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ENFARTE DO MIOCÁRDIO Instituto de Medicina Tradicional 1º Ano Curso Geral de Naturopatia e Ciências Tradicionais e Holísticas Elaborado por: Carlos Manuel Duarte Nunes, Aluno Nº 5199 Lisboa, 31 de Maio de 2010

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ENFARTE DO MIOCÁRDIOInstituto de Medicina Tradicional1º Ano Curso Geral de Naturopatia e Ciências Tradicionais e HolísticasElaborado por: Carlos Manuel Duarte Nunes, Aluno Nº 5199Lisboa, 31 de Maio de 2010ENFARTE DO MIOCÁRDIOInstituto de Medicina Tradicional1º Ano Curso Geral de Naturopatia e Ciências Tradicionais e HolísticasElaborado por: Carlos Manuel Duarte Nunes, Aluno Nº 5199Prof. Telma Ponciano, Docente da disciplina de Anatomia2INTRODUÇÃO............................

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Page 1: Anatomia - Enfarte do miocárdio - Carlos Nunes

ENFARTE DO MIOCÁRDIO

Instituto de Medicina Tradicional

1º Ano Curso Geral de Naturopatia e Ciências Tradicionais e Holísticas

Elaborado por: Carlos Manuel Duarte Nunes, Aluno Nº 5199

Lisboa, 31 de Maio de 2010

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ENFARTE DO MIOCÁRDIO

Instituto de Medicina Tradicional

1º Ano Curso Geral de Naturopatia e Ciências Tradicionais e Holísticas

Elaborado por: Carlos Manuel Duarte Nunes, Aluno Nº 5199

Prof. Telma Ponciano, Docente da disciplina de Anatomia

Page 3: Anatomia - Enfarte do miocárdio - Carlos Nunes

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INTRODUÇÃO..........................................................................................................................4

2. ENFARTE DO MIOCÁRDIDIO ...........................................................................................6

3. PRIMEIROS SOCORROS.....................................................................................................6

3.1 A terceiros ........................................................................................................................7

3.2 O próprio paciente ............................................................................................................7

4. MÉTODOS DE DIAGNÓSTICO ..........................................................................................8

4.1 Electrocardiograma...........................................................................................................8

4.2 Testes ao sangue específicos ............................................................................................8

4.3 Testes ao sangue não específicos......................................................................................9

5. TERAPEUTICAS HOSPITALARES ....................................................................................9

5.1 Tratamento do enfarte do miocárdio não complicado ....................................................10

5.2 Tratamento das complicações do enfarte do miocárdio .................................................11

6. MEDICAÇÃO ALOPÁTICA PRESCRITA........................................................................11

6.1 Betabloqueantes..............................................................................................................12

6.2 Anti-plaquetários ............................................................................................................12

6.3 Estatinas..........................................................................................................................13

6.4 Inibidores da enzima de conversão de angiotensina (IECA)..........................................13

6.5 Antagonistas do cálcio....................................................................................................14

6.6 Nitratos ...........................................................................................................................14

7. CUIDADOS ALIMENTARES ............................................................................................15

8. TABACO..............................................................................................................................16

9. EXERCÍCIO FÍSICO ...........................................................................................................16

10. TERAPÊUTICA NATUROPÁTICA.................................................................................16

10.1 Novos marcadores de risco e soluções sob a forma de suplementos............................17

11. TERAPEUTICA HOMEOPATICA...................................................................................18

12. OUTRAS TERAPIAS ........................................................................................................20

13. CONCLUSÃO....................................................................................................................21

14. BIBLIOGRAFIA................................................................................................................22

14.1 Pesquisa na Internet ......................................................................................................22

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INTRODUÇÃO

No âmbito da disciplina de Anatomia do Curso Geral de Naturopatia e Ciências Tradicionais

Holísticas a ser leccionada no Instituto Medicina Tradicional, pela docente Telma Ponciano,

foi-me proposto a elaboração de um trabalho sobre o enfarte do miocárdio. Esta patologia

despertou-me interesse por ser uma das principais causas de morte nos países desenvolvidos.

Tentarei dar uma, muito breve, descrição da constituição do coração e do que é o miocárdio

pare de seguida entrar em mais pormenor sobre a patologia, procedimentos de primeiros

socorros, procedimentos e terapêutica hospitalar, terapêutica alopática pós-internamento.

Irei tentar efectuar uma descrição correcta não só dos temas atrás referidos como também

sobre a terapêutica naturopática, homeopática e outras terapias.

Para elaboração deste trabalho recorri à pesquisa bibliográfica e à pesquisa de artigos na

Internet..

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1. O QUE É O MIOCÁRDIO?

O coração é um órgão composto maioritariamente por tecido muscular, com quatro cavidades

no seu interior, duas aurículas que funcionam como reservatório, recebendo o sangue que

entra no coração, e dois ventrículos que funcionam como bombas propulsoras, enviando o

sangue do coração para os outros órgãos.

