análise do plano diretor sjc

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Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” Faculdade de Ciências e Letras – Câmpus de Araraquara Roteiro para elaboração do Relatório Técnico-Científico da disciplina “Política e Fundamentos do Planejamento do Território” Discentes: João Gabriel Franceschini Leonardo de Oliveira Rosa Lucas de Almeida Pontes Lucas Vinicius de Moraes Ostroschi Curso: Administração Pública Período: Diurno Araraquara – SP 2015

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Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” Faculdade de Ciências e Letras – Câmpus de Araraquara

Roteiro para elaboração do Relatório Técnico-Científico da disciplina “Política e Fundamentos do Planejamento do Território”

Discentes: João Gabriel Franceschini Leonardo de Oliveira Rosa Lucas de Almeida Pontes Lucas Vinicius de Moraes Ostroschi Curso: Administração Pública Período: Diurno

Araraquara – SP 2015

Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” Faculdade de Ciências e Letras – Câmpus de Araraquara

Roteiro para elaboração do Relatório Técnico-Científico da disciplina “Política e Fundamentos do Planejamento do Território”

Roteiro elaborado pelo Prof. Dr. Rodrigo Alberto Toledo, destinado à orientação dos (as) alunos (as) do curso de Administração Pública na formatação do Relatório Técnico-Científico como pré-requisito parcial à aprovação na disciplina “Política e Fundamentos do Planejamento do Território”.

Araraquara – SP 2015

Sumário 1 Introdução .......................................................................................................... 1

A Informações sobre o município ......................................................................... 3

B Comentário geral sobre o Plano Diretor ........................................................... 5

C Acesso à terra urbanizada ................................................................................. 9

D Acesso aos serviços e equipamentos urbanos com ênfase no acesso à

habitação, saneamento ambiental, transporte e mobilidade ........................................... 31

E Sistema de Gestão Democrática ...................................................................... 46

Bibliografia ......................................................................................................... 51

1

1 Introdução

Em linhas gerais, qualquer política territorial objetiva o desenvolvimento, que é

o seu ponto essencial e instrumental. Metodologicamente, desenvolvimento é

compreendido como um fim e crescimento como um meio.

No entanto, dado o formato histórico do desenvolvimento e crescimento de

nossas cidades, sabemos que o esse mecanismo descrito no parágrafo anterior, em

muitos contextos, é excludente, segregacionista e, em muitas realidades, o fio condutor

para a degradação dos centros urbanos. A questão urbana brasileira, permeada por essas

características, é o desafio mais urgente a ser assumido por todos que se dedicam à

busca de interpretações, soluções e encaminhamentos. As temáticas sociais, políticas e

econômicas não podem ser apartadas dessas tentativas de busca por soluções urbanas

para o nosso complexo modelo de crescimento das cidades. O que, por outro lado,

revela a necessidade de abordagens interdisciplinares da questão, ou se quiserem das

questões urbanas.

Podemos compreender como desenvolvimento o acesso físico e econômico

(condições materiais de vida) aos bens, serviços e equipamentos que permitem a

satisfação das necessidades básicas, dentre outras, a habitação, o emprego, a educação,

o lazer, a saúde e o bem-estar, como oportunidades de benefício, mas também de

participação de atores sociais na construção de políticas públicas.

Contudo, o conceito de desenvolvimento, exige preocupações de eficiência, de

sustentabilidade e de equidade (justiça social, equilíbrio, harmonia), para que não se

transforme em mais um instrumento propagandístico que servirá a interesses de parcelas

da sociedade. Portanto, a forma como o espaço se organiza interfere no

desenvolvimento, pois este é fruto da atividade humana – no nosso caso capitalista –

localizada. O espaço é, ao mesmo tempo, fator e sujeito do desenvolvimento.

Concluímos, nesse sentido, que o ordenamento do território, a organização

espacial das sociedades humanas e das suas atividades, em todos os níveis ou

patamares, é o pressuposto fundamental para o desenvolvimento. E é dessa necessidade

que surgem as ações voltadas para o ordenamento do território, a organização espacial

das sociedades humanas e das suas atividades. E daqui decorre, por conseguinte, a

necessidade e a importância das políticas territoriais que dão corpo ao planejamento e

gestão do território.

2

Podemos elencar algumas razões específicas dessas políticas e de sua

importância:

• A explosão do crescimento populacional e urbano e as consequências

sobre o ambiente.

• O fato de o território estar longe de ser homogênio, apresentando

disparidades acentuadas, traduzidas em diferentes níveis de

desigualdades de desenvolvimento.

• O aparecimento de novos problemas e, por isso, também a necessidade

de novos paradigmas de políticas territoriais, como as regionais e

urbanas, a desafiarem novas formas de governança (participação política

e parcerias) através de processos de descentralização/desconcentração do

poder decisório.

O Planejamento e a Gestão do Território são políticas de natureza

interdisciplinar. Por este motivo, entendemos que a elaboração de estudos das peças

urbanísticas, Planos Diretores,, seja fundamental para a formação do Administrador

Público.

O trabalho final da disciplina “Política e Fundamentos do Planejamento do

Território”, será a elaboração de relatório de avaliação dos Planos Diretores de um

conjunto de municípios indicados previamente. O relatório deverá ser redigido de

acordo com às normas de apresentação de relatórios técnicos-científicos da ABNT –

NBR 10719, apresentada resumidamente no Anexo A deste guia. O relatório final

deverá ser colocado à disposição de consultas públicas por interessados, especialmente

às administrações municipais que foram objetos das pesquisas, por meio da organização

de um blog pelos integrantes dos grupos. O blog poderá, inclusive, ser a plataforma

utilizada para a apresentação do trabalho final em sala de aula, momento em que,

também será avaliado para compor as notas finais dos grupos de pesquisa.

As referidas orientações para elaboração do relatório dividem-se em um

esquema organizado em 5 eixos analíticos que deverão ser alimentados por dados

coletados do processo de confecção do Plano Diretor escolhido como objeto de análise,

dos sites dos municípios e de instituições de pesquisa tais como IBGE, Fundação

SEADE etc. Se necessário e possível, os (as) alunos (as) poderão realizar entrevistas

com atores sociais envolvidos no processo.

3

A Informações sobre o município

1 População

2010 População total 629.921 População urbana 617.106 População rural 12.815

Fonte: IBGE – Censo Demográfico 2010.

2 População Economicamente Ativa

2010 PEA Total 336.282

3 População ocupada segundo setor de atividade econômica1

População ocupada 2010 Agricultura, pecuária silvicultura e exploração florestal2

3.793

Pesca3 2.195 Indústrias extrativas 3.903 Indústrias de transformação 45.237 Produção e distribuição de eletricidade, gás e água4

3.294

Construção 29.583 Comércio, reparação de veículos automotores, objetos pessoais e domésticos

52.073

Alojamento e alimentação 12.750 Transporte, armazenagem e comunicações5

13903

Intermediação financeira, seguros, previdência comp. e serviços relacionados

3.907

Atividades imobiliárias, aluguéis e serviços prestados às empresas

2.505

Administração pública, defesa e seguridade social

15.846

Educação 17.628 Saúde e serviços sociais 15.099 Outros serviços coletivos, sociais e pessoais

114.566

1 As notas de rodapé da tabela são adequações feitas para a correta utilização dos dados. 2 Pesca e aquicultura. 3 Agropecuária, florestais e caça. 4 Esgoto, atividades de gestão de resíduos e descontaminação. 5 Informação e correio.

4

Total 336.282 Fonte: IBGE – cadastro central de empresas e Censo demográfico de 2010.

4 Distribuição dos responsáveis por domicílios segundo faixas de renda6

Faixas de renda dos responsáveis por domicílios

2010

Sem rendimentos 6.292

Até 2 salários mínimos 23.457

De 2 a 5 salários mínimos 67.482

De 5 a 10 salários mínimos 47.959 Mais de 10 a 20 salários mínimos 22.267 Total de domicílios particulares 189.450

Fonte: IBGE – Censo Demográfico de 2010.

5 Déficit habitacional básico7

Componentes do Déficit Habitacional Básico – Mcidades e FJP

2010

Domicílios rústicos8 647 Domicílios improvisados9 479 Famílias secundárias conviventes Nada consta Cômodos cedidos Nada consta Total 1.126

Fonte: IBGE – Censo Demográfico 2010.

6 Acesso a serviços de saneamento ambiental

2010 Domicílios ligados à rede de água 183.989 Domicílios ligados à rede de esgoto 172.695

Domicílios com fossa séptica 5.874

Domicílios com coleta de lixo 188.859 Total 189.503

6 Por falta de dados sobre a “Distribuição dos responsáveis por domicílios segundo faixas de

renda” a tabela foi alterada para contemplar a maior quantidade de informações sobre o município

possível. 7 As notas de rodapé da tabela são adequações feitas para a correta utilização dos dados. 8 Madeira aparelhada, Outro material, Taipa não revestida, Taipa revestida. 9 Madeira aproveitada.

5

7 Quais são outras características importantes do município identificadas

em diagnósticos e estudos, caso estes estejam disponíveis?

• Pessoas de 10 anos ou mais de idade que frequentavam a escola:

131.413;

• Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM): 0,807.

O produto interno bruto do município de São José dos Campos aparece em 21º

lugar entre os municípios de maior renda do país, com PIB de R$ 28,1 bilhões. De

acordo com o IBGE, a participação de São José no PIB brasileiro tem influência das

atividades do setor da indústria, principalmente aeroespacial.

8 O município já possuía plano (s) diretor (ES) antes do atual?

Sim. São José dos Campos já possuía plano diretor, o plano diretor anterior ao

atual foi criado em 1995. (SÃO JOSÉ DOS CAMPOS, 2015c)

B Comentário geral sobre o Plano Diretor

1 O plano diretor analisado apresenta estratégias de desenvolvimento

econômico e sócio territorial para o município? Se sim, quais são as estratégias?

Sim. No título I, “DO PLANO DIRETOR DE DESENVOLVIMENTO

INTEGRADO DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS” encontra-se o capítulo I, “DOS

PRINCÍPIOS E DOS OBJETIVOS GERAIS”, e de acordo com Art. 4º:

I - Elevar a qualidade de vida da população, particularmente no que se refere à saúde, à educação, à cultura, às condições habitacionais, à infraestrutura e aos serviços públicos, de forma a promover a inclusão social e a redução das desigualdades que atingem diferentes camadas da população e regiões da Cidade; [...] IV - Democratizar o acesso à terra e à habitação, estimulando os mercados acessíveis às faixas de menor renda (SÃO JOSÉ DOS CAMPOS, 2015a)

E no CAPÍTULO III - DA POLÍTICA DE DESENVOLVIMENTO

ECONÔMICO, em relação a estratégias de desenvolvimento da cidade temos:

Art. 16. A política municipal de desenvolvimento econômico, entendida em sua ampla vinculação com a de desenvolvimento social tem o compromisso com a contínua melhoria da qualidade de vida da população e com o bem-estar da sociedade, com base nos princípios de sustentabilidade e de desenvolvimento econômico local, com os seguintes objetivos:

6

I - Aumentar a competitividade regional; II - Dinamizar a geração de emprego, trabalho e renda; III - Desenvolver potencialidades locais; IV - Consolidar a posição do Município como "polo tecnológico de desenvolvimento das atividades aeronáuticas e espaciais"; V - Estimular o surgimento de novos negócios, especialmente daqueles que se enquadram nas vocações do Município; VI - Fortalecer e difundir a cultura empreendedora; VII - Realizar parcerias e ações integradas com outros agentes promotores do desenvolvimento, públicos e privados, governamentais e institucionais; VIII - Aperfeiçoar continuamente o modelo adotado a partir da perspectiva sistêmica, considerando os desafios do crescimento econômico, a equidade social e o respeito ao meio ambiente. (SÃO JOSÉ DOS CAMPOS, 2015a)

E no V - DA CONCESSÃO DE INCENTIVO PARA IMPLANTAÇÃO DE

HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL, temos:

Art. 76. O Município poderá criar incentivo para implantação de habitação de interesse social, ou seja, na implantação de lotes populares, através da redução da dimensão de lote em determinada região, onde a expansão urbana apresenta-se como um grande vetor de crescimento. (SÃO JOSÉ DOS CAMPOS, 2015a)

E na Seção I - Da Habitação:

Art. 25. A política municipal de habitação tem por objetivo orientar as ações do Poder Público e da iniciativa privada propiciando o acesso à moradia, priorizando famílias de menor renda, num processo integrado às políticas de desenvolvimento urbano e regional e demais políticas municipais. (SÃO JOSÉ DOS CAMPOS, 2015a)

2 Caso a resposta à pergunta anterior seja positiva, quais são os elementos

centrais dessas estratégias de desenvolvimento?

