análise textual - aula 5

15
 Aula 5: Tipologia textual e gêneros textuais – parte 1 Ao fnal desta aula, você será capaz de: 1) Utilizar o processo de leitura e entendimento de mensagens em dierentes textos; 2) dentifcar as dierentes organiza!"es discursivas em diversos tipos   de texto; #) $econ%ecer as caracter&sticas discursivas de dierentes textos; ') Avaliar a inorma!(o do texto atravs de %a*ilidades espec&fcas+ ropriedade de uma rogress(o -eomtrica . undamental /ue concordemos com a vis(o atual so*re a leitura, como processo cognitivo, o /ue isso signifca0 Atente para o texto a seguir: n/uanto o 3rasil real n(o assumir, com a devida lucidez e %onestidade, sua tra4et5ria ind&gena e indigenista6antind&gena secularmente, na pol&tica ofcial, este pa&s, pluricultural, pluritnico, plurinacional, n(o e stará em paz com sua consciência, ignorará sua identidade e carregará a maldi!(o de ser  ofcialmente etnocida, genocida, suicida+7 89+ edro asaldáliga, *ispo de (o <lix do Araguaia) m /ue est(o *aseadas as afrma!"es de ofcialmente etnocida, genocida, suicida0 = ais express"es produzem coerência com a afrma!(o no texto: +++n(o estará em paz com sua consciência++++0 -a*arito: ois , parece /ue os elementos do texto necessitam de inorma!"es /ue s(o trazidas para o evento da leitura pelo leitor, /uais0 >ip5teses, dedu!"es, inerências, conclus"es etc, a partir dos elementos do texto+++ da&, a leitura ser um processo /ue necessita dessas opera!"es cognitivas eitas pelo leitor+ A partir desse entendimento, creio /ue será seguro interpretar mensagens+ ara entender esta mensagem, os elementos do texto s(o sufcientes0 ?s elementos do texto precisam ser acrescidos de inorma!"es de ora do texto0 As inorma!"es de ora do texto s(o deduzidas pelo leitor0 -a*arito: @? texto apresenta palavras como: etnocida, genocida, suicida, /ue precisam ser entendidas e verifcadas dentro do am*iente do texto+ or /ue oram utilizadas0

Upload: joao-gratuliano

Post on 04-Nov-2015

31 views

Category:

Documents


1 download

DESCRIPTION

Aula 5 - Análise Textual - Estácio

TRANSCRIPT

  • 5/18/2018 Anlise Textual - Aula 5

    1/15

    Aula 5: Tipologia textual e gneros textuais parte 1

    Ao fnal desta aula, voc ser capaz de:

    1) Utilizar o processo de leitura e entendimento de mensagens emdierentes textos;2) dentifcar as dierentes organiza!"es discursivas em diversos tipos

    detexto;#) $econ%ecer as caracter&sticas discursivas de dierentes textos;') Avaliar a inorma!(o do texto atravs de %a*ilidades espec&fcas+

    ropriedade de uma rogress(o -eomtrica

    . undamental /ue concordemos com a vis(o atual so*re a leitura, comoprocesso cognitivo, o /ue isso signifca0

    Atente para o texto a seguir:

    n/uanto o 3rasil real n(o assumir, com a devida lucidez e %onestidade,sua tra4et5ria ind&gena e indigenista6antind&gena secularmente, na pol&ticaofcial, este pa&s, pluricultural, pluritnico, plurinacional, n(o estar em pazcom sua conscincia, ignorar sua identidade e carregar a maldi!(o de ser

    ofcialmente etnocida, genocida, suicida+7

    89+ edro asaldliga, *ispo de (o

  • 5/18/2018 Anlise Textual - Aula 5

    2/15

    A /ue o autor /uer se reerir /uando utiliza tais palavras0 ?sind&genas se suicidaram, em sua maioria0 >ouve a inten!(o clara deextinguir a popula!(o ind&gena, or /u0 ? /ue acontece atualmentecom essa popula!(o0 omo s(o tratados em nossa sociedade0 Apartir dessas reex"es e do entendimento do sentido das palavras emdesta/ue o leitor ormar seu entendimento so*re a mensagem dotexto+@

    a*emos /ue % vrias ormas de nos comunicarmos atravs de textos, dediscursos, n(o mesmo0

    odemos contar atos, document6los, expressar nossa opini(o, expornossas ideias+++ nfm, podemos afrmar, com isso, /ue a inten!(o da/uilo/ue /ueremos dizer /ue comanda o tipo do texto /ue constru&mos+