O miocárdio é a parte muscular do coração, sendo a parte mais interna chamada de

endocárdio e a mais externa de pericárdio.

O miocárdio é composto por um tecido muscular especial, o músculo cardíaco e tem como

função básica ejectar o sangue que se encontra no interior do coração. As células musculares

neste tecido são chamadas de cardiomiócitos.

A força de contracção é modulada no ser vivo por acção do sistema nervoso, de várias

hormonas, do volume de sangue na cavidade (pré-carga) e da resistência ao esvaziamento do

coração (pós-carga).

O seu terço mais interno (região subendocárdica), recebe nutrientes e oxigénio por difusão

directa a partir do sangue que é bombeado pelo coração, mas os seus dois terços mais externos

(região subepicárdica) dependem de uma circulação própria, a circulação coronária. A necrose

(morte) de parte do miocárdio se chama enfarte agudo do miocárdio e é normalmente

provocada pela obstrução de parte das artérias coronárias por aterosclerose.

A maior parte do miocárdio recebe sangue de mais que um ramo arterial. Além disso, existem

muitas anastomoses ou conexões directas entre os ramos das artérias. As anastomoses podem

existir entre ramos de uma mesma artéria ou entre ramos de diferentes artérias. No caso de

uma artéria ficar bloqueada, as áreas irrigadas principalmente por essa artéria podem

continuar a receber algum sangue de outros ramos arteriais e a partir de anastomoses com

outros ramos. O exercício aeróbio tende a aumentar a densidade de vasos sanguíneos que

irrigam o miocárdio assim como o número e extensão de anastomoses. Consequentemente, o

exercício aeróbio aumenta a possibilidade de sobrevivência a um bloqueio das pequenas

artérias coronárias. No entanto, o bloqueio de vasos coronários de maior calibre continua a

trazer a possibilidade de lesar permanentemente grandes áreas da parede cardíaca.

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2. ENFARTE DO MIOCÁRDIDIO

O enfarte do miocárdio, ou enfarte agudo do miocárdio (EAM) é o resultado de uma

interrupção prolongada do fluxo sanguíneo numa parte do músculo cardíaco, originando

carência de oxigénio e morte celular. O enfarte do miocárdio varia com a quantidade de

músculo cardíaco e a parte do coração que foi afectada. Se o fornecimento de sangue ao

músculo cardíaco for restabelecido dentro de 20 minutos, não ocorrerão danos permanentes.

Se a falta de oxigénio for mais demorada, haverá morte celular. Todavia, 30 a 60 segundos

depois do bloqueio dum vaso coronário são óbvias as alterações funcionais. As propriedades

eléctricas do músculo cardíaco são alteradas e a sua capacidade para funcionar correctamente

perde-se. A causa mais comum dos enfartes do miocárdio é formação de trombos que

bloqueiam uma artéria coronária. As artérias coronárias estenosadas por lesões

ateroscleróticas constituem uma das condições que aumentam as probabilidades de enfartes

do miocárdio. As lesões ateroscleróticas obstruem parcialmente os vasos sanguíneos,

originando turbulência no fluxo sanguíneo, e a superfície da lesão fica áspera. Essas

mudanças aumentam a probabilidade de formação de trombos

A partir do principal sintoma, a dor forte no peito, o médico na urgência deverá suspeitar de

uma de três condições, que deverá rapidamente confirmar:

− Uma embolia pulmonar – um coagulo do sangue que obstrui uma artéria

pulmonar;

− Um enfarte do miocárdio – um ataque cardíaco que pode resultar de uma

artéria coronária obstruída

− Uma dor muscular ou óssea – causada por algum esforço físico, trauma, stress,

entre outros.

Todas estas condições têm como sintoma uma dor forte no peito. Apesar de o exame médico e

o historial clínico do paciente poder indiciar um problema cardíaco, raramente pode assegurar

um diagnóstico definitivo.

3. PRIMEIROS SOCORROS

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3.1 A terceiros Em primeiro lugar deve-se contactar de imediato o número de emergência médica, 112, e

indicar com a maior brevidade e clareza todos os sintomas que o paciente está a ter.

No caso de se tratar de uma pessoa que perdeu o conhecimento, não respira e tem na pele uma

coloração azulada e cinzenta, não tem pulsação nem se lhe encontram os batimentos do

coração, deverá iniciar-se a reanimação cardio-respiratória.

Deve pôr-se a pessoa em posição horizontal com a cabeça sobre uma superfície dura. O

reanimador deve colocar-se ao lado do paciente certificando-se da não existência de

obstáculos dentro da boca impedindo a passagem do ar. É melhor ter outra pessoa a auxiliá-lo.

Deverá colocar ambas as mãos cruzadas na parte inferior do esterno e iniciar uma compressão

vigorosa e rítmica a 65-75 por minuto. Entretanto, o acompanhante deve iniciar a respiração

boca a boca, introduzindo ar nos pulmões do paciente a um ritmo de 12-15 vezes por minuto.

