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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS CURSO DE ADMINISTRAÇÃO Greyce Marusa Guimarães Stuart TRABALHO DE CONCLUSÃO DE ESTÁGIO Análise dos custos e da margem de contribuição da empresa Qualimédica Saúde Ocupacional Administração Financeira ITAJAÍ – SC, 2009 PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com

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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS CURSO DE ADMINISTRAÇÃO

Greyce Marusa Guimarães Stuart

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE ESTÁGIO

Análise dos custos e da margem de contribuição da empresa Qualimédica Saúde

Ocupacional

Administração Financeira

ITAJAÍ – SC, 2009

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GREYCE MARUSA GUIMARÃES STUART

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE ESTÁGIO

ANÁLISE DOS CUSTOS E DA MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO DA EMPRESA

QUALIMÉDICA SAÚDE OCUPACIONAL.

Trabalho de conclusão desenvolvido para o Estágio Supervisionado do Curso de Administração do Centro de Ciências Sociais Aplicadas da Universidade do Vale do Itajaí.

ITAJAÍ – SC, 2009

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Agradeço a todos que me apoiaram

em todo o longo período até a

conclusão deste curso, a minha

família e especialmente a Deus, que

fez meu sonho realidade, o qual eu o

louvo de todo meu coração.

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EQUIPE TÉCNICA

a) Nome do estagiário

Greyce Marusa Guimarães Stuart

b) Área de estágio

Departamento Financeiro

c) Supervisor de campo

Carolina Emygdio do Nascimento

d) Orientador de estágio

Prof. Edilene Naciara Pereira

e) Responsável pelos Estágios em Administração

Prof. Eduardo Krieger da Silva

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DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA

a) Razão social

Qualimédica Saúde Ocupacional Ltda.

b) Endereço

Rua Lauro Muller, 350, Centro, Itajaí – SC

c) Setor de desenvolvimento do estágio

Departamento Financeiro. Custos.

d) Duração do estágio

300 horas

e) Nome e cargo do supervisor de campo

Carolina Emygdio do Nascimento – Sócia – Gerente

f) Carimbo e visto da empresa

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AUTORIZAÇÃO DA EMPRESA

ITAJAÍ, 28 de maio de 2009.

A empresa QUALIMÉDICA SAÚDE OCUPACIONAL LTDA, pelo presente

instrumento, autoriza a Universidade do Vale do Itajaí - UNIVALI, a publicar, em sua

biblioteca, o Trabalho de Conclusão de Estágio executado durante o Estágio

Supervisionado, pela acadêmica GREYCE MARUSA GUIMARÃES STUART.

_______________________________________________

Carolina Emygdio do Nascimento

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RESUMO

Nos dias de hoje a análise de custos está tornando-se cada vez mais fundamental para a sobrevivência e competitividade das empresas no mercado, para que as mesmas alcancem de uma forma objetiva os resultados propostos. Nesta pesquisa buscou-se apresentar a representatividade dos custos e da margem de contribuição sobre as receitas dos serviços prestados pela Qualimédica Saúde Ocupacional. Teve como principais objetivos identificar os custos, analisar a margem de contribuição, verificar os custos e a margem de contribuição em relação às receitas, apresentar alternativas mais eficientes de controle de custos na empresa para atingir melhores resultados. Na busca destes objetivos foram analisados dados e informações referentes aos meses de agosto de 2008 à dezembro de 2008, utilizando instrumentos de fontes primárias e secundárias como documentos fiscais, software financeiros, relatórios financeiros, além de entrevista informal com a sócia-gerente da empresa. Esta pesquisa foi realizada com a característica diagnóstica, com uma abordagem qualitativa com aporte quantitativo, explorando o ambiente de forma detalhada. Os resultados obtidos foram insatisfatórios, porém de suma importância, pois a empresa não tinha realizado este tipo de estudo anteriormente. Conclui-se que este trabalho mostrou a real situação da empresa, proporcionando aos sócios uma melhor precisão nos resultados para a busca de melhorias em seu processo, conseguindo assim, manter-se no mercado competitivo e consequentemente garantir sua sobrevivência. PALAVRAS-CHAVES: custos, margem de contribuição, receitas

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Tabela 1 – Custos fixos em julho .............................................................................. 36

Tabela 2 – Custos variáveis em julho ....................................................................... 36

Grafico 1 – Custos totais do mês de Julho ............................................................... 37

Tabela 3 - Custos fixos em agosto ........................................................................... 37

Tabela 4 – Custos variáveis em agosto .................................................................... 38

Gráfico 2 – Custos totais do mês de agosto. ............................................................ 38

Tabela 5 – Custos fixos em setembro. ..................................................................... 39

Tabela 6 – Custos variáveis em setembro. ............................................................... 39

Gráfico 3 – Custos totais de setembro ...................................................................... 40

Tabela 7 – Custos fixos em outubro ......................................................................... 40

Tabela 8 – Custos variáveis em outubro....................................................................41

Gráfico 4 – Custos totais de outubro ........................................................................ 41

Tabela 9 – Custos fixos em novembro ..................................................................... 42

Tabela 10 – Custos variáveis em novembro ............................................................. 42

Gráfico 5 – Custos totais em novembro .................................................................... 43

Tabela 11 – Custos fixos em dezembro ................................................................... 43

Tabela 12 – Custos variáveis em dezembro ............................................................. 44

Gráfico 6 – Custos totais de dezembro ..................................................................... 44

Gráfico 7 – Total dos custos do segundo semestre de 2008 .................................... 45

Tabela 13 – Demonstrativo do resultado do mês de julho ........................................ 45

Tabela 14 – Demonstrativo do resultado do mês de agosto ..................................... 46

Tabela 15 – Demonstrativo do resultado do mês de setembro................................. 46

Tabela 16 – Demonstrativo do resultado do mês de outubro ................................... 47

Tabela 17 – Demonstrativo do resultado do mês de novembro.................................47

Tabela 18 – Demonstrativo do resultado do mês de dezembro.................................48

Tabela 19 – Comparativo entre o resultado da pesquisa e a entrevista com a sócia-

gerente...................................................................................................................... 50

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 11

1.1 Problema da Pesquisa/Justificativa .................................................................... 13

1.2 Objetivos do Trabalho ......................................................................................... 14

1.3 Aspectos Metodológicos .................................................................................... 15

1.3.1 Caracterização do Trabalho de Estágio ........................................................... 15

1.3.2 Contexto e participantes da pesquisa. ............................................................. 16

1.3.3 Procedimento e Instrumento de coleta de dados. ............................................ 16

1.3.4 Tratamento e análise dos dados. ..................................................................... 17

2 REVISÃO BIBLIOGRAFICA .................................................................................. 18

2.1 Conceitos da Administração ............................................................................... 18

2.2 Administração Financeira.....................................................................................19

2.2.1 Funções do Administrador Financeiro ............................................................. 20

2.2.2 Decisões Financeiras .................................................................................... 21

2.2.3 Riscos e Incertezas na Administração Financeira ........................................... 22

2.3 Contabilidade de Custos ..................................................................................... 23

2.3.1 Conceitos Básicos dos Custos ........................................................................ 24

2.4 Classificação dos Custos .................................................................................... 25

2.4.1 Custos Diretos ................................................................................................ 26

2.4.2 Custos Indiretos ............................................................................................... 26

2.4.3 Custos Fixos .................................................................................................... 27

2.4.4 Custos Variáveis ............................................................................................. 28

2.4.5 Custo por Absorção ....................................................................................... 29

2.5 Margem de Contribuição..................................................................................... 29

2.6 Análise Custo-Volume-Lucro .............................................................................. 31

3 DESENVOLVIMENTO DA PESQUISA DE CAMPO .............................................. 33

3.1 Caracterização da Empresa ............................................................................... 33

3.2 Resultado da Pesquisa ....................................................................................... 36

3.2.1 Comparativo entre o resultado e a entrevista com a sócia gerente .................48

3.3 Sugestões ............................................................................................................ 51

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10 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................... 53

5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................... 55

APÊNDICES...............................................................................................................57

DECLARAÇÃO DO ACEITE DO PROJETO..............................................................61

ASSINATURA DOS RESPONSÁVEIS.......................................................................62

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1 INTRODUÇÃO

O setor da saúde no Brasil, conforme dados do ministério da saúde, vem

apresentando um acentuado desenvolvimento de suas atividades e

conseqüentemente, vem necessitando de mais recursos à sua disposição.

As organizações que prestam serviços nesta área, sejam públicas ou

privadas, estão preocupadas em obter resultados econômicos satisfatórios. Para

isso, procuram desenvolver meios de controle de gastos, porém, tendo a

preocupação de que a qualidade dos serviços prestados seja sempre aprimorada,

pois a concorrência no setor se torna a cada dia mais acirrada. Para tanto, buscam

nos controles de custos, o caminho mais indicado tentando resolver esta situação.

O desenvolvimento tecnológico faz com que o setor busque, a cada dia, sua

atualização e ofereça procedimentos, os mais sofisticados possíveis, objetivando a

melhoria dos serviços prestados à saúde de seus clientes, ou seja, à sociedade de

maneira geral.

Um dos meios de se atingir tais objetivos é a utilização das informações de

um eficiente sistema de custos, que possa proporcionar aos gestores informações

úteis para a tomada de decisões. Estas decisões estão geralmente envolvidas com o

tipo de produto ou serviço que à entidade colocará à disposição do cliente e o

quanto exigirá de sacrifício financeiro.

Para Figueiredo e Caggiano (1993), os custos são essencialmente medidas

de unidades monetárias dos sacrifícios com os quais uma organização tem a

obrigação de pagá-las para atingir seus objetivos. Diferentes custos são usados para

diferentes propósitos, consequentemente são partes muito importantes no processo

de tomada de decisão.

No processo de tomada de decisões, os administradores servem como

referenciais para identificar os custos dos bens e serviços e através destas

informações podem conhecer também a alocação destes custos nas atividades de

maior relevância.

A pesquisa apresentada foi realizada na empresa Qualimédica Saúde

Ocupacional Ltda. A empresa oferece serviços completos de Segurança e Medicina

do Trabalho na especialização de elaboração e execução de programas de saúde e

segurança do trabalho. Tem como objetivo assegurar a saúde e a produtividade dos

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colaboradores de seus clientes, através da elaboração e execução dos programas

de prevenção de acidentes e doenças do trabalho conforme as normas do Ministério

do Trabalho.

Fundada em outubro de 2003, situada à Rua Lauro Muller, nº 350, bem no

Centro de Itajaí, a empresa Qualimédica, através de seus profissionais, atende hoje

a mais de 6.000 trabalhadores em cerca de 200 empresas no Vale do Itajaí.

A importância dos custos para as empresas que atuam no setor da saúde

está se tornando vital. Martins (2003) relata que devido ao crescimento das

empresas, e como conseqüência o distanciamento entre administrador, os ativos e

pessoas administradas, a Gestão de Custos passou a ser encarada como um

eficiente instrumento de suporte no desempenho da missão gerencial das empresas,

em especial nas funções de controle e tomadas de decisões. Desta forma, cresce a

necessidade de sistemas eficientes de acompanhamento e de controle de custos

que estão se tornando imprescindíveis a implantação de outros sistemas nas

organizações da área da saúde.

De acordo Callado (2002) ainda, hoje as empresas brasileiras estão inseridas

em um contexto de grande competitividade, onde qualidade e custo são fatores

importantes para sua sobrevivência.

Concordando com o autor citado, cresce a necessidade de sistemas eficientes de

acompanhamento e de controle de custos e desta forma, estão se tornando

imprescindíveis a implantação de outros sistemas nas organizações da área da

saúde.

Buscando também melhor eficiência na redução de custos sem a diminuição

da qualidade na prestação de serviços, cresce a preocupação de estudos de

programas de redução de custos na Qualimédica Saúde Ocupacional Ltda, pois o

mercado está exigente, procurando qualidade e preço acessível.

Através do desenvolvimento desta pesquisa, portanto, analisou-se os custos

aplicados pela empresa Qualimédica Saúde Ocupacional, identificando os pontos

fortes e fracos e sugerindo melhorias na eficiência do seu processo.

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1.1 Problema da Pesquisa/Justificativa

A empresa Qualimédica Saúde Ocupacional Ltda, encontra-se atualmente

com problemas de identificação dos custos em relação as receitas, inexistindo

também um sistema adequado para a organização e controle desta relação entre

custos x receita.

Não possui um sistema de custos ou faz qualquer tipo de análise que possa

identificar a relação entre os custos e a margem de contribuição na formação de

preço dos seus serviços.

Considerando a situação problemática acima, apresenta-se a seguinte

questão: Qual é a real representatividade dos custos na margem de contribuição dos

serviços prestados e consequentemente nos resultados obtidos pela empresa

Qualimédica Saúde Ocupacional Ltda?

