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REGIS RIBEIRO DOS SANTOS ANALISE DO PERFIL DOS SURFISTAS AMADORES DA CIDADE DE CURITIBA Curitiba 2005 40

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REGIS RIBEIRO DOS SANTOS

ANALISE DO PERFIL DOS SURFISTAS AMADORES DA

CIDADE DE CURITIBA

Curitiba

2005

40

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UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA

ANALISE DO PERFIL DOS SURFISTAS AMADORES DA

CIDADE DE CURITIBA

Trabalho de conciusao do curso deEducaCfao Fisica, apresentado peloaluno Regis Ribeiro dos Santos, sobOrientaCfao do ProtO Edson Marcos deGodoy Palomares.

Curitiba

2005

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Termo de Aprova~iio

REGIS RllEIRO DOS SANTOS

ANALISE DO PERFIL DOS SURFISTAS AMADORES DA CIDADE DECURITIBA

Este trabalho de conclusao de curso foi julgado e aprovado para obten9ao dotitulo de Licenciatura e Bacharelado em Educa9ao Ffsica da Universidade Tuillti doParana, aprofllndamento em Treinamento Desportivo.

Curitiba, 02 dezembro de 2005

Orientador: Prof." Edson Marcos de Godoy Palomares

Pmr." D~ K••:=?rn d, TOee

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RESUMO

o surf vem crescendo muito ao longo dos anos e a cidade de Curitiba

possui muitos praticantes amadores de surf, e estes freqOentam 0 litoral

principalmente nos finais de semana formando um grupo distinto dos demais

praticantes que residem na praia. A pesquisa realizada com 10 surfistas

amado res com idade entre 19 e 25 an os com pelo men os 2 anos de pratica

teve como principal instrumento 0 questionario que foi aplicado de modo

informal e obteve dados importantes revelando uma freqOencia e um volume de

atividade ffsica consideravel, atingindo uma media de 21 horas mensais de

pratica desportiva.

o estudo revelou 0 interesse pela preparac;:ao ffsica por parte dos

surfistas, que buscam atividades altemativas como musculac;:ao e corrida

porem a busca de orientac;:ao profissional ainda e muito baixa por parte dos

adeptos desta modalidade que e formada por sua maioria por atletas amado res

que nao visam competic;:6es.

A opiniao dos participantes desta pesquisa demonstrou que todos os

indivfduos senti ram uma melhora na sua capacidade respirat6ria ao longo dos

anos de pratica desportiva, que em sua maioria foi citada como uma mudanc;:a

alta em sua condic;:ao ffsica, revelando ainda progresso em aspectos como a

flexibilidade e a correc;:ao postural.

Desta forma conclui-se que os surfistas de finais de semana da cidade

de Curitiba possuem uma pratica desportiva recreativa, porem suficientemente

regular trazendo beneffcios e desenvolvendo as capacidades ffsicas

envolvidas.

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SUM.A.RIO

1. INTRODU<;:AO

1.1 Justificativa .

1.2 Problema

1.3 Objetivos

1.3.1 Objetivo Geral .

1.3.2 Objetivos Especfficos .

2. REVISAO BIBLIOGR.A.FICA .

2.1 A Historia do Surf .

2.1.1 Surf a Arte Milenar .

2.1.2 0 Renascimento do Surf .

2.1.3 0 Surf Contemporaneo .

2.2 0 Surf no Brasil .

2.3 Volumes e Capacidades Pulmonares .

2.3.1 Volumes Estaticos .

2.4 Principais Alterayoes Fisiologicas do Treinamento Aerobico ..

2.4.1 Altera<;oes no Musculo Esqueletico .

2.4.2 Altera<;oes Sistemicas .

2.4.3 Altera<;oes no Tecido Conjuntivo .

2.5 Metodos de Treinamento Aerobico .

2.5.1 Treinamento de Longa Dura<;ao e Intensidade Moderada ou

Longa Distancia Lento 22

2.5.2 Treinamento de Dura<;ao Moderada e Alta Intensidade ou

Treinamento Ritmo 22

2.5.3 Treinamento de Curta Dura<;ao e Altfssima Intensidade ou

Piques "tiros" Intervalados 22

2.5.4 Jogo de Velocidade ou Treinamento Fartlek 23

3. METODOLOGIA 24

3.1 Tipo de Pesquisa 24

3.2 Populayao 24

3.3 Amostra 24

3.4 Instrumento 24

0606070707070808080911

12

16

17

18

19

20

22

22

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3.5 Metodo de Aplica'tao do Instrumento 24

3.6 Tabula'tao de Dados 24

3.7 Variaveis 25

3.7.1 Controladas 25

3.7.2 N§.o Controladas 25

4. ANALISE DE RESULTADOS 26

5. CONCLUSAO 40

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS 41

ANEXO 43

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LlSTA DE FIGURAS

Figura 1: Mapa do triangulo Polinesio 08

Figura 2: Foto de Duke Kahanamuko 10

Figura 1: "caballo de totora", prancha de "madeira balsa" e prancha de

poliuretano, respectivamente...................................................................... 11

LlSTA DE GRAFICOS

GrMico 1: Idade dos praticantes ,..,..,.. , ,..,.., ,..,........... 28

Grafico 2: Anos de pratica de surf ,.., ,.., ,..,... 29

Grafico 3: Frequencia do surf por mes , ,..,.., ,.. ,..,... 30

Grafico 4: Durayao de cad a sessao de surf ,.., ,..,.., ,.. 31

Grafico 5: Melhora na condiyao ffsica ,.., ,.. 32

Grafico 6: Considera-se apto para praticar surf ,..,............ 33

GrMico 7: Realiza alguma preparayao ffsica para 0 surf 34

GrMico 8: Atividade ffsica utilizada como preparayao para 0 surf 35

Grafico 9: Procura por orientayao de um profissional 36

Grafico 10: Utilizayao de suplemento alimentar , 37

Grafico 11: Investimento em treinamento especifico para surf ,.. 38

GrMico 12: Aspectos ffsicos melhorados com a pratica do surf 39

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1. INTRODU<;:AO

o surf tem obtido inumeras conquistas no cenario esportivo mundial, as

federa<;;oes e associa<;;oes cada vez mais recebem um maior incentivo e apoio

do governo e de grandes empresas, porem a grande rnaioria dos praticantes e

form ada por pessoas que nao visam competi<;;oes e 0 fasem apenas por

diversao nos finais de semana.

