

Extensão (m)

Valor ponder.

Extensão (m)

Valor ponder. Extensão (m) Valor ponder.

Troço Poente

P1 3500 10500 0 0 500 1000 11500

P2 3230 9690 0 0 500 1000 10690

P3 2600 7800 0 0 600 1200 9000

Troço Central

C1 0 0 0 0 100 200 200

C2 1500 4500 0 0 0 0 4500

Troço Nascente

N1 8200 24600 0 0 8000 16000 40600

N2 5550 16650 1250 1250 5600 11200 29100

N3 5450 16350 500 500 8000 16000 32850

N4 8700 26100 0 0 7900 15800 41900

N5 5500 16500 1250 1250 5500 11000 28750

N6 5450 16350 500 500 7900 15800 32650

N7 8700 26100 0 0 8000 16000 42100

N8 5550 16650 1250 1250 5600 11200 29100

N9 5450 16350 500 500 8000 16000 32850

N10 8700 26100 0 0 7900 15800 41900

N11 5550 16650 1250 1250 5500 11000 28900

N12 5450 16350 500 500 7900 15800 32650

N13 13300 39900 2100 2100 0 0 42000

N14 9200 27600 0 0 8000 16000 43600

N15 6050 18150 1250 1250 5600 11200 30600

N16 5405 16215 500 500 8000 16000 32715

N17 9200 27600 0 0 7900 15800 43400

N18 6050 18150 1250 1250 5500 11000 30400

N19 5950 17850 500 500 7900 15800 34150

N20 13150 39450 3495 3495 480 960 40600

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Na secção Central a alternativa C1 é nitidamente a mais favorável.

Na secção Nascente as alternativas N5 e N11 são as mais favoráveis e as alternativas N14 e N17 são as menos vantajosas.

8.12.5. Afectação visual de áreas (ha) de média, elevada ou muito elevada qualidade visual na bacia visual da alternativa

Do cruzamento da Carta de Qualidade Visual com a bacia visual de cada uma das alternativas gerada a partir do traçado até uma distância de 4 km calculou-se para cada alternativa as áreas (em hectares) das manchas de qualidade visual média, elevada e muito elevada que iriam ser afectadas visualmente e que constam do quadro seguinte:

Quadro 8.12.7 - Qualidade visual. Afectação de áreas na bacia visual

Alternativa

Qualidade Visual da Paisagem

Área total da bacia visual (ha)Média Elevada Muito Elevada

Áreas afectadas (ha)

Troço Poente

P1 697,19 0,25 - 4305,44

P2 796,25 0,25 - 4755,44

P3 244,25 0,19 - 2766,07

Troço Central

C1 145,38 1,56 - 3010,19

C2 243,13 1,69 - 4149,76

Troço Nascente

N1 1747,13 204,00 21,63 10494,7

N2 1883,19 211,69 22,81 10926,07

N3 1809,56 205,63 22,63 10816,88

N4 1760,63 211,13 21,94 10718,33

N5 1897,56 219,06 23,13 11169,94

N6 1823,88 213,00 22,94 11050,45

N7 1756,44 203,19 21,63 10529,26

N8 1892,5 210,88 22,81 10960,63

N9 1818,88 204,81 22,63 10851,45

N10 1776,38 210,31 21,94 10839,44

N11 1913,31 218,25 23,13 11291,07

N12 1839,63 212,19 22,94 11171,57

N13 2545,88 253,94 27,06 11139,01

N14 1745,94 204,25 21,63 10535,51

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Alternativa

Qualidade Visual da Paisagem

Área total da bacia visual (ha)Média Elevada Muito Elevada

Áreas afectadas (ha)

Troço Poente

N15 1881,94 211,94 22,81 10967,44

N16 1808,38 205,88 22,63 10857,7

N17 1759,31 211,38 21,94 10757,82

N18 1896,25 219,31 23,13 11209,44

N19 1822,56 213,25 22,94 11089,94

N20 2543,44 253,94 27,06 12126,94

Apesar dos valores que constam no Quadro 8.12.7. da análise da cartografia elaborada constata-se que a alternativas se desenvolvem predominantemente em áreas de baixa qualidade visual. Assim, e de acordo com a metodologia de comparação de alternativas efectuada para os outros descritores, comparou-se a extensão que o traçado de cada uma das alternativas irá afectar as distintas classes de qualidade visual presentes.