Para Lakatos e Marconi (1991) o problema de pesquisa consiste em um

enunciado de forma clara, compreensível e operacional, cujo melhor modo de

solução é uma pesquisa ou pode ser resolvido por meio de processos científicos.

A competitividade proporcionada pela nova ordem econômica mundial,

resultando na globalização dos mercados, que se encontra em forte expansão nos

últimos anos, vem influenciando as economias de todo o mundo capitalista, trazendo

desafios para os gestores de diversos níveis e das mais variadas atividades, sejam

entidades de fins lucrativos ou não, sejam de administração pública ou privada.

A grande preocupação nesse setor é o desenvolvimento de um sistema de

custos que possa permitir o acompanhamento dos gastos e a identificação de todos

os custos envolvidos no processo de prestação dos serviços relacionados à saúde.

Martins (2003) esclarece, a Gestão de Custos atende a função controle

quando fornece dados para o estabelecimento de padrões, orçamentos e outras

formas de previsão e num estágio imediatamente seguinte acompanha efetivamente

o ocorrido e compara com os valores anteriores definidos.

Diante desse contexto apresentado justificou-se a realização deste trabalho

em virtude da importância de verificar a utilização e análise de custos na empresa

Qualimédica Saúde Ocupacional Ltda, pois a falta de sua utilização pode tornar a

empresa vulnerável à concorrência globalizada e pouca qualidade na administração

e na prestação dos serviços.

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Para o acadêmico este trabalho foi de suma importância, pois trouxe

experiências na prática de gerenciamento na área de custos, trazendo maior

conhecimento para sua formação profissional e pessoal.

Este tipo de trabalho foi desenvolvido pela primeira vez na empresa, visto a

necessidade de um possível aperfeiçoamento na área de custos na empresa.

O projeto de estágio teve viabilidade no aspecto de tempo, conforme o

cronograma, aspecto de custo conforme orçamento e aspecto de dados, onde o

acadêmico teve acesso aos dados que serão encontrados em um sistema de

cobrança informatizado.

1.2 Objetivos do Trabalho

Este trabalho de pesquisa teve como objetivo geral analisar os custos

aplicados e a margem de contribuição dos serviços de saúde oferecidos pela

empresa Qualimédica Saúde Ocupacional Ltda, identificando possíveis formas de

melhoria e eficiência.

Para Lakatos e Marconi (1991), o objetivo geral está ligado a uma visão

global e abrangente do tema. Tem relação com o conteúdo intrínseco, quer dos

fenômenos e eventos, quer das idéias estudadas.

Levando em conta o objetivo geral apresentado acima, definiu-de os

seguintes objetivos específicos:

- Identificar os custos dos serviços prestados pela empresa.

- Analisar a margem de contribuição dos serviços prestados.

- Verificar a relação dos custos e da margem de contribuição em relação às

receitas.

- Apresentar alternativas mais eficientes de controle de custos na empresa

para atingir melhores resultados.

Sobre os objetivos específicos, (Lakatos e Marconi, 1991, p. 291) diz:

“Apresentam caráter mais concreto. Tem função intermediária e instrumental,

permitindo de um lado, atingir o objetivo geral e, de outro, aplicá-lo a situações

particulares”.

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1.3 Aspectos Metodológicos

Este projeto utilizou uma metodologia para o desenvolvimento da pesquisa

onde foram analisadas planilhas de custos e despesas, relatórios de serviços

prestados, tabela de preços, coleta de dados de sistemas de informação e para a

obtenção de melhores resultados e informações precisas, foi realizada uma

entrevista em profundidade com a sócia-gerente administrativa que gerencia a parte

de formação de preços e de propostas.

Segundo Richardson (1999, p.22) “metodologias são as regras estabelecidas

para o método científico, a necessidade de observar, a necessidade de formular

hipóteses e a elaboração de instrumentos”.

1.3.1 Caracterização do trabalho de estágio

O método de abordagem que teve predominância para o desenvolvimento

da pesquisa foi o quantitativo com aporte qualitativo.

No método quantitativo foi feito um levantamento dos dados necessários à

realização da pesquisa, tais como gastos com luz, aluguel, telefone, planilhas e

tabelas com dados de preço, planilhas de despesas administrativas, além da

separação dos dados conforme cada centro de custos e o faturamento da empresa.

A aplicação do método qualitativo foi através da aplicação de uma entrevista

em profundidade com a sócia-gerente administrativa da empresa.

A princípio, qualquer tipo de pesquisa poder ser abordado do ponto de vista

quantitativo e qualitativo, embora haja possibilidades da tendência ser de enfoque

mais quantitativo na Avaliação de Resultados e enfoque mais na qualitativa na

Avaliação formativa (ROESCH, 2005).

Este projeto teve como base a tipologia de pesquisa-diagnóstico. Segundo

Roesch (2005) projetos que visam pesquisa-diagnóstico tendem ao diagnóstico

interno ou do ambiente organizacional propõe-se a levantar e definir problemas.

Percebeu-se neste momento a necessidade de explorar o ambiente de

custos e definir possíveis problemas na empresa Qualimédica Saúde Ocupacional

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para que os administradores possam ter maior segurança e confiabilidade nas

tomadas de decisões.

Quanto ao nível, foi de caráter exploratório descritivo, que segundo Roesch

(2005), pesquisas de caráter descritivo não procuram explicar alguma coisa ou

mostrar relações casuais, como as pesquisas de caráter experimental.

1.3.2 Contexto e participantes da pesquisa.

Para o desenvolvimento da pesquisa, dentro do contexto da organização, foi

realizada uma entrevista em profundidade com a sócia-gerente que está ligada ao

departamento financeiro da empresa.

Também serviram de fonte de dados para a pesquisa relatórios de serviços

prestados retirados do sistema de informação utilizado na empresa, notas fiscais,

recibos, parceiros e fornecedores.

Roesch (2005, p. 128) relata sobre o item: “O estágio pode estar

concentrado em um departamento da empresa, como geralmente ocorre com

propostas que visam a diagnósticos, planos ou sistemas em determinado setores”.

1.3.3 Procedimento e instrumento de coleta de dados.

A coleta de dados foi realizada através do levantamento dos documentos e

registros do departamento financeiro da empresa. Os principais documentos

necessários foram os que apresentam os custos, despesas e todos os gastos

utilizados pela empresa. Foram coletados os custos e as despesas totais de cada

mês classificando-os por centro de custos. Após a classificação, foi realizado o

rateio dos custos pela receita, onde foi representado por um percentual identificando

o valor do custo sobre a receita de cada serviço prestado.

De acordo com Richardson (1999), a entrevista em profundidade é uma

técnica que permite o desenvolvimento de uma estreita relação entre pessoas, as

quais se comunicam bilateralmente dando importância às percepções de realidade

para elas.

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Outros dados foram coletados através da entrevista em profundidade com a

sócia-gerente da empresa quanto ao procedimento de formação de preços nos

serviços prestados.

Documentos da empresa como notas fiscais, extratos de faturamento e

pagamento dos clientes e tabelas de preços também serviram como fonte de dados

para o desenvolvimento da pesquisa. Para Roesch (2005, p.166), “normalmente tais

fontes são utilizadas para complementar entrevistas ou outros métodos da coleta de

dados”.

Foram utilizados também, para a necessidade do aprofundamento das

informações, a coleta de dados dos sistemas de tecnologia da informação utilizados

na empresa, tais dados foram transformados em relatórios.

1.3.4 Tratamento e análise dos dados.

Este item trata da forma como os dados serão analisados para o resultado

final da pesquisa.

Para Lakatos e Marconi (1991), a interpretação dos dados corresponde à

parte mais importante do relatório, pois neles que são transcritos os resultados,

agora sob forma de evidencias para a confirmação ou a refutação das hipóteses.

O tratamento e análise dos dados foram realizados através de classificação

dos centros de custos, relatórios coletados de um sistema informático de cobrança e

outros documentos já mencionados.

Estes dados foram interpretados com o auxílio da planilha de excel, através

da elaboração de tabelas com cálculos específicos quanto aos custos, faturamento e

despesas diversas. Também foram analisados os orçamentos dos preços dos

serviços prestados à cada cliente.

Após o tratamento de tais dados e a análise do conteúdo da entrevista em

profundidade com a sócia-gerente da empresa, foi apresentado um resultado

estatístico através de percentuais onde tornou-se permitido uma análise e

interpretação descritiva. Segundo sugere Roesch apud Weber (2005, p.170), “os

procedimentos da análise de conteúdo criam indicadores quantitativos. Cabe ao

pesquisador interpretar e explicar esses resultados”.

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2 REVISÃO BIBLIOGRAFICA

2.1 Conceitos da Administração

A definição de administração dentro da fundamentação teórica pesquisada

ainda aponta estudos na área. Montana e Patrick (2003, p 02), definem um conceito

para os dias de hoje: “Administração é o trabalho com e por intermédio de outras

pessoas para realizar o objetivo da organização, bem como de seus membros.”

Já Chiavenato (2001) conceitua que administração como a interpretação dos

objetivos propostos pela empresa e a transformação destes em ação empresarial,

através do planejamento, da organização, da direção e do controle de todos os

esforços realizados em todas as áreas e níveis da empresa, a fim de atingir tais

objetivos.

Com base nos conceitos apresentados é possível afirmar que administração

é o trabalho de um grupo de pessoas de uma organização que visam atingir um

objetivo comum, sendo ele individual ou coletivo.

Dentro dos conceitos da administração, apresentam-se as funções da

administração, que segundo Montana e Patrick (2003), apontam Fayol como um dos

pioneiros da teoria da administração e caracterizam em cinco funções especificas:

• planejamento – função que consiste em prever eventos futuros e determinar as

atividades futuras mais eficazes para a empresa;

• organização – função que consiste em como a estrutura organizacional está

estabelecida e em como a autoridade e a responsabilidade são passadas para os

gerentes (delegação);

• comando – função relacionada à maneira como os gerentes administram os

funcionários. Fayol abordou atividades tais como: comunicação eficaz,

comportamentos gerenciais e uso de recompensas e de punições na discussão

sobre como um gerente deveria comandar os funcionários.

• coordenação – função referente às atividade destinadas a criar uma relação

entre todos os esforços da organização (tarefas individuais) para realizar um

objetivo comum;

• controle – função relacionada ao modo como os gerentes avaliam o desempenho

dentro da organização com relação aos planos e às metas dessa organização.

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2.2 Administração Financeira

A administração financeira é um conjunto de ações e procedimentos

administrativos, envolvendo o planejamento, análise e controle das atividades

financeiras da empresa, visando maximizar os resultados econômicos - financeiros

decorrentes de suas atividades operacionais (GITMAN, 2001).

A extensão da administração financeira nas empresas depende, na sua

maioria, do tamanho da empresa e sua estrutura de capital. Em empresas

pequenas, a função financeira é geralmente feita pela contabilidade ou

departamento contábil.

Na medida em que e empresa inicia seu processo de crescimento no

mercado, é necessário que as divisões de tarefas administrativas sejam feitas e a

criação de um setor ou departamento financeiro ganha importância dentro da

empresa.

Um conceito que explica sobre o objetivo da administração financeira é de

Johnson (1980, p. 28) que diz: “o objetivo da administração financeira é providenciar

a existência de recursos para o pagamento das contas em dia e procurar maximizar

o valor atual dos lucros futuros dos proprietários.”

Já para Hoji (2007) os objetivos da administração financeira são a

maximização de seu valor no mercado, consequentemente aumentando a riqueza

dos proprietários de lucros, maximização de vendas, minimização de riscos e

maximização de preço e ação.

Baseando-se nos autores acima, observa-se que os objetivos da

administração financeira são administrar os lucros e recursos da empresa, para a

quitação das despesas e consequentemente o aumento do capital de giro e o ativo

da mesma.

Segundo Hoji (2007), todas as atividades de uma empresa envolvem

recursos que devem ser conduzidos para a obtenção de lucro. Sendo assim, ele

apresenta três conceitos das funções da administração financeira:

• Análise, planejamento e controle financeiros – monitoramento e avaliação das

atividades da empresa, através de relatórios de forma que possam ser utilizados

para monitorar a situação financeira da empresa, avaliação da necessidade de

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se aumentar ou reduzir a capacidade produtiva e determinação de aumentos ou

reduções dos financiamentos requeridos.

• Tomada de decisões de investimentos – dizem respeito à destinação dos

recursos financeiros, os mesmo deverão ser sabiamente ou economicamente

investidos na empresa. Esta função também é conhecida como “administração

de ativos.”

• Tomada de decisões de financiamento – são tomadas para captação recursos de

terceiros para financiamento, caso a previsão de saída de caixa for superior à de

entrada, procurando a melhor maneira de consegui-los.