A reanimação não deve suspender-se, sob pretexto algum, até chegar ao hospital.

3.2 O próprio paciente

Em primeiro não deverá jamais hesitar, solicitando ajuda à primeira pessoa que encontre.

Sofrendo-se de doença coronária, deverá trazer sempre no bolso comprimidos ou aerossol de

nitroglicerina e utilizá-los em caso de dor torácica. Antes de aplicar a nitroglicerina sob a

língua, o paciente deve deitar-se na cama ou numa mesa, já que este medicamento baixa

muito a tensão arterial, podendo provocar um desmaio. No caso de sofrer dor durante um

passeio ou realizando algum tipo de actividade física, deverá o doente deter-se e procurar

sentar-se no lugar onde estiver, a fim de tomar a nitroglicerina.

No caso de a dor não ceder ao fim de cinco minutos da aplicação da dose adequada, deve esta

ser repetida, e se passarem mais cinco minutos sem se notar alívio dos sintomas, tornar-se-á

necessário telefonar para o 112, de modo, a serem-lhe prestados os cuidados de primeiros

socorros necessários e o adequada deslocação para uma unidade hospitalar. Aconselha-se o

paciente a possuir e a transportar um cartão identificativo onde conste a sua doença e o tipo de

medicação que esteja a efectuar. Este cartão irá facilitar o tratamento urgente hospitalar no

caso de o doente não poder exprimir-se com facilidade e caso não estejam presentes

familiares ou amigos.

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4. MÉTODOS DE DIAGNÓSTICO

4.1 Electrocardiograma

Para confirmar ou despistar um diagnóstico, diversos procedimentos são realizados. O

Electrocardiograma é uma das ferramentas mais importantes para detectar um ataque

cardíaco.

Algumas ondas visíveis através do electrocardiógrafo são características de um enfarte do

miocárdio. Pode estar presente no segmento ST do electrocardiograma, por exemplo. De

acordo com os resultados, é possível distinguir dois tipos de enfarte do miocárdio:

− Um primeiro tipo, marcado pela elevação do segmento ST, em que o batimento

cardíaco tem um comportamento específico e a sua presença confirma o

diagnóstico de enfarte do miocárdio;

− Um segundo tipo em que não existe uma elevação do segmento ST, para o

qual o electrocardiograma não é conclusivo e outras medidas de diagnóstico

serão necessárias para complementá-lo.

4.2 Testes ao sangue específicos

Estes testes dizem respeito a marcadores específicos que podem ser usados para confirmar ou

descartar um potencial diagnóstico. Quando as células do músculo cardíaco começam a

morrer, as suas paredes começam a dissolver-se, libertando determinadas proteínas para a

corrente sanguínea. Estas proteínas incluem a troponina T e I, a mioglobina e o CK-MB. As

troponinas são mais relevantes do ponto de vista do diagnóstico porque estão apenas presentes

no músculo cardíaco, enquanto que a existe mioglobina em todas as células dos músculos.

O dedímero é também outro marcador específico que, quando elevado, indica um aumento da

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actividade coagulante. Desta forma, níveis de dedímero abaixo de um determinado valor,

ajudam a descartar uma embolia pulmonar com elevada segurança. O NT-proBNP, por sua

vez, é um marcador específico para insuficiência cardíaca, reflectindo o estado funcional do

músculo cardíaco após o enfarte do miocárdio.

4.3 Testes ao sangue não específicos

Para uma visão completa da saúde do doente, o médico deverá também avaliar outros

parâmetros sanguíneos, tais como:

− Gases no sangue, que fornecem informação acerca do status respiratório do

paciente (por exemplo devido a insuficiência cardíaca após um enfarto do

miocárdio);

− Electrólitos, que quando elevados podem potenciar o risco ou aumentar uma

arritmia cardíaca;

− Glucose no sangue, que em diabéticos pode estar afectada, devido à situação de

stress;

− Os marcadores das funções renais, a creatinina e a ureia, já as funções renais

ficam comprometidas em doentes cardiovasculares,

− Coagulação (PT/INR) status

5. TERAPEUTICAS HOSPITALARES

Depois de se dar o enfarte do miocárdio, a circulação sanguínea nas artérias obstruídas deverá

ser reposta tão cedo quanto possível, de forma a evitar lesões irreversíveis no músculo

cardíaco. Existem duas abordagens terapêuticas à mesma situação:

− Trombólise, através da administração de um medicamento, desta feita, um

potente anti-coagulante, é receitado ao paciente para dissolver o coágulo na

artéria coronária. As substâncias mais utilizadas são estreptocinasa, urocinasa e

factor activador do plasminogéneo;

− Intervenção coronária percutânea (ICP), em que um pequeno catéter é inserido

na artéria de modo a alargar o seu diâmetro interno. O procedimento restabelece

a circulação numa artéria coronária, parcial ou completamente obstruída

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durante a fase aguda de um enfarte do miocárdio. As técnicas desta intervenção

incluem a angioplastia e a implantação de um stent intracoronário. Esta

intervenção é praticada no vaso afectado, num período de 12 horas, após o

aparecimento da dor torácica ou outro sintoma de enfarte agudo do miocárdio,

sem que tenham sido administrados fibrinolíticos ou outro tratamento com o

objectivo de dissolução do coágulo.