Para cada uma das classes de qualidade visual foi atribuído um peso sendo aplicada a seguinte ponderação:

Qualidade visual muito elevada – peso 4;

Qualidade visual elevada – peso 2;

Qualidade visual média – peso 1;

Qualidade visual baixa – peso 0.

No Quadro 8.12.8 apresentam-se os valores ponderados relativos ao critério “Afectação da qualidade visual”.

Na comparação deste parâmetro constata-se o seguinte:

Na secção Poente a alternativa P3 é a mais vantajosa;

Na secção Central a alternativa C1 é a mais vantajosa;

Na secção Nascente as alternativa N7, N10, N14 e N17 são as mais favoráveis e as alternativas N20 e N13 são as menos vantajosas.

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Quadro 8.12.8 - Valores ponderados relativos ao critério “afectação da qualidade visual”

Alt

ern

ativ

a

Qualidade Visual da Paisagem

Média Elevada Muito elevada

Valor total pond. Extensão em

metros Val. pond.

Extensão em metros

Val. pond. Extensão em

metros Val. pond.

Troço Poente

P1 2000 2000 0 0 0 0 2000

P2 1375 1375 0 0 0 0 1375

P3 265 265 0 0 0 0 265

Troço Central

C1 390 390 25 50 0 0 440

C2 700 700 25 50 0 0 750

Troço Nascente

N1 375 375 0 0 0 0 375

N2 790 790 0 0 0 0 790

N3 745 745 0 0 0 0 745

N4 380 380 0 0 0 0 380

N5 795 795 0 0 0 0 795

N6 745 745 0 0 0 0 745

N7 275 275 0 0 0 0 275

N8 690 690 0 0 0 0 690

N9 645 645 0 0 0 0 645

N10 275 275 0 0 0 0 275

N11 645 645 0 0 0 0 645

N12 615 615 0 0 0 0 615

N13 4500 4500 0 0 0 0 4500

N14 275 275 0 0 0 0 275

N15 695 695 0 0 0 0 695

N16 645 645 0 0 0 0 645

N17 275 275 0 0 0 0 275

N18 690 690 0 0 0 0 690

N19 690 690 0 0 0 0 690

N20 4500 4500 25 50 0 0 4550

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8.12.6. Afectação da rede de drenagem natural

Embora ao longo das distintas alternativas sejam afectadas inúmeras linhas de drenagem natural, neste parâmetro consideraram-se apenas as linhas de água constantes no Índice de Classificação Decimal das Linhas de Água (DGRAH, 1981)

Para cada uma dessas linhas de água foi medido o comprimento afectado pela plataforma da via bem como pelos taludes laterais, atribuindo-se a este parâmetro os seguintes pesos:

Linhas de água de 2ª ordem (rio Ponsul) – peso 4;

Linhas de água de 3ª e 4ª ordem – peso 2;

Linhas de água atravessadas em viaduto – peso 1.

No Quadro 8.12.9 apresentam-se os valores ponderados relativos ao critério “Afectação da rede de drenagem natural”.

Na comparação deste parâmetro constata-se o seguinte:

Na secção Poente a alternativa P3 é a mais vantajosa;

Na secção Central as alternativas apresentam igual valor;

Na secção Nascente a alternativa N1 é a mais favorável e as alternativas N13 e N20 são as menos vantajosas.

Quadro 8.12.9 - Valores ponderados relativos ao critério “afectação da rede de drenagem natural”

Alt

ern

ativ

a Linhas de água de 2ª Ordem Linhas de água de 3ª e 4ª Ordem Total

Aterro Viaduto Aterro Viaduto

Comp. (m)

Val. Pond.

Comp. (m)

Val. Pond.

Comp. (m)

Val. Pond.

Comp. (m)

Val. Pond.

Val. Pond.

Troço Poente

P1 0 0 0 0 150 300 0 0 300

P2 0 0 0 0 150 300 0 0 300

P3 0 0 0 0 100 200 0 0 200

Troço Central

C1 0 0 0 0 100 200 0 0 200

C2 0 0 0 0 100 200 0 0 200

Troço Nascente

N1 0 0 50 50 250 500 150 150 700

N2 0 0 50 50 450 900 150 150 1100

N3 0 0 50 50 400 800 150 150 1000

N4 0 0 50 50 300 600 150 150 800

N5 0 0 50 50 450 900 150 150 1100

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Alt

ern

ativ

a Linhas de água de 2ª Ordem Linhas de água de 3ª e 4ª Ordem Total

Aterro Viaduto Aterro Viaduto

Comp. (m)

Val. Pond.