A área de finanças é uma das áreas mais citadas na administração

financeira. De acordo com Gropelli e Nikbakht (1998), Finanças é a aplicação de

uma série de princípios econômicos para maximizar a riqueza ou valor total de um

negócio.

É preciso conhecer bem a área de finanças de uma empresa para entender

os relatórios financeiros preparados por outros segmentos da organização. Crepaldi

(2004, p 23) diz que: “é preciso saber o que significam os números, ainda que não

tenham como gerá-lo.”

As finanças usam informações contábeis para tomar decisões relativas à

receita e ao uso de fundos para atingir os objetivos da empresa.

2.2.1 Funções do administrador financeiro

A administração financeira e o administrador financeiro estão diretamente

relacionados. É o administrador financeiro que analisa os recursos disponíveis e a

captação de novos recursos, planeja a tomada das decisões para o desenvolvimento

e expansão da empresa.

Hoji (2007) descreve que, a administração financeira é exercida por pessoas

ou grupo de pessoas que podem ter diferentes denominações como: vice-presidente

de finanças, diretor financeiro, controller e gerente financeiro. O administrador

financeiro contribui consideravelmente com os conhecimentos técnicos que

conduzem de forma harmônica as atividades e operações existentes em função do

negócio da empresa.

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Gitman (2001) relata que a função do administrador financeiro é a de análise

e planejamento, administração de estrutura de ativos da empresa, administração de

estrutura financeira da empresa e o retorno do realizável a longo prazo.

A atuação de administrar os recursos e capital da empresa, não depende

somente do conceito ou iniciativa do administrador financeiro de tomar suas próprias

decisões, o administrador financeiro atua e toma decisões conforme a política

implantada na empresa, porte, recursos e a cultura de funcionários e diretoria da

empresa. (JHONSON, 1980).

O comportamento do novo administrador financeiro é outra questão sobre a

administração financeira, pois devido as constantes mudanças, exigências de

mercado e conscientização do mundo em globalização, o novo administrador deve

estar com seu pensamento sempre adiante, com estratégias, pensando no futuro da

organização como um todo.

As empresas estão se adequando às novas condições mercadológicas e precisam agir rapidamente, adotando estratégias com base numa visão global do mercado em vários aspectos. Para que isso ocorra, é necessário ter uma mentalidade global, sendo esse o maior desafio do administrador financeiro que terá que conquistar confiança de investidores, acionistas, governos, parceiros e consumidores, e principalmente atingir os resultados esperados na geração de valor. (MATIAS, 2007, p. 08).

Com o mercado cada vez mais competitivo e em grande crescimento, cresce

também a responsabilidade dos administradores financeiros na tomada de decisões

das organizações, com maiores desafios, ampliando assim seus horizontes e

conhecimento na administração financeira.

2.2.2 Decisões financeiras

Para Oliveira e Perez (2005), existem várias possibilidades na gestão de

custos que auxilia a toma de decisão. Entre as mais comuns é a fixação do preço de

venda, o cálculo da lucratividade do produto ou serviço, mix do produto e etc..

As decisões financeiras dentro das organizações são importantes e cada vez

mais devem estar envolvidas a um dado nível de desempenho, uma referência, em

linguagem mais atual, um apropriado referencial financeiro.

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Há vários custos que podem se tornar informações gerenciais para o

processo decisório. Figueiredo e Caggiano (1993, p. 30) descrevem: “Informação é a

força integrada e combina os recursos organizacionais num plano coerentemente

direcionado para a realização dos objetivos organizacionais.”

A tomada de decisão também pode ser vista como uma das funções básicas

da administração, como afirma Garrison (2001), já que ela está sempre em conflito

com questões do tipo: quais produtos vender, quais métodos de produção empregar,

fabricar peças ou comprá-las prontas, qual preço aplicar, quais canais de

distribuição utilizar, quando aceitar pedidos especiais e assim por diante.

Segundo Van Horne (1995), a Teoria de Finanças trata das três mais

importantes decisões financeiras da organização: decisões de investimentos;

decisões de financiamentos; decisões de distribuição de lucros.

O mais importante nessa abordagem do autor é que uma combinação ótima

dessas decisões irá criar mais valor. Tais decisões podem ser assim explicitadas:

• Decisões de investimentos – são aquelas consideradas as mais importantes (no

que se refere ao potencial de criação de valor), a partir de um dado critério de

concordância, com relação ao retorno desejado. A partir delas, os vários

componentes do ativo das organizações são definidos, ajustando rentabilidade e

retorno dos vários elementos escolhidos no mixing de investimentos;

• Decisões de financiamentos – corresponde ao objetivo das decisões de

financiamentos, ou seja: se uma empresa pode alterar o valor total de sua

avaliação por ter alterado sua estrutura de capital, uma estrutura de capital ótima

existe e deve ser perseguida;

• Decisões sobre distribuição de lucros – corresponde à quantia dos recursos

gerados, que é devolvida ao acionista como retorno pelo investimento realizado.

Essa decisão tem grande afinidade com as decisões de financiamento, já que

ambas afetam a necessidade de recursos solicitados pela organização.

2.2.3 Riscos e incertezas na administração financeira

A tomada de decisões apresenta riscos para a empresa conforme cada tipo

de negócio, tipo de risco de perdas de valores, risco de financiamento, perda de

ativos, etc..

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Para Hoji (2007, p. 233): “O risco existe em todas as atividades

empresariais. Tudo o que é decidido hoje, visando a um resultado no futuro, está

sujeito a algum grau de risco.”

Quando se fala em riscos, fala-se em envolvimento de mudanças

desfavoráveis, incertezas, probabilidade de perdas e eventos prejudiciais que uma

empresa pode possuir.

O risco é uma característica iminente a toda e qualquer atividade,

principalmente nas áreas que tratam diretamente com o patrimônio das empresas.

Tudo o que é feito hoje, visando um resultado no futuro, está sujeito a algum grau de

risco.

Para uma empresa, o risco passa a ser importante sempre que este pode apresentar uma perda financeira e perda de valor. Chamamos de risco financeiro os riscos que apresentam a possibilidade de perda financeira para empresa no presente e no futuro, representada pela possibilidade de perda de valor. (MATIAS 2007, p. 16).

Em consideração aos riscos inevitáveis que surgem nas organizações,

Matias (2007, p. 24) relata: “A gestão de risco financeiro tornou-se algo importante

para a empresa, pois muitas vezes manter maiores riscos financeiros não significa

maiores retornos financeiros.”

Uma boa gestão de riscos financeiros pode trazer para a uma empresa a

redução de perdas reais, aumento do lucro e aumento de seu valor.

2.3 Contabilidade de Custos

Dentro da contabilidade gerencial podemos encontrar a contabilidade de

custos. Para Crepaldi (2004), a contabilidade de custos é talvez hoje, a área mais

valorizada no Brasil e no mundo, pois tem a função de fornecer informações para o

estabelecimento de padrões, orçamento ou previsões e em seguida acompanhar o

efetivamente acontecido com os valores previstos.

2.3.1 Conceitos Básicos dos Custos

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Para um eficiente gerenciamento de custos e preços, faz-se necessário

compreender corretamente os conceitos relacionados aos custos. Para Wernke

(2005), a interpretação inadequada de várias definições encontradas na literatura

contábil ou administrativa, pode levar o administrador a equivocar-se quanto aos

fatores que sejam classificados como gastos, investimentos, despesas, perdas,

desperdícios e custos.

Segundo Wernke (2005), os conceitos básicos dos custos são apresentados

abaixo da seguinte forma:

• Gastos: este termo é empregado para ocorrências em que a empresa despende

de recursos ou contrai obrigações (dívidas) perante terceiros (fornecedores,

bancos, etc.) para as operações cotidianas da empresa na obtenção de um bem

ou serviço.

• Investimentos: Classificam-se como investimentos os gastos efetuados na

aquisição de ativos (bens e direitos registrados em conta do Ativo no Balanço

Patrimonial) com a perspectiva de gerar benefícios futuros.

• Perdas: o conceito de perdas envolve ocorrências ocasionais, indesejadas ou

involuntárias no ambiente de operações de uma empresa.

• Despesas: as despesas envolvem gastos ou consumo com bens ou serviços

para obter receita de forma direta ou indireta.

• Custos: são os gastos efetuados para fabricar produtos ou prestar serviços.

Portanto, em uma empresa industrial fatores como matéria-prima consumida,

salários e encargos sociais dos operários, combustível, energia elétrica, água

utilizada, seguro do prédio industrial, manutenção e depreciação de máquinas

industriais, dos móveis e das ferramentas utilizadas o processo produtivo, entre

outros, devem ser considerados custos.

Leone (2000) conceitua gastos como sendo um consumo e um fator de

produção, medido em termos monetários para a obtenção de um produto, serviço ou

de uma atividade que possa não gerar lucro ou renda.

Já despesas o autor conceitua como sendo um gasto aplicado na realização

de uma atividade que irá gerar renda efetiva ou variável. Ele fala que a despesa

dependendo da aplicação ou utilização pode transformar-se em custo. Leone (2000)

descreve que quando uma despesa for atribuída a vários produtos ou serviços de

uma empresa, ela passa a ser denominado custo ou custo de produção.

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Considerando-se os conceitos relatados anteriormente, pode-se citar como

exemplo a seguinte situação: quando uma indústria adquire um novo galpão para

novas instalações, esta realizando um investimento. Já num empréstimo em um

banco para reforma e ampliação das instalações classifica-se como um gasto. A

ocorrência de um corte mal feito em uma peça de tecido pode ser considerada uma

perda. Os gastos no setor administrativo relacionados à fabricação do produto, são

considerados e relacionados às despesas. Já os custos estão relacionados ao

consumo de energia elétrica, consumo de água, salário de empregados e encargo

de mão-de-obra.

Quando fala-se em custos, não pode-se deixar de citar os desperdícios,

apesar que seu conceito é mais empregado na área de Engenharia da Produção do

que na área contábil ou administrativa. Wernke (2005) afirma que são considerados

desperdícios os gastos relacionados com as atividades que não agregam valor, no

ponto de vista do cliente que implicam em gastos de tempo e dinheiro

desnecessários aos produtos e serviços.

Podem ser considerados como desperdícios ainda, a produção de produtos

defeituosos; a movimentação dispensável de pessoas, equipamentos e matéria-

prima; a inspeção de qualidade sendo que o produto já deveria ser fabricado

corretamente; a capacidade instalada ociosa (estoque altos e áreas físicas

desocupadas) e etalhes ao produto ou serviço inseridos que não geram valor ao

adquiri-lo.

2.4 Classificação dos Custos

Quanto a classificação dos custos, pode-se afirmar que para facilitar a

aplicação das ferramentas gerenciais de análise de custos e preços, a classificação

dos custos em categorias específicas torna-se de suma importância para a

identificação dos custos para melhor análise da gestão financeira.

2.4.1 Custos diretos

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Os Custos Diretos, na visão de Wernke (2005), são classificados como

gastos de fácil atribuição a cada produto fabricado ou serviço prestado no período.

Podem ser identificados com facilidade como apropriados a um determinado produto

ou serviço.

Beulke e Bertó (2005) conceituam custos diretos com os custos relativos à

aquisição de mercadorias ou relativos ao emprego de material direto no

processamento industrial dos bens ou na prestação de um serviço.

Leone (2000, p. 49) classifica os custos diretos da seguinte maneira: “São os

custos diretamente identificados com o objeto de custeio, não havendo necessidade

de rateio.”

Observando-se as conceituações dos autores acima sobre custos diretos,

pode-se verificar que existem diversas definições e conceitos, porém todos com o

mesmo objetivo. Assim pode-se conceituar custo direto como o custo gerado

diretamente na fabricação de um produto ou na prestação de um serviço.

2.4.2 Custos indiretos

Para Wernke (2005), os custos indiretos englobam os itens de custos com

dificuldade de alocação às unidades de produtos fabricados no período.

Neste caso a atribuição dos custos indiretos acontece por intermédio de

rateios, que consiste na divisão do montante de determinado tipo de custo entre os

produtos ou serviços.

Beulke e Bertó (2005, p. 23), conceituam custos indiretos:

Apresentam como característica, em geral, a impossibilidade de ser medidos, identificados, quantificados diretamente em cada unidade comercializada. Constituem exemplos típicos desses custos e despesas: diversas modalidades de depreciação, locações de prédios, equipamentos, alguns serviços de terceiros, água material de limpeza, de manutenção, despesas administrativas, etc. A presença de um crescente número de custos e de despesas indiretas constitui normalmente uma maior dificuldade para sua apropriação.