Os beneffcios da pratica de atividade ffsica nos finais de seman a e

grande no sentido de terapia, onde 0 individuo obtem por meio desta um

momenta de descontra<;;ao aliviando 0 stress acumulado durante a sernana de

trabalho, mas paralelo a este existe um trabalho ffsico.

A pratica do surf e comum entre varios jovens da cidade de Curitiba,

on de este esporte vem crescendo a cada ana e ja ostenta a posi<;;ao de um dos

esportes mais praticados entre os jovens desta cidade. Trata-se de um esporte

predorninantemente aer6bio, devido a forma e a dura<;;ao do esfor<;;o realizado.

(McARDLE, 1997).

o surf consiste em uma atividade ffsica realizada em urn rneio natural,

no rnar, onde 0 praticante realiza: "piques de rernada", seguidos do ate de

surfar propriamente dito (entende-se como deslizar com a prancha sobre as

ondas) e tarn bern intervalos de espera das ondas, onde nao ha precisao do

tempo de esfor<;;o e dos intervalos de recupera<;;ao, urna vez que 0 oceano

apresenta grandes varia<;;oes com rela<;;ao a corrente maritima e tambem a

altura das ondas, porern a atividade e continua 0 que faz com que 0 esfor<;;o

ffsico envolvido nesse esporte assernelhe-se ao metodo de treinamento

aer6bico Fartlek, embora praticado no ambiente aquatico.

1.1 Justificativa

Atualrnente 0 surf e praticado em varios paises, segundo Renneker

(1987), no fim dos anos 80 ja havia rnais de 5 milhoes de praticantes em todo 0

mundo. Em 1992 0 surf ja era considerado como um dos esportes de maior

crescimento no Brasil, um dos 5 esportes de maior interesse do cidadao

brasileiro e adquiriu 0 posta de terceira potencia mundial neste esporte, ficando

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somente atras dos Estados Unidos e Australia. Hoje em dia, segundo

Femandes (2001) 0 surf vem sendo praticado por quase 20 milh6es de

pessoas no mundo e cerca de 2 milh6es s6 no Brasil, porem ainda e um

esporte que possui poucos trabalhos cientificos na area da Educa<;:ao Fisica.

1.2 Problema

Quem sao os surfistas amadores da cidade de Curitiba e 0 que eles

esperam do surf.

1.3 Objetivos

1.3.1 Objetivo Geral

Tra<;:ar e Analisar 0 perfil e a pratica dos surfistas amadores da

cidade de Curitiba por meio de um questionario.

1.3.2 Objetivos Especificos

•Analisar a freqOencia e 0 volume da pratica do surf;

• Avaliar se 0 praticante amador busca alguma prepara<;:ao fisica;

• Verificar na opiniao dos surfistas se esta pratica desportiva traz algum

beneficia na sua condi<;:ao fisica .

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2. REVISAo BIBLIOGRAFICA

2.1 A Historia do Surf

2.1.1 Surf a Arte Milenar

Acredita-se que 0 Surf teve seu inicio at raves dos povos litoraneos que

tin ham como principal atividade de subsistencia a pesca. De acordo com

Gutemberg (1989) estes povos tin ham a pratica de deslizar sobre as ondas

com suas embarcagoes para que chegassem mais rapido ate suas aldeias.

Existem teorias que nos levam a crer que 0 surf nasceu na Africa, norte do

Peru e etc., mas nenhum povo traz tanto 0 Surf como cultura quanto os

Polinesios que tornaram esta pratica um habito na regiao (ARIAS, 2003).

A Polinesia possui uma area de 25 milhoes de quil6metros quadrados, e

delimitada por tres pontos: 0 Arquipelago havaiano ao Norte, a Ilha de Pascoa

a leste e a Nova Zelandia a Oeste, estes tres pontos delimitam 0 triangulo

Polinesio, tais ilhas foram descobertas pelo capitao ingles James Cook entre

1768 e 1779 que ao chegar la constatou que os nativos possuiam um estreito

lago com 0 oceano, eram dotados de grande habilidade de navegagao e

praticavam algo inusitado, deslizavam sobre as ondas (ARIAS, 2003).

/

.c-. i"'~ ..•..

Figura 1: mapa do triangulo Polinesio (COLEMAN, 2004)

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Analisando 0 suri praticado nas ilhas e possivel destacar grandes

dileren<;:as entre a pratica do povo havaiano e dos demais povos da polinesia,

enquanto na maioria das ilhas do oeste do triangulo polinesio 0 suri era

praticado apenas por crian<;:as e a maioria meninos, as pranchas utilizadas

eram qualquer coisa que fiutuasse e era visto apenas como um passa - tempo,

nas ilhas Havaianas, ilhas Cook, ilha de Pascoa (Rapa Nui), ilhas Marquesas e

ilhas Sociedade 0 suri era praticado por todos: homens, mulheres, jovens e

adultos. Havia uma grande aten<;:ao para a escolha do material utilizado pra

constru<;:ao da prancha. Existia uma hierarquia no suri, algumas praias eram

restritas aos reis e pessoas pertencentes da realeza e a invasao de algum

plebeu em uma destas praias poderia resultar ate em morte (ARIAS, 2003).

Segundo Arias (2003) com a chegada do homem branco as ilhas ap6s a

descoberta realizada pelo ingles James Cook 0 suri entrou em declinio devido

ao choque de cultura que condenava sua pratica principalmente pela exposi<;:ao

do corpo. Os missionarios vindos da Europa tentaram par todos os meios

converte-Ios ao ramo calvinista do cristianismo que condenava suas

vestimentas. Junto com 0 choque cultural vieram tambem as doen<;:as que

quase dizimaram os ilheus, por volta de 1900 0 suri tinha praticamente deixado

de existir.

2.1.2 0 Renascimento do Suri

Os poucos adeptos do suri que restaram estavam concentrados na praia

de Waikiki no Havaf onde dois deles , George Freeth e Alexander Ford,

lundaram 0 The Hawaiian Outrigger Surf and Canoe Club em 1908 cuja a

missao era perpetuar as tradi<;:6es marftimas havaianas. Em 1911 foi lundado

outro clube no Havaf: The Hui Nalu (Suri Club). A rivalidade entre os dois

clubes trouxe um grande crescimento para ambos (ARIAS 2003).

