análise poema conde d.henrique

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Análise poema “O Conde D.Henrique” Apresentação Oral Português Escola Secundária de Penafiel de “A Mensagem” – Fernando Pessoa

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Page 1: Análise poema Conde D.Henrique

Análise poema “O Conde D.Henrique”

Apresentação Oral

Português

Escola Secundária de Penafiel

de “A Mensagem” – Fernando Pessoa

Page 2: Análise poema Conde D.Henrique

“O Conde D.Henrique”

Todo o começo é involuntárioDeus é o agente.O herói a si assiste, várioE inconsciente.

À espada em tuas mãos achadaTeu olhar desce.«Que farei eu com esta espada?»

Ergueste-a, e fez-se.

Page 3: Análise poema Conde D.Henrique

Contextualização

Este poema insere-se na parte dos castelos, e é a terceira personagem histórica representada antecedida por Viriato e Ulisses, num degradeé de mitos-absolutos para mitos-homens. No entanto D.Henrique é uma personagem histórica mais concreta já que a sua vida foi bem mais documentada do que os anteriores.

Conde de Borgonha, D.Henrique foi o pai do primeiro Rei de Portugal, D.Afonso Henriques, e por isso considerado o fundador da monarquia no nosso país. Quando D.Henrique morreu, em 1114, D.Afonso Henriques tinha apenas 3 anos.

Page 4: Análise poema Conde D.Henrique

Análise por estrofe

Page 5: Análise poema Conde D.Henrique

1ª Estrofe

“Todo começo é involuntário”- quer isto dizer que os grandes feitos nunca são por obra da vontade humana, mas sim de outra vontade maior a de Deus porque “Deus é o agente”. D.Henrique não poderia planear as acções que se seguiram, e por isso, Deus foi o agente desse plano, a que D.Henrique assistiu “inconsciente” e a “si (…) vario”, ou seja, sem que soubesse a que iam levar as suas acções no futuro. O plano era a formação de Portugal.

Page 6: Análise poema Conde D.Henrique

2ª Estrofe

D.Henrique é nos apresentado com uma “espada nas mãos achada”, olhando-a perplexo (“teu olhar desce”), sem saber o que fazer com ela (“Que farei eu com esta espada”) e tudo isto significa a mudança que D.Henriques traz (simbolismo da espada com a mudança), embora incosncientemente porque “olha para ela perplexo”, já que o agente dessa mudança não é ele, mas uma vontade que o ultrupassa: Deus.

Page 7: Análise poema Conde D.Henrique

3ª Estrofe

Na terceira estrofe confirma-se o que está na segunda estrofe já que D.Henrique ergue-a (espada), mas a mudança vai ocorrer sem que ele se possa considerar o agende dessa mudança. Ele ergue a espada mas não a baixa num golpe. Ergue-a e “fez-se”: D.Henrique é um meio para um fim maior.

Page 8: Análise poema Conde D.Henrique

Análise formal do poema

• Métrica3 estrofes irregulares (respetivamente com 4,3 e 1 versos). Alternadamente os versos têm 8 e 4 sílabas.

• Esquema rímico Rima cruzada

• Número de versos8