Já para Leone (2000) custos indiretos são aqueles custos que não são

facilmente identificados e dependem do emprego de recursos, de taxas de rateio, de

parâmetros para o débito às obras.

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De acordo com os autores citados, pode-se conceituar custos indiretos como

os gastos que fazem parte da produção ou serviço prestado pela empresa, mas que

são difíceis de serem identificados e alocados, a não ser, através de seu rateio, ou

seja, a divisão do total do tipo de serviço ou produto.

2.4.3 Custos fixos

Os custos fixos na visão de Wernke (2005) são aqueles em que os valores

totais tendem a permanecer constantes mesmo havendo alterações nas atividades

de produção ou do serviço prestado pela empresa. São custos já fixados

independentemente das mudanças que pode acontecer nas atividades na empresa,

não possuindo vínculo com o aumento ou redução no que a empresa possa produzir

no período.

Beulke e Bertó (2005) relatam que sua característica é de manter inalterado

face ao volume de atividade, dentro de certos limites de capacidade, ou seja, não se

modificam em razão do crescimento ou da retração do volume de negócios dentro

desses limites.

Observando os conceitos citados anteriormente, pode-se conceituar custos

fixos como aqueles que não se modificam independentemente da quantidade

produzida ou de serviços prestados.

Segundo Leone (2000), para caracterizar determinado custo como sendo

fixo ou variável, deve-se considerar os seguintes aspectos:

• quanto ao controle: os custos fixos são controlados por algum nível de cargo

dentro da empresa. Normalmente, são controlados por níveis mais altos dentro

da hierarquia organizacional. Os custos variáveis, geralmente, são controlados

pelos centros de custo que os realizam;

• quanto à atividade: os custos fixos são aqueles relacionados à capacidade. São

custos que independem do volume da atividade. Os custos variáveis variam em

função do nível de atividade;

• quanto à faixa de volume: os custos fixos devem ser relacionados com uma faixa

de volume. São raros os custos fixos que permanecem iguais além de

determinada faixa de volume. Assim como os custos fixos, os custos variáveis

devem ser analisados dentro de uma faixa efetiva de volume. Fora dos limites

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dessa faixa, os custos variáveis terão normalmente outro comportamento quando

tomados unitariamente;

• quanto à decisão administrativa: os custos fixos ligam-se estreitamente às

decisões tomadas pela administração. Muito embora alguns custos variáveis

possam ser alterados em virtude de decisões administrativas, isso acontecerá

em relação ao seu total;

• quanto ao período: os custos fixos são sempre relacionados ao período. Os

custos variáveis são relacionados à atividade;

• quanto à unidade do produto: os custos fixos tornam-se variáveis por unidade e

os custos variáveis tornam-se fixos.

2.4.4 Custos variáveis

Em relação aos custos variáveis, Leone (2000) descreve que esta

classificação não está necessariamente relacionada com a identificação e sim entre

os custos com o produto/mercadoria/serviço. Na realidade, o foco destes custos está

mais relacionado com o volume das atividades. Constitui valores que se modificam

em relação direta com o volume vendido.

Wernke (2005) descreve os custos variáveis como sendo aqueles que têm a

variação no valor total pelo volume do serviço ou produção. Um aumento na

produção destas atividades modificará o valor total naquele período, e se mantém

até que novo patamar de atividades possa ser atingido.

O custeio variável é o método pelo qual somente os custos variáveis são

alocados aos produtos. O custo variável subtraído da receita proveniente da venda

do produto gera uma margem de contribuição.

Segundo Leone (2000), o custeio variável é um instrumento bastante

utilizado pela gerência em sua função de planejamento das operações, porquanto o

custeamento variável divide as despesas e os custos de fabricação e de outras

funções em fixos e variáveis.

A partir dessa segregação é possível determinar a margem de contribuição

em relação a qualquer objeto ou segmento da empresa, facilitando a análise do

processo de simulação – antevendo os resultados da interação de custo-volume-

lucro.

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2.4.5 Custo por absorção

Outra classificação muito importante e utilizada na literatura na área de

custos é o custo por absorção. Crepaldi (2004, p. 88) conceitua o custo por absorção

como “apropriação de todos os custos de produção para os produtos e/ou serviços

produzidos, levando em conta todas as características da contabilidade de custos.”

Deve-se observar portanto, a importância de uma empresa em manter

sempre a mesma forma e procedimentos para a apropriação dos custos, pois, estas

mudanças podem deturpar e prejudicar os resultados obtidos.

Segundo Martins (1998, p. 37):

Custeio por absorção é método derivado da aplicação dos princípios na contabilidade geralmente aceitos, nascido da situação histórica mencionada. Consiste na apropriação de todos os custos de produção dos bens elaborados e só os de produção; todos os gastos relativos ao esforço de produção são distribuídos para todos os produtos ou serviços feitos.

Todos os custos incorridos no processo de fabricação ou prestação de

serviços como os custos indiretos, fixos ou variáveis serão alocados ao produto ou

serviço. Os custos diretos serão alocados diretamente ao produto enquanto os

indiretos por meio de rateio específico.

2.5 Margem de Contribuição

A margem de contribuição pode ser definida como: “a diferença entre a

Receita e o Custo Variável de cada produto. É o valor que cada unidade

efetivamente traz à empresa de sobra entre a sua receita e o custo que de fato

provocou e pode ser imputado sem erro.” (MARTINS 2000, p.195).

Já Wernke (2005) designa a expressão “Margem de contribuição”, como

sendo o valor resultante de venda de uma unidade após serem deduzidos, do preço

de venda respectivo, os custos e despesas variáveis, associados ao produto

comercializado.

Hoji (2007), de forma bem simplificada, conceitua margem de contribuição

como o valor resultante das vendas deduzidas dos custos diretos variáveis.

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A margem de contribuição pode ser conceituada portanto, como valor

monetário que cada unidade comercializada pode contribuir para pagar os gastos

fixos mensais da empresa e, posteriormente, gerar lucro do período.

Ao analisar a margem de contribuição em valores monetários e percentuais,

deve-se conhecer as vantagens e desvantagens relatadas por Wernke (2005), que

são:

• Permitem avaliar a viabilidade de aceitação de pedidos em condições especiais;

• Auxiliam na administração a decidir que produto ou serviço deve merecer maior

divulgação, ou melhor, exposição;

• Identificam quais produtos ou serviços geram resultado negativo, mas que devem

ser tolerados pelos benefícios de vendas que possam trazer a outros serviços ou

produtos;

• Facilitam a decisão a respeito de quais segmentos produtivos ou de

comercialização devem ser ampliados, restritos ou até abandonados, pois quanto

maior a margem de contribuição, o produto se torna mais interessante pela sua

capacidade de geração de caixa;

• Podem ser usadas para avaliar alternativas, quanto à redução de preços,

descontos, campanhas publicitárias e uso de prêmios para aumentar o volume

de vendas;

• A margem de contribuição auxilia os gerentes a entenderem a relação entre

custos, volume, preços e lucros baseado tecnicamente as decisões de vendas;

• Basear o cálculo dos preços de venda somente com dados da margem de

contribuição pode resultar em valores que não cubram todos os custos

necessários para manter as atividades a longo prazo;

• É útil para a tomada de decisão a longo prazo, mas pode levar o administrador a

menosprezar a importância das despesas e custos fixos, caso este decida

somente com base da margem de contribuição.

Pode-se, portanto, considerar que a margem de contribuição destina-se a

mostrar quanto sobrou da receita direta de vendas depois de deduzidos os custos e

as despesas variáveis de fabricação – para pagar os custos fixos. Assim, a princípio,

os maiores lucros para a empresa vem daqueles produtos que alcançarem a maior

margem de contribuição.

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Destaca–se ainda que, só é possível determinar a margem de contribuição

se a contabilidade separar os custos e as despesas de fabricação em fixos e

variáveis. Este fator nem sempre é muito fácil, pois depende do contexto em que a

empresa atua, como tamanho, complexidade etc., e o mercado em que seus

produtos são consumidos.

2.6 Análise Custo-Volume-Lucro

Entre várias ferramentas de gestão gerencial aplicáveis pelos

administradores na área de custos, talvez a de maior importância, seja a análise

custo-volume-lucro, também conhecida como análise CVL.

Para Wernke (2005), a análise custo-volume-lucro é um modelo que

possibilita prever o impacto, no lucro do período ou no resultado projetado, de

alterações ocorridas no volume vendido, nos preços de venda vigentes e nos valores

de custos e despesas tanto fixos como variáveis.

Para Hoji (2007), a análise do custo-volume-lucro tem como finalidade

calcular o ponto de equilíbrio, em que as receitas de vendas se igualam com a soma

dos custos de despesas e o lucro torna-se nulo.

A análise custo-volume-lucro, permite assumir uma capacidade de recursos

da empresa, onde prevê que os preços cubram os custos variáveis mais os custos

fixos incrementais.

Para produção com lucratividade em longo prazo, deve-se não somente

cobrir os custos variáveis, mas também os custos de recursos requeridos pelos

produtos, o incremento dos custos gerais. Tanto os de fábrica quanto os

administrativos que acompanham o incremento do nível de atividade da empresa e o

custo de capital, incluindo recursos fixos e capital circulante associado ao produto.

Crepaldi (2004) relata que a análise custo-volume-lucro examina o impacto

nos ganhos quando há mudanças em fatores como custo fixo, custo variável, preço

de venda, volume e mix de produtos. Segundo o autor, a análise de custo-volume-

lucro especificamente tenta responder às seguintes questões:

• Qual o volume de vendas necessário para atingir o ponto de equilíbrio e quanto

tempo será necessário para se atingir o volume de vendas.

• Qual volume de vendas será necessário para obter determinado lucro;

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• Que lucro pode-se esperar de um determinado volume de vendas;

• De que forma as mudanças no preço de venda, nos custos variáveis e fixos

afetarão os lucros;

• De que forma uma alteração no mix de produtos que será vendido afetará o

ponto de equilíbrio, o volume desejado e o lucro almejado.

Observam-se os itens descritos anteriormente, pode-se verificar que a

análise custo-volume-lucro, permite identificar com uma concreta previsão, o

impacto do lucro e respectivamente do seu volume, antecipadamente, no

envolvimento de vários aspectos nas atividades gerais da empresa na hora da

produção ou na prestação de um serviço.

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3 DESENVOLVIMENTO DA PESQUISA DE CAMPO 3.1 Caracterização da Empresa

A Qualimédica Saúde Ocupacional é constituída sob a forma empresa de

sociedade limitada e que atua no regime de tributação de lucro presumido.

Fundada por Izar Emygdio no Nascimento e sua filha Carolina Emygdio do

Nascimento em outubro de 2003, situada à Rua Lauro Muller, nº 350, bem no Centro

de Itajaí, tinha anteriormente por razão social de Medwork Medicina Ocupacional,

vindo a se chamar Qualimédica Saúde Ocupacional em março de 2004.

A Qualimédia Saúde Ocupacional atua no ramo da saúde ocupacional e é

especializada na elaboração e execução dos programas de Saúde e Segurança do

Trabalho como PCMSO (Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional),

PPRA ( Programa de Prevenção de Riscos Ambientais), LTCAT ( Laudo Técnico de

Condições Ambientais do Trabalho), PCMAT ( Programa de Condições e Meio

Ambiente de Trabalho e PPP (Perfil Profissiográfico Previdenciário). Oferece

também exames complementares e clínicos ocupacionais, além de treimamento de

uso correto do EPI (Equimamento de Proteção Individual e Coletiva) e Implantação

de CIPA.

A Qualimédica Saúde Ocupacional oferece serviços completos de

Segurança e Medicina do Trabalho e tem como objetivo assegurar a saúde e a

produtividade de seus colaboradores, através da elaboração e execução dos

programas de prevenção de acidentes e doenças do trabalho, conforme as normas

do Ministério do Trabalho. Os Programas elaborados pela Qualimédica atendem às

exigências do Governo, e garantem tranqüilidade ao empresário

Atualmente, a Qualimédica atua no mercado com 05 funcionários sendo:

- 01 Técnico de Segurança do Trabalho;

- 01 Auxiliar do Técnica de Segurança do trabalho;

- 01 Representante Comercial;

- 01 Auxiliar Administrativo/financeiro;

- 01 Recepcionista.

A seguir segue o organograma funcional da empresa Qualimédica Saúde

Ocupacional:

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Fonte: Elaborado pela acadêmica

A empresa Qualimédica Saúde Ocupacional através de seus médicos e

profissionais, atende hoje a mais de 6.000 trabalhadores de aproximadamente 300

empresas no Vale do Itajaí, principalmente nas cidades de Balneário Camboriú,

Camboriú, Navegantes, Brusque, Penha e Piçarras.

