análise de riscos - app e hazop
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METODOLOGIAS DE ANÁLISE DE RISCOS APP & HAZOP
GERENCIAMENTO DE RISCOS AMBIENTAIS
Natal – RN
Material Adaptado: Profa. Laís Alencar de Aguiar
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Quadro 3 – Exemplo de Planilha utilizada na APP
Análise Preliminar de Perigo
Substância Equipe: Data:
Perigo Causas Consequências
Frequência Severidade Risco Recomendações
REf.
Todo evento acidental com potencial para causar danos às pessoas, às instalações ou ao meio ambiente.
As causas responsáveis pelo perigo podem envolver tanto falhas de equipamentos como falhas humanas.
As consequências são os efeitos dos acidentes envolvendo: radiação térmica, sobrepressão ou dose tóxica.
A frequência é definida conforme descrito no Quadro 4.
A severidade é definida conforme descrito no Quadro 5.
O risco é definido conforme descrito na Figura 1 e no Quadro 6.
As recomendações propostas devem ser de caráter preventivo e/ ou mitigador.
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Quadro 4 – Categorias de Frequências de ocorrência dos cenários
Categoria Denominação Faixa de
Frequência (anual) Descrição
A EXTREMAMENTE
REMOTA f < 10-4
Conceitualmente possível, mas extremamente improvável de ocorrer durante a vida útil do processo/ instalação.
B REMOTA 10-4< f < 10-3
Não esperado ocorrer durante a vida útil do processo/ instalação.
C IMPROVÁVEL 10-3< f < 10-2
Pouco provável de ocorrer durante a vida útil do processo/ instalação.
D PROVÁVEL 10-2< f < 10-1
Esperado ocorrer até uma vez durante a vida útil do processo/ instalