análise de riscos desenvolvida em uma empresa de hotelaria e bufeet

34
FUNDAÇÃO DE ENSINO “EURÍPEDES SOARES DA ROCHA” CENTRO UNIVERSITÁRIO “EURÍPEDES DE MARÍLIA” – UNIVEM CURSO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO RAFAEL AMARAL MELO ANÁLISE DE RISCOS DESENVOLVIDA EM UMA EMPRESA DE HOTELARIA & BUFFET. MARÍLIA 2013

Upload: sergio-rabassa

Post on 14-Feb-2016

216 views

Category:

Documents


1 download

DESCRIPTION

ANÁLISE DE RISCOS, HOTELARIA, BUFFET

TRANSCRIPT

  • FUNDAO DE ENSINO EURPEDES SOARES DA ROCHA

    CENTRO UNIVERSITRIO EURPEDES DE MARLIA UNIVEM

    CURSO DE ENGENHARIA DE PRODUO

    RAFAEL AMARAL MELO

    ANLISE DE RISCOS DESENVOLVIDA EM UMA EMPRESA DE

    HOTELARIA & BUFFET.

    MARLIA

    2013

  • FUNDAO DE ENSINO EURPEDES SOARES DA ROCHA

    CENTRO UNIVERSITRIO EURPEDES DE MARLIA UNIVEM

    CURSO DE ENGENHARIA DE PRODUO

    RAFAEL AMARAL MELO

    ANLISE DE RISCOS DESENVOLVIDA EM UMA EMPRESA DE

    HOTELARIA & BUFFET.

    Trabalho de Curso apresentado ao Curso de

    Engenharia de Produo Da Fundao Eurpides

    Soares da Rocha, Mantenedora do Centro

    Universitrio Eurpides de Marlia - UNIVEM,

    como requisito para obteno do Grau de Bacharel

    em Engenharia de Produo.

    Orientador: Jos Antnio Poletto Filho.

    MARLIA

    2013

  • Melo, Rafael Amaral.

    Anlise de riscos desenvolvida em uma empresa de hotelaria & buffet /

    Rafael Amaral Melo; orientador: Jos Antnio Poletto Filho. Marlia, SP: [s.n.],

    2013.

    33 f.

    Trabalho de Curso (Graduao em Engenharia de Produo) - Curso de

    Engenharia de Produo, Fundao de Ensino Eurpides Soares da Rocha, mantenedora do Centro Universitrio Eurpides de Marlia UNIVEM, Marlia, 2013.

    1. Cidadania 2. Moralidade administrativa 3. tica

    CDD: 658.88

  • AGRADECIMENTOS

    Primeiramente gostaria de agradecer Deus, pela fora e coragem durante toda esta

    longa caminhada;

    Aos meus familiares, sobre tudo meus pais, Ktia Maria Don Amaral Melo e Jos

    Roberto Amaral Melo (in memorian), que so os responsveis diretos por toda a minha

    ascendncia e construo da base sobre o que chamamos de sabedoria.

    Ao orientador Professor Jos Antnio Poletto por toda compreenso, ateno e

    dedicao para a realizao deste trabalho e a todos os bons professores que tive a honra de

    conhecer e me relacionar ao decorrer do curso, auxiliando na construo de um conhecimento

    slido;

    Aos responsveis pela minha aceitao na realizao do estgio sobre o qual disserto

    o tema deste trabalho;

    Agradeo tambm a minha namorada Giovanna que de forma especial e carinhosa

    me deu fora e coragem, apoiando nos momentos de dificuldades, E finalmente aos meus

    amigos futuros engenheiros que obtive ajudas especficas sobre dvidas decorrentes ao longo

    do desenvolvimento do programa de concluso de curso.

    Meu sincero muito obrigado a todos!

  • Melo, Rafael Amaral. Anlise de Riscos desenvolvida em uma empresa de Hotelaria &

    Buffet. 2013. 33 f. Trabalho de Curso (Bacharelado em Engenharia de Produo) Centro

    Universitrio Eurpides de Marlia, Fundao de Ensino Eurpides Soares da Rocha,

    Marlia, 2013.

    RESUMO

    Os acidentes de trabalhos representam um problema de sade pblica em todo o

    mundo, por ser em alguns casos potencialmente fatais ou incapacitantes. Segundo a

    Organizao Internacional do Trabalho estima-se que ocorrem cerca de 270 milhes de

    acidentes de trabalho por ano, em todo o mundo. No Brasil, dados do Ministrio da

    Previdncia e Assistncia Social mostram que no ano de 2006 foram registrados 503.890

    acidentes do trabalho, sendo que desses, 26.645 foram de doenas ocupacionais. A faixa etria

    mais acometida varia de 30 a 45 anos, ou seja, uma populao em idade altamente produtiva.

    Sob todos os aspectos em que possam ser analisados, os acidentes apresentam fatores

    extremamente negativos para a empresa, para o trabalhador acidentado e para a sociedade

    gerando um grande impacto econmico e social. A segurana do trabalho visa uma srie de

    medidas e aes que objetivam a preveno de acidentes e o respeito integridade fsica do

    trabalhador. A partir disto foi realizado um estudo observacional baseado na anlise criteriosa

    de riscos em uma empresa do ramo de Hotelaria & Buffet. Perante a estes dados foram

    elaboradas possveis solues de tais problemas utilizando o embasamento terico e cientfico

    sobre segurana do trabalho.

    Palavras chaves: Acidente de trabalho, anlise preliminar de riscos, doenas ocupacionais..

  • Melo, Rafael Amaral. Anlise de Riscos desenvolvida em uma empresa de Hotelaria &

    Buffet. 2013. 33 f. Trabalho de Curso (Bacharelado em Engenharia de Produo) Centro

    Universitrio Eurpides de Marlia, Fundao de Ensino Eurpides Soares da Rocha,

    Marlia, 2013.