Um havaiano chamado Duke Paoa Kahinu Makoe Hulikohoa

Kahanamoku ou simplesmente Duke loi 0 principal responsavel pelo

renascimento do suri, Duke aos 21 an os loi incentivado pelos amigos a

participar do primeiro tomeio amador de nata<;:ao nas ilhas havaianas, on de

sem experiencia alguma em compelic;;oes e sem nunca ler leila nenhuma

especie de treinamento de forma met6dica au orientada de nata<;:ao bateu as

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recordes mundiais de 50 e 100 jardas no estilo livre. Fato que chamou a

atenyao do treinador de natayao Syd Cavil que em 1911 convocou Duke para

participar dos treinamentos junto a equipe americana de natayao no Clube

Olimpico de San Francisco visando a preparayao para os jogos olimpicos de

Estocolmo, na Suecia , em 1912, neste periodo Duke levou 0 surf para a costa

leste dos Estados Unidos (ARIAS 2003).

Nas Olimpiadas Duke impressionou a todos conquistando 0 aura e

inclusive igualando 0 recorde mundial nos 100 metros livres em uma das

eliminat6rias e tambem ficou com a prata nos 4 x 200metros livres (ARIAS

2003).

Figura 2: foto de Duke Kahanamuko (ARIAS, 2003)

Devido as suas conquistas e por ter sua imagem fortemente ligada ao

Havai, 0 governo havaiano concedeu a Duke 0 titulo de anfitriao da cidade de

Honolulu. Um dos fatos mais irnportantes na carreira de Duke foi sua visita aAustralia em 1914, ele foi convidado a participar de um evento esportivo, sendo

o primeiro campeao olimpico a visitar 0 pais sua apariyao teve uma

repercussao muito grande, Duke organizou algumas apresentayoes de surf

para os australianos que ficaram impressionados com a habilidade do havaiano

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de deslizar sobre as ondas, ao final de uma das apresentayoes Duke

Kahanamuko presenteou um pequeno garoto australiano de nome Claude

West que futuramente seria 0 primeiro campeao de surf da dinastia australiana.

Duke tambem difundiu 0 surf na Nova Zelandia .

Apos esta viagem conquistou mais medalhas olfmpicas e realizou outras

viagens difundindo 0 surf em diferentes paises (KIRALY, 2003).

2.1.3 0 Surf Contemporaneo

Apos Duke Kahanamuko mostrar 0 surf para 0 mundo, houve 0

surgimento da industria do esporte primeiro na California com algumas fabricas

de pranchas que ainda eram feitas de madeira balsa. A concorrencia ja era

uma realidade e a busca por novos materiais para a confecyao das pranchas

tambem, em 1958 um jovem chamado Gordon Clark que trabalhava em uma

das fabricas, possuia uma formayao academica em matematica e fisica,

interessou-se pela quimica do poliuretano e pioneiramente expandiu os

primeiros blocos de espuma e revolucionou 0 mercado. Nesse periodo

surgiram as roupas de borracha e os primeiros videos de surf (ARIAS 2003).

(11 \

1\ 1'\

III \\ III,II\'I!'\I'~II",~.

Figura 3: "caballo de totora", prancha de "madeira balsa" e prancha de poliuretano,respectivamente (ARIAS, 2003)

II

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Com 0 surgimento da industria ao final da decada de 60 ja aconteciam

os primeiros campeonatos mundiais promovidos pela IPS (International

Professional Surfing) que tambem alguns anos mais tarde realizaram 0 prirneiro

circuito mundial conhecido corno PRO-TOUR. Foi na decada de 80 que

surgiram as principais associa~6es de surf, a ISA (International Surf

Association) e a ASP (Association of Surfing Professionals) que hoje organizam

o circuito mundial que percorre os principais parses do mundo onde na sua

principal divisao conhecida como (WCT) reuni os 44 melhores atletas que ap6s

12 etapas disputadas e conhecido 0 campeao mundial de surf, a vaga na elite

do surf mundial e possivel at raves da divisao de acesso (WaS) que e formada

pelos atletas que se destacam em seus respectivos parses, os atletas sao

selecionados at raves de campeonatos nacionais onde somente os melhores de

cad a pars obtem a classifica~ao para 0 was.

2.2 0 Surf no Brasil

No Brasil, as primeiras pranchas, entao cham adas de "tabuas

havaianas", foram trazidas por turistas. A hist6ria come~a em 1938 com a

provavelmente primeira prancha brasileira, feita pelos paulistas Osmar

Gon~alves, conhecido como 0 primeiro surfista brasileiro, Joao Roberto e Julio

Putz, a partir da materia de uma revista americana, que dava medidas e 0 tipo

de madeira a ser usada. Pesava 80 kg e media 3,6 m. Em 1950, os cariocas

Jorge Grande, Bizao e Paulo Pregui~a, construrram uma prancha de madeira,

inspirados nas pranchas de balsa que um piloto comercial americana da rota

Hawaii - Rio trouxe em uma de suas viagens. Nao tin ham flutua~ao nem

envergadura. Em 1962, enquanto no Rio 0 Sr. Moacir criou uma tecnica para

dar envergadura aos pranch6es, em SP, Homero Naldinho, com 14 anos, fazia

suas madeirites que mediam apenas 2,2 m (tamanho das Minimodels, que

surgiram somente em 1967) (FERNANDES, 2001).

Nascido em 14 de setembro de 1922, Osmar Gon~alves tinha 16 anos,

quando entrou para a hist6ria do surf, ao ser 0 primeiro brasileiro a pegar

ondas. E, infelizmente, em 30 de abril do ana de 1999, 0 surf brasileiro perdeu

uma parte significativa de sua hist6ria.

12

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Vitima de um cancer que 0 afligia ha algum tempo, faleceu em Campinas

aquele que veio a ser 0 primeiro dos surfistas brasileiros. Bem antes dos

pranchoes tomarem de assalto as ondas do Rio de Janeiro, nos dourados anos

50, 0 santista Osmar Gonc;alves correu as primeiras ondas de que se tem

noticia no Brasil.

Segundo Gutemberg (1989), entre dezembro de 1938 e janeiro de 1939,

Osmar e mais 0 amigo Joao Roberto Suplicy Hatters, construiram uma prancha

de 12 pes (tres metros e 60 centimetros) e 80 quilos, com a qual surfaram por

uns seis anos aproximadamente.

Pouco antes de falecer, em uma entrevista aos alunos da Faculdade de

Educac;ao Fisica e Esportes da Universidade Santa Cecflia (UNISANTA), de

Santos, Osmar falou com saudade do seu pioneirismo e dos bons tempos de

surfista.