Os clientes da Qualimédica, são empresas que possuem em suas

atividades, tanto operacionais como administrativas, alguns tipos de riscos como

físicos, ergonômicos, biológicos ou químicos. Possuem ainda, uma grande

probabilidade de no seu quadro de funcionários existirem alguns que adquirem ao

longo do tempo alguma doenças características da atividade desenvolvida, tais

como: problemas de coluna, LER (lesão por esforço repetitivo), lesões musculares,

problemas pulmonares por fumos metálicos, perdas auditivas, dermatoses, entre

outras.

Na sua grande maioria, são empresas que trabalham com containeres,

marmorarias, na construção civil, limpeza e conservação, vigilância, manipulação de

pescados e produtos industriais.

Entre os principais clientes que utilizam diretamente os serviços de saúde

ocupacional temos a Standard Logística, Giorama, Hospital de Olhos de Santa

Catarina, Itajaí Shopping, Construtora Holz, Pescados Chicos, Fredy Pneus, Alliança

Litoral, Marmoraria Itália, além de vários barcos de pescas.

Sócia/ Gerente

Técnico de Segurança

Representante Comercial

Auxiliar Adm/financeiro

Recepcionista

Auxiliar Técnica

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A Qualimédica Saúde Ocupacional atua também na terceirização dos seus

serviços com outras empresas do mesmo ramo de saúde ocupacional, localizadas

em outras cidades e em outros estados. Estas empresas utilizam os serviços da

Qualimédica para o atendimento dos funcionários dos seus clientes que possuem

filiais na cidade de Itajaí ou região, para a realização de exames.

Quanto aos fornecedores de serviços da Qualimédica pode-se citar:

médicos do trabalho, clínicas de médicos especialistas para consultas, laboratórios

para todos os tipos de exames solicitados pelos clientes, clínicas de Raio-X e

médicos profissionais liberais além de utilização de serviços de informática.

Quanto aos fornecedores de materiais de uso e consumo, pode-se citar:

distribuidoras de materiais higiênicos e limpeza, gráficas para a confecção de

prontuários médicos, receituários e material administrativo, papelarias para material

de escritório e informática.

O segmento de saúde ocupacional é bastante concorrido, principalmente na

cidade de Itajaí, devido ao grande número de empresas que se estão surgindo na

cidade e que necessitam dos serviços de saúde ocupacional, conforme a legislação

do Ministério do Trabalho. Entre os principais concorrentes da Qualimédica, pode-se

citar: Cliomed, Masterseg, SMT, Sesi, JJM e Servimed.

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36

3.2 Resultado da Pesquisa

A seguir apresenta-se as tabelas de (1 a 12) com os custos fixos e variáveis

mensais do segundo bimestre de 2008. Apresentam-se também, os respectivos

gráficos com a representatividade percentual dos custos totais de cada mês.

CUSTOS E DESPESAS FIXOS EM JULHO

Itens Exames Clínicos Laudos Exames

Complementares Salários dos Funcionários R$ 426,64 R$ 690,21 R$ 1.395,74 Telefone R$ 94,53 R$ 152,93 R$ 309,25 Água R$ 7,53 R$ 12,18 R$ 24,63 Energia elétrica R$ 42,86 R$ 69,34 R$ 140,21 Serviços de Contabilidade R$ 70,47 R$ 114,00 R$ 230,53 Programa de Sistema de Informação R$ 38,93 R$ 62,98 R$ 127,37 Aluguel R$ 266,94 R$ 431,86 R$ 873,30 Provedor internet R$ 4,09 R$ 6,62 R$ 13,39 Ampe R$ 8,49 R$ 13,74 R$ 27,78 FGTS R$ 25,87 R$ 41,85 R$ 84,62 INSS R$ 135,98 R$ 219,98 R$ 444,84 Faxineira R$ 27,17 R$ 43,95 R$ 88,88 R$ 1.149,49 R$ 1.815,67 R$ 3.671,67 Tabela 1: Custos e despesas fixos em julho Fonte: Elaborado pelo acadêmico

CUSTOS E DESPESAS VARIÁVEIS EM JULHO

Itens Exames Clínicos Laudos Exames

Complementare Pagamentos dos médicos R$ 2.552,50 R$ 0,00 R$ 0,00 Pgto de laboratórios R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 1.784,41 Médicos Especialistas R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 2.660,69 Despesas de correio R$ 28,90 R$ 0,00 R$ 94,55 Pgto Clínica de Raio X R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 1.571,24 Clínicas Terceirizadas R$ 928,00 R$ 0,00 R$ 0,00 Ajuda de custo R$ 0,00 R$ 100,00 R$ 0,00 Comissão do Representante R$ 0,00 R$ 498,02 R$ 0,00 Pgto das consultas aos médicos R$ 150,00 R$ 0,00 R$ 0,00 Avaliação e assinatura do Médico coordenador R$ 0,00 R$ 950,00 R$ 0,00 Impostos R$ 854,86 R$ 1.382,98 R$ 2.796,66 Serviços de Manutenção e Informática R$ 33,79 R$ 54,67 R$ 110,54 Materiais de Higiene e limpeza R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 Materiais de Escritório R$ 59,26 R$ 95,87 R$ 193,87 R$ 4.607,31 R$ 3.081,53 R$ 9.211,97 Tabela 2: Custos e despesas variáveis em julho Fonte: Elaborado pelo acadêmico

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Custos Totais do Mês de Julho

24%

55%

21%

Exames ClinicosLaudosExames Complementares

Gráfico 1: Custos totais do mês de julho Fonte: Elaborado pelo acadêmico

Observa-se no gráfico 1 que os custos dos exames complementares

representam mais de 54,74% dos custos totais no mês de Julho. Isto se deve ao

fato que houve um valor elevado nos impostos no mês, aumentando

consequentemente os custos variáveis, obtendo um impacto de maior relevância na

representatividade destes custos.

CUSTOS E DESPESAS FIXOS EM AGOSTO

Itens Exames Clínicos Laudos Exames

Complementares Salários dos Funcionários R$ 590,96 R$ 513,07 R$ 1.408,55 Telefone R$ 136,44 R$ 118,46 R$ 325,20 Água R$ 10,43 R$ 9,05 R$ 24,86 Energia elétrica R$ 58,59 R$ 50,87 R$ 139,65 Serviços de Contabilidade R$ 97,61 R$ 84,74 R$ 232,65 Programa de Sistema de Informação R$ 53,93 R$ 46,82 R$ 128,53 Aluguel R$ 369,76 R$ 321,02 R$ 881,32 Provedor internet R$ 5,67 R$ 4,92 R$ 13,51 Ampe R$ 11,76 R$ 10,21 R$ 28,03 FGTS R$ 35,83 R$ 31,11 R$ 85,40 INSS R$ 188,35 R$ 163,52 R$ 448,93 Faxineira R$ 37,63 R$ 32,67 R$ 89,70 R$ 1.559,32 R$ 1.353,79 R$ 3.716,64

Tabela 3: Custos e despesas fixos em agosto Fonte: Elaborado pelo acadêmico

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CUSTOS E DESPESAS VARIÁVEIS EM AGOSTO

Itens Exames Clínicos Laudos Exames

Complementares Pagamentos dos médicos R$ 2.667,50 R$ 0,00 R$ 0,00 Pgto de laboratórios R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 946,28 Médicos Especialistas R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 2.330,00 Despesas de correio R$ 56,63 R$ 0,00 R$ 135,02 Pgto Clínica de Raio X R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 962,75 Clínicas Terceirizadas R$ 1.350,22 R$ 0,00 R$ 0,00 Ajuda de custo R$ 0,00 R$ 100,00 R$ 0,00 Comissão do Representante R$ 0,00 R$ 718,60 R$ 0,00 Pgto das consultas aos médicos R$ 50,00 R$ 0,00 R$ 0,00 Avaliação e assinatura do Médico coordenador R$ 0,00 R$ 800,00 R$ 0,00 Impostos R$ 146,98 R$ 127,61 R$ 350,33 Serviços de Manutenção e Informática R$ 38,46 R$ 33,39 R$ 91,66 Materiais de Higiene e limpeza R$ 31,25 R$ 27,13 R$ 74,48 Materiais de Escritório R$ 60,45 R$ 52,48 R$ 144,07 R$ 4.401,48 R$ 1.859,20 R$ 5.034,59 Tabela 4: Custos e despesas variáveis em agosto Fonte: Elaborado pelo acadêmico

Custos Totais do Mês de Agosto

33%

18%

49%

Exames ClinicosLaudosExames Complementares

Gráfico 2: Custos totais do mês de agosto Fonte: Elaborado pelo acadêmico

O gráfico 2, apresenta uma queda nos custos dos exames complementares

e um aumento dos custos dos exames clínicos comparados com o mês anterior. O

motivo para esta variação foi o aumento na quantidade de exames clínicos

realizados neste mês, gerando uma receita maior e conseqüentemente o aumento

dos custos deste serviço prestado.

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CUSTO E DESPESAS FIXOS EM SETEMBRO

Itens Exames Clínicos Laudos Exames

Complementares Salários dos Funcionários R$ 349,50 R$ 1.272,87 R$ 890,21 Telefone R$ 86,73 R$ 315,87 R$ 220,91 Água R$ 6,35 R$ 23,13 R$ 16,18 Energia elétrica R$ 35,38 R$ 128,85 R$ 90,11 Serviços de Contabilidade R$ 58,52 R$ 213,13 R$ 149,05 Programa de Sistema de Informação R$ 31,89 R$ 116,15 R$ 81,23 Aluguel R$ 218,68 R$ 796,43 R$ 557,00 Provedor internet R$ 3,35 R$ 12,21 R$ 8,54 Ampe R$ 6,96 R$ 25,33 R$ 17,72 FGTS R$ 21,19 R$ 77,18 R$ 53,97 INSS R$ 111,39 R$ 405,69 R$ 283,72 Faxineira R$ 22,26 R$ 81,06 R$ 56,69 R$ 952,20 R$ 3.467,88 R$ 2.425,33 Tabela 5: Custos e despesas fixos em setembro Fonte: Elaborado pelo acadêmico

CUSTOS E DESPESAS VARIÁVEIS EM SETEMBRO

Itens Exames Clínicos Laudos Exames

Complementares Pagamentos dos médicos R$ 2.730,00 R$ 0,00 R$ 0,00 Pgto de laboratórios R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 970,00 Médicos Especialistas R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 2.468,03 Despesas de correio R$ 34,36 R$ 0,00 R$ 87,54 Pgto Clínica de Raio X R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 2.310,72 Clínicas Terceirizadas R$ 1.211,00 R$ 0,00 R$ 0,00 Ajuda de custo R$ 0,00 R$ 100,00 R$ 0,00 Comissão do Representante R$ 0,00 R$ 352,20 R$ 0,00 Pgto das consultas aos médicos R$ 125,00 R$ 0,00 R$ 0,00 Avaliação e assinatura do Médico coordenador R$ 0,00 R$ 1.000,00 R$ 0,00 Impostos R$ 117,50 R$ 427,93 R$ 299,28 Serviços de Manutenção e Informática R$ 16,55 R$ 60,29 R$ 42,16 Materiais de Higiene e limpeza R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 Materiais de Escritório R$ 13,99 R$ 50,96 R$ 35,64 R$ 4.248,41 R$ 1.991,37 R$ 6.213,37

Tabela 6: Custos e despesas variáveis em setembro Fonte: Elaborado pelo acadêmico

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Custos Totais do Mês de Setembro

45%

28%

27%

Exames ClinicosLaudosExames Complementares

Gráfico 3: Custos totais do mês de setembro Fonte: Elaborado pelo acadêmico

Observa-se que no mês de Setembro, os exames complementares

representaram a maior parte dos custos totais, com 44,76%. Porém, verificou-se que

o custo com os exames de raio-X foi bastante elevado em relação aos meses

anteriores. Também verificou-se que neste mês, os serviços de laudos

proporcionaram maior receita devido ao fechamento de um contrato com uma

empresa de grande porte que possui um número significante de funcionários.

