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ANDRÉ GILSON DESOTI LUCAS RAMBO ESTUDO DE CASO DA APLICAÇÃO DA CONTABILIDADE GERENCIAL NA EMPRESA DE OFICINA MECÂNICA TOLEDO, PR. 2013

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ANDRÉ GILSON DESOTI

LUCAS RAMBO

ESTUDO DE CASO DA APLICAÇÃO DA CONTABILIDADE GERENCIAL NA

EMPRESA DE OFICINA MECÂNICA

TOLEDO, PR.

2013

1

ANDRÉ GILSON DESOTI

LUCAS RAMBO

ESTUDO DE CASO DA APLICAÇÃO DA CONTABILIDADE GERENCIAL NA

EMPRESA DE OFICINA MECÂNICA

Trabalho de Conclusão de Curso, do

Curso de Ciências Contábeis, da

Faculdade Sul Brasil, exigido como

requisito parcial para obtenção do

Título de Bacharel.

Orientador (a): Profª Es. Edina Carine

de S. Kinzler

TOLEDO, PR.

2013

2

ANDRÉ GILSON DESOTI

LUCAS RAMBO

ESTUDO DE CASO DA APLICAÇÃO DA CONTABILIDADE GERENCIAL NA

EMPRESA DE OFICINA MECÂNICA

Trabalho de Conclusão de Curso de Ciências Contábeis, da Faculdade Sul Brasil, FASUL,

exigido como requisito parcial para obtenção do Título de Bacharel, sob orientação da

Professora Es. Edina Carine de S. Kinzler considerado _________________________ pela

Banca Examinadora, com a nota ___________.

FOLHA DE APROVAÇÃO

____________________________________________________

Profº Es. Edina Carine de S. Kinzler

Orientador - FASUL

_____________________________________________________

Profª Me. Leandro de Araújo Crestani

Avaliador

_____________________________________________________

Profº Es. Elizabete Pitol

Avaliador

Toledo, 23 de Novembro de 2013.

3

DEDICATÓRIA

Dedicamos este trabalho a Deus, a nossas

famílias, aos professores que nos auxiliaram e

nos apoiaram na elaboração, principalmente ao

Prof. Leandro de Araújo Crestani e a

orientadora Edina Carine de Souza Kinzler, ao

Claudecir e Voldomiro que nos forneceram as

informações de sua empresa. Aos colegas de

turma com quem pudemos dividir estes anos de

graduação, pelas amizades, parcerias e

companheirismo.

4

AGRADECIMENTOS

A Deus, pela vida oferecida.

Aos nossos familiares, pela compreensão

quando das inúmeras ausências durante o

tempo de graduação.

Aos colaboradores, que nos possibilitaram

estudar, contribuindo para nosso crescimento.

Aos Professores do Curso, pela partilha dos

saberes.

5

“Dificilmente existirá alguma coisa neste

mundo, que alguém não possa fazer um

pouco pior e vender um pouco mais barato

e as pessoas que consideram preço somente

são as suas merecidas vítimas” (John

Ruskin).

6

RESUMO

O objetivo deste trabalho de conclusão de curso foi mostrar a importância da contabilidade

gerencial para empresas de pequeno porte, pois é uma ferramenta de grande importância na

tomada de decisões. A contabilidade gerencial gera informações necessárias que auxiliam

diversas áreas dentro de uma empresa, fazendo com que as decisões sejam tomadas com mais

segurança para que a mesma se torne mais competitiva e possa crescer no mercado, que hoje

em dia, esta cada vez mais difícil de competir devido à falta de informações. Este trabalho de

conclusão de curso foi realizado em uma oficina mecânica onde foi implantado um sistema.

Nesta mesma oficina mecânica anteriormente a contabilidade era realizada manualmente e

sem qualquer controle. A empresa também se encontrava em desequilíbrio gerencial, que se

estendia desde o custo da prestação de serviço oferecido ao controle de estoque, custo de

mercadorias, controle e administração das informações sistematizadas. Para auxiliar a

empresa, foram feitas pesquisas bibliográficas, onde foram aprofundados alguns temas de

grande importância para a empresa, que são: contabilidade gerencial, análises de balanço,

formação de preços, e com menos ênfase, custos, estoques e sistemas de informação. Dessa

forma, foi necessário implementar métodos de acordo com outros autores e correlacioná-los

ao atual estado da empresa. Concluindo, espera-se que o administrador da empresa tenha

conhecimento de contabilidade gerencial para tomar as decisões mais oportunas,

proporcionando uma visão ampla e panorâmica de sua empresa. Neste contexto, o mesmo

pode utilizar todas as ferramentas que a contabilidade gerencial pode oferecer, possibilitando

assim, agir de acordo com as ameaças internas e externas, a fim de elevar a rentabilidade do

seu empreendimento.

Palavras – chave: Contabilidade gerencial; Custos; Controle; Contabilidade Financeira.

7

ABSTRACT

The aim of this work conclusion of course was to show the importance of management

accounting for small business, because it is an important tool in decisions making. The

management accounting generates information necessary that assist several areas within of a

business, so that the decisions are taken with more securely for that the same becomes more

competitive and grow sup in the market, which today is increasingly difficult of to compete

for lack of information. This course conclusion work was carried out in a mechanical

workshop where was deployed a system. In this same mechanical workshop the previously

accounting was done manually and without any control. The company was also in unbalanced

managerial, that extended from the cost of service delivery offered to inventory control, cost

of goods, control and administration of systematized information. To assist the business, were

made bibliographic searches, where were deepened some topics of great importance to the

company, which are: managerial accounting, balance sheet analysis, price formation, and with

less emphasis, costs, stocks and information systems. Thus, was necessary methods

implement according to other authors and correlate them with the current state of the

company. Concluding, it is expected that the company administrator has knowledge of

managerial accounting to make the decisions more timely, providing a broad and panoramic

vision of your company. In this context, the same can use all the tools that management

accounting can offer, thus enabling act according to the internal and external threats, in order

to raise the profitability of your business venture.

Keywords: Managerial Accounting; Costs Accounting; Control; Financial Accounting.

8

Lista de quadros

QUADRO 1 Características básicas da contabilidade financeira e gerencial.............................. 22

QUADRO 2 – Balanço financeiro gerencial dos exercícios de 2011 e 2012 – ATIVO .............. 44

QUADRO 3 – Balanço financeiro gerencial dos exercícios de 2011 e 2012 – PASSIVO ......... 45

QUADRO 4 – Demonstração de resultado dos períodos 2011 e 2012 – DR .............................. 46

QUADRO 5 – Preços das peças................................................................................................... 64

QUADRO 6 – Diferença do preço das peças em porcentagem comparando as empresas

pesquisadas com a empresa estudada ........................................................................................... 64

QUADRO 7 – Preço da Mão de obra .......................................................................................... 66

QUADRO 8 – Diferença do preço da Mão de obra em porcentagem comparando as empresas

pesquisadas com a empresa estudada ........................................................................................... 67

QUADRO 9 – Preço Total ........................................................................................................... 68

QUADRO 10 – Diferença do preço da peça mais a Mão de obra em porcentagem

comparando as empresas pesquisadas com a empresa estudada .................................................. 68

9

Lista de Gráficos

GRÁFICO 1 – Índice de liquidez corrente período 2011 e 2012................................................ 46

GRÁFICO 2 – Índice de liquidez seca período, 2011 e 2012 ..................................................... 47

GRÁFICO 3 – Índice de liquidez imediata, período 2011 e 2012 .............................................. 48

GRÁFICO 4 – Índice de liquidez geral, período 2011 e 2012 .................................................... 49

GRÁFICO 5 – Índice de PMRE, período 2011 e 2012 ............................................................... 50

GRÁFICO 6 – Índice de PMRE, período 2011 e 2012 ............................................................... 52

GRÁFICO 7 – Índice de PMRE, período 2011 e 2012 ............................................................... 53

GRÁFICO 8 – Taxa de retorno sobre investimento (TRI) 2011 e 2012 ..................................... 54

GRÁFICO 9 – Taxa de retorno sobre patrimonio líquido (TRPL) 2011 e 2012 ........................ 55

GRÁFICO 10 – Margem líquida 2011 e 2012 ............................................................................ 56

GRÁFICO 11 – Giro do ativo, 2011 e 2012 ............................................................................... 57

GRÁFICO 12 – Participação de capital de terceiros sobre recursos totais, 2011 e 2012 ........... 58

GRÁFICO 13 – Endividamento geral, 2011 e 2012 ................................................................... 59

GRÁFICO 14 – Garantia de capital de terceiros, 2011 e 2012 ................................................... 60

GRÁFICO 15 – Composição de endividamento, 2011 e 2012 ................................................... 61

GRÁFICO 16 – Preço da peça .................................................................................................... 65

GRÁFICO 17 – Preço da Mão de obra. ...................................................................................... 67

GRÁFICO 18 – Preço Total ........................................................................................................ 69

10

LISTA DE SIGLAS

PMRV - Prazo médio de recebimento de vendas

PMPC - Prazo médio de pagamento de compras

PMRE - Prazo médio de renovação de estoques

CMV – Custo da mercadoria vendida

TRI - Taxa de retorno sobre investimentos

TRPL - Taxa de retorno sobre patrimonio liquido

PL – Patrimônio liquido

PCT – Passivo circulante total

RT – Recursos totais

ELP – exigível à longo prazo

PC – Passivo circulante

UEPS – ultimo a entrar, primeiro a sair

PEPS – primeiro a sair, primeiro a entrar

DR – Demonstração de resultado

11

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ......................................................................................................................... 13

1 A IMPORTÂNCIA DA CONTABILIDADE GERENCIAL PARA AS EMPRESAS

DE PEQUENO PORTE ............................................................................................................ 16

1.1 CONTABILIDADE GERENCIAL E A FUNÇÃO DE CRIAÇÃO DE VALOR ................ 17

1.2 CONTABILIDADE GERENCIAL E GESTÃO ESTRATÉGICA ...................................... 17

1.3 ATITUDES E CARACTERÍSTICAS DO CONTADOR GERENCIAL .............................. 19

1.4 DIFERENÇA ENTRE CONTABILIDADE GERENCIAL E CONTABILIDADE

FINANCEIRA ............................................................................................................................. 20

1.5 INDICADORES ECONÔMICO-FINANCEIROS ................................................................ 23

1.6 OBJETIVOS DOS INDICADORES ECONÔMICO-FINANCEIROS ................................. 23

1.6.1 Índices de liquidez ou Indicadores de capacidade de pagamento ....................................... 24

1.6.1.1 Liquidez corrente .............................................................................................................. 24

1.6.1.2 Liquidez seca .................................................................................................................... 24

1.6.1.3 Liquidez imediata ............................................................................................................. 25

1.6.1.4 Liquidez geral ................................................................................................................... 25

1.6.2 Índices de atividade ............................................................................................................. 26

1.6.2.1 Prazo médio de recebimento (PMRE) .............................................................................. 27

1.6.2.2 Prazo médio de pagamento de compras (PMPC) ............................................................. 27

1.6.2.3 Prazo médio de renovação de estoques (PMRE) .............................................................. 28

1.6.3 Índices de rentabilidade ....................................................................................................... 28

1.6.3.1 Taxa de retorno sobre investimentos (TRI) ..................................................................... 29

1.6.3.2 Taxa de retorno sobre patrimonio liquido (TRPL) ........................................................... 29

1.6.3.3 Margem líquida ................................................................................................................ 30

1.6.3.4 Giro do ativo ..................................................................................................................... 30

1.6.4 Índices de endívidamento .................................................................................................... 30

1.6.4.1 Participação de capital de terceiros sobre recursos totais ................................................. 31

1.6.4.2 Endívidamento geral ......................................................................................................... 31

1.6.4.3 Garantia de capital de terceiros ........................................................................................ 32

1.6.4.4 Composição de endívidamento ......................................................................................... 32

1.7 CONTABILIDADE DE CUSTOS ......................................................................................... 32

1.7.1 Estoques ............................................................................................................................... 34

1.7.2 Formação de preço de venda ............................................................................................... 34

12

1.7.2.1 Formação de preço de venda a partir do custo e sua validade .......................................... 35

1.7.2.2 Formação de preços de venda a partir do custeio por absorção ....................................... 35

1.7.2.3 Formação de preço de vendas a partir do custeio direto/variável ..................................... 36

1.7.2.4 Formação de preços de venda a partir dos custos de transformação ................................ 36

1.7.2.5 Formação de preços de venda a partir do mercado .......................................................... 36

1.7.3 Mão de obra ......................................................................................................................... 37

2 METODOLOGIA ................................................................................................................... 39

3 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS .................................................................. 43

3.1 ÍNDICES DE LIQUIDEZ ..................................................................................................... 46

3.1.1 Liquidez corrente ................................................................................................................. 46

3.1.2 Liquidez seca ...................................................................................................................... 47

3.1.3 Liquidez imediata ............................................................................................................... 48

3.1.4 Liquidez geral ..................................................................................................................... 49

3.2 ÍNDICES DE ATIVIDADE .................................................................................................. 50

3.2.1 Prazo médio de renovação de estoque – PMRE ................................................................. 50

3.2.2 Prazo médio de recebimento vendas – PMRV ................................................................... 51

3.2.3 Prazo médio de pagamento de fornecedores – PMPF ........................................................ 52

3.3 ÍNDICES DE RENTABILIDADE ........................................................................................ 53

3.3.1 Taxa de retorno sobre investimentos (TRI) ........................................................................ 53

3.3.2 Taxa de retorno sobre patrimonio liquido (TRPL) ............................................................. 54

3.3.3 Margem líquida .................................................................................................................. 55

3.3.4 Giro do ativo ....................................................................................................................... 56

3.4 ÍNDICES DE ENDÍVIDAMENTO ...................................................................................... 57

3.4.1 Participação de capital de terceiros sobre recursos totais ................................................... 57

3.4.2 Endividamento geral ........................................................................................................... 58

3.4.3 Garantia de capital de terceiros .......................................................................................... 59

3.4.4 Composição de endividamento ........................................................................................... 60

3.5 Implantação de um sistema eletrônico ................................................................................... 61

3.6 ESTOQUE ............................................................................................................................. 62

3.7 Preços de Venda e Mão de Obra ........................................................................................... 63

2 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................................. 71

REFERÊNCIAS ........................................................................................................................ 73

ANEXOS .................................................................................................................................... 76

13

INTRODUÇÃO

A Contabilidade gerencial é de suma importância dentro de qualquer organização,

pois por meio dela são repassadas informações financeiras para a administração onde é

realizado planejamentos, controle e avaliação da organização.