Comp. (m)

Val. Pond.

Comp. (m)

Val. Pond.

Comp. (m)

Val. Pond.

Val. Pond.

Troço Poente

N6 0 0 50 50 400 800 150 150 1000

N7 0 0 50 50 300 600 150 150 800

N8 0 0 50 50 450 900 150 150 1100

N9 0 0 50 50 400 800 150 150 1000

N10 0 0 50 50 300 600 150 150 800

N11 0 0 50 50 450 900 150 150 1100

N12 0 0 50 50 400 800 150 150 1000

N13 0 0 50 50 550 1100 50 50 1200

N14 0 0 50 50 300 600 150 150 800

N15 0 0 50 50 450 900 150 150 1100

N16 0 0 50 50 400 800 150 150 1000

N17 0 0 50 50 300 600 150 150 800

N18 0 0 50 50 450 900 150 150 1100

N19 0 0 50 50 400 800 150 150 1000

N20 0 0 50 50 550 1100 50 50 1200

8.12.7. Síntese da comparação

Para sintetizar os aspectos analisados na comparação de alternativas elaboram-se seguidamente quadros em que se agrupa, por solução alternativa, os parâmetros considerados como os mais significativos para a comparação dos impactes.

No Quadro 8.12.10 apresenta-se o valor total ponderado que corresponde ao somatório directo de todos os itens analisados. No segundo quadro (Quadro 8.12.11) esses valores são novamente ponderados pela importância relativa da forma como cada uma das acções concorre para a alteração das características paisagísticas da área atravessada.

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Quadro 8.12.10 - Valor total dos impactes na Paisagem por alternativa

Alt

ern

ativ

a Movimentos de terras

Afectação de vegetação

com interesse

paisagístico

Afectação da rede de

drenagem natural

Visualização da via Afectação da qualidade

visual da paisagem

Total

Escavação Aterro De

nívelEm

viaduto Zonas

abertasRestantes

áreas Média Elevada

Muito Elevada

Troço Poente

P1 1345 3030 2740 300 0 10500 1000 2000 0 0 20915

P2 1345 3350 2740 300 0 9690 1000 1375 0 0 19800

P3 1250 2280 3450 200 0 7800 1200 265 0 0 16445

Troço Central

C1 455 160 8810 200 0 0 200 390 50 0 10265

C2 6710 860 2230 200 0 4500 0 700 50 0 15250

Troço Nascente

N1 5605 9219 7160 500 200 24600 16000 375 0 0 63659

N2 14335 6579 5280 900 200 16650 12450 790 0 0 57184

N3 18945 7649 7170 800 200 16350 16500 745 0 0 68359

N4 19590 8394 6880 600 200 26100 15800 380 0 0 77944

N5 14460 5754 5000 900 200 16500 12250 795 0 0 55859

N6 19070 6824 6890 800 200 16350 16300 745 0 0 67179

N7 20545 9480 6480 600 200 26100 16000 275 0 0 79680

N8 15415 6840 4600 900 200 16650 12450 690 0 0 57745

N9 20025 7910 6490 800 200 16350 16500 645 0 0 68920

N10 20670 8655 6200 600 200 26100 15800 275 0 0 78500

N11 15540 6015 4320 900 200 16650 12250 645 0 0 56520

N12 20150 7085 6210 800 200 16350 16300 615 0 0 67710

N13 17100 4200 13160 1100 100 39900 2100 4500 0 0 82160

N14 21800 9330 6240 600 200 27600 16000 275 0 0 82045

N15 16670 6690 4360 900 200 18150 12450 695 0 0 60115

N16 21280 7760 6250 800 200 16215 16500 645 0 0 69650

N17 21925 8505 5960 600 200 27600 15800 275 0 0 80865

N18 16795 5865 4080 900 200 18150 12250 690 0 0 58930

N19 21405 6935 5970 800 200 17850 16300 690 0 0 70150

N20 13985 3630 12830 1100 100 39450 4455 4500 50 0 80100

Da análise do quadro anterior constata-se o seguinte:

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Na secção Poente a alternativa P3 é a mais favorável e a alternativa P1 a menos vantajosa;

Na secção Central a alternativa C1 é nitidamente a mais favorável;

Na secção Nascente a alternativa N5 é a mais favorável seguida das alternativas N11, N2 e N8. As alternativas menos vantajosas são a N13 e a N14.