CUSTOS E DESPESAS FIXOS EM OUTUBRO

Itens Exames Clínicos Laudos Exames

Complementares Salários dos Funcionários R$ 474,63 R$ 534,43 R$ 1.503,53 Telefone R$ 121,50 R$ 136,80 R$ 384,88 Água R$ 8,63 R$ 9,71 R$ 27,32 Energia elétrica R$ 48,52 R$ 54,64 R$ 153,72 Serviços de Contabilidade R$ 78,39 R$ 88,27 R$ 248,34 Programa de Sistema de Informação R$ 43,31 R$ 48,77 R$ 137,20 Aluguel R$ 296,97 R$ 334,39 R$ 940,74 Provedor internet R$ 4,55 R$ 5,13 R$ 14,42 Ampe R$ 10,20 R$ 11,49 R$ 32,31 FGTS R$ 28,78 R$ 32,40 R$ 91,16 INSS R$ 151,27 R$ 170,33 R$ 479,20 Faxineira R$ 34,00 R$ 38,29 R$ 107,71 R$ 1.300,75 R$ 1.464,64 R$ 4.120,53 Tabela 7: Custos e despesas fixos em outubro Fonte: Elaborado pelo acadêmico

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CUSTOS E DESPESAS VARIÁVEIS EM OUTUBRO

Itens Exames Clínicos Laudos Exames

Complementares Pagamentos dos médicos R$ 3.273,75 R$ 0,00 R$ 0,00 Pgto de laboratórios R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 1.648,70 Médicos Especialistas R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 3.556,65 Despesas de correio R$ 35,34 R$ 0,00 R$ 111,91 Pgto Clínica de Raio X R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 1.972,49 Clínicas Terceirizadas R$ 1.298,00 R$ 0,00 R$ 0,00 Ajuda de custo R$ 0,00 R$ 100,00 R$ 0,00 Comissão do Representante R$ 0,00 R$ 1.013,48 R$ 0,00 Pgto das consultas aos médicos R$ 100,00 R$ 0,00 R$ 0,00 Avaliação e assinatura do Médico coordenador R$ 0,00 R$ 850,00 R$ 0,00 Impostos R$ 1.119,24 R$ 1.260,25 R$ 3.545,53 Serviços de Manutenção e Informática R$ 22,48 R$ 25,31 R$ 71,21 Materiais de Higiene e limpeza R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 Materiais de Escritório R$ 32,28 R$ 36,35 R$ 102,27 R$ 5.881,09 R$ 3.285,39 R$ 11.008,76

Tabela 8: Custos e despesas variáveis em outubro Fonte: Elaborado pelo acadêmico

Custos Totais do Mês de Outubro

55%

18%

27%Exames ClinicosLaudosExames Complementares

Gráfico 4: Custos totais do mês de outubro Fonte: Elaborado pelo acadêmico

No mês de Outubro, conforme o gráfico 4, os serviços de exames

complementares obtiveram maior representatividade nos custos totais, devido ao

pagamento de impostos que neste mês foram muito elevados. Os custos com os

laudos obtiveram o menor percentual no mês.

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CUSTOS E DESPESAS FIXOS EM NOVEMBRO

Itens Exames Clínicos Laudos Exames

Complementares Salários dos Funcionários R$ 746,15 R$ 775,08 R$ 1.693,54 Telefone R$ 153,29 R$ 159,23 R$ 347,91 Água R$ 10,60 R$ 11,01 R$ 24,05 Energia elétrica R$ 64,09 R$ 66,57 R$ 145,46 Serviços de Contabilidade R$ 98,87 R$ 102,71 R$ 224,42 Programa de Sistema de Informação R$ 53,22 R$ 55,28 R$ 120,78 Aluguel R$ 364,88 R$ 379,03 R$ 828,18 Provedor internet R$ 5,59 R$ 5,81 R$ 12,70 Ampe R$ 12,53 R$ 13,02 R$ 28,45 FGTS R$ 35,36 R$ 36,73 R$ 80,25 INSS R$ 185,87 R$ 193,07 R$ 421,86 Faxineira R$ 41,78 R$ 43,40 R$ 94,82 R$ 1.772,22 R$ 1.840,94 R$ 4.022,43

Tabela 9: Custos e despesas fixos em novembro Fonte: Elaborado pelo acadêmico

CUSTOS E DESPESAS VARIÁVEIS EM NOVEMBRO

Itens Exames Clínicos Laudos Exames

Complementares Pagamentos dos médicos R$ 2.317,50 R$ 0,00 R$ 0,00 Pgto de laboratórios R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 993,98 Médicos Especialistas R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 3.598,40 Despesas de correio R$ 35,38 R$ 0,00 R$ 80,32 Pgto Clínica de Raio X R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 1.172,49 Clínicas Terceirizadas R$ 1.217,00 R$ 0,00 R$ 0,00 Ajuda de custo R$ 0,00 R$ 100,00 R$ 0,00 Comissão do Representante R$ 0,00 R$ 584,10 R$ 0,00 Pgto das consultas aos médicos R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 Avaliação e assinatura do Médico coordenador R$ 0,00 R$ 450,00 R$ 0,00 Impostos R$ 114,13 R$ 118,55 R$ 259,04 Serviços de Manutenção e Informática R$ 16,94 R$ 17,60 R$ 38,46 Materiais de Higiene e limpeza R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 Materiais de Escritório R$ 28,62 R$ 29,73 R$ 64,95 R$ 3.729,57 R$ 1.299,98 R$ 6.207,64

Tabela 10: Custos e despesas variáveis em novembro Fonte: Elaborado pelo acadêmico

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Cusstos Totais do Mês de Novembro

29%

17%

54%

Exames ClinicosLaudosExames Complementares

Gráfico 5: Custos totais do mês de novembro Fonte: Elaborado pelo acadêmico

Conforme o gráfico 5, observa-se que novamente no mês de novembro, os

custos com os serviços de exames complementares, foram bastante representativos

nos custos totais na empresa. Observou-se também que os serviços prestados dos

laudos foram os que novamente proporcionam menos custos para a empresa.

CUSTOS E DESPESAS FIXOS EM DEZEMBRO

Itens Exames Clínicos Laudos Exames

Complementares Salários dos Funcionários R$ 540,40 R$ 1.472,22 R$ 954,67 Telefone R$ 150,49 R$ 409,97 R$ 265,85 Água R$ 8,31 R$ 22,65 R$ 14,69 Energia elétrica R$ 44,51 R$ 121,27 R$ 78,64 Serviços de Contabilidade R$ 76,94 R$ 209,60 R$ 135,92 Programa de Sistema de Informação R$ 41,75 R$ 113,75 R$ 73,76 Aluguel R$ 287,66 R$ 783,69 R$ 508,19 Provedor internet R$ 4,39 R$ 11,96 R$ 7,75 Ampe R$ 9,83 R$ 26,79 R$ 17,37 FGTS R$ 38,46 R$ 104,77 R$ 67,94 INSS R$ 238,65 R$ 650,16 R$ 421,60 Faxineira R$ 32,78 R$ 89,30 R$ 57,91 R$ 1.474,17 R$ 4.016,12 R$ 2.604,29 Tabela 11: Custos e despesas fixos em dezembro Fonte: Elaborado pelo acadêmico

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CUSTOS E DESPESAS VARIÁVEIS EM DEZEMBRO

Itens Exames Clínicos Laudos Exames

Complementares Pagamentos dos médicos R$ 1.795,00 R$ 0,00 R$ 0,00 Pgto de laboratórios R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 200,28 Médicos Especialistas R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 1.948,40 Despesas de correio R$ 41,71 R$ 0,00 R$ 73,69 Pgto Clínica de Raio X R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 1.063,52 Clínicas Terceirizadas R$ 569,00 R$ 0,00 R$ 0,00 Ajuda de custo R$ 0,00 R$ 100,00 R$ 0,00 Comissão do Representante R$ 0,00 R$ 656,39 R$ 0,00 Pgto das consultas aos médicos R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 Avaliação e assinatura do Médico coordenador R$ 0,00 R$ 850,00 R$ 0,00 Impostos R$ 83,01 R$ 226,14 R$ 146,64 Serviços de Manutenção e Informática R$ 20,21 R$ 55,07 R$ 35,71 Materiais de Higiene e limpeza R$ 15,76 R$ 42,93 R$ 27,84 Materiais de Escritório R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 2.524,69 R$ 1.930,53 R$ 3.496,09 Tabela 12: Custos e despesas variáveis em dezembro Fonte: Elaborado pelo acadêmico

Custos Totais no Mês de Dezembro

25%

38%

37%

Exames ClinicosLaudosExames Complementares

Gráfico 6: Custos totais do mês de dezembro Fonte: Elaborado pelo acadêmico

Nota-se por meio do gráfico 6, que no mês de dezembro houve uma redução

no percentual nos custos totais dos serviços prestados relacionados aos exames

complementares, comparando-se aos meses anteriores. Este fato ocorreu devido a

diminuição da realização de exames, tanto nos clínicos quanto nos complementares

neste mês. O motivo que ocasionou tal fato foi o período de feriados e férias

coletivas nas empresas que ocorrem nesta época.

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45

CUSTOS TOTAIS DO SEGUNDO SEMESTRE DE 2008

27%

22%

51%Exames Clínicos

Laudos

Exames Complementares

Gráfico 7: Total dos custos do segundo semestre de 2008 Fonte: Elaborado pelo acadêmico

Observa-se no gráfico 7 que os exames complementares apresentaram

maior percentual dos custos no segundo semestre de 2008 com 50,30%,

representando mais da metade dos custos totais da empresa. O menor custo foi os

serviços de laudos com 22,33%. Os exames clínicos apresentaram 27,38% dos

custos totais do semestre.

A seguir, nas tabelas (13 a 18), apresenta-se o demonstrativo do resultado

mensal de julho a dezembro de 2008.

DEMONSTRATIVO DO RESULTADO DO MÊS DE JULHO

Exames Clínicos Laudos

Exames Complementares

Receitas R$ 3.004,50 R$ 4.861,52 R$ 9.831,66 (-) Custos e Despesas Variáveis R$ 4.607,31 R$ 3.081,53 R$ 9.211,97 = Margem de Contribuição -R$ 1.602,81 R$ 1.779,99 R$ 619,69 (-) Custos e Despesas Fixos R$ 1.149,49 R$ 1.815,67 R$ 3.671,67 = Resultado do Período -R$ 2.752,30 -R$ 35,68 -R$ 3.051,98 Resultado em Percentual -91,61% -0,73% -31,04%

Tabela 13: Demonstrativo do resultado do mês de julho Fonte: Elaborado pelo acadêmico

Observa-se na tabela 13, que no mês de Julho a Qualimédica além de não

conseguir gerar lucro, ficou com um prejuízo de proporções elevadas. Verificou-se

também que os serviços que apresentaram maior prejuízo foram os exames clínicos,

com um saldo negativo de 91,61%, não conseguindo cobrir nem mesmos os seus

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custo fixos. Analisando o Demonstrativo de Resultados os exames complementares

ficaram com um saldo negativo maior que os demais com relação a valores, porém a

receita foi a maior, diminuindo o impacto do prejuízo, o que não aconteceu nos

exames clínicos. Os Laudos representaram a menor porcentagem de prejuízo com

relação aos outros exames.

DEMONSTRATIVO DO RESULTADO DO MÊS DE AGOSTO

Exames Clínicos Laudos

Exames Complementares

Receitas R$ 3.273,15 R$ 2.841,11 R$ 7.801,72 (-) Custos e Despesas Variáveis R$ 4.401,48 R$ 1.859,20 R$ 5.034,59 = Margem de Contribuição -R$ 1.128,33 R$ 981,91 R$ 2.767,13 (-) Custos e Despesas Fixos R$ 1.559,32 R$ 1.353,79 R$ 3.716,64 = Resultado do Período -R$ 2.687,65 -R$ 371,88 -R$ 949,51 Resultado em Percentual -82,11% -13,09% -12,17%

Tabela 14: Demonstrativo do resultado do mês de agosto Fonte: Elaborado pelo acadêmico

Já no mês de agosto, observa-se que o resultado do DRE não foi muito

diferente ao mês anterior de acordo com a tabela 14, pois a Qualimédica obteve

prejuízos significativos em todos os serviços, onde o maior prejuízo foi com os

custos dos exames clínicos, porém a menor porcentagem de prejuízo ocorreu com

os exames complementares, que ficaram com o percentual de -12,17% contra -

82,11% dos exames clínicos. Analisou-se que em agosto, a margem de contribuição

também ficou negativa, não conseguindo cobrir nem mesmo os seus custos fixos.

DEMONSTRATIVO DO RESULTADO DO MÊS DE SETEMBRO

Exames Clínicos Laudos

Exames Complementares

Receitas R$ 2.695,00 R$ 9.816,11 R$ 6.865,89 (-) Custos e Despesas Variáveis R$ 4.248,41 R$ 1.991,37 R$ 6.213,37 = Margem de Contribuição -R$ 1.553,41 R$ 7.824,74 R$ 652,52 (-) Custos e Despesas Fixos R$ 952,20 R$ 3.467,88 R$ 2.425,33 = Resultado do Período -R$ 2.505,61 R$ 4.356,86 -R$ 1.772,81 Resultado em Percentual -92,97% 44,38% -25,82%

Tabela 15: Demonstrativo do resultado do mês de setembro Fonte: Elaborado pelo acadêmico

No mês de setembro conforme a tabela 15 observa-se que a Qualimédica

novamente obteve prejuízo elevado nos exames clínicos com um percentual de -

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92,97% apresentando também margem de contribuição negativa. Os exames

complementares também apresentaram prejuízo de -25,82%. Verificou-se que sua

margem de contribuição não foi negativa, mas não foi o suficiente para cobrir os

seus custos fixos. Porém, apresentou-se um lucro nos laudos de 44,38%. Isso deve-

se aos contratos que foram fechados com valores elevados, resultando em uma

receita maior neste mês.

