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ANÁLISE QUALITATIVA DE ALDEÍDOS E CETONAS NOMES:Pedro Henrique Soares e Lucas Robert M. Cruz TURMA: QUI2A T 3

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Page 1: Analise Qualitativa de Aldeidos e Cetonas

ANÁLISE QUALITATIVA DE ALDEÍDOS E CETONAS

NOMES:Pedro Henrique Soares e Lucas Robert M. Cruz

TURMA: QUI2A T3

DISCIPLINA: Química Orgânica Prática

Belo Horizonte

10/08/10 e 17/08/10

Page 2: Analise Qualitativa de Aldeidos e Cetonas

ANÁLISE QUALITATIVA DE ALDEÍDOS E CETONAS

Relatório apresentado para avaliação na disciplina de Química Orgânica Prática, do

Curso Técnico de Química do Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas

Gerais, ministrado sob orientação do professor Ildefonso Binatti

Belo Horizonte

10/08/10 e 17/08/10

Page 3: Analise Qualitativa de Aldeidos e Cetonas

INTRODUÇÃO

Aldeídos e cetonas são compostos orgânicos de certa forma semelhantes em

relação as suas respectivas estruturas, já que estes dois grupos funcionais

apresentam o radical funcional C=O ( carbonila ). Os aldeídos apresentam a

carbonila fazendo ligação na extremidade da cadeia carbônica e ligada também a

um hidrogênio, já as cetonas apresentam duas cadeias carbônicas ligadas a

carbonila, que se apresenta no meio das mesmas.

Os aldeídos podem ser classificados de acordo com a quantidade de grupos

funcionais na molécula, sendo chamados de monoaldeídos, dialdeídos, trialdeídos e

assim sucessivamente. Ocorre o mesmo com a classificação das cetonas, sendo

chamadas de monocetonas, dicetonas , tricetonas e assim sucessivamente.

Algumas características para os aldeídos é a alta reatividade, o odor irritante para

aqueles que apresentam baixo peso molecular, sendo que esta característica

diminui com o aumento do número de carbonos. Os aldeídos que possuem de 8 a

12 átomos de carbono, são utilizados na indústria de cosméticos e na fabricação de

perfumes sintéticos, alem do metanal que é utilizado na conservação de cadáveres.

As cetonas assim como os aldeídos são altamente reativas, devido a alta polaridade

causada pelo grupo carbonila. A cetona mais conhecida é a acetona que é

largamente utilizada como solvente em laboratórios e em indústrias, afim de se obter

tintas, esmaltes, vernizes, entre outros produtos, alem de ser utilizada também para

fabricação de medicamentos hipnóticos.

OBJETIVOS

-Identificar aldeídos e cetonas através de suas propriedades físicas e químicas.

MATERIAIS E EQUIPAMENTOS

-Béqueres;-Balão volumétrico de 10mL;-Espátula;-Bastão de vidro;-Tubos de ensaio;

-Estante para tubos de ensaio;-Pipetas de Pasteur;-Banho-maria;-Balança eletrônica;

Page 4: Analise Qualitativa de Aldeidos e Cetonas

SUBSTÂNCIAS

- Água destilada- Formaldeído- Acetona- NaOH sólido- CuSO4- NaOH a 10% p/v- AgNO3 a 5% p/v- Reagente de Fehling

- Bicromato de potássio em meio ácido- Bissulfito de sódio- Permanganato de potássio em meio ácido- Solução de Benedict- Sacarose- Glicose

PROCEDIMENTO

1- Densidade/ Presença de álcool/ Presença de água

- Determine as densidades, pelo método do balão volumétrico, das amostras de

aldeído e cetona fornecidos.

- Coloque, em um tubo de ensaio, 2mL de acetona; adicione 2 pastilhas de NaOH e

verifique se houve a dissolução da pastilha (o teste positivo significa presença de

álcool etílico na acetona).

- Coloque, em um tubo de ensaio, 2mL de acetona e adicione uma pequena

quantidade de CuSO4 anidro, que é um sólido branco (o CuSO4 hidratado forma

solução de cor azul).

- Repita o teste anterior para o formol (sol. Aquosa de aldeído fórmico).

2 –  Oxidação com Reativo de Tollens (AgNO3 + NH4OH)

Preparação do Reativo de Tollens: Em um béquer, adicionar 1 gota da solução de

NaOH a 10% p/v e 2 mL de solução de AgNO3 a 5%. Acrescentar, lentamente, gotas

de hidróxido de amônio concentrado até o desaparecimento do óxido de prata

(Ag2O) formado. O reagente deve ser preparado pouco antes do seu emprego e não

deve ser estocado pois pode haver deposição de substâncias explosivas.

- Em 2 tubos de ensaio, secos e limpos, escreva os nomes do aldeído e da cetona

que serão analisados.

- Em cada tubo de ensaio adicione 1 mL da amostra apropriada.

- Acrescente 2,OmL do Reativo de Tollens e aqueça em banho-maria.