"Os afazeres profissionais acabaram me roubando a chance de

continuar a surfar, mas por toda a minha vida jamais esqueci do doce e

incomparavel prazer de correr uma onda", afirmou. "Daquela epoca nao

restaram apenas as fotos e as lembranc;as: 0 fato de ter sido 0 primeiro a surfar

no Brasil sempre me deixou envaidecido, orgulhoso por ter side 0 pioneiro, um

desbravador que abriu 0 caminho para que milhoes viessem a integrar, nos

dias de hoje, essa alegre tribo de nomades, que correm 0 mundo atras do Sol e

das ondas".

Osmar Gonc;alves, que teve sua imagem perpetuada na torre da

Escolinha Radical de Santos, a primeira escolinha publica de surf criada no

Pais, por uma iniciativa dos surfistas e professores de Educac;ao Fisica Cisco

Arana e Marcello Arias, deixou de surfar, mas jamais abandonou a paixao pelo

mar. Praticamente ate 0 final de sua vida velejou a bordo de grandes barcos da

Classe Oceano (FERNANDES. 2001).

Periodo aureo - Osmar e seus amigos tiveram a chance de viver em

Santos em um periodo aureo sob 0 ponto de vista economico. Ele chegou a

admitir que nao fosse 0 fato de ter nascido em uma familia de posses, ligada

ao ate entao prospero comercio cafeeiro, jamais teria tido a chance de construir

sua prancha.

Era uma prancha oca, uma pioneira isolada, mas percussora de varias

gerac;oes de pranchas e surfistas. "Gastamos muito dinheiro com 0 projeto",

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tirado de uma revista americana, a Popular Mechanic, que me deixou

entusiasmado.

Para Santos (1999), 0 projeto extraido da Popular Mechanics nada mais

era do que a c6pia de um trabalho do norte-americano Tom Blake, 0 homem

que entrou para a hist6ria ao diminuir tanto 0 peso quando as dimensoes das

pranchas de surf, ainda nos anos 20, quando loi residir no Havai.

Mas loi pr6ximo do linal da decada de 30 que 0 surf aportaria nas praias

do Brasil. Naquela epoca, os esportes de praia agitavam a galera. Osmar e os

amigos jogavam peteca e nadavam, alem de praticarem jiu-jitsu, esporte que

s6 repercutiria entre os surfistas entre os anos 70 e 80.

De acordo com Fernandes (2001), ao lade do amigo Jua, Osmar seguiu

as orientayoes dadas pela revista e colocou em pnitica um projeto que

resultaria na primeira prancha brasileira de surf

Com 0 apoio tecnico do engenheiro naval Julio Putz, os dois loram atras

do material necessario. Compraram a madeira indicada (tabuas de cedro de

quatro metros) e tocaram 0 projeto seguindo as dicas do amigo Putz e as

orientayoes da revista, produziram uma prancha de 3,60 metros, 80 qui los de

peso, oca e costurada com paralusos de latao de boa qualidade.

Ela loi bem polida e tinha um pegador na rabeta. Isso porque na epoca

nao havia cordinha e a prancha, apesar de uma boa Ilutuayao, era pesada e

constantemente arremetida para longe ap6s uma onda. "Para nao perde-Ia,

colocamos esse pegador e quando escapava deslizavamos ate a rabeta e

seguravamos rapidamente".

Para Osmar, 0 mais dificil nao loi construir a prancha. 0 duro loi

aprender a surfar: Silvio Malzoni, que tambem vi ria a lazer parte do grupo, nao

encarou a coisa com a esportividade necessaria e logo desistiu.

Jua e Osmar, ap6s assistirem a alguns lilmes de surf - coisa rara na

epoca - resolveram insistir no duro aprendizado. Depois de uma sequencia

incalculavel de tombos, eles acabaram dominando a tecnica, mesmo que,

inicialmente, de uma maneira rudimentar (SANTOS, 1999).

Assim, no verao de 38/39, os Irequentadores da Praia do Gonzaga, nas

proximidades do Canal 3, em Santos tiveram a chance de ver uma dupla de

malucos tentar licar de pe sobre uma embarcayao esquisita, que atendia pelo

nome de prancha havaiana. Grande e pesada, a prancha era dificil de ser

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manobrada. 0 maior prazer de ambos resumia-se a ficar de pe e deslizar sobre

as pequenas marolas.

o local da primeira pratica de surf no Brasil, ja nos an os 30, era um

ponto chique, frequentado pela fina flor da sociedade. Osmar chegou a admitir

que, por traz do prazer de pegar ondas, existia uma segunda (provavelmente a

primeira) intenyao: atrair e despertar 0 interesse das garotas.

Em 1963, George Bally e Ardurno Colassanti, comeyaram a shapear as

primeiras pranchas de isopor. Com uma lixa grossa presa a uma madeira,

levavam dois dias para fazer uma prancha. A referencia era uma foto de

revista. (FERNANDES, 2001)

Em 1964, Mario Brayao e Irencir, conheceram 0 australiano Peter Troy,

que trouxe outlines (templates) e nOy6es de shapear de seu pars. Ainda usava

o madeirao como lixa, 0 ralador de coco e a grosa. Mais tarde apareceu 0

"Suform" importado, mas 0 bloco ainda era de isopor. Enquanto isso, em SP,

Homero fazia as primeiras pranchas de madeira oca.

Em 1965, 0 Cel Parreiras fundou a primeira fabrica de pranchas no

Brasil: a Sao Conrado Surfboard, no RJ. Segundo Santos (1999) Parreiras

adaptou para 0 shape uma tecnica usada no aeromodelismo: apos colar a

longarina com a curva desejada, usava fio quente para cortar 0 fundo e 0 deck

acompanhando a curva da longarina. A seguir cortava 0 outline e dava 0 finish.

Seus shapers Mario Brayao e Ciro Beltrao. Mais tarde, Carlos Mudinho tambem

passou a shapear na Sao Conrado .

Enquanto isso, em SP, alem de Homero, Eduardo Faggiano, 0 Coco,

Nelsinho Lagartixa, faziam pranch6es de madeira envergados com calor. Mas

logo aderiram ao isopor e a tecnica do fio quente, a exemplo do pioneiro

Parreiras.

