análise de riscos na construção civil

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  • 8/8/2019 Anlise de riscos na Construo Civil

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    ANO XVI RIO DE JANEIRO, 08 DE OUTUBRO DE 1984 N9 783A aplice de seguro e um contrato, contendo os direitos e obrigaes das par-

    1 tes contratantes. A emisso desse documento no constitui fato gerador do imposto sobre servios. Assim decidiu o Supremo Tribunal Federal, no reconhe~cendo o recurso extraordinrio da Prefeitura Municipal do Recife. (ver seo PODERJUDICIARIO)

    O Ministerio do Trabalho (Port. n9 3 170, D.O.U. de 3 de setembro Gltim~ apro~ vou o enquadramento sindical das entidades de previdncia privada (fechadas eabertas) em 9rupo especifico: o 49 do Grupo, no plano geral da Confederaodas Empresas de Credito.O Lloyd's de Londres mantem um fundo para honrar indenizaes que deixem de

    :3 ser pagas por seus Sindicatos. Segundo noticia da publicao "Business Insu-rance", recentemente foram reservados 9,5 milhes de libras para o pagamentode perdas que no seriam atendidas por Sindicatos sob a gerncia de P.C.W. Underwriting Agencies Ltd. Auditoria realizada em julho Gltimo teria revelado que membrosdaqueles Sindicatos no possuiriam recursos para cobrir o montante das eerdas ocor-ridas. As perdas se teriam avolumado por causa de suposto desvio de premios paraseguradores de "off-shore", atraves de operaes de resseguro feitas em proveito dedirigentes da PCW. Segundo declaraes do'"Chief Executive" do Lloyd's, Sr. IanHay Davidson, divulgadas pelo BI, se os membros dos Sindicatos no cobrirem suasresponsabilidades, podero ser-Suspensos pelo Conselho do Lloyd's.

    4 No primeiro se~estre d~ corrente ano, o mercado segurado~ brasileiro _regis-trou arrecadaao de premios da ordem de Cr$ 1 096,2 bilhoes. Em relaao aomesmo periodo do ano passado, e em valores deflacionados, tal arrecadao acusa um decrescimo de 13,2%. -

    Promovido pela InternationaJSettJri.t-yssociation - ISA, ser realizado no Ho-f) tel Maksoud (So Paulo), no periodo de 15 a 17 de outubro, o 11 Congresso In-ternacional de Segurana. Conferencistas de renome discutiro temas da maior

    importncia sobre segurana, em setores como, por exemplo, os de computadores, fi -nanceiro e bancrio, preveno de incndios, refinarias e usinas nucleares. A Co -misso Organizadora do Congresso est instalada na Rua Senador Dantas n9 80-19 an-dar-RJ.

    Dia 19 de outubro, o Sr. Octvio Cezar do Nascimento assumiu a presidncia daE) PREVER-Previdncia Privada S.A., bem como a diretoria da Sul America Seguro~Comerciais e Industriais S.A. Com a investidura nos novos cargos, o Sr. Octa

    vio Cezar do Nascimento, que tambem e presidente do Sindicato das Empresas de Segu~ros Privados e Capitalizao no Estado de So Paulo, desligou-se da Sul AmericaUnibanco Seguradora S.A., empresa qual dedicou os seus 10 Gltimos anos de ativi-dade profissional.

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    DIVERSOS

    ANALISEDE RISCOSNA CONSTRUAOIVIL

    EngQAntonio Fernando Navarro ***

    Umdos problemas comos quais os tcnicos do Mercado Segu-rador se defrontam o da Anlise de Riscos, ou a Avaliao de Riscos, na construocivil, principalmente quanto aos seguros de Responsabilidade Civil Geral e Riscos deEngenharia.

    Algumasvezes surgem perguntas dessa ordem: O que maisperigoso: A construo de umviaduto ou a abertura de valas para assentamento de adutoras? O que representa maior risco: A abertura de galerias subterrneas ou o rebaixa ~mento de lenois de gua subterrnea?De ummodogeral, as construes podemser divididas em alguns grupos perfeitamente,distintos. Dentre eles destacamos:

    Obras de arte especiais (portos, tuneis, viadutos, pontes);Obras de terra (muros de conteno, escavaes, aterros);Construes de edif;cios;Obras ferrovirias e rodovirias;Obras mar;timas (cais, dolfins, "piers"; quebra-mar).

    Para cada umdestes grupos relacionados, entre outros, existe umgrande ,desenvolvimento de atividades, cada umacom suas particularidades. Alemdo fato das construes poderem ser grupadas para fins de estudo tambmo podemser para divises de tarefas e para a execuo. -A primeira diviso corresponde a infraestrutura, ou a par-te invis;vel, ou a parte inferior da estrutura. Esto inclu;dos na infraestrutura osservios de escavao, rebaixamento de lenes freticos e fundaes.A segunda diviso conhecida comomesoestrutura, ou estrutura intermediria. No caso de pontes e viadutos a parcela correspondente aos pila~res. Emconstrues de edif;cios podemosdizer que a parte relativa ao esquelet~ ouestrutura do prdio.Finalmente, a terceira e ultima parte denominada de superestrutura. Na construo de pontes e viadutos a parcela correspondente ao tabulei~ro ou pista de rolamento. Nonosso caso especifico de edificaes, a superestruturarepresenta a complementao da estrutura do prdio (alvenaria, acabamento).Para fins de anlise de riscos, pode-se dividir essas v-rias fases e grupos emgraus de riscos. Esses graus de riscos podemenvolver tercei-

    ros no interior da obra e fora da obra. Emse tratando de anlise para fins de segu -ros, os que podemser atingidos fora da obra merecemmaiores atenes.BI.783*Pg.01*08.10.84