    ABSTRACT

    Job accidents are a public health issue all over the world, being in some cases either

    life-threatening or disabling. According to International Labor Organization, it is estimated

    that there are approximately 270 million occupational accidents each year, worldwide. In

    Brazil, data from the Ministry of Social Security show that in 2006 there were 503 890

    accidents at work, and of these, 26,645 were from occupational diseases. The most affected

    age ranges vary from 30 to 45 years, a highly productive population age. In every way that

    they might be analyzed, accidents have extremely negative factors for the company, the

    injured worker and society, generating a large economic and social impact. Occupational

    safety and health targets a variety of measures and actions that aim to prevent accidents and

    the respect to physical integrity of the worker. From this observation, a study was conducted

    based on the careful analysis of risks in a Hospitality & Catering company. Given these data,

    possible solutions to such problems were developed using the theoretical and scientific

    knowledge about Occupational safety.

    Keywords: Accident at work , risk analysis, work safety.

  • LISTA DE ILUSTRAES

    Figura 1 Estrutura Pontiaguda do Sistema Exaustor..............................................................22

    Figura 2 Viga de Concreto Baixa...........................................................................................22

    Figura 3 Caldeira....................................................................................................................23

    Figura 4 Depsito de Produtos Inflamveis..........................................................................23

    Figura 5 Risco de Queda........................................................................................................24

    Figura 6 teto em Declive........................................................................................................24

    Figura 7 equipamentos Perigosos..........................................................................................25

    Figura 8 risco Ergonmico.....................................................................................................26

  • LISTA DE TABELAS

    APR 1 - Almoxarifado.......................................................................................................................28

    APR 2 Local de instalao da caldeira...............................................................................................28

    APR 3 Lavanderia................................................................................................................................29

    APR 4 Almoxarifado da cozinha.........................................................................................................30

    APR 5 Equipamentos e Mquinas.......................................................................................................31

    APR 6 Ergonomia I..............................................................................................................................31

    APR 7 Ergonomia II............................................................................................................................33

  • LISTA DE SIGLAS

    A.C Antes de Cristo (perodo histrico);

    A.P.R Anlise Preliminar de Riscos;

    A.T Acidente de Trabalho;

    CLT Consolidao das Leis de Trabalho;

    D.O.R.T Distrbio Osteomuscular relacionado ao Trabalho;

    E.P.I Equipamento de Proteo Individual;

    KG Kilogramas (unidade de medida).

    L.E.R Leso por Esforos repetitivos;

    M Metros (unidade de medida);

    N.R Normas Regulamentadoras;

    OIT Organizao Internacional do Trabalho;

  • SUMRIO

    INTRODUO.......................................................................................................................10

    CAPTULO 1 REVISO TEORICA.................................................................................11

    1.1 Histrico Sade e Segurana.............................................................................................11

    1.2 Acidente de Trabalho........................................................................................................12

    1.3 Riscos Ambientais.............................................................................................................14

    1.4 Normas Regulamentadoras...............................................................................................14

    1.5 Ergonomia.........................................................................................................................16

    1.6 Anlise Preliminar de Risco..............................................................................................18

    CAPTULO 2 OBJETIVO..................................................................................................20

    2.1 Objetivos Especficos........................................................................................................20

    CAPTULO 3 METODOLOGIA.......................................................................................21

    3.1 Anlise de Riscos..............................................................................................................21

    CAPITULO 4 RESULTADOS...........................................................................................26

    CAPTULO 5 CONCLUSO.............................................................................................29

    REVISO BIBLIOGRFICA...............................................................................................31

    APNDICE..............................................................................................................................33

  • 12

    INTRODUO

    A segurana do trabalho refere-se a uma srie de medidas preventivas e normas

    regulamentadoras contra todo tipo de imprevistos, como acidentes de trabalho que envolvem

    perturbao funcional ou doenas ocupacionais. Define-se acidente de trabalho como aquele

    que ocorre pelo exerccio do mesmo a servio de uma empresa, provocando danos como:

    leso corporal, perturbao funcional, perda ou reduo capacidade para o trabalho e at a

    morte. A reduo dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de sade, higiene e

    segurana definem a aplicao no s como questo de sade pblica e sim como parte

    integrante da poltica de desenvolvimento social e econmico. Pois alm do grande impacto

    sobre a economia, a sociedade e a produtividade, estes imprevistos acarretam tambm

    considervel custo ao rgo previdencirio. Estar atento a estas condies proporciona aos

    trabalhadores maior satisfao, efetividade e ao estarem seguros, no demandam altos

    investimentos por parte da empresa, caso algo no saia conforme o planejado.

    O presente estudo tem como objetivo a realizao da anlise preliminar de riscos e o

    desenvolvimento de solues prticas exclusivas para a eliminao destes, que foram

    observados em um perodo de 03 (trs) meses em uma empresa do ramo Hoteleiro & Buffet.

    O tema foi escolhido devido sua grande relevncia nos dias de hoje, levando em considerao

    a segurana do trabalhador em seu ambiente de trabalho. A integridade fsica e psicolgica de

    todos os trabalhadores deve ser sempre levada em conta, pois acidentes de trabalho acarretam

    prejuzos a todos os envolvidos. Devido a isto foi aplicada a tcnica de anlises de riscos

    visando a identificao de potenciais irregularidades, tornando ento possvel a apresentao

    de solues de alta eficcia e baixo custo para a empresa avaliada.

  • 13

    CAPTULO 1 REVISO TERICA

    Neste captulo inicial do trabalho, so apresentados os materiais que foram utilizados

    na fundamentao das anlises e no desenvolvimento de solues dos fatores de riscos

    encontrados nesta empresa.

    1.1 Histrico da Sade e Segurana no Trabalho

    Sero apresentados a seguir, fatos histricos que comprovam a existncia dessa

    preocupao sob o mbito mundial e nacional, segundo Couto (1995) e Verdussen (1978).