Temos como tema central aperfeiçoar a contabilidade gerencial, aprimorando

controle financeiro, custo da prestação de serviço, estoque.

Este trabalho de conclusão de curso tem por objetivo adquirir conhecimento na área

de contabilidade gerencial e apresentando algumas noções sobre custos que será implantado

em uma empresa com o decorrer do tempo, mostrando que a empresa esta cada vez mais

preocupada em seu atendimento aos clientes e colaboradores, buscando sempre melhorar seus

produtos e serviços para atender todas as necessidades.

A contabilidade gerencial deve oferecer todas suas ferramentas para a empresa.

Possui como principal objetivo adotar vários outros temas da contabilidade como:

contabilidade de custos, contabilidade financeira, entre outros, onde eles são tratados em um

conjunto único, envolvendo vários processos, tais como, identificação, análises, interpretação

de dados, controle e muitos outros, que uma empresa necessita muito nos dias de hoje.

Com a competitividade que cerca as empresas, é fundamental que elas adotem um

sistema de organização com técnicas de gestão mais especializada. A contabilidade gerencial

ajuda na produção de informações úteis aos administradores.

Para facilitar o entendimento da contabilidade gerencial, é importante que se saiba o

papel da contabilidade. Segundo Ribeiro (2003, p. 19) “a contabilidade uma ciência que

possibilita, por meio de suas técnicas, o controle permanente do patrimônio das empresas.

Assim sendo, pode-se dizer que a contabilidade estuda, controla e observa o patrimônio de

uma empresa”.

Visto que na empresa estudada ainda não há um método eficaz para realizar qualquer

tipo de controle, seja financeiro ou de estoque, é necessário realizar uma renovação no

sistema organizacional da mesma. Começando pela contabilidade gerencial, que se torna uma

ferramenta de suma importância para seus administradores, pois fornece à eles as informações

necessárias para obterem bons resultados com sucesso.

A contabilidade gerencial está relacionada tanto ao fornecimento de informações ao

seus administradores, ou seja, àqueles que estão dentro da empresa e são responsáveis pela

direção e controle de suas operações, quanto à contabilidade financeira, que por sua vez é

14

responsável em fornecer informações àqueles que estão de fora da organização, como

credores, acionistas.

Dessa forma, a contabilidade gerencial deve fazer uma ponte entre as ações locais

dos administradores da empresa e a lucratividade da mesma, para que consigam analisar e

saber qual decisão tomar.

Outro tema relevante para um bom funcionamento da empresa é a contabilidade de

custos, a qual fornece informações gerenciais para que os diversos níveis da administração

sejam capazes de planejar, controlar e decidir com maior eficiência e eficácia.

Hoje em dia, muitas empresas exercem atividades sem saber o verdadeiro lucro

obtido pela produção e venda de um produto ou de um serviço. Para um bom andamento da

empresa, é necessário ter um controle, sabendo de todos os custos da empresa, podendo assim

formar um valor exato que cubra todos os custos e ainda gere uma certa lucratividade. Daí a

importância da contabilidade de custos, que torna esse processo possível.

A administração financeira também exerce um papel de grande importância na

empresa, pois ela tem como objetivo maximizar a riqueza da empresa através da boa

administração dos recursos financeiros. Como obter e onde aplicar esses recursos é a

atividade principal do administrador financeiro.

Para atingir este objetivo o administrador preocupa-se também com a administração

do capital de giro e com os resultados, que são expressos nas demonstrações financeiras.

A empresa estudada encontra-se em dificuldade com a administração do controle

financeiro, resultando diacronia em recebimentos e pagamentos, assim sendo necessária a

disponibilidade de capital de giro.

A partir dessa discussão, a questão que orienta esta pesquisa exploratória é: Qual a

contribuição da contabilidade gerencial no andamento da empresa? Como ter um controle

financeiro eficaz?.

A contabilidade gerencial fornece as informações necessárias para um melhor

resultado na empresa, também auxiliando na tomada de decisões. É necessário uma ótima

administração financeira que saiba gerir os recursos, para aumentar a riqueza da empresa.

O objetivo geral deste trabalho de conclusão de curso é organizar a empresa como

um todo a fim de possibilitar um melhor gerenciamento de seus recursos, assim como,

orientar a empresa para que saiba como maximizar os lucros.

Tendo como objetivos específicos:

Descrever os conceitos de contabilidade gerencial, financeira e custos;

Viabilizar formas de controle gerencial que tragam melhores resultados;

15

Identificar os principais problemas enfrentados pela empresa, para que possa

ter uma gestão mais eficaz;

Contudo o trabalho de conclusão de curso buscou apresentar a importancia da

contabilidade gerencial, financeira e também sobre custos, tanto de mercadorias quanto de

prestação de serviço, demonstrando o conceito, os pareceres dos autores, e como podemos

aplicar isso dentro da empresa trazendo melhores resultados.

16

1 A IMPORTÂNCIA DA CONTABILIDADE GERENCIAL PARA AS EMPRESAS

DE PEQUENO PORTE

Desde o início a contabilidade vem passando por diversas mudanças até os dias atuais,

porém a cada dia que passa está ganhando força e mostrando a sua importância no mercado.

Dentro dela está a contabilidade gerencial que é um dos ramos que mais cresce nos últimos

anos, por fornecer ferramentas de gestão aos administradores de empresas, que necessitam

dessas ferramentas para poder competir no mercado atual.

A pesquisa tem como perspectivas apresentar os conceitos da contabilidade gerencial,

mostrando qual a sua importância para empresa no momento da tomada de decisão. A partir

disso também serão conceituados a contabilidade de custos e financeira que auxiliarão a

gestão da empresa.

Conforme Padoveze (2010, p. 33):

A contabilidade gerencial pode ser caracterizada, superficialmente, como um

enfoque especial conferido a varias técnicas e procedimentos contábeis já

conhecidos e tratados na contabilidade financeira, na contabilidade de custos, na

analise financeira e de balanços etc., colocados numa perspectiva diferente, num

grau de detalhe mais analítico ou numa forma de apresentação e classificação

diferenciada, de maneira a auxiliar os gerentes das entidades em seu processo

decisório.

Para Crepaldi (2004, p. 20) a contabilidade gerencial, “é voltada para a melhor

utilização dos recursos econômicos da empresa, através de um adequado controle dos insumos

efetuados por um sistema de informação gerencial”.

Segundo Garrison (2007, p. 5) “Além de um planejamento para o futuro, os

administradores estão encarregados de supervisionar as atividade do dia-a-dia e manter o

funcionamento regular da organização”. Sendo assim é necessário que eles consigam motivar

as pessoas ao seu redor como os funcionários por exemplo, pois precisam resolver conflitos

muitas vezes, distribuir tarefas, tomar decisões que envolvem clientes e funcionários, isto se

torna uma rotina para administração. Porém dados da contabilidade gerencial tais como

relatórios de vendas diários são utilizados muitas vezes para resolver conflitos entre clientes e

vendedores no dia-a-dia.

17

1.1 CONTABILIDADE GERENCIAL E A FUNÇÃO DE CRIAÇÃO DE VALOR

No mercado atual a missão nas entidades empresariais é a criação de valor, onde é

realizado um processo de informação gerado pela contabilidade para que as empresas

consigam alcançar suas missões. Com o passar dos tempos foram criados estágios novos que

suprissem as necessidades dos estágios anteriores, esses estágios estão relacionados à geração

e criação de valor na contabilidade gerencial (PADOVEZE, 2010).

Conforme Padoveze (2010, p. 34) são eles:

Estágio 1 – Antes de 1950, o foco era na determinação do custo e controle

financeiro, através do uso das tecnologias de orçamento e contabilidade de custos;

Estágio 2 – Por volta de 1965, o foco foi mudado para o fornecimento de informação

para o controle e planejamento gerencial, através do uso de tecnologias tais como

análise de decisão e contabilidade por responsabilidade;

Estágio 3 – Por volta de 1985, a atenção foi focada na redução do desperdício de

recursos usados nos processos de negócios, através do uso das tecnologias de análise

do processo e administração estratégica de custos;

Estágio 4 – Por volta de 1995. A atenção foi mudada para a geração ou criação de

valor através do uso efetivo dos recursos, através do uso de tecnologias tais como

exame dos direcionadores de valor ao cliente, valor para o acionista, e inovação

organizacional.

A contabilidade gerencial de criação de valor tem então por objetivo centrar-se na

geração de lucros empresariais para seus proprietários. No linguajar financeiro, o dinheiro que

é aplicado em máquinas, terrenos, estoques e mão de obra, como o passar dos tempos quando

começa a vender a empresa gera dinheiro, isto quer dizer, lucros para seus sócios ou

acionistas. Como podemos também citar essa então é a base para criação de valor: “A

finalidade da empresa é a criação de valor para seu proprietário” (PADOVEZE, 2010, p. 35).

1.2 CONTABILIDADE GERENCIAL E GESTÃO ESTRATÉGICA

O contador gerencial busca fornecer ferramentas necessárias para administração da

empresa forma estratégica que auxiliarão a mesma para que as tomadas de decisões sejam

tomadas de maneira correta com auxilio de um sistema de informação que atendas as

necessidades necessárias da empresa.

“O estágio atual da contabilidade gerencial está centrado nas atividades e sistemas de

informações de monitoramento da estratégia” (PADOVEZE, 2010, p. 37).

Este novo estágio que foi criado por volta de 2000, tem por objetivo incorporar a

contabilidade gerencial nas atividades de disponibilização e controle de sistemas de

18

informações, para que possa assim ser feito um monitoramento da estratégia, com a

implantação, de sistemas de informação que servirão para análise do ambiente empresarial,

tanto interno quanto externo, para que o planejamento estratégico identifique as oportunidades

e ameaças fazendo um confronto com os pontos fortes e fracos da empresa (PADOVESE,

2010).

Para Marques (2004), é importante que além de implantada a informação contábil ela

seja útil para as pessoas que fazem parte da administração da empresa, pois hoje o que uma

empresa busca é a excelência empresarial, para que possa competir no mercado. Para isso é

necessário ter uma rotina das informações contábeis gerenciais, assim para realizar a

contabilidade gerencial na empresa precisa-se fazer um sistema de informação gerencial e um

operacional, assim poderá atender todas as necessidades da empresa.

Neste trabalho serão usadas as informações com intuito de mostrar as quantidades de

materiais que foram usados, a mão de obra e o tempo das máquinas que serão usados no

serviço.

Para Crepaldi (2004, p. 20), “a contabilidade é uma atividade fundamental na vida

econômica [...], pois uma vez que há recursos escassos, temos que escolher entre as melhores

alternativas”.

Conforme Marques (2004, p. 85):

A contabilidade gerencial, desenvolve há muito tempo, um papel de controlador das

informações necessárias, que torne a organização uma força de análise e tomada de

decisões nos fatores mais preponderantes e importantes na nossa administração.

Isto nos mostra que a contabilidade gerencial sempre foi de extrema importância e

cada dia que passa e ganha mais força nos auxílios para uma boa administração, para a

empresa manter-se competitiva no mercado.

Segundo Padoveze (2010, p. 47):

Para os administradores que buscam a excelência empresarial, uma informação,

mesmo que útil, só é desejável se conseguida a um custo adequado e interessante

para a entidade [...] o sistema de informação gerencial exige planejamento para

produção dos relatórios, para atender plenamente aos usuários.

Após conhecer a empresa deve-se fazer um levantamento de todo histórico da

empresa, para que possa ver quais seus pontos fortes e seus pontos fracos, após isso, formar

relatórios para fornecer ao administrador onde deve ser melhorado e onde a empresa mesmo

com resultados positivos pode melhorar ainda mais seus desempenhos.

19

Segundo Crepaldi (2004, p. 22), o contador gerencial pela IFAC – Federação

Internacional de Contabilidade, como um profissional que: “Identifica, mede, acumula,

analisa, prepara, interpreta, e relata informações, tanto financeiras como operacionais”. Sendo

que esses meios serão utilizados para administração de uma empresa, seja no seu

planejamento, na avaliação e controle das atividades.

O contador gerencial deve trabalhar muito para garantir que o administrador tome as

melhores decisões estratégicas, deve-se saber o que a empresa precisa de imediato e o que ela

vai precisar mais tarde, criando questões fundamentais em toda empresa, e encontrando as

respostas corretas para determinadas perguntas (CREPALDI, 2004).

Conforme visto, são vários os campos que a contabilidade gerencial abrange, sendo

assim, serão aplicadas todas essas técnicas para que as mesmas possam contribuir na tomada

de decisões corretas, podendo assim auxiliar os administradores. Ela mostra ao administrador

como sua empresa está se comportando tanto no ambiente interno quanto no ambiente

externo.

1.3 ATITUDES E CARACTERÍSTICAS DO CONTADOR GERENCIAL

Para Ludícibus (1998, p. 22), uma das características que distinguem o bom contador

gerencial de outros profissionais ligados à área da contabilidade, diríamos que a fundamental

é saber tratar, refinar e apresentar de maneira clara, resumida e operacional dados esparsos

contidos nos registros da contabilidade financeira, de custos etc., bem como juntar tais

informes com outros conhecimentos não especificamente ligados à área contábil, para suprir a

administração em seu processo decisório.

Segundo Dias (2005):

o termo contador gerencial não é novo. A contabilidade gerencial surgiu após a

revolução industrial, que ocorreu no século XVIII, devido a necessidade de levantar

os custos do valor do processo de conversão de Mão de obra e materiais em novos

produtos.

Por exemplo, um contador de custos, muitas vezes pelo fato de não ser exposto à

contabilidade gerencial em nenhum momento, ao apurar as variações entre custo orçado e

real, ele se limita a informar tais variações e incluí-las ou não na demonstração de resultados.

20

Já um contador gerencial vai utilizar essas variações até o extremo grau possível de

detalhe, para poder discernir quais as áreas que merecem uma investigação maior, pelo fato

das variações apuradas (IUDÍCIBUS, 1998).

Sendo assim é necessário que um contador gerencial tenha uma formação bastante

ampla, que tenha conhecimentos e técnicas para que resultados possam ser alcançados com

métodos quantitativos, deve estar a par de conceitos de economia, deve saber observar como

os administradores reagem ao terem contato com relatórios contábeis, por exemplo, pois o que

os empresários querem é algo simplificado de fácil entendimento para tomada de decisões.

Entretanto é preciso saber que este cargo ou função não existe na prática, porém é

preciso ter uma formação bem ampla, ou seja ser um contador com mentalidade gerencial,

para poder exercer essa profissão que é de extrema importância para empresas tanto de

pequeno, médio e grande porte hoje em dia. “na verdade, este contador poderá ser o

controlador da empresa, o contador de custos, o próprio contador geral ou o diretor

financeiro” (IUDÍCIBUS, 1998, p. 23).