5.1 Tratamento do enfarte do miocárdio não complicado

Considera-se enfarte não complicado aquele que não dá problemas nos primeiros 4 a 8 dias do

início dos sintomas.

É de vital importância chegar o mais cedo possível ao hospital, já que a maioria dos

falecimentos se produz nas primeiras horas do começo do enfarte.

Durante os primeiros dias é possível que não sejam permitidas visitas dos familiares ao

doente.

É imperativo para o correcto tratamento a administração de um soro, que não costuma

colocar-se no braço, mas sob a clavícula. Isto porque, através deste catéter ou sonda, poderão

recolher-se outros dados de interesse a respeito do coração. O soro servirá também para a

administração de medicamentos.

A princípio medirão a tensão arterial, o pulso, a temperatura, etc., de duas em duas ou de

quatro em quatro horas, e pode acontecer que tal impeça o paciente de conciliar o sono até se

habituar. É frequente serem administrados sedativos suaves para maior tranquilidade.

Poderá ser administrado oxigénio, ao paciente, de modo a incrementar a quantidade de

oxigénio que chega ao coração, ainda que a respiração seja normal.

Durante as primeiras 4 a 6 horas a dieta deverá ser absoluta e só será permitido beber

pequenas doses de água não demasiado fria. Posteriormente verificar-se-á um emagrecimento

devido a uma dieta branda com poucas calorias (à volta de I 500) e sem sal. A princípio, a

dieta sem sal poderá ser desagradável. Em vez de comer três vezes por dia, dar-lhe-ão comida

5 a 6 vezes, de modo a facilitar a digestão, para evitar um esforço do coração.

Ao terceiro ou quarto dia, será administrado um laxante, já que não é conveniente fazer

esforços ao defecar.

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No tratamento do enfarte de miocárdio é aconselhável submeter-se o paciente a repouso

absoluto na cama. Contudo, e ao contrário do que possa parecer, na ausência de complicações,

é necessário mover-se o mais cedo possível.

Não deverá o paciente mover-se até lho dizerem, devendo realizar apenas os exercícios que

lhe indicarem. A princípio, só se penteará e lavará sem sair da cama; posteriormente,

autorizar-se-á a erguer-se da cama e a sentar-se num cadeirão próximo. Também lhe moverão

as pernas e os braços de uma forma passiva, quer dizer sem o forçar a nenhum tipo de esforço.

5.2 Tratamento das complicações do enfarte do miocárdio As complicações do enfarte do miocárdio como as arritmias rápidas ou taquiarritmias tratam-

se com medicamentos antiarrítmicos e em alguns casos com desfibrilação eléctrica,

consistindo em provocar uma descarga eléctrica na parede anterior do tórax.

As bradiarritmias ou arritmias lentas tratam-se com medicamentos especiais, ainda que às

vezes seja necessária a implantação de um pace-maker provisório ou permanente.

6. MEDICAÇÃO ALOPÁTICA PRESCRITA

Todos os medicamentos prescritos para a doença coronária têm efeitos benéficos e alguns

efeitos secundários. Alguns destes últimos será útil conhecê-los, pois, se aparecerem, será

necessário recorrer ao médico, decidindo caso por caso se é preciso ou não suspender o

medicamento.

No caso de se estar a ser tratado por doença coronária, não se deve abandonar nunca a

medicação antes de falar com o cardiologista, já que tal possa vir a ser perigoso para a saúde.

Nunca o paciente deverá fazer auto-medicação, já que só o médico é capaz de considerar as

vantagens e os inconvenientes dos medicamentos em cada caso.

Se, após ter sido prescrita uma determinada medicação, a pessoa continuar doente, não deverá

hesitar em consultar de novo o cardiologista, pois poderá encontrar-se sob os efeitos de uma

dose inadequada. Não deverá desanimar se, no início do tratamento, não notar uma melhoria

dos sintomas, ou surgirem efeitos secundários desagradáveis, pois é necessário um tempo

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mínimo para o completo desenvolvimento dos efeitos benéficos dos medicamentos. O doente

não deverá mover-se nem realizar nenhum tipo de esforço, por pequeno que pareça.

6.1 Betabloqueantes Os betabloqueantes são substâncias farmacológicas utilizadas para inibir ou bloquear a

excitabilidade cardíaca. Estes melhoram a capacidade do coração de relaxar, diminuir a

produção de substâncias prejudiciais produzidas pelo corpo em resposta a uma insuficiência

cardíaca e para abrandar o ritmo cardíaco e diminuir a pressão arterial sistólica.

