análise e detalhamento dos indicadores de desempenho...

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LUIS GUSTAVO TOZAKI DIB DETALHAMENTO E ANÁLISE DOS INDICADORES DE DESEMPENHO EM UMA EMPRESA PETROQUÍMICA Trabalho de Formatura apresentado à Escola Politécnica da Universidade de São Paulo para obtenção do Diploma de Engenheiro de Produção São Paulo 2004

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LUIS GUSTAVO TOZAKI DIB

DETALHAMENTO E ANÁLISE DOS INDICADORES DE DESEMPENHO EM UMA EMPRESA PETROQUÍMICA

Trabalho de Formatura apresentado à

Escola Politécnica da Universidade de

São Paulo para obtenção do Diploma

de Engenheiro de Produção

São Paulo 2004

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LUIS GUSTAVO TOZAKI DIB

DETALHAMENTO E ANÁLISE DOS INDICADORES DE DESEMPENHO EM UMA EMPRESA PETROQUÍMICA

Trabalho de Formatura apresentado à

Escola Politécnica da Universidade de

São Paulo para obtenção do Diploma

de Engenheiro de Produção

ORIENTADOR:

Prof. JOÃO FURTADO

São Paulo 2004

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“Quem espera sempre alcança, mas só as coisas que os outros deixaram de lado”.

Abraham Lincoln

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AGRADECIMENTOS

Agradeço a todos que colaboraram, direta ou indiretamente, neste trabalho de

formatura durante este último ano nesta universidade.

Em especial, agradeço aos meus pais, Sergio e Emico, que estiveram ao meu lado

em todos momentos de minha vida, sempre me apoiando na conclusão deste curso

de engenharia.

Ao meu orientador, professor João Furtado, que tornou este trabalho possível

através de valiosas críticas e sugestões na realização deste trabalho.

À minha namorada, Lílian, que sempre me incentivou nos momentos mais difíceis

com seu carinho e palavras de afeto.

Aos professores desta universidade, em especial aos que tive contato, pelos

valorosos conhecimentos adquiridos por mim durante minha vida acadêmica nesta

universidade.

Aos meus colegas de trabalho que me ajudaram na análise dos dados neste trabalho.

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RESUMO

Este trabalho tem por objetivo fornecer e aplicar uma metodologia de análise

econômico-financeira de um Demonstrativo de Resultado de uma empresa

petroquímica, setor pelo qual se encontra em ampla expansão no país nos dias de

hoje visto o crescimento contínuo da demanda pelas resinas termoplásticas. A

preocupação do texto está focada na análise de micro-indicadores de desempenho de

modo a propiciar uma visão concreta e detalhada da performance operacional obtida

pela empresa durante um determinado período a fim de identificar ameaças e

oportunidades de negócio para a empresa dentro do âmbito nacional e internacional

do setor petroquímico.

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ABSTRACT

This manuscript introduces an economic-financial analysis methodology of a

petrochemical company performance based on an Income Statement. Nowadays,

this branch of the economy in our country has tried a high development performance

due to a continuous increase of the thermoplastics resins demand. The main focus in

this text is an analysis of the performance’s micro-indicators as long as to present a

real, complete and detail study of the company’s performance in the period focused.

In summary, this analysis looks to identify threatness and business opportunities for

the company inside the national and international petrochemical scenario.

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Índice Analítico Índice de Figuras

Índice de Gráficos

Índice de Tabelas

Índice de Equações

Lista de Abreviaturas e Siglas

Lista de Símbolos

Introdução ........................................................................................................................ 1 1.1. A empresa.................................................................................................................................... 2

1.1.1. História................................................................................................................................ 2 1.1.2. Caracterização .................................................................................................................... 3 1.1.3. Desempenho recente............................................................................................................ 4

1.2. O estágio...................................................................................................................................... 6 1.3. Objetivo do trabalho.................................................................................................................... 7

Capítulo I – O setor petroquímico ................................................................................. 10 2. O Setor petroquímico ....................................................................................................... 11

2.1. Histórico.................................................................................................................................... 11 2.2. Cadeia produtiva ....................................................................................................................... 13 2.3. Cenário mundial atual ............................................................................................................... 15 2.4. O Setor petroquímico no Brasil................................................................................................. 16

2.4.1. História.............................................................................................................................. 16 2.4.2. Posicionamento mundial ................................................................................................... 18

Capítulo II – Fundamentos Teóricos ............................................................................ 19 3. Modelo de gestão e desempenho ...................................................................................... 20

3.1. Estrutura de um Demonstrativo de Resultado (DRE)................................................................ 20 3.1.1. Definição ........................................................................................................................... 20 3.1.2. Elementos do DRE............................................................................................................. 20 3.1.3. Definição dos indicadores ................................................................................................. 25

3.2. Modelo bridge ........................................................................................................................... 26 3.2.1. Definição ........................................................................................................................... 26 3.2.2. Montagem do modelo ........................................................................................................ 27 3.2.3. Vantagens do modelo......................................................................................................... 30

3.3. Modelo de decisão da margem de contribuição ........................................................................ 31 3.3.1. Definição ........................................................................................................................... 31 3.3.2. Análise custo/volume/lucro................................................................................................ 31

Capítulo III – Análise .................................................................................................... 37 4. Análise do macro-indicador ebitda ................................................................................. 38

4.1. Metodologia .............................................................................................................................. 38 4.1.1. Breve apresentação dos resultados operacionais de 2XX0 ............................................... 39

4.2. Macro-análise do Demonstrativo de Resultado......................................................................... 44 4.3. Análise por unidade de negócio ................................................................................................ 46

4.3.1. Unidade A.......................................................................................................................... 46 4.3.2. Unidade B.......................................................................................................................... 54 4.3.3. Unidade C.......................................................................................................................... 61 4.3.4. Unidade D ......................................................................................................................... 67

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4.4. Análise Empresa Petroquímica Consolidada............................................................................. 73 4.4.1. Análise da receita líquida – Empresa consolidada ........................................................... 74 4.4.2. Análise do custo dos produtos vendidos – Empresa consolidada...................................... 75 4.4.3. Análise das despesas – Empresa consolidada ................................................................... 76 4.4.4. Diagnóstico – Empresa Consolidada ................................................................................ 77

5. Aplicação da análise custo/volume/lucro ........................................................................ 79 5.1. Modelo de decisão da margem de contribuição – vários produtos............................................ 79

5.1.1. Dados necessários ............................................................................................................. 79 5.1.2. Aplicação do modelo ......................................................................................................... 80 5.1.3. Cálculo do grau de alavancagem operacional.................................................................. 82

Capítulo IV – Conclusões .............................................................................................. 85 6. Conclusões ......................................................................................................................... 86

6.1. Diagnóstico Final ...................................................................................................................... 86 6.1.1. Resumo dos principais pontos abordados neste trabalho ................................................. 86 6.1.2. Conclusão.......................................................................................................................... 88

Referências Bibliográficas.................................................................................................... 90 Anexos.................................................................................................................................... 92

Anexo A – Preços e Volumes Praticados em 2XX0 e 2XX1 por UN .............................................. 92 Anexo B – Demonstrativo de resultado do 1º Semestre de 2XXX por unidade de negócio ............ 93

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Índice de Figuras FIGURA 1: COMPOSIÇÃO ACIONÁRIA DA BRASKEM.......................................................................... 2 FIGURA 2: MAPA DE LOCALIZAÇÃO DAS PLANTAS DA BRASKEM................................................... 3 FIGURA 3: ESTRUTURA DE ESTUDO A SER EMPREGADA NESTE TRABALHO................................ 9 FIGURA 4: ESTRUTURA DA INDÚSTRIA PETROQUÍMICA BRASILEIRA.......................................... 11 FIGURA 5: FOTO ILUSTRATIVA – CADEIA PRODUTIVA DO SETOR PETROQUÍMICO ................. 14 FIGURA 6: PARTICIPAÇÃO DA INDÚSTRIA QUÍMICA NO PIB TOTAL DO BRASIL ( EM %) ......... 18FIGURA 7: INDICADORES DE UM DEMONSTRATIVO DE RESULTADO.......................................... 26

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Índice de Gráficos GRÁFICO 1: TIPO DE CUSTOS (FONTE: GITMAN - 1984)............................................................. 23 GRÁFICO 2: BRIDGE DA RECEITA LÍQUIDA (FONTE: ELABORAÇÃO PRÓPRIA) .................. 28 GRÁFICO 3: BRIDGE DO CPV (FONTE: ELABORAÇÃO PRÓPRIA) ............................................. 29 GRÁFICO 4: ANÁLISE GRÁFICA DO PONTO DE EQUILÍBRIO, ADAPTADA DE GITMAN

(1984)........................................................................................................................................ 35 GRÁFICO 5: PREÇOS E VOLUMES PRATICADOS NO 1º SEMESTRE DE 2XX0 POR UNIDADE

DE NEGÓCIO (FONTE: ELABORAÇÃO PRÓPRIA) ......................................................... 41 GRÁFICO 6: BRIDGE DA RECEITA LÍQUIDA DA UNIDADE A (FONTE: ELABORAÇÃO

PRÓPRIA)................................................................................................................................ 47 GRÁFICO 7: RECEITA LÍQUIDA POR MERCADO DA UNIDADE A (FONTE: ELABORAÇÃO

PRÓPRIA)................................................................................................................................ 48 GRÁFICO 8: QUANTIDADE VENDIDA POR MERCADO DA UNIDADE A (FONTE:

ELABORAÇÃO PRÓPRIA) .................................................................................................... 48 GRÁFICO 9: PREÇO POR MERCADO DA UNIDADE A (FONTE: ELABORAÇÃO PRÓPRIA) ... 49GRÁFICO 10: EVOLUÇÃO DA COTAÇÃO DO DÓLAR (FONTE: ELABORAÇÃO PRÓPRIA)..... 50GRÁFICO 11: BRIDGE DO CPV DA UNIDADE A (FONTE: ELABORAÇÃO PRÓPRIA).............. 51 GRÁFICO 12: RELAÇÃO PREÇO DA NAFTA X CPV UNITÁRIO DOS PRODUTOS A (FONTE:

ELABORAÇÃO PRÓPRIA) .................................................................................................... 52 GRÁFICO 13: VARIAÇÕES NO EBITDA DA UNIDADE A – ABERTURA RECEITAS, CPV E

DESPESAS (FONTE: ELABORAÇÃO PRÓPRIA) .............................................................. 53 GRÁFICO 14: VARIAÇÕES NO EBITDA DA UNIDADE A - ABERTURA MICRO-INDICADORES

DE DESEMPENHO (FONTE: ELABORAÇÃO PRÓPRIA)................................................ 53 GRÁFICO 15: BRIDGE DA RECEITA LÍQUIDA DA UNIDADE B (FONTE: ELABORAÇÃO

PRÓPRIA)................................................................................................................................ 55 GRÁFICO 16: RECEITA LÍQUIDA DO MERCADO INTERNO DA UNIDADE B (FONTE:

ELABORAÇÃO PRÓPRIA) .................................................................................................... 56 GRÁFICO 17: RECEITA LÍQUIDA ME DA UNIDADE B (FONTE: ELABORAÇÃO PRÓPRIA) .. 57GRÁFICO 18: BRIDGE DO CPV DA UNIDADE B (FONTE: ELABORAÇÃO PRÓPRIA).............. 58 GRÁFICO 19: VARIAÇÕES NO EBITDA DA UNIDADE B – ABERTURA RECEITAS, CPV E

DESPESAS (FONTE: ELABORAÇÃO PRÓPRIA) ............................................................. 60 GRÁFICO 20: VARIAÇÕES NO EBITDA DA UNIDADE B - ABERTURA MICRO-INDICADORES

DE DESEMPENHO (FONTE: ELABORAÇÃO PRÓPRIA)................................................ 60 GRÁFICO 21: BRIDGE DA RECEITA LÍQUIDA DA UNIDADE C (FONTE: ELABORAÇÃO

PRÓPRIA)................................................................................................................................ 62 GRÁFICO 22: RECEITA LÍQUIDA POR MERCADO DA UNIDADE C (FONTE: ELABORAÇÃO

PRÓPRIA)................................................................................................................................ 63 GRÁFICO 23: BRIDGE DO CPV DA UNIDADE C (FONTE: ELABORAÇÃO PRÓPRIA).............. 64 GRÁFICO 24: COMPOSIÇÃO DO CPV DA UNIDADE C (FONTE: ELABORAÇÃO PRÓPRIA)... 65GRÁFICO 25: VARIAÇÕES NO EBITDA DA UNIDADE C – ABERTURA RECEITAS, CPV E

DESPESAS (FONTE: ELABORAÇÃO PRÓPRIA) .............................................................. 66 GRÁFICO 26: VARIAÇÕES NO EBITDA DA UN C - ABERTURA MICRO-INDICADORES DE

DESEMPENHO (FONTE: ELABORAÇÃO PRÓPRIA) ...................................................... 66 GRÁFICO 27: BRIDGE DA RECEITA LÍQUIDA DA UNIDADE D (FONTE: ELABORAÇÃO

PRÓPRIA)................................................................................................................................ 68 GRÁFICO 28: EVOLUÇÃO DO PREÇO DOS PRODUTOS D NO 1O SEMESTRE DE 2XXX

(FONTE: PREÇOS D ELABORAÇÃO PRÓPRIA, PREÇO INTERNACIONAL DO PRODUTO D - CMAI) ............................................................................................................ 69

GRÁFICO 29: BRIDGE DO CPV DA UNIDADE D (FONTE: ELABORAÇÃO PRÓPRIA) ............. 70 GRÁFICO 30: VARIAÇÕES NO EBITDA DA UNIDADE D – ABERTURA RECEITAS, CPV E

DESPESAS (FONTE: ELABORAÇÃO PRÓPRIA) .............................................................. 71 GRÁFICO 31: VARIAÇÕES NO EBITDA DA UNIDADE D - ABERTURA MICRO-INDICADORES

DE DESEMPENHO (FONTE: ELABORAÇÃO PRÓPRIA)................................................ 71 GRÁFICO 32: COMPOSIÇÃO DO EBITDA DA EMPRESA POR UN (FONTE: ELABORAÇÃO

PRÓPRIA)................................................................................................................................ 73

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GRÁFICO 33: COMPOSIÇÃO DO EBITDA DA EMPRESA POR UN (FONTE: ELABORAÇÃO PRÓPRIA)................................................................................................................................ 73

GRÁFICO 34: COMPOSIÇÃO DA RECEITA LÍQUIDA DA EMPRESA POR UN (FONTE: ELABORAÇÃO PRÓPRIA) .................................................................................................... 74

GRÁFICO 35: RECEITA LÍQUIDA DAS EXPORTAÇÕES DA EMPRESA (FONTE: ELABORAÇÃO PRÓPRIA) .................................................................................................... 75

GRÁFICO 36: COMPOSIÇÃO DO CPV DA EMPRESA POR UN (FONTE: ELABORAÇÃO PRÓPRIA)................................................................................................................................ 75

GRÁFICO 37: EVOLUÇÃO DO PREÇO DA NAFTA ARA (FONTE: BLOOMBERG, ADAPTADO PELO AUTOR) ........................................................................................................................ 76

GRÁFICO 38: COMPOSIÇÃO DAS DESPESAS DA EMPRESA POR UN (FONTE: ELABORAÇÃO PRÓPRIA)................................................................................................................................ 77

GRÁFICO 39: VARIAÇÕES NO EBITDA DA EMPRESA (FONTE: ELABORAÇÃO PRÓPRIA)... 77GRÁFICO 40: VARIAÇÕES NO EBITDA DA EMPRESA - ABERTURA MICRO-INDICADORES

DE DESEMPENHO (FONTE: ELABORAÇÃO PRÓPRIA)................................................ 78 GRÁFICO 41: ANÁLISE DO PONTO DE EQUILÍBRIO OPERACIONAL DA EMPRESA NO

1ºSEMESTRE DE 2XX1 (FONTE: ELABORAÇÃO PRÓPRIA) ......................................... 81

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Índice de Tabelas TABELA 1: MARKET SHARE DA BRASKEM NAS VENDAS DAS PRINCIPAIS RESINAS

PLÁSTICAS (EXTRAÍDO DO SITE DA REVISTA PLÁSTICO 2003) ................................. 5 TABELA 2: CÁLCULO DAS VARIAÇÕES DOS INDICADORES DE RECEITA REAL 2XX1 X

RECEITA REAL 2XX0 (FONTE: ELABORAÇÃO PRÓPRIA, ADAPTADO DE TUNG - 1974) ......................................................................................................................................... 28

TABELA 3: CÁLCULO DAS VARIAÇÕES DOS INDICADORES DE CPV REAL 2XX1 X CPV REAL 2XX0 (FONTE: ELABORAÇÃO PRÓPRIA, ADAPTADO DE TUNG - 1974) ........ 29

TABELA 4: DEMONSTRATIVO DE RESULTADO DO EXERCÍCIO DO 1O SEMESTRE DE 2XX0 DA EMPRESA (FONTE: ELABORAÇÃO PRÓPRIA)......................................................... 39

TABELA 5: EBITDA POR UNIDADE DE NEGÓCIO DA EMPRESA NO 1º SEMESTRE DE 2XX0 (FONTE: ELABORAÇÃO PRÓPRIA) ................................................................................... 40

TABELA 6: RECEITA LÍQUIDA POR UNIDADE DE NEGÓCIO DA EMPRESA NO 1º SEMESTRE DE 2XX0 (FONTE: ELABORAÇÃO PRÓPRIA) ............................................ 40

TABELA 7: RECEITA LÍQUIDA POR UNIDADE DE NEGÓCIO DA EMPRESA NO 1º SEMESTRE DE 2XX0 (FONTE: ELABORAÇÃO PRÓPRIA) ............................................ 41

TABELA 8: MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO POR UNIDADE DE NEGÓCIO DA EMPRESA NO 1º SEMESTRE DE 2XX0 (FONTE: ELABORAÇÃO PRÓPRIA) ............................................ 42

TABELA 9: DESPESAS ADMINISTRATIVAS E DE VENDAS DA EMPRESA NO 1º SEMESTRE DE 2XX0 (FONTE: ELABORAÇÃO PRÓPRIA) .................................................................. 42

TABELA 10: DEMONSTRATIVO DE RESULTADO DO EXERCÍCIO DO 1O SEMESTRE DE 2XX1 DA EMPRESA (FONTE: ELABORAÇÃO PRÓPRIA)......................................................... 44

TABELA 11: COMPARAÇÃO DO DRE REAL 2XX1 X DRE REAL 2XX0 (FONTE: ELABORAÇÃO PRÓPRIA)................................................................................................................................ 44

TABELA 12: COMPARAÇÃO DO DRE REAL 2XX1 X DRE REAL 2XX0 DA UNIDADE A (FONTE: ELABORAÇÃO PRÓPRIA) ................................................................................... 46

TABELA 13: CÁLCULO DAS VARIAÇÕES DOS INDICADORES DE RECEITA REAL 2XX1 X RECEITA REAL 2XX0 DA UNIDADE A (FONTE: ELABORAÇÃO PRÓPRIA).............. 47

TABELA 14: CÁLCULO DAS VARIAÇÕES DOS INDICADORES DE CPV REAL 2XX1 X CPV REAL 2XX0 DA UNIDADE A (FONTE: ELABORAÇÃO PRÓPRIA) ................................ 50

TABELA 15: COMPARAÇÃO DO DRE REAL 2XX1 X DRE REAL 2XX0 DA UNIDADE B (FONTE: ELABORAÇÃO PRÓPRIA) ................................................................................... 54

TABELA 16: CÁLCULO DAS VARIAÇÕES DOS INDICADORES DE RECEITA REAL 2XX1 X RECEITA REAL 2XX0 DA UNIDADE B (FONTE: ELABORAÇÃO PRÓPRIA).............. 55

TABELA 17: PREÇOS PRATICADOS EM 2XX1 E 2XX0 DO MERCADO INTERNO DOS PRODUTOS B (FONTE: ELABORAÇÃO PRÓPRIA) ......................................................... 56

TABELA 18: PREÇOS PRATICADOS EM 2XX1 E 2XX0 DO MERCADO EXTERNO DOS PRODUTOS B (FONTE: ELABORAÇÃO PRÓPRIA) ......................................................... 57

TABELA 19: CÁLCULO DAS VARIAÇÕES DOS INDICADORES DE CPV REAL 2XX1 X CPV REAL 2XX0 DA UNIDADE B (FONTE: ELABORAÇÃO PRÓPRIA) ................................ 58

TABELA 20: ABERTURA DAS DESPESAS VARIÁVEIS DE VENDAS DA UNIDADE B (FONTE: ELABORAÇÃO PRÓPRIA) .................................................................................................... 59

TABELA 21: COMPARAÇÃO DO DRE REAL 2XX1 X DRE REAL 2XX0 DA UNIDADE C (FONTE: ELABORAÇÃO PRÓPRIA) ................................................................................... 61

TABELA 22: CÁLCULO DAS VARIAÇÕES DOS INDICADORES DE RECEITA REAL 2XX1 X RECEITA REAL 2XX0 DA UNIDADE C (FONTE: ELABORAÇÃO PRÓPRIA).............. 62

TABELA 23: CÁLCULO DAS VARIAÇÕES DOS INDICADORES DE CPV REAL 2XX1 X CPV REAL 2XX0 DA UNIDADE C (FONTE: ELABORAÇÃO PRÓPRIA) ................................ 64

TABELA 24: COMPARAÇÃO DO DRE REAL 2XX1 X DRE REAL 2XX0 DA UNIDADE D (FONTE: ELABORAÇÃO PRÓPRIA) ................................................................................... 67

TABELA 25: CÁLCULO DAS VARIAÇÕES DOS INDICADORES DE RECEITA REAL 2XX1 X RECEITA REAL 2XX0 DA UNIDADE D (FONTE: ELABORAÇÃO PRÓPRIA).............. 68

TABELA 26: CÁLCULO DAS VARIAÇÕES DOS INDICADORES DE CPV REAL 2XX1 X CPV REAL 2XX0 DA UNIDADE D (FONTE: ELABORAÇÃO PRÓPRIA)................................ 69

TABELA 27: CÁLCULO DAS VARIÁVEIS A SEREM UTILIZADAS NO MODELO DE DECISÃO DA MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO (FONTE: ELABORAÇÃO PRÓPRIA) .................... 80

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TABELA 28: CÁLCULO DO GRAU DE ALAVANCAGEM OPERACIONAL DOS PRODUTOS DA EMPRESA NO 1ºSEMESTRE DE 2XX1 (FONTE: ELABORAÇÃO PRÓPRIA)............... 83

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Índice de Equações EQUAÇÃO 1: FÓRMULA DO LUCRO OU PREJUÍZO DO DRE (FONTE: MARION – 2004) ....... 20 EQUAÇÃO 2: RECEITA LÍQUIDA, ADAPTADO DE MARION (2004) ............................................. 20 EQUAÇÃO 3: LUCRO BRUTO, ADAPTADO DE MARION (2004) .................................................... 22 EQUAÇÃO 4: LUCRO OPERACIONAL, ADAPTADO DE MARION (2004) ..................................... 24 EQUAÇÃO 5: EBITDA (FONTE: ELABORAÇÃO PRÓPRIA)............................................................ 25 EQUAÇÃO 6: MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO (FONTE: ELABORAÇÃO PRÓPRIA) ................... 32 EQUAÇÃO 7: LUCRO OPERACIONAL – ABORDAGEM ALGÉBRICA (FONTE: GITMAN - 1984)

.................................................................................................................................................. 33 EQUAÇÃO 8: LUCRO OPERACIONAL SIMPLIFICADO - ABORDAGEM ALGÉBRICA (FONTE:

GITMAN - 1984)...................................................................................................................... 33 EQUAÇÃO 9: QUANTIDADE DE EQUILÍBRIO - ABORDAGEM ALGÉBRICA (FONTE: GITMAN

-1984)........................................................................................................................................ 33 EQUAÇÃO 10: MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO UNITÁRIA - ABORDAGEM ALGÉBRICA

(FONTE: GITMAN - 1984)..................................................................................................... 33 EQUAÇÃO 11: QUANTIDADE DE EQUILÍBRIO SIMPLIFICADO - ABORDAGEM ALGÉBRICA

(FONTE: GITMAN - 1984)..................................................................................................... 33 EQUAÇÃO 12: LUCRO OPERACIONAL MULTIPRODUTO – ABORDAGEM ALGÉBRICA

(FONTE: MOTA - 1990) ......................................................................................................... 34 EQUAÇÃO 13: LUCRO OPERACIONAL MULTIPRODUTO SIMPLIFICADO – ABORDAGEM

ALGÉBRICA (FONTE: MOTA - 1990) ................................................................................. 34 EQUAÇÃO 14: QUANTIDADE DE EQUILÍBRIO MULTIPRODUTO – ABORDAGEM

ALGÉBRICA (FONTE: MOTA-1990) ................................................................................... 34 EQUAÇÃO 15: GRAU DE ALAVANCAGEM OPERACIONAL (FONTE: GITMAN - 1984) ........... 36 EQUAÇÃO 16: GRAU DE ALAVANCAGEM OPERACIONAL (FONTE: LEITE - 1985) ................ 36 EQUAÇÃO 17: GRAU DE ALAVANCAGEM OPERACIONAL (FONTE: LEITE - 1985) ................ 82

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Lista de Abreviaturas e Siglas ABIQUIM – Associação Brasileira da Indústria Química

ARA – Amsterdã – Roterdã - Antuérpia

BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social

CMAI – Chemical Market Associates Incorp.

