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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA CENTRO DE TECNOLOGIA CURSO DE ENGENHARIA CIVIL IMAGENS DE VEÍCULOS AÉREOS NÃO TRIPULADOS APLICADOS PARA DIMENSIONAMENTO DE REDES DE MICRODRENAGEM PLUVIAL TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO André Borin Venturini Santa Maria, RS, Brasil 2015

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA CENTRO DE TECNOLOGIA

CURSO DE ENGENHARIA CIVIL

IMAGENS DE VEÍCULOS AÉREOS NÃO TRIPULADOS APLICADOS PARA DIMENSIONAMENTO DE

REDES DE MICRODRENAGEM PLUVIAL

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

André Borin Venturini

Santa Maria, RS, Brasil

2015

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IMAGENS DE VEÍCULOS AÉREOS NÃO TRIPULADOS APLICADOS

PARA DIMENSIONAMENTO DE REDES DE MICRODRENAGEM

PLUVIAL

André Borin Venturini

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de

Graduação em Engenharia Civil, da Universidade Federal de Santa

Maria (UFSM, RS), como requisito

parcial para a obtenção do grau de

Engenheiro Civil.

Orientadora: Profª. Drª. Rutinéia Tassi

Santa Maria, RS, Brasil

2015

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Universidade Federal de Santa Maria Centro de Tecnologia

Curso de Engenharia Civil

A Comissão Examinadora, abaixo assinada, aprova o trabalho de conclusão de curso

Imagens de Veículos Aéreos não Tripulados Aplicados para Dimensionamento de Redes de Microdrenagem Pluvial

elaborado por André Borin Venturini

como requisito parcial para obtenção do grau de Engenheiro Civil

COMISSÃO EXAMINADORA:

Rutinéia Tassi, Drª.

(Presidente/Orientadora)

Débora Missio Bayer, Drª. (UFSM)

Francisco Rossarolla Forgiarini, Dr. (UFSM)

Santa Maria, julho de 2015.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a minha família pelo apoio incondicional durante todas

as etapas da minha vida. Aos meus pais, Gilberto e Teresinha, por terem me

proporcionado a melhor educação possível, e pelos exemplos de integridade,

dignidade e determinação, que me serviram de base para que a realização deste

sonho fosse possível. A minha irmã, Andressa, pelo apoio ao longo de todos estes

anos, me dando conselhos e críticas, que me ajudaram no meu desenvolvimento

pessoal. Aos meus avós pelo exemplo de dedicação e força de vontade perante a

vida;

Aos meus amigos que independentemente de onde estivessem, no Brasil ou

do outro lado do mundo, permaneceram ao meu lado enviando mensagens de carinho

e incentivo, e por me ajudarem a traçar o meu caminho;

Aos meus colegas, que estiveram sempre ao meu lado ao longo destes anos

de estudo;

À Prof.ª Dr.ª Eng.ª Rutinéia Tassi, minha orientadora, pela generosidade e

paciência que me dispensou em todas as vezes que se fizeram as suas atenções para

comigo, devo-lhe esse apoio de orientação, estímulo e amizade, o meu eterno

obrigado;

Aos professores Dr.ª Débora Missio Bayer e Dr. Francisco Rossarolla Forgiarini

pela participação na banca deste trabalho.

Aos demais professores do curso de Engenharia Civil, pelo comprometimento

para um ensino de qualidade e pelos conhecimentos transmitidos a mim ao longo da

graduação;

À Universidade Federal de Santa Maria e ao Curso de Engenharia Civil, pela

estrutura acadêmica, qualidade de ensino, e pela oportunidade de poder me tornar

um profissional respeitado.

A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior pelo apoio

financeiro para realização do programa de graduação sanduíche e o estágio de

pesquisa nos Estados Unidos.

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"O que impede de saber não são nem o tempo

nem a inteligência, mas somente a falta de curiosidade".

Agostinho da Silva

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RESUMO

Trabalho de Conclusão de Curso

Curso de Engenharia Civil

Universidade Federal de Santa Maria

IMAGENS DE VEÍCULOS AÉREO NÃO TRIPULADOS APLICADOS PARA DIMENSIONAMENTO DE

REDES DE MICRODRENAGEM PLUVIAL

AUTOR: ANDRÉ BORIN VENTURINI ORIENTADORA: RUTINÉIA TASSI

Data e Local da Defesa: Santa Maria, 10 de julho 2015.

O impacto do crescimento urbano aliado à falta de planejamento e

regulamentação do uso do solo por parte das cidades tem consequências diretas nas

redes de drenagem pluvial. O aumento da impermeabilização, devido à ocupação da

superfície, e a redução de áreas verdes têm significativo impacto nos volumes escoados

e pode vir a resultar em inundações urbanas. Dentro deste contexto, é essencial fazer

uso de novas tecnologias que forneçam dados necessários para projetos de

microdrenagem urbana de maneira rápida, detalhada e econômica. Portanto, este

trabalho avalia o uso de um veículo aéreo não tripulado (VANT) como uma ferramenta

de mapeamento topográfico, e compara o coeficiente de escoamento das superfícies

resultantes do mapa de alta resolução com valores de escoamento por tipo de

ocupação do solo retirados da bibliografia existente. Essa comparação foi realizada a

partir de observações das mudanças de vazões e diâmetros das tubulações, devido

ao uso de diferentes valores dos coeficientes de escoamento superficial,

determinados por meio de tabelas clássicas, e aqueles obtidos com alto detalhamento,

a partir da imagem do VANT. O estudo foi realizado para redes de microdrenagem

pluvial em um condomínio residencial em Santa Maria. Com este estudo de caso,

observou-se um coeficiente de escoamento médio total das áreas detalhadas pelas

imagens aéreas dentro da faixa recomendada pela literatura, e pequenas variações

de diâmetros entre os dimensionamentos realizados com coeficientes de diferentes

metodologias.

Palavras chave: Sistema de microdrenagem, veículo aéreo não tripulado.

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ABSTRACT

The impacts of urban expansion combined with the lack of cities’ land use

regulations and planning has direct consequences into the stormwater network

systems. The increasing of impervious areas and the reduction of green areas, due to

the occupation of the surface, has a significant impact on drained volumes and may

result in urban flooding. In this context, it is essential to use new technologies to provide

a fast, comprehensive and economically necessary data for drainage projects.

Therefore, this study evaluates the use of unmanned aerial vehicle (UAV) as a tool for

topographic mapping, and compares the runoff coefficient of the surfaces from the

high-resolution map with those values by type of land occupation taken from the

existing literature. This comparison was performed by observing changes in flow rates

and diameters of the pipes due to the use of runoff coefficients determined by classical

tables, and those obtained with high detail image from the UAV. The study was

conducted to design a stormwater network system in a residential condominium in

Santa Maria. This study shows that the average total runoff coefficient of the detailed

areas found by mean of aerial images is within the range recommended by the

literature and small differences in diameter performed by the different coefficients

methodologies.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Tendência da ocupação e impacto. Fonte: Tucci (1995) .......................... 16

Figura 2 - Proposta de zoneamento para Piracicaba. Fonte: Ferraz et al. (1998) ..... 18

Figura 3 - Tubos de concreto circulares. Fonte: http://www.abtc.com.br/ (2015) ...... 21

Figura 4 - Modelo convencional de poço de visita. Fonte:

http://www.dec.ufcg.edu.br/saneamento/Image33.gif (2015) .............................. 22

Figura 5 - Tipos de boca de lobo. Fonte: Manual de Drenagem e Manejo de Águas

Pluviais de São Paulo(2012) ............................................................................... 23

Figura 6 - Comparativo entre plataformas aéreas. Fonte: Almeida (2014) ................ 28

Figura 7 - Estação base e interface gráfico. Fonte: Vidal (2013) ............................... 30

Figura 8 – Câmeras: (a) digitais; (b) vídeo; (c) térmicas. Fonte: Vidal (2013) ........... 31

Figura 9 - Plano de voo de uma construção civil em Brasília. Fonte: Cassemiro, Pinto

(2014) ................................................................................................................. 32

Figura 10 - Mosaico de ortofoto de uma usina de cana de açúcar. Fonte:

http://droneng.com.br/blog/ ................................................................................. 34

Figura 11 - Comparação entre MDT E MDS. Fonte: http://www.globalgeo.com.br/ .. 36

Figura 12 - Avaliação de germinação e crescimento de híbridos de milho no campo.

Fonte: Jorge, Inamusu (2014) ............................................................................. 37

Figura 13 - Comparação de seis medições extraídas em campo e de uma imagem

de VANT. Fonte: Brasil (2012), adaptado pelo autor .......................................... 38

Figura 14 - Tubulação identificada em imagem de a) maior resolução e b) menor

resolução. Fonte: Silva et al. (2015), adaptado pelo autor.................................. 39

Figura 15 - Localização do Condomínio .................................................................... 40

Figura 16 - VANT SenseFly Ebee Fonte: http://pretop.com.br/site/topografia-e-

geoprocessamento (2015) .................................................................................. 41

Figura 17 - Delimitação dos tipos de superfícies por layers em cores: vermelha

(telhados), verde (gramados), amarela (calçadas), cinza (pavimentações) e rosa

(areias) . Fonte: Acervo próprio (2015). .............................................................. 42

Figura 18 - Curvas de níveis. Fonte: Acervo próprio (2015). ..................................... 43

Figura 19 - Traçado da rede de microdrenagem e áreas de contribuição. Fonte:

Acervo próprio (2015). ........................................................................................ 46

Figura 20 - Histograma com os valores de coeficiente de escoamento encontrados

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para o cenário 1 ................................................................................................ 57

Figura 21 - Mudanças de diâmetro das tubulações do cenário 2 em relação ao

cenário 1 ............................................................................................................. 58

Figura 22 - Mudanças de diâmetro das tubulações do cenário 3 em relação ao

cenário 1 ............................................................................................................. 59

Figura 23 - Mudanças de diâmetro das tubulações do cenário 4 em relação ao

cenário 1 ............................................................................................................. 60

Figura 24 - Mudanças de diâmetro das tubulações do cenário 5 em relação ao

cenário 1 ............................................................................................................. 61

Figura 25 - Volume das vazões das galerias para cada cenário ............................... 62

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1 - Classificação dos VANTs. Fonte: Eisenbeiss (2009), adaptado pelo autor

............................................................................................................................ 30

Quadro 2 - Especificações de altitude para uma câmera de 10Mpixel. Fonte: Jorge,

Inamusu (2014), adaptado pelo autor ................................................................. 32

Quadro 3 - Valores de C por tipo de ocupação. Fonte: Bidone e Tucci (1995),

adaptado pelo autor ............................................................................................ 44

Quadro 4 - Classificação dos cenários utilizados para dimensionamento da rede ... 45

Quadro 5 - Valores do coeficiente C com base em superfícies Fonte: Bidone e Tucci

(1995), adaptado pelo autor ............................................................................... 47

Quadro 6 - Períodos de retorno para diferentes ocupações. Fonte: Bidone e Tucci

(1995), adaptado pelo autor ................................................................................ 49

Quadro 7 - Coeficientes de rugosidade de Manning. Fonte: Bidone e Tucci (1995),

adaptado pelo autor ............................................................................................ 50

Quadro 8 - Preço unitário das tubulações de concreto armado. Fonte:

http://www.caixa.gov.br/Downloads/sinapi-a-partir-jul-2014-

rs/SINAPI_Preco_Ref_Insumos_RS_042015_Desonerado.PDF ....................... 54

Quadro 9 – Valores dos coeficientes de escoamento para cada cenário .................. 55

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Dimensões dos tubos de concreto. Fonte ABNT – NBR8890 .................. 51

Tabela 2 - Relações para fator hidráulico de seções circulares ................................ 52

Tabela 3 - Áreas de contribuições e seus respectivos coeficiente de escoamento

para o cenário 1 .................................................................................................. 55

Tabela 4 - Análise de custos das tubulações de concreto armado em relação ao

cenário 1 ............................................................................................................. 61

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SUMÁRIO

RESUMO.................................................................................................................... iii

ABSTRACT ...............................................................................................................ivii

LISTA DE FIGURAS .................................................................................................viii

LISTA DE QUADROS ............................................................................................... vii

LISTA DE TABELAS .................................................................................................viii

1 INTRODUÇÃO E JUSTIFICATIVA ................................................................ 14

2 OBJETIVOS .................................................................................................. 15

2.1 Objetivo Geral ............................................................................................... 15

2.2 Objetivos Específicos .................................................................................... 15

3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ......................................................................... 16

3.1 Impactos Hidrológicos da Urbanização ........................................................ 16

3.2 Medidas de Controle de Inundações ............................................................ 17

3.2.1 Medidas não estruturais ............................................................................... 17

3.2.2 Medidas estruturais ...................................................................................... 19

3.2.3 Plano Diretor de Drenagem Urbana (PDDU) ............................................... 20

3.3 Sistemas de Drenagem Urbana ................................................................... 20

3.3.1 Elementos de um sistema de microdrenagem ............................................. 21

3.3.2 Elaboração de um projeto de microdrenagem ............................................. 24

3.3.3 Método racional ............................................................................................ 24

3.3.4 Coeficiente de escoamento superficial ......................................................... 26

3.4 Veículos Aéreos Não Tripulados (VANT) ..................................................... 27

3.4.1 Tecnologia e modelos existentes ................................................................. 29

3.4.2 Planejamento de voo.................................................................................... 31

3.5 Fotogrametria ............................................................................................... 33

3.5.1 Mosaico de ortofotos .................................................................................... 33

3.5.2 Modelo digital de superfície .......................................................................... 35

3.5.3 Modelo digital do terreno .............................................................................. 35

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3.5.4 Diferentes usos das imagens detalhadas obtidas por VANTs ...................... 36

4 METODOLOGIA .......................................................................................... 40

4.1 Área de Estudo ............................................................................................. 40

4.2 Levantamento Aerofotogramétrico da Região e Modelo de VANT Utilizado 41

4.2.1 Classificação das imagens ........................................................................... 42

4.3 Dimensionamento das Redes de Microdrenagem ........................................ 43

4.3.1 Traçado da rede ........................................................................................... 45

4.3.2 Delimitação da área de contribuição e determinação de seu coeficiente de

escoamento ............................................................................................................... 46

4.3.3 Vazão máxima de projeto ............................................................................. 48

4.3.4 Dimensionamento hidráulico ........................................................................ 49

4.4 Comparativo de Custos Unitários ................................................................. 53

RESULTADOS .......................................................................................................... 55

CONCLUSÕES ......................................................................................................... 63

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................... 65

APÊNDICE A ............................................................................................................. 69

APÊNDICE B ............................................................................................................. 71

APÊNDICE C ............................................................................................................ 73

APÊNDICE D ............................................................................................................ 75

APÊNDICE E ............................................................................................................. 77

APÊNDICE F ............................................................................................................. 79

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INTRODUÇÃO E JUSTIFICATIVA

O impacto do crescimento urbano aliado à falta de planejamento e

regulamentação do uso do solo por parte das cidades vem resultando em inúmeros

casos de inundações urbanas, devido a alterações no regime de escoamento natural

nas bacias hidrográficas. O controle dessas enchentes urbanas deve ser

compreendido como uma atividade na qual a sociedade deve agir de forma contínua,

visando à redução do custo social e econômico dos impactos das inundações.

Segundo Tucci e Genz (1995), a microdrenagem urbana é definida pelo sistema

de condutos pluviais em nível de loteamento ou de rede primária urbana. Este tipo de

sistema de drenagem é projetado para atender à drenagem de precipitações com risco

moderado. Sendo assim, todo escoamento gerado nos lotes, ruas, calçadas, e canais

coletores de rede pluvial de loteamentos é drenado por um sistema chamado de

microdrenagem.

Dentro desse contexto, é essencial estudar técnicas de dimensionamento de

projetos de drenagem urbana que minimizem o impacto ambiental, e que sejam

eficientes quanto ao controle de escoamento superficial, bem como quanto ao

investimento financeiro de projeto. Como tal, deve basear-se em informações

suficientes e confiáveis e nas melhores tecnologias disponíveis, para enfrentar os

problemas que se apresentam.

Paralelamente, o avanço tecnológico no que diz respeito às câmeras aéreas e

aos sistemas de navegação, em conjunto com a necessidade de redução de tempo e

custos nos processos de mapeamento, fez surgir novos sistemas de aquisição de

imagens aéreas, que é o caso do veículo aéreo não tripulado (VANT).

Portanto, o intuito deste trabalho é fazer uso do VANT como uma nova

ferramenta de mapeamento topográfico do uso do solo, verificando-se a viabilidade e

qualidade de suas informações no dimensionamento de redes de microdrenagem

pluvial. A principal hipótese levantada é que quanto maior a exatidão de parâmetros

de infiltração do solo avaliados, mais condizente com a realidade será o projeto de

drenagem e, consequentemente, mais eficiente no cumprimento de sua função.

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OBJETIVOS

2.1 Objetivo Geral

Avaliar o uso de informações obtidas a partir de imagens de VANTs no

dimensionamento de uma rede de microdrenagem pluvial urbana, especificamente na

determinação do coeficiente de escoamento superficial.

2.2 Objetivos Específicos

A fim de atingir o objetivo geral, alguns objetivos específicos foram

determinados:

a) tratar e classificar as imagens obtidas através de veículos aéreos não

tripulados;

b) traçar e dimensionar as redes de microdrenagem para dois cenários

utilizando coeficientes de escoamento determinados a partir da imagem do

VANT considerando a área e o tipo de superficie;

c) traçar e dimensionar as redes de microdrenagem para três cenários

utilizando coeficientes de escoamento retirados da literatura conforme a

classificação por tipo de ocupação do lote;

d) analisar e comparar os impactos hidrológicos, por meio da diferença de

vazões, e econômicos, por meio da diferença entre diâmetros, entre os dois

dimensionamentos realizados;

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REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

3.1 Impactos Hidrológicos da Urbanização

O crescimento e o desenvolvimento de cidades e áreas urbanas, embora seja

um sinônimo de progresso, é uma das principais causas do constante aumento do

número de casos de inundações e, consequentemente, de perdas sociais e

econômicas. Devido à tendência da urbanização ocorrer no sentido de jusante para

montante, a expansão não planejada e não regulamentada de centros urbanos a

montante ocasiona um aumento do nível de riachos e canais a jusante,

comprometendo, assim, a capacidade de drenagem das áreas mais antigas (TUCCI,

1995).

Figura 1 - Tendência da ocupação e impacto. Fonte: Tucci (1995)

Segundo Tassi (2002), as principais mudanças que interferem o ciclo

hidrológico devido ao crescimento das cidades são decorrentes da nova ocupação do

solo. O solo passa a ser revestido em grande parte de sua área por calçadas,

edificações, pavimentos, e outros revestimentos que modificam a permeabilidade do

terreno. Sendo as novas superfícies impermeáveis ou quase impermeáveis, a água

que infiltra no terreno é reduzida e os pontos de detenção superficial nas áreas

construídas são eliminados.

