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Análises Fundamentalista Análises Gráfica e Fundamentalista são armas do investidor Quem investe na bolsa, seja experiente ou iniciante, carrega sempre a mesma pergunta: é hora de comprar ou vender? Com tantas ações disponíveis e tantas variáveis importantes no mercado financeiro, saber se determinado papel é uma boa aquisição ou não pode ser difícil. As análises técnica e fundamentalista são boas ferramentas para acompanhamento do mercado e tomada de decisões. “De forma resumida podemos dizer que o analista fundamentalista acompanha o desempenho da empresa e o técnico (ou gráfico) acompanha a ação na bolsa”, explica o analista Aloisio Lemos da consultoria Lopes Filho. A análise fundamentalista é tida por muitos como mais sofisticada, pois leva em consideração aspectos macroeconômicos, microeconômicos e as perspectivas para uma determinada empresa. Feito esse estudo, o papel da empresa é precificado através de ferramentas, sendo os principais modelos de avaliação o valuation, ou preço justo, e o modelo dos múltiplos de mercado. O primeiro modelo consiste em um cálculo feito através da estimativa do valor de uma empresa dividido pelo número de ações que ela tem. O segundo confronta diversos indicadores futuros de empresas, como P/L (Índice Preço/Lucro), cuja fórmula é a cotação dividida pelo lucro da ação, e o P/VPA (Valor Patrimonial da Ação), divisão entre o patrimônio líquido e o número de ações da empresa. Aloisio, que prefere a análise fundamentalista, usa o desempenho das empresas de alimentos no ano passado para explicar como os especialistas estudam os setores, considerando a influência de variáveis como as commodities. “O principal item de custo de empresas como Sadia e Perdigão é o milho (uma commodity). Em 2001 essas empresas exportaram muito frango para a Europa por causa do problema da vaca-

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Análises Fundamentalista

Análises Gráfica e Fundamentalista são armas do investidor Quem investe na bolsa, seja experiente ou iniciante, carrega sempre a mesma pergunta: é hora de comprar ou vender? Com tantas ações disponíveis e tantas variáveis importantes no mercado financeiro, saber se determinado papel é uma boa aquisição ou não pode ser difícil. As análises técnica e fundamentalista são boas ferramentas para acompanhamento do mercado e tomada de decisões.

“De forma resumida podemos dizer que o analista fundamentalista acompanha o desempenho da empresa e o técnico (ou gráfico) acompanha a ação na bolsa”, explica o analista Aloisio Lemos da consultoria Lopes Filho.

A análise fundamentalista é tida por muitos como mais sofisticada, pois leva em consideração aspectos macroeconômicos, microeconômicos e as perspectivas para uma determinada empresa. Feito esse estudo, o papel da empresa é precificado através de ferramentas, sendo os principais modelos de avaliação o valuation, ou preço justo, e o modelo dos múltiplos de mercado.

O primeiro modelo consiste em um cálculo feito através da estimativa do valor de uma empresa dividido pelo número de ações que ela tem. O segundo confronta diversos indicadores futuros de empresas, como P/L (Índice Preço/Lucro), cuja fórmula é a cotação dividida pelo lucro da ação, e o P/VPA (Valor Patrimonial da Ação), divisão entre o patrimônio líquido e o número de ações da empresa.

Aloisio, que prefere a análise fundamentalista, usa o desempenho das empresas de alimentos no ano passado para explicar como os especialistas estudam os setores, considerando a influência de variáveis como as commodities. “O principal item de custo de empresas como Sadia e Perdigão é o milho (uma commodity). Em 2001 essas empresas exportaram muito frango para a Europa por causa do problema da vaca-louca e, para completar, de 2001 para 2002 houve um produção muito grande de milho, fazendo com que seu preço baixasse. As empresas tiveram mais lucro e um desempenho muito bom”, exemplifica.

“Em 2002 o setor continuou bem porque o dólar estava subindo, o que favorece as empresas exportadoras. Porém o preço do milho disparou (uma alta de quase 50%). Assim, as empresas que atuam apenas no mercado doméstico tiveram um desempenho pior e as demais canalizaram as vendas para o externo, para compensar a perda no lado dos custos”, afirma o analista.

Ele explica que após estudar o comportamento do setor nos anos anteriores resta a “pergunta-chave”: como será seu desempenho ao longo deste ano e do próximo, já que a parte mais importante da análise é a projeção futura. “Depois de saber o que aconteceu em 2001 e 2002, eu faço uma análise subjetiva do que vai acontecer, conversando com especialistas do setor, lendo revistas sobre o assunto, etc”, diz.

