anÁlise tÉcnica descritiva peÇa cais ou da indiferenÇa das embarcaÇÕes

Upload: julio-p-s-kajewski

Post on 17-Oct-2015

17 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

  • 5/27/2018 ANLISE TCNICA DESCRITIVA PEA CAIS OU DA INDIFERENA DAS EMBARCAES

    1/10

    UNIVERSIDADE TECNOLGICA FEDERAL DO PARANDEPARTAMENTO ACADMICO DE CENOGRAFIACURSO DE ESPECIALIZAO EM DENOGRAFIA

    JLIO CSAR PEREIRA DA SILVA KAJEWSKI

    ANLISE TCNICA/DESCRITIVA DA PEA

    CAIS OU DA INDIFERENA DAS EMBARCAES

    ANLISE

    CURITBA2013

    JLIO CSAR PEREIRA DA SILVA KAJEWSKI

  • 5/27/2018 ANLISE TCNICA DESCRITIVA PEA CAIS OU DA INDIFERENA DAS EMBARCAES

    2/10

    ANLISE TCNICA/DESCRITIVA DA PEA CAIS OU DA INDIFERENA DASEMBARCAES

    Trabalho desenvolvido para apresentao namatria, Anlise Dramatrgica, Cnica eCenogrfica, mestrada pelos professoresMaurini, Ivone e Ismael.

    CURITBA2013

  • 5/27/2018 ANLISE TCNICA DESCRITIVA PEA CAIS OU DA INDIFERENA DAS EMBARCAES

    3/10

    SUMRIO

    1 SINOPSE.......................................................................................................................12 FICHA TCNICA...........................................................................................................13 FIGURINO.......................................................................................................................24 CENOGRAFIA...............................................................................................................35 ILUMINAO.................................................................................................................66 ANLISE.........................................................................................................................7

  • 5/27/2018 ANLISE TCNICA DESCRITIVA PEA CAIS OU DA INDIFERENA DAS EMBARCAES

    4/10

    SINOPSEA pea conta a histria da Ilha Grande com a perspectiva do barco Sargento Evelsio.Tendo como palco o cais a frente, e os personagens de trs geraes, suas histriaspercorrem o tempo de uma forma diferente, intercalando os fatos, que sempre culminamem um momento de transio. A unio superpostas de tempo de transio (ano novo) eum local de transio (cais), do meio slido a terra, para um meio inslito a gua,transformam o lugar que normalmente traria a calma aos coraes, para uma conturbaode acontecimentos marcantes e envolventes.Frequento a Ilha Grande desde meus nove anos de idade. Sempre nas frias, que costumavam durar trsmeses

    ao ano. curioso conhecer um lugar visitando-o sempre na m esma poca. A distncia nos d a dimenso do

    tempo. Vi a Ilha se transformar completamente. Vi chegar a luz, a tev, o presdio ser implodido, a fbrica de

    sardinha virar um centro comercial. Vi o barco mais querido do povoado se tornar obsoleto. Muitas histrias. Em

    2006 comecei a junt-las. Propus-me, no s a juntar os fragmentos de memria desses anos todos, como

    conhecer a histria da Ilha. Descobri um lugar de uma riqueza cultural e histrica muito especiais. O texto que

    compuz uma mistura dessa pesquisa e das minhas memrias. Nenhuma das histrias totalmente real, mas

    tambm nenhuma totalmente fictcia. Todas acompanham, com alguma fidelidade a trajetria histrica do lugar

    e todas se compe de coisas que aconteceram realmente, ouvidas ou vividas por mim, mas costuradas segundo

    as necessidades da trama que, por si s foi se compondo na minha mente.

    Fonte: Site Compre Ingressos

    FICHA TCNICATexto e Direo:

    Kiko Marques

    Com: Velha Companhia e o ator convidado Walter Portella

    Elenco:

    Alejandra Sampaio

    Kiko Marques

    Maristela Chelala

    Marcelo Diaz

    Marcelo Laham

    Marcelo Marothy

    Marco Aurlio Campos

    Maurcio de Barros

    Patrcia Gordo

    Rose de Oliveira

    Virgnia Buckowski

    Msicos: UMANTO e Milena GasparettiCenrio e Figurino:Chris AiznerIluminao:Alessandra DominguesFotografia:Ligia JardimDireo e confeco de Bonecos:Grupo SobreventoAssistentes de Direo:Milena Gasparetti, Paula Ravache e Vernica SarnoAssistente de Produo:Valria Arbex

    http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fwww.compreingressos.com%2Fespetaculos%2F2032-Cais_ou_da_indiferenca_das_Embarcacoes&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNGYBxgZKEYMOGa9oDW4L2PHUxmWtg
  • 5/27/2018 ANLISE TCNICA DESCRITIVA PEA CAIS OU DA INDIFERENA DAS EMBARCAES

    5/10

    FIGURINOCom uma intensa troca de figurinos, pelo pressuposto intermitente do tempo que sepassa na pea, a caracterizao temporal vem de mudanas singelas de uma troca paraoutra. Se coloca um novo personagem em um ator j apresentado ao publico com amudana de vestimentas nicas, como acontece nos personas de fundo, os guardas, osmoradores, etc.