O aumento das vazões máximas, dos volumes escoados e antecipação dos

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17

picos é uma consequência direta da urbanização devido à ampliação de áreas

impermeabilizadas e da capacidade de escoamento por canais e condutos. A

ocupação do solo também gera a redução da evapotranspiração, do escoamento

subterrâneo e o rebaixamento do lençol freático. Além disso, a desproteção do terreno

causa um aumento na produção de sedimentos, assim como a lavagem das

superfícies urbanas carreiam material sólido deteriorando a qualidade das águas

superficiais (TUCCI, 1997).

Com o passar dos anos, foram abordadas diferentes visões para lidar com os

problemas de drenagem urbana. Inicialmente, as obras de drenagem tradicional eram

destinadas a retirar rapidamente as águas acumuladas em áreas importantes,

transferindo o problema para outros locais e dando pequena importância à geração

do escoamento nas superfícies urbanizadas. Nos últimos trinta anos, as planícies de

inundação passaram a ser objeto de planejamento, sofrendo restrições quanto à

ocupação e ao tipo de obras, garantindo a área da seção de escoamento e

minimizando as perdas de carga hidráulica. Recentemente, vêm-se estudando a

redução de vazões a partir de armazenamentos temporários difusos nos próprios lotes

urbanos (POMPEO, 2000).

3.2 Medidas de Controle de Inundações

O controle de inundações é obtido por ações que contêm medidas de

engenharia e de cunho social, financeiro e administrativo. Segundo Tucci (2004), as

medidas para o controle de cheias podem ser estruturais ou não-estruturais. As

estruturais são as que modificam o sistema fluvial visando a correção ou prevenção

dos prejuízos causados pelas enchentes. Por outro lado, as medidas não-estruturais

não evitam, minimizam os efeitos das enchentes com um menor custo.

3.2.1 Medidas não estruturais

As medidas não estruturais possibilitam uma adequada urbanização no

processo de expansão da cidade por meio de construções à prova de enchentes,

seguro de proteção contra eventuais perdas decorrentes das inundações, previsão e

emissão de alertas para a população ribeirinha e zoneamento de áreas inundáveis

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18

para proibir edificações nessas regiões.

Segundo Tucci (2003), o zoneamento das áreas urbanas compreende as

seguintes etapas:

a) determinação do risco das enchentes;

b) mapeamento das áreas inundáveis;

c) levantamento da ocupação da população na área de risco;

d) definição da ocupação e zoneamento das áreas de risco.

Ferraz et al. (1998) apresentam um estudo de zoneamento que prevê as áreas

inundadas da cidade de Piracicaba através do uso de sistemas de informações

geográficas (SIG). A metodologia utilizada nesse estudo é simples e o SIG é uma

ferramenta acessível a prefeituras e órgãos de defesa civil.

Figura 2 - Proposta de zoneamento para Piracicaba. Fonte: Ferraz et al. (1998)

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19

3.2.2 Medidas estruturais

De acordo com Tucci (2003), as medidas estruturais podem ser extensivas ou

intensivas. As extensivas atuam sobre a bacia hidrográfica, com o objetivo de

modificar as relações entre precipitação e vazão. O reflorestamento, por exemplo,

reduz e retarda os picos de enchente e controla a erosão na bacia. Já as intensivas

são obras que agem diretamente nos rios, como a construção de: diques com o

objetivo de acelerar o escoamento; reservatórios e bacias de amortecimento que

possibilitam retardar o escoamento; canais de desvio e seções com maior capacidade

de descarga.

Conforme Tucci e Genz (1995), as medidas estruturais do escoamento podem

ser classificadas de acordo com a área de abrangência, em:

a) medidas distribuídas ou na fonte: controle que atua sobre o lote, praça e

passeios;

b) medidas na microdrenagem: controle que age sobre o hidrograma

resultante de um ou mais loteamentos;

c) medidas na macrodrenagem: medida de controle que modifica riachos

urbanos.

Além disso, as medidas também podem ser classificadas conforme o tipo de

ação sobre o hidrograma:

a) infiltração e percolação: criação de áreas para que a água armazenada

tenha maior infiltração e percolação no solo, retardando o escoamento

superficial utilizando o armazenamento e o fluxo subterrâneo. São

estruturas deste tipo trincheira de infiltração, pavimento permeável, bacias

de infiltração e percolação;

b) armazenamento: utilização de reservatórios adequados para o uso em

residências, até porte para a macrodrenagem urbana. O objetivo desta

medida é reter uma parcela do escoamento superficial, reduzindo o pico de

cheia e distribuindo a vazão no tempo. São estruturas deste tipo

microrreservatórios e bacias de detenção;

c) aumento da eficiência do escoamento: através da implantação de condutos

e canais para drenar as áreas inundadas;

d) diques e estações de bombeamento: solução tradicional em áreas urbanas

que não possuem espaço para amortecimento da inundação.

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3.2.3 Plano Diretor de Drenagem Urbana (PDDU)

O Plano Diretor de Drenagem Urbana (PDDU) faz parte do Plano de

Desenvolvimento Urbano e Ambiental (PDDUA) da cidade e é através dele que são

criados mecanismos de gestão da infraestrutura urbana relacionados com o

escoamento das águas pluviais, dos rios e arroios em áreas urbanas. O PDDrU tem

como principais objetivos:

a) regulamentação dos novos empreendimentos;

b) elaboração de planos de controle estrutural e não-estrutural para os

impactos existentes nas bacias urbanas da cidade;

c) desenvolvimento do manual de drenagem urbana.

O Manual de Drenagem representa o documento que orienta os profissionais

que planejam e projetam a drenagem urbana, bem como as diretrizes para a ocupação

de áreas ribeirinhas. Este manual define critérios como variáveis hidrológicas de

projetos, elementos hidráulicos e legislação e regulamentação associada.

3.3 Sistemas de Drenagem Urbana

Os sistemas de drenagem são definidos como na fonte, microdrenagem e

macrodrenagem.

Os sistemas de drenagem na fonte atuam diretamente na origem do problema,

e têm o objetivo de controlar o excesso de escoamento superficial no local onde é

gerado. Segundo Tucci (2003), a drenagem na fonte é definida pelo escoamento que

ocorre no lote, condomínio ou empreendimento individualizado, estacionamentos,

área comercial, parques e passeios.

A microdrenagem é constituída por estruturas de captação e condução de

águas pluviais que chegam aos elementos viários como ruas, praças e avenidas. Sua

vazão não é apenas proveniente da precipitação direta sobre esses elementos, mas

também das captações existentes nas edificações e lotes adjacentes. O projeto de

sua rede depende da topografia do terreno e é determinado pelo traçado das vias

públicas. Além disso, seu projeto deve assegurar a drenagem de precipitações de

risco moderado. Pode-se entender também a microdrenagem como a estrutura de

entrada no sistema de drenagem das bacias urbanas.

De acordo com Manual de Manejo de Águas Pluviais de São Paulo (2012), as

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obras de macrodrenagem compreendem as estruturas de condução principais da

bacia e, geralmente, originam-se nos elementos de drenagem como rios e córregos

naturais e suas ampliações e canalizações. As bacias referentes à macrodrenagem

devem abranger uma área de no mínimo 2km² e têm o papel concentrador de águas,

recebendo as contribuições de diversos subsistemas de microdrenagem.

A área analisada neste estudo comprendende uma região inferior a 2km², ou

seja, uma área para dimensionamento de redes de microdrenagem.

3.3.1 Elementos de um sistema de microdrenagem

O sistema de microdrenagem é composto por vários elementos, são eles: as

galerias, poços de visita, bocas de lobo, tubos de ligação, meio-fio, sarjetas, sarjetões,

condutos forçados e estações de bombeamento.

a) galerias: canalizações públicas que conduzem as águas pluviais sucedidas

das bocas de lobo e das ligações privadas. Segundo a Figura 3, a tubulação

de concreto destinada a águas pluviais pode ser classificada segundo a

Associação Brasileira de Tubos de Concreto (ABTC) em PA 1, PA 2, PA 3,

PA 4 para concreto com armação para diferentes cargas mínima de fissuras

e de ruptura e em PS 1 e PS 2 para tubos sem armação. Para seções

maiores são utilizadas as aduelas de concreto, ou seja, peças retangulares

pré-moldadas de concreto com encaixe macho e fêmea;

Figura 3 - Tubos de concreto circulares. Fonte: http://www.abtc.com.br/ (2015)

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b) poços de visita: dispositivos que permitem o acesso às canalizações para

inspeção e limpeza da rede (Figura 4). Estes dispositivos são instalados em

pontos convenientes do sistema de galerias para permitir mudanças de

direção, de declividade e de diâmetro. Quando a diferença de nível entre o

tubo afluente e efluente for maior que 0,7m, o poço de visita será designado

poço de queda;

c) bocas de lobo: dispositivos localizados em pontos pré-determinados para

que se tenha a captação das águas pluviais provenientes das sarjetas. As

bocas de lobo, segundo a Figura 5, podem ser classificadas como simples,

com grelha, combinada e múltipla;

d) tubos de ligação: canalizações com finalidades de conduzir as águas

pluviais captadas nas bocas de lobo para as galerias ou poços de visita;

Figura 4 - Modelo convencional de poço de visita. Fonte: http://www.dec.ufcg.edu.br/saneamento/Image33.gif (2015)

e) meio-fio: elementos de pedra ou concreto, situados entre a calçada e o

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pavimento, paralelamente ao eixo da rua e com sua face superior no mesmo

nível da calçada;

f) sarjetas: faixas de via pública, paralelas e vizinhas ao meio-fio. A calha que

é formada recebe as águas pluviais que incidem sobre o pavimento e que

para elas escoam;

Figura 5 - Tipos de boca de lobo. Fonte: Manual de Drenagem e Manejo de Águas Pluviais de

São Paulo(2012)

g) sarjetões: calhas situadas nos cruzamentos de vias públicas, originadas de

sua pavimentação e com objetivo de orientar o fluxo das águas que escoam

pelas sarjetas;

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h) condutos forçados: elementos destinados à condução das águas

superficiais captadas de maneira segura e eficiente, com preenchimento

pleno da seção transversal dos condutos;

i) estações de bombeamento: destinadas a retirar água de um canal de

drenagem, quando não houver mais possibilidade de escoamento por

gravidade, para outro canal em nível mais elevado ou receptor final.

3.3.2 Elaboração de um projeto de microdrenagem

Para a elaboração de um projeto de rede pluvial de microdrenagem alguns

dados devem ser previamente analisados. De acordo com Manual Drenagem e de

Manejo de Águas Pluviais de São Paulo (2012), os principais dados necessários são:

a) mapas: planta de situação e localização, planta geral da bacia contribuinte

e planta planialtimétrica;

b) levantamento topográfico: nivelamento geométrico em todas as esquinas,

mudanças de direção e mudanças de greides nas vias públicas;

c) cadastro: serviços que possam interferir na área de projeto como redes

pluviais já existentes, projeto de redes de esgoto ou outros;

d) urbanização: tipo de ocupação das áreas, porcentagem de ocupação dos

lotes e ocupação e recobrimento do solo nas áreas não urbanizadas

pertencentes à bacia.

e) dados relativos ao curso de água receptor: referências sobre o nível de água

máximo do curso d´água que irá receber o vazão final e levantamento

topográfico do local de descarga final.

3.3.3 Método racional

Para o dimensionamento dos sistemas de microdrenagem, o método racional

é o mais difundido na prática para determinação de vazões de pico em pequenas

bacias com limite de área de até 2km2. Esse método tem ampla aceitação devido à

sua simplicidade e aos seus resultados, que costumam ser satisfatórios, contanto que

respeitadas as condições de validade. O seu conceito básico está no fato da vazão

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de pico para a pequena bacia contribuinte ocorrer quando toda a bacia está

contribuindo, e que esta vazão é igual a uma fração da precipitação média.

Segundo o Plano Diretor de Drenagem Urbana de Porto Alegre (2005), os

princípios básicos do Método Racional são:

a) a duração da precipitação máxima de projeto é igual ao tempo de

concentração da bacia;

b) adota-se um coeficiente único de perdas, denominado C, estimado com

base nas características da bacia;

c) não pode ser empregado para dimensionar reservatórios de amortecimento,

pois não avalia o volume da cheia e a distribuição temporal das vazões.

Conforme Atila (2011), o método para estiar a vazão máxima é válido, desde

que algumas particularidades sejam fundamentalmente verdadeiras:

a) os efeitos do armazenamento superficial na bacia sejam constante a partir

do tempo de concentração e não influenciem na dinâmica de propagação

da cheia;

b) a intensidade da chuva permanece constante até que a duração da chuva

alcance o tempo de concentração da bacia, estabelecendo o regime

permanente;

c) a intensidade da precipitação diminui com o aumento do temo de duração

da chuva;

d) a contribuição subterrânea é desprezível.

A intensidade da precipitação para a equação da vazão máxima depende dos

seguintes fatores:

a) equação IDF: característica da região de estudo;

b) tempo de concentração: é definido como a soma do tempo que uma gota

de água no ponto mais afastado da bacia demanda para atingir o montante

do conduto, e o tempo gasto pela mesma para percorrer o conduto até seu

ponto de concentração;

c) tempo de recorrência: é definido como sendo o valor médio esperado do

intervalo entre dois eventos com ocorrência de precipitação superior a um

valor pré-estabelecido, que superem a capacidade da obra.

As precipitações mais intensas atingem áreas localizadas e são em geral dos

tipos convectivo e orográfico. As chuvas convectivas ou de verão possuem,

geralmente, grande intensidade e curta duração, apresentando como principal

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consequência a inundação de pequenas bacias urbanas. Já as chuvas orográficas,

por serem consequência da ascensão de ventos úmidos devido a barreiras

montanhosas, são chuva muito frequentes de pequena a grande intensidade (TUCCI,

1995).

3.3.4 Coeficiente de escoamento superficial

O escoamento superficial ocorre quando a intensidade de precipitação é

superior à taxa de infiltração do terreno, na qual denominamos precipitação efetiva

toda a precipitação que escoa na superfície. Sendo assim, o coeficiente de

escoamento superficial é definido como a relação entre este volume escoado

superficialmente e o volume total da precipitação, podendo, então, ser calculado a

partir de dados observados em campo ou retirado de valores recomendados na

literatura em função das características físicas da bacia (HORN et al., 2011).

De acordo com Atila (2011), o coeficiente de escoamento superficial varia em

função de uma cadeia de fatores, como o tipo de solo, ocupação da bacia, a umidade

do solo que antecede a precipitação, intensidade da chuva, entre outros. Apesar disso,

é usual na utilização do método racional adotar um valor constante de coeficiente, o

que deve ser feito com muita cautela fazendo uso de uma análise detalhada das

características do terreno.

Um estudo realizado por Horn et al. (2011) comparou os coeficientes de

escoamento superficial calculados através de dados observados em campo e valores

sugeridos pela bibliografia. De acordo com a pesquisa, os coeficientes encontrados

pelos métodos de McCuen, Wilken não demonstraram resultados eficazes, podendo

não expressar a realidade e implicar em projetos com valores distorcidos. Esta

discrepância de valores pode trazer diferenças consideráveis na avaliação de

pequenas bacias, em que a escala de trabalho é mais detalhada.

Tendo em vista que os valores de escoamento superficial têm grande

importância para projetos de drenagem em que a escala de trabalho é mais detalhada,

deve-se fazer uso de todas possibilidades existentes para estimar seu valor com

melhor precisão. Dentre as ferramentas e tecnologias existentes, o uso de veículos

aéreos não tripulados apresenta grande eficiência para a aquisição de dados de uso

do solo para projetos hidráulicos.

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3.4 Veículos Aéreos Não Tripulados (VANT)

Os veículos aéreos não tripulados surgiram inicialmente para o mercado militar,

e foram desenvolvidos para serem utilizados em operações de guerras e ações de

reconhecimento em áreas de difícil acesso. No entanto, a evolução tecnológica

referente às câmaras digitais e sistemas de navegação em conjunto com a

necessidade de redução de tempo e custos nos processos de mapeamento, fez surgir

novos sistemas de aquisição de imagens para uso na fotogrametria analítica ou digital.

Segundo Vidal (2013), um veículo aéreo não tripulado (VANT) ou no inglês UAV

(Unmanned Aerial Vehicle) é uma nomenclatura genérica para identificar aeronaves,

que poderão ter várias dimensões e características distintas, e que podem voar sem

tripulação.

O VANT é uma excelente ferramenta de obtenção de imagens de alta

resolução, baixo custo e alta resolução temporal. Essas características têm

popularizado seu uso, fazendo com que o VANT seja empregado nas mais variadas

aplicações.

Notavelmente, a sua principal utilização é a atualização e confecção de mapas.

Através das imagens aéreas, é possível determinar curvas de nível, gerar um modelo

digital de superfície (DSM) e realizar cálculos volumétricos. Além disso, seu uso

também pode ser compreendido na entrega de produtos por empresas a clientes,

monitoramento de doenças e infestações de insetos na agricultura, gestão pública,

mapeamento de sítio arqueológicos e controle da quantidade de animais e sua

migração, dentre outras.

O uso do VANT apresenta diversas vantagens em relação ao avião tripulado,

dentre elas se destaca a possibilidade de voar em menores altitudes. Apesar do avião

proporcionar uma ampla cobertura, o nível de resolução por pixel é menor, o que

inviabiliza muitas aplicações onde o nível de detalhe é crítico. Os satélites, de forma

similar, não conseguem oferecer o mesmo nível de detalhamento obtido com o uso

dos VANTs, além do serviço ser restritivo do ponto de vista econômico e da não

adaptabilidade do equipamento (Cassemiro; Pinto, 2014).

A Figura 6 apresenta uma comparação da área de abrangência, altura de voo,

escala precisão, distância focal e repetitividade que algumas plataformas aéreas

possuem na obtenção de imagens.

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Figura 6 - Comparativo entre plataformas aéreas. Fonte: Almeida (2014)

Conforme Vidal (2013), as vantagens do uso de VANTs são: maior rapidez no

planeamento e execução das missões e na obtenção dos resultados standard tais

como parâmetros de orientação interna e externa das fotografias, MDS, e mosaico

ortoretificado; adequada qualidade posicional, e grandes resoluções temporal e

espacial; bom custo benefício; prontidão; maior flexibilidade em relação as condições

climáticas; maior rapidez e maior segurança. Entretanto, também existem algumas

debilidades, como: pouca exatidão nos parâmetros de orientação externa; fotografias

pouco verticais; aconselháveis sobreposições muito elevadas; cobertura de áreas

geográficas pequenas; dependências meteorológicas e pouca autonomia de voo.