DEMONSTRATIVO DO RESULTADO DO MÊS DE OUTUBRO

Exames Clínicos Laudos

Exames Complementares

Receitas R$ 2.456,00 R$ 2.764,46 R$ 7.778,42 (-) Custos e Despesas Variáveis R$ 5.881,09 R$ 3.285,39 R$ 11.347,00 = Margem de Contribuição -R$ 3.425,09 -R$ 520,93 -R$ 3.568,58 (-) Custos e Despesas Fixos R$ 1.300,75 R$ 1.464,64 R$ 4.120,53 = Resultado do Período -R$ 4.725,84 -R$ 1.985,57 -R$ 7.689,11 Resultado em Percentual -192,42% -71,82% -98,85%

Tabela 16: Demonstrativo do resultado do mês de outubro Fonte: Elaborado pelo acadêmico

Na tabela 16, pode-se perceber que no mês de Outubro, houve um prejuízo

maior em todos os serviços comparando-se aos meses anteriores. Os exames

clínicos tiveram um prejuízo de -192,42%, representando novamente o custo mais

alto dos demais serviços. Observou-se que os serviços de laudos apresentaram um

prejuízo de -71,82%. Isto deve-se ao fato que neste período os contratos fechados

foram em número menor do que nos outros meses, impactando a elevação do

prejuízo no mês. A tabela também apresenta que a margem de contribuição foi

negativa para todos os serviços, ou seja, não foi possível cobrir os custos fixos.

DEMONSTRATIVO DO RESULTADO DO MÊS DE NOVEMBRO

Exames Clínicos Laudos

Exames Complementares

Receitas R$ 2.722,50 R$ 2.828,00 R$ 6.178,98 (-) Custos e Despesas Variáveis R$ 3.729,57 R$ 1.299,98 R$ 6.207,64 = Margem de Contribuição -R$ 1.007,07 R$ 1.528,02 -R$ 28,66 (-) Custos e Despesas Fixos R$ 1.772,22 R$ 1.840,94 R$ 4.022,43 = Resultado do Período -R$ 2.779,29 -R$ 312,92 -R$ 4.051,09 Resultado em Percentual -102,09% -11,07% -65,56%

Tabela 17: Demonstrativo do resultado do mês de novembro Fonte: Elaborado pelo acadêmico

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Pode-se verificar pela tabela 17 que no mês de novembro a empresa não

conseguiu obter lucro e apresentou novamente prejuízo em todos os serviços

prestados. Apesar dos exames complementares apresentarem maior prejuízo, os

exames clínicos apresentaram um percentual de prejuízo ainda maior. Isto deve-se

ao fato de que a receita dos exames complementares foi maior e os custos menores

comparando-se aos exames clínicos.

DEMONSTRATIVO DO RESULTADO DO MÊS DE DEZEMBRO

Exames Clínicos Laudos

Exames Complementares

Receitas R$ 2.143,50 R$ 5.839,46 R$ 3.786,90 (-) Custos e Despesas Variáveis R$ 2.524,69 R$ 1.930,53 R$ 3.496,09 = Margem de Contribuição -R$ 381,19 R$ 3.908,93 R$ 290,81 (-) Custos e Despesas Fixos R$ 933,77 R$ 2.543,90 R$ 1.649,61 = Resultado do Período -R$ 1.314,96 R$ 1.365,03 -R$ 1.358,80 Resultado em Percentual -61,35% 23,38% -35,88%

Tabela 18: Demonstrativo do resultado do mês de dezembro Fonte: Elaborado pelo acadêmico

No mês de dezembro, devido a baixa movimentação dos serviços prestados

pela Qualimédica, ocasionado pelo motivo de que muitas empresas entram e

recesso, desta forma quase não contratam e nem demitem funcionários,

consequentemente a receita também sofre uma redução significativa, diminuindo

também os custos variáveis. Isto está representado na tabela 18, onde observa-se

que a Qualimédica novamente não obteve lucro e apresentou prejuízo no mês de

Dezembro. No entanto, houve lucro nos serviços de laudo e a porcentagem de

prejuízo foi menor comparando-se aos meses anteriores. Houve lucro somente nos

serviços de laudo, justificando-se este fato pelo motivo de que neste período vários

contratos foram fechados durante o decorrer deste mês.

3.2.1 Comparativo entre o resultado da pesquisa e a entrevista com a sócia-gerente

Na questão relacionada ao faturamento mensal, a resposta recebida foi de

R$ 20.000,00. Este resultado corresponde corretamente aos meses de julho e

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setembro, nos demais meses os valores foram inferiores, demonstrando a falta de

conhecimento por parte da administração do real faturamento da empresa.

Quanto a questão: “a receita da Qualimédica é maior do que as despesas” e

“qual a projeção de lucro esperada”, percebe-se mais uma vez a falta de

conhecimento sobre a real situação de prejuízo em que se encontra a empresa, uma

vez que a resposta recebida foi que na média as receitas são maiores do que as

despesas e lucro esperado é de 10%.

Sobre a questão relacionada à porcentagem adotada pela empresa para a

formação de preços dos serviços prestados, nota-se que a resposta foi coerente

com o resultado, sendo que o lucro pretendido é de 10%, despesas administrativas

25% e sobre o imposto 15%, índices bastante baixos não possibilitando a empresa

de conseguir um resultado satisfatório.

Ao perguntar qual é a maior dificuldade de formação de preços dos serviços

prestados, a resposta foi sobre os custos com os médicos. Isto comprova-se nas

tabelas onde os custos com os exames clínicos são bem elevados devido ao valor

pago aos médicos. Também é relatada a deficiência do sistema de informação

utilizado, que não fornece os dados necessários para um maior controle financeiro.

Foi questionado sobre os principais fatores que afetam a formação dos

custos dos serviços prestados, onde a resposta apresentada foi que é a

concorrência, que impõe preços mais baixos, porém de baixa qualidade, fazendo

com que a Qualimédica baixe também seus preços reduzindo sua receita.

Na questão relacionada sobre o que é feito para reduzir os custos, a

resposta foi de que a empresa trabalha negociando com médicos e empresas

parceiras, além de tomar medidas quanto ao abuso dos custos fixos,

conscientizando os funcionários a participar desta redução.

Quanto a questão que abrange o tipo de serviço prestado com maior nível

de custo, foi respondido que seria os contratos onde um cliente paga uma

mensalidade e não são cobrados os exames clínicos. Este tipo de negociação não

está cobrindo o número de exames clínicos realizados, pois é o que realmente

mostra as tabelas de Demonstrativo de Resultados, onde a margem de contribuição

destes exames não é suficiente nem para cobrir os seus custos fixos.

Foi questionado também, qual o serviço prestado que gera maior

rentabilidade para a empresa, onde a resposta foi exatamente o que nos mostrou os

Demonstrativos de Resultados, sendo os serviços de laudo os que geram maior

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lucro. Isto mostra que a sócia-gerente conhece o serviço com maior lucro da

empresa, pois com contratos de laudos anuais, os exames clínicos realizados na

Qualimédica são pagos.

Referente a questão de como é feito o controle das despesas e custos da

empresa, a sócia-gerente respondeu que o controle é feito através de relatórios,

analisados no final de cada mês, porém percebe-se que este controle é bem

superficial e não permite que a sócia-gerente tenha um acompanhamento preciso

sobre a situação econômica da empresa.

Na questão onde pergunta-se qual a real situação econômica da empresa no

atual momento, percebe-se que a sócia-gerente tem uma noção de que a empresa

não apresenta resultados financeiros satisfatórios, pois responde que a empresa

está em equilíbrio mas com resultados pouco satisfatórios, no entanto, percebe-se

que ela não tem conscientização da gravidade do alto prejuízo que a empresa

apresenta, necessitando urgentemente de medidas para a melhoria destes

resultados.

A seguir, na tabela 19 apresenta-se um comparativo entre o resultado da

pesquisa e a entrevista realizada com a sócia-gerente.

Comparativo entre o resultado da pesquisa e a entrevista com a sócia-gerente

Questões Respostas Resultado da pesquisa

Receitas > despesas Sim Não

Dificuldade na formação de preços Custos médicos e sistema operacional Idem

Projeção de lucro 10% Não Fatore que afetam os custos Preço da concorrência Receita baixa Serviço com > nível de custo Contratos com mensalidade Exames clínicos

Serviço com > rentabilidade Contratos anuais Exames

complementares Real situação econômica da empresa Equilíbrio, pequeno lucro Prejuízo Tabela 19: Comparativo entre o resultado da pesquisa e a entrevista com a sócia-gerente Fonte: Elaborado pelo acadêmico

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3.3 Sugestões

Após estudo realizado na área financeira e conhecimentos adquiridos

através da realização deste trabalho sobre os custos e a margem de contribuição da

empresa pesquisada, procurou-se apresentar algumas sugestões que possam

contribuir para o aumento da margem de contribuição e receita de vendas da

Qualimédica Saúde Ocupacional.

Observou-se que a margem de contribuição da empresa é muito baixa,

sendo insuficiente até mesmo para cobrir os custos fixos da empresa.

Quanto à divulgação da empresa podemos considerar como sendo um fator

fundamental para o crescimento das vendas, considerando-se a sua localização em

uma região portuária e de grande expansão, onde há concentração de um grande

número de empresas e atividades que concentram também um grande número de

funcionários, principalmente na área operacional como: despachantes, agências

marítimas, transportes e terminais de containeres, além de indústrias pesqueiras,

barcos de pescas, construtoras que se utilizam diariamente de serviços de saúde

ocupacional.

Outro fator importante a ser observado para melhorar os resultados da

empresa é a reformulação no departamento comercial que atualmente pode ser

considerado deficiente na empresa. A sugestão apresentada seria a contratação de

mais vendedores para fazer o trabalho de prospecção de novos clientes ou de porta

em porta que aumentará o potencial de venda de laudos e de empresas que utilizam

somente exames clínicos e complementares, divulgando assim todos os serviços

prestados, explorando e enfatizando a qualidade superior e idoneidade que a

Qualimédica possui em relação às outras empresas do mesmo setor.

A contratação de um suporte comercial interno seria muito importante, pois

teria a função de cuidar da parte formal das vendas como a elaboração de

propostas, confecção de contratos, além de fazer um trabalho de telemarkting e

prospecção, auxiliando nas vendas e deixando os vendedores livres somente para

as visitas, para as vendas e negociações. As empresas de grande porte e de grande

potencial necessitam de um contato mais pessoal, pois este tipo de trabalho deixa a

desejar no decorrer das negociações com estas empresas, pois a maioria dos

contatos é feito apenas por e-mail ou telefone.

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Sugere-se também, o aumento do percentual de margem de lucro sobre os

custos na formação dos preços dos exames complementares, pois atualmente tal

margem é considerada baixa, onde seria de grande relevância para a diminuição no

impacto dos custos deste serviço e aumento da margem de contribuição. Porém, a

empresa não pode deixar de avaliar o preço de mercado concorrente dos mesmos.

Nas Demonstrações de Resultados apresentadas, percebeu-se que os

exames clínicos são os que mais geram prejuízo para a empresa, com uma

porcentagem negativa muito significante. Por este motivo, sugere-se que todos os

exames clínicos realizados na Qualimédica sejam pagos por todos dos clientes, pois

será fundamental para a redução dos custos com o pagamento dos médicos, (um

dos custos mais altos), aumentando a receita e consequentemente eliminando o

prejuízo neste serviço.

Outra sugestão seria a implantação de um novo software, que forneça dados

mais precisos, atualizados e detalhados, que demonstrem separadamente os

serviços que cada cliente utilizou através de relatórios financeiros mensais.

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4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A realização desta pesquisa além de proporcionar a acadêmica um grande

aprendizado quanto à área financeira, despertando um maior interesse pela área,

transformou-se em um trabalho de suma importância para a empresa estudada,

apresentando a representatividade da margem de contribuição dos serviços

prestados e seu reflexo nos resultados apresentados pela empresa. Vale destacar

que este tipo de estudo e análise de dados não havia sido realizado anteriormente

na empresa.