 3 – Oxidação com Reagente de Fehling (CuSO4 + KOH + Tartarato de Na e K)

Preparação do Reagente de Fehling: Fehling A – solução aquosa de CuSO4.5H2O

34,6 g/500mL. Fehling B – Dissolver em água, 173g de tartarato de Na e K e 70g de

KOH e completar para 500 Ml.

Page 5: Analise Qualitativa de Aldeidos e Cetonas

- Em 2 tubos de ensaio, secos e limpos, escreva os nomes do aldeído e da cetona

que serão analisados.

- Coloque, em cada tubo de ensaio, 2 mL da amostra apropriada.

- Adicione 0,5mL do Reagente de Fehling A e 0,5mL do Reagente de Fehling B a

cada um dos tubos e aqueça em banho-maria.

 4 –  Oxidação com Bicromato de Potássio em meio ácido (K2Cr2O7 + H2SO4)

- Em 2 tubos de ensaio, secos e limpos, escreva os nomes do aldeído e da cetona

que serão analisados.

- Coloque, em cada tubo de ensaio, 2 mL da amostra apropriada.

- Adicione 1mL de K2Cr2O7 0,1mol.L-1 e 5 gotas de H2SO4 concentrado a cada um

dos tubos.

- Agite a solução e se necessário, aqueça em banho-maria.

 5 –  Teste do Bissulfito de Sódio (NaHSO4) – Teste Demonstrativo

Preparação do Reagente de Bissulfito:   Adicione 3mL(24) de etanol 95% v/v a 12

mL(96) de solução aquosa de NaHSO3 a 40% p/v. Com auxílio de um bastão de

vidro, misture as soluções, filtre em papel de filtro e utilize o filtrado como reagente.

Forma-se um precipitado branco em grande quantidade e o rendimento é muito

baixo.

- Em 2 tubos de ensaio, secos e limpos escreva os nomes do aldeído e da cetona

que serão analisados.

- Coloque, em cada tubo de ensaio, 10 gotas da amostra apropriada.

- A cada um dos tubos, adicione 2mL do reagente de NaHSO3, preparado

anteriormente.

- Agite vigorosamente a mistura após vedar o tubo com uma rolha e aguarde de 3 a

5 minutos.

 6 – Identificação de Grupamentos Cetônicos e Aldeídicos em Açúcares

Preparação do Reagente de Benedict: a) Solução aquosa de CuSO4.5H2O

17,3g/100mL;      b) Em 800mL de água quente, dissolver 173g de citrato de sódio e

100g de Na2Co3 anidro. Misturar as soluções a) e b) lentamente e com agitação.

Completar o volume da mistura para 1000mL com água destilada.

 - Em um tubo de ensaio, coloque 2mL da solução do açúcar a ser analisado, 1mL

de K2Cr2O7 0,1mol.L-1 e 5 gotas de H2SO4 concentrado; agite e aqueça em banho-

maria.

Page 6: Analise Qualitativa de Aldeidos e Cetonas

 - Em um tubo de ensaio, coloque 2mL da solução do açúcar a ser analisado, 1mL

de KMnO4 0,1mol.L-1 e 5 gotas de H2SO4 concentrado; agite e aqueça em banho-

maria.

 - Em um tubo de ensaio, coloque 2mL da solução do açúcar a ser analisado, 1mL

da Solução de Benedict; agite e aqueça em banho-maria

RESULTADOS

Tabela 01 – Testes físicos para aldeídos e cetonas

Amostra Densidade Presença de álcool

Presença de águaEncontrada Tabelada

Acetona 0,783 0,791 NãoNão há

(continua branco)

Formol 1,1137 1,092 Sim Há (ficou azul)

 

Tabela 02 – Reações de caracterização para aldeídos e cetonas

Amostra Oxidação com Reativo de

Tollens

Oxidação com Reagente de

Fehling

Oxidação com Bicromato em

meio Ácido

Teste do Bissulfito

Acetona Nada aconteceu Nada aconteceu Nada aconteceu

Ocorreu reação (formou

precipitado branco)

Formol

Formação do espelho de prata

Ocorreu reação (mudou a cor para vermelho

tijolo, Cu0)

Mudou de cor para verde-

azulado

Não houveram evidências de

reação

  

Page 7: Analise Qualitativa de Aldeidos e Cetonas

Tabela 03 – Testes em Açúcares (Aldoses e Cetoses)

Amostra Reação com Bicromato em

meio Ácido

Reação com Permanganato em meio Ácido

Reação com solução de Benedict

Glicose

Antes do aquecimento: Azul-

esverdeado

Antes do aquecimento: ficou incolor 

Antes do aquecimento: ficou alaranjado 

Sacarose

Antes do aquecimento: não

ocorreu reação

Após aquecimento: ficou entre amarelo

e verde

Antes do aquecimento: não ocorreu reação

 

Após aquecimento: ficou incolor

Antes do aquecimento: não ocorreu reação

 

Após aquecimento: continuou azul

Discussão

1ª PARTE

I. Testes físicos

1. Densidade:

A densidade encontrada para a acetona no laboratório foi inferior ao valor

tabelado, o que se explica pelo fato da temperatura do laboratório ser superior à

temperatura em que o valor foi tabelado, já que quanto maior a temperatura, maior

o volume pela matéria.

