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ANALISTA DE PLANEJAMENTO e ORÇAMENTO – SEGUNDA FASE Economia Brasileira Amaury Gremaud

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ANALISTA DE PLANEJAMENTO e ORÇAMENTO – SEGUNDA FASE

Economia Brasileira

Amaury Gremaud

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Programa

• Economia Brasileira: 16. A economia brasileira na segunda metade do século XX: a experiência do Estado investidor da década de 1970; Plano de Metas; Plano Trienal; PAEG; Planos Nacionais de Desenvolvimento e crise da dívida externa. A visão econômica dos planos da década de 1980 em contraponto com os antecedentes; endividamento público e processo inflacionário; choques externos e planos de estabilização. Consenso de Washington e abertura acelerada da economia; Os Planos Collor I e II, o Plano Real, estabilização monetária e reformas da década de noventa. Crises cambiais. 17. A década de 2000: política econômica anticíclica, aumento dos investimentos, crescimento do mercado interno, política de valorização do salário mínimo, ampliação do crédito ao consumidor e crescimento das políticas de transferência de renda. A desregulamentação financeira e a crise internacional de 2008

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Subdivisão dos itens do Programa em 4 sessões

1. A economia brasileira na segunda metade do século XX: a experiência do Estado investidor da década de 1970; Plano de Metas; Plano Trienal; PAEG; Planos Nacionais de Desenvolvimento e crise da dívida externa.

2. A visão econômica dos planos da década de 1980 em contraponto com os antecedentes; endividamento público e processo inflacionário; choques externos e planos de estabilização.

3. Consenso de Washington e abertura acelerada da economia; Os Planos Collor I e II, o Plano Real, estabilização monetária e reformas da década de noventa. Crises cambiais.

4. A década de 2000: política econômica anticíclica, aumento dos investimentos, crescimento do mercado interno, política de valorização do salário mínimo, ampliação do crédito ao consumidor e crescimento das políticas de transferência de renda. A desregulamentação financeira e a crise internacional de 2008

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Sessão 1: os temas a serem abordados

1. A economia brasileira na segunda metade do século XX: a experiência do Estado investidor da década de 1970; Plano de Metas; Plano Trienal; PAEG; Planos Nacionais de Desenvolvimento e crise da dívida externa.

Temas:

1.a. O desenvolvimento brasileiro na segunda metade do século XX e o papel do Estado

1.b. Do plano de metas ao II PND e as estratégias de desenvolvimento

1.c. O II PND e a crise da divida externa

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Exemplo de questões para a sessão 1 • 1.a Exponha as linhas gerais do papel do Estado brasileiro como promotor do

desenvolvimento industrial no período compreendido entre meados da década de cinquenta e o final da década de setenta, e compare-o com a atuação do Estado na década de 90.

• 1.b Compare o perfil de desenvolvimento econômico do Plano de Metas com o do período denominado “milagre econômico”.

• 1.b Durante o regime militar, três planos estatais são determinantes para a transformação estrutural do Brasil – PAEG, I PND e II PND. O PAEG é responsável pela transformação institucional que antecede o período do, assim chamado, Milagre Econômico, com a execução do I PND, durante o período de 1967-1973, com a intensificação da produção industrial, principalmente, com a produção de bens duráveis. Esses planos (PAEG e I PND) deixaram uma série de lacunas na estrutura produtiva do Brasil, tanto em nível interno quanto em nível externo. Nesse sentido, a manutenção do crescimento corria perigo e carecia de uma solução, notadamente para resolver os problemas de estrangulamento. Para tanto, em meio à crise internacional, que obrigava os países a fazer ajustes recessivos em suas economias, o Brasil escolhe adotar um novo plano, o II PND, que os especialistas classificam como uma tentativa de “fuga para frente”. Sendo assim, explique, em linhas gerais, o II PND, adotado no Brasil no período 1975-1979, enfatizando seus objetivos e resultados.