Eles actuam através dos receptores beta-adrenérgicos tendo uma influência depressiva na

parte simpática do sistema nervoso central. As propriedades terapêuticas dos betabloqueantes

provêm dos seus efeitos de ligação aos b-receptores que dominam no coração, podendo actuar

nos b-receptores selectivos, específicos (por exemplo, atenolo, acebutolol) ou não selectivos,

em todos os b-receptores (por exemplo, propranolol, penbutolol).

A utilização prologada poderá causar bradicardia, bloqueio cardíaco, hipotensão, espasmos

brônquicos, fadiga e diminuição de motivação.

Se o doente sofrer de bronquite crónica ou enfisema pulmonar, deverá informar o médico, já

que os medicamentos betabloqueantes poderã ser perigosos.

Caso o paciente venha a sofrer, de desmaios ou de dificuldade respiratória, deverá consultar o

seu cardiologista.

É conveniente vigiar o seu pulso. Frequências cardíacas inferiores a 50 por minuto deverão

ser do conhecimento do cardiologista.

6.2 Anti-plaquetários

Estes medicamentos são utilizados com o objectivo de impedir a formação de coágulos na

circulação sanguínea que poderão ser bastante perigosos numa doença coronária.

É utilizada a aspirina em doentes que tiveram um enfarte do miocárdio, que tenham angina de

peito, que tenham sido submetidos a angioplastia ou a cirurgia de bypass coronário. A toma

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deverá ser diária, com uma dose variável de 75 a 325mg, o que irá reduzir o risco de um novo

enfarte ou de vir a sofrer de um acidente vascular cerebral.

Mais recentemente está também a ser utilizado o clopidogrel. Na maioria das vezes é utilizado

em associação com a aspirina e vai interferir noutra das vias que levam a agregação das

plaquetas e formação de coágulos sanguíneos.

Os efeitos secundários, que se encontram descritos, no decorrer da aplicação de terapia com

medicamentos anti-plaquetários na maioria das vezes correspondem a pequenas hemorragias,

quer pelo nariz ou pelas gengivas, a equimoses ou a intolerância gastrointestinal (no caso da

aspirina).

6.3 Estatinas

Estes medicamentos vão interferir principalmente na produção de colesterol a nível do fígado.

Está demonstrado, em diversos estudos, que o uso prolongado destas substâncias reduz o risco

de eventos cardíacos ou cereberovasculares. Estes medicamentos vão actuar na diminuição

dos níveis do mau colesterol (LDL). No paciente com doença coronária os níveis de colesterol

LDL deverão situar-se abaixo dos 100mg/dl e preferencialmente abaixo dos 70mg/dl. Para

além de ajudar a reduzir os valores de colesterol, vai contribuir para a estabilização das placas

de ateroma, evitando assim a sua progressão.

6.4 Inibidores da enzima de conversão de angiotensina (IECA)

Após o enfarte do miocárdio a toma destes fármacos está associada à melhoria do

prognóstico, sobretudo nos pacientes que desenvolveram insuficiência cardíaca.

Os IECA são medicamentos que vão bloquear a produção de angiotensina II no nosso

organismo. Esta hormona circula no sangue e desempenha vários efeitos no aparelho

cardiovascular. Desempenha um papel na constrição dos vasos sanguíneos aumentando assim

a pressão arterial, o que vai provocar um aumento do trabalho do coração para conseguir

bombear o sangue, contribuindo também para o aumento da espessura do músculo do coração

e da parede das artérias coronárias.

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6.5 Antagonistas do cálcio

Os efeitos terapêuticos dos antogonistas do cálcio devem-se redução do consumo do oxigénio

pelo miocárdio, por força da redução da contractilidade cardíaca.

Todos os músculos do nosso corpo necessitam de receber cálcio para se poderem contrair.

Como sabemos, o revestimento médio ou muscular das artérias coronárias contrai-se por

vezes, quando se sofre o espasmo coronário ou angina de Prinzmetal. Se dispusermos de algo

para travar a entrada de cálcio neste revestimento muscular, impediremos o espasmo. É esta a

função dos antagonistas do cálcio. Os mais importantes chamam-se nifedipina, verapamil e

diltiazem.

Estes medicamentos possuem bastantes efeitos secundários pouco importantes, como inchaço

dos tornozelos, dor de cabeça, vermelhão do rosto, etc. Exceptuando o inchaço dos

tornozelos, os outros efeitos secundários costumam desaparecer ao cabo de alguns dias de ter

começado o tratamento. Provocam também outro efeito secundário mais importante, que é a

descida da tensão arterial com possibilidade de desmaios. Nestes casos não costuma ser

necessário a supressão total do tratamento, sendo útil baixar um pouco a dose. Tal não deverá

ser feito por conta própria, mas mediante consulta médica.