COFINS – Contribuição para a Seguridade Social

CPV – Custo dos Produtos Vendidos

DRE – Demonstrativo de Resultado do Exercício

EBITDA – Earnings Before Interests, Taxes, Depreciation and Amortization

GAO – Grau de Alavancagem Operacional

GLP – Gás Liquefeito de Petróleo

ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços

IPI – Imposto sobre Produtos Industrializados

ISS – Imposto sobre Serviços

LO – Lucro operacional

MI – Mercado Interno

ME – Mercado Externo

MTBE – Metil-Tercil-butil-éter

PE – Polietileno

PET – Polietileno Tereftalato

PIB – Produto Interno Bruto

PIS – Programa de Integração Social

PP – Polipropileno

PQU – Petroquímica União

PTA – Ácido Tereftálico Purificado

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PVC – Policloreto de Vinila

S.A. – Sociedade Anônima

SG – Sistema Gerencial

UN – Unidade de Negócio

UN A – Unidade de Negócio A

UN B – Unidade de Negócio B

UN C – Unidade de Negócio C

UN D – Unidade de Negócio D

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Lista de Símbolos A – Referente a unidade de negócio A

B – Referente a unidade de negócio B

C – Referente a unidade de negócio C

D – Referente a unidade de negócio D

Qv – Quantidade vendida

Pvu – Preço de venda unitário

Cvu – Custo de venda unitário

Mcu – Margem de contribuição unitária

Cf – Custo operacional fixo por período

Qvi – Quantidade vendida do produto i

Pvui – Preço de venda unitário do produto i

Cvui – Custo de venda unitário do produto i

Cvui – Margem de contribuição unitária do produto i

∆ – Variação

Σ – Somatório

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Introdução

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Introdução________________________________________________________ - 2 -

1.1. A empresa

1.1.1. História

A Braskem é a maior empresa petroquímica da América Latina, sendo considerada

uma das cinco maiores indústrias brasileiras de capital privado.

A estrutura da empresa está baseada na integração da primeira e segunda gerações

petroquímicas sendo responsável pela produção de matérias-primas e resinas

termoplásticas que serão utilizadas na produção de diversos produtos pela terceira

geração, definida como setor de transformação.

A Braskem é controlada pelo grupo Odebrecht-Mariani. São ainda acionistas da

empresa a Petroquisa (ramo petroquímico da Petrobrás) e os fundos de pensão

Petros e Previ, da Petrobrás e do Banco do Brasil respectivamente. A empresa

possui ações negociadas nas Bolsas de Valores de São Paulo (Bovespa), Nova York

(Dow Jones) e Madrid (Latibex)1.

Figura 1: Composição acionária da Braskem

Fonte: Extraído do site da Braskem

1 Extraído do release publicado pela Braskem em 29/07/2004

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Introdução________________________________________________________ - 3 -

1.1.2. Caracterização

Atualmente a Braskem possui 13 fábricas espalhadas pelo Brasil, localizados nos

estados de Alagoas, Bahia, São Paulo e Rio Grande do Sul.

A empresa produz petroquímicos básicos como eteno, propeno, benzeno, butadieno,

etc. No segmento de resinas termoplásticas, atua com grande destaque nos mercados

de polietileno, polipropileno, PVC e PET.

Figura 2: Mapa de localização das plantas da Braskem

Fonte: Extraído do Relatório Anual de 2003 da Braskem

As matérias-primas e resinas fornecidas pela Braskem estão distribuídas em quatro

unidades de negócio: Insumos Básicos, Desenvolvimento de Negócios, Poliolefinas

e Vinílicos.2

Insumos Básicos: Produção de benzeno, tolueno, orto-xileno, para-xileno, xileno

misto, butadieno, buteno-1, isopreno, diciclopentedieno, metil-tercil-butil-éter

(MTBE) produzidos na central de matérias-primas de Camaçari, na Bahia.

2 Informações obtidas do Relatório Anual 2003 da Braskem

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Introdução________________________________________________________ - 4 -

Desenvolvimento de Negócios: Polietileno tereftalato (PET), utilizado na fabricação

de embalagens de refrigerantes; Caprolactama, matéria-prima na fabricação de fio

têxtil; sulfato de amônio na utilização como fertilizante; ciclohexanona, usada como

solvente para tintas, pesticidas e resinas naturais.

Poliolefinas: Produções das resinas termoplásticas como o polietileno (PE) e

polipropileno (PP), ambas utilizadas na fabricação de embalagens, roupas

hospitalares, utensílios domésticos e eletroeletrônicos.

Vinílicos: Policloreto de vinila (PVC) e cloro, utilizado na produção de tubos e

conexões, brinquedos e calçados.

1.1.3. Desempenho recente

De acordo com o último release publicado no final de julho de 2004, a Braskem

manteve sua trajetória de crescimento com relação ao seu desempenho operacional.

No âmbito industrial, podemos destacar os aumentos de 10% na produção de PP e

PE comparada ao mesmo período de 2003 e a elevação das taxas de ocupação nas

plantas ocasionadas por melhora no mix de produção e investimentos nas paradas

planejadas e ampliação de capacidades.

No âmbito comercial, destaca-se ao aumento de 30% no volume de vendas

comparada ao mesmo período de 2003. Em destaque, o aumento significativo das

vendas para o mercado externo (54%) e um expressivo crescimento nas exportações

(11%).

A empresa, por sua formação recente, vem conquistando rapidamente espaço nos

mercados de resinas termoplásticas, principalmente no âmbito doméstico, onde se

mantém líder na venda de suas principais resinas (PP, PE e PVC) frente a seus

principais concorrentes como a Rhodia, Politeno, Riopolímeros, etc.

Tal ponto é explicado pela capacidade da Braskem em oferecer produtos, embora

considerado commodities, com grande valor agregado através de serviços

diferenciados e foco no cliente. Com isso e aliado ao crescimento da demanda pelas

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Introdução________________________________________________________ - 5 -

resinas termoplásticas visto o reaquecimento global, e principalmente doméstico,

das indústrias de transformação após o período de recessão em 2003, a Braskem

vem mantendo uma trajetória de crescimento para se tornar uma empresa de classe

mundial.

Resina Plástica

Vendas (Em kton)

1°Semestre 2002

1°Semestre 2003

Vendas Totais 469 482 Vendas Braskem 193 207

Market share - % 41% 43%Vendas Totais 933 944 Vendas Braskem 304 307

Market share - % 33% 32%Vendas Totais 378 323 Vendas Braskem 204 191

Market share - % 54% 59%Vendas Totais 1.780 1.749 Vendas Braskem 701 704

Market share - % 39% 40%Fonte: www.plastico.com.br

Total de vendas de resinas pelas empresas nacionais brasileiras

Polipropileno PP

Polietileno PE

Policloreto de Vinila - PVC

Total

Tabela 1: Market share da Braskem nas vendas das principais resinas plásticas (Extraído do site da Revista Plástico 2003)

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Introdução________________________________________________________ - 6 -

1.2. O estágio

O Programa de Estágio foi iniciado em maio de 2003, na área de Controladoria da

Unidade de Desenvolvimento de Negócios da Braskem S.A, localizada no escritório

de São Paulo. Durante os primeiros sete meses, houve um grande esforço de

ambientação e entendimento das atividades administrativas realizadas pela área e

principalmente da complexidade dos processos produtivos dos produtos,

conhecimento necessário para o início de qualquer tipo de análise.

Após este período, surgiu a oportunidade de atuar na Controladoria Corporativa da

empresa, área onde estagio até hoje e que acredito foi de grande valia para o meu

crescimento profissional, pois obtive uma visão completa da empresa e não restrita a

uma só unidade de negócio.

Desde o início do estágio, havia uma grande preocupação da minha parte em

identificar oportunidades para o desenvolvimento do meu trabalho de formatura.

Foi possível identificar durante meu estágio que a área de Controladoria se disponha

de métodos tradicionais de análise de Demonstrativos de Resultado tais como

análises verticais e horizontais, comparações com orçados, etc; que traziam um

resultado satisfatório, porém podiam ser melhorados com a implementação de uma

nova metodologia de análise.

Com base nos fatos citados acima, surgiu a idéia da realização do trabalho na

formulação e aplicação de uma metodologia de análise das informações gerenciais

através de conceitos teóricos propostos no Curso de Engenharia de Produção.

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Introdução________________________________________________________ - 7 -

1.3. Objetivo do trabalho Este trabalho de graduação a ser desenvolvido por mim durante este ano tem como

objetivo elaborar e aplicar uma metodologia de análise de um demonstrativo de

resultado gerencial (DRE).

O objetivo deste trabalho consiste em buscar e aplicar, dos conceitos e teorias

lecionados nas disciplinas de economia de empresas e finanças ocorridas durante

todo este curso de Engenharia de Produção, ferramentas e metodologias de análise

que auxiliem a empresa na realização de uma análise financeira concreta e eficaz de

um demonstrativo de resultado.

Por este trabalho se espera que possamos passar por cada operação que é

visualizada em um DRE (Receita Líquida, CPV, etc...) e analisar cada um dos

micro-indicadores de desempenho (preço, volume, custo variável, despesas de

vendas, etc) que formam o EBITDA3 (Earnings Before Interest, Taxes,

Depreciation and Amortization).

A importância desta análise com base em micro-indicadores está ano fato de que

será possível uma clara visualização do motivo gerador de, por exemplo, uma

receita superior ou inferior a obtida no ano anterior pela empresa assim como custos

elevados ou despesas de vendas inferiores ao realizado no ano anterior de modo que

fique evidente onde há a necessidade de uma ação corretiva, preventiva ou de

controle.

Outra análise, não menos importante a ser desenvolvido neste trabalho é a chamada

“análise custo/volume/lucro”, também conhecido como “análise do ponto de

equilíbrio”, possibilitando a visualização dos níveis de operação da empresa assim

como avaliar a lucratividade associada a vários níveis de venda.

3 EBITDA = Lucro operacional sem os efeitos dos custos e despesas não desembolsáveis (depreciação e amortização).

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Introdução________________________________________________________ - 8 -

Estaremos tratando neste trabalho, dados simulados pela empresa em que realizo o

estágio de acordo com os fatos ocorridos no período em análise, no entanto, não

faremos referência a Braskem S.A neste trabalho de modo a manter o sigilo das

informações, mesmo que simuladas, em respeito à solicitação feita pela empresa. A

Braskem estará somente propiciando a oportunidade de conhecimentos gerais sobre

a análise do setor petroquímico.

Os dados serão tratados como originados de uma empresa petroquímica nacional,

não sendo necessariamente a Braskem. Além disso, os dados farão referência a anos

fictícios (2XX0 e 2XX1, que serão enquadrados em um cenário mundial no decorrer

deste trabalho) de modo que reforce a simulação dos dados sem que seja possível

nenhuma correlação com a empresa em que realizo o estágio, mesmo se tratando de

dados simulados.

Os produtos serão tratados por unidade de negócio, pois se supõe, neste trabalho,

que cada unidade trata de produtos com processos produtivos e finalidades

semelhantes, sem prejuízo nas realizações de análises externas (comparações com

mercados internacionais, custos de produção, preços da matéria prima principal,

etc).

As unidades de negócio da empresa petroquímica a ser alvo deste trabalho se divide

em quatro unidades:

Unidade A: Produtos da primeira geração utilizadas para a fabricação de diversos

produtos petroquímicos de segunda geração, principalmente resinas termoplásticas.

Unidade B: Resinas utilizadas na fabricação de embalagens, tubos para gás, água e

telecomunicações, roupas hospitalares, seringas e fraldas descartáveis, móveis

infantis, utensílios domésticos e eletroeletrônicos, entre outras aplicações.

Unidade C: Resina termoplástica aplicada em diversas indústrias, entre elas a de

tubos e conexões, brinquedos, calçados, fios e cabos, esquadrias, forros, pisos e

piscinas.

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Introdução________________________________________________________ - 9 -

Unidade D: Resina termoplástica utilizada na fabricação de embalagens para

refrigerantes e medicamentos.

Com relação às referências bibliográficas, acredito que será necessário abranger três

grandes ramos das ciências para a realização deste trabalho.

A primeira parte será a definição clara das dimensões financeiras a serem abordadas

neste trabalho fazendo-se necessário o estudo de algumas demonstrações

financeiras, relacionados às disciplinas de contabilidade ministradas neste curso.

A segunda parte consiste na definição dos micro-indicadores de desempenho e

modelos de análise que serão utilizados de modo que as disciplinas de economia e

finanças serão uma forte ferramenta nesta etapa.

A terceira e última parte destas referências bibliográficas está relacionada à parte

estratégica dos conceitos lecionados na disciplina de Gestão Estratégica da

Produção, pois com base na análise e detalhamento dos indicadores de desempenho,

será possível apontar erros e acertos ocorridos no período transcorrido.

Figura 3: Estrutura de estudo a ser empregada neste trabalho

Fonte: Elaboração própria

Elaborar e aplicar uma metodologia de análise em um DRE

Problema

ContabilidadeEconomia de empresas / FinançasGestão Estratégica da Produção

Rev. Bibliográfica

Definição e aplicação do Método

Método

Diagnóstico dos resultados obtidos e

proposição de melhorias

Solução

Elaborar e aplicar uma metodologia de análise em um DRE

Problema

Elaborar e aplicar uma metodologia de análise em um DRE

Problema

ContabilidadeEconomia de empresas / FinançasGestão Estratégica da Produção

Rev. BibliográficaContabilidade

Economia de empresas / FinançasGestão Estratégica da Produção

Rev. Bibliográfica

Definição e aplicação do Método

Método

Definição e aplicação do Método

Método

Diagnóstico dos resultados obtidos e

proposição de melhorias

SoluçãoDiagnóstico dos

resultados obtidos e proposição de melhorias

Solução

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Capítulo I – O setor petroquímico

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Capítulo I – O setor petroquímico____________________________________ - 11 -

2. O Setor petroquímico

2.1. Histórico

A indústria petroquímica mundial vem se destacando desde meados da década de

90, quando atingiu vendas estimadas em US$ 500 bilhões4, sendo considerado o

segmento mais importante da indústria química. Deste conglomerado, o setor

petroquímico trata da parcela onde os produtos são originados do petróleo ou gás

natural. Apesar de constituir-se em uma definição simples para caracterizá-la dentro

do complexo setor químico, sua estrutura produtiva apresenta enorme complexidade

tornando seu entendimento bastante áspero (Figura 4).

Figura 4: Estrutura da indústria petroquímica brasileira

Fonte: ABIQUIM

4 Dado obtido das publicações do BNDES

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Capítulo I – O setor petroquímico____________________________________ - 12 -

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Capítulo I – O setor petroquímico____________________________________ - 13 -

O auge da indústria petroquímica na economia mundial pode ser observado,

sobretudo, pelo crescimento das refinarias americanas no início do século 20,

resultado das abundantes reservas de petróleo e gás natural do país. O

desenvolvimento e surgimento de novos processos de refino propiciaram a formação

de subprodutos altamente reativos denominados de produtos petroquímicos básicos

alternativos, mais eficientes e econômicos do que as matérias-primas derivadas do

carvão natural e do álcool.

Almeida et al. (2001) aponta as necessidades geradas pela segunda guerra, quando

houve forte crescimento da demanda de algumas resinas como o polietileno

utilizado na fiação elétrica dos radares e o náilon utilizado na confecção de roupas e

equipamentos da guerra. Com o término da guerra o consumidor americano já

convivia com inúmeros produtos oferecidos pelo plástico e, por mais de 20 anos, as

vendas do setor petroquímico americano continuaram a crescer atingindo patamares

superiores a 10% ao ano.

2.2. Cadeia produtiva

A origem de toda a cadeia do plástico está no petróleo. A partir do seu processo de

refino, obtém-se a nafta petroquímica, entre outros derivados, matéria-prima básica

para as centrais petroquímicas de primeira geração.

A resina termoplástica é o principal produto da indústria petroquímica quanto à

diversidade de aplicações. São obtidos através de um processo químico chamado de

polimerização, quando os monômeros são unidos quimicamente para formar os

polímeros. As propriedades dos diferentes tipos de plásticos são determinadas pelo

tamanho e pela estrutura da molécula do polímero.

Utilizando-se das matérias-primas básicas, o petróleo ou o gás natural, sua cadeia

produtiva se divide em três fases.

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Capítulo I – O setor petroquímico____________________________________ - 14 -

A primeira e a segunda geração pertencem à petroquímica, enquanto a terceira

geração ao setor de transformação, onde se originam produtos para praticamente

todos os setores da economia como vestuário, habitação, transporte, alimentação,

limpeza e saúde. Seus produtos representam importantes alternativas aos materiais

mais tradicionais como vidros, metais e fibras naturais, muitas vezes apresentando

melhores desempenhos associados a custos menores.

Figura 5: Foto ilustrativa – cadeia produtiva do setor petroquímico

Fonte: Extraído do site da Braskem

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Capítulo I – O setor petroquímico____________________________________ - 15 -

2.3. Cenário mundial atual

O setor petroquímico nunca deixou de ser um setor altamente competitivo com a

presença de grandes empresas associadas a elevadas escalas de produção. No

entanto, nos dias de hoje, é possível notar uma relação mais forte entre as grandes

petroquímicas com as instituições financeiras na busca de captação de recursos seja

via financiamentos ou emissões de ações, debêntures e títulos de capitalização no

mercado financeiro5.

A captação destes recursos destina-se, em sua maioria, aos intensivos investimentos

em tecnologia e P&D assim como cobrir os custos de capital advindos dos grandes

parques industriais das unidades produtoras, uma vez considerado um dos setores de

custos de capital mais elevados.

Nos dias de hoje, é possível notar um crescimento no grau de competitividade deste

setor visto as constantes mudanças estruturais das empresas petroquímicas através

de aquisições, fusões, incorporações e até mesmo alianças estratégicas.

A utilização de resinas termoplásticas advindas do setor petroquímico vem

crescendo em patamares superiores aos demais produtos originados do vidro, aço,

fibras naturais, etc, apresentando melhores desempenhos a custos mais baixos6. Isto

resulta em um grande dinamismo tecnológico por parte da empresas petroquímicas

na busca de atender esta crescente demanda assim como desenvolver novos

produtos que reforcem as vantagens competitivas das resinas termoplásticas.

GARCIA (2000), HIRATUKA (2000) e SABBATINI (2000) apresentam uma

característica importante presente nas empresas petroquímicas atuais, a tendência a

formação de uma cadeia produtiva fortemente integrada composto por produtos de

primeira e segunda gerações em processos produtivos contínuos, ou seja, a geração

de petroquímicos básicos e suas transferência para a fabricação das resinas de

5 WONGTSCHOWSKI (2002) 6 Informações obtidas no site do CMAI

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Capítulo I – O setor petroquímico____________________________________ - 16 -

segunda geração como o Poletileno, Polipropileno, Policloreto de Vinila, etc estão

presentes em, muitas vezes, em um único parque industrial.

Isto gera a necessidade de contínuos investimentos nas atividades de P&D nas

tecnologias empregadas em seus parques industriais, visando cada vez mais a

integração dessa cadeia produtiva.

2.4. O Setor petroquímico no Brasil

2.4.1. História

O uso intensivo do plástico no Brasil teve início na década de 50, e a demanda

crescente gerou em pouco tempo a necessidade de um parque industrial nacional

para substituir as importações, criando-se mais tarde, em meados dos anos 60, a

Petroquímica União, em Capuava, no interior paulista.

Na visão de ERBER (1997), a estruturação da petroquímica no Brasil a partir dos

anos 70 baseou-se fortemente na ação planificadora do Estado, coordenando

investimentos de capital privado, nacional e estrangeiro.

A estatal serviu de força propulsora para a instalação da segunda e terceira gerações

da cadeia do plástico no país e, conseqüentemente, dos complexos petroquímicos,

consolidando no final da década de 70, o modelo tripartite, de capital privado,

nacional e estrangeiro e criando-se a Copene – Companhia Petroquímica do

Nordeste - localizada no pólo petroquímico de Camaçari (BA).

No entanto, já durante os anos 80, o modelo tripartite começava a dar sinais de

esgotamento. Isto porque o Estado passou a concentrar seus recursos na área de

exploração e produção de petróleo, deixando de considerar prioridade os

investimentos necessários à expansão da petroquímica, um setor de capital

intensivo.

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Capítulo I – O setor petroquímico____________________________________ - 17 -

No início da década de 90, em meio ao amplo programa de privatizações do governo

federal, foram vendidas as participações do Estado nas centrais petroquímicas. Isso

encerrou o modelo tripartite, gerando resultados diferentes nos pólos do país.

Enquanto isso, em meados daquela década, o governo autorizou a criação da

Copesul, central petroquímica do pólo gaúcho de Triunfo, que contava com maior

participação de engenharia brasileira e alvo de constantes investimentos no pólo de

Triunfo por parte do setor privado, controladores da Copesul.