    Alm de figurinos constantes, o que acontece com o barco Evelsio e a boia que oacompanha. O significado da bola de hlio presa ao corpo passa de boia, para luadependendo da leitura do ator e do que acontece em cena, isso acontece com o barcoEvelsio tambm, que horas apenas a voz e a representao fsica do ator, hora seentrelaa com o cais, onde cria corpo e surge dentro da mare de fundo, platia.

  • 5/27/2018 ANLISE TCNICA DESCRITIVA PEA CAIS OU DA INDIFERENA DAS EMBARCAES

    6/10

    CENOGRAFIADe simples trato mas com qualidade significativa, contendo dois painis paralelos comdimenses verticais, fazem a limitao visual longitudinalmente do espao cenogrfico,que alm de limitadores visuais so usados de forma a descrever literalmente ospersonas que so acrescentados a trama. Entre os painis se encontram 11 praticveisem trs nveis diferentes, o mdulo central composto por seis dos 11 praticveis, dividoem partes de aproximadamente 2 metros cada. Sendo que um no nvel deaproximadamente 15cm, uma sequncia de quatro mdulos com nvel deaproximadamente 30cm, que compe o corpo principal da cenografia, e a finalizao docais com um ltimo mdulo 45cm de altura aproximadamente, o ltimo mdulo ainda composto por um poste com iluminao superior. Ao lado de um dos painis, existe umaparador e uma cadeira utilizada pelo ator que representa o barco Evelsio e a frente umbanco eventualmente uti lizado pelos atores e pela bia que acompanha o barco na

    narrao. Nas laterais centrais do conjunto de praticveis, foram colocados o restante dosmdulos, quatro junto ao corpo principal sendo dois mveis, que quando erguidostransforma o cais na figura do prprio barco, o ltimo mdulo reservado aos doismsicos que fazem a sonoplastia. A plateia colocada em arquibancadas laterais compeo ambiente como plano de fundo para as cenas, os msicos e a abertura de entrada esada de cenas so sobrepostos aos expectadores, trazendo a plateia para dentro comoobservadores participantes da cena.

    A cenografia fora composta originalmente para um espao de pequeno porte, porm naapresentao em questo fora locada em espao muito mais amplo, contratempo

    contornado pela colocao de uma cortina preta formando uma blackbox para acenografia, com apenas uma abertura para sada e entradas de cena, que trazia umapermeabilidade visual para as trocas de figurino.

  • 5/27/2018 ANLISE TCNICA DESCRITIVA PEA CAIS OU DA INDIFERENA DAS EMBARCAES

    7/10

  • 5/27/2018 ANLISE TCNICA DESCRITIVA PEA CAIS OU DA INDIFERENA DAS EMBARCAES

    8/10

  • 5/27/2018 ANLISE TCNICA DESCRITIVA PEA CAIS OU DA INDIFERENA DAS EMBARCAES

    9/10

    ILUMINAOA iluminao no ser descrita, pela fator de problemas tcnicos acontecidos com olocal, mas que foi contornado plausivelmente pela equipe. Isso para quem nunca tinhavisto a pea. Porm para quem j havia tido contato, sentiu uma falta de intimismo dentroda interao do local, cenografia e atores. Isso pode ter ocorrido devido a falta dautilizao de iluminao programada. Algumas iluminaes a baixo do cais, e sobretudoas pontuais fizeram grande falta caracterizao do espao.

  • 5/27/2018 ANLISE TCNICA DESCRITIVA PEA CAIS OU DA INDIFERENA DAS EMBARCAES

    10/10

    ANLISECom uma cenografia simples, o que demanda para entendimento do espao a unio darepresentao dos atores e o figurino, com a representao cenografica em questo, oque acontece com singularidade dentro da pea. A variao do tempo, e dascaractersticas das cenas, fazem com que a platia entre em uma mistura de sentidos esentimentos aflorados. Transformando o pano de fundo plateia em um mar que rodeia obarco e o cais, fisicamente postos em cena. Os msicos sempre em cena trazem umarepresentao fsica do lirismo que a cenografia traz. Ver e ouvir, experimentaessensoriais que fazem toda a diferena. Fazer parte das cenas, levado a um nvel maiorquando, a plateia consegue ver as transies de figurino, feitas atravs de uma aberturanas cortinas que formam a blackbox.Os problemas de adaptao de espao foram contornados de forma que, a quem nuncateve contato com a pea no perceber, at mesmo (analisado por uma das perspectivas),ter a percepo de uso dos fatores, como por exemplo as vozes ao longe, que com a

    amplitude do espao reverberam e surtem os ecos vindos por de trs das arquibancadas.Para quem j havia tido contato com a pea, por outro lado, teve a percepo de perdade intimismo pela pea. Mesmo com vrios problemas de espao, e iluminao, acenografia cumpriu seu papel de transio temporal aliada uma figurao nica, queadvm da viso do Barco e da Bia, que narram os fatos que se desenrolam sua frente.