A cidade de São José dos Campos tem como estratégia de desenvolvimento

econômico manter sua posição em relação a ser um "polo tecnológico de

desenvolvimento das atividades aeronáuticas e espaciais", que é responsável por grande

parte do PIB da cidade, fica claro também a preocupação em desenvolver o comercio da

cidade. E em relação a habitações, o objetivo é dar incentivo para implantação de

habitações de interesse social, em regiões onde a expansão urbana se apresenta.

3 Caso o plano diretor não apresente estratégias de desenvolvimento

econômico e socioeconômico, quais são seus principais sentidos?

O Plano Diretor apresenta estratégias para o desenvolvimento econômico e

socioeconômico.

7

4 O plano diretor possui um glossário de termos técnicos ou algum

documento explicativo que facilite a compreensão dos seus conteúdos?

O Plano Diretor não possui glossário de termos técnicos ou algum documento

explicativo que poderia facilitar a compreensão de seu conteúdo

5 A linguagem utilizada no plano diretor é excessivamente técnica,

dificultando a leitura por parte dos cidadãos?

De um modo geral, a linguagem utilizada pelo Plano Diretor de São José dos

Campos é formal, pois se tratam de leis, apesar de apresentar termos técnicos, não é de

uma maneira excessiva, é possível a compreensão mesmo não sendo um especialista de

todos os assuntos abordados.

6 A linguagem do plano diretor é clara e de entendimento fácil?

A linguagem é clara, porém alguns termos técnicos apresentados podem causar

dificuldade na compreensão em determinados pontos do Plano Diretor, de um ponto de

vista geral, a maior parte do Plano Diretor é de fácil compreensão.

7 O plano diretor define ações e investimentos prioritários, inclusive em

políticas setoriais, que devam ser previstos nos planos plurianuais e orçamentos

municipais (leis de diretrizes orçamentárias e leis de orçamentos anuais)?

O plano diretor de São José dos Campos não define quais são os investimentos

prioritários, mas ele apresenta os objetivos gerais, que estão presente no CAPÍTULO I -

DOS PRINCÍPIOS E DOS OBJETIVOS GERAIS, Art. 3º:

Art. 3º Os agentes públicos, privados e sociais responsáveis pelas políticas e normas explicitadas nesta Lei Complementar, devem observar e aplicar os seguintes princípios: I - Direito de todos ao acesso à terra urbana, moradia, saneamento ambiental, saúde, educação, assistência social, lazer, trabalho e renda, bem como a espaços públicos, equipamentos, infraestrutura urbana e serviços urbanos, transporte, ao patrimônio ambiental e cultural da cidade; II - preservação, proteção e recuperação do meio ambiente natural; III - respeito às funções sociais da cidade e à função social da propriedade; IV - Participação da população nos processos de decisão e de planejamento; e V - Priorização do bem-estar coletivo em relação ao individual. (SÃO JOSÉ DOS CAMPOS, 2015a)

8

No CAPÍTULO I - DOS PRINCÍPIOS E DOS OBJETIVOS GERAIS, Art. 5º,

ele relaciona os gastos do Plano Diretor com os planos nacionais, regionais e estaduais

de ordenação do território e de desenvolvimento econômico e social.

Art. 5º O Plano Plurianual de Aplicação, as Diretrizes Orçamentárias e o Orçamento Anual deverão incorporar as diretrizes e as prioridades contidas nesta Lei Complementar, instrumento básico do processo de planejamento municipal. Parágrafo único. Sem prejuízo à autonomia municipal, o Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado do Município deverá ser compatível com os planos nacionais, regionais e estaduais de ordenação do território e de desenvolvimento econômico e social. (SÃO JOSÉ DOS CAMPOS, 2015a)

8 O plano diretor leva em consideração investimentos previstos no

município (do governo estadual ou federal) como, por exemplo, o PAC e a

implantação de infraestruturas que possam provocar impactos?

Sim. O Plano Diretor de leva em consideração investimentos previstos no

município proveniente do governo estadual ou federal em relação à habitação, isso pode

ser observado no CAPÍTULO IV - DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL, Seção I - Da

Habitação, Art. 26:

IV - Fomentar a captação de recursos financeiros, institucionais, técnicos e administrativos destinados a investimentos habitacionais de interesse social, proveniente de fontes privadas e governamentais, externas ao Município; (SÃO JOSÉ DOS CAMPOS, 2015a)

No capítulo VIII - DO FUNDO MUNICIPAL DE DESENVOLVIMENTO

URBANO, Art. 80, temos que:

Art. 80. Constituirão receitas do Fundo Municipal de Desenvolvimento Urbano: [...] III - quaisquer outros recursos ou rendas que lhe sejam destinados; (SÃO JOSÉ DOS CAMPOS, 2015a)

Apesar do que foi apresentado, o plano diretor não deixa claro o que acontece

com os investimentos Estaduais e Federais, esses artigos que foram apresentados,

apresentam apenas duas situações e não dão uma visão geral de qual forma a verba é

utilizada em variadas situações.

9 Em quais partes do plano diretor se leva em consideração as questões de

gênero, raça e etnia?

9

Em nenhuma parte do Plano Diretor conseguimos observar questões

relacionadas à raça, etnia ou gênero.

10 Quais são os principais avanços e inovações e os problemas mais graves

existentes no plano diretor de uma maneira geral e sintética?

O Plano diretor está bem mais ligado ao lado social se compararmos com o

plano diretor anterior, garantir uma vida digna a toda a população se tornou um objetivo

mais presenta, não que já não estivesse no plano diretor de 1995.

O Plano diretor apresenta mapas de fácil entendimento, a linguagem utilizada é

formal porem de fácil compreensão, apresentando apenas alguns termos técnicos em

determinados momentos.

Os temas de cada diretriz são muito bem divididos, facilitando a busca de uma

pessoa que procura algo sobre um determinado assunto.

Falta no Plano Diretor, uma especificidade na atribuição dos responsáveis por

cada questão.

O plano diretor apenas apresentas objetivos que foram traçados, não apresenta

números, não existe uma meta a ser cumprida em relação a quantidade de objetivos

cumpridos.

C Acesso à terra urbanizada

1 Quais diretrizes do Estatuto da Cidade são reproduzidas no plano

diretor?

O plano diretor de São José dos Campos utiliza o artigo 4º da Lei Federal nº

10.257, de 10 de julho de 2001 e os artigos 25, 26, 27, 28, 29, 30, 31, 32, 33 e 34 da Lei

Federal nº 10.257, de 10 de julho de 2001 - Estatuto da Cidade.

O Estatuto da Cidade foi criado 5 anos antes do atual Plano Diretor, dessa forma

podemos dizer que tudo o que tem no Plano Diretor respeita o que já estava escrito no

Estatuto de 2001.

2 O plano diretor inclui, dentre seus objetivos ou diretrizes, garantir o

acesso à terra urbana e à moradia?

Sim. No CAPÍTULO I - DOS PRINCÍPIOS E DOS OBJETIVOS GERAIS, Art.

3 diz que:

10

I - Direito de todos ao acesso à terra urbana, moradia, saneamento ambiental, saúde, educação, assistência social, lazer, trabalho e renda, bem como a espaços públicos, equipamentos, infraestrutura urbana e serviços urbanos, transporte, ao patrimônio ambiental e cultural da cidade; (SÃO JOSÉ DOS CAMPOS, 2015a)

No Art. 4º temos:

IV - Democratizar o acesso à terra e à habitação, estimulando os mercados acessíveis às faixas de menor renda; (SÃO JOSÉ DOS CAMPOS, 2015a)

E no capítulo referente a habitação temos:

Art. 25. A política municipal de habitação tem por objetivo orientar as ações do Poder Público e da iniciativa privada propiciando o acesso à moradia, priorizando famílias de menor renda, num processo integrado às políticas de desenvolvimento urbano e regional e demais políticas municipais. Art. 26. São diretrizes gerais da política de desenvolvimento social na área da Habitação: I - Viabilizar o acesso ao solo urbano e à moradia, especialmente para a população de baixa renda; II - Assegurar a integração da Política Municipal de Habitação com outras políticas públicas, em especial as de geração de emprego e renda, sociais e ambientais; III - Estimular a construção de unidades habitacionais para a população de baixa renda pela iniciativa privada; IV - Fomentar a captação de recursos financeiros, institucionais, técnicos e administrativos destinados a investimentos habitacionais de interesse social, proveniente de fontes privadas e governamentais, externas ao Município; V - Estabelecer normas especiais de urbanização, de uso e ocupação do solo e de edificações para assentamentos de interesse social, regularização fundiária e urbanização de áreas ocupadas por população de menor renda; VI - Fortalecer a Política de Controle e Fiscalização dos loteamentos clandestinos e irregulares; VII - Continuar o processo de regularização fundiária e urbanização das áreas de assentamentos subnormais, adequando-as aos parâmetros urbanísticos e ambientais estabelecidos; e, VIII - Continuar o programa de formação de um banco de terras destinados à Política Habitacional do Município. IX - Promover a regularização fundiária de favelas localizadas em terrenos estaduais e federais, visando a execução de projeto de parcelamento e à titulação dos moradores; X - Promover o recenseamento, preferencialmente em área próxima ao local de origem, dos moradores das áreas de risco e das destinadas a projetos de interesse público ou dos desalojados por motivo de calamidade. Parágrafo único. As diretrizes gerais da política de desenvolvimento social na área de habitação serão implementadas, garantindo-se a prévia discussão do Conselho Municipal de Habitação, bem como, o cumprimento dos instrumentos previstos na Lei Municipal nº

11

4.495/93, de 16 de dezembro de 1993, sem prejuízo de outros instrumentos da política urbana. (SÃO JOSÉ DOS CAMPOS, 2015a)

3 O plano diretor inclui, dentre seus objetivos ou diretrizes, a gestão

democrática por meio da participação popular?

Sim, o Plano Diretor de São José dos Campos apresenta o interesse na

participação popular em diferentes assuntos, a participação popular está presente logo

no início do Plano Diretor.

CAPÍTULO I - DOS PRINCÍPIOS E DOS OBJETIVOS GERAIS, Art. 3º:

IV - Participação da população nos processos de decisão e de planejamento; (SÃO JOSÉ DOS CAMPOS, 2015a)

Seção II - Da Saúde Pública, Art.º 28:

III - Garantir a participação popular na elaboração e cumprimento das Políticas Públicas de Saúde através do Conselho Municipal de Saúde - COMUS; (SÃO JOSÉ DOS CAMPOS, 2015a)

Seção III - Da Educação, Art. 31:

VI - Promover a participação da comunidade escolar e local na gestão das escolas, universalizando, em dois anos, a instituição e o efetivo funcionamento dos conselhos escolares ou órgãos equivalentes; (SÃO JOSÉ DOS CAMPOS, 2015a)

Existem outros casos que a participação popular é bem-vinda, mas não estão

relacionadas a gestão da cidade e sim a programas em áreas específicas, como esportes

e campanhas de prevenção.

4 O plano diretor inclui, dentre seus objetivos ou diretrizes, a ordenação e o

controle do uso e ocupação do solo de modo a evitar a retenção especulativa de

terrenos?

Não. Apesar do Plano Diretor de São José dos Campos tem uma subseção no

capítulo V, que é referente ao desenvolvimento urbano, essa subseção se chama “ Do

Uso e Ocupação do Solo”, não existe nada relacionado a retenção especulativa de

terrenos, apenas que é necessário respeitar a função social da propriedade.

5 O plano diretor inclui, dentre seus objetivos ou diretrizes, a justa

distribuição dos benefícios e ônus decorrentes do processo de urbanização?

Não. O Plano Diretor não contém nenhuma diretriz sobre a justa distribuição dos

benefício e ônus decorrentes do processo de urbanização.

12

6 O plano diretor inclui, dentre seus objetivos ou diretrizes, a recuperação

da valorização de imóveis urbanos decorrentes de investimentos do poder público?

Sim. O Plano Diretor de São José dos Campos, no capítulo I, onde estão os

princípios e objetivos gerais, coloca que um dos objetivos é recuperar os investimentos

feitos pelo poder público através da valorização de imóveis urbanos.

VIII - recuperar os investimentos feitos pelo poder público municipal na realização de infraestrutura pública que proporcione a valorização de imóveis urbanos; (SÃO JOSÉ DOS CAMPOS, 2015a)

7 O plano diretor inclui, dentre seus objetivos ou diretrizes, a regularização

fundiária e a urbanização de áreas ocupadas pela população de baixa renda?