1.4 DIFERENÇA ENTRE CONTABILIDADE GERENCIAL E CONTABILIDADE

FINANCEIRA

Quando se fala em contabilidade gerencial é necessário entender que ela necessita da

contabilidade financeira, pois ela tem por objetivo gerar os relatórios que servirão para

contabilidade gerencial dar o parecer fazer as análises necessárias, onde encontrará as

respostas e soluções que os administradores das empresas necessitam atualmente.

“Quando é feito a contabilidade dentro da organização são usados os termos

contabilidade gerencial, já a contabilidade financeira é utilizada quando a organização presta

informações a terceiros” (CREPALDI, 2004 p.20).

Para Atkinson et al. (2008, p. 37):

A contabilidade financeira lida com a elaboração e a comunicação de informação

econômica sobre uma organização ao público externo: acionistas, credores (bancos,

financeiras e fornecedores), órgãos reguladores e autoridades governamentais

tributárias [...] a contabilidade gerencial deve fornecer informações econômicas ao

publico interno, como operadores/funcionário, gerentes intermediários e executivos

seniores.

21

O importante da contabilidade gerencial é que ela auxilia os funcionários a melhorar a

qualidade das operações reduzindo os custos e aumentando a adequação de operações que são

úteis para os clientes.

Porém a contabilidade financeira é que fornece a informação para o público externo,

mostrando até mesmo para clientes como está indo a empresa, pois quando isso é visto pelos

clientes e é notado que a empresa está se desenvolvendo, é sinal que seus serviços são de

excelente qualidade, atraindo assim o público externo.

Conforme Garrison (2007, p. 6),

Como o planejamento é uma parte tão importante do trabalho do administrador, a

contabilidade gerencial possui uma enfática orientação para o futuro. Ao contrário, a

contabilidade financeira fundamentalmente fornece sínteses de transações

financeiras passadas.

A contabilidade financeira é muito útil para um planejamento eficaz, porém até certo

ponto, pois o futuro não é simplesmente um espelho do que aconteceu no passado, pois a

empresa deve estar se atualizando constantemente, pois isso é que o mercado atual está

exigindo. A economia está mudando, os clientes estão cada vez mais exigentes, as condições

econômicas estão mais fáceis para quem deseja abrir uma empresa, etc., tudo isso requer do

administrador um planejamento de saber o que vai acontecer, e não mais somente do que

aconteceu (GARRISON, 2007).

Ainda Garrison (2007) a contabilidade financeira foca mais na preparação de

relatórios para a empresa como um todo. Já a contabilidade gerencial se preocupa muito mais

nas partes, ou seja, todos os segmentos da empresa.

Porém a empresa não pode deixar de investir em qualidade, ou seja, não pode parar no

tempo após ter alcançado sua qualidade no mercado, sendo que a concorrência está cada vez

maior.

O quadro a seguir irá mostrar as diferenças básicas entre a contabilidade gerencial e

financeira, (ATKINSON, 2008).

22

QUADRO – 1 Características básicas da contabilidade financeira e gerencial

Contabilidade financeira Contabilidade gerencial

Audiência Externa: acionistas, credores,

autoridades tributarias

Interna: funcionários, gerentes,

executivos.

Propósito

Relatar o desempenho passado

ao publico externo; contratos

com proprietários e credores

Informar as decisões internas tomadas

por funcionários e gerentes; dar

feedback e controlar o desempenho

operacional.

Posição no

tempo Histórica; atrasada. Atual, orientada para o futuro

Restrições

Regulamentada; orientada por

princípios contábeis geralmente

aceitos e por autoridades

governamentais

Desregulamentada; sistemas e

informações determinados pela

administração para atender às

necessidades estratégicas operacionais.

Tipo de

informação Apenas mensuração financeira

Mensurações financeiras, operacionais e

físicas sobre processos, tecnologias,

fornecedores, clientes e concorrentes.

Natureza da

informação

Objetiva, auditável, confiável,

consistente, precisa.

Mais subjetiva e sujeita a juízo de valor;

válida, relevante, precisa.

Escopo Altamente agregada; relatórios

sobre a organização total

Desagregada; informa decisões e ações

locais.

FONTE: Atkinson et al. 2008, p.37.

O conhecimento na área de finanças também auxilia muito na tomada de decisões,

pois auxilia a empresa para que aja um bom planejamento, conhecendo a contabilidade

financeira, ajuda a entender os relatórios financeiros da empresa, saber os significados dos

números, mesmo que ainda não tenha como gera-los, (CREPALDI, 2004).

Através do quadro onde mostra a diferença em contabilidade gerencial e financeira

mostra que a financeira segue um padrão definido por órgãos reguladores ao contrário da

contabilidade gerencial que tem o seu objetivo em fornecer informações necessárias aos

administradores das empresas.

23

1.5 INDICADORES ECONÔMICO-FINANCEIROS

Segundo Padoveze (2010), os indicadores econômicos financeiros têm por objetivo

representar o conceito de análise de balanço, onde são realizados cálculos matemáticos a

partir do balanço patrimonial e da demonstração de resultados, através disso são procurados

números que ajudem no processo de clarificação do entendimento de como a empresa está em

determinado período, em seus aspectos patrimoniais, financeiros e de rentabilidade.

Sendo assim, para que sejam elaborados os cálculos são utilizados as contas do ativo,

passivo e patrimônio líquido, e demonstração do resultado do exercício. Onde são retirados

valores, e feitos os cálculos através de suas fórmulas encontrando assim os valores que muitas

vezes são desconhecidos pelas empresas.

1.6 OBJETIVOS DOS INDICADORES ECONÔMICO-FINANCEIROS

Seu objetivo básico é mostrar a real situação da empresa, podendo mostrar para os

seus proprietários um parecer de uma futura situação da empresa, quando os indicadores

tiverem uma sequência (PADOVEZE, 2010).

Para Padoveze (2010) quando forem detectados problemas de continuidade, a

administração terá informações para poder reverter a situação, para que não haja possíveis

danos futuros para empresa.

A seguir serão relacionadas 4 (quatro) categorias de analise das demonstrações

financeiras que serão calculados para demonstrar a verdadeira situação da empresa, que são:

Índices de liquidez;

Índices de atividade;

Índices de endívidamento;

Índices de lucratividade ou rentabilidade.

Esses indicadores foi de suma importância para analise dos dados fornecidos pela

empresa.

24

1.6.1 Índices de liquidez ou Indicadores de capacidade de pagamento

Esses indicadores buscam mostrar a capacidade da empresa em saldar suas dívidas

com terceiros, com dados apenas do balanço patrimonial, onde também são conhecidos como

indicadores estatísticos, pois a cada período eles são alterados (PADOVEZE, 2010).

Ainda Padoveze (2010, p.215) relata que:

Os indicadores serão sinalizadores internos importantes para a companhia. Nada

impede,porém que acontecimentos extraordinários aconteçam (falência de bancos e

perdas de aplicações financeiras, falência de um grande cliente, destruição de

estoques etc.) fazendo com que a situação evidenciada pelos indicadores sofra

mudança brusca.

Assim sendo, é importante que os índices da empresa sejam maiores que R$1,00 (um

real), para cada real de dívida com terceiros, pois mostra que a empresa tem capacidade de

pagar suas dívidas sem precisar mexer na estrutura da empresa.

1.6.1.1 Liquidez corrente

Este indicador tem por objetivo verificar a capacidade da empresa em saldar suas

dívidas a curto prazo, um fator importante é que ele seja sempre maior que R$ 1,00 (um real)

para cada real de dívida com terceiros, sendo ótimo quando for a partir de R$ 1,50 (um real e

cinquenta centavos) pois mostra que a empresa consegue pagar suas obrigações com terceiros

e ainda sobra R$ 0,50 (cinquenta centavos). Para que este índice seja realizado será feito um

calculo através da seguinte fórmula:

Liquidez corrente = Ativo Circulante

Passivo Circulante

Quanto maior este indicador melhor será para empresa, pois, mostra quanto a empresa

tem a curto prazo para saldar suas dívidas com terceiros.

1.6.1.2 Liquidez seca

O índice de liquidez seca indica os recursos disponíveis pela empresa para pagamento

de suas exigibilidades, de modo que para que o calculo seja realizado é retirado os valores de

estoque, assim serão utilizados apenas os valores em dinheiro como bancos caixa e contas a

receber a curto prazo.

25

Este indicador tem o mesmo objetivo do anterior, porém mostra a capacidade da

empresa em saldar suas dívidas sem a utilização de estoques do ativo circulante. “Este é um

indicador de liquidez mais duro que o corrente, no sentido de que a exclusão dos estoques do

ativo circulante transforma essa parcela do ativo apenas em valores recebíveis, jogando contra

os valores a pagar” (PADOVEZE, 2010, p.217).

Fórmula de cálculo:

Liquidez seca = Ativo Circulante (-) estoques

Passivo Circulante

Este índice para empresa quanto maior for é melhor, pois trata da capacidade de

pagamento da empresa, muitas empresas no mercado atual quebram pois possuem estoques

com valores altíssimos, prejudicando muitas vezes giro de capital, sendo que em alguns casos

alguns produtos são poucos aceitos no mercado.

1.6.1.3 Liquidez imediata

“Este é o indicador mais claro de liquidez, uma vez que considera apenas os ativos

financeiros efetivamente disponíveis para serem utilizados na execução de qualquer

pagamento de curto prazo” (PADOVEZE, 2010, p.218).

Fórmula de cálculo:

Liquidez imediata= Disponibilidades (caixa/bancos/aplicações financeiras)

Passivo Circulante

Este índice é a forma mais adequada de medir a capacidade de pagamento de terceiros

no curto prazo, pois excluem do cálculo os estoques e a duplicatas a receber de clientes

utilizando-se apenas as disponibilidades da empresa no momento atual.

1.6.1.4 Liquidez geral

Conforme Padoveze (2010) seu objetivo continua sendo a capacidade da empresa e

pagar suas dívidas, no entanto analisa as condições totais de saldos a receber e a realizar em

relação com os valores a pagar, considerando tanto os dados de curto e longo prazo.

Fórmula de cálculo:

26

Liquidez geral= Ativo Circulante (+) Realizável a Longo Prazo

Passivo Circulante (+) Exigível a Longo Prazo

Para Silva (2004), em relação à capacidade de pagamento quanto maior este índice

melhor será para empresa.

1.6.2 Índices de atividade

Os índices de atividade são utilizados para mostrar para a administração da empresa

quais são seus prazos médios através de números retirados do balanço patrimonial e

demonstração do resultado do exercício, onde traz números que mostram quanto tempo seus

estoques ficam nas prateleiras, o quanto demora para receber as dívidas de seus clientes e

quais prazos médios é conseguido por seus fornecedores para pagamento.

Para Padoveze (2010, p.221):

Esses indicadores buscam evidenciar a dinâmica operacional da empresa, em seus

principais aspectos refletidos no balanço patrimonial e na demonstração de

resultados. Os indicadores são calculados inter-relacionando o produto das

transações da companhia e o saldo constante ainda no balanço patrimonial, e

envolvem os principais elementos formadores do capital de giro próprio da empresa.

Esses índices também refletem nas políticas de administração do fluxo de caixa, para

que possam assim manter um fluxo continuo nas atividades operacionais, auxiliando também

a empresa para saber a sua produtividade em determinado período de tempo (PADOVEZE,

2010).

Sendo assim sempre é bom que os estoques tenham uma boa rotatividade, pois indica

que a empresa está conseguindo um boa participação no mercado, além disso, é essencial que

consiga um bom prazo com seus fornecedores e em decorrência disso conseguirá prazos para

seus clientes também melhorando seu crescimento no mercado que está cada vez mais

exigente.

A seguir será mostrada a importância de cada índice de atividade, apresentando sua

importância e através das fórmulas como são feitos seus devidos cálculos. Sendo que ideal

para empresa é que esses índices sejam analisados em conjunto, pois é importante para

empresa que ela receba suas receitas antes da quitação de seus compromissos.

27

1.6.2.1 Prazo médio de recebimento de vendas (PMRV)

Este indicador tem por objetivo, mostrar para empresa qual esta sendo seu prazo

médio para recebimento de vendas, ou seja, quanto tempo a empresa está demorando para

receber suas vendas diárias.

“Como análise financeira, devemos lembrar que o fundamento de finanças diz que este

indicador deve ser o menor possível. Como fundamento de finanças, quanto menos tempo se

demora para receber um crédito, melhor”, afirma (PADOVEZE, 2010, p.222).

Este trabalho de informar qual o prazo médio de recebimento de seus serviços ou vendas é

realizado através da fórmula de cálculo:

Prazo médio de recebimento = Clientes (Duplicatas a Receber) x 360 dias

Receita Operacional Bruta

Muitas vezes é importante que o cálculo seja feita mensalmente, pois no começo do

trabalho do contador gerencial isso é muito importante, pois ele já terá uma prévia de como

estão ocorrendo os prazos da empresa, porém o costume é de fazer anual.

Em nosso caso foi feito anualmente, utilizando 2 (dois) períodos, pois a partir do nosso

trabalho na empresa que começou a enviar todas as informações para o escritório de

contabilidade, onde antes não havia essa rotina, devido à falta de informação aos

administradores da empresa.

1.6.2.2 Prazo médio de pagamento de compras (PMPC)

Este indicador tem por objetivo mostrar a capacidade da empresa para pagar suas

dívidas com seus fornecedores, sejam de materiais ou até mesmo serviços, na maioria dos

casos a empresa depende das políticas de créditos que seus fornecedores conseguem adotar,

pois muitas vezes depende muito das quantidades de compra realizada pela empresa e etc.

Porém quanto maior o prazo melhor. (PADOVEZE, 2010).

Fórmula de cálculo:

Prazo médio de Pagamento = Fornecedores (Duplicatas a Pagar) x 360 dias

Compras

Para Padoveze (2010, p. 223) “é importante ressaltar a problemática inflacionária.

Onde o prazo de pagamento sempre estará influenciado pela taxa de custo financeiro

embutido nas compras pelo fornecedor”.

28

Quando se consegue um bom prazo com fornecedores, os administradores ou

proprietários da empresa consegue passar aos seus clientes uma forma melhor para

recebimento de seus serviços, conseguindo assim ser mais competitivo no mercado, pois

todos clientes além da qualidade do serviço prestado na maioria das vezes precisam de um

bom prazo ou seja formas de pagamentos melhores, então é fundamental conseguir

fornecedores fixos para que desse modo consiga negociar prazos melhores, assim alcançando

também as necessidades de seus clientes.