• 1.c. Estabeleça a relação entre a chamada estratégia de 1974 adotada no governo Geisel (crescimento com endividamento) e o desempenho da economia na primeira metade da década de 1980 durante a chamada crise da divida externa.

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Sessão 2: os temas a serem abordados

2. A visão econômica dos planos da década de 1980 em contraponto com os antecedentes; endividamento público e processo inflacionário; choques externos e planos de estabilização.

Temas:

2.a. Aspectos internos da crise externa dos anos 80 e o aparecimento dos planos estabilização x desenvolvimento

2.b. O debate em torno da questão inflacionaria e a ideia de inflação inercial

2.c. O contexto externo e as diferenças entre os planos de estabilização (Cruzado, Bresser, Verão, Collor I e II e Real)

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Exemplo de questões para a sessão 2 2.a. Comente a seguinte afirmação: nos primeiros anos da década de 1980 ocorreu um fortíssimo choque externo que, juntamente com a política de ajuste implementada para enfrentá-lo, provocou a fragilização financeira do setor público. 2.a. Compare as políticas de estabilização do período 64/67 com as políticas adotadas na segunda metade dos anos 80. 2.b Qual a fundamentação teórica dos planos heterodoxos inaugurados com o Plano Cruzado do governo Sarney? 2.c. Os planos de estabilização econômica das décadas de 1980 e 1990 compreenderam medidas ortodoxas e heterodoxas. Discuta os planos Cruzado, Collor e Real, explique a estratégia e avalie os resultados de cada um 2.c. A escassa liquidez internacional na década de 1980, ao contrário do que ocorreu na década anterior e na posterior, foi uma das razões fundamentais para o insucesso do Plano Cruzado de combate à inflação, diferentemente do que ocorreu no Plano Real. Você concorda com essa afirmação? Justifique.

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Sessão 3: os temas a serem abordados

3. Consenso de Washington e abertura acelerada da economia; Os Planos Collor I e II, o Plano Real, estabilização monetária e reformas da década de noventa. Crises cambiais.

Temas:

3.a. Consenso de Washington, Plano Collor e reformas dos anos 90

3.b. Privatização e as aberturas comercial e financeira

3.c. O Plano Real, o governo FHC e as crises cambiais

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Exemplo de questões para a sessão 3 3.a. O Plano Brasil Novo inclui uma série de reformas institucionais influenciadas pelo chamado consenso de Washington. Que reformas são estas e qual a relação destas reformas com a estratégica histórica de desenvolvimento brasileiro adotada desde a chamada “era Vargas”

3.b. Explique o que se entende por abertura comercial e financeira e discuta a relação entre liberalização comercial e financeira e o êxito do Plano Real e como essa liberalização influenciou a capacidade da economia de crescer de forma sustentável, na década de 1990.

3.b. Diga se concorda ou não com a afirmativa e justifique sua posição: “O processo de privatização das empresas estatais empreendido nos anos 90 justifica-se, fundamentalmente, por sua contribuição ao ajuste fiscal do setor público brasileiro.”

3.c. O Plano Real, implementado entre 1994 e 1998, viabilizou a conquista da estabilidade de preços no Brasil, após quase duas décadas de alta inflação e diversas tentativas frustradas de estabilização. Por outro lado, conduziu a economia a uma situação de crescente vulnerabilidade externa, que culminou com a crise cambial de 1999. Analise as relações entre esse quadro externo e o Plano Real, considerando tanto o modelo de estabilização implementado, quanto a condução da política macroeconômica no período.

3.c. Avalie o desempenho das taxas de crescimento e de inflação do Brasil na década de 1990 e discuta o papel da conjuntura internacional como fator explicativo do referido desempenho.