No Brasil, os primeiros relatos de uso de VANTs ocorreram na década de 80,

quando o Centro Tecnológico Aeroespacial (CTA) desenvolveu o projeto Acauã para

fins militares. Dentre as aplicações civis, o projeto ARARA (Aeronave de

Reconhecimento Assistida por Rádio e Autônoma) é o que mais teve destaque. Tinha

como objetivo a substituição de aeronaves convencionais utilizadas na obtenção de

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fotografias aéreas, para monitoramento de áreas agrícolas e áreas sujeitas a

problemas ambientais, por VANTs de pequeno porte que realizam missões pré-

estabelecidas pelos usuários. Com o ARARA foi desenvolvido uma aeronave de asa

fixa patenteada pela Embrapa (JORGE; INAMASU; do CARMO,2011).

Segundo Jorge e Inamusu (2014), a Embrapa também investiu no

desenvolvimento de outra plataforma e outra aeronave com fins agrícolas capaz de

operar em condições de campo adversas apresentando um bom desempenho e um

baixo risco. Esse projeto foi inspirado pelo helicóptero sem piloto (RMax) desenvolvido

pela Yamaha, que tem como função a pulverização para controle de pragas na

agricultura. Além da aeronave, estão sendo desenvolvidos softwares e sistemas de

captura de imagens adequados para as diferentes aplicações agrícolas.

3.4.1 Tecnologia e modelos existentes

O progresso da tecnologia e o aprimoramento de materiais têm permitido

desenvolver equipamentos cada vez menores. Esses equipamentos são feitos de

material leve e resistente como a fibra de carbono, e devido à sua propulsão ser

elétrica, permitem voos estáveis, sem grandes oscilações angulares e trepidações,

proporcionando uma melhor qualidade de imagem. Este desenvolvimento traz como

consequência uma alternativa financeiramente viável para mapeamentos aéreos de

pequenas áreas, contrastando os métodos tradicionais (VIDAL, 2013).

A aeronave utilizada deve ser escolhida avaliando-se o tipo de aplicação que

esse aparelho irá exercer, visto que diferentes aplicações requerem diferentes tipos

de equipamentos. No Quadro 1, Eisenbeiss (2009) classifica os VANTs de acordo com

seu peso e sua fonte de energia. Os VANTs usados hoje com maior frequência para

aquisição de fotos aéreas são: balões, paramotores, aviões, helicópteros e

multirotores.

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Quadro 1 - Classificação dos VANTs. Fonte: Eisenbeiss (2009), adaptado pelo autor

Conforme Vidal (2013), os VANTs são constituídos pelo veículo com sistema

de georreferenciamento composto por uma câmara fotográfica, GPS e um sistema

inercial, sensores climáticos ou laser de varreduras, e por uma estação base com

software próprio e um controle remoto.

a) estação base ou “Ground Control Station”: é um computador com o software

de controle capaz de enviar os dados para controle do VANT. É na estação

que é definida a altitude de voo, a cobertura longitudinal e transversal bem

como as coordenadas para todas as exposições.

Figura 7 - Estação base e interface gráfico. Fonte: Vidal (2013)

b) sistema de navegação: é constituído geralmente por um GPS e uma

unidade de navegação inercial. Enquanto o GPS dá continuamente

informação de posição, cabe ao sistema inercial fornecer continuamente

informação das rotações da câmara em torno do sistema de coordenadas

Mais leve que o ar

Asa móvel Asa fixa Asa rotativa

Não motorizado Balão Asa delta Planador

Parapente

Motorizado Dirigível Parapente Paramotores Helicópteros

Aviões Quadrirotores

Multirotores

Mais pesado que o ar

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de navegação.

c) Câmeras: a aquisição de dados é feito através do uso de câmeras que

podem ser digitais, térmicas, câmeras de vídeo (Figura 11) ou outro tipo.

Figura 8 – Câmeras: (a) digitais; (b) vídeo; (c) térmicas. Fonte: Vidal (2013)

d) sensores climáticos e laser de varreduras: determinação da altura de pontos

na superfície usando pulsos laser que são disparados na direção da

mesma.

e) controle remoto: é o equipamento responsável pelo controle do veículo à

distância quando necessário, usando uma determinada faixa de frequência

ou por um interface Bluetooth.

3.4.2 Planejamento de voo

Segundo Jorge e Inamasu (2014), o planejamento de voo compreende a

escolha da altitude e velocidade de voo, resolução das imagens e do pixel nas

unidades de terreno, e das normas e regulamentos de voo. Além disso, de acordo

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com a resolução da câmera, deve ser calculada a altitude de voo observando a

resolução em solo desejada. No Quadro 2 pode ser observado um exemplo de

resoluções e altitude para uma câmera de 10 megapixels.

Quadro 2 - Especificações de altitude para uma câmera de 10Mpixel. Fonte: Jorge, Inamusu (2014), adaptado pelo autor

Depois de definidas as condições de voo, deve-se utilizar estes parâmetros nos

planejadores de missões de cada VANT para traçar o plano de voo. Na Figura 12 pode

ser visto um traçado de voo de uma construção civil em Brasília.

Figura 9 - Plano de voo de uma construção civil em Brasília. Fonte: Cassemiro, Pinto (2014)

Altitude (m) Resolução (cm/pixel) Cobertura no solo (m)

100 3.5 129

122 4.3 157

140 5 180

200 7.1 257

280 10 360

420 15 540

560 20 720

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3.5 Fotogrametria

Segundo a International Society for Photogrammetry and Remote Sensing

(ISPRS), fotogrametria é a arte, ciência e tecnologia de obtenção de informações

confiáveis sobre os objetos físicos e o meio ambiente através de processos de

gravação, medição e interpretação de imagens fotográficas e padrões da energia

eletromagnética radiante e outros fenômenos.

Nos últimos anos, o crescente desenvolvimento de métodos computacionais

gerou o aparecimento da aerofotogrametria digital. A aerofotogrametria digital

compreende as operações realizadas com fotografias da superfície terrestre,

adquiridas por uma câmara de precisão com o eixo ótico do sistema de lentes mais

próximo da vertical e acoplada em uma aeronave projetada para tal uso. Essa técnica

é utilizada nas atividades de mapeamento para a cartografia, no planejamento e

desenvolvimento urbano (PERGORARO; GUBIANI; PHILIPS, 2013).

Após a execução da aerofotografia digital do local e de posse das imagens

brutas da área, é feito um pós-processamento com softwares fotogramétricos. Um

exemplo de softwares recomendado por imagens obtidas por VANTs é o “Agisoft

PhotoScan Professional”. Este programa permite a aerotriangulação do bloco de

imagens (determinação de coordenadas de pontos de interesse no espaço objeto), a

calibração da câmera e correção das distorções das lentes e da variação do relevo. O

software apresenta como produto final as seguintes bases cartográficas: Mosaico de

Ortofotos, Modelo Digital de Superfície e Modelo Digital do Terreno.

3.5.1 Mosaico de ortofotos

A ortofoto ou ortofotografia é a fotografia resultante da transformação de uma

foto original que é projeção cônica central do terreno em projeção ortogonal sobre um

plano. Desse modo, os objetos contidos nelas são apresentados em suas verdadeiras

posições orográficas. (SATO, 1996).

Segundo Lima e Loch (1998), para uma fotografia aérea ser análoga a uma

carta topográfica, do ponto de vista quantitativo, a mesma deve apresentar:

a) terreno plano e horizontal;

b) perfeita verticalidade do eixo ótico da câmera fotogramétrica;

c) linha de voo perfeitamente horizontal, sem variações na altitude do voo

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entre as sucessivas estações de tomadas das fotografias.

Essas condições ideais são impossíveis de serem executadas na realidade, por

isso se faz o uso de mecanismos de correção das fotografias como a ortorretificação.

Os dados necessários para ortorretificar abrangem a inclinação, posição e distorção

da câmera no instante da tomada das fotografias além de informações referentes ao

terreno.

Segundo Matias, Guzatto, Silveira (2015), o mosaico pode ser explicado como

o conjunto de fotos de escala aproximada, que unidas de tal forma passam a ser uma

única imagem georreferenciada que cobre toda a área de interesse. Observando a

Figura 13, suas funções são análogas a um Mapa de traço (mapa convencional), em

que é possível realizar medidas lineares, angulares e vetoriais, cálculos de perímetro,

áreas, etc.

Figura 10 - Mosaico de ortofoto de uma usina de cana de açúcar. Fonte:

http://droneng.com.br/blog/

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3.5.2 Modelo digital de superfície

O MDS (modelo digital de superfície), é uma representação planialtimétrica da

superfície da Terra, que é gerado a partir dos arquivos do tipo “nuvem de pontos”

resultantes do perfilamento LASER. O modelo representa a superfície do terreno

acrescida de quaisquer objetos existentes sobre ela e que influenciem no valor da

refletância do pixel. Ou seja, se existirem árvores e construções, a superfície

representada refere-se ao topo das mesmas (CRUZ et al., 2011).

3.5.3 Modelo digital do terreno

O modelo digital do terreno (MDT) é um modelo matemático que representa de

uma forma contínua a superfície de um terreno, tendo em vista que é inviável o

levantamento do elevado número de pontos em campo. Para isso existem duas

estruturas que geram esse modelo, a malha retangular e a rede triangular irregular

(TIN - Triangular Irregular Network) (ALMEIDA, 2014).

Diferente do MDS o MDT é a real representação do terreno, ele não contempla

os objetos acima do solo. Para gerar o MDT é necessário realizar um processo

conhecido como filtragem na nuvem de pontos do MDS suprimindo os objetos acima

do solo.

O MDT e o MDS são fundamentais para projetos relacionados a cartografia

tridimensional, análises de corte-aterro para projeto de estradas e barragens, apoio

aos projetos de drenagens, elaboração de mapas de declividade e exposição para

apoio a análise de geomorfologia e erodibilidade; base para projetos realizados em

Sistemas de informações Geográficos (SIG´s) na geração de mapas de declividade e

afins.

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Figura 11 - Comparação entre MDT E MDS. Fonte: http://www.globalgeo.com.br/

3.5.4 Diferentes usos das imagens detalhadas obtidas por VANTs

Nos últimos anos vem ocorrendo um aumento no uso de VANTs, uma vez que

essa ferramenta possibilita a captação de imagens de alta qualidade, permitindo

análises detalhadas em diversificadas áreas de estudos. Dentre elas, podemos

observar seu emprego para monitoramentos ambientais e de acidentes,

acompanhamento de obras de engenharia, assessoramentos na agricultura de

precisão, elaboração de projetos hidráulicos, rodoviários, dentre outros.

O uso de imagens aéreas ou orbitais tem auxiliado a agricultura de precisão

com resultados relevantes. Informações obtidas através dessa ciência têm sido

utilizadas no mapeamento de culturas, pragas, doenças, cadastro rural e solos. Com

suas imagens orbitais ainda é possível identificar espécies vegetais, calcular área

foliar, biomassa, cobertura do solo, quantificar nitrogênio, clorofila, água, deficiência

nutricional, etc (GALVÃO, 2014).

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Além disso, quando se tem à disposição uma resolução maior e mais detalhada

das imagens de VANT, é possível, inclusive, acompanhar o crescimento da planta no

campo, permitindo assim estudos de fenotipagem. Um exemplo desse

acompanhamento de germinação pode ser visto na Figura 15.

Figura 12 - Avaliação de germinação e crescimento de híbridos de milho no campo. Fonte: Jorge, Inamusu (2014)

Brasil (2012) analisou o uso de imagens geradas por VANTs para

monitoramento ambiental de áreas de preservação permanente. A qualidade das

imagens foi analisada do ponto de vista da fotointerpretação, o que permite a

identificação de aspectos ambientais, tais como, a evolução da ocupação antrópica, o

desenvolvimento vegetacional, áreas degradadas, áreas reflorestadas, erosão de

margens, entre outros. Além disso, foi avaliada a possibilidade de se extrair

informações quantitativas como coordenadas geográficas, extensões e áreas de

aspectos ambientais de interesse. Neste intuito, o estudo apresenta um comparativo,

conforme a figura 16, que estimou um erro de 2,98% entre objetos medidos por

imagens de VANT e por aqueles medidos em campo.

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Figura 13 - Comparação de seis medições extraídas em campo e de uma imagem de VANT.

Fonte: Brasil (2012), adaptado pelo autor

Silva et al. (2015) testaram o uso de VANT em atividades de fiscalização do

uso de recursos hídricos, sobretudo no intuito de fazer o reconhecimento e detecção

de áreas irrigadas às margens de rios. Com esse estudo, pode-se concluir que as

configurações de voo e as resoluções espaciais testadas atenderam às atividades

propostas, sendo que as imagens com 6cm de resolução espacial mostraram maior

riqueza em detalhes e menor produtividade comparado com as imagens com 13cm

de resolução. Com as imagens de maior resolução foi possível detectar facilmente

todos os detalhes dos campos agrícolas, as tubulações para irrigação e até mesmo o

número de plantas cultivadas (Figura 17).

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Figura 14 - Tubulação identificada em imagem de a) maior resolução e b) menor resolução.

Fonte: Silva et al. (2015), adaptado pelo autor

Almeida (2014) estudou a viabilidade técnica e econômica da utilização de

dados planialtimétricos resultantes de levantamento aerofotogramétrico utilizando

VANTs, para fins de elaboração de projetos rodoviários. O emprego dessa tecnologia

foi considerado uma boa alternativa uma vez que foram geradas imagens com alto

grau de detalhamento que se enquadram dentro das especificações definidas pelo

Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT).

Rango e Vivoni (2012) realizaram um estudo para avaliar o uso de veículos

aéreos não tripulados como meio para obter dados de sensoriamento remoto para

projetos hidráulicos. Seus resultados mostraram que os VANTs estão bem preparados

para fornecer classificações detalhadas da vegetação, MDT detalhados, mosaicos de

bacias hidrográficas inteiras, e “inputs” para ambos os modelos hidrológicos e

modelos de saúde no campo. Sendo assim, o estudo conclui que o VANT é uma boa

ferramenta para obter uma frequente e financeiramente acessível cobertura aérea, na

qual fornece dados de alta resolução para preencher as lacunas entre redes de

observação terrestre e dados de cobertura por satélite.

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METODOLOGIA

4.1 Área de Estudo

A área de estudo analisada para esse trabalho está localizada no bairro

Diácono João Luiz Pozzobon, na cidade de Santa Maria (Figura 18). Essa área

compreende o Residencial Dom Ivo Lorscheiter, um condomínio de habitação de

interesse popular em fase de conclusão. O loteamento possui 289 habitações, com

cerca de 40 metros quadrados cada uma, equipada com piso cerâmico em toda a

residência e aquecimento solar para o chuveiro.

Figura 15 - Localização do Condomínio

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Para a realização deste trabalho foram utilizados como materiais de estudo a

imagem em alta resolução obtida por um VANT, bibliografia e manuais sobre

microdrenagem existentes, planilhas eletrônicas, imagens de satélite obtidas pelo

Google Earth, software CAD e dados obtidos em campo. Para isso, foi realizado um

levantamento aerofotogramétrico da região e uma parametrização das áreas do

condomínio. Ademais, utilizou-se o método racional para dimensionamento da rede

de microdrenagem.

4.2 Levantamento Aerofotogramétrico da Região e Modelo de VANT Utilizado

Conforme ilustrado na Figura 19, o modelo de veículo aéreo não tripulado

utilizado neste trabalho foi o Ebee produzido pela empresa senseFly, um VANT de

asa fixa. Esse modelo possui sistema inercial embarcado, câmera de 18.2 MP,

cobertura de até 12 km2, tempo de voo de até 50 minutos, GPS e piloto automático,

permitindo que o VANT realize voos de forma totalmente automática desde o

lançamento, realizado manualmente, até o pouso.

Figura 16 - VANT SenseFly Ebee Fonte: http://pretop.com.br/site/topografia-e-

geoprocessamento (2015)

O mapeamento deve ser programado antes de ir a campo. Para isso, é feito o

planejamento de voo através do software Emotion 2, e por meio dele, foram

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programados alguns dados como a altitude de voo de 130 metros para uma resolução

de pixel de 4cm. Além disso, o georreferenciamento e processamento das imagens

foi feito pelo software Postfligth Terra 3D da Pix4D, utilizando o sistema de

coordenadas WGS84 Fuso 22S.

4.2.1 Classificação das imagens

Para classificação das áreas do condomínio foi utilizado o software Autocad,

inserindo-se o mosaico de fotos gerado pelo software de georreferenciamento. O

escalonamento da imagem no sistema CAD foi realizado através de medida obtidas

em campo em relação as dimensões da residência padrão.

Com o detalhamento proporcionado pelas imagens do VANT foi possível traçar

o contorno das superfícies de infiltração e impermeáveis, entre outras, que serviram

para cálculo de suas áreas, posteriormente. Conforme a Figura 20, foram utilizados

diferentes layers para representar diferentes tipos de superfície, como a área de

telhados, gramados, areias, calçadas de concreto e pavimentos intertravados.

Figura 17 - Delimitação dos tipos de superfícies por layers em cores: vermelha (telhados),

verde (gramados), amarela (calçadas), cinza (pavimentações) e rosa (areias) . Fonte: Acervo próprio (2015).

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Infelizmente, a varredura do VANT sobre o condomínio não cobriu sua

totalidade, uma vez que essa missão não foi inicialmente planejada para esse fim.

Dessa forma, a partir dos parâmetros residenciais já fixados pelas imagens do VANT,

foi utilizado, como suporte para o mapeamento do lote, imagens de satélite obtidas

pelo software Google Earth, e apoio de visita de campo.

Foi através do mesmo software que foram retiradas a cotas altimétricas do

loteamento para obtenção de dados para o traçado das curvas de níveis (Figura 21).

A informação do VANT também foi utilizada para esse fim, nas áreas de cobertura da

imagem.

Figura 18 - Curvas de níveis. Fonte: Acervo próprio (2015).

4.3 Dimensionamento das Redes de Microdrenagem

Primeiramente, a rede de microdrenagem foi dimensionada adotando-se

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coeficientes de escoamento a partir de imagens do VANT para dois cenários. O

primeiro cenário comprende a utilização de um C analisado separadamente para cada

área de contribuição e o segundo cenário, em um valor de C ponderado para toda a

área do condomínio.

A segunda etapa do estudo foi dividida em três cenários. Desse modo, foi

utilizado coeficientes de escoamento obtidos através da bibliografia conforme a

ocupação do terreno.

No condomínio residencial referido nesse estudo, cada lote contém duas casas

conjugadas, espelhadas em relação ao eixo central do terreno, e distantes,

aproximadamente, de 3 m das divisas laterais. Em consequência disso, este lote

abrange, conforme a literatura existente para projetos (Quadro 3), tanto uma descrição

de áreas de unidades múltiplas separadas, como conjugadas. A vista disso, foi

utilizado, para o dimensionamento da rede de microdrenagem, os valores limites

máximos e mínimos das referidas classificações citadas anteriormente.

A fim de melhor ilustrar o estudo realizado, a classificação dos cenários pode

ser encontrada no Quadro 4.