1.6.2.3 Prazo médio de renovação de estoques (PMRE)

Este indicador mostra para empresa a velocidade que seu estoque se transforma em

produtos vendidos, porém quanto menor for o tempo melhor será mostrando assim que a

empresa está tendo boas vendas, isso quando se tratar de um comércio (PADOVEZE, 2010).

Fórmula de cálculo:

Prazo médio de renovação de estoque= Estoque médio x 360 dias

(CMV)

Quando ocorre uma boa rotatividade nos estoques da empresa além de ser bom para

ela mostra que seus clientes confiam na qualidade dos serviços prestados, podendo muitas

vezes aumentar seus estoques conseguindo assim um melhor preço e melhor os prazos de

pagamentos com seus fornecedores.

1.6.3 Índices de rentabilidade

Os índices de rentabilidade têm por objetivo mostrar para o quanto renderam os

investimentos realizados pelos sócios, podendo assim deixar claro para os empresários ou

administradores se seu negócio está realmente sendo lucrativo ou se a empresa está

trabalhando sem margem de retorno.

Segundo Padoveze (2010, p. 226) “os indicadores de rentabilidade tendem a propiciar

análises e conclusões de caráter mais generalizante e de comparabilidade com terceiros”.

Para que o estudo seja realizado é necessário utilizar itens do balanço patrimonial e da

demonstração de resultado que foram utilizadas de dois períodos 2011 e 2012.

Quando se fala em rentabilidade é importante salientar que a empresa esta voltada ao

seu potencial de vendas e sua habilidade de gerar resultados, para que assim possa saber quais

são seus custos e despesas, (MARION, 1998).

29

Na empresa o ativo significa os investimentos realizados onde com eles a empresa

busca obter receita, ou seja, ganhar lucros que é o objetivo de todos empresários ao abrir sua

empresa. Então através dos índices de rentabilidade que conseguiremos mostrar aos

empresários administradores, o ganho em cada real investido (MARION, 1998).

Para a realização do trabalho na empresa utilizaremos quatro fórmulas que mostrará a

verdadeira realidade da empresa estudada, através delas mostraremos para os administradores

qual a taxa de retorno sobre investimentos, a taxa de retorno sobre o patrimonio liquido, a

margem bruta sobre as vendas, a margem líquida e o giro do ativo (MARION, 1998).

A seguir será apresentado cada índice e a sua devida importância para as empresas que

buscam saber qual a sua verdadeira situação.

1.6.3.1 Taxa de retorno sobre investimentos (TRI)

A taxa de retorno sobre investimentos (TRI) mostra quanto que a empresa obteve

lucro referente ao seu valor investido, que é realizado através de uma fórmula:

TRI = Lucro Líquido

x 100 Ativo total

Esta fórmula mostrará então o poder de ganho da empresa, em relação à 100% (cem

por cento) de capital investido.

1.6.3.2 Taxa de retorno sobre patrimonio liquido (TRPL)

Mostra o quanto foi a rentabilidade do capital que os sócios da empresa investiram. É

considerado o indicador definitivo da rentabilidade do investimento próprio.

Segundo Padoveze (2010) este indicador é comparável para qualquer tipo de empresa,

ou seja, abrange qualquer ramo de negócio.

Para melhor entendimento será apresentado a formula onde através de dados extraídos

do balanço patrimonial e a demonstração de resultado será feito o calculo do índice mostrando

para os empresários qual foi o seu ganho em relação a 100% de capital investido.

Sendo assim o calculo é realizado a partir da seguinte fórmula:

TRPL= Lucro líquido

x 100 PL

30

Mais adiante será então utilizado este cálculo que é de extrema importância para os

sócios da empresa, podendo ter uma noção de quanto ele esta recuperando do valor que foi

investido, também ajuda a obter informação se o negócio esta sendo viável ou não, pois

quando o lucro liquido for negativo por exemplo o proprietário verá que sua empresa não esta

tendo retorno logo então não recuperará seu investimento tão cedo ou até em alguns casos

nunca conseguira, indo a falência.

1.6.3.3 Margem líquida

A margem liquida tem por objetivo mostrar para os proprietários da empresa qual é

seu lucro líquido do período em relação as venda realizadas pela empresa sendo que ele deve

ser apurado somente após o pagamento de impostos entre outras despesas financeiras.

A seguir será apresentada a fórmula na qual foi utilizado para efetuar os devidos

cálculos:

Margem líquida = Lucro líquido

x 100 Vendas líquidas

1.6.3.4 Giro do ativo

Segundo Marion (1998), é aconselhável manter o ativo a um mínimo necessário.

Porém ativos que não atendem as necessidades da empresa, como grandes investimentos em

estoques e até elevados valores de duplicatas a receber. Prejudica o giro do ativo, e por

consequência a isso afeta a rentabilidade da empresa.

A fórmula a seguir será utilizada para medir o giro do ativo da empresa estudada.

Giro do ativo = Vendas líquidas

Ativo total

O giro do ativo quando menor que 2 (dois) giros no período é baixo, sendo o ideal

acima de 5 (cinco) giros.

1.6.4 Índices de endívidamento

Os índices de endívidamento têm mostra o grau de endívidamento da empresa em

relação com terceiros, como ela está no mercado, se está com uma margem que possa

31

trabalhar tranquila ou se está prestes a entrar em falência. A seguir será apresentado 4 (quatro)

quocientes que são de extrema importância para realização do presente trabalho.

1.6.4.1 Participação de capital de terceiros sobre recursos totais

Para Marques (2004), este quociente mostra qual é a participação do capital de

terceiros em relação aos recursos totais e demonstra quanto a empresa obteve de capital de

terceiros para cada R$ 1,00 (um real) de recursos totais.

Este índice mostra qual o percentual de capital de terceiros que a empresa possui em

relação ao seu patrimonio líquido, para que isso seja realizado utilizaremos a seguinte

fórmula:

PCT/RT = PC+ELP

PC+ELP+PL

1.6.4.2 Endívidamento geral

Este índice mostra através de percentuais, a quantidade de ativos da empresa que são

financiados por credores, sendo assim quando maior este índice maior será a dívida da

empresa com terceiros, porém quanto menor melhor para empresa. O calculo é realizado

através conforme fórmula de cálculo a seguir:

Endívidamento geral = Capital de terceiros

X 100 Ativo total

Para isso é necessário utilizar o exigível total da empresa e dividi-lo pelo ativo total

da mesma.

1.6.4.3 Garantia de capital de terceiros

Segundo Missagia (2012, p. 73) “a garantia de capital de terceiros representa quanto a

empresa possui de capital próprio para garantir a exigibilidade total. Quanto maior a garantia

de capital de terceiros melhor a situação da empresa”. Este calculo é realizado o calculo

através da seguinte fórmula:

Garantia de capital de terceiros = PL

PC+ELP

32

Então este índice mostra quanto a empresa possui de capital próprio para cada R$ 1,00

(um real) de dívida com terceiro

1.6.4.4 Composição de endívidamento

Este índice mostra o percentual de endívidamento a curto prazo tomado como

referencia de endívidamento total. Sendo que as dívidas a curto prazo são utilizadas

normalmente para financiar o ativo circulante, as de longo prazo para financiar o ativo não

circulante, sendo preferível que os recursos obtidos de terceiros sejam financiados a longo

prazo, pois isso propiciara um tempo para que a empresa consiga recursos para saldar suas

dívidas (AZZOLIN, 2012).

As dívidas a curto prazo para ficar mais claro são aquelas cujo vencimentos ocorrem

dentro do exercício seguinte, já as dívidas a longo prazo são as financiadas e tem seu

vencimento após o termino do exercício seguinte.

Este índice é apresentado e calculado através da fórmula:

Composição de endívidamento = PC

PC+ELP

No mercado atual são pouco utilizados esses meios contábeis em empresas pequenas e

de médio porte, devido ao fato de poucas informações extraídas pelos administradores, sendo

que muitas empresas pequenas acabam indo a falência, quando pensam que estão indo bem e

não querem pagar para saber qual a sua real situação, pelo fato de muitas vezes pensarem que

será apenas um gasto a mais e não lhes trará nada de retorno (lucro). Estas análises acima

citadas proporcionarão para empresa medidas que possam ser corrigidas antes mesmo de algo

constrangedor acontecer, ou para apenas saber qual sua situação real no momento e se basear

como será o futuro da empresa.

1.7 CONTABILIDADE DE CUSTOS

Outro tema importante dentro da contabilidade gerencia é a contabilidade de custos,

onde procura-se mostrar a importância da Contabilidade de Custo, os custos do estoque e de

Mão de obra. Também demonstra quais são os métodos de formação de preço de venda. Isso

auxilia na gerência e quais atitudes devem ser tomadas para aperfeiçoar o trabalho de custos.

O ramo da contabilidade que se destina a produzir informações para diversos níveis

gerenciais de uma entidade, como auxílio às funções de determinação de desempenho, de

33

planejamento e controle das operações, de tomada de decisões, bem como tornar possível a

alocação mais criteriosamente dos custos de produção aos produtos, é chamado de

Contabilidade de Custos. Ela recebeu maior impulso durante a Revolução Industrial, quando

gerou um novo campo de aplicação conhecido como contabilidade industrial (MEGLIONI,

2001).

De acordo com Leone (2000), a contabilidade de custos surgiu nos Estados Unidos

como técnica independente e sistêmica, focando a produção industrial, solucionando

problemas relativos a repercussões dos custos industriais e da mão de obra. Tempos depois,

passou a preocupação dos materiais utilizados, porém de forma menos interessante, não

empregando grandes esforços a estes requisitos.

No mesmo momento passou a se interessar e a preocupar-se também com as despesas

indiretas de produção, custos indiretos ou despesas gerais. Anos depois, estes aspectos foram

sendo valorizados e passaram a ter atenções significantes, sendo estudados e empregados com

maior frequência, no entanto, atualmente existem técnicas de soluções adequadas e

reformuladas para a solução de problemas apresentados pelas empresas, relacionadas aos seus

custos (LEONE, 2000).

A contabilidade de custos está relacionada e assemelha-se a um centro de processo,

por meio dela há a movimentação de grande número de informações, adquirindo e obtendo

dados, recebidos organizadamente, após a recepção das informações, as mesmas passam a ser

analisadas e interpretadas, gerando informações de custos, para serem transmitidas a todos os

níveis gerenciais, usuários da contabilidade de custos (LEONE, 2000).

Entende-se que a contabilidade de custos tem como objetivo principal a apuração dos

custos dos produtos e dos departamentos, atendendo as exigências fiscais e contábeis.

Também inclui o controle sobre a produção, melhorando os processos e diminuindo os

desperdícios, auxiliando ainda na tomada de decisões gerenciais para otimizar seus resultados.

Quando uma empresa tem por objetivo colocar seu produto para ser comercializado,

fabricando-o ou revendendo-o, ou até mesmo para prestar um serviço, ela acaba realizando

uma série de gastos, ou também chamados de custos. O custo traz um retorno financeiro e

pertence à atividade-fim, pela qual a entidade foi criada. Mas também ocorrem as despesas,

que por sua vez são gastos com a atividade-meio e não geram retorno financeiro, apenas

propiciam certa funcionalidade ao ambiente empresarial.

Sendo assim, os gastos de uma empresa podem ser classificados em despesas e custos.

As despesas estão relacionadas diretamente com o resultado e os custos irão formar um

34

estoque (na produção de um bem), que na sua realização (venda) serão levados ao resultado, o

que pode demorar alguns meses ou anos.

1.7.1 Estoques

O custo do estoque é considerado como capital imobilizado da empresa, em forma de

matérias. Isso pode ser visto como um investimento parado, podendo perder o valor, porém de

outro lado o mesmo pode ser valorizado.

Afirma Leone (2000, p. 49) “contabilidade de custo determina o custo dos estoques

visando à determinação dos resultados e à avaliação do patrimônio”. Existem métodos a

serem avaliados para definir o custo dos estoques, alguns deles são: PEPS – primeiro a sair,

primeiro a entrar; UEPS – ultimo a entrar, primeiro a sair, e média ponderada.

A grande maioria das empresas adota um sistema permanente, fornecendo registros

contínuos de vendas, compras, baixas e saldos de todos os estoques. Para um melhor controle,

e podendo fornecer a informação desejada a qualquer momento, é feito uma contagem

periódica, conferindo a quantidade de estoques pertencentes, assim podendo dar uma

informação verdadeira e atualizada. Além disso, ainda podem ser fornecidas as informações

dos estoques no Livro Razão.

1.7.2 Formação do Preço de Venda

Segundo Crepaldi (2004, p. 313) “A formação do preço de venda de produtos é um

trabalho técnico e também um fator determinante de sobrevivência da exploração da

atividade”. Alguns especialistas dizem que ter os preços baseados exclusivamente no mercado

é um risco. Ou seja, é importante que o preço esteja competitivo com o do mercado, mas para

sua formação é preciso de outros fatores que o determinará.

Ainda para formação do preço de venda não pode se esquecer de que as vendas a

prazo deverão ser estabelecidas taxas de juros competitivas com o mercado e também as

despesas com as vendas, incluindo impostos.

Quem toma a decisão do preço é o produtor, portanto se o preço for muito elevado

acabará perdendo o mercado, já se o preço for inferior ao mercado, compromete o negócio.

Logo o produtor deve aprender a forma de como calcular um preço bom que não prejudique

sua venda e que sobre saia com lucro, ainda podendo competir com o mercado.

35

1.7.2.1 Formação de preço de venda a partir do custo e sua validade

Para Padoveze (2010, p. 426) “O pressuposto básico para tal técnica é que o mercado

está disposto a absorver os preços de venda determinados pela sua empresa, que por sua vez,

são calculados em cima de seus custos reais ou orçados”.

Porém nem sempre isso acontece, invalidando tal processo. Mas vendo de outra forma,

é preciso um cálculo em cima dos custos, pois assim é possível ter um valor para fazer

análises comparativas.

Existem outras situações que podem exigir a utilização do procedimento de formação

de preço de venda através do custo, como:

Estudos de engenharia e mercadologia para introdução de novos produtos; Novas

oportunidades de negócios; Faturamento de produtos por encomenda; Acompanhamento dos

preços e custos dos produtos atuais; Analise de preços de produtos de concorrentes, etc.

1.7.2.2 Formação de preços de venda a partir do custeio por absorção

O custeio por absorção é o método mais utilizado, muitas vezes usado quando há a

necessidade de incumbir ao produto seu valor de custos, ou seja, os gastos necessários para

sua obtenção e elaboração, sendo atribuído no momento do rateio a divisão dos custos diretos.