Sim. É possível encontrar várias partes do Plano Diretor que são direcionados

para a regularização fundiária e a urbanização de áreas ocupadas pela população de

baixa renda. Como exemplo temos:

CAPÍTULO II - DA ORGANIZAÇÃO TERRITORIAL

Seção I - Do Macrozoneamento Territorial, Art. 9º

Art. 9º Considera-se Zona Rural toda a porção de território do Município destinada predominantemente a atividades econômicas não urbanas, à proteção ambiental dos mananciais existentes e das cabeceiras de drenagem, indicada às atividades agrícolas, pecuárias, florestais e agroindustriais. Parágrafo único. Os parcelamentos clandestinos ou assentamentos informais com características urbanas, localizados em zona rural do Município, poderão ser transformados em bolsões urbanos para fins de regularização fundiária e urbanística, através de legislação específica, desde que justificado o interesse público e social junto aos órgãos competentes. (SÃO JOSÉ DOS CAMPOS, 2015a)

Seção I - Da Habitação, Art. 26

VII - Continuar o processo de regularização fundiária e urbanização das áreas de assentamentos subnormais, adequando-as aos parâmetros urbanísticos e ambientais estabelecidos; [...] IX - Promover a regularização fundiária de favelas localizadas em terrenos estaduais e federais, visando a execução de projeto de parcelamento e à titulação dos moradores;

Dentro do Plano Diretor, existe uma parte que trata especificamente das zonas de

interesse sociais, essas zonas são conhecidas como ZEIS (Zonas Especiais de Interesse

Social).

IV - DAS ZONAS ESPECIAIS DE INTERESSE SOCIAL – ZEIS, Art. 75

Art. 75. O Poder Público Municipal dará continuidade à política que trata das Zonas Especiais de Interesse Social - ZEIS.

13

§ 1º As Zonas Especiais de Interesse Social - ZEIS constituem-se de áreas destinadas a projetos à população de baixa renda, enquadrando-se nesta categoria as áreas ocupadas por sub-habitações/favelas, loteamentos clandestinos, onde haja interesse social em promover a regularização fundiária e urbanística, e glebas no perímetro urbano destinadas a atender o programa habitacional do Município para a população de baixa renda. § 2º As áreas classificadas como ZEIS, serão delimitadas na revisão da legislação que trata do parcelamento, uso e ocupação do solo do Município. (SÃO JOSÉ DOS CAMPOS, 2015a)

8 O plano diretor inclui, dentre seus objetivos ou diretrizes, o cumprimento

da função social da cidade e da propriedade?

Sim. O respeito a função social da propriedade está entre os objetivos gerais do

Plano Diretor, CAPÍTULO I - DOS PRINCÍPIOS E DOS OBJETIVOS GERAIS, Art.

3º.

III - respeito às funções sociais da cidade e à função social da propriedade; (SÃO JOSÉ DOS CAMPOS, 2015a)

C.1 FUNÇÃO SOCIAL DA CIDADE E DA PROPRIEDADE

9 Como o plano diretor define o cumprimento da função social da cidade e

da propriedade?

O Plano Diretor não define o que deve ser o cumprimento da função social da

cidade da propriedade.

C.2 CONTROLE DO USO E OCUPAÇÃO DO SOLO

10 O plano diretor define um macrozoneamento ou zoneamento das áreas

urbanas e rurais do município?

Sim, o Plano Diretor divide São José dos Campos em Zona Rural, Zona Urbana

dos Distritos de São José dos Campos, Eugênio de Melo e São Francisco Xavier, e Zona

de Expansão Urbana de São Francisco Xavier.

Essa divisão está presente em CAPÍTULO II - DA ORGANIZAÇÃO

TERRITORIAL, Seção I - Do Macrozoneamento Territorial, neste capítulo, no Art. 9º

ao 13 (SÃO JOSÉ DOS CAMPOS, 2015a), ficam as especificações que tornam cada

local uma determinada zona e o que deve entregar cada região.

Art. 8º Para a ordenação do uso e ocupação do solo, o território do Município fica dividido em Zona Rural, Zona Urbana dos Distritos de São José dos Campos, Eugênio de Melo e São Francisco Xavier, e Zona de Expansão Urbana de São Francisco Xavier, delimitadas no Mapa 01 - Macrozoneamento Territorial, parte integrante desta Lei Complementar. (SÃO JOSÉ DOS CAMPOS, 2015a)

14

11 Quais são os tipos e os objetivos de macrozonas ou zonas definidas pelo

plano diretor nas áreas urbanas e rurais?

A zonas definidas pelo Plano Diretor são: Zona Rural, Zona Urbana dos

Distritos de São José dos Campos, Eugênio de Melo e São Francisco Xavier, e Zona de

Expansão Urbana de São Francisco Xavier.

E as A Zona Urbana do Município de São José dos Campos ficam dividida nas

regiões geográficas, Centro, Norte, Leste, Oeste, Sul, Sudeste e São Francisco Xavier.

A zona urbana tem como objetivo às funções urbanas, a zona de expansão de

São Francisco Xavier tem como função às atividades urbanas de baixo impacto, em

especial turismo e lazer. Boa parte das zonas rurais são de áreas de proteção ambiental,

essas áreas de proteção ambiental são classificadas como APA (área de proteção

ambiental) e vão de I-IV, cada APA tem as suas características. É possível ver as

características das APAs e das zonas definidas no CAPÍTULO II - DA

ORGANIZAÇÃO TERRITORIAL Seção I - Do Macrozoneamento Territorial, Art. 8º

ao 13 (SÃO JOSÉ DOS CAMPOS, 2015a).

12 O plano diretor apresenta mapas anexos com os limites do

macrozoneamento ou zoneamento das áreas urbanas e rurais?

Não. O Plano Diretor referência os mapas no transcorrer do texto e eles podem

ser acessados em um link na página que também fornece o link do plano diretor. No

caso do macrozoneamento territorial, o link é o:

<http://www.sjc.sp.gov.br/media/24455/01lc306macrozoneamentoterritorial.pdf>. O

mapa não está como anexo ou disposto no texto devido ao seu tamanho e aos seus

pequenos detalhes que não se tornariam visíveis, se impresso.

13 O plano diretor apresenta descrição dos perímetros das macrozonas ou

zonas das áreas urbanas e rurais?

Sim. Os anexos do plano diretor apresentam detalhadamente o perímetro de cada

macrozona.

14 O plano diretor define parâmetros de uso, ocupação e parcelamento do

solo para cada macrozona ou zona das áreas urbanas e rurais?

15

Sim. Cada área é destinada predominantemente a um certo tipo de atividade, o

parâmetro de uso é apresentado no CAPÍTULO II - DA ORGANIZAÇÃO

TERRITORIAL, Seção I - Do Macrozoneamento Territorial, Art. 9º ao 11 (SÃO JOSÉ

DOS CAMPOS, 2015a).

No CAPÍTULO V - DO DESENVOLVIMENTO URBANO – AMBIENTAL,

mais especificamente em Subseção VII - Do Uso e Ocupação do Solo, o Art. 69º (SÃO

JOSÉ DOS CAMPOS, 2015a) apresenta as diretrizes gerais da política de uso e

ocupação do solo.

15 Quais são os parâmetros de uso, ocupação e parcelamento do solo

definidos pelo plano diretor?

Subseção VII - Do Uso e Ocupação do Solo:

Art. 69. São diretrizes gerais da política de uso e ocupação do solo: I - Otimizar a infraestrutura existente, respeitando a topografia e a capacidade de suporte natural do solo, de forma a promover a renovação urbana de setores com infraestrutura subutilizada; II - Disciplinar o adensamento nas áreas de infraestrutura deficitária e de maior concentração populacional com menor poder aquisitivo e altas taxas de desemprego; III - estabelecer parâmetros especiais de uso e ocupação do solo visando à proteção dos recursos naturais, em especial das áreas de recarga de aquíferos; IV - Proteger as orlas e contornos das várzeas e fundos de vale, objetivando a manutenção da paisagem natural; V - Estabelecer parâmetros de ocupação para o parcelamento do solo, adequados às variações topográficas da Cidade; VI - Garantir a utilização de parâmetros de uso e ocupação adequados à hierarquia viária do Município; VII - promover a distribuição espacial das atividades urbanas de forma a evitar os conflitos de usos; VIII - promover a integração de usos, com a diversificação de atividades compatíveis, de modo a reduzir os deslocamentos da população e incentivar a distribuição da oferta de emprego e trabalho na Cidade; IX - Promover uma maior diversificação de usos comerciais e de serviços nas áreas com população de menor poder aquisitivo e altas taxas de desemprego; e, X - Estimular a implantação de habitações e atividades econômicas de lazer e diversão no Centro Urbano, objetivando sua requalificação. (SÃO JOSÉ DOS CAMPOS, 2015a)

CAPÍTULO II - DA ORGANIZAÇÃO TERRITORIAL, Seção I - Do

Macrozoneamento Territorial:

16

Art. 9º Considera-se Zona Rural toda a porção de território do Município destinada predominantemente a atividades econômicas não urbanas, à proteção ambiental dos mananciais existentes e das cabeceiras de drenagem, indicada às atividades agrícolas, pecuárias, florestais e agroindustriais. Parágrafo único. Os parcelamentos clandestinos ou assentamentos informais com características urbanas, localizados em zona rural do Município, poderão ser transformados em bolsões urbanos para fins de regularização fundiária e urbanística, através de legislação específica, desde que justificado o interesse público e social junto aos órgãos competentes. Art. 10º. Considera-se Zona Urbana toda a porção do território do Município, apropriada predominantemente às funções urbanas. Art. 11º. Considera-se Zona de Expansão Urbana de São Francisco Xavier a porção do território do Distrito de São Francisco Xavier apropriada às atividades urbanas de baixo impacto, em especial de turismo e lazer. (SÃO JOSÉ DOS CAMPOS, 2015a)

16 Os parâmetros de uso, ocupação e parcelamento do solo definidos pelo

plano diretor leva em consideração a oferta de infraestrutura de saneamento

ambiental?

Sim. Existem um conjunto de diretrizes e projetos relativos a saneamento

ambiental e para desenvolvimento urbano-ambiental do Município foi instituído do

Plano de Estruturação Urbana – PEU.

No CAPÍTULO V - DO DESENVOLVIMENTO URBANO – AMBIENTAL,

Subseção III - Do Saneamento Ambiental, Art. 58, são apresentadas as diretrizes gerais

da política de Abastecimento de Água e do Sistema de Esgoto Sanitário.

VIII - promover a expansão da rede de abastecimento de água e rede de esgoto em consonância com o programa de regularização dos loteamentos clandestinos; IX - Prever nos projetos dos loteamentos novos, espaços destinados ao adensamento vertical com previsão da infraestrutura adequada; X - Prever nos projetos dos loteamentos novos, calçadas públicas com dimensões adequadas para o recebimento da infraestrutura subterrânea de água e esgoto; (SÃO JOSÉ DOS CAMPOS, 2015a)

17 O plano diretor define outras formas de controle do uso, ocupação e

parcelamento do solo? Quais?

Não. As formas de ocupação e parcelamento do solo que estão presente no

Plano Diretor já foram apresentadas nas questões anteriores.

18 O plano diretor propõe rever ou elaborar uma lei específica de uso,

ocupação e parcelamento do solo?

17

Não. E de acordo com o Plano diretor, Subseção VII - Do Uso e Ocupação do

Solo, Art. 70:

Art. 70. A revisão da legislação que trata do controle do parcelamento, do zoneamento, uso e ocupação do solo deverá obedecer às diretrizes estabelecidas neste Capítulo. (SÃO JOSÉ DOS CAMPOS, 2015a)

19 O plano diretor propõe um prazo para a prefeitura rever ou elaborar

uma lei específica de uso, ocupação e parcelamento do solo?

Não. O plano diretor não propõe um prazo para a prefeitura rever ou elaborar

uma lei específica de uso, ocupação e parcelamento de solo.

20 O plano diretor estabelece um novo perímetro urbano no município?

Não. O Plano diretor não define novo perímetro urbano no município.

21 O plano diretor aumentou ou diminuiu o perímetro urbano do

município?

Não.

22 O plano diretor estabelece regras ou condições para alterar o perímetro

urbano?

Sim, o plano diretor estabelece regras e condições para a alteração do perímetro

urbano.

23 O plano diretor define parâmetros e regras específicas para a realização

de empreendimentos habitacionais de interesse social, em especial de parcelamento

do solo de interesse social?

Sim, o plano diretor apresenta uma seção destinada apenas à usos e

parcelamentos do solo, incluindo a parte de interesse social.

24 O plano diretor define área ou zona de expansão urbana?

Sim. O Plano Diretor define área ou zona de expansão urbana.

Art. 11. Considera-se Zona de Expansão Urbana de São Francisco Xavier a porção do território do Distrito de São Francisco Xavier apropriada às atividades urbanas de baixo impacto, em especial de turismo e lazer. (SÃO JOSÉ DOS CAMPOS, 2015a)

18

A Zona citada no artigo acima é própria para expansão urbana. Apresenta

também um mapa em anexo para melhor ilustrar:

Mapa das regiões geográficas. (SÃO JOSÉ DOS CAMPOS, 2015a)

25 O plano diretor inclui a área ou zona de expansão urbana nos mapas

anexos?