    O primeiro relato histrico da preocupao do homem com a sua segurana no

    ambiente de trabalho, foi feito no Egito prximo ao ano de 2360 A.C, pelo papiro Anastacius

    V que descreveu as atividades e condies dos que atuavam na poca como pedreiros. Fato

    que acabou por incentivar os trabalhadores a apresentar ao fara quanto as mltiplas

    vantagens presentes em disponibilizar melhores condies de trabalho aos escravos. Aps um

    grande perodo, no incio da Idade Mdia, os cuidados relacionados com a preveno como,

    por exemplo, as medidas sanitrias se tornaram indispensveis, sendo ento disseminadas por

    todos da poca. Em meados do mesmo perodo, e com o compartilhamento destes

    conhecimentos, a preocupao com a sade e segurana do trabalho tinha cada vez mais, o

    seu devido lugar dentro dos parmetros de atuao dos trabalhadores, Prximo ao ano de

    1700, o mdico italiano Ramazzini publicou a primeira obra especfica sobre o assunto,

    chamada De Morbis Artificium Diatriba que foi traduzida como As doenas dos

    Trabalhadores. Neste livro, o autor descreve cinquenta profisses distintas e suas condies

    inseguras de atuao. Em 1780, os estudos relacionados com a importncia da segurana no

    trabalho, j haviam se disseminado por todo o mundo, e sob crescente mobilizava parte da

    massa trabalhista a lutar por melhores condies. Ento no inicio do sculo XX foi criada a

    Organizao Internacional do Trabalho (OIT), rgo responsvel pela insero de

    especificaes relacionadas aos direitos trabalhistas.

    No Brasil, o momento histrico se deu pela primeira lei promulgada, relacionada a

    acidentes de trabalho, em 1919. Para ento ser criada a Consolidao das Leis de Trabalho em

    1943.

    A Comisso Interna de Preveno de Acidentes (CIPA) foi criada logo a seguir em

    1953, estabelecendo normas de funcionamento dos estabelecimentos. Somente aps 7 (sete)

    anos em 1960 foi feita a alterao que aponta a obrigatoriedade quanto ao uso de equipamento

    de proteo individual (EPI).

  • 14

    1.2 Acidentes de Trabalho

    Segundo o conceito legal disposto no artigo 19 do cdigo penal Brasileiro, Acidente

    do trabalho o que ocorre pelo exerccio do trabalho a servio da empresa ou pelo exerccio

    do trabalho dos segurados referidos no inciso VII do art. 11 desta Lei, provocando leso

    corporal ou perturbao funcional que cause a morte ou a perda ou reduo, permanente ou

    temporria, da capacidade para o trabalho.

    1 A empresa responsvel pela adoo e uso das medidas coletivas e

    individuais de proteo e segurana da sade do trabalhador.

    2 Constitui contraveno penal, punvel com multa, deixar a empresa de

    cumprir as normas de segurana e higiene do trabalho.

    3 dever da empresa prestar informaes pormenorizadas sobre os riscos

    da operao a executar e do produto a manipular.

    4 O Ministrio do Trabalho e da Previdncia Social fiscalizar e os

    sindicatos e entidades representativas de classe acompanharo o fiel

    cumprimento do disposto nos pargrafos anteriores, conforme dispuser o

    Regulamento.

    Segundo o artigo 20 do mesmo cdigo, Toda ocorrncia no programada, estranha

    ao andamento normal do trabalho, da qual possa ressaltar danos fsicos e/ou funcionais, ou

    morte do trabalhador e/ou danos materiais econmicos empresa.

    I - Doena profissional, assim entendida a produzida ou desencadeada pelo exerccio

    do trabalho peculiar a determinada atividade e constante da respectiva relao elaborada pelo

    Ministrio do Trabalho e da Previdncia Social;

    II - Doena do trabalho, assim entendida a adquirida ou desencadeada em funo de

    condies especiais em que o trabalho realizado e com ele se relacione diretamente,

    constante da relao mencionada no inciso I.

    1No so consideradas como doena do trabalho:

    A doena degenerativa;

    A inerente a grupo etrio;

    A que no produza incapacidade laborativa;

    A doena endmica adquirida por segurado habitante de regio em que ela se

    desenvolva, salvo comprovao de que resultante de exposio ou contato

    direto determinado pela natureza do trabalho.

    Segundo o Art.21 da mesma lei, equiparam-se tambm ao acidente do trabalho, para

    efeitos desta:

  • 15

    I - O acidente ligado ao trabalho que, embora no tenha sido a causa nica, haja

    contribudo diretamente para a morte do segurado, para reduo ou perda da sua capacidade

    para o trabalho, ou produzido leso que exija ateno mdica para a sua recuperao;

    II - O acidente sofrido pelo segurado no local e no horrio do trabalho, em

    consequncia de:

    Ato de agresso, sabotagem ou terrorismo praticado por terceiro ou

    companheiro de trabalho;

    Ofensa fsica intencional, inclusive de terceiro, por motivo de disputa

    relacionada ao trabalho;

    Ato de imprudncia, de negligncia ou de impercia de terceiro ou de

    companheiro de trabalho;

    Ato de pessoa privada do uso da razo;

    Desabamento, inundao, incndio e outros casos fortuitos ou decorrentes de

    fora maior;

    III - a doena proveniente de contaminao acidental do empregado no exerccio de

    sua atividade;

    IV - o acidente sofrido pelo segurado ainda que fora do local e horrio de trabalho:

    1.3 Riscos Ambientais

    Os risco esto relacionados a todos os pontos que sero adotados como fatores

    crticos por envolverem diretamente o trabalhador, sendo classificados por agentes de

    diferentes naturezas, mas que em comum so nocivos a sade. (EJA, Acidentes de Trabalho,

    2007, p7).

    A portaria responsvel pela norma regulamentadora 09 (nove) define os fatores de

    riscos ambientais, indicando a classificao por sua natureza. Sendo estes por determinao

    legal:

    Fsicos: Causados pela exposio a fenmenos como: rudos, vibraes,

    presses anormais, temperaturas extremas, radiaes;

    Qumicos: Decorrentes de exposies a elementos ou compostos qumicos

    que so considerados txicos ao ser humano, como: gases, vapores, fumo,

    nvoa, neblina;

    Biolgicos: So os riscos definidos pela contaminao do ser humano por

    micro-organismos como: fungos, bactrias, vrus, parasitas;

  • 16

    Ergonmicos: Ocorre devido interao do homem com o seu ambiente de

    trabalho causado por pequenas falhas. Como por exemplo: postura incorreta,

    movimentos repetitivos, estresse no trabalho e doenas ocupacionais;

    Mecnicos: Causados por fatores variados como: mquinas sem proteo,

    arranjo fsico deficiente, incndios, edificaes, armazenamentos.