6.6 Nitratos

Estes medicamentos diminuem o trabalho do coração produzindo uma diminuição do retorno

do sangue para ele, tal vai condicionar uma diminuição do trabalho cardíaco, além disso

parece, se bem que não esteja plenamente demonstrado, aumentarem o fluxo do sangue

através das artérias coronárias. Os nitratos que se podem colocar debaixo da língua na fase

dolorosa são a nitroglicerina e o nitrato de isosorbida chamados de acção rápida. Este último

utiliza-se também por via oral para o tratamento a longo prazo. Outro medicamento que pode

administrar-se por via oral para o tratamento a longo prazo é o monoidrato de isosorbida.

Algumas pessoas não toleram bem os tratamentos por via oral, e neste caso poderá aplicar-se

em forma de pomada sobre a pele uma quantidade determinada de nitroglicerina. A

nitroglicerina não é explosiva em nenhuma destas apresentações. Por vezes é necessário

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aumentar as doses destes medicamentos porque o corpo habitua-se a eles e já não provocam

tanto efeito (fenómeno de tolerância).

Durante os primeiros dias de tratamento com estas substâncias é frequente surgir dor de

cabeça bastante intensa e sensação de enjoo. Estes sintomas costumam desaparecer na

primeira semana de tratamento. No caso de a dor de cabeça ser muito forte, poder-se-á tomar

algum analgésico sob prévia consulta médica. Poderá o médico decidir uma mudança de

nitrato caso a dor de cabeça seja insuportável. Os nitratos, sendo medicamentos vasodila-

tadores, diminuem a tensão arterial, o que pode manifestar-se sob forma de desmaios ou

enjoos, sobretudo pela manhã ao sair da cama.

7. CUIDADOS ALIMENTARES

Após o enfarte de miocárdio será necessário implementar um plano alimentar adequado,

distribuído por quatro a seis refeições diárias, dando o privilégio ao consumo de frutas,

verduras e outros produtos hortícolas como hortaliças verdes, gérmen de trigo, feijão de soja,

alho e batata, importantes fornecedores de potássio e magnésio, importantes sais minerais

para a protecção do coração.

A sopa será um excelente alimento devido à sua riqueza em vitaminas e fibras, sendo estas,

particularmente fundamentais para o regular funcionamento do intestino e para a redução da

absorção de gorduras.

A ingestão de gorduras saturadas, abundantes nos fritos, massas folhadas, produtos de

pastelaria, enchidos e produtos de fumeiro, carne de vaca e refeições pré-confeccionandas,

deve ser evitada.

Os lacticínios (leite, queijo iogurte, manteiga) deverão ser consumidos na forma de produtos

magros.

Sendo um alimento rico em gorduras monoinsaturadas, o azeite, é excelente para cozinhar e

temperar, desde que utilizado em doses adequadas.

A ingestão de peixes azuis, como a sardinha, salmão e a cavala, devido a serem alimentos

ricos em gorduras polinsaturadas, ricas em ómega-3, deve ser preferencial em relação às

carnes vermelhas. Não esquecer os frutos secos, de particular importância as nozes, devendo-

se consumir uma mão cheia diária.

Alho e cebola vão reduzir os níveis de colesterol LDL e a pressão arterial.

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A quantidade de sal, utilizado na confecção das refeições, deverá ser reduzida e optar pela

utilização de ervas aromáticas e sumo de limão para temperar.

A casca das uvas vermelhas ou roxas vão ajudar a eliminar as placas das artérias. È

aconselhado a ingestão de um copo de sumo de uva diariamente.

8. TABACO

O tabaco vai activar o sistema de coagulação do sangue, aumento assim o risco de formação

de coágulos, e por consequência, o risco de enfarte e embolia.

Deixar de fumar vai reduzir de forma significativa o risco de doença coronária. Ao fim de um

ano sem fumar o risco diminui em cerca de 50%.

9. EXERCÍCIO FÍSICO

O exercício físico aeróbio vai ajudar a reduzir o risco cardiovascular. Deve ser praticado,

diariamente, no mínimo 30 minutos. Exercícios como andar a pé, nadar, correr, andar de

bicicleta, dançar ou praticar ginástica aeróbica são alguns exemplos do que poderá efectuar.

10. TERAPÊUTICA NATUROPÁTICA

Para além da dieta alimentar acima descrita, no ponto 7, é aconselhável o paciente efectuar

um polivitamínico de alta potência onde o objectivo é oferecer os diversos nutrientes e

antioxidantes que promovem a saúde cardiovascular, devendo a fórmula conter 400 a 800 UI

de vitamina E natural (alfa-toeferol). Se estiver a efectuar alguma medicação para tornar o

sangue menos espesso, o complexo de vitamina E deverá ser efectuado sob supervisão médica

ou reduzir a dose.

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É recomendada a toma de 300 a 500mg de alho envelhecido, duas vezes ao dia, para a

redução do colesterol LDL e da homocisteína, torna o sangue mais fluído e apresenta

propriedades antioxidantes.