Em 1967, Penho volta do Hawaii, trazendo a primeira plaina Skill e a

tecnica de shapear. Porem, as minimodels haviam acabado de surgir e

ninguem sabia exatamente 0 que shapear. Faziam-se miniguns e

minipranch6es, mas nada com embasamento teo rico. Nessa epoca surgiram os

shapers Miyari, Rico, Wanderbilt, Tito Rosemberg, Marcelo "Caneca", Otavio

Pacheco, Maraca, Zeca Guaratiba, Isso Amsler, Paulo Aragao e Dentinho.

Segundo Santos (1999), em 1969, 0 Cel. Parreiras lanc;;a 0 poliuretano

branco com qurmica importada Clark Foam. Paralelamente, Homero cria a

IS

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primeira fabrica de pranchas de SP e passa a comprar blocos Clark Foam do

Cel. Parreiras. Inovador, Homero alcan90u popularidade em todo 0 Brasil. Alem

de ter criado, provavelmente, a primeira maquina de shape do mundo, dava

garantia de um ana para suas pranchas modele Homero Luxo e de 6 meses

para 0 modele "Superlight" .

Nessa mesma epoca, Tito Rosemberg voltava da Europa e EUA, com

um Know-How bastante avan9ado para a epoca, passando a dividir 0 mercado

brasileiro com Homero (SANTOS, 1999).

Em 1970, 0 surf explodiu, e a moda era shapear a propria prancha.

Surgiram entao muitos nomes: No Rio, Bocao e Betao, Peps Lopes e Jorge

Pritman, Lype Dylong, Daniel Friedman, Ricardo Bravo, e mais tarde Heinrich

Reinhard, Heitor Fernandes, Italo Marcelo, Gustavo Kronig eVictor

Vasconcelos. Entre outros. Em SP, Guto Navarro (Maui), Eduardo Argento

(Twin), Brito (Moby), Flavio La Barre. Longarina, Paulo Rabello, Pascoal, Jorge

Portuguss, Jorge Limoeiro, e mais tarde Almir Salazar, entre outros

(GUTEMBERG,1989)

Hoje 0 Surf brasileiro esta muito bem representado com atletas nas

principais categorias do surf mundial. 0 atual campeao mundial profissional

junior e 0 atual carnpeao mundial do was, divisao de aceso a elite do surf

mundial WCT. Na principal categoria 0 Brasil possui oito representantes entre

os melhores surfistas do mundo.

2.3 Volumes e Capacidades Pulmonares

Os volumes pulmonares sao influenciados pala idade, sexo e dimensao

corporal (especial mente a estatura) e esses fatores devem ser levados em

conta durante a sua avalia9ao (McARDLE, 1997).

16

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2.3.1 Volumes Estaticos

•Volume Corrente (VC)

o volume de ar movimentado tanto na fase inspirat6ria quanto na fase

expirat6ria que e indicado pela subida e descida do espirometro (WEI NECK,

1991).

•Volume Reserva Inspirat6rio (VRI)

o individuo inspira 0 mais profundamente ap6s uma inspirac;:ao normal.

• Volume Reserva Expirat6rio (VRE)

o individuo expirando forc;:ando 0 maximo de ar possivel para fora dos

pulmoes ap6s uma expirac;:ao normal.

•Capacidade Vital For<;:ada (CVF)

Para Wei neck (1991) trata-se do volume total de ar movimentado ap6s

uma inspirac;:ao plena e a expirac;:ao maxima. 0 (CVF) sofre grande variac;:ao

devido as dimensoes corporais e tambem devido a posic;:ao do corpo durante a

mensurac;:ao, a capacidade vital forc;:ada (CVF) consiste no volume corrente

somado ao (VRI) e ao (VRE).

•Volume Pulmonar Residual (VPR)

Mesmo ap6s exalar 0 mais profundamente possivel ainda permanece

um certo volume de ar nos pulmoes que e 0 (VPR) esse volume e maior nos

homens e ten de a aumentar com a idade.

17

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•Capacidade Pulmonar Total (CPT)

Eo a soma do volume pulmonar residual (VPR) com a capacidade vital

for<{ada (CVF) (McARDLE, 1997).

•Volume Expiratorio For<{ado (VEF)

Indica<{ao da potencia expirat6ria e da resistencia global ao movimento

do ar nos pulmoes, urn indivfduo saudavel con segue expelir 85% da

capacidade vital for<{ada em 1,0 segundo.

•Ventila<{ao Voluntaria Maxima (VVM)

Segundo Weineck (1991), requer uma incursao respirat6ria rapida e

profunda por 15 segundos, a partir deste dado e estipulado 0 volume que 0

indivfduo movimentaria por um minuto. Por sua vez este numero e 25% maior

que 0 volume ventilat6rio durante um exercfcio maximo.

Observa<{ao: a ventila<{ao voluntaria maxima de um indivfduo com doen<{as

pulmonares obstrutivas alcan<{a somente 40% da (VVM) considerado normal

para um indivfduo da sua idade (McARDLE, 1997).

•Ventila<{ao Minuto

o numero de incursoes respirat6rias durante um minuto. A ventila<{ao

minuto e igual a frequencia respirat6ria multiplicada pelo volume corrente

(McARDLE, 1997).

2.4 Principais Altera<{oes Fisiologicas do Treinamento Aerobico

Os efeitos podem ser observados dentro do musculo esqueletico e

sistematicamente (sistemas circulat6rio e respirat6rio) (FOX, BOWERS e FOSS

1991).

18

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2.4.1 Altera~6es no Musculo Esqueletico

•Altera~6es Bioqufmicas e nas Fibras

1) Ocorre um aumento em ate 80% da mioglobina que tem como principal

fun~ao ajudar no transporte de oxigenio da membrana para a mitocondria. 0

aumento da mioglobina esta diretamente ligado a frequencia do treinamento.

2) Melhora na oxida~ao dos carboidratos (glicogenio) que ocorre devido ao

aumento no numero, tamanho e area superficial das membranas das

mitocondrias, localizadas no musculo esqueletico e tambem devido a um

aumento do nfvel de atividade e/ou na concentra~ao das enzimas que

participam do cicio de Krebs 0 que resulta em uma melhora na produ~ao de

ATP na presen~a do oxigenio.

3) Melhor oxida~ao da gordura, uma pessoa treinada ao submeter-se a uma

carga sub-maxima de trabalho oxida mais gordura e menos carboidratos que

uma pessoa destreinada. 0 que significa que durante um exercfcio arduo,

porem sub-maximo, a oxida~ao de gordura acarreta em uma menor deple~ao

do glicogenio, menor acumulo de acido latico e consequentemente menos

fadiga.