    1.4 Normas Regulamentadoras

    As NRs so parmetros derivados da consolidao das leis do trabalho que

    introduzem padres e tcnicas especficas voltadas segurana dos trabalho e as melhores

    condies de atuao evidenciando fatores de riscos e apresentando solues efetivas aos

    casos. Dentre a totalidade de 36 (trinta e seis) NRs, foram escolhidas somente as normas

    relacionadas s reas de atuao ligadas empresa,. So dispostas com seu nome, breve

    descrio e suas respectivas sesses. Sero apresentadas de forma sinttica e objetiva.

    (BRASIL, 1977)

    Disposies Gerais (NR-1): A primeira norma aponta a obrigatoriedade das

    empresas quanto ao cumprimento das medidas de controle dispostas;

    Inspeo Prvia (NR-2): A segunda norma ressalta que todo estabelecimento

    antes mesmo do incio do seu funcionamento dever ser avaliado pelo rgo

    regional do ministrio do trabalho, para assim ter suas instalaes aprovadas;

    Embargo ou Interdio (NR-3): Esta norma considera que toda empresa,

    estabelecimento, setor, mquina, operao ou equipamento que apresentem

    riscos ao trabalhador sero periodicamente fiscalizados pelo rgo

    responsvel, podendo ter o seu uso suspenso por tempo indeterminado at

    que estejam em condies seguras;

    Equipamento de Proteo Individual (NR-6): Define a obrigatoriedade da

    empresa em disponibilizar equipamentos de proteo individual em perfeito

    estado de conservao e gratuitamente aos trabalhadores;

    Edificaes (NR-8): Determina os diversos padres a serem seguidos nas

    obras civis apresentando modelos bsicos de condies gerais e especficas;

    Servios em Eletricidade (NR-10): Estabelece as condies de atuao no

    trabalho que envolve direta ou indiretamente qualquer objeto eletrificado ou

    eletrificao;

    Transporte, Movimentao, Armazenagem e Manuseio de Materiais (NR-11):

    Define as normas de segurana para quaisquer operaes ou processos que

    envolvam elevadores, guindastes, transportadores industriais ou mquinas;

  • 17

    Mquinas e Equipamentos (NR-12): So dispostos os requisitos mnimos

    relacionados as tcnicas bsicas, princpios fundamentais e medidas de

    protees que visam garantir a integridade fsica dos trabalhadores que

    utilizam maquinas ou equipamentos que ofeream riscos;

    Caldeiras e Vasos de Presso (NR-13): Define sobre as condies de

    utilizao de caldeiras e vasos de presso, indicando orientaes sobre os

    fatores de risco e cuidados altamente necessrios para manuseio destes

    equipamentos;

    Fornos (NR-14): So dispostas as orientaes e padres estabelecidos sobre

    os fornos, desde a sua instalao at a manuteno destes;

    Ergonomia (NR-17): So estabelecidos parmetros referentes ao ambiente de

    trabalho e quanto a sua prpria atuao em si, que ser melhor estudada a

    seguir;

    Lquidos Combustveis e Inflamveis (NR-20): Estabelece os requisitos

    mnimos, parmetros de utilizao e cuidados necessrios para manipulao

    de lquidos combustveis e inflamveis para gerar uma atividade livre de

    riscos;

    Proteo Contra Incndios (NR-23): Esta norma define as medidas de

    preveno de incndios ensinando tcnicas aplicveis garantindo a segurana;

    Condies Sanitrias e de Conforto nos Locais de Trabalho (NR-24): Aponta

    os fatores aplicveis e recomendaes relacionadas higiene e conforto nos

    locais de trabalho determinando condies sanitrias;

    Sinalizao de Segurana (NR-26): Determina a utilizao das tcnicas de

    segurana, relacionadas sinalizao de riscos, abordando tambm a

    necessidade da diferenciao dos produtos qumicos por cores, rtulos ou

    quaisquer elementos que alertem quanto ao cuidado necessrio a sua

    manipulao;

    Fiscalizao e Penalidades (NR-28): Apresenta detalhadamente, as funes,

    deveres, informaes, penalidades e procedimentos padres relacionados s

    fiscalizaes trabalhistas e tambm apresentando as relativas penalidades pela

    no conformidade.

    1.5 Ergonomia

    Segundo Abraho e Pinho (1999 p.14). consensual, na comunidade cientfica,

    que na relao com as outras cincias, a ergonomia faz emprstimos conceituais de reas do

    conhecimento, tais como, fisiologia, psicologia, sociologia, dentre outras, e esta utilizao no

  • 18

    simplesmente uma aplicao direta, e sim uma relao de confrontao, entre

    conhecimentos novos e antigos. Esta confrontao leva transformao dos conhecimentos

    oriundos destas cincias. A forma de se abordar o homem nas situaes de trabalho difere

    daquela adotada nas outras disciplinas. A ergonomia prope-se a compreender quais so os

    mecanismos fisiolgicos e psicolgicos destes envolvidos em uma interao com o sistema

    produtivo, ou at mesmo, de um coletivo de pessoas mediado por um aparato tecnolgico.

    A portaria responsvel pela criao legal da NR 17 (dezessete) define legalmente que

    Esta Norma Regulamentadora visa estabelecer parmetros que permitam a adaptao das

    condies de trabalho s caractersticas psicofisiolgicas dos trabalhadores, de modo a

    proporcionar um mximo de conforto, segurana e desempenho eficiente Como exemplos

    so apresentadas algumas especificaes consideradas pertinentes, como:

    As condies de trabalho incluem aspectos relacionados ao levantamento,

    transporte e descarga de materiais, ao mobilirio, aos equipamentos e s

    condies ambientais do posto de trabalho e prpria organizao do

    trabalho.