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Por ter que acompanhar todos os detalhes da empresa, é muito comum que haja uma segmentação e que os analistas se especializem em setores, como siderurgia, alimentos e comércio.

O analista técnico, por sua vez, acompanha o retorno das oscilações que o ativo oferece ao longo do tempo. De acordo com Gil Deschatre, analista técnico e professor da IBMEC e da FGV, o técnico pode analisar qualquer tipo de ativo que seja passível de variação de preço, como moeda, ouro, ações. Já o fundamentalista, só pode analisar empresas. “As duas análises têm uma diferença de timing. A análise fundamentalista, por se preocupar com o retorno do capital investido numa empresa, tem uma postura de longo prazo. A gráfica pode ser usada até no curtíssimo prazo”, afirma.

Gil ressalta, no entanto, que ambas as análises podem ser usadas nos dois prazos. “Quase 90% dos grafistas são de curto prazo, mas isso depende da personalidade de cada um. Os últimos cinco anos de crises sucessivas, com fortes oscilações, fizeram com que muitas pessoas migrassem para a análise de curto prazo”, explica.

Se os fundamentalistas ficam atentos a informações como Valor do mercado e estrutura acionária da empresa, os técnicos utilizam uma série de estudos matemáticos estatísticos, baseando-se nos preços da ações. Para estes técnicos, toda expectativa dos investidores, seja boa ou má, em relação a determinado ativo se reflete no preço diário do mesmo. Portanto, não importa a situação da empresa, mas a expectativa dos investidores em relação ao papel que ela tem listado em bolsa.

“Muitas pessoas conhecem os negócios apenas superficialmente e passam a dar palpites disparatados. Por isso, além das duas análises, o investidor deve aprender a gerenciar seus saberes. Existem maneiras de operar que são tão importantes quanto a análise. Não adianta lutar contra o mercado”, afirma Jayme Ghitnick, analista técnico.

O consenso entre os analistas consultados é que as duas análises podem ser consultadas e que toda informação deve ser vista com senso crítico, principalmente por quem está começando. É possível, por exemplo, que cada escola de análise apresente resultados diferentes sobre o mesmo papel, pois os prazos podem ser distintos. Por isso, é preciso descobrir o espaço temporal ao qual o analista está se referindo.

“A gente deve usar todas as ferramentas disponíveis. Seja qual for a informação, é preciso ter cuidado com o que se lê, pois se eu compro uma ação da empresa x ou y a decisão foi minha, não posso culpar um gráfico ou uma análise. O investidor precisa ter espírito crítico”, ressalta Aloisio Lemos, da Lopes Filho.

1) O que é Análise Fundamentalista?

Para quem investe no mercado de ações, há duas técnicas distintas de análise de papéis: a Análise Técnica e a Análise Fundamentalista. Enquanto a Análise Técnica utiliza recursos estatísticos e parte do princípio de que se pode prever a tendência de uma ação a

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partir de seu comportamento passado, a Análise Fundamentalista se baseia em estudo de informações fornecidas pela empresa, pelo setor em que ela atua e por indicadores macroeconômicos.

Essas duas técnicas são tão distintas que existe no mercado de capitais verdadeira rivalidade entre grafistas (os partidários da Análise Técnicas) e fundamentalistas (os partidários da Análise Fundamentalista). Para os pequenos investidores, porém, a melhor alternativa é utilizar as melhores informações ou indicações que cada tipo de análise pode fornecer.

Em outras palavras: se você pretende comprar ou já está comprado em determinado papel, vale a pena ficar de olho nos gráficos e nas tendências que eles indicam (Análise Técnica). Mas vale a pena também conhecer os números e indicadores da empresa, saber quais são as perspectivas para o setor em que ela atua, se os investimentos que ela tem feito podem ou não gerar caixa no futuro e como eventos macroeconômicos podem afetá-la. A premissa básica fundamentalista é de que o valor justo para uma empresa se dá pela definição de sua capacidade de gerar lucros no futuro.

No InvestShop.com você encontra, indistintamente, ferramentas de Análise Técnica e Fundamentalista. Cabe a você descobrir com que metodologia se adapta melhor ou tem mais facilidade de compreensão.

2) Quais as informações que posso conseguir com a Análise Fundamentalista?