De acordo com Wernke (2004), irão integrar aos custos dos bens ou serviços vendidos:

Os custos de aquisição de todos os serviços ou de bens aplicados e consumidos

na confecção;

Os custos com o pessoal utilizado na elaboração das prestações de serviços,

bem como os supervisores, os encargos sociais consequentes;

Os custos relacionados aos recursos e esforços utilizados na produção dos

bens, como as gastos com locação, manutenção, depreciação, amortização, exaustão e reparo;

Afirma Neves (2003, p.32), “[...] custeio por absorção é um processo de custos, cujo

objetivo é ratear todos os seus elementos (fixos ou variáveis) em cada fase da produção [...]”.

Assim é possível afirmar que um custo é absorvido quando for conferido a um produto ou

unidade de produção, desta maneira cada produto recebe uma parcela dos custos obtidos, até o

ponto em que o custo seja completamente absorvido pelo Custo dos Produtos Vendidos ou

pelos Estoques Finais.

36

Mesmo com várias desvantagens teóricas conhecidas sobre a utilização deste método,

ele na prática ainda é o mais utilizado na formação de preços de venda, talvez pelo fato de ser

o mais simples ser usado.

1.7.2.3 Formação de preço de vendas a partir do custeio direto/variável

Este método não tem como base o custo por absorção onde inclui os custos indiretos e

diretos, o valor básico de referência para formar o preço de venda neste critério são os custos

diretos ou variáveis, mais as despesas variáveis desse produto. Depois disso, a margem

aplicada sobre o produto deverá cobrir os custos e despesas fixas que não foram alocados ao

produto ainda, mais a rentabilidade desejada.

Afirma Padoveze (2010, p. 428) “Este critério é coerente com análise

custo/volume/lucro, ao determinar, na formação de preço de venda, a margem de contribuição

de cada produto”.

1.7.2.4 Formação de preços de venda a partir dos custos de transformação

Conforme Padoveze (2010, p.33):

Dependo do valor dos itens comprados de terceiros, algumas empresas não

requisitam, no preço de venda, absorção das despesas operacionais e margem de

lucro dos valores desses materiais ou serviços adquiridos de terceiros, levando como

base para formação dos preços de venda apenas os valores gastos a titulo de

transformação do produto.

Sendo assim é importante que a empresa utilize a absorção das despesas operacionais

e margem de lucro dos valores de materiais comprados.

1.7.2.5 Formação de preços de venda a partir do mercado

Essa teoria informa que quem determina o preço de venda é o mercado, isso ocorre

basicamente através da oferta e da procura.

Assumindo essa teoria, é praticamente dispensado cálculos dos custos sobre os

produtos. Neste caso, o que a empresa pode fazer é pesquisar os outros concorrentes e fazer

considerações especificas dos gastos.

37

1.7.3 Mão de obra

Os custos de mão de obra podem ser divididos em duas categorias: mão de obra direta,

que representa os custos diretos com a produção ou o processo, e ainda mão de obra indireta,

a qual representa a quem não faz parte do processo de produção.

Existe um método no qual é estabelecido um valor sobre cada hora trabalhada, ou seja,

um plano de taxa por hora. Afirma o teórico VanDerbeck e Nagy (2003, p. 109): “um plano

de taxa por hora estabelece uma taxa definida por hora para cada empregado. O salário de um

empregado é calculado pela multiplicação do número de horas trabalhadas no período de

folha de pagamento pela taxa estabelecida por hora”.

Alguns críticos dizem que este plano não é um dos melhores, pois assim o empregado

apenas exerce o trabalho com uma simples obrigação, sem se preocupar com rendimento e

produtividade. Assim, exercem apenas o mínimo exigido, pois independentemente da

quantidade produzida irão receber a mesma quantia.

Devido a esse problema, algumas empresas adotam outra forma para calcular o valor

pago para o funcionário, adotando o plano de incentivo salarial ou plano de taxa por peça, que

baseia a renda na quantidade de produção do empregado, logo quanto mais ele produz, maior

será seu salário.

Ainda existem mais formas que incentivam o empregado a ter um melhor rendimento

dentro da empresa. Outra forma é pagando o salário, e, além disso, é estabelecido uma cota, a

qual se for excedida, o empregado irá receber uma certa quantia pelo excedido da cota,

geralmente calculado em porcentagem sobre o valor.

Para a empresa ter um controle é preciso anotar os dias ou horas trabalhadas, assim

cada empregado recebe um cartão, chamado de cartão ponto. Através dele é feito a contagem

de quantas horas o empregado passou na empresa, portanto conforme o tempo trabalhado será

seu salário. As empresas que acompanharam a tecnologia já oferecem cartões eletrônicos, ou

até mesmo pela biometria, feita pela digital da pessoa. E ainda existem aquelas que batem

cartão de papel. No cartão constam os dados do empregado e nele registra-se as horas e dias

trabalhados.

38

2 METODOLOGIA

A presente pesquisa desenvolveu um estudo exploratório-descritivo para compreender

a problemática da contabilidade gerencial em uma empresa mecânica, através dos seus dados

e objetivos, verificou-se a necessidade de implantar novos métodos de gerenciamento para a

empresa.

Para Gil (1991) a leitura exploratória é uma leitura do material bibliográfico, que tem

por objetivo verificar em que medida a obra consultada interessa à pesquisa.

É uma leitura a qual demonstra sobre o assunto pesquisado se este lhe trazer

informações que serão do interesse ou não. A princípio verificam-se as fundamentais

importâncias, para em seguida aprofundar sobre o assunto.

Afirma Gil (1991, p. 67), a leitura exploratória não exige uma habilidade de menor

nível, mas ela antecede as demais. Ele ainda resalta que “só é capaz de realizar uma leitura

exploratória adequada quem possuir sólidos conhecimentos acerca do assunto tratado”.

Portanto, quem realizar esta leitura deverá ter conhecimento do assunto, para definir o

que terá necessidade e importância de ser abordado no trabalho, reduzindo-se a possibilidade

de relatar sobre assuntos impróprios.

Segundo Cervo e Bervian (2002, p66),

A pesquisa descritiva observa, registra, analisa e correlaciona fatos ou fenômenos

(variáveis) sem manipulá-los [...] a pesquisa descritiva desenvolve-se,

principalmente, nas ciências humanas e sociais, abordando aqueles dados e

problemas que merecem ser estudados e cujo registro não consta de documentos.

A partir dos autores acima referenciados a pesquisa exploratória-descritiva foi de

grande importância para a exploração e descrição, apresentando métodos eficientes e eficazes

para aperfeiçoar o gerenciamento da empresa.

Por meio de leituras, pesquisas, tanto em livros teóricos quanto em artigos científicos,

podemos ter uma concepção sobre o assunto abordado. Logo comparamos estes com o estado

da empresa no qual se encontra, por meio disso, percebemos o que deve ser mudado para

obter melhores resultados.

A pesquisa bibliográfica é o primeiro passo a ser tomado após a escolha do assunto.

Esse passo que dá o início da construção de um novo trabalho, tendo um conhecimento amplo

sobre o assunto, é necessário ser feito pesquisas mais profundas, observando ideias e teorias,

39

analisando livros, artigos ou documentos na internet, mas com informações seguras, assim

obtendo um conhecimento cientifico.

Para Cervo e Bervian (2002, p. 66), “A pesquisa bibliográfica é meio de formação por

excelência e constitui o procedimento básico para os estudos monográficos, pelos quais se

busca o domínio do estado da arte sobre determinado tema”.

Ainda Marconi e Lakatos (2009, p. 43) “A pesquisa pode ser considerada um

procedimento formal com método de pensamento reflexivo que requer um tratamento

cientifico e se constitui no caminho para se conhecer a realidade ou para descobrir verdades

parciais”.

Conforme os relatos dos autores, a pesquisa bibliográfica auxilia na escolha de um

método mais apropriado, assim como num conhecimento das variáveis e na autenticidade da

pesquisa.

Pesquisa documental é investigar os documentos a fim de se poder descrever e

comparar usos e costumes, tendências, diferentes e outras características. Estuda a realidade

presente, e não o passado, como ocorre com a pesquisa histórica (CERVO; BERVIAN, 2002,

p. 67)

As pesquisas devem ser feitas levantando dados de várias fontes, independente das

técnicas ou métodos empregados. Por meio dos processos de documentação direta ou indireta

que se pode obter dados. Na documentação direta é feito um levantamento no local próprio

onde os fenômenos ocorrem. Estes dados são alcançados de duas formas: através da pesquisa

de campo ou da pesquisa de laboratório. Já a documentação indireta apresenta fontes de dados

coletados por outras pessoas, ainda essa documentação pode ser dividida em pesquisa

documental e pesquisa bibliográfica.

Segundo Cervo e Bervian (2002, p. 67) o estudo de caso “é a pesquisa sobre um

determinado individuo, família, grupo ou comunidade que seja representativo do seu

universo, para examinar aspectos variados de sua vida”.

Conforme os autores afirmaram, o estudo de caso é de extrema importância, pois

através dele que se aborda as necessidades da empresa, assim tendo o conhecimento da

situação procura-se o método para solucionar os problemas.

Os dados foram coletados na empresa do ramo de oficina mecânica e, ela vem

atendendo há mais de 5 (cinco) anos no mercado. A empresa atualmente encontra-se com um

pequeno numero de funcionários, realizando o máximo possível para agradar seus clientes.

Para a elaboração deste trabalho foi escolhido o período de tempo de 2011 e 2012.

Devido ao fato da empresa necessitar de auxilio na contabilidade gerencial, foram escolhidos

40

os últimos anos para podermos analisar a situação em que a empresa se encontra e a partir dos

estudos feitos, tomar os possíveis procedimentos.

Escolhemos esta empresa pela sua necessidade, que foi descoberta eventualmente por

meio de uma simples conversa com os sócios da mesma. Logo a empresa encontra-se em fácil

acesso, facilitando o acompanhamento e assim podendo estudar o caso e aplicar as medidas

possíveis.

Em nossa pesquisa foram feitas coletas de dados na empresa, o qual esses dados então

foram analisados para que possamos dar um parecer para os administradores da mesma,

auxiliando assim na tomada de decisão.

A coleta de dados é feita através da pesquisa de campo, sendo assim, é necessário

registrar os dados obtidos, seja em forma textual ou seguindo as normas para tratamentos

estatístico, se for o caso (CRUZ, 2003, p.44).

A partir da coleta documental que foram utilizados balanço patrimonial de dois

períodos 2011 e 2012, entrevista com os sócios administradores, questionários, buscamos

também saber história da empresa, a partir daí foram feitas análises do conteúdo coletado, que

será de grande importância para solucionar os problemas que podem afetar ou já estão

afetando o futuro da empresa sem que os proprietários saibam desses problemas.

Para realização da pesquisa utilizamos cálculos, de indicadores econômicos

financeiros, relacionados abaixo:

Índices de liquidez;

Índices de endívidamento;

Índices de rentabilidade;

Índices de atividade.

A partir do estudo realizado na empresa o mesmo procedimento poderá ser utilizado

para outras empresas do mesmo ramo ou até mesmo de outros ramos que precisem de auxilio

para tomada de decisão, que no mercado atual é de grande importância para que as empresas

possam se manter e saber como crescer sem riscos de falência, pois nós contadores podemos

auxiliar muito com esse tipo de estudo em várias empresas de pequeno e médio porte que

desejam ter um planejamento de sucesso hoje em dia.

Em nossa pesquisa foi utilizado dois métodos que são de extrema importância para

coleta de dados que são os métodos qualitativo e quantitativo que nos deram suporte na coleta

de dados tanto subjetivos quanto objetivos para o desenvolvimento da pesquisa.

41

Para Santos (2006), A pesquisa qualitativa nos permite o levantamento de dados

subjetivos. Bem como outros níveis de consciência da população estudada, a partir de

depoimentos dos entrevistados, ou seja informações pertinentes ao universo a ser investigado,

que leve em conta a ideia de processo, de visão sistêmica de significações e de contexto

cultural. Porém ela não tem objetivo de mensurar variáveis, mas sim de analisar,

qualitativamente, de modo indutivo, todas as informações levantadas através da aplicação de

um instrumento de coleta de dados adequados. Os mais usuais, no plano qualitativo, são a

entrevista semi-estruturada, o estudo de caso e os grupos focais.

Já a pesquisa quantitativa mostra as variáveis e as transformam em QUADRO,

quadros, gráficos ou figuras. Onde é feito um questionário em que questões fechadas

correspondem a respostas codificadas (SANTOS, 2006).

Através de cálculos realizadas geramos valores financeiros que foram apresentados a

administração da empresa, da forma mais fácil possível para seu entendimento.

42

3 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS

A empresa estudada teve início em 2008, porém ela já existia de outra forma

anteriormente, não com este nome, mas com as mesmas atividades.

O sócio B já possuía sociedade com outra pessoa com uma borracharia, devido a

certos motivos ele vendeu sua parte desfazendo a antiga sociedade.

Alguns tempos depois sócio B e sócio A compraram uma borracharia em sociedade.

Sócio B já possuía experiência e conhecimento nesta atividade, mas não tinha capital

suficiente para aquisição da mesma sozinho, logo convidou o sócio A para ser sócio da

mesma, pois ele havia o dinheiro suficiente para esta aquisição.

Devido ao bom andamento da empresa resolveram comprar uma oficina mecânica que

se encontrava nos fundos da borracharia. Passando assim a ter sociedade nas duas atividades,

sendo sócio B o encarregado na borracharia, e sócio A na mecânica, pois esta era sua

especialidade.

A estrutura que eles utilizavam era alugada, a borracharia se encontrava em um bom

ponto, ou seja, ela estava em uma esquina de uma rua bem movimentada, mas a oficina aos

fundos não era bem vista pelo povo, apenas quem já a conhecia que sabia de sua existência.

Algum tempo depois, a estrutura da borracharia foi ampliada, trazendo a oficina para frente,

ao lado da borracharia.

Interagindo com os sócios dessa empresa foi comentado por eles que sentiam

dificuldades de gerenciamento, ou seja, eles não tinham um ótimo controle sobre ela, também

sentindo dificuldades na parte financeira. Assim surgiu a oportunidade da realização desse

trabalho com objetivo de poder atender os pontos de suas dificuldade para um melhor

resultado.

