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UNISALESIANO Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium Curso de Educação Física Ana Clara Portilho Cínthia Thaís Nogueira Mayla Fernanda Zaku do Nascimento ANÁLISE DO EFEITO SUPLEMENTAR DE BCAA EM ADULTOS SUBMETIDOS À PRÁTICA DE EXERCÍCIO NA FORÇA MÁXIMA PRESCRITA LINS-SP 2008

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UNISALESIANO

Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium

Curso de Educação Física

Ana Clara Portilho

Cínthia Thaís Nogueira

Mayla Fernanda Zaku do Nascimento

ANÁLISE DO EFEITO SUPLEMENTAR DE BCAA

EM ADULTOS SUBMETIDOS À PRÁTICA DE

EXERCÍCIO NA FORÇA MÁXIMA PRESCRITA

LINS-SP

2008

1

Ana Clara Portilho

Cínthia Thaís Nogueira

Mayla Fernanda Zaku do Nascimento

ANÁLISE DO EFEITO SUPLEMENTAR DE BCAA EM ADULTOS

SUBMETIDOS À PRÁTICA DE EXERCÍCIO NA FORÇA MÁXIMA PRESCRITA

Trabalho de Conclusão de Curso

apresentado à Banca Examinadora do

Centro Universitário Católico Salesiano

Auxilium, curso de Educação Física sob

a orientação da Profa Giseli de Barros

Silva e orientação técnica da Profa Esp.

Jovira Maria Sarraceni.

LINS-SP

2008

0

Portilho, Ana Clara, Ana; Nogueira, Cínthia Thaís; Nascimento, Mayla Fernanda Zaku

P88a Análise do efeito suplementar de BCAA em adultos submetidos à prática de exercício na força máxima prescrita/ Ana Clara Portilho; Cínthia Thaís Nogueira; Mayla Fernanda Zaku Nascimento – – Lins, 2008.

69p. il. 31cm. Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico

Salesiano Auxilium – UNISALESIANO, Lins-SP, para graduação em Educação Física, 2008

Orientadores: Jovira Maria Sarraceni; Giseli Barros Silva 1. Hipertrofia. 2. Aminoácido de Cadeia Ramificada (BCAA). 3.

Teste de força no Supino. I Título.

CDU 796

0

ANA CLARA PORTILHO

CÍNTHIA THAIS NOGUEIRA

MAYLA FERNANDA ZAKU DO NASCIMENTO

ANÁLISE DO EFEITO SUPLEMENTAR DE BCAA EM ADULTOS

SUBMETIDOS À PRÁTICA DE EXERCÍCIO NA FORÇA MÁXIMA PRESCRITA

Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium,

para obtenção do titulo de Licenciatura plena em Educação física

Aprovada em: ___/___/2008

Banca examinadora:

Prof(a) Orientador(a): Giseli de Barros Silva

Titulação: Especialista em Fisiologia do Exercício

Assinatura:__________________________

1o Prof(a) _______________________________________________________

Titulação: _______________________________________________________

_______________________________________________________________

Assinatura: __________________________

2o Prof(a) _______________________________________________________

Titulação: _______________________________________________________

_______________________________________________________________

Assinatura: __________________________

1

DEDICATÓRIA

Aos meus pais, que me deram o que de mais precioso existe no

Universo, a VIDA, já seria eu por isso, infinitamente grata.

Mas não, vocês não se contentaram em presentear-me apenas com a

vida. Iluminaram meus caminhos obscuros com afeto e dedicação. Revestiram

minha existência de amor e carinho para que eu aprendesse a viver com

dignidade, responsabilidade e consciência. Renunciaram a seus sonhos em

favor dos meus.

Sinto-me tão envaidecida de vós, de vosso esforço que, talvez, não sei

exprimir em palavras o especial carinho, o amor sincero e a gratidão que vos

dedico. Divido, pois, com vós os méritos desta conquista, porque ela vos

pertence, ela é tão vossa quanto minha.

A vocês, “não apenas muito obrigado”, mas sim um pedido de amor:

ajudem-me, mais uma vez, a acreditar que posso caminhar sozinha.

Amo Vocês ! ! !

Ana Clara

Aos meus queridos pais Cleonice e Clemente

Que me deram não só a vida, mas também me ensinaram a vivê-la

com dignidade dando-me exemplos de honestidade, trabalho e persistência

para que eu percorresse o caminho a que me propus, sempre doando e

renunciando a seus sonhos para que muitas vezes pudesse realizar os meus.

Quantas vezes desanimei, mas sempre tive de vocês palavras de força, ânimo,

sendo impelida para lutar, olhar para frente e continuar.

Procurei entre palavras àquela que gostaria que seus corações

ouvissem do meu. E só encontro um simples e sincero obrigado. Obrigado por

terem estado comigo nas horas difíceis que muitas vezes passei, por terem

participado por momentos felizes, por terem proporcionado estudo e a minha

formação, pela completa compreensão, pela lição de amor que me ensinaram

durante toda minha vida, pelo grande sonho realizado neste dia, por tudo que

2

fizeram por mim. Tomara Deus que eu possa transmiti-la no exercício da

profissão.

A vocês dedico esse grande dia, que são os principais homenageados

dessa noite, pois a gratidão e o amor que sinto por vocês são emoções que

dificilmente palavras traduziriam.

A nossa vitória.

AMO MUITO VOCÊS!

Cínthia

A minha irmã Aline

A você que esteve ao meu lado em todas as horas de desespero e

nervoso, por me incentivar nas minhas escolhas, por acreditar em meus

objetivos. Apesar de não demonstrar o amor e o carinho que eu sinto por você,

tenha certeza que você é muito especial para mim, faz parte da minha vida e

das minhas conquistas.

Agradeço a Deus por você sempre estar presente em minha vida, por

estarmos sempre unidas. Obrigada por você existir em minha vida.

AMO VOCÊ...

Cínthia

As minhas parceiras Mayla e Ana

Mayla, não sei por onde começar... É difícil escrever o que é tão

simples, mas vou começar. Durante esses quatros anos aprendemos muito

uma com a outra. De você amiga levarei guardado em meu coração muitas

lembranças das quais nunca esquecerei. Fico muito feliz em saber que existem

pessoas verdadeiras e leais como você.

Foram momentos de diversões, palhaçadas, e quantas risadas

hein?...... Preocupações, incertezas, alegrias e o mais importante de tudo a

sincera amizade que me transmita. A bondade de vencer é o que faz crer que

tudo passa tudo recomeça e o que permanece é a esperança e a verdadeira

amizade marcada em nossas vidas. Amiga, que luta! Mas que vitória. Apesar

3

dos momentos estressantes, angustiantes, choros, correrias, e é claro

momentos alegres ta pelas suas atitudes, mas por saber se fazer presente em

todos os momentos da minha da minha vida.

Espero que sua vida seja cheia de conquistas como essas que

alcançamos agora.

Sucesso você merece.

MUITO OBRIGADO!

Ana, bons foram estes dois anos de convivência que passamos juntas,

onde resolvemos correr o risco, lutar e passar momentos difíceis e alegres.

Juntas conseguimos realizar o que desejamos e o mais importante é que

guardaremos para sempre essas lembranças em nossas mentes e em nossos

corações.

Obrigada pela ajuda que me prestou, você foi fundamental para que

essa conquista se realizasse. Saiba que sempre poderá contar comigo.

Cínthia

Aos meus pais Lourival Eduardo in memoriam e Márcia

Algumas pessoas marcam a nossa vida para sempre, umas porque nos

vão ajudando na construção, outras porque nos apresentam projetos de sonho

e outras ainda porque nos desafiam a construí-los. Quando damos conta, já é

tarde para lhes agradecer.

A vocês meus heróis, que sempre estiveram presentes ao meu lado.

Diante das dificuldades me deram forças para me tornar forte. Ensinaram-me o

caminho da verdade, e que este caminho tem obstáculos, e com fé juntos

podemos ir além...

A este grande homem e esta grande mulher meu muito obrigado!!

“A distância é pequena para o nosso amor’’.

‘’Nada irá nos separar’’!

Amo vocês!!

Mayla Aos meus tios Hélio e Iraci

4

A vocês meus tios - pais

Que mesmo distantes, conseguimos manter a chama desse amor.

O amor que nos une a cada dia, nos dando força para...

Viver, nos dando força a cada caminhada, pois...

Onde quer que vamos, sabemos que jamais estamos sozinhos. Os

Caminhos são diferentes, mas quando precisamos ali estamos nós em

qualquer situação, acolhendo uns aos outros.

Semeando o amor de Deus em nossas vidas.

Se hoje estou em festa é porque vocês me deram suporte necessário para

chegar até aqui, devo tudo isso à vocês que acreditaram em mim.

Obrigada por tudo!

Amo muito vocês!

Mayla.

Á minhas companheiras de monografia Cínthia e Ana

Não poderia me esquecer de vocês.

A minhas amigas, companheiras, irmãs...

Para aquelas pessoas que fazem meu coração sorrir...

Para a galera que sempre esteve junto

até mesmo quando eu não estava disposta...

Para a pessoa que eu esperava que

me chutasse quando caí, e

que foi uma das primeiras que

me ajudou a levantar...

Para as pessoas que fizeram a

diferença em minha vida...

Para as pessoas que quando

olho para trás, sinto muitas saudades...

Para as pessoas que me aconselharam

quando me senti sozinha, e me ajudaram

a entender que não importa em quantos

5

pedaços meu coração tenha se partido, pois

o mundo não irá parar para que eu o conserte...

Para as pessoas que me deram um força quando

eu não estava muito animada.

Para as pessoas que amei...

Para as pessoas que abracei...

Para as pessoas que encontro

apenas em meus sonhos...

Para as pessoas que encontro

todos os dias e não tenho a chance de

dizer tudo o que sinto olhando nos olhos...

Para mim...

O que importa não é O QUE

eu tenho na vida, mas

QUEM eu tenho na vida...

Amo vocês!!

Mayla

6

AGRADECIMENTOS

À DEUS Enfim, por ter tão pouco a pedir, tanto a agradecer e oferecer.

Grandes foram às lutas, maiores as vitórias, sempre esteve conosco.

Com tua ajuda vencemos, mas não chegamos ao fim da etapa principal,

mas chegamos ao começo de uma longa caminhada.

Obrigada pela sua presença em nossas vidas.

Ana, Cínthia e Mayla

ANTONIO, ELIANE E JÚNIOR

Aos meus pais e ao meu irmão que tanto trabalharam e sacrificaram por

essa minha conquista .Obrigada por tudo. Espero um dia recompensá-los pelo

esforça e dedicação, sem vocês eu não teria realizado este curso. Vocês são

minha maior admiração e orgulho.

Amo Vocês ! ! ! .

Ana Clara PEDRO

A você meu amor, que com imenso carinho e compreensão, guiou-me

até o término deste trabalho .

Aprendi com você, que posso demorar muito para me transformar na pessoa

que desejo ser, e devo ter paciência. Mas, aprendi também, que posso ir além

dos limites que eu própria coloquei para sermos felizes.

A você, que esteve sempre ao meu lado, lutando comigo, dedico essa

conquista com a mais profunda admiração e respeito e divido com você a

felicidade e o mérito dessa conquista.

Te Amo ! ! !

Ana Clara

7

MAYLA e CÍNTHIA

Obrigada pela receptividade e apoio encontrados durante esse tempo

que trabalhamos juntas. Meus sinceros agradecimentos pela colaboração

fornecida para que pudéssemos desenvolver esse trabalho. Com certeza um

grande trabalho.