Quadro 3 - Valores de C por tipo de ocupação. Fonte: Bidone e Tucci (1995), adaptado pelo autor

Descrição da área C

Área Comercial

Central 0,70 - 0,90

Bairros 0,50 - 0,70

Área Residencial

residências isoladas 0,35 - 0,50

unidades múltiplas (separadas) 0,40 - 0,60

unidades múltiplas (conjugadas) 0,60 - 0,75

lotes com > 2.000 m2 0,30 - 0,45

áreas com apartamentos 0,50 -0,70

Área industrial

indústrias leves 0,50 - 0,80

indústrias pesadas 0,60 - 0,90

parques, cemitérios 0,10 - 0,25

playgrounds 0,20 - 0,35

pátios rodoviários 0,20 - 0,40

áreas sem melhoramentos 0,10 - 0,30

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Quadro 4 - Classificação dos cenários utilizados para dimensionamento da rede

O dimensionamento das redes foi realizado a partir da aplicação do método

racional, com apoio de uma planilha eletrônica. Os cálculos de dimensionamento das

redes de microdrenagem foram realizados em sequência, aplicando-se o

dimensionamento descrito a seguir de trecho em trecho.

4.3.1 Traçado da rede

Depois da caracterização do lote conforme suas diferentes áreas superficiais,

foram desenhados os traçados para as tubulações, posicionamento das bocas de lobo

e poços de visita.

As tubulações foram traçadas sob o eixo da via pública, de modo que possibilite

a ligação das canalizações de escoamento das bocas de lobo. Foi utilizado um

recobrimento mínimo de 1,00 metro e as mudanças de diâmetro da tubulação foram

alinhados com a geratriz superior.

Os poços de visita foram introduzidos em pontos onde há cruzamento de ruas

e mudanças de direção, já que para cada traçado pode haver mudança na declividade

e do diâmetro da rede. Do mesmo modo, as bocas de lobo foram introduzidas nos

dois lados da via pública, próximo às esquinas e dos pontos mais baixos da área de

contribuição, a fim de evitar a criação de zonas mortas com alagamentos e áreas

paradas.

limite superior de unidades múltiplas

conjugadas

limite superior e inferior de unidades

múltiplas separadas e conjugadas

limite inferior de unidades múltiplas

separadas

ponderado para a área do condomínio

total

analisado separadamente para cada

área de contribuição

3

4

5

Bibliografia

(tipo de ocupação do solo)

Cinf

Cmédio

Csuperior

Material UtilizadoCenário Classificação

1

Imagem de VANT

2

C

(coeficiente de escoamento)

Cponderado

C

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4.3.2 Delimitação da área de contribuição e determinação de seu coeficiente

de escoamento

Foram delimitadas 52 áreas de contribuição de acordo com os sentidos do

escoamento superficial e a localização das bocas de lobo, e são adicionadas

progressivamente pelas áreas locais de contribuição de cada trecho. Conforme a

Figura 22 podemos observar o traçado da rede de microdrenagem com seus

dispositivos e suas respectivas áreas de contribuição.

Para o cenário 1, o coeficiente de escoamento adotado para cada trecho varia

conforme as áreas de contribuição. Em um primeiro momento, para cada área de

contribuição, foi encontrado um coeficiente de escoamento, levando em conta valores

existentes na literatura com base no tipo de superfície de acordo com o Quadro 5.

Dentre eles, foi adotado um C de 0,88 para calçadas de concreto; 0,85 para as áreas

de telhado; 0,88 para pavimentos intertravados de concreto e 0,20 para a área de

gramado.

Figura 19 - Traçado da rede de microdrenagem e áreas de contribuição. Fonte: Acervo próprio (2015).

ÁREA DE CONTRIBUIÇÃO

POÇO DE VISITA

BOCA DE LOBO

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Quadro 5 - Valores do coeficiente C com base em superfícies Fonte: Bidone e Tucci (1995), adaptado pelo autor

O coeficiente para cada área de contribuição foi calculado pelo quociente entre

o somatório das áreas de cada superfície de contribuição (Asup) multiplicadas pelo seu

respectivo C tabelado (Csup), e a área de contribuição (Acontribuição) (equação 2).

𝐶 =(∑𝐴𝑠𝑢𝑝 𝑥 𝐶𝑠𝑢𝑝)

𝐴𝑐𝑜𝑛𝑡𝑟𝑖𝑏𝑢𝑖çã𝑜 (1)

Para o cenário 2, foi calculado um coeficiente de escoamento geral para toda a

área do condomínio através da equação 2. Ou seja, dividiu-se o somatório de cada

área de contribuição multiplicada pelo seu coeficiente (C) anteriormente calculado,

pela área total do loteamento.

𝐶𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 =(∑𝐴𝑐𝑜𝑛𝑡𝑟𝑖𝑏𝑢𝑖çã𝑜 𝑥 𝐶)

𝐴𝑡𝑜𝑡 (2)

Para o cenário 3, 4 e 5, foi utilizado os valores limites máximos e mínimos

retirados do Quadro 3, tendo-se em vista a classificação de unidades múltiplas

separadas e conjugadas. Em consequência disso, o Cinf utilizado no cenário 3 é de

0,4, o Cmédio utilizado no cenário 4 é 0,6 e o Csup utilizado no cenário 5 é de 0,75.

C (Valor esperado)

asfalto 0,83

concreto 0,88

calçadas 0,80

telhado 0,85

plano (2%) 0,08

médio (2 a 7%) 0,13

alta (7%) 0,18

plano (2%) 0,15

médio (2 a 7%) 0,20

alta (7%) 0,30

Superfície

Pavimento

Cobertura: grama, arenoso

Cobertura: grama, solo pesado

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4.3.3 Vazão máxima de projeto

As galerias que compõem os sistemas de microdrenagem foram

dimensionadas a partir da estimativa da vazão máxima de projeto, a qual é feita

através do uso do método racional (equação 3).

𝑄 = 2,78 ∗ 𝐶 ∗ 𝐼 ∗ 𝐴 (3)

Onde:

Q: Vazão máxima do escoamento excedente que escoa sobre a superfície do solo,

em m³/s

0,278: fator para correção de unidade

C: Coeficiente de escoamento

I: Intensidade da precipitação em litros ou metros cúbicos por hectare e por segundo

A: Área de contribuição da bacia receptora da chuva em hectares

A IDF utilizada foi a da cidade de Santa Maria (RS) (equação 4) elaborada por

Belinazo e Paiva (1991), já que é nela que está inserida a microbacia.

𝐼 =807,801𝑥𝑇𝑟

0,1443

(𝑡+5,67)0,742𝑥𝑇𝑟−0,0280 (4)

sendo:

t: Tempo de concentração (min.)

Tr: Tempo de retorno (anos)

Para este trabalho o tempo de concentração estipulado foi de 5 minutos,

considerando que a estrutura de microdrenagem é projetada para o limite físico do

loteamento. O tempo de retorno utilizado foi de 2 anos, dado que é uma microbacia

de uma área residencial, segundo o Quadro 6.

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Quadro 6 - Períodos de retorno para diferentes ocupações. Fonte: Bidone e Tucci (1995), adaptado pelo autor

4.3.4 Dimensionamento hidráulico

Para o dimensionamento hidráulico utilizou-se a fórmula de Manning isolando-

se o diâmetro (equação 5).

𝐷 = 1,55. (𝑄.𝑛

𝑆1/2)3/8

(5)

sendo:

Q = Vazão (m³/s)

ᶯ = Coeficiente de rugosidade de Manning

S = Declividade do trecho (m/m)

De acordo com a Quadro 7, foi utilizado as caracteristicas de uma galeria de

concreto com bom acabamento para adotar um coeficiente de rugosidade igual a

0,014.

Tipo de obra Tipo de ocupação da área Tempo de retorno

residencial 2

comercial 5

áreas com edifício de serviço público 5

aeroportos 2 - 5

áreas comerciais e artérias de tráfego 5 - 10

áreas comerciais e residenciais 50 - 100

áreas de importâncias específicas 500

Microdrenagem

Macrodrenagem

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Quadro 7 - Coeficientes de rugosidade de Manning. Fonte: Bidone e Tucci (1995), adaptado pelo autor

Para a obtenção da declividade de cada trecho calculou-se a declividade do

terreno, que é igual à cota de montante (CTm) menos a cota de jusante (CTj), dividida

pelo comprimento do trecho (L) (equação 6).

𝐼𝐿 =𝐶𝑇𝑚−𝐶𝑇𝑗

𝐿 (6)

Com os dados de vazão, declividade e rugosidade de Manning, calcula-se o

diâmetro para o trecho correspondente. A partir desse diâmetro, foi escolhido um

diâmetro comercial de acordo com a ABNT – NBR8890, Tubo de concreto de seção

circular para águas pluviais e esgotos sanitários - Requisitos e métodos de ensaios

(Figura 23).

Características n

canais retilíneos com grama de até 15 cm de altura 0,300 - 0,400

canais retilíneos com capins de até 30 cm de altura 0,300 - 0,060

Galerias de concreto

pré-moldado com bom acabamento 0,011 - 0,014

moldado no local com formas metálicas simples 0,012 - 0,014

moldado no local com formas de madeira 0,015 - 0,020

Sarjetas

asfalto suave 0,013

asfalto rugoso 0,016

concreto suave com pavimento de asfalto 0,014

concreto rugoso com pavimento de asfalto 0,015

pavimento de concreto 0,014 - 0,016

pedras 0,016

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Tabela 1 - Dimensões dos tubos de concreto. Fonte ABNT – NBR8890

O diâmetro mínimo das galerias de seção circular deve ser de 0,30 metros.

Além disso, quando os diâmetros adotados foram maiores que os calculados, a lâmina

percentual (y/D) deve ser calculada. A partir dela se obtém o raio hidráulico (Rh) real

e a velocidade efetiva (v) de escoamento no conduto. Inicialmente, para a

determinação da lâmina percentual, foi calculado o fator hidráulico (Fh) da seção

circular, a partir da equação 7.

𝐹ℎ =𝑄.𝑛

𝐷8/3.𝑆1/2 (7)

sendo:

Q = Vazão (m³/s)

ᶯ = Coeficiente de rugosidade de Manning

S = Declividade do trecho (m/m)

Após encontrado o fator hidráulico, foi utilizado este valor para determinar as

relações Rh/D e y/D, observando a Figura 24 com as Relações para Fator Hidráulico

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de seções circulares. Logo pôde-se calcular o raio hidráulico multiplicando-se o valor

de Rh/D pelo diâmetro, já que ele é conhecido.

Tabela 2 - Relações para fator hidráulico de seções circulares

Com o valor do raio hidráulico, foi calculada a velocidade (v) através da

equação de Manning (equação 8). Lembrando-se que para tubos de concreto, a

velocidade máxima admissível é de 5,0m/s, e 0,60m/s a velocidade mínima.

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𝑣 =𝑅ℎ2/3.𝑆1/2

𝑛 (8)

Após a determinação da velocidade foi calculado o tempo de escoamento pela

equação de movimento uniforme, considerando o comprimento do trecho (equação

9).

𝑡𝑒 =𝑐𝑜𝑚𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑜 𝑡𝑟𝑒𝑐ℎ𝑜

𝑣𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 (9)

Para os trechos subsequentes, o tempo de concentração (tc) será do trecho

inicial mais o tempo de escoamento (te) (equação 10). Sempre que para um poço de

visita (PV) concorrerem dois ou mais trechos, o tc adotado será aquele que

representar o maior valor.

𝑡𝑐 = 𝑡𝑐𝑖 + 𝑡𝑒 (10)

4.4 Comparativo de Custos Unitários

Após realizados os dimensionamentos da rede de microdrenagem pluvial com

os cinco cenários abordados neste trabalho, foi realizado um comparativo de custo

unitário em relação as mudanças de diâmetros das galerias adotas em cada planilha

de dimensionamento.

Os valores de custo somente das tubulações foram retirados de tabelas do site

do SINAPI, Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil,

estão ilustrados no Quadro 8.

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Quadro 8 - Preço unitário das tubulações de concreto armado. Fonte: http://www.caixa.gov.br/Downloads/sinapi-a-partir-jul-2014-

rs/SINAPI_Preco_Ref_Insumos_RS_042015_Desonerado.PDF

TUBULAÇÃO DIAMETRO (m) PREÇO UNITÁRIO (m)

300 55,12R$

400 60,25R$

500 70,61R$

600 98,84R$

700 142,80R$

800 168,99R$

900 239,04R$

1000 238,19R$

1100 266,43R$

1200 353,05R$

1500 519,69R$

2000 1.133,21R$

CLASSE PA-2,

PARA ÁGUAS PLUVIAIS (NBR 8890)

TUBO CONCRETO ARMADO,

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RESULTADOS

Os resultados do coeficiente de escoamento obtido por meio do cenário 1,

considerando os coeficientes de cada tipo de superfície, podem ser encontrados na

Tabela 1. Além disso, através do cenário 2 foi calculado o Cponderado (coeficiente de

escoamento total do loteamento) correspondente a 0,53. Esse valor encontra-se entre

o intervalo de 0,4 a 0,6, conforme o Quadro 3, utilizado para unidades múltiplas

separadas. Os valores dos C encontrados e utilizados para cada cenário se encontram

no Quadro 9.

Quadro 9 – Valores dos coeficientes de escoamento para cada cenário

A partir dessas determinações, também, pôde-se chegar nos valores de

porcentagem para cada superficie presente no lote. Dentre eles, as áreas ocupadas

correspondem, aproximadamente, a 50% de grama, 21% de pavimento intertravado,

18% de telhado e 10% de calçada de concreto.

A área total do loteamento analisado foi de 18,61 hectares, com 3667m de

extensão de rede.

Tabela 3 - Áreas de contribuições e seus respectivos coeficiente de escoamento para o

cenário 1

Cenário Valor de C

1

2

por área de contribuição

3

4

5

0,4

0,6

0,75

C

(coeficiente de escoamento)

Cinf

Cmédio

Csuperior

Cponderado

C

0,53

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Áreas Área C

de Grama Calçada de Concreto Telhado Intertravado Areia Total Total

Contribuição (c=0,2) (c= 0,88) (c=0,85) (c=0,88) (c=0,08) (ha)

1 0,136 0,019 0,045 0,059 - 0,258 0,52

2 0,075 0,022 0,033 0,071 - 0,201 0,62

3 0,073 0,024 0,033 0,071 - 0,201 0,63

4 0,133 0,040 0,056 0,102 - 0,330 0,60

5 0,213 0,023 0,045 0,049 - 0,330 0,44

6 0,373 0,046 0,089 0,127 - 0,636 0,48

7 0,256 0,060 0,123 0,124 - 0,562 0,56

8 0,256 0,060 0,123 0,126 - 0,564 0,56

9 0,287 0,066 0,134 0,126 - 0,613 0,55

10 0,091 0,014 0,011 0,037 - 0,152 0,47

11 0,346 0,070 0,156 0,143 - 0,715 0,54

12 0,285 0,066 0,134 0,144 - 0,629 0,57

13 0,083 0,013 0,011 0,034 - 0,141 0,48

14 0,585 0,043 0,161 0,144 - 0,933 0,45

15 0,277 0,038 0,111 0,181 - 0,606 0,56

16 0,240 0,011 0,006 0,036 - 0,293 0,32

17 0,110 0,023 0,056 0,066 - 0,255 0,58

18 0,194 0,059 0,089 0,133 - 0,475 0,60

19 0,088 0,017 0,045 0,026 - 0,175 0,53

20 0,186 0,054 0,089 0,099 - 0,429 0,58

21 0,057 0,008 0,022 0,023 - 0,110 0,52

22 0,112 0,015 0,045 0,040 - 0,211 0,51

23 0,147 0,029 0,078 0,098 - 0,351 0,59

24 0,168 0,033 0,089 0,075 - 0,365 0,56

25 0,329 0,059 0,089 0,179 - 0,657 0,53

26 0,080 0,016 0,045 0,026 - 0,167 0,55

27 0,195 0,038 0,112 0,063 - 0,408 0,55

28 0,249 0,052 0,078 0,120 - 0,499 0,54

29 0,056 0,016 0,045 0,021 - 0,137 0,59

30 0,109 0,016 0,045 0,042 - 0,211 0,52

31 0,156 0,027 0,045 0,081 - 0,309 0,53

32 0,052 0,028 0,000 0,091 - 0,171 0,67

33 0,103 0,019 0,045 0,039 - 0,206 0,53

34 0,261 0,056 0,145 0,114 - 0,576 0,56

35 0,097 0,013 0,022 0,022 - 0,154 0,45

36 0,041 0,020 0,000 0,068 - 0,129 0,66

37 0,172 0,025 0,056 0,050 - 0,302 0,49

38 0,245 0,070 0,134 0,116 - 0,565 0,58

39 0,124 0,026 0,022 0,047 - 0,219 0,49

40 0,016 0,003 0,000 0,046 - 0,065 0,71

41 0,122 0,012 0,022 0,039 - 0,195 0,45

42 0,125 0,037 0,045 0,080 - 0,286 0,58

43 0,162 0,059 0,051 0,010 0,073 0,355 0,40

44 0,056 0,014 0,000 0,037 - 0,107 0,53

45 0,218 0,047 0,100 0,075 - 0,440 0,54

46 0,021 0,005 0,011 0,016 - 0,053 0,60

47 0,063 0,014 0,033 0,050 - 0,160 0,60

48 0,063 0,014 0,033 0,050 - 0,160 0,60

49 0,291 0,036 0,056 0,057 - 0,440 0,43

50 0,377 0,079 0,134 0,090 - 0,680 0,50

51 0,333 0,089 0,167 0,123 - 0,712 0,55

52 0,409 0,070 0,123 0,111 - 0,714 0,48

0,53Cponderado =

Área parcial por tipo de superfície (ha)

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Com os resultados dos coeficientes de escoamento para o cenário podemos

obter o valor do Cmínimo de 0,32 e do Cmáximo de 0,71. Através da Figura 20,

podemos observar um histograma que relaciona a frequência de ocorrência com os

intervalos de valores dos C encontrados.

Figura 20 - Histograma com os valores de coeficiente de escoamento encontrados para o cenário 1

Tendo em vista a obtenção da vazão máxima através do método racional,

obteve-se para a IDF de Santa Maria o valor de 159,41 mm.h-1, para uma duração de

5 minutos e período de recorrência de 2 anos.

Após concluídas todas as análises referentes ao dimensionamento das redes

de drenagem, pôde-se chegar aos valores finais das vazões máximas e também dos

diâmetros comerciais adotados para cada trecho da rede nos cinco cenários

analisados. O uso de um valor C para cada área e trecho de contribuição, através do

cenário 1, pode ser encontrado no Apêndice A, e o uso de um Cponderado para todos

os trechos igual a 0,53, através do cenário 2, está exemplificado no Apêndice B. Do

mesmo modo, os resultados do dimensionamento para o cenário 3, 4 e 5, se

encontram, respectivamente, nos Apêndices C, D e E.

É possível, também, observar nos Apêndices B, C, D e E, os diâmetros

nominais, destacados em negrito, que apresentaram variação de tamanho em relação

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ao cenário 1.