    Bamos azer, ent(o, um passeio por alguns textos e suas caracter&sticas+

    ?s textos ofciais e comerciais visam esta*elecer uma comunica!(o ormal edocumentada em am*ientes de tra*al%o+

    ?s tipos mais comuns s(o memorandos, o&cios, avisos, re/uerimentos,pareceres, ordem de servi!o e cartas comerciais+

    ?s textos literrios desvelam a arte da palavra ao recriar a realidade a partirdo ol%ar do artista+ncontramos exemplos em *ulas, lendas, romances e poemas+

    Boc viu at agora uma srie de tipos de texto /ue s(o utilizados emdiversas situa!"es+ ?s textos acadmicos e cient&fcos, entretanto, possuemcaracter&sticas espec&fcas:

  • 5/18/2018 Anlise Textual - Aula 5

    3/15

    ? tipo de texto, por sua vez, limitado, pois se reere E estruturacomposicional da l&ngua+ 9e orma geral, temos cinco tipos textuais8narra!(o, argumenta!(o, exposi!(o, descri!(o e in4un!(o), /ueaproundaremos ainda nesta aula+

    F(o es/ue!a /ue em um tipo textual pode aparecer em /ual/uer gnerotextual, da mesma orma /ue um Cnico gnero pode conter mais de um tipotextual+

    Uma carta, por exemplo, pode ter passagens narrativas, descritivas,in4untivas e assim por diante+Bamos agora analisar os tipos textuais e ver alguns exemplos+

    Narrao

    A narra!(o conta um ato, /ue pode ser ou n(o inventado+ sse tipo detexto comp"e6se de personagens, tempo e lugar+ Formalmente, os ver*osutilizados est(o no tempo passado+

    Be4a a*aixo dois exemplos:

    A formao do jovem fragmento!

    Ns estvamos dentro d'guae ele quis saber se podia me fazer uma pergunta. Claro que sim, respondi,com minha melhor cara de pai companheiro, aprendida nos filmes americanos.

    - uma pergunta difcil - disse ele.- !ualquer pergunta para seu pai " difcil, h-h. #ode perguntar.- $oc% d bei&o de novela em minha me, no d(- )u o qu%( *ei&o de novela( +im, bei&o de novela. *em, acho que sim, bei&o de novela, claro, sim, achoque sim, de vez em quando eu dou uns bei&os de novela nela. $amos pegar siri(- ) voc% sente uma coisa(- +ente uma coisa, como( +ente uma coisa( )... No, " s um bei&inho de novela, todo marido d bei&o denovela na mulher. lhe ali, pegue aquele pedao de pau, ho&e est dando siri, vamos l- $oc% sente um arrupeio(- /ein( 0m arrupeio(- )u vi um homem na televiso dando um bei&o de novela na mulher e eles dois gemeram e ele deu umarrupeio. !uando voc% bei&a minha me, voc% geme e tem um arrupeio(- 0m arrup... *em... lha l o siri, pegue o pau, olha l o siri

    123*)32, 4oo 0baldo. +empre aos domingos. 2io de 4aneiro5 )ditora Nova 6ronteira, 7899:.