    Para avaliar a adaptao das condies de trabalho s caractersticas

    psicofisiolgicas dos trabalhadores, cabe ao empregador realizar a anlise

    ergonmica do trabalho, devendo a mesma abordar, no mnimo, as condies

    de trabalho, conforme estabelecido nesta Norma Regulamentadora.

    Transporte manual de cargas designa todo transporte no qual o peso da carga

    suportado inteiramente por um s trabalhador, compreendendo o

    levantamento e a de posio da carga.

    No dever ser exigido nem admitido o transporte manual de cargas, por um

    trabalhador cujo peso seja suscetvel de comprometer sua sade ou sua

    segurana.

    Com vistas a limitar ou facilitar o transporte manual de cargas devero ser

    usados meios tcnicos apropriados.

    O trabalho de levantamento e transporte de material feito com equipamento

    mecnico de ao manual dever ser executado de forma que o esforo fsico

    realizado pelo trabalhador seja compatvel com sua capacidade de fora e no

    comprometa a sua sade ou a sua segurana.

    O empregador no deve promover qualquer sistema de avaliao dos

    trabalhadores envolvidos nas atividades de digitao, baseado no nmero

    individual de toques sobre o teclado, inclusive o automatizado, para efeito de

    remunerao e vantagens de qualquer espcie;

    O tempo efetivo de trabalho de entrada de dados no deve exceder o limite

    mximo de 5 (cinco) horas, sendo que, no perodo de tempo restante da

    jornada, o trabalhador poder exercer outras atividades, observado o disposto

  • 19

    no art. 468 da Consolidao das Leis do Trabalho, desde que no exijam

    movimentos repetitivos, nem esforo visual;

    Nas atividades de entrada de dados deve haver, no mnimo, uma pausa de 10

    minutos para cada 50 minutos trabalhados, no deduzidos da jornada normal

    de trabalho.

    Condies de mobilidade suficientes para permitir o ajuste da tela do

    equipamento iluminao do ambiente, protegendo-a contra reflexos, e

    proporcionar corretos ngulos de visibilidade ao trabalhador;

    O teclado deve ser independente e ter mobilidade, permitindo ao trabalhador

    ajust-lo de acordo com as tarefas a serem executadas;

    A tela, o teclado e o suporte para documentos devem ser colocados de

    maneira que as distncias olho-tela, olho- teclado e olho-documento sejam

    aproximadamente iguais;

    O tempo efetivo de trabalho de entrada de dados no deve exceder o limite

    mximo de 5 horas, sendo que, no perodo de tempo restante da jornada, o

    trabalhador poder exercer outras atividades, observado o disposto no art. 468

    da Consolidao das Leis do Trabalho, desde que no exijam movimentos

    repetitivos, nem esforo visual;

    Nas atividades de entrada de dados deve haver, no mnimo, uma pausa de 10

    minutos para cada 50 minutos trabalhados, no deduzidos da jornada normal

    de trabalho.

    Transporte manual de cargas designa todo transporte no qual o peso da

    carga suportado inteiramente por um s trabalhador, compreendendo o

    levantamento e a deposio da carga.

    Transporte manual regular de cargas designa toda atividade realizada de

    maneira contnua ou que inclua, mesmo de forma descontnua, o transporte

    manual de cargas.

    Para avaliar a adaptao das condies de trabalho s caractersticas

    psicofisiolgicas dos trabalhadores, cabe ao empregador realizar a anlise

    ergonmica do trabalho, devendo a mesma abordar, no mnimo, as condies

    de trabalho, conforme estabelecido nesta Norma Regulamentadora.

    Todo trabalhador designado para o transporte manual regular de cargas, que

    no as leves, deve receber treinamento ou instrues satisfatrias quanto aos

    mtodos de trabalho que dever utilizar, com vistas a salvaguardar sua sade

    e prevenir acidentes.

    O trabalho de levantamento de material feito com equipamento mecnico de

    ao manual dever ser executado de forma que o esforo fsico realizado

  • 20

    pelo trabalhador seja compatvel com sua capacidade de fora e no

    comprometa a sua sade ou a sua segurana..

    Os pisos dos locais de trabalho devem ser mantidos limpos e livres

    de objetos, ferramentas e quaisquer materiais que ofeream riscos

    de acidentes;

    Ter caractersticas de modo a prevenir riscos que tornem os materiais

    escorregadios.

    1.6 Anlise Preliminar de Riscos (APR)

    Segundo Roessler (2001, p.103), a definio de analise de riscos Se baseia em um

    conjunto de mtodos e tcnicas que aplicados a uma atividade proposta ou existente,

    identificam e avaliam qualitativa e quantitativamente os riscos que essa atividade representa

    para o meio ambiente relacionado empresa.

    Amorim (2009) aprofundou o estudo sobre APRs relatando diversas situaes

    especficas, que demonstravam que a mesma anlise de riscos era altamente eficiente e de

    baixo custo operacional, concluiu tambm que a anlise pode ser utilizada para anteceder

    outros mtodos mais detalhados de identificao de riscos, e tambm para uma maior

    eficincia deve ser aplicada na fase inicial de concepo e desenvolvimento das plantas de

    processo, na determinao dos riscos que possam existir, no excluindo a necessidade de

    outros tipos de avaliaes, sendo denominada ento como a precursora das anlises.

    medida que cada risco identificado, as causas em potencial, os efeitos e a

    gravidade dos acidentes, bem como as possveis medidas corretivas e/ou preventivas, sero

    tambm descritas; os elementos deste levantamento compreendem:

    Operaes;

    Instalaes;

    Equipamentos.

    *O modelo da APR utilizado para a realizao deste trabalho se encontra disponvel

    no apndice A.

  • 21

    CAPTULO 2 OBJETIVO

    O objetivo principal a aplicao da tcnica de anlise de riscos nos diferentes locais

    de trabalho, em uma empresa do ramo de Hotelaria & Buffet, relacionando assim os fatores

    identificados com as possveis solues desenvolvidas, permitindo assim um melhor

    desenvolvimento que adequem os recursos disponveis aos ambientes com possveis riscos,

    baseado nos parmetros sobre segurana do trabalho. Buscando destacar, corrigir e instruir

    quanto a fundamental importncia da segurana do trabalhador.