No entanto, conforme descreve WONGTSCHOWSKI (2002), o exemplo do sul não

se repetiu em Camaçari, na Bahia. A privatização do pólo baiano gerou uma

pulverização de controle, criando no setor uma intrincada teia de participações

cruzadas e interesses, muitas vezes conflitantes. Por conta disso, alguns

investimentos importantes na Copene e na segunda geração da cadeia petroquímica

foram adiados.

A oportunidade para a reestruturação do setor surgiu em dezembro de 2000. O

Banco Central colocou em leilão a participação que a Conepar S.A. ( associada a

estatal Petrobrás), holding que detinha participação relevante no capital votante da

Norquisa, controladora da Copene na época. No conjunto de ativos que estavam à

venda, encontravam-se as participações dos grupos Odebrecht e Mariani.

Em julho de 2001, único grupo a oferecer lance, o consórcio Odebrecht-Mariani foi

o vencedor do leilão, o que lhe garantiu o controle da Norquisa, holding que

controlava na época a Copene.

Logo após a aquisição, o consórcio deu início a um processo de integração entre

empresas de primeira e segunda geração. Este projeto marca o início de um novo

ciclo da petroquímica brasileira, com o consórcio vencedor levando adiante o

projeto de verticalização e integração da petroquímica do Brasil, criando a Braskem,

a maior empresa petroquímica da América Latina7.

7 Informações obtidas do Relatório Anual 2002 da Braskem

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Capítulo I – O setor petroquímico____________________________________ - 18 -

2.4.2. Posicionamento mundial

Situada entre as maiores do mundo, a petroquímica brasileira está em franco

crescimento. A indústria química faturou US$ 36,6 bilhões em 20028, sendo 51,1%,

ou US$ 18,7 bilhões, oriundos do segmento de produtos químicos da área industrial,

representando 3,3% do PIB total brasileiro. Existem atualmente no país três pólos

petroquímicos: Triunfo (RS), Camaçari (BA) e Capuava (São Paulo).

Além da Braskem, maior empresa petroquímica da América Latina, vale destacar a

presença das petroquímicas de segunda geração como Rhodia, RioPolímeros,

Politeno, Polibrasil, etc que reservam grande importância no cenário brasileiro com

participações, em algumas resinas termoplásticas, de liderança nos mercados em que

atua.

Figura 6: Participação da indústria química no PIB total do Brasil ( em %)

Fonte: ABIQUIM

8 Segundo ABIQUIM

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Capítulo II – Fundamentos Teóricos

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Capítulo II – Fundamentos teóricos___________________________________ - 20 -

3. Modelo de gestão e desempenho

3.1. Estrutura de um Demonstrativo de Resultado (DRE)

3.1.1. Definição

Um Demonstrativo de Resultado do Exercício (DRE) consiste basicamente na

montagem de um resumo das receitas e despesas da empresa em determinado

período. É apresentada, conforme MARION (2004), de forma dedutiva de modo que

as receitas e despesas são visualizadas no sentido vertical e, subtraindo-se as receitas

das despesas incorridas no período, obtém-se o resultado operacional (lucro ou

prejuízo) da empresa naquele período.

Receita Sentido vertical

(-) Despesa (dedutivo)Lucro ou prejuízo

Equação 1: Fórmula do lucro ou prejuízo do DRE (Fonte: MARION – 2004)

Neste trabalho de formatura será abordado o modelo completo do DRE, onde se é

possível a visualização mais detalhada tanto das receitas como das despesas do

resultado operacional, permitindo sua abertura nos tipos de impostos, custos e

despesas. Tal fato reside na necessidade de visualização dessas linhas na

composição da análise dos micro-indicadores de desempenho, um dos objetivos

deste trabalho de formatura.

3.1.2. Elementos do DRE

3.1.2.1. Receita Líquida

A receita líquida é definida como a receita bruta descontada das devoluções e dos

impostos recolhidos.

Receita BrutaVendas

Serviços prestados(-) Deduções

Abatimentos e DevoluçõesImpostos

= Receita Líquida

Equação 2: Receita líquida, adaptado de MARION (2004)

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Capítulo II – Fundamentos teóricos___________________________________ - 21 -

A receita bruta por sua vez, na definição de MARION (1998), constitui o valor

adquirido da venda dos produtos, subprodutos, mercadorias e serviços oferecidos

pela empresa sem a exclusão dos impostos recolhidos junto ao comprador e as

devoluções realizadas pelo mesmo.

Vale destacar que a receita obtida pela venda de produtos ou serviços que não fazem

parte da finalidade da empresa como, por exemplo, a venda de imóveis, móveis,

equipamentos industriais em empresas cujo ramo não seja destinado para estes tipos

de venda, isto não se constitui como uma receita bruta obtida e sim são chamados de

outras receitas e despesas não operacionais.

Os impostos, taxas e contribuições são recolhidos imediatamente no ato da venda de

um produto ou serviço de modo a serem caracterizados, em sua maioria, como um a

alíquota a ser multiplicada ao preço liquido unitário do produto ou serviço

oferecido. Tais impostos devem ser recolhidos e entregues após um período pré-

estabelecido (normalmente mensal) aos governos, locais, estaduais e da união

conforme detalhado abaixo a partir de MARION (2004):

IPI – Imposto sobre Produtos Industrializados (governo federal) – de 0% a quase

400% (no caso dos cigarros).

ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (governo estadual)

– Estado de São Paulo: 18%.

ISS – Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (governo municipal) –

Município de São Paulo: de 0 a 10%.

PIS – Programa de Integração Social – calculado a partir da (Receita Bruta –

IPI) x Alíquota PIS (governo federal); sendo a alíquota de 0,65% até janeiro de

2004 e 1,65% a partir desta data.

Cofins – Contribuição para a Seguridade Social – calculado a partir da (Receita

Bruta – IPI) x Alíquota Cofins (governo federal); sendo a alíquota de 3% até

janeiro de 2004 e 7,6% a partir desta data.

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Capítulo II – Fundamentos teóricos___________________________________ - 22 -

As devoluções são decorrentes da decisão do comprador em devolver total ou

parcialmente os produtos adquiridos por razões como preço em desacordo com o

combinado, qualidade diferente da solicitada, produtos danificados ou fora da

validade, etc.

Outra forma está em evitar a ocorrência de uma devolução através de um abatimento

concedido ao comprador no preço acordado de modo a compensar o prejuízo ao

comprador. Tanto as devoluções como os abatimentos devem ser descontados da

receita bruta.

3.1.2.2. Lucro Bruto

Lucro bruto é definido por MARION (2004) como a diferença entre a receita líquida

e o custo dos produtos vendidos (CPV) na obtenção da receita líquida adquirida.

Receita Bruta(-) Deduções= Receita Líquida

(-) Custo de VendasLucro Bruto

Equação 3: Lucro bruto, adaptado de MARION (2004)

É importante salientar que este indicador é diferente do indicador margem de

contribuição de modo que considera tanto os custos variáveis como fixos enquanto

que o cálculo da margem de contribuição considera apenas a diferença entre a

receita líquida e os custos variáveis das vendas.

3.1.2.2.1. Tipo de Custos

O custo dos produtos vendidos (CPV) e as despesas operacionais da empresa

contém componentes de custos operacionais fixos e variáveis. Em alguns casos, os

custos específicos podem ser tanto elementos fixos como variáveis. GITMAN

(1984) define os três tipos de custos resultantes como:

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Capítulo II – Fundamentos teóricos___________________________________ - 23 -

Custos Fixos: custos incorridos em função do tempo e não das quantidades

vendidas de modo a constar de valores fixos a cada período contábil. Ex:

aluguel.

Custos Variáveis: variam diretamente com as vendas da empresa. Estão em

função do volume de vendas. Ex: custos sobre matérias-primas.

Custos semi-variáveis: os custos semi-variáveis são parcialmente fixos e

variáveis. Estes podem ser fixos até uma certa faixa do volume de vendas e

aumentar a níveis mais altos para volumes maiores. Ex: energia elétrica.

0

5

10

15

20

25

1 2 3 4 5 6 7

Vendas (unidades)

Cus

tos

($)

Custo Fixo Custo Variável Custo Semi-Variável

Gráfico 1: Tipo de Custos (Fonte: GITMAN - 1984)

Page 41: Análise e Detalhamento dos Indicadores de Desempenho …pro.poli.usp.br/wp-content/uploads/2012/pubs/detalhamento-e... · grÁfico 2: bridge da receita lÍquida (fonte: elaboraÇÃo

Capítulo II – Fundamentos teóricos___________________________________ - 24 -

3.1.2.3. Lucro operacional & EBITDA

O lucro operacional é resultado da diferença entre o lucro bruto e as despesas

operacionais.

Receita Bruta(-) Deduções= Receita Líquida

(-) Custo de VendasLucro Bruto

(-) Despesas OperacionaisLucro Operacional

Equação 4: Lucro operacional, adaptado de MARION (2004)

As despesas operacionais são as necessárias para vender os produtos, administrar a

empresa e financiar as operações9. Em suma, são todas as despesas de manutenção

da atividade operacional da empresa. Os principais grupos de despesas operacionais

são:

1) Despesas de vendas: despesas decorrentes pela área comercial no auxílio obtido

na venda do produto ou serviço ao cliente como gastos com viagens, promoções,

marketing do produto (propaganda e publicidade), comissões e provisão para

devedores duvidosos. Outro ponto em que podemos ter despesas com vendas

está no gasto com aluguel de armazenagem e logística (transporte) para a entrega

do produto ao cliente final de modo que em muitos casos, são tratados como

despesas de vendas e não como custos de distribuição.

2) Despesas administrativas: despesas originadas pelas áreas administrativas da

empresa no objetivo de gerir os negócios da empresa. Pode-se resumir a gastos

com materiais de escritório, salários e encargos e serviços de terceiros

contratados.

9 MARION (1998)

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Capítulo II – Fundamentos teóricos___________________________________ - 25 -

3) Despesas financeiras: nesta linha do demonstrativo de resultado é possível

encontrar os gastos decorridos de remunerações necessárias aos capitais de

terceiros como juros pagos, comissões bancárias, descontos concedidos, etc. As

receitas financeiras obtidas com aplicações financeiras, juros recebidos, etc,

deverão ser contabilizadas nesta linha do DRE de modo a subtrair as despesas

financeiras ocorridas no período e caso o valor das receitas não operacionais seja

superior ao das despesas do período, o valor é mostrado com sinal inverso

adicionando-se ao valor do lucro bruto. Este micro-indicador do DRE pode

também ser chamado por outras receitas e despesas não operacionais.

O macro-indicador EBITDA (Earnings Before Interest, Taxes, Depreciation and

Amortization) corresponde ao Lucro Operacional sem os efeitos de custos e

despesas não desembolsáveis (depreciação e amortização)10. Consiste em um

poderoso indicador de desempenho financeiro, uma vez que reflete o potencial de

geração de recursos decorrentes eminentemente das operações da companhia.

Tal indicador é capaz de medir o potencial de geração de caixa, visto que parte da

receita registrada pode não representar um ingresso imediato de recursos (receitas à

vista), bem como parte das despesas incorridas não representam um desembolso

imediato.

Lucro Operacional

(+)Custos e Despesasnão desembolsáveisEBITDA

Equação 5: EBITDA (Fonte: Elaboração própria)

3.1.3. Definição dos indicadores

A partir da bibliografia retirada de MARION (2004) e GITMAN (1984) explicitado

anteriormente podemos montar uma árvore de indicadores de modo a realizarmos

10 GITMAN (1984)

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Capítulo II – Fundamentos teóricos___________________________________ - 26 -

uma abertura até seu nível mais inferior denominado micro-indicador de

desempenho. Figura 7: Indicadores de um Demonstrativo de Resultado

PREÇO MercadoRECEITA X Taxa de câmbio

VOLUME DE VENDAS Preço internacional das resinas

MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO -CPV UNIT Preço da Matéria - Prima

LUCRO BRUTO - CPV VARIÁVEL X Indíce TécnicoVOLUME DE VENDAS Câmbio

CPV FIXO

LUCRO OPERACIONAL / EBITDA (*)

-ADMINISTRATIVAS DA UNIDADE Sálarios

ADMINISTRATIVAS +RATEIO DOS CENTROS CORPORATIVOS Serviços de Terceiros

FIXAS AluguelDESPESAS VENDAS +

VARIÁVEIS Armazenagem

OUTRAS RECEITAS FINANCEIRAS Variação CambialFINANCEIRAS +

OUTRAS DESPESAS FINANCEIRAS Descontos concedidos

(*) EBITDA = Lucro Operacional + Custos e despesas não Desembolsáveis

MICROINDICADORESINDICADORES DE DESEMPENHO FATORES EXTERNOS

Fonte: Elaboração própria

Esta árvore pode ser representada por meio de pontes de impactos (a ser explicitada

logo a seguir neste trabalho).

Alinhado ao objetivo deste trabalho, partiremos da comparação dos resultados

realizados em 2XX1 com os realizados em 2XX0 para o mesmo período. Essa

comparação terá partida no macro-indicador EBITDA e percorrerá até os micro-

indicadores formadores deste indicador. Com isso será possível a clara visualização

dos impactos provocados, por exemplo, de um volume de vendas superior ao ano

anterior, preço de matéria prima inferior ao ano anterior, etc; no resultado

operacional da empresa.

3.2. Modelo bridge

3.2.1. Definição

O modelo bridge trata-se basicamente de um controle de variações, que se manifesta

por meio de análises comparativas das diferenças (variações) entre os dados

realizados entre dois anos para um mesmo período, na verdade constitui-se em um

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Capítulo II – Fundamentos teóricos___________________________________ - 27 -

processo permanente de geração de informações para que a administração da

empresa possa saber, oportunamente, em que áreas ou aspectos das operações é

preciso (e possível) tomar alguma medida corretiva.

interessante e recomendável para SANVICENTE (1980), que os valores tratados

3.2.2. Montagem do modelo

3.2.2.1. Área de receitas de vendas

O modelo bridge parte dos pressupostos de TUNG (1974) no qual discrimina os

É

sejam apresentados em termos acumulados de modo que grandes oscilações de um

mês para outro não possam distorcer a análise realizada, devido a pequenos atrasos

ou antecipações em relação às datas previstas de certos eventos significativos. Os

valores acumulados tendem a “normalizar” os dados, oferecendo uma visão mais

ampla e menos distorcida do padrão de desempenho.

impactos do preço e das quantidades. Dado preços e quantidades realizadas em

2XX0, a responsabilidade sobre a variação (Preço Real 2XX1 versus Preço Real

2XX0, Quantidade Real 2XX1 versus Quantidade Real 2XX0) destes micro-

indicadores decorrem de dois setores distintos, motivos porque deverão ser

analisados separadamente: variação decorrente do volume vendido e proveniente do

preço.

A tabela 2 mostra o cálculo das variações do preço e das quantidades. As colunas B

e D representam os valores realizados em 2XX0 de preço e quantidade. As colunas

A e C representam os valores realizados de preço e quantidade em 2XX1. O total

das variações está na coluna H, a qual por sua vez representa a diferença entre as

colunas G e E, ou seja, a diferença entre a receita em 2XX0 e a receita em 2XX1. O

valor total das variações (coluna H) é dado pela variação da quantidade vendida

(coluna I) e pela variação do preço (coluna J).

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Capítulo II – Fundamentos teóricos___________________________________ - 28 -

Tipo de Produto2XX1 2XX0 2XX1 2XX0 Total Qtde Vendida Preço

A B C D E F G H = G - E I =F - E J = G - FR$ / t R$ / t Unid Unid R$ R$ R$ R$ R$ R$

X 12 8 90 100 800 720 1.080 280 (80) 360 Y 15 20 150 120 2.400 3.000 2.250 (150) 600 (750) Z 12 12 110 100 1.200 1.320 1.320 120 120 -

4.400 5.040 4.650 250 640 (390)

PreçoQuantidade

VendidaVariações

Cálculos das variações na Receita dos Produtos VendidosPor Preço e Quantidades

Qtde 2XX0 x

Preço 2XX0

Qtde 2XX1 x

Preço 2XX0

Qtde 2XX1 x

Preço 2XX1

Tabela 2: Cálculo das variações dos indicadores de Receita Real 2XX1 x Receita Real 2XX0 (Fonte: Elaboração própria, adaptado de TUNG - 1974)

om base nos cálculos anteriores podemos montar a bridge de impactos:

o exemplo apresentado a receita teve um impacto positivo de R$ 640 pelo

C

Variações na Receita Líquida

4400

640

-390

4650

0

1000

2000

3000

4000

5000

Receita 2XX0

Qtde vendida Preço Receita 2XX1

R$ Variações na Receita Líquida

4400

640

-390

4650

0

1000

2000

3000

4000

5000

Receita 2XX0

Qtde vendida Preço Receita 2XX1

R$

G fico 2: Bridge da receita líquida (Fonte: Elaboração própria)

N

aumento do volume vendido em relação à 2XX0 e um impacto negativo de R$ 390

pela diminuição do preço praticado em relação à 2XX0, totalizando um impacto

positivo de R$ 250 da receita realizada em 2XX1 em relação à receita realizada em

2XX0.

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Capítulo II – Fundamentos teóricos___________________________________ - 29 -

3.2.2.2. Área de controle de custos

montagem do modelo bridge de custos é semelhante ao apresentado por TUNG

A

(1974), onde a tabela 3 mostra o cálculo das variações do Custo do Produto Vendido

(CPV) unitário e das quantidades vendidas. As colunas B e D representam os

valores realizados em 2XX0 de CPV unitário e quantidade. As colunas A e C

representam os valores realizados em 2XX1 de CPV unitário e quantidade. O total

das variações está na coluna H, a qual por sua vez representa a diferença entre as

colunas G e E, ou seja, a diferença entre o CPV realizado em 2XX0 e o realizado em

2XX1. O valor total das variações (coluna H) é dado pela variação da quantidade

vendida (coluna I) e pela variação do CPV unitário (coluna J).

Tipo de Produto2XX1 2XX0 2XX1 2XX0 Total Qtde Vendida CPV unit

A B C D E F G H = G - E I =F - E J = G - FR$ / t R$ / t Unid Unid R$ R$ R$ R$ R$ R$

X 18 16 110 150 2.400 1.760 1.980 (420) (640) 220 Y 20 21 80 60 1.260 1.680 1.600 340 420 (80) Z 15 18 120 110 1.980 2.160 1.800 (180) 180 (360)

5.640 5.600 5.380 (260) (40) (220)

CPVunitário

Quantidade Vendida

Variações

Cálculos das variações no Custo dos Produtos VendidosPor CPV unitários e Quantidades

Qtde 2XX0 x

CPV unit 2XX0

Qtde 2XX1 x

CPV unit 2XX0

Qtde 2XX1 x

CPV unit 2XX1

Tabela 3: Cálculo das variações dos indicadores de CPV Real 2XX1 x CPV Real 2XX0 (Fonte:

om base nos cálculos da tabela anterior podemos montar a bridge de impactos:

Elaboração própria, adaptado de TUNG - 1974)

C

Variações no Custo dos Produtos VendidosVariações no Custo dos Produtos VendidosR$ R$

fico 3: Bridge do CPV (Fonte: Elaboração própria)

5640

-405380

0

1000

2000

3000

4000

5000

6000

CPV2XX0

Qtde vendida CPV unitário CPV2XX1

-220

5640

-405380

0

1000

2000

3000

4000

5000

6000

CPV2XX0

Qtde vendida CPV unitário CPV2XX1

-220

G

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Capítulo II – Fundamentos teóricos___________________________________ - 30 -

No c or negativo como benéficos

ode-se dizer então que, no exemplo dado, o CPV teve um impacto positivo de R$

3.2.3. Vantagens do modelo

SANVICENTE (1980) relata que a utilização do controle sobre variações ocorridas

) Avaliação de desempenhos, podendo estar associada a um esquema de

) Proporcionar “feedback” sobre o andamento e o grau de execução dos planos

) Indicar a necessidade de uma medida corretiva.

aso do CPV, devemos tratar os impactos de val

(assinalados em verde) para o resultado, ao contrário da receita, dado que o objetivo

neste caso, é a redução do custo dos seus produtos, seja pelo impacto das

quantidades vendidas ou pelo CPV unitário praticado.

P

40 pela diminuição dos volumes vendidos comparados a 2XX0, gerando um custo

menor, e um impacto positivo de R$ 220 pela redução do valor do CPV unitário em

relação à 2XX0, totalizando um impacto positivo de R$ 260 do CPV realizado em

2XX1 em relação ao CPV realizado em 2XX0.

entre os anos através do modelo bridge de análise de variações pode e deve servir

para:

1

remuneração e incentivos aos funcionários e executivos;

2

originalmente formulados no plano de negócios;

3

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Capítulo II – Fundamentos teóricos___________________________________ - 31 -

.3. Modelo de decisão da margem de contribuição

ecisão da margem de contribuição é o modelo decisório fundamental

O modelo de decisão da margem de contribuição se expressa em um Demonstrativo

sse ferramental de análise econômica, por PADOVEZE (2004), é denominado

3.3.2 nálise custo/volume/lucro

O conceito de análise comportamental de custos, separando-os em custos fixos e

3

3.3.1. Definição

“O modelo de d

para gestão dos resultados da empresa, seja em termos de rentabilidade dos

produtos, atividades, áreas de responsabilidade, divisões, unidades de negócios ou

da empresa como um todo” ( PADOVEZE, 2004, p. 319)

de Resultado, na qual necessariamente devem ser incorporados os dados

quantitativos (que representam volumes de produção, venda ou o nível de atividade)

e os preços e custos variáveis unitários.

E

normalmente de análise custo/volume/lucro, e conduz a três importantes conceitos:

margem de contribuição, ponto de equilíbrio e grau de alavancagem operacional.

Esses conceitos podem ser agrupados em um único modelo decisório denominado

Modelo de Decisão da Margem de Contribuição.

. A

variáveis, possibilita uma expansão das possibilidades de análise dos gastos e

receitas da empresa, em relação aos volumes produzidos ou vendidos, determinando

pontos importantes para fundamentar futuras decisões de aumento ou diminuição

dos volumes de produção, corte ou manutenção de produtos existentes, mudanças no

mix de produção, incorporação de novos produtos ou quantidades adicionais etc.

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Capítulo II – Fundamentos teóricos___________________________________ - 32 -

3.3.2.1. Margem de contribuição

senta o lucro variável. É a diferença entre o preço

de venda unitário do produto ou serviço e os custos e despesas variáveis por unidade

Equação 6: Margem de

3

A margem de contribuição repre

de produto ou serviço. Significa que, em cada unidade vendida, a empresa lucrará

determinado valor, multiplicado pelo total vendido, teremos a margem de

contribuição total do produto para a empresa.

contribuição (Fonte: Elaboração própria)

.3.2.2. Ponto de equilíbrio (break even point)

olume que a empresa precisa produzir

u vender, para que consiga pagar todos os custos e despesas fixas, além dos custos

Evidencia, em termos quantitativos, qual é o v

o

e despesas variáveis que ela tem necessariamente que incorrer para fabricar ou

vender o produto. No ponto de equilíbrio, não há lucro ou prejuízo. A partir de

volumes adicionais de produção ou venda, a empresa passa a ter lucros.

A abordagem algébrica.