4) Ocorre um aumento no potencial aer6bico global do musculo de

identica tantos nas fibras tipo I quanto nas fibras tipo II. Porem a tipo I possui

uma capacidade aer6bica mais alta que a tipo II tanto antes quanto ap6s 0

treinamento de endurance, embora 0 treinamento possa levar a uma conversao

gradual das fibras tipo II b (glicolfticas rapidas) para tipo II a (glicolfticas

oxidativas rapidas) ocorrendo uma hipertrofia seletiva (FOX, BOWERS e FOSS

1991).

19

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2.4.2 Altera<;:oes Sistemicas

•Altera<;:oes em Repouso

1) Para Dantas (1998) ocorre um aumento no tamanho do cora<;:8.o

(caracterizado por uma grande cavidade ventricular e espessura normal da

parede ventricular) consequencia de uma sobrecarga volemica.

2) Queda na frequencia cardiaca de repouso ou bradicardia.

3) Aumento no debito cardiaco maximo e a principal modifica<;:8.o observada

com 0 treinamento.

4) Maior volume de eje<;:ao.

5) Pouca ou nenhuma modifica<;:8.o nas medidas pulmonares.

6) Aumento na concentra<;:ao de emoglobina e no volume sanguineo de ate

12%. Segundo (McArdle) logo ap6s 3 a 5 sessoes, aumentando tanto 0

transporte de 02 quanto a regula<;:ao da temperatura.

7) Aumento na densidade capilar e hipertrofia dos musculos esqueleticos com

rela<;:aoa individuos destreinados (FOX, BOWERS e FOSS, 1991) .

•Altera<;:oes Durante 0 Exercicio Submaximo

1) Nenhuma altera<;:ao ou ligeira redu<;:ao no consumo de oxigenio.

2) Redu<;:ao na utiliza<;:8.odo glicogenio muscular (preserva<;:8.o de glicogenio) e

esta relacionado com 0 desenvolvimento da capacidade dos musculos em

oxidar os acidos graxos livres, 0 que ocorre devido a altera<;:oes bioquimicas no

musculo esqueletico.

20

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3) Redu<;:iio no acumulo de lactato, que pode estar relacionado com: ajuste

mais rapido a capta<;:iio de oxigenio as outras demandas e ao aumento da

utiliza<;:iio do lactato produzido durante 0 exercfcio (DANT AS, 1998).

4) Aumento no volume de eje<;:iio.

5) Queda na freqliencia cardfaca.

6) Redu<;:iio no fluxo sangufneo muscular por quilograma de musculo ativo que

em parte e resultado do aumento da capilariza<;:iio (FOX, BOWERS e FOSS

1991) .

•Altera<;:oes Durante 0 Exercfcio Maximo

1) Aumento na potencia aer6bica maxima que pode variar conforme 0 volume e

tipo de programa de treinamento, modalidade e aptidiio inicial. Este aumento e

induzido por urn maior fornecimento de oxigenio aos musculos ativos e por uma

maior extra<;:iio de oxigenio do sangue por parte dos musculos.

2) Aumento no debito cardfaco.

3) Aumento no volume de eje<;:iio.

4) Aumento na ventila<;:iio minuto maxima de 15% a 25%.

5) Aumento na freqliencia respirat6ria.

6) Aumento da capacidade de difusiio pulmonar devido a urn aumento no fluxo

sangufneo pulmonar.

7) Maior acumulo de lactato.

8) Nenhuma mudan<;:a no fluxo sanguineo muscular por quilograma de musculo

(FOX, BOWERS e FOSS 1991).

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2.4.3 Altera<;:oes no Tecido Conjuntivo

1) Altera<;:oes nos ossos sao diretamente relacionadas com a intensidade da

atividade. Ocorre um fortalecimento de tendoes e ligamentos, ocorre tambem

um aumento na espessura das cartilagens responsaveis pel a sustenta<;:ao da

sobrecarga (FOX, BOWERS e FOSS 1991).

2.5 Metodos de Treinamento Aer6bico

2.5.1 Treinamento de Longa Dura<;:ao e Intensidade Moderada ou Longa

Distancia Lento

Independente do ritmo e do desporto a intensidade eleva a frequencia

cardfaca em 75% a 85% do maximo ou aproximadamente 60% a 70% da

potencia aer6bica maxima, para a maioria dos atletas esta intensidade fica

abaixo do limiar do lactato, por isso sera mais lento que 0 ritmo de competi<;:ao

(Weineck,1991).

2.5.2 Treinamento de Dura<;:ao Moderada e Alta Intensidade ou Treinamento

Ritmo

Intensidade pr6xima do limiar do lactato de um atleta, frequencia

cardfaca se aproxima de 85% a 90% do maximo, ainda de natureza continua,

com dura<;:ao de 30 a 60 minutos.

2.5.3 Treinamento de Curta Dura<;:ao e Altissima Intensidade ou Piques "tir~s"

Intervalados

Este treinamento visa um menor acumulo de acido latico e

consequentemente uma menor fadiga muscular. Exemplo um corredor de

piques de 50 metros seguido de trote por mais 60 metros (DANTAS, 1998).

22

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2.5.4 Jogo de Velocidade ou Treinamento Fartlek

Precursor do treinamento intervalado, os intervalos de trabalho e

recupera9aO nao sao sincronizados, porem 0 exercfcio e realizado

continuamente. Tem como principal caracteristica a alternancia aleatoria entre

exercfcios rapidos e lentos (FOX, BOWERS e FOSS 1991).

23

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3. METODOLOGIA

3.1 Tipo de Pesquisa

A pesquisa descritiva e um estudo de status e e amplamente utilizada na

educayao e nas ciencias comportamentais, 0 metodo utilizado e 0 estudo

exploratorio, na qual inclui 0 questionario. A pesquisa visa determinar as

praticas presentes e opini6es de uma populayao especificada. (THOMAS e

NELSON, 2002).

3.2 Populac;;ao

A populac;;ao foi composta por suriistas amadores da cidade de Curitiba.

3.3 Amostra

A amostra foi composta por 10 suriistas amadores, do sexo masculino

praticantes de suri a pelo menos 2 anos , com idade entre 19 e 25 anos.

3.4 Instrumento

Utilizou-se como instrumento de pesquisa um questionario do tipo misto,

composto de 11 quest6es fechadas e 1 aberta.

3.5 Metodo de Aplicac;;ao do Instrumento

Foi uma abordagem direta e informal, onde todos os participantes

responderam 0 questionario em um sa lao de festas de um condominia

residencial, sem tempo determinado e um de cada vez, com a durayao media

de 10 minutos para cada um. 0 questionario foi aplicado em outubro de 2005.