Para realização dos cálculos econômico-financeiro foram utilizados dados financeiros

de dois períodos 2011 e 2012, fornecidos pela empresa, levando em consideração a falta de

documentos que não eram passadas ao escritório de contabilidade, ou seja, não foram

fornecidos 100% (cem por cento) do fatos ocorridos na empresa faltando então algumas

informações, sendo que do inicio de nosso trabalho até o momento estão enviando todas

informações necessárias para que os índices do próximo período possa ser totalmente preciso,

pois já nos pediram para que no próximo período seja feita novamente a análise com base em

dados totais que estão sendo passados para o escritório de contabilidade responsável por

desenvolver os balanços patrimoniais e a demonstração de resultado.

43

A baixo está o balanço patrimonial do períodos de 2011 e 2012 e a demonstração de

resultado dos mesmos, para que fosse possível realizar as análises dos índices.

QUADRO 2 – Balanço financeiro gerencial dos exercícios de 2011 e 2012 – ATIVO.

BALANÇO PATRIMONIAL

A T I V O 2011 2012

T O T A L DO A T I V O 34.572,39 58.232,00

TOTAL ATIVO CIRCULANTE 34.446,29 53.805,90

Disponível

Caixa 195,60 1.030,60

Bancos

Total Disponível 195,60 1.030,60

Créditos

Duplicatas a Receber 34.250,69 42.223,80

Total contas a receber 34.250,69 42.223,80

Estoques

Mercadoria para Revenda 0,00 10.551,50

Total estoques 0,00 10.551,50

ATIVO NÃO CIRCULANTE

Ativo Realizável a Longo Prazo

Total A. R. L. Prazo 0,00 0,00

Veiculos 0,00 4.300,00

COMODATO 126,10 126,10

COMODATO DE MAQ/EQUI/FINAN 126,10 126,10

CELULAR NOKIA 1661 126,10 126,10

(-) Depreciações Acumuladas

Imobilizado 126,10 4.426,10

TOTAL ATIVO NÃO CIRCULANTE 126,10 4.426,10

Fonte: autores da Pesquisa (2013)

44

QUADRO 3 – Balanço financeiro gerencial dos exercícios de 2011 e 2012 – PASSIVO.

BALANÇO PATRIMONIAL

2011 2012

P A S S I V O 34.572,39 58.232,00

Passivo Circulante 2.153,71 3.812,11

Impostos a pagar 1.437,66 2.480,17

INSS A RECOLHER 231,00 778,36

PRÓ-LABORE A PAGAR 485,05 553,58

Passivo não Circulante 0 0

Patrimônio Líquido 32.418,68 54.419,89

Capital Social 24.295,16 32.292,58

SÓCIO A 10.000,00 10.000,00

SÓCIO B 10.000,00 10.000,00

Lucros Acumulados 7.997,42 22.001,21

RESERVA DE LUCROS 4.295,16 12.292,58

RESERVA LEGAL 4.295,16 12.292,58

COMODATO 126,10 126,10

Fonte: autores da Pesquisa (2013)

45

QUADRO 4 – Demonstração de resultado dos períodos 2011 e 2012 – DR.

DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADO

Receita Bruta de Vendas 2011 2012

Receita Operacional 16.083,30 97.271,93

VENDA MERC TRIB

73,00

VENDA MERC SUBS

72.843,93

PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS 16083,3 24.355,00

(-) Dedução das Vendas -965,00 -3.466,54

(=) Receitas Líquidas 15.118,30 93.805,39

(-) Custo dos Mercadoria Vendidos 0,00 -58.333,50

COMPRA MERC TRIB

-6.113,11

COMPRA MERC TRIB A PRAZO

-1.242,64

COMPRA MERC SUBST A PRAZO

-336,37

COMPRA MERC SUBST

-61.192,88

(-) ETOQUE FINAL

10.551,50

(=) Lucro Bruto 15.118,30 35.471,89

(-) Despesas Operacionais -7.120,88

Com Vendas

Administrativas -6.530,00 -13.283,83

PRÓ LABORE -6.530,00 -7.464,00

ALUGUEL DE IMOVEL/SALA

COMERCIAL

-4.800,00

CONSUMO DE AGUA

-69,61

ENERGIA ELETRICA

-750,96

TELEFONE

-199,26

Despesas Tributarias -590,88

MULTAS JUROS S/ IMPOSTOS -590,88 -186,85

(=) Resultado Operacional Liquido 7.997,42 22.001,21

(+/-) Resultados não Operacionais

(=) Lucro antes do I R e CSLL 7.997,42 22.001,21

(-) Provisão p/ I R e CSLL

(=) Lucro Líquido 7.997,42 22.001,21

Fonte: autores da Pesquisa (2013)

O balanço patrimonial e a demonstração de resultado são fatores predominantes para

que nossa trabalho seja feito pois são através deles que os indicadores podem ser calculados,

mostrando a situação real da empresa e quais as medidas cabíveis para futuras tomadas de

decisões.

46

3.1 ÍNDICE DE LIQUIDEZ

Os índices de liquidez avaliam a capacidade de pagamento da empresa frente a suas

obrigações, é a solvência da organização, ou seja, a saúde financeira do seu fluxo de caixa.

3.1.1 Liquidez corrente

Este indicador tem por objetivo verificar a capacidade da empresa em saldar suas

dívidas a curto prazo, um fator importante é que ele seja sempre maior que R$ 1,00 (um real)

para cada real de dívida com terceiros, sendo ótimo quando for a partir de R$ 1,50 (um real e

cinquenta centavos) pois mostra que a empresa consegue pagar suas obrigações com terceiros

e ainda sobra R$ 0,50 (cinquenta centavos).

Liquidez corrente = Ativo Circulante

Passivo Circulante

2011

Liquidez corrente= 34.446,29

= 15,99 2.153,71

2012

Liquidez corrente= 53.805,90

= 14,11 3.812,11

GRÁFICO 1 – Índice de liquidez corrente período 2011 e 2012.

Fonte: Autores da pesquisa, (2013)

47

De acordo com a análise de liquidez corrente verificamos que no período de 2011,

para cada R$ 1,00 (um real) de dívida a empresa possui R$ 15,99 (quinze reais e noventa e

nove centavos) para quitar suas dívidas com terceiros em curto prazo, porém em 2012, houve

uma redução desse valor, onde a cada R$ 1,00 (um real) a empresa tinha R$ 14,11 (quatorze

reais e onze centavos) para quitar suas dívidas com terceiros, como podemos verificar nos

dois períodos a empresa encontra em uma situação ótima, em relação com seus terceiros.

3.1.2 Liquidez seca

O índice de liquidez seca indica os recursos disponíveis pela empresa para pagamento

de suas exigibilidades, de modo que para que o calculo seja realizado é retirado os valores de

estoque, assim serão utilizados apenas os valores em dinheiro como bancos caixa e contas a

receber a curto prazo.

Liquidez Seca = Ativo circulante – estoques

Passivo circulante

2011

Liquidez Seca = 34.446,29 - 0

= 15,99 2.153,71

2012

Liquidez Seca = 58.805,90 – 10.551,50

= 11,35 3.812,11

GRÁFICO 2 – Índice de liquidez seca período, 2011 e 2012.

Fonte: Autores da pesquisa, (2013)

48

A análise de liquidez seca diz a situação da empresa, das dívidas com terceiros sem

utilizar o estoque. Mostrando então que em 2011 a empresa possuía R$15,99 para cada

unidade monetaria de dívida com terceiros, já em 2012 houve uma redução, pois mesmo que

foi para 11,35, porém ainda esta muito bem estabilizada. Assim percebemos que a empresa

encontra-se e situação muito confortável em relação as suas obrigações com terceiros.

3.1.3 Liquidez imediata

Este índice é a forma mais adequada de medir a capacidade de pagamento de terceiros

no curto prazo, pois excluem do cálculo os estoques e a duplicatas a receber de clientes

utilizando-se apenas as disponibilidades da empresa no momento atual.

Liquidez Imediata = Disponível

Passivo circulante

2011

Liquidez Imediata = 195,60 =

0,09 2.153,71

2012

Liquidez Imediata = 1.030,60 =

0,27 3.812,11

GRÁFICO 3 – Índice de liquidez imediata, período 2011 e 2012.

Fonte: Autores da pesquisa, (2013)

Fazendo a análise de liquidez imediata conseguimos verificar que nos dois períodos a

empresa não estava em boa situação para cumprir suas obrigações com terceiros em um

49

momento imediato onde se utilizaria apenas suas disponibilidades que são caixa e bancos,

mostrando em 2011 que a empresa para cada R$ 1,00 (um real) de divida com terceiros a

empresa possuía R$ 0,09 (nove centavos) para quitar suas dividas e em 2012 R$ 0,27 (vinte

sete centavos) aumentando porém ainda não esta em situação confortável.

3.1.4 Liquidez geral

Seu objetivo continua sendo a capacidade da empresa e pagar suas dívidas, no entanto

analisa as condições totais de saldos a receber e a realizar em relação com os valores a pagar,

considerando tanto os dados de curto e longo prazo.

Liquidez Geral = Ativo circulante + realizável a longo prazo

Passivo circulante + passivo não circulante

2011

Liquidez Geral = 34.446,29

= 15,99 2.153,71

2012

Liquidez Geral = 53.805,90

= 14,11 3.812,11

GRÁFICO 4 – Índice de liquidez geral, período 2011 e 2012.

Fonte: Autores da pesquisa, (2013)

A análise de liquidez geral demonstrou que no período de 2011, a empresa possuía R$

15,99 (quinze reais e noventa e nove centavos) para cada R$ 1,00 de dívida com terceiros em

50

curto e longo prazo, estando em uma situação que consegue quitar suas obrigações com

terceiros, já em 2012 houve uma redução, porém ainda continua estando em ótima situação

possuindo R$ 14,11 (quatorze reais e onze centavos) para cada R$ 1,00 de dívida com

terceiros.

3.2 ÍNDICES DE ATIVIDADE

3.2.1 Prazo Médio de Renovação de Estoque – PMRE

Este indicador mostra para empresa a velocidade que seu estoque se transforma em

produtos vendidos, porém quanto menor for o tempo melhor será mostrando assim que a

empresa está tendo boas vendas.

PMRE = Estoque médio X 360 dias

CMV

2011

PMRE = 0,00

= 0,00

0,00

2012

PMRE = 10.551,50 x360

= 65,12 dias

-58.333,50

GRÁFICO 5 – Índice de PMRE, período 2011 e 2012.

Fonte: Autores da pesquisa, (2013)

51

Conforme análise no período de 2011 a empresa não possuía estoques, já em 2012 o

estoque existente demorava em torno 65 dias para girar, ou seja, para sair das prateleiras, no

ano de 2011 eles compravam as peças conforme surgiam serviços, já no período sequente

conseguiram montar um pequeno estoque, não demorando muito para girar esses estoques,

sendo que quanto menos tempo melhor para empresa, pois isso mostra que a empresa tem

uma boa saída devido a sua qualidade nos serviços. Em certos casos é investido muito

dinheiro comprando uma grande quantidade de estoques, porém a empresa estudada não

necessita ter essa grande compra de estoques, pois atende várias marcas de carros sendo que

se for manter um grande estoque para atender todas as linhas poderia entrar até em falência,

pois demoraria muito para que esse estoque girasse na empresa.

3.2.2 Prazo médio de recebimento vendas – PMRV

Este indicador tem por objetivo, mostrar para empresa qual esta sendo seu prazo

médio para recebimento de vendas, ou seja, quanto tempo a empresa está demorando para

receber suas vendas diárias.

PMRV = Duplicata a receber x 360 dias

Receita líquida

2011

PMRV = 34.250,69 x 360

= 815,58 dias 15.118,30

2012

PMRV = 42.223,80 x 360

= 162,04 dias 93.805,39

52

GRÁFICO 6 – Índice de PMRV, período 2011 e 2012.

Fonte: Autores da pesquisa, (2013)

Conforme análise no período de 2011 a empresa demorava 815 dias para receber seus

pagamentos de vendas e prestação de serviços, sendo este um prazo muito alto, já no período

de 2012 ela já possuía um prazo de 162 dias, melhorando o prazo de recebimento. Porém

como podemos notar em seguida ela ainda não consegue prazos com seus fornecedores, sendo

que o ideal é conseguir receber de seus clientes antes de pagar suas obrigações com terceiros,

se caso conseguir um bom prazo com fornecedores pode então passar aos clientes prazos bons

também, pois isso a ajudaria crescer no mercado que esta cada vez mais competitivo.

3.2.3 Prazo médio de Pagamento de Fornecedores – PMPF

Este indicador tem por objetivo mostrar a capacidade da empresa para pagar suas

dívidas com seus fornecedores, sejam de materiais ou até mesmo serviços

PMPF = Fornecedores

Compras

2011

PMPF = 0,00

= 0,00 0,00

2012

PMPF = 0,00

= 0,00 -47.782,00

53

GRÁFICO 7 – Índice de PMPF, período 2011 e 2012.

Fonte: Autores da pesquisa, (2013)

Segundo a análise, a empresa não possuía prazos com seus fornecedores pagando tudo

à vista isso não é bom, pois conforme verificado no gráfico anterior eles dão prazos longos

aos seus clientes, sendo que o ideal seria receber dos clientes antes de pagar seus

fornecedores.

3.3 ÍNDICES DE RENTABILIDADE

3.3.1 Taxa de retorno sobre investimentos (TRI)

A taxa de retorno sobre investimentos (TRI) mostra quanto que a empresa obteve

lucro referente ao seu valor investido.

TRI = Lucro líquido

x 100 Ativo total

2011

TRI = 7.997,42

x 100 = 23% 34.572,39

2012

TRI = 22.001,21

x 100 = 38% 58.232,00

54

GRÁFICO 8 – Taxa de retorno sobre investimento (TRI) 2011 e 2012.

Fonte: Autores da pesquisa, (2013)

Este indicador mostrou que a empresa obteve em 2011 um lucro de 23% (vinte e três

por cento) e relação a 100% (cem por cento) do seu ativo total investido, aumentando em

2012 para 38% (trinta e oito por cento), e quanto maior este indicador melhor para empresa,

pois mostra que a empresa esta conseguindo recuperar o que foi investido em seu patrimonio.

Esta análise mostrou então um aumento de 15% (quinze por cento) de um período para o

outro onde podemos notar que a empresa está melhorando e que está aumentando o seu lucro,

e podendo crescer no mercado.

3.3.2 Taxa de retorno sobre patrimonio liquido (TRPL)

Mostra o quanto foi a rentabilidade do capital que os sócios da empresa investiram. É

considerado o indicador definitivo da rentabilidade do investimento próprio.