A densidade encontrada para o formol no laboratório foi superior ao valor tabelado,

o que se explica por possíveis erros do operador.

2. Presença de água:

O teste realizado para identificar a presença de água nas amostras apresentou

resultado negativo para a acetona, já que o sulfato de cobre (II) permaneceu

branco, indicando que continuou anidro. Enquanto o mesmo teste realizado com o

formol apresentou resultado positivo, já que o sulfato de cobre (II) passou a ter cor

azul, indicando que se tornou hidratado, ou seja, absorveu água.

Page 8: Analise Qualitativa de Aldeidos e Cetonas

3. Presença de álcool:

O teste realizado para identificar a presença de álcool apresentou resultado

negativo para a acetona já que as pastilhas de NaOH não foram dissolvidas. No

caso do mesmo teste feito com o formol o resultado foi positivo, apesar desse

resultado não garantir a presença de álcool no formol, uma vez que o teste da

água foi positivo e a água também dissolve o NaOH.

2ª PARTE

II. Oxidação com reativo de Tollens

A reação não ocorreu com a acetona, o que já era esperado uma vez que ela não

possui um hidrogênio ligado à carbonila, por isso a acetona não pode ser oxidada.

Já no caso do formol, a reação ocorreu evidenciada pela formação de um espelho

de prata, o que era esperado, já que ao hidrogênio ligado à carbonila pode ser

adicionado mais um oxigênio, formando um ácido carboxílico.

III. Oxidação com reagente de Fehling

Assim como no caso anterior, a acetona não pôde ser oxidada, já que não possui

um hidrogênio ligado à carbonila.

Quanto ao formol, a reação ocorreu, evidenciada pela mudança da cor do sistema

de azul para vermelho-tijolo (Cu¬0). Era esperado que a reação ocorresse neste

caso, já que como se sabe, os aldeídos possuem um hidrogênio ligado à carbonila

que pode sofrer a adição de oxigênio, passando a serem ácidos carboxílicos.

Page 9: Analise Qualitativa de Aldeidos e Cetonas

IV. Oxidação com bicromato de potássio em meio ácido

Como cetonas não podem ser oxidadas, a reação não aconteceu com a acetona.

Já com o formol, a reação ocorreu, evidenciada pela mudança de cor de alaranjada

para azul-esverdeada. Esse resultado já era esperado, pois o formol possui um

hidrogênio ligado à carbonila.

V. Teste do bissulfito de sódio

A reação ocorreu com a acetona, evidenciada pela formação de partículas sólidas

brancas, ocasionando o turvamento do sistema. Tal resultado já era esperado, uma

vez que ao reagir com o bissulfito de sódio a acetona forma um hidroxi-alquil-

sulfonato insolúvel em água.

Quanto ao formol, não ouve evidência da reação, apesar dela também ter ocorrido,

formando também um hidroxi-alquil-sulfonato, mas que neste caso se dissolve, não

alterando a aparência do sistema.

Page 10: Analise Qualitativa de Aldeidos e Cetonas

VI. Identificação de grupamentos cetônicos e aldeídicos em açúcares

1. Reação com bicromato de potássio em meio ácido:

A glicose, que é um monossacarídeo e um açúcar redutor (possui um carbono

anomérico livre), sofre reação, evidenciada pela mudança de cor amarela para azul

esverdeado, sem que seja necessário aquecer o sistema.

Quanto à sacarose, que é um oligossacarídeo e possui uma ligação glicosídica,

não pode ser considerado um açúcar redutor sem sofrer hidrólise. A reação só

ocorreu após aquecimento, evidenciada pela mudança de cor de amarela para

incolor. Após o aquecimento a sacarose sofreu hidrólise, formando uma molécula

de glicose e outra de frutose, que açúcares redutores e sofrem oxidação.

2. Reação com permanganato de potássio em meio ácido:

Assim como já foi visto no caso anterior, a glicose que é um açúcar redutor sofre

reação sem que seja necessário aquecimento, evidenciada pela mudança de cor

violeta para incolor.

Já a sacarose precisou ser aquecida para reagir, sofrendo hidrólise e depois

oxidação dos açucares resultantes, ficando incolor.

3. Reação com solução de Benedict:

A reação ocorreu com a glicose, evidenciada pela mudança de cor azul para

alaranjada. Esperava-se que a reação ocorresse pelo fato de a glicose ser um

monômero e possuir o carbono anomérico livre, sendo capaz de fazer a redução.

Já com a sacarose a reação não ocorre, permanecendo azul, pois é um dímero e

não possui carbono livre; não estando em meio ácido, o dímero não pode ser

quebrado e o carbono anomérico fica preso pela ligação glicosídica.

Page 11: Analise Qualitativa de Aldeidos e Cetonas

CONCLUSÃO

Referências Bibliográficas:

- Usberco, João – Química 1: química geral / João Usberco, Edgard Salvador. – 12 ed. –

São Paulo: Saraiva, 2006;

- Ana Maria de Resende Machado; Maria Cristina Silva Vidigal; Miriam Stassun dos

Santos – Química orgânica prática – Curso integrado módulo I – Departamento de

Química – Cefet-MG;