Amizade é essencial. Amizade antiga, recente, amizade que nunca se

acaba. Que resiste a tudo, a todas as fofocas e piadinhas. Amizade é uma

corrente que jamais se romperá.

Sucesso a vocês ! ! !

Ana Clara

Aos Coordenadores, Estagiários e Clientes da Clinica de Educação Física

Agradeço a vocês pelo aprendizado, pela atenção, compreensão, carinho

e o principal pelas amizades e lembranças, que guardarei eternamente de

todos vocês. Ficara na saudade esses 2 anos e meio que convivi com vocês..

MUITO OBRIGADO!!!!!!

Cínthia A minha amiga e companheira de república Inara

Dedico a você, que junto sofreu e amadureceu comigo. Quero que

saiba que guardarei na memória e no coração todos os momentos que

compartilhamos e as dificuldades que superamos juntas, porque com você

aprendi o valor de uma verdadeira amizade.

A você, que me respeitou, aceitou a minha maneira de ser, me

incentivou e apoiou. Ofereço-lhe esta vitória.

AMIGA VOCÊ É MUITO ESPECIAL PRA MIM, TE AMO....

Cínthia

8

A nossa Professora, Orientadora e Amiga Giseli

Obrigada por ser essa pessoa maravilhosa, prestativa e companheira,

você mostrou novos horizontes, abrindo caminhos à hora que nós mais

precisamos.

Esperamos um dia ter pelo menos metade de sua sabedoria. Valeram

apenas os grandes esforços! Nada disso teria sido possível se não tivesse

aprendido com você, a nunca recuar e que nada se consegue na vida a não ser

com amor, esforço, dedicação e muita força.

Durante essa caminhada aprendemos muito com você

MUITO OBRIGADO

Ana, Cínthia e Mayla Aos professores Wonder e Cristiano

Á vocês que durante o ano passaram todo conhecimento do conteúdo

usado, por estarem sempre presentes e trazerem informações novas, á vocês

que hoje fazem parte da minha vida. Vocês são pessoas competentes e batalhadoras, que com toda

coragem conquistou aos poucos o carinho e o respeito de uma faculdade

inteira. Ofereço o nosso muito obrigado e nossa admiração.

“Grande é o homem que descobriu seus próprios talentos, mas gigante é

aquele que sabe descobrir os talentos dos outros”.

Ana, Cínthia e Mayla À Turma

Vivemos momentos de pura loucura e desafios, mas também aqueles

em que a serenidade e compreensão da pura amizade predominam.

A todos que nestes quatro anos de faculdade sempre estiveram

presentes em todos os momentos, seja ele no trabalho, estudo, festas e

bagunças. A vocês, por quem sentiremos saudades só temos uma coisa a

dizer: Longe é um lugar que não existe!

OBRIGADO.

Ana, Cínthia e Mayla

9

As Bibliotecárias

Muito obrigada, pela dedicação, atenção e compreensão que nos

demonstraram por todo esse tempo.

Ana, Cínthia e Mayla A Academia Mundo Livre

Agradeço o espaço cedido pela Academia Mundo Livre e pela

colaboração do Lauro.

MUITO OBRIGADO.

Ana, Cínthia e Mayla

0

RESUMO

A hipertrofia muscular é o aumento do tamanho das fibras musculares devido ao acúmulo de substâncias contráteis, actina e miosina e de substancias não contráteis, principalmente glicogênio e água, no sarcoplasma das fibras musculares, tem como resultado o treinamento de força, também conhecido como treinamento com cargas, uma das formas mais conhecidas de exercícios, tanto para o condicionamento de atletas como para melhorar a forma física e de não-atletas. Os termos carga, peso e treinamento de força têm sido usados para descrever um tipo de exercício que requer que os músculos se movam contra uma força de oposição, componente importante dentro do programa de condicionamento físico. Paralelamente ao crescimento do número de praticantes, tanto a fins estéticos, competição ou força, há um aumento proporcional do uso de suplementos alimentares, dentre eles se destaca o BCAA. E por isso, podem ser denominados também Aminoácidos de Cadeia Ramificada (AACC), compostos por Valina, Leucina e Isoleucina. São produtos derivados do leite, contém grande quantidade deles, mas atualmente a proteína isolada do soro do leite é uma das fontes mais ricas de BCAAs. Eles podem ser encontrados em tabletes ou cápsulas, em pó ou na forma líquida. O objetivo desse trabalho foi analisar os efeitos da suplementação do BCAA em Vinte e um (21) indivíduos do gênero masculino ligado a um programa de exercício físico, comparando a força máxima dos membros superiores sobre a composição corporal e suas influências no ganho da força específico no exercício de supino de praticantes de musculação, os quais se submeteram ao teste de 1 repetição máxima (1RM) para a identificação da força de membros superiores no exercício de supino. Para análise dos dados foi utilizado analise de variância (ANOVA two way) onde se adotou o teste de Post Hock de Tuckey com o nível de significância p ≤ 0,05, para os resultados de pré e pós em comparação o teste de 1RM no percentual de aumento da força (grupo BCAA 7,29 ± 2,65, e o grupo PLACEBO 4,78 ± 1,66), estes resultados estão dispostos na tabela 3, no qual se observou uma melhora significativa no grupo de BCAA, quando realizada uma comparação no aumento da força máxima em percentual na situação pós. Contudo pode-se dizer que a suplementação de BCAA pode oferecer vantagens no aumento da força muscular devido sua composição prevalecendo o suporte a fibra muscular. Palavras Chave: Hipertrofia. Aminoácido de Cadeia Ramificada (BCAA). Teste de Força no Supino.

1

ABSTRACT

The muscle hypertrophy is to increase the size of muscle fibers due to the accumulation of contractile substances, actin and myosin and no substantial contracts, mainly glycogen and water in the sarcoplasm of muscle fibers, is the result of strength training, also known as training with loads, one of the most popular forms of exercise, both for the conditioning of athletes how to improve the physical and non-athletes. The terms load, weight and strength training have been used to describe a type of exercise that requires the muscles to move against a force of opposition, important component within the program of physical conditioning. Parallel to the growth in the number of practitioners, both for aesthetic purposes, competition or strength, there is a proportional increase in the use of dietary supplements, among them stands out the GAEC. And so may also be called branched-chain amino acids (AACC), consisting of Valine, leucine and isoleucine. They are dairy products, contains large quantities of them, but now the protein isolated from the serum of milk is one of the richest sources of BCAAs. They can be found in tablet or capsule, powder or liquid form. The purpose of this study was to analyze the effects of BCAA supplementation in the Twenty-one (21) male subjects connected to a program of physical exercise, comparing the full force of the upper limbs on the body composition and their influence on specific gain strength in pursuit of the perpetrators of supine body, which were submitted to the test of 1 repetition maximum (1 RM) to identify the strength of upper limbs in the exercise of supine. Data analysis was used analysis of variance (ANOVA two way) where they adopted the test of Post Hock Tuckey with the level of significance p ≤ 0.05, to the results of before and after the test compared the percentage of 1RM to increase strength (7.29 ± 2.65 BCAA group, and group Placebo 4.78 ± 1.66), these results are prepared in table 3, which has seen a significant improvement in the group of BCAA, when carried out compared with an increase in percentage of maximum force in post. However we can say that the BCAA supplementation may offer advantages in increasing muscle strength because its prevailing support the muscle fiber. Key words: hypertrophy. Branched-chain amino acids (BCAA). Test of Strength in Supino.

2

FIGURAS

Figura 1: As relações intercambiais das três formas de força....................... 22

Figura 2: Hipertrofia Sarcoplasmática e Miofibrilar........................................ 25

Figura 3: Adaptação muscular ao treinamento de força................................ 26

Figura 4: Mecanismo do treinamento de força.............................................. 27

LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Comparação das características físicas do grupo I (BCAA) e

grupo II (PLACEBO).......................................................................................

41

Tabela 2: Comparação dos dados pré e pós do grupo I e grupo II, no teste

de carga máxima e circunferência tórax (n=21).............................................

41

Tabela 3 – Comparação dos dados em % do valor de melhora no pré e

pós treinamento da carga maxima (CM) e da circunferencia de torax,

quando comparados todos os individuos de ambos os grupos.....................

42

LISTA DE SIGLAS

BCAA - Aminoácido de Cadeia Ramificado

Ca - Cálcio

CM - Carga Máxima

Cm - Centímetros

EST - Estatura

Fé - Ferro

g - Gramas

IMC - Índice de Massa Corporal

K - Potássio

Mg - Miligrama

MM - Massa Magra

MG - Massa Gorda

SNC - Sistema Nervos Central

Zn - Zinco

3

%G - Percentual de Gordura

% - Porcentagem

1 RM - Uma Repetição Máxima

4

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO.......................................................................................... 18

1 CONCEITOS PRELIMINARES.................................................... 21

1.1 Definição de Hipertrofia................................................................ 21

1.2 Treinamento de Hipertrofia........................................................... 23

1.2.1 Características do treinamento de Hipertrofia.............................. 23

1.2.2 Adaptações ao treinamento de Hipertrofia................................... 24

1.2.3 Influencia do treinamento de hipertrofia na composição corporal 28

1.3 Aumento da Força........................................................................ 28

1.3.1 Classificação da Força.................................................................. 29

1.4 Suplementação............................................................................. 30

1.4.1 Suplementação de BCAA............................................................. 31

1.4.1.1 Processo do BCAA........................................................................ 32

1.4.1.2 Função do BCAA.......................................................................... 33

1.4.2 Suplementação Proteína.............................................................. 34

1.4.3 Suplementação Creatina............................................................... 34

1.5 Antropometria................................................................................. 35

2 CASUÍSTICA E MÉTODOS........................................................ 36

2.1 Condições Ambientais.................................................................. 36

2.2 Sujeito........................................................................................... 36

2.3 Material......................................................................................... 36

2.4 Protocolos de teste....................................................................... 37

2.4.1 Antropometria............................................................................... 37

2.4.2 Dobras Cutâneas ........................................................................ 38

2.4.3 Teste de 1 RM no supino reto...................................................... 38

2.4.4 Circunferência.............................................................................. 39

2.5 Procedimentos............................................................................... 39

2.5.1 Treinamento.................................................................................. 39

5

2.5.2 Suplementação............................................................................. 40

2.6 Análise Estatística......................................................................... 40

2.7 Resultados..................................................................................... 40

2.8 Discussão.................................................................................. 42

2.9 Conclusão................................................................................ 49

REFERÊNCIAS.......................................................................................... 51

APÊNDICES............................................................................................... 59

ANEXOS.................................................................................................... . 63

GLOSSÁRIO............................................................................................... 66

18

INTRODUÇÃO

A hipertrofia muscular, adaptação bastante conhecida como resultado do

treinamento de força deve-se principalmente à maior concentração de proteína

contrátil encontrada no interior das fibras musculares. O treinamento de força

resulta em aumento da área transversal das fibras musculares tanto de

contração rápida quanto lenta, embora, geralmente nota-se maior ganho

percentual de hipertrofia na contração rápida (FLECK; KRAEMER, 1999).

Normalmente, o treinamento com peso resulta em aumento na área

transversal da fibra muscular de 20 á 45%, com possibilidade de chegar a 50%

(STARON, et. al., 1991). Entretanto em diversas fases do treinamento, cargas

elevadas e poucas repetições podem realçar uma resposta da hipertrofia, isso

se a intensidade do treinamento é mais tarde reduzida com a inclusão do

descanso adequado (FLECK; KRAEMER, 2004). Desta forma, é possível

elaborar uma sessão que promova aumentos na hipertrofia muscular e optar

pela realização de apenas seis repetições em cada série. Isso significa que os

aumentos no volume muscular acontecerão. A sessão, pode ser composta

praticamente de qualquer combinação entre as variáveis importantes para o

programa. Os ganhos de força obtidos durante os períodos de alta intensidade

devem-se primariamente a um maior nível de recrutamento das unidades

motoras e a síntese de proteína contrátil (MACDOUGALL, et. al., 1984).

A hipertrofia tem como função básica aumentar a capacidade de gerar

força. Este efeito do treinamento de força já é conhecido há muito tempo,

contudo, os mecanismos responsáveis por este fenômeno ainda não estão

completamente esclarecidos. A hipertrofia é desencadeada por estímulos

intensos de curta duração contra cargas de alta intensidade. O número de

repetições e o intervalo de recuperação parecem exercer também um papel

19

fundamental. Recentemente um estudo conduzido por Haddad; Adams (2002)

demonstrou a real necessidade do intervalo de recuperação de 48 horas para a

repetição do estímulo de treinamento. Neste período de tempo fatores

miogênicos associados a hipertrofia muscular estão no seu ápice e o

organismo encontram-se apto para receber um novo estímulo.

Além disso, Farthing; Chilibeck (2003) demonstram que o treinamento

de hipertrofia com contrações excêntricas de alta velocidade é mais eficiente

para aumentar a hipertrofia muscular quando comparado com treinamentos de

contrações concêntricas de alta a baixa velocidade. A combinação de

contrações excêntricas e alta velocidade parecem causar uma maior

quantidade de dano muscular desencadeando os processos acima

mencionados os quais contribuiriam para o maior grau de hipertrofia.

Em 1962 o estudo clássico de Berger recomendava o uso de séries

múltiplas para promoção de ganhos significantes na quantidade de força, fator

presente até hoje na organização de programas de treinamento.

Em função disto, Moritani; Devries (1979) inauguraram um novo

momento no treinamento de força ao elucidar as diferentes fases de

adaptações das contribuições neurais e hipertróficas na modificação da força

muscular.

A suplementação nutricional é definida como o consumo pontual de um

nutriente objetivando determinado efeito (Lancha, 2002), e vem se tornando

cada vez mais comum no meio esportivo. Isto porque atletas ou mesmo as

pessoas que praticam atividade física visam melhor rendimento, ganho de

saúde e aperfeiçoamento da forma física (GOMES; TIRAPEGUI, 2000).

Dentre os suplementos utilizados, as proteínas e aminoácidos estão

entre os mais populares, pois as proteínas fornecem a base estrutural de

tecidos e órgãos e são estruturadas como uma seqüência linear de

aminoácidos. Os aminoácidos são classificados em essenciais, quando obtidos

apenas por meio da dieta, e não essenciais, quando produzidas

endogenamente (MAUGHAN, et. al., 2000).

A suplementação de aminoácidos de cadeia ramificada (mais conhecida como

BCAA), leucina, isoleucina e valina surgiram com a hipótese da fadiga central

(GOMES; TIRAPEGUI, 2000). Este tipo de fadiga seria causado por um

declínio da concentração plasmática de BCAA permitindo então, um maior

20

influxo de triptofano livre no cérebro, que por sua vez é precursor do

neurotransmissor serotonina, relacionada ao estado de letargia, cansaço e

sono. Os BCAA e o triptofano são aminoácidos neutros que competem na

barreira hematoencefálica, logo aquele que estiver em maior concentração é

transportado para dentro do cérebro (GOMES; TIRAPEGUI, 2000;

CHEVRONT, et. al., 2004; WATSON, et. al., 2004).

Dentre os BCAA, a leucina é de extrema importância para estimular a

síntese protéica durante o período de recuperação muscular pós-exercício

(NORTON; LAYMAN, 2006).

Esta pesquisa se propõe a uma investigação no efeito de exercício

máximo aplicado na área da musculação, limitando-se a comparar e apresentar

a influência da suplementação na força muscular, sendo controlada por dois

grupos os quais se definem em grupo de treinamento com ingestão de BCAA, e

o grupo de treinamento placebo, os quais submeteram em teste de 1 RM no

supino reto e 3 meses de treinamento de hipertrofia controlada apenas no

exercício de supino, a presente pesquisa ocorreu na Academia Mundo Livre na

cidade de Lins/ SP com 21 indivíduos masculinos treinados com media idade

de 24,76 ± 2,91 anos.

O objetivo geral desse trabalho será demonstrar e comparar o efeito do

BCAA no aumento da força máxima e na hipertrofia muscular após três meses

de treinamento a 80% da força máxima. Este estudo será norteado pelo seguinte problema: Qual a influência da

suplementação de BCAA com o treinamento de Hipertrofia na força máxima no

exercício de supino quando comparados com o grupo placebo?

Torna-se imperioso conhecer e sistematizar a maior quantidade e

diversidade de informação sobre suplementações, as quais se tornam

importante para pesquisas, já que a dieta rica em proteínas preserva a

estrutura muscular e suprir os gastos energéticos (McARDLE, et. al., 2003).

Este estudo tem por finalidade analisar o efeito do treinamento de

hipertrofia com suplementação de aminoácido de cadeia ramificada (BCAA), na

força máxima em músculos de membros superiores comparados em indivíduos

do gênero masculino adultos.

20

21

Pode-se considerar relevante identificar e comparar os efeitos da

suplementação de BCAA durante o treinamento de hipertrofia na força máxima

e no aumento muscular.

1 CONCEITOS PRELIMINARES

1.1 Definição de Hipertrofia

Badillo; Ayestarán (2001) definem que no âmbito esportivo, é entendido

como a capacidade do músculo de produzir tensão ao contrair-se. Em âmbito

ultra-estrutural, a hipertrofia está relacionada com o número de pontes

cruzadas de miosina que podem interagir com os filamentos de actina. Do

ponto de vista da Física, a força muscular é a capacidade da musculatura de

produzir a aceleração ou a deformação de um corpo, mantê-lo imóvel ou frear

seu deslocamento.

De uma forma mais geral, Fox, et. al., (1991), definem a hipertrofia

muscular como sendo a tensão que um grupo muscular consegue exercer

contra uma resistência em um esforço máximo. De acordo com as definições,

pode-se concluir que a hipertrofia muscular está diretamente ligada à contração

muscular, e dependendo da resistência e exigência que são impostas nas

atividades físicas ou desportos, criam-se subdivisões e tipos de força.

“A força máxima representa a maior força disponível, que o sistema

neuromuscular pode mobilizar através de uma contração máxima voluntária”

(WEINECK, 1999).

Weineck (1999) define força de acordo com os seus tipos: força máxima,

força rápida e resistência de força:

A manifestação de força varia de acordo com a tensão, a velocidade, o

tipo de ativação ou contração produzida (BADILLO; AYESTARÁN, 2001).

Inicialmente, para uma forma de análise mais simples, o gráfico abaixo (fig.1)

mostra as relações intercambiais das três formas da força citadas por

WEINECK, (1999).

22

Segundo Badillo; Ayestarán (2001) classificam as manifestações de

força girando em torno de dois conceitos fundamentais: força máxima e força

explosiva ou rápida, e ainda quanto à sua contração.

Resistência de Força

Fonte: WEINECK, 1999, p.224

Figura 1 - As relações intercambiais das três formas de força.

Observa-se que, nas extremidades do triângulo estão a Resistência de

força, Força máxima e Força rápida. De acordo com as definições anteriores

pode-se concluir que a resistência de força tem uma ligação com o tempo de

execução, ou seja, a capacidade de desempenho prolongado de força. Já a

Força máxima, está relacionada com a intensidade (maior força disponível em

uma contração máxima voluntária), e a Força rápida com a velocidade

(execução de movimento em uma velocidade máxima). Entre elas estão suas

subdivisões que são basicamente diferenciadas quanto à predominância entre

uma e outra de acordo com as variáveis citadas anteriormente que são:

velocidade de execução, intensidade e tempo de duração dos estímulos. Essas

variações são bem visíveis nos esportes, onde são exigidos movimentos e

velocidades de execução diferentes.

Resistência de Força rápida

Resistência de Força máxima

Força máxima

Força explosiva

Força de partida

Força rápida

23

1.2 Treinamento de Hipertrofia

A hipertrofia muscular, adaptação bastante conhecida como resultado do

treinamento de força deve-se à maior concentração de proteína contrátil

encontrada no interior das fibras musculares. Com incremento das proteínas no

músculo esquelético, intensifica-se o mecanismo celular para desenvolver a

força, motivo pelo qual um músculo grande geralmente é mais forte do que um

pequeno (STARON, et. al., 1991).

Staron, et. al., (1989; 1991), justificam que homens e mulheres caso

executem o mesmo programa de treinamento, ambos alcançarão ganhos

percentuais idênticos no volume da fibra muscular. Como, no entanto, o volume

das fibras musculares femininas geralmente é menor – mesmo que o

percentual de aumento no volume do músculo seja igual a ambos os sexos, as

mulheres terão músculos menores que os de um homem.

Ao analisar o treinamento com objetivo de aumentar a massa muscular,

geralmente é usada carga de intensidade moderada e mais repetições

(KRAEMER, et. al., 1996). Entretanto, em diversas fases do treinamento,

cargas elevadas e poucas repetições podem realçar uma resposta da

hipertrofia, isso se a intensidade do treinamento é mais tarde reduzida com a

inclusão do descanso adequado (FLECK; KRAEMER, 2004).

1.2.1 Características do Treinamento de Hipertrofia

Fleck; Kraemer (1999), diz que o treinamento de hipertrofia é

caracterizado por um menor número de repetições pelo aumento de carga.

Existem muitas possíveis razões que justificariam a intervenção de um

ciclo de treinamento neural durante o treinamento hipertrófico. Os ganhos de

força obtidos durante os períodos de alta intensidade devem-se primariamente

a um maior nível de recrutamento das unidades motoras e à síntese de

24

proteína contrátil em oposição à proteína não-contrátil (MACDOUGALL, et. al.,

1984). Portanto, maximizar o recrutamento das unidades motoras por meio da

alta intensidade do trabalho neural pode habilitar previamente fibras

musculares subutilizadas para serem treinadas (FLECK & KRAEMER, 2004).

Além do mais, outros sistemas envolvidos na hipertrofia, como sistema

endócrino, são influenciados pela estimulação neuromuscular. Adaptações

neurais podem permitir o uso de cargas intensas para um dado número de

repetições, de tal modo que se aumente o estímulo hipertrófico (DESCHENES;

KRAEMER, 2002).

O tempo total em que o músculo está sob tensão decorre do número de

repetições, velocidade ou tempo para executar o movimento solicitado. A

execução dos exercícios com pesos apresenta três fases: excêntrica, pausa

(estática) e concêntrica. Os tempos podem variar, ainda que seja recomendado

que a duração total de uma série não exceda 70 segundos. Séries maiores,

provavelmente, não têm carga suficiente para o desenvolvimento da força ou

hipertrofia muscular, enfatizando mais a resistência de força (STONE, et.

al.,1981).

1.2.2 Adaptação ao treinamento de Hipertrofia

O músculo esquelético é formado por várias fibras musculares, e a força

produzida por um músculo depende da atividade de subunidades musculares

que são: sarcômero, miofibrila e a fibra muscular (ZATSIORSKY, 1999).

Cada fibra é formada por várias miofibrilas paralelas, que consistem de

unidades longitudinais repetidas denominadas sarcômeros (ZATSIORSKY,

1999).