Sim, como respondido na questão anterior, o plano apresenta um mapa (mapa

das regiões geográficas) em anexo para melhor ilustrar as áreas de expansão urbana.

26 O plano diretor apresenta descrição dos limites da área ou zona de

expansão urbana?

Não.

27 O plano diretor define regras ou condições para a ocupação da área ou

zona de expansão urbana?

Não.

19

28 O plano diretor estabelece que os novos loteamentos devam prever áreas

para habitação de interesse social?

Sim, na Lei Municipal 6.676, de 19 de dezembro de 1979, é descrito diversas

condições para o loteamento de áreas do município, incluindo a pergunta em questão.

§ 6o A infraestrutura básica dos parcelamentos situados nas zonas habitacionais declaradas por lei como de interesse social (ZHIS) consistirá, no mínimo, de: (Incluído pela Lei nº 9.785, de 1999) I - vias de circulação; (Incluído pela Lei nº 9.785, de 1999) II - escoamento das águas pluviais; (Incluído pela Lei nº 9.785, de 1999) III - rede para o abastecimento de água potável; e (Incluído pela Lei nº 9.785, de 1999) IV - Soluções para o esgotamento sanitário e para a energia elétrica domiciliar. (Incluído pela Lei nº 9.785, de 1999). (SÃO JOSÉ DOS CAMPOS, 2015a)

29 Caso o plano diretor NÃO estabeleça que os novos loteamentos devem

prever áreas para habitação de interesse social, a lei de parcelamento do solo em

vigor possui alguma regra similar?

Sem resposta.

30 Como o plano diretor define o imóvel EDIFICADO não utilizado e

subutilizado?

Não há tal definição.

31 Como o plano diretor define o imóvel NÃO EDIFICADO não utilizado e

subutilizado?

Não há tal definição.

32 O plano diretor define as macrozonas ou zonas onde os imóveis não

utilizados e subutilizados devam ser identificados?

Não.

C.3 ZONEAMENTO ESPECIAL

33 O plano diretor define algum tipo de zoneamento especial nas áreas

centrais urbanas do município?

Sim, o Plano Diretor apresenta um artigo sobre as zonas especiais nas áreas

centrais urbanas. Os quais estão mais detalhados nas questões seguintes.

20

34 Quais são as definições, objetivos e propostas que o plano diretor propõe

para a zona especial das áreas centrais urbanas?

Na consulta prévia da Zona Central I, é possível encontrar a seguinte definição

que elucida o proposto pelo Plano Diretor em relação à essas zonas:

A Zona Central Um - ZC1: constitui-se de uma pequena porção do Centro Tradicional onde predominam os usos comerciais e de serviços que necessitam de renovação urbana, onde se pretende criar um setor de diversões noturnas, ficando vedado o uso residencial multifamiliar nesta zona. (SÃO JOSÉ DOS CAMPOS, 2015a)

Assim como na consulta prévia da Zona Central II, encontra-se a seguinte

afirmação:

A Zona Central Dois - ZC2: constitui-se de áreas onde há concentração de atividades comerciais e de prestação de serviços que necessitam de renovação urbana, onde se pretende estimular, além da diversidade de usos, o uso residencial multifamiliar com maior densidade construtiva, visando otimizar a infraestrutura existente e consolidar uma área de interesse urbanístico para a Cidade. (SÃO JOSÉ DOS CAMPOS, 2015a)

35 O plano diretor define algum tipo de zoneamento especial em sítios

históricos do município?

Sim. Existem dois trechos destinados aos pontos históricos da cidade.

XIX - Zona Especial de São Francisco Xavier - ZESFX: constitui-se da área do núcleo urbano de São Francisco Xavier caracterizada pelas áreas destinadas a fomentar as atividades de turismo e a proteção de seu patrimônio histórico, paisagístico e cultural, incluindo a Rua XV de novembro até o trevo de Santa Bárbara; XX - Zona Especial de Preservação do Patrimônio Histórico, Paisagístico e Cultural - ZEPH: constitui-se de áreas a serem preservadas, recuperadas e mantidas por razões históricas, culturais, artísticas, arqueológicas, paisagísticas e ambientais; (SÃO JOSÉ DOS CAMPOS, 2015a)

É disponibilizado também maiores detalhes sobre a Zona Especial de São

Francisco Xavier na sua Consulta Prévia.

O artigo 142 da Lei Complementar de Zoneamento trata também dos sítios

históricos:

Art. 142. As características específicas da Zona Especial de Preservação do Patrimônio Histórico, Paisagístico e Cultural - ZEPH serão fixadas de acordo com as diretrizes da Secretaria de Planejamento Urbano, depois de ouvido o COMPHAC. (SÃO JOSÉ DOS CAMPOS, 2015a)

21

36 Quais são as definições, objetivos e propostas que o plano diretor propõe

para a zona especial dos sítios históricos?

Conforme citado na questão acima, é possível encontrar duas zonas de cunho

histórico no Plano Diretor. A ZESFX e a ZEPH. Na Consulta Prévia da ZESFX,

encontra-se o seguinte trecho que determina as definições propostas pelo Plano Diretor:

A Zona Especial de São Francisco Xavier - ZESFX: constitui-se da área do núcleo urbano de São Francisco Xavier caracterizada pelas áreas destinadas a fomentar as atividades de turismo e a proteção de seu patrimônio histórico, paisagístico e cultural, incluindo a Rua XV de novembro até o trevo de Santa Bárbara. (SÃO JOSÉ DOS CAMPOS, 2015a)

Em relação a ZEPH, na Lei Complementar nº428/10, de 09 de agosto de 2010,

encontramos o seguinte trecho que explica um pouco sua finalidade:

XX - Zona Especial de Preservação do Patrimônio Histórico, Paisagístico e Cultural - ZEPH: constitui-se de áreas a serem preservadas, recuperadas e mantidas por razões históricas, culturais, artísticas, arqueológicas, paisagísticas e ambientais.

37 O plano diretor define algum tipo de zoneamento especial em áreas de

interesse ambiental considerando, por exemplo, a restrição ambiental; utilização e

conservação de recursos naturais; preservação permanente de situações críticas

existentes; necessidades de proteção e recuperação da fauna, flora e recursos

hídricos; unidades de conservação instituídas; transição entre áreas a serem

preservadas, conservadas e ocupadas; riscos de inundação e geológicos;

geomorfologia do solo e aptidões; declividades e restrição de impermeabilização do

solo; ecossistemas locais; atividades agrícolas?

Sim. O Plano disponibiliza dois anexos para acessar as Consultas Prévias das

Zonas de Proteção Ambiental.

38 Quais são as definições, objetivos e propostas que o plano diretor propõe

para a zona especial de interesse ambiental?

Os trechos a seguir estão presentes nas Consultas Prévias da ZPA 1 e ZPA 2

respectivamente:

A Zona de Proteção Ambiental Um - ZPA1: constitui-se das áreas de proteção ambiental que, por suas características de várzea, composta por terrenos de formação hidromórfica ou de aluvião ou por outros atributos naturais, se destinam à implantação de Unidades de Conservação, ficando sujeitas à elaboração de Plano de Manejo, admitidos os usos agrícola, pecuário, florestal e seus complementares,

22

em especial os usos para campos de pesquisa e experimentação agrícola, pecuária e florestal de institutos de pesquisas. A Zona de Proteção Ambiental Dois – ZPA 2: constitui-se de áreas de topografia acidentada, que apresentam médio potencial de erodibilidade em decorrência das propriedades físico-químicas do solo ou ambientalmente frágil, sendo admitidos o uso residencial, de lazer, recreação, comercial, de serviço e institucional com nível de interferência urbano-ambiental desprezível, com baixa taxas de ocupação e baixo coeficiente de aproveitamento. (SÃO JOSÉ DOS CAMPOS, 2015a)

Ambas citações definem as diretrizes propostas pelo Plano Diretos para a Zona

Especial Ambiental.

39 O plano diretor define algum tipo de zoneamento especial de interesse

social?

Sim, no Plano Diretor é possível encontrar detalhes sobre o zoneamento especial

de interesse social. Está presente no artigo 75º do Plano Diretor:

Art. 75º. O Poder Público Municipal dará continuidade à política que trata das Zonas Especiais de Interesse Social - ZEIS. § 1º As Zonas Especiais de Interesse Social - ZEIS constituem-se de áreas destinadas a projetos à população de baixa renda, enquadrando-se nesta categoria as áreas ocupadas por sub-habitações/favelas, loteamentos clandestinos, onde haja interesse social em promover a regularização fundiária e urbanística, e glebas no perímetro urbano destinadas a atender o programa habitacional do Município para a população de baixa renda. § 2º As áreas classificadas como ZEIS, serão delimitadas na revisão da legislação que trata do parcelamento, uso e ocupação do solo do Município. (SÃO JOSÉ DOS CAMPOS, 2015a)

40 Quais são os tipos, definições e objetivos das zonas especiais de interesse

social definidas pelo plano diretor?

Conforme citado na questão acima, no primeiro parágrafo do Artigo 75, explana

o que se entende por Zonas Especiais de Interesse Social, ou ZEIS.

§ 1º As Zonas Especiais de Interesse Social - ZEIS constituem-se de áreas destinadas a projetos à população de baixa renda, enquadrando-se nesta categoria as áreas ocupadas por sub-habitações/favelas, loteamentos clandestinos, onde haja interesse social em promover a regularização fundiária e urbanística, e glebas no perímetro urbano destinadas a atender o programa habitacional do Município para a população de baixa renda. (SÃO JOSÉ DOS CAMPOS, 2015a)

Além do que é afirmado na Consulta Prévia de zoneamento especial para

interesse social. Neste anexo, encontramos o artigo 127, que também define as ZEIS

como:

23

Artigo 127 XXII - Zona Especial de Interesse Social - ZEIS: constitui-se de áreas destinadas aos projetos residenciais voltados à população de baixa renda, enquadrando-se nesta categoria áreas ocupadas por sub-habitações, os imóveis utilizados como cortiço, as habitações coletivas precárias, os conjuntos habitacionais irregulares ocupados por moradores de baixa renda, favelas e loteamentos clandestinos onde haja interesse social em promover a regularização fundiária e urbanística, adquiridas pelo poder público para programas habitacionais e/ou áreas correspondentes às frações do território destinadas à promoção da política habitacional de interesse social que comprovadamente atendam à faixa salarial de zero a três salários mínimos. (SÃO JOSÉ DOS CAMPOS, 2015a)

41 O plano diretor delimita as zonas especiais de interesse social em mapas

anexos?

Sim, e os mapas em anexos estão disponíveis links para download no mesmo

site do plano diretor e pode ser acessado em

<http://www.sjc.sp.gov.br/media/425205/anexos_6,8,10,11,13_e_26_(mapas).zip>

42 Caso o plano diretor delimite as zonas especiais de interesse social em

mapas anexos, qual é o percentual da área urbana abrangida por esses zonas?

Apesar de o Plano Diretor disponibilizar um mapa em anexo para as ZEIS, não é

informado a porcentagem ou a área urbana que é abrangida por tal.

43 O plano diretor descreve os perímetros das zonas especiais de interesse

social?

Sim. Como já citado na questão 39, o Plano Diretor determina os perímetros das

ZEIS.

§ 1º As Zonas Especiais de Interesse Social - ZEIS constituem-se de áreas destinadas a projetos à população de baixa renda, enquadrando-se nesta categoria as áreas ocupadas por sub-habitações/favelas, loteamentos clandestinos, onde haja interesse social em promover a regularização fundiária e urbanística, e glebas no perímetro urbano destinadas a atender o programa habitacional do Município para a população de baixa renda. (SÃO JOSÉ DOS CAMPOS, 2015a)

Há também um mapa disponível que melhor ilustra o perímetro das ZEIS, mas

que não está presente no trabalho, pois ficaria ilegível e não esclarecedor, devido ao seu

tamanho e seus pequenos detalhes.

24

44 Como o plano diretor define a população de baixa renda que deve ser

atendida pelos empreendimentos habitacionais de interesse social a serem

implantados nas zonas especiais de interesse social?

O Plano Diretor define da seguinte maneira:

Artigo 127 XXII - Zona Especial de Interesse Social - ZEIS: constitui-se de áreas destinadas aos projetos residenciais voltados à população de baixa renda, enquadrando-se nesta categoria áreas ocupadas por sub-habitações, os imóveis utilizados como cortiço, as habitações coletivas precárias, os conjuntos habitacionais irregulares ocupados por moradores de baixa renda, favelas e loteamentos clandestinos onde haja interesse social em promover a regularização fundiária e urbanística, adquiridas pelo poder público para programas habitacionais e/ou áreas correspondentes às frações do território destinadas à promoção da política habitacional de interesse social que comprovadamente atendam à faixa salarial de zero a três salários mínimos. (SÃO JOSÉ DOS CAMPOS, 2015a)

Esse trecho está disponível para acesso na Consulta Prévia de Zonas Especiais

de interesse sociais.