A coenzima Q10 é usada pelas células cardíacas para bombear eficientemente e com ritmo

regular, reduz a pressão arterial e ajuda a melhorar a angina, o prolapso da válvula mitral e a

insuficiência cardíaca congestiva, previne também a oxidação do colesterol. A toma deste

nutriente deverá ser diária e entre 100 e 300mg.

O óleo de peixe ajuda a reduzir a inflamação das artérias, reduz o colesterol, os triglicéridos e

torna o sangue menos espesso A toma de uma dose diária de um produto de óleo de peixe

deverá conter pelo menos 480 mg de EPA e 360mg de DHA.

Para melhorar a circulação para o coração e reduzir a pressão arterial, a ingestão diária de 500

a 900mg de Pilriteiro (Crataegus oxycantha).

O suplemento de policosanol, de 10 a 20 mg todas as noites, melhora o colesterol HDL, ajuda

a reduzir o colesterol LDL, a lipoproteína e a angina.

O magnésio é utilizado pelo coração para produzir energia para a contracção e para manter o

ritmo regular. Ajuda a relaxar as paredes dos vasos sanguíneos, melhorando a circulação e

reduzindo a pressão arterial.

A L-carnitina é um nutriente que reduz os níveis dos triglicéridos e melhora a contracção

cardíaca. Aconselha-se a toma diária de 500 a 2.000 mg.

A vitamina C impede a oxidação do colesterol e reduz a pressão arterial, tomar até 3.000 mg

diariamente.

O ginkgo biloba melhora o fluxo sanguíneo, tem benefícios antioxidantes e afina o sangue.

Escolher um extracto contendo 24% de glicosídeos da flavona do ginkgo e tomar 80 a 120

mg, duas vezes ao dia.

O extracto de pimenta-de-caiena (Capsicum annuum) reduz os níveis de colesterol e melhora

a circulação. Tomar 500 mg duas a três vezes ao dia.

O chá-verde reduz a oxidação do colesterol. Tomar 250 a 500 mg de um extracto padronizado

duas a três vezes ao dia.

10.1 Novos marcadores de risco e soluções sob a forma de suplementos

Se os exames revelarem que os níveis desses marcadores estão elevados, os suplementos a

seguir podem ser úteis:

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• Marcador: Proteína C-reactiva

§ Vitamina C: 1.000 a 3.000 mg diários

§ Vitamina E: 400 a 800 UI diárias

§ Óleo de peixe: 5.000 mg diários

§ Ácido gamalinoléico (GLA): 25 a 500 mg diários

§ Bromelaína: 500 mg, três vezes ao dia, entre as refeições

• Marcador: Lipoproteína

§ Niacina: 1.500 mg duas vezes ao dia

§ Coenzima Q10: 100 a 300 mg diários

§ Policosanol: 10 a 20 mg diários

§ Óleo de peixe: 5.000 mg diários

• Marcador: Homocisteína

§ Vitamina B12: 800 a 2.000 mcg diários

§ Ácido fólico: 1 a 10 mg diários

§ Vitamina B6: 20 a 100 mg diários

§ Trimetilglicina (TMG): 500 a 1.000 mg diários

§ S-adenosilmetionina (SAMe): 400 mg diários

• Marcador: Fibrinogénio

§ Óleo de peixe: 5.000 mg diários

§ Vitamina E: 400 a 800 UI diárias

§ Bromelaína: 500 mg três vezes ao dia, entre as refeições

§ Alho (Allium sativum): 350 a 500 mg duas vezes ao dia

11. TERAPEUTICA HOMEOPATICA

Se houver sintomas de um enfarte de miocárdio, deve-se chamar imediatamente um médico

ou a ambulância e siga as instruções que lhe forem transmitidas. Enquanto se espera que

chegue a ambulância, pode-se tomar uma potência de 30CH a cada dois ou três minutos.

A Aconitum napellus destina-se à dor e à dormência no braço esquerdo. A pessoa sente medo

e fica muito ansiosa.

A Arnica (Arnica montana) é útil quando se tem a sensação de aperto no peito.

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O Cactus (Cereus grandiflorus) também pode reduzir a dor da angina. Tomar se houver um

forte aperto no peito.

Se a dor cardíaca for tipo pontada pode ter origem emotiva ou patológica, podemos usar

Cactus, Lachesis, Naja, Aconitum, Aurum, Tarântula.

Em caso de dispneia usamos Ignatea, para tratar possível aspecto emocional, Mucus, Ambra

grisea, Kali carbonicum, Carbo vegetabillis, Phosphorus

Para tonificação cardíaca é aconselhável o uso de Crataegus, Convalaria, Viscum album,

Lilium trigrinum.