O encurtamento do sarcômero ocorre com resultado do

deslizamento de filamentos de actina com os de miosina, isso têm como

conseqüência o encurtamento da fibra muscular. (ZATSIORSKY, 1999).

Segundo MacDougall (1986), citado por Badillo; Ayestarán (2001), a hipertrofia

produzida no músculo pelo treinamento de força é devida ao aumento do

tamanho e do número de miofibrilas, e esse aumento de tamanho poderia ser

25

25

devido a um acréscimo de filamentos de actina e miosina na periferia das

miofibrilas.

Segundo, Zatsiorsky, (1999), demonstra duas formas de hipertrofia

muscular:

a) Hipertrofia sarcoplasmática (fig.2.) que é caracterizada por um

crescimento do sarcoplasma (substância semi-fluídica interfibrilar) e proteínas

não contráteis que não contribuem diretamente para a melhora da força ;

b) Hipertrofia miofibrilar (fig.2.) que é um aumento da fibra muscular à

medida que aumentam o número de miofibrilas e conseqüentemente mais

actina e miosina. Esta hipertrofia aumenta a força muscular.

Fonte: ZATSIORSKY, 1999, p.95

Figura 2 - Hipertrofia Sarcoplasmática e Miofibrilar.

“Exercícios com altas resistências podem levar tanto a hipertrofia

sarcoplasmática quanto a hipertrofia miofibrilar das fibras musculares”

(ZATSIORSKY, 1999).

Uma outra adaptação, a hiperplasia, que seria o aumento do número de

fibras musculares (WEINECK, 1999).

Segundo Zatsiorsky (1999), a contribuição da hiperplasia é desprezível

para os objetivos do treinamento de força, ou seja, o número de fibras não é

alterado substancialmente.

O músculo é formado por tecidos contráteis, e também não-contráteis

que representam 13% do volume muscular total. A hipertrofia muscular vem

acompanhada de aumentos dos tecidos conjuntivos, porém esse aumento é

proporcional. Ex.: o tecido conjuntivo de um sedentário representa, como o do

26

fisiculturista treinado, 13% do volume muscular (BADILLO; AYESTARÁN,

2001).

Sharkey (1998), descreve que o tecido conjuntivo sob tensão tem um

aumento em espessura, o que contribui para um crescimento global, ou

hipertrofia, do músculo.

Conforme o músculo torna-se mais forte, podendo levantar mais peso,

ligamentos, tendões e ossos devem acompanhar esse desenvolvimento para

suportarem maiores esforços. Embora os ligamentos e tendões tenham uma

adaptação com cargas, nenhuma pesquisa examinou os efeitos do treinamento

de força sobre essas estruturas (FLECK; KRAEMER, 1999).

Fleck; Kraemer (1999), observam que o osso tem uma tendência de se

adaptar mais lentamente do que o músculo, e revisam características

necessárias do treino de força que provocam alterações nos ossos: a

compressão, tração e velocidade de tração.

“O treinamento de força aumenta a espessura da cartilagem hialina nas

superfícies articulares dos ossos, uma função importante da cartilagem hialina

é agir como um amortecedor de choque entre as superfícies ósseas de uma

articulação. O aumento da espessura desta cartilagem poderia facilitar o

desempenho desta função amortecedora” (FLECK; KRAEMER, 1999).

Weineck (1999), explica que o aumento de força em pouco tempo de

treinamento de força é atribuído à melhora da capacidade coordenativa

(coordenação intra e intermuscular), pois a hipertrofia muscular não acontece

em pouco tempo (fig.3).

Fonte: WEINECK, 1999, p 237

Figura 3 - Adaptação muscular ao treinamento de força

26

27

O sistema nervoso central, segundo Zatsiorsky (1999), é de suprema

importância para desenvolvimento da força. A força muscular depende também

da magnitude de ativação voluntária de cada fibra em um músculo

(coordenação intramuscular). A produção de força pelo sistema nervoso

depende de:

a) Recrutamento: maior ou menor graduação da força de acordo

com mais ou menos unidades motoras ativas;

b) Taxa de codificação: modificação na taxa de acionamento da

unidade motora;

c) Sincronização: ativação das unidades motoras mais

sincronizadas.

As unidades motoras são elementos do sistema de produção motora.

São compostas por axônios, placas motoras e fibras musculares ativadas por

um motoneurônio (ZATSIORSKY, 1999).

Observe (Fig.4) uma adaptação inicial do treinamento de força com

relação ao recrutamento das fibras, e depois a hipertrofia das fibras,

aumentando o volume.

Fonte: Weineck, 1999, p237

Figura 4 - Mecanismo do treinamento de força.

Fibra muscular contraída Fibra muscular não contraída

28

1.2.3 Influencia do Treinamento de hipertrofia na Composição Corporal

O treinamento de força pode ajudar a manter a composição corporal

adequada, preservando ou aumentando a massa corporal magra e diminuindo

o percentual de gordura (LEMMER, et. al., 2000). Para que o corpo apresente

funcionalidade e forma saudável, deve existir um percentual mínimo de gordura

corporal (gordura essencial), a qual esta contida nas membranas celulares, nos

tecidos nervosos e também localizada ao redor dos órgãos internos. A

porcentagem de gordura essencial nos homens é de 5 a 6%, enquanto nas

mulheres é de 8 a 10%.

A porcentagem saudável ideal de gordura corporal está entre 16 e 25%

para as mulheres e em menos de 20% para os homens. Conforme

envelhecemos costumamos aumentar a gordura corporal, e com o tempo, a

manutenção de uma composição saudável torna-se cada vez mais difícil.

Quando os níveis de peso corporal são reduzidos abruptamente, ocorre

perda na massa corporal de gordura e é muito difícil manter a massa magra.

Uma redução na massa livre de gordura também ocorre principalmente se a

dieta for hipocalórica. Isso acontece mesmo com atletas que estão executando

treinamentos de força com alta intensidade, como o caso de um grupo de

culturistas que se preparava para uma competição importante e teve a gordura

corporal diminuída de 9 para 5%. Durante o mesmo período, a massa corporal

magra do grupo caiu de 90,6kg para 88,1kg – uma perda de 2,5kg. A maioria

das pessoas que tenta perder peso corporal não chega a atingir os níveis

essenciais de gordura, mas isso pode acontecer com alguns atletas,

resultando, em queda no desempenho físico (WITHTERS, et. al., 1997).

Com exceção de alguns indivíduos de potencial genético para

desenvolver grande quantidade de massa magra, revela-se infundado o medo

de que o treinamento de força resulte em aumento de volume corporal além do

desejado (KRAEMER, et al., 1999).

29

1.3 Aumento da Força

O aumento de força acontece em razão de dois fatores primordiais:

neurais e hipertróficos. Durante as primeiras semanas do treinamento, a força

aumenta em conseqüência do aprendizado do exercício, ou seja, da

coordenação do movimento executado, sendo esse incremento da força

causado, sobretudo pelas adaptações neurais (CARROL et al., 2001; SALE,

1988).

Deschenes; Kraemer (2002), descrevem que talvez a melhor forma de

melhorar a capacidade de força seja o desenvolvimento do sistema neural.

Nesse sentido, a proposta do treinamento de força seria incrementar a

capacidade de recrutar a maior quantidade possível de unidades motoras, em

especial as de alto limiar (tipo II), na maior freqüência de recrutamento possível

(número de vezes) e reduzir a co-contração.

Segundo Kramer, et. al., (1996), todas as adaptações neurais são

fatores que distinguem uma pessoa com experiência em treinamento de força

de outra que não se envolveu com esse tipo de prática. Conforme o

treinamento avança, os ganhos de força tornam-se mais dependentes das

alterações na hipertrofia muscular, que são bem mais lentas e graduais do que

as adaptações neurais. Desta forma, após terem sido feitas as adaptações

neurais, o grau de aumento de força é lento e gradual, em razão da sua

dependência da hipertrofia muscular.

De acordo com Hakkinen (1988), por causa das adaptações neurais, um

indivíduo sem experiência em treinamento com pesos pode esperar ganhos de

força relativamente grandes durante as primeiras semanas. Conforme o

treinamento prossegue, no entanto, esses ganhos diminuem, pois passam a

depender das alterações no volume muscular. Por esse motivo, não seria

realista esperar imediatos e elevados ganhos de força em períodos longos de

treinamento. Embora os valores de aumento de força passem por alterações ao

longo do tempo, todos, independentemente da experiência em treinamento,

obtêm ganhos de força como resultado da execução de um programa de

treinamento de força.

30

Segundo autor Weineck (1999).

a) Força isométrica máxima: uma contração máxima contra uma

resistência invencível;

b) Força excêntrica máxima: capacidade máxima de contração

muscular diante de uma resistência deslocada em sentido oposto ao

desejado pelo sujeito;

c) Força dinâmica máxima: expressão máxima de força quando a

resistência só pode ser deslocada uma vez;

d) Força dinâmica máxima relativa: valor máximo de força que pode

ser aplicado com cada porcentagem da força máxima;

e) Força explosiva: capacidade do sistema neuromuscular para

aplicar força rapidamente. Ex: salto vertical sem contra- movimento;

f) Força elástica explosiva: capacidade do sistema neuromuscular

para aplicar força rapidamente acrescida do componente elástico que

atua por efeito de alongamento prévio;

g) Força elástica explosiva reativa: capacidade do sistema

neuromuscular para aplicar força rapidamente acrescida do componente

elástico que atua por efeito de alongamento prévio. Porém este ciclo

alongamento encurtamento é muito rápido. Ex: seqüência de saltos.

1.4 Suplementação

Os suplementos alimentares e os anabolizantes são amplamente

utilizados por esportistas de diversas modalidades para fins ergogênicos

(Applegate, 1996; Buckley, 1988; Fogelholm, 1994; Fogelholm, 1995;

Fogelholm, 1992; Haupt; Rovere, 1984; Moura, 1984; Sharp; Collins, 1998), e

apesar dos anabolizantes serem utilizados ilegalmente e, em excesso por

grande número de atletas, há uma nova tendência em utilizar os suplementos

nutricionais como uma alternativa legal para “ativar” os mecanismos anabólicos

do organismo (McARDLE; KATCH; KATCH, 1996).

31

O suplemento alimentar é um produto constituído de pelo menos um

desses ingredientes: vitaminas (A, C, complexo B, etc.) minerais (Fe, Ca, K, Zn,

etc.) ervas e botânicos, aminoácidos (BCAA, arginina, ornitina, glutamina),

metabólitos (creatina, Lcarnitina), extratos (levedura de cerveja) ou

combinações dos ingredientes acima e, não deve ser considerado como

alimento convencional da dieta (APPLEGATE; GRIVETTI, 1997; PORTER,

1995).

Os suplementos alimentares foram classificados em grupos de acordo

com a definição de suplemento dietético (PORTER, 1995) e sua divisão em

grupos (ROCHA; PEREIRA, 1998), descritos na literatura:

a) Produtos compostos por proteínas e aminoácidos (Whey protein,

Whey pro, Simple protein, Natubolic, Aminofluid, BCAA, Aminopower,

e outros).

b) Produtos compostos por metabólitos de proteínas (L-carnitina,

Carnitine, Creatina, e outros).

c) Produtos compostos por vitaminas e minerais (Cebion, Provit, Vit B,

e outros).

d) Produtos compostos por extratos, botânicos e ervas (Ginseng,

Guaraná em pó e outros

e) Produtos mistos (Megamass, Massa, Levedo de cerveja, e outros)

1.4.1 Suplementação de BCAA

No século XIX, dizia-se que a contração muscular destruía uma parte do

conteúdo protéico dos músculos para proporcionar energia. Recomendava-se

uma dieta rica em proteínas para preservar a estrutura muscular e suprir os

gastos energéticos. Hodiernamente, a cultura atlética ainda reproduz as antigas

práticas dietéticas concernentes ao mito (McARDLE, et. al., 2003).

Para os atletas, a massa muscular não aumenta simplesmente graças

ao consumo de alimentos ricos em proteínas. Na verdade, a proteína extra

32

ingerida pode ser convertida em componentes de outras moléculas, proteína

em excesso pode aumentar o porcentual de gordura, bem como induzir efeitos

colaterais, particularmente uma sobrecarga para as funções hepática e renal,

em virtude da eliminação da uréia e de outros compostos. (McARDLE, et. al.,

2003).

A principal contribuição das proteínas dietéticas consiste em fornecer

aminoácidos para os vários processos anabólicos. São encontrados

aminoácidos de cadeia ramificada em todas as fontes de proteína animal. Os

produtos derivados do leite contêm grandes quantidades deles, mas,

atualmente, a proteína isolada do soro do leite (WHEY PROTEIN) é uma das

fontes mais ricas. As proteínas animais e o WHEY PROTEIN contêm,

respectivamente, 15 e 30% de aminoácidos de cadeia ramificada (LANCHA,

2002).

Não obstante, a suplementação deve ser feita sob a orientação de um

Nutricionista Esportivo; somente este profissional é sabedor de certas

peculiaridades de cada produto, como a seguinte curiosidade: pelo fato dos

aminoácidos de cadeia ramificada estimular a produção de insulina, ocorrer

remoção rápida da glicose circulante (causando queda da performance), é

aconselhável evitar o consumo imediatamente antes do treino (o recomendável

é até 1 hora antes e também até 2 horas depois; porém, a dose varia de acordo

com a individualidade biológica).

Na verdade, a suplementação costuma ser dispensada, pois a ingestão

entre 1,2 e 1,8 grama de proteína por quilo de peso corporal diariamente na

forma de alimentos protéicos elimina a necessidade de consumir proteína

suplementar, fornecendo todos os aminoácidos essenciais, inclusive os

aminoácidos de cadeia ramificada, cujos benefícios ainda necessitam de

maiores confirmações científicas (BLOMSTRAND,1995).

Os aminoácidos de cadeia ramificada (BCAA), do inglês: (Branched

Chain Amino Acids) são liberados pelo fígado durante a atividade motora; são

eles os seguintes aminoácidos essenciais: valina, leucina e isoleucina

(LANCHA JUNIOR, 2004).

1.4.1.1 Processo do BCAA

33

Com o esforço intenso, os aminoácidos de cadeia ramificada atingem,

sobretudo, a musculatura exercitada, onde são consumidos e participam da

conversão do piruvato em alanina, a qual é encaminhada ao fígado para nova

formação, de piruvato. Com o esforço moderado, os aminoácidos de cadeia

ramificada atingem a mitocôndria da musculatura exercitada, participando da

síntese de glutamina, a qual segue para os tecidos para a formação de

glutamato. Enfim, observa-se que o consumo muscular de aminoácidos de

cadeia ramificada visa à manutenção da funcionalidade do Ciclo de Krebs, e

tanto a síntese de alanina quanto a de glutamina são a forma encontrada para

remover da musculatura os grupos amínicos (LANCHA JUNIOR, 2004).

Na verdade, dessa forma, os aminoácidos de cadeia ramificada podem

substituir a glicose nas vias de energia (SIZER; WHITNEY, 2003). Nos fins dos

anos 70, os aminoácidos de cadeia ramificada foram sugeridos como o terceiro

combustível para a musculatura esquelética, após os carboidratos e as

gorduras (GLEESON, 2005). Contudo, efeitos ergogênicos da sua

suplementação não costumam ser verificados, particularmente quando

comparados com os que ocorrem devido a suplementação de carboidratos,

uma escolha mais natural, quando a intenção é fornecer energia e poupar

glicogênio (WILLIAMS, 1999).

1.4.1.2 Função do BCAA

Muitas funções são atribuídas aos aminoácidos de cadeia ramificada;

dentre elas, é possível destacar aumento da síntese de proteínas musculares e

redução da sua degradação, encurtamento do tempo de recuperação após o

exercício, aumento da resistência muscular, diminuição da fadiga muscular,

fonte de energia durante dieta e preservação do glicogênio muscular. Todavia,

muitas vezes os apelos comerciais são falácias. Embora a maioria das

alegações veiculadas não encontre ainda respaldo científico, estudos sugerem

que a queda do desempenho possa estar vinculada à fadiga, a qual pode

ocorrer por hipoglicemia e pelo aumento da serotonina, um neurotransmissor

responsável pelas sensações de sonolência, devido ao aumento de captação

34

do triptofano, um aminoácido precursor da serotonina. Nesse caso, a

suplementação de aminoácidos de cadeia ramificada é válida, pois eles

competem com o triptofano pelo mesmo sistema transportador (LANCHA,

2002).

1.4.2 Suplementação de Proteína

As proteínas, são formadas por uma cadeia de aminoácidos, são

moléculas essenciais para manter a estrutura e funcionamento de todos os

organismos vivos e podem ter diferentes propriedades e funções. Por exemplo:

enzimas, hemoglobina, certos hormônios e o colágeno dos ossos, tendões e

pele são todos proteínas. Entre outras coisas, as proteínas regulam a

contração muscular, produção de anticorpos, expansão e contração dos vasos

sangüíneos para manter a pressão normal. Uma considerável quantidade de

estudos já foi feita a cerca das necessidades de proteínas na dieta de atletas. A

maioria aponta que atletas fundistas devem ingerir entre 1,3-1,8 gramas de

proteína por kg de massa corporal. Esta quantidade é de 1,5 a 2 vezes o

recomendado pelo governo americano para adultos. Atletas que ingerem pouca

proteína geralmente não se recuperam satisfatoriamente dos treinamentos

(LANCHA, 2002).

Entretanto os estudos mostraram que ingerir uma quantidade de

proteína maior do que a necessária não implica em ganho de força ou em

massa muscular (GOMES, 2000).

1.4.3 Suplementação de Creatina

A creatina é um aminoácido, ácido metil guanidina - acético Kreider

(1998), o qual se encontra presente tanto nos alimentos quanto no organismo

humano, devido à síntese endógena.

35

É possível ainda a suplementação com creatina permitir ao atleta se

engajar em um treino físico mais intenso, o qual eventualmente poderia se

traduzir em uma melhora do desempenho físico (KREIDER, 2008; WILLIAMS,

1998).

1.5 Antropometria

A Antropometria é a ciência que estuda e avalia as medidas de

tamanho, peso e proporções corporais do corpo humano, usando medidas de

rápida e fácil realização, não necessitando de equipamentos sofisticados e de

alto custo financeiro, essas medidas devem ser feitas de forma correta,

seguindo uma metodologia definida, a fim de que os resultados sejam

claramente entendidos e utilizados por outros autores (FERNADES, 1999).

Pode-se dizer que o peso corporal recebe influência imediata dos

programas de atividade física, nem sempre os mesmos iram proporcionar uma

visão mais abrangente sobre os efeitos desses programas pelo organismo

considerando que seus valores dependem de um aglomerado de componentes

como: ossos, gordura, músculo e outros tecidos, e que dependendo da dieta e

do tipo de atividade física, podem sofrer diferentes modificações em suas

constituições (GUEDES, 2000).

A avaliação do corpo como um todo é aquela que está mais próxima da

realidade dos profissionais que atuam na área clínica ou em testes de campo;

as características físicas a que se refere podem ser analisadas a partir de

medidas de estatura, massa corporal, perímetros, diâmetros e espessura de

dobras cutâneas, por exemplo, que não exigem equipamentos sofisticados ou

procedimentos laboratoriais (COSTA, 2001)

Um método antropométrico alternativo para análise da composição

corporal consiste nas medidas de circunferências em regiões específicas do

corpo. A princípio, as medidas circunferenciais apresentam as mesmas

vantagens de simplicidade, facilidade e aceitabilidade das espessuras de

dobras cutâneas (GUEDES; GUEDES, 2003).

36

2 CASUÍSTICAS E MÉTODOS

2.1 Condições ambientais

Após a aprovação do projeto pelo Comitê de Ética e Pesquisa (CEP) do

Unisalesiano, em junho de 2008, as avaliações pré e pós foram realizadas na

academia Mundo Livre em Lins no período da noite, iniciando as avaliações pré

nos mês Junho e as avaliações pós no mês de setembro do ano de 2008, nos

horários entre 17h30min horas e 20h00min horas, em ar ambiente.

2.2 Sujeitos

A Amostra Experimental foi composta por 21 praticantes de Musculação

do gênero masculino, voluntários, aparentemente saudáveis, fisicamente

ativos, com mais de 3 meses de treinamento muscular, com média de idade

para o grupo 1 (BCAA) 24,54 ± 2,76 e o grupo 2 (Placebo) 25 ± 3,19.

2.3 Materiais

Para as avaliações foram usados os seguintes materiais:

a) Fita métrica (SANNY);

b) Banco de supino reto;

c) Compasso de dobras cutâneas (CESCORF);

d) Balança (CESCORF);

e) Estadiômetro de madeira;

f) Anilhas;

37

g) Cronômetro digital da marca HERWEG.

2.4 Protocolos de Teste

2.4.1 Antropometria

Peso - para se medir o peso corporal, o avaliado deve ficar em pé de

costas para a escala de medida, sem calçado e com o mínimo de roupa

possível (GUEDES; GUEDES, 2003).

Estatura - Distância entre o vértex e a região plantar, o avaliado deve

estar sem calçado, com os pés unidos, colocando em contato com a escala de

medida as superfícies posteriores dos calcanhares, a cintura pélvica, a cintura

escapular e a região occipital, deve estar em apnéia respiratória (GUEDES;

GUEDES, 2003).

IMC - Índice de Massa Corporal (IMC) ou Índice de Quetelet

O índice de Massa Corporal (IMC) é uma fórmula que indica se um

adulto está acima do peso, se está obeso ou abaixo do peso ideal considerado

saudável.

O cálculo do IMC representa um procedimento extremamente prático

para avaliar a questão do sobrepeso de sujeitos não atletas. Basta obter o

registro do peso corporal e da estatura que já é possível desenvolver algumas

conclusões gerais sobre a questão da obesidade (MARINS; GIANNICHI; 2003).

Com o registro das duas variáveis aplica a seguinte equação:

IMC= Peso corporal (Kg)

Estatura(m)2

O IMC não diferencia peso de gordura de peso livre de gordura, não

sendo sensível às respectivas contribuições de massa muscular e gordurosa

ao peso corporal, possui uma moderada correlação (r=0,70) com o percentual

de gordura predito a partir da pesagem hidrostática (FERNANDES, 2003).

38

2.4.2 Dobras Cutâneas

Triciptal: É medida na face posterior do braço, paralelamente ao eixo

longitudinal, no ponto que compreende a metade da distância entre a borda

súpero-lateral do acrômio e o olécrano (GUEDES; GUEDES, 2003).

Supra-ilíaca: É obtido obliquamente em relação ao eixo longitudinal, na

metade da distância entre o último arco costal e a crista ilíaca, sobre a linha

axilar média (GUEDES; GUEDES, 2003)

Abdominal: É medida aproximadamente a dois centímetros à direita da

cicatriz umbilical, paralelamente ao eixo longitudinal (GUEDES; GUEDES,

2003).

2.4.3 Teste de 1 Repetição maxima no Supino

Os indivíduos realizaram aquecimento geral de 3-5 minutos de atividade

leve envolvendo os músculos a serem testados. Depois, realizaram exercícios

de alongamento estático da musculatura envolvida. Após o aquecimento geral,

realizaram uma série específica de aquecimento de 8 repetições a

aproximadamente 50% da 1-RM estimada, seguida por outra série de 3

repetições a 70% da 1-RM estimada. Os levantamentos subseqüentes são

repetições únicas com pesos progressivamente mais pesados até a fadiga

(FLECK, 2008).

De acordo com Fleck (2008), os incrementos iniciais ao peso devem ser

uniformemente espaçados e ajustados de modo que ao menos duas séries de

levantamentos únicos sejam executadas entre as três repetições de

aquecimento e a 1-RM estimada. No caso de fadiga, um peso

aproximadamente da metade entre o último levantamento de sucesso e o de

fadiga deve ser tentado. Repita até que a 1-RM seja determinada no nível

desejado de precisão.

O intervalo de descanso entre as séries não deve ser menor que um

nem maior que cinco minutos (KRAEMER, 2002).

39

2.4.4 Circunferência

Tórax relaxado: Ponto transverso na linha dos mamilos, em apnéia

expiratória. (PITANGA, 2004).

2.5 Procedimentos

Foram selecionados 21 indivíduos do gênero masculino praticantes de

musculação, para compor o grupo de experimento do trabalho de conclusão de

curso da Educação Física. Após assinarem e concordarem com todas as

informações através do Termo de Consentimento Livro Esclarecido (Apêndice

A e B) os indivíduos foram divididos em dois grupos, sendo, grupo 1

treinamento com ingestão de BCAA, grupo 2 treinamento e ingestão de

Placebo, ambos realizaram o teste de 1 RM no supino reto, e as avaliações

antropométricas, de peso, altura, % G, e circunferência do tórax, as quais

foram realizadas na academia Mundo Livre na cidade de Lins no período da

noite, iniciando as avaliações pré nos mês Junho e as avaliações pós, após os

(3) três meses de treinamento de hipertrofia o qual se caracterizou com 80% da

força máxima determinada por 1 RM (BOMPA, 2002).

2.5.1 Treinamento

No início dos treinamentos, todos foram instruídos que deveriam realizar

apenas o exercício de supino reto para membros superiores, durante o período

de estudo, sendo liberados para realizarem exercícios de membros inferiores.

Os treinamentos ocorreram nas 2º, 4º e 6º feira, e consistia em oito

séries de repetições máximas com 80% da carga máxima do supino, intervalo

de 1minuto e 30 segundos entre as séries (BOMPA, 2002).

40

2.4.3 Suplementação

O grupo 1 (BCAA), ingeriu antes do treinamento 2 cápsula, e após 30

minutos do treinamento 3 cápsulas, totalizando 1 porção de (6g) das 5

cápsulas de BCAA (MIDWAY) proposto descrito pela PROBIÓTICA

(fornecedora de suplementos).

O grupo 2 (Placebo), ingeriu antes do treinamento 2 cápsula, e após 30

minutos do treinamento 3 cápsulas totalizando, 1porção de (6g) das 5 cápsulas

de (PLACEBO) formula da Farmácia de manipulação (DERMACLIM).

Os indivíduos não sabiam das diferenças nos suplementos, os

suplementos foram guardados em potes iguais com marcações a qual apenas

o responsável em entregar as cápsulas foi informado.

2.6 Análise Estatística

Para análise dos dados foi utilizado analise de variância (ANOVA two

way) onde se adotou o teste de Post Hock de Tuckey com o nível de

significância p ≤ 0,05. A análise estatística foi utilizada, para a comparação dos

dados no pré e pós as 36 sessões de treinamento e comparados entre o grupo

1 (BCAA) e o grupo 2 (Placebo), das variáveis de carga máxima (CM) e

circunferência de tórax.

Para a comparação das características físicas de ambos os grupos

foram utilizados desvio padrão para a comparação dos dados pareados o teste

t - Student com nível significante p ≤ 0,05, prova paramétrica cuja finalidade é a

de comparar a média amostral com a média da população, sendo necessário

assumir a média paramétrica do universo em questão.

2.7 Resultados

41

Tabela 1 – Comparação das características físicas do grupo I (BCAA) grupo II

(PLACEBO).

Grupo 1 (BCAA)

Média ± DP

Grupo 2 (PLACEBO)

Média ± DP

IDADE (anos) 24,7 ± 2,26 25,0 ± 3,19

EST (cm) 177,1 ± 5,58 176,6 ± 3,59

PESO (kg) 78,5 ± 9,92 78,3 ± 10,39

IMC (kg/m2) 24,9 ± 2,19 25,0 ± 2,72

%G (%) 14,2 ± 4,41 14,3 ± 3,97 Fonte: Elaborada pelos autores * P ≤ 0,05 em relação ao grupo

Na tabela 1, são apresentados os valores de média e desvio padrão das

características físicas do grupo 1 (BCAA) e grupo 2 (PLACEBO), idade,

estatura (EST), peso, % de gordura (%G), IMC, os quais são apresentados e

comparados em média e desvio padrão, e apresentam dados de comparação

dos dois grupos sendo homogêneos.

Tabela 2 – Comparação dos dados pré e pós do grupo I e grupo II, no teste

de carga máxima e circunferência de tórax.(n = 21)

Grupo1 (BCAA)

Pré Pós

Grupo 2 (PLACEBO)

Pré Pós

Tórax (cm) 109,97 113,10 103,05 105,43

CM (Kg) 105,81 113,63 102,80 107,80 Fonte: Elaborada por autores * p ≤ 0,05 em relação ao treinamento.

Nos resultados apresentados na tabela 2, observou-se, que não houve

diferença significativa quando comparado à situação de pré e pós entre os

grupos, tanto na circunferência de tórax, como na carga máxima, pode-se dizer

que o BCAA, teve influência de melhora, mas não que pudesse ser

significativa, com relação ao grupo que não realizou a ingestão de suplemento.

42

Tabela 3 – Comparação dos dados em % do valor de melhora em relação ao

treinamento da carga máxima (CM) e da circunferência de tórax, quando

comparados todos os individuos de cada grupo.

Grupo 1 (BCAA) Grupo 2 (PLACEBO)

Tórax (cm) 3,47 ± 2,12 3,17 ± 2,81

CM (Kg) 7,29 ± 2,65 4,78 ± 1,66*

Fonte: Elaborada por autores * P ≤ 0,05 em relação ao grupo 1

Na tabela 3, foram realizados as somatórias de melhora dos dados de

carga máxima e circunferência de tórax de cada sujeito, de acordo com os

resultados somados para obtenção dos dados do grupo, o qual se observou

uma melhora significativa quando comparamos o grupo 1 (BCAA) com o grupo

2 (PLACEBO), no aumento da carga máxima.

Esta resposta do aumento da carga máxima pode estar diretamente

ligada à suplementação de (BCAA), por ser um aminoácido importante para o

tecido muscular e proteção das fibras, além de fornecer proteínas em maior

quantidade ao músculo.

2.8 Discussão

A evolução experimental nas décadas das áreas de pesquisas

relacionadas ao esporte tem traduzido contribuições significativas para o

aumento do desempenho de atletas. No que se refere ao aspecto nutricional,

de maneira geral, a buscar as relações entre a manipulação de nutrientes

básicos encontrados na dieta e o aumento da performance (GOMES, 2003).

De acordo com (Araújo Junior, Rogero, Tirapegui, 2005), o processo de

hipertrofia muscular ocorre quando a taxa de síntese protéica muscular excede

a taxa de degradação, acarretando um saldo positivo no balanço protéico

muscular. A síntese protéica muscular pode permanecer elevada até 48 horas

pós-exercício. Visando maximizar o ganho de massa muscular, é necessário

otimizar os fatores que promovam a síntese protéica e diminuam a degradação

protéica, enfatizando esta afirmação será relevante que para o aumento da

43

força a ingestão de BCAA, que é de suma importância já que é composta por

grandes quantidades de proteínas. A proteína só realizará sua função plástica

na síntese protéica se as necessidades energéticas são adequadas em relação

ao gasto energético diário, intensidade e duração do treinamento, caso

contrário será utilizada como substrato energético, prejudicando alguma função

estrutural do indivíduo, diante desta afirmação podemos informar que é

importante à prescrição correta de suplementação e da realização de

exercícios como o de hipertrofia.

Segundo WIillians, (2002), para ganhar quantidades significativas de

massa muscular deve-se usar o método da hipertrofia. Esse método envolve o

uso de 6 a 10 exercícios diferentes com ênfase nos principais grupos

musculares do corpo. São realizados cerca de três a cinco series de cada

exercício. Para aumentar o peso este método deve ser usado durante vários

meses. Em nosso estudo realizamos somente um tipo de treinamento (peitoral)

supino reto, por isso não houve interferência no aumento de outros grupos

musculares, e assim não interferiu no teste de 1RM no supino.

Para Bompa (2000), a duração do treinamento de hipertrofia depende de

vários fatores, incluindo o nível do atleta, a experiência de treinamento,

objetivos específicos, além do tipo de periodização a ser seguida. Por isso em

nosso estudo não foram encontrado diferenças significativos, devido os

indivíduos serem somente praticantes de treinamentos que visa a qualidade de

vida ou até mesmo para manter uma performace sendo que o tempo foi

durante o período de 3 meses.

Os objetivos do treinamento de hipertrofia são aumentar a massa

muscular até os níveis desejados por constantemente otimizar as reservas de

ATP/CP; refinar todos os grupos musculares do corpo e melhorar a proporção

entre todos os músculos do corpo, especialmente entre braços e pernas,

costas e peito e flexores e extensores do joelho (BOMPA; CORNACCHIA,

2000; WILLIAMS, 2002).

Badillo; Ayestarán (2001), acrescentam que a hipertrofia obtida está

relacionada com o total das proteínas degradadas durante o treinamento. Essa

degradação depende da intensidade (peso levantado) e do trabalho mecânico

(número de repetições) realizado com esse peso. Com intensidades muito

altas, que só permitam realizar uma repetição, há uma taxa de degradação

44

muito alta, mas um trabalho mecânico muito baixo, motivo pelo qual a

quantidade total de proteínas degradadas será pequena. Um trabalho

mecânico muito elevado (acima de 25 repetições), também não resulta em

hipertrofia, pois nesse caso a taxa de degradação será muito baixa. Sendo que

o trabalho atual utilizou a suplementação de BCAA em composto em forma de

placebo, por isso não foi verificado diferenças significativas. A sugestão de

trabalho desses autores para estimular a hipertrofia coincide com a de Bompa;

Cornacchia (2000), ou seja, cargas intermediárias (60 a 80 % da máxima), com

um número de repetições variando entre 5 , 10 ou 12; o qual foi utilizado como

forma de protocolo em nosso estudo.

Para que o processo de aumento da massa muscular ocorra com

eficiência, Santarém (2002) observa que não basta oferecer o estímulo de

treinamento físico, também é necessário manter o organismo em situação

metabólica favorável. Esta situação é a predominância do anabolismo sobre o

catabolismo, ou seja, das reações de síntese sobre as reações de degradação

de matéria. O catabolismo ocorre em situações de estresse, dentre elas o

exercício físico, devido ao aumento da produção de cortisol, hormônio

secretado pela glândula supra-renal.

Em um estudo realizado por Kraemer, et. al., (1999), diz que a

necessidade de executar um treinamento de força, durante a perda de peso

corporal, foi claramente demonstrada com a observação de um grupo de

homens que perderam, em média, 9kg durante 12 semanas de dieta ou da

combinação de dieta e exercício. A gordura representou 69% da perda de peso

total nos homens que fizeram apenas dieta, 78% naqueles que fizeram dieta e

treinamento aeróbio e 97% naqueles que fizeram dieta, treinamento aeróbio e

também com pesos. Obviamente, esses últimos apresentaram pouquíssima

diminuição de massa corporal magra e, mesmo assim, perderam a mesma

quantidade de peso corporal total. Por outro lado, nos dois outros grupos houve

significativa perda de massa corporal magra. O que se concluem neste estudo

é quem deseja emagrecer, portanto, deve realizar o treinamento de força a fim

de evitar ou reduzir a perda de massa corporal magra.

Pollock; Wilmore (1993) comentam que durante muitos anos acreditou-

se que os ganhos de força muscular estavam apenas ligados ao aumento do

volume dos músculos. Em análise do estudo verificou-se que o aumento da

45

área de secção transversa do músculo, está diretamente relacionada com o

aumento do número de unidades motoras e consequentemente com o aumento

de força.

De acordo com Hollmann; Hettinger (1989), a fadiga pode também ser

definida como a redução da capacidade funcional e de gerar tensão muscular

ou declínio no desempenho do músculo, gerando uma deterioração progressiva

da performance, ou uma incapacidade na manutenção da produção de

potência ou força durante contrações musculares repetidas (GIBSON;

EDWARDS, 1985). Fornecendo uma base para explicar porque existe a

exaustão no exercício, mesmo sem fadiga muscular e com trabalho cardíaco

submáximo, foi proposto que no exercício de “endurance”, o SNC limita a

duração e intensidade do recrutamento muscular para prevenir riscos orgânicos

(KAYSER; BENGT, 2003).

A maioria dos praticantes de musculação reconhece que um dos fatores

fundamentais para a formação de mais e melhor massa muscular é a

alimentação e que, neste campo, as proteínas se constituem como o nutriente

mais importante (HORTA, 1996). No entanto, muitos desconhecem os fatores

que potenciam o metabolismo protéico, fechando-se no conceito de que quanto

mais proteína melhor. O presente estudo não descarta a possibilidade de que

hábitos alimentares adequados e bom descanso ofereçam melhores resultados

(performance).

Portanto para Colgan (1993), sem a existência de um treino adequado,

por mais correta que seja a alimentação e a suplementação é impossível

aumentar a massa muscular. Entretanto neste trabalho, mesmo sendo utilizado

a suplementação do placebo BCAA mais ainda quando verificado na ingestão

da real de 6g não foi suficiente para verificar nenhuma evidência no suposto

aumento de massa muscular. Pois foi insignificante, mas foi observado um

discreto aumento na circunferência a área de secção transversa do músculo

peitoral maior, talvez este fato deve-se por efeito gerado pelo incremento da

carga máxima do grupo suplementado com BCAA.

Em um mesmo estudo Colgan, (1993) em termos de massa muscular

propriamente dita, assume-se que com o treino e alimentação ideais é possível

ganhar 20% em termos de massa muscular durante o primeiro ano de treino,

passando este valor para 1-3% nos anos seguintes. Portanto para Barata

46

(2002), sem a existência de um treino adequado, por mais correta que seja a

alimentação e a suplementação é impossível aumentar a massa muscular.

Sendo que o presente trabalho foi realizado dentro de um período equivalente

não mais do que três meses de treinamento com carga máxima a 80%.

Chevront et. al., (2004), realizaram uma pesquisa sob a hipótese de que

a adição de BCAA em bebida com carboidratos pudesse melhorar o

rendimento físico e a percepção cognitiva de esforço durante o exercício em

condições de estresse (calor, desidratação e depleção de glicogênio muscular),

sete homens fisicamente ativos consumiram um total de 1,4 litros de solução

contendo 60 g/l de glicose com adição de 10 g/l de maltodextrina (placebo) ou

10 g/l de BCAA (55% valina, 30% leucina, 15% isoleucina). As bebidas foram

ingeridas em doses de 200 ml imediatamente antes e a cada 15 minutos

durante 60 minutos de exercício em bicicleta ergométrica a 50% VO2 pico

seguida de 30 minutos de pedalada para avaliar o desempenho. Foi observado

que a suplementação de BCAA não melhorou o desempenho ou a percepção

cognitiva de esforço durante o exercício em condições de estresse.

Carli, et. al. (1992), avaliaram os possíveis efeitos dos BCAAs. Quatorze

corredores de longa distância realizaram testes (corridas de 1h) com uma

semana de intervalo. Antes de cada teste, os atletas receberam 10g de BCAAs

ou placebo. Ao final, os atletas que ingeriram os BCAAs tiveram um aumento

na liberação de testosterona pós exercício, hormônio favorável à hipertrofia.

Essa hipótese foi levantada por Blomstrand, et. al. (1991), com uma

pesquisa com 25 homens que receberam 7,5g de BCAAs durante uma prova

de 30Km de cross-country race ou 16g de BCAAs durante uma maratona de

42,2Km. A suplementação melhorou a performance mental e física,

principalmente dos corredores mais lentos em comparação com os mais

rápidos. Mais tarde em outro estudo, esses mesmos autores afirmaram que a

suplementação com BCAAs diminuiu a fadiga central durante exercício

realizado em bicicleta ergométrica a 70% do VO2 máx, durante 60 minutos.

Othani, et. al. (2006), propõe que BCAA, L-treonina, L-lisina, L-prolina, L-

metionina, L-histidina, L-fenilalanina e Ltriptofano ) dividida em três doses

diárias de 2,2 g durante um mês melhorou o conceito subjetivo de condição

física, reduziu danos musculares e aumentou a hematopoiese – sugerindo

47

melhora no transporte de oxigênio - em atletas universitários com rotina de

treinamento de 2-3 h/d, 5 d/sem.

Em outro estudo semelhante, oito homens praticantes de exercício de

resistência foram suplementados com 250 ml de solução de BCAA (6 g/l

leucina, 3 g/l isoleucina, 3 g/l valina) a cada 30 minutos durante duas horas

antes do exercício e com 150 ml da mesma solução a cada 15 minutos ao

longo do teste de esforço em ciclo ergômetro até a exaustão, realizado em

condições de calor e depleção de glicogênio muscular. Os autores concluíram

que a suplementação de BCAA não influenciou o rendimento físico em

ambiente quente (WATSON, et. al., 2004).

Sobre tudo, outros estudos têm demonstrado que os BCAA,

principalmente a leucina, são altamente oxidados durante exercício prolongado

(CROWE, et. al., 2006; OTHANI, et. al., 2006; NORTON; LAYMAN, 2006).

Após seis semanas de suplementação com Leucina (45 mg/kg/dia) 13

canoístas (10 mulheres e 3 homens) apresentaram melhora no desempenho de

longa duração e na potência de membros superiores. Entretanto, não houve

elevação significativa do triptofano livre no plasma nem da relação deste com a

concentração plasmática de BCAA, indicando que a melhora do desempenho

não foi mediada por redução na fadiga central durante o exercício (CROWE, et.

al., 2006).

Mittleman, et. al., (1998) verificaram também que a suplementação com

BCAAs retardou a fadiga, melhorando o rendimento de homens e mulheres

durante o exercício realizado sob elevada temperatura.

Com o objetivo de investigar os efeitos da suplementação de BCAA em

indicadores plasmáticos de danos musculares (creatina cinase e lactado

desidrogenase) após exercício prolongado, Coombes; McNaughton (2000),

suplementaram 12 g/dia de BCAA (33,3% leucina, 33,3% isoleucina, 33,3%

valina) por 14 dias em homens saudáveis praticantes de atividade física regular

e consumidores de dieta adequada em proteínas. Antes e depois do exercício

(pedalar por 120 minutos a aproximadamente 70% VO2máx) os indivíduos

consumiram 20 g adicionais de BCAA. Os autores relataram significativa queda

nas concentrações plasmáticas dos marcadores de danos musculares

estudados após o exercício, sugerindo que a suplementação de BCAA pode

diminuir os danos musculares associados a exercícios de longa duração.

48

Segundo Shimoura, et. al., (2006), a ingestão de 5g de BCAA antes do

exercício de agachamento reduziu a dor muscular tardia em homens e

mulheres adultos sedentários por vários dias após o teste físico, sugerindo que

talvez o BCAA possa atenuar a degradação protéica induzida pelo exercício.

O que se tem demonstrado é que não há evidências de que a

suplementação desses aminoácidos exerça efeito significativo sobre a

performance física, uma vez que os resultados são conflitantes. Um estudo

realizado com ciclistas bem treinados, que realizaram 100km de ciclismo,

ingerindo glicose / glicose + BCAA/ ou placebo, separadas por um intervalo de

7 dias, mostrou que a solução que continha BCAA + glicose não promoveu

melhora significativa na performance, quando comparada à solução que

continha apenas glicose, e as duas foram mais favoráveis do que o placebo

(MADSEN, 1996).

Blomstrand; Saltin (2001), observaram uma menor depleção de

glicogênio com uma suplementação de 100mg/kg, independentemente dos

estoques pré-exercício estarem normais ou reduzidos. As diferenças não foram

estatisticamente significativas, o que os levou a concluir que os BCAAs

exercem pouco efeito sobre o metabolismo dos carboidratos. Por isso sugere-

se a suplementação de BCAAs para aumentar as concentrações de glutamina

plasmática, uma vez que servem de substrato para a síntese de glutamina.

Blomstrand, et. al., (1995), verificaram que a suplementação desses

aminoácidos promoveu aumento significativo nos níveis de glutamina durante a

recuperação pós-exercício. Porém os mesmos resultados não foram

confirmados por Blomstrand; Saltin (2001).

Pesquisadores brasileiros realizaram um estudo para verificar os efeitos

da suplementação de BCAA. A hipótese é de que esta prática reverteria os

efeitos negativos que as atividades extenuantes exercem nos níveis de

glutamina, (MADSEN et al. 1996). Realmente isto foi verificado ao final do

Triatlo Internacional de São Paulo, os atletas que receberam a suplementação

de BCAA mantiveram os níveis plasmáticos de glutamina constantes, já os que

receberam placebo tiveram uma redução de 22,8%. Os autores relacionam

este benefício a um menor risco de infecções (BASSIT, et. al., 2000).

49

Outro ponto elucidado por Blomstrand, et. al. (1995) é que, apesar de

estudos in vitro mostrarem que as deficiências de alguns aminoácidos de

cadeia ramificada podem prejudicar a síntese protéica, não há situações reais

em que os níveis reduzam a tal ponto em humanos, de modo que a

concentração fisiológica de BCAAs é sempre suficiente para manter a relação

anabolismo/catabolismo, sem que a suplementação seja necessária.

Porém, o efeito placebo, como uma pílula ou um pó pode influenciar o

psicológico de um indivíduo. A pessoa começa a se dedicar melhor aos treinos,

dá uma atenção especial à alimentação e pode acreditar que BCAA é o

responsável por todo este efeito de acordo com esta colocação podemos

evidenciar também que em nosso estudo o grupo placebo obteve melhora da

mesma forma que o grupo que realizou ingestão de BCAA.

Vale ressaltar que a Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte, não

recomenda o uso desses aminoácidos para finalidade ergogênica.

Segundo Davis, et. al., (2000); Hargreaves ; Snow, (2001) afirmam que

estes estudos não mostraram efeito favorável da suplementação de BCAA para

prevenção de fadiga durante o exercício prolongado diante desta colocação,

podemos ressaltar como fator influente em treinamentos curtos de resistência

muscular.

Já em um estudo realizado por Izquierdo, et. al., (2002), que

suplementaram dose total de 20 g/dia de creatina por cinco dias em jogadores

de handebol do gênero masculino, a suplementação gerou aumento de força e

resistência musculares, além de melhorar o desempenho durante realização de

repetidas séries de tiros de corrida.

2.8 Conclusão

Diante dos resultados apresentados podemos dizer que quando

comparamos dois grupos os quais se submeteram ao mesmo treinamento, não

obtivemos resultados significantes com relação ao pré e pós treinamento nos

grupos, mas quando comparamos o percentual (%) de melhora no aumento da

carga máxima de cada sujeito, o grupo 1 o qual teve o com suplementação de

50

BCAA durante os 3 meses de treinamento teve seu percentual de

significativamente maior quando comparado com a situação pré treinamento

para o teste de carga máxima.

Além disso, fica evidente que conhecer e pesquisar sobre a importância

das suplementações durante o treinamento muscular, se torna importante no

conhecimento para futuras pesquisas.

Apesar dessas considerações, estamos cientes das limitações deste

estudo principalmente em relação ao treinamento, controle da alimentação e o

tamanho da amostra e aos tipos de protocolos envolvidos na pesquisa. Por isso

deixamos aqui propostas para novos estudos á respeito desta pesquisa.

51

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59

APENDICES

60

APÊNDICE A - Termo de Consentimento

Eu _______________________________________, concordo em participar da

pesquisa científica, e a participar das avaliações para o estudo de monografia

referente ao treinamento de Hipertrofia muscular o qual terá duração de 3

meses, não realizando assim qualquer exercício de membros superiores a não

ser o supino reto, as quais os dados serão utilizados para o referente estudo.

______________________________

Assinatura do responsável

Lins, ____, de Agosto, de 2008.

61

APÊNDICE B

INFORMAÇÕES AOS PARTICIPANTES

a. Não deverá ser realizado nenhum tipo de exercício para membros

Superiores a não ser o supino reto

b. Todo o participante não deverá ingerir bebida alcoólica durante o

período de 3 meses

c. Todos realizarão o treinamento de supino com acompanhamento

e a 80% do resultado apresentado no teste de 1 RM no Supino

d. Fazer a ingesta correta de BCAA, a qual será controlada na

Academia Mundo Livre.

Autorização

Eu ______________________________________ autorizo a participar

do Trabalho de Conclusão de Curso o qual será desenvolvido pelas alunas do

8° semestre de Educação Física Ana C. Portilho, Cínthia T. Nogueira, Mayla

Fernanda Zaku Nascimento e orientado pela professora Giseli B. Silva.

O trabalho consistira em avaliar as medidas antropométricas, dobras

cutâneas, teste de 1 (RM) no supino e circunferência de tórax, que realizaram

um treinamento de hipertrofia muscular ministrado de segundas, quartas e

sextas-feiras.

Para o trabalho, será aplicada uma avaliação pré e após com o

treinamento de três meses de duração. As avaliações serão agendadas e

avisadas com antecedências aos indivíduos.

_______________________

Autorização do indivíduo

62

APÊNDICE C

Anamnese

Nome:_______________________________________________________

Data de nascimento:____/____/_____ Idade:_______anos

Endereço:__________________________________________Nº________

Telefone:(___)_____________Grau de escolaridade:_________________

Patologia:_____________________Plano de Saúde__________________

A avaliação antropométricas será composta pelas medidas de:

Estatura: _____ Peso: ______ IMC:_____

Dobras cutâneas:

Triciptal:____/____/____ Supra-íliaca:____/____/____

Abdominal:____/____/____

Medidas da circunferência:

Tórax:______

63

ANEXOS

64

ANEXO A

TABELA DE DADOS

TABELA 1: GRUPO 1 (BCAA)

sujeito IMC pré IMC pós idade %melCM %melCirc Beto 26,29 27,02 22 10 5,30 Thiago 23,07 22,84 21 8,5 2,70 Carlos 26,13 26,3 26 7,5 3,40 Vitor 23,14 23,54 25 9,00 4,30 Guilherme 23,96 24,24 20 4,30 3,90 Henrique 22,91 23,48 26 7,60 2,10 Eduardo 25,05 24,81 22 2,20 9,10 Edson 26,17 27,31 27 6,10 2,10 Welinton 30,24 29,1 28 5,10 2,50 Marcio 24,68 24,9 26 11,30 1,50 Mateus 23,04 23,46 27 8,60 4,30

sujeito Gord pré

Gord pós

CM pré

Cm pós

Altura Pré

Altura Pós

Circ. Pré

Circ, pós

Beto 11,2 10,9 120 132 170 170 113 119 Thiago 19 18,1 94 102 176 176 108 111 Carlos 11,95 11,95 132 142 189 189 115 119 Vitor 18,5 11,9 88 96 173 173 99,5 103,8 Guilherme 11,02 11,6 92 96 169 169 101 105 Henrique 7,48 7,9 104 112 178 178 109,5 111,8 Eduardo 19,5 18,1 90 92 180 180 113,5 112,5 Edson 12,7 11,9 130 138 180 180 116 118,5 Welinton 19,4 18,65 116 122 180 180 116,5 119,5 Marcio 16,1 16 106 118 178 178 113,2 115 Mateus 9,4 10 92 100 176 176 104,5 109 Media 14,20455 13,36364 105,8182 113,6364 177,1818 177,1818 109,9727 113,1 D.Padrão 4,41467 3,693108 16,3329 17,99596 5,510321 5,510321 6,004014 5,645529

65

TABELA 2: GRUPO 2 (PLACEBO)

sujeito IMC pré IMC pós idade %melCM %melCirc Adriano 21,82 22,71 20 2,2 4,00 Gustavo 22,58 22,87 26 4,6 5,00 Silvestre 22,84 22,96 20 4,3 10,00 Talles 25,08 26,22 22 7,20 2,50 Reginaldo 25,25 25,41 28 6,60 3,40 Xan 29,6 30,3 28 3,50 2,90 Lú 24,04 24,93 27 5,70 1,70 Renan 27,09 26,51 25 3,60 0,80 Roberto 29,2 29,4 26 3,50 0,70

sujeito gord pré

gord pós

CM pré

Cm pós

Altura Pré

Altura Pós

Circ. Pré

Circ, pós

Adriano 17,8 17,7 90 92 177 177 100,3 104,5 Gustavo 10,4 11,5 86 90 176 176 98,5 103,5 Silvestre 14,3 14,8 92 96 176 176 99,5 100,5 Talles 7,9 9,2 110 118 170 170 100,4 103 Reginaldo 15,4 14,8 120 128 178 178 100,5 104 Laertes 9,8 11,1 90 96 179 179 96,5 97,2 Xan 20,1 20 112 116 181 181 112,5 115,8 Lú 16,2 16,9 104 110 171 171 96,8 98,5 Renan 13,2 13 110 114 180 180 115 116 Roberto 18 18,4 114 118 178 178 110,5 111,3 Média 14,31 14,74 102,8 107,8 176,6 176,6 103,05 105,43 D.Padrão 3,972531 3,527101 11,56547 13,21447 3,596294 3,596294 6,86347 6,719135

66

GLOSSÁRIO

Actina: Componente protéico da fibrila muscular, que o ocorre do lado da

miosina, participando ambas do mecanismo da contração muscular. Actina

pode sofrer uma transformação reversível entre um estado globular ou

monomérico (Actina G) e um estado fibroso ou polimérico (Actina F).

Alanina: Aminoácido cristalino, incolor que se forma na hidrolise de certas

proteínas do organismo, acido aminopropiônico.

Anabolizantes: Diz-se substância sintética, que estimula o anabolismo. O

crescimento de massa muscular.

Antropometria: Processo ou técnica de mensuração do corpo humano ou de

suas várias partes. Repartição (4) onde se pratica a antropometria.

Hipoglicemia: Taxa de glicose no sangue baixo do normal.

Carnitina: Substância cristalina que é um sal de amônio quaternário derivado

de um aminoácido (o ácido 4-amino-3-hidroxibutírico), e é essencial ao

metabolismo de gorduras.

Creatina: Substância nitrogenada, sintetizada no organismo, como creatina

fosforilada, constitui uma forma valiosa de armazenamento de fosfato de alto

poder genético.

Cortisol:Química corticóide que é álcool esteroidal derivado da cortisona por

hidrogenação.

Desidrogenase: Qualquer das enzimas que catalisam desidrogenações.

Estadiômetro: Aparelho para medir a estatura.

67

Ornitina: Substancia cristalina, muito solúvel em água, encontrada em muitos

organismos, que é um aminoácido com um grupo amina adicional, e que é

precursora biossintética de vários alcalóides.

Fenilalanina: Aminoácido natural, essencial, que contêm anel benzênico.

Glutamina: Aminoácido natural, cristalino, que contêm um grupo amida.

Glutamato: Qualquer sal ou éster do ácido glutâmico. Glutamato monossódico

Hematoencefálica: Pertencente ao sangue e ao cérebro.

Hipoglicemia: Taxa de glicose no sangue baixo do normal.

Histidina: Aminoácido natural, essencial, básico, que contêm um anel de

imidazol.

Isoleucina: Àcido alfa-amino-metilvalérico. É um amino-ácido essencial.

Lisina: Anticorpo que produz lise de células diversas (tais como células

sanguíneas, bactérias, etc) quando, em presença de complemento (4), reagem

com antígeno correspondente,Aminoácido natural, básico, que contêm outro

grupo amina, além daquele adjacente à carboxila, e que é essencial ao

crescimento normal em crianças à manutenção do equilíbrio nitrogenado no

adulto.

Maltodextrina: Repositor energético com alto valor calórico.

Metabólitos: Qualquer substância, com compostos de carbono, produzida por

metabolismo.

Metionina: Aminoácido natural, essencial, que contêm enxofre sob forma de

tioéter, e que é encontrado em proteínas alimentícias.

68

Miofibrilar: Estrutura cilíndrica longa, contrátil, presente no tecido muscular

estriado.

Miogênicos: De origem muscular, como uma contração miogênica de músculo,

em contraste com uma contração neurogênica. Que dá origem a um músculo.

Neurotransmissor: Neurônios ou axônios, neuromotores que levam

informações, para dar origem aos movimentos.

Olecrano: Olecranio – Apófise na extremidade superior de cúbito, e que

contribui para formar articulação de cotovelo, olecrano, olégrano.

Piruvato: Qualquer sal ou éster do acido pirúvico.

Prolina: Aminoácido natural, cíclico.

Treonina: Aminoácido natural, essencial, hidroxilado.

Triatlo: Competição que reúne três modalidades esportivas, pois a disputas

inclui 4 KM de natação, 180 KM de ciclismo e 42 KM decorrida, realizadas

nessas seqüências.

.

Triptofano: Ácido 1-alfa-aminoindol-3-constituído da caseína e de outras

proteínas, essencial para a nutrição humana, porém não sintetizado pelo

organismo humano.

Sarcômero: Um dos seguimentos nos quais uma fibrila de músculo estriado

parece ser divida por disco Z.

Sarcoplasma: Material interfibrilar hialino ou finamente granuloso do tecido

muscular.

Sarcoplasmática: Material interfibrilar de músculo estriado.

69

Serotonina: 5-Hidroxitriptmina, tecidos, especialmente no sangue e no tecido

nervoso, estimula diversos músculos lisos e nervosos e admite-se funcionar

como um neurotransmissor.