45 O plano diretor define os tipos de empreendimentos habitacionais de

interesse social que devem ser implantados nas zonas especiais de interesse social?

Sim, na Consulta Prévia do Zoneamento de Zonas Especiais para Interesses

Sociais (ZEIS) é possível encontrar o seguinte trecho:

Os empreendimentos destinados a projetos habitacionais situados em qualquer zona de uso onde a atividade residencial seja permitida, e que comprovadamente se destinem à população com renda familiar de até três salários mínimos, após análise e parecer favorável com relação ao anteprojeto do empreendimento pelo órgão competente, poderão ser enquadrados em Zona Especial de Interesse Social - ZEIS - nos termos do inciso XXII do artigo 127 da Lei Complementar nº 428, de 9 de agosto de 2010, por meio de decreto do Poder Executivo, sendo comunicada a Mesa Diretora da Câmara Municipal da expedição do mesmo no prazo de vinte e quatro horas. (SÃO JOSÉ DOS CAMPOS, 2015a)

46 O plano diretor prevê regulamentação das zonas especiais de interesse

social por legislação específica?

Sim, na Consulta Prévia do Zoneamento de Zonas Especiais de Interesses

Sociais (ZEIS) o artigo 282 aborda que:

Artigo 282: Os parcelamentos clandestinos ou assentamentos informais com características urbanas localizados em zona rural do Município deverão, nos termos do artigo 9º da Lei Complementar

25

Municipal nº 306, de 17 de novembro de 2006, ser transformados em bolsões urbanos através de legislação específica, quando de sua efetiva regularização fundiária. (SÃO JOSÉ DOS CAMPOS, 2015a)

47 O plano diretor prevê a implantação de equipamentos comunitários nas

zonas especiais de interesse social (educação, saúde, cultura etc.)?

Não foi encontrado informações em relação à equipamentos comunitários no

material relacionado as ZEIS fornecidos pelo Plano Diretor.

C.4 AVALIAÇÃO GERAL DO ZONEAMENTO EM RELAÇÃO AO

ACESSO À TERRA URBANIZADA

48 Em que tipos de áreas urbanas e em que partes da cidade o plano diretor

favorece o acesso à terra urbana para as classes populares?

Observação: para fazer essa leitura atentar para os tamanhos de lotes mínimos,

usos permitidos (inclusive possibilidades de usos mistos na edificação) e existência de

mais de uma moradia no lote, entre outros parâmetros.

O Plano Diretos aponta como favorecidas as ZEIS (Zonas Especiais de Interesse

Social). O seguinte trecho, retirado do PD, que já foi citado em questões anteriores,

explana bem sobre o uso das terras urbanas para as classes populares:

IV - DAS ZONAS ESPECIAIS DE INTERESSE SOCIAL - ZEIS Art. 75. O Poder Público Municipal dará continuidade à política que trata das Zonas Especiais de Interesse Social - ZEIS. § 1º As Zonas Especiais de Interesse Social - ZEIS constituem-se de áreas destinadas a projetos à população de baixa renda, enquadrando-se nesta categoria as áreas ocupadas por sub-habitações/favelas, loteamentos clandestinos, onde haja interesse social em promover a regularização fundiária e urbanística, e glebas no perímetro urbano destinadas a atender o programa habitacional do Município para a população de baixa renda. § 2º As áreas classificadas como ZEIS, serão delimitadas na revisão da legislação que trata do parcelamento, uso e ocupação do solo do Município. (SÃO JOSÉ DOS CAMPOS, 2015a)

Ou seja, áreas ocupadas por sub-habitações/favelas, loteamentos clandestinos,

onde haja interesse social em promover a regularização fundiária e urbanística, e glebas

no perímetro urbano destinadas a atender o programa habitacional do Município para a

população de baixa renda.

26

49 Somando as zonas especiais de interesse social e as partes da cidade onde

se favorece o acesso à terra urbana para as classes populares, qual é o percentual

da área urbana destinada para essas classes?

Observação: para fazer essa leitura talvez seja necessário olhar os

Parâmetros estabelecidos pela lei de uso e ocupação do solo.

Apesar de o Plano Diretos explicar muito bem as finalidades, as diretrizes e

definições para a ocupação do solo referente a Interesses Sociais, não disponibiliza

nenhuma porcentagem ou valor para a área destinada a esse fim.

50 Em que tipos de áreas urbanas e em que partes da cidade o plano diretor

favorece o acesso à terra urbana para as classes médias e altas?

O Plano Diretor não aborda sobre as partes das cidades que favorecem o acesso

à terra urbana para as classes médias e altas.

C.5 INSTRUMENTOS DE POLÍTICA FUNDIÁRIA

51 O plano diretor

define regras para a aplicação do instrumento?

52 O instrumento é aplicável a partir do plano diretor?

53 É preciso aprovar legislação específica para aplicar o instrumento?

Utilização, edificação e parcelamento compulsório

Sim Sim Sim

IPTU progressivo no tempo

Não Não Não

Outorga onerosa do direito de construir

Sim Sim Sim

Outorga onerosa de alteração de uso

Sim Sim Sim

Operação interligada

Sim Sim Sim

Operação urbana consorciada

Sim Sim Sim

Transferência do direito de construir

Sim Sim Sim

Estudo de impacto Sim Sim Sim

27

de vizinhança Concessão de uso especial para moradia

Sim Sim Sim

Direito de superfície

Não Não Não

Direito de preenpção

Sim Sim Sim

54 O plano diretor define um prazo para aprovação de legislação específica que regulamenta a aplicação do instrumento?

55 Qual é o prazo para a prefeitura elaborar a legislação específica que regulamenta a aplicação do instrumento?

56 Caso o instrumento seja aplicável a partir do plano diretor, está previsto um prazo de transição para iniciar a sua aplicação?

Utilização, edificação e parcelamento compulsório

Não Sem data Não

IPTU progressivo no tempo

Não Sem data Não

Outorga onerosa do direito de construir

Não Sem data Não

Outorga onerosa de alteração de uso

Não Sem data Não

Operação interligada

Não Sem data Não

Operação urbana consorciada

Não Sem data Não

Transferência do direito de construir

Não Sem data Não

Estudo de impacto de vizinhança

Não Sem data Não

Concessão de uso especial para moradia

Não Sem data Não

Direito de superfície

Não Sem data Não

Direito de preempção

Não Sem data Não

57 A aplicação do instrumento está explicitamente vinculada a um objetivo/estratégia do plano diretor?

58 A qual objetivo/estratégia do plano diretor se vincula a aplicação do instrumento?

59 O plano diretor define a aplicação do instrumento em macrozonas ou zonas demarcadas nos mapas anexos? Quais?

Não Sem resposta Não. Apesar da boa

28

Utilização, edificação e parcelamento compulsório.

quantidade de mapas anexos, não é possível encontrar sobre o pedido nessa questão.

IPTU progressivo no Tempo

Não Sem resposta Não. Apesar da boa quantidade de mapas anexos, não é possível encontrar sobre o pedido nessa questão.

Outorga onerosa do direito de construir

Não Sem resposta Não. Apesar da boa quantidade de mapas anexos, não é possível encontrar sobre o pedido nessa questão.

Outorga onerosa de alteração de uso

Não Sem resposta Não. Apesar da boa quantidade de mapas anexos, não é possível encontrar sobre o pedido nessa questão.

Operação interligada

Não Sem resposta Não. Apesar da boa quantidade de mapas anexos, não é possível encontrar sobre o pedido nessa questão.

Operação urbana consorciada

Não Sem resposta Não. Apesar da boa quantidade de mapas anexos, não é possível encontrar sobre o pedido nessa questão.

Transferência do direito de construir

Não Sem resposta Não. Apesar da boa quantidade de mapas anexos, não é possível encontrar sobre o pedido nessa questão.

Estudo de impacto de vizinhança

Não Sem resposta Não. Apesar da boa quantidade de mapas anexos, não é possível encontrar sobre o pedido nessa questão.

Concessão de uso especial para

Não Sem resposta Não. Apesar da boa quantidade de

29

moradia mapas anexos, não é possível encontrar sobre o pedido nessa questão.

Direito de superfície

Não Sem resposta Não. Apesar da boa quantidade de mapas anexos, não é possível encontrar sobre o pedido nessa questão.

Direito de preempção

Não Sem resposta Não. Apesar da boa quantidade de mapas anexos, não é possível encontrar sobre o pedido nessa questão.

60 O plano diretor define prazos para monitorar a aplicação do instrumento? Quais?

61 O plano diretor define prazos para rever a aplicação do instrumento? Quais?

62 O plano diretor define quem aprova a aplicação do instrumento?

Utilização, edificação e parcelamento compulsório

Não Não Não

IPTU Progressivo no Tempo

Não Não Não

Outorga onerosa do direito de construir

Não Não Não

Outorga onerosa de alteração de uso

Não Não Não

Operação interligada

Não Não Não

Operação urbana consorciada

Não Não Não

Transferência do direito de construir

Não Não Não

Estudo de Impacto de Vizinhança

Não Não Não

Concessão de uso especial para moradia

Não Não Não

Direito de superfície

Não Não Não

Direito de preempção

Não Não Não

63 Caso a aplicação do

64 O plano diretor define a fórmula

65 O plano diretor define os destinos

30

instrumento envolva o pagamento de contrapartidas, o plano diretor define critérios de isenção? Quais?

de cálculo das contrapartidas na aplicação do instrumento?

dos recursos obtidos com as contrapartidas arrecadadas na aplicação do instrumento? Quais?

Utilização, edificação e parcelamento compulsório

Não Não Não

IPTU Progressivo no Tempo

Não Não Não

Outorga onerosa do direito de construir

Não Não Não

Outorga onerosa de alteração de uso

Não Não Não

Operação interligada

Não Não Não

Operação urbana consorciada

Não Não Não

Transferência do direito de construir

Não Não Não

Estudo de Impacto de Vizinhança

Não Não Não

Concessão de uso especial para moradia

Não Não Não

Direito de superfície

Não Não Não

Direito de preempção

Não Não Não

66 O plano diretor define quem é responsável pela gestão dos recursos obtidos com as contrapartidas arrecadadas com a aplicação do instrumento?

Utilização, edificação e parcelamento compulsório

Não

IPTU Progressivo no Tempo

Não

Outorga onerosa do direito de construir

Não

Outorga onerosa de alteração de uso

Não

Operação interligada

Não

Operação urbana consorciada

Não

31

Transferência do direito de construir

Não

Estudo de Impacto de Vizinhança

Não

Concessão de uso especial para moradia

Não

Direito de superfície

Não

Direito de preempção

Não

67 O plano diretor define os tipos de empreendimentos cujo licenciamento

inclui a elaboração e discussão de estudos de impacto de vizinhança?

Sim, o Plano Diretor apresenta. Segue o trecho que aborda tal questão:

Art. 78º. O Município deverá instituir e regulamentar os critérios para exigência e elaboração de Estudo de Impacto de Vizinhança - EIV, na forma e aspectos estabelecidos pela Lei Federal nº 10.257 de 10 de julho de 2.001, e suas eventuais alterações. § 1º Entende-se por Estudo de Impacto de Vizinhança - EIV o documento que apresenta o conjunto dos estudos e informações técnicas relativas à identificação, avaliação, prevenção, mitigação e compensação dos impactos na vizinhança de um empreendimento ou atividade, de forma a permitir a análise das diferenças entre as condições que existiriam com a implantação do mesmo e as que existiriam sem essa ação. § 2º No caso de empreendimentos sujeitos à elaboração de Estudo de Impacto Ambiental - EIA e respectivo Relatório de Impacto Ambiental - RIMA e/ou Estudo de Análise de Riscos - EAR, nos termos da legislação e normas ambientais vigentes, quando necessária a análise do impacto da vizinhança, o EIV será parte integrante dos respectivos estudos. (SÃO JOSÉ DOS CAMPOS, 2015a)

D Acesso aos serviços e equipamentos urbanos com ênfase no acesso à

habitação, saneamento ambiental, transporte e mobilidade

D.1 INTEGRAÇÃO DAS POLÍTICAS URBANAS

1 O plano diretor prevê diretriz de integração entre diferentes políticas

setoriais?

