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Projeto BUILDUP SKILLS PORTUGAL FORMAÇÃO PARA AS RENOVÁVEIS E EFICIÊNCIA ENERGÉTICA NO SECTOR DA CONSTRUÇÃO Análise do Estado da Arte

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Projeto BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL FORMAÇÃO PARA AS RENOVÁVEIS E EFICIÊNCIA ENERGÉTICA 

NO SECTOR DA CONSTRUÇÃO  

Análise do Estado da Arte         

 

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BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética 

no Sector da Construção Análise do Estado da Arte 

  

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SUMÁRIO EXECUTIVO  

O sector da Construção, tem vindo a ser substancialmente afetado pela crise económica que o país  atravessa  atualmente,  constatando‐se  que  os  principais  fatores  que  afetam  o desempenho do sector da construção em Portugal resultam da conjugação da diminuição da produção,  o  baixo  nível  de  consolidação  empresarial  e  a  fraca  produtividade,  tal  como  se verificar pelos seguintes indicadores: 

A  década  de  2001‐2011  foi  marcada  por  uma  forte  queda  na  produção, impulsionada pelo segmento residencial; 

O  mercado  nacional  da  construção  é  pouco  consolidado  sendo  que  as  cinco principais construtoras têm uma quota de mercado de apenas 13%, muito abaixo da média europeia (23%, em 2007); 

A  produtividade média  do  sector  da  construção  em  Portugal  é muito  inferior  à média  europeia,  na medida  em  que  a  VAB  por  colaborador  é  de  €22.000,  em Portugal, comparativamente com a média europeia de €63.000. 

Neste sentido, perspetiva‐se que a evolução do sector da Construção venha a sofrer de não apensa  de  uma  retração  do  investimento  privado  e  público  resultante  da  dificuldade  de obtenção  de  crédito  por  parte  do  Estado,  das  empresas  e  das  famílias; mas  também  de excesso de oferta no parque edificado (habitação e serviços) e da elevada incerteza quanto à evolução dos mercados internacionais. 

Não obstante este contexto, a Estratégia Nacional para a Energia  (ENE 2020) compõe‐se de um  conjunto de medidas que visa  relançar a economia e promover o emprego, apostar na investigação e desenvolvimento tecnológicos e aumentar a nossa eficiência energética, sendo expectável  atingir  em  2020  entre  outros,  os  seguintes  resultados  em  termos  de  emprego nacional: 

Consolidação  do  cluster  associado  às  energias  renováveis  em  Portugal, assegurando,  em  2020,  a  obtenção  de  um  Valor  Acrescentado  Bruto  (VAB)  de 3.800 milhões de euros e a criação de mais 100.000 postos de trabalho (a acrescer aos 35.000 já existentes no sector). 

Continuar  a desenvolver o  cluster  industrial  associado  à promoção da  eficiência energética, assegurando a criação de 21.000 postos de trabalho anuais, gerando um  investimento  de  13.000  milhões  de  euros  até  2020,  e  proporcionando exportações adicionais de 400 milhões de euros. 

O sector das energias renováveis constitui assim um sector com um potencial de crescimento elevado,  que  terá  impreterivelmente  de  ser  acompanhado  por  uma  estratégia  ao  nível  da formação  que  permita  responder  às  necessidades  de  qualificações  neste  sector.  Por  outro lado,  este  tem  vindo  a  ser  considerado  um  sector  potencialmente  gerador  de  empregos verdes.  

Uma análise ao nível de eficiência energética nos edifícios demonstra que existem atualmente cerca de 478 mil  imóveis certificados no Sistema de Certificação Energética  (SCE), dos quais, 100  mil  encontram‐se  em  fase  de  projeto  e  os  restantes  378  mil  respeitam  a  imóveis 

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existentes  e  recém‐construídos  que  já  tiveram  uma  Declaração  de  Conformidade Regulamentar  (DCR). Os  imóveis  destinados  à  habitação  continuam  a  liderar  com  90%  dos certificados emitidos no SCE.  

O nível de eficiência energética nos edifícios existentes é baixo, quando comparado com os dos edifícios novos. Não obstante, para além da reabilitação tradicional, os edifícios existentes têm um elevado potencial de aumento de eficiência energética após  introdução de medidas de melhoria de eficiência energética. As exigências introduzidas pela regulamentação térmica dos edifícios em vigor, conduziram a uma considerável melhoria da eficiência energética dos edifícios, embora que ainda seja possível enquadrar outras medidas de melhoria. 

No que concerne ao consumo energético, verifica‐se que a maior componente no consumo de energia nos sectores doméstico e de serviços, é a eletricidade. No sector doméstico verifica‐se um  uso  ainda  significativo  de  lenhas  e  resíduos  vegetais  bem  como  de  GPL  (butano  e propano), enquanto nos serviços, a seguir à eletricidade, têm alguma expressão o consumo de gás natural e de gasóleo de aquecimento. Salienta‐se o  facto de que 50,2% da eletricidade consumida  é  de  origem  renovável,  nos  termos  da  metodologia  de  cálculo  constante  na Diretiva 2001/77/CE. 

Um dos objetivos da estratégia europeia consiste em  incrementar no  sector da construção, até 2020, o número de profissionais qualificados para otimizar o aproveitamento de energias renováveis e melhorar a eficiência energética nos edifícios, pelo que uma das finalidades do presente  relatório é dispor de um  conjunto de  informação estruturada e  sistematizada que possibilite uma discussão mais alargada e sustentada com os stakeholders nacionais, com vista ao  desenho  de  um  roteiro  nacional  de  formação  para  a melhoria  das  competências  dos operários e instaladores do sector da construção para a eficiência energética e renováveis  

Neste  contexto,  e  no  que  respeita  à  análise  do  emprego  nas  atividades  do  sector  da construção  alvo  do  presente  estudo,  foram  consideradas  apenas  as  profissões  com  um potencial contributo para uma maior eficiência energética, considerando que é este o objetivo do presente trabalho. Assim, no que respeita às profissões exercidas pelos trabalhadores por conta de outrem contabilizados em 2009 (últimos dados disponíveis em estatísticas oficiais), nas atividades económicas e profissões selecionadas, verifica‐se que, de um total de 100.850 trabalhadores,  41%  são  pedreiros  (41.408  trabalhadores),  denotando‐se  uma  enorme dispersão  relativamente a  todas as outras profissões deste  sector, oscilando estas entre os 0,01%  (Enformador de pré‐fabricados – alvenaria) e os 9%  (Encarregado –  trabalhadores de construção civil e obras públicas e Carpinteiro de tosco). No que diz respeito às habilitações literárias destes trabalhadores, os dados revelam que 86% têm o ensino básico e apenas 6% têm o ensino secundário 

Fomos ainda analisar como é que o sistema nacional de qualificações se estrutura e responde às  necessidades  de  competências  e  qualificações  dos  trabalhadores  nos  sectores  da construção e da energia, tendo sido possível chegar às seguintes conclusões globais: 

Existência  de  assimetrias  regionais  relativamente  à  oferta  formativa  quanto  às qualificações e quanto às modalidades de educação e formação; 

Maior investimento nas formações relativas às qualificações associadas às energias renováveis, quer na qualificação inicial de jovens quer na qualificação dos adultos, especialmente  no  que  respeita  à  instalação  de  equipamentos  solares  quer fotovoltaicos quer térmicos; 

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Diminuição  abrupta  em  2011  da  oferta  formativa  para  os  adultos,  ao  nível  da modalidade de educação e formação EFA, no âmbito das qualificações associadas ao setor da construção e energia. 

Uma nota final relativamente à formação contínua dos ativos, onde houve alguma dificuldade na recolha de dados sistematizados, quer do ponto de vista da formação certificada (onde o processo  de monitorização  se  encontra  em  implementação)  quer  no  âmbito  de  formação contínua  da  responsabilidade  exclusivamente  das  empresas  e  de  esquemas  de  certificação sectoriais. 

Esperamos estar na posse de  informação mais pormenorizada e devidamente  sistematizada na fase seguinte de desenvolvimento deste projeto. 

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1 INTRODUÇÃO  

O presente relatório constitui o primeiro output de um projeto nacional em curso no âmbito da  iniciativa  BUILD‐UP  SKILLS  (primeira  fase)  financiada  pela  Executive  Agency  for Competitiveness and Innovation (EACI) com o objetivo principal de, até 2020, incrementar no sector da construção o número de profissionais qualificados para otimizar o aproveitamento de energias renováveis e melhorar a eficiência energética nos edifícios. 

A coordenação do projeto é feita pelo Laboratório Nacional de Energia e Geologia, I.P. (LNEG), em estreita colaboração com a Direção Geral de Energia e Geologia  (DGEG), Agência para a Energia (ADENE) e Agência Nacional para a Qualificação e o Ensino Profissional, I.P. (ANQEP). 

Este projeto, com uma duração de dezoito meses, tem como objetivos específicos: 

I. Reunir, consultar e dinamizar todos os intervenientes (stakeholders) no processo de  formação  contínua de profissionais da  construção e  instaladores de  sistemas energéticos,  nomeadamente:  agências  regionais  para  a  energia,  associações profissionais e sindicais, de formação contínua, industriais e da construção; 

II. Delinear  um  roteiro  (roadmap),  com  um  horizonte  temporal  até  2020  e  anos subsequentes, de forma a melhorar as competências e qualificações dos operários da construção e instaladores de sistemas energéticos, ativos ou sem exercer a sua atividade; 

III. Congregar o apoio do maior número de intervenientes na estratégia nacional para a formação até 2020, consubstanciada na criação de uma plataforma nacional para a qualificação. 

O  projeto  BUILD‐UP  SKILLS  Portugal,  é  constituído  por  um  conjunto  de working  packages (WP), constituindo o presente relatório o resultado do WP2 – Análise do Estado da Arte –, que visa analisar e quantificar a oferta e a procura de profissionais qualificados para as energias renováveis  e  a  eficiência  energética  no  sector  da  Construção,  bem  como  identificar  as necessidades de qualificações e as barreiras que se colocam para o aumento do numero de profissionais qualificados neste sector. 

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2 OBJETIVOS E METODOLOGIA  

O presente relatório – Análise do Estado da Arte da formação para as Renováveis e Eficiência Energética  no  Sector  da  Construção  –,  tem  como  objetivo  a  produção  de  informação  que constitua  um  ponto  de  partida  para  uma  discussão  sustentada  com  o  conjunto  de stakeholders, no sentido da identificação de lacunas atuais, necessidades futuras e prioridades de  ação,  para  a  qualificação  dos  profissionais  do  sector  da  construção  e  instaladores  de sistemas energéticos.  

Neste sentido, o relatório organiza‐se basicamente em quatro grandes partes: 

Caraterização do  sector da construção e das políticas nacionais nos domínios da energia e da educação e formação (capítulos 3 e 4); 

Análise  estatística  do  sector  da  construção,  incluindo  a  análise  do  emprego (capítulo 5); 

Análise da oferta formativa,  integrada no Sistema Nacional de Qualificações, bem como  a  oferta  promovida  no  âmbito  de  esquemas  de  certificação  sectoriais (capitulo 6); 

Identificação de barreiras à qualificação dos profissionais deste sector, que podem comprometer o cumprimento das metas associadas à estratégia 2020 (capitulo 8). 

A metodologia adotada na conceção deste relatório consistiu essencialmente numa recolha de informação  existente  (estudos,  documentos  de  trabalho,  sites,  etc.),  bem  com  no envolvimento de um conjunto de stakeholders. 

Na  primeira  parte  do  relatório  ‐  Caraterização  do  sector  da  construção  e  das  políticas nacionais nos domínios da energia e da educação e formação (capítulos 3 e 4) ‐ a informação trabalhada foi recolhida a partir de estudos e outros documentos nacionais e  internacionais, bem  como  legislação  em  vigor  no  sector  da  Construção,  Eficiência  Energética  e  Energias Renováveis. 

Para a  segunda parte do  relatório  ‐ Análise estatística do  sector da  construção,  incluindo a análise  do  emprego  (capítulo  5)  –  foi  recolhida  informação  já  publicada, mas  foi  também solicitado,  quer  ao  Instituto  Nacional  de  Estatística,  quer  ao  Gabinete  de  Estratégia  e Planeamento  do Ministério  da  Solidariedade  e  da  Segurança  Social,  informação  especifica relativa  ao  emprego  no  sector  da  Construção  em  função  da  seleção  de  um  conjunto  de atividades económicas1 e de um conjunto de profissões2. 

No  que  respeita  à  terceira  parte  do  relatório  ‐  Análise  da  oferta  formativa,  integrada  no Sistema Nacional de Qualificações, bem como a oferta promovida no âmbito de esquemas de certificação sectoriais (capitulo 6) – foram utilizadas as seguintes fontes de informação: 

• SIGO – Sistema de informação e gestão da oferta educativa e formativa (Ministério da Educação e Ciência); 

                                                            1 utilizando a Classificação das Atividades Económica ‐ CAE Rev. 3. 2 utilizando a Classificação Nacional de Profissões – CNP 94. 

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• Instituto  de  Emprego  e  Formação  Profissional  (dados  dobre  os  Cursos  de Aprendizagem); 

• Direção  Geral  de  Energia  e  Geologia  (dados  sobre  a  formação  desenvolvida  por entidades certificadas pela DGEG). 

Por  fim,  para  a  elaboração  da  parte  final  do  relatório  e  aquele  que  deverá merecer  uma atenção  acrescida  ‐  Identificação de barreiras à qualificação dos profissionais deste  sector, que podem comprometer o cumprimento das metas associadas á estratégia 2020 (capitulo 8) –  foram  tidos  em  consideração,  não  apenas  toda  a  análise  e  respetivas  conclusões  dos capítulos  anteriores, mas  também  os  resultados  de  um  inquérito  dirigido  a  um  conjunto diversificado de stakeholders. 

De  facto,  o  envolvimento  dos  stakeholders  constitui  um  fator  crítico  de  sucesso  para  este trabalho. Neste sentido, este envolvimento, nesta fase, consubstanciou‐se essencialmente em duas vertentes: 

1. A realização de 4 reuniões entre o grupo de trabalho e um conjunto diversificado de entidades que formalizaram o seu apoio na fase inicial do projeto, designadamente:  Associação de Fabricantes e Importadores de Equipamentos de Queima (AFIQ)  Associação  Portuguesa  dos  Engenheiros  de  Frio  Industrial  e  Ar  Condicionado 

(EFRIARC)  Centro  de  Formação  Profissional  para  a  Indústria  Térmica,  Energia  e  Ambiente 

(APIEF)  Associação Portuguesa da Indústria de Refrigeração e Ar Condicionado (APIRAC)  Instituto da Soldadura e Qualidade (ISQ)  Associação Certificadora de Instalações Elétricas (CERTIEL)  Associação  Empresarial  dos  Sectores  Elétrico,  Eletrodoméstico,  Fotógrafo  e 

Eletrónico (AGEFE)  Instituto da Construção e do Imobiliário, I.P. (INCI)  Sindicato Nacional da Indústria e da Energia (SINDEL)  Associação Nacional dos Fabricantes de Janelas Eficientes (ANFAJE)  Associação Portuguesa de Comerciantes de Materiais de Construção (APCMC)   Associação Portuguesa da Indústria Solar (APISOLAR)  Centro de Formação Profissional da Indústria da Construção Civil e Obras Públicas 

do Norte (CICCOPN)   Federação Portuguesa da Indústria da Construção e Obras Públicas (FEPICOP) 

 2. A  aplicação  de  quatro  inquéritos  dirigidos  a  empresas  (Tipo  I),  associações 

empresariais ou  industriais, sindicatos e associações profissionais  (Tipo  II), entidades formadoras  (tipo  III) e outros  (tipo  IV),  com vista a,  face aos objetivos nacionais do incremento da eficiência energética e das energias renováveis nos edifícios: 

Identificar  se, nas várias  fases de  intervenção nos edifícios, os  trabalhadores possuem qualificações adequadas; 

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Acesso à formação; 

Reconhecimento das necessidades e prioridades formativas; 

Adequação da oferta de formação às necessidades formativas; 

Constrangimentos e barreiras à formação. 

A amostra utilizada no presente relatório consiste num total de 29 respostas aos inquéritos, subdivididas pelos seguintes grupos: 

Tipo I: 16 

Tipo II: 9 

Tipo III: 3 

Tipo IV: 1 

Com a apresentação deste relatório sobre a Análise do Estado da Arte da formação para as Renováveis e Eficiência Energética no Sector da Construção, pretende‐se dispor de um conjunto de  informação estruturada e sistematizada que possibilite uma discussão mais alargada e sustentada com os stakeholders nacionais, com vista ao desenho de um roteiro nacional de formação para a melhoria das competências dos operários e  instaladores do sector da construção para a eficiência energética e renováveis  

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3 CARACTERIZAÇÃO DO SECTOR DA CONSTRUÇÃO 

3.1 Informação histórica sobre o sector da construção 

Segundo um estudo da THAMES Consultores3,  a década de 1975/1985  caracterizou‐se pela instabilidade  política  pós  revolucionária  e  pela  prolongada  crise  económica  resultante  do aumento  do  preço  do  petróleo,  tendo  estes  fatores,  associados  às  recomendações  das missões  do  Fundo Monetário  Internacional  (FMI),  conduzido  a Orçamentos  de  Estado  com montantes  insignificantes  de  investimento  público  e  das  empresas  concessionárias  de produção e distribuição de energia, gás, água e comunicações. 

Quando, em 1985, Portugal aderiu à Comunidade Europeia, o seu Produto Interno Bruto (PIB) por habitante  representava apenas 55% da média dos países membros  (2.275 €, em preços correntes4). O enorme atraso do país em infraestruturas foi identificado como um dos maiores entraves  ao  seu  desenvolvimento.  Entre  1985  e  2003,  os  investimentos  na  construção  de infraestruturas cresceu a uma taxa média anual real superior a 18%, atingindo, em 2001, um valor máximo de 2.747 milhões de euros. 

Para além dos projetos de  infraestruturas  já mencionados, o  sector da construção  foi ainda marcado, depois de 1995, pela perspetiva de que Portugal poderia vir a  ter condições para fazer parte do primeiro grupo de países constituintes da moeda única, o que iniciou um rápido processo de redução das taxas de juro. 

A redução acentuada do preço do dinheiro, num curto período de seis anos, tornou possível a compra de habitação a largos sectores da população. A concessão de crédito para compra de habitação,  pelas  várias  instituições  do  mercado,  passou  de  um  montante  acumulado  de 9.421,7 milhões  de  euros,  em  1993,  para  42.122,9 milhões  de  euros,  em  19995,  o  que corresponde a uma taxa de crescimento anual superior a 25%. 

Este crescimento do sector imobiliário teve uma enorme influência na indústria da construção, quer pelo efeito no aumento do volume de produção, quer pela subida dos preços unitários por metro quadrado. O  boom  imobiliário, os  grandes  investimentos  em  infraestruturas  e  a construção da Expo98 em  simultâneo,  levaram o  sector, entre os anos de 1999 e 2001, ao maior pico de produção em toda a sua história. 

No entanto, após  ter atingido o pico histórico de 2001, o sector da construção em Portugal tem vindo a reduzir a sua atividade a uma taxa média de 4,5% ao ano. A partir de 2002, a crise financeira do Estado por um lado, a saturação do mercado imobiliário por outro, têm vindo a provocar uma diminuição  constante da produção na  indústria da  construção.  Entre 2002  e 2006, o Valor Acrescentado Bruto (VAB) do sector diminuiu 22,44%. 

O primeiro semestre de 2011, de acordo com o  Instituto da Construção e do  Imobiliário,  I.P. (InCI)6, ficou marcado pelo início do processo de ajustamento da economia portuguesa, o qual tem  sido  caracterizado  pela  implementação  de  fortes  medidas  restritivas  da  política orçamental e reafectação dos recursos na economia. 

                                                            3 THAMES Consultores (2008), O Sector Construção em Portugal. 4 www.pordata.pt. 5 Banco de Portugal e Caixa Geral de Depósitos. 6 InCI (2012), Relatório Semestral do Setor da Construção em Portugal, 1º Semestre 2011. 

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Este processo foi desencadeado pelo pedido de assistência financeira à União Europeia e ao FMI  em  abril  de  2012,  tendo  assim,  evitado  uma  situação  iminente  de  incumprimento  do Estado Português perante os seus credores. 

A economia portuguesa apresenta atualmente uma contração significativa da procura interna, bem  como  um  abrandamento  das  exportações,  o  que  influenciou  o  seu  crescimento. Consequentemente, quer o  investimento público, quer o privado, têm sido  influenciados por este fator, dada a elevada incerteza quanto à correção dos desequilíbrios macroeconómicos. 

3.2 O sector da construção e a economia nacional A crise económica portuguesa tem tido consequências ao nível da desaceleração do PIB. Após um período de quatro  anos de  crescimentos  anuais, o  ano de 2008  ficou marcado por um variação nula,  ao que  se  seguiu o  ano de  2009  em que  se  regista uma  decréscimo do  PIB de2,5%.  Em  2010,  registou‐se uma pequena  recuperação da  atividade  económica,  com um aumento de 1,4%, seguida de uma nova desaceleração da atividade, em 2011 (Figura 3.1). 

 Figura 3.1 ‐ Evolução do Valor Acrescentado Bruto no sector da Construção 

e do Produto Interno Bruto, em preços correntes. Fonte: INE, Contas Nacionais. 

A importância do sector da Construção para a economia nacional tem vindo a decrescer desde 2001,  sendo  que,  em  2009,  a  produção  nesse  sector  correspondia  a  9,6%  da  produção nacional  (Quadro  3.1). Relativamente  ao VAB  deste  sector  de  atividade,  os  dados  de  2011 indicam que esse representa 6,29% do VAB total o que se encontra em linha com a média dos países europeus (6,5% em 20087).  

O  sector da construção apresentou, no ano de 2011, uma  redução acentuada do VAB, com uma taxa de variação em valor homóloga de ‐6,9%, ‐9,7% e ‐11,4%, respectivamente nos 2º, 3º  e  4º  trimestres.  De  realçar  ainda  que  o  VAB  no  sector  da  construção  foi  o  que mais contribuiu para a desaceleração do VAB Total, acompanhado da componente da Agricultura, Sivilcutura e Pescas, Energia, Água e Saneamento e Outras Actividades e Serviços. 

                                                            7 InCI (2009), Análise da evolução do Mercado Nacional de Construção, Relatório Final. 

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Quadro 3.1 ‐ Evolução da produção no sector da construção em preços correntes comparativamente ao total nacional. 

ANO  CONSTRUÇÃO [milhões €] 

TOTAL [milhões €] 

 [%] 

1995 17.297,9 168.572,7 10,3 1996 18.960,0 179.553,7 10,6 1997 22.424,1 194.991,2 11,5 1998 24.883,0 209.535,1 11,9 1999 26.217,4 221.025,0 11,9 2000 28.947,9 241.415,9 12,0 2001 30.902,2 255.077,1 12,1 2002 31.711,1 260.681,5 12,2 2003 30.320,1 263.894,6 11,5 2004 31.999,8 276.474,7 11,6 2005 32.796,8 287.332,0 11,4 2006 32.236,7 298.573,4 10,8 2007 32.492,5 317.575,6 10,2 2008 33.019,4 330.273,3 10,0 2009 30.037,7 311.364,6 9,6

Fonte: INE, Contas Nacionais. 

Em  2011,  e  de  acordo  com  o  Instituto Nacional  de  Estatística  (INE)8,  a  Formação Bruta  de Capital  Fixo  (FBCF)  tem  tido um  comportamento negativo  ao  longo dos últimos  trimestres, com  principal  destaque  para  os  últimos  trimestres  com  uma  taxa  de  variação  homóloga negativa, superior a 10%. 

 

 Figura 3.2 – Formação Bruta de Capital Fixo total e na construção. 

Fonte: INE, Contas Nacionais Trimestrais. 

                                                            8 INE, Contas Nacionais Trimestrais. 

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A FBCF da Construção, por seu lado, acompanhou a tendência da FBCF Total, se bem que com uma oscilação menos pronunciada, entre 2009 e 2010. Importa referir que no 3º trimestre de 2010, a FBCF Total foi a mais acentuada durante esse ano e, pelo contrário, a segunda menos acentuada no sector da construção. No entanto, a partir do 2º trimestre de 2011, a variação tem sido semelhante na FBCF Total e do sector. 

De referir, por fim, que o sector da Construção inclui três grandes segmentos: a obra pública, o sector residencial e o sector não residencial, que representam, respectivamente, 29%, 45% e 25% da produção total (dados estimados para 2011)9. Cada segmento do sector da construção abarca  vários  subsectores,  quer  seja  para  novas  construções  quer  para  reabilitação  de edifícios, agrupados em: 

Serviços  (não  residencial):  escritórios,  edifícios  comerciais,  edifícios  industriais, educação, saúde, armazenagem e outros; 

Obra  Pública:  rodoviário,  ferroviário,  outros  transportes,  telecomunicações, energia, água e outros; 

Residencial: uso doméstico. 

O estudo publicado pelo  InCI9, da Roland Berger Strategy Consultants,  indica que na última década o decréscimo da produção do  sector da Construção  resultou  apenas da diminuição significativa  do  segmento  residencial,  sendo  que  o  sector  não  residencial  terá  mesmo registado uma ligeira tendência de aumento. 

O crescimento económico e a evolução do emprego nos últimos anos em Portugal têm sido superiores  aos  verificados  no  sector  da  construção,  o  que  indiciam  uma  diminuição progressiva da sua importância na economia nacional. 

3.3 Principais actores no mercado da construção A  indústria da construção civil, por possuir grande diversidade de oferta dentro de cada tipo de mercado  na  economia,  faz  com  que  seja  um  gerador  significativo  de  emprego.  Existem muitos mercados que constituem a indústria da construção civil, sendo eles os seguintes: 

mercados clássicos (transportes, serviços públicos, habitação, indústrias, etc.); 

mercados  recentes  (centros  comerciais,  turismo  e  lazer,  telecomunicações, reabilitação de escolas e prisões, etc.); 

mercados futuros (teletrabalho, energias renováveis, manutenção e reciclagem). 

A  Figura  3.3  contém  informação  sobre  os  principais  actores  do  mercado  da  construção, incluindo os edifícios, embora se deva realçar que as empresas de instalações especiais (AVAC, electricidade, telecomunicações, equipamentos especiais, etc.) deviam constar explicitamente na figura como entidades autónomas paralelas à empresas de construção. 

                                                            9 InCI (2009), Análise da evolução do Mercado Nacional de Construção, Relatório Final. 

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 Figura  3.3  –  Principais  atores  do  mercado  da  construção.  Fonte:  Martins,  C  (2009),  Sistema  de Regulação da Atividade da Construção em Portugal, Trabalho final de mestrado em engenharia civil do IST. 

O  organismo  português  que  tem  a  cargo  a  regulação  do mercado  da  construção  civil  é  o Instituto da Construção e do  Imobiliário,  I.P. (InCI), aprovado pelo Decreto‐Lei n.º 144/2007, de 27 de Abril. Assim, sob a tutela do Ministério da Economia e do Emprego, o  InCI tem por missão regular e fiscalizar o sector da construção e do imobiliário, dinamizar, supervisionar e regulamentar  as  actividades  desenvolvidas  neste  sector,  produzir  informação  estatística  e análises sectoriais e assegurar a actuação coordenada do Estado no sector. 

3.4 Tendências de mercado e perspectivas «Em Portugal, como na generalidade das economias do espaço económico onde Portugal se movimenta, designadamente o Espaço Europeu, o primeiro semestre de 2011  ficou marcado por  uma  significativa  contracção  na  atividade  económica,  não  se  perspectivando,  por enquanto, com segurança, o fim da recessão mundial. 

A economia mundial, com especial destaque para as economias avançadas, tem sido afetada pela elevada agitação nos mercados  financeiros  internacionais bem como pelo agravamento da crise da dívida soberana na zona euro. 

Saliente‐se ainda o contributo, para a deterioração do sentimento económico, da divulgação dos dados económicos desfavoráveis dos EUA e para a área do euro  referentes ao  segundo trimestre do ano de 2011. 

O sector da construção, habitualmente um sector sensível e que funciona como barómetro da economia nacional, sente fortemente os efeitos da crise, tendo visto a sua situação degradar‐se,  nomeadamente  quanto  ao  volume  de  negócios  e,  consequentemente,  quanto  ao  seu contributo  para  o  investimento  nacional,  face  ao  peso  que  esta  indústria  representa  no mercado nacional de emprego. 

Controlo e Organização

Produção

EMPRESASDE

SERVIÇOSDE

ENGENHARIA

UNIVERSIDADES E CENTROS DE INVESTIGAÇÃO I&D e CONSTRUÇÂO VIDA ÚTIL Formação

ASSOCIAÇÔES PROFISSIONAIS e EMPRESARIAIS

EMPRESAS DE FISCALIZAÇÃO E GESTÃO

ORGANISMOS FISCALIZADORESEMP. MÃO DE OBRA

EMP. EQUIPAMENTOS DE CONTRUÇAO

EMP. MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO

PROJECTO

EMPRESAS DE CONSTRUÇÃO

EMPRESAS DE MANUTENÇÃO E REPARAÇÃO

DONOS DE OBRA E ENTIDADES FINANCEIRAS

EMPRESAS COMERCIAIS

EEXPLORAÇÃO

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Refira‐se  também que o sector da construção é um dos mais afetados pela crise que se vive actualmente, com um peso de cerca de 18% no total das  insolvências apuradas até setembro de 2011. 

As  perspectivas  no  mercado  nacional,  para  o  ano  de  2012  e  anos  seguintes,  não  são, seguramente, as que o sector desejaria, não só por via da retração do  investimento privado, mas  também  pelas  restrições  de  natureza  orçamental  com  que  Portugal  se  debate,  que impõem contenção na despesa pública e,  inevitavelmente,  também no  investimento público, afetando negativamente a dimensão do mercado interno da construção.»10 

3.5 Principais fatores que afetam o Sector da Construção Segundo o estudo da Roland Berger Strategy Consultants, os principais factores que afectam o desempenho do sector da construção em Portugal resultam da conjugação da diminuição da produção,  o  baixo  nível  de  consolidação  empresarial  e  a  fraca  produtividade,  tal  como  se verificar pelos seguintes indicadores: 

A década de 2001‐2011 foi marcada por uma forte queda na produção, impulsionada pelo segmento residencial; 

O mercado nacional da construção é pouco consolidado sendo que as cinco principais construtoras  têm  uma  quota  de mercado  de  apenas  13%, muito  abaixo  da média europeia (23%, em 2007); 

A produtividade média do sector da construção em Portugal é muito inferior à média europeia,  na medida  em  que  a  VAB  por  colaborador  é  de  €22.000,  em  Portugal, comparativamente com a média europeia de €63.000. 

Em síntese, é de perspectivar que a evolução do sector da Construção venha a sofrer de: 

Retração do investimento privado e público resultante da dificuldade de obtenção de crédito por parte do Estado, das empresas e das famílias; 

Excesso de oferta no parque edificado (habitação e serviços); 

Elevada incerteza quanto à evolução dos mercados internacionais. 

3.6 Trabalho de migrantes Um  estudo  publicado  em  200811  indicava  que  a  proporção  de  indivíduos  de  nacionalidade estrangeira entre a população ativa portuguesa estaria entre os 5% e 6%, dos quais cerca de 24% no sector da Construção, com especial incidência de estrangeiros provenientes da Europa de Leste e Sudeste. A estes números acrescem os não declarados (sem contrato de trabalho) que, no sector da Construção, poderá representar cerca de 34% dos imigrantes  trabalhadores neste sector12. 

                                                            10 InCI (2011), O sector da construção em Portugal, 1º Semestre 2011. 11 Peixoto, J (2008), Imigração e mercado de trabalho em Portugal: investigação e tendências recentes, Revista Migrações ‐ Número Temático Imigração e Mercado de Trabalho, Abril 2008, n.º 2, Lisboa: ACIDI, pp. 19‐46. 12 Carvalho, L. X. (2007), Os Limites da Formalidade e o Trabalho Imigrante em Portugal, Cadernos OI, 1, Lisboa: Alto Comissariado para a Imigração e Diálogo Intercultural. 

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É na população activa do sector da construção, juntamente com a restauração e as atividades imobiliárias,  que  a  população  estrangeira  é  mais  representativa,  com  cerca  de  10,5%  da população total10 (dados de 2004). 

Relativamente às habilitações literárias da totalidade da população ativa estrangeira, o estudo indica  que  18,8%  possuem  o  ensino  secundário/cursos  profissionais  e  7% bacherato/licenciatura, o que não difere significativamente da distribuição da população total: ensino secundário/cursos profissionais 18,7%, bacherato/licenciatura 10,2. No entanto, existe um desfasamento entre as habilitações literárias e o nível de qualificação, uma vez que 59,3% dos  estrangeiros  possui  uma  profissão  semi‐qualificada,  não  qualificada,  aprendiz  ou desconhecida,  contra  38,5%  da  população  total  ativa  para  esses  mesmos  níveis  de qualificação. A percentagem de estrangeiros com elevada habilitações mas com profissões de baixa  ou média  qualificação  é  de  36,6%  (em  2005‐2006), muito  superior  da  percentagem correspondente para os nascidos em Portugal, 21,1%13.   

3.7 Economia paralela Segundo o estudo do Observatório de Economia e Gestão de Fraude (OBEGEF)14, a Economia Não Registada  (ENR) em Portugal representava, em 2008, 23% do PIB, sendo que, em 2010, esse valor  terá aumentado para 24,8%, o que equivale a cerca de 32 mil milhões de euros, segundo os últimos dados publicados pelo OBEGEF15. 

De salientar que a ENR aferida pelo estudo mencionado é composta por três parcelas: 

economia subterrânea, não contabilizada por motivos fiscais; 

economia ilegal, não contabilizada porque provém de atividades ilegais; 

economia  informal,  não  contabilizada  por  estar  associada  a  uma  estratégia  de sobrevivência ou melhoria de condições de vida das famílias. 

É  plausível  para  este  estudo  pressupor  que  a  ENR  associada  ao  sector  da  construção  será fundamentalmente  do  tipo  subterrânea  ou  ilegal,  sendo  que  não  existe  algum  estudo conhecido que permita estimar o seu valor para este sector de atividade específico. 

                                                            13 OCDE (2007), The Labour Market Integration of Immigrants in Portugal, OCDE, Employment, Labour and Social Affairs Committee. 14 Afonso, O. e Gonçalves,N. (2009), Economia não registada em Portugal, Observatório de Economia e Gestão de Fraude, OBEGEF. 15 www.gestaodefraude.eu/ 

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4 POLÍTICAS  NACIONAIS  E  ESTRATÉGIAS  QUE  CONTRIBUEM  PARA ATINGIR O OBJETIVO ESTABELECIDO PELA UNIÃO EUROPEIA PARA OS EDIFÍCIOS EM 2020 

4.1 No domínio da energia 

4.1.1 Políticas nacionais energéticas para o cumprimento das metas adotadas pela estratégia europeia para 2020 

As  políticas  nacionais  energéticas  para  o  cumprimento  das metas  adotadas  pela  estratégia europeia  para  2020,  passam  pela  implementação  dos  planos  nacionais  de  ação  para  a eficiência  energética  a  eficiência  energética  (PNAEE)16  e  para  as  energias  renováveis17 (PNAER), de 2008 e 2009, respetivamente. 

Estes dois planos sintetizam a política nacional energética para a eficiência energética e para as energias  renováveis,  sendo que apresentam algumas medidas de aplicação específica no setor dos edifícios. Destas serão descritas as mais significativas. 

As medidas previstas no PNAEE no que diz respeito ao sector dos edifícios residenciais e de serviços podem ser agrupadas em três áreas de atuação: 

Renove Casa e Escritório, onde se agrupam as medidas de incentivo à eficiência no lar e nos serviços: intervenção nos equipamentos domésticos (electrodomésticos e iluminação),  recuperação  de  edifícios  com  necessidades  de  reabilitação, intervenção nos equipamentos de escritório; 

Sistema  de  Certificação  Energética  de  Edifícios,  que  reúne  várias  medidas relacionadas com a etiqueta energética de edifícios, obrigatória em Portugal para todos  os  edifícios  novos  e  transacionados,  nomeadamente:  alcançar,  em  2015, uma quota de 10% do parque  residencial  com  classe energética B‐ ou  superior, certificar até 2015 cerca de metade dos edifícios de serviços com classe energética B‐ ou superior. 

Renováveis  na  Hora  que  resume  o  conjunto  de  medidas  relacionadas  com  o acesso a fontes endógenas de energia no sector:  incentivar a utilização de fontes de  energia  renováveis,  permitindo  alcançar,  em  2015,  impactos  da  ordem  dos 48.471  tep,  instalação  de  1.385.665 m2  coletores  solares  térmicos, medida  esta igualmente prevista no PNAER. 

As  diversas  medidas  identificadas  no  plano  de  ação  permitiriam  alcançar  em  2015,  uma economia energética de cerca de 283 ktep e 139 ktep, respetivamente na energia final relativa aos sectores residencial e serviços. 

Para  enquadrar  a  eficiência  no  sector  do  Estado,  é  criado  um  programa  de  Eficiência Energética  no  Estado  (Programa  E3),  composto  por  quatro  áreas  de  intervenção:  Edifícios, Transportes, Compras Ecológicas e, por fim, Iluminação Pública. 

                                                            16 Resolução de Conselho de Ministros n.º 80/2008, Plano Nacional de Acção para a Eficiência Energética (PNAEE), Portugal Eficiência 2015. 17 Plano Nacional de Acção para as Energias Renováveis (PNAER), 2009. 

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Os maiores níveis de economia situam‐se na área da energia consumida nos mais de 15.000 locais de consumo do Estado, onde anualmente se consomem cerca de 1,1 TWh de energia elétrica, que adicionados aos consumos de combustíveis líquidos e gasosos, perfazem um total superior a 360 ktep de energia final. Relativamente ao Programa de Eficiência Energética no Estado, apenas faz sentido, neste âmbito, referir as medidas diretamente relacionadas com os edifícios: 

Certificação  Energética  dos  Edifícios  do  Estado:  incentivar  o  processo  de Certificação  Energética  nos  edifícios  do  Estado,  para  que  venha  a  servir  de exemplo para as demais tipologias de edifícios, de modo a alcançar, em 2015, uma economia de 16.401 tep, uma redução de consumo de 5% quando comparado com o consumo de 318.000 tep de energia final registado em 2005; 

Solar  Térmico  em  piscinas:  instalação  de  sistemas  solares  térmicos  para aquecimento  de  águas  quentes  sanitárias  em  piscinas  e  balneários,  operados diretamente por organismos estatais ou em piscinas de privados e nas quais exista serviço público associado, num total de 285 piscinas até 2015, com uma economia de 4.561 tep; 

Solar Térmico em equipamentos desportivos:  instalação nos edifícios  integrados em  equipamentos  desportivos  (balneários  de  apoio  a  pavilhões  e  recintos desportivos)  sistemas  coletores  solares  térmicos,  para  aquecimento  de  águas sanitárias, prevendo‐se a penetração da medida em cerca de 80% dos balneários existentes  e  que  tecnicamente  podem  receber  estes  equipamentos  com  uma economia de 1.576 tep provenientes da intervenção em cerca de 700 instalações; 

Escola Microprodutora:  Instalação de cerca de 2.500 sistemas de microprodução de energia elétrica até 2015, em escolas públicas com viabilidade  técnica para o efeito  (aproveitamento  solar,  micro  eólico  ou  outro),  o  que  permitirá  uma economia no ano de 2015 de cerca de 1.613 tep, decorrente da instalação de cerca de 15 MW de potência, em 2.500 escolas identificadas como alvo da medida. 

Cogeração  Hospitalar:  Criar  centros  de  produção  de  energia  em  unidades hospitalares de grande e média dimensão, que garantam produção endógena de energia  elétrica  e  calor  para  cobrir  parcialmente  as  necessidades  elétricas  e térmicas dos edifícios hospitalares de um modo economicamente viável, num total de  20  sistemas  de  cogeração,  o  que  equivale  a  uma  economia  de  2.137 tep  e corresponde  a  aproximadamente  um  quinto  das  unidades  hospitalares consideradas. 

Tendo em conta a conjuntura económica atual foram revistos os cenários macroeconómicos até  2020  resultando  numa  redução  do  consumo  de  energia  estimada  acentuada  face  à prevista na elaboração do PNAEE e PNAER, podendo estes, por esse motivo, vir a ser revistos. 

4.1.2 Sumário das atividades previstas  relativamente à  implementação da EPBD  recast e da Diretiva das renováveis 

No que diz respeito às atividades relativas à implementação da Diretiva EPBD recast, Portugal está a proceder à alteração dos regulamentos do Sistema Nacional de Certificação Energética e da Qualidade do Ar Interior dos Edifícios (SCE), estando prevista a sua publicação para finais do mês de  junho de 2012. Nesta  revisão  serão estabelecidos  critérios de  classificação mais exigentes no sistema de classificação dos edifícios. 

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Relativamente às atividades previstas na diretiva das renováveis, estas encontram‐se  listadas no  PNAER,  sendo  que  as  de maior  relevância,  no  que  toca  ao  setor  dos  edifícios,  são  o programa  renováveis  na  hora  (acima  descrito)  para  a  área  da  eletricidade,  e  a  aposta  em sistemas descentralizados de produção energia, quer para a produção de AQS, quer para a climatização,  recorrendo  a  sistemas  solares  térmicos,  caldeiras  a  biomassa  ou  bombas  de calor. 

Note‐se que os sistemas de redes térmicas de distribuição de energia (district heating), face às condições  climatéricas de Portugal  apresentariam níveis muito  reduzidos de utilização, não sendo economicamente viáveis. 

4.1.3 Legislação relevante no sector dos edifícios O Sistema Nacional de Certificação Energética e da Qualidade do Ar Interior nos Edifícios (SCE) é  um  dos  três  pilares  sobre  os  quais  assenta  a  legislação  relativa  à  qualidade  térmica  dos edifícios  em  Portugal  e  que  se  pretende  venha  a  proporcionar  economias  significativas  de energia.  Juntamente  com os diplomas que vieram  rever a  regulamentação  técnica aplicável neste âmbito aos edifícios de habitação (RCCTE18) e aos edifícios de serviços (RSECE19), o SCE define regras e métodos para verificação da aplicação efetiva destes regulamentos às novas edificações, bem como, numa fase posterior, aos imóveis já construídos. 

O  RCCTE  estabelece  requisitos  de  qualidade  para  os  novos  edifícios  de  habitação  e  de pequenos serviços sem sistemas de climatização, nomeadamente ao nível das características da  envolvente  (paredes,  envidraçados,  pavimentos  e  coberturas),  limitando  as  perdas térmicas e controlando os ganhos solares excessivos. 

Este regulamento  impõe  limites aos consumos energéticos da habitação para climatização e produção  de  águas  quentes,  num  claro  incentivo  à  utilização  de  sistemas  eficientes  e  de fontes  energéticas  com  menor  impacte  em  termos  de  consumo  de  energia  primária.  A legislação determina também a obrigatoriedade da instalação de coletores solares e valoriza a utilização de outras fontes de energia renovável na determinação do desempenho energético do edifício. 

O RSECE define um  conjunto de  requisitos aplicáveis a edifícios de  serviços e de habitação dotados  de  sistemas  de  climatização,  os  quais,  para  além  dos  aspetos  da  qualidade  da envolvente  e  da  limitação  dos  consumos  energéticos,  abrangem  também  a  eficiência  e manutenção dos sistemas de climatização dos edifícios, obrigando igualmente à realização de auditorias periódicas aos edifícios de serviços. Neste regulamento, a qualidade do ar  interior surge também com requisitos que abrangem as taxas de renovação do ar interior nos espaços e a concentração máxima dos principais poluentes. 

A aplicação destes regulamentos é verificada em várias etapas ao longo do tempo de vida de um  edifício,  sendo  essa  verificação  realizada  por  peritos  devidamente  qualificados  para  o efeito.  São  esses  os  agentes  que,  na  prática  e  juntamente  com  a  ADENE,  asseguram  a operacionalidade do SCE.  

                                                            18 Regulamento das Características de Comportamento Térmico dos Edifícios, aprovado pelo Decreto‐Lei n.º 80/2006 de 4 de Abril. 19 Regulamento dos Sistemas Energéticos de Climatização em Edifícios – RSECE, aprovado pelo Decreto‐Lei n.º 79/2006 de 4 de Abril. 

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A  face mais  visível deste  trabalho é o Certificado  Energético  e da Qualidade do Ar  Interior emitido por um perito, para cada edifício ou fração, e onde os mesmos serão classificados em função do seu desempenho numa escala predefinida de nove classes (A+ a G).  

A emissão do certificado pelo perito é realizada através de um sistema informático de suporte criado para o efeito um registo central de edifícios certificados. 

O Despacho n.º 10250/2008, de 8 de Abril, define o Modelo dos Certificados de Desempenho Energético  e  da Qualidade  do Ar  Interior,  emitidos  no  âmbito  do  SCE. Do mesmo modo o Despacho  n.º 11020/2009,  de  30  de  Abril,  define  as  regras  de  simplificação  a  adotar  na Certificação Energética de Edifícios Existentes no âmbito do RCCTE, permitindo uma análise expedita  das  frações  ou  edifícios  para  as  quais  não  exista  informação  disponível  para  a aplicação integral do cálculo regulamentar daquele regulamento. 

O Decreto Legislativo Regional n.º 1/2008/M, de 11 de Janeiro, adapta à Região Autónoma da Madeira o SCE, o RSECE e RCCTE. Por sua vez, o Decreto Legislativo Regional n.º 16/2009/A, de 13 de Outubro, adapta à Região Autónoma dos Açores o SCE. 

O Decreto‐Lei nº 363/2007, de 2 de Novembro, com a redação dada pelo Decreto‐Lei nº 118‐A/2010, de 25 de Novembro, estabelece o regime jurídico aplicável à produção de eletricidade por  intermédio  de  instalações  de  pequena  potência,  designadas  por  unidades  de microprodução, com potência de ligação até 5,75 kW. Para ter acesso às tarefas de venda de eletricidade  bonificadas,  os  promotores  desta  medida  terão  obrigatoriamente  de  instalar sistemas solares térmicos ou outros sistemas equivalentes que utilizem fontes renováveis de energia. 

O Decreto‐Lei nº 34/2011, de 8 de Março, estabelece o regime  jurídico aplicável à produção de eletricidade por intermédio de instalações de pequena potência, designadas por unidades de miniprodução, com potência de ligação até 250 kW. 

4.1.4 Contribuição prevista do sector da construção para os objetivos de 2020 Da extensão das medidas previstas no PNAEE para 2020, prevê‐se uma redução de cerca de 1335 ktep no consumo de energia final. 

Das medidas descritas em 4.1.1, prevê‐se que contribuam para o cumprimento das metas de 2020 para a eficiência energética conforme exposto no Quadro 4.1. 

Quadro 4.1 – Medidas e Contributos para os objetivos de 2020 (global). 

Medida Contributo (ktep) 

Renove Casa e Escritório  322,8 

Sistema de Certificação Energética nos Edifícios 

241,3 

Renováveis na Hora (solar térmico)  52,7

Programa Eficiência Energética no Estado  95,4

Total  712,2 

 

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Dentro  destas medidas  existem  sub medidas  que  dizem  diretamente  respeito  ao  setor  da construção.  Assim,  refinando  a  análise,  concluímos  que  o  contributo  que  este  setor  pode trazer para o  cumprimento das metas  de  eficiência  energética  para  2020  é  de  496,8  ktep, conforme se explicita no Quadro 4.2. 

Quadro 4.2 – Medidas e Contributos para os objetivos do setor da Construção. 

Medida  Contributo (ktep) 

Renove Casa e Escritório  130,5 

Sistema de Certificação Energética nos Edifícios 

241,3 

Renováveis na Hora (solar térmico)  52,7 

Programa Eficiência Energética no Estado  72,3 

Total  496,8 

 

No que respeita ao contributo para o cumprimento da meta de consumo de energia renovável para 2020, prevê‐se que por intermédio da medida Renováveis na Hora, nomeadamente pelo Programa  de Microprodução,  sejam  produzidos  cerca  de  375  GWh,  para  uma  capacidade instalada de 250 MW. 

4.2 No domínio da educação e formação profissional 

4.2.1 A Estratégia e política Nacional para a Energia e os empregos verdes A Estratégia Nacional para a Energia (ENE 2020) compõe‐se de um conjunto de medidas que visa relançar a economia e promover o emprego, apostar na investigação e desenvolvimento tecnológicos e aumentar a nossa eficiência energética.  

É esperado que  com a ENE 2020  sejam atingidos, entre outros, os  seguintes  resultados em termos de emprego nacional: 

Consolidação  do  cluster  associado  às  energias  renováveis  em  Portugal, assegurando,  em  2020,  a  obtenção  de  um  Valor  Acrescentado  Bruto  (VAB)  de 3.800 milhões de euros e a criação de mais 100.000 postos de trabalho (a acrescer aos 35.000 já existentes no sector). 

Continuar  a desenvolver o  cluster  industrial  associado  à promoção da  eficiência energética, assegurando a criação de 21.000 postos de trabalho anuais, gerando um  investimento  de  13.000  milhões  de  euros  até  2020,  e  proporcionando exportações adicionais de 400 milhões de euros. 

O sector das energias renováveis constitui assim um sector com um potencial de crescimento elevado,  que  terá  impreterivelmente  de  ser  acompanhado  por  uma  estratégia  ao  nível  da formação  que  permite  responder  às  necessidades  de  qualificações  neste  sector.  Por  outro lado,  este  tem  vindo  a  ser  considerado  um  sector  potencialmente  gerador  de  empregos verdes.  

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De uma forma global, pode dizer‐se que os empregos verdes são «empregos que reduzem de forma  gradual  os  impactes  ambientais  e  sociais  das  diversas  atividades  económicas, integrando uma grande variedade de formações e de tipos de profissão e abrangendo, tanto economias  rurais,  como urbanas. As  atividades  associadas  a  emprego  verde podem  refletir “diferentes tons” de verde, pelo que diferentes empregos contribuem de forma diferente para os objetivos e metas de sustentabilidade. Deste modo, a abrangência do conceito aponta para que nem  todos os empregos sejam verdes da mesma  forma ou com o mesmo grau, ou seja, que nem todos contribuem para sustentabilidade de  forma  igual e que nem  todos garantem condições de trabalho justas e dignas»20. 

Para além da área das energias renováveis e da eficiência energética, também a construção, a agricultura  e  os  transportes  sustentáveis  são  frequentemente  apontados  como  também potencialmente geradoras de emprego verde. 

Este  crescimento  da  importância  e  da  procura  de  empregos  verdes  associados  a  novas competências, quer do ponto de vista técnico, quer do ponto de vista mais comportamental e do domínio das atitudes perante o trabalho, traz desafios acrescidos não apenas à gestão do sistema de  educação  e  formação, mas  também  aos diferentes operadores de  formação no sentido de encontrar estratégias para o desenvolvimento das novas competências requeridas. 

Estes desafios vão colocar‐se não só em profissões mais tradicionais como provavelmente no surgimento de novas áreas profissionais e consequentemente novos perfis profissionais. 

4.2.2 O Sistema Nacional de Qualificações O Sistema Nacional de Qualificações (SNQ), criado em 2007, a partir da reforma do sistema de formação  profissional,  teve  como  objetivo  integrar,  num  único  sistema,  a  formação profissional inserida no sistema educativo e a formação profissional integrada no mercado de trabalho, com instrumentos e objetivos comuns.  

A elevação dos baixos níveis de qualificação da população portuguesa, herança pesada que nos  afasta  consideravelmente da média da União  Europeia,  constituíram o  desígnio para  a uma  aposta na diversificação de oportunidades de qualificação para  jovens  e  adultos,  com vista  à  obtenção  de  uma  dupla  certificação  (habilitação  escolar  e  certificação  profissional), bem  como  na  flexibilização  das  ofertas  de  formação  para  adultos  e  na  valorização,  no reconhecimento  e  na  certificação  de  competências  adquiridas  em  contextos  não  formais  e informais. 

Um dos principais instrumentos deste SNQ é o Catálogo Nacional de Qualificações (CNQ) que tem como objetivo estruturar uma oferta relevante de formação inicial e contínua, ajustada às necessidades das empresas e do mercado de trabalho, tendo por base as necessidades atuais e emergentes das empresas e dos sectores.  

Neste  sentido, o CNQ organiza  as qualificações de dupla  certificação do  SNQ, de nível não superior, e  integra os  referenciais que promovem e apoiam o seu desenvolvimento.  Integra atualmente 261 qualificações, organizadas por áreas de educação e formação e por níveis de qualificação do Quadro Nacional de Qualificações, e disponibiliza para cada qualificação um perfil  profissional,  um  referencial  de  formação  e  um  referencial  para  o  reconhecimento, validação e certificação de competências, escolares e profissionais. 

                                                            20 CEEETA‐ECO (2010), Estudo sobre empregos verdes em Portugal. 

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Para além das qualificações em áreas tradicionais da construção civil como canalizador, pintor, ladrilhador/azulejador,  pedreiro,  bem  como  as  qualificações  a  um  nível  mais técnico/intermédio como técnico de obra, técnico de desenho de construção civil, técnico de topografia ou de medições e orçamentos, o CNQ  integra  também qualificações na área das energias renováveis, designadamente: técnico instalador de sistemas solares térmicos, técnico instalador de sistemas solares  fotovoltaicos,  técnico  instalador de sistemas eólicos e  técnico instalador de sistemas de bioenergia.  

O CNQ  integra referenciais de formação para estas qualificações de modo a que possam ser acessíveis através de um conjunto de modalidades de educação e formação, quer orientadas para jovens que concluíram o ensino básico e pretendem obter uma qualificação profissional – cursos  profissionais  ou  cursos  de  aprendizagem  ‐,  quer  para  adultos,  que  não  detenham qualificação numa determinada área profissional – cursos de educação e formação de adultos (EFA) e Formações modulares certificadas. Estas ofertas serão explicitadas no ponto 6 deste relatório. 

Para  além  do  percurso  formativo,  estas  qualificações  poderão  ser  acessíveis  através  do reconhecimento, validação e certificação de competências escolares e profissionais.  

São qualificações de âmbito nacional, que podem ser promovidas por diferentes tipologias de operadores  de  formação:  escolas  básicas  e  secundárias,  escolas  profissionais,  centros  de formação  da  rede  do  Instituto  de  Emprego  e  Formação  Profissional,  entidades  formadoras certificadas, entre outras.  

A conclusão com aproveitamento de um percurso de qualificação integrado no CNQ dá lugar à emissão de um certificado de qualificações e de um diploma, que atesta que o profissional detém  as  competências  associadas  ao  respetivo  perfil  profissional,  e  atribui  um  nível  de qualificação do Quadro Nacional de Qualificações. 

4.2.3 O Quadro Nacional de Qualificações e o Quadro Europeu de Qualificações Um dos objetivos da criação do sistema nacional de qualificações assentou na promoção da coerência,  da  transparência  e  da  comparabilidade  das  qualificações,  a  nível  nacional  e internacional. 

Neste sentido, foi criado o Quando Nacional de Qualificações (QNQ) que constitui um quadro de  referência único para  classificar  todas as qualificações produzidas no âmbito do  sistema educativo e formativo nacional, independentemente do nível e das vias de acesso. O QNQ foi criado  pelo  Decreto‐Lei  n.º  396/2007,  de  31  de Dezembro,  e  é  regulado  pela  Portaria  n.º 782/2009,  de  23  de  Julho,  que  revoga  a  aplicação  da  estrutura  dos  níveis  de  formação estabelecidos  com  a  Decisão  nº  85/368/CEE,  do  Conselho,  de  16  de  Julho,  adotando  os princípios  do  Quadro  Europeu  de  Qualificações  (QEQ)  no  que  se  refere  aos  níveis  de qualificação  e  à  descrição  das  qualificações  nacionais  em  termos  de  resultados  de aprendizagem, consagrando, assim, o princípio de convergência com o QEQ. 

Está em vigor desde 1 de outubro de 2010 e tem um âmbito de aplicação nacional. 

   

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Quadro 4.3 ‐ A estrutura do Quadro Nacional de Qualificações 

Níveis de qualificação 

Qualificações 

Nível 1  2.º Ciclo do ensino básico

Nível 2 3.º Ciclo do ensino básico obtido no ensino básico ou por percursos de dupla certificação 

Nível 3 Ensino secundário vocacionado para prosseguimento de estudos de nível superior 

Nível 4 

Ensino secundário obtido por percursos de dupla certificação ou ensino secundário vocacionado para prosseguimento de estudos de nível superior acrescido de estágio profissional ‐ mínimo de 6 meses 

Nível 5 Qualificação de nível pós‐secundária não superior com créditos para prosseguimento de estudos de nível superior 

Nível 6  LicenciaturaNível 7  MestradoNível 8  Doutoramento

Fonte: Portaria nº782/2009, de 23 de Julho 

Cada  nível  de  qualificação  do QNQ  é  explícito  através  de  um  conjunto  de  indicadores  de resultados  de  aprendizagem  em  termos  de  conhecimentos,  aptidões  e  atitudes,  de  acordo com o Quadro 4.4. 

   

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Quadro 4.4 ‐ Descritores dos níveis de qualificação do Quadro Nacional de Qualificações. 

Nível  Conhecimentos  Aptidões Atitudes 

Nível não

 sup

erior 

1  Conhecimentos gerais básicos Aptidões básicas necessárias à realização de tarefas simples 

Trabalhar ou estudar sob supervisão direta num contexto estruturado. 

Conhecimentos factuais básicos numa área de trabalho ou de estudo 

Aptidões cognitivas e práticas básicas necessárias para a aplicação da informação adequada à realização de tarefas e à resolução de problemas correntes por meio de regras e instrumentos simples. 

Trabalhar ou estudar sob supervisão, com um certo grau de autonomia 

Conhecimentos de factos, princípios, processos e conceitos gerais numa área de estudo ou de trabalho 

Uma gama de aptidões cognitivas e práticas necessárias para a realização de tarefas e a resolução de problemas através da seleção e aplicação de métodos, instrumentos, materiais e informações básicas. 

Assumir responsabilidades para executar tarefas numa área de estudo ou de trabalho. Adaptar o seu comportamento às circunstâncias para fins de resolução de problemas. 

Conhecimentos factuais e teóricos em contextos alargados numa área de estudo ou de trabalho 

Uma gama de aptidões cognitivas e práticas necessárias para conceber soluções para problemas específicos numa área de estudo ou de trabalho. 

Gerir a própria atividade no quadro das orientações estabelecidas em contextos de estudo ou de trabalho, geralmente previsíveis, mas suscetiveis de alteração. Supervisionar as atividades de rotinas de terceiros, assumindo determinadas responsabilidades em matéria de avaliação e melhoria das atividades em contextos de estudo ou de trabalho. 

Nível não

 supe

rior, p

ós 

secund

ário 

5 Conhecimentos abrangentes, especializados, factuais e teóricos numa determinada área de estudo ou de trabalho e consciência dos limites desses conhecimentos. 

Uma gama abrangente de aptidões cognitivas e práticas necessárias para conceber soluções criativas para problemas abstratos. 

Gerir e supervisionar em contextos de estudo ou de trabalho sujeitos a alterações imprevisíveis. Rever e desenvolver o seu desempenho e o de terceiros.  

Nível sup

erior 

6 Conhecimento aprofundado de uma determinada área de estudo ou de trabalho que implica uma compreensão crítica de teorias e princípios 

Aptidões avançadas que revelam a mestria e a inovação necessárias à resolução de problemas complexos e imprevisíveis numa área especializada de estudo ou de trabalho. 

Gerir atividades ou projetos técnicos ou profissionais complexos, assumindo a responsabilidade da tomada de decisões em contextos de estudo ou de trabalho imprevisíveis. Assumir responsabilidades em matéria de gestão do desenvolvimento profissional individual e coletivo. 

7  Conhecimentos altamente especializados, alguns dos quais se encontram numa determinada área de estudo ou de trabalho, que sustentam a capacidade de reflexão original e ou investigação. Consciência crítica das questões relativas aos conhecimentos numa área e nas interligações entre várias áreas. 

Aptidões especializadas para a resolução de problemas em matéria de investigação e ou inovação, para desenvolver novos conhecimentos e procedimentos e integrar os conhecimentos de diferentes áreas. 

Gerir e transformar contextos de estudo ou de trabalho complexos, imprevisíveis e que exigem abordagens estratégicas novas. Assumir responsabilidades, por forma a contribuir para os conhecimentos e as práticas profissionais e ou rever o desempenho estratégico de equipas. 

Conhecimentos de ponta na vanguarda de uma área de estudo ou de trabalho e na interligação entre áreas. 

As aptidões e as técnicas mais avançadas e especializadas, incluindo capacidade de síntese e de avaliação, necessárias para a resolução de problemas críticos na área da investigação ou da inovação para o alargamento e a redefinição dos conhecimentos ou das práticas profissionais existentes. 

Desenvolver um nível considerável de autoridade, inovação, autonomia, integridade científica ou profissional e assumir um firme compromisso no que diz respeito ao desenvolvimento de novas ideias ou novos processos na vanguarda de contextos de estudo ou de trabalho, inclusive em matéria de investigação. 

Fonte: Portaria nº782/2009, de 23 de Julho 

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PORTUGAL a Energética Construção do da Arte 

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 os níveis 

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5 ESTATÍSTICAS NO SECTOR ENERGÉTICO E DA CONSTRUÇÃO 

5.1 Estatísticas no sector da construção 

5.1.1 Parque edificado Em Portugal, conforme indicado no estudo do Buildings Performance Institute Europe21 (BPIE), a  área  construída  é  de  aproximadamente  400  milhões  de  m2,  sendo  que  os  edifícios residenciais representam cerca de 75%, valor este que se aproxima da média europeia. 

O  CENSOS  de  2011  contabilizou  mais  de  3,5  milhões  de  edifícios  destinados,  total  ou parcialmente,  à  habitação22.  A  proporção  entre  edifícios  com  apenas  um  alojamento  e  os restantes (multi‐familiares) é de 87%, o que não representa efectivamente a percentagem de vivendas  na  medida  em  que  poderão  existir  edifícios  com  um  único  alojamento  e  cujos restantes  fogos  se  destinem  a  outras  atividades,  nomeadamente  económicas.  O  sector residencial é, sem qualquer dúvida, o segmento de maior dimensão, em termos de número de edifícios  e  área  construída,  muito  embora  não  existam  estatísticas  nacionais  relativas  ao universo de edifícios não residenciais. Nesse sentido recorreu‐se ao número total de edifícios construídos  entre  1999  e  2010  não  destinados  à  habitação23,  o  que  equivale  a  um  total acumulado de 73.887 e 15,4% do total de edifícios construídos nessa década (479.431). 

O parque habitacional, segundo os dados do último CENSOS, apresenta uma distribuição pelos vários períodos definidos para os últimos 100 anos,  segundo  a distribuição  apresentada na Figura 5.1. Notar que os edifícios destinados à habitação construídos nas últimas duas décadas são cerca de 1 milhão (1.034 mil), pelo poderá estimar‐se que nesse mesmo período tenham sido construídos cerca de 180.000 edifícios não residenciais. Uma estimativa possível para o universo total destes edifícios é de 300  ‐ 400 mil edifícios, com o pressuposto que a taxa de edifícios não residenciais tem vindo a crescer nas últimas décadas. 

                                                            21 BPIE (2011), Europe’s buildings under the microscope, a country‐by‐country review of the energy performance of buildings. 22  Para  efeitos  censitários  apenas  foram  considerados  os  edifícios  com  pelo  menos  um  alojamento,  não  sendo recenseados os edifícios  totalmente utilizados para  fins diferentes de habitação, pelo que não  foram  recenseados os edifícios que se destinam exclusivamente a actividades económicas. Incluíram‐se, no entanto, todas as construções que constituam  alojamento  colectivo  (hotéis,  pensões  e  alojamentos  de  convivência  –  lares  de  idosos,  centros  de acolhimento para crianças, hospitais, colégios com internato, prisões, etc.). 23 INE (2011), Estatísticas das Obras Concluídas. 

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Figura 5.1 – Edifícios por época de construção. Fonte: CENSOS 2011 e estimativa nas Estatísticas das Obras Concluídas, INE (2011). 

Quanto  à  desagregação  dos  edifícios  não  residenciais  por  categorias,  apresentam‐se  no Quadro 5.1 o número de edifícios licenciados nos anos de 2009 e 2010. 

Quadro 5.1 – Edifícios novos não residenciais licenciados em 2009 e 2010. 

  Nº edifícios  Área [mil m2] 

Agricultura e Pesca  1.164  13%  414  6% 

Indústria  864  9%  1.683  24% 

Turismo  418  5%  663  10% 

Outros serviços  1.681  18%  2.391  34% 

Outros destinos  5.098  55%  1.800  26% 

TOTAL NÃO RESIDENCIAL  9.225    6.951   

TOTAL RESIDENCIAL  30.856    9.504   

Fonte: Estatísticas da construção e habitação, INE (2010). 

Embora que não diretamente comparáveis, servem de referência os dados relativos à média europeia apresentados no estudo do BPIE20 em que os edifícios comerciais (retalho e grande distribuição)  representam  a maior  fatia  (28%),  seguindo‐se  os  edifícios  de  escritórios,  com cerca  de  23%,  e  os  estabelecimentos  de  ensino  com  17%.  De  realçar  ainda  duas  outras tipologias, os hotéis/restaurantes com 7% e Outros  (armazéns, garagens, edifícios agrícolas) com uma quota de 11%. 

Conforme explicitado pela AECOPS24: 

                                                            24 AECOPS (2012), Análise Regional. 

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«Os  indicadores  disponíveis  mostram  que  a  procura  dirigida  ao  sector  da  Construção  se encontra a um nível invulgarmente baixo:  

O número de fogos para habitação licenciados durante o ano de 2011 foi inferior a 17 mil, o que constitui o mínimo desta série, iniciada em 1995 e que atingiu o seu máximo  em  1999,  ano  em  que  foram  licenciados  cerca  de  120  mil  fogos.  De assinalar  que  2011  foi  o  12º  ano  consecutivo  de  quebras  no  licenciamento  de fogos. 

O  mercado  de  obras  públicas  revela  um  comportamento  desanimador,  com quebras acentuadas, quer nos  concursos abertos  (‐64% em  valor, até  Fevereiro), quer  nos  adjudicados  (‐37%  em  valor,  nos  dois  primeiros meses  do  ano).  Já  em 2011, o valor dos concursos abertos tinha registado um decréscimo (‐29%) face ao ano anterior. 

O tecido empresarial e o emprego estão a ser fortemente penalizados pelos condicionalismos que afectam a actividade da Construção: 

O número de entidades habilitadas para o exercício da actividade de  construção tem vindo a diminuir, registando, no início de Março, quebras homólogas de 8,5% no número de empresas detentoras de alvará e de 3,7% nos títulos de registo. Nas regiões mais a sul, as reduções foram ainda mais acentuadas, com decréscimos de 11% nos alvarás e de 5,2% nos títulos de registo. 

Em 2011, as insolvências de empresas de construção cresceram 17,3% face ao ano anterior, segundo os dados da COFACE, tendo afectado 1.138 empresas do sector (mais de 3 por dia). 

O emprego do sector da Construção atingiu, no último trimestre de 2011, o mínimo dos últimos 14 anos, com apenas 418 mil trabalhadores ao seu serviço. Em termos médios anuais, 2011  empregou 440,3 mil  trabalhadores,  representando 9,1% do emprego  total,  face  a  9,7%  um  ano  antes,  segundo  os  dados  mais  recentes divulgados pelo INE e apurados através do Inquérito ao Emprego. 

O número de desempregados oriundos da Construção  e  inscritos nos  centros de emprego tem vindo a aumentar, tendo ultrapassado os 90 mil no final de Janeiro (15,3%  do  desemprego  total). Nesse mês,  atingiu  um  crescimento  homólogo  de 22%, bem mais intenso do que o apurado para o desemprego total (+14%).» 

Na  perspectiva  da  FEPICOP25:  «em  Dezembro  de  2011  foram  licenciados  997  fogos  em construção nova, o que traduz uma quebra de 42% face ao período homólogo. Com efeito, até à presente data, não havia qualquer registo de se  terem  licenciado menos de mil  fogos num mês. No cômputo do ano,  foram  licenciados 16.737  fogos em construção nova o que  revela uma quebra de 32,2%, face a 2010. 

Em termos de área licenciada na construção de edifícios para habitação, a quebra em 2011 foi de 1.627m2, em termos homólogos. 

No segmento dos edifícios não residenciais, observou‐se uma redução da área  licenciada, de cerca de 321.108 m2 em 2011, face aos 3.083.267 m2 licenciados em 2010. Segundo o tipo de 

                                                            25 FEPICOP (2012), Análise da conjuntura, n.º 59. 

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Pág. 28  

ocupação do edifício, assiste‐se a quebras intensas nos edifícios destinados ao turismo (‐25%), ao comércio (‐19,6%) e aos de uso geral (‐12,7%)» (Figura 5.2). 

«O  consumo de  cimento  registou um decréscimo de 18,4%,  em Dezembro,  em  comparação com igual mês de 2010, o que traduz um agravamento da tendência de quebra que se mantém desde 2001, e que se traduz já numa redução acumulada de 55,6%, nos últimos dez anos.» 

 Figura 5.2 – Área licenciada em edifícios não residenciais. Extraído de Análise da conjuntura FEPICOP 24, Fonte: INE. 

 Figura 5.3 – Principais atores do mercado da construção. 

Extraído de Análise da conjuntura FEPICOP 24, Fonte: ATIC, FEPICOP. 

De acordo com a informação contida no documento do INE26: «o licenciamento de obras bateu os valores mínimos da última década, em todas as variáveis em análise. O número de edifícios licenciados registou uma redução média anual de 10,7% no 4º trimestre de 2011,  fixando‐se em 5,7 mil edifícios. O número de edifícios concluídos registou uma variação média anual de 3,7%,  fixando‐se  em 7,6 mil  edifícios  concluídos. Os  fogos  concluídos  em  construções novas para  habitação  familiar  registaram  o  valor mais  baixo  desde  o  1º  trimestre  de  2001.  Em comparação com o trimestre anterior, o número de edifícios licenciados registou uma descida de 6%, enquanto nos edifícios concluídos, os dados estimados apontam para um aumento de 1,9%.» 

                                                            26 INE (2012), Destaque: informação à comunicação social de 15 de Março. 

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5.1.2As(SCc

Eqeca

Einn

Omcpo

  27 A bafogos/

2 Edifícios A  informaçãoobre SistemSCE),  no  qConformidadconstruídos e

Existem cercaquais, 100 mexistentes e continuam a a entrada em

D

Em  2011‐201ntensificaçãoneste ano 8%

O número totmostra que certificados. predominâncobservadas a

                      

ase de certificaç/unidades de al

com elevadoo  a  seguir  da Nacional due  respeitade  Regulamee a edifícios e

a de 478 milil encontramrecém‐constliderar com 

m vigor do SC

FiguDeclarações d

12,  a médiao  de  emissã% dos registo

tal de registoLisboa,  PortEstes  distr

cia  nas  clasa nível nacion

                      

ção do SCE é a lojamento, pelo

o desempenhdisponibilizadde Certificaç  ao  registoentar  (DCR),em fase de p

 imóveis cerm‐se em fasetruídos que 90% dos cerE, encontra‐

ura 5.4 – Númde Conformida

a mensal  deão  de  certifs. 

os no SCE poo,  Setúbal  eritos  abarcasses  energénal. 

              

fração autónomo que não é pos

ho energéticda  diz  respeão Energético  de  Certif,  sendo  quprojeto. 

rtificados no e de projectojá  tiveram urtificados em‐se na Figura

mero de Certifade Regulame

e  registos  é ficados  para

or classe de ee  Faro  são oam  65%  dtica  “C”  e 

ma, aqui identifssível quantifica

Formação pa

co eito  a  uma  sca e da Qualicados  Enere  se  aplica

Sistema de o e os restanuma DCR. Osmitidos no SC 5.4. 

ficados Energentar (DCR) e

de  9,1 mil a  imóveis  re

eficiência enos que detêmo  universo “B”,  espelh

ficada por imóvar a proporção 

BUara as Renováv

An

síntese  actulidade do Arrgéticos  (CEm,  respectiv

Certificação tes 378 mil27

s  imóveis deCE. A evoluçã

géticos (CE) e emitidos. Font

certificadosecém‐constr

ergética e pom  um maiorde  imóve

hando  a  in

vel e que no casdo parque edif

UILD‐UP SKILLS veis e Eficiênciano Sector da 

nálise do Estad

alizada menr Interior nosE)  e  Declaravamente,  a 

Energética (7 respeitam estinados à hão dos regist

te: ADENE. 

s  observandoruídos  repre

or distrito (Fr número deis  certificadcidência  da

so residencial eficado já certific

PORTUGAL a Energética Construção do da Arte 

Pág. 29 

nsalmente s Edifícios ações  de edifícios 

(SCE), dos a imóveis habitação tos, desde 

 

o‐se  uma esentando 

igura 5.5) e  imóveis dos,  com s  classes 

equivale aos cada. 

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Os Cetêm comptipo certif

O nívedifícpoteneficiê

Figura 5.5

Figura 5

ertificados Erespectivampleta de clasde  edifíciosficados. 

vel de eficiêncios  novos. ncial  de  aumência energé

 – Número deemitid

5.6 – Classe en

Energéticos dente a  segusses energét,  a  92%  e  8

ncia energétPara  além  dmento  de  etica. 

e Certificadosdos por distrit

nergética dos 

dos  imóveisuinte  repartiçicas dentro 8%  correspo

tica nos edifda  reabilitaçeficiência  en

s Energéticos/to e por class

novos edifíci

existentes dção 17.852 edas duas catondem  respe

fícios existenção  tradicionnergética  ap

Formação pa

/Declarações se energética.

os e dos edifí

de habitaçãoe 351, aproxtegorias. Quectivamente

ntes é baixo,nal,  os  edifípós  introduç

BUara as Renováv

An

de Conformid Fonte: ADEN

ícios existente

o e  serviços ximadamentuanto à repae  cerca  de  4

, quando coícios  existenão  de  med

UILD‐UP SKILLS veis e Eficiênciano Sector da 

nálise do Estad

 

dade RegulamNE. 

es. Fonte: ADE

com a classte 5% e 1% rtição perce431  e  47 mi

mparado cotes  têm  umidas  de  me

PORTUGAL a Energética Construção do da Arte 

Pág. 30 

mentar 

 ENE. 

se A e A+ da escala entual por il  imóveis 

om os dos m  elevado lhoria  de 

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As exconsienqu

O Sisda  efdesemresidregul

A Figdos ee apó

xigências intriderável  meadrar outras

stema de Cerficiência  enempenho  enencial para amentação 

Figura 5.

gura 5.8 permedifícios no sós a entrada 

Figurado

roduzidas pelhoria  da  efs medidas de

rtificação Energética  dosnergético,  nos edifícios dos edifícios

.7 – Necessidanos edifíc

mite avaliar sector resideem vigor da

a 5.8 –. Evoluços elementos d

ela regulameficiência  enee melhoria.

nergética de s  edifícios.  Aomeadamenexistentes es em 2006, re

ades de energcios existente

a evolução ncial (edifíci regulament

ção do coeficida envolvent

entação térmergética  dos

Edifícios (SCA  Figura  5.7nte  as  necee novos, conespetivamen

gia em condiçes (esquerda)

o desempenos existentetação dos ed

iente de transe dos edifício

Formação pa

mica dos edifís  edifícios,  e

CE) é uma fe7  permite  avessidades  nstruídos antnte. 

ções nominaise novos (dire

nho energétis e novos, coifícios em 20

smissão térmos no sector re

BUara as Renováv

An

ícios em vigoembora  que

erramenta mvaliar  a  evonominais  detes e após a 

s, expressas eeita) Fonte: AD

ico dos elemonstruídos re006). 

 

ica, expressosesidencial. Fo

UILD‐UP SKILLS veis e Eficiênciano Sector da 

nálise do Estad

or, conduzirae  ainda  seja

muito útil na lução  dos  íne  energia  nentrada em

em kWh/(m2.aDENE. 

mentos da enespectivame

 

s em W/(m2.Knte: ADENE. 

PORTUGAL a Energética Construção do da Arte 

Pág. 31 

am a uma a  possível 

avaliação ndices  de no  sector m vigor da 

 

ano), 

nvolvente ente antes 

K), 

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no Sector da Construção Análise do Estado da Arte 

  

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Do  estudo  levado  a  cabo  pela  DGEG  com  base  num  inquérito  às  famílias28  existe  ainda informação  sobre  a  existência  de  isolamento  térmico  na  envolvente  dos  edifícios,  que  se encontram no Quadro 5.1. 

Quadro 5.1 – Número de alojamentos com isolamento térmico na envolvente exterior. 

Localização do isolamento Nº de 

alojamentos % 

Paredes exteriores com isolamento   828 494  21,1 

Cobertura do alojamento com isolamento (1)   434 099  17,1 

(1) Apenas considerados os apartamentos localizados no último piso e moradias 

O  inquérito  apresenta  ainda  uma  caracterização  das  superfícies  envidraçadas  dos  edifícios residenciais que se encontra no Quadro 5.2.  

                                                            28 DGEG (2010), Inquérito ao Consumo de Energia no Sector Doméstico. 

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no Sector da Construção Análise do Estado da Arte 

  

Pág. 33  

 

 

Quadro 5.2 Tipologia de vãos envidraçados por orientação da fachada  

Tipologia de vidros por  orientação de fachadas,  

Portugal 2010 

Fachadas viradas a Sul Fachadas viradas a Sul(Oriente) 

Fachadas viradas a Poente (Ocidente) 

N.º Alojamentos Área média dos vidros 

N.º Alojamentos Área média dos vidros 

N.º Alojamentos Área média  dos vidros 

Tipo de vão envidraçado   N.º  %  m2/aloj N.º   % m2/aloj  N.º  %  m2/aloj 

Vidros simples  1 982 799 75,4 4,5 1 968 296   72,3 4,5 1 915 448  72,3 4,3 

Vidros duplos, caixilharia sem corte térmico  

495 894  18,9 6,3 620 719   22,8 6,5 604 934 22,8 6 

Vidros duplos, caixilharia com corte térmico 

 184 583 7,0 7,2 164 313  6 5,5 160 542  6,1 5,3 

 

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no Sector da Construção Análise do Estado da Arte 

  

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5.2 Empresas que operam no Sector da Construção 

Segundo  o  Relatório  do  InCI29  de  Setembro  de  2011:  «a  actividade  da  construção  é regulamentada por  lei  (DL n.º12/2004, de 9 de  Janeiro  com as alterações  introduzidas pelo DL n.º18/2008 de 9 de  Janeiro e DL n.º69/2011 de 15 de  Junho), sendo necessário para  o  seu  exercício  a  titularidade  por  parte  dos  agentes  económicos  de  um  título habilitante (alvará ou título de registo), emitido pelo InCI. 

Consoante  a  classe  do  alvará  de  que  é  titular  uma  empresa  de  construção,  assim  se determina o valor  limite das obras que poderá executar, de acordo com as categorias e subcategorias constantes na Portaria n.º 19/2004, de 10 de Janeiro.» 

No  final  de  2011,  existiam  no  sector  da  construção  23.555  empresas  habilitadas  com Alvará e 37.693 com Título de Registo (Quadro 5.3). 

Quadro 5.3 – Empresas habilitadas a exercer a atividade da construção. 

  Com Título de Registo 

Com Alvará 

Total de empresas 

2009  39728  24243  63971 

2010  38931  23859  62790 

2011  37693  23555  61248 

Fonte: InCI 

Ainda  segundo  o  mesmo  Relatório:  «O  número  de  alvarás  válidos  tem‐se  mantido relativamente  estável,  ainda  que  com  uma  tendência  de  descida  ligeira. O  facto  de  o número de alvarás válidos  ter  registado uma diminuição de apenas  ‐1,6% não significa, necessariamente, que a crise não se tenha reflectido no sector. 

Refira‐se,  aliás,  que  o  sector  tem  sido  marcado  por  uma  relevante  substituição  dos agentes em determinadas classes, notando‐se, nomeadamente, acréscimos nas classes 2 e 5, de 2,12% e 1,09%, respectivamente.  

Situação  semelhante  se  verifica  quanto ao número de  Títulos  de Registo, que  também diminuiu de 39.780 para 38.931  em 2009,  com uma  variação de  ‐2,1%. No  caso deste título habilitante, as licenças são válidas por cinco anos, o que faz com que os efeitos reais da diminuição da actividade sejam mais diluídos ao longo dos anos. 

A análise dos indicadores das 20 maiores empresas, tendo em conta o volume de negócios em  obra,  permite  concluir,  como  seria  expectável,  uma  performance  económico‐financeira mais  sólida  face  ao  conjunto  de  empresas  do  sector,  incluindo  uma menor discrepância entre os vários quartis.» 

O Quadro 5.4 permite visualizar o número de empresas em volume de negócios, por classe. 

   

                                                            29 InCi (2011), O Sector da Construção em Portugal em 2010. 

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no Sector da Construção Análise do Estado da Arte 

  

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Quadro 5.4 – Número de empresas por classe de volume de negócios. 

Total de empresas  Nº Classe 1  179 Classe 2  51 Classe 3  34 Classe 4  23 Classe 5  8 Classe 6  2 Total  297 

Fonte: InCI, I.P. 

5.3 Estatísticas do Emprego na Construção 

5.3.1 Enquadramento Pretende‐se, neste ponto, caracterizar o emprego nas atividades do sector da construção e da  energia  cujos  profissionais  tenham  um  potencial  de  intervenção  em  atividades profissionais  que  podem  contribuir  para  uma maior  eficiência  energética,  considerando que é este o objetivo do presente trabalho. Assim, não se optou por uma análise do sector na  sua  globalidade,  mas  apenas  das  atividades  e  profissões  que  concorrem  mais diretamente para o cumprimento deste objetivo. 

Os dados estatísticos foram recolhidos junto do Gabinete de Estratégia e Planeamento do Ministério da Economia e do Emprego, e referem‐se à informação constante dos Quadros de  Pessoal.  Os  últimos  dados  oficiais  disponíveis,  discriminados  por  profissão, correspondem a 2007, 2008 e 2009, e utilizam a Classificação das Atividades Económicas CAE Rev3, bem como a Classificação Nacional de Profissões de 94 (CNP 94). De notar que a partir de 2011, a CNP de 94 deixou de ser utilizada na recolha de dados para a produção das  estatísticas  nacionais,  tendo  sido  substituída  pela  Classificação  Portuguesa  de Profissões (CPP 2010). 

Neste sentido, e com vista á  recolha da  informação estatística com base exclusivamente em  fontes oficiais,  foram selecionadas apenas algumas atividades económicas no âmbito do sector da Construção, bem como apenas algumas profissões constantes na CNP 94 que, do  nosso  ponto  vista,  melhor  se  ajustam  ao  objetivo  deste  trabalho.  O  Quadro  5.5 apresenta  o  conjunto  de  profissões  do  setor  da  construção  e  o  conjunto  de  atividades económicas, que foram utilizados na presente análise estatística.  

Valerá a pena explicitar uma nota relativa aos profissionais das energias renováveis, uma vez que se notará a sua ausência de  forma explícita na análise que se segue. De  facto, a Classificação Nacional de Profissões  (CNP94), utilizada na  recolha dos dados  relativos ao período  em  análise,  não  integrava  nenhuma  profissão  nestes  domínios,  pelo  que  os profissionais  que  desenvolviam  atividade  nestas  áreas  foram  classificados  em  outras profissões, designadamente nas da área da eletricidade. Neste sentido, não nos é possível identificar, em termos estatísticos, e com base nos dados dos Quadros de Pessoal (única fonte  que  possibilita  uma  analise  estatística  por  profissão  a  5  dígitos)  o  número  de trabalhadores  por  conta  de  outrem  a  desenvolver  atividade  especificamente  nestas profissões, embora os mesmos estejam integrados noutras profissões. 

   

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no Sector da Construção Análise do Estado da Arte 

  

Pág. 36  

Quadro  5.5  –  Profissões  abrangidas  na  análise  estatística  do  emprego,  segundo  as atividades económicas da Construção consideradas 

CONSTRUÇÃO (Secção F)  Classificação Nacional das Profissões (versão 1994 – grandes grupos 3 e 7) 

41200‐Atividades de construção, ampliação, e restauro de edifícios para qualquer fim. 

3.1.1.2.05 ‐ Técnicos da Construção e Obras Públicas3.1.1.2.10 ‐ Medidor Orçamentista 3.1.1.8.05 ‐ Desenhador projetista da construção civil 3.1.1.8.10 ‐ Desenhador da construção civil 7.1.2.2.05 ‐ Pedreiro 7.1.2.2.10 ‐ Montador de refratários 7.1.2.3.05 ‐ Cimenteiro 7.1.2.3.15 ‐ Vibradorista ‐construção civil 7.1.2.3.20 ‐ Enformador de "Pré‐fabricados"‐ alvenaria 7.1.2.3.25 ‐ Montador ‐ alvenarias pré‐fabricadas 7.1.2.3.30 ‐ Montador de "Pré‐esforçados" – betão 7.1.2.3.35 ‐ Encarregado ‐ trabalhadores da construção 

civil e obras públicas 

43210‐ Atividades de instalação e reparação elétrica de: eletrificação de edifícios e distribuição de energia nas instalações industriais, cablagens p/ telecomunicações, p/ computadores, TV por cabo, alarmes contra roubo e incêndio, antenas e para‐raios, sistema elétricos de iluminação e sinalização. Inclui ligação elétrica p/ eletrodomésticos. 

3.1.1.3.05 ‐ Técnico de instalações elétricas 3.1.1.3.15 ‐ Técnico de manutenção – eletricidade 3.1.1.3.20 ‐ Técnico de redes – eletricidade 7.2.4.1.35 ‐ Eletricista‐montador de instalações de alta 

tensão 7.2.4.1.40 ‐ Eletricista‐montador de instalações de baixa 

tensão 7.2.4.1.60 ‐ Eletricista de Redes ‐ distribuição de energia 

elétrica 43221‐ Atividades de instalação e reparação de: redes de canalização (água, gás e esgotos) e suas ligações às redes gerais de distribuição, redes sob pressão de luta contra incêndios e para rega, aparelhos sanitários fixos. 

7.1.3.6.05 ‐ Canalizador 7.1.3.6.10 ‐ Montador de tubagens 

43222‐ Atividades de instalação, manutenção e reparação de: sistemas de aquecimento (inclui coletores não elétricos de energia solar), ventilação, refrigeração ou climatização (inclui ar condicionado) em edifícios. Inclui ainda as atividades de manutenção da qualidade do ar interior em edifícios. 

3.1.1.3.10 ‐ Técnico de refrigeração e climatização 7.2.4.1.20 ‐ Eletromecânico de refrigeração e 

climatização  

43290 ‐ Atividades de instalação, reparação e manutenção de: vedações, gradeamentos e similares em edifícios e outros locais, elevadores e escadas rolantes, portas automáticas e giratórias, sistema de limpeza e vácuo, isolamento térmico, acústico e vibrático. 

7.2.4.1.15 ‐ Eletromecânico de elevadores e aparelhos similares 

43910 ‐ Atividades de construção e reparação de coberturas (telhados) e das estruturas destinadas a ser aplicadas nas coberturas, instalação de caleiras e de algerozes, revestimento metálico ou outro de telhados. 

7.1.3.1.05 ‐ Montador de chapas‐fibrocimento 

43310 ‐ Atividades de estucagem em edifícios ou outras obras de construção, incluindo a colocação de materiais de revestimento associados à estucagem. 

7.1.3.2.20 ‐ Assentador de revestimentos 7.1.3.3.05 ‐ Estucador 7.1.3.4.05 ‐ Montador de isolamentos 7.1.3.4.10 ‐ Impermeabilizador 

43320 ‐ Atividades de colocação de armários, roupeiros, portas, janelas, estores e a colocação de trabalhos similares em madeira e em outros materiais (inclui os resistentes ao fogo). Inclui trabalhos de carpintaria executados e destinados à sua aplicação na obra (fixação de cofragens em madeira, tetos falsos, divisórias) 

7.1.2.4.05 ‐ Carpinteiro de limpos 7.1.2.4.10 ‐ Carpinteiro de tosco 

43330 ‐ Atividades de revestimento de pavimentos e paredes em todos os materiais (alcatifas, mosaicos, azulejos, mármores, linóleo, papel de parede, granito, ardósia, cortiça, parquet e outros revestimentos de madeira) 

7.1.3.2.10 ‐ Ladrilhador (azulejador) 7.1.3.2.15 ‐ Assentador de tacos  

43340 ‐ Atividades de pintura interior ou exterior (decorativa ou de proteção, inclui contra incêndios) e colocação de vidros 

7.1.4.1.05 ‐ Pintor ‐ construção civil 7.1.3.5 ‐ Vidraceiro 

43390 ‐ Outras atividades de acabamentos em edifícios − 

43992 ‐ Outras atividades especializadas de construção diversas 7.1.4.3.10 ‐ Limpa‐chaminés 

 

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no Sector da Construção Análise do Estado da Arte 

  

Pág. 37  

5.3.2 Análise estatística Considerando os pressupostos e opções definidos no ponto anterior, foram considerados os  seguintes  indicadores  na  análise  estatística,  para  o  conjunto  das  atividades  da  CAE selecionadas, apenas considerando as profissões selecionadas: 

Nº de trabalhadores por conta de outrem, por atividade económica, em 2009 

Nº  de  trabalhadores  por  conta  de  outrem  no  setor  da  construção,  por profissão, em 2009 

Nº  de  trabalhadores  por  conta  de  outrem  no  setor  da  construção,  por profissão, segundo a variação 2007‐2009 

Nº  de  trabalhadores  por  conta  de  outrem  no  setor  da  construção,  por profissão, segundo a região (NUT II), em 2009 

Nº de trabalhadores por conta de outrem no setor da construção, por atividade económica construção, segundo o nível de qualificação, em 2009 

Nº de trabalhadores por conta de outrem no setor da construção, por atividade económica, segundo o nível de habilitação literária e variação 2007‐2009 

Numa primeira análise mais global, constata‐se que, em 2009, dos 100.850 trabalhadores por conta de outrem a exercer atividades específicas do setor da construção civil, nas CAE e profissões selecionadas, 68% inserem‐se na atividade económica 41200 – construção de edifícios (residenciais e não residenciais), denotando‐se uma dispersão por todas as outras atividades económicas que varia entre os 0,1% (com apenas 120 trabalhadores registados na  CAE  43910  –  atividades  de  colocação  de  coberturas)  e  os  5%  em  todas  as  outras atividades (Quadro 5.6). 

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Quadro 5.6 – Número e percentagem de trabalhadores por conta de outrem, por atividade económica no setor da construção, em 2009. 

 

Estes  cerca  de  100 mil  trabalhadores  desenvolvem  a  sua  atividade  em  cerca  de  42 mil empresas,  distribuídas  da  seguinte  forma  pelos  diferentes  subsectores  considerados  na presente análise (Quadro 5.7). 

   

CAE Total %

41200 - CONSTRUÇÃO DE EDIFÍCIOS (RESIDENCIAIS E NÃO RESIDENCIAIS) 68.644 68%

43210 - INSTALAÇÃO ELÉCTRICA 5.440 5%

43221 - INSTALAÇÃO DE CANALIZAÇÕES 4.055 4%

43222 - INSTALAÇÃO DE CLIMATIZAÇÃO 1.921 2%

43290 - OUTRAS INSTALAÇÕES EM CONSTRUÇÕES 3.448 3%

43310 - ESTUCAGEM 1.974 2%

43320 - MONTAGEM DE TRABALHOS DE CARPINTARIA E DE CAIXILHARIA 3.251 3%

43330 - REVESTIMENTO DE PAVIMENTOS E DE PAREDES 2.479 2%

43340 - PINTURA E COLOCAÇÃO DE VIDROS 3.915 4%

43390 - OUTRAS ACTIVIDADES DE ACABAMENTO EM EDIFÍCIOS 1.596 2%

43910 - ACTIVIDADES DE COLOCAÇÃO DE COBERTURAS 120 0,1%

43992 - OUTRAS ACTIVIDADES ESPECIALIZADAS DE CONSTRUÇÃO DIVERSAS, N.E. 4.007 4%

Total Geral 100.850 100%

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Quadro 5.7 – Nº de empresas, por atividade económica no setor da construção, em 2009 (considerando os TCO nas profissões selecionadas) 

\

2007 2008 2009

41200 ‐ CONSTRUÇÃO DE EDIFÍCIOS (RESIDENCIAIS E NÃO RESIDENCIAIS) 

27.652 26.730 24.645

43210 ‐ INSTALAÇÃO ELÉCTRICA  3.899 4.035 3.99643221 ‐ INSTALAÇÃO DE CANALIZAÇÕES 2.208 2.239 2.15343222 ‐ INSTALAÇÃO DE CLIMATIZAÇÃO 870 831 87943290 ‐ OUTRAS INSTALAÇÕES EM CONSTRUÇÕES 1.192 1.154 1.11843310 ‐ ESTUCAGEM  884 896 78743320 ‐ MONTAGEM DE TRABALHOS DE CARPINTARIA E DE CAIXILHARIA 

2.550 2.420 2.225

43330 ‐ REVESTIMENTO DE PAVIMENTOS E DE PAREDES 1.446 1.517 1.42543340 ‐ PINTURA E COLOCAÇÃO DE VIDROS 1.524 1.555 1.47943390 ‐ OUTRAS ACTIVIDADES DE ACABAMENTO EM EDIFÍCIOS 1.472 1.491 1.35643910 ‐ ACTIVIDADES DE COLOCAÇÃO DE COBERTURAS 99 122 11043992 ‐ OUTRAS ACTIVIDADES ESPECIALIZADAS DE CONSTRUÇÃO DIVERSAS, N.E. 

2.095 2.080 1.849

TOTAL 45.891 45.070 42.022

 

No  que  respeita  às  profissões  exercidas  pelos  trabalhadores  por  conta  de  outrem contabilizados em 2009, nas CAE e profissões selecionadas, verifica‐se que, de um total de 100.850, 41% são pedreiros (41.408 trabalhadores), denotando‐se uma enorme dispersão relativamente a  todas as outras profissões deste  sector, oscilando estas entre os 0,01% (Enformador  de  pré‐fabricados  –  alvenaria)  e  os  9%  (Encarregado  –  trabalhadores  de construção civil e obras públicas e Carpinteiro de tosco) (Quadro 5.8). 

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Quadro 5.8 ‐ Trabalhadores por conta de outrem no setor da construção, por profissão, em 2009. 

 

PROFISSÃO - CNP Total %

311205 - TECNICO DA CONSTRUCAO E OBRAS PUBLICAS (AGENTE TEC DE ARQUIT E ENG) 2.938 3%

311210 - MEDIDOR ORCAMENTISTA 805 1%

311305 - TECNICO DE INSTALACOES ELECTRICAS 962 1%

311310 - TECNICO DE REFRIGERACAO E CLIMATIZACAO (TECNICO DE FRIO) 747 1%

311315 - TECNICO DE MANUTENCAO - ELECTRICIDADE 104 0,1%

311320 - TECNICO DE REDES - ELECTRICIDADE 29 0,03%

311805 - DESENHADOR PROJECTISTA 290 0,3%

311810 - DESENHADOR 634 1%

712205 - PEDREIRO 41.408 41%

712210 - MONTADOR DE REFRACTARIOS (ASSENTADOR DE REFRACTARIOS) 519 1%

712305 - CIMENTEIRO 1.250 1%

712315 - VIBRADORISTA - CONSTRUCAO CIVIL 35 0,03%

712320 - ENFORMADOR DE "PRE-FABRICADOS" - ALVENARIA 8 0,01%

712325 - MONTADOR - ALVENARIAS PREFABRICADAS 199 0,2%

712330 - MONTADOR DE PRE-ESFORCADOS - BETAO 116 0,1%

712335 - ENCARREGADO - TRABALHADORES DE CONSTRUCAO CIVIL E OBRAS PUBLICAS 8.655 9%

712405 - CARPINTEIRO DE LIMPOS 5.324 5%

712410 - CARPINTEIRO DE TOSCO 9.216 9%

713105 - MONTADOR DE CHAPAS - FIBROCIMENTO 30 0,03%

713210 - LADRILHADOR (AZULEJADOR) 1.416 1%

713215 - ASSENTADOR DE TACOS 194 0,2%

713220 - ASSENTADOR DE REVESTIMENTOS 1.698 2%

713305 - ESTUCADOR 3.594 4%

713405 - MONTADOR DE ISOLAMENTOS 960 1%

713410 - IMPERMEABILIZADOR DE CONSTRUCOES 548 1%

713505 - VIDRACEIRO - COLOCADOR 121 0,1%

713605 - CANALIZADOR 5.596 6%

713610 - MONTADOR DE TUBAGENS 405 0,4%

714105 - PINTOR - CONSTRUCAO CIVIL 7.455 7%

724115 - ELECTROMECANICO DE ELEVADORES E APARELHOS SIMILARES 1.253 1%

724120 - ELECTROMECANICO DE REFRIGERACAO E CLIMATIZACAO (ELECTROMEC DE FRIO) 603 1%

724135 - ELECTRICISTA-MONTADOR DE INSTALACOES DE ALTA TENSAO 206 0,2%

724140 - ELECTRICISTA-MONTADOR DE INSTALACOES DE BAIXA TENSAO 2.219 2%

724160 - ELECTRICISTA DE REDES - DISTRIBUICAO DE ENERGIA ELECTRICA 1.313 1%

Total Geral 100.850 100%

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De salientar ainda que existem diversas profissões com uma representação  inferior a 1%, das quais  com apenas 0,01%  identificou‐se o enformador de pré‐fabricados – alvenaria, 0,03% o Técnico de redes – eletricidade, com 29 trabalhadores, o Montador de chapas – fibrocimento,  com  30  trabalhadores  e  o  Vibradorista  –  construção  civil,  com  35 trabalhadores.  Seguem‐se  outras  profissões  que  se  enquadram  na  mesma  situação: Técnico de manutenção – eletricidade (104 trabalhadores), Montador de pré‐esforçados – betão  (116  trabalhadores),  Vidraceiro  –  colocador  (121  trabalhadores),  Assentador  de tacos  194  trabalhadores),  Montador  –  alvenarias  pré‐fabricadas  (199  trabalhadores), Eletricista‐montador  de  instalações  de  alta  tensão  (206  trabalhadores)  e  Vidraceiro  – colocador (405 trabalhadores). 

Quando examinados os dados relativos aos trabalhadores por conta de outrem, a exercer atividades  específicas  do  setor  construção  civil,  nas  CAE  e  profissões  selecionadas,  no triénio  2007‐2009,  constata‐se  que,  globalmente,  houve  uma  diminuição  de  17%  de profissionais neste setor, tendo esta diminuição sido mais acentuada no Montador de pré‐esforçados – betão,  com uma diminuição de 41%,  seguida do Carpinteiro de  tosco  com uma  diminuição  de  49%  e  o  Técnico  de  redes‐  eletricidade,  com  menos  33%  dos trabalhadores (Figura 5.9). 

Por outro lado, houve uma estabilização dos profissionais Técnicos de instalações elétricas (com  um  desvio  de  apenas  ‐0,3%)  e  um  crescimento  nas  profissões  de Montador  de refratários  (assentador  de  refratários),  Ladrilhador  (azulejador)  e  Eletromecânico  de elevadores e aparelhos similares correspondente a 45%, 43% e 28%, respetivamente. 

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Figura 5.9 ‐ Trabbalhadores por connta de outrem no setor da construçãoo, por profissão, seg

Form

gundo a variação e

Bação para as Renová

A

em 2007‐2009. 

BUILD‐UP SKILLS PORTáveis e Eficiência Ener

no Sector da Consnálise do Estado da

 

TUGAL rgética trução a Arte 

ág. 42 

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Rcct

DreCNsineAM

Relativamentonta  de  outonstrução  crabalhadore

Do  ponto  deegião,  constCentro e LisbNas  restanteignificativamnexistência eletricidade, Algarve  e  dMontador de

F

11 ‐

16 ‐ C

18 ‐ A

30 ‐

te à distributrem  contabivil,  nas  CAEs no Contine

e  vista  da  ditata‐se que eboa com 24%es  regiões  (Amente  mais de  algumaMontador  de  Montadoe pré‐esforça

igura 5.10 ‐ T

Trabalhaconstruç

NORTE 

CENTRO

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REGIÃO AUTÓ

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stribuição  dexistem 38%% e 20% de Alentejo  e reduzido 

as  profissõede  refratárior  de  refratdos, montad

rabalhadoressegu

24%

20%

5%

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ÓNOMA DA M

Fo

áfica, constatm  2009,  a  exes  selecionaFigura 5.10).

estes  trabal% de  trabalhtrabalhadoreAlgarve),  pade  trabalhaes,  designados,  Enformaários,  Vibrador de Chapa

s por conta deundo a região,

%

%3%3%

r conta dendo a regiã

15

17

20

MADEIRA 

ormação para a

ta‐se que doxercer  atividadas,  existe 

hadores  pelhadores no Nes por contaara  além  deadores  nestdamente:  Tador  de  pré‐adorista,  Enfas e Vidracei

e outrem no s, em 2009 

38%

7%

e outrem não (NUT II

5 ‐ ALGARVE 

7 ‐ LISBOA

0 ‐ REGIÃO AU

BUILD‐as Renováveis e

no Análise

os 100.850  tades  especíuma  forte  p

las  profissõeNorte,  seguia de outreme  apresentatas  atividadTécnicos  de‐fabricados formador  dros, na regiã

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%

no setor dI), em 200

UTÓNOMA DO

‐UP SKILLS PORe Eficiência EneSector da Conse do Estado d

P

trabalhadoreíficas  do  setpredominânc

es  em  análisndo‐se as  re, respetivamrem  um  núdes,  verificae  Manutençe  Vidraceiroe  pré‐fabricão do Alentej

trução, 

da 09

OS AÇORES 

RTUGAL ergética strução da Arte 

ág. 43 

es por tor  da cia  de 

se  por egiões mente. úmero ‐se  a ção  – os,  no cados, jo. 

 

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Figur

  

ra 5.11 ‐ Trabalhaadores por conta dde outrem no setor da construção,, por profissão, seegundo a região, e

Form

em 2009 

Bação para as Renová

A

BUILD‐UP SKILLS PORTáveis e Eficiência Ener

no Sector da Consnálise do Estado da

TUGAL rgética trução a Arte 

ág. 44 

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  Ddcelivtrpa

Necef

Oqcq(

 

Da análise doda região Noonta  próprieconómicas cmpos  e  carvidraceiro‐corabalhadoreprefabricadostividades ec

Na análise pefeitos  de contrataçãoe  profissõeunções de e

O  número qualificação contramestrquadros supFigura 5.11 

Figura 5.12

os dados relaorte contempa  existentesconsideradasrpinteiro  de locador.  Pos  a  exercers  e  eletromonómicas co

por níveis denquadram coletiva, é s  selecionaexecução nu

de  trabalh  é  poucores,  mestreperiores, mae 5.12). 

2 ‐ Trabalhado

ativos à distplar, em algus  no  país  as no presenttoscos,  asser  seu  turnorem  as  profmecânico  de onsideradas.

de qualificamento  do possível ideadas,  74% uma determ

hadores  po  expressives  e  chefesantendo‐se 

ores por contaqu

Fo

ribuição geoumas profissa  trabalhar e estudo, deentador  de o,  a  região fissões  de  melevadores 

ção, classiftipo  de  f

entificar qusão  profi

minada prof

or  conta  dvo,  verificas  de  equipesta distrib

a de outrem nualificação, em

ormação para a

ográfica dos sões, mais dem  empresaesignadamentacos  e  assde  Lisboa  cmontador  dee  aparelho

icação tradfunções  exue, dos 100.ssionais  qufissão).  

de  outrem,ndo‐se  qupa,  e  apenabuição na an

no setor da com 2009. 

BUILD‐as Renováveis e

no Análise

TCO, verificade 50% dos  tas  integradante: cimentesentador  de contempla  me  refratárioss  similares, 

icionalmenxercidas,  n850 trabalhualificados 

,  nos  restaue  8%  sãoas  se  enconálise por s

onstrução, seg

‐UP SKILLS PORe Eficiência EneSector da Conse do Estado d

P

a‐se ainda otrabalhadoreas  nas  ativiiro, carpinterevestiment

mais  de  50%s,  enformadno  conjunt

te utilizadano  contexthadores, na(desempen

antes  níveo  encarregontram  0,2ubsector da

gundo o nível

RTUGAL ergética strução da Arte 

ág. 45 

 facto es por dades iro de tos,  e %  dos or  de o  das 

a para o  da s CAE nham 

is  de gados, %  de a CAE 

 

l de 

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Figura 

 

5.13 ‐ Trabalhadorres por conta de ouutrem no setor da cconstrução, por ativvidade económica,

Form

, segundo o nível d

Bação para as Renová

A

e qualificação, em 

BUILD‐UP SKILLS PORTáveis e Eficiência Ener

no Sector da Consnálise do Estado da

 

2009 

TUGAL rgética trução a Arte 

ág. 46 

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  Nocbinig

  

No  que  diz  routrem  contaivil, nas CAEbásico,  6% nexpressivasgualmente n

Figura 5.14

respeito  às abilizados emE e profissõetêm  o  ensis  do  ponto  da análise po

4 ‐ Trabalhado

habilitaçõesm 2009, a ees selecionadino  secundáde  vista  comr subsector d

ores por contah

Fo

s  literárias  dexercer atividdas, os dadoário,  sendo mparativo  (Fda CAE (Figu

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BUILD‐as Renováveis e

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‐UP SKILLS PORe Eficiência EneSector da Conse do Estado d

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RTUGAL ergética strução da Arte 

ág. 47 

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 l de 

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Figura 55.15 ‐ Trabalhadorees por conta de outtrem no setor da coonstrução, por ativ

 

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A

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BUILD‐UP SKILLS PORTáveis e Eficiência Ener

no Sector da Consnálise do Estado da

 

ria 

TUGAL rgética trução a Arte 

ág. 48 

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  Nelip(‐in

Na análise dae em 2009, vterárias,  seprofissionais ‐48%),  seguinferior ao 1º

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BUILD‐as Renováveis e

no Análise

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‐UP SKILLS PORe Eficiência EneSector da Conse do Estado d

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por atividade07‐2009 

RTUGAL ergética strução da Arte 

ág. 49 

m 2007 tações o  de setor itação 

 

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5.4 Consumo de energia e energias renováveis em edifícios 

5.4.1 Consumo de energia no sector dos edifícios O  consumo  de  energia  final  no  sector  dos  edifícios  (doméstico  e  serviços)  encontra‐se apresentado  na  Figura  5.17  para  os  últimos  dez  anos  para  os  quais  existem  estatísticas (balanço  energético  nacional).  Pode  considerar‐se  que  o  consumo  de  energia  nos  sectores doméstico e de serviços, descontando os consumos relativos aos combustíveis rodoviários no sector dos serviços, corresponde ao consumo de energia nos edifícios. A Figura 5.14 apresenta ainda a evolução dos consumos de energia primária, no mesmo período. 

 

Figura 5.17 – Consumo de energia final nos edifícios, sector doméstico e de serviços, e consumo de energia primária. 

Como  se  pode  observar,  o  comportamento  do  consumo  de  energia  nos  edifícios  tem  um comportamento  semelhante  ao  consumo  de  energia  primária,  embora  que  o  peso  relativo deste sector tenha vindo a crescer nos últimos anos, como se pode verificar pela Figura 5.18. 

10 

15 

20 

25 

30 

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

Milhões Tep

Milh

ões Tep

Consumo energético de edifícios vs. Consumo de energia primária

SECTOR DOMÉSTICO SERVIÇOS

SECTOR DOMÉSTICO + SERVIÇOS CONSUMO DE ENERGIA PRIMÁRIA

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Figura 5.18 – Peso relativo do consumo de energia final nos edifícios relativamente ao consumo de energia primária. 

No que  se  refere ao consumo por  fonte de energia  (Figura 5.19), denota‐se que a principal fonte de energia utilizada nos edifícios é a eletricidade, seguida pelo GPL (gases de petróleo liquefeitos)  e  pelas  lenhas  e  resíduos  vegetais.  Pode  ainda  verificar‐se  que  o  consumo  de gasóleo de aquecimento, fuelóleo e GPL tem vindo a diminuir, devido a maior penetração do gás natural, que tem vindo a aumentar nos últimos anos. 

 Figura 5.19 – Evolução do consumo de energia final nos edifícios por fonte de energia. 

18%

19%

20%

21%

22%

23%

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

Peso relativo do consumo energético nos edifícios no consumo de energia prímária

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

Milh

ões de

 Tep

Evolução do consumo energético nos edifícios

GPL Gasóleo de aquecimento Fuelóleo

Gás Natural Electricidade Calor

Solar Térmico Lenhas e Resíduos Vegetais Outras Renováveis

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Verifica‐se  também  um  aumento  da  utilização  de  energia  solar  térmica,  índice  este  que apenas começou a ser apurado para efeitos de balanço energético em 2005. 

Notar  que  o  valor  apurado  para  as  lenhas  e  resíduos  vegetais  é  estimado  em  função  de estudos  com  base  em  inquéritos  realizados  às  famílias. O  último  data  de  2010  e  permitiu apurar  que  a  utilização  de  lenhas  e  resíduos  vegetais  reduziu  significativamente  face  ao estudo de 1986. 

5.4.2 Últimos dados disponíveis De  forma  a  corrigir  o  balanço  energético  de  2010,  face  às  estimativas  apuradas  junto  das famílias no sector residencial, apresenta‐se no Quadro 5.9 a partição de consumos energéticos para  os  sectores  doméstico  e  serviços.  Os  dados  foram  extraídos  do  balanço  energético nacional para o ano de 2010 (dados provisórios). 

Quadro 5.9 – Balanço energético (dados provisórios) para o sector doméstico e de serviços, ano de 2010. 

Fonte de energia [tep]  Doméstico (1)  Serviços (2)  Edifícios (1+2) 

GPL  554 479 52 382 606 861 

Gasóleo de aquecimento  124 636 113 993 238 629 

Fuelóleo  0 76 773 76 773 

Gás Natural  282 613 199 575 482 188 

 Eletricidade  1 248 873 1 479 919 2 728 792 

Calor  0 21 067 21 067 

Solar Térmico  19 105 28 984 48 089 

Lenhas e Resíduos Vegetais 

705 875 0 705 875 

Outros Renováveis  0 10 270 10 270 

TOTAL   2 936 231 2 017 694 4 953 925 

 

Pela análise destes dados pode‐se verificar que a maior componente no consumo de energia destes  dois  sectores  é  a  eletricidade.  No  sector  doméstico  verifica‐se  um  uso  ainda significativo de  lenhas e  resíduos vegetais bem como de GPL  (butano e propano), enquanto que nos serviços, a seguir à eletricidade, têm alguma expressão o consumo de gás natural e de gasóleo de aquecimento. 

Salienta‐se  o  facto  de  que  50,2%  da  eletricidade  consumida  é  de  origem  renovável,  nos termos da metodologia de cálculo constante na Diretiva 2001/77/CE. 

Considerando  que,  no  ano  de  2010  em  Portugal,  o  consumo  de  energia  primária  foi  de 22,9 Mtep, estes dois sectores foram responsáveis por 21,5% do total, sendo que 43,4% dessa energia teve origem em fontes de energia renovável. 

Por  fim,  de  acordo  com  o  Inquérito  ao  Consumo  de  Energia  no  Sector Doméstico30,  pode extrair‐se a  informação que consta do Quadro 5.10 relativa aos equipamentos  instalados no sector  doméstico  para  aquecimento  de  águas  sanitárias,  aquecimento  ambiente  e arrefecimento ambiente. 

                                                            30 DGEG (2010), Inquérito ao Consumo de Energia no Sector Doméstico. 

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Quadro 5.10 – Equipamentos para aquecimento de águas, aquecimento ambiente e arrefecimento ambiente nos alojamentos. 

Equipamento Alojamentos  Nº de 

Equipamentos 

Equipamentos por Alojamento 

[2] nº % 

Aquecimento de Águas 

Esquentador  2 995 810 78,6%  3 051 993  0,8 

Termoacumulador  426 751 11,2%  439 724  0,1 

Caldeira  455 406 11,9%  458 817  0,1 

Sistema solar térmico   68 824 1,8%  68 824  0,0 

Aquecimento Ambiente 

Lareira aberta  740 264 24,0%  766 581  0,2 

Lareira com recuperador de calor 

340 498 11,1%  346 204  0,1 

Salamandra (lenha)  222 856 7,2%  226 138  0,1 

Caldeira para aquecimento central por circulação de água 

323 520 10,5%  340 904  0,1 

Aquecedor eléctrico independente 

1 884 850 61,2%  2 794 054  0,7 

Aquecedor a GPL independente  218 293 7,1%  237 589  0,1 

Ar Condicionado que aquece e arrefece (Bomba de calor) 

223 429 7,3%  402 664  0,1 

Arrefecimento Ambiente 

Aparelho individual de ar condicionado 

64 099 7,2%  76 435  0,0 

Ventilador (ventoinha, ventilador de parede) 

615 128 69,5%  756 108  0,2 

Ar Condicionado que aquece e arrefece (Bomba de calor) 

230 063 26,0%  399 432  0,1 

 

Os edifícios de serviços evidenciaram maior taxa de crescimento do consumo energético entre 1990  e  1999  (7,1%  de  crescimento médio  por  ano)  do  que  os  residenciais.  Como  grandes utilizadores da energia eléctrica, foram os principais responsáveis pelo acentuado crescimento do  consumo  dessa  forma  de  energia  final  no  país.  Como  consequência,  a  percentagem nacional do consumo de electricidade nos edifícios de serviços passou de cerca de 19%, em 1980, para 31% em 1999. 

Há uma enorme heterogeneidade neste tipo de edifícios, desde a pequena loja que tem ainda menos  consumos do que uma habitação, até aos  restaurantes, piscinas  cobertas, hospitais, hotéis e grandes superfícies comerciais, cujos consumos são dos mais elevados dentre os que se  verificam  em  todos  os  edifícios.  Obviamente,  uma  intervenção  no  sector,  com  vista  à melhoria do seu desempenho energético, tem de ser distinta em  função do tipo de edifício, com prioridade aos maiores consumidores. 

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 Figura 5.20 – Consumo específico de energia por tipo de edifício. Fonte: DGEG. 

Dentro  de  cada  tipologia,  o  consumo  de  energia  é  também muito  variável,  sendo  possível identificar uma grande gama de edifícios, desde os mais eficientes aos maiores consumidores, para  funções  idênticas.  Um  estudo  levado  a  cabo  em  hotéis  e  grandes  superfícies31 possibilitaram algum conhecimento das fontes de energia, da procura energética, bem como da desagregação desta por utilização final. 

 

 

Figura 5.21 – Consumo específico de energia final para hotéis. Fonte: DGEG. 

Por exemplo, no caso do sector hoteleiro, o estudo  incidiu sobre uma amostra de 60 hotéis com 4 e 5 estrelas,  localizados em Portugal Continental e Regiões Autónomas, verificando‐se uma  gama  de  consumo  de  energia  final muito  dispersa  (Figura  5.21),  e  que  varia  de  50  a 600 kWh/m2.ano, com valores médios de 220 kWh/(m2.ano) (4 estrelas) e 290 kWh/(m2.ano) (5 estrelas). 

Verifica‐se ainda que a energia eléctrica corresponde, em média, a cerca de 45% do consumo de energia final enquanto as utilizações finais a que correspondem os maiores consumos de 

                                                            31 ADENE, 1999. 

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energia são o aquecimento e arrefecimento ambiente  (cerca de 30% a 35%), seguindo‐se as águas quentes sanitárias (10 a 18%), cozinhas (16 a 18%), iluminação e lavandarias. 

Os hipermercados e outras grandes superfícies comerciais correspondem a outra tipologia de edifícios de serviços onde se verificam elevados consumos de energia. Neste caso, a fonte de energia  é  fundamentalmente  a  eletricidade  (98%  a  99%)  e  as  utilizações  finais  mais importantes  são,  no  caso  dos  centros  comerciais,  a  climatização  com  cerca  de  70%  e  a iluminação com 20%. No caso dos hipermercados, o frio industrial é preponderante com cerca de 35%, enquanto o ar condicionado e a iluminação têm a mesma ordem de grandeza (30%). Nota‐se  também  uma  grande  variação  de  consumos  entre  as  unidades  mais  e  menos eficientes,  registando‐se  nestas  últimas  valores  duas  vezes  superiores  às  que  registam menores consumos. 

Os edifícios apresentam uma elevada dinâmica de crescimento, quer em  termos de número total  de  edifícios  existentes,  quer  em  termos  de  utilização  de  energia  em  cada  edifício. Consequentemente espera‐se um crescimento anual do consumo de energia estimado de 4% e 7%, respectivamente no sector doméstico e de serviços, pelo que é fundamental promover medidas de redução do consumo de energia quer nos edifícios novos quer nos existentes. 

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6 OFERTA DE EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL 

6.1 Oferta educativa e formativa inserida no Sistema Nacional de Qualificações 

6.1.1 O Sistema Nacional de Qualificações (SNQ) O  SNQ  tem  como objetivo  assegurar a  relevância da  formação e das  aprendizagens para o desenvolvimento pessoal e para a modernização das empresas e da economia. 

Neste sentido, e tal como foi referido no ponto 4 deste relatório, o SNQ assegura a obtenção de qualificações  certificadas, permitindo a  certificação das  competências adquiridas através da  conclusão  de  um  percurso  de  formação  integral,  no  âmbito  de  um  a  modalidade  de formação  inicial,  ou  através  da  conclusão  de  unidades  de  formação  de  curta  duração constantes  dos  referenciais  do  Catálogo  Nacional  de  Qualificações  (CNQ),  sendo  estas unidades creditáveis para efeito de obtenção posterior da qualificação. 

Não obstante, no âmbito do SNQ as ações de formação não  inseridas no CNQ conferem um certificado  de  formação  profissional  que  atesta  a  conclusão  dessa  formação  com aproveitamento  e  permite  o  reconhecimento  das  competências  adquiridas.  O  SNQ disponibiliza ainda a caderneta individual de competências, que regista todas as competências adquiridas  ou  desenvolvidas  ao  longo  da  vida,  quer  as  referidas  no  Catálogo  Nacional  de Qualificações,  quer  as  restantes  ações  de  formação, mesmo  que  realizadas  por  entidade formadora não certificada. A caderneta está em vigor desde 2010 e é emitida através do SIGO – Sistema de informação e gestão da oferta educativa e formativa. 

AS ESTRUTURAS DE COORDENAÇÃO DO SISTEMA NACIONAL DE QUALIFICAÇÕES O  sistema nacional de qualificações é  coordenado pelos membros do governo  responsáveis pelas áreas da formação profissional e da educação. 

Os  serviços  responsáveis  pela  execução  das  políticas  de  educação  e  formação  profissional procedem ao acompanhamento e avaliação das diferentes modalidades. 

No âmbito da criação do SNQ,  foi criada a Agência Nacional para a Qualificação e o ensino Profissional (ANQEP), que é o organismo sob a tutela conjunta dos Ministérios da Economia e do Emprego e da Educação e Ciência, com atribuições de coordenação da rede de estruturas, bem  como o acompanhamento, a monitorização, a avaliação e a  regulação do  sistema, em estreita  colaboração  com  as  demais  entidades  que  integram  o  Sistema  Nacional  de Qualificações. 

Para  o  desenvolvimento  e  atualização  do  Catálogo  Nacional  de  Qualificações  (CNQ),  o instrumento do SNQ para a gestão estratégica das qualificações, a ANQEP criou os Conselhos Setoriais  para  a  Qualificação,  que  constituem  grupos  de  trabalho  técnico‐consultivo  que identificam em permanência as necessidades de atualização das qualificações constantes do CNQ,  numa  perspetiva  de  adequação  da  formação  às  evoluções  tecnológicas  e  às competências  requeridas  pelos  setores,  quer  se  trate  de  formação  inicial  quer  se  trate  de aprendizagem ao longo da vida. 

Os Conselhos Setoriais para a Qualificação integram entre outros, especialistas indicados pelo ministério que  tutele o  respetivo  setor de  atividade,  associações  sindicais e  associações de empregadores,  representativas  dos  correspondentes  setores  de  atividade,  empresas  de 

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Pág. 57 

referência,  entidades  formadoras  com maior  especialização  setorial  ou  regional  e  peritos independentes. 

 

Quadro 6.1 Conselhos Sectoriais para a Qualificação 

Código  CONSELHOS SETORIAIS PARA A QUALIFICAÇÃO 

1  Agroalimentar 

2  Comércio e marketing 

3  Construção civil e urbanismo 

4  Cultura e Património e produção de conteúdos 

5  Energia e ambiente 

6  Indústrias químicas, cerâmica, vidro e outras 

7  Informática, eletrónica e telecomunicações 

8  Madeiras, mobiliário e cortiça 

9  Metalurgia e metalomecânica 

10  Moda 

11  Serviços às empresas  (atividades  financeiras, de  consultadoria, de secretariado, …) 

12  Serviços pessoais 

13  Saúde e serviços à comunidade 

14  Transportes e logística 

15  Turismo e lazer 

16  Artesanato e ourivesaria 

 

È possível  identificar alguns conselhos sectoriais para as qualificações com uma  intervenção importante na identificação de necessidades de competências e qualificações para o sector da construção  e  para  a  promoção  da  eficiência  energética  e  desenvolvimento  das  energias renováveis, de extrema relevância para o objeto do presente estudo, sendo de destacar: 

Construção Civil e urbanismo 

Energia e Ambiente 

Informática, eletrónica e telecomunicações 

Metalurgia e Metalomecânica 

AS ENTIDADES FORMADORAS DO SISTEMA NACIONAL DE QUALIFICAÇÕES  Constituem  a  rede  de  entidades  formadoras  do  sistema  nacional  de  qualificações  os estabelecimentos de ensino básico e secundário, os estabelecimentos de ensino particular e cooperativo com paralelismo pedagógico ou reconhecimento de  interesse público, as escolas 

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profissionais, os centros de formação profissional e de reabilitação profissional e as entidades com  estruturas  formativas  certificadas  do  setor  privado,  no  âmbito  dos  ministérios responsáveis pelas áreas da  formação profissional e da educação, as entidades  formadoras integradas noutros ministérios ou noutras pessoas coletivas de direito público. 

No caso concreto dos setores da construção civil e energia, podem ser  identificadas algumas entidades  formadoras  da  rede  do  Sistema  nacional  de  Qualificações  mais  relevantes, designadamente:  

‐ Os Centros de formação de gestão participada da rede do Instituto de Emprego e Formação Profissional, para o setor da construção civil: 

CICCOPN ‐ Centro de Formação Profissional da Indústria da Construção Civil e Obras Públicas do Norte 

CENFIC   ‐  Centro de Formação Profissional da Indústria da Construção Civil e Obras Públicas do Sul 

‐ Os Centros de formação de gestão participada da rede do Instituto de Emprego e Formação  Profissional,  bem  como  quer  os  centros  de  formação  de  associações setoriais no setor da eletrónica, energia e metalomecânica: 

CINEL  ‐  Centro  de  Formação  Profissional  da  Indústria  Eletrónica,  Energia, Telecomunicações e Tecnologias da Informação 

APIEF  ‐ Centro de  Formação Profissional para a  Indústria Térmica, Energia e Ambiente 

CENFIM  ‐  Centro  de  Formação  Profissional  da  Indústria  Metalúrgica  e Metalomecânica 

‐  Os  estabelecimentos  de  ensino  público  ou  privado,  com  autorização  de funcionamento de cursos das áreas de educação e formação da construção civil e da energia e eletricidade: 

Escolas Básicas e Secundárias da rede pública 

Escolas Profissionais privadas tuteladas pelo ministério da educação 

As entidades  certificadas pela Direção‐Geral de Emprego e  relações do Trabalho (DGERT)  nas  áreas  de  formação  relevantes  para  o  setor  da  construção  e  da energia. Estas  são entidades  formadoras avaliadas pela,  com  condições mínimas comprovadas, em termos do referencial de qualidade de estruturação da atividade formativa,  relativas  à  capacidade  instalada  em  termos  de  recursos, às práticas inerentes  aos  processos  de  desenvolvimento  da  formação  e  aos  resultados alcançados.  

O PROCESSO DE CERTIFICAÇÃO DAS ENTIDADES FORMADORAS O Sistema de Certificação de Entidades Formadoras regulamentado pela Portaria nº 851/2010 de 6 de Setembro consagrado na Resolução do Conselho de Ministros nº 173/2007, de 7 de Novembro que aprova a Reforma da Formação Profissional e no Decreto‐Lei nº 396/2007, de 31 de Dezembro  que estabelece o Sistema Nacional de Qualificações, é o sucessor do Sistema de Acreditação de Entidades Formadoras que vigorou durante treze anos, e é assegurado pelo serviço central competente do ministério responsável pela área da formação profissional. 

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O Sistema de Certificação de Entidades Formadoras, a par de outros mecanismos, é um dos garantes  da  qualidade  do  Sistema  Nacional  de  Qualificações  em  Portugal,  efetuando  o

reconhecimento  de  práticas  pedagógicas  adequadas  no  desenvolvimento  de  atividades formativas  por  parte  das  entidades  formadoras,  e  a  realização  de  auditorias  regulares  à entidade formadora certificada para avaliar o cumprimento dos requisitos de certificação e os resultados obtidos com a sua atividade. 

O sistema de certificação de entidades formadoras e da responsabilidade da Direção‐Geral de Emprego e relações do Trabalho (DGERT). 

 

O FINANCIAMENTO DA FORMAÇÃO NO ÂMBITO DO SNQ A  formação  desenvolvida  no  Sistema Nacional  de Qualificações  é  financiada  com  base  em duas fontes de financiamento: o Orçamento Geral do Estado e o Fundo Social Europeu.  

O Quadro de Referencia Estratégia Nacional (QREN), documento que enquadra a aplicação da política comunitária de coesão económica e social em Portugal no período 2007‐2013,  inclui um Programa que integra as medidas destinadas ao financiamento dos processos educativo e formativos nacionais – o Programa Operacional de Potencial Humano. 

A atividade deste programa estrutura‐se em 10 eixos prioritários: 

Eixo Prioritário 1 – Qualificação Inicial

Eixo Prioritário 2 – Adaptabilidade e Aprendizagem ao Longo da Vida

Eixo Prioritário 3 – Gestão e Aperfeiçoamento Profissional

Eixo Prioritário 4 – Formação Avançada

Eixo Prioritário 5 – Apoio ao Empreendedorismo e à Transição para a Vida Ativa

Eixo Prioritário 6 – Cidadania, Inclusão e Desenvolvimento Social

Eixo Prioritário 7 – Igualdade de Género

Eixo Prioritário 8 – Algarve

Eixo Prioritário 9 – Lisboa

Eixo Prioritário 10 – Assistência Técnica

 

A  formação desenvolvida no  âmbito das modalidades  formativas do  SNQ é  financiada pelo Eixo 1, no  caso da  formação  inicial de  jovens, e pelo Eixo 2, no  caso da  formação  inicial e contínua de adultos. 

 

6.1.2 A organização das qualificações no Sistema Nacional de Qualificações (CNQ) O Catálogo Nacional de Qualificações  (CNQ),  tal  como  referido no ponto 4 deste  relatório, constitui  um  instrumento  de  gestão  estratégica  das  qualificações  de  nível  não  superior contendo os referenciais essenciais para uma melhor adequação das respostas formativas às necessidades das empresas, do mercado de trabalho e dos cidadãos. 

Em conformidade, os elementos que integram o CNQ são atualizados em permanência, com o apoio dos conselhos setoriais para a qualificação, mediante a  inclusão, exclusão ou alteração de  qualificações,  tendo  em  conta  as  necessidades  atuais  e  emergentes  das  empresas,  dos setores económicos e dos indivíduos. 

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As qualificações que  integram o CNQ estão estruturadas por níveis de qualificação definidos pelo Quadro Nacional de Qualificações (QNQ), que adota os princípios do Quadro Europeu de Qualificações  (QEQ),  no  que  diz  respeito  à  descrição  das  qualificações  em  termos  de resultados  de  aprendizagem,  de  acordo  com  os  descritores  associados  a  cada  nível  de qualificação, promovendo a comparabilidade das qualificações em função do seu perfil e não em função dos conteúdos ou dos processos formativos. 

As qualificações estão igualmente organizadas em função das áreas de educação e formação, as quais correspondem em alguns casos a setores de atividade económica, e são definidas de acordo com a Classificação Nacional de Áreas de Educação e Formação (CNAEF)32. 

   

                                                            32 Portaria nº256/2005 de 16 de Março 

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Quadro 6.2. Áreas de Educação e Formação integradas no Catálogo Nacional de Qualificações 

Áreas de Educação e Formação 

213  Audiovisuais e produção dos media  543  Materiais (madeiras, cerâmica, cortiça e outros) 

215  Artesanato  544  Indústrias extrativas 

225  História e arqueologia  582  Construção civil e engenharia civil 

322  Biblioteconomia, arquivo e documentação 

542  Produção agrícola e animal 

341  Comércio  622  Floricultura e jardinagem 

342  Marketing e publicidade  623  Silvicultura e caça 

343  Finanças, banca e seguros  624  Pescas 

344  Contabilidade e fiscalidade  725  Tecnologias de diagnóstico e terapêutica 

345  Gestão e administração  729  Saúde 

346  Secretariado e trabalho administrativo 

761  Serviço de apoio a crianças e jovens 

347  Enquadramento na organização/empresa 

762  Turismo social e orientação 

481  Ciências informáticas  811  Hotelaria e restauração 

521  Metalurgia e metalomecânica   812  Turismo e lazer 

522  Eletricidade e energia  813  Desporto 

523  Eletrónica e automação  815  Cuidados de beleza 

524  Tecnologia dos processos químicos  850  Proteção do ambiente 

525  Construção e reparação dos veículos a motor 

861  Proteção de pessoas e bens 

541  Indústrias alimentares  862  Segurança e higiene no trabalho 

542  Indústria do têxtil, vestuário, calçado e couro 

   

Fonte: Portaria n.º 256/2005, de 16 de Março. 

A obtenção da qualificação corresponde ao reconhecimento e correspondente certificação da aquisição de competências em conformidade com os referenciais estabelecidos para o efeito, consistindo estes referenciais nos elementos da Figura 6.1. 

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Figura 6.1 – Referenciais para a qualificação do CNQ 

AS MODALIDADES DE EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO DE DUPLA CERTIFICAÇÃO As  qualificações  integradas  no  SNQ  constituem  qualificações  de  dupla  certificação,  que consiste  no  reconhecimento  de  competências  para  exercer  uma  ou  mais  atividades profissionais e de uma habilitação escolar, através de um diploma. 

As qualificações podem ser acessíveis por um conjunto de modalidades de formação de dupla certificação,  orientadas  quer  para  jovens  quer  para  adultos,  estruturadas  a  partir  dos referenciais de qualificação do CNQ. 

Neste  sentido,  as  Unidades  de  Formação  de  Curta  Duração  (UFCD)  constantes  de  cada referencial  de  formação  do  CNQ  estruturam  as  ofertas  formativas  de  dupla  certificação, incluindo as formações modulares certificadas que permitem a obtenção de dupla certificação de modo progressivo e flexível, e servem, também, a formação contínua. 

 

Perfil 

Missão Atividades Competências • Saberes • Saberes‐fazer •  Saberes  sociais  e relacionais 

  

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Referencial  de formação  Referencial de RVCC 

Perfil de saídaOrganização  do referencial para aceder à qualificação  

Desenvolvimento  das unidades de formação de curta duração (UFCD) Sugestão  de  recursos didáticos 

Base(Escolar) 

Tecnológica (Profissional) 

Unidades  de competência   Critérios  de evidência 

 

Unidades  de competência  

 

Unidades de formação de curta duração (UFCD) 

Unidade de aprendizagem, passível de certificação autónoma e de integração em um  ou  mais  referenciais  de  formação,  referidos  no  Catálogo  Nacional  de Qualificações, permitindo a aquisição de competências certificadas. 

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MODALIDADES DE FORMAÇÃO DE DUPLA CERTIFICAÇÃO DESTINADAS A JOVENS 

 

 

MODALIDADES DE FORMAÇÃO DE DUPLA CERTIFICAÇÃO DESTINADOS A ADULTOS 

 

 

 

MODALIDADES DE EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO DE DUPLA CERTIFICAÇÃO DESTINADAS AO NÍVEL NÃO SUPERIOR 

PÓS‐SECUNDÁRIO 

 

 

Cursos de especialização tecnológica – nível 5 de qualificação 

Cursos que visam uma formação técnica especializada, para efeitos de inserção, reinserção e progressão no mercado de  trabalho, destinados  a  indivíduos que concluam  ou  sejam  titulares  do  nível  secundário  de  educação  ou  de  grau superior, permitindo o prosseguimento de estudos (Decreto‐Lei nº 88/2006). 

Formações modulares certificadas 

Formações  desenvolvidas  através  da  frequência  de  quaisquer  unidades  de formação de curta duração  (UFCD)  integradas na componente de  formação de base e/ou na componente de formação tecnológica de um qualquer referencial de  formação  do  CNQ,  de  nível  2  ou  de  nível  4  de  qualificação,  destinadas  a adultos, no quadro da formação contínua (Portaria nº 283/2011). 

Cursos  de  educação  e  formação  de  adultos  (EFA)  –  nível  2  e  nível  4  de qualificação 

Cursos que se destinam a indivíduos com idade igual ou superior a 18 anos, não qualificados ou sem qualificação adequada, para efeitos de inserção, reinserção e  progressão  no mercado  de  trabalho,  e  que  não  tenham  concluído  o  ensino básico ou secundário (Portaria nº 283/2011).

Cursos de Aprendizagem – nível 4 de qualificação 

Cursos de formação profissional inicial de jovens, em alternância, privilegiando a sua inserção no mercado de trabalho e permitindo o prosseguimento de estudos. Conferem o nível secundário de educação (Portaria nº1497/2008). 

Cursos Profissionais – nível 4 de qualificação 

Cursos de nível secundário de educação, vocacionados para a formação inicial de jovens,  privilegiando  a  sua  inserção  no mercado  de  trabalho  e  permitindo  o prosseguimento de estudos (Portaria nº550‐C/2004). 

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A FORMAÇÃO CONTÍNUA NO ÂMBITO DO SISTEMA NACIONAL DE QUALIFICAÇÕES O  Sistema  Nacional  de  Qualificações  define  a  formação  contínua  enquanto  atividade  de educação e formação empreendida após a saída do sistema de ensino ou após o  ingresso no mercado  de  trabalho  que  permita  ao  indivíduo  aprofundar  competências  profissionais  e relacionais, tendo em vista o exercício de uma ou mais atividades profissionais, uma melhor adaptação às mudanças tecnológicas e organizacionais e o reforço da sua empregabilidade. 

As  UFCD  do  CNQ  estruturam  as  ações  de  formação  contínua  de  dupla  certificação, desenvolvidas  por  entidades  formadoras  certificadas,  centros  de  formação  profissional  da rede do IEFP ou estabelecimentos de ensino, que constituem a rede de entidades do sistema nacional de qualificações, as quais conferem um certificado de qualificações, comprovativo da conclusão  com  aproveitamento  daquelas  UFCD  e  concorrem  para  a  obtenção  de  uma qualificação, certificada por diploma de qualificação. 

O SNQ prevê  também, a emissão de um  certificado de  formação profissional,  regulado por normativo legal33, para todas as ações de formação certificadas não inseridas no CNQ, quando desenvolvidas por entidade  formadora  certificada para o efeito ou por estabelecimento de ensino reconhecido pelos ministérios competentes, ou seja, entidades formadoras da rede do sistema nacional de qualificações. 

 

CARATERIZAÇÃO  DAS  MATRIZES  CURRICULARES  DE  CADA  UMA  DAS  MODALIDADES  DE  EDUCAÇÃO  E 

FORMAÇÃO O  quadro  seguinte  apresenta  a  organização  de  cada  uma  das  principais  modalidades  de formação  segundo  as  diferentes  componente  de  formação  e  respetivas  cargas  horárias, designadamente: 

‐ Cursos Profissionais (nível 4 de qualificação) 

‐ Cursos de Aprendizagem (nível 4 de qualificação) 

‐ Cursos de Educação e Formação de Adultos (EFA) (nível 2 e 4 de qualificação) 

‐ Formações Modulares 

 

   

                                                            33 Portaria nº474/2010, de 8 de Julho 

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Quadro 6.3 – Componentes de formação e respetivas cargas horárias (nº de horas) da formação por modalidade de educação e formação de nível 4 

Nível 4 de qualificação do QNQ 

Formação Inicial de Jovens  Formação inicial de adultos 

Cursos de Aprendizagem  Cursos profissionais Educação e Formação de adultos (EFA) 

(A,B,C, Flexível‐RVCC)* 

Compo

nentes 

 da form

ação

 

Áreas de competência 

Domínios/ unidades de formação 

Carga horária 

Compo

nentes 

 da form

ação

 

Disciplinas Carga horária 

Compo

nentes 

 da form

ação

 

Áreas de 

compe

tência 

Carga Horária 

Sociocultural 

Línguas, cultura e 

comunicação 

Viver em português 

240‐280 

Sociocultural 

Português  320 

Base 

Cidadania e Profissionalidad

100 ‐ 550 

Comunicar em: (língua 

estrangeira) 200 

Língua estrangeira 

220 

TIC  100  TIC 100

Cidadania e sociedade 

Mundo atual  80‐110  Área de Integração 

220 Sociedade Tecnologia e 

Ciência Desenvolviment

o social e pessoal 

80‐110 Educação Física  140 

Total  700 ‐ 800  Total  1000 Cultura, Língua e Comunicação 

Cien

tífica 

Ciências básicas 

Matemática e realidade 

200‐400 

Cien

tífica  2/ 3 disciplinas 

científicas de base 

500       

Outras ciências básicas 

      200‐400  Total 500 Total 100 ‐ 550

Tecnológ

ica 

Tecnologias Tecnologias específicas 

800‐1000  Técnica 

3/ 4 disciplinas de natureza tecnológica, 

técnica e prática 

1180 

Tecnológ

ica 

Tecnologias‐ de acordo com o 

referencial tecnológico associado à qualificação 

1200 

Formação em contexto de trabalho 

420 

Total  800 ‐ 1000 Total 1600 Total 1200

Prática  Contexto de trabalho  1100‐1500 

 

 

Total CP: 3100 

PRA 

Portefólio reflexivo de aprendizagen

65 ‐ 85 

 

Total CA: 2800‐3700 

Prática 

Formação Prática em contexto de trabalho 

210 

Total EFA: 1575 ‐ 2045

*Quanto mais elevadas forem as habilitações de ingresso mais curto é o percurso formativo 

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Quadro 6.4 – Componentes de formação e respetivas cargas horárias (nº de horas) dos cursos de educação e formação de adultos de nível 2 do QNQ 

Nível 2 de Qualificação do QNQ

Formação Inicial de Adultos

Cursos de educação e Formação de Adultos (EFA) 

(B2‐B3, Flexível/RVCC) * 

Componentes de formação 

Áreas de competência  Carga horária 

Aprender com autonomia 

Consolidar a integração no grupo 

40 Trabalhar em equipa

Aprender a aprender

Base 

Cidadania e empregabilidade 

900‐1350 Linguagem e Comunicação

Matemática para a vida

TIC

Tecnológica Tecnologias‐ de acordo com o com o referencial tecnológico 

associado à qualificação  1000 

Prática Formação  em  contexto  de trabalho 

≥ 120 

Total EFA: 1940‐2390 

*Quanto mais elevadas forem as habilitações de ingresso mais curto é o percurso formativo 

 

Quadro 6.5 – Componentes de formação e respetivas cargas horárias (nº de horas) das formações modulares certificadas 

 

Formação contínua para ativos empregados ou desempregados 

Formações Modulares utilizando unidades de formação de curta duração (UFCD) do CNQ de percursos de nível 2 e de nível 4 de qualificação do QNQ 

Carga horária 

Estrutura das formações Formação de 

base  Formação tecnológica Ambas as componentes 

de formação* 

25 ‐ 300 Horas  X  X X >300 ‐ 600 Horas*  X  ‐ X 

*Nestas formações 1/3 da carga horária deve corresponder a UFCD da componente de formação de base

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6.1.3 As qualificações relativas às áreas de educação e formação da Energia e Eletricidade e da Construção Civil e Engenharia Civil 

ARTICULAÇÃO ENTRE ÁREAS DE EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO, QUALIFICAÇÕES DO SNQ/CNQ E MODALIDADES DE 

EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO Em  síntese,  as  qualificações  integradas  no  Sistema  Nacional  de  Qualificações  e  inseridas atualmente no Catálogo Nacional de Qualificações relativas às áreas de educação e formação cujas saídas profissionais estão associadas ao setor da construção civil e visando competências ao nível da eficiência energética e da utilização de energias  renováveis  constam no quadro seguinte. 

Note‐se que se entende por qualificações o “resultado formal de um processo de avaliação e validação comprovado por um órgão competente,  reconhecendo que um  indivíduo adquiriu competências,  de  acordo  com  referenciais  estabelecidos”,  nos  termos  do  Decreto‐Lei  n.º 396/2007, de 31 de dezembro. 

Neste  contexto,  o  quadro  seguinte  apresenta  as  qualificações  que  resultam  dos  cursos desenvolvidos no âmbito das diferentes modalidades de educação e formação. 

Salienta‐se  ainda,  que  os  referenciais  de  formação  associados  às  diferentes  qualificações podem dar  resposta a diversas atividades profissionais, as quais podem ou não  ser alvo de regulamentação específica, como é o caso das especializações TIM 2, TIM 3 e TQAI. 

Não obstante, atualmente, o CNQ não cobre ainda, através das qualificações integradas, todas as especializações destes  setores que possam estar  submetidas  a  algum  tipo de  regulação, designadamente, o cado de TQAI. 

 

   

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Quadro 6.6 – Oferta de qualificações por área de educação e formação e por modalidades 

                                                            34 Inclui o Instalador de Janelas e Fachadas Leves. 

Área de Educação e Formação  Nível QNQ 

Cátalogo Nacional de Qualificações 

Formação de Jovens  Formação de adultos 

Cursos Profissionais 

Cursos de Aprendizagem 

Cursos EFA 

Formações Modulares 

225 ‐ História e arqueologia           Técnico de Recuperação do Património Edificado  4  X       

521 ‐ Metalurgia e metalomecânica           Serralheiro/a Civil34  2      X  X 

Soldador/a  2      X  X 522 ‐ Eletricidade e energia           

Técnico de Instalações Elétricas  4  X  X  X  X Técnico de Eletrotecnia  4  X  X  X  X 

Técnico de Frio e Climatização  4  X       Técnico/a de Refrigeração e Climatização  4    X  X  X 

Desenhador/a de Sistemas de Refrigeração e Climatização  4    X  X  X Técnico de  Gás  4  X  X  X  X 

Técnico de Energias Renováveis  (4 variantes)    4  X       Técnico/a Instalador de Sistemas de Bioenergia  4    X  X  X 

Técnico/a Instalador de Sistemas Eólicos  4    X  X  X Técnico/a Instalador de Sistemas Solares Fotovoltaicos  4    X  X  X 

Técnico/a Instalador de Sistemas Solares Térmicos  4    X  X  X Eletricista de Instalações  2      X  X 

Eletromecânico/a de Eletrodomésticos  2      X  X Eletromecânico/a de Refrigeração e Climatização – Sistemas 

Domésticos e Comerciais 2      X  X 

523 ‐ Eletrónica e automação           Técnico de Eletrónica, Automação e Instrumentação  4  X  X  X  X 

Técnico de Eletrónica, Automação e Comando  4  X  X  X  X Técnico de Eletrónica e Telecomunicações  4  X  X  X  X 

543 ‐ Materiais           Carpinteiro de limpos  2      X  X 

582 ‐ Construção civil e engenharia civil           Técnico de Construção Civil  (6 variantes)    4  X       Técnico de Desenho de Construção Civil  4    X  X  X Técnico/a de Obra/Condutor/a de Obra  4    X  X  X 

Técnico/a de Topografia  4    X  X  X Técnico/a de Medições e Orçamentos  4    X  X  X 

Pedreiro/a  2      X  X Ladrilhador/a / Azulejador/a  2      X  X Pintor/a de Construção Civil  2      X  X 

Operador/a de CAD ‐ Construção Civil  2      X  X Canalizador/a  2      X  X 

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CONTEÚDOS FORMATIVOS  No  âmbito  das  qualificações  identificadas  no  Sistema  Nacional  de  Qualificações  e  integradas  no Catálogo Nacional de Qualificações, associadas a atividades/profissões do setor da Construção Civil e da Energia apresenta‐se  seguidamente um quadro exemplificativo do  teor de alguns  referenciais de formação que visam as competências requeridas para as qualificações identificadas.  A título de exemplo, foram selecionadas as seguintes qualificações: pedreiro, canalizador, eletricista de  

   

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Quadro 6.7 ‐ Exemplos de conteúdos de formação e competências associadas para 4 qualificações do CNQ 

Qualificação 

Referenciais de formação do CNQ 

Nível de qualificação 

Unidades de formação de curta duração (UFCD) 

Competências visadas 

Pedreiro 

  Organização do posto de trabalho e aprovisionamento de materiais 

Parede a meia vez com tijolos 23x11x7 ‐ extremidade em degrau 

Parede a meia vez com tijolos 23x11x7 ‐ extremidade aprumada 

Parede com cunhal com tijolo vazado de 30x20x15 

Acabamentos em paredes 

Aprovisionamento de tubagens, manilhas de esgoto,  estruturas  de  assentamento  e preparação de argamassas 

Alvenaria  de  tijolo  prensado  encabeçada com pilar 

Alvenaria de tijolo com vão de porta e janela 

Parede dupla com vão de porta 

Assentamento de caixas elétricas, esgotos e outros 

Caixas de visita, caleiras e drenos 

Aprovisionamento  de  madeiras  de  cofrar, varões e preparação do betão 

Execução de cofragem – sapata e pilar  

Execução  de  cofragem  –  muro,  cinta  de travamento e viga 

Execução de cofragem ‐ lajes 

1Interpretar elementos de projeto, esboços e outras especificações técnicas. 

2. Identificar e caracterizar os materiais, os equipamentos, as ferramentas e os meios auxiliares adequados ao trabalho a realizar. 

3. Utilizar as técnicas de marcação e sinalização dos alinhamentos para abertura de caboucos. 

4. Utilizar as técnicas de preparação da base dos caboucos para enchimento. 

5. Utilizar as técnicas de enchimento de caboucos. 

6. Utilizar as técnicas de marcação de estruturas. 

7. Utilizar as técnicas de enchimento de cofragens. 

8. Utilizar as técnicas de execução e montagem de elementos pré‐fabricados. 

9. Utilizar as técnicas de execução de pavimentos em massame. 

10. Utilizar as técnicas de marcação das referências para execução de alvenarias. 

11. Aplicar as técnicas de preparação de massas e argamassas. 

12. Utilizar os métodos e as técnicas de execução de alvenarias em elementos naturais ou artificiais. 

13. Utilizar as técnicas de marcação e montagem de vigamentos e ripados. 

14. Utilizar as técnicas de marcação e execução de ripa moldada. 

15. Utilizar as técnicas de assentamento de telhas e de outros materiais de cobertura. 

16. Utilizar as técnicas de execução de caleiras em coberturas. 

17. Utilizar as técnicas de assentamento de elementos de escoamento de águas pluviais. 

18.  Utilizar  as  técnicas  de  execução  de  betonilhas  de regularização e de acabamento 

19. Utilizar as técnicas de execução de rebocos. 

20. Utilizar as técnicas de assentamento, em pavimentos, de mosaicos cerâmicos, hidráulicos ou elementos de pedra naturale/ou artificial 

21.  Utilizar  as  técnicas  de  assentamento,  em  paredes,  de azulejos e elementos de pedra natural e/ou artificial 

22. Utilizar os métodos e as técnicas de desmonte de revestimentos, de coberturas, de estruturas e de outros elementos da construção. 

23. Utilizar os métodos e as técnicas de demolições parciais de edificações e de outros trabalhos de construção. 

24. Utilizar os métodos e as técnicas de escoramentos e 

 

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Qualificação 

Referenciais de formação do CNQ 

Nível de qualificação 

Unidades de formação de curta duração (UFCD) 

Competências visadas 

entivações.

25. Utilizar as técnicas de marcação de alinhamentos e níveis na execução de diferentes trabalhos de saneamento e de outras 

infra‐estruturas. 

26. Utilizar as técnicas de execução e/ou assentamento de caixas, sumidouros, caleiras e atravessamentos. 

. 27. Utilizar as técnicas de assentamentos de tubos e manilhas. 

28. Utilizar as técnicas de assentamento de lancis e outros elementos pré‐fabricados. 

29. Utilizar os métodos e as técnicas de execução e/ou assentamento de fossas sépticas e poços absorventes. 

30. Utilizar as técnicas de assentamento de caixas para instalações técnicas. 

31. Utilizar as técnicas de assentamento de banheiras e similares 

32. Aplicar cantarias de pedra natural ou artificial e com elementos pré‐fabricados de betão, em vãos. 

33. Aplicar argamassa de acompanhamento em aros e aduelas 

34. Utilizar as técnicas de assentamento de elementos de serralharia. 

35. Utilizar as técnicas de controlo da qualidade do trabalho. 

36. Utilizar os procedimentos de limpeza e conservação dos instrumentos de trabalho. 

Canalizador  2   

Instalação de tubagem de ferro galvanizado para  torneira de serviço, autoclismo e  rede de distribuição de água e boca de incêndio 

Instalação de tubagem de ferro galvanizado para  ligação  a  equipamentos  de  casa  de banho 

Instalação de tubagem de ferro galvanizado para ligação a baterias de contadores 

Instalação  de  tubagem  de  aço  inoxidável para água quente e  fria em  cozinha e  casa de banho 

Instalação  de  tubagem  em  tubo  de  cobre para água quente e  fria em  cozinha e  casa de banho 

Instalação de tubagem de ferro galvanizado para uma rede de ar comprimido 

Instalação  de  tubagem  de  metalite  para uma rede de drenagem de água residual 

Montagem de equipamentos de casa de banho 

Montagem de equipamentos de cozinha 

Montagem de esquentadores e 

1 Interpretar elementos de projeto, esquemas, fichas de segurança e outras especificações técnicas relativas ao trabalho a realizar. 

2. Utilizar as técnicas de medição em projeto e em obra dos trabalhos a realizar. 

3. Aplicar os procedimentos de determinação de custos de trabalhos de canalizações. 

4. Identificar e caracterizar os materiais, as máquinas, as ferramentas e os meios auxiliares e de proteção adequados ao trabalho a realizar. 

5. Utilizar os procedimentos de proteção da envolvente do local onde o trabalho se vai realizar. 

6. Utilizar as técnicas de implantação e de marcação em obra dos traçados das redes de águas frias e quentes. 

7. Utilizar os métodos e as técnicas de preparação dos componentes da rede de águas frias e quentes. 

8. Utilizar as técnicas de posicionamento e fixação de estruturas de apoio apropriadas à instalação de águas frias e quentes. 

9. Utilizar as técnicas de isolamento térmico ou de proteção das tubagens. 

10. Utilizar os métodos e as técnicas de execução das instalações de águas frias e quentes, embebidas ou à vista. 

11. Utilizar os métodos e as técnicas de testagem da 

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Qualificação 

Referenciais de formação do CNQ 

Nível de qualificação 

Unidades de formação de curta duração (UFCD) 

Competências visadas 

termoacumuladores

Instalação de tubagem de multicamada para casa de banho 

Instalação de tubagem de polipropileno para lavandaria e polibã e de polipropileno reticulado em cozinha e casa de banho 

Instalação de tubagem de PVC (hidronil) para coluna montante 

Instalação de tubagem de PVC (hidronil) para ligação de bomba centrífuga a depósito aéreo, coluna montante e termoacumulador 

Instalação de tubagem de PVC para rede de esgotos e escoamento de casa de banho 

Instalação de tubagem de PVC para rede de esgotos e escoamento de equipamentos de cozinha 

Montagem de equipamentos 

Instalação de tubagem metálica para rede de aquecimento 

Instalação de tubagem plástica para rede de aquecimento 

Instalação e ligação de caldeiras e irradiadores 

Reparação e manutenção de instalações 

Reparação e manutenção de equipamentos 

Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho ‐ construção civil 

Instalação de gás ‐ fundamentos 

Preparação e soldadura de tubagens em polietileno e cobre 

Redes de gás 

Montagem de redes de gás 

 

estanquicidade, de acordo com o tipo de instalação.

12. Utilizar as técnicas de marcação em obra dos traçados da rede de aquecimento central. 

13. Utilizar os métodos e as técnicas de preparação dos componentes da rede de aquecimento central. 

14. Utilizar as técnicas de posicionamento e fixação de estruturas de apoio apropriadas à instalação de aquecimento central. 

15. Utilizar os métodos e as técnicas de execução da instalação de aquecimento central, embebida ou à vista. 

16. Utilizar as técnicas de marcação dos traçados das redes para ar comprimido. 

17. Utilizar as técnicas de posicionamento e fixação de estruturas de apoio apropriadas à instalação das redes para ar comprimido. 

18. Utilizar os métodos e as técnicas de execução das instalações das redes para ar comprimido, embebidas ou à vista. 

19. Utilizar os métodos e as técnicas de preparação dos componentes da rede para ar comprimido. 

20. Utilizar as técnicas de marcação dos traçados das redes de águas pluviais e residuais. 

21. Utilizar os métodos e as técnicas de preparação dos componentes das redes de águas pluviais e residuais. 

22. Utilizar as técnicas de posicionamento e fixação de estruturas de apoio apropriadas à instalação das redes de águas pluviais e residuais. 

23. Utilizar os métodos e as técnicas de execução das instalações das redes de águas pluviais e residuais, embebidas ou à vista. 

24. Utilizar os métodos e as técnicas de montagem e fixação dos equipamentos sanitários e acessórios. 

25. Utilizar os procedimentos de ligação dos equipamentos às respetivas redes. 

26. Utilizar as técnicas de ensaio de funcionamento dos equipamentos sanitários, torneiras e acessórios. 

27. Utilizar os métodos e as técnicas de localização de tubagens a reparar ou a alterar. 

28. Utilizar os procedimentos de deteção de anomalias. 

29. Utilizar os métodos e as técnicas de reparação de tubagens. 

30. Utilizar os procedimentos de desmonte de equipamentos sanitários, torneiras e acessórios. 

31. Utilizar os métodos e as técnicas de reparação de equipamentos sanitários, torneiras e acessórios. 

32. Utilizar as técnicas de substituição de equipamentos sanitários, torneiras e acessórios. 

33. Utilizar as técnicas de substituição de equipamentos e 

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Qualificação 

Referenciais de formação do CNQ 

Nível de qualificação 

Unidades de formação de curta duração (UFCD) 

Competências visadas 

dispositivos acessórios dos sistemas de aquecimento.

34. Utilizar os procedimentos de limpeza e conservação dos equipamentos e ferramentas de trabalho. 

35. Utilizar os procedimentos de limpeza do local de trabalho. 

Eletricista  de instalações 

Mecanotecnia ‐ trabalhos em aço macio 

Instalações eléctricas ‐ a cabo 

Corrente alternada monofásica e trifásica 

Técnicas e métodos de medida 

Instalações eléctricas ‐ a tubo 

Instalações eléctricas ‐ a vista e embebidas 

Instalações eléctricas ‐ a calha técnica 

Instalações ‐ aparelhos de aquecimento 

Instalações eléctricas ‐ coluna montante e entrada 

Pára‐raios ‐ instalação 

Pára‐raios ‐ instalação 

Segurança eléctrica 

Automatismos ‐ circuitos de comando e controle 

Máquinas eléctricas estáticas ‐ transformadores 

Máquinas eléctricas rotativas 

Variadores de velocidade ‐ instalação e ensaio 

Vídeo portaria ‐ instalação 

Instalações ITED ‐ generalidades 

Antenas de TV 

Instalações ITED ‐ Domótica ‐ generalidades 

Noções de Higiene e Segurança no Trabalho 

Instalações ITUR ‐ generalidades 

Módulos lógicos programáveis 

 

Desenho Assistido por Computador ‐ conceitos gerais (CAD) ‐ 2D 

CAD – projecto de esquemas eléctricos 

 

1. Interpretar especificações técnicas relativas às instalações eléctricas e à sua manutenção. 

2. Utilizar as técnicas e os processos de preparação de equipamentos, ferramentas, componentes e materiais adequados à execução de instalações eléctricas e à sua manutenção. 

3. Identificar e caracterizar os diferentes tipos de equipamentos, ferramentas, componentes e materiais aplicados à execução de instalações eléctricas de colunas montantes e de entradas, de iluminação e potência, de força motriz e de instalação de antenas de TV. 

4. Utilizar as ferramentas e os materiais necessários à execução de instalações eléctricas de colunas montantes e de entradas, de iluminação e potência, de força motriz e de instalação de antenas de TV. 

5. Identificar a distribuição e o posicionamento dos circuitos e dos equipamentos eléctricos. 

6. Aplicar os métodos e as técnicas de execução das marcações dos pontos e das linhas de referência da instalação eléctrica. 

7. Utilizar os procedimentos de verificação dos diferentes modos de instalação. 

8. Aplicar procedimentos e técnicas de montagem e de execução da ligação dos circuitos e dos equipamentos adequados à instalação eléctrica de colunas montantes e de entradas, à instalação eléctrica de iluminação e potência, à instalação de automatismos, à instalação de máquinas eléctricas, e à instalação de antenas de TV. 

9. Aplicar os procedimentos, os métodos e as técnicas de verificação e ensaio do funcionamento de instalações eléctricas de colunas montantes e de entradas, de instalações eléctricas de força motriz, de instalações eléctricas de iluminação e potência e de instalações de antenas de TV. 

10. Identificar anomalias de funcionamento de instalações eléctricas de colunas montantes e de entradas, de instalações eléctricas de iluminação e potência, de instalações de automatismos, de instalações de máquinas eléctricas e de instalações de antenas de TV. 

11. Utilizar as técnicas e os procedimentos de substituição e reparação de componentes de circuitos e equipamentos de instalações eléctricas de colunas montantes e de entradas, de instalações eléctricas de iluminação e potência, de instalações de automatismos, de instalações de máquinas eléctricas e de instalações de antenas de TV. 

12. Aplicar as normas de segurança, higiene, saúde e protecção ambiental respeitantes à actividade profissional. 

13. Aplicar os regulamentos de instalações eléctricas, de acordo com a legislação em vigor. 

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no Sector da Construção Análise do Estado da Arte 

  

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Qualificação 

Referenciais de formação do CNQ 

Nível de qualificação 

Unidades de formação de curta duração (UFCD) 

Competências visadas 

Técnico  instalador de  Sistemas  Solares Térmicos 

4  Metrologia ‐ introdução 

Metrologia ‐ técnicas e instrumentos  

Tecnologia dos materiais  

Mecânica dos materiais  

Processos de fabrico  

Corrosão  

Pneumática e hidráulica  

Ambiente,  Segurança,  Higiene  e  Saúde  no Trabalho ‐ conceitos básicos  

Empresa  

Qualidade e fiabilidade  

Preparação  do  trabalho,  planeamento  e orçamentação  

 

 Gestão da manutenção ‐ introdução  

Gestão de projecto  

Desenho  técnico  ‐  introdução  ao  CAD, desenho geométrico e geometria descritiva 

Desenho técnico ‐ representação e cotagem de peças  

Desenho  técnico  ‐  elementos  de  ligação  e desenho esquemático  

Desenho  técnico  ‐  noções  de  desenho  de construção civil  

Serralharia  de  bancada  ‐  operações elementares  

Maquinação ‐ operações elementares  

Processos de ligação  

Electricidade  

Instalações eléctricas industriais  

Automatismos ‐ introdução  

Mecânica dos fluídos  

Manutenção de orgãos e de equipamentos  

Termodinâmica  

Energias  

Energia solar  

Sistemas solares térmicos  

Colectores solares térmicos  

Projecto de sistema solar térmico ‐ selecção e dimensionamento  

Projecto  de  sistema  solar  térmico  ‐ 

1. Utilizar as técnicas de planeamento e organização do trabalho. 

2. Utilizar as técnicas de concepção de projectos de sistemas solares térmicos de pequena dimensão. 

3. Interpretar projectos de instalação de sistemas solares térmicos. 

4. Identificar os equipamentos e acessórios a instalar e as condições físicas exigidas à instalação de sistemas solares térmicos. 

5. Seleccionar os métodos de trabalho e os materiais necessários ao desenvolvimento dos trabalhos de instalação, de manutenção e de reparação de sistemas solares térmicos. 

6. Identificar as diversas fases do trabalho a executar e as actividades inerentes às mesmas. 

7. Aplicar as normas e procedimentos de saúde e segurança respeitantes à actividade profissional. 

8. Identificar as características e os princípios de funcionamento de sistemas solares térmicos. 

9. Identificar e utilizar as técnicas de instalação de sistemas solares térmicos. 

10. Identificar os diferentes tipos de materiais e seus comportamentos, bem como os equipamentos a utilizar na instalação de sistemas solares térmicos. 

11. Identificar e utilizar os equipamentos de medida e controlo adequados à instalação, ao arranque e ao diagnóstico de anomalias dos sistemas solares térmicos. 

12. Identificar e utilizar as técnicas de ensaio de sistemas solares térmicos. 

13. Identificar as anomalias em sistemas solares térmicos. 

14. Definir e utilizar as técnicas de reparação de sistemas solares térmicos de acordo com a anomalia detectada. 

15. Identificar e utilizar as técnicas de manutenção de sistemas solares térmicos. 

16. Utilizar a documentação técnica respeitante ao registo da actividade desenvolvida. 

 

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no Sector da Construção Análise do Estado da Arte 

  

Pág. 75 

Qualificação 

Referenciais de formação do CNQ 

Nível de qualificação 

Unidades de formação de curta duração (UFCD) 

Competências visadas 

construção  

Projecto  de  sistema  solar  térmico  ‐ instalação 

 

ARTICULAÇÃO  ENTRE  AS  PROFISSÕES  DA  CLASSIFICAÇÃO  NACIONAL  DE  PROFISSÕES  E  A  RESPOSTA  DE QUALIFICAÇÕES DO SNQ/CNQ  No  quadro  seguinte  são  apresentados  dados  relativos  às  respostas  formativas  do  sistema nacional de qualificações, no que concerne às saídas profissionais e atividades profissionais do setor da  construção  civil e da energia,  identificadas na Classificação Nacional de Profissões, que permite verificar a correspondência existente. 

Note‐se que para uma mesma atividade profissional/profissão existe no Sistema Nacional de Qualificações mais do que uma modalidade de educação e  formação que permite obter as respetivas competências. 

   

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Quadro 6.8 – – Oferta de qualificações dirigidas às profissões da CNP 

Profissão CNP Nível QNQ 

Cátalogo Nacional de Qualificações   

Formação de Jovens  Formação de adultos Form. Pós 

Secund. 

Cursos Profissionais 

Cursos de Aprendizagem 

Cursos EFA 

Formações Modulares 

CET 

Técnico  da  Construção  e Obras  Públicas  (Agente Tec de Arquit. e Eng.) 

5          X 

Medidor Orçamentista  4  X  X  X  X   

Técnico de instalações eléctricas  4  X  X  X  X   

Técnico de refrigeração e climatização (Técnico de Frio) 

4  X  X  X  x   

Técnico de manutenção ‐ Electricidade  4  X  X  X  x   

Técnico de redes ‐ Electricidade             

Desenhador Projectista             

Desenhador  4  X  X  X  X   

Pedreiro  2      X  X   

Montador de refractários (Assentador de Refract.)             

Cimenteiro             

Vibradorista – Construção Civil  2      X  X   

Enformador de “Prefabricados” ‐ Alvenaria             

Montador – Alvenarias Prefabricadas             

Montador de Pré‐Esforçados ‐ Betão             

Encarregado – Trabalhadores de Construção Civil e Obras Públicas 

4  X  X  X  X   

Carpinteiro de Limpos  2      X  X   

Carpinteiro de Toscos             

Vidraceiro ‐ Colocador             

Canalizador  2      X  X   

Montador de Tubagens             

Pintor – Construção Civil  2      X  X   

Limpa‐chaminés             

Electromecânico  de  Elevadores  e  Aparelhos Similares 

           

Electromecânico  de  Refrigeração  e  Climatização (Electromec. de Frio) 

2      X  X   

Electricista  –  Montador  de  Instalações  de  Alta Tensão 

           

Electricista  –  Montador  de  Instalações  de  Baixa Tensão 

2      X  X   

Electricista  de  Redes  –  Distribuição  de  Energia Eléctrica 

           

Instalador de Sistemas Solares Térmicos  4  X  X  X  X   

Instalador de Sistemas Solares Fotovoltaicos  4  X  X  X  X   

Instalador de Sistemas de Bioenergia  4  X  X  X  X   

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no Sector da Construção Análise do Estado da Arte 

  

Pág. 77 

 

6.1.4 Dados quantitativos relativos à oferta formativa 

CURSOS DE APRENDIZAGEM ‐ NÍVEL 4 DE QUALIFICAÇÃO Estes cursos são realizados em centros de formação profissional da rede do IEFP, I. P., noutras entidades tuteladas pelo ministério responsável pela área da formação profissional e em entidades formadoras públicas e privadas devidamente certificadas no âmbito do sistema de certificação de entidades formadoras. 

No que respeita a esta modalidade, que visa qualificar jovens para a entrada no mercado de trabalho,  em  regime  de  alternância,  e  quanto  às  áreas  de  educação  e  formação referenciadas,  a  frequência  é maioritária  nos  cursos  relativos  a  qualificações  da  área  de eletricidade e energia, quer ao nível da produção quer ao nível da sua utilização associada à funcionalidade dos edifícios – 71%, com particular  incidência dentro deste grupo dos cursos referentes  a  qualificações  relativas  a  instalações  elétricas,  climatização  e  instalação  de sistemas solares térmicos. 

No  âmbito  desta  oferta  formativa  a  área  de  educação  e  formação  de  construção  civil  e engenharia civil é a que apresenta menor nº de alunos em frequência.  

   

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no Sector da Construção Análise do Estado da Arte 

  

Pág. 78 

Quadro 6.9. – Nº de alunos inscritos em Cursos de Aprendizagem em 31 de Dezembro de 2011 

  NUT II   

Cursos – formação realizada em 2011  Alentejo  Algarve  Centro  Lisboa  Norte  Total Geral 

CONSTRUÇÃO CIVIL E ENGENHARIA CIVIL  5  15  29  27  186  262 

TÉCNICO DE DESENHO DA CONSTRUÇÃO CIVIL  5  15      78  98 

TÉCNICO DE MEDIÇÕES E ORÇAMENTOS      9  12  21  42 

TÉCNICO DE OBRA/CONDUTOR DE OBRA      9  15  55  79 

TÉCNICO DE TOPOGRAFIA      11    32  43 

ELECTRICIDADE E ENERGIA  56  43  202  352  833  1486 

TÉCNICO DE ELETROTECNIA          12  12 

TÉCNICO DE GÁS          16  16 

TÉCNICO DE INSTALAÇÕES ELÉCTRICAS  6  7  59  76  188  336 

TÉCNICO DE REFRIGERAÇÃO E CLIMATIZAÇÃO  26  26  41  94  220  407 

TÉCNICO  INSTALADOR  DE  SISTEMAS  DE BIOENERGIA 

      20  49  69 

TÉCNICO INSTALADOR DE SISTEMAS EÓLICOS      17  20  31  68 

TÉCNICO  INSTALADOR DE SISTEMAS SOLARES FOTOVOLTAICOS 

10    32    144  186 

TÉCNICO  INSTALADOR DE SISTEMAS SOLARES TÉRMICOS 

  10  53  142  173  378 

TÉCNICODE REFRIGERAÇÃO E CLIMATIZAÇÃO  14          14 

ELECTRÓNICA E AUTOMAÇÃO      35  57  263  355 

TÉCNICO  DE  ELETRÓNICA  E TELECOMUNICAÇÕES 

    35  47  188  270 

TÉCNICO  DE  ELETRÓNICA,  AUTOMAÇÃO  E COMANDO 

      10  75  85 

Total Geral  61  58  266  436  1282  2103 

 

   

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Aqc

Acrq

TÉC

CONSTRU

ÇÃO CIVIL E 

ENGEN

HARIA CIVIL

ELEC

TRICIDADE E EN

ERGIA

ELEC

TRÓNICA E 

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MAÇÃ

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A Figura 6.2 que  visam  aclimatização 

Figura 6.2 D

A distribuiçãocontexto a  reegião  ‐  técnqualificações

T

TÉCNICO

T

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TÉCNICO INS

TÉCN

TÉCNICO 

permite umaas  qualificaçe instalações

Distribuição de

o desta oferegião Norte nico  de  eletr referenciad

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TÉCNICO D

TÉCNICO D

TÉCNICO

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TÉCNICO INSTA

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NICO DE ELETRÓ

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a visualizaçãções  de  inss elétricas, d

e alunos por á

ta formativauma  vez qurotecnia  e  tas. 

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DE MEDIÇÕES E

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TÉCNICO D

TÉCNICO DE 

 DE INSTALAÇÕ

FRIGERAÇÃO E 

DE SISTEMAS D

ALADOR DE SIST

MAS SOLARES FO

SISTEMAS SOLA

ÓNICA E TELECO

CA, AUTOMAÇÃ

o mais objetstalador  de da área de ed

área de educa

a é assimétriue apresentatécnico  de  g

STRUÇÃO CIVIL

 ORÇAMENTOS

UTOR DE OBRA

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ELETROTECNIA

ÉCNICO DE GÁS

ÕES ELÉCTRICAS

CLIMATIZAÇÃO

DE BIOENERGIA

TEMAS EÓLICOS

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ARES TÉRMICOS

OMUNICAÇÕES

ÃO E COMANDO

Formação pa

tiva da maiosistemas  s

ducação e fo

ação e formaç

ica em terma ofertas nãgás  –  e  ofer

42

7

43

12

16

69

68

0 50 10

L

S

A

A

A

S

S

O

A

S

S

S

S

O

BUara as Renováv

An

or incidência solares  térmrmação da e

ção e por curs

os regionais ão existentesrece  cursos 

98

79

9

8

18

85

00 150 200

UILD‐UP SKILLS veis e Eficiênciano Sector da 

nálise do Estad

de alunos nmicos,  refrigeletricidade e

sos de aprend

salientandos em nenhuem  todas  a

86

270

250 300 3

PORTUGAL a Energética Construção do da Arte 

Pág. 79 

nos cursos eração  e e energia. 

dizagem  

o‐se neste ma outra s  áreas  e 

336

421

378

350 400 450 

1

0

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CONSTRU

ÇÃO CIVIL E 

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CURSOS PROFISEstes  cursos pública e priv

No que resperabalho, assrabalho, emeferenciadaseletricidade e

TÉCNICO

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eita a esta msociando a  fo entidades ds,  a  frequêne energia, q

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TÉCNICO DE

TÉCNICO DE

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ÉCNICO INSTAL

ÉCNICO INSTALAFO

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DE ELETRÓNICA

rve Centro

6.3. Distribui

VEL 4 DE QUA

volvidos  em 

modalidade, ormação  teódos setores dncia  é  maiouer ao nível 

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ÓNICA E TELECO

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ção de cursos

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que visa quaórica à  formade atividaderitária  nos da produçã

STRUÇÃO CIVIL

ORÇAMENTOS

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ELETROTECNIA

CNICO DE GÁS

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E BIOENERGIA

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s de aprendiza

fissionais  e 

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0% 10% 20

BUara as Renováv

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UILD‐UP SKILLS veis e Eficiênciano Sector da 

nálise do Estad

T II 

secundárias

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% 60% 70% 80

PORTUGAL a Energética Construção do da Arte 

Pág. 80 

s  da  rede 

ercado de ntexto de formação a  área  de ssociada à 

% 90%100%

 

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BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética 

no Sector da Construção Análise do Estado da Arte 

  

Pág. 81 

funcionalidade dos edifícios – 71% ‐ com particular  incidência dentro deste grupo dos cursos relativos a energias renováveis e instalações elétricas. 

Salienta‐se  o  n.º  de  alunos  em  frequência  no  curso  relativo  à  qualificação  de  técnico  de eletrónica,  automação  e  comando,  não  apenas  no  conjunto  dos  cursos  profissionais mas sobretudo em relação ao n.º de alunos em formação para a mesma qualificação nos cursos de aprendizagem.  

Tal  como  nos  cursos  de  aprendizagem  é  a  área  da  construção  civil  e  engenharia  civil  que apresenta menor n.º de alunos, mesmo quando associamos o n.º de alunos em frequência no curso  relativo à qualificação de  técnico de  recuperação do património edificado, o qual por razões técnico‐científicas se encontra integrado na área de educação e formação de História e Arqueologia. 

Quadro 6.10. – Nº de alunos inscritos em Cursos Profissionais em 31 de Dezembro de 2011 

Formação realizada 2011  NUT II   

Área de educação e formação   Alentejo  Algarve  Centro  Lisboa  Norte  Total Geral 

Construção Civil e Engenharia Civil  10  33  350  173  226  792 

Técnico de Construção Civil  10  33  350  173  226  792 

Eletricidade e Energia  489  465  2324  1196  2595  7069 

Técnico de Eletricidade Naval    18  13  48    79 

Técnico de Eletrotecnia  49    428  52  429  958 

Técnico de Energias Renováveis  240  269  1288  794  1459  4050 

Técnico de Frio e Climatização  35  42  79  98  122  376 

Técnico de Gás      34    8  42 

Técnico de Instalações Elétricas  165  136  482  204  577  1564 

Eletrónica e Automação  151  20  440  580  794  1985 

Técnico de Eletrónica e Telecomunicações 

13    127  265  118  523 

Técnico de Eletrónica, Automação e Comando 

66  20  299  292  519  1196 

Técnico de Eletrónica, Automação e Instrumentação 

72    14  23  157  266 

História e Arqueologia        25  49  74 

Técnico de Recuperação do Património Edificado 

      25  49  74 

Total Geral  650  518  3114  1974  3664  9920 

 

A  Figura  6.4  permite  evidenciar  a  tendência  de  formação  dos  jovens  para  as  qualificações relacionadas  com  as  energias  renováveis  (eólica,  solar  fotovoltaica  e  solar  térmica  e bioenergia). 

 

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no Sector da Construção Análise do Estado da Arte 

  

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Figura 6.4. Distribuição de alunos por área de educação e formação e por Cursos Profissionais 

Nesta modalidade  de  educação  e  formação  –  Cursos  Profissionais  ‐  observa‐se  uma maior distribuição  da  oferta  pelas  regiões  (caso  do  curso  de  eletrónica,  automação  e  comando), ainda que se verifique, tal como nos cursos de aprendizagem, ofertas não existentes em todas as regiões – técnico de gás e técnico de recuperação do património edificado.  

Verifica‐se de  igual modo que a região Norte, ainda que não apresente oferta para todos os cursos referenciados é aquela que maior diversidade de oferta disponibiliza. 

792

79

958

4050

376

42

1564

523

1196

266

74

0 500 10001500200025003000350040004500

TÉCNICO DE CONSTRUÇÃO CIVIL

TÉCNICO DE ELECTRICIDADE NAVAL

TÉCNICO DE ELECTROTECNIA

TÉCNICO DE ENERGIAS RENOVÁVEIS

TÉCNICO DE FRIO E CLIMATIZAÇÃO

TÉCNICO DE GÁS

TÉCNICO DE INSTALAÇÕES ELÉCTRICAS

TÉCNICO DE ELECTRÓNICA E TELECOMUNICAÇÕES

TÉCNICO DE ELECTRÓNICA, AUTOMAÇÃO E COMANDO

TÉCNICO DE ELECTRÓNICA, AUTOMAÇÃO E INSTRUMENTAÇÃO

TÉCNICO DE RECUPERAÇÃO DO PATRIMÓNIO EDIFICADO

CONSTRU

ÇÃ

OCIVILE

ENGEN

HARIA

CIVIL

ELEC

TRICIDADEEEN

ERGIA

ELEC

TRÓNICAEAUTO

MAÇÃ

O

HISTÓ

RIAE

ARQ

UELOGIA

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CONSTRU

ÇÃ

OCIVILE

ENGEN

HARIA

CIVIL

ELEC

TRICIDADEEEN

ERGIA

ELEC

TRÓNICAEAUTO

MAÇÃ

O

HISTÓ

RIAE

ARQ

UELOGIA

ALENTEJO

TÉCNICO

TÉCNICO DE E

ÉCNICO DE ELECTRÓ

TÉCNICO DE RE

ALGARVE C

Figu

TÉCNICO DE

TÉCNICO DE EL

TÉCNICO

TÉCNICO DE EN

TÉCNICO DE F

TÉCNICO DE INST

DE ELECTRÓNICA E

ELECTRÓNICA, AUTO

NICA, AUTOMAÇÃO

CUPERAÇÃO DO PAT

CENTRO LISBO

ra 6.5 Distrib

 

E CONSTRUÇÃO CIVI

LECTRICIDADE NAVA

O DE ELECTROTECNIA

NERGIAS RENOVÁVEI

FRIO E CLIMATIZAÇÃO

TÉCNICO DE GÁ

TALAÇÕES ELÉCTRICA

TELECOMUNICAÇÕE

MAÇÃO E COMANDO

E INSTRUMENTAÇÃO

TRIMÓNIO EDIFICADO

OA NORTE

uição de Curs

0% 10% 2

IL

AL

A

IS

O

ÁS

AS

ES

O

O

O

Formação pa

sos Profission

20% 30% 40

BUara as Renováv

An

ais por NUT I

0% 50% 60%

UILD‐UP SKILLS veis e Eficiênciano Sector da 

nálise do Estad

% 70% 80%

PORTUGAL a Energética Construção do da Arte 

Pág. 83 

90% 100%

 

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no Sector da Construção Análise do Estado da Arte 

  

Pág. 84 

CURSOS DE EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO DE ADULOTS – NÍVEL 2 E NÍVEL 4 DE QUALIFICAÇÃO Estes  cursos  são desenvolvidos em  centros de  formação profissional, entidades  formadoras certificadas, escolas profissionais e escolas básicas e secundárias, da rede pública e privada. 

No que respeita a esta modalidade de educação e formação, que visa qualificar adultos para a reinserção e melhoria das competências dos ativos, associando a formação teórica à formação técnica  com  formação em  contexto de  trabalho, em entidades dos  setores de atividade, os dados que  são passíveis de apresentação neste  relatório permitem verificar as variações da oferta formativa e do nº de alunos em frequência de 2010 para 2011. 

De 2010 para 2011 verifica‐se uma diminuição do n.º de alunos de  cerca de 75%, a par da diminuição das ofertas formativas nas várias áreas de educação e formação em análise. 

As  qualificações  de  nível  2  de  qualificação  do  QNQ  que  correspondem  a  uma  habilitação escolar de nível básico, aumentaram o nº de alunos verificando‐se contudo que apenas para uma qualificação existiu formação – soldador.  

Relativamente  ao  nível  4  de  qualificação  do  QNQ  não  foi  realizada  formação  para  as qualificações  de  técnicos  de  topografia,  de  eletrotecnia,  de  instalador  de  sistemas  de bioenergia e de instalador de sistemas eólicos, no período considerado. 

   

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Pág. 85 

Quadro 6.11 ‐ Nº de alunos inscritos em cursos EFA em 2010 

  NUT II   

Área de educação e formação – cursos EFA  Alentejo  Algarve  Centro   Lisboa  Norte  N.º Alunos 

Nível 2 de qualificação do QNQ   16    28  21    65 

Construção civil e engenharia civil      12      12 

Pedreiro      12      12 

Metalurgia e Metalomecânica  16    16  21    53 

Serralheiro Civil        21    37 

Soldador  16    16      16 

Nível 4 de qualificação do QNQ   210  36  502  501  879  2128 

Construção civil e engenharia civil  84  24  124  123  288  643 

Técnico de desenho de construção civil      15  34  118  167 

Técnico de medições e orçamentos  18    13  35  35  101 

Técnico de obra/condutor de obra  66  24  58  54  114  316 

Técnico de topografia      38    21  59 

Eletricidade e energia  112  12  367  364  506  1361 

Técnico de electrotecnia        21  20  41 

Técnico de gás      14  33    47 

Técnico de instalações elétricas  36    80  29  98  243 

Técnico de refrigeração e climatização      30  104  53  187 

Técnico inst. sistemas de bioenergia    12      15  27 

Técnico inst. sistemas eólicos      21      21 

Técnico instalador de sistemas solares fotovoltaicos 

32    81  101  113  327 

Técnico instalador de sistemas solares térmicos  44    141  76  207  468 

Eletrónica e automação  14    11  14  85  124 

Técnico de electrónica e telecomunicações  14    11    70  84 

Técnico de eletrónica, automação e comando        14  15  40 

Total Geral  226  36  530  522  879  2193 

 

 

 

   

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Quadro 6.12 ‐ Nº de alunos inscritos em cursos EFA em 2011 

  NUT II   

Área de educação e formação – cursos EFA  Alentejo  Algarve  Centro   Lisboa  Norte  N.º Alunos 

Nível 2 de qualificação do QNQ   19      34  19  72 

Metalurgia e Metalomecânica  19      34  19  72 

Soldador  19      34  19  72 

Nível 4 de qualificação do QNQ   73  36  162  181  56  508 

Construção civil e engenharia civil    16  45  70    131 

Técnico de desenho de construção civil      20  18    38 

Técnico de medições e orçamentos        18    18 

Técnico de obra/condutor de obra    16  25  34    75 

Eletricidade e energia  58  20  95  70  56  299 

Técnico de gás        18    18 

Técnico de instalações elétricas  11  20    19  56  106 

Técnico de refrigeração e climatização      31      31 

Técnico  instalador  de  sistemas  solares fotovoltaicos 

31    31  33    95 

Técnico instalador de sistemas solares térmicos  16    33      49 

Eletrónica e automação  15    22  41    78 

Técnico de eletrónica, automação e comando  15    22  41    78 

Total Geral  92  36  162  215  75  580 

 

O gráfico abaixo permite observar notoriamente a diminuição do n.º de alunos nas ofertas formativas do ano de 2010 para o ano de 2011. 

É de realçar a quebra nos cursos das qualificações de  técnico  instalador de sistemas solares térmicos  (aprox.  89%),  técnico  de  refrigeração  e  climatização  (aprox.  83%)  e  técnico  de medições e orçamentos (aprox. 80%). 

Salienta‐se que no caso da qualificação de técnico de refrigeração e climatização a tendência é contrária à das formações para jovens. 

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Figura 6.6 ‐ Distribuição de alunos por ano, por área de educação e formação e por Cursos EFA e nível de qualificação. 

 

12

37

16

167

101

316

59

41

47

243

187

27

21

327

468

84

40

72

38

18

75

18

106

31

95

49

78

0 50 100150200250300350400450500

PEDREIRO

SERRALHEIRO CIVIL

SOLDADOR

TÉCNICO DE DESENHO DE CONSTRUÇÃO CIVIL

TÉCNICO DE MEDIÇÕES E ORÇAMENTOS

TÉCNICO DE OBRA/CONDUTOR DE OBRA

TÉCNICO DE TOPOGRAFIA

TÉCNICO DE ELETROTECNIA

TÉCNICO DE GÁS

TÉCNICO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

TÉCNICO DE REFRIGERAÇÃO E CLIMATIZAÇÃO

TÉCNICO INSTALADOR DE SISTEMAS DE BIOENERGIA

TÉCNICO INSTALADOR DE SISTEMAS EÓLICOS

TÉCNICO INSTALADOR DE SISTEMAS SOLARES FOTOVOLTAICOS

TÉCNICO INSTALADOR DE SISTEMAS SOLARES TÉRMICOS

TÉCNICO DE ELETRÓNICA E TELECOMUNICAÇÕES

TÉCNICO DE ELETRÓNICA, AUTOMAÇÃO E COMANDO

CONSTR

UÇÃ

O

CIVILE

ENGEN

H

ARIA

CIVIL

METALU

RGIA

E

METALO

MEC

ÂNIC

A

CONSTRU

ÇÃOCIVILEEN

GEN

HARIA

CIVIL

ELETRICIDADEEEN

ERGIA

ELETRÓ

NICAE

AUTO

MAÇÃ

O

24

2011 2010

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no Sector da Construção Análise do Estado da Arte 

  

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Os gráficos seguintes revelam os seguintes aspetos, relativos à formação desenvolvida através de Cursos EAF: 

Cursos concentrados em algumas regiões: 

2010 – Pedreiro, soldador e Técnico instalador de sistemas eólicos 

2011  ‐  Técnico  de  gás,  técnico  de  refrigeração  e  climatização  e  técnico  de medições e orçamentos 

Regiões com pouca diversidade de oferta: 

2010 – Algarve e Alentejo 

2011 – Algarve e Norte  

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24

  

CONSTR

UÇÃ

O

CIVILE

ENGEN

HM

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RGIA

E

Alente

Figura 6.7

TÉCNICO

T

ARIA

CIVIL

METALO

MEC

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CA

CONSTRU

ÇÃOCIVILE

ENGEN

HARIACIVIL

ELETRICIDADEEEN

ERGIA

ELETRÓ

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AUTO

MAÇÃ

O

ejo Algarv

7 ‐ Distribuiçã

TÉCNICO D

TÉC

TÉC

T

TÉCNICO

TÉCNICO INSTA

TÉCNICO

O INSTALADOR DE

TÉCNICO INSTALAD

TÉCNICO DE

TÉCNICO DE ELET

ve Centro

ão de Cursos E

S

DE DESENHO DE C

CNICO DE MEDIÇÕ

NICO DE OBRA/CO

TÉCNIC

TÉCNICO

TÉCNICO DE INSTA

O DE REFRIGERAÇÃ

ALADOR DE SISTEM

O INSTALADOR DE

SISTEMAS SOLARE

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E ELETRÓNICA E TE

TRÓNICA, AUTOMA

o  Lisboa

EFA no ano de

PEDREIRO

SERRALHEIRO CIVI

SOLDADOR

CONSTRUÇÃO CIVI

ES E ORÇAMENTOS

ONDUTOR DE OBRA

CO DE TOPOGRAFIA

O DE ELETROTECNIA

TÉCNICO DE GÁ

ALAÇÕES ELÉTRICAS

O E CLIMATIZAÇÃO

MAS DE BIOENERGIA

SISTEMAS EÓLICOS

ES FOTOVOLTAICOS

SOLARES TÉRMICOS

ELECOMUNICAÇÕES

AÇÃO E COMANDO

Norte

Formação pa

e 2010, por ní

0% 10% 20%

O

L

R

L

S

A

A

A

S

S

O

A

S

S

S

S

O

BUara as Renováv

An

ível de qualifi

% 30% 40% 5

UILD‐UP SKILLS veis e Eficiênciano Sector da 

nálise do Estad

icação e por N

50% 60% 70%

PORTUGAL a Energética Construção do da Arte 

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NUT II 

% 80% 90%100

 

0%

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METALU

RGI

AE

METALO

ME

CONSTRU

ÇÃOCIVILEEN

GEN

HARIA

ELETRÓ

NIC

AE

AUTO

MAÇÃ

24

Alentejo

Figura 6.8

TÉCNICO IN

TÉCN

CÂNICA

CIVIL

ELETRICIDADEEEN

ERGIA

O

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8 ‐ Distribuiçã

TÉCNICO DE D

TÉCNIC

TÉCNICO

TÉC

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NICO INSTALADOR

ÉCNICO DE ELETRÓ

Centro  L

ão de Cursos E

DESENHO DE CON

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O DE OBRA/COND

T

NICO DE INSTALAÇ

REFRIGERAÇÃO E

TEMAS SOLARES FO

DE SISTEMAS SOLA

NICA, AUTOMAÇÃ

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EFA no ano de

0%

SOLDADOR

STRUÇÃO CIVIL

E ORÇAMENTOS

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ÉCNICO DE GÁS

ÇÕES ELÉTRICAS

CLIMATIZAÇÃO

OTOVOLTAICOS

ARES TÉRMICOS

ÃO E COMANDO

te

Formação pa

e 2011, por ní

% 10% 20% 3

BUara as Renováv

An

ível de qualifi

30% 40% 50%

UILD‐UP SKILLS veis e Eficiênciano Sector da 

nálise do Estad

icação e por N

% 60% 70% 80%

PORTUGAL a Energética Construção do da Arte 

Pág. 90 

NUT II 

% 90%100%

 

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no Sector da Construção Análise do Estado da Arte 

  

Pág. 91 

6.1.5 Apreciação global Em síntese, constata‐se através dos dados apresentados os seguintes aspetos que se relevam, no âmbito do Sistema Nacional de Qualificações: 

Assimetrias  regionais  relativamente à oferta  formativa quanto às qualificações e quanto às modalidades de educação e formação; 

Investimento  nas  formações  relativas  às  qualificações  associadas  às  energias renováveis, quer na qualificação inicial de jovens quer na qualificação dos adultos, especialmente  no  que  respeita  à  instalação  de  equipamentos  solares  quer fotovoltaicos quer térmicos; 

Diminuição  abrupta  em  2011  da  oferta  formativa  para  os  adultos,  ao  nível  da modalidade de educação e formação EFA, no âmbito das qualificações associadas ao setor da construção e energia. 

Relativamente  às  formações  modulares  no  âmbito  do  SNQ/CNQ,  destinadas  a  ativos,  no contexto  da  formação  contínua,  bem  como  às  formações  pós‐secundárias  não  superiores (CET), os respetivos processos de monitorização encontram‐se em fase de implementação. 

   

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Pág. 92 

6.2 Cursos de  formação para a eficiência energética e energias renováveis nos edifícios 

A  Direção  Geral  de  Energia  e  Geologia,  pela  Portaria  1451/2004  de  26  de  Novembro, entretanto  revogada  pelo  Decreto‐Lei  nº  92/2011,  de  27  de  Julho,  enquanto  entidade certificadora  foi‐lhe  atribuída  a  competência  para  emitir  os  CAP  (certificação  de  Aptidão Profissional) e reconhecer cursos de formação para técnicos  instaladores de sistemas solares térmicos.  Neste  âmbito,  foram  reconhecidas,  pela  DGEG,  37  entidades  formadoras  que formarem 10.135 instaladores de Sistemas Solares Térmicos.  

A  estas  entidades  foi  solicitada  resposta  a  um  questionário  relativo  às  formações  que ministravam no setor da energia. Obteve‐se  resposta de 11 entidades que seguidamente se analisa. De notar que, alguma da formação aqui identificada poderá já estar incluída na análise da formação inserida no SNQ, explicitada no ponto anterior deste relatório. 

Tendo em consideração a variedade de ações de formação, dividiu‐se as formações realizadas em gás, eletricidade, eficiência energética, sistemas solar térmico e sistemas AVAC, tendo sido apenas contempladas aquelas que se encontravam no período compreendido entre os anos de 2005 e 2012. 

No Quadro  6.13  encontra‐se  a  distribuição  das  ações  de  formação  pelas  categorias  acima indicadas. 

Quadro 6.13 ‐ Distribuição das ações de formação. 

Área de formação 

N.º Formandos Formandos Aprovados 

Horas de formação 

N.º Formações 

H. formação X formando 

Formandos aprovados 

Gás  282  271  4.945  26  131.838  96% 

Eletricidade  750  693  48.545  59  609.996  92% 

Solar Térmico  1.008  791  23.529  54  391.092  78% 

AVAC  24  23  48  2  1.108  96% 

Eficiência Energética 

26  13  94  3  2.444  50% 

total  2.090  1.791  77.161  144  1136.478  86% 

 

Seguidamente  é  feita  uma  análise  das  ações  de  formação  para  cada  uma  das  categorias identificadas. De notar que  as  ações de  formação  aqui  consideradas podem  ser  formações iniciais (de  longa duração) ou formação contínua (de curta duração e, que se trata de dados relativos á formação desenvolvida apenas por 11 empresas. 

6.2.1 Formação para técnicos de gás: Realizaram‐se  26  ações  de  formação  de  gás,  tendo  sido  frequentadas  por  282  formandos. Destas ações 24  tiveram uma carga horária  inferior a 1000 horas e  foram  frequentadas por 250 formandos, enquanto 32 tiveram uma carga horária superior a 1000 horas. 

   

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BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética 

no Sector da Construção Análise do Estado da Arte 

  

Pág. 93 

Quadro 6.14 ‐ Ações de formação de gás. 

Gás  N.º Formandos  Formandos aprovados 

N.º Formações 

Formandos aprovados 

Diferencial de horas 

Inferior a 1000h  250  245  24  98%  Entre 8h e 225h 

Superior a 1000h  32  26  2  81%  Entre 2045h e 2080h 

 

6.2.2 Formação para técnicos de eletricidade: Dentro desta categoria encontram‐se as ações de formação de especialistas de eletricidade e de instaladores de sistemas fotovoltaicos. 

Quadro 6.15 ‐ Ações de formação de especialistas de eletricidade e de instaladores de sistemas fotovoltaicos. 

Eletricidade N.º 

Formandos Formandos aprovados 

N.º Formações 

Formandos aprovados 

Diferencial de horas 

Fotovoltaico (inf. 1000h) 

241  217  16  90%  Entre 32h e 175h 

Fotovoltaico (sup. 1000h) 

14  10  1  71%  2070h 

Eletricidade (inf. 1000h) 

151  145  10  96%  Entre 25h e 100h 

Eletricidade (sup. 1000h) 

344  321  32  93%  Entre 1060h e 3anos 

Total Inferior a 1000h 

392  362  26  92%  Entre 25h e 175h 

Total Superior a 1000h 

358  331  33  92%  Entre 1060h e 3anos 

Formação a decorrer  87  Decorrer  5  Decorrer  Entre 2070h e 3anos 

 

Realizaram‐se 59 cursos de eletricidade frequentados por 750 formandos, com uma oscilação de horas de formação entre as 25h e os 3 anos. A formação no ramo de eletricidade foi divida em sistemas de fotovoltaico e em eletricidade.  

Dentro de  cada uma das especialidades,  foi  realizado um  tratamento aos dados  fornecidos para em formações inferiores a 1000horas e superiores a 1000h  

6.2.3 Formação para técnicos de solar térmico: Realizaram‐se  54  ações  de  formação  de  instaladores  de  sistemas  solares  térmicos frequentadas por 1008 formandos, sendo que o número de horas de cada ação oscila entre as 25h e as 3291h. 

 

 

 

 

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BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética 

no Sector da Construção Análise do Estado da Arte 

  

Pág. 94 

Quadro 6.16 ‐ Ações de formação de instaladores de sistemas solares térmicos. 

Solar térmico  N.º Formandos 

Formandos aprovados 

N.º Formações 

Formandos aprovados 

Diferencial de horas 

Inferior a 1000h  815  738  45  91%  Entre 25h e 125h 

Superior a 1000h  183  53  9  29%  Entre 1180h e 3291h 

Formação a decorrer 

45  Decorrer  3  Decorrer  Entre 40h e 3anos 

 

6.2.4 Formação para técnicos de AVAC: Realizaram‐se 3 ações de formação para instaladores de aparelhos AVAC frequentados por 24 formandos, com uma carga horária de24h. 

Quadro 6.17 ‐ Ações de formação para instaladores de aparelhos AVAC. 

AVAC  N.º Formandos 

Formandos aprovados 

N.º Formações 

Formandos aprovados 

Diferencial de horas 

Inferior a 1000h  24  23  2  96%  24h 

Formação  a decorrer 

7  Decorrer  1  Decorrer  76h 

 

6.2.5 Formação para técnicos de Eficiência Energética: Houve 3  cursos  sobre o  tema da Eficiência Energética  frequentados por 26  formandos  com uma oscilação de horas de formação entre as 16h e as 370h. 

Quadro 6.18 – Cursos sobre eficiência energética. 

Efcicência Energética 

N.º Formandos  Formandos aprovados 

N.º Formações  Formandos aprovados 

Diferencial de horas 

Inferior a 1000h  26  13  3  50%  Entre 16h e 44h 

Formação  a decorrer 

7  Decorrer  3  Decorrer  Entre 350h e 370h 

 

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7

7.1

Aqe

Ecee

Ade2

  35

36

LACUNASNECESSID

Evolução

A evolução dque ocorre a emprego, o q

Esse declínioconstrução eem  9,1%  emevolução do e

Fonte

A queda do edo  desempreeconómica, e21%, situand

                      5 : Instituto Nac

6 Overview of th

12.1

0

5

10

2000

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o da força d

a taxa de emnível nacion

que correspo

o  também  seem  termos dm  2011.  Na emprego nes

e: Instituto NaFigura 7.1 Em

emprego no ego. O  deseevidencia quo‐se em cerc

                      

cional de Estatís

he employment

11.512.

2001 200

OMPETÊNCRA 2020

de trabalho

mprego no snal e, em 201onde a uma r

e  reflete na do número  trealidade,  este sector na

cional de Estamprego na co

sector da comprego  regue, no sectorca de 70 mil 

              

stica, Estatística

market - Annua

211.5

1

02 2003 20

CIAS  ENT

o  

ector da con11, registou‐redução de 4

percentagemtotal de popesta  é  uma a última déca

atística, Estatonstrução civi

onstrução é istado  (à  prr da construinscritos, o q

as do Emprego

al Report 2011,

0.7 10.8

004 2005

Year

Formação pa

TRE  A  S

nstrução temse um decré42 100 trabal

m da populapulação emptendência  qada. 

ísticas do Empil em relação 

acompanharocura  de  umção, o crescque represen

, 4º trimestre 2

Institute of Emp

10.7 11

2006 2007

rs

BUara as Renováv

An

SITUAÇÃO

m seguido a téscimo de 8,7lhadores ent

ação  com emregada em que  tem  vin

prego, 4º trimao emprego t

da, por um m  novo  empimento entrnta 14,4% do

2011

ployment and Vo

10.710

2008 200

UILD‐UP SKILLS veis e Eficiênciano Sector da 

nálise do Estad

O  ATUAL 

tendência de7% da popultre 2010‐201

mprego no Portugal,  sitndo  a  acom

mestre 2011 total (%) 

aumento sigprego),  por re 2009 e 20o total nacion

ocational Trainin

0 9.79

09 2010 20

PORTUGAL a Energética Construção do da Arte 

Pág. 95 

E  AS 

e declínio ação com 1135.

sector da tuando‐se panhar  a 

gnificativo atividade 011 foi de nal36.

ng (IEFP)

9.1

011

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Pág. 96 

Os  cinco  tipos  de  ocupações  com  maior  número  de  candidatos,  durante  o  ano  de  2011 incluem os trabalhadores da construção, como podemos constatar pela tabela seguinte. 

Tabela 7.1 Ocupações com o maior número de inscritos (desempregados registados por profissão) 

OCUPAÇÕES  COM  O  MAIOR  NÚMERO  DE INSCRITOS 

DEZ‐10 DEZ‐11  VAR. 

5.1 Pessoal dos serviços de proteção e segurança 64537 72158 11,8%

9.1 Trabalhadores não qualificados dos serviços e comércio 65285 68203 4,5%

4.1 Empregados de escritório 54192 59976 10,7%

9.3 Trabalhadores não qualificados das Minas, da Construção e Obras Públicas, da Indústria Transformadora e dos Transportes

46646 50252 7,7%

7.1 Operários, Artífices e Trabalhadores Similares das Indústrias Extractivas e da Construção Civil

44118 52110 18,1%

Fonte: Situação do Mercado de Emprego – Relatório Anual 2011, Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP)

Embora não faça parte do grupo de profissões com maior desemprego oficial, existem outras profissões  que  desenvolvem  a  sua  actividade  na  área  da  construção  em  que  o  número  de inscritos nos centros de emprego aumentou acima da média nacional  (que em 2011 era de 10,9%):  

Tabela7.2. Outras ocupações com elevada taxa de crescimento de desemprego 

OCUPAÇÕES  COM  ELEVADA  TAXA  DE CRESCIMENTO DE DESEMPREGO 

DEZ‐10 DEZ‐11  VAR. 

7.2 Trabalhadores da Metalurgia e da Metalomecânica e Trabalhadores Similares 20361 23806 16,9%

3.1 Técnicos de nível intermédio da física, química e engenharia 17308 20851 20,5%

Fonte: Situação do Mercado de Emprego – Relatório Anual 2011, Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP)

Complementando esta análise e, como parte do ajustamento entre a procura e a oferta de emprego, podemos constatar que as propostas de trabalho recebidas no Instituto de Emprego e  Formação  Profissional  (IEFP)  têm  diminuído  em  todos  os  seguintes  grupos  de profissões/ocupações: 

   

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Pág. 97 

Tabela 7.3 Ofertas de emprego recebida por profissão/ocupação 

OFERTAS DE EMPREGO  DEZ‐10 DEZ‐11  VAR. 

3.1 Técnicos de nível intermédio da física, química e engenharia 3085 2447 -20,7%

7.1 Operários, Artífices e Trabalhadores Similares das Indústrias Extractivas e da ConstruçãoCivil

8826 6440 -27,0%

7.2 Trabalhadores da Metalurgia e da Metalomecânica e Trabalhadores Similares 7326 6299 -14,0%

9.3 Trabalhadores não qualificados das Minas, da Construção e Obras Públicas, da Indústria Transformadora e dos Transportes

14319 12261 -14,4%

Fonte: Situação do Mercado de Emprego – Relatório Anual 2011, Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP)

Em termos gerais, pode‐se também afirmar que as ofertas de emprego recebidas no sector da construção diminuíram em cerca de 31% de 2010 para 2011. 

Tabela7.4. Estrutura das Colocações de desempregados por profissão 

Colocações de desempregados  DEZ‐10 DEZ‐11  VAR. 

3.1 Técnicos de nível intermédio da física, química e engenharia 1099 923 -16,0%

7.1 Operários, Artífices e Trabalhadores Similares das Indústrias Extractivas e da ConstruçãoCivil

3913 3144 -19,7%

7.2 Trabalhadores da Metalurgia e da Metalomecânica e Trabalhadores Similares 2944 2835 -3,7%

9.3 Trabalhadores não qualificados das Minas, da Construção e Obras Públicas, da Indústria Transformadora e dos Transportes

8648 8452 -2,3%

Fonte: Situação do Mercado de Emprego – Relatório Anual 2011, Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP)

Pode‐se ainda observar que, o número de  colocações em  todas as  categorias de profissões anteriormente identificadas também dimunuiu. 

Em  síntese,  pelo  aumento  do  desemprego  e  a  redução  de  ofertas  de  emprego,  podemos concluir que, existe uma disparidade entre os pedidos e a oferta de emprego, o que se tem acentuado  nos  últimos  anos.  Isso  reforça  a  importância  e  necessidade  de melhor  e mais qualificado emprego no sector da construção. 

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7.2 Necessidades de competências 

Apresenta‐se neste parágrafo a apreciação efectuada aos perfis de competências relacionadas com  as  ocupações,  no  sector  da  construção  com  as  competências‐chave  para melhorar  a eficiência energética e integração de energias renováveis nos edifícios. 

A análise foi dividida em cinco sub‐áreas de acordo com a seguinte classificação: 

Produção de electricidade a partir de fontes de energia renováveis; 

Produção de energia térmica a partir de fontes de energia renováveis; 

Sistemas AVAC, caldeiras e outros equipamentos a gás; 

Outros equipamentos elétricos; 

Constução civil. 

Entre as competências e de acordo com um painel de especialistas, as competências que têm uma influência média ou alta na eficiência energética e integração de energias renováveis em edifícios (competências‐chave) são apresentados nas tabelas a seguir. 

7.2.1 Produção de electricidade a partir de fontes de energia renováveis 

OCCUPATION  KEY SKILLS

Electrical mechanics and fitters which includes photovoltaic systems installer

- fitting, adjusting and repairing various kinds of electrical machinery and motors, generators, switchgear and control apparatus, instruments, or electrical parts of elevators and related equipment;

- fitting, adjusting and repairing electrical parts in domestic appliances, industrial machines and other appliances;

- inspecting and testing manufactured electrical products;

- installing, testing, connecting, commissioning, maintaining and modifying electrical equipment, wiring and control systems;

- designing, installing, maintaining, servicing and repairing electric and hydraulic passenger and freight lifts, escalators, moving walkways and other lift equipment;

- connecting electrical systems to power supply;

- replacing and repairing defective parts.

Specifically for photovoltaic systems installer:

- Know the requirements of the relevant regulations/ standards and safety conditions relating to practical installation, testing and commissioning activities for solar photovoltaic system installation;

- Know the preparatory work required for solar photovoltaic system installation work namely how to interpret design documents and to identify equipment to install;

- Know the layouts and the requirements for installing solar photovoltaic module arrays, namely the suitability of the proposed location and position of the PV modules for optimum collection capacity.

- Plan and prepare for the installation of a new solar photovoltaic system.

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- Install solar photovoltaic system components.

- Inspect and test a new solar photovoltaic system installation.

- Commission a new solar photovoltaic system installation

- Know the requirements for the routine inspection, service and maintenance of solar photovoltaic systems.

Building and related electricians

- installing, maintaining and repairing electrical wiring systems and related equipment in various buildings such as schools, hospitals, commercial establishments, residential buildings and other structures;

- examining blueprints, wiring diagrams and specifications to determine sequences and methods of operation;

- planning layout and installation of electrical wiring, equipment and fixtures, based on job specifications and relevant standards;

- inspecting electrical systems, equipment, and components to identify hazards, defects, and the need for adjustment or repair;

- selecting, cutting and connecting wire and cable to terminals and connectors;

- measuring and laying out installation reference points;

- positioning and installing electrical switchboards;

- testing continuity of circuit.

Electrical engineering technicians

- designing and preparing blueprints of electrical installations and circuitry according to the specifications given;

- preparing detailed estimates of quantities and costs of materials and labour required for manufacture and installation according to the specifications given;

- monitoring technical aspects of the manufacture, installation, utilization, maintenance and repair of electrical systems and equipment to ensure satisfactory performance and compliance with specifications and regulations;

- planning installation methods, checking completed installation for safety and controls or undertaking the initial running of the new electrical equipment or systems;

- assembling, installing, testing, calibrating, modifying and repairing electrical equipment and installations to conform with regulations and safety requirements.

   

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7.2.2 Produção de energia térmica a partir de fontes de energia renováveis 

OCCUPATION  KEY SKILLS

Electrical mechanics and fitters which includes solar thermal installer and bioenergy installer

- fitting, adjusting and repairing various kinds of electrical machinery and motors, generators, switchgear and control apparatus, instruments, or electrical parts of elevators and related equipment;

- fitting, adjusting and repairing electrical parts in domestic appliances, industrial machines and other appliances;

- inspecting and testing manufactured electrical products;

- installing, testing, connecting, commissioning, maintaining and modifying electrical equipment, wiring and control systems;

- designing, installing, maintaining, servicing and repairing electric and hydraulic passenger and freight lifts, escalators, moving walkways and other lift equipment;

- connecting electrical systems to power supply;

- replacing and repairing defective parts.

Specifically for solar thermal installer:

- Know the requirements of the relevant regulations/ standards and safety conditions relating to practical installation, testing and commissioning activities for solar thermal systems installation

- Know the preparatory work required for solar thermal systems installation work namely how to interpret design documents and to identify equipment to install

- Know the layouts and the requirements for installing solar thermal systems, namely the suitability of the proposed location and position of the solar collectors for optimum collection efficiency

- Plan and prepare for the installation of a new solar thermal system.

Install solar thermal systems components.

Inspect and test a new solar thermal system installation.

- Commission a new solar thermal system installation

- Know the requirements for the routine inspection, service and maintenance of solar thermal systems.

- Know the health and safety risks and safe systems of work associated with solar thermal hot water system installation work and comply with respective security codes.

Specifically for bioenergy installer:

- Know the types of biomass appliance and their operating principles;

- Know the requirements of the relevant regulations/ standards and safety conditions relating to practical installation, testing and commissioning activities of Biomass systems;

- Know the preparatory work required for Biomass systems installations installation work namely how to interpret design documents and to identify equipment to install;

- Know the layouts and the requirements for installing Biomass systems;

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- Plan and prepare for the installation of a new Biomass system;

- Be able to install biomass appliances;

- Be able to commission biomass appliances;

- Know the requirements for the routine inspection, service and maintenance of biomass systems;

- Know the health and safety risks and safe systems of work associated with biomass installations and comply with respective security codes.

Plumber and pipe fitters ‐ measuring, cutting, threading, bending, jointing, assembling, installing, maintaining and repairing pipes, fittings and fixtures of heating;

‐ installing gas appliances and water heaters;

‐ inspecting, examining and testing installed systems and pipes, using pressure gauge, hydrostatic testing, observation or other methods.

7.2.3 Sistemas AVAC, caldeiras e outros equipamentos a gás QUALIFICATION 

/PROFESSION KEY SKILLS

Gas Technician (included in physical and engineering science technicians not elsewhere classified)

- collecting data and providing technical assistance regarding: efficient, safe and economic utilization of material and equipment;

- aiding in the identification of potential hazards and introducing safety procedures and devices;

Plumber and pipe fitters ‐ measuring, cutting, threading, bending, jointing, assembling, installing, maintaining and repairing pipes, fittings and fixtures of heating;

‐ installing gas appliances and water heaters;

‐ inspecting, examining and testing installed systems and pipes, using pressure gauge, hydrostatic testing, observation or other methods.

Air conditioning and refrigeration mechanics

- Interpreting blueprints, drawings or other specifications;

- assembling, installing and repairing components for air conditioning and refrigeration systems;

- connecting piping and equipment by bolting, riveting, welding or brazing;

- testing systems, diagnosing faults and performing routine maintenance or servicing.

 

   

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7.2.4 Outros equipamentos elétricos QUALIFICATION 

/PROFESSION KEY SKILLS

Building and related electricians

- installing, maintaining and repairing electrical wiring systems and related equipment in various buildings such as schools, hospitals, commercial establishments, residential buildings and other structures;

- examining blueprints, wiring diagrams and specifications to determine sequences and methods of operation;

- planning layout and installation of electrical wiring, equipment and fixtures, based on job specifications and relevant standards;

- inspecting electrical systems, equipment, and components to identify hazards, defects, and the need for adjustment or repair;

- selecting, cutting and connecting wire and cable to terminals and connectors;

- measuring and laying out installation reference points;

- positioning and installing electrical switchboards;

- testing continuity of circuit..

Electrical mechanics and fitters

- fitting, adjusting and repairing various kinds of electrical machinery and motors, generators, switchgear and control apparatus, instruments, or electrical parts of elevators and related equipment;

- fitting, adjusting and repairing electrical parts in domestic appliances, industrial machines and other appliances;

- inspecting and testing manufactured electrical products;

- installing, testing, connecting, commissioning, maintaining and modifying electrical equipment, wiring and control systems;

- designing, installing, maintaining, servicing and repairing electric and hydraulic passenger and freight lifts, escalators, moving walkways and other lift equipment;

- connecting electrical systems to power supply;

- replacing and repairing defective parts.

7.2.5 Construção civil 

OCCUPATION  KEY SKILLS

Bricklayers - Laying stone, brick and similar building blocks to construct or repair walls, partitions, and other structures such as piers and abutments.

Carpenters and joiners - Fitting, assembling and altering internal and external fixtures of buildings, such as walls, doors, door and window frames, facings and paneling.

Roofers - Studying drawings, specifications and construction sites to determine materials required;

- Covering roof frameworks with slate and pre-fabricated tiles to cover pitched roofs;

- Laying a waterproof shield and fixing metallic or synthetic materials to a building’s frame;

- Sizing and cutting roofing materials to fit around edges corners and

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protuberances such as chimney.

Floor layers and tile setters

- Preparing floor areas for covering with a variety of materials;

- Assembling carpet, tiles or other materials and laying them on floors according to design and other specifications;

- Preparing wall areas for covering with tiles or other materials for decorative or other purposes such as acoustic insulation;

- Setting tiles and constructing and laying mosaic panels to walls, floors and other surfaces.

Plasterers - Applying one or more coats of plaster to interior walls and ceilings of buildings to produce finished surface;

- Applying protective and decorative covering of cement, plaster and similar materials to exterior building surfaces.

Insulation workers - Cutting insulation material by size and shape;

- Applying slabs and sheets of insulating or sound-absorbing materials to walls, floors and ceilings of buildings;

- Blow and pack insulating or sound-absorbing materials into cavities between walls, floors and ceilings of buildings with power-driven machines;

- Examining plans, specifications and work sites to determine the type, quality and quantity of insulation material required;

- Applying insulating materials to exposed surfaces of equipment such as boilers, pipes and tanks;

- Insulating refrigeration and air-conditioning equipment.

Glaziers - selecting the type of glass to be used, cutting to right size and shape and installing in windows and doors of buildings;

- installing glass in skylights;

Construction supervisors - reading specifications to determine construction requirements and planning procedures;

- organizing and coordinating the material and human resources required to complete jobs;

- examining and inspecting work progress;

- supervising construction sites and coordinating work with other construction projects;

- supervising the activities of building trades workers, labourers and other construction workers.

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Draughtspersons - preparing and revising working drawings from sketches and specifications prepared by engineers and designers for the construction, modification, maintenance and repair of buildings;

- operating computer-aided design and drafting equipment to create, modify and generate hard-copy and digital representations of working drawings;

- operating digitising table or similar equipment to transfer hard-copy representation of working drawings, maps and other curves to digital form;

- preparing and revising illustrations for reference works, brochures and technical manuals dealing with the assembly, installation, operation, maintenance and repair of machinery and other equipment and goods;

- preparing wiring diagrams, circuit board assembly diagrams, and layout drawings used for manufacture, installation, and repair of buildings;

- arranging for completed drawings to be reproduced for use as working drawings.

Civil engineering technicians

- providing technical assistance connected with the construction of buildings and other structures, and with surveys or the preparation of survey reports;

- ensuring compliance with design specifications, relevant legislation and regulations, and maintenance of desired standards of materials and work;

- applying technical knowledge of building and civil engineering principles and practices in order to identify and solve problems arising;

- assisting with the preparation of detailed estimates of quantities and costs of materials and labour required for projects, according to the specifications given;

- organizing maintenance and repairs;

- inspecting buildings and structures during and after construction to ensure that they comply with building, grading, zoning and safety laws and approved plans, specifications and standards, as well as with other rules concerning quality and safety of buildings.

7.3 Necessidades de qualificação A  tabela  seguinte  cruza  as  profissões/ocupações  previamente  identificadas  com  as qualificações disponíveis a nível nacional  (níveis do Quadro Nacional de Qualificações 2 e 4) apontando as atualizações de competências que são necessárias. 

PROFISSÃO  QUALIFICAÇÃO(ÕES)  NÍVEL  ATUALIZAÇÃO DE COMPETÊNCIAS 

Instalador de sistemas solares fotovoltaicos

Técnico instalador de sistemas solares fotovoltaicos

4 Integração com o técnico instalador de sistemas eólicos para permitir a dupla qualificação

NÃO Técnico instalador de sistemas eólicos

4 Integração com o técnico instalador de sistemas solares fotovoltaicos para permitir a dupla qualificação

Instalador de sistemas solares témicos

Técnico instalador de sistemas solares térmicos

4 Atualização a partir da formação de base de canalizador

Integração com o técnico instalador de sistemas a bioenergia para permitir a dupla qualificação

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Instalador de bioenergia

Técnico instalador de sistemas a bioenergia

4 Atualização a partir da formação de base de canalizador

Integração com o técnico instalador de sistemas solares térmicos para permitir a dupla qualificação

Canalizador Canalizador 2 Permitir a atualização para instalador de sistemas solares térmicos e de bioenergia.

Eletricistas de instalações de baixa tensão

Técnico de instalações elétricas

4 Permitir a atualização para instalador de sistemas eólicos e solares fotovoltaicos.

NÃO37 Técnico de gás 4 Permitir a atualização para instalador de sistemas solares térmicos e de bioenergia.

Reforço das competências/conhecimentos relacionados com as noções básicas de energia, produção e consume de energia, eficiência energéticas e fontes de energia renováveis.

Instalador de ar condicionado e de sistemas de refrigeração

Técnico de frio e climatização

Técnico de refrigeração e climatização

4

4

Permitir a atualização para instalador de sistemas solares térmicos e de bioenergia.

Reforço das competências/conhecimentos relacionados com as noções básicas de energia, produção e consume de energia, eficiência energéticas e fontes de energia renováveis.

Desenhador Desenhador de sistemas de refrigeração e climatização

Permitir a atualização para instalador de sistemas solares térmicos e de bioenergia.

Electricista de construções e similares

Electricista de instalações

2 Permitir a atualização para instalador de sistemas eólicos e solares fotovoltaicos.

Montador de tubagens

NÃO Eficiência energética relacionada com a ventilação mecânica.

Pedreiro Pedreiro 2 Aplicação de isolamento térmico e correção de pontes térmicas.

Carpinteiro de limpos e toscos

Carpinteiro de limpos

2 Instalador de janelas com outra caixilharia que não seja madeira

Colocadores de telhados e de coberturas

NAO

Assentadores de revestimentos e ladrilhadores

Ladrilhador e azulejador

2 Aplicação de isolamento térmico

                                                            37 Incluído em outros técnicos de ciências físicas e engenharia.

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Estucador NAO

Trabalhador qualificado em isolamentos acústicos e térmicos

NAO

Vidraceiros NAO

Encarregado de construção

Técnico de obra/Condutor de obra

4 Abordagem geral sobre a eficiência energética na construção.

Desenhadores Técnico de desenho de construção civil

4 Abordagem geral sobre a eficiência energética na construção.

Técnico de engenharia civil

Técnico de construção civilConstruction supervisors

5 Abordagem geral sobre a eficiência energética na construção.

 

SISTEMAS RENOVÁVEIS ELÉTRICOS Técnicas  de  eletricidade  são  essenciais  para  a  correta  instalação  de  sistemas  eólicos  e fotovoltaicos, o que constitui a pedra angular na formação de instaladores destas tecnologias. Tendo em conta que os eletricistas têm estas competências, poderia ser possível disponibilizar a  realização  apenas  as  unidades  de  formação  de  curta  duração  específicas  (UFCD)  de instalação de produção de energia renovável (eólica e sistemas solares fotovoltaicos), a fim de poderem adquirir aquelas qualificações. 

Adicionalmente, poderia ser dada a possibilidade de uma dupla qualificação em instalador de sistemas eólicos e fotovoltaicos através da realização de uma UFCD extra, complementando a base de competências. 

PRODUÇÃO DE ENERGIA TÉRMICA A PARTIR DE FONTES DE ENERGIA RENOVÁVEIS Para efeitos de água quente sanitária  (AQS) e o aquecimento dos edifícios, sistemas solares térmicos ou caldeiras que usam biomassa sólida, líquida ou gás como combustível podem ser utilizados.  Na  base  da  instalação  e  manutenção  de  sistemas  encontram‐se  técnicas  de canalização,  como  soldagem de  tubos de diversos materiais, bem  como a  ligação de  vários equipamentos com as redes de água quente e fria e aquecimento central de edifícios. Tendo em conta que os canalizadores têm estas competências, poderia ser possível disponibilizar a realização de apenas UFCD específica de  instalação de energia solar  térmica e bioenergia, a fim de transmitir‐lhes aquelas qualificações. 

Adicionalmente, poderia ser dada a possibilidade de uma dupla qualificação no instalador solar térmica e instalador de bioenergia através através da realização de UFCD adicional, complementando as competências de base. 

SISTEMAS AVAC, CALDEIRAS E OUTROS EQUIPAMENTOS A GÁS Tendo  em  conta  as  principais  competências  do  grupo  de  trabalhadores  anteriormente referidos, pode ser possível preconizar a realização de uma UFCD específica com o reforço das competências / conhecimentos relacionados com as noções básicas de energia, produção de energia/ consumo de energia, eficiência energética e fontes de energia renovável. 

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Poderá ainda  ser concedida a dupla qualificação em  instalador de  solar  térmico e bionergia com a realização de uma UFCD extra, complementando assim as competências de base.  

OUTROS EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS; Taking  into  account  that  Electricians  and  Electrical Mechanics  and  Fitters  have the above referred skills, it could be possible to make available to  undertake  only  specific  UFCD  of installation of  renewable power generation  (wind and solar photovoltaic systems),  in order  to give them those qualifications. 

Tendo em conta que Eletricistas e Mecânicos Elétricos e montadores têm as as competências anteriormente descritas, pode  ser possível preconizar  a  realização de uma UFCD  específica relativo  à  instalação  de  produção  de  energia  renovável  (eólica  e  sistemas  de  energia  solar fotovoltaica), a fim de lhes proporcionar aquelas qualificações. 

Adicionalmente, poderia ser dada a possibilidade de uma dupla qualificação para o instalador sistemas eólicos e de solar fptovoltaicol, complementando as competências de base. 

CONSTRUÇÃO CIVIL Em virtude das competências de pedreiro estarem fortemente relacionados com a envolvente exterior, uma a”upgrade” na qualificação é necessária, a fim de incluir a aplicação de técnicas de isolamento térmico, bem como correção de pontes térmicas. 

Um  “upgrade”  generalizado  sobre  a  aplicação  de  isolamento  térmico  deverá  ser  exigido também para colocadores de pavimentos e ladrilhadores. 

Além disso, atualmente as competências de carpinteiro concentraam‐se apenas em materiais de madeira. Em  relação aos  instaladores de  janelas e portas,  importantes elementos para o desempenho da eficiência energética, há duas opções: 

1. “Upgrade”  as  qualificação  carpinteiro  para  incluir  qualificações  específicas  sobre  a instalação de outros materiais janelas 

2. Criar uma qualificação para instalador de janelas. 

Em relação ao Encarregado de Construção e técnicos de engenharia civil, uma abordagem geral, comum a outras qualificações, deve ser introduzida nas competências de qualificação, ou seja, em isolamento térmico, janelas, técnicas de reabilitação, novos componentes, novos elementos de fachada, sistemas solares passivos, dispositivos de sombreamento.

É de notar que há ocupações chave que não têm uma qualificação correspondente: 

Construção de coberturas 

Estucadores 

Aplicação de isolamento térmico 

Vidraceiros  

Montador de tubagens 

Finalmente,  existem  duas  qualificações  chave  que  não  têm  explicitamente  uma ocupação/profissão correspondente, mas estão  incluídas numa outra ocupação/profissão de caráter geral: 

Técnico de gás 

Instalador de sistemas eólicos 

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7.4 Necessidades de monitorização 

7.4.1 Princípios para a qualidade do Sistema Nacional de Qualificações (SNQ) A concretização dos objetivos do SNQ conta com o instrumento essencial da informação e da

orientação para a qualificação e o emprego, enquanto contributo para aumentar a eficiência do

investimento em educação e formação profissional, respondendo às expectativas e

necessidades dos indivíduos e das empresas.

O SNQ é apoiado num modelo institucional que integra várias entidades e organismos, sendo

a qualidade um objetivo presente em todos os seus elementos referenciados no ponto 6 do

presente relatório.

No contexto da informação e da qualidade do sistema é efetuado o acompanhamento das

necessidades atuais e emergentes das empresas e dos setores económicos ao nível da

evolução das exigências de competências requeridas pelas várias atividades profissionais,

permitindo avaliar de forma sistemática as incompatibilidades ou lacunas de qualificações

associadas.

7.4.2 Monitorização e instrumentos de avaliação No que se refere ao acompanhamento e monitorização das exigências quer de competências

quer de educação e formação são usados diferentes instrumentos contextualizados e

articulados tendo em conta as diversas entidades que no âmbito das suas competências

atuam nos processos de monitorização.

 

ÂMBITO ESTRUTURAS ENTIDADES

Nacional Departamento de Gestão Integrada de Sistemas de Qualificação

Agência Nacional para a Qualificação e o Ensino Profissional

Conselhos Setoriais para a Qualificação

Agência Nacional para a Qualificação e o Ensino Profissional

Gabinete de Estudos e Avaliação Instituto de Emprego e Formação Profissional

Centro de Relações Laborais (Ex Observatório do Emprego e Formação Profissional)

Ministério da Economia e do Emprego

GEPE - Gabinete de Estratégia e Planeamento

Ministério da Economia e do Emprego

Regional Comissão de Coordenação e Ministério da Agricultura, Mar, Ambiente e Ordenamento do

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Desenvolvimento do Norte Território

Comissão de Coordenação e Desenvolvimento do Centro

Ministério da Agricultura, Mar, Ambiente e Ordenamento do Território

Comissão de Coordenação e Desenvolvimento do Lisboa e Vale do Tejo

Ministério da Agricultura, Mar, Ambiente e Ordenamento do Território

Comissão de Coordenação e Desenvolvimento do Alentejo

Ministério da Agricultura, Mar, Ambiente e Ordenamento do Território

Comissão de Coordenação e Desenvolvimento do Algarve

Ministério da Agricultura, Mar, Ambiente e Ordenamento do Território

Observatório do Sistema Educativo e Cultural

Gabinete do Secretário Regional de Educação e Cultura. da Região Autónoma da Madeira

Observatório do Emprego e Formação Profissional

Direção Regional do Trabalho, Qualificação Profissional e Defesa do Consumidor da Região Autónoma dos Açores

Setorial Academia ADENE ADENE – Agência para a Energia

7.4.3 Monitorização, no âmbito dos sistemas de qualificação. 

GESTÃO INTEGRADA DO DEPARTAMENTO DE SISTEMAS DE QUALIFICAÇÃO É  uma  estrutura  orgânica  da  Agência  Nacional  para  a Qualificação  e  o  Ensino  Profissional (ANQEP,  I.P.),  que  visa  a  estruturação  de  uma  oferta  formativa  relevante,  ajustada  às necessidades  das  empresas  e  do  mercado  de  trabalho  com  base  na  evolução  técnica  e tecnológica das ocupações e perfis ocupacionais. 

Um  dos  principais  instrumentos  para  atingir  esses  objetivos  é  o  Catálogo  Nacional  de Qualificações,  em  cuja  definição  e  atualização  participam  os  Conselhos  Setoriais  de Qualificação. 

CONSELHOS SETORIAIS DE QUALIFICAÇÃO Compete aos CSQ analisar as qualificações existentes, a  sua evolução e as necessidades de atualização, designadamente: 

Identificar a evolução dos diferentes setores de atividade económica 

Identificar as qualificações e as necessidades de competências 

Apresentar sugestões para atualizar / desenvolver o Catálogo 

Facilitar  e  apoiar  os  processos  de  articulação  /  cooperação  entre  as  entidades relevantes, relativas às qualificações em cada sector de actividade 

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Os CSQ são compostos por especialistas indicados pelo ministério que tutele o respetivo setor de  atividade,  por  representantes  dos  parceiros  sociais,  por  empresas  de  referência,  por entidades  formadoras  do  sistema  educativo  e  formativo  e  outras  devidamente  certificadas pelo sistema, bem como peritos independentes 

É  competência  destes  Conselhos  a  pesquisa,  para  os  grupos  setoriais  que  pertencem  aos Conselhos,  das  necessidades  de  formação  e  propostas  de  solução,  como  resultado  dos estudos,  relatórios  e  outras  fontes,  nomeadamente  observatórios  institucionais,  visando  as áreas de educação e formação definidas no Catálogo. 

Para  cada Conselho, há uma  caixa de  correio eletrónico para promover a  comunicação e a cooperação  entre  as  entidades  representativas  do  mercado  de  trabalho,  as  entidades formadoras e as entidades reguladoras 

Associado a estas estruturas, o Modelo Aberto de Consulta foi criado como um  instrumento de  cooperação e articulação entre as várias entidades  intervenientes, quer ao nível  setorial quer ao nível  institucional, designadamente regulador, que visa particularmente os seguintes objectivos: 

apoiar  a  dinâmica  de  atualização  do  Catálogo Nacional  de Qualificações  que  recai, sobretudo,  sobre  a  iniciativa  da,    ANQEP,  I.P.    e  dos  CSQ,  através  da  intervenção formal de outras entidades;  

formalizar  um  quadro  de    participação  e  proposição  das  entidades,  que  permita satisfazer  a  necessidade  de  formação  resultante  das  lacunas  e  necessidades identificadas em cada profissão ou perfis profissionais de acordo com o mercado de trabalho, observando por um  lado as áreas de educação e  formação e por outro as profissões  tal  como  definidas  quer  em  regulação  específica  quer  em  documentos setoriais. 

Neste contexto, a ANQEP, I.P. em articulação com os CSQ e os restantes serviços responsáveis pela  execução  das  políticas  de  educação  e  formação  profissional,  procedem  ao acompanhamento das mesmas, nomeadamente, através da recolha de  informação relevante para a sua avaliação. 

Está previsto que  sejam analisados aspetos como a  identificação de qualificações essenciais para  a  competitividade  e modernização  do  tecido  produtivo,  para  cuja  concretização  são realizados  estudos  mais  aprofundados,  designadamente,  os  que  suportam  os  planos estratégicos setoriais, e outros propostos especificamente, revelando questões como: 

Caracterização das profissões por  setores ao nível das a atividades e dos psotos de trabalho 

Caracterização  dos  níveis  de  qualificação  dos  profissionais  e  do  ajustamento  da formação às competências requeridas 

Expectativas de evolução por sector em termos de emprego, qualificação e formação 

Quadro legislativo adequado 

Como foi referido no capítulo 6 do relatório, entre os 16 CSQ, existem os CSQ para os setores da  Construção Civil e da Eletricidade e Energia. 

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7.4.4 Monitorização no âmbito do emprego e da formação profissional 

CENTRO DE RELAÇÕES LABORAIS O Observatório do Emprego e Formação Profissional deu presentemente  lugar ao Centro de Relações  Laborais,  órgão  consultivo  composto  por  quatro  representantes  do  ministério responsável pela área  laboral, um  representante de  cada associação de empregadores  com assento na Comissão Permanente de Concertação Social, e dois representantes de cada uma das associações sindicais com assento na Comissão Permanente de Concertação Social, e cuja missão é apoiar a negociação coletiva, bem como acompanhar a evolução do emprego e da formação profissional. 

No âmbito das suas competências de acompanhamento das políticas de emprego e formação profissional, é responsável por:  

Ajudar no diagnóstico  e na prevenção  e problemas  relacionados  com o  emprego  e formação profissional, nomeadamente os relacionados com os desequilíbrios entre a procura e a oferta, qualidade e dinâmica de emprego, qualificação,  integração sócio‐profissional e de reinserção e necessidades de formação 

Monitorar  a  implementação  de medidas  e  programas  no  âmbito  do  emprego  e  da formação profissional 

Preparar  de  seis  em  seis meses  e  divulgar  relatórios  sobre  as  informações  sócio‐económicas sobre o mercado de emprego 

Cooperação  a  nível  nacional  e  internacional  com  entidades  públicas  e  privadas  em ações e projetos relacionados com o objetivo do Centro de Trabalho 

COMISSÃO DE COORDENAÇÃO E DESENVOLVIMENTO REGIONAL As Comissões de Coordenação  e Desenvolvimento Regional  são os  serviços pertencentes  à administração central, com autonomia administrativa e financeira, cujo objetivo é promover, em cada região, o desenvolvimento regional eo planeamentoestratégico. 

Neste  contexto,  as  Comissões  de  Coordenação  e  Desenvolvimento  Regional  também promovem observatórios, com o objetivo de integrar a vertente do emprego e a definição de setores‐chave e das suas necessidades para o desenvolvimento de uma perspectiva regional e nacional. 

No  âmbito  das  Comissões  de  Coordenação  e  Desenvolvimento  Regional,  foram  criados  os Conselhos  de  Coordenação  Inter‐sectorial  com  o  objetivo  de  promover  e  facilitar  a coordenação  da  implementação  das  políticas  da  Administração  Pública  Central  a  nível regional,  bem  como  promover  a  cooperação  e  o  intercâmbio  de  informações  entre  as instituições. 

DEPARTAMENTO DE ESTUDOS E AVALIAÇÃO DO INSTITUTO DE EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL. É uma unidade orgânica do  Instituto do Emprego e Formação Profissional que, entre outras funções,  analisa  o  emprego  e  o  desemprego.  Articula  os  dados  regionais  e  nacionais  de desemprego com os dados sobre a procura de trabalho, utilizando as seguintes dimensões: 

Perfil de desempregados; 

Classificação  Nacional  de  Profissões,  atualmente  a  Classificação  Portuguesa  de Ocupações, mais representativo dos desempregados 

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Taxa de satisfação do pedido por profissão 

O Departamento  de  Estudos  e  Avaliação  publica  anualmente  um  relatório  sobre  o estado do mercado de trabalho. 

   

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GABINETE DE ESTRATÉGIA E PLANEAMENTO O Gabinete de Estratégia e Planeamento  é responsável por promover e realizar investigação e estudos prospetivos que contribuam para a definição e estruturação das estratégias, políticas, prioridades  e  objetivos  do ministério  responsável  pelo  emprego  e  formação  profissional,  e numa perspetiva de: 

Promoção,  pesquisa  e  estudos  prospectivos  que  podem  ajudar  na  definição  de estratégias,  políticas,  prioridades  e  objectivos  do  Ministério  da  Solidariedade  e Segurança Social. 

Monitorização  e  avaliação das políticas do Ministério da  Solidariedade  e  Segurança Social. 

Produção de dados adequados para estudos estatísticos no âmbito do Ministério da Solidariedade e Segurança Social. 

7.4.5 Assim, o Gabinete de Estratégia e Planeamento publica estudos,  relatórios, bem como inquéritos  relacionados  com  a  formação  profissional,  destacando‐se  no  âmbito  da temática  dos  sistemas  previsionais  de  risco  de  incompatibilidades  e  lacunas  de competências  para  determinadas  atividades  profissionais  o  Inquérito  que  tem  como objetivo analisar a vitalidade do mercado de trabalho, monitorizar as alterações no nível e  estrutura  da  procura  de mão‐de‐obra  e  detetar  as  carências  e  desajustamentos  no mercado de trabalho.Monitorização no âmbito do emprego e da formação profissional nos sectores da energia e da construção civil 

Entre  as  atividades  e medidas  desenvolvidas  pelo Gabinete  Estratégico  e  Planeamento  do Ministério  da  Economia  e  do  Emprego  e  pelo  Departamento  de  Estudos  e  Avaliação  do Instituto de Emprego e Formação Profissional, referidas anteriormente, são produzidos dados com base em estudos e pesquisas, com o objetivo de monitorar os setores de energia e da construção  civil,  como  setores  estratégicos  para  a  economia  e  para  o  desenvolvimento sustentado de Portugal. 

Na  medida  em  que  o  setor  de  energia  está  em  causa  a  instituição  responsável  pelo acompanhamento é a ADENE, instituição de utilidade pública sem fins lucrativos, pertencente ao Ministério da Economia e do Emprego, com a participação da Direcção‐Geral de Energia e Geologia, da Direcção‐Geral das Actividades Económicas e do Laboratório Nacional de Energia e Geologia. 

As  suas  atividades  visam  a  racionalização dos  comportamentos  energéticos,  a  aplicação de novos métodos  de  gestão  de  energia  e  do  uso  de  novas  tecnologias.  Para  cumprir  estes objectivos ADENE recebe o apoio de entidades públicas e privadas e os mercados de agentes especializados,  com  o  objetivo  de  alcançar melhores  níveis  de  eficiência  energética  e  de encontrar  respostas  para  as  necessidades  de  formação  específica  e  adequada,  como  para alcançar o impacto na economia e no meio ambiente . 

7.4.6 Pontos fortes e fracos no processo de monitorização As estruturas mencionadas neste ponto, tal como estão organizadas e desenhadas, revelam‐se instrumentos  adequados  para  a  identificação  dos  desajustamentos  e  lacunas  ao  nível  das qualificações nos vários setores de atividade e particularmente em determinadas profissões ou atividades profissionais. 

A  articulação  entre  as  entidades  responsáveis  pelo  sistema  nacional  de  qualificações,  as entidades reguladoras dos diversos setores e os representantes dos setores, das profissões ou 

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atividades  profissionais,  foi  se  tornando  cada  vez  mais  regular,  começando  a  realmente influenciar a definição das ofertas  formativas, permitindo uma definição mais adequada das soluções  de  formação  no  âmbito  do  sistema  nacional  de  qualificações  e  das  respostas  às necessidades específicas dos diferentes sectores de actividade. 

A  interação entre os vários organismos pertencentes a diferentes ministérios e com missões muito  específicas, muitas  vezes  trabalhando  para  atingir  os mesmos  objectivos,  exige  uma liderança  forte  capaz  de  agilizar  procedimentos  e  determinar  eficazmente  as  diferentes competências  de  cada  uma  das  entidades  neste  processo  de  observação,  deteção  e monitorização de lacunas e necessidades de competências, qualificação e formação, , a fim de permitir uma sinergia que resulte igualmente numa maior eficiência da utilização de recursos. 

O  ajustamento  dos  referenciais  de  formação  às  necessidades  de  competências,  tendo  em conta  a  evolução  técnica  e  tecnológica,  principalmente  em  profissões  especializadas  no contexto  da  construção  civil  e  da  energia,  nem  sempre  responde  atempadamente  às exigências  quer  da  competitividade  das  empresas  quer  da  regulamentação  de  certas atividades. Isto deve‐se ao complexo processo de consulta, análise e validação por parte dos diferentes  parceiros  sociais,  peritos  e  outras  entidades    interessadaspara  definição  de referenciais de competências e posterior adequação dos referenciais de formação às distintas modalidades de educação e formação. 

É necessário criar um modelo sistemático para identificação das qualificações em cada sector de actividade. 

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8 BARREIRAS  

Como já foi referido na parte  inicial deste relatório, foram aplicados 4  inquéritos a empresas (Tipo I), associações empresariais ou industriais, sindicatos e associações profissionais (Tipo II), entidades formadoras (tipo III) e outros (tipo IV, com um total de 29 respostas.  

Da avaliação das respostas aos inquéritos, até a esta fase do Projeto, foi possível concluir que, do ponto de vista das empresas, são duas as principais barreiras à formação:  inexistência de oferta formativa adequada às necessidades das empresas (3,7) e, fatores económicos (3,4).  

Quanto aos restantes Grupos que responderam ao questionário, o maior constrangimento foi atribuído  aos  fatores  económicos  (4,1  e 4),  seguido, no  caso das  associações  empresariais, industriais, profissionais e sindicatos, do tempo a disponibilizar pelas empresas (3,9) e, no caso das entidades formadoras, a inexistência de oferta formativa (3,7). 

 Figura 8.1 ‐ Principais constrangimentos da empresa relativamente à formação dos trabalhadores. 

0 1 2 3 4 5

Não existem

Outras

Motivação dos trabalhadores

Inexistência de oferta formativa adequada às necessidades da empresa

Tempo a disponibilizar aos trabalhadores para frequência da …

Funcionais

Fatores económicos

Maior constragimento

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 Figura 8.2 ‐ Principais constrangimentos à formação dos profissionais do setor da construção do ponto de vista das associações profissionais, sindicatos, associações empresariais e industriais e 

outros. 

 Figura 8.3 ‐ Principais constrangimentos à formação dos profissionais do setor da construção do 

ponto de vista das entidades formadoras. 

Em  resposta  a  questões  não  pré‐definidas  nos  questionários  (“outros”)  foram  identificados algumas reveladoras de ceticismo face à importância e à qualidade da oferta formativa: 

A  formação  nem  sempre  traz  rentabilidade  às  empresas,  pois  a  aposta  em formação nem sempre é um factor competitivo entre empresas; 

A formação é generalista e de fraca qualidade; 

Melhoria da qualidade dos formadores; 

0 1 2 3 4 5

Não existem

Outras

Regulamentação da atividade insuficiente

Motivação dos trabalhadores

Inexistência de oferta formativa adequada às necessidades das empresas

Tempo a disponibilizar pelas empresas aos trabalhadores para frequência da …

Fatores económicos

Maior constragimento

0 1 2 3 4 5

Não existem

Outras

Motivação dos trabalhadores

Inexistência de oferta formativa adequada às necessidades das empresas

Tempo a disponibilizar pelas empresas aos trabalhadores para frequência da …

Fatores económicos

Maior constragimento

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Falta de aplicações práticas; 

Fraca relação com o público e pouca publicidade dos temas; 

Pouca noção do valor atribuído ao conforto e poupança; 

Existência de uma cultura social e inconsciente virada para o desperdício. 

Enquanto  outras,  por  outro  lado,  consideram  que  a  formação  é  indispensável  para  a competitividade e modernidade das empresas: 

A  formação  é  essencial  pois  a  competência  técnica  é  um  factor  crítico  nas empresas; 

Com  a  formação  é  possível  otimizar  os  procedimentos  de  trabalho  e  levar  à utilização de equipamentos e materiais mais eficientes e adequados; 

A  formação dos profissionais é  fundamental para uma boa utilização e aplicação das  tecnologias disponíveis, não só para que haja oferta suficiente, mas  também para a própria credibilidade dos sistemas; 

A  formação  tem um papel  importantíssimo, desde que seja adequada aos vários níveis de intervenção nas diversas fases dos projectos. 

Face ao número relativamente reduzido de respostas ao inquérito, considera‐se que a questão das barreiras à  formação e à qualificação constitui uma das questões criticas a  reforçar nas discussões  subsequentes  com  os  diferentes  stakeholders,  não  apenas  numa  perspetiva  de confirmação das barreiras e constrangimentos já identificados, como também para identificar outras, e sobretudo concertar propostas de melhoria. 

 

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9 CONCLUSÕES  

Uma das finalidades do presente relatório é dispor de um conjunto de informação estruturada e sistematizada que possibilite uma discussão mais alargada e sustentada com os stakeholders nacionais,  com  vista  ao  desenho  de  um  roteiro  nacional  de  formação  para  a melhoria  das competências  dos  operários  e  instaladores  do  sector  da  construção  para  a  eficiência energética e renováveis. 

Neste  sentido,  a  análise  do  sector  da  construção,  incluindo  o  emprego,  e  das  políticas nacionais  nos  domínios  da  energia  e  da  educação  e  formação  revela‐nos  um  sector claramente afetado pela  crise económica atual,  cuja  importância para a economia nacional quer do ponto de vista do contributo para o PIB quer para o VAB, tem vindo a decrescer na última década. Também ao nível do emprego este decréscimo se verifica. 

Não  obstante,  o  emprego  é  maioritariamente  qualificado,  ou  seja  exerce  profissões qualificadas – 74% são profissionais qualificados ‐, apresentando no entanto baixos níveis de habilitações escolares – 86% tem apenas o ensino básico.  

A  aposta  no  desenvolvimento  de  competências  que  contribuem  para  aumentar  o  valor acrescentado  das  atividades  no  sector  da  construção  e  da  energia,  e  a  requalificação profissional de alguns dos trabalhadores deste sector, parecem ser duas linhas de aposta para responder  às  dificuldades  de  desenvolvimento  e  de  crescimento  deste  sector. A  aposta  na qualidade dos serviços e produtos é fundamental para cumprir este desígnio. 

Do  ponto  de  vista  das  respostas  do  sistema  nacional  de  qualificações,  o  levantamento efetuado neste relatório permitiu concluir que: 

Existe uma grande diversidade de oferta de formação inicial dirigidos a jovens, mas também a adultos. 

A formação dirigida aos jovens ‐ Cursos de Aprendizagem e Cursos profissionais, a frequência  é  maioritária  nos  cursos  relativos  a  qualificações  da  área  de eletricidade e energia, quer ao nível da produção quer ao nível da sua utilização associada à  funcionalidade dos edifícios – 71%,  com particular  incidência dentro deste grupo dos cursos referentes a qualificações relativas a  instalações elétricas, climatização e instalação de sistemas solares térmicos. Em contrapartida, a área da construção  civil  e  engenharia  civil  é  a  que  apresenta menor  nº  de  alunos  em frequência. 

A formação dirigida a adultos (Cursos EFA) apresenta uma concentração de alguns cursos  em  algumas  regiões,  como  por  exemplo  o  caso  dos  cursos  de  Pedreiro, soldador  e  Técnico  instalador  de  sistemas  eólico  realizados  em  2010  na  região centro,  ou  os  cursos  de  Técnico  de  gás,  e  técnico  de medições  e  orçamentos realizados 2011, em Lisboa.  

A oferta de  formação de adultos  (cursos EFA), registou uma redução significativa em 2011, no âmbito das qualificações associadas ao setor da construção e energia. 

Na  realidade  podemos  concluir  que,  por  um  lado,  existem  algumas  assimetrias  regionais relativamente  à  oferta  formativa  quanto  às  qualificações  e  quanto  às  modalidades  de educação  e  formação  e,  por  outro  lado,  regista‐se  um maior  investimento  nas  formações 

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relativas  às  qualificações  associadas  às  energias  renováveis,  quer  na  qualificação  inicial  de jovens  quer  na  qualificação  dos  adultos,  especialmente  no  que  respeita  à  instalação  de equipamentos solares quer fotovoltaicos quer térmicos. 

Quanto à  formação contínua dos ativos, registámos alguma dificuldade na recolha de dados sistematizados,  quer  do  ponto  de  vista  da  formação  certificada  (onde  o  processo  de monitorização  se  encontra  em  implementação)  quer  no  âmbito  de  formação  contínua  da responsabilidade  exclusivamente  das  empresas  e  de  esquemas  de  certificação  sectoriais. Paralelamente,  consideramos  igualmente  que  as  questões  relativas  aos  mecanismos  de certificação  de  atividades  económicas  neste  sector  da  Construção  que  implicam  a regulamentação de acesso ao exercício de atividades profissionais não estão suficientemente explícitas e desenvolvidas neste relatório., pelo que esta será uma matéria a desenvolver na fase  seguinte  deste  trabalho,  através  de  uma  articulação mais  estreita  com  os  diferentes intervenientes na  identificação e desenvolvimento o desenvolvimento de  competências dos profissionais deste setor.  

Ainda  no  âmbito  deste  estudo  e  resultante  de  um  inquérito  aplicado  a  um  conjunto  de entidades, foram identificadas como principais barreiras à qualificação dos profissionais deste sector, que podem comprometer o cumprimento das metas associadas à estratégia 2020: 

A inexistência de oferta formativa adequada às necessidades das empresas; 

Os fatores económicos; 

O tempo a disponibilizar pelas empresas. 

Em síntese, e considerando que se vem verificando uma mudança de hábitos de consumo no que  concerne  à  utilização  das  diferentes  fontes  de  energia,  quer  por  via  de  uma  maior consciencialização  das  vantagens  e  importância  dessas  fontes  quer  por  via  dos  normativos internacionais e nacionais em  vigor, existe necessidade de uma  reflexão profunda  sobre as implicações  que  estas  alterações  nos  hábitos  de  consumo  trazem  para  a  qualificação  dos profissionais do sector.  

Importa  assim,  na  fase  seguinte  deste  trabalho  analisar  em  profundidade  que  novas competências estão a ser  requeridas em algumas especializações de atividades profissionais deste sector da construção, designadamente as que tem uma ligação estreita com a utilização final da energia, sobretudo quando enquadrados em esquema de certificação sectorial. 

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10 AUTORES/CONTRIBUIDORES  

Autores 

Agência para a Energia (ADENE) 

Agência Nacional para a Qualificação e Ensino Profissional (ANQEP) 

Direcção Geral de Energia e Geologia (DGEG) 

Laboratório Nacional de Energia e Geologia (DGEG) 

 

Contributos 

Associação Certificadora de Instalações Elétricas (CERTIEL) 

Associação  Empresarial  dos  Sectores  Elétrico,  Eletrodoméstico,  Fotógrafo  e  Eletrónico (AGEFE) 

Associação de Fabricantes e Importadores de Equipamentos de Queima (AFIQ) 

Associação Nacional de Escola Profissionais (ANESPO) 

Associação Nacional dos Fabricantes de Janelas Eficientes (ANFAJE) 

Associação Portuguesa de Comerciantes de Materiais de Construção (APCMC)  

Associação Portuguesa dos Engenheiros de Frio Industrial e Ar Condicionado (EFRIARC) 

Associação Portuguesa da Indústria de Refrigeração e Ar Condicionado (APIRAC) 

Associação Portuguesa da Indústria Solar (APISOLAR) 

Centro de Formação Profissional da Indústria da Construção Civil e Obras Públicas do Norte (CICCOPN)  

Centro de Formação Profissional para a Indústria Térmica, Energia e Ambiente (APIEF) 

Federação Portuguesa da Indústria da Construção e Obras Públicas (FEPICOP) 

Instituto da Construção e do Imobiliário, I.P. (INCI) 

Instituto da Soldadura e Qualidade (ISQ) 

Sindicato Nacional da Indústria e da Energia (SINDEL) 

   

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11 REFERÊNCIAS  

AECOPS (2012), Análise Regional. 

Afonso,  O.  e  Gonçalves,  N.  (2009),  Economia  não  registada  em  Portugal,  Observatório  de Economia e Gestão de Fraude, OBEGEF. 

BPIE  (2011),  Europe’s  buildings  under  the microscope,  a  country‐by‐country  review  of  the energy performance of buildings. 

Carvalho,  L.  X.  (2007),  Os  Limites  da  Formalidade  e  o  Trabalho  Imigrante  em  Portugal, Cadernos OI, 1, Lisboa: Alto Comissariado para a Imigração e Diálogo Intercultural. 

CEEETA‐ECO (2010), Estudo sobre empregos verdes em Portugal. 

DGEG (2010), Inquérito ao Consumo de Energia no Sector Doméstico. 

GEPE (2010), Quadro de Pessoal 2007, 2008 e 2009. 

GEPE (2011), Dados sobre as ofertas formativas. 

FEPICOP (2012), Análise da conjuntura, n.º 59, Fevereiro 2012. 

InCI (2009), Análise da evolução do Mercado Nacional de Construção, Relatório Final. 

InCi (2011), O Sector da Construção em Portugal em 2010. 

InCI (2012), Relatório Semestral do Setor da Construção em Portugal, 1º Semestre 2011. 

INE (2010), Estatísticas da construção e habitação. 

INE (2011), Edifícios concluídos no 4º Trimestre de 2011. 

INE (2011), Estatísticas das Obras Concluídas. 

INE (2012), Contas Nacionais. 

INE (2012), Contas Nacionais Trimestrais. 

INE (2012), Resultados provisórios do CENSOS 2011. 

INE (2012), Destaque: informação à comunicação social de 15 de Março. 

Martins, C  (2009), Sistema de Regulação da Atividade da Construção em Portugal, Trabalho final de mestrado em engenharia civil do IST. 

OCDE  (2007), The Labour Market  Integration of  Immigrants  in Portugal, OCDE, Employment, Labour and Social Affairs Committee. 

Peixoto,  J  (2008),  Imigração e mercado de  trabalho em Portugal:  investigação e  tendências recentes, Revista Migrações ‐ Número Temático Imigração e Mercado de Trabalho, Abril 2008, n.º 2, Lisboa: ACIDI, pp. 19‐46. 

Plano Nacional de Acção para as Energias Renováveis (PNAER), 2009. 

Relatório SCE Síntese Fevereiro 2011 – Estatísticas SCE 

Resolução de Conselho de Ministros n.º 80/2008, Plano Nacional de Acção para a Eficiência Energética (PNAEE)— Portugal Eficiência 2015. 

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Revista de Estudos Demográficos, n.º 45, 2009 – Pessoas Migrantes 

THAMES Consultores (2008), O Sector Construção em Portugal.  

 

Sítios da internet 

www.anqep.gov.pt 

www.catalogo.anqep.gov.pt 

www.gestaodefraude.eu 

www.poph.qren.pt 

www.pordarta.pt 

 

Legislação 

Portaria nº 283/2011, de 24 de Outubro 

Portaria nº 475/2010, de 8 de Julho 

Portaria nº 474/2010, de 8 de Julho 

Portaria nº 1497/2008, de 31 de Dezembro  

Decreto‐Lei nº 396/2007, de 31 de Dezembro 

Decreto‐Lei nº 88/2006, de 23 de Maio 

Decreto‐Lei n.º 79/2006 de 4 de Abril 

Decreto‐Lei n.º 80/2006 de 4 de Abril 

Portaria nº 256/2005 de 16 de Março 

Portaria nº 550‐C/2004, de 21 de Maio 

Classificação das Atividades Económicas – CAE Ver. 3 

Classificação Nacional de Profissões – CNP 94 

 

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no Sector da Construção Análise do Estado da Arte 

  

Pág. 123 

12 GLOSSÁRIO  

(a ser completado) 

 

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no Sector da Construção Análise do Estado da Arte 

  

Pág. 124 

ANEXO A 

Quadros de apoio ao Capitulo 5.2 Análise Estatística do Emprego  

Quadro A1 ‐ Trabalhadores por conta de outrem no setor da construção, por profissão, segundo a variação em 2007‐2009 

 

PROFISSÃO - CNP 2007 2009Total Geral

(2007 a 2009)

%(2007 a 2009)

311205 - TECNICO DA CONSTRUCAO E OBRAS PUBLICAS (AGENTE TEC DE ARQUIT E ENG) 3.273 2.938 9.437 -10

311210 - MEDIDOR ORCAMENTISTA 755 805 2.344 7

311305 - TECNICO DE INSTALACOES ELECTRICAS 965 962 2.951 -0,3

311310 - TECNICO DE REFRIGERACAO E CLIMATIZACAO (TECNICO DE FRIO) 713 747 2.118 5

311315 - TECNICO DE MANUTENCAO - ELECTRICIDADE 109 104 330 -5

311320 - TECNICO DE REDES - ELECTRICIDADE 42 29 107 -31

311805 - DESENHADOR PROJECTISTA 329 290 965 -12

311810 - DESENHADOR 652 634 1.981 -3

712205 - PEDREIRO 51.970 41.408 142.245 -20

712210 - MONTADOR DE REFRACTARIOS (ASSENTADOR DE REFRACTARIOS) 359 519 1.436 45

712305 - CIMENTEIRO 1.306 1.250 3.898 -4

712315 - VIBRADORISTA - CONSTRUCAO CIVIL 45 35 121 -22

712320 - ENFORMADOR DE "PRE-FABRICADOS" - ALVENARIA 7 8 18 14

712325 - MONTADOR - ALVENARIAS PREFABRICADAS 248 199 759 -20

712330 - MONTADOR DE PRE-ESFORCADOS - BETAO 197 116 449 -41

712335 - ENCARREGADO - TRABALHADORES DE CONSTRUCAO CIVIL E OBRAS PUBLICAS 10.010 8.655 28.087 -14

712405 - CARPINTEIRO DE LIMPOS 6.942 5.324 18.424 -23

712410 - CARPINTEIRO DE TOSCO 13.719 9.216 34.313 -33

713105 - MONTADOR DE CHAPAS - FIBROCIMENTO 21 30 86 43

713210 - LADRILHADOR (AZULEJADOR) 1.824 1.416 4.971 -22

713215 - ASSENTADOR DE TACOS 239 194 679 -19

713220 - ASSENTADOR DE REVESTIMENTOS 1.888 1.698 5.531 -10

713305 - ESTUCADOR 4.275 3.594 12.120 -16

713405 - MONTADOR DE ISOLAMENTOS 928 960 2.950 3

713410 - IMPERMEABILIZADOR DE CONSTRUCOES 597 548 1.707 -8

713505 - VIDRACEIRO - COLOCADOR 127 121 374 -5

713605 - CANALIZADOR 6.092 5.596 17.596 -8

713610 - MONTADOR DE TUBAGENS 379 405 1.307 7

714105 - PINTOR - CONSTRUCAO CIVIL 8.078 7.455 23.857 -8

724115 - ELECTROMECANICO DE ELEVADORES E APARELHOS SIMILARES 980 1.253 3.527 28

724120 - ELECTROMECANICO DE REFRIGERACAO E CLIMATIZACAO (ELECTROMEC DE FRIO) 521 603 1.695 16

724135 - ELECTRICISTA-MONTADOR DE INSTALACOES DE ALTA TENSAO 246 206 751 -16

724140 - ELECTRICISTA-MONTADOR DE INSTALACOES DE BAIXA TENSAO 2.358 2.219 6.952 -6

724160 - ELECTRICISTA DE REDES - DISTRIBUICAO DE ENERGIA ELECTRICA 1.272 1.313 3.976 3

Total Geral 121.466 100.850 338.062 -17

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Pág. 125 

Quadro A2 ‐ Trabalhadores por conta de outrem no setor da construção, por profissão, segundo a região (NUT II), em 2009 

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Pág. 126 

PROFISSÃO - CNP 11 - NORTE %

15 - ALGARVE %

16 - CENTRO %

17 - LISBOA %

18 - ALENTEJO %

20 - REGIÃO AUTÓNOMA

DOS AÇORES %

30 - REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA

%Total Geral %

311205 - TECNICO DA CONSTRUCAO E OBRAS PUBLICAS (AGENTE TEC DE ARQUIT E ENG)

946 32% 269 9% 697 24% 684 23% 213 7% 32 1% 97 3% 2.938 3%

311210 - MEDIDOR ORCAMENTISTA 249 31% 37 5% 123 15% 308 38% 12 1% 67 8% 9 1% 805 1%

311305 - TECNICO DE INSTALACOES ELECTRICAS 320 33% 20 2% 130 14% 398 41% 73 8% 6 1% 15 2% 962 1%

311310 - TECNICO DE REFRIGERACAO E CLIMATIZACAO (TECNICO DE FRIO)

183 24% 65 9% 114 15% 333 45% 24 3% 21 3% 7 1% 747 1%

311315 - TECNICO DE MANUTENCAO - ELECTRICIDADE

40 38% 0 0% 16 15% 44 42% 3 3% 1 1% 0 0% 104 0,1%

311320 - TECNICO DE REDES - ELECTRICIDADE 8 28% 2 7% 10 34% 8 28% 1 3% 0 0% 0 0% 29 0,03%

311805 - DESENHADOR PROJECTISTA 94 32% 10 3% 35 12% 126 43% 11 4% 5 2% 9 3% 290 0,3%

311810 - DESENHADOR 256 40% 43 7% 77 12% 192 30% 16 3% 7 1% 43 7% 634 1%

712205 - PEDREIRO 12.690 31% 3.258 8% 12.237 30% 6.362 15% 3.456 8% 1.812 4% 1.593 4% 41.408 41%

712210 - MONTADOR DE REFRACTARIOS (ASSENTADOR DE REFRACTARIOS)

94 18% 0 0% 101 19% 324 62% 0 0% 0 0% 0 0% 519 1%

712305 - CIMENTEIRO 706 56% 18 1% 467 37% 28 2% 19 2% 12 1% 0 0% 1.250 1%

712315 - VIBRADORISTA - CONSTRUCAO CIVIL 17 49% 1 3% 8 23% 8 23% 0 0% 1 3% 0 0% 35 0,03%

712320 - ENFORMADOR DE "PRE-FABRICADOS" - ALVENARIA

2 25% 0 0% 2 25% 4 50% 0 0% 0 0% 0 0% 8 0,01%

712325 - MONTADOR - ALVENARIAS PREFABRICADAS

60 30% 56 28% 29 15% 51 26% 2 1% 1 1% 0 0% 199 0,2%

712330 - MONTADOR DE PRE-ESFORCADOS - BETAO

54 47% 1 1% 11 9% 49 42% 0 0% 1 1% 0 0% 116 0,1%

712335 - ENCARREGADO - TRABALHADORES DE CONSTRUCAO CIVIL E OBRAS PUBLICAS

3.226 37% 552 6% 1.814 21% 2.179 25% 317 4% 301 3% 266 3% 8.655 9%

712405 - CARPINTEIRO DE LIMPOS 3.104 58% 243 5% 729 14% 708 13% 180 3% 187 4% 173 3% 5.324 5%

712410 - CARPINTEIRO DE TOSCO 5.528 60% 448 5% 948 10% 1.733 19% 289 3% 108 1% 162 2% 9.216 9%

713105 - MONTADOR DE CHAPAS - FIBROCIMENTO 13 43% 2 7% 4 13% 9 30% 0 0% 0 0% 2 7% 30 0,03%

713210 - LADRILHADOR (AZULEJADOR) 242 17% 232 16% 444 31% 438 31% 29 2% 12 1% 19 1% 1.416 1%

713215 - ASSENTADOR DE TACOS 133 69% 12 6% 31 16% 13 7% 5 3% 0 0% 0 0% 194 0,2%

713220 - ASSENTADOR DE REVESTIMENTOS 896 53% 24 1% 288 17% 455 27% 24 1% 0 0% 11 1% 1.698 2%

713305 - ESTUCADOR 1.515 42% 266 7% 1.185 33% 438 12% 70 2% 13 0% 107 3% 3.594 4%

713405 - MONTADOR DE ISOLAMENTOS 323 34% 3 0,3% 189 20% 397 41% 47 5% 1 0% 0 0% 960 1%

713410 - IMPERMEABILIZADOR DE CONSTRUCOES 212 39% 34 6% 116 21% 140 26% 16 3% 1 0% 29 5% 548 1%

713505 - VIDRACEIRO - COLOCADOR 100 83% 0 0% 3 2% 18 15% 0 0% 0 0% 0 0% 121 0,1%

713605 - CANALIZADOR 2.506 45% 402 7% 1.068 19% 1.170 21% 144 3% 82 1% 224 4% 5.596 6%

713610 - MONTADOR DE TUBAGENS 191 47% 26 6% 75 19% 99 24% 11 3% 0 0% 3 1% 405 0,4%

714105 - PINTOR - CONSTRUCAO CIVIL 2.498 34% 549 7% 1.540 21% 1.818 24% 320 4% 282 4% 448 6% 7.455 7%

724115 - ELECTROMECANICO DE ELEVADORES E APARELHOS SIMILARES

329 26% 95 8% 131 10% 650 52% 14 1% 11 1% 23 2% 1.253 1%

724120 - ELECTROMECANICO DE REFRIGERACAO E CLIMATIZACAO (ELECTROMEC DE FRIO)

192 32% 43 7% 88 15% 230 38% 21 3% 1 0% 28 5% 603 1%

724135 - ELECTRICISTA-MONTADOR DE INSTALACOES DE ALTA TENSAO

99 48% 5 2% 30 15% 67 33% 4 2% 1 0% 0 0% 206 0,2%

724140 - ELECTRICISTA-MONTADOR DE INSTALACOES DE BAIXA TENSAO

877 40% 74 3% 491 22% 511 23% 116 5% 90 4% 60 3% 2.219 2%

724160 - ELECTRICISTA DE REDES - DISTRIBUICAO DE ENERGIA ELECTRICA

399 30% 53 4% 567 43% 207 16% 20 2% 65 5% 2 0% 1.313 1%

Total Geral 38.102 38% 6.843 7% 23.798 24% 20.199 20% 5.457 5% 3.121 3% 3.330 3% 100.850 100%

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no Sector da Construção Análise do Estado da Arte 

  

Pág. 127 

 

Quadro A3 ‐ Trabalhadores por conta de outrem no setor da construção, por atividade económica, segundo o nível de qualificação, em 2009. 

 

 

CAE

Encarregados, contramestres,

mestres e chefes de equipa

% Ignorado % Praticantes e Aprendizes

%Profissionais

Altamente Qualificados

%Profissionais

não Qualificados

% Profissionais Qualificados

% Profissionais Semiqualificados

% Quadros Médios

% Quadros Superiores

% Total Geral

%

41200 - CONSTRUÇÃO DE EDIFÍCIOS (RESIDENCIAIS E NÃO RESIDENCIAIS) 6.679 78% 911 50% 704 23% 1.656 63% 2.655 69% 52.903 71% 605 20% 2.412 80% 119 51% 68.644 68%

43210 - INSTALAÇÃO ELÉCTRICA 613 7% 155 8% 455 15% 326 12% 54 1% 2.701 4% 968 32% 112 4% 56 24% 5.440 5%

43221 - INSTALAÇÃO DE CANALIZAÇÕES 99 1% 166 9% 403 13% 81 3% 110 3% 2.987 4% 142 5% 64 2% 3 1% 4.055 4%

43222 - INSTALAÇÃO DE CLIMATIZAÇÃO 52 1% 55 3% 236 8% 212 8% 24 1% 1.142 2% 135 5% 46 2% 19 8% 1.921 2%

43290 - OUTRAS INSTALAÇÕES EM CONSTRUÇÕES 227 3% 120 7% 241 8% 106 4% 125 3% 2.036 3% 543 18% 39 1% 11 5% 3.448 3%

43310 - ESTUCAGEM 35 0,4% 24 1,3% 107 3,5% 20 0,8% 150 3,9% 1.560 2,1% 47 1,6% 26 0,9% 5 2,2% 1.974 2%

43320 - MONTAGEM DE TRABALHOS DE CARPINTARIA E DE CAIXILHARIA 105 1% 73 4% 309 10% 33 1% 115 3% 2.399 3% 152 5% 58 2% 7 3% 3.251 3%

43330 - REVESTIMENTO DE PAVIMENTOS E DE PAREDES 120 1% 49 3% 140 5% 30 1% 97 3% 1.818 2% 180 6% 43 1% 2 1% 2.479 2%

43340 - PINTURA E COLOCAÇÃO DE VIDROS 131 2% 105 6% 245 8% 19 1% 162 4% 3.118 4% 92 3% 38 1% 5 2% 3.915 4%

43390 - OUTRAS ACTIVIDADES DE ACABAMENTO EM EDIFÍCIOS 40 0,5% 39 2,1% 100 3,3% 24 0,9% 77 2,0% 1.229 1,6% 65 2,2% 22 0,7% 0 0% 1.596 2%

43910 - ACTIVIDADES DE COLOCAÇÃO DE COBERTURAS 6 0,1% 0 0,0% 22 0,7% 3 0,1% 11 0,3% 61 0,1% 12 0,4% 5 0,2% 0 0,0% 120 0%

43992 - OUTRAS ACTIVIDADES ESPECIALIZADAS DE CONSTRUÇÃO DIVERSAS, N.E. 498 5,8% 129 7,1% 87 2,9% 139 5,2% 264 6,9% 2.679 3,6% 46 1,5% 160 5,3% 5 2,2% 4.007 4%

Total Geral 8.605 9% 1.826 2% 3.049 3% 2.649 3% 3.844 4% 74.633 74% 2.987 3% 3.025 3% 232 0,2% 100.850 100%

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no Sector da Construção Análise do Estado da Arte 

  

Pág. 128 

Quadro A4 ‐ Trabalhadores por conta de outrem no setor da construção, por atividade económica, segundo o nível de habilitação literária 

 

  

CAE Bacharelato % Doutorame

nto % Ensino Básico %

Ensino pós Secundário

não Superior Ní l IV

%Ensino

Secundário

% Ignorada %Inferior ao 1º Ciclo do

Ensino Bá i

% Licenciatura % Mestrad

o % Total Geral %

41200 - CONSTRUÇÃO DE EDIFÍCIOS (RESIDENCIAIS E NÃO RESIDENCIAIS) 415 71% 13 76% 59.481 69% 392 83% 3.709 53% 1.504 72% 2.015 83% 1.056 72% 59 61% 68.644 68%

43210 - INSTALAÇÃO ELÉCTRICA 48 8% 1 6% 4.274 5% 13 3% 936 13% 28 1% 30 1% 103 7% 7 7% 5.440 5%

43221 - INSTALAÇÃO DE CANALIZAÇÕES 16 3% 0 0% 3.524 4% 8 2% 374 5% 45 2% 43 2% 44 3% 1 1% 4.055 4%

43222 - INSTALAÇÃO DE CLIMATIZAÇÃO 14 2% 0 0% 1.415 2% 9 2% 402 6% 21 1% 7 0% 47 3% 6 6% 1.921 2%

43290 - OUTRAS INSTALAÇÕES EM CONSTRUÇÕES 20 3% 2 12% 2.745 3% 5 1% 525 8% 65 3% 33 1% 46 3% 7 7% 3.448 3%

43310 - ESTUCAGEM 0 0% 0 0% 1.766 2% 1 0% 97 1% 46 2% 58 2% 5 0% 1 1% 1.974 2%

43320 - MONTAGEM DE TRABALHOS DE CARPINTARIA E DE CAIXILHARIA 12 2% 0 0% 2.886 3% 12 3% 177 3% 91 4% 49 2% 24 2% 0% 3.251 3%

43330 - REVESTIMENTO DE PAVIMENTOS E DE PAREDES 11 2% 1 6% 2.236 3% 1 0% 147 2% 31 1% 23 1% 26 2% 3 3% 2.479 2%

43340 - PINTURA E COLOCAÇÃO DE VIDROS 5 1% 0 0% 3.438 4% 6 1% 257 4% 125 6% 69 3% 14 1% 1 1% 3.915 4%

43390 - OUTRAS ACTIVIDADES DE ACABAMENTO EM EDIFÍCIOS 9 2% 0 0% 1.424 2% 4 1% 85 1% 39 2% 22 1% 12 1% 1 1% 1.596 2%

43910 - ACTIVIDADES DE COLOCAÇÃO DE COBERTURAS 2 0% 0 0% 101 0% 0 0% 10 0% 1 0% 2 0% 1 0% 3 3% 120 0%

43992 - OUTRAS ACTIVIDADES ESPECIALIZADAS DE CONSTRUÇÃO DIVERSAS, N.E. 29 5% 0 0% 3.427 4% 21 4% 277 4% 87 4% 76 3% 82 6% 8 8% 4.007 4%

Total Geral 581 1% 17 0,02% 86.717 86% 472 0% 6.996 7% 2.083 2% 2.427 2% 1.460 1% 97 0,1% 100.850 100%

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BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética 

no Sector da Construção Análise do Estado da Arte 

  

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Quadro A5 ‐ Trabalhadores por conta de outrem no setor da construção, por atividade económica, segundo o nível de habilitação literária e a variação 2007‐2009

 

CAE 2007 2009 % 2007 2009 % 2007 2009 % 2007 2009 % 2007 2009 % 2007 2009 % 2007 2009 % 2007 2009 % 2007 2009 %

41200 - CONSTRUÇÃO DE EDIFÍCIOS (RESIDENCIAIS E NÃO RESIDENCIAIS) 479 415 -13 18 13 -28 74.212 59.481 -20 805 392 -51 4.192 3.709 -12 2.010 1.504 -25 2.600 2.015 -23 1.228 1.056 -14 101 59 -42

43210 - INSTALAÇÃO ELÉCTRICA 70 48 -31 3 1 -67 4.761 4.274 -10 17 13 -24 889 936 5 48 28 -42 40 30 -25 80 103 29 12 7 -42

43221 - INSTALAÇÃO DE CANALIZAÇÕES 17 16 -6 1 0 -100 3.660 3.524 -4 7 8 14 371 374 1 39 45 15 59 43 -27 45 44 -2 4 1 -75

43222 - INSTALAÇÃO DE CLIMATIZAÇÃO 19 14 -26 1 0 -100 1.520 1.415 -7 7 9 29 382 402 5 22 21 -5 9 7 -22 26 47 81 6 6 -

43290 - OUTRAS INSTALAÇÕES EM CONSTRUÇÕES 21 20 -5 0 2 200 2.505 2.745 10 6 5 -17 432 525 22 88 65 -26 47 33 -30 36 46 28 3 7 133

43310 - ESTUCAGEM 4 0 -100 0 0 - 2.152 1.766 -18 2 1 -50 95 97 2 59 46 -22 56 58 4 17 5 -71 1 1 -

43320 - MONTAGEM DE TRABALHOS DE CARPINTARIA E DE CAIXILHARIA 11 12 9 0 0 - 3.996 2.886 -28 6 12 100 234 177 -24 96 91 -5 124 49 -60 31 24 -23 2 0 -100

43330 - REVESTIMENTO DE PAVIMENTOS E DE PAREDES 8 11 38 1 1 - 2.415 2.236 -7 3 1 -67 154 147 -5 51 31 -39 44 23 -48 36 26 -28 1 3 200

43340 - PINTURA E COLOCAÇÃO DE VIDROS 8 5 -38 0 0 - 3.700 3.438 -7 18 6 -67 251 257 2 136 125 -8 95 69 -27 15 14 -7 0 1 100

43390 - OUTRAS ACTIVIDADES DE ACABAMENTO EM EDIFÍCIOS 18 9 -50 0 0 - 1.751 1.424 -19 7 4 -43 122 85 -30 41 39 -5 49 22 -55 15 12 -20 4 1 -75

43910 - ACTIVIDADES DE COLOCAÇÃO DE COBERTURAS 2 2 - 0 0 - 109 101 -7 1 0 -100 8 10 25 2 1 -50 2 2 - 4 1 -75 3 3 -

43992 - OUTRAS ACTIVIDADES ESPECIALIZADAS DE CONSTRUÇÃO DIVERSAS, N.E.

33 29 -12 0 0 - 3.911 3.427 -12 24 21 -13 328 277 -16 79 87 10 131 76 -42 96 82 -15 6 8 33

Total Geral 690 581 -16 24 17 -41,2% 104.692 86.717 -17 903 472 -48 7.458 6.996 -6 2.671 2.083 -22 3.256 2.427 -25 1.629 1.460 -10 143 97 -0,5

Trabalhadores por conta de outrem no setor da construção, por CAE, segundo o nível de habilitação literária e o crescimento 2007 - 2009

Bacharelato Doutoramento Ensino Básico Ensino pós Secundário não Superior Ensino Secundário Ignorada Inferior ao 1º Ciclo do

Ensino Básico Licenciatura Mestrado