Apesar do quadro apresentado permitir já uma comparação das alternativas entre si, considera-se que, dada a proximidade de alguns dos valores e a importância relativa de uns em face de outros, é importante ponderar os parâmetros analisados e calcular um coeficiente de relação entre eles.

Para efeitos de ponderação considerou-se que:

O impacte da visualização da via e a afectação da qualidade visual constitui uma importante alteração nas características paisagísticas do espaço afectado, sendo esta tanto mais significativa quanto maior a amplitude visual e a qualidade visual da paisagem;

A presença dos taludes pode em grande parte das situações ser atenuável, embora com maior dificuldade nas zonas de escavação de grande dimensão;

A afectação do uso do solo (trechos de paisagem com interesse e manchas de vegetação com interesse ecológico e paisagístico), implica alterações nas relações produção/protecção, e consequentemente no equilíbrio ecológico da paisagem;

A afectação de linhas de água tem implicações não só nos padrões de drenagem hídrica mas também na drenagem atmosférica.

Com base no anteriormente referido, a ponderação atribuída a cada um dos parâmetros analisados foi a apresentada no quadro seguinte.

Quadro 8.12.11 – Valor de ponderação para cada um dos parâmetros analisados

Parâmetro analisado Peso atribuído

Troço em escavação 2

Troço em aterro 1

Afectação de vegetação com interesse 3

Afectação da rede de drenagem natural (de nível) 2

Afectação da rede de drenagem natural (em viaduto) 1

Troço visível em zonas abertas 3

Troço visível nas restantes áreas 2

Afectação de áreas de média qualidade visual 1

Afectação de áreas de elevada qualidade visual 2

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Para calcular o coeficiente de relação entre os valores de um mesmo parâmetro, transformaram-se os valores obtidos para uma escala decimal, tendo sido atribuído o valor 10 (dez) ao mais elevado, calculando os outros proporcionalmente.

Do cruzamento entre o parâmetro analisado, a proporcionalidade de afectação e o peso atribuído, obtém-se para cada uma das soluções em análise os valores presentes no Quadro 8.12.12.

Da análise efectuada, verifica-se o seguinte:

Na Secção Poente, a alternativa P3 é a mais vantajosa sendo a alternativa P1 a menos favorável;

Na Secção Central, a alternativa C1 é a mais favorável;

Na Secção Nascente, as alternativas mais favoráveis são a N5 e a N11 enquanto que as menos favoráveis são as alternativas N20 e N13 seguidas da N14, N7 e N17.

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Quadro 8.12.12- Impactes na paisagem: valor global ponderado por alternativa

Alt

ern

ativ

a Taludes de escavação Taludes de aterro

Afectação de vegetação com interesse paisagístico

Troço visível Afectação de linhas de drenagem natural Qualidade visual da paisagem / Afectação de áreas