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Sessão 4: os temas a serem abordados

4. A década de 2000: política econômica anticíclica, aumento dos investimentos, crescimento do mercado interno, política de valorização do salário mínimo, ampliação do crédito ao consumidor e crescimento das políticas de transferência de renda. A desregulamentação financeira e a crise internacional de 2008

Temas:

4.a. O modelo macroeconômico do tripé e suas criticas

4.b. as politicas de crescimento e de redistribuição na gestão Lula

4.c. a crise de 2008 e seu enfrentamento no contexto brasileiro

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Exemplo de questões para a sessão 4

• 4.a. Analise a estrutura da politica econômica brasileira adotada pos desvalorização cambial de 1999 e discuta os seus impactos em termos de crescimento econômico

• 4.a. Antes da crise de 2008 observa-se a retomada do crescimento econômico no Brasil. Quais os principais elementos a explicar este crescimento

• 4.b. Na primeira década deste século uma mudança importante ocorre no estilo do desenvolvimento social brasileiro. Aponte esta mudança e discuta suas principais explicações.

• 4.b. Discuta a seguinte afirmação: Se houve o crescimento do mercado interno em função de um desenvolvimento econômico mais inclusivo, este crescimento não tem sido bem aproveitado pelos setores produtivos nacionais colocando em risco tal estratégia no longo prazo.

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4.C (IPEA) Em recente entrevista à revista Época (2/10/2008), o renomado economista Nouriel Roubini, professor da

Universidade de Nova York — que, em 2006, quando ninguém falava em quebradeira de bancos, provocou risadas na platéia

ao prever a atual crise financeira durante uma palestra realizada na sede do Fundo Monetário Internacional (FMI), em

Washington –, afirmou o seguinte: “Há dois anos, quando comecei a falar sobre o risco de haver uma crise no mercado imobiliário, vi excessos, como a multiplicação

dos preços dos imóveis por dois em apenas dez anos. Isso não me parecia justificável. Eu me dei conta de que havia uma bolha no

mercado de crédito de forma geral, pouco rigor para a concessão de empréstimos e percebi que o consumidor americano estava

excessivamente endividado. Aí, cheguei à conclusão de que uma crise no mercado imobiliário levaria a outra nas empresas de crédito

imobiliário e que isso, somado a uma alta nos preços do petróleo e de outras fontes de energia, jogaria a economia numa recessão e

poria o mercado financeiro numa crise séria. Já vimos isso acontecer várias vezes antes, tanto nos EUA como em outros países.

Então, era só uma questão de unir os pontos e perceber que isso era insustentável e levaria a uma crise financeira. (...) O mundo

pode não estar derretendo, apesar de, nas últimas duas semanas, termos chegado perto de um derretimento do setor financeiro. Mas

essa crise certamente é a pior que os EUA e os países desenvolvidos viveram desde a Grande Depressão, em 1929. A crise não deverá

ser tão severa como a Grande Depressão, em que houve um encolhimento de 20% ou mais na economia. Mas, mesmo que haja uma

recessão e uma crise bancária que durem dois anos, será muito mais séria e longa que qualquer outra crise nos últimos 40 ou 50

anos. (...) Se você imaginar que ela começou em janeiro deste ano, vai durar no mínimo até meados do ano que vem, talvez até o final

de 2009. Isso significa duas vezes mais que a média das recessões americanas. Também não vamos encontrar uma solução para a

crise bancária nos próximos meses. Isso vai se arrastar por dois anos. Muitos bancos ainda vão quebrar. Depois, vamos ter de limpar

o sistema bancário, mudar algumas normas regulatórias, aumentar a supervisão dos bancos. Isso se as autoridades dos EUA não

cometerem os mesmos erros que ocorreram no Japão, quando eles viveram uma bolha na bolsa de valores e no mercado imobiliário.

Lá, acabaram jogando o país numa estagnação que durou vários anos.(...)Considerando o que está acontecendo nos EUA e na

Europa, o risco de que os mercados emergentes enfrentem uma aterrissagem brusca e de entrarmos numa recessão global está

aumentando.”

Considerando que as previsões de Roubin, acima transcritas, se confirmem, redija um texto que responda o seguinte

questionamento: Quais os reflexos da crise financeira no Brasil?