Para efeitos de exemplificação dos resultados foram destacados em vermelho

os trechos que sofreram alterações de diâmetros nos cenários 2,3,4 e 5 em relação

ao cenário 1, são apresentados nas Figuras de 25 a 28.

A ilustração que demonstra essas mudanças para o cenário 2, com

Cponderado de 0,53, se encontra na Figura 25. Com a adoção desse Cponderado, foi

possível observar a redução de diâmetros de quatro trechos das galerias pluviais.

Figura 21 - Mudanças de diâmetro das tubulações do cenário 2 em relação ao cenário 1

Conforme a Figura 26, é possível notar uma redução de diâmetros de 17

trechos do dimensionamento realizado com o cenário 3 utilizando o Cinf igual a 0,40

para unidades múltiplas separadas.

0,40DN -> 0,30DN

1,20DN -> 1,10DN

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Figura 22 - Mudanças de diâmetro das tubulações do cenário 3 em relação ao cenário 1

De acordo como cenário 4, quando utilizado o coeficiente de escoamento de

limite máximo e mínimo, respectivamente, de unidades múltiplas separadas e

múltiplas conjugadas, com Cmédio igual a 0,60, é percebido o aumento de diâmetros

de 11 trechos da rede de microdrenagem conforme a Figura 27. Do mesmo modo,

para o cenário 5, com Csup igual a 0,75, foi encontrado, segundo a Figura 28, o

aumento de diâmetros de 24 trechos de rede.

Ademais, é evidenciado a incidência de alterações de diâmetros nos principais

trechos da rede de microdrenagem, isto é, trechos com maior vazão pluvial.

0,7DN -> 0,6DN

0,8DN -> 0,7DN

0,9DN -> 0,8DN

1,4DN -> 1,3DN

0,5DN -> 0,4DN

1,0DN -> 0,9DN

0,5DN -> 0,4DN

1,1DN -> 1,0DN

1,2DN -> 1,0DN

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Figura 23 - Mudanças de diâmetro das tubulações do cenário 4 em relação ao cenário 1

As análises de custos das tubulações de concreto armado utilizadas foram

ilustradas no Apêndice F. Desse modo, o uso do C através do cenário 1 resultou em

um preço total de tubulações de, aproximadamente, R$ 465.600,00 (quatrocentos e

sessenta e cinco mil, seiscentos reais). Vale ressaltar que nesse valor apenas está

incluído o preço unitário das tubulações, excluindo-se custos com instalações,

escavações e outros serviços necessários para a implementação da rede.

A partir desse valor foi feito um comparativo de porcentagem de custos com os

outros cenários adotados para dimensionamento da rede, conforme a Tabela 2.

Com a observação dos resultados, pode-se perceber uma pequena diferença

de 3% e 4% nos custos no dimensionamento em que foi utilizado, respectivamente o

cenário 2 e o cenário 4. Por outro lado, com a utilização do cenário 3 e 5, é percebido

uma diferença de porcentagem relativamente significante, respectivamente de 13% e

35%.

0,8DN -> 0,9DN

1,1DN -> 1,2DN

0,3DN -> 0,4DN

0,3DN -> 0,4DN

0,5DN -> 0,6DN

0,6DN -> 0,7DN

1,0DN -> 1,1DN

1,4N -> 1,5DN

0,5DN -> 0,6DN

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Figura 24 - Mudanças de diâmetro das tubulações do cenário 5 em relação ao cenário 1

Tabela 4 - Análise de custos das tubulações de concreto armado em relação ao cenário 1

Avaliou-se também através da Figura 25, um gráfico que relaciona a vazão das

galerias para seus respectivos cenários. Com ele, podemos perceber que as vazões

CENÁRIO CUSTO DA CUSTOS EM RELAÇÃO

UTILIZADO TUBULAÇÃO AO C POR ÁREA DE CONTRIBUIÇÃO

1 465.589,61R$ 100%

2 453.112,97R$ 97%

3 403.496,31R$ 87%

4 482.266,18R$ 104%

5 629.203,05R$ 135%

1,0DN -> 1,1DN

1,2DN -> 1,3DN

1,4DN -> 1,6DN

0,3DN -> 0,4DN

0,5DN -> 0,6DN

0,3DN -> 0,4DN

0,6DN -> 0,7DN

0,5DN -> 0,6DN

0,8DN -> 0,9DN

0,9DN -> 1,0DN

0,9DN -> 1,0DN 0,3DN -> 0,4DN

0,3DN -> 0,4DN

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do cenário 1 e do cenário 2 são tão próximas que as linhas do gráfico se sobrepõem.

Além disso, é notável o fato dos valores de vazões para o mesmo trecho serem

proporcionais ao coeficiente de escoamento utilizado para cada cenário. Um exemplo

disso, é o fato do cenário 5 e 3 apresentarem, respectivamente, as maiores e menores

vazões em todos os trechos de galerias dimensionados.

Figura 25 - Volume das vazões das galerias para cada cenário

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CONCLUSÕES

Analisando o Cponderado de 0,53, obtido através das imagens do VANT, pôde-

se perceber que este valor se encontra dentro do intervalo de 0,40 a 0,60 sugerido,

pela bibliografia existente, para unidades múltiplas separadas.

Embora dentro da faixa de valores sugerido na literatura, foi possível concluir

que se necessita um melhor detalhamento das tabelas utilizadas para projetos de

drenagem urbana, visto que não existe uma classificação exata e precisa para o tipo

de condomínio utilizado nesse estudo: duas casas conjugadas e separadas em

relação as demais. Utilizando-se as duas classificações de unidades múltiplas

conjugadas e separadas, percebe-se que o intervalo de valores de coeficientes é

muito amplo, acarretando em uma difícil escolha de que valor de C utilizar, sem fazer

um estudo detalhado das superfícies de escoamento do lote.

O presente trabalho identificou mudanças de diâmetros quando se adotam

diferentes coeficientes de escoamento dentre os intervalos sugeridos na literatura. O

impacto dessas diferenças de diâmetros pode ser observado através da análise de

custos das tubulações de concreto armado. Quando utilizado o cenário 3 e 4, houve

uma diferença relevante em porcentagem de custos em relação ao C, analisado

através do VANT, de, respectivamente, 13% e 35%. Deve-se observar que neste

estudo não estão contemplados outros fatores relacionados aos diâmetros

encontrados, como a escavação, compactação, entre outros, que acabam por ampliar

os custos quanto maiores os diâmetros.

Além disso, ao adotar um valor de coeficiente de escoamento geral para toda

a área do condomínio (Cponderado) de 0,53, resultou em pequenas mudanças de

diâmetros da rede e leve diferença de 3% no orçamento das tubulações, com relação

ao C que considerou o detalhamento das superfícies a partir da imagem do VANT.

Vale ressaltar, também, a falta de detalhamento e precisão nos valores de

coeficientes com base na superfície encontrados na literatura. O pavimento utilizado

nesse condomínio, blocos de concreto intertravado, não se encontra na classificação

das superfícies da bibliografia. Devido a isso, adotou-se a classificação geral de

pavimentos de concreto para efeitos de cálculo. Dito isso, é notável a necessidade de

classificações mais específicas de valores de escoamento por base de superfície.

Em contrapartida, a implementação de imagens de veículos aéreos não

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tripulados na elaboração de projetos de microdrenagem urbana mostrou-se eficaz

quanto à classificação do tipo de superficie e a sua área correspondente, resultando

em coeficientes compatíveis com os intervalos que a literatura sugere. Além disso, o

uso de informações mais detalhadas obtidas a partir do VANT diminui as incertezas

na escolha dos critérios de dimensionamento de uma rede de microdrenagem. Assim,

o projeto terá mais confiabilidade no seu trabalho, resutando em projetos mais

econômicos e seguros, do ponto de vista hidrológico.

Neste trabalho não foi dado prosseguimento ao estudo, mas sugere-se que seja

feita uma análise da utilização do VANT para obter dados precisos de cotas de níveis

para uso em projetos de microdrenagem urbana. Além disso, é interessante que novos

estudos sejam realizados, considerando o aumento gradativo do tamanho do

loteamento utilizado neste trabalho, para verificar mais detalhadamente como o efeito

de escala é manifestado no dimensionamento das redes de drenagem pluvial, e como

a representação detalhada de superfícies – que interferem diretamente no valor de C

– pode contribuir para melhorias nos projetos de microdrenagem pluvial.

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APÊNDICE A

A (ha)

PVm PVj trecho CTm CTj CGm CGj Pm Pj

1 5 0,258 0,52 115,7 112,9 91 0,031 5,00 2 159,41 0,06 0,21 0,30 0,1172 0,2258 0,43 0,07 2,08 0,73 114,4 111,6 1,30 1,30

2 6 0,201 0,62 114,6 111,7 91 0,032 5,00 2 159,41 0,06 0,20 0,30 0,1077 0,2182 0,41 0,07 2,07 0,73 113,3 110,4 1,30 1,30

3 7 0,201 0,63 113,9 111,2 91 0,030 5,00 2 159,41 0,06 0,21 0,30 0,1130 0,2220 0,42 0,07 2,02 0,75 112,6 109,9 1,30 1,30

4 8 0,330 0,60 113,6 110,8 91 0,031 5,00 2 159,41 0,09 0,24 0,30 0,1741 0,2621 0,54 0,08 2,30 0,66 112,3 109,5 1,30 1,30

5 6 0,330 0,44 112,9 111,7 52 0,023 5,73 2 151,93 0,12 0,29 0,30 0,2742 0,2998 0,73 0,09 2,18 0,40 111,6 110,4 1,30 1,30

6 7 0,636 0,48 111,7 111,2 52 0,010 6,13 2 148,18 0,30 0,48 0,50 0,2723 0,2998 0,73 0,15 1,98 0,44 110,2 109,7 1,50 1,50

7 8 0,562 0,56 111,2 110,8 52 0,008 6,56 2 144,30 0,48 0,59 0,60 0,3014 0,3042 0,8 0,18 2,02 0,43 109,6 109,2 1,60 1,60

8 9 0,564 0,56 110,8 110,0 52 0,015 6,99 2 140,72 0,70 0,60 0,60 0,3069 0,3043 0,81 0,18 2,85 0,30 109,2 108,4 1,60 1,60

9 11 0,613 0,55 110,0 109,0 52 0,019 7,30 2 138,31 0,83 0,61 0,70 0,2162 0,2821 0,62 0,20 3,36 0,26 108,3 107,3 1,70 1,70

10 11 0,152 0,47 111,8 109,0 103 0,027 5,00 2 159,41 0,03 0,17 0,30 0,0673 0,1802 0,32 0,05 1,68 1,02 110,5 107,7 1,30 1,30

11 13 0,715 0,54 109,0 108,6 52 0,008 7,56 2 136,34 1,01 0,78 0,80 0,2913 0,3031 0,77 0,24 2,44 0,36 107,2 106,8 1,80 1,80

12 13 0,141 0,48 110,2 108,6 85 0,019 5,00 2 159,41 0,03 0,18 0,30 0,0755 0,1891 0,34 0,06 1,45 0,98 108,9 107,3 1,30 1,30

13 15 0,629 0,57 108,6 108,2 52 0,008 7,91 2 133,73 1,17 0,83 0,90 0,2470 0,2933 0,68 0,26 2,58 0,34 106,7 106,3 1,90 1,90

14 15 0,141 0,48 110,0 108,2 103 0,017 5,00 2 159,41 0,03 0,18 0,30 0,0783 0,1935 0,35 0,06 1,42 1,21 108,7 106,9 1,30 1,30

15 17 0,933 0,45 108,2 105,0 93 0,034 8,25 2 131,37 1,35 0,66 0,90 0,1351 0,2401 0,47 0,22 4,77 0,32 106,3 103,1 1,90 1,90

16 17 0,293 0,32 106,3 105,0 55 0,024 5,00 2 159,41 0,04 0,19 0,30 0,0945 0,2062 0,38 0,06 1,72 0,53 105,0 103,7 1,30 1,30

17 18 0,606 0,56 105,0 102,5 48 0,052 8,57 2 129,18 1,52 0,64 0,90 0,1231 0,2295 0,44 0,21 5,70 0,14 103,1 100,6 1,90 1,90

18 19 0,255 0,58 102,5 101,4 69 0,016 8,71 2 128,27 1,57 0,80 0,90 0,2303 0,2842 0,63 0,26 3,63 0,32 100,6 99,5 1,90 1,90

20 21 0,110 0,52 109,6 107,6 66 0,030 5,00 2 159,41 0,03 0,15 0,30 0,0506 0,1566 0,27 0,05 1,62 0,68 108,3 106,3 1,30 1,30

21 23 0,211 0,51 107,6 104,8 47 0,060 5,68 2 152,40 0,07 0,20 0,30 0,1016 0,2142 0,4 0,06 2,80 0,28 106,3 103,5 1,30 1,30

22 23 0,175 0,53 105,5 104,8 66 0,011 5,00 2 159,41 0,04 0,22 0,30 0,1387 0,2401 0,47 0,07 1,27 0,86 104,2 103,5 1,30 1,30

23 19 0,429 0,58 104,8 101,4 55 0,062 5,96 2 149,72 0,22 0,30 0,30 0,3014 0,3008 0,74 0,09 3,57 0,26 103,5 100,1 1,30 1,30

19 24 0,475 0,60 101,4 99,4 83 0,024 9,03 2 126,25 1,88 0,80 0,90 0,2250 0,2842 0,63 0,26 4,47 0,31 99,5 97,5 1,90 1,90

24 25 0,351 0,59 99,4 97,3 64 0,033 9,34 2 124,35 1,96 0,76 0,90 0,2001 0,2753 0,59 0,25 5,10 0,21 97,5 95,4 1,90 1,90

25 26 0,365 0,56 97,3 94,8 89 0,028 9,55 2 123,10 2,03 0,80 0,90 0,2240 0,2842 0,63 0,26 4,82 0,31 95,4 92,9 1,90 1,90

27 28 0,137 0,59 106,5 103,3 65 0,049 5,00 2 159,41 0,04 0,16 0,30 0,0566 0,1662 0,29 0,05 2,15 0,50 105,2 102,0 1,30 1,30

28 29 0,211 0,52 103,3 98,3 77 0,065 5,50 2 154,14 0,08 0,21 0,30 0,1137 0,2220 0,42 0,07 2,99 0,43 102,0 97,0 1,30 1,30

29 32 0,309 0,53 98,3 96,4 52 0,037 5,93 2 149,97 0,15 0,29 0,30 0,2759 0,3008 0,74 0,09 2,75 0,32 97,0 95,1 1,30 1,30

30 31 0,167 0,55 103,7 100,6 81 0,038 5,00 2 159,41 0,04 0,17 0,30 0,0719 0,1847 0,33 0,06 2,03 0,66 102,4 99,3 1,30 1,30

31 32 0,408 0,55 100,6 96,4 82 0,051 5,66 2 152,55 0,14 0,26 0,30 0,2072 0,2776 0,6 0,08 3,08 0,44 99,3 95,1 1,30 1,30

32 26 0,499 0,54 96,4 94,8 56 0,029 6,25 2 147,07 0,40 0,43 0,50 0,2084 0,2776 0,6 0,14 3,24 0,29 94,9 93,3 1,50 1,50

26 33 0,657 0,53 94,8 94,2 38 0,016 9,86 2 121,33 2,54 0,97 1,00 0,2830 0,3017 0,75 0,30 4,04 0,16 92,8 92,2 2,00 2,00

33 34 0,171 0,67 94,2 93,8 43 0,009 10,01 2 120,44 2,58 1,07 1,10 0,2903 0,3031 0,77 0,33 3,31 0,22 92,1 91,7 2,10 2,10

34 35 0,206 0,53 93,8 93,4 50 0,008 10,23 2 119,25 2,61 1,11 1,20 0,2517 0,2948 0,69 0,35 3,20 0,26 91,6 91,2 2,20 2,20

35 38 0,576 0,56 93,4 92,8 50 0,012 10,49 2 117,84 2,72 1,04 1,20 0,2139 0,2799 0,61 0,34 3,78 0,22 91,2 90,6 2,20 2,20

D

Nominal

(m)

Tr RH (m) V (m/s)Cota Greide (m)

te (min)C

(VANT)

PLANILHA DE CÁLCULO DE REDE DE DRENAGEM COM USO DE COEFICIENTE CARACTERÍSTICO DE CADA ÁREA DE CONTRIBUIÇÃO

Profundidade (m)L (m) I (mm/h) Q (m3/s)

D

Calculado

(m)

FH*RH/D

(m/m)

y/D

(m/m)

TrechoCota do Terreno

(m) S (m/m) tc (min)

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70

A (ha)

PVm PVj trecho CTm CTj CGm CGj Pm Pj

36 37 0,129 0,66 94,5 93,6 64 0,014 5,00 2 159,41 0,04 0,20 0,30 0,1114 0,2220 0,42 0,07 1,39 0,77 93,2 92,3 1,30 1,30

37 38 0,302 0,49 93,6 92,8 54 0,015 5,77 2 151,56 0,10 0,29 0,30 0,2859 0,2753 0,59 0,08 1,65 0,55 92,3 91,5 1,30 1,30

38 41 0,565 0,58 92,8 92,1 47 0,015 10,71 2 116,69 2,93 1,03 1,20 0,2065 0,2776 0,6 0,33 4,19 0,19 90,6 89,9 2,20 2,20

39 40 0,065 0,71 96,1 93,3 75 0,037 5,00 2 159,41 0,02 0,14 0,30 0,0370 0,1416 0,24 0,04 1,68 0,74 94,8 92,0 1,30 1,30

40 41 0,195 0,45 93,3 92,1 68 0,018 5,74 2 151,78 0,06 0,23 0,30 0,1507 0,2258 0,43 0,07 1,58 0,72 92,0 90,8 1,30 1,30

41 44 0,286 0,58 92,1 91,8 83 0,004 10,90 2 115,73 3,04 1,36 1,40 0,2884 0,3024 0,76 0,42 2,42 0,57 89,7 89,4 2,40 2,40

42 43 0,154 0,45 93,6 93,0 48 0,012 5,00 2 159,41 0,03 0,19 0,30 0,0951 0,2062 0,38 0,06 1,25 0,64 92,3 91,7 1,30 1,30

43 44 0,219 0,49 93,0 91,8 48 0,025 5,64 2 152,79 0,08 0,24 0,30 0,1676 0,2295 0,44 0,07 1,90 0,42 91,7 90,5 1,30 1,30

44 Receptor 0,355 0,54 91,8 91,0 100 0,008 11,47 2 112,91 3,17 1,19 1,40 0,2026 0,2776 0,6 0,39 3,40 0,49 89,4 88,6 2,40 2,40

45 46 0,107 0,53 99,3 98,5 78 0,010 5,00 2 159,41 0,02 0,18 0,30 0,0851 0,1978 0,36 0,06 1,10 1,18 98,0 97,2 1,30 1,30

46 53 0,440 0,54 98,5 96,6 101 0,019 6,18 2 147,68 0,12 0,30 0,30 0,3080 0,3043 0,81 0,09 1,99 0,85 97,2 95,3 1,30 1,30