TRPL = Lucro líquido

x 100 PL

2011

TRPL = 7.997,42

x 100 = 25% 32.418,68

2012

TRPL = 22.001,21

x 100 = 40% 54.419,89

55

GRÁFICO 9 – Taxa de retorno sobre patrimonio líquido (TRPL) 2011 e 2012

Fonte: Autores da pesquisa, (2013)

Este indicador nos mostra que a empresa teve um ganho de 25 % (vinte e cindo por

cento) em 2011 em relação a patrimonio líquido investido, aumentando esse percentual em

2012 para 40% (quarenta por cento), sendo assim quanto maior esse indicador melhor, pois a

empresa consegue uma melhor rentabilidade sobre os seus recursos aplicados. Sendo que esse

aumento de 20% (vinte por cento) mostra para os sócios que o seu lucro quase dobrou de um

período para o outro e isso é muito importante para saber a viabilidade do negócio.

3.3.3 Margem líquida

A margem liquida tem por objetivo mostrar para os proprietários da empresa qual é

seu lucro líquido do período em relação as venda realizadas pela empresa sendo que ele deve

ser apurado somente após o pagamento de impostos entre outras despesas financeiras.

Margem líquida = Lucro líquido

x 100 Vendas líquidas

2011

Margem Líquida =

7.997,42

x 100

= 52,90% 15.118,30

2012

Margem Líquida = 22.001,21

x 100 = 23% 93.805,39

56

GRÁFICO 10 – Margem líquida 2011 e 2012.

Fonte: Autores da pesquisa, (2013)

Segundo a análise, a empresa em 2011 obteve um resultado de 53% (cinquenta e três

por cento) em relação às vendas liquidas, já em 2012 teve uma redução para 23% (vinte e três

por cento), sendo esses percentuais a margem de lucro que a empresa conseguiu obter em

relação com suas vendas. Essa queda ocorreu devido ao grande aumento das vendas liquidas

sendo que suas despesas também aumentaram porém a empresa ainda está conseguindo uma

boa margem de lucro que é o importante para ela.

3.3.4 Giro do ativo

É aconselhável manter o ativo a um mínimo necessário. Porém ativos que não atendem

as necessidades da empresa, como grandes investimentos em estoques e até elevados valores

de duplicatas a receber.

Giro do ativo = Receita líquida

Ativo total

2011

Giro do ativo = 15.118,30

= 0,44 34.572,39

2012

Giro do ativo = 93.805,39

= 1,61 58.232,00

57

GRÁFICO 11 – Giro do ativo, 2011 e 2012.

Fonte: Autores da pesquisa, (2013)

A empresa teve em 2011 apenas 0,44 de giro do ativo, já em 2012 houve um aumento

para 1,61 giros por período, porém ainda é baixo. Neste caso percebemos que o lucro liquido

ainda esta muito inferior aos ativos investido, porém como podemos notar a empresa estava

melhorando muito este índice sendo assim, o giro do ativo quando menor que 2 giros por

período é baixo sendo o ideal acima de 5 giros por períodos.

3.4 ÍNDICES DE ENDÍVIDAMENTO

3.4.1 Participação de capital de terceiros sobre recursos totais

Este índice mostra qual o percentual de capital de terceiros que a empresa possui em

relação ao seu patrimonio líquido.

PCT/RT = PC+ELP

PC+ELP+PL

2011

PCT/RT = 2.153,71

= 0,06 34.572,39

2012

PCT/RT = 3.812,11

= 0,07 58.232,00

58

GRÁFICO 12 – Participação de capital de terceiros sobre recursos totais, 2011 e 2012.

Fonte: Autores da pesquisa, (2013)

A análise mostra que para cada R$ 1,00 (um real), a empresa utilizava R$ 0,06 (seis

centavos) de capital de terceiros para financiar suas operações em relação com o seu capital

próprio em 2011, tendo um aumento em 2012 muito baixo de R$ 0,07 (sete centavos).

3.4.2 Endívidamento geral

Este índice mostra através de percentuais, a quantidade de ativos da empresa que são

financiados por credores, sendo assim quando maior este índice maior será a dívida da

empresa com terceiros, porém quanto menor melhor para empresa.

Endívidamento geral = Capital de terceiros

X 100 Ativo total

2011

Endívidamento geral = 2.153,71

X 100 = 6% 34.572,39

2012

Endívidamento geral = 3.812,11

X 100 = 7% 58.232,00

59

GRÁFICO 13 – Endívidamento geral, 2011 e 2012.

Fonte: Autores da pesquisa, (2013)

Conforme análise em 2011 a empresa financia 6% (seis por cento) dos seus ativos com

capital de terceiros, já em 2012 houve um pequeno aumento indo para 7% (sete por cento),

sendo assim ela encontrasse em estabilidade já que este indicador quanto menor melhor.

3.4.3 Garantia de capital de terceiros

Então este índice mostra quanto a empresa possui de capital próprio para cada R$ 1,00

(um real) de dívida com terceiro.

Garantia de capital de terceiros= PL

PC+ELP

2011

Garantia de capital de terceiros = 32.418,68

= 15,05 2.153,71

2012

Garantia de capital de terceiros = 54.419,89

= 14,28 3.812,11

60

GRÁFICO 14 – Garantia de capital de terceiros, 2011 e 2012.

Fonte: Autores da pesquisa, (2013)

A análise mostra que para cada R$ 1,00 (um real) de dívida totais com terceiros a

empresa possuía R$ 15,05 (quinze reais e cinco) para garantir suas obrigações com terceiros,

já em 2012 este índice diminuiu um pouco para R$ 14,28 (quatorze reais e vinte e oito

centavos), mas a empresa ainda encontra-se em situação confortável em relação as obrigações

com terceiros.

3.4.4 Composição de endividamento

Este índice mostra o percentual de endividamento a curto prazo tomado como

referencia de endividamento total.

Composição de endividamento = PC

PC+ELP

2011

Composição de endividamento = 2.153,71

= 1,00 2.153,71

2012

Composição de endividamento = 3.812,11

= 1,00 3.812,11

61

GRÁFICO 15 – Composição de endividamento, 2011 e 2012.

Fonte: Autores da pesquisa, (2013)

De acordo com a análise para cada R$ 1,00 (um real) de dívida total a empresa possuía

R$ 1,00 (um real) de dívida a curto prazo em 2011 e 2011, sendo que este índice quanto

menor for melhor para empresa.

Concluímos através de todas as analises que a empresa encontra-se em situação

confortável precisando apenas melhor seu prazo com fornecedores, sendo assim poderá ter

prazo para girar o seu capital.

3.5 IMPLANTAÇÃO DE UM SISTEMA ELETRÔNICO

No inicio da atividade da empresa o controle era feito todo manualmente, em cadernos

de anotações, e mesmo assim não era algo completo, eram anotadas apenas as principais

atividades ocorridas nela. Assim passava muita coisa sem ser anotada, ou seja, coisas de

valores pequenos, as vezes custos que eram despercebidos, mas somando estes no final de um

mês esse valor passa a ser significante.

Logo ao término de um período o resultado apresentado não era de uma forma

completamente exata, pois estes valores que eram despercebidos acabavam afetando este

resultado, aparentemente de forma pouco significativa, mas se for analisada passa a ser muito

mais do que imaginada.

62

Nesta forma de controle manual feito no papel acaba gerando dúvidas e desordem, de

forma geral. Assim precisava-se cuidar muito na forma de controle das contas a receber e a

pagar. Qualquer descuido gerava grande transtorno.

Quanto ao estoque não era mencionado a quantia realmente existente na empresa, as

vezes não tinha mais as peças necessárias em estoque, ocasionando apuros durante o dia-dia,

atrasando um pouco o serviço realizado. Além disso, quando não se tem o controle de

quantidade no estoque menos ainda se terá o valor individual de cada item.

Conforme citado anteriormente pelos teóricos no trabalho, o estoque é um capital

parado, ou seja, ele foi adquirido com um valor, mas com o passar do tempo esse valor pode

mudar, tanto como adquirir valor, como perder valor. Assim é de grande facilidade deixar de

ganhar dinheiro ou até mesmo perder por falta de informação e controle.

Aproximadamente há 6 (seis) meses atrás, devido a dificuldades resolveram implantar

um sistema informatizado para melhor desempenho da empresa. De início foi difícil, pois era

muita coisa para aprender, e para lançar no sistema, mas com o passar do tempo foi

melhorando e facilitando cada vez mais.

Alguma parte do estoque foi lançada logo no sistema, mas outra não. Era apenas

lançada conforme entrava na empresa. A empresa também passou a ter um estoque das

principias peças utilizadas. Pois na mecânica são utilizadas muitas tipos de peças, de funções

e modelos diferentes, portanto, não tem como ter um estoque completo de uma oficina

mecânica. O estoque ficou com o que tem mais saída, e de mais urgência, e as demais são

feitas encomendas que são entregues instantaneamente ou com um prazo muito curto.

Com o uso do sistema passou a ter um controle melhor sobre prazos, tanto de

pagamento de fornecedores e outras contas a pagar, quanto sobre a parte de recebimento de

dividendos, o que antes era difícil de controlar. Também começou a poder fornecer notas

fiscais eletrônicas, assim melhorando a imagem da empresa, pois muitos dos que precisam do

serviço, precisam apresentar notas fiscais para suas empresas. Ou seja, a empresa passou a

atender melhor as necessidades dos seus clientes.

Além de tudo isso, o sistema possui muitas outras opções que agora talvez não citadas,

mas que a empresa usa ou pode usar.

3.6 ESTOQUE

A empresa possui um estoque pequeno, contendo apenas as principais peças, ou seja,

aquelas que são mais usadas. Já as que são menos usadas são adquiridas através de pedidos

63

conforme sua necessidade. Esses pedidos são recebidos dentro de minutos e em raros casos

(peças maiores ou mais escassas) levam alguns dias.

Foi uma decisão tomada pelos sócios de ter um manejo dessa forma, pois existem

peças que são exclusivas para um determinado veiculo, portanto essas não se encontram em

estoque pelo fato de ser difícil a saída deste produto. Na compra e armazenamento em estoque

de uma peça que tenha pouca procura, até o dia da saída desta, o preço provavelmente estaria

desatualizado, podendo a empresa ganhar como perder dinheiro.

Existem também aquelas peças que servem para vários modelos de veículos, já essas a

grande maioria possuem em seu estoque pelo fato que a saída dessa peça é de mais facilidade.

Agilizando mais ainda o a atendimento e ainda tendo ela a um valor atual. Além disso, existe

a garantia que caso muito tempo armazenada no estoque acaba passando de sua validade.

3.7 PREÇOS DE VENDA E MÃO DE OBRA

Na empresa as peças são adquiridas a um valor e depois disso é aplicado um

percentual que lhe gera uma margem de lucro em cima dessa peça, e que depois de montada

também será cobrado esse serviço, ou seja, a Mão de obra.

A empresa estudada aplica 40% (quarenta por cento) de lucro nos produtos com

valores até R$ 30,00 (trinta reais) e acima desse valor é aplicada uma porcentagem de 20%

(vinte por cento). Essa porcentagem (margem de contribuição) foi determinada por acordo

entre os sócios, pois acreditavam que era um método de boa rentabilidade em cima dos

produtos vendidos.

Na prestação de serviço da oficina não possui um preço totalmente exato e

QUADROdo, pois cada caso é um caso. Por exemplo: Um cliente deixa seu veículo na

empresa, pois ele esta com problema e ao cliente é passado um valor para resolvê-lo. Ao

tentar resolve-lo encontra outro que é mais grave do que imaginava. Nesse caso mudara o

valor passado ao cliente. Portanto ao passar um orçamento ao cliente, é dito um valor

aproximado, mas não quer dizer que este não possa mudar.

Logo a empresa não possui a QUADRO de preço, mas apresenta um preço base, não

calculado se realmente é o necessário para poder atingir rentabilidade, mas procurando estar

aproximado do mercado.

Devido a falta da padronização de preços, foi elaborado uma pesquisa para poder

comparar tanto o preço das peças como o preço da Mão de obra para sua montagem. Assim

64

escolhemos 5 (cinco) itens de atividades que ocorrem com mais frequência na empresa

estudada comparando-a com outras 3 (três) empresas que realizam as mesmas atividades.

A seguir apresenta-se um gráfico dos dados obtidos na pesquisa.

QUADRO 5 – Preços das peças.

Preços das Peças (R$)

PEÇAS EMPRESA

ESTUDADA

EMPRESA

2

EMPRESA

3

EMPRESA

4

Kit Embreagem R$ 260,00 R$ 290,00 R$ 212,00 R$ 225,00

Junta de Cabeçote R$ 24,00 R$ 50,00 R$ 15,00 R$ 45,00

Motor de Partida R$ 260,00 R$ 290,00 R$ 250,00 R$ 280,00

Lonas de Freio R$ 80,00 R$ 15,00 R$ 52,00 R$ 25,00

Pastilhas de Freio R$ 55,00 R$ 38,00 R$ 30,00 R$ 43,00

Fonte: Autores da pesquisa (2013)

QUADRO 6 – Diferença do preço das peças em porcentagem comparando as empresas

pesquisadas com a empresa estudada.

Preço da Peça (R$)

EMPRESA 2 EMPRESA 3 EMPRESA 4

Kit Embreagem 11,54% -18,46% -13,46%

Junta de Cabeçote 108,33% -37,50% 87,50%

Motor de Partida 11,54% -3,85% 7,69%

Lonas de Freio -81,25% -35,00% -68,75%

Pastilhas de Freio -30,91% -45,45% -21,82%

Fonte: Autores da pesquisa (2013)

65

GRÁFICO 16 – Preço das peças

Fonte: Autores da pesquisa (2013)

Conforme o gráfico acima se vê que o valor do Kit embreagem da empresa estudada

não é o mais alto, pois na empresa “2” existe uma diferença de R$ 30,00 (trinta reais), ou seja,

11,54% (onze vírgula cinquenta e quatro por cento) a mais que a empresa estudada. De outro

lado a empresa “3” apresenta um valor com diferença de R$ 48,00 (quarenta e oito reais), ou

seja, 18,46% (dezoito vírgula quarenta e seis por cento) mais barato que a empresa estudada.

A junta de cabeçote apresenta na empresa estudada custa R$ 24,00 (vinte e quatro

reais) e na empresa “3” que possui menor valor de todas custa R$ 15,00 (quinze reais), ou

seja, diferença de R$ 9,00 (nove reais), resultando em 37,50 % (trinta e sete vírgula cinquenta

por cento) a menos que a estudada. E com o valor mais alto está a empresa “2”, com valor

referente a R$ 50,00 (cinquenta reais), isso é 108,33 % (cento e oito vírgula trinta e três por

cento) a mais que a estudada.