Qv = volume de vendas em unidades

ntidade de equilíbrio em unidades

unidade12

Dado que:

Qe = qua

Pvu = preço de venda por unidade

Cf = custo operacional fixo por período11

Cvu=custo operacional variável por

LO=Lucro operacional

da

(-)sas

VariáveisMargem de Contribuição

Receita LíquiCustos e Despe

11 Neste caso, são considerados custos fixos todos os custos e despesas fixas ocorridas no período em análise. 12 Neste caso, são considerados custos variáveis todos os custos e despesas variáveis ocorridas no período em análise.

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Podemos montar a equação do lucro operacional como sendo:

LO = (Pvu . Qv) – Cf – (Cvu . Qv)

Equação 7: Lucro operacional – abordagem algébrica (Fonte: GITMAN - 1984)

Simplificando a equação, obtém-se:

LO = Qv . (Pvu - Cvu) – Cf

Equação 8: Lucro operacional simplificado - abordagem algébrica (Fonte: GITMAN - 1984)

Por GITMAN (1984), o ponto de equilíbrio operacional da empresa é definido como

o nível de vendas onde todos os custos operacionais fixos e variáveis são cobertos;

isto é, o nível em que o LO iguala-se a zero. Tornando o LO igual a zero e

solucionando a Equação 8 para o volume de vendas da empresa, Qv, obtém-se:

Cf(Pvu - Cvu)Qv = Qe Cf(Pvu - Cvu)Qv = Qe

Equação 9: Quantidade de equilíbrio - abordagem algébrica (Fonte: GITMAN -1984)

Sabendo que:

Pvu – Cvu = Mcu

Equação 10: Margem de contribuição unitária - abordagem algébrica (Fonte: GITMAN - 1984)

Onde, Mcu = Margem de contribuição unitária do produto, podemos simplificar a equação 9 como sendo:

CfMcuQv = Qe CfMcuQv = Qe

Equação 11: Quantidade de equilíbrio simplificado - abordagem algébrica (Fonte: GITMAN -

1984)

No entanto, o modelo descrito acima será utilizado em sua forma mais ampla, ou

seja, alargar a análise a empresas multiproduto13. Continuando assim, no mesmo

13 MOTA (1990)

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Capítulo II – Fundamentos teóricos___________________________________ - 34 -

quadro de pressupostos e designando por r os fatores de mix, isto é, as porcentagens

representativas das quantidades vendidas de cada produto, relativamente à

quantidade total de vendas, considerando uma empresa com n produtos P, temos:

Qv1, Qv2, Qv3, ..., Qvn como símbolos das quantidades vendidas de, respectivamente, P1, P2, P3,

..., Pn

Qv1 = r1.Qv, sendo r1 o fator de mix de P1

Qv2 = r2.Qv, sendo r2 o fator de mix de P2

...

Qvn = rn.Qv, sendo rn o fator de mix de Pn, em que:

r1 + r2 + r3 + ... + rn = 1 (=100%)

Onde LO é dado por:

LO = (Pvu1 – Cvu1) . Qv1 + (Pvu2 – Cvu2) . Qv2 + ... + (Pvun – Cvun) . Qvn – Cf Equação 12: Lucro operacional multiproduto – abordagem algébrica (Fonte: MOTA - 1990)

E dado que:

Qv1 = r1.Qv, Qv2 = r2.Qv, ... , Qvn = rn.Qv, e,

Pvu1 – Cvu1 = Mcu1 , Pvu2 – Cvu2 = Mcu2 , ... , Pvun – Cvun = Mcun

Substituindo temos,

LO = Mcu1 . r1 . Qv + Mcu2 . r2 . Qv + ... + Mcun . rn . Qv – Cf

Equação 13: Lucro operacional multiproduto simplificado – abordagem algébrica (Fonte:

MOTA - 1990)

Da equação 11 (modelo único produto) podemos determinar a quantidade de

equilíbrio no modelo multiproduto como sendo:

Cf

i =1∑n

Mcui i. rQe =Cf∑

n

i =1 Mcui . riQe = ∑

n

i =1 Mcui . riQe =

Equação 14: Quantidade de equilíbrio multiproduto – abordagem algébrica (Fonte: MOTA-

1990)

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Capítulo II – Fundamentos teóricos___________________________________ - 35 -

A abordagem gráfica

O ponto de equilíbrio da empresa também pode ser definido graficamente através da

definição de dois eixos: um representa as vendas em unidades e o outro, as vendas

em valor.

Gráfico 4: Análise gráfica do ponto de equilíbrio, adaptada de GITMAN (1984)

Concluindo temos: Qv > Qe ⇒ Lucro Operacional Positivo Qv < Qe ⇒ Lucro Operacional Negativo Qv = Qe ⇒ Lucro Operacional Nulo

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Capítulo II – Fundamentos teóricos___________________________________ - 36 -

3.3.2.3. Alavancagem operacional

PADOVEZE (2004) explica a alavancagem operacional como a possibilidade de

acréscimo do lucro total, pelo aumento da quantidade produzida e vendida,

buscando a maximização do uso dos custos e despesas fixas. É dependente da

margem de contribuição, ou seja, do impacto dos custos e despesas variáveis sobre o

preço de venda unitário, e dos valores dos custos e despesas fixas.

O grau de alavancagem operacional (GAO) pode ser medido usando-se a seguinte

equação:

variação percentual do Lucro Operacionalvariação percentual da Quantidade Vendida

GAO =

Equação 15: Grau de alavancagem operacional (Fonte: GITMAN - 1984)

Numericamente14,

∆ LOLO

∆ QvQv

GAO =

∆ LOLO

∆ QvQv

GAO =

Equação 16: Grau de alavancagem operacional (Fonte: LEITE - 1985)

Sempre que a variação percentual no LO, resultante de uma dada variação

percentual nas vendas, for maior que a variação percentual no volume de vendas,

existe a alavancagem operacional. Isto significa que se o GAO for superior a um, há

a alavancagem operacional.

14 LEITE (1985)

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Capítulo III – Análise

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Capítulo III – Análise______________________________________________ - 38 -

4. Análise do macro-indicador ebitda

4.1. Metodologia

A metodologia a ser utilizada para a realização desta análise consiste basicamente

em três etapas.

Antes do início da primeira etapa, será feita uma breve apresentação dos resultados

operacionais de 2XX0 a fim de poderem ser utilizados como base comparativa para

a realização da análise dos resultados obtidos em 2XX1.

A primeira etapa será a macro-análise do Demonstrativo de Resultado da empresa

petroquímica através dos cálculos das variações entre os dados realizados em 2XX1

com os realizados em 2XX0 para cada conta do DRE com a elaboração de hipóteses

para o esclarecimento prévio destas variações.

A segunda etapa considerada a mais importante, consiste na análise por unidade de

negócio de modo que se possa ter uma clara visualização dos fatos ocorridos em

2XX1 comparados aos realizados em 2XX0. Para isso, será utilizada a análise do

controle das variações entre os anos através da ferramenta do modelo bridge de

TUNG (1974), tanto para os cálculos dos impactos na receita líquida como no custo

dos produtos vendidos. Com isso, será possível a elaboração de um diagnóstico por

unidade de negócio.

A terceira etapa busca a realização de uma análise abrangente da empresa

consolidada.

Vale lembrar que as unidades de negócio da empresa petroquímica a ser alvo deste

trabalho se divide em quatro unidades:

Unidade A: Produtos da primeira geração utilizadas para a fabricação de diversos

produtos petroquímicos de segunda geração, principalmente resinas termoplásticas.

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Capítulo III – Análise______________________________________________ - 39 -

Unidade B: Resinas utilizadas na fabricação de embalagens, tubos para gás, água e

telecomunicações, roupas hospitalares, seringas e fraldas descartáveis, móveis

infantis, utensílios domésticos e eletroeletrônicos, entre outras aplicações.

Unidade C: Resina termoplástica aplicada em diversas indústrias, entre elas a de

tubos e conexões, brinquedos, calçados, fios e cabos, esquadrias, forros, pisos e

piscinas.

Unidade D: Resina termoplástica utilizada na fabricação de embalagens para

refrigerantes e medicamentos.

4.1.1. Breve apresentação dos resultados operacionais de 2XX0

Abaixo segue o Demonstrativo de Resultado do Exercício do 1o Semestre de 2XX0

da empresa petroquímica S.A:

Em R$ mil JAN FEV MAR ABR MAI JUN 1 SEM 2XX0RECEITA BRUTA 687.023 785.183 916.315 923.423 924.643 934.151 5.170.738

RECEITA L

DEVOLUÇÕES/ABATIMENTOS - - - - - - - IMPOSTOS (137.996) (160.019) (182.767) (184.891) (182.193) (185.868) (1.033.733)

IPI (16.684) (18.109) (19.642) (20.317) (20.241) (20.286) (115.279) ICMS (82.359) (97.071) (108.945) (111.625) (110.015) (112.335) (622.350)

PIS (9.360) (10.941) (12.235) (12.570) (12.452) (12.645) (70.204) COFINS (17.019) (19.892) (22.246) (22.855) (22.640) (22.992) (127.644) FRETES (12.573) (14.005) (19.699) (17.524) (16.845) (17.610) (98.256)

ÍQUIDA 549.027 625.164 733.549 738.532 742.450 748.283 4.137.005

MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO 130.675 160.801 221.169 229.572 228.364 239.284 1.209.863

LUCRO BRUTO 83.343 106.706 165.123 174.867 173.971 183.208 887.217

LUCRO OPERACIONAL 54.007 79.133 135.519 145.467 144.082 154.472 712.680

CPV VARIAVEL (418.353) (464.364) (512.380) (508.960) (514.085) (509.000) (2.927.142)

CPV FIXO (29.666) (34.143) (35.196) (34.338) (33.990) (34.749) (202.084) CPV DEPRECIAÇÃO (17.666) (19.952) (20.849) (20.367) (20.403) (21.327) (120.563)

DESPESAS (29.336) (27.572) (29.604) (29.400) (29.889) (28.736) (174.537) DESPESAS ADMINISTRATIVAS (18.430) (16.544) (17.885) (17.728) (18.046) (16.764) (105.396) DESPESAS FIXAS DE VENDAS (8.658) (8.628) (9.040) (8.885) (9.017) (9.117) (53.344)

DESPESAS VARIÁVEIS DE VENDAS (3.739) (3.940) (4.256) (4.366) (4.436) (4.468) (25.206) OUTRAS REC. E DESP. OPERACIONAIS 1.492 1.539 1.577 1.579 1.610 1.613 9.409

EBITDA 71.673 99.085 156.368 165.833 164.485 175.799 833.243

Demonstrativo de Resultado - Empresa Petroquímica S.A

Tabela 4: Demonstrativo de resultado do exercício do 1o Semestre de 2XX0 da empresa (Fonte: Elaboração própria)

O primeiro ponto a ser destacado no demonstrativo de resultado exibido pela

empresa petroquímica em 2XX0 é o aumento contínuo do EBITDA da empresa

durante este período dado aos crescimentos constantes da receita associada ao

processo de melhoria dos preços para os seus principais produtos bem como a

captura dos ganhos de sinergia advindos do processo de integração.

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Capítulo III – Análise______________________________________________ - 40 -

É importante destacar a parada programada da Unidade A ocorrida entre a segunda

quinzena de janeiro e a primeira quinzena de fevereiro, com conseqüências diretas

nas outras unidades da empresa pelo não fornecimento das matérias primas destes

produtos as unidades B, C e D de tal modo a provocar um resultado inferior aos

demais meses devido à falta de capacidade de produção (Tabela 5).

JAN FEV MAR ABR MAI JUN 1SEM2XX0

UNIDADE A 11.463 28.250 59.006 64.502 60.818 73.386 297.425 UNIDADE B 43.306 50.053 66.942 68.496 67.055 64.538 360.391 UNIDADE C 14.941 18.193 26.964 28.547 31.623 33.653 153.921 UNIDADE D 1.963 2.588 3.457 4.288 4.988 4.222 21.506

EMPRESA CONSOLIDADA 71.673 99.085 156.368 165.833 164.485 175.799 833.243

EBITDA 2XX0 - R$ mil

Tabela 5: EBITDA por unidade de negócio da empresa no 1º Semestre de 2XX0 (Fonte: Elaboração própria)

Com relação ao âmbito comercial da empresa, podemos citar a ocorrência de um

volume de vendas sem grandes variações em cada unidade de negócio durante o

1oSemestre de 2XX0 (exceto o caso já explicitado nos meses de janeiro e fevereiro).

É importante destacar o aumento de preços no segundo trimestre de 2XX0 devido

aos aumentos no preço do barril do petróleo dado instabilidade instalada no oriente

médio após a guerra do Iraque e conseqüentemente, no preço da nafta petroquímica,

derivado do petróleo e principal insumo da empresa.

JAN FEV MAR ABR MAI JUN 1SEM2XX0

UNIDADE A 222.803 273.849 346.113 338.292 343.608 349.335 1.874.001 UNIDADE B 220.352 237.727 252.674 262.622 257.428 254.319 1.485.123 UNIDADE C 67.702 69.713 90.436 94.116 97.298 100.589 519.853 UNIDADE D 38.169 43.875 44.325 43.502 44.115 44.041 258.027

EMPRESA CONSOLIDADA 549.027 625.164 733.549 738.532 742.450 748.283 4.137.005

RECEITA LÍQUIDA 2XX0 - R$ mil

Tabela 6: Receita líquida por unidade de negócio da empresa no 1º Semestre de 2XX0 (Fonte: Elaboração própria)

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Capítulo III – Análise______________________________________________ - 41 -

Preços e Volumes Praticados no 1°Semestre de 2XX0

-

300

600

900

1.200

1.500

1.800

2.100

2.400

2.700

3.000

JAN FEV MAR ABR MAI JUN

Preç

o R

$/t

-

50

100

150

200

250

300

Qtd

e kt

on

Qtde UN A Qtde UN B Qtde UN C Qtde UN D

Preço UN A Preço UN B Preço UN C Preço UN D

Gráfico 5: Preços e volumes praticados no 1º Semestre de 2XX0 por unidade de negócio (Fonte:

Elaboração própria)

JAN FEV MAR ABR MAI JUN

RECEITA LÍQUIDA - R$ mil 549.027 625.164 733.549 738.532 742.450 748.283 UNIDADE A 222.803 273.849 346.113 338.292 343.608 349.335 UNIDADE B 220.352 237.727 252.674 262.622 257.428 254.319 UNIDADE C 67.702 69.713 90.436 94.116 97.298 100.589 UNIDADE D 38.169 43.875 44.325 43.502 44.115 44.041

UNIDADE QUANTIDADE VENDIDA - toneladas

A 160.694 193.106 240.571 227.050 223.629 227.153 UNIDADE B 91.761 97.054 96.689 99.522 96.763 96.397 UNIDADE C 28.933 29.011 36.973 38.252 38.108 38.500 UNIDADE D 18.703 20.125 19.925 19.394 19.170 19.170

UNIDADE A 1.387 1.418 1.439 1.490 1.537 1.538 UNIDADE B 2.401 2.449 2.613 2.639 2.660 2.638 UNIDADE C 2.340 2.403 2.446 2.460 2.553 2.613 UNIDADE D 2.041 2.180 2.225 2.243 2.301 2.297

PREÇO DE VENDA - R$ / t

Tabela 7: Receita líquida por unidade de negócio da empresa no 1º Semestre de 2XX0 (Fonte: Elaboração própria)

No setor industrial, podemos destacar a contribuição ocorrida dos aumentos nos

preços dos insumos tanto para a Unidade A (preço da nafta petroquímica) como o

impacto deste aumento para as unidades da segunda geração (B, C e D).

No entanto, a parada programada realizada no início do 1º Semestre de 2XX0 trouxe

conseqüentes melhorias nas taxas de ocupação das plantas das unidades e, por

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Capítulo III – Análise______________________________________________ - 42 -

conseguinte, conseguiram amenizar os custos de produção durante o primeiro

semestre de 2XX0.

Outra forma para análise dos custos de produção está no indicador margem de

contribuição. Com base nos dados fornecidos, houve um aumento na margem de

contribuição dos seus produtos (Tabela 8) não só originados pelo aumento dos

preços no segundo trimestre de 2XX0, mas como na melhora da eficiência de seus

processos após a parada programada mesmo considerando os aumentos nos preços

das matérias primas. JAN FEV MAR ABR MAI JUN

RECEITA LÍQUIDA - R$ mil 549.027 625.164 733.549 738.532 742.450 748.283 UNIDADE A 222.803 273.849 346.113 338.292 343.608 349.335 UNIDADE B 220.352 237.727 252.674 262.622 257.428 254.319 UNIDADE C 67.702 69.713 90.436 94.116 97.298 100.589 UNIDADE D 38.169 43.875 44.325 43.502 44.115 44.041

UNIDADE

CPV VARIÁVEL - R$ milA (189.098) (221.788) (261.964) (249.273) (257.371) (250.985)

UNIDADE B (157.591) (167.781) (166.402) (174.838) (171.613) (171.301) UNIDADE C (41.384) (40.218) (49.674) (51.821) (51.974) (52.954) UNIDADE D (30.280) (34.577) (34.339) (33.028) (33.127) (33.760)

UNIDADE MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO - R$ mil

A 33.706 52.062 84.149 89.019 86.237 98.350 UNIDADE B 62.761 69.946 86.272 87.784 85.816 83.018 UNIDADE C 26.318 29.495 40.762 42.295 45.324 47.634 UNIDADE D 7.889 9.298 9.986 10.473 10.988 10.281

Tabela 8: Margem de contribuição por unidade de negócio da empresa no 1º Semestre de 2XX0 (Fonte: Elaboração própria)

As despesas administrativas, de vendas e de outras receitas e despesas operacionais,

sofreram poucas variações no decorrer do ano dado que os gastos com pessoal se

mantiveram em patamares semelhantes durante o 1º Semestre de 2XX0 (Tabela 9)

As despesas de venda sofreram pequenas elevações dado o aumento dos volumes

vendidos durante este período, incorrendo em maiores gastos com armazenagem,

comissões, logística, etc.

JAN FEV MAR ABR MAI JUN 1SEM2XX0

DESPESAS ADMINISTRATIVAS (18.430) (16.544) (17.885) (17.728) (18.046) (16.764) (105.396) DESPESAS FIXAS DE VENDAS (8.658) (8.628) (9.040) (8.885) (9.017) (9.117) (53.344)

DESPESAS VARIAVEIS DE VENDAS (3.739) (3.940) (4.256) (4.366) (4.436) (4.468) (25.206) OUTRAS REC E DESP OPERACIONAIS 1.492 1.539 1.577 1.579 1.610 1.613 9.409

DESPESAS (29.336) (27.572) (29.604) (29.400) (29.889) (28.736) (174.537)

DESPESAS 2XX0 - R$ mil

Tabela 9: Despesas administrativas e de vendas da empresa no 1º Semestre de 2XX0 (Fonte: Elaboração própria)

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Capítulo III – Análise______________________________________________ - 43 -

Em suma, o resultado da empresa no 1oSemestre de 2XX0 mostra melhores

resultados operacionais resultantes da melhora no preço de seus produtos assim

como melhora nos índices de eficiência em seus processos produtivos.

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Capítulo III – Análise______________________________________________ - 44 -

4.2. Macro-análise do Demonstrativo de Resultado

Ao fim deste 1o Semestre de 2XX1, a empresa petroquímica divulgou o resultado

acumulado até este período que segue apresentado abaixo:

Em R$ mil JAN FEV MAR ABR MAI JUN 1 SEM 2XX1RECEITA BRUTA 771.816 835.915 965.580 927.167 1.051.509 1.149.461 5.701.448

RECEITA L

DEVOLUÇÕES/ABATIMENTOS (4.968) (76.748) (4.477) (4.061) (6.250) (3.308) (99.812) IMPOSTOS (135.342) (171.293) (202.854) (189.052) (224.728) (237.957) (1.161.225)

IPI (16.916) (14.901) (16.822) (16.457) (21.606) (21.619) (108.320) ICMS (75.031) (81.284) (99.275) (91.256) (105.799) (112.210) (564.856)

PIS (10.335) (10.931) (12.635) (11.722) (13.398) (14.445) (73.467) COFINS (18.792) (50.492) (58.199) (53.993) (61.713) (66.533) (309.722) FRETES (14.267) (13.685) (15.923) (15.624) (22.212) (23.150) (104.861)

ÍQUIDA 631.506 587.874 758.250 734.054 820.531 908.196 4.440.411

MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO 173.421 186.883 255.154 209.863 244.079 254.556 1.323.956

LUCRO BRUTO 125.634 141.127 200.081 159.626 184.995 192.228 1.003.690

LUCRO OPERACIONAL 98.599 115.589 166.974 127.453 152.167 160.625 821.407

CPV VARIAVEL (458.085) (400.991) (503.096) (524.191) (576.452) (653.640) (3.116.455)

CPV FIXO (32.519) (29.582) (35.923) (29.755) (37.105) (38.904) (203.787) CPV DEPRECIAÇÃO (15.269) (16.174) (19.150) (20.482) (21.980) (23.425) (116.479)

DESPESAS (27.035) (25.538) (33.107) (32.173) (32.828) (31.602) (182.282) DESPESAS ADMINISTRATIVAS (18.398) (17.192) (17.936) (18.593) (18.086) (16.767) (106.972) DESPESAS FIXAS DE VENDAS (4.391) (5.872) (10.593) (8.791) (7.165) (9.917) (46.729)

DESPESAS VARIÁVEIS DE VENDAS (5.746) (4.126) (6.001) (6.095) (9.272) (6.564) (37.804) OUTRAS REC. E DESP. OPERACIONAIS 1.501 1.653 1.423 1.306 1.695 1.645 9.223

EBITDA 113.868 131.763 186.124 147.935 174.146 184.050 937.886

Demonstrativo de Resultado - Empresa Petroquímica S.A

Tabela 10: Demonstrativo de resultado do exercício do 1o Semestre de 2XX1 da empresa (Fonte: Elaboração própria)

O primeiro passo consiste no cálculo das variações ocorridas neste período em cada

conta do DRE em comparação com o DRE realizado em 2XX0 (disponível no item

anterior deste capítulo).

Em R$ mil2XX1 2XX0 Var. %

RECEITA BRUTA 5.701.448 5.170.738 530.710 10%

RECEITA LÍQUIDA 4.440.411 4.137.005 303.406 7%

MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO 1.323.956 1.209.863 114.092 9%

LUCRO BRUTO 1.003.690 887.217 116.472 13%

LUCRO OPERACIONAL 821.407 712.680 108.727 15%

DEVOLUÇÕES/ABATIMENTOS (99.812) - (99.812) IMPOSTOS (1.161.225) (1.033.733) (127.492) 12%

IPI (108.320) (115.279) 6.959 -6%ICMS (564.856) (622.350) 57.495 -9%

PIS (73.467) (70.204) (3.263) 5%COFINS (309.722) (127.644) (182.078) 143%FRETES (104.861) (98.256) (6.605) 7%

CPV VARIAVEL (3.116.455) (2.927.142) (189.314) 6%

CPV FIXO (203.787) (202.084) (1.704) 1%CPV DEPRECIAÇÃO (116.479) (120.563) 4.084 -3%

DESPESAS (182.282) (174.537) (7.746) 4%DESPESAS ADMINISTRATIVAS (106.972) (105.396) (1.576) 1%DESPESAS FIXAS DE VENDAS (46.729) (53.344) 6.615 -12%

DESPESAS VARIÁVEIS DE VENDAS (37.804) (25.206) (12.599) 50%OUTRAS REC. E DESP. OPERACIONAIS 9.223 9.409 (186) -2%

EBITDA 937.886 833.243 104.643 13%

Demonstrativo de Resultado - Empresa Petroquímica S.A1°Semestre 2XXX

Tabela 11: Comparação do DRE real 2XX1 x DRE real 2XX0 (Fonte: Elaboração própria)

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Capítulo III – Análise______________________________________________ - 45 -

A partir dos dados comparativos, podemos observar algumas variações importantes

ocorridas no período e elaborar algumas hipóteses para tais eventos de modo que as

análises mais detalhadas a serem realizadas na próxima etapa (análise por unidade

de negócio) irão confirmar ou não as hipóteses mencionadas nessa etapa.