47 48 0,053 0,60 99,2 98,6 101 0,006 5,00 2 159,41 0,01 0,17 0,30 0,0635 0,1756 0,31 0,05 0,77 2,18 97,9 97,3 1,30 1,30

48 50 0,440 0,43 98,6 98,1 50 0,010 7,18 2 139,27 0,09 0,30 0,30 0,3009 0,3042 0,8 0,09 1,45 0,58 97,3 96,8 1,30 1,30

49 50 0,160 0,60 98,9 98,1 101 0,008 5,00 2 159,41 0,04 0,24 0,30 0,1672 0,2592 0,53 0,08 1,16 1,45 97,6 96,8 1,30 1,30

50 52 0,680 0,50 98,1 97,5 50 0,012 7,75 2 134,90 0,26 0,43 0,50 0,2078 0,2776 0,6 0,14 2,10 0,40 96,6 96,0 1,50 1,50

51 52 0,160 0,60 98,5 97,5 101 0,010 5,00 2 159,41 0,04 0,23 0,30 0,1498 0,2468 0,49 0,07 1,25 1,34 97,2 96,2 1,30 1,30

52 53 0,712 0,55 97,5 96,6 50 0,018 8,15 2 132,06 0,44 0,49 0,50 0,2942 0,3036 0,78 0,15 2,73 0,31 96,0 95,1 1,50 1,50

53 Receptor 0,714 0,48 96,6 95,6 100 0,010 8,45 2 129,98 0,69 0,65 0,70 0,2503 0,2933 0,68 0,21 2,49 0,67 94,9 93,9 1,70 1,70

D

Nominal

(m)

Tr RH (m) V (m/s)Cota Greide (m)

te (min)C

(VANT)

PLANILHA DE CÁLCULO DE REDE DE DRENAGEM COM USO DE COEFICIENTE CARACTERÍSTICO DE CADA ÁREA DE CONTRIBUIÇÃO

Profundidade (m)L (m) I (mm/h) Q (m3/s)

D

Calculado

(m)

FH*RH/D

(m/m)

y/D

(m/m)

TrechoCota do Terreno

(m) S (m/m) tc (min)

Page 72: André Borin Venturini - UFSMcoral.ufsm.br/engcivil/images/PDF/1_2015/TCC_ANDRE BORIN VENT… · casos de inundações urbanas, devido a alterações no regime de escoamento natural

71

APÊNDICE B

A (ha)

PVm PVj trecho CTm CTj CGm CGj Pm Pj

1 5 0,258 0,53 115,7 112,9 91 0,031 5,00 2 159,41 0,06 0,21 0,30 0,1200 0,2295 0,44 0,07 2,10 0,72 114,4 111,6 1,30 1,30

2 6 0,201 0,53 114,6 111,7 91 0,032 5,00 2 159,41 0,05 0,19 0,30 0,0920 0,2062 0,38 0,06 1,99 0,76 113,3 110,4 1,30 1,30

3 7 0,201 0,53 113,9 111,2 91 0,030 5,00 2 159,41 0,05 0,19 0,30 0,0954 0,2062 0,38 0,06 1,92 0,79 112,6 109,9 1,30 1,30

4 8 0,330 0,53 113,6 110,8 91 0,031 5,00 2 159,41 0,08 0,23 0,30 0,1536 0,2500 0,50 0,08 2,23 0,68 112,3 109,5 1,30 1,30

5 6 0,330 0,53 112,9 111,7 52 0,023 5,72 2 152,00 0,13 0,30 0,30 0,3073 0,3043 0,81 0,09 2,20 0,39 111,6 110,4 1,30 1,30

6 7 0,636 0,53 111,7 111,2 52 0,010 6,11 2 148,29 0,32 0,49 0,50 0,2908 0,3031 0,77 0,15 1,99 0,44 110,2 109,7 1,50 1,50

7 8 0,562 0,53 111,2 110,8 52 0,008 6,55 2 144,43 0,49 0,60 0,60 0,3040 0,3042 0,80 0,18 2,02 0,43 109,6 109,2 1,60 1,60

8 9 0,564 0,53 110,8 110,0 52 0,015 6,98 2 140,84 0,68 0,59 0,60 0,3008 0,3039 0,79 0,18 2,85 0,30 109,2 108,4 1,60 1,60

9 11 0,613 0,53 110,0 109,0 52 0,019 7,28 2 138,42 0,81 0,61 0,70 0,2110 0,2799 0,61 0,20 3,34 0,26 108,3 107,3 1,70 1,70

10 11 0,152 0,53 111,8 109,0 103 0,027 5,00 2 159,41 0,04 0,18 0,30 0,0754 0,1891 0,34 0,06 1,74 0,99 110,5 107,7 1,30 1,30

11 13 0,715 0,53 109,0 108,6 52 0,008 7,54 2 136,44 0,99 0,78 0,80 0,2856 0,3024 0,76 0,24 2,43 0,36 107,2 106,8 1,80 1,80

12 13 0,141 0,53 110,2 108,6 85 0,019 5,00 2 159,41 0,03 0,18 0,30 0,0837 0,1978 0,36 0,06 1,49 0,95 108,9 107,3 1,30 1,30

13 15 0,629 0,53 108,6 108,2 52 0,008 7,90 2 133,82 1,14 0,82 0,90 0,2419 0,2917 0,67 0,26 2,57 0,34 106,7 106,3 1,90 1,90

14 15 0,141 0,53 110,0 108,2 103 0,017 5,00 2 159,41 0,03 0,19 0,30 0,0869 0,2020 0,37 0,06 1,46 1,18 108,7 106,9 1,30 1,30

15 17 0,933 0,53 108,2 105,0 93 0,034 8,24 2 131,45 1,36 0,66 0,90 0,1357 0,2401 0,47 0,22 4,77 0,32 106,3 103,1 1,90 1,90

16 17 0,293 0,53 106,3 105,0 55 0,024 5,00 2 159,41 0,07 0,23 0,30 0,1552 0,2500 0,50 0,08 1,95 0,47 105,0 103,7 1,30 1,30

17 18 0,606 0,53 105,0 102,5 48 0,052 8,56 2 129,26 1,54 0,64 0,90 0,1253 0,2331 0,45 0,21 5,76 0,14 103,1 100,6 1,90 1,90

18 19 0,255 0,53 102,5 101,4 69 0,016 8,70 2 128,35 1,59 0,81 0,90 0,2335 0,2881 0,65 0,26 3,67 0,31 100,6 99,5 1,90 1,90

20 21 0,110 0,53 109,6 107,6 66 0,030 5,00 2 159,41 0,03 0,15 0,30 0,0513 0,1614 0,28 0,05 1,65 0,67 108,3 106,3 1,30 1,30

21 23 0,211 0,53 107,6 104,8 47 0,060 5,67 2 152,54 0,07 0,20 0,30 0,1042 0,2142 0,40 0,06 2,80 0,28 106,3 103,5 1,30 1,30

22 23 0,175 0,53 105,5 104,8 66 0,011 5,00 2 159,41 0,04 0,22 0,30 0,1385 0,2401 0,47 0,07 1,27 0,86 104,2 103,5 1,30 1,30

23 19 0,429 0,53 104,8 101,4 55 0,062 5,95 2 149,85 0,21 0,29 0,30 0,2918 0,2987 0,72 0,09 3,56 0,26 103,5 100,1 1,30 1,30

19 24 0,475 0,53 101,4 99,4 83 0,024 9,01 2 126,35 1,89 0,80 0,90 0,2255 0,2842 0,63 0,26 4,47 0,31 99,5 97,5 1,90 1,90

24 25 0,351 0,53 99,4 97,3 64 0,033 9,32 2 124,45 1,95 0,76 0,90 0,1998 0,2753 0,59 0,25 5,10 0,21 97,5 95,4 1,90 1,90

25 26 0,365 0,53 97,3 94,8 89 0,028 9,53 2 123,20 2,02 0,80 0,90 0,2233 0,2842 0,63 0,26 4,82 0,31 95,4 92,9 1,90 1,90

27 28 0,137 0,53 106,5 103,3 65 0,049 5,00 2 159,41 0,03 0,15 0,30 0,0505 0,1614 0,28 0,05 2,11 0,51 105,2 102,0 1,30 1,30

28 29 0,211 0,53 103,3 98,3 77 0,065 5,51 2 154,04 0,08 0,20 0,30 0,1093 0,2182 0,41 0,07 2,96 0,43 102,0 97,0 1,30 1,30

29 32 0,309 0,53 98,3 96,4 52 0,037 5,95 2 149,83 0,15 0,28 0,30 0,2694 0,2987 0,72 0,09 2,73 0,32 97,0 95,1 1,30 1,30

30 31 0,167 0,53 103,7 100,6 81 0,038 5,00 2 159,41 0,04 0,17 0,30 0,0696 0,1847 0,33 0,06 2,03 0,66 102,4 99,3 1,30 1,30

31 32 0,408 0,53 100,6 96,4 82 0,051 5,66 2 152,55 0,13 0,25 0,30 0,2008 0,2753 0,59 0,08 3,07 0,45 99,3 95,1 1,30 1,30

32 26 0,499 0,53 96,4 94,8 56 0,029 6,27 2 146,92 0,39 0,43 0,50 0,2036 0,2753 0,59 0,14 3,22 0,29 94,9 93,3 1,50 1,50

26 33 0,657 0,53 94,8 94,2 38 0,016 9,84 2 121,42 2,52 0,96 1,00 0,2811 0,3017 0,75 0,30 4,04 0,16 92,8 92,2 2,00 2,00

33 34 0,171 0,53 94,2 93,8 43 0,009 10,00 2 120,53 2,55 1,07 1,10 0,2874 0,3024 0,76 0,33 3,31 0,22 92,1 91,7 2,10 2,10

34 35 0,206 0,53 93,8 93,4 50 0,008 10,21 2 119,33 2,59 1,10 1,10 0,3143 0,3041 0,83 0,33 3,08 0,27 91,7 91,3 2,10 2,10

35 38 0,576 0,53 93,4 92,8 50 0,012 10,48 2 117,87 2,69 1,04 1,10 0,2666 0,2987 0,72 0,33 3,73 0,22 91,3 90,7 2,10 2,10

Cota Greide (m) Profundidade (m)D

Calculado

(m)

D

Nominal

(m)

FH*RH/D

(m/m)

y/D

(m/m)RH (m)

PLANILHA DE CÁLCULO DE REDE DE DRENAGEM COM USO DE C IGUAL A 0,53

Trecho C

ponde-

rado

Cota do Terreno

(m) L (m) S (m/m) tc (min) Tr I (mm/h) Q (m3/s) V (m/s) te (min)

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72

A (ha)

PVm PVj trecho CTm CTj CGm CGj Pm Pj

36 37 0,129 0,53 94,5 93,6 64 0,014 5,00 2 159,41 0,03 0,19 0,30 0,0889 0,2020 0,37 0,06 1,31 0,82 93,2 92,3 1,30 1,30

37 38 0,302 0,53 93,6 92,8 54 0,015 5,82 2 151,08 0,10 0,29 0,30 0,2785 0,2728 0,58 0,08 1,64 0,55 92,3 91,5 1,30 1,30

38 41 0,565 0,53 92,8 92,1 47 0,015 10,71 2 116,70 2,88 1,02 1,10 0,2566 0,2962 0,70 0,33 4,13 0,19 90,7 90,0 2,10 2,10

39 40 0,065 0,53 96,1 93,3 75 0,037 5,00 2 159,41 0,02 0,12 0,30 0,0276 0,1259 0,21 0,04 1,55 0,80 94,8 92,0 1,30 1,30

40 41 0,195 0,53 93,3 92,1 68 0,018 5,80 2 151,19 0,06 0,23 0,30 0,1537 0,2258 0,43 0,07 1,58 0,72 92,0 90,8 1,30 1,30

41 44 0,286 0,53 92,1 91,8 83 0,004 10,90 2 115,72 2,99 1,35 1,40 0,2840 0,3017 0,75 0,42 2,42 0,57 89,7 89,4 2,40 2,40

42 43 0,154 0,53 93,6 93,0 48 0,012 5,00 2 159,41 0,04 0,20 0,30 0,1124 0,2220 0,42 0,07 1,31 0,61 92,3 91,7 1,30 1,30

43 44 0,219 0,53 93,0 91,8 48 0,025 5,61 2 153,09 0,09 0,25 0,30 0,1878 0,2401 0,47 0,07 1,96 0,41 91,7 90,5 1,30 1,30

44 Receptor 0,355 0,53 91,8 91,0 100 0,008 11,47 2 112,90 3,14 1,19 1,40 0,2001 0,2753 0,59 0,39 3,38 0,49 89,4 88,6 2,40 2,40

45 46 0,107 0,53 99,3 98,5 78 0,010 5,00 2 159,41 0,03 0,19 0,30 0,0859 0,1978 0,36 0,06 1,10 1,18 98,0 97,2 1,30 1,30

46 53 0,440 0,53 98,5 96,6 101 0,019 6,18 2 147,68 0,12 0,30 0,30 0,3055 0,3043 0,81 0,09 1,99 0,85 97,2 95,3 1,30 1,30

47 48 0,053 0,53 99,2 98,6 101 0,006 5,00 2 159,41 0,01 0,16 0,30 0,0559 0,1662 0,29 0,05 0,75 2,26 97,9 97,3 1,30 1,30

48 50 0,440 0,53 98,6 98,1 50 0,010 7,26 2 138,63 0,10 0,32 0,40 0,1647 0,2562 0,52 0,10 1,56 0,53 97,2 96,7 1,40 1,40

49 50 0,160 0,53 98,9 98,1 101 0,008 5,00 2 159,41 0,04 0,23 0,30 0,1467 0,2468 0,49 0,07 1,12 1,50 97,6 96,8 1,30 1,30

50 52 0,680 0,53 98,1 97,5 50 0,012 7,79 2 134,62 0,27 0,44 0,50 0,2228 0,2842 0,63 0,14 2,13 0,39 96,6 96,0 1,50 1,50

51 52 0,160 0,53 98,5 97,5 101 0,010 5,00 2 159,41 0,04 0,22 0,30 0,1313 0,2366 0,46 0,07 1,22 1,38 97,2 96,2 1,30 1,30

52 53 0,712 0,53 97,5 96,6 50 0,018 8,18 2 131,84 0,45 0,49 0,50 0,2985 0,3039 0,79 0,15 2,73 0,31 96,0 95,1 1,50 1,50

53 Receptor 0,713647 0,53 96,6 95,6 100 0,010 8,49 2 129,76 0,71 0,65 0,70 0,2565 0,2962 0,70 0,21 2,50 0,67 94,9 93,9 1,70 1,70

Cota Greide (m) Profundidade (m)D

Calculado

(m)

D

Nominal

(m)

FH*RH/D

(m/m)

y/D

(m/m)RH (m)

PLANILHA DE CÁLCULO DE REDE DE DRENAGEM COM USO DE C IGUAL A 0,53

Trecho C

ponde-

rado

Cota do Terreno

(m) L (m) S (m/m) tc (min) Tr I (mm/h) Q (m3/s) V (m/s) te (min)

Page 74: André Borin Venturini - UFSMcoral.ufsm.br/engcivil/images/PDF/1_2015/TCC_ANDRE BORIN VENT… · casos de inundações urbanas, devido a alterações no regime de escoamento natural

73

APÊNDICE C

A (ha)

PVm PVj trecho CTm CTj CGm CGj Pm Pj

1 5 0,258 0,40 115,7 112,9 91 0,031 5,00 2 159,41 0,05 0,19 0,30 0,0905 0,2020 0,37 0,06 1,93 0,78 114,4 111,6 1,30 1,30

2 6 0,201 0,40 114,6 111,7 91 0,032 5,00 2 159,41 0,04 0,17 0,30 0,0694 0,1847 0,33 0,06 1,85 0,82 113,3 110,4 1,30 1,30

3 7 0,201 0,40 113,9 111,2 91 0,030 5,00 2 159,41 0,04 0,17 0,30 0,0720 0,1847 0,33 0,06 1,79 0,85 112,6 109,9 1,30 1,30

4 8 0,330 0,40 113,6 110,8 91 0,031 5,00 2 159,41 0,06 0,21 0,30 0,1159 0,2258 0,43 0,07 2,08 0,73 112,3 109,5 1,30 1,30

5 6 0,330 0,40 112,9 111,7 52 0,023 5,78 2 151,39 0,10 0,27 0,30 0,2314 0,2881 0,65 0,09 2,12 0,41 111,6 110,4 1,30 1,30

6 7 0,636 0,40 111,7 111,2 52 0,010 6,19 2 147,57 0,24 0,44 0,50 0,2188 0,2821 0,62 0,14 1,90 0,46 110,2 109,7 1,50 1,50

7 8 0,562 0,40 111,2 110,8 52 0,008 6,65 2 143,57 0,37 0,53 0,60 0,2286 0,2862 0,64 0,17 1,94 0,45 109,6 109,2 1,60 1,60

8 9 0,564 0,40 110,8 110,0 52 0,015 7,10 2 139,89 0,51 0,53 0,60 0,2262 0,3039 0,79 0,18 2,85 0,30 109,2 108,4 1,60 1,60

9 11 0,613 0,40 110,0 109,0 52 0,019 7,40 2 137,51 0,61 0,54 0,60 0,2393 0,3033 0,84 0,18 3,18 0,27 108,4 107,4 1,60 1,60

10 11 0,152 0,40 111,8 109,0 103 0,027 5,00 2 159,41 0,03 0,16 0,30 0,0569 0,1662 0,29 0,05 1,60 1,08 110,5 107,7 1,30 1,30

11 13 0,715 0,40 109,0 108,6 52 0,008 7,67 2 135,46 0,74 0,70 0,70 0,3064 0,3043 0,81 0,21 2,23 0,39 107,3 106,9 1,70 1,70

12 13 0,141 0,40 110,2 108,6 85 0,019 5,00 2 159,41 0,02 0,17 0,30 0,0632 0,1756 0,31 0,05 1,38 1,03 108,9 107,3 1,30 1,30

13 15 0,629 0,40 108,6 108,2 52 0,008 8,06 2 132,67 0,86 0,74 0,80 0,2487 0,2933 0,68 0,23 2,38 0,36 106,8 106,4 1,80 1,80

14 15 0,141 0,40 110,0 108,2 103 0,017 5,00 2 159,41 0,02 0,17 0,30 0,0656 0,1802 0,32 0,05 1,35 1,27 108,7 106,9 1,30 1,30

15 17 0,933 0,40 108,2 105,0 93 0,034 8,43 2 130,17 1,02 0,59 0,80 0,1395 0,2401 0,47 0,19 4,41 0,35 106,4 103,2 1,80 1,80

16 17 0,293 0,40 106,3 105,0 55 0,024 5,00 2 159,41 0,05 0,21 0,30 0,1172 0,2258 0,43 0,07 1,82 0,50 105,0 103,7 1,30 1,30