    2.1 Objetivos Especficos

    Identificar fatores de riscos internos que envolvam os trabalhadores em suas

    funes, abrangendo ferramentas utilizadas e meio de atuao;

    Analisar cautelosamente cada condio e fator de risco encontrado;

    Desenvolver uma estratgia eficaz voltada correo desses fatores.

  • 22

    CAPTULO 3 METODOLOGIA

    Neste capitulo so apresentados s tcnicas utilizadas para analisar e desenvolver

    sobre os fatores de riscos, a preservao da integridade psicofisiolgica dos trabalhadores.

    3.1 Anlises de Riscos

    O trabalhador muitas vezes sem ter o conhecimento de tais fatores de risco que os

    envolvem podem ser abruptamente prejudicados, podendo ser decorrente de suas ferramentas

    de trabalho ou at mesmo pelo prprio meio de atuao. Os principais equipamentos e

    situaes que colocam a integridade do trabalhador em risco so identificados de acordo com

    os riscos ambientais e descritos neste captulo em sub-tpicos de forma sinttica, iniciando

    com os casos onde os focos dos acidentes esto relacionados natureza mecnica como, por

    exemplo: quedas, cortes e impactos.

    O Primeiro exemplo apresenta 02 vigas estruturais constitudas de concreto que se

    encontram no intermdio do almoxarifado principal da empresa.

    Estes possuem uma altura de 1,85 metros calculados a partir do cho. Considerando o fato de

    no possuir nenhuma sinalizao referente altura de fluxo permitida, oferece risco de

    acidente ao trabalhador (Figura 01).

    Figura 01: Viga Estrutural Baixa.

    Fonte: O Autor (2013).

  • 23

    A empresa possui uma caldeira horizontal vapor (Figura 02) sendo de utilizao

    constante para o fornecimento de gua quente e vapor dgua para todo o estabelecimento

    incluindo os apartamentos, cozinhas, lavanderia, sauna e piscina.

    Figura 02: Caldeira.

    Fonte: O Autor (2013).

    O fato que ao lado desta rea, existe um local utilizado como depsito de papeles,

    tintas e produtos inflamveis. (Figura 03) que infringe os parmetros da NR 13 a qual

    determina parmetros de instalao de caldeiras com distncias mnimas de afastamento. Por

    esta irregularidade, destacando a possibilidade de incndio em grandes propores o que

    acaba por colocar em risco a vida de vrios trabalhadores em risco.

    Figura 03: Depsito com Produtos Inflamveis.

    Fonte: O Autor (2013).

  • 24

    O sistema de escoamento de gua da lavanderia insuficiente para a capacidade

    mxima utilizada pelo processo de lavagem da mquina, resultando no acmulo de gua com

    sabo por todo o ambiente. Este cenrio que associa a falta de sinalizao com o fato de ser

    constituda de pisos lisos e sem aderncias garante o oferecimento de grandes riscos ao

    trabalhador que transita pelo setor, podendo sofrer uma queda.

    O almoxarifado da cozinha apresenta na sua estrutura um importante declive de

    aproximadamente 1,2 metros, passando assim de 2,0 metros calculados a partir do cho para

    0,8 metros. Determinando tambm que a rea baixa utilizada para o armazenamento de

    insumos e por no ser sinalizado, faz com que o transeunte fique exposto a possibilidade de

    choques mecnicos. (Figura 04)

    Figura 04: Teto em Declive.

    Fonte: O Autor (2013).

    As cozinhas da empresa so os setores com o maior ndice de acidentes de trabalho,

    pois o constante uso de equipamentos cortantes como facas, mquinas fatiadoras de frios,

    moedores de carnes e outros que trabalham em altas temperaturas como, por exemplo: chapas,

    fornos e foges. Equipamentos que so utilizados praticamente em todos os processos de

    produo, exigindo muita cautela e ateno quanto ao seu manuseio. (Figura 05).

  • 25

    Figura 05: Equipamentos Perigosos.

    Fonte: O Autor (2013).

    O reabastecimento de suprimentos das cozinhas e do setor de eventos realizado

    com a utilizao de um carrinho de transporte de cargas conduzido manualmente pelo prprio

    trabalhador, sendo ento responsvel pelo balano dos estoques internos, percorrendo

    internamente a empresa com grandes cargas, chegando at aproximadamente 600 kg de

    alimentos e bebidas, enfrentando obstculos como, por exemplo, subir uma escadaria de uma

    forma desajeitada e no anatmica. Lembrando que conforme a NR17, tais esforos

    excedentes culminam em uma provvel leso conhecida como distrbio osteomuscular

    relacionado ao trabalho. (Figura 06)

    Figura 06: Risco Ergonmico.

    Fonte: O Autor (2013).

  • 26

    CAPTULO 4 RESULTADOS

    Neste captulo so descritas as solues desenvolvidas a partir da considerao do

    contexto, relevando as restries e prioridades que caracterizam este cenrio, de modo a

    desenvolver eficazmente e com baixo custo operacional. Para tal desenvolvimento foi

    utilizada a tcnica APR de avaliao de riscos encontrados na empresa, a qual consiste no

    detalhamento minucioso de cada fator detectado, assim como possveis efeitos, numero de

    envolvidos, e medidas de preveno e controle, sendo apresentadas ao longo deste captulo, as

    solues principais e outras de uso temporrio, que tiveram como base definies legais das

    normas regulamentadoras.

    A apresentao das tabelas segue respectivamente a ordem das anlises apresentadas

    no capitulo anterior, sendo no primeiro caso o referente ao almoxarifado, que pelo fato do teto

    no ser nivelado, oferece risco ao trabalhador que transita pelo local.

    APR 1 Almoxarifado.