Sim, o plano Diretor prevê uma integração entres diferentes políticas setoriais, o

que fica claro nos objetivos gerais do PDDI, como podemos ver:

OBJETIVOS GERAIS I. Elevar a qualidade de vida da população, particularmente no que se refere à saúde, à educação, à cultura, às condições habitacionais, à infraestrutura e aos serviços públicos, de forma a promover a inclusão social e a redução das desigualdades que atingem diferentes camadas da população e regiões da Cidade;

32

II. Promover o desenvolvimento sustentável e a equidade social no Município; III. Elevar a qualidade do ambiente urbano, por meio da preservação dos recursos naturais e da proteção do patrimônio histórico, artístico, cultural, urbanístico, arqueológico e paisagístico; IV. Democratizar o acesso à terra e à habitação, estimulando os mercados acessíveis às faixas de menor renda; V. Orientar a distribuição espacial da população, das atividades econômicas, dos equipamentos e dos serviços públicos no território do Município, conforme as diretrizes de crescimento, vocação, infraestrutura, recursos naturais e culturais; VI. Aumentar a eficiência econômica da Cidade, de forma a ampliar os benefícios sociais e reduzir os custos operacionais para o setor público por meio do aperfeiçoamento administrativo; VII. Racionalizar o uso da infraestrutura instalada, em particular a do sistema viário e dos transportes, evitando sua sobrecarga ou ociosidade; VIII. Recuperar os investimentos feitos pelo poder público municipal na realização de infraestrutura pública que proporcione a valorização de imóveis urbanos. IX. Incorporar as diretrizes e as prioridades contidas neste Plano Diretor ao Plano 9 Plurianual, às Diretrizes Orçamentárias e ao Orçamento Anual; e, X. Permitir a participação da iniciativa privada em ações relativas ao processo de urbanização, mediante a utilização de instrumentos urbanísticos diversificados, compatíveis com as funções sociais da Cidade. ;(SÃO JOSÉ DOS CAMPOS, 2005b)

E também no capítulo que trata sobre a Habitação, aonde a prefeitura visa

assegurar a integração da Política Municipal de Habitação com outras políticas públicas,

em especial as de geração de emprego e renda, sociais e ambientais e assim desenvolver

a cidade sustentavelmente.

2 O plano diretor propõe programas e instrumentos que integram

diferentes políticas setoriais?

Não, o plano diretor não propõe propriamente políticas e/ou instrumentos que

integrem diferentes políticas setoriais, porém as políticas se completam, então o grupo

concorda que as políticas se integram e formam um plano coeso e capaz de atender, na

medida do possível, as demandas da população local.

3 Há contradições entre as diferentes políticas setoriais tratadas no plano

diretor? Quais?

Não há contradições entre as diferentes políticas setoriais tratadas no plano

diretor de São José do Campos. O grupo considerou o plano diretor meu escrito e coeso,

aonde todas as políticas se completam e não há conflito entre os setores.

33

D.2 POLÍTICA DE HABITAÇÃO

4 O diagnóstico da situação habitacional do município enfatiza as

desigualdades sociais nas condições de moradia dos diferentes grupos sociais?

Sim, mas não claramente, pois o plano diretor tem como um dos objetivos inserir

a habitações irregulares (assentamentos, favelas e moradias de baixa renda) no plano da

cidade legal, assim tratando das desigualdades sociais, porém não é claramente definido,

fica mais como uma citação de que há problemas habitacionais do que para um plano de

acabar com essas habitações. Aqui temos o exemplo da favela do Pinheirinho, aonde a

prefeitura prometeu habitações para as famílias da ocupação e não cumpriu, apenas

expulsou as famílias do local e as colocou em escolas municipais temporariamente.

5 O diagnóstico da situação habitacional do município caracteriza os vários

aspectos das necessidades habitacionais?

Não, o grupo concorda que o plano diretor de São José dos Campos foi bem

escrito de uma forma geral, porém na parte que toca na questão habitacional, fica

devendo um pouco, pois os objetivos são muitos vagos, sendo assim os aspectos ficaram

sendo mais para “cumprir tabela” do que para traçar um plano para lidar com os

problemas habitacionais do município.

6 O plano diretor prevê a elaboração de cadastros das moradias precárias

existentes no município?

Sim, conforme o artigo 26° inciso X da sessão 1 da lei Complementar 306/2006

que cria o PDDI de São José dos Campos, tem como um dos objetivos elaborar um

recenseamento municipal dos moradores de áreas de risco e das destinadas a projetos de

interesse público ou dos desalojados por motivo de calamidade.

O PDDI também apenas prevê um recadastramento das moradias já existente à

fim de aumentar a receita tributária do município, este não tendo como principal

objetivo combater as moradias precárias ali existentes

7 Quais são as diretrizes para a política habitacional estabelecidas pelo

plano diretor?

34

As diretrizes estabelecidas pelo Plano Diretor do Desenvolvimento Integrado de

São José dos Campos são:

- Viabilizar o acesso ao solo urbano e à moradia, especialmente para a população de baixa renda; - Assegurar a integração da Política Municipal de Habitação com outras políticas públicas, em especial as de geração de emprego e renda, sociais e ambientais; - Estimular a construção de unidades habitacionais para a população de baixa renda pela iniciativa privada; - Fomentar a captação de recursos financeiros, institucionais, técnicos e administrativos destinados a investimentos habitacionais de interesse social, proveniente de fontes privadas e governamentais, externas ao Município; - Estabelecer normas especiais de urbanização, de uso e ocupação do solo e de edificações para assentamentos de interesse social, regularização fundiária e urbanização de áreas ocupadas por população de menor renda; - Fortalecer a Política de Controle e Fiscalização dos loteamentos clandestinos e irregulares; - Continuar o processo de regularização fundiária e urbanização das áreas de assentamentos subnormais, adequando-as aos parâmetros urbanísticos e ambientais estabelecidos; e, - Continuar o programa de formação de um banco de terras destinados à Política Habitacional do Município. (SÃO JOSÉ DOS CAMPOS, 2005b)

8 quais são os objetivos e eventuais metas para a política habitacional

estabelecidas pelo plano diretor?

Os objetivos e metas do plano diretor são garantir acesso à terra e a habitação a

população de baixa renda através da construção de habitações financiadas pela iniciativa

privada ou pelos outros entes federativos, através do repasse do Programa Minha Casa

Minha Vida do governo federal e acabar com os assentamentos clandestinos, afim de

promover uma legalização da subhabitações, afim de aumentar a renda municipal

através da cobrança de impostos dessas novas áreas legalizadas.

9 Quais são as estratégias e instrumentos regulatórios, fiscais, urbanísticos e

de uso e ocupação do solo, adotados no plano diretor, para aumentar a oferta de

moradias, inclusive populares, no município?

As diretrizes gerais da política de desenvolvimento social na área de habitação

serão implementadas, garantindo-se a prévia discussão do Conselho Municipal de

Habitação, bem como, o cumprimento dos instrumentos previstos na Lei Municipal nº

4.495/93, de 16 de dezembro de 1993, sem prejuízo de outros instrumentos da política

urbana. Lei que cria o Fundo Municipal de Habitação, que é destinado a propiciar apoio

35

e suporte financeiro necessários a consecução da política habitacional de interesse social

no Município, priorizando a população de baixa renda que não se enquadre em

programas oficiais das esferas estadual e federal.

10 O plano diretor propõe a criação de programas habitacionais específicos

como, por exemplo, de urbanização de favelas, regularização fundiária etc.?

Sim, o plano diretor propõe criação de programas habitacionais para a inserção

da população da cidade não regulado na cidade legal. Esses programas visas o combate

e a fiscalização de assentamentos clandestinos e irregulares, continuar o processo de

regulamentação dos assentamentos subnormais e assim os adequando-os no plano

urbanístico do município.

11 O plano diretor possui propostas específicas para cooperativas

habitacionais populares?

Não, o plano diretor não possuí propostas específicas para as cooperativas

habitacionais populares.

12 O plano diretor define diretrizes, objetivos e prazos para a elaboração de

plano municipal de habitação?

O plano diretor não define diretrizes, objetivos e prazos para a elaboração

municipal de habitação, porém essa demanda é suprida através da lei municipal número

4495/93, que cria o Fundo Municipal de Habitação, que é órgão capacitado por gerir o

plano municipal de habitação.

13 O plano diretor propõe alguma articulação com o governo estadual e

federal no setor habitacional?

Sim, o PDDI visa uma integração com os outros entes federados para a

elaboração de políticas habitacionais no município, porém o plano está mais voltado

para o desenvolvimento de políticas habitacionais com capital privado, conforme fica

explicitado na passagem:

- Estimular a construção de unidades habitacionais para a população de baixa renda pela iniciativa privada; - Fomentar a captação de recursos financeiros, institucionais, técnicos e administrativos destinados a investimentos habitacionais de interesse

36

social, proveniente de fontes privadas e governamentais, externas ao Município;(SÃO JOSÉ DOS CAMPOS, 2005b)

14 O plano diretor institui algum fundo específico de habitação de interesse

social ou de desenvolvimento (também destinado à habitação) com previsão de

fontes de recursos, destinação dos recursos, formas de gestão dos recursos, prazo

para regulamentação específica?

O Plano diretor não institui um fundo específico de habitação pois já existia

antes da criação do plano diretor vigente, esse fundo é o Fundo Municipal de Habitação,

gerido pelo conselho Municipal de Habitação, conforme a lei complementar número

4495/93.

Nesta lei fica estabelecido em seu artigo 2° as fontes de recursos, em seu artigo

3° a destinação dos recursos, em seu artigo 5° a formação da gestão do fundo e em seu

artigo 11° a regulamentação específica.

15 Qual é o grau de auto aplicabilidade das definições estabelecidas na

política habitacional?

O grau de auto aplicabilidade das definições estabelecidas na política

habitacional municipal é bem complexo de se mensurar, pois no plano diretor empurra

as responsabilidades para os outros entes e a iniciativa privada, o que até certo ponto é

aceitável, pois uma política de habitação puramente financiada pelo município é

inviável, visto que demandaria uma quantidade exorbitante de recursos.

16 O plano diretor prevê mecanismos de controle social da política

habitacional?

Sim, o plano diretor prevê mecanismos de controle social da política

habitacional, que se dá através do acompanhamento da implementação do Plano Diretor

através de reuniões e discussões públicas.

D.3 POLÍTICA DE SANEAMENTO AMBIENTAL

17 O diagnóstico da situação do saneamento ambiental no município

enfatiza as desigualdades sociais no acesso ao abastecimento de água, coleta de

esgoto, coleta de resíduos sólidos e drenagem?

Sim, pois, mesmo com o diagnóstico considerando que há o abastecimento em

cerca de 100% da área urbanizada e cerca de 91% do município possui rede coletora de

37

esgoto – do qual 45% é tratado –, o plano diretor possui diretrizes políticas pontuais

que visam: ampliar o abastecimento e sistema de esgoto (eliminando sistemas isolados

de poços, implementando, melhorando e/ou ampliando o sistema de esgoto e rede

coletoras, etc.); e melhorar a gestão de resíduos sólidos urbanos (ampliar aterros,

ampliar coleta seletiva, etc.). Esses pontos são voltados, principalmente, para

loteamentos novos e/ou distantes do centro da cidade, conforme é pontuado

detalhadamente no diagnóstico apresentado na primeira fase do plano diretor.

18 O diagnóstico da situação de saneamento ambiental no município aborda

a situação social da gestão dos recursos hídricos?

Sim. Ao relatar sobre as Áreas de Proteção Ambiental, o Diagnóstico constata

que

[...] a presença de significativas áreas de recarga dos aquíferos subterrâneos e vasta rede hidrográfica, com destaque para a Represa do Jaguari, sendo necessária à preservação destes recursos hídricos, em volume e qualidade não só para o equilíbrio ambiental, mas principalmente como mananciais de reserva para abastecimento de água. (SÃO JOSÉ DOS CAMPOS, 2015b)

Tais áreas e a preocupação com os recursos hídricos são preocupações contidas

desde o plano diretor de 1995. No diagnóstico de 2006, ao tratar de macrodrenagens,

para evitar o impacto do crescimento populacional e do tecido urbano sob os recursos

hídricos, levantam-se medidas para sua preservação:

Assim devem ser adotadas medidas no sentido de mitigar e ordenar este crescimento em consonância com a necessidade de harmonia do urbano e a natureza, considerando que: • O uso intensivo das águas subterrâneas ao longo do tempo pode superar a capacidade de recarga dos aquíferos subterrâneos, comprometendo as fontes de água disponível e os recursos hídricos naturais; • As águas de chuvas e sua infiltração no subsolo são importantes no ciclo hidrológico para a recarga dos aquíferos subterrâneos e sua manutenção; • A movimentação de terra através de terraplenagem, supressão ou substituição da cobertura vegetal e a ocupação urbana com obras civis, afetam a permeabilidade do solo, prejudicando o processo de infiltração destas águas no subsolo; • A fase mais importante na infiltração do solo ocorre nos locais de precipitação e no contato direto com o solo e que a drenagem de águas pluviais, individualizadas em cada propriedade, elevam a velocidade de escoamento, não proporcionando esta infiltração; • As drenagens individualizadas de cada propriedade diretamente para a via pública elevam o volume das águas pluviais a serem coletadas pelas redes de drenagem de águas pluviais, sobrecarregando-as e

38

gerando problemas de acúmulo ou transbordamento, solicitando galerias de águas pluviais com dimensões cada vez maiores e por sua vez mais onerosas; • A manutenção e a repovoação da cobertura vegetal, principalmente a de grande porte, deve ser incentivada e valorizada para ganho ambiental e a manutenção dos recursos hídricos no Município; • O Programa de Macrodrenagem busca a manutenção da rede hidrológica no Município, cujo princípio depende de entendermos as fases deste ciclo que estamos afetos e dos efeitos do processo de urbanização sobre o meio físico, para traçarmos as diretrizes de um crescimento ordenado da Cidade, conciliando o desenvolvimento urbano com a natureza. (SÃO JOSÉ DOS CAMPOS, 2015b)

19 O plano diretor apresenta uma visão integrada do saneamento ambiental

considerando abastecimento de água, coleta e tratamento de esgoto, gestão de

resíduos sólidos e controle dos fatores que prejudicam a saúde coletiva?