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    Cadaevento, ou etapa de servio, possui umacarga de sinis-tralidade implicita e expl;cita, que pode variar de grau, dependendo de uma seriedefatores, e inclusive, da equipe supervisora dos servios. Procuraremos comentar, aseguir, essas -varias etapas construtivas e os graus de riscos que podem representar:a) Locao da Obra

    Os tipos de sinistros possiveis de ocorrerem so os seguintes:1) Movimentaode terra visando-se a futuras fundaes, prejudicando a estabilidade do solo e pondo emrisco as construes vizinhas; -2) Deficincia na realizao dos servios de rebaixamento don;vel do lenol d'gua subterrneo (lenol fretico). Asbita elevao do nivel, provocada principalmente por

    problemas de bombeamento,podera levar a umaeroso doterreno, comdesmoronamentos;3) Escavao de terra muito prxima linha divisria do ter-. - ~ -reno. Caso nao haJa uma proteao compat1vel com a escavao, podero ocorrer danos s propriedades de terceiros;-4) Movimentao de equipamentos pesados prximos a edifica -es circunvizinhas. As trepidaes provocadas pela movimentao podero causar rachaduras nas paredes dos prediosprximos.

    b) FundaesCaso as fundaes sejam do tipo superficial (baldrames, sapatas, fundaes corridas), os acidentes provveis podem ser idnticos aos enumeradosno item 2 anterior. Porem, se as fundaes forem do tipo profundas (tubules, esta-cas) os da~os poss;veis podero ser:1) Rebaixamento deficiente do nivel do lenol fretico,acar-retando recalques totais ou diferenciais (afundamentos totais ou parciais) nas fundaes dos predios vizinhos; -2) Vibraes provocadas pelos equipamentos de cravao de est~cas, provocando danos ou rachaduras nas outras constru~oes:3) Escavaes no protegidas, causando o descalamento nasfundaes dos predios vizinhos, podendo inclusive acarre-tar o desmoronamentodos mesmos;4) Desmonte de rochas, tanto a frio quanto a fogo, com finsde execuo das fundaes. Os danos mais comuns so ra-chaduras nos predios vizinhos, alem do arremesso de las -cas de pedras atingindo carros, pessoas e fachadas de edificaes vizinhas.

    c) Elevao da EstruturaExistem uma serie de fator~~ nesta etapa de trabalho gue po-dem resultar em sinistros. A maior parte desses deve-se a descuidos dos operarios.

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    ,.

    So eles:1) Objetos que caem (p de pedreiro, martelo, pregos, parafusos, baldes, tijolos, etc); -2) Materiais que caem (tintas, argamassas, etc);3) Falta de cuidado na montagem de formas para a concretagemda estrutura do predio;4) Falta de cuidado na montagem e desmontagem de andaimes demadeira metlicos, com risco de queda de partes dos mes -mos, ate o desmoronamento integral da estrutura;5) Elevadores de carga e descarga mal projetados e sem proteo que, alem do risco de quedas de objetos e materiais:ainda tm o risco de desabamento dos mesmos;6) Gruas trabalhando com excesso de carga, com possibilidadede queda da prpria carga ou de parte da lana da grua.De ummodogeral, a possi bi 1idade de danos, emtermos percen-tuais, relativa a cada etapa de trabalho, quanto ao risco de acidentes pode ser assimdistribulda, aproximadamente:

    Locao da obraEscavaesFundaes diretasFundaes profundasEstruturas pre-moldadasEstrutura concretada "in situ"AlvenariaAcabamentoServios de limpeza

    15%35%40%60%50%45%30%35%25%

    Logicamente, ao pretendermos apresentar percentuais de danospara cada tipo de servio, tomamos por base que, na execuo dos mesmos, no se est~va levando em considerao a utilizao correta de meios e sistemas preventivos dedanos. Poder ocorrer a situao da construo de uma grande edificao na qual olndice de acidentes seja zero, do princlpio ao fim.Tambemcabe esclarecer que, em nossa anlise, procuramos co-

    mentar, de maneira superficial, os acidentes com maior freqtlncia na construo ci-vil. Existe uma infindvel possibilidade de ocorrncias de acidentes no cataloga -das, que mereciam estudos mais cuidadosos com fins de anlise de riscos.Sugerimos aos que queiram se dedicar a este tipo de anlisea consultar peridicos sobre tecnicas de construo civil, publicaes da FUNDACENTO(Ministerio do Trabalho), Associao Brasileira para a Preveno de Acidentes, Asso-ciao Brasileira de Normas Tcnicas (ABNT), etc. Recentemente, a ABNTpublicou aNorma NBR-7678- Segurana na Execuo de Obras e Servios de Construo --, bastan-te abrangente no assunto.

    *** Engenh~o C~vit, eom e~o~ de Segunanca.IndU~al, p406~~04 de v4io~ e~o~~ob4e Segunanca e de P4ojeto~ de Equipamento~, Engenh~o de ~eo~ de eompan~ ~e-gunado4a.

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