17 18 0,606 0,40 105,0 102,5 48 0,052 8,78 2 127,86 1,16 0,57 0,80 0,1287 0,2366 0,46 0,19 5,37 0,15 103,2 100,7 1,80 1,80

18 19 0,255 0,40 102,5 101,4 69 0,016 8,93 2 126,91 1,19 0,73 0,80 0,2399 0,2900 0,66 0,23 3,41 0,34 100,7 99,6 1,80 1,80

20 21 0,110 0,40 109,6 107,6 66 0,030 5,00 2 159,41 0,02 0,14 0,30 0,0387 0,1416 0,24 0,04 1,51 0,73 108,3 106,3 1,30 1,30

21 23 0,211 0,40 107,6 104,8 47 0,060 5,73 2 151,94 0,06 0,18 0,30 0,0784 0,1935 0,35 0,06 2,61 0,30 106,3 103,5 1,30 1,30

22 23 0,175 0,40 105,5 104,8 66 0,011 5,00 2 159,41 0,03 0,20 0,30 0,1045 0,2142 0,40 0,06 1,18 0,93 104,2 103,5 1,30 1,30

23 19 0,429 0,40 104,8 101,4 55 0,062 6,03 2 149,10 0,16 0,26 0,30 0,2195 0,2821 0,62 0,08 3,42 0,27 103,5 100,1 1,30 1,30

19 24 0,475 0,40 101,4 99,4 83 0,024 9,26 2 124,81 1,42 0,72 0,80 0,2316 0,2881 0,65 0,23 4,17 0,33 99,6 97,6 1,80 1,80

24 25 0,351 0,40 99,4 97,3 64 0,033 9,60 2 122,83 1,46 0,68 0,80 0,2052 0,2776 0,60 0,22 4,74 0,22 97,6 95,5 1,80 1,80

25 26 0,365 0,40 97,3 94,8 89 0,028 9,82 2 121,53 1,51 0,71 0,80 0,2293 0,2862 0,64 0,23 4,48 0,33 95,5 93,0 1,80 1,80

27 28 0,137 0,40 106,5 103,3 65 0,049 5,00 2 159,41 0,02 0,14 0,30 0,0381 0,1416 0,24 0,04 1,93 0,56 105,2 102,0 1,30 1,30

28 29 0,211 0,40 103,3 98,3 77 0,065 5,56 2 153,57 0,06 0,18 0,30 0,0823 0,1978 0,35 0,06 2,77 0,46 102,0 97,0 1,30 1,30

29 32 0,309 0,40 98,3 96,4 52 0,037 6,02 2 149,12 0,11 0,26 0,30 0,2026 0,2753 0,59 0,08 2,59 0,33 97,0 95,1 1,30 1,30

30 31 0,167 0,40 103,7 100,6 81 0,038 5,00 2 159,41 0,03 0,15 0,30 0,0525 0,1614 0,28 0,05 1,86 0,73 102,4 99,3 1,30 1,30

31 32 0,408 0,40 100,6 96,4 82 0,051 5,73 2 151,94 0,10 0,23 0,30 0,1511 0,2500 0,50 0,08 2,87 0,48 99,3 95,1 1,30 1,30

32 26 0,499 0,40 96,4 94,8 56 0,029 6,36 2 146,08 0,29 0,38 0,40 0,2776 0,3008 0,74 0,12 2,94 0,32 95,0 93,4 1,40 1,40

26 33 0,657 0,40 94,8 94,2 38 0,016 10,15 2 119,68 1,89 0,86 0,90 0,2792 0,3008 0,74 0,27 3,76 0,17 92,9 92,3 1,90 1,90

33 34 0,171 0,40 94,2 93,8 43 0,009 10,32 2 118,76 1,91 0,96 1,00 0,2780 0,3008 0,74 0,30 3,09 0,23 92,2 91,8 2,00 2,00

34 35 0,206 0,40 93,8 93,4 50 0,008 10,55 2 117,52 1,94 0,99 1,00 0,3039 0,3042 0,80 0,30 2,89 0,29 91,8 91,4 2,00 2,00

35 38 0,576 0,40 93,4 92,8 50 0,012 10,84 2 116,02 2,02 0,93 1,00 0,2577 0,2962 0,70 0,30 3,48 0,24 91,4 90,8 2,00 2,00

Cota Greide (m) Profundidade (m)D

Calculado

(m)

D

Nominal

(m)

FH*RH/D

(m/m)

y/D

(m/m)RH (m)

PLANILHA DE CÁLCULO DE REDE DE DRENAGEM COM USO DE C IGUAL A 0,40

TrechoC inf

Cota do Terreno

(m) L (m) S (m/m) tc (min) Tr I (mm/h) Q (m3/s) V (m/s) te (min)

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74

A (ha)

PVm PVj trecho CTm CTj CGm CGj Pm Pj

36 37 0,129 0,40 94,5 93,6 64 0,014 5,00 2 159,41 0,02 0,17 0,30 0,0671 0,1802 0,32 0,05 1,21 0,88 93,2 92,3 1,30 1,30

37 38 0,302 0,40 93,6 92,8 54 0,015 5,88 2 150,47 0,07 0,26 0,30 0,2096 0,2799 0,61 0,08 1,67 0,54 92,3 91,5 1,30 1,30

38 41 0,565 0,40 92,8 92,1 47 0,015 11,08 2 114,81 2,16 0,92 1,00 0,2480 0,2933 0,68 0,29 3,85 0,20 90,8 90,1 2,00 2,00

39 40 0,065 0,40 96,1 93,3 75 0,037 5,00 2 159,41 0,01 0,11 0,30 0,0208 0,1097 0,18 0,03 1,42 0,88 94,8 92,0 1,30 1,30

40 41 0,195 0,40 93,3 92,1 68 0,018 5,88 2 150,46 0,04 0,21 0,30 0,1156 0,2258 0,43 0,07 1,58 0,72 92,0 90,8 1,30 1,30

41 44 0,286 0,40 92,1 91,8 83 0,004 11,28 2 113,81 2,24 1,21 1,30 0,2594 0,2962 0,70 0,39 2,27 0,61 89,8 89,5 2,30 2,30

42 43 0,154 0,40 93,6 93,0 48 0,012 5,00 2 159,41 0,03 0,18 0,30 0,0848 0,1978 0,36 0,06 1,21 0,66 92,3 91,7 1,30 1,30

43 44 0,219 0,40 93,0 91,8 48 0,025 5,66 2 152,61 0,06 0,22 0,30 0,1415 0,2435 0,48 0,07 1,97 0,41 91,7 90,5 1,30 1,30

44 Receptor 0,355 0,40 91,8 91,0 100 0,008 11,89 2 110,92 2,35 1,07 1,30 0,1827 0,2676 0,56 0,35 3,16 0,53 89,5 88,7 2,30 2,30

45 46 0,107 0,40 99,3 98,5 78 0,010 5,00 2 159,41 0,02 0,17 0,30 0,0648 0,1756 0,31 0,05 1,02 1,28 98,0 97,2 1,30 1,30

46 53 0,440 0,40 98,5 96,6 101 0,019 6,28 2 146,80 0,09 0,27 0,30 0,2295 0,2862 0,64 0,09 1,91 0,88 97,2 95,3 1,30 1,30

47 48 0,053 0,40 99,2 98,6 101 0,006 5,00 2 159,41 0,01 0,14 0,30 0,0422 0,1466 0,25 0,04 0,69 2,45 97,9 97,3 1,30 1,30

48 50 0,440 0,40 98,6 98,1 50 0,010 7,45 2 137,11 0,08 0,28 0,30 0,2652 0,2975 0,71 0,09 1,43 0,58 97,3 96,8 1,30 1,30

49 50 0,160 0,40 98,9 98,1 101 0,008 5,00 2 159,41 0,03 0,20 0,30 0,1107 0,2200 0,42 0,07 1,04 1,62 97,6 96,8 1,30 1,30

50 52 0,680 0,40 98,1 97,5 50 0,012 8,04 2 132,84 0,21 0,40 0,40 0,3018 0,3042 0,80 0,12 1,92 0,43 96,7 96,1 1,40 1,40

51 52 0,160 0,40 98,5 97,5 101 0,010 5,00 2 159,41 0,03 0,20 0,30 0,0991 0,2102 0,39 0,06 1,13 1,49 97,2 96,2 1,30 1,30

52 53 0,712 0,40 97,5 96,6 50 0,018 8,47 2 129,86 0,34 0,44 0,50 0,2229 0,2842 0,63 0,14 2,61 0,32 96,0 95,1 1,50 1,50

53 Receptor 0,714 0,40 96,6 95,6 100 0,010 8,79 2 127,77 0,53 0,58 0,60 0,2889 0,3031 0,77 0,18 2,29 0,73 95,0 94,0 1,60 1,60

Cota Greide (m) Profundidade (m)D

Calculado

(m)

D

Nominal

(m)

FH*RH/D

(m/m)

y/D

(m/m)RH (m)

PLANILHA DE CÁLCULO DE REDE DE DRENAGEM COM USO DE C IGUAL A 0,40

TrechoC inf

Cota do Terreno

(m) L (m) S (m/m) tc (min) Tr I (mm/h) Q (m3/s) V (m/s) te (min)

Page 76: André Borin Venturini - UFSMcoral.ufsm.br/engcivil/images/PDF/1_2015/TCC_ANDRE BORIN VENT… · casos de inundações urbanas, devido a alterações no regime de escoamento natural

75

APÊNDICE D

A (ha)

PVm PVj trecho CTm CTj CGm CGj Pm Pj

1 5 0,258 0,60 115,7 112,9 91 0,031 5,00 2 159,41 0,07 0,22 0,30 0,1358 0,2401 0,47 0,07 2,17 0,70 114,4 111,6 1,30 1,30

2 6 0,201 0,60 114,6 111,7 91 0,032 5,00 2 159,41 0,05 0,20 0,30 0,1042 0,2142 0,40 0,06 2,05 0,74 113,3 110,4 1,30 1,30

3 7 0,201 0,60 113,9 111,2 91 0,030 5,00 2 159,41 0,05 0,20 0,30 0,1080 0,2182 0,41 0,07 2,00 0,76 112,6 109,9 1,30 1,30

4 8 0,330 0,60 113,6 110,8 91 0,031 5,00 2 159,41 0,09 0,24 0,30 0,1738 0,2621 0,54 0,08 2,30 0,66 112,3 109,5 1,30 1,30

5 6 0,330 0,60 112,9 111,7 52 0,023 5,70 2 152,21 0,15 0,31 0,40 0,1616 0,2562 0,52 0,10 2,38 0,36 111,5 110,3 1,40 1,40

6 7 0,636 0,60 111,7 111,2 52 0,010 6,06 2 148,75 0,36 0,51 0,60 0,2028 0,2753 0,59 0,17 2,11 0,41 110,1 109,6 1,60 1,60

7 8 0,562 0,60 111,2 110,8 52 0,008 6,47 2 145,07 0,55 0,62 0,70 0,2286 0,2862 0,64 0,20 2,14 0,40 109,5 109,1 1,70 1,70

8 9 0,564 0,60 110,8 110,0 52 0,015 6,88 2 141,66 0,77 0,62 0,70 0,2263 0,2862 0,64 0,20 3,03 0,29 109,1 108,3 1,70 1,70

9 11 0,613 0,60 110,0 109,0 52 0,019 7,16 2 139,36 0,92 0,64 0,70 0,2397 0,2900 0,66 0,20 3,42 0,25 108,3 107,3 1,70 1,70

10 11 0,152 0,60 111,8 109,0 103 0,027 5,00 2 159,41 0,04 0,18 0,30 0,0853 0,1978 0,36 0,06 1,79 0,96 110,5 107,7 1,30 1,30

11 13 0,715 0,60 109,0 108,6 52 0,008 7,42 2 137,39 1,12 0,81 0,90 0,2371 0,2900 0,66 0,26 2,56 0,34 107,1 106,7 1,90 1,90

12 13 0,141 0,60 110,2 108,6 85 0,019 5,00 2 159,41 0,04 0,19 0,30 0,0948 0,2062 0,38 0,06 1,53 0,92 108,9 107,3 1,30 1,30

13 15 0,629 0,60 108,6 108,2 52 0,008 7,76 2 134,86 1,30 0,86 0,90 0,2749 0,2998 0,73 0,27 2,62 0,33 106,7 106,3 1,90 1,90

14 15 0,141 0,60 110,0 108,2 103 0,017 5,00 2 159,41 0,04 0,19 0,30 0,0983 0,2020 0,37 0,06 1,46 1,18 108,7 106,9 1,30 1,30

15 17 0,933 0,60 108,2 105,0 93 0,034 8,09 2 132,49 1,54 0,69 0,90 0,1543 0,2500 0,50 0,23 4,90 0,32 106,3 103,1 1,90 1,90

16 17 0,293 0,60 106,3 105,0 55 0,024 5,00 2 159,41 0,08 0,24 0,30 0,1757 0,2621 0,54 0,08 2,02 0,45 105,0 103,7 1,30 1,30

17 18 0,606 0,60 105,0 102,5 48 0,052 8,40 2 130,31 1,75 0,67 0,90 0,1425 0,2435 0,48 0,22 5,93 0,14 103,1 100,6 1,90 1,90

18 19 0,255 0,60 102,5 101,4 69 0,016 8,54 2 129,41 1,81 0,85 0,90 0,2656 0,2975 0,71 0,27 3,75 0,31 100,6 99,5 1,90 1,90

20 21 0,110 0,60 109,6 107,6 66 0,030 5,00 2 159,41 0,03 0,16 0,30 0,0581 0,1709 0,30 0,05 1,72 0,64 108,3 106,3 1,30 1,30

21 23 0,211 0,60 107,6 104,8 47 0,060 5,64 2 152,78 0,08 0,21 0,30 0,1181 0,2258 0,43 0,07 2,90 0,27 106,3 103,5 1,30 1,30

22 23 0,175 0,60 105,5 104,8 66 0,011 5,00 2 159,41 0,05 0,23 0,30 0,1567 0,2531 0,51 0,08 1,32 0,83 104,2 103,5 1,30 1,30

23 19 0,429 0,60 104,8 101,4 55 0,062 5,91 2 150,18 0,24 0,31 0,30 0,3307 0,2980 0,90 0,09 3,55 0,26 103,5 100,1 1,30 1,30

19 24 0,475 0,60 101,4 99,4 83 0,024 8,85 2 127,41 2,15 0,84 0,90 0,2564 0,2962 0,70 0,27 4,59 0,30 99,5 97,5 1,90 1,90

24 25 0,351 0,60 99,4 97,3 64 0,033 9,15 2 125,52 2,22 0,80 0,90 0,2272 0,2862 0,64 0,26 5,24 0,20 97,5 95,4 1,90 1,90

25 26 0,365 0,60 97,3 94,8 89 0,028 9,35 2 124,28 2,30 0,83 0,90 0,2540 0,2948 0,69 0,27 4,94 0,30 95,4 92,9 1,90 1,90

27 28 0,137 0,60 106,5 103,3 65 0,049 5,00 2 159,41 0,04 0,16 0,30 0,0571 0,1662 0,29 0,05 2,15 0,50 105,2 102,0 1,30 1,30

28 29 0,211 0,60 103,3 98,3 77 0,065 5,50 2 154,14 0,09 0,21 0,30 0,1237 0,2295 0,44 0,07 3,06 0,42 102,0 97,0 1,30 1,30

29 32 0,309 0,60 98,3 96,4 52 0,037 5,92 2 150,06 0,17 0,30 0,30 0,3052 0,3043 0,81 0,09 2,77 0,31 97,0 95,1 1,30 1,30

30 31 0,167 0,60 103,7 100,6 81 0,038 5,00 2 159,41 0,04 0,18 0,30 0,0788 0,1935 0,35 0,06 2,09 0,64 102,4 99,3 1,30 1,30

31 32 0,408 0,60 100,6 96,4 82 0,051 5,64 2 152,75 0,15 0,27 0,30 0,2275 0,2862 0,64 0,09 3,15 0,43 99,3 95,1 1,30 1,30

32 26 0,499 0,60 96,4 94,8 56 0,029 6,24 2 147,17 0,44 0,45 0,50 0,2308 0,2881 0,65 0,14 3,32 0,28 94,9 93,3 1,50 1,50

26 33 0,657 0,60 94,8 94,2 38 0,016 9,65 2 122,51 2,87 1,01 1,10 0,2479 0,2933 0,68 0,32 4,22 0,15 92,7 92,1 2,10 2,10

33 34 0,171 0,60 94,2 93,8 43 0,009 9,80 2 121,64 2,90 1,12 1,20 0,2592 0,2962 0,70 0,36 3,46 0,21 92,0 91,6 2,20 2,20

34 35 0,206 0,60 93,8 93,4 50 0,008 10,01 2 120,47 2,94 1,16 1,20 0,2834 0,3017 0,75 0,36 3,25 0,26 91,6 91,2 2,20 2,20

35 38 0,576 0,60 93,4 92,8 50 0,012 10,27 2 119,05 3,06 1,09 1,20 0,2404 0,2900 0,66 0,35 3,87 0,22 91,2 90,6 2,20 2,20

Cota Greide (m) Profundidade (m)D

Calculado

(m)

D

Nominal

(m)

FH*RH/D

(m/m)

y/D

(m/m)RH (m)

PLANILHA DE CÁLCULO DE REDE DE DRENAGEM COM USO DE C IGUAL A 0,60

Trecho C

médio

Cota do Terreno

(m) L (m) S (m/m) tc (min) Tr I (mm/h) Q (m3/s) V (m/s) te (min)

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76

A (ha)

PVm PVj trecho CTm CTj CGm CGj Pm Pj

36 37 0,129 0,60 94,5 93,6 64 0,014 5,00 2 159,41 0,03 0,20 0,30 0,1007 0,2142 0,40 0,06 1,36 0,78 93,2 92,3 1,30 1,30

37 38 0,302 0,60 93,6 92,8 54 0,015 5,78 2 151,38 0,11 0,30 0,30 0,3157 0,3038 0,84 0,09 1,76 0,51 92,3 91,5 1,30 1,30

38 41 0,565 0,60 92,8 92,1 47 0,015 10,48 2 117,90 3,28 1,07 1,20 0,2314 0,2842 0,63 0,34 4,26 0,18 90,6 89,9 2,20 2,20

39 40 0,065 0,60 96,1 93,3 75 0,037 5,00 2 159,41 0,02 0,13 0,30 0,0312 0,1312 0,22 0,04 1,60 0,78 94,8 92,0 1,30 1,30

40 41 0,195 0,60 93,3 92,1 68 0,018 5,78 2 151,40 0,07 0,24 0,30 0,1741 0,2621 0,54 0,08 1,74 0,65 92,0 90,8 1,30 1,30

41 44 0,286 0,60 92,1 91,8 83 0,004 10,66 2 116,93 3,40 1,42 1,50 0,2688 0,2987 0,72 0,45 2,51 0,55 89,6 89,3 2,50 2,50