24

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3.6 Tabulacrao de Dados

Os dados foram apresentados em graJicos e estatisticamente utilizou-se

porcentagem e media. Os dad os foram interpretados no ana de 2005.

3.7 Variaveis

3.7.1 Controladas

•Sexo: masculino;

• Nfvel: amadores;

•Tempo de pratica: mfnimo de dois anos;

• Idade: entre 19 e 25 anos.

3.7.2 Nao Controladas

• Nfvel social;

•Nfvel cultural;

•Alimentac;;ao;

3.8 Limitacroes

•Numero de participantes;

•Validac;;ao do questionario;

2S

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4. ANALISE DE RESULTADOS

Os resultados serao expostos a seguir por meio de uma tabela seguido

de graficos, para uma melhor visualiza<;:ao.

4.1 Quadro de Resultados

Idade dos19 anos 20 anos 21 anos 23 anos 24 anos 25 anos

surfistas

Respostas 10~b 10~b 20% 30~b 20% 10~b

Tempo de surf 2/3 anos 4/5 anos + de 5 anos

Respostas 30% 50% 20<}{'

Dias de surf1/3 dias 4/6 dias 7/9 dias 10 ou + dias

por mes

Respostas 10~b 30(% 50~b 10~b

Dura~ao da- de 1 hora 1/2 horas 3/4 horas + de 5 horas

sessao de surf

Respostas 0'% 20% 60% 200/0

Melhora naAlta Moderada Leve Nenhuma

condi~ao fisica

Respostas 70~b 20~b 10% OC}{,

Considera-sesim Nao

preparado

Respostas 90~b 10%

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Realiza

alguma sim nao Eventualmente

prepara9ao

Respostas 30~b 20~b 50~b

Tipo denata9ao muscula9ao corrida skate Alongamento

prepara9ao

Respostas 2,5~b 37,5% 25<1b 12,5~b 12.5<lb

Orienta9aosim Nao

profissional

Respostas 10% 90%

Suplementa9a

0 sim Nao

alimentar

Respostas 30%) 70'}b

Interesse por

treinamento sim Nao

especifico

Respostas 80% 20%

AspectosCorre9ao

MaiorMaior Maior postural e Corre9ao

fisicos resistencia eflexibilidade resistencia maior postural

desenvolvidos flexibilidaderesistencia

Respostas 20% 30<}b 20% 10~b 20%

27

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4.2 Graticos

Idade dos Praticantes

1CW" (n = 1) 10% (n = 1)

019

.20

021

023

.24

025

30~.(n = 3)

o grilfico acima mostra que os participantes da pesquisa, apresentam

idade variando de 19 a 25 anos, sendo que (20%) destes possuem 20 anos e

(20%) possuem 21, sendo que a maioria (30%) possui 23 anos, apenas um

individuo (10%) possui 25 anos.

Grafico 1: idade dos praticantes

28

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Tempo que pratica surf

02 a 3 Anos

.4 a 5 Anos

0+ de 5 Anos

50'!. (n" 5)

Gn'fico 2: anos de pratica de surf

Como pode ser observado no gnifico acima a metade, ou seja (50%) dos

individuos pratica surf ha pelo menos quatro anos, tres individuos (30%)

praticam surf de dois a tres anos e apenas dois (20%) surfam a mais de cinco

anos.

29

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Quantas ",zes surta por mes

1~'(n=1) 10%(n = 1)

01 a 3 Dias

.4 a 6 Dias

07 a 9 Dias

010 ou +

Os dados obtidos mostram que pelo menos a metade (50%) dos

praticantes surfam em media de 7 a 9 dias por mes e tres (30%) chegam a

praticar de quatro a seis dias mensais.

Grafico 3: freqiiencia do surf por mes

30

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DlIra~aa de cada sessaa de surf

20'••(n = 2)

0- de 1 Hara

.1 a 2 Haras

03 a 4 Haras

0+ de 5 Haras

60% (n = 6)

Gnlfica 4: durayao de cada sessao de surf

Como se pode observar no grafico acima, a maioria (60%) dos

indivfduos realiza sess6es de surf de pelo menos 3 horas, 0 que chama a

atenyao e que dois indivfduos (20%) chegam a praticar sess6es de surf com

durayao acima de cinco horas, demonstrando que estes possuem uma boa

condiyao fisica.

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oAlta

• Moderada

oLe""o Nenhuma

Melhora na condiyao fisica

10%(n= 1)

70% (n =7)

Grafico 5: melhora na condic;:iio fisica

o griifico acima demonstra que todos os colaboradores da pesquisa

observaram uma melhora na sua condic;:ao fisica (100%), sendo que a grande

maioria (70%) observou uma mudanc;:a alta e do is individuos (20%) uma

mudanc;:a moderada.

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Considare-se preparado para praticar surt

10% (n = 1)

oSim

• Nao

90% (n =9)

GrMico 6: considera-se aplo para pralicar surf

Os dados acima demonstram que praticamente todos (90%) dos

surfistas sentem confian<;:a em sua condi<;:ao fisica para praticar 0 surfe, apenas

um (10%) nao sente-se apto.

33

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Reliza alguma prepara9aO fisica para 0 surf

oSim

• Nao

o El<entualmente

20~ (n =2)

Gratico 7: realiza alguma preparac;:iio fisica para 0 surf

o gratico mostra que 80% dos indivfduos buscam alguma forma de

aprimorar sua condiyao ffsica para praticar 0 surf ainda que estes indivfduos

nao visem competiyoes sendo que 50% dos participantes eventualmente

realizam alguma uma preparayao e 30% regularmente.

34

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o Nata<;ao

• Muscula<;ao

o Corrida

o Skate

• Alongamento

Atividade fisica utilizada como prepara<;ao para 0 surf

12.5% (n = 1) 12.5% (n = 1)

25% (n = 2)

GrMico 8: atividade fisica utilizada como prepara<;ao para 0 surf

Os dados obtidos demonstram que dentre os individuos que realizam

alguma atividade fisica para lela ao surf almejando uma melhora no seu

desempenho, ou seja 80% dos surfistas que participaram do estudo, em sua

maioria (37,5%) opta pela muscula<;ao ja 25% pratica corrida, 0 grafico mostra

que skate, nata<;ao e alongamentos tambem sao atividades realizadas como

meio de prepara<;ao para 0 surf.