    ; narrativa apresenta um dilogo entre pai e filho, sendo o pai o narrador da histria 1narrador-personagem:.

    possvel, tamb"m, identificar o espao como um local apropriado para pesca de siri 1? :

    LOBO BOBO

    1Carlos @Ara e 2onaldo *Bscoli:

    )ra uma vez um lobo mau

  • 5/18/2018 Anlise Textual - Aula 5

    4/15

    que resolveu &antar algu"mestava sem vint"mmas arriscoue logo se estrepouum chapeuzinho de maiBouviu buzina e no parou

    mas lobo mau insistefaz cara de tristemas chapeuzinho ouviuos conselhos da vovdizer que no pra loboque com lobo no sai s

    ; narrativa, apresentada como msica, retoma o conto infantil para criar outroconteDto social que envolve os personagens , e , sendo que estano participa da ao.

    Argumentao

    ; argumentao " um tipo de teDto atrav"s do qual o emissor da mensagem tenta convencer oouvinteEleitor. teDto argumentativo defende uma ideia especfica.

    $e&a abaiDo dois eDemplos5

    ; charge apresenta um argumento 1

  • 5/18/2018 Anlise Textual - Aula 5

    5/15

    musgo. )m frente dessa escada, do outro lado do ptio, ficava o grande porto que dava para a estrada. ;parte de trs da casa era virada ao poente e das suas &anelas debruadas sobre pomares e campos via-se orio que atravessa a vrzea verde e viam-se ao longe os montes azulados cu&os cimos em certas tardesficavam roDos. Nas vertentes cavadas em socalco crescia a vinha. H direita, entre a vrzea e os montes,crescia a mata carregada de murmrios e perfumes e que os utonos tornavam doirada.

    1;NI2)+)N, +ophia de Jello *reAner. . 3n5KKKKKK. Contos eDemplares. #orto56igueirinhas, 788L.

    ; escritora portuguesa +ophia de Jello *reAner ;ndresen descreve, de forma ob&etiva, uma casa. $emosque so usados diversos ad&etivos que a&udam o leitor a visualizar o ob&eto descrito.

    ;l"m, muito al"m daquela serra, que ainda azula no horizonte, nasceu 3racema. 3racema, a virgem doslbios de mel, que tinha os cabelos mais negros que a asa da grana, e mais longos que seu talhe de

    palmeira. favo da &ati no era doce como seu sorriso? nem a baunilha recendia no bosque como seuhlito perfumado. Jais rpida que a cora selvagem, a morena virgem corria o serto e as matas do 3pu,onde campeava sua guerreira tribo, da grande nao taba&ara. p" grcil e nu, mal roando, alisavaapenas a verde pelcia que vestia a terra com as primeiras guas.

    ;@)NC;2, 4os" de. bra Completa. $ol. 333. 2io de 4aneiro5 )ditora 4os" ;guilar, 78M8.

    autor romGntico 4os" de ;lencar apresenta a personagem principal ao leitor, destacando seus aspectosfundamentais relacionados natureza. Nesse caso, temos uma descrio sub&etiva.

    #njuno

    ; in&uno " uma tipologia teDtual que se caracteriza por determinar, indicar, orientar como se realizauma ao.

    $e&a os eDemplos.

  • 5/18/2018 Anlise Textual - Aula 5

    6/15

    #rov"rbios, ditados populares e normas de conduta possuem funo pedaggica. #or esse motivo, muitosdeles caracterizam-se como in&uno.

    s estatutos do homem 1fragmento:

    1Ohiago de Jello:

    ;rtigo 3$6ica decretado que o homemno precisar nunca maisduvidar do homem.!ue o homem confiar no homem como a palmeira confia no vento, como o vento confia no ar,como o ar confia no campo azul do c"u.#argrafo nico5 homem, confiar no homemcomo um menino confia em outro menino.

    No poema de Ohiago de Jelo intitulado , identificamos que h uma mescla dosg%neros teDtuais poesia e legislao e uma tipologia teDtual, a in&uno.