Podemos também usar os constituintes homeopáticos abaixo descritos:

− Ignatia – por razões emocionais, quadro de angustia (acalmar a pessoa,

repousar);

− Gelsemium – remédio da paralisia, medo e sofrer, medo geral, receio de ser

confrontado, de ser posto à prova;

− Coffea cruda – excitação, actividade acelerada da mente, palpitação muito

acelerada, pessoa que bebe muito café;

− Pulso duro – Iberis;

− Lycopus virginicus – pulso fraco, irregular, palpitações de origem nervosa,

taquicardia dos fumadores, imoptise devido a doenças valvulares do coração;

− Pulso fraco – Crataegus – insuficiência cardíaca com hipertensão

Digitalis – insuficiência cardíaca com hipotensão;

− Crataegus – tonificante cardíaco, regula a tensão arterial, tem acção sobre o

músculo cardíaco, pensa-se que tem capacidade de dissolver os depósitos de

cálcio nas artérias;

− Aconitum – pulso fraco com respiração afogante;

− Belladona – suspiro a cada respiração;

− Lachesis – quadro de ciúme muito forte, inspiração muito profunda para não

explodir;

− Tabacum – respiração difícil, problema de fumar;

− Kalimia – pulso fraco e lento, dores fortes e agudas que comprometem a

respiração, quadro de palpitação, inclinar-se para a frente piora;

− Kalium carbonicum – melhora inclinando-se para frente;

− Gelsemium

O laboratório Dr. Reckeweg indica para tratamento do enfarte do miocárdio:

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− O R2 – insuficiência cardíaca, insuficiência coronária, arritmias, hipertensão

arterial, vertigens com pulso lento e palpitações;

− Rekin2 – insuficiência cardíaca, insuficiência coronária, arritmias, hipertensão

arterial, vertigens com pulso lento e palpitações;

− R3 – insuficiência cardíaca, hipertensão arterial, status post enfarte do

miocárdio;

− R79 – hiperlipidémia, arteroesclorose, antiagregante plaquetar, tónico

cardiovascular, hipertensão arterial e tonturas.

12. OUTRAS TERAPIAS

O yoga e outras formas de trabalho corporal, a massagem, as terapias de relaxamento, a

aromaterapia e a musicoterapia ajudam a reduzir o stress e favorecem o bem-estar físico e

mental. A prática de Qi Cong, Tai Chi vão ajudar a baixar a pressão sanguínea. O

realaxamento corporal, corporal conseguido por meio de meditação e a respiração profunda

também poderá normalizar a pressão sanguínea e a frequência cardíca.

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13. CONCLUSÃO

O enfarte agudo do miocárdio é uma das principais causas de morte nos países desenvolvidos.

A identificação rápida dos sintomas e o célere recurso aos cuidados de saúde hospitalares é

essencial para evitar não só a morte do paciente como também danos mais graves, que irão

implicar uma perda significativa da sua qualidade de vida.

A alopatia nesta fase, embora com os seus efeitos mais negativos, é mais eficaz eliminando os

sintomas mais rapidamente, permitindo uma recuperação mais rápida.

Após a estabilização do quadro de enfarte do miocárdio as medicinas complementares,

utilizando a sua vertente holística, permitem ao paciente viver melhor, com uma terapêutica

quase inócua de efeitos secundários. O paciente terá também de ser responsabilizado pelo seu

processo de cura, adquirindo melhores hábitos alimentares e de vida.

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14. BIBLIOGRAFIA

Manual de Medicinas Complementares, MMV Editorial Oceano, Barcelona, ISBN 972-8528-

88-4

BALCH, James, STENGLER, Mark, Tratamentos Naturais, Elsevier Editora, Lda., Rio de

Janeiro, 2005, ISBN 85-352-1621-9

BIRDWOOD, George, Como Actuar numa Emergência Médica, 1ª Edição, Selecções do

Reader’s Digest (Portugal), Lisboa, 1987

PIÑEIRO, PÉREZ, LEYVA, Dicionário Ciências da Saúde, Mc Graw Hill, ISBN 972-8298-

21-8

TITINALLI, Judit E., RUIZ, Ernest, KROME, Ronald L., Emergências Médicas, 4ª edição,

Mc Graw Hill, ISBN 970-10-1459-6

BRAUNWALD, Isselbacher, MARTIN, Wilson, FAUCI Kasper, Harrison Medicina Interna,

Volume 1, 13ª Edição, Mc Graw Hill, ISBN 968-25-2336-2

Índice Terapêutico, Laboratório Dr. Reckeweg

14.1 Pesquisa na Internet

http://pt.wikipedia.org/wiki/Mioc%C3%A1rdio

http://www.manualmerck.net/?id=53&cn=666

http://www.enfarte.com/enfarte-tratamento-medico.html

http://www.sanofi-aventis.pt/live/pt/medias/15716C66-A59A-435B-8C19-

3B7017E8A056.pdf

http://www.doping-prevention.com/pt/substances-and-methods/beta-blockers/beta-

blockers.html

http://www.spc.pt/DL/Home/listdestaques/Texto_Mes_do_Coracao.pdf

http://www.actamedicaportuguesa.com/pdf/2010-23/2/213-222.pdf

http://www.doutorcoracao.com.br/webcontrol/upl/art_90.PDF