    Fonte: o autor

    A melhor indicao neste caso a adequao do ambiente com a devida sinalizao

    do risco presente conforme as especificaes da NR 26, considerando este risco de uma

    perspectiva mais profunda, fundamental destacar que o setor tambm apresenta falhas em

    pilares de sustentao como capacidade de armazenamento e falta de ventilao, fatores

    importantes para a manuteno e controle do estoque. Fatores estes que adequariam o caso a

    uma possvel reforma estrutural, que visa quanto ao cumprimento legal de todos os fatores de

    preservao manuteno e organizao, tanto de trabalhadores quanto de insumos.

    O segundo exemplo referente ao local de instalao da caldeira, que se encontra

    fora de alguns parmetros, que por sua vez podem oferecer risco a empresa, como os de

    instalao, manuteno e utilizao.

  • 27

    APR 2 Local de instalao da caldeira.

    Fonte: o autor

    A resoluo mais efetiva esta relacionada com a adequao das condies de

    trabalho segundo as normas regulamentadoras 13 e 23 que dispem respectivamente sobre

    especificaes gerais de caldeiras e proteo contra incndios, determinando, por

    exemplo, distncia de instalao de pelo menos 6metros de outros estabelecimentos e

    depsitos de combustveis e sinalizao referente ao risco. Dispe ainda sobre a proteo

    contra incndio em geral e as medidas preventivas adequadas, com exigncias ao especial

    revestimento de portas e paredes, construo de paredes contra fogo.

    O terceiro exemplo referente ao acmulo excessivo de gua na lavanderia da

    empresa, devido a falha do sistema de escoamento, conforme mostra a respectiva APR.

    APR 3 Lavanderia.

    Fonte: o autor

    A soluo mais eficaz a adequao da capacidade de escoamento de gua com a

    capacidade mxima operacional da mquina, processo que eliminaria a probabilidade de

    alagamento interno e consequentemente de acidentes.

    Sob outra perspectiva, uma nova soluo eficaz e vivel est relacionada ao

    revestimento do piso com um material que seja aderente, como por exemplo, borracha. E

    tambm disposta correta sinalizao do risco segundo a NR 17 (Ergonomia) que dispe

    parmetros relacionados aos a evitar tais acidentes de trabalho.

    O quarto exemplo relativo ao almoxarife da cozinha, que apresenta um grande

    declive, oferecendo risco aos respectivos trabalhadores, conforme a respectiva APR.

  • 28

    APR 4 Almoxarifado da cozinha.

    Fonte: o autor

    Tal declive em funo de uma escada em atividade, fato que descarta qualquer

    possibilidade de alterao estrutural. Realizando uma anlise minuciosa, perceptvel que o

    risco se encontra em apenas do comprimento do total do ambiente e que esta rea

    utilizada para o armazenamento de insumos, oque faz com que o trabalhador tenha de acess-

    la periodicamente, fato este que aumenta o risco de acidentes. Como soluo, deve ser feita

    uma organizao eficiente que disponha os produtos de forma inteligente, no utilizando esta

    rea abaixo do declive para o armazenamento de produtos, para isso recomendvel a

    aplicao da metodologia 5S, a qual objetiva quanto a correo de falhas organizacionais,

    fatores que afetam diretamente o desempenho da empresa, a qualidade de seus produtos e

    neste caso tambm quanto aos riscos de acidentes.

    O quinto tem como foco o destaque da fundamental importncia da correta utilizao

    e manuseio de equipamentos, que oferecem riscos ao serem utilizados, como mostra a

    respectiva APR.

    APR 5 Equipamentos e Mquinas.

    Fonte: o autor

    Estes riscos esto relacionados ao manuseio dos equipamentos e ferramentas de uso

    exclusivo dos trabalhadores das cozinhas. Os riscos de acidentes envolvendo-os so

    diretamente relativos aos prprios, sendo decorrentes de sua instruo, ateno e habilidade

  • 29

    motora quanto ao manuseio. Perante a isto a melhor indicao esta relacionada com a

    educao dos trabalhadores, visando implementar tcnicas que indicam quanto aos parmetros

    de utilizao, citando riscos presentes nos processos internos e reforando o conceito

    fundamental da utilizao de EPIS, que neste caso se enquadra com o manuseio de

    equipamentos em altas temperaturas.

    A sexta anlise est relacionada com fatores ergonmicos, sendo mais

    especificamente sobre o levantamento e carregamento inadequado de peso, conforme

    apresentado na respectiva APR.

    APR 6 Ergonomia I

    Fonte: o autor

    Considerando a privao do elevador para o transporte interno de cargas, fica

    evidente que a o trabalhador ao assumir tal responsabilidade, esta tambm sujeito a riscos

    ergonmicos, podendo ser afetado por doenas ocupacionais. Para a resoluo deste, a

    utilizao do elevador a possibilidade de uma adequao que funciona de modo rpido,

    eficaz e sem valores adicionais, por j existir um em funcionamento. Com o novo recurso

    de utilizao, o esforo manual do trabalhador que realiza o transporte consideravelmente

    reduzido junto aos riscos ergonmicos e possveis doenas ocupacionais pelo excesso. Com

    essa soluo a empresa tambm ser afetada, no ponto que diz sobre o melhor aproveitamento

    do tempo de seus colaboradores e consequentemente conseguir maior produtividade.

    O Ultimo exemplo tambm referente ergonomia diz a respeito dos trabalhadores

    que fazem utilizao integral de computadores, sempre sentado, digitando e forando a vista,

    fatores que tendem a desenvolver uma doena ocupacional, conforme mostra a tabela 7.

  • 30

    APR 7 Ergonomia II

    Fonte: o autor

    Para este ultimo caso, deve ser feito a adequao necessria dos principais

    equipamentos utilizados por estes trabalhadores, sendo substitudos por equivalentes de maior

    qualidade e em formatos mais anatmicos, visando promover a ergonomia.

    Citando tambm que para melhores desempenhos e menores danos, fundamental a

    devida instruo e recomendaes de utilizao. Como por exemplo, a correta postura e pausa

    das atividades aps determinados perodos de tempos para a realizao de exerccios de

    aquecimento e alongamento osteomusculares, a correta utilizao e disponibilizao de

    teclados, mouses, monitores e equipamentos de uso dos trabalhadores.