    Como vimos, os g%neros teDtuais adaptam-se s circunstGncias da comunicao, bem como aos interessesdo emissor e do receptor da mensagem.#or esse motivo, no h um limite para as classificaPes de g%neros, visto que os teDtos podem ser

    produzidos por falantes diversos e com ob&etivos especficos, de forma oral ou escrita.

    s g%neros teDtuais, portanto, so aPes discursivas que se constituem para representar o mundo, aseDperi%ncias vivenciadas, os conhecimentos, os dese&os etc.

    $e&a alguns eDemplos de g%neros teDtuais.

    7 - #oesia5 linguagem com fins est"ticos#)J3N/; I CNO2;Jrio !uintanaOodos estes que a esto;travancando meu caminho,)les passaro...)u passarinho

    Q - Notcia5 o ob&etivo principal " a informaoJ0@O; I) O2RN+3O

    C/)S;2T ; 2U7.VQM

    W - )-mail5 comunicao rpida

    X - #ublicidade5 uso da linguagem para convencimento

    M - Carta5 mensagem individualizada

    V - Charge5 associao entre teDto e imagem

  • 5/18/2018 Anlise Textual - Aula 5

    7/15

    No incio desta aula, apresentamos um vdeo no qual o poema , de $incius deJoraes, foi inserido na msica de , composta por $incius e por Oom 4obim.

    )ntendemos, assim, que " possvel identificar mais de um g%nero teDtual em um s teDto. Orata-se datransmutao de g%neros. #or eDemplo, uma conversa pode se transformar em um telefonema, bilhete,carta ou e-mail.

    No eDemplo a seguir, verificamos que a poesia de Carlos Irummond de ;ndrade foi elaborada a partir deuma notcia de &ornal. $e&a5

    #)J; I 42N;@Carlos Irummond de ;ndrade fato ainda no acabou de acontecere & a mo nervosa do reprtero transforma em noticia. marido est matando a mulher.; mulher ensanguentada grita.@adrPes arrombam o cofre.; policia dissolve o meeting.; pena escreve.$em da sala de linotipos a doce msica mecGnica.

    0J I3;1;rnaldo ;ntunes:7: su&ar o p" de areia pra depois lavar na guaQ: esperar o vaga-lume piscar outra vezW: ouvir a onda mais distante por trs da mais prDimaX: no esperar nada acontecerM: se chover, tomar chuvaV: caminharL: sentir o sabor do que comer9: ser gentil com qualquer pessoa8: barbear-se no final da tarde7Y: ao se deitar para dormir, dormir

    No poema 0m dia, nota-se uma mistura de poesia com lista, pois os versos so numerados.

  • 5/18/2018 Anlise Textual - Aula 5

    8/15

    #ercebeu que o smbolo do infinito compPe uma poesia(

    teDto de humor constitui a campanha publicitria em outdoor.

    eDemplo em questo compPe uma Oirinha com teDto cientfico.

  • 5/18/2018 Anlise Textual - Aula 5

    9/15

    teDto publicitrio usa a estrutura de manchetes de revistas.

    ;tividade proposta

    +e dese&o contar uma histria e fazer com que ela emocione as pessoas, evidentemente que no voucontar uma piada. Jas se pretendo faz%-las rir, a piada " a melhor opo. Nas duas formas, predomina umtipo especfico de teDto? quanto ao g"nero teDtual, so diferentes.

    $e&a o vdeo a seguir, do grupo ingl%s JontA #Athon, e responda s questPes propostas.

    !ual o tipo de teDto que predomina no vdeo 1com base nas legendas:(

    Sabarito ;5 tipo de teDto predominante " a narrao, & que h a presena de um narrador 1responsvelpor contar a histria:. ; narrao " um tipo de teDto no qual se conta um fato, fictcio ou no, que ocorreunum determinado tempo e lugar, envolvendo certos personagens. / uma relao de anterioridade e

    posterioridade, e normalmente apresenta-se no tempo verbal passado.

    !ual o g"nero teDtual predominante 1com base nas legendas:(

    Sabarito *5 g"nero teDtual predominante na narrativa do vdeo " a reportagem televisiva, mas voc%pode tamb"m responder documentrio. Na verdade, o humor est na subverso5 utiliza-se um g"neroteDtual Zs"rioZ para subvert%-lo pelo contedo.