O primeiro ponto a ser observado no quadro comparativo está no aumento da receita

bruta, 10 % acima do realizado em 2XX0, alavancado principalmente pelo aumento

dos impostos, com destaque no aumento da cofins (143%) devido a mudança na

alíquota ocorrida em fevereiro do ano de 2XX1, passando de 3% para 7,6% da

receita bruta dado que em 2XX0 era de apenas 3%.

Outro ponto a ser abordado está na conta das devoluções que neste período

representaram quase 2% do faturamento bruto da empresa enquanto nada ocorreu

em 2XX0.

Com relação à receita líquida, ou seja, o valor líquido entrado no caixa da empresa,

obteve-se um aumento de 7% em relação à 2XX0 mantendo-se a hipótese de que a

empresa conseguiu a melhoria nos preços de seus produtos mais significativa do que

em 2XX0. Tal fato fortalece a hipótese do crescimento mundial da demanda das

resinas plásticas devido ao reaquecimento da economia após a recessão mundial de

2XX0 e conseqüente aumento dos preços.

Deste modo, é razoável a idéia de que o aumento na margem de contribuição, 9%

acima do realizado em 2XX0, foi ocasionado parte pela melhoria dos preços e parte

pelas melhorias nos índices de eficiência nos custos de produção, beneficiados pelas

ocorrências da parada programada na Unidade A e dos aumentos nas taxas de

ocupação das plantas, reduzindo os custos fixos unitários de seus produtos.

Quanto às despesas, observa-se um aumento de 4% em relação à 2XX0 ocasionado

principalmente pelo aumento nas despesas variáveis de venda admitindo-se a

suposição de que houve um volume vendido maior do que em 2XX0; fato gerador

destas despesas.

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Capítulo III – Análise______________________________________________ - 46 -

Ao final, em uma primeira análise, é possível dizer que a empresa conseguiu atingir

sua proposição de um aumento contínuo do EBITDA associada ao processo de

melhoria dos preços para os seus principais produtos.

4.3. Análise por unidade de negócio

4.3.1. Unidade A

Como realizado na primeira etapa, é necessário o cálculo das variações ocorridas

neste período em cada conta do DRE da Unidade A em comparação com o DRE em

2XX0 (disponível no anexo B deste trabalho).

Em R$ mil2XX1 2XX0 Var. %

RECEITA BRUTA 2.617.965 2.278.252 339.713 15%

RECEITA LÍQUIDA 2.071.642 1.874.001 197.641 11%

MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO 482.423 443.522 38.900 9%

LUCRO BRUTO 366.237 319.029 47.208 15%

LUCRO OPERACIONAL 296.279 244.882 51.397 21%

DEVOLUÇÕES/ABATIMENTOS (75.280) - (75.280) IMPOSTOS (471.043) (404.251) (66.792) 17%

IPI - - - #DIV/0!ICMS (279.599) (288.891) 9.292 -3%

PIS (30.281) (30.128) (152) 1%COFINS (130.456) (54.779) (75.677) 138%FRETES (30.707) (30.453) (254) 1%

CPV VARIAVEL (1.589.220) (1.430.479) (158.741) 11%

CPV FIXO (65.737) (71.950) 6.213 -9%CPV DEPRECIAÇÃO (50.449) (52.543) 2.094 -4%

DESPESAS (69.958) (74.147) 4.189 -6%DESPESAS ADMINISTRATIVAS (32.183) (32.017) (166) 1%DESPESAS FIXAS DE VENDAS (35.799) (41.738) 5.939 -14%

DESPESAS VARIÁVEIS DE VENDAS (11.199) (9.801) (1.398) 14%OUTRAS REC. E DESP. OPERACIONAIS 9.223 9.409 (186)

EBITDA 346.728 297.425 49.303 17%

Demonstrativo de Resultado - Unidade A1°Semestre 2XXX

Tabela 12: Comparação do DRE real 2XX1 x DRE real 2XX0 da Unidade A (Fonte:

Elaboração própria)

4.3.1.1. Análise receita líquida – Unidade A

A partir dos dados fornecidos de preços e volumes praticados em 2XX1 e 2XX0

(disponível no anexo A – Preços e volumes praticados por unidade de negócio) é

possível à aplicação do modelo bridge de TUNG (1974), discriminando os impactos

do preço e das quantidades.

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Capítulo III – Análise______________________________________________ - 47 -

Tipo de Produto2XX1 2XX0 2XX1 2XX0 Total Qtde Vendida Preço

A B C D E F G H = G - E I =F - E J = G - FR$ / t R$ / t Unid Unid R$ R$ R$ R$ R$ R$

A 1.735 1.473 1.194 1.272 1.874.002 1.759.171 2.071.643 197.641 (114.831) 312.472 1.874.002 1.759.171 2.071.643 197.641 (114.831) 312.472

PreçoQuantidade

VendidaVariações

Cálculos das variações na Receita dos Produtos APor Preço e Quantidades

Qtde 2XX0 x

Preço 2XX0

Qtde 2XX1 x

Preço 2XX0

Qtde 2XX1 x

Preço 2XX1

Tabela 13: Cálculo das variações dos indicadores de receita real 2XX1 x receita real 2XX0 da

Unidade A (Fonte: Elaboração própria)

1.874

-114,8

312,4 2.071,6

0

500

1.000

1.500

2.000

2.500R$ MM

Variações na Receita Líquida da UN A

Receita 2XX0

Qtde vendida Preço Receita 2XX1

1.874

-114,8

312,4 2.071,6

0

500

1.000

1.500

2.000

2.500R$ MM

Variações na Receita Líquida da UN A

Receita 2XX0

Qtde vendida Preço Receita 2XX1

Gráfico 6: Bridge da receita líquida da Unidade A (Fonte: Elaboração própria)

Através da tabela 13 e do gráfico 6, pode-se dizer que a receita do 1o Semestre de

2XX1 teve um impacto positivo de R$ 312,4 MM pelo aumento dos preços

comparados a 2XX0 visto o aumento dos preços internacionais do produtos A

devido a valorização do dólar frente a moeda Real e um impacto negativo de R$

114,8 MM pela diminuição do volume vendido em relação à 2XX0, totalizando um

impacto positivo de R$ 197,6 MM da receita realizada em 2XX1 em relação à

receita realizada em 2XX0.

Uma análise mais detalhada da receita pode ser obtida através de sua decomposição

entre os dois mercados destino, interno (MI) e externo (ME), conforme mostra o

gráfico a seguir:

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Capítulo III – Análise______________________________________________ - 48 -

Composição da Receita Líquida da UN A por mercado 1° Semestre 2XXX

-

50

100

150

200

250

300

350

400

JAN FEV MAR ABR MAI JUN

R$

mil

Receita Líquida MI - 2XX0 Receita Líquida ME - 2XX0Receita Líquida MI - 2XX1 Receita Líquida ME - 2XX1

Gráfico 7: Receita líquida por mercado da Unidade A (Fonte: Elaboração própria)

Composição da quantidade vendida da UN A por mercado 1° Semestre 2XXX

-

50

100

150

200

250

JAN FEV MAR ABR MAI JUN

kton

Qtde vendida MI - 2XX0 Qtde vendida ME - 2XX0Qtde vendida MI - 2XX1 Qtde vendida ME - 2XX1

Gráfico 8: Quantidade vendida por mercado da Unidade A (Fonte: Elaboração própria)

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Capítulo III – Análise______________________________________________ - 49 -

Evolução do preço dos produtos A 1° Semestre 2XXX

-

500

1.000

1.500

2.000

2.500

JAN FEV MAR ABR MAI JUN

R$

/ t

Preço MI - 2XX0 Preço ME - 2XX0 Preço MI - 2XX1 Preço ME - 2XX1

Gráfico 9: Preço por mercado da Unidade A (Fonte: Elaboração própria)

Com base nos gráficos 7, 8 e 9 vemos que o aumento da receita em 11% comparado

a 2XX0 ocorreu em dois momentos e mercados distintos, ou seja, nos meses de

março e abril obteve-se um significado aumento da receita do mercado interno

comparado a 2XX0 ocasionado pelo aumento do preço MI, enquanto que o aumento

da receita do mercado externo ocorreu principalmente no primeiro e nos dois

últimos meses do semestre de 2XX1 por conta da elevação substancial dos preços

em relação à 2XX0 por conta da alta do dólar (Gráfico 10), principalmente no

segundo trimestre de 2XX1.

Nota-se também que a parada programada nos meses de janeiro e fevereiro teve

impacto direto com volume vendido nestes meses devido à reduzida capacidade

produtiva durante estes meses (Gráfico 8).

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Capítulo III – Análise______________________________________________ - 50 -

Evolução da cotação do dólar

2,70

2,75

2,80

2,85

2,90

2,95

3,00

3,05

3,10

3,15

3,20

jan fev mar abr mai jun

R$/

US

$

Dólar Médio 2XX0 Dólar Médio 2XX1

Gráfico 10: Evolução da cotação do dólar (Fonte: Elaboração própria)

4.3.1.2. Análise do custo dos produtos vendidos (CPV) – Unidade A

Do mesmo modo utilizado anteriormente e apresentado nas referências

bibliográficas deste trabalho, é possível a aplicação do modelo bridge de TUNG

(1974) para os dados de custo, discriminando os impactos do CPV unitário e das

quantidades vendidas.

Tipo de Produto

2XX1 2XX0 2XX1 2XX0 Total Qtde Vendida CPV unitA B C D E F G H = G - E I =F - E J = G - F

R$ / t R$ / t Unid Unid R$ R$ R$ R$ R$ R$ A 1.386 1.181 1.194 1.272 1.502.429 1.410.367 1.654.956 152.528 (92.062) 244.590

1.502.429 1.410.367 1.654.956 152.528 (92.062) 244.590

Cálculos das variações no Custo dos Produtos APor CPV unitários e Quantidades

CPVunit

Quantidade Vendida

Qtde 2XX0 x

CPV unit 2XX0

Qtde 2XX1x

CPV unit 2XX0

Qtde 2XX1x

CPV unit 2XX1

Variações

Tabela 14: Cálculo das variações dos indicadores de CPV15 real 2XX1 x CPV real 2XX0 da

Unidade A (Fonte: Elaboração própria)

15 O CPV (Custo do Produto Vendido) é utilizado neste modelo como a soma do CPV variável e o CPV fixo, excluindo-se os efeitos do CPV depreciação de modo que este valor não entra na fórmula de cálculo do macroindicador EBITDA.

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Capítulo III – Análise______________________________________________ - 51 -

1.502,4

-92

244,6 1.655

-

200

400

600

800

1.000

1.200

1.400

1.600

1.800

Variações no CPV da UN AR$ MM

CPV2XX0

Qtde vendida CPV unitário CPV2XX1

1.502,4

-92

244,6 1.655

-

200

400

600

800

1.000

1.200

1.400

1.600

1.800

Variações no CPV da UN AR$ MM

CPV2XX0

Qtde vendida CPV unitário CPV2XX1

Gráfico 11: Bridge do CPV da Unidade A (Fonte: Elaboração própria)

Através da tabela 14 e do gráfico 11, pode-se dizer no 1o Semestre de 2XX1 que o

CPV teve um impacto positivo de R$ 92 MM pela diminuição no volume vendido

em relação à 2XX0 e um impacto negativo de R$ 244,6 MM no aumento do valor

do CPV unitário comparado a 2XX0, totalizando um impacto negativo de R$ 152,6

MM do CPV realizado em 2XX1 em relação ao de 2XX0.

Um dos fatores que contribuíram para o impacto negativo do CPV unitário dos

produtos A no resultado da Unidade A, comparado a 2XX0, está relacionado com o

preço internacional de sua principal matéria prima, a nafta petroquímica, no qual

observa-se um aumento de 16,5% no preço desta matéria-prima no último mês do

1oSemestre de 2XX1 comparado a janeiro deste mesmo ano. Com isso, o CPV

unitário dos produtos A apresentou aumentos significativos neste semestre,

principalmente no 2o Trimestre como mostra o gráfico 12:

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Capítulo III – Análise______________________________________________ - 52 -

Comportamento do preço da nafta e do CPV unitário dos produtos A 1° Semestre de 2XXX

-

200

400

600

800

1.000

1.200

1.400

1.600

1.800

jan fev mar abr mai jun

R$

/ ton

NAFTA ROTERDÃCPV unitário dos produtos A - 2XX0CPV unitário dos produtos A - 2XX1

Gráfico 12: Relação preço da nafta x CPV unitário dos produtos A (Fonte: Elaboração

própria)

4.3.1.3. Análise das despesas – Unidade A

Com relação às despesas, observa-se uma diminuição de 6% em relação à 2XX0

ocasionado principalmente pela redução nas despesas fixas de venda em 14%

embora haja ocorrido este mesmo aumento percentual nas despesas variáveis de

venda, porém de menor valor absoluto. As contas das despesas administrativas da

Unidade A e a de outras receitas e despesas operacionais não apresentaram

variações significativas que levem à necessidade de uma análise mais detalhada.

4.3.1.4. Diagnóstico – Unidade A

Com base no cálculo das variações entre os resultados realizados em 2XX1 e em

2XX0 e as análises de receita, custo e despesas realizadas anteriormente, podemos

aplicar o modelo bridge em duas aberturas, uma pela abertura dos indicadores de

receita, CPV e despesas, outra pelos micro-indicadores de desempenho (preço,

volume, CPV unitário e despesas) de modo a permitir a elaboração de um

diagnóstico final da Unidade A.

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Capítulo III – Análise______________________________________________ - 53 -

297,4

197,6

-152,5

4,2 346,7

0

100

200

300

400

EBITDA 2XX0

Receita Líquida

CPV Despesas EBITDA 2XX1

R$ MM

Variações no EBITDA da UN A

297,4

197,6

-152,5

4,2 346,7

0

100

200

300

400

EBITDA 2XX0

Receita Líquida

CPV Despesas EBITDA 2XX1

R$ MM

Variações no EBITDA da UN A

Gráfico 13: Variações no EBITDA da Unidade A – abertura receitas, CPV e despesas (Fonte: Elaboração própria)

2XX1

297,4

312,4

-22,8

-244,6

4,2 346,7

0

100

200

300

400

EBITDA 2XX0

EBITDA Qtde vendidaPreço CPV unitário Despesas

R$ MM

Variações no EBITDA da UN A – Abertura micro-indicadores de desempenho

2XX1

297,4

312,4

-22,8

-244,6

4,2 346,7

0

100

200

300

400

EBITDA 2XX0

EBITDA Qtde vendidaPreço CPV unitário Despesas

R$ MM

Variações no EBITDA da UN A – Abertura micro-indicadores de desempenho Gráfico 14: Variações no EBITDA da Unidade A - abertura micro-indicadores de desempenho (Fonte: Elaboração própria)

É importante salientar que nos cálculos das variações do EBITDA pela abertura dos

micro-indicadores de desempenho, o impacto real da quantidade vendida no

EBITDA se deve a soma dos impactos desta variável tanto na análise da receita

líquida como na análise do CPV de modo que uma menor quantidade vendida em

relação à 2XX0 gera uma receita menor (impacto negativo), mas ao mesmo tempo

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Capítulo III – Análise______________________________________________ - 54 -

um CPV menor (impacto positivo), ou seja, o impacto real da quantidade é a soma

dos impactos em cada um dos dois âmbitos de análise, receita e CPV.

No caso da Unidade A, somou-se o impacto negativo de R$ 114,8 MM na análise da

receita ao impacto positivo de R$ 92 MM no CPV, totalizando um impacto negativo

de R$ 22,8 MM.

O diagnóstico final dos resultados obtidos da Unidade A no 1oSemestre de 2XX1

pode-se resumir ao aumento dos preços de seus produtos (R$ 312,4 MM) em troca

de uma menor quantidade vendida em relação à 2XX0 (R$ -22,8 MM) ocasionados

por um cenário de alta do dólar em relação ao Real, elevando os preços praticados

de 2XX1 em relação à 2XX0 com quantidades iguais ou menores do que os de

2XX0. Essa alta do dólar refletiu também no aumento significativo de sua principal

matéria-prima, a nafta petroquímica, impactando também de forma relevante o custo

unitário dos seus produtos (R$ -244,6 MM).

4.3.2. Unidade B

Seguindo a mesma metodologia utilizada na análise da Unidade A, é necessário o

cálculo das variações ocorridas neste período em cada conta do DRE da Unidade B

em comparação com o DRE de 2XX0 (disponível no anexo B).

Em R$ mil2XX1 2XX0 Var. %

RECEITA BRUTA 1.950.958 1.877.676 73.282 4%

RECEITA LÍQUIDA 1.502.728 1.485.123 17.605 1%

MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO 478.454 475.597 2.857 1%

LUCRO BRUTO 402.143 389.720 12.423 3%

LUCRO OPERACIONAL 323.914 323.286 628 0%

DEVOLUÇÕES/ABATIMENTOS (12.389) - (12.389) IMPOSTOS (435.841) (392.553) (43.288) 11%

IPI (73.016) (76.772) 3.756 -5%ICMS (176.937) (203.448) 26.510 -13%

PIS (26.721) (25.335) (1.386) 5%COFINS (110.700) (46.063) (64.637) 140%FRETES (48.466) (40.935) (7.531) 18%

CPV VARIAVEL (1.024.274) (1.009.526) (14.748) 1%

CPV FIXO (48.369) (48.772) 403 -1%CPV DEPRECIAÇÃO (27.943) (37.105) 9.162 -25%

DESPESAS (78.229) (66.434) (11.795) 18%DESPESAS ADMINISTRATIVAS (49.383) (49.367) (16) 0%DESPESAS FIXAS DE VENDAS (7.317) (7.422) 105 -1%

DESPESAS VARIÁVEIS DE VENDAS (21.530) (9.646) (11.884) 123%OUTRAS REC. E DESP. OPERACIONAIS - - -

EBITDA 351.856 360.391 (8.534) -2%

Demonstrativo de Resultado - Unidade B1°Semestre 2XXX

Tabela 15: Comparação do DRE real 2XX1 x DRE real 2XX0 da Unidade B (Fonte:

Elaboração própria)

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Capítulo III – Análise______________________________________________ - 55 -

4.3.2.1. Análise da receita líquida – Unidade B

A partir dos dados fornecidos de preços e volumes praticados em 2XX1 e 2XX0

durante o primeiro semestre destes anos (disponível no anexo A – Preços e volumes

praticados por unidade de negócio) é possível à aplicação do modelo bridge de

TUNG (1974), determinando os impactos do preço e das quantidades.

Tipo de Produto2XX1 2XX0 2XX1 2XX0 Total Qtde Vendida Preço

A B C D E F G H = G - E I =F - E J = G - FR$ / t R$ / t Unid Unid R$ R$ R$ R$ R$ R$

B 2.673 2.569 562 578 1.485.123 1.444.131 1.502.728 17.605 (40.992) 58.597 1.485.123 1.444.131 1.502.728 17.605 (40.992) 58.597

PreçoQuantidade

VendidaVariações

Cálculos das variações na Receita dos Produtos BPor Preço e Quantidades

Qtde 2XX0 x

Preço 2XX0

Qtde 2XX1 x

Preço 2XX0

Qtde 2XX1 x

Preço 2XX1

Tabela 16: Cálculo das variações dos indicadores de receita real 2XX1 x receita real 2XX0 da

Unidade B (Fonte: Elaboração própria)

1.485,1

-41

58,6 1.502,7

-

200

400

600

800

1.000

1.200

1.400

1.600R$ MM

Receita 2XX0

Qtde vendida Preço Receita 2XX1

Variações na Receita Líquida da UN B

1.485,1

-41

58,6 1.502,7

-

200

400

600

800

1.000

1.200

1.400

1.600R$ MM

Receita 2XX0

Qtde vendida Preço Receita 2XX1

Variações na Receita Líquida da UN B

Gráfico 15: Bridge da receita líquida da Unidade B (Fonte: Elaboração própria)

Como mostra a tabela 16 e o gráfico 15, pode-se dizer que a receita neste

1oSemestre de 2XX1 teve um pequeno aumento de 1,2% em relação à 2XX0

ocasionado principalmente pelo impacto positivo de R$ 58,6 MM pelo aumento dos

preços comparados a 2XX0 embora a quantidade vendida não ocorreu conforme

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Capítulo III – Análise______________________________________________ - 56 -

2XX0 dado pelo impacto negativo de R$ 41 MM, totalizando um impacto positivo

de R$ 17,6 MM da receita realizada em 2XX1 em relação à receita obtida em 2XX0.

Um ponto a ser abordado está na análise por mercado, pois é notável observar a

partir dos gráficos a seguir que o comportamento do mercado interno manteve-se

proporcional com a quantidade vendida (Gráfico 16), ou seja, um maior volume de

vendas ocasionava uma maior receita e vice-versa já que os preços praticados não

tiveram grandes alterações comparados aos realizados em 2XX0 (Tabela 17).

Receita Líquida MI da UN B

-

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

JAN FEV MAR ABR MAI JUN

Qtd

e ve

ndid

a (k

ton)

-

50

100

150

200

250

300

Rec

eita

Líq

uida

(R$

MM

)

Qtde vendida MI - 2XX0 Qtde vendida MI - 2XX1

Receita Líquida MI - 2XX0 Receita Líquida MI - 2XX1 Gráfico 16: Receita Líquida do mercado interno da Unidade B (Fonte: Elaboração própria)

R$ / ton JAN FEV MAR ABR MAI JUN 1°SEM 2XXX

Preços MI - 2XX0 2.626 2.632 2.834 2.842 2.853 2.856 2.776 Preços MI - 2XX1 2.595 2.702 2.804 2.791 2.755 2.871 2.754

Variação - % -1% 3% -1% -2% -3% 1% -1%

Preços dos produtos B

Tabela 17: Preços praticados em 2XX1 e 2XX0 do mercado interno dos produtos B (Fonte:

Elaboração própria)

No entanto, ao analisarmos o comportamento da receita no mercado externo

(Gráfico 17), observa-se uma receita muito abaixo comparada a 2XX0

principalmente ocasionado pelo volume de vendas inferior à 2XX0 embora tenha

conseguido uma melhora nos preços dos seus produtos para o mercado externo

devido à alta na cotação do dólar, base para a formação dos preços dos produtos B.