  • 31

    CAPTULO 5 CONCLUSO

    Com este estudo destaca-se a extrema importncia da ergonomia e segurana do

    trabalho. Para isto foi feita uma investigao dos locais de trabalho em uma empresa do ramo

    de Hotelaria & Buffet, na busca de eliminar ou neutralizar os riscos ambientais, sendo

    realizada uma avaliao qualitativa conhecida como Anlise Preliminar de Riscos, para ento

    desenvolver medidas e solues eficazes para todas as situaes.

    Os locais de trabalho, pela prpria natureza da atividade desenvolvida ou pelas

    caractersticas de organizao, manipulao ou exposio a agentes fsicos, situaes de

    deficincia ergonmica ou riscos de acidentes, podem comprometer o bem estar do

    trabalhador, provocando leses imediatas, doenas ou at a morte, gerando assim prejuzos

    para a prpria empresa. Os acidentes de trabalhos se tratam de um problema de sade pblica

    em todo o mundo. Sob todos os aspectos em que possam ser analisados, apresentam fatores

    extremamente negativos para a empresa, para o trabalhador acidentado e para a sociedade

    gerando um grande impacto econmico e social.

    As solues indicadas visam a adequao das condies de trabalho para um

    aprimoramento contnuo da empresa por manter o foco sob os riscos, reduzindo tais acidentes

    e doenas ocupacionais, resultados que tornam a empresa mais segura e competitiva. Com

    isso conclui-se que a incorporao das boas prticas de gesto de segurana no trabalho no

    mbito das empresas contribui para a proteo contra os riscos presentes no ambiente de

    trabalho, prevenindo e reduzindo acidentes e doenas e alm de diminuir os custos e

    prejuzos, torna a empresa mais competitiva, auxiliando na sensibilizao de todos para o

    desenvolvimento de uma conscincia coletiva de respeito integridade fsica dos

    trabalhadores e melhoria contnua dos ambientes de trabalho.

  • 32

    REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

    VERDUSSEN, Roberto. Ergonomia - A Racionalizao Humanizada do Trabalho. Rio de

    Janeiro: Livros Tcnicos e Cientficos, 1978, p.161.

    COUTO, Araujo Hudson. Ergonomia Aplicada ao Trabalho, Vol I e II. Belo Horizonte: Ergo

    Editora:,1995.

    BRASIL. Lei N 8.213, de 24 de Julho de 1991, Art.19, 20 e 21. DISPE SOBRE OS

    PLANOS DE BENEFCIOS DA PREVIDNCIA SOCIAL E D OUTRAS

    PROVIDNCIAS. Disponvel em < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8213cons.htm

    > acesso em 20/06/2013.

    BRASIL. Ministrio do Trabalho. Lei N 6.514, de 22 de Dezembro de 1977 NR 01, NR 02,

    NR 03, NR 04, NR 05, NR 06, NR 07, NR 08, NR 10, NR 12, NR 13, NR 14, NR 15, NR 16,

    NR 17, NR 18, NR 19, NR 20, NR 21, NR 22, NR 24 e NR 26. RELATIVO A

    SEGURANA E MEDICINA DO TRABALHO, E D OUTRAS PROVIDNCIAS.

    Disponvel em < http://portal.mte.gov.br/legislacao/normas-regulamentadoras-1.htm > acesso

    em 27/06/2013.

    SECAD. Secretaria de Educao Continuada, Alfabetizao e Diversidade. Sade e

    Segurana no Trabalho, de 31 de Janeiro de 2007, p.07.

    BRASIL. Portaria n 3.214 de 08 de junho de 1978 NR - 5. Comisso Interna de Preveno de

    Acidentes. In: SEGURANA E MEDICINA DO TRABALHO. 29. Ed. So Paulo: Atlas,

    1995. 489 p. (Manuais de legislao, 16).

    BRASIL. Portaria n 3.214 de 08 de junho de 1978 NR 17. Ergonomia. In: SEGURANA

    E MEDICINA DO TRABALHO. 29. Ed. So Paulo: Atlas, 1995. 489 p. (Manuais de

    Legislao, 16).

    ROESSLER, Luiz Henrique. Manual de Anlise de Riscos Industriais, de Janeiro de 2001,

    p.02. Disponvel em < http://www.fepam.rs.gov.br/central/formularios/arq/manual_risco.pdf

    > acesso em 24/06/2013.

    AMORIM, Eduardo Lucena C. APOSTILA DE FERRAMENTAS DE ANLISE DE

    RISCO. De 12 de Julho de 2004, p.04.

    PORTO, Marcelo Firpo de Souza. ANALISE DE RISCOS NOS LOCAIS DE TRABALHO:

    CONHECER PARA TRANSFORMAR. Ed. Cadernos de sade do trabalhador. So Paulo,

    Junho de 2000.

  • 33

    Abraho, J. (1993,outubro). Ergonomia : modelo, mtodos e tcnicas. Trabalho apresentado

    no segundo Congresso Latino Americano e Sexto Seminrio Brasileiro de Ergonomia.

    Florianpolis.

    Gonzalez, Edinaldo F.; Anlise da Implantao da Programao de Obra e do 5S em um

    Empreendimento Habitacional; Dissertao de Mestrado da UFSC- Florianpolis, 202p,

    2002.

    SCARDOELLI, Lisiane S., SILVA, Maria F. S., FORMOSO, Carlos T., HEINECK, Luiz F.

    M.; Melhorias de Qualidade e produtividade, Porto Alegre, Edio SEBRAE/RS, 1994.

    HERNADES, Fernando Santos, Anlise da Importncia do Planejamento de Obras para

    Contratantes e Empresas Construtoras; Dissertao de Mestrado da UFSC - Florianpolis,

    2002.

  • 34

    APNDICE A

    -Modelo utilizado para a realizao da APR.

    Empresa: Data:

    Setor: Elaborado por:

    Descrio da Tarefa:

    Grau de Severidade Medidas de Preveno e Controle

    APR - Anlise Preliminar de Riscos

    Natureza Fator N Envolvidos Possvel Efeito