Os valores do motor de partida também variam, na empresa estudada é de R$ 260,00

(duzentos e sessenta reais) e na empresa “3” é R$ 250,00 (duzentos e cinquenta reais)

resultando diferença de R$ 10,00 (dez reais) ou seja 3,85% (três vírgula oitenta e cinco por

cento) a menos que a estudada, já a empresa “2” que cobra 11,54% (onze vírgula cinquenta e

quatro por cento) a mais que a estudada, resultando valor de R$ 30,00 (trinta reais).

Até agora podemos perceber que a empresa estudada apresenta valores de peças que

não são dos mais altos, ou seja, a empresa “2” e a “4” geralmente possuem valores superiores

a ela. Podendo então afirmar que a empresa estudada apresenta menos variação com a

empresa “3”, onde os valores apresentam um porcentagem menor de diferença.

66

Ainda nas lonas de freio, apresenta-se uma diferença enorme, sendo que a empresa

estudada cobra R$ 80,00 (oitenta reais) e a empresa “2” apenas R$ 15,00 (quinze reais),

diferença de R$ 65,00 (sessenta e cinco reais), ou seja 433,33% (quatrocentos e trinta e três

vírgula trinta e três por cento) em que a empresa estudada cobra a mais que empresa “2”. Já

na empresa “3” a diferença diminui um pouco, porem ainda prevalece o maior com R$ 28,00

(vinte e oito reais), isso lhe trás 53,85% (cinquenta e três vírgula oitenta e cinco por cento) a

mais.

Também encontra-se o maior preço na empresa estudada em relação as pastilhas de

freio apresentando 83,33% (oitenta e três vírgula trinta e três por cento) a mais que a empresa

“3”, que apresenta o valor mais baixo desse item, ou seja, R$ 25,00 (vinte e cinco reais) de

diferença.

Conforme mencionado anteriormente que a empresa estudada aplica 40% (quarenta

por cento) de lucro nos produtos com valores até R$ 30,00 (trinta reais) e acima desse valor é

aplicado uma porcentagem de 20% (vinte por cento), percebemos que as peças de valores

mais baixos como lonas de freio e pastilhas de freio, onde provavelmente se encontra abaixo

de R$ 30,00 (trinta reais) realmente apresentam os maiores preço. Mas essa diferença

comparada com os concorrentes apresentam grandes variações, que passam muito mais que os

devidos 40% (quarenta por cento) determinados pela empresa.

QUADRO 7 – Preço da Mão de obra

Mão de obra (R$)

EMPRESA

ESTUDADA

EMPRESA

2

EMPRESA

3

EMPRESA

4

Kit Embreagem R$ 260,00 R$ 275,00 R$ 200,00 R$ 230,00

Junta de

Cabeçote R$ 350,00 R$ 320,00 R$ 400,00 R$ 370,00

Motor de Partida R$ 40,00 R$ 55,00 R$ 30,00 R$ 50,00

Lonas de Freio R$ 80,00 R$ 25,00 R$ 100,00 R$ 30,00

Pastilhas de Freio R$ 60,00 R$ 25,00 R$ 30,00 R$ 35,00

Fonte: Autores da pesquisa (2013)

67

QUADRO 8 – Diferença do preço da Mão de obra em porcentagem comparando as empresas

pesquisadas com a empresa estudada.

Mão de obra (R$)

EMPRESA 2 EMPRESA 3 EMPRESA 4

Kit Embreagem 5,77% -23,08% -11,54%

Junta de Cabeçote -8,57% 14,29% 5,71%

Motor de Partida 37,50% -25,00% 25,00%

Lonas de Freio -68,75% 25,00% -62,50%

Pastilhas de Freio -58,33% -50,00% -41,67%

Fonte: Autores da pesquisa (2013)

GRÁFICO 17 – Preço da Mão de obra.

Fonte : Autores do pesquisa (2013)

Já no valor de Mão de obra do kit embreagem apresenta-se o valor de R$ 260,00

(duzentos e sessenta reais) na empresa estudada e R$ 200,00 (duzentos reais) na empresa “3”,

ou seja, R$ 60,00 (sessenta reais) de diferença resultando uma porcentagem de 30% (trinta

por cento) onde a empresa estudada cobra a mais que a empresa “3”. Já a empresa “2”

estabelece 5,77% (cinco vírgula setenta e sete por cento) a mais que a empresa estudada,

resultando o valor de R$ 275,00 (duzentos e setenta e cinco reais).

Para a junta de cabeçote a Mão de obra da empresa “2” apresenta valor de R$ 320,00

(trezentos e vinte reais) o mais baixo das pesquisadas, sendo 8.57% (oito vírgula cinquenta e

sete por cento) a menos do valor da empresa estudada (R$ 350,00 reais) e a empresa estudada

68

cobra 12,50% (doze vírgula cinco por cento) a menos que a empresa “3”, a qual possui o valor

de R$ 400,00 (quatrocentos reais), o mais alto dessa mão de obra.

A Mão de obra sobre o motor de partida na empresa estudada tem valor de R$ 40,00

(quarenta reais) a empresa “2” cobra 37,50% (trinta e sete vírgula cinquenta por cento) a mais

que a estudada e a empresa “3” cobra 25% (vinte e cinco por cento) cobra menos, ou seja,

R$ 30,00 (trinta reais).

Nas lonas de freio a empresa estudada cobra R$ 80,00 (oitenta reais) sendo uma

diferença de 25% (vinte e cinco por cento) da empresa “3” a mais que a estudada, e a empresa

estudada cobra 220% (duzentos e vinte por cento) do valor da empresa “2” que é de apenas

R$ 25,00 (vinte e cinco reais).

E por último as pastilhas de freio na empresa estudada tem o valor de R$ 60,00

(sessenta reais), cobrando 71,43% (setenta e um vírgula quarenta e três por cento) a mais que

a empresa “4” onde apenas cobra R$ 35,00 (trinta e cinco reais) e a 140% (cento e quarenta

por cento) do valor da empresa “2”, ou seja ela possui o valor mais alto neste serviço.

QUADRO 9 – Preço Total.

Preço Total (R$)

EMPRESA ESTUDADA

EMPRESA

2

EMPRESA

3

EMPRESA

4

Kit Embreagem R$ 520,00 R$ 565,00 R$ 412,00 R$ 455,00

Junta de

Cabeçote R$ 374,00 R$ 370,00 R$ 415,00 R$ 415,00

Motor de Partida R$ 300,00 R$ 345,00 R$ 280,00 R$ 330,00

Lonas de Freio R$ 160,00 R$ 40,00 R$ 152,00 R$ 55,00

Pastilhas de

Freio R$ 115,00 R$ 63,00 R$ 60,00 R$ 78,00

Fonte : Autores do pesquisa (2013)

QUADRO 10 – Diferença do preço da peça mais a Mão de obra em porcentagem

comparando as empresas pesquisadas com a empresa estudada.

Preço Total (R$)

EMPRESA 2 EMPRESA 3 EMPRESA 4

Kit Embreagem 8,65% -20,77% -12,50%

Junta de Cabeçote -1,07% 10,96% 10,96%

Motor de Partida 15,00% -6,67% 10,00%

Lonas de Freio -75,00% -5,00% -65,63%

Pastilhas de Freio -45,22% -47,83% -32,17%

Fonte : Autores do pesquisa (2013)

69

GRÁFICO 18 – Preço Total.

Fonte : Autores do pesquisa (2013)

O gráfico acima demonstra o valor que a empresa estudada apresenta para os

serviços mais procurados, apresentando de forma completa, ou seja, preço da peça incluindo a

Mão de obra.

Por exemplo: o kit embreagem na empresa estudada apresenta o segundo valor maior

entre as empresas pesquisadas. Apenas a empresa “2” tem um valor de 8,65% (oito vírgula

sessenta e cinco por cento) a mais que a estudada. Já as outras duas apresentam uma diferença

de 10% (dez por cento) a 21% (vinte e um por cento) inferior.

Na junta de cabeçote a empresa estudada apresenta um valor que apenas a empresa

“2” cobra a mais, porem uma porcentagem baixa de apenas 1,07% (um vírgula zero sete por

cento). E as outras empresas pesquisadas possuem um valor superior de 10,96% (dez vírgula

noventa e seis por cento). Esse serviço requer mais de Mão de obra, do que uso de peças.

Como sugestão deve ser reavaliada o preço da Mão de obra para esse tipo de serviço,

onde se realiza muito Mão de obra e pouco uso de peças. Pois na realização de um serviço que

exige muito Mão de obra e obtém uma margem de lucro baixa, não é possível recuperar

retorno de lucro no valor das peças, pois muitas vezes as peças são de valores baixos, sendo

impossível obter uma margem de lucro muito alta que possa recuperar o que esta sendo

deixado de ser ganho em Mão de obra. E ainda, ao ser comparado com os concorrentes

conforme apresentado na pesquisa, é possível rever este valor, aumentando o preço da Mão de

obra e mesmo assim sendo inferior há eles não perdendo a competitividade.

70

Existe uma variação que pode ser considerada como normal na parte do motor de

partida, onde existem diferenças de valores tanto de peças como de mão de obra que são

aceitáveis.

Já no setor de freios a empresa estudada apresenta valores muito mais altos, isso já

vem dês do valor da peça seguidamente da Mão de obra. Na troca das lonas de freio a

empresa “3” apresenta um valor de 5% (cinco por cento) a menos que a estudada e as outras

apresentam diferença de 65% (sessenta e cinco por cento) até 75% (setenta e cinco por cento)

inferiores a empresa estudada. Ainda nas pastilhas de freio a diferença continua grande, pois a

empresa estudada apresenta o valor maior de todas elas. Sendo que a diferença varia de

32,17% (trinta e dois vírgula dezessete por cento) até 47,83% (quarenta e sete vírgula oitenta

e três por cento )mais barato que na estudada.

Também deixamos sugestão de rever estes valores sobre o setor de freios que trás

uma enorme diferença dos valores, onde demonstra um valor muito elevado comparado com

as demais empresas. Analisando os dados da pesquisa vemos que os valores são elevados às

demais tanto no valor da peça como no valor da Mão de obra.

Com a reavaliação dos valores onde é necessária muita Mão de obra conforme

comentado anteriormente, isso ira trazer maior rentabilidade a empresa, podendo assim

realizar uma reavaliação para reduzir os serviços e peças relacionados ao setor de freios.

Dessa forma a empresa terá um retorno financeiro bom, e ainda competindo mais com os

concorrentes.

A empresa estudada sabe dessa diferença, mas não se importa muito pois sabe que os

clientes que lhe pertencem são fiéis. O que trás essa fidelidade é a qualidade do serviço,

cumprindo prazos, atendimento diferenciado, fazendo resgates onde for preciso e ainda a

localização da empresa. O lugar onde ela se encontra é ótimo, bem localizado, em uma rua

movimentada e ainda o povo que mora naquele bairro conhece a empresa e os donos, trazendo

assim mais confiança e credibilidade na negociação.

71

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este trabalho foi regido com o objetivo de demonstrar a importância da contabilidade

gerencial para empresas de pequeno porte e como ela pode ser aplicada na gestão da empresa.

Para isso foi necessário descrever quais são os indicadores econômicos financeiro,

classificando e conceituando cada um, descrevendo as formas de análises, por meio dos

pareceres dos autores e referencial teórico, onde através do balanço patrimonial e da

demonstração de resultado de 2011 e 2012, fornecido pela empresa, foi possível mostrar para

os administradores sua verdadeira situação, para que assim possa tomar a melhores decisões

possíveis.

Ao iniciarmos trabalho, os sócios da empresa passaram a informação que a

contabilidade esta sendo feita de forma correta. Ao desenvolver o estudo de caso da empresa,

foi necessário recolher as informações que seriam necessárias para realização das análises, e

foi então que percebemos que a empresa não mandava para contabilidade todos os

documentos necessários, deixando a desejar vários fatos que ocorreram na empresa nesses

dois períodos.

Porém isso gerou certas dificuldades para que pudéssemos atingir 100% dos nossos

objetivos, que era mostrar a verdadeira situação da empresa, pois se a empresa não enviava

todas as despesas e notas fiscais, ou seja, tudo o que ocorria na empresa, a contabilidade

também não apresentava dados completamente exatos. Assim, as analises da empresa

comparando-a com os dois últimos períodos foi feita com o que constava nos relatórios

contábeis, mas sabe-se que a realidade na verdade não era somente essa, sendo que os

documentos que faltavam já haviam sido extraviados, devido ao fato de não saber a

importância do mesmo.

A partir das informações adquiridas foram realizadas as análises, apresentando aos

sócios e dando o parecer sobre cada uma delas, então eles viram que a falta de documentos

fez com que os dados não fossem concretos com o que ocorreu nesses períodos, sendo assim

perceberam a importância da contabilidade gerencial para empresa, e que as informações

devem ser passadas de forma 100% corretas ao escritório responsável pelos serviços da

empresa.

Procuramos também demonstrar qual é o preço de mercado para a prestação de serviço

e o valor dos produtos utilizados em uma empresa com a mesma atividade. Falamos também

sobre contabilidade de custos que é muito importante para empresa. Além do mais, era de

importância para a empresa estudada, analisar o estoque, sabendo o método de manejo do

72

mesmo. Outro fator é a formação do preço de venda e da Mão de obra, pois é de suma

importância para a empresa saber atribuir um valor que contribua para a empresa, mas que

não afete sua concorrência no mercado.

Para poder analisar a empresa, foi dado mais ênfase na parte da oficina mecânica, pois

é a atividade que mais tem movimento e rendimento. Logo foi elaborada uma pesquisa onde

foi escolhido 5 (cinco) atividades que ocorrem com mais frequência, após isso foi levantado

o valor da Mão de obra e o valor da peça para cada atividade escolhida. Com isso teve-se um

resultado onde foi demonstrado em quadros e seguidamente com gráficos, onde é possível

analisar a situação em que a empresa estudada se encontra e como que esta o preço nas

empresas do mesmo ramo, ou seja, suas concorrentes.

Essa pesquisa nos trouxe muito conhecimento, fazendo com que nossos objetivos

fossem alcançados que é mostrar a importância das analises e do profissional contábil. Sendo

que mesmo com a falta de algumas informações, mostramos que a contabilidade gerencial

contribui e muito para gestão da empresa, gerando informações necessárias que possibilita

saber a sua real situação financeira, como planejar o futuro, e saber quais as melhores tomadas

de decisões a serem tomadas, porém mesmo sendo uma empresa pequena ela pode obter

muito lucro desde que tenha dados concretos que são essenciais a tomada de decisão.

73

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ANEXOS