Cenário Econômico x Perspectiva para a empresa

Determinados fatores macroeconômicos, como taxas de juros, câmbio ou alterações nos preços das commodities podem influenciar diretamente, com maior ou menor intensidade, o resultado das companhias. Aumento nas taxas de juros, por exemplo, causa retração na economia, o que afeta todas as empresas. Em geral, há um reflexo imediato sobre o preço das ações.

Por isso, é importante que você fique atento e busque informações de especialistas em macroeconomia. Essas empresas fazem estimativas de indicadores importantes, como inflação, juros, balança comercial e déficit público.

Perspectivas para o setor em que a empresa atua

Além de estar inserida em um ambiente político-econômico, uma empresa também faz parte de um segmento de negócios, de um setor, juntamente com outras empresas com atividades semelhantes. Determinados acontecimentos, nacionais ou internacionais, podem ter influência ou não sobre esse setor e afetar o resultado da empresa, o que tem conseqüência sobre o preço da ação.

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Digamos que o preço do aço (uma commoditie) aumente no mercado internacional. O efeito será positivo para uma companhia siderúrgica, pois esta produz e vende aço. Com a alta dos preços, poderá melhorar seus lucros e o mesmo ocorrerá com as outras empresas do setor siderúrgico. Já para uma indústria de geladeiras, que utiliza o aço como matéria-prima, o efeito será negativo. Essa indústria sofrerá com o aumento de custos e poderá ter dificuldades de repassá-lo ao consumidor final. Como conseqüência, a margem de lucro será reduzida e o resultado da empresa ficará pior. O mesmo deve ocorrer com outras empresas do mesmo setor.

Conhecer as perspectivas para o setor em que a empresa atua é importante também para que você possa comparar os resultados com o de outras companhias que atuam no mesmo setor. O retorno da empresa é alto ou baixo em relação a alguma base de comparação. Neste caso, devemos ter sempre em mente a média do setor.

Conhecendo a empresa para reduzir os riscos

Como veremos a seguir, investir em ações tem seu risco inerente. Mas, quanto maior o risco, maior costuma ser a possibilidade de retorno. Você não pode eliminar o risco, mas pode minimizá-lo.

Antes de investir em ações de uma empresa, você deve conhecê-la a fundo. Deve analisar seu último balanço, sua rentabilidade, saber quais são seus planos e perspectivas, os investimentos que estão sendo feitos e o retorno esperado para esses investimentos.

3) Investimento a curto, médio ou longo prazo?

A análise fundamentalista atende às necessidades tanto de investidores quanto de especuladores. A principal diferença entre esses dois personagens do mercado financeiro é que o primeiro espera retornos a prazos mais longos, enquanto o segundo investe visando retornos mais imediatos.

No entanto, como a Análise Fundamentalista não fornece respostas imediatas, ou seja, suas recomendações são de médio ou longo prazo - o que fica claro quando falamos de perspectivas de crescimento para a empresa ou setor -, é melhor utilizada por investidores.

Além disso, deve ser considerado que existem fatores macroeconômicos influenciando o desempenho do mercado e, por conseqüência, o desempenho dos papéis. Atualmente, temos visto que mesmo com as boas perspectivas para as empresas e para a economia brasileira, os fatores externos têm exercido influência sobre a Bolsa. Com isso, a valorização esperada pelos especialistas pode demorar mais a ocorrer.

Não é possível andar na contramão do movimento do mercado. A avaliação de ativos através da análise fundamentalista serve para mostrar as empresas que têm apresentado

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bons resultados, cujos papéis estão com preços atrativos e podem dar bom retorno no médio prazo.

4) Que informações sobre a empresa devo buscar?

Valor de Mercado X Valor Contábil

O Valor Contábil da empresa corresponde ao seu patrimônio líquido, ou seja: ativos menos passivos. Da mesma forma, o valor contábil (ou valor patrimonial de uma ação) corresponde ao patrimônio líquido dividido pelo número de ações emitidas. Para descobrir o valor contábil de uma empresa, basta verificar seu balanço. Como sabemos, estas demonstrações são fotos estáticas, podendo mostrar defasagens em relação às expectativas do mercado.

Um bom exemplo é o de uma empresa que tenha feito grande investimentos no último exercício e tenha pedido financiamentos para fazer esses investimentos. Isso afetará negativamente seu valor contábil, mas criará valor para o futuro. Quando um analista projetar o fluxo de caixa dessa empresa, levará em conta o retorno que esses investimentos podem resultar.