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Capítulo III – Análise______________________________________________ - 57 -

R$ / ton JAN FEV MAR ABR MAI JUN 1°SEM 2XXX

Preços ME - 2XX0 1.800 1.848 1.902 1.957 2.027 1.948 1.912 Preços ME - 2XX1 2.012 2.301 2.385 2.303 2.478 2.550 2.326

Variação - % 12% 25% 25% 18% 22% 31% 22%

Preços dos produtos B

Tabela 18: Preços praticados em 2XX1 e 2XX0 do mercado externo dos produtos B (Fonte:

Elaboração própria)

Receita Líquida MEda UN B

-

5

10

15

20

25

30

JAN FEV MAR ABR MAI JUN

Qtd

e ve

ndid

a (k

ton)

36

37

38

39

40

41

42

43

44

45

46

47

Rec

eita

Líq

uida

(R$

MM

)

Qtde vendida ME - 2XX0 Qtde vendida ME - 2XX1

Receita Líquida ME - 2XX0 Receita Líquida ME - 2XX1

Gráfico 17: Receita Líquida ME da Unidade B (Fonte: Elaboração própria)

É importante ressaltar o expressivo cenário competitivo internacional deste mercado

onde se encontram as grandes petroquímicas mundiais como a Dow e Basf onde a

empresa analisada tem procurado oportunidades para sua inserção neste mercado

global dos produtos B.

4.3.2.2. Análise do custo dos produtos vendidos – Unidade B

Do mesmo modo utilizado anteriormente, aplica-se o modelo bridge de TUNG

(1974), discriminando os impactos do CPV unitário e das quantidades vendidas.

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Capítulo III – Análise______________________________________________ - 58 -

Tipo de Produto

2XX1 2XX0 2XX1 2XX0 Total Qtde Vendida CPV unitA B C D E F G H = G - E I =F - E J = G - F

R$ / t R$ / t Unid Unid R$ R$ R$ R$ R$ R$ B 1.908 1.830 562 578 1.058.298 1.029.087 1.072.643 14.344 (29.211) 43.555

1.058.298 1.029.087 1.072.643 14.344 (29.211) 43.555

Cálculos das variações no Custo dos Produtos BPor CPV unitários e Quantidades

CPVunit

Quantidade Vendida

Qtde 2XX0 x

CPV unit 2XX0

Qtde 2XX1x

CPV unit 2XX0

Qtde 2XX1x

CPV unit 2XX1

Variações

Tabela 19: Cálculo das variações dos indicadores de CPV real 2XX1 x CPV real 2XX0 da

Unidade B (Fonte: Elaboração própria)

1.058,3

-29,2

43,6 1.072,6

200

400

600

800

1.000

1.200R$ MM

Variações no CPV da UN B

CPV2XX0

Qtde vendida CPV unitário CPV2XX1

1.058,3

-29,2

43,6 1.072,6

200

400

600

800

1.000

1.200R$ MM

Variações no CPV da UN B

CPV2XX0

Qtde vendida CPV unitário CPV2XX1

Gráfico 18: Bridge do CPV da Unidade B (Fonte: Elaboração própria)

Com base na tabela 19 e do gráfico 18, pode-se dizer no 1o Semestre de 2XX1 o

CPV teve um impacto positivo de R$ 29,2 MM pela diminuição no volume vendido

em relação à 2XX0 e um impacto negativo de R$ 43,6 MM no aumento do valor do

CPV unitário comparado a 2XX0, totalizando um impacto negativo de R$ 14,4 MM

do CPV realizado em 2XX1 em relação ao de 2XX0.

Como ocorrido no caso da Unidade A, observa-se um impacto negativo do CPV

unitário dos produtos B no resultado da Unidade B comparado a 2XX0, relacionado

com a alta dos preços de suas matérias-prima advindas da Unidade de A (produtos

de primeira geração), ou seja, o ganho na receita da Unidade A reflete em perda de

resultado para a Unidade B de modo que é esperado que este efeito se anule na

análise da empresa consolidada.

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Capítulo III – Análise______________________________________________ - 59 -

4.3.2.3. Análise das despesas – Unidade B

Com relação às despesas, observa-se um aumento significativo de 18% em relação à

2XX0 ocasionado principalmente pelo aumento nas despesas variáveis de venda em

123%.

De acordo com o tabela abaixo, observa-se que a principal variação ocorreu devido

a gastos com movimentação de produtos acabados para armazenagem, outras

despesas de comercialização (viagens, documentações, licitações, etc) e outros

gastos com logística, que juntos somam R$ 10 MM e não ocorreram em 2XX0.

Tais gastos surgiram de negociações com novos clientes, necessitando a

reestruturação no planejamento logístico da unidade a fim de atender tais clientes,

gerando gastos não ocorridos no DRE de 2XX0.

2XX1 2XX0 Var. %DESPESAS VARIÁVEIS DE VENDA

ARMAZENAGEM (4) (4) COMISSOES - MERCADO EXTERNO (5.367) (3.712) (1.655) 45%COMISSOES - MERCADO INTERNO (190) (190)

DEPRECIACAO DA ADMINISTRACAO (300) (300) 0 0%MOV PROD ACABADOS EM ARMAZEM (3.376) (3.376)

OUTRAS DESP. COMERC. - MI (5.672) (5.672) OUTROS GASTOS COM LOGISTICA (972) (972)

PROV. DEV. DUVIDOSOS - ME (796) (796) 0 0%PROV. DEV. DUVIDOSOS - MI (4.853) (4.837) (16) 0%

UNIDADE B (21.530) (9.646) (11.884) 123%

1°Semestre 2XXXUnidade de B

Tabela 20: Abertura das despesas variáveis de vendas da Unidade B (Fonte: Elaboração

própria)

4.3.2.4. Diagnóstico – Unidade B

Como realizado no caso da Unidade A, podemos aplicar o modelo bridge tanto pela

abertura dos indicadores de receita, CPV e despesas, como dos micro-indicadores de

desempenho (preço, volume, CPV unitário e despesas) no apoio na elaboração do

diagnóstico final da Unidade B.

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Capítulo III – Análise______________________________________________ - 60 -

360,417,6

-14,3 -11,8

351,9

0

50

100

150

200

250

300

350

400

EBITDA 2XX0

Receita Líquida

CPV Despesas EBITDA 2XX1

Variações no EBITDA da UN BR$ MM

360,417,6

-14,3 -11,8

351,9

0

50

100

150

200

250

300

350

400

EBITDA 2XX0

Receita Líquida

CPV Despesas EBITDA 2XX1

Variações no EBITDA da UN BR$ MM

Gráfico 19: Variações no EBITDA da Unidade B – abertura receitas, CPV e despesas (Fonte: Elaboração própria)

2XX1

360,4

58,6

-11,8

-43,6 -11,8

351,9

0

50

100

150

200

250

300

350

400

EBITDA 2XX0

EBITDA Qtde vendidaPreço CPV unitário Despesas

Variações no EBITDA da UN B – Abertura micro-indicadores de desempenho

R$ MM

2XX1

360,4

58,6

-11,8

-43,6 -11,8

351,9

0

50

100

150

200

250

300

350

400

EBITDA 2XX0

EBITDA Qtde vendidaPreço CPV unitário Despesas

Variações no EBITDA da UN B – Abertura micro-indicadores de desempenho

R$ MM

Gráfico 20: Variações no EBITDA da Unidade B - abertura micro-indicadores de desempenho (Fonte: Elaboração própria)

O diagnóstico final dos resultados obtidos da Unidade B no 1oSemestre de 2XX1

pode-se resumir ao aumento dos preços de seus produtos (R$ 58,6 MM) em troca de

uma menor quantidade vendida em relação a 2XX0 (R$ -11,8 MM) ocasionados

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Capítulo III – Análise______________________________________________ - 61 -

principalmente pela alta do dólar, como ocorrido no caso da Unidade A, e o

aumento significativo de sua principal matéria-prima, advindo da nafta

petroquímica, impactando também de forma relevante o custo unitário dos seus

produtos (R$ -43,6 MM).

Observa-se também um impacto significativo nas despesas ocorridas no período (R$

-11,8 MM), ocasionados principalmente pela alta variação, 123% acima se

comparado a 2XX0, das despesas variáveis de vendas advindas da necessidade de

uma reestruturação no plano logístico da unidade com a entrada de novos clientes

em sua carteira.

4.3.3. Unidade C

Conforme metodologia empregada, segue o cálculo das variações ocorridas neste

período em cada conta do DRE da Unidade C em comparação com o DRE de 2XX0

(disponível no anexo B deste trabalho).

Em R$ mil2XX1 2XX0 Var. %

RECEITA BRUTA 784.730 686.147 98.583 14%

RECEITA LÍQUIDA 588.164 519.853 68.311 13%

MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO 294.237 231.828 62.409 27%

LUCRO BRUTO 205.182 152.661 52.521 34%

LUCRO OPERACIONAL 182.814 131.108 51.705 39%

DEVOLUÇÕES/ABATIMENTOS (2.127) - (2.127) IMPOSTOS (194.439) (166.294) (28.145) 17%

IPI (27.386) (30.280) 2.894 -10%ICMS (86.553) (88.470) 1.917 -2%

PIS (11.667) (9.992) (1.674) 17%COFINS (48.237) (18.168) (30.069) 166%FRETES (20.596) (19.383) (1.213) 6%

CPV VARIAVEL (293.927) (288.025) (5.903) 2%

CPV FIXO (60.408) (56.355) (4.053) 7%CPV DEPRECIAÇÃO (28.647) (22.812) (5.835) 26%

DESPESAS (22.368) (21.553) (815) 4%DESPESAS ADMINISTRATIVAS (16.369) (15.031) (1.338) 9%DESPESAS FIXAS DE VENDAS (2.192) (3.022) 830 -27%

DESPESAS VARIÁVEIS DE VENDAS (3.807) (3.499) (307) 9%OUTRAS REC. E DESP. OPERACIONAIS - - -

EBITDA 211.461 153.921 57.541 37%

Demonstrativo de Resultado - Unidade C1°Semestre 2XXX

Tabela 21: Comparação do DRE real 2XX1 x DRE real 2XX0 da Unidade C (Fonte: Elaboração própria)

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Capítulo III – Análise______________________________________________ - 62 -

4.3.3.1. Análise da receita líquida – Unidade C

Com base nos dados fornecidos de preços e volumes praticados de 2XX1 e 2XX0

durante o primeiro semestre de 2XX1 (disponível no anexo A – Preços e volumes

praticados por unidade de negócio) é possível à aplicação do modelo bridge de

TUNG (1974), determinando os impactos do preço e das quantidades.

Tipo de Produto2XX1 2XX0 2XX1 2XX0 Total Qtde Vendida Preço

A B C D E F G H = G - E I =F - E J = G - FR$ / t R$ / t Unid Unid R$ R$ R$ R$ R$ R$

C 2.717 2.478 216 210 519.853 536.484 588.164 68.311 16.631 51.680 519.853 536.484 588.164 68.311 16.631 51.680

PreçoQuantidade

VendidaVariações

Cálculos das variações na Receita dos Produtos CPor Preço e Quantidades

Qtde 2XX0 x

Preço 2XX0

Qtde 2XX1 x

Preço 2XX0

Qtde 2XX1 x

Preço 2XX1

Tabela 22: Cálculo das variações dos indicadores de receita real 2XX1 x receita real 2XX0 da Unidade C (Fonte: Elaboração própria)

519,8 16,651,7 588,1

-

100

200

300

400

500

600

700

Receita 2XX0

Qtde vendida Preço Receita 2XX1

R$ MMVariações na Receita Líquida da UN C

519,8 16,651,7 588,1

-

100

200

300

400

500

600

700

Receita 2XX0

Qtde vendida Preço Receita 2XX1

R$ MMVariações na Receita Líquida da UN C

Gráfico 21: Bridge da receita líquida da Unidade C (Fonte: Elaboração própria)

De acordo com a tabela 22 e do gráfico 21, pode-se dizer que a receita neste

1oSemestre de 2XX1 teve um aumento considerável de 13% em relação à 2XX0

ocasionado principalmente pelo impacto positivo de R$ 51,7 MM dado o aumento

dos preços comparados a 2XX0 e, ao contrário das unidades de negócios já

analisadas, apresentando uma quantidade vendida acima do ocorrido em 2XX0

gerando um impacto positivo de R$ 16,6 MM, totalizando um impacto positivo de

R$ 68,3 MM da receita realizada em 2XX1 em relação à receita de 2XX0.

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Capítulo III – Análise______________________________________________ - 63 -

Com base no gráfico 22 vemos que o aumento da receita em 13% comparado a

2XX0 ocorreu de modo expressivo no mercado interno com destaque a boa

performance de seu produto, resina termoplástica aplicada em diversas indústrias,

entre elas a de tubos e conexões, brinquedos e calçados, já que se observou uma

maior demanda dos setores relacionados ao consumo (calçados, laminados e perfis)

e pela recuperação dos preços internacionais deste produto.

Além disso, foram desenvolvidas novas aplicações de laminados deste produto para

embalagens, o que também contribuiu para o aumento da venda desse produto.

Composição da Receita Líquida da UN C por mercado 1° Semestre 2XXX

-

20

40

60

80

100

120

JAN FEV MAR ABR MAI JUN

R$

mil

Receita Líquida MI - 2XX0 Receita Líquida ME - 2XX0Receita Líquida MI - 2XX1 Receita Líquida ME - 2XX1

Gráfico 22: Receita líquida por mercado da Unidade C (Fonte: Elaboração própria)

Não podemos deixar de destacar a contribuição da alta do dólar no aumento dos

preços praticados dos produtos C em relação à 2XX0.

4.3.3.2. Análise do custo dos produtos vendidos – Unidade C

Do mesmo modo utilizado anteriormente, aplica-se o modelo bridge de TUNG

(1974), discriminando os impactos do CPV unitário e das quantidades vendidas.

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Capítulo III – Análise______________________________________________ - 64 -

Tipo de Produto

2XX1 2XX0 2XX1 2XX0 Total Qtde Vendida CPV unitA B C D E F G H = G - E I =F - E J = G - F

R$ / t R$ / t Unid Unid R$ R$ R$ R$ R$ R$ C 1.637 1.642 216 210 344.380 355.397 354.335 9.955 11.017 (1.062)

344.380 355.397 354.335 9.955 11.017 (1.062)

Cálculos das variações no Custo dos Produtos CPor CPV unitários e Quantidades

CPVunit

Quantidade Vendida

Qtde 2XX0 x

CPV unit 2XX0

Qtde 2XX1x

CPV unit 2XX0

Qtde 2XX1x

CPV unit 2XX1

Variações

Tabela 23: Cálculo das variações dos indicadores de CPV real 2XX1 x CPV real 2XX0 da

Unidade C (Fonte: Elaboração própria)

344,4 11

-1

354,4

-

50

100

150

200

250

300

350

400

Variações no CPV da UN CR$ MM

CPV2XX0

Qtde vendida CPV unitário CPV2XX1

344,4 11

-1

354,4

-

50

100

150

200

250

300

350

400

Variações no CPV da UN CR$ MM

CPV2XX0

Qtde vendida CPV unitário CPV2XX1

Gráfico 23: Bridge do CPV da Unidade C (Fonte: Elaboração própria)

Pela tabela 23 e gráfico 23, pode-se dizer no 1o Semestre de 2XX1 o CPV teve um

impacto negativo de R$ 11 MM pelo aumento no volume vendido em relação à

2XX0 e um impacto positivo de R$ 1 MM na diminuição do valor do CPV unitário

comparado a 2XX0, totalizando um impacto negativo de R$ 10 MM do CPV

realizado em 2XX1 em relação ao CPV de 2XX0.

Podemos notar que o impacto do CPV no resultado da Unidade C foi menor

comparada às unidades de negócio anteriores de modo que a principal matéria-prima

da Unidade C se divide entre a nafta petroquímica, com participação de cerca de 60

% nos custos de produção dos produtos C, a soda com 15% e a energia elétrica com

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Capítulo III – Análise______________________________________________ - 65 -

25%, onde a soda e a energia elétrica costumam apresentar poucas variações de

preço neste período comparado a 2XX0.

No entanto, dado que na Unidade B o percentual dos custos da nafta petroquímica

chega próximo a 85% no processo produtivo e atinge aproximadamente 95% no

caso da Unidade A, podemos dizer que a Unidade C foi menos afetada pelos

elevados preços da nafta durante o 1o Semestre de 2XX1 nos seus custos de

produção.

Composição do CPV da UN C - 1°Semestre 2XX1

NAFTA60%

SODA15%

Energia Elétrica

25%

Gráfico 24: Composição do CPV da Unidade C (Fonte: Elaboração própria)

4.3.3.3. Análise das despesas – Unidade C

Com relação às despesas, observa-se um aumento de 4% em relação à 2XX0

ocasionado principalmente pelo aumento nas despesas administrativas da unidade

em 9% decorrentes de maiores despesas com pessoal.

4.3.3.4. Diagnóstico – Unidade C

A seguir é apresentado os gráficos com a aplicação do modelo bridge tanto pela

abertura dos indicadores de receita, CPV e despesas, como dos micro-indicadores de

desempenho (preço, volume, CPV unitário e despesas) no apoio na elaboração do

diagnóstico final da Unidade C.

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Capítulo III – Análise______________________________________________ - 66 -

153,9

68,3

-10-0,8

211,5

0

50

100

150

200

250

EBITDA 2XX0

Receita Líquida

CPV Despesas EBITDA 2XX1

Variações no EBITDA da UN CR$ MM

153,9

68,3

-10-0,8

211,5

0

50

100

150

200

250

EBITDA 2XX0

Receita Líquida

CPV Despesas EBITDA 2XX1

Variações no EBITDA da UN CR$ MM

Gráfico 25: Variações no EBITDA da Unidade C – abertura receitas, CPV e despesas (Fonte: Elaboração própria)

2XX1

153,9

51,7 5,6 1,1

-0,8

211,5

0

50

100

150

200

250R$ MM

EBITDA 2XX0

EBITDA Qtde vendidaPreço CPV unitário Despesas

Variações no EBITDA da UN C – Abertura micro-indicadores de desempenho

2XX1

153,9

51,7 5,6 1,1

-0,8

211,5

0

50

100

150

200

250R$ MM

EBITDA 2XX0

EBITDA Qtde vendidaPreço CPV unitário Despesas

Variações no EBITDA da UN C – Abertura micro-indicadores de desempenho

Gráfico 26: Variações no EBITDA da UN C - abertura micro-indicadores de desempenho (Fonte: Elaboração própria)

O diagnóstico final dos resultados obtidos da UN C no 1oSemestre de 2XX1 pode-se

resumir ao aumento de 37,4% no EBITDA comparado a 2XX0 devido ao expressivo

impacto positivo dos preços de seus produtos (R$ 51,7 MM) em conjunto com uma

maior quantidade vendida em relação a 2XX0 (R$ 5,6 MM).

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Capítulo III – Análise______________________________________________ - 67 -

A manutenção dos custos de produção em relação à 2XX0 dado o menor impacto da

nafta, insumo no qual apresentou maior variação neste período em seu processo

produtivo, além de melhorias na produtividade e confiabilidade operacional.

4.3.4. Unidade D

Segue o cálculo das variações ocorridas neste período em cada conta do DRE da

Unidade D em comparação com o DRE de 2XX0 (disponível no anexo B).

Em R$ mil2XX1 2XX0 Var. %

RECEITA BRUTA 347.796 328.664 19.132 6%

RECEITA LÍQUIDA 277.876 258.027 19.849 8%

MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO 68.842 58.916 9.926 17%

LUCRO BRUTO 30.128 25.807 4.321 17%

LUCRO OPERACIONAL 18.401 13.404 4.997 37%

DEVOLUÇÕES/ABATIMENTOS (10.017) - (10.017) IMPOSTOS (59.903) (70.636) 10.734 -15%

IPI (7.918) (8.227) 309 -4%ICMS (21.767) (41.542) 19.776 -48%

PIS (4.799) (4.748) (50) 1%COFINS (20.328) (8.633) (11.694) 135%FRETES (5.092) (7.486) 2.394 -32%

CPV VARIAVEL (209.034) (199.112) (9.922) 5%

CPV FIXO (29.274) (25.006) (4.268) 17%CPV DEPRECIAÇÃO (9.440) (8.102) (1.337) 17%

DESPESAS (11.727) (12.403) 676 -5%DESPESAS ADMINISTRATIVAS (9.037) (8.981) (56) 1%DESPESAS FIXAS DE VENDAS (1.421) (1.163) (259) 22%

DESPESAS VARIÁVEIS DE VENDAS (1.269) (2.260) 991 -44%OUTRAS REC. E DESP. OPERACIONAIS - - -

EBITDA 27.841 21.506 6.334 29%

Demonstrativo de Resultado - Unidade D1°Semestre 2XXX

Tabela 24: Comparação do DRE real 2XX1 x DRE real 2XX0 da Unidade D (Fonte: Elaboração própria)

4.3.4.1. Análise da receita líquida – Unidade D

Com base nos dados fornecidos de preços e volumes praticados em 2XX1 e 2XX0

durante o primeiro semestre (disponível no anexo A – Preços e volumes praticados

por unidade de negócio) é possível à aplicação do modelo bridge de TUNG (1974),

determinando os impactos do preço e das quantidades.

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Capítulo III – Análise______________________________________________ - 68 -

Tipo de Produto2XX1 2XX0 2XX1 2XX0 Total Qtde Vendida Preço

A B C D E F G H = G - E I =F - E J = G - FR$ / t R$ / t Unid Unid R$ R$ R$ R$ R$ R$

D 2.432 2.215 114 116 258.027 253.076 277.876 19.849 (4.951) 24.800 258.027 253.076 277.876 19.849 (4.951) 24.800

PreçoQuantidade

VendidaVariações

Cálculos das variações na Receita dos Produtos DPor Preço e Quantidades

Qtde 2XX0 x

Preço 2XX0

Qtde 2XX1 x

Preço 2XX0

Qtde 2XX1 x

Preço 2XX1

Tabela 25: Cálculo das variações dos indicadores de receita real 2XX1 x receita real 2XX0 da Unidade D (Fonte: Elaboração própria)

258

-5

24,8 277,8

-

50

100

150

200

250

300R$ MM

Receita 2XX0

Qtde vendida Preço Receita 2XX1

Variações na Receita Líquida da UN D

258

-5

24,8 277,8

-

50

100

150

200

250

300R$ MM

Receita 2XX0

Qtde vendida Preço Receita 2XX1

Variações na Receita Líquida da UN D

Gráfico 27: Bridge da receita líquida da Unidade D (Fonte: Elaboração própria)

De acordo com a tabela 25 e gráfico 27, pode-se dizer que a receita no 1oSemestre

de 2XX1 teve um aumento considerável de 7,7% em relação à 2XX0 dado o

impacto positivo de R$ 24,8 MM pelo aumento dos preços comparados a 2XX0, um

impacto negativo de R$ 5 MM pela redução da quantidade vendida comparada a

2XX0, totalizando um impacto positivo de R$ 19,8 MM da receita realizada em

2XX1 em relação à receita obtida em 2XX0.

Com base no gráfico 28 vemos que o aumento da receita ocorreu pelo aumento dos

preços dos produtos D (principalmente a resina plástica utilizada na fabricação de

embalagens para refrigerantes), dado a elevação do preço internacional destes

produtos com a chegada do verão no hemisfério norte, por conseguinte aquecendo

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Capítulo III – Análise______________________________________________ - 69 -

as indústrias de embalagens plásticas, mais especificamente a de refrigerantes, e

conseqüente aumento de demanda por estas resinas.