na bacia visual

To

tal p

on

der

ado

Ap

reci

ação

glo

bal

Zonas abertas Restantes áreas De nível Em viaduto Média Elevada

Pes

o

Val

or

atri

bu

ído

Val

or

po

nd

erad

o

Pes

o

Val

or

atri

bu

ído

Val

or

po

nd

erad

o

Pes

o

Val

or

atri

bu

ído

Val

or

po

nd

erad

o

Pes

o

Val

or

atri

bu

ído

Val

or

po

nd

erad

o

Pes

o

Val

or

atri

bu

ído

Val

or

po

nd

erad

o

Pes

o

Val

or

atri

bu

ído

Val

or

po

nd

erad

o

Pes

o

Val

or

atri

bu

ído

Val

or

po

nd

erad

o

Pes

o

Val

or

atri

bu

ído

Val

or

po

nd

erad

o

Pes

o

Val

or

atri

bu

ído

Val

or

po

nd

erad

o

Troço Poente

P1

2

10 20

1

9,04 9,04

3

7,94 23,83

3

10 30

2

8,33 16,66

2

10 20

1

0 0

1

10 10

2

0 0 129,53 - -

P2 10 20 10 10 7,94 23,83 9,23 27,69 8,33 16,66 10 20 0 0 6,88 6,88 0 0 125,06 - -

P3 9,29 18,58 6,81 6,81 10 30 7,43 22,29 10 20 6,67 13,34 0 0 1,33 1,33 0 0 112,35 +

Troço Central

C1 2

0,68 1,36 1

1,86 1,86 3

10 30 3

0 0 2

10 20 2

10 20 1

0 0 1

5,57 5,57 2

10 20 98,79 +

C2 10 20 10 10 2,53 7,59 10 30 0 0 10 20 0 0 10 10 10 20 117,59 - - -

Troço Nascente

N1

2

2,56 5,12

1

9,72 9,72

3

5,44 16,32

3

6,17 18,51

2

9,7 19,4

2

4,55 9,1

1

10 10

1

0,83 0,83

2

0 0 89 -

N2 6,54 13,08 6,94 6,94 4,01 12,04 4,17 12,51 7,55 15,1 8,18 16,36 10 10 1,76 1,76 0 0 87,79 -

N3 8,64 17,28 8,07 8,07 5,45 16,34 4,1 12,3 10 20 7,27 14,54 10 10 1,66 1,66 0 0 100,19 --

N4 8,94 17,88 8,85 8,85 5,23 15,68 6,54 19,62 9,58 19,16 5,45 10,9 10 10 0,84 0,84 0 0 102,93 --

N5 6,6 13,2 6,07 6,07 3,8 11,4 4,14 12,42 7,42 14,84 8,18 16,36 10 10 1,77 1,77 0 0 86,06 +

N6 8,7 17,4 7,2 7,2 5,24 15,71 4,1 12,3 9,88 19,76 7,27 14,54 10 10 1,66 1,66 0 0 98,57 -

N7 9,33 18,66 10 10 4,92 14,77 6,54 19,62 9,7 19,4 5,45 10,9 10 10 0,61 0,61 0 0 103,96 --

N8 7,03 14,06 7,22 7,22 3,5 10,49 4,17 12,51 7,55 15,1 8,18 16,36 10 10 1,53 1,53 0 0 87,27 -

N9 9,13 18,26 8,34 8,34 4,93 14,79 4,1 12,3 10 20 7,27 14,54 10 10 1,43 1,43 0 0 99,66 -

N10 9,43 18,86 9,13 9,13 4,71 14,13 6,54 19,62 9,58 19,16 5,45 10,9 10 10 0,61 0,61 0 0 102,41 --

N11 7,09 14,18 6,35 6,35 3,28 9,85 4,17 12,51 7,42 14,84 8,18 16,36 10 10 1,43 1,43 0 0 85,52 +

N12 9,19 18,38 7,47 7,47 4,72 14,16 4,1 12,3 9,88 19,76 7,27 14,54 10 10 1,37 1,37 0 0 97,98 -

N13 7,8 15,6 4,43 4,43 10 30 10 30 1,27 2,54 10 20 5 5 10 10 0 0 117,57 ---

N14 9,94 19,88 9,84 9,84 4,74 14,22 6,92 20,76 9,7 19,4 5,45 10,9 10 10 0,61 0,61 0 0 105,61 ---

N15 7,6 15,2 7,06 7,06 3,31 9,94 4,55 13,65 7,55 15,1 8,18 16,36 10 10 1,54 1,54 0 0 88,85 -

N16 9,71 19,42 8,19 8,19 4,75 14,25 4,06 12,18 10 20 7,27 14,54 10 10 1,43 1,43 0 0 100,01 --

N17 10 20 8,97 8,97 4,53 13,59 6,92 20,76 9,58 19,16 5,45 10,9 10 10 0,61 0,61 0 0 103,99 --

N18 7,66 15,32 6,19 6,19 3,1 9,3 4,55 13,65 7,42 14,84 8,18 16,36 10 10 1,53 1,53 0 0 87,19 -

N19 9,62 19,24 7,32 7,32 4,54 13,61 4,47 13,41 9,88 19,76 7,27 14,54 10 10 1,53 1,53 0 0 99,41 -

N20 6,38 12,76 3,83 3,83 9,75 29,25 9,89 29,67 2,7 5,4 10 20 5 5 10 10 10 20 135,91 ---

= Alternativas equivalentes

+ Alternativa(s) mais favorável

- Alternativa(s) ligeiramente menos favoráveis

- - Alternativa(s) menos favoráveis

- - - Alternativa(s) muito menos favoráveis

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