35

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Procurou orienta~ao de um profissional de educa~ao fisica

10%(n = 1)

90% (n = 9)

GrMico 9: procura por orienta~ao de um profissional

o gratico apresenta dados indicando uma baixa procura par orientayao

profissional, apenas um dos surfistas (10%) buscou um profissional da area de

Educayao Ffsica, 0 que nao necessariamente indica que a grande maioria

composta por 90% dos surfistas participantes do estudo nao tenham interesse

em faze-Io.

36

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Ja utilizau au utiliza 5uplementa9aa alimentar

70" (n = 7)

~~

GrMico 10: utiliza9ao de suplemento alimentar

As informa90es verificadas no gn'lfico acima indicam que a maioria dos

individuos (70%) nao faz uso de suplementos alimentares, demonstrando uma

grande carEmcia de informa90es por parte das pessoas que praticam surf no

final de semana, uma vez que este esporte geralmente tem uma longa dura9aO

o que indica uma essencial reposi9aO de liquidos e carboidratos, fato que

passa despercebido pelos praticantes desta modalidade.

37

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Investiria em um treinamento especifico para surf

20% (n = 2)

80% (n = 8)

ros;;;;l~

Gr<itico 11: investimento em treinamento especifico para surf

o gr<ifico acima traz dados que revelam um interesse consideravel por

parte dos surfistas em buscar um treinamento diferenciado para este esporte,

80% afirmaram que investiriam em um trabalho baseado na especificidade que

este esporte abrange.

38

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• Maior ResistElncia eFlexibilidade

Aspectos fisicos melhorados com a pratica do surf

20% (n ~ 2) 20% (n ~ 2)

• Maior Resistencia

o Maior Flexibilidade

o Corre<;ao na Pos tura emaior Resistencia

o Corre<;ao na Postura

Grafico 12: aspectos fisicos melhorados com a pratica do surf

o grafico acima traz os dados obtidos at raves da questao sobre quais

capacidades fisicas os surfistas observaram alguma melhora, a maior parte faz

menc;ao a resistencia e a flexibilidade que chegam a ser citadas por 50% do

grupo como sendo as principais capacidades, porem chama a atenc;ao outro

aspecto fisico tambem citado como a melhora na postura corporal que foi

citada por outros 30% do grupo, 0 que indica que 0 surf traz outros beneficios

alem do desenvolvimento da capacidade aer6bia.

39

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5. CONCLUSAO

o estudo revelou que a maioria dos praticantes possui entre vinte, vinte

e um e vinte tres anos sendo este ultimo grupo composto por (30%) dos

participantes, 50% praticam surf a pelo menos quatro anos sen do ainda 20%

surfam a mais de cinco anos, a media do grupo e de sete dias de surf por mes

sen do que 60% realizam sess6es de surf com durayao de no minima tres

horas, totalizando uma media geral de vinte e uma horas de surf por mes

demonstrando um volume consideravel.

A pesquisa realizada mostra que 90% dos surfistas considera-se

preparado para praticar 0 surf embora 80% realiza algum tipo de preparayao

sendo que dentre estes 50% eventualmente. Analisando as atividades

utilizadas como meio de preparayao pode-se observar a musculayao como a

mais praticada (37,5%) seguida da corrida (25%).

Na opiniao dos surfistas as capacidades e aspectos ffsicos que foram

desenvolvidos a partir da pratica do surf foram: a resistencia, a mais citada

(70%), juntamente com flexibilidade e correyao postural. Vale observar que a

maio ria dos praticantes mencionou uma grande mudanya em sua condiyao

ffsica.

Conclui-se que os surfistas amadores da cidade de Curitiba, segundo a

pesquisa, e um grupo formado por jovens que mantem um volume de pratica

desportiva suficiente para que ocorram beneffcios decorrentes do esporte e

ainda que praticado em sua maioria de forma recreativa estimula seus adeptos

a preparayao visando um melhor desempenho no surf.

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REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

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41

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42

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ANEXO

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Eu, Regis Ribeiro dos Santos academico do 4° ana do curso de

Educayao Fisica da Universidade Tuiuti do Parana solicito seu apoio no sentido

de responder as quest6es que seguem, est as sao parte integrante do meu

trabalho de conclusao de curso, sob 0 titulo: "A analise do perfil dos surfistas

de finais de seman a da cidade de Curitiba", sob orientaC(ao do professor Edson

Palomares. Antecipadamente agradeC(o e responsabilizo-me em preservar sue

identidade.

De acordo:

Regis Ribeiro dos Santos

/2005

QUESTIONARIO

1 -Idade:

2 - Tempo que pratica surf?

( ) 2 a 3 anos

( ) 4 a 5 anos

( ) + de 5 anos

3 - Quantas vezes voce surfa por mes (dias)?

) 1 a 3 dias

) 4 a 6 dias

) 7 a 9 dias

( ) 10 ou +

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4 - Em media quanto tempo (horas) dura cada sessao de surf?

( ) - de uma hora

( ) 1 a 2 horas

( ) 3 a 4 horas

( ) + de 5 horas

5 - Como praticante de surf voce percebeu alguma melhora na sua condic;:aofisica?

( ) Alta

( ) Moderada

( ) Leve

( ) Nenhuma

6 - Voce considera-se preparado fisicamente para a pratica do surf?

)Sim

( ) Nao

7 - Voce procura realizar algum tipo de preparac;:ao fisica visando um melhor

desempenho na pratica do surf?

( ) Sim

( ) Nao

( ) Eventualmente

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7. 1 - Qual tipo de atividade ffsica voce utiliza como forma de preparac;:8.o?

) Natac;:8.o

) Musculac;:8.o

( ) loga

( ) Corrida

( ) Skate

) Alongamento

( ) Outro, Qual? _

8 - Voce ja buscou orientac;:8.o de um profissional de Educac;:8.o Ffsica sobre

qual e a melhor forma de preparac;:8.o?

) Sim

( ) N8.o

9 - Voce ja utilizou ou utiliza suplemento alimentar para a pratica do surf?

)Sim

) N8.o

10 - Voce investiria em um treinamento ffsico especffico visando um melhor

desempenho no surf?

( ) Sim

( ) N8.o

11 - Seu prepar~ aerobio melhorou com a pratica do surf?

) Muito

( ) Razoavelmente

( ) Pouco

( ) Nada

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12 - Com a pratica do su Ii quais melhoras voce observou em sua condic;ao

ffsica?

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