Evolução do preço dos produtos D 1° Semestre 2XXX

-

500

1.000

1.500

2.000

2.500

3.000

3.500

JAN FEV MAR ABR MAI JUN

R$

/ t

Preço - 2XX0 Preço - 2XX1 Preço DD W. Europe Contract-Market

Gráfico 28: Evolução do preço dos produtos D no 1o Semestre de 2XXX (Fonte: Preços D

Elaboração própria, Preço Internacional do produto D - CMAI)

4.3.4.2. Análise do custo dos produtos vendidos – Unidade D

Do mesmo modo utilizado anteriormente, aplica-se o modelo bridge de TUNG

(1974), discriminando os impactos do CPV unitário e das quantidades vendidas.

Tipo de Produto

2XX1 2XX0 2XX1 2XX0 Total Qtde Vendida CPV unitA B C D E F G H = G - E I =F - E J = G - F

R$ / t R$ / t Unid Unid R$ R$ R$ R$ R$ R$ D 2.086 1.924 114 116 224.118 219.818 238.308 14.190 (4.300) 18.490

224.118 219.818 238.308 14.190 (4.300) 18.490

Cálculos das variações no Custo dos Produtos DPor CPV unitários e Quantidades

CPVunit

Quantidade Vendida

Qtde 2XX0 x

CPV unit 2XX0

Qtde 2XX1x

CPV unit 2XX0

Qtde 2XX1x

CPV unit 2XX1

Variações

Tabela 26: Cálculo das variações dos indicadores de CPV real 2XX1 x CPV real 2XX0 da

Unidade D (Fonte: Elaboração própria)

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Capítulo III – Análise______________________________________________ - 70 -

224,1

-4,3

18,5 238,3

-

50

100

150

200

250

300

R$ MMVariações no CPV da UN D

CPV2XX0

Qtde vendida CPV unitário CPV2XX1

224,1

-4,3

18,5 238,3

-

50

100

150

200

250

300

R$ MMVariações no CPV da UN D

CPV2XX0

Qtde vendida CPV unitário CPV2XX1

Gráfico 29: Bridge do CPV da Unidade D (Fonte: Elaboração própria)

Com base na tabela 26 e no gráfico 29, pode-se dizer no 1o Semestre de 2XX1 o

CPV teve um impacto positivo de R$ 4,3 MM pela diminuição no volume vendido

em relação à 2XX0 e um impacto negativo de R$ 18,5 MM no aumento do valor do

CPV unitário comparado a 2XX0, totalizando um impacto negativo de R$ 14,2 MM

do CPV realizado em 2XX1 em relação ao CPV obtido em 2XX0.

Como ocorrido no caso da Unidade B, observa-se um impacto negativo do CPV

unitário dos produtos D no resultado da Unidade D comparado a 2XX0, relacionado

com a alta dos preços de suas matérias-prima advindas da Unidade de A ( resinas de

primeira geração), ou seja, o ganho na receita da Unidade A reflete em perda de

resultado para a Unidade D de modo que é esperado que este efeito se anule na

análise da empresa consolidada.

4.3.4.3. Análise das despesas – Unidade D

Com relação às despesas, observa-se um redução de 5% em relação à 2XX0

ocasionado principalmente pela diminuição das despesas variáveis de venda em

44% decorrentes de uma menor quantidade vendida neste período, gerando menos

gastos com armazenagem e outros gastos com logística.

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Capítulo III – Análise______________________________________________ - 71 -

4.3.4.4. Diagnóstico – Unidade D

Abaixo segue os gráficos com a aplicação do modelo bridge tanto pela abertura dos

indicadores de receita, CPV e despesas, como dos micro-indicadores de

desempenho (preço, volume, CPV unitário e despesas) no apoio na elaboração do

diagnóstico final da Unidade D.

21,5

19,8

-14,2

0,7 27,8

0

5

10

15

20

25

30

EBITDA 2XX0

Receita Líquida

CPV Despesas EBITDA 2XX1

R$ MM

Variações no EBITDA da UN D

21,5

19,8

-14,2

0,7 27,8

0

5

10

15

20

25

30

EBITDA 2XX0

Receita Líquida

CPV Despesas EBITDA 2XX1

R$ MM

Variações no EBITDA da UN D

Gráfico 30: Variações no EBITDA da Unidade D – abertura receitas, CPV e despesas (Fonte: Elaboração própria)

21,5

24,8

-0,7

-18,5

0,7 27,8

0

10

20

30

40R$ MM

2XX1EBITDA

2XX0EBITDA Qtde vendidaPreço CPV unitário Despesas

Variações no EBITDA da UN D – Abertura micro-indicadores de desempenho

21,5

24,8

-0,7

-18,5

0,7 27,8

0

10

20

30

40R$ MM

2XX1EBITDA

2XX0EBITDA Qtde vendidaPreço CPV unitário Despesas

Variações no EBITDA da UN D – Abertura micro-indicadores de desempenho Gráfico 31: Variações no EBITDA da Unidade D - abertura micro-indicadores de desempenho (Fonte: Elaboração própria)

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Capítulo III – Análise______________________________________________ - 72 -

O diagnóstico final dos resultados obtidos da Unidade D no 1oSemestre de 2XX1

pode-se resumir ao aumento dos preços de seus produtos (R$ 24,8 MM) em troca de

uma menor quantidade vendida em relação à 2XX0 (R$ -0,7 MM) ocasionados

principalmente pela alta do dólar, como ocorrido no caso da Unidade A.

O aumento significativo de sua principal matéria-prima obtida das resinas de

primeira geração da Unidade A, advindo da nafta petroquímica, impactou de forma

relevante o custo unitário dos seus produtos (R$ -18,5 MM).

Observa-se também um pequeno impacto positivo nas despesas ocorridas no período

(R$ 0,7 MM), ocasionados pela redução das despesas variáveis de venda em 44%

por conta de uma menor quantidade vendida.

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Capítulo III – Análise______________________________________________ - 73 -

4.4. Análise Empresa Petroquímica Consolidada

Nesta terceira etapa será realizada uma análise abrangente da empresa consolidada

com apoio das análises realizadas anteriormente de modo a utilizá-las na formação

final do modelo bridge de impactos dos micro-indicadores no EBITDA da empresa

e na elaboração de um diagnóstico final do Demonstrativo de Resultado da empresa.

Um ponto a ser destacado está no crescimento do macro-indicador EBITDA da

empresa em relação à 2XX0 em 12,5%, dado o crescimento das Unidades A e C de

forma significativa em relação à 2XX0 e da Unidade B que, embora não tenha

atingido o resultado obtido em 2XX0, responde pela maior parcela do EBITDA da

empresa no 1oSemestre de 2XX1 (Gráfico 32).

37,0%

37,5%

22,5%3,0%

UN A UN B UN C UN D

Gráfico 32: Composição do EBITDA da empresa por UN (Fonte: Elaboração própria)

833,249,3

-8,5

57,5 6,3 937,9

-

200

400

600

800

1.000

EBITDA2XX0

UN A UN B UN C UN D EBITDA2XX1

R$ MM

Composição do EBITDA da Empresa Petroquímica1° Semestre de 2XXX

12,5%833,2

49,3

-8,5

57,5 6,3 937,9

-

200

400

600

800

1.000

EBITDA2XX0

UN A UN B UN C UN D EBITDA2XX1

R$ MM

Composição do EBITDA da Empresa Petroquímica1° Semestre de 2XXX

12,5%

Gráfico 33: Composição do EBITDA da empresa por UN (Fonte: Elaboração própria)

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Capítulo III – Análise______________________________________________ - 74 -

Com isso, vemos que a empresa manteve sua proposição de um aumento contínuo

do EBITDA total da empresa consolidada, totalizando R$ 938 MM no 1ºSemestre

de 2XX1.

4.4.1. Análise da receita líquida – Empresa consolidada

A receita líquida da empresa ficou 7,3 % acima do realizado em 2XX0 por conta da

melhoria dos preços em seus produtos ocasionado pela valorização do dólar em

relação ao Real dado que os produtos de todas as unidades têm sua base nos

respectivos preços internacionais.

4.137,0197,6 17,6 68,3 19,8 4.440,4

-

500

1.000

1.500

2.000

2.500

3.000

3.500

4.000

4.500

5.000

Receita 2XX0

UN A UN B UN C UN D Receita 2XX1

R$ MMComposição da Receita Líquida da Empresa Petroquímica

1° Semestre de 2XXX

7,3 %4.137,0

197,6 17,6 68,3 19,8 4.440,4

-

500

1.000

1.500

2.000

2.500

3.000

3.500

4.000

4.500

5.000

Receita 2XX0

UN A UN B UN C UN D Receita 2XX1

R$ MMComposição da Receita Líquida da Empresa Petroquímica

1° Semestre de 2XXX

7,3 %

Gráfico 34: Composição da receita líquida da empresa por UN (Fonte: Elaboração própria)

Vale um destaque para a receita líquida obtida pelas exportações realizadas no

1oSemestre de 2XX1, com crescimento próximo a 20% do valor obtido em 2XX0

tendo como fator chave para o aumento das receitas com exportações a alta dos

preços observados nos mercados internacionais para resinas termoplásticas, citado

anteriormente.

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Capítulo III – Análise______________________________________________ - 75 -

Receita líquida das exportações - Empresa Petroquímica 1°Semestre de 2XXX

74 72

98 97 97 95

8289

97 98

120

152

0

20

40

60

80

100

120

140

160

jan fev mar abr mai jun

R$

MM

Receita Líquida ME - 2XX0 Receita Líquida ME - 2XX1

Gráfico 35: Receita líquida das exportações da empresa (Fonte: Elaboração própria)

4.4.2. Análise do custo dos produtos vendidos – Empresa consolidada

O custo dos produtos vendidos (CPV) da empresa totalizou R$ 3.320 MM no

1oSemestre de 2XX1, 6% superior ao CPV observado em 2XX0. Os fatores que

mais contribuíram para essa variação do CPV foram à alta do dólar e o aumento do

preço de sua principal matéria-prima, a nafta petroquímica.

6,1 %3.129,2

152,5 14,3 10 14,2 3.320,2

-

500

1.000

1.500

2.000

2.500

3.000

3.500

R$ MMComposição do CPV da Empresa Petroquímica

1° Semestre de 2XXX

CPV2XX0

UN A UN B UN C UN D CPV2XX1

6,1 %3.129,2

152,5 14,3 10 14,2 3.320,2

-

500

1.000

1.500

2.000

2.500

3.000

3.500

R$ MMComposição do CPV da Empresa Petroquímica

1° Semestre de 2XXX

CPV2XX0

UN A UN B UN C UN D CPV2XX1

Gráfico 36: Composição do CPV da empresa por UN (Fonte: Elaboração própria)

A nafta manteve-se em patamares elevados no segundo trimestre de 2XX1. A sua

cotação média na região ARA (Amsterdam-Roterdam-Antuérpia) foi de US$ 351/t

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Capítulo III – Análise______________________________________________ - 76 -

no segundo trimestre de 2XX1, o que representou um acréscimo de 9% em relação

aos US$ 323/t observados no trimestre anterior.

Evolução do preço da Nafta (ARA)Fonte:Bloomberg

100

200

300

400

500

600

jan-

fev-

mar

-

abr-

mai

-

jun- jul-

ago-

set-

out-

nov-

dez- jan-

X0

fev-

X0

mar

-X0

abr-

X0

mai

-X0

jun-

X0

jul-X

0

ago-

X0

set-X

0

out-X

0

nov-

X0

dez-

X0

jan-

X1

fev-

X1

mar

-X1

abr-

X1

mai

-X1

jun-

X1

US$

/t

0

200

400

600

800

1.000

1.200

1.400

US$ R$

R$/t

Evolução do preço da Nafta (ARA)Fonte:Bloomberg

100

200

300

400

500

600

jan-

fev-

mar

-

abr-

mai

-

jun- jul-

ago-

set-

out-

nov-

dez- jan-

X0

fev-

X0

mar

-X0

abr-

X0

mai

-X0

jun-

X0

jul-X

0

ago-

X0

set-X

0

out-X

0

nov-

X0

dez-

X0

jan-

X1

fev-

X1

mar

-X1

abr-

X1

mai

-X1

jun-

X1

US$

/t

0

200

400

600

800

1.000

1.200

1.400

US$ R$

R$/t

Gráfico 37: Evolução do preço da nafta ARA (Fonte: Bloomberg, adaptado pelo autor)

4.4.3. Análise das despesas – Empresa consolidada

As despesas com vendas, gerais e administrativas totalizaram R$ 182,3 MM no

1ºSemestre de 2XX1, um montante 4% superior a 2XX0.

De acordo com o gráfico 38, vemos que a Unidade B foi a que mais contribuiu para

o aumento das despesas incorridas neste período por conta da entrada de novos

clientes em sua carteira e, conseqüentemente, a necessidade de uma reestruturação

no plano logístico da unidade acarretando gastos não ocorridos em 2XX0.

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Capítulo III – Análise______________________________________________ - 77 -

174,5

-4,2

11,8 0,8

-0,7

182,3

-

50

100

150

200

R$ MM

Composição das despesas da Empresa Petroquímica1° Semestre de 2XXX

Despesas2XX0

UN A UN B UN C UN D Despesas2XX1

4 %

174,5

-4,2

11,8 0,8

-0,7

182,3

-

50

100

150

200

R$ MM

Composição das despesas da Empresa Petroquímica1° Semestre de 2XXX

Despesas2XX0

UN A UN B UN C UN D Despesas2XX1

4 %

Gráfico 38: Composição das despesas da empresa por UN (Fonte: Elaboração própria)

4.4.4. Diagnóstico – Empresa Consolidada

Com base na mesma metodologia utilizada na análise das unidades de negócio,

podemos aplicar o modelo bridge nas duas aberturas possíveis, ou seja, pela soma

dos indicadores de receita, CPV e despesas das unidades de negócio ou pela soma

dos micro-indicadores de desempenho das unidades (preço, volume, CPV unitário e

despesas), permitindo a elaboração de um diagnóstico final da empresa consolidada.

833,2

303,4

-191,0 -7,7

937,9

0

200

400

600

800

1000

R$ MM

Variações no EBITDA da Empresa Petroquímica

EBITDA 2XX0

Receita Líquida

CPV Despesas EBITDA 2XX1

833,2

303,4

-191,0 -7,7

937,9

0

200

400

600

800

1000

R$ MM

Variações no EBITDA da Empresa Petroquímica

EBITDA 2XX0

Receita Líquida

CPV Despesas EBITDA 2XX1

Gráfico 39: Variações no EBITDA da empresa (Fonte: Elaboração própria)

Page 95: Análise e Detalhamento dos Indicadores de Desempenho …pro.poli.usp.br/wp-content/uploads/2012/pubs/detalhamento-e... · grÁfico 2: bridge da receita lÍquida (fonte: elaboraÇÃo

Capítulo III – Análise______________________________________________ - 78 -

833,2

447,5

-29,6

-305,6 -7,7

937,9

0

200

400

600

800

1000

1200

R$ MM

Variações no EBITDA da Empresa PetroquímicaAbertura micro-indicadores de desempenho

2XX1EBITDA 2XX0

EBITDA Qtdevendida

Preço CPVunitário

Despesas

833,2

447,5

-29,6

-305,6 -7,7

937,9

0

200

400

600

800

1000

1200

R$ MM

Variações no EBITDA da Empresa PetroquímicaAbertura micro-indicadores de desempenho

2XX1EBITDA 2XX0

EBITDA Qtdevendida

Preço CPVunitário

Despesas

Gráfico 40: Variações no EBITDA da empresa - abertura micro-indicadores de desempenho (Fonte: Elaboração própria)

O diagnóstico final dos resultados obtidos da empresa no 1oSemestre de 2XX1

totalizam um EBITDA de R$ 937,9 MM, 12,5 % superior a 2XX0 para este mesmo

período.

Tal fato decorreu do aumento dos preços de seus produtos (R$ 447,5 ) em troca de

uma menor quantidade vendida em relação à 2XX0 (R$ -29,6 MM) ocasionados

principalmente pela alta do dólar e dos preços internacionais das resinas

termoplásticas em função do reaquecimento da economia global após a recessão

observada no ano de 2XX1.

Esta alta do câmbio somada as crises no Oriente Médio pós-guerra (EUA x Iraque)

teve impacto negativo direto na elevação do preço da principal matéria-prima da

empresa, a nafta petroquímica, que responde por cerca de 65% do custo dos

produtos vendidos da companhia (R$ -305,6 MM).

Observa-se também um pequeno impacto negativo nas despesas ocorridas no

período (R$ -7,7 MM), ocasionados pelo aumento dos gastos com pessoas e das

despesas com vendas.

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Capítulo III – Análise______________________________________________ - 79 -

Em suma, pode-se dizer que a empresa petroquímica consolidada conseguiu superar

o desempenho obtido no 1ºSemestre de 2XX0 em uma trajetória de crescimento

contínuo do resultado operacional durante este período dado o ambiente desafiador

no que se refere aos preços da nafta e a trajetória desfavorável da taxa de câmbio.

5. Aplicação da análise custo/volume/lucro

5.1. Modelo de decisão da margem de contribuição – vários produtos

Esta segunda parte da análise visa complementar a primeira etapa onde foi feito o

diagnóstico dos impactos dos micro-indicadores de desempenho no resultado

operacional da empresa de modo a verificar se os níveis de atividade da empresa

(preços, custos, volumes vendidos, etc), declarados na primeira etapa, estão

contribuindo ou não para cobrir os gastos fixos da empresa.

Esta etapa trabalhará sobre o âmbito da empresa consolidada, ou seja, as unidades

de negócio só serão tratadas através de seus produtos (A, B, C e D) e não serão

analisadas singularmente. Tal ponto está fundamentado na idéia da visão geral da

empresa, possibilitando observar o resultado consolidado da empresa, agregando os

ganhos e as perdas de resultado identificados em cada unidade de negócio.

5.1.1. Dados necessários

Utilizaremos, a partir das referências bibliográficas citadas neste trabalho, a análise

de empresas multiproduto16. O primeiro passo consiste na identificação e coleta dos

dados necessários para esta análise.

Dado r os fatores de mix, isto é, as porcentagens representativas das quantidades

vendidas de cada produto ou unidade de negócio, relativamente à quantidade total

de vendas da empresa (Qv), considerando a empresa com 4 produtos P, temos:

16 MOTA (1990)

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Capítulo III – Análise______________________________________________ - 80 -

QvA, QvB, QvC e QvD como símbolos das quantidades vendidas de, respectivamente, P1B

(produtosA), PB (produtos B), PC (produtos C) e PD (produtos D)

QvA = rA.Qv, sendo rA o fator de mix de PA

QvB = rB.Qv, sendo rB o fator de mix de PB

QvC = rC.Qv, sendo rC o fator de mix de PC

QvD = rD.Qv, sendo rD o fator de mix de PD

rA + rB + rC + rD = 1 (=100%)

Onde,

Pvui = preço de venda unitário do produto i ;

Cvui = custo variável unitário do produto i ;

Mcui = margem de contribuição unitária do produto i , com i = A, B, C ou D. Cf = custo operacional fixo da empresa consolidada

As variáveis acima mencionadas farão referência ao valor médio mensal obtido

durante o 1ºSemestre de 2XX1 de modo que possamos realizar a evolução mensal

da quantidade vendida em comparação com o ponto de equilíbrio a ser calculado.

Com base no anexo A deste trabalho podemos calcular as variáveis acima como

mostra a tabela a seguir:

DescriçãoCódigo

do produto Pi

Custos e Despesas Fixas

Cf Em ton Em R$ /ton Em R$ /ton Em R$ /ton Em R$ mil

Produtos A PA QvA = 199.041 rA = 57,22% PvuA = 1.735 CvuA = (1.340) McuA = 395 (20.749)

Produtos B PB QvB = 93.705 rB = 26,94% PvuB = 2.674 CvuB = (1.860) McuB = 814 (17.511)

Produtos C PC QvC = 36.081 rC = 10,37% PvuC = 2.717 CvuC = (1.375) McuC = 1.342 (13.162)

Produtos D PD QvD = 19.042 rD = 5,47% PvuD = 2.432 CvuD = (1.841) McuD = 591 (6.622) 347.869 (58.044)

Variáveis para o cálculo da análise custo/volume/lucro

Quantidade vendida - Qvi

Preço unitário - Pvui

Custo variável unitário - Cvui

Fator r ri

Margem de Contribuição unitária - Mcui

Tabela 27: Cálculo das variáveis a serem utilizadas no modelo de decisão da margem de

contribuição (Fonte: Elaboração própria)

5.1.2. Aplicação do modelo

A partir do cálculo inicial das variáveis a serem utilizadas neste modelo, o primeiro

passo na aplicação do modelo consiste em resolver a equação 14 explícita no

capítulo II deste trabalho a fim de calcular a quantidade de equilíbrio da empresa,

considerada multiproduto:

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Capítulo III – Análise______________________________________________ - 81 -

Portanto, é necessário que a empresa atenda um mínimo de 94.159 toneladas de

produtos vendidos por mês de modo a gerar lucro, ou seja, o valor de suas receitas

sejam superiores ao valor dos custos e despesas incorridos no mês. Com base neste

cálculo, podemos montar a abordagem gráfica, também explicitada no capítulo II

deste trabalho, em conjunto com a evolução das quantidades vendidas no

1ºSemestre de 2XX1 (disponível no anexo A deste trabalho).

Análise do ponto de equilíbrio operacional de caixa

-

100.000

200.000

300.000

400.000

500.000

600.000

700.000

800.000

900.000

- 50.000 100.000 150.000 200.000 250.000 300.000 350.000 400.000 450.000Qtde (t)

Cus

tos

& R

ecei

tas

(R$

mil

Receita de Vendas Custo Operacional Total

Ponto de Equilíbrio Operacional

JUN

Gráfico 41: Análise do ponto de equilíbrio operacional da empresa no 1ºSemestre de 2XX1 (Fonte: Elaboração própria)

A partir do gráfico 41 podemos notar que a empresa operou em níveis de atividade

bem superiores ao ponto de equilíbrio calculado para o 1ºSemestre de 2XX1,

)

MAIMARABRJANFEV

Análise do ponto de equilíbrio operacional de caixa

-

100.000

200.000

300.000

400.000

500.000

600.000

700.000

800.000

900.000

- 50.000 100.000 150.000 200.000 250.000 300.000 350.000 400.000 450.000Qtde (t)

Cus

tos

& R

ecei

tas

(R$

mil

Receita de Vendas Custo Operacional Total

Ponto de Equilíbrio Operacional

JUNMARABRJANFEV MAI

)

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Capítulo III – Análise______________________________________________ - 82 -

resultando em lucros bastante elevados, ou seja, a receita obtida pela venda dos

produtos conseguiu cobrir tanto os custos e despesas variáveis quanto os fixos do

período considerado em todos os meses analisados.

É importante destacar que a parada programada da Unidade A entre a segunda

quinzena de janeiro e a primeira quinzena de fevereiro está refletida nesta análise de

modo que observamos quantidades vendidas menores nestes meses de janeiro e

fevereiro, ocasionando uma receita menor da venda dos seus produtos.