    ;inda que o lema 1assunto: possa ser semelhante, a esp"cie de teDto usada para abord-lo varia conformea finalidade comunicacional. Ia a importGncia da noo de g"nero teDtual, & que o g"nero " uma formade contrato estabelecido entre aquele que escreve e aquele que l%. +e ambos no Zcumprirem as clusulasdo contratoZ, o entendimento do teDto ser pre&udicado, mesmo quando o tema " semelhante. $e&amos umeDemplo5

    =exto otico

    ; C/0$;

    ; chuva caiu rio subiu. ; casa ruiu. ; rua alagou

  • 5/18/2018 Anlise Textual - Aula 5

    10/15

    Ia avenida ; poa. ;ntiga. [ombou.

    carro engasgou. #arou.

    ) o povo sofrido ChorouIo pouco que restou...

    1#adilha, Jathusal"cio. Jomentos de #oesia. 2io de 4aneiro5 !urtica #remium, QYY8\

    =exto Gornal&stico

    YXEY8EQYY8 -Y8h 7XChuva provoca alagamento ecomplica o trGnsito na cidade de +o#aulo.; chuva que atinge +o #aulo na manh desta seDta-feiro K provoca alagamento e complica o trGnsito nacidade, segundo a C)O 1Companhia de )ngenharia de Orfego]. ;s 8hlY, eram registrados 8L ^m aelentido, ou 77,L_ das vias monitoradas. Jais cedo, o congestionamento chegou a ficar acima da m"dia

    para o horrio, com 7YW ^m de lentido, por volta das 9h, o equivalente a 7Q,W_ dos 9WM ^m monitorados.

    ; m"dio para o horrio " de 9Y ^m de congestionamento, ou 8,V_.

    ;s 8hlY, o trecho mais eDtenso de congestionamento estava na 2adial @este, onde havia 9 ^m de lentidona pista sentido centro, desde a praa ivinpolis at" o viaduto #ires do 2io. 4 na marginal Oiet%, havia L^m de congestionamento na pista local, sentido ;Arton +en na. problema estava entre a ponte ;tlio6ontana e a rua 4os" Somes 6alco. utros pontos de congestionamento eram encontrados na avenida dos*andeirantes, na avenida ashington @us e na marginal #inheiros.

    Comentrio do #rofessor propsito do teDto po"tico poderia ser a contemplao beleza da construo da ideia, e o acionamentode conhecimento pr"vio significa perceber que um teDto, por mais eDplcitas que este&am as informaPes,necessita que o leitor acione seu conhecimento de mundo para deduzir, inferir o que o autor dese&acomunicar. 4 a notcia de &ornal forosamente necessita ser mais eDplcita, pois este tipo de teDto no est

    comprometido com a beleza das construPes, das ideias, e sim com a fidelidade das informaPes. Nosdois teDtos, o leitor sabe o que acontece em alguns lugares quando acontece uma chuva forte, da o teDtoda poesia no precisar ser eDplcito. autor sabe que pode contar com o leitor para conectar algumasinformaPes de mundo.

    3ndicao de @eitura

    $amos consultar o material didtico( No captulo W 1s g"neros do discurso: do livro #roduo de OeDto -interlocuo e g"neros 1de Jaria @uiza J. ;baurre e Jaria *ernadete J. ;baurre:, h informaPesmuito relevantes sobre os g"neros do teDtoE discurso que serviro para ilustrar ainda mais o que estamosestudando.

    Vamos examinar outros textos

    Voc dever ler dois textos diferentes que tratam do mesmo assunto: doena. Essestextos, como voc j deve imaginar, so distintos em sua finalidade e em sua estrutura(modo de organizar o texto. !"viamente, #ortanto, so gneros textuais diferentes.$e#ois de l%los, res#onda & #ergunta.