Sim, e a preocupação com a saúde coletiva está descrita no plano ao descrever

sobre as diretrizes gerais da política de gestão de resíduos sólidos urbanos. Uma das

diretrizes visa estimular ações relativas à geração, segregação, acondicionamento,

coleta, armazenamento, transporte, tratamento e disposição final de resíduos sólidos

urbanos, visando à proteção da saúde humana e a qualidade dos recursos naturais.

20 O plano diretor define diretrizes, objetivos e eventuais metas concretas

para a política de saneamento ambiental?

Sim, o plano diretor traz uma subseção com dois artigos de diretrizes que

possuem metas concretas para a política de saneamento ambiental:

Subseção III - Do Saneamento Ambiental Art. 58. São diretrizes gerais da política de Abastecimento de Água e do Sistema de Esgoto Sanitário: I - Eliminar, gradativamente, os sistemas isolados de poços, através da integração destes sistemas ao sistema centralizado de água superficial; II - Implantar adutora de água do Buquirinha II até o Bairro do Costinha; III - dar continuidade à implantação do emissário do Ribeirão do Vidoca até a Estação Elevatória Vidoca, para futura reversão à Estação de Tratamento de Esgotos - Lavapés; IV - Implantar os coletores das bacias do Rio Comprido e do Córrego Ressaca para encaminhamento dos esgotos para a ETE-Lavapés; V - Desativar a ETE-Urbanova, com reversão dos esgotos para a ETELavapés, VI - Implantar o sistema de emissário e tratamento dos esgotos da Bacia do Pararangaba; VII - implantar o prolongamento de rede coletora e estação elevatória de esgotos no Conjunto Nosso Teto II;

39

VIII - promover a expansão da rede de abastecimento de água e rede de esgoto em consonância com o programa de regularização dos loteamentos clandestinos; IX - Prever nos projetos dos loteamentos novos, espaços destinados ao adensamento vertical com previsão da infraestrutura adequada; X - Prever nos projetos dos loteamentos novos, calçadas públicas com dimensões adequadas para o recebimento da infraestrutura subterrânea de água e esgoto; XI - executar prolongamento do Coletor-Tronco Cambuí para atendimento do Bairro do Putim e adjacências; e, XII - implantar obras de ampliação e melhorias de Sistema de Esgotos Sanitários para atendimento aos bairros e loteamentos da Região Norte, cujos esgotos serão tratados na ETE-Lavapés. Art. 59. São diretrizes gerais da política de gestão de resíduos sólidos urbanos: I - Ampliar o Aterro Sanitário Municipal em consonância com a legislação; II - Elaborar estudos de alternativas tecnológicas para o tratamento e disposição final dos resíduos sólidos do Município, considerando o esgotamento do tempo de vida útil do Aterro Sanitário Municipal; III - estimular ações relativas à geração, segregação, acondicionamento, coleta, armazenamento, transporte, tratamento e disposição final de resíduos sólidos urbanos, visando à proteção da saúde humana e a qualidade dos recursos naturais; IV - Ampliar a coleta seletiva visando atingir todos os bairros do Município; V - Promover ações de educação ambiental, visando ampliar a conscientização da importância da coleta seletiva; VI - Realizar estudo para o reaproveitamento do gás proveniente do Aterro Sanitário; VII - reconhecer e regulamentar a catação ambulante de materiais recicláveis no Município; VIII - ampliar a fiscalização dos órgãos públicos competentes no sentido de combater os pontos clandestinos de lixões e de entulhos; e, IX - Instituir e regulamentar o Sistema Municipal para a Gestão Sustentável de Resíduos da Construção Civil e dos Resíduos Volumosos. (SÃO JOSÉ DOS CAMPOS, 2015a)

21 O plano diretor possui alguma definição sobre a titularidade ou papel do

município na gestão dos serviços de saneamento ambiental?

Sim, mas não define especificamente quem se encarrega pelo saneamento

ambiental, pois plano diretor, no art. 3º, encarrega os agentes públicos, privados e

sociais como responsáveis pelas políticas e normas explicitadas nesta Lei

Complementar. Nesse artigo, define-se também como direito de todos ao acesso ao

saneamento ambiental.

22 O plano diretor apresenta alguma indicação de privatização dos servisos

de saneamento ambiental?

40

Não.

23 O plano diretor traz alguma informação ou proposta referente ao

contrato com companhias prestadoras de serviços de saneamento ambiental?

Não, somente o Diagnóstico explica quais os órgãos responsáveis e quais regiões

são responsáveis.

24 Quais são as estratégias e instrumentos regulatórios, fiscais, urbanísticos

e de uso e ocupação do solo, adotados no plano diretor, para a universalização do

acesso aos serviços de saneamento ambiental?

Sobre o acesso aos serviços de saneamento ambiental, não há informações sobre

estratégias e instrumentos regulatórios ou fiscais.

25 O plano diretor define diretrizes, objetivos e prazos para a elaboração de

plano municipal de saneamento ambiental?

Não.

26 O plano diretor propõe alguma articulação com o governo estadual e

federal no setor de saneamento ambiental?

Não.

27 O plano diretor institui algum fundo específico de saneamento ambiental

ou de desenvolvimento urbano (também destinado ao saneamento ambiental) com

previsão de fontes de recursos, destinação dos recursos, formas de gestão dos

recursos e prazo para regulamentação específica?

Especificamente para o Saneamento Ambiental, não. O plano diretor conta com

o art. 79º. que dispõe:

Art. 79º. Fica criado o Fundo Municipal de Desenvolvimento Urbano que será destinado a custear as obras necessárias ao desenvolvimento urbano relacionadas nesta Lei Complementar. Parágrafo único. O Fundo de que trata o caput deste artigo será gerido pelo Conselho Gestor formado por um representante de cada uma das seguintes Secretarias: Secretaria de Planejamento Urbano, Secretaria de Meio Ambiente, Secretaria de Assuntos Jurídicos e Secretaria da Fazenda. (SÃO JOSÉ DOS CAMPOS, 2015a)

41

28 Qual é o grau de auto aplicabilidade das definições estabelecidas na

política de saneamento ambiental?

Há um alto grau de aplicabilidade, pois há algumas medidas pontuais e

específicas traçadas nos art. 58º e 59º (supracitados) do plano diretor.

29 O plano diretor prevê mecanismos de controle social da política de

saneamento ambiental?

Não.

30 O plano diretor prevê a extensão da rede de serviços de saneamento

ambiental par as áreas ou zonas de expansão urbana?

Sim, o plano diretor possui como uma das diretrizes sobre saneamento

ambiental: promover a expansão da rede de abastecimento de água e rede de esgoto em

consonância com o programa de regularização dos loteamentos clandestinos; prever nos

projetos dos loteamentos novos, espaços destinados ao adensamento vertical com

previsão da infraestrutura adequada e calçadas públicas com dimensões adequadas para

o recebimento da infraestrutura subterrânea de água e esgoto; e implantar obras de

ampliação e melhorias de Sistema de Esgotos Sanitários para atendimento aos bairros e

loteamentos da Região Norte, cujos esgotos serão tratados na ETE-Lavapés (SÃO JOSÉ

DOS CAMPOS, 2015a).

D.4 POLÍTICA DE MOBILIDADE E TRANSPORTE

31 O diagnóstico das condições de mobilidade e do transporte enfatiza as

desigualdades sociais no acesso às áreas centrais, em especial aos locais de

trabalho, estudos e lazer?

Não, não há ênfase nas desigualdades sociais, mas há o retrato de cada região e

como melhorar cada uma.

32 O plano diretor propõe diretrizes, objetivos e eventuais metas concretas,

com ênfase na inclusão social, para a política de mobilidade e transporte?

Não, há diretrizes e uma definição do Sistema Estrutural do Município com a

identificação das vias estruturais existentes e projetadas, constante no mapa da

Macroestrutura Viária e Hierarquia das Vias (SÃO JOSÉ DOS CAMPOS, 2015a)

42

(mapa não incluso ao trabalho, pois não seria visível os detalhes necessários), mas as

vias projetadas aparecem apenas nesse extenso e detalhado mapa e as diretrizes não

apontam medidas concretas para suas realizações.

33 O plano diretor propõe diretrizes, objetivos e eventuais metas relativas

às tarifas de transporte público coletivo?

Não.

34 As diretrizes e objetivos da política de mobilidade e transporte

estabelecidos pelo plano diretor priorizam o transporte público?

Sim, mas não se apontam o que, como ou quando fazer. Apenas informam que

priorizar no espaço viário o transporte coletivo em relação ao transporte individual é

uma das diretrizes gerais da política do transporte público.

35 As diretrizes e objetivos da política de mobilidade e transporte

estabelecidos pelo plano diretor conformam um sistema de transportes que integra

diferentes modalidades de deslocamentos?

Sim, na parte de transporte público, as diretrizes visam estruturar a rede de

transportes coletivos, interligando os diversos modais (ônibus, vans e alternativos), com

integração tarifária, bem como elaborar estudos de novos sistemas modais sustentáveis

de transporte coletivo urbano e intermunicipal, tais como trens. No caso do Sistema

Viário, uma de suas diretrizes gerais é propiciar o melhor deslocamento de veículos,

bicicletas e pedestres, atendendo as necessidades da população, do sistema de transporte

coletivo, individual e de bens. O plano diretor ainda define um grande Sistema

Cicloviário Estrutural do Município, constante do mapa abaixo:

43

(SÃO JOSÉ DOS CAMPOS, 2015a)

No entanto, não informa se esse sistema já existe ou se será implementado ou

qualquer outra informação sobre ele.

36 As diretrizes e objetivos da política de mobilidade e transporte

estabelecidos pelo plano diretor definem uma hierarquização do sistema viário?

Sim. Além do mapa sobre Macroestrutura Viária e Hierarquia das Vias, há uma

listagem da hierarquização viária no art. 62º:

I - Via Expressa é a via de circulação caracterizada por acessos especiais com trânsito livre sem intersecções em nível, sem acessibilidade direta aos lotes e sem travessia de pedestres em nível. É prioritária ao transporte individual e de carga; II - Via Arterial é a via de percurso longo de ligação Inter regiões, com intersecções em nível. Acesso direto aos lotes, com prioridade ao transporte coletivo. III - Via Coletora é a via que permite a ligação intra-bairros, recebendo e distribuindo o tráfego entre as vias locais e arteriais. Intersecções em nível, acesso direto aos lotes e com possibilidade de faixa exclusiva para estacionamento paralelo a via.

44

IV - Via Local é a via destinada a promover a distribuição do tráfego local do bairro, apresentando baixa fluidez de tráfego, com acesso direto aos lotes. (SÃO JOSÉ DOS CAMPOS, 2015a)

37 Quais são as estratégias e instrumentos regulatórios, fiscais, urbanísticos

e de uso e ocupação do solo, adotados no plano diretor, para a ampliação da

mobilidade da população e promoção de serviços de transporte público de

qualidade (identificando a promoção de ciclovias e transportes não-poluentes e/ou

não motorizados)?

Como citado acima, o plano diretor apresenta uma boa estrutura de ciclovias

sobre a cidade, define o Sistema Estrutural do Município com identificação da

hierarquia das vias e prioriza o transporte público sobre o individual. O plano também

estimula o uso de combustíveis limpos e/ou renováveis, em especial ao transporte

coletivo. Fora essas informações, não há nada constante sobre mobilidade da população

e promoção de transporte público como estratégias e instrumentos regulatórios, fiscais,

urbanísticos e de uso e ocupação do solo no restante do plano diretor.

38 O plano diretor define diretrizes, objetivos e prazos para a elaboração de

plano municipal de mobilidade e/ou de plano viário?

Não.

39 O plano diretor prevê integração intermunicipal entre sistemas de

transporte e de tarifas, em especial nas regiões metropolitanas?

O plano diretor prevê a integração regional ao classificar a hierarquia das vias no

art. 62º (supracitado) e visa elaborar estudos de novos sistemas modais sustentáveis de

transporte coletivo urbano e intermunicipal, tais como, trens, VLT - Veículo Leve sobre

Trilhos, no art. 57º. Fora isso, não há informações sobre integração intermunicipal ou de

tarifas.