42 43 0,154 0,60 93,6 93,0 48 0,012 5,00 2 159,41 0,04 0,21 0,30 0,1273 0,2331 0,45 0,07 1,36 0,59 92,3 91,7 1,30 1,30

43 44 0,219 0,60 93,0 91,8 48 0,025 5,59 2 153,28 0,10 0,26 0,30 0,2127 0,2799 0,61 0,08 2,17 0,37 91,7 90,5 1,30 1,30

44 Receptor 0,355 0,60 91,8 91,0 100 0,008 11,21 2 114,14 3,57 1,25 1,50 0,1894 0,2703 0,57 0,41 3,50 0,48 89,3 88,5 2,50 2,50

45 46 0,107 0,60 99,3 98,5 78 0,010 5,00 2 159,41 0,03 0,19 0,30 0,0972 0,2102 0,39 0,06 1,15 1,13 98,0 97,2 1,30 1,30

46 53 0,440 0,60 98,5 96,6 101 0,019 6,13 2 148,11 0,14 0,31 0,40 0,1610 0,2531 0,51 0,10 2,13 0,79 97,1 95,2 1,40 1,40

47 48 0,053 0,60 99,2 98,6 101 0,006 5,00 2 159,41 0,01 0,17 0,30 0,0633 0,1756 0,31 0,05 0,77 2,18 97,9 97,3 1,30 1,30

48 50 0,440 0,60 98,6 98,1 50 0,010 7,18 2 139,27 0,12 0,33 0,40 0,1872 0,2676 0,56 0,11 1,61 0,52 97,2 96,7 1,40 1,40

49 50 0,160 0,60 98,9 98,1 101 0,008 5,00 2 159,41 0,04 0,24 0,30 0,1660 0,2562 0,52 0,08 1,15 1,46 97,6 96,8 1,30 1,30

50 52 0,680 0,60 98,1 97,5 50 0,012 7,69 2 135,32 0,31 0,46 0,50 0,2533 0,2948 0,69 0,15 2,18 0,38 96,6 96,0 1,50 1,50

51 52 0,160 0,60 98,5 97,5 101 0,010 5,00 2 159,41 0,04 0,23 0,30 0,1487 0,2468 0,49 0,07 1,25 1,34 97,2 96,2 1,30 1,30

52 53 0,712 0,60 97,5 96,6 50 0,018 8,07 2 132,58 0,51 0,52 0,60 0,2087 0,2776 0,60 0,17 2,90 0,29 95,9 95,0 1,60 1,60

53 Receptor 0,714 0,60 96,6 95,6 100 0,010 8,36 2 130,60 0,80 0,68 0,70 0,2916 0,3031 0,77 0,21 2,54 0,66 94,9 93,9 1,70 1,70

Cota Greide (m) Profundidade (m)D

Calculado

(m)

D

Nominal

(m)

FH*RH/D

(m/m)

y/D

(m/m)RH (m)

PLANILHA DE CÁLCULO DE REDE DE DRENAGEM COM USO DE C IGUAL A 0,60

Trecho C

médio

Cota do Terreno

(m) L (m) S (m/m) tc (min) Tr I (mm/h) Q (m3/s) V (m/s) te (min)

Page 78: André Borin Venturini - UFSMcoral.ufsm.br/engcivil/images/PDF/1_2015/TCC_ANDRE BORIN VENT… · casos de inundações urbanas, devido a alterações no regime de escoamento natural

77

APÊNDICE E

A (ha)

PVm PVj trecho CTm CTj CGm CGj Pm Pj

1 5 0,258 0,75 115,7 112,9 91 0,031 5,00 2 159,41 0,09 0,24 0,30 0,1698 0,2592 0,53 0,08 2,28 0,66 114,4 111,6 1,30 1,30

2 6 0,201 0,75 114,6 111,7 91 0,032 5,00 2 159,41 0,07 0,22 0,30 0,1302 0,2366 0,46 0,07 2,19 0,69 113,3 110,4 1,30 1,30

3 7 0,201 0,75 113,9 111,2 91 0,030 5,00 2 159,41 0,07 0,22 0,30 0,1350 0,2401 0,47 0,07 2,13 0,71 112,6 109,9 1,30 1,30

4 8 0,330 0,75 113,6 110,8 91 0,031 5,00 2 159,41 0,11 0,26 0,30 0,2173 0,2821 0,62 0,08 2,42 0,63 112,3 109,5 1,30 1,30

5 6 0,330 0,75 112,9 111,7 52 0,023 5,66 2 152,55 0,19 0,34 0,40 0,2023 0,2753 0,59 0,11 2,49 0,35 111,5 110,3 1,40 1,40

6 7 0,636 0,75 111,7 111,2 52 0,010 6,01 2 149,23 0,46 0,56 0,60 0,2539 0,2948 0,69 0,18 2,21 0,39 110,1 109,6 1,60 1,60

7 8 0,562 0,75 111,2 110,8 52 0,008 6,40 2 145,69 0,69 0,68 0,70 0,2865 0,3024 0,76 0,21 2,23 0,39 109,5 109,1 1,70 1,70

8 9 0,564 0,75 110,8 110,0 52 0,015 6,79 2 142,36 0,97 0,68 0,70 0,2836 0,3017 0,75 0,21 3,14 0,28 109,1 108,3 1,70 1,70

9 11 0,613 0,75 110,0 109,0 52 0,019 7,07 2 140,11 1,15 0,69 0,70 0,3005 0,3039 0,79 0,21 3,53 0,25 108,3 107,3 1,70 1,70

10 11 0,152 0,75 111,8 109,0 103 0,027 5,00 2 159,41 0,05 0,20 0,30 0,1066 0,2182 0,41 0,07 1,91 0,90 110,5 107,7 1,30 1,30

11 13 0,715 0,75 109,0 108,6 52 0,008 7,32 2 138,18 1,41 0,89 0,90 0,2973 0,3036 0,78 0,27 2,64 0,33 107,1 106,7 1,90 1,90

12 13 0,141 0,75 110,2 108,6 85 0,019 5,00 2 159,41 0,05 0,21 0,30 0,1184 0,2258 0,43 0,07 1,63 0,87 108,9 107,3 1,30 1,30

13 15 0,629 0,75 108,6 108,2 52 0,008 7,64 2 135,69 1,63 0,94 1,00 0,2604 0,2962 0,70 0,30 2,78 0,31 106,6 106,2 2,00 2,00

14 15 0,141 0,75 110,0 108,2 103 0,017 5,00 2 159,41 0,05 0,21 0,30 0,1229 0,2295 0,44 0,07 1,59 1,08 108,7 106,9 1,30 1,30

15 17 0,933 0,75 108,2 105,0 93 0,034 7,96 2 133,42 1,94 0,75 1,00 0,1462 0,2468 0,49 0,25 5,21 0,30 106,2 103,0 2,00 2,00

16 17 0,293 0,75 106,3 105,0 55 0,024 5,00 2 159,41 0,10 0,26 0,30 0,2197 0,2821 0,62 0,08 2,12 0,43 105,0 103,7 1,30 1,30

17 18 0,606 0,75 105,0 102,5 48 0,052 8,25 2 131,34 2,20 0,73 1,00 0,1350 0,2401 0,47 0,24 6,30 0,13 103,0 100,5 2,00 2,00

18 19 0,255 0,75 102,5 101,4 69 0,016 8,38 2 130,48 2,27 0,92 1,00 0,2517 0,2948 0,69 0,29 3,99 0,29 100,5 99,4 2,00 2,00

20 21 0,110 0,75 109,6 107,6 66 0,030 5,00 2 159,41 0,04 0,17 0,30 0,0726 0,1847 0,33 0,06 1,81 0,61 108,3 106,3 1,30 1,30

21 23 0,211 0,75 107,6 104,8 47 0,060 5,61 2 153,10 0,10 0,23 0,30 0,1478 0,2468 0,49 0,07 3,07 0,25 106,3 103,5 1,30 1,30

22 23 0,175 0,75 105,5 104,8 66 0,011 5,00 2 159,41 0,06 0,25 0,30 0,1959 0,2728 0,58 0,08 1,39 0,79 104,2 103,5 1,30 1,30

23 19 0,429 0,75 104,8 101,4 55 0,062 5,86 2 150,63 0,30 0,33 0,40 0,1923 0,2703 0,57 0,11 4,03 0,23 103,4 100,0 1,40 1,40

19 24 0,475 0,75 101,4 99,4 83 0,024 8,67 2 128,57 2,69 0,91 1,00 0,2430 0,2917 0,67 0,29 4,88 0,28 99,4 97,4 2,00 2,00

24 25 0,351 0,75 99,4 97,3 64 0,033 8,95 2 126,75 2,79 0,87 1,00 0,2154 0,2821 0,62 0,28 5,57 0,19 97,4 95,3 2,00 2,00

25 26 0,365 0,75 97,3 94,8 89 0,028 9,14 2 125,55 2,88 0,91 1,00 0,2408 0,2900 0,66 0,29 5,25 0,28 95,3 92,8 2,00 2,00

27 28 0,137 0,75 106,5 103,3 65 0,049 5,00 2 159,41 0,05 0,17 0,30 0,0714 0,1847 0,33 0,06 2,30 0,47 105,2 102,0 1,30 1,30

28 29 0,211 0,75 103,3 98,3 77 0,065 5,47 2 154,48 0,11 0,23 0,30 0,1549 0,2500 0,50 0,08 3,24 0,40 102,0 97,0 1,30 1,30

29 32 0,309 0,75 98,3 96,4 52 0,037 5,87 2 150,60 0,21 0,32 0,40 0,1776 0,2649 0,55 0,11 3,06 0,28 96,9 95,0 1,40 1,40

30 31 0,167 0,75 103,7 100,6 81 0,038 5,00 2 159,41 0,06 0,19 0,30 0,0985 0,2102 0,39 0,06 2,21 0,61 102,4 99,3 1,30 1,30

31 32 0,408 0,75 100,6 96,4 82 0,051 5,61 2 153,09 0,19 0,29 0,30 0,2849 0,3024 0,76 0,09 3,26 0,42 99,3 95,1 1,30 1,30

32 26 0,499 0,75 96,4 94,8 56 0,029 6,15 2 147,96 0,55 0,49 0,50 0,2893 0,3031 0,77 0,15 3,43 0,27 94,9 93,3 1,50 1,50

26 33 0,657 0,75 94,8 94,2 38 0,016 9,43 2 123,83 3,60 1,10 1,10 0,3112 0,3043 0,82 0,33 4,33 0,15 92,7 92,1 2,10 2,10

33 34 0,171 0,75 94,2 93,8 43 0,009 9,57 2 122,97 3,65 1,22 1,30 0,2629 0,2975 0,71 0,39 3,66 0,20 91,9 91,5 2,30 2,30

34 35 0,206 0,75 93,8 93,4 50 0,008 9,77 2 121,83 3,70 1,26 1,30 0,2875 0,3024 0,76 0,39 3,43 0,24 91,5 91,1 2,30 2,30

35 38 0,576 0,75 93,4 92,8 50 0,012 10,01 2 120,45 3,84 1,19 1,30 0,2440 0,2917 0,67 0,38 4,10 0,20 91,1 90,5 2,30 2,30

FH*RH/D

(m/m)

y/D

(m/m)RH (m)

PLANILHA DE CÁLCULO DE REDE DE DRENAGEM COM USO DE C IGUAL A 0,75

Trecho C

superi-

or

Cota do Terreno

(m) L (m) S (m/m) tc (min) Tr I (mm/h) Q (m3/s) V (m/s) te (min)Cota Greide (m) Profundidade (m)D

Calculado

(m)

D

Nominal

(m)

Page 79: André Borin Venturini - UFSMcoral.ufsm.br/engcivil/images/PDF/1_2015/TCC_ANDRE BORIN VENT… · casos de inundações urbanas, devido a alterações no regime de escoamento natural

78

A (ha)

PVm PVj trecho CTm CTj CGm CGj Pm Pj

36 37 0,129 0,75 94,5 93,6 64 0,014 5,00 2 159,41 0,04 0,21 0,30 0,1258 0,2331 0,45 0,07 1,44 0,74 93,2 92,3 1,30 1,30

37 38 0,302 0,75 93,6 92,8 54 0,015 5,74 2 151,80 0,14 0,33 0,40 0,1836 0,2675 0,56 0,11 1,96 0,46 92,2 91,4 1,40 1,40

38 41 0,565 0,75 92,8 92,1 47 0,015 10,21 2 119,33 4,12 1,17 1,30 0,2349 0,2881 0,65 0,37 4,53 0,17 90,5 89,8 2,30 2,30

39 40 0,065 0,75 96,1 93,3 75 0,037 5,00 2 159,41 0,02 0,14 0,30 0,0390 0,1416 0,24 0,04 1,68 0,74 94,8 92,0 1,30 1,30

40 41 0,195 0,75 93,3 92,1 68 0,018 5,74 2 151,78 0,08 0,26 0,30 0,2181 0,2821 0,62 0,08 1,83 0,62 92,0 90,8 1,30 1,30

41 44 0,286 0,75 92,1 91,8 83 0,004 10,39 2 118,39 4,28 1,55 1,60 0,2843 0,3024 0,76 0,48 2,65 0,52 89,5 89,2 2,60 2,60

42 43 0,154 0,75 93,6 93,0 48 0,012 5,00 2 159,41 0,05 0,23 0,30 0,1591 0,2531 0,51 0,08 1,43 0,56 92,3 91,7 1,30 1,30

43 44 0,219 0,75 93,0 91,8 48 0,025 5,56 2 153,60 0,12 0,28 0,30 0,2663 0,2987 0,72 0,09 2,26 0,35 91,7 90,5 1,30 1,30

44 Receptor 0,355 0,75 91,8 91,0 100 0,008 10,91 2 115,66 4,48 1,36 1,60 0,2004 0,2753 0,59 0,44 3,70 0,45 89,2 88,4 2,60 2,60

45 46 0,107 0,75 99,3 98,5 78 0,010 5,00 2 159,41 0,04 0,21 0,30 0,1215 0,2295 0,44 0,07 1,22 1,07 98,0 97,2 1,30 1,30

46 53 0,440 0,75 98,5 96,6 101 0,019 6,07 2 148,70 0,17 0,34 0,40 0,2018 0,2753 0,59 0,11 2,25 0,75 97,1 95,2 1,40 1,40

47 48 0,053 0,75 99,2 98,6 101 0,006 5,00 2 159,41 0,02 0,18 0,30 0,0791 0,1935 0,35 0,06 0,83 2,04 97,9 97,3 1,30 1,30

48 50 0,440 0,75 98,6 98,1 50 0,010 7,04 2 140,35 0,15 0,36 0,40 0,2356 0,2881 0,65 0,12 1,69 0,49 97,2 96,7 1,40 1,40

49 50 0,160 0,75 98,9 98,1 101 0,008 5,00 2 159,41 0,05 0,26 0,30 0,2076 0,2776 0,60 0,08 1,21 1,39 97,6 96,8 1,30 1,30

50 52 0,680 0,75 98,1 97,5 50 0,012 7,53 2 136,52 0,39 0,50 0,50 0,3188 0,3033 0,85 0,15 2,23 0,37 96,6 96,0 1,50 1,50

51 52 0,160 0,75 98,5 97,5 101 0,010 5,00 2 159,41 0,05 0,25 0,30 0,1858 0,2676 0,56 0,08 1,32 1,27 97,2 96,2 1,30 1,30

52 53 0,712 0,75 97,5 96,6 50 0,018 7,91 2 133,77 0,64 0,56 0,60 0,2627 0,2975 0,71 0,18 3,04 0,27 95,9 95,0 1,60 1,60

53 Receptor 0,714 0,75 96,6 95,6 100 0,010 8,18 2 131,84 1,01 0,75 0,80 0,2570 0,2962 0,70 0,24 2,74 0,61 94,8 93,8 1,80 1,80

FH*RH/D

(m/m)

y/D

(m/m)RH (m)

PLANILHA DE CÁLCULO DE REDE DE DRENAGEM COM USO DE C IGUAL A 0,75

Trecho C

superi-

or

Cota do Terreno

(m) L (m) S (m/m) tc (min) Tr I (mm/h) Q (m3/s) V (m/s) te (min)Cota Greide (m) Profundidade (m)D

Calculado

(m)

D

Nominal

(m)

Page 80: André Borin Venturini - UFSMcoral.ufsm.br/engcivil/images/PDF/1_2015/TCC_ANDRE BORIN VENT… · casos de inundações urbanas, devido a alterações no regime de escoamento natural

79

APÊNDICE F

Comprimento Preço x Comprimento Preço x Comprimento Preço x Comprimento Preço x Comprimento Preço x

Total (m) Comprimento Total (m) Comprimento Total (m) Comprimento Total (m) Comprimento Total (m) Comprimento

300 55,12R$ 2242,00 123.579,04R$ 2192 120.823,04R$ 2242 123.579,04R$ 2089 115.145,68R$ 1932 106.491,84R$

Tubo de 400 60,25R$ 0 -R$ 50 3.012,50R$ 106 6.386,50R$ 153 9.218,25R$ 310 18.677,50R$

500 70,61R$ 208 14.686,88R$ 208 14.686,88R$ 102 7.202,22R$ 106 7.484,66R$ 106 7.484,66R$

concreto armado, 600 98,84R$ 104 10.279,36R$ 104 10.279,36R$ 256 25.303,04R$ 102 10.081,68R$ 102 10.081,68R$

700 142,80R$ 152 21.705,60R$ 152 21.705,60R$ 52 7.425,60R$ 256 36.556,80R$ 156 22.276,80R$

classe PA-2, 800 168,99R$ 52 8.787,48R$ 52 8.787,48R$ 498 84.157,02R$ 0 -R$ 100 16.899,00R$

900 239,04R$ 498 119.041,92R$ 498 119.041,92R$ 38 9.083,52R$ 550 131.472,00R$ 52 12.430,08R$

para 1000 238,19R$ 38 9.051,22R$ 38 9.051,22R$ 190 45.256,10R$ 0 -R$ 498 118.618,62R$

1100 266,43R$ 43 11.456,49R$ 190 50.621,70R$ 0 -R$ 38 10.124,34R$ 38 10.124,34R$

águas pluviais 1200 353,05R$ 147 51.898,35R$ 0 -R$ 0 -R$ 190 67.079,50R$ 0 -R$

1500 519,69R$ 183 95.103,27R$ 183 95.103,27R$ 183 95.103,27R$ 183 95.103,27R$ 190 98.741,10R$

2000 1.133,21R$ 0 -R$ 0 -R$ 0 -R$ 0 -R$ 183 207.377,43R$

465.589,61R$ 453.112,97R$ 403.496,31R$ 482.266,18R$ 629.203,05R$

C = 0,53 C = 0,40 C = 0,60 C = 0,75

CUSTO DAS TUBULAÇÕES PARA REDE DE MICRODRENAGEM

C por área de contribuição

Diâmetro (m) Preço (m)Tubulação

CUSTO TOTAL =