    INFORMAES AO PACIENTEAo do medicamento ou como este medicamentouncionaBuscopan composto a combinao de dois medicamentos que aliviam deforma rpida e prolongada clicas, dores e desconforto abdominal (dores na regio

    da barriga). O medicamento fa efeito logo depois de tomado e seu efeito dura por! a " #oras.

  • 5/18/2018 Anlise Textual - Aula 5

    11/15

    Indica!es do medicamento ou "or #ue este medicamento oi indicado Buscopancomposto alivia de maneira rpida e por longo tempo as clicas, dores e desconfortoabdominal.

    Riscos do medicamento ou #uando no de$o usar este medicamentoContraindica!es a%so&utas$o devem usar Buscopan composto os pacientes com

    intoler%ncia con#ecida a antiespasmdicos (medicamentos contra clicas) ouanalgsicos da fam&lia da dipirona (derivados piraol'nicos) ou com determinadasdoenas metablicas, como porf&ria ou deficincia congnita de glicose!fosfatodesidrogenase (doena com m*ltiplas manifesta+es cl&nicas, decorrentes deerros do metabolismo de subst%ncias denominadas porfirinas).

    Como usarste medicamento no pode ser partido ou mastigado. -iga corretamenteo modo de usar. $o desaparecendo os sintomas, procure orientao mdica ou deseu cirurgio dentista.

    $o use o medicamento com o prao de validade vencido. ntes de usar observe oaspecto do medicamento. suspenso do tratamento a qualquer momento nocausar danos ao paciente.

    'EPATITE

    / qualquer processo inflamatrio do f&gado, e tem como um dos sintomas oamarelo no corpo. Os processos podem ser infecciosos, como no caso das #epatitesvirais, e no infecciosos, nos casos de #epatite por lcool, drogas e processosreumatolgicos.

    s duas categorias apresentam mortalidade associada. $os casos agudos, so os ditosfulminantes (#epatites muito graves, com destruio completa do f&gado). 0O leque

    de tratamento varia de acordo com o agente causal. $o caso das #epatites virais, vaide medicamentos sintomticos ao uso de antivirais e drogas imunomoduladoras0,e1plica 2aime 3oc#a, infectologista da 4iagnsticos da mrica54-. -egundo ele,no caso da #epatite B, o principal foco deve ser preventivo com a vacinao, que faparte do programa nacional de imunia+es

    E agora' Voc ca#az de dizer qual o ti#o e qual o gnero de cada texto' )e tiverd*vidas, v ao +rum de discusso e #ea orientao.

    #nterpretando o texto$$$

    ; habilidade de intcar funo, ob&etivo do teDto, reconhecimento de sistema de notao, refer%ncia,estrutura, recursos linguisticos etc. seria uma das primeiras habilidades utilizadas no processo deinterpretao, pois. uma vez que a acionamos, identificamos o propsito do teDto e que atitude tomar emrelao a ele. $amos ver como isso ;conteceu nos teDtos que voc% acabou de ver(

    No momento em que identificamos que se trata de uma bula de rem"dio, devido sua organizao,sabemos que o teDto pretende nos instruir sobre o que ", para que senEe e como tomar o medicamento.

    ;o identificar o ob&eovo do teDto, este pretende nos informar sobre a hepatite, com informaPes gerais, enos convencer de que a vacina " indispensvel, caso dese&emos ficar imune doena. Como o primeiro,

  • 5/18/2018 Anlise Textual - Aula 5

    12/15

    se trata tamb"m de teDto de instruo, mas algumas caracteristicas nos fazem reconhecer que o teDtosobre a hepatite no " bulade rem"dio.

    No momento em que reconhecemos que um teDto " bula de rem"dio e o outro no, identificamos osob&etos dos teDtos, combinamos as informaPes eDplcitas, eDclumos algumas possibilidades e

    categorizamos os teDtos de acordo o nosso conhecimento de mundo.