Por meio deste trabalho buscou-se ainda apresentar a análise de custos e

de margem de contribuição da Qualimédica Saúde Ocupacional. O resultado da

pesquisa foi divido em tabelas e gráficos que permitiram uma melhor visualização

dos custos atribuídos aos serviços prestados, as receitas obtidas através destes

serviços bem como o resultado mensal obtido pela empresa. A princípio realizou-se

um levantamento dos custos mensais de cada serviço prestado pela Qualimédica

Saúde Ocupacional do segundo semestre de 2008, classificando-os em custos fixos

e custos variáveis. Em seguida foram identificadas as receitas mensais da empresa

para cada serviço prestado, calculando-se a relação dos custos sobre as receitas,

identificando-se assim margem de contribuição de cada serviço prestado

mensalmente.

Após o levantamento dos dados, e elaboração da Demonstração do

Resultado do Exercício encontrou-se um resultado final insatisfatório, com margem

de contribuição negativa em todos os serviços prestados e um grande prejuízo para

a empresa em quase todos os meses pesquisados. Apesar dos resultados negativos

encontrados, observou-se que em setembro e em dezembro ocorreram resultados

positivos no serviço de laudos com lucro de 44, 38% e 23,38% respectivamente,

porém estes lucros não foram suficientes para cobrir os prejuízos totais dos demais

serviços.

Durante o desenvolvimento da pesquisa não encontrou-se nenhuma

resistência por parte dos colaboradores e proprietários para a realização da

pesquisa de campo, pois os mesmos assumiram ser os principais interessados nos

resultados deste trabalho e estavam dispostos a saber a real situação financeira

desta nunca estudada ou analisada anteriormente.

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Portanto de posse de todas estas informações, a empresa poderá realizar

uma análise minuciosa utilizando-as para a tomada de decisões gerenciais mais

precisas relacionadas aos custos e preços, fatores de grande importância e de

competitividade para a empresa.

Finalmente, após a realização do estudo, o problema da pesquisa: qual é a

real representatividade dos custos na margem de contribuição dos serviços

prestados e consequentemente nos resultados obtidos pela empresa Qualimédica

Saúde Ocupacional Ltda, foi respondido a contempo e os objetivos da pesquisa

alcançados conforme previstos.

Devido aos resultados da pesquisa que se apresentaram negativos e

prejudiciais para a empresa, as sugestões apresentadas no estudo darão maior

capacidade para a empresa gerar lucro e sair do prejuízo, podendo esta firmar sua

marca, solidificando-se e sendo uma forte competidora no mercado em que atua.

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APÊNDICES Apêndice I - Questionário Aplicado com a Sócia-Gerente. 1) Qual o faturamento mensal da Qualimédica? R: O faturamento mensal da Qualimédica é de aproximadamente R$ 20.000,00 (vinte mil reais). 2) A receita da Qualimédica é maior do que as despesas? R: A receita da Qualimédica é variável. Na média, fica um pouco maior que as despesas. 3) Qual a projeção de lucro esperada para Qualimédica por período? R: A projeção de lucro é de 10%. No entanto, em média, este lucro não tem sido alcançado. 4) Qual a política de formação de preços dos serviços prestados pela Qualimédica? R: Através da análise dos custos médios da empresa, e também através de comparativo com as tabelas de preços das empresas concorrentes. 5) Qual é a porcentagem adota pela Qualimédica para a formação de preços dos serviços prestados em cima dos custos? R: Para cálculo dos preços, consideramos: .Lucro pretendido: 10%. .Impostos: 15%. .Despesas administrativas: 25%. 6) Qual a maior dificuldade para a formação de preço nos serviços prestados pela empresa? R: A maior dificuldade é que os custos médicos variam conforme o volume do trabalho de cada mês (quanto mais trabalho, menor o custo, e vice-versa), o que às vezes causa distorções nos cálculos. Outro fator que dificulta a formação de preços é que o sistema operacional atual não fornece relatórios financeiros suficientes e confiáveis. 7) Quais são os principais fatores que afetam os custos dos serviços prestados na Qualimédica? R: Um fator que não conseguimos desconsiderar, muitas vezes negativo, é o preço apresentado pela concorrência. Muitas vezes perdemos clientes para empresas que oferecem preços mais baixos (ainda que o serviço não seja de mesma qualidade), o que tem nos forçado a encontrar meios de também reduzir os preços, sem afetar a qualidade, e sem colocar a empresa em risco financeiro. 9) O que se é feito para reduzir os custos na Qualimédica? R: Para reduzir os custos, o meio mais utilizado é através de negociação de valores com médicos e empresas parceiras, que prestam serviços. Quando o aumento do custo diz respeito a algum fator interno (aumento excessivo de consumo de luz ou

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telefone, por exemplo), são tomadas medidas administrativas internas, na tentativa de conscientização e colaboração por parte da equipe. 10) Em sua opinião, qual o tipo de serviço prestado pela empresa com maior nível de custos? R: O serviço prestado que tem apresentado maior nível de custos são os contratos chamados mensais, em que os clientes pagam uma mensalidade, e tem direito a uma cobertura determinada. Constatamos que o custo desse serviço não estava dimensionado de forma adequada, diante do que estão sendo realizadas negociações no sentido de equilibrar tais negociações. 11) Em sua opinião, qual tipo de serviço prestado eventualmente gera maior rentabilidade para empresa? R: O tipo de serviço que gera maior rentabilidade para a empresa é a realização de exames médicos ocupacionais para empreses com contrato anual, que pagam separadamente por cada exame realizado, ou para empresas eventuais (sem contrato). No entanto, esse tipo de serviço não oferece tanta segurança financeira à empresa, por ser muito variável no decorrer do ano. 12) Como é feito o controle das despesas e custos na Qualimédica? R: O controle das despesas e custos é feito através de relatórios, no final de cada mês, acompanhando a situação econômica da empresa. 13) Qual a real situação econômica da empresa no atual momento? R: No momento, a situação da empresa é de equilíbrio, porém com um resultado pouco satisfatório, que não permite crescimento, através de reinvestimentos. Já estão sendo tomadas medidas que, acredita-se, permitirão à empresa um resultado melhor nos próximos meses.

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Apêndice II - Tabela total dos custos e despesas de julho a dezembro de 2008.

TOTAL DOS CUSTOS E DESPESAS DE JULHO A DEZEMBRO DE 2008 Custos Variáveis Julho 2008 Agosto 2008 Setembro 2008 Outubro 2008 Novembro 2008 Dezembro 2008

Impostos R$ 5.034,50 R$ 624,92 R$ 844,70 R$ 5.925,02 R$ 491,72 R$ 455,84 Serviços de Manutenção e Informática R$ 199,00 R$ 163,50 R$ 119,00 R$ 119,00 R$ 73,00 R$ 111,00 Materiais de Higiene e limpeza R$ 0,00 R$ 132,86 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 86,54 Materiais de Escritório R$ 349,00 R$ 257,00 R$ 100,60 R$ 170,90 R$ 123,30 R$ 0,00 Pagamentos dos médicos R$ 2.552,50 R$ 2.667,50 R$ 2.730,00 R$ 3.273,75 R$ 2.317,50 R$ 1.795,00 Pgto de laboratórios R$ 1.784,41 R$ 946,28 R$ 970,00 R$ 1.648,70 R$ 993,98 R$ 200,28 Pgto médicos especialistas R$ 2.660,69 R$ 2.330,00 R$ 2.468,03 R$ 3.556,65 R$ 3.598,40 R$ 1.948,40 Pgto Clínica de Raio X R$ 1.571,24 R$ 962,75 R$ 2.310,72 R$ 1.972,49 R$ 1.172,49 R$ 1.063,52 Despesas de correio R$ 123,45 R$ 191,65 R$ 121,90 R$ 147,25 R$ 115,70 R$ 115,40 Ajuda de custo R$ 100,00 R$ 100,00 R$ 100,00 R$ 100,00 R$ 100,00 R$ 100,00 Comissão do Representante R$ 498,02 R$ 718,60 R$ 352,20 R$ 1.013,48 R$ 584,10 R$ 656,39 Pgto das consultas aos médicos R$ 150,00 R$ 50,00 R$ 125,00 R$ 100,00 R$ 0,00 R$ 0,00 Clínicas terceirizas R$ 928,00 R$ 1.350,22 R$ 1.211,00 R$ 1.298,00 R$ 1.217,00 R$ 569,00 Assinatura do Médico Coordenador do PCMSO R$ 950,00 R$ 800,00 R$ 1.000,00 R$ 850,00 R$ 450,00 R$ 850,00

TOTAL R$ 16.900,81 R$ 11.295,28 R$ 12.453,15 R$ 20.175,24 R$ 11.237,19 R$ 7.951,37

Custos Fixos Julho 2008 Agosto 2008 Setembro 2008 Outubro 2008 Novembro 2008 Dezembro 2008 Salários dos Funcionários R$ 2.512,58 R$ 2.512,58 R$ 2.512,58 R$ 2.512,58 R$ 3.214,77 R$ 2.967,29 Telefone R$ 556,71 R$ 580,10 R$ 623,51 R$ 643,18 R$ 660,43 R$ 826,39 Água R$ 44,34 R$ 44,34 R$ 45,66 R$ 45,66 R$ 45,66 R$ 45,66 Energia elétrica R$ 252,41 R$ 249,11 R$ 254,34 R$ 256,88 R$ 276,12 R$ 244,44 Serviços de Contabilidade R$ 415,00 R$ 415,00 R$ 420,70 R$ 415,00 R$ 426,00 R$ 422,50 Programa de Sistema de Informação R$ 229,28 R$ 229,28 R$ 229,28 R$ 229,28 R$ 229,28 R$ 229,28 Aluguel R$ 1.572,10 R$ 1.572,10 R$ 1.572,10 R$ 1.572,10 R$ 1.572,10 R$ 1.579,70 Provedor internet R$ 24,10 R$ 24,10 R$ 24,10 R$ 24,10 R$ 24,10 R$ 24,10 FGTS R$ 152,34 R$ 152,34 R$ 152,34 R$ 152,34 R$ 152,34 R$ 211,19 INSS R$ 800,80 R$ 800,80 R$ 800,80 R$ 800,80 R$ 800,80 R$ 1.310,54 Ampe R$ 50,00 R$ 50,00 R$ 50,00 R$ 54,00 R$ 54,00 R$ 54,00 Faxineira R$ 160,00 R$ 160,00 R$ 160,00 R$ 180,00 R$ 180,00 R$ 180,00

TOTAL R$ 6.769,66 R$ 6.789,75 R$ 6.845,41 R$ 6.885,92 R$ 7.635,60 R$ 8.095,09

TOTAL DOS CUSTOS R$ 23.670,47 R$ 18.085,03 R$ 19.298,56 R$ 27.061,16 R$ 18.872,79 R$ 16.046,46

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Apêndice III - Tabelas das receitas do segundo semestre de 2008.

Receitas 2008 em R$

Mês Exames Clínicos Laudos Exames

Complementares Total Julho R$ 3.004,50 R$ 4.861,52 R$ 9.831,66 R$ 17.697,68 Agosto R$ 3.273,15 R$ 2.841,11 R$ 7.801,72 R$ 13.915,98 Setembro R$ 2.695,00 R$ 9.816,11 R$ 6.865,89 R$ 19.377,00 Outubro R$ 2.456,00 R$ 2.764,46 R$ 7.778,42 R$ 12.998,88 Novembro R$ 2.722,50 R$ 2.828,00 R$ 6.178,98 R$ 11.729,48 Dezembro R$ 2.143,50 R$ 5.839,46 R$ 3.786,90 R$ 11.769,86 R$ 16.294,65 R$ 28.950,66 R$ 42.243,57 R$ 87.488,88

Receitas 2008 em % Mês Exames Clínicos Laudos Exames Complementares

Julho 16,98% 27,47% 55,55% Agosto 23,52% 20,42% 56,06% Setembro 13,91% 50,66% 35,43% Outubro 18,89% 21,27% 59,84% Novembro 23,21% 24,11% 52,68% Dezembro 18,21% 49,61% 32,17%

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DECLARAÇÃO DE ACEITE DO PROJETO

DECLARAÇÃO

A empresa Qualimédica Saúde Ocupacional Ltda declara, para devidos fins,

que concorda com o projeto de estágio apresentado pelo estagiário GREYCE

MARUSA GUIMARÃES STUART, acadêmica do curso de Administração de

Empresas do Centro de Educação Superior de Ciências Sociais Aplicadas da

Universidade do Vale do Itajaí, e se propõe a oferecer as condições necessárias

para o bom andamento do mesmo.

Itajaí, 01 de Junho de 2009.

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ASSINATURA DOS RESPONSÁVEIS

Greyce Marusa Guimarães Stuart Estagiário

Carolina Emydgio do Nasciemento Supervisor de campo

Prof. Adilene Naciara Pereira

Orientador de estágio

Prof. Eduardo Krieger da Silva Responsável pelos Estágios em Administração

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