40 O plano diretor prevê mecanismos de controle social da política de

mobilidade e transporte?

Não.

41 O plano diretor prevê a extensão da rede viária e de transporte público

coletivo para as áreas ou zonas de expansão urbana?

45

Sim, através do mapa supracitado sobre Macroestrutura Viária e Hierarquia das

Vias, em que há vias projetadas para zonas de possíveis expansão urbana ou expansão

em andamento.

D.5 POLÍTICA DE MEIO AMBIENTE

42 O diagnóstico da situação ambiental do município enfatiza as

desigualdades sociais relacionadas com os impactos da degradação do meio

ambiente sobre as diferentes áreas da cidade na perspectiva da justiça

socioambiental (por exemplo, localização de depósitos de lixo ou de resíduos

tóxicos, disponibilidade de áreas verdes)?

Sim, mas de forma breve. O diagnóstico dispõe sobre o parcelamento e o

zoneamento e que, seguindo os princípios estabelecidos no PDDI de 1995, o município

não conseguiu equacionar todos os problemas na área ambiental, como a persistência no

ambiente urbano de alguns conflitos de uso (residência X outras atividades) e como a

existência de áreas de topografia acidentada na Zona de Expansão Urbana Norte sujeitas

à aplicação do Código Florestal, em especial quanto as restrições de topo de morro. O

diagnóstico ainda atenta para a qualidade do ar no perímetro urbano, relacionando o fato

ao aumento da frota de veículos, a presença de rodovias que cortam o Município com

fluxo de veículos pesados movidos a diesel e a concentração de atividades industriais.

43 O plano diretor define diretrizes, objetivos e eventuais metas concretas

para a política de meio ambiente?

Sim, há diretrizes e metas concretas e específicas no plano diretor e há diretrizes

mais amplas e vagas também. Todas as diretrizes não possuem prazo ou descrição de

como ser aplicadas.

44 O plano diretor propõe dispositivos restritivos à moradia de interesse

social a partir de fatores ambientais como, por exemplo, remoção de moradias das

áreas de interesse ambientais?

Não.

45 O plano diretor define diretrizes, objetivos e prazos para a elaboração de

plano municipal de meio ambiente?

46

Não.

46 O plano diretor propõe alguma articulação com o governo estadual e

federal no setor de meio ambiente?

Não.

47 O plano diretor institui algum fundo específico de meio ambiente ou de

desenvolvimento urbano (também destinado ao meio ambiente) com previsão de

fontes de recursos, destinação dos recursos, formas de gestão dos recursos e prazo

para regulamentação específica?

Especificamente para o Meio Ambiente, não. O plano diretor conta com o art.

79º. que dispõe:

Art. 79º. Fica criado o Fundo Municipal de Desenvolvimento Urbano que será destinado a custear as obras necessárias ao desenvolvimento urbano relacionadas nesta Lei Complementar. Parágrafo único. O Fundo de que trata o caput deste artigo será gerido pelo Conselho Gestor formado por um representante de cada uma das seguintes Secretarias: Secretaria de Planejamento Urbano, Secretaria de Meio Ambiente, Secretaria de Assuntos Jurídicos e Secretaria da Fazenda. (SÃO JOSÉ DOS CAMPOS, 2015a)

48 O plano diretor prevê mecanismos de controle social da política de meio

ambiente?

Não.

E Sistema de Gestão Democrática

1 Quais são as definições do plano diretor relativas à estrutura institucional

da prefeitura responsável pelo planejamento e gestão territorial?

A estrutura institucional da prefeitura responsável pelo planejamento e gestão

territorial é assim definida em seu Art. 89 do Plano Diretor do Desenvolvimento

integrado:

Caberá à Prefeitura Municipal de São José dos Campos, através da Secretaria Municipal de Planejamento Urbano, assessorada pelos órgãos e demais secretarias afins, o controle executivo de aplicação dos dispositivos urbanísticos instituídos pelo Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado, bem como as alterações, modificações e acréscimos de novos instrumentos e dispositivos de ordenação urbanística do território. (SÃO JOSÉ DOS CAMPOS, 2005b)

47

2 Segundo o plano diretor, quais são os órgãos públicos, e suas respectivas

atribuições, responsáveis pelo planejamento e gestão territorial do município?

Conforme citado na pergunta anterior, os órgãos públicos envolvidos no

planejamento territorial são a Prefeitura Municipal através da Secretaria Municipal de

Planejamento urbano, responsável pelo controle executivo de aplicação dos dispositivos

urbanísticos instituídos pelo PDDI.

3 O plano diretor prevê algum mecanismo de articulação entre as ações dos

diferentes órgãos municipais responsáveis pelo planejamento e gestão territorial?

Não fica claro se há um mecanismo de articulação entre as ações dos diferentes

órgãos municipais.

4 O plano diretor institui audiências públicas obrigatórias? Em quais

situações?

Sim, o plano diretor institui audiências públicas obrigatórias quando há a

intenção de alterações, modificações e acréscimos de novos instrumentos e dispositivos

de ordenação urbanística do território.

5 O plano diretor institui consultas públicas como, por exemplo, plebiscito e

referendo popular?

Não, o plano diretor não institui consultas públicas, sendo assim fica válido a

LEI Nº 9.709, DE 18 DE NOVEMBRO DE 1998, que regulamenta a execução do

disposto nos incisos I, II e II do artigo 14 da Constituição federal.

6 O plano diretor institui a realização de conferências? Quais?

O Plano Diretor não institui a realização de conferências.

7 O plano diretor institui o conselho das cidades e outros conselhos ligados à

política urbana como, por exemplo, o conselho gestor de habitação de interesse

social, de transporte, de saneamento ambiental?

A Gestão Pública além de sua estrutura administrativa, conta com a participação

da sociedade civil organizada, através de Conselhos e Comitês que assessoram a

Administração Municipal. Além dos já existentes antes do período de vigência do

48

PDDI-1995, foram criados: o Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano,

Conselho Municipal de Educação, Conselho Municipal de Emprego, Conselho

Municipal de Turismo, Conselho Municipal de Assistência Social, Comitê Assessor de

Desenvolvimento Econômico, Conselho Municipal do Idoso e o Conselho Municipal da

Pessoa Portadora de Deficiência.

O plano diretor abrange o Conselho Municipal de habitação criado pela Lei

Municipal n° 4495/93, o Conselho Municipal de Saneamento Básico criado à partir dos

dispositivos estabelecidos no artigo 35 da Lei Complementar 357/08, instituído através

do Decreto Nº 13499/09 e cria o Conselho Municipal de Desenvolvimento urbano e o

Conselho Municipal do Meio ambiente. Sendo estes os 4 conselhos responsáveis pela

política urbana do município.

8 O plano diretor prevê algum mecanismo de articulação entre os diferentes

conselhos gestores?

Sim, o mecanismo de articulação é o Plano de Estruturação Urbana - PEU, que

visa ordenar o desenvolvimento físico-territorial da cidade, estabelecendo um conjunto

de diretrizes e projetos relativos ao Meio Ambiente, Transporte Público, Saneamento

Ambiental, Estruturação Viária, ao Sistema de Macrodrenagem Urbana, ao Sistema de

Áreas Verdes e de Lazer e ao ordenamento do parcelamento, uso e ocupação do solo,

incluindo os aspectos relativos aos instrumentos de Política Urbana, este plano é

elaborado com todas as secretarias municipais juntas, afim de deixa-lo mais coeso e

abranger a maior gama possível de demanda da população

9 Cada conselho ligado à política urbana possui quantos membros?

O Conselho Municipal de habitação possuí 17 membros, sendo eles: O

Secretário Municipal de Obras, um representante da Urbanizadora Municipal S.A. -

URBAM, um representante da Secretaria de desenvolvimento Social, um representante

da Secretaria de Planejamento e Meio Ambiente, um representante da Secretaria de

Governo, um representante da Câmara Municipal, sete representantes das entidades

comunitárias, um representante da O.A.B, um representante dos sindicatos dos

trabalhadores, um representante dos sindicatos patronais que atuam na área de

construção civil, um representante do Sindicato dos Engenheiros ou Associação dos

Engenheiros e Arquitetos ou do Instituto dos Arquitetos do Brasil.

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O Conselho municipal de saneamento básico também é composto por 17

membros.

O Conselho Municipal do Meio ambiente é composto por 37 membro, sendo os

mesmo da Câmara Social do Município.

E, por fim, o conselho municipal do desenvolvimento urbano é composto por 31

membros.

10 Os conselhos ligados à política urbana são de caráter consultivo,

deliberativo ou ambos?

Os conselhos ligados à política urbana apresentam ambos os caráteres.

11 O plano diretor define como deverá ser feita a sua revisão? Quais são as

definições?

Sim, o plano diretor define que a revisão do mesmo deve ser feita em um prazo

máximo de 10 anos, assim atendendo o artigo 182 da Constituição Federal e com a Lei

Federal nº 10.257, de 10 de julho de 2001 - Estatuto da Cidade.

12 O plano diretor institui instâncias de participação social nos ciclos do

orçamento público municipal? Quais?

Não, o plano diretor não instituí instâncias de participação social nos ciclos

orçamentários. O Orçamento participativo foi realizado em 1993, primeira gestão do PT

na cidade, e foi novamente realizado no ano de 2013, quando o PT reassume a

prefeitura.

13 O plano diretor institui alguma forma regionalizada e descentralizada de

planejamento do território municipal? Qual?

Sim, o plano diretor divide o município em diferentes macrorregiões(setores)

com poder de participação nos Conselhos Municipais. Essa setorização procurava

traduzir as diversidades culturais, sociais e econômicas dos diversos bairros da Cidade,

mas não estava compatibilizada com os setores censitários do IBGE, cuja delimitação

apóia-se em outros critérios. Com a institucionalização do Plano Diretor foi

desenvolvida uma nova setorização para o Município, em especial das áreas urbanas e

de expansão urbana, compatibilizando os limites das Unidades de Planejamento com os

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Setores Socioeconômicos e com os Setores Censitários do IBGE, tendo como

pressuposto garantir a série histórica de dados do Município

14 O plano diretor institui algum canal de participação social articulado

com a forma regionalizada e descentralizada de planejamento e gestão do

território municipal? Qual?

Sim, os próprios Conselhos são responsáveis pela participação social de forma

regionalizada, pois os Conselhos se reúnem primeiro nas suas macrorregiões e depois

levam as pautas para o Conselho e vice-versa.

15 O plano diretor prevê alguma forma de monitoramento das ações e dos

processos de planejamento e gestão territorial, em especial da implementação das

suas propostas?

Não, o plano diretor não prevê um monitoramento das ações e dos processos de

planejamento territorial. Essa demanda é suprida pelo Programa Minha Casa, Minha

Vida, que só vem surgir em 2009, ou seja, 5 anos depois do surgimento do atual plano

diretor de São José dos Campos.

16 O monitoramento das ações dos processos de planejamento e gestão

territorial inclui a participação da sociedade? Como?

Sim, através dos conselhos já citados anteriormente.

17 O plano diretor prevê a organização e atualização permanente da planta

de valores genéricos e de cadastros imobiliários, multifinalitários e de informações

geográficas?

Sim, o plano diretor prevê que a atualização permanente da planta de valores

genéricos e de cadastros imobiliários, multifinalitários e de informações geógraficas

seja atualizado anualmente, o válido para o ano de 2015 foi validado pelo DECRETO

N. 16.191, DE 17 DE DEZEMBRO DE 2014.

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Bibliografia

SÃO JOSÉ DOS CAMPOS. Prefeitura Municipal. Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado - PDDI do Município de São José dos Campos - Lei Complementar nº 306, de 17/11/2006. São José dos Campos, Nov. 2006. Disponível em: http://ceaam.net/sjc/legislacao/?doc=http://ceaam.net/sjc/legislacao/leis/2006/Lc0306.htm. Acesso em: 27 mai. 2015a.

SÃO JOSÉ DOS CAMPOS. Prefeitura Municipal. Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado - PDDI do Município de São José dos Campos (Diagnóstico). São José dos Campos, 2006. Disponível em: http://www.sjc.sp.gov.br/media/24560/2006_pd_diagnostico.pdf. Acesso em: 27 mai. 2015b.

SÃO JOSÉ DOS CAMPOS. Prefeitura Municipal. Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado do Município de São José dos Campos - Lei Complementar nº 121, de 27/04/1995. São José dos Campos, Abr. 1995. Disponível em: http://ceaam.net/sjc/legislacao/?doc=http://ceaam.net/sjc/legislacao/leis/1995/Lc0121.htm. Acesso em: 27 mai. 2015c.

BRASIL. Lei no 10.257, de 10 de julho de 2001. Lex: coletânea de legislação: edição federal, Brasília, 2001.