O Valor do Mercado é o preço pelo qual os compradores e vendedores estão interessados em negociar o ativo. É obtido através da multiplicação da cotação por ação pelo número total de ações que compõe o seu capital. Este cálculo, evidentemente, deve considerar o valor das ações ordinárias e preferenciais, sendo ponderado pela quantidade de cada um desses dois tipos de ações.

Exemplo:

Ações da Empresa XQtde. Total de Ações 745.483,79 Ordinárias 249.008,66 Preferenciais 496.475,13 Cotação ação preferencial: 1,30 Cotação cotação ação ordinária: 1,18 Valor de Mercado = (496.475,13 x 1,30) + (249.008,66 x 1,18) Valor de Mercado = 939.247,89

Quando a empresa não negocia ações preferenciais no mercado, ou quando um dos tipos de ações não apresenta liquidez relevante, o Valor de Mercado pode ser calculado considerandos-se a quantidade total de ações totais e a cotação líquida.

Exemplo:

Ações da Empresa YQtde. Total de Ações 745.483,79 Cotação ação ordinária: 1,30

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Valor de Mercado = 745.483,79 x 1,30 Valor de Mercado = 969.128,93 Como o valor da empresa, neste caso, é definido pela cotação de suas ações, fica claro que este valor considera a expectativa do mercado e dos investidores em relação à empresa.

Para conferir o valor das empresas listadas em Bolsa, basta consultar a parte de Fundamentos do Panorama. Lá você pode encontrar o Valor de Mercado da Empresa e as Informações Contábeis existentes para estas empresas.

Estrutura Acionária da Empresa

A estrutura de capital da empresa é formada por ações ordinárias e preferenciais. De acordo com a legislação atual, no máximo dois terços das ações da empresa podem ser preferenciais. A companhia deve ter no mínimo um terço de ações ordinárias, podendo, no entanto, emitir 100% de suas ações ordinárias. Quando a nova Lei das S/A for aprovada, as empresas que abrirem capital terão que ter, no máximo, 50% de ações preferenciais.

No entanto, com o tempo, a empresa pode ter necessidade de alterar sua estrutura acionária, emitindo mais ações, caso precise se financiar com o mercado, ou alterar o preço por ação através de um split de ações. Veja abaixo os principais eventos:

Subscrição de ações ou aumento de capital

A subscrição de ação é quando a empresa emite e lança novas ações no mercado, com o objetivo de captar recursos para se financiar.

Quando a empresa faz uma subscrição, ela dá aos atuais acionistas o direito preferencial de adquirir as novas ações. Isso é chamado de "Direito de Subscrição". O Direito de Subscrição permite ao acionista comprar o ativo a um preço inferior ao da emissão. O direito de subscrição pode ser negociado na Bolsa, até uma data limite em que as negociações ficam suspensas para que, alguns dias depois, a subscrição seja efetuada.

Bonificação em ações

Pode ser considerado um tipo de dividendo em que o pagamento é feito em ações. Mas não se trata efetivamente de um dividendo, uma vez que não ocorre saída de caixa da empresa.

Representa um aumento do número de ações da empresa sem que haja captação de recursos. Assim, reduz-se o valor unitário por ação. Normalmente, a bonificação é indicada por um percentual. Veja o exemplo abaixo:

Exemplo:

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Ações da Empresa XQuantidade total de ações = 100 Preço por ação = 2,40 Valor total investido = 240,00 Bonificação = 5% Nova quantidade total de ações = 105 Novo preço por ação = 2,29 Desdobramentos do número de ações

Neste caso ocorre um aumento do número de ações através da divisão por um fator proporcional. Cada ação passa a ter direito a uma parcela menor do fluxo de caixa, o que diminui o preço por ação. Assim, quando se dá o desdobramento, o preço se ajusta proporcionalmente à nova quantidade. Como não há capitação de recursos, o desdobramento não implica em alterações no Capital Social da Empresa.

O desdobramento tem influência na negociabilidade dos títulos em Bolsa, pois, com a cotação pela metade, existe maior facilidade de formação de lotes mínimos, proporcionando maior realização de negócios (maior liquidez).

Exemplo:

Empresa XQuantidade total de ações = 4 milhões Desdobramento = 100% Nova quantidade total de ações = 8 milhões Valor por ação = neste caso o preço por ação cairia pela metade, uma vez que o valor de uma ação passa a valer para duas.