    %raticando a &oa pr'tica$$$

    *2;+3@1Cazuza:-o me convidaramra esta festa #o"re/ue os 0omens armaramra me convencer1 #agar sem ver2oda essa droga

    /ue j vem mal0ada1ntes de eu nascer

    -o me ofereceram-em um cigarro+iquei na #ortaEstacionando os carros-o me elegeram30efe de nada! meu carto de crdito4 uma naval0a

    5rasil67ostra tua cara/uero ver quem #agara gente ficar assim5rasil6/ual o teu negcio'! nome do teu scio'3onfia em mim

    -o me convidaramra essa festa #o"re

    /ue os 0omens armaramra me convencer1 #agar sem ver2oda essa droga/ue j vem mal0ada1ntes de eu nascer

    -o me sortearam1 garota do +antstico-o me su"ornaram)er que o meu fim'Ver 2V a cores-a ta"a de um 8ndiorogramada

  • 5/18/2018 Anlise Textual - Aula 5

    13/15

    r s dizer 9sim, sim9

    5rasil67ostra a tua cara/uero ver quem #agara gente ficar assim5rasil6/ual o teu negcio'! nome do teu scio'3onfia em mim

    rande #tria$esim#ortanteEm nen0um instanteEu vou te trair-o, no vou te trair

    5rasil67ostra a tua cara/uero ver quem #agara gente ficar assim5rasil6/ual o teu negcio'! nome do teu scio'3onfia em mim

    5rasil67ostra a tua cara/uero ver quem #agara gente ficar assim5rasil6/ual o teu negcio'! nome do teu scio'3onfia em mim

    3onfia em mim5rasil6

    azuza, na can!(o 3rasil, ao mesmo tempo /ue relata uma %ist5ria, umacontecimento, tam*m 4ustifca sua ideias e exp"e sua opini(o+ Ainda, na

    letra, % recomenda!"es, ordens, convoca!"es+ onsiderando essas trsacetas do discurso presente na can!(o, estamos alando de /uais tipos detexto 8lem*re6se de organiza!(o lingu&stica do discurso), respectivamente0

    Huando se relata um acontecimento 8@F(o me convidaram para essa testapo*re@+ @

  • 5/18/2018 Anlise Textual - Aula 5

    14/15

    )a"emos que #oss8vel #assarmos uma mensagem atravs de diferentes formas. 1travs dam*sica, #or exem#lo, #odemos #assar vrias mensagens, inclusive #ara criticarmos algo. odemosdizer que a cr8tica com "eleza. 5eleza de constru;es, de encadeamento de ideias, masconservando o tom de discord

  • 5/18/2018 Anlise Textual - Aula 5

    15/15

    66 xatamenteQ

    ? texto da piada, apesar de tam*m ser uma narrativa, n(o pretende,essencialmente, dar inorma!"es+ retende divertir, por isso tem umaconstru!(o caracter&stica, com ideias n(o expl&citas, para /ue o sentido se4aalcan!ado pelos leitores ou pelos ouvintes+

    ()ntese da Aula

    odemos concluir, portanto, /ue as mensagens, os textos, se organizamdevido a exigncias sociais /ue compreendem, alm de organiza!"esgramaticais, a produ!(o desses textos em situa!"es espec&fcas, comprop5sitos espec&fcos e com determinado pC*lico tam*m+

    Fesse sentido, a importRncia de se con%ecer a linguagem ormal7, anorma culta7, alm das necessidades de comunica!(o na inormalidade, essencial para /ue o indiv&duo exer!a realmente seu papel de cidad(o, poispoder estar em contato com as dierentes situa!"es+

    Fa inormalidade digamos /ue ningum precisa nos ensinar, a pr5priaintera!(o com o meio se encarrega disso+ orm, as situa!"es ormaisexigem de n5s outro comportamento, n(o verdade0 exigem tam*moutro tipo de linguagem+ ssa, n5s temos de ad/uirir nas institui!"es deensino, pois o meio social n(o capaz de nos ensinar+