No entanto, tal parada criou um aumento na capacidade instalada da Unidade A

assim como maiores escalas de produção nas outras unidades da empresa de modo a

retomar resultados significativos nos meses correntes, com destaque ao dois últimos

meses do semestre onde se registraram vendas recordes e, por conseguinte, receitas

maiores.

5.1.3. Cálculo do grau de alavancagem operacional

O cálculo do grau de alavancagem operacional é expresso, conforme explicitado

nos fundamentos teóricos deste trabalho, pela seguinte equação:

quação 17: Grau de alavancagem operacional (Fonte: LEITE - 1985)

AO > 1 --> há alavancagem operacional

nal

∆ LOLO

∆ QvQv

GAO =

∆ LOLO

∆ QvQv

GAO =

E

Onde se:

G

GAO < 1 --> não há alavancagem operacio

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Capítulo III – Análise______________________________________________ - 83 -

om base nas variáveis calculadas na análise do ponto de equilíbrio operacional

abela 28 da empresa no

C

(Tabela 27), podemos montar a tabela seguinte:

T : Cálculo do grau de alavancagem operacional dos produtos

1ºSemestre de 2XX1 (Fonte: Elaboração própria)

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Conforme a tabela 28, observamos que quanto maior variação percentual no volume

de vendas, maior ainda será a variação percentual no Lucro Operacional, ou seja,

temos um grau de alavancagem operacional (GAO) maior que um e, portanto, há

alavancagem operacional.

Com isso, a empresa deve buscar oportunidades para o aumento do volume de

vendas de seus produtos dado que o cenário atual da empresa apresenta um grau de

alavancagem positivo maior que um em seus produtos, gerando, portanto, variações

percentuais nos lucros maiores que as variações percentuais nos volumes vendidos,

ou seja, pela tabela acima, um acréscimo de 10% no volume vendido pela empresa

representaria um acréscimo de 13, 7% no lucro operacional da empresa.

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Capítulo IV – Conclusões____________________________________________ - 85 -

Capítulo IV – Conclusões

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Capítulo IV – Conclusões____________________________________________ - 86 -

6. Conclusões

6.1. Diagnóstico Final

6.1.1. Resumo dos principais pontos abordados neste trabalho

Tendo cumprido as duas fases do método analítico proposto neste trabalho,

podemos e devemos destacar os principais pontos abordados neste trabalho em

busca de uma avaliação não só do método utilizado, mas como os resultados obtidos

na utilização deste método.

A utilização do método proposto

Os dois métodos de análise utilizados neste trabalho foram de grande valia na

avaliação dos dados disponíveis.

O primeiro método de análise, o modelo bridge de análise de impacto dos micro-

indicadores de desempenho, proposto por TUNG (1974) e SANVICENTE (1980),

proporcionou um diagnóstico qualificado e quantificado dos desvios ocorridos de

um simples aumento ou diminuição de preço, volume, CPV unitário ou despesa.

É possível mostrar tanto para alta gerência, gerentes comerciais ou engenheiros

industriais de como um aumento no preço pode impactar diretamente no resultado

da empresa assim como um custo unitário maior ocasionado por perda de eficiência

operacional ou elevação do preço de matéria-prima também traz efeitos diretos no

resultado operacional da empresa.

O segundo método analítico, o modelo da margem de contribuição com base na

análise do ponto de equilíbrio operacional e grau de alavancagem operacional, com

base na bibliografia de GITMAN (1984) e MOTA (1990), ofereceu a empresa um

painel operacional identificando os níveis de atividade da empresa e a garantia de

que seus produtos têm alavancagem operacional, ou seja, variações percentuais nos

lucros maiores que as variações percentuais no volume vendido.

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Capítulo IV – Conclusões____________________________________________ - 87 -

Os resultados obtidos na utilização do método proposto

O modelo bridge de análise dos impactos dos micro-indicadores de desempenho

apresentou resultados significativos com relação ao detalhamento no aumento de

12,5 % do resultado operacional da empresa petroquímica (macro-indicador

EBITDA) em 2XX1 comparado ao mesmo período de 2XX0.

Foi possível visualizar que o aumento de preço em 2XX1 comparado a 2XX0 foi

fator chave para o a conquista de um resultado operacional acima do obtido no ano

anterior com impactos positivos em todas as quatro unidades de negócio da

empresa, totalizando cerca de R$ 448 MM.

Assim como o preço, é notável a participação dos impactos do CPV unitário em

todas as unidades de negócio (com exceção da unidade C devido a um mix diferente

de matérias-prima) devido aos significativos aumentos da principal matéria-prima

de qualquer empresa petroquímica de primeira e segunda gerações, a nafta

petroquímica,

Esta elevação observada no preço da nafta petroquímica pode ser associada as

constantes tensões no Oriente Médio e oscilações no preço do barril do petróleo,

totalizando um impacto negativo cerca de R$ 306 MM no EBITDA da empresa.

Já o modelo da margem de contribuição focado no ponto de equilibro da empresa e

grau de alavancagem, notou-se uma posição muito cômoda da empresa em gerar

lucro dado seus níveis de atividade muito acima do ponto de equilíbrio calculado

embora seja necessário um monitoramento constante e mais detalhado deste modelo

Uma análise focada em cada um dos diversos produtos da empresa agregaria mais

valor a este modelo já que proporcionaria uma lista dos produtos mais rentáveis,

menos rentáveis e até mesmo aos que operam em níveis de atividade menores do

que o ponto de equilíbrio, ou seja, trazendo prejuízos à empresa.

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Capítulo IV – Conclusões____________________________________________ - 88 -

Considerando-se as restrições quanto às simulações nos dados disponíveis para esta

análise e o tempo para este trabalho, este nível de análise não foi possível ser feito,

no entanto, é uma sugestão oferecida para a uma possibilidade de extensão a ser

feita deste trabalho.

6.1.2. Conclusão

O aprimoramento de um método de análise econômico-financeira de um

Demonstrativo de Resultado (DRE) com base nos micro-indicadores de desempenho

requer uma base de dados segura e capaz de fornecer a maior abertura possível dos

indicadores de desempenho (Receita, CPV, despesas, etc) de modo que se possa ter

acesso ao detalhamento destes indicadores para a construção do modelo analítico

proposto neste trabalho.

A metodologia apresentada neste trabalho mostrou-se bastante eficiente em seu

propósito, possibilitando que os principais impactos gerados pelos micro-

indicadores de desempenho fossem identificados, de forma que as ações pertinentes

pudessem, então, ser tomadas. Observa-se que a metodologia proposta pode ser

aplicada a qualquer organização do setor industrial17, seja ela de pequeno, médio ou

grande porte, independente do ramo de atuação.

Observa-se que um dos produtos obtidos por este trabalho – o gráfico bridge de

micro-indicadores de desempenho ilustrado no item 4.4.4 e amplamente utilizado

neste trabalho, proporcionou uma clara visualização e mensuração dos impactos de

cada micro-indicador de desempenho presente em um Demonstrativo de Resultado

capaz de atentar quanto a ações preventivas, corretivas e de controle a serem

tomadas pela alta direção da organização.

Tendo em vista o tempo disponível para a realização do trabalho e a metodologia

inicialmente proposta, observa-se que o trabalho apresentou resultados bastante

satisfatórios. A possibilidade de realizar um estudo de melhoria na análise

17 Desde que a mesma já possua uma fonte segura e detalhada dos dados de receita, custos e despesas, apresentados em um Demonstrativo de Resultado do Exercício (DRE). Caso contrário, torna-se inviável a abertura e detalhamento dos impactos dos micro-indicadores de desempenho.

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Capítulo IV – Conclusões____________________________________________ - 89 -

econômico-financeira de um Sistema de Gestão de Desempenho, presente na área de

Controladoria, por exemplo, com base nos métodos propostos neste trabalho em

uma empresa de grande porte, foi de grande valia para o autor, o qual considera ter

adquirido grande conhecimento do setor petroquímico em questão visando grandes

oportunidades profissionais e para a organização em si.

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Referências Bibliográficas______________________ - 90 -

Referências Bibliográficas

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RIGGS, J. L. Economic Decision Models for engineers and managers.. McGraw-Hill, 1968. 397p. SANVICENTE, A. Z. Administração Financeira. São Paulo: Atlas, 1980. 301p. TUNG, N. H. Controladoria financeira das empresas: abordagem prática. 4a edição. São Paulo: EDUSP, 1974. p. 167–181. WONGTSCHOWSKI, P. Indústria Química. 2a Edição. São Paulo: Edgard Blucher ltda, 2002. 306p.

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Anexo A – Preços e volumes praticados em 2XX0 e 2XX1 por UN___________ - 92 -

Anexos

Anexo A – Preços e Volumes Praticados em 2XX0 e 2XX1 por UN

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Anexo B – DRE por unidade de negócio do 1º Semestre de 2XXX___________ - 93 -

Anexo B – Demonstrativo de resultado do 1º Semestre de 2XXX por unidade de negócio

UN CONTA DRE Cenário jan fev mar abr mai jun Total geralUN A RECEITA BRUTA 2XX0 269.930 334.607 421.509 412.273 415.406 424.528 2.278.252

2XX1 266.172 412.767 467.779 469.538 465.245 536.463 2.617.965 DEVOLUÇÕES/ABATIMENTOS 2XX1 (72.645) (1.113) (1.224) (117) (181) (75.280) ICMS 2XX0 (34.241) (44.577) (52.219) (52.944) (51.359) (53.549) (288.891)

2XX1 (28.034) (43.493) (53.839) (50.208) (49.142) (54.883) (279.599) PIS 2XX0 (3.606) (4.617) (5.405) (5.504) (5.410) (5.587) (30.128)

2XX1 (3.235) (5.050) (5.665) (5.375) (5.099) (5.857) (30.281) COFINS 2XX0 (6.556) (8.395) (9.826) (10.008) (9.836) (10.157) (54.779)

2XX1 (5.881) (23.262) (26.093) (24.756) (23.487) (26.977) (130.456) FRETES 2XX0 (2.724) (3.168) (7.945) (5.524) (5.192) (5.900) (30.453)

2XX1 (991) (3.543) (5.094) (5.236) (7.927) (7.915) (30.707) RECEITA LÍQUIDA 2XX0 222.803 273.849 346.113 338.292 343.608 349.335 1.874.001

2XX1 228.031 264.774 375.975 382.739 379.473 440.651 2.071.642 CPV VARIAVEL 2XX0 (189.098) (221.788) (261.964) (249.273) (257.371) (250.985) (1.430.479)

2XX1 (193.340) (203.886) (270.314) (293.223) (282.231) (346.227) (1.589.220) CPV FIXO 2XX0 (10.241) (12.302) (12.576) (11.951) (12.342) (12.537) (71.950)

2XX1 (7.071) (9.292) (13.077) (9.833) (12.122) (14.342) (65.737) CPV DEPRECIAÇÃO 2XX0 (7.004) (8.637) (9.203) (8.854) (9.139) (9.706) (52.543)

2XX1 (4.118) (5.850) (9.104) (10.490) (9.825) (11.063) (50.449) LUCRO BRUTO 2XX0 16.460 31.122 62.369 68.214 64.757 76.107 319.029

2XX1 23.502 45.747 83.480 69.193 75.296 69.019 366.237 DESPESAS ADMINISTRATIVAS 2XX0 (5.230) (4.704) (5.558) (5.528) (5.859) (5.138) (32.017)

2XX1 (5.229) (4.739) (5.578) (5.617) (5.871) (5.149) (32.183) DESPESAS FIXAS DE VENDAS 2XX0 (6.796) (6.795) (6.965) (6.953) (7.102) (7.127) (41.738)

2XX1 (2.825) (3.753) (9.766) (6.636) (5.067) (7.753) (35.799) DESPESAS VARIAVEIS DE VENDAS 2XX0 (1.466) (1.549) (1.620) (1.664) (1.727) (1.775) (9.801)

2XX1 (1.514) (1.677) (1.875) (2.102) (2.225) (1.806) (11.199) OUTRAS REC E DESP OPERACIONAIS 2XX0 1.492 1.539 1.577 1.579 1.610 1.613 9.409

2XX1 1.501 1.653 1.423 1.306 1.695 1.645 9.223 LUCRO OPERACIONAL 2XX0 8.051 22.605 53.593 59.387 55.698 66.965 266.300

2XX1 20.613 41.885 73.454 62.120 69.729 61.211 329.011 EBITDA 2XX0 16.668 32.964 64.607 70.115 66.794 78.687 329.835

2XX1 24.731 47.734 82.557 72.610 79.554 72.273 379.460

UN CONTA DRE Cenário jan fev mar abr mai jun Total geralUN B RECEITA BRUTA 2XX0 277.273 301.198 319.818 332.566 325.382 321.440 1.877.676

2XX1 323.685 260.707 308.887 292.781 376.387 388.511 1.950.958 DEVOLUÇÕES/ABATIMENTOS 2XX1 (1.480) (1.225) (2.699) (2.056) (3.029) (1.899) (12.389) IPI 2XX0 (11.066) (12.356) (13.159) (13.710) (13.320) (13.161) (76.772)

2XX1 (12.067) (9.164) (11.377) (10.505) (14.685) (15.219) (73.016) ICMS 2XX0 (29.456) (32.658) (34.777) (36.247) (35.364) (34.946) (203.448)

2XX1 (29.227) (22.106) (27.263) (25.993) (36.040) (36.309) (176.937) PIS 2XX0 (3.652) (4.078) (4.342) (4.524) (4.396) (4.343) (25.335)

2XX1 (4.440) (3.464) (4.204) (3.954) (5.246) (5.414) (26.721) COFINS 2XX0 (6.640) (7.414) (7.895) (8.226) (7.992) (7.897) (46.063)

2XX1 (8.073) (15.953) (19.365) (18.211) (24.163) (24.936) (110.700) FRETES 2XX0 (6.107) (6.966) (6.970) (7.237) (6.881) (6.773) (40.935)

2XX1 (8.935) (6.371) (6.919) (7.013) (9.090) (10.138) (48.466) RECEITA LÍQUIDA 2XX0 220.352 237.727 252.674 262.622 257.428 254.319 1.485.123

2XX1 259.463 202.424 237.060 225.050 284.135 294.596 1.502.728 CPV VARIAVEL 2XX0 (157.591) (167.781) (166.402) (174.838) (171.613) (171.301) (1.009.526)

2XX1 (177.328) (127.003) (154.360) (154.315) (204.039) (207.229) (1.024.274) CPV FIXO 2XX0 (7.636) (8.886) (8.243) (8.210) (7.728) (8.069) (48.772)

2XX1 (9.097) (6.873) (7.755) (7.652) (8.767) (8.225) (48.369) CPV DEPRECIAÇÃO 2XX0 (6.046) (6.405) (6.153) (6.183) (5.990) (6.328) (37.105)

2XX1 (5.453) (3.987) (3.874) (4.040) (5.344) (5.245) (27.943) LUCRO BRUTO 2XX0 49.079 54.655 71.876 73.391 72.098 68.621 389.720

2XX1 67.586 64.561 71.070 59.043 65.986 73.897 402.143 DESPESAS ADMINISTRATIVAS 2XX0 (9.150) (8.251) (8.084) (8.156) (8.157) (7.569) (49.367)

2XX1 (9.158) (8.244) (8.136) (8.150) (8.162) (7.533) (49.383) DESPESAS FIXAS DE VENDAS 2XX0 (1.204) (1.202) (1.378) (1.246) (1.198) (1.194) (7.422)

2XX1 (1.169) (1.602) (143) (1.463) (1.414) (1.526) (7.317) DESPESAS VARIAVEIS DE VENDAS 2XX0 (1.466) (1.553) (1.625) (1.676) (1.678) (1.648) (9.646)

2XX1 (3.543) (1.786) (3.328) (3.141) (6.062) (3.669) (21.530) LUCRO OPERACIONAL 2XX0 46.061 51.549 68.524 70.120 68.873 65.429 370.555

2XX1 63.760 62.149 68.601 55.483 59.541 69.712 379.245 EBITDA 2XX0 52.502 58.353 75.074 76.703 75.264 72.161 410.058

2XX1 69.213 66.135 72.475 59.523 64.885 74.957 407.188

Page 111: Análise e Detalhamento dos Indicadores de Desempenho …pro.poli.usp.br/wp-content/uploads/2012/pubs/detalhamento-e... · grÁfico 2: bridge da receita lÍquida (fonte: elaboraÇÃo

Anexo B – DRE por unidade de negócio do 1º Semestre de 2XXX___________ - 94 -

UN CONTA DRE Cenário jan fev mar abr mai jun Total geralUN C RECEITA BRUTA 2XX0 90.827 93.439 118.509 123.305 127.815 132.251 686.147

2XX1 127.302 115.237 133.797 103.356 152.501 152.537 784.730 DEVOLUÇÕES/ABATIMENTOS 2XX1 (244) (202) (522) (125) (570) (464) (2.127) IPI 2XX0 (4.225) (4.355) (5.065) (5.288) (5.566) (5.782) (30.280)

2XX1 (3.755) (4.267) (4.663) (4.056) (5.344) (5.301) (27.386) ICMS 2XX0 (12.376) (12.767) (14.827) (15.483) (16.224) (16.792) (88.470)

2XX1 (14.965) (12.759) (14.887) (11.037) (16.409) (16.495) (86.553) PIS 2XX0 (1.394) (1.437) (1.671) (1.745) (1.837) (1.908) (9.992)

2XX1 (1.973) (1.759) (1.992) (1.556) (2.191) (2.195) (11.667) COFINS 2XX0 (2.535) (2.613) (3.039) (3.173) (3.339) (3.469) (18.168)

2XX1 (3.587) (8.101) (9.177) (7.169) (10.093) (10.110) (48.237) FRETES 2XX0 (2.594) (2.554) (3.471) (3.502) (3.550) (3.712) (19.383)

2XX1 (3.457) (3.089) (3.316) (2.631) (4.361) (3.743) (20.596) RECEITA LÍQUIDA 2XX0 67.702 69.713 90.436 94.116 97.298 100.589 519.853

2XX1 99.322 85.059 99.238 76.783 113.534 114.228 588.164 CPV VARIAVEL 2XX0 (41.384) (40.218) (49.674) (51.821) (51.974) (52.954) (288.025)

2XX1 (53.390) (45.474) (48.225) (38.632) (54.789) (53.418) (293.927) CPV FIXO 2XX0 (8.032) (8.260) (9.959) (10.074) (9.959) (10.071) (56.355)

2XX1 (10.683) (8.745) (10.619) (7.803) (11.646) (10.912) (60.408) CPV DEPRECIAÇÃO 2XX0 (3.266) (3.407) (4.070) (4.015) (4.022) (4.032) (22.812)

2XX1 (4.066) (5.058) (4.710) (4.236) (5.327) (5.250) (28.647) LUCRO BRUTO 2XX0 15.020 17.829 26.733 28.205 31.342 33.531 152.661

2XX1 31.184 25.782 35.684 26.111 41.772 44.649 205.182 DESPESAS ADMINISTRATIVAS 2XX0 (2.438) (2.121) (2.699) (2.527) (2.558) (2.689) (15.031)

2XX1 (2.397) (2.728) (2.680) (3.313) (2.561) (2.690) (16.369) DESPESAS FIXAS DE VENDAS 2XX0 (457) (463) (510) (500) (533) (559) (3.022)

2XX1 (332) (356) (404) (355) (404) (341) (2.192) DESPESAS VARIAVEIS DE VENDAS 2XX0 (451) (459) (630) (647) (650) (662) (3.499)

2XX1 (501) (461) (597) (637) (776) (834) (3.807) LUCRO OPERACIONAL 2XX0 28.594 34.175 25.593 27.058 30.159 32.310 177.889

2XX1 30.749 25.347 35.159 25.659 41.099 43.997 202.010 EBITDA 2XX0 35.014 40.853 29.788 31.199 34.307 36.467 207.627

2XX1 34.815 30.405 39.869 29.895 46.427 49.246 230.657

UN CONTA DRE Cenário jan fev mar abr mai jun Total geralUN D RECEITA BRUTA 2XX0 48.993 55.939 56.479 55.279 56.041 55.932 328.664

2XX1 54.658 47.204 55.117 61.492 57.376 71.949 347.796 DEVOLUÇÕES/ABATIMENTOS 2XX1 (3.245) (2.676) (143) (657) (2.533) (763) (10.017) IPI 2XX0 (1.393) (1.398) (1.418) (1.320) (1.355) (1.343) (8.227)

2XX1 (1.094) (1.469) (782) (1.897) (1.578) (1.099) (7.918) ICMS 2XX0 (6.286) (7.069) (7.121) (6.950) (7.067) (7.048) (41.542)

2XX1 (2.805) (2.926) (3.285) (4.018) (4.208) (4.524) (21.767) PIS 2XX0 (708) (809) (817) (797) (810) (808) (4.748)

2XX1 (688) (658) (774) (837) (862) (979) (4.799) COFINS 2XX0 (1.288) (1.471) (1.486) (1.448) (1.472) (1.469) (8.633)

2XX1 (1.251) (3.176) (3.564) (3.857) (3.970) (4.510) (20.328) FRETES 2XX0 (1.148) (1.316) (1.312) (1.262) (1.222) (1.225) (7.486)

2XX1 (884) (681) (594) (744) (836) (1.353) (5.092) RECEITA LÍQUIDA 2XX0 38.169 43.875 44.325 43.502 44.115 44.041 258.027

2XX1 44.690 35.617 45.977 49.482 43.389 58.721 277.876 CPV VARIAVEL 2XX0 (30.280) (34.577) (34.339) (33.028) (33.127) (33.760) (199.112)

2XX1 (34.028) (24.628) (30.196) (38.022) (35.394) (46.766) (209.034) CPV FIXO 2XX0 (3.756) (4.695) (4.418) (4.103) (3.962) (4.072) (25.006)

2XX1 (5.669) (4.672) (4.473) (4.466) (4.570) (5.425) (29.274) CPV DEPRECIAÇÃO 2XX0 (1.349) (1.503) (1.423) (1.314) (1.252) (1.261) (8.102)

2XX1 (1.632) (1.280) (1.461) (1.715) (1.483) (1.867) (9.440) LUCRO BRUTO 2XX0 2.784 3.100 4.145 5.056 5.775 4.948 25.807

2XX1 3.362 5.036 9.846 5.279 1.942 4.663 30.128 DESPESAS ADMINISTRATIVAS 2XX0 (1.612) (1.468) (1.544) (1.517) (1.471) (1.368) (8.981)

2XX1 (1.614) (1.481) (1.542) (1.513) (1.492) (1.395) (9.037) DESPESAS FIXAS DE VENDAS 2XX0 (201) (168) (186) (186) (185) (237) (1.163)

2XX1 (66) (162) (281) (336) (280) (297) (1.421) DESPESAS VARIAVEIS DE VENDAS 2XX0 (357) (379) (381) (379) (382) (383) (2.260)

2XX1 (187) (202) (201) (215) (210) (255) (1.269) LUCRO OPERACIONAL 2XX0 2.160 2.487 3.512 4.426 5.142 4.262 21.989

2XX1 3.262 4.860 9.542 4.898 1.630 4.294 28.486 EBITDA 2XX0 3.583 4.065 5.009 5.813 6.467 5.598 30.535

2XX1 4.895 6.140 11.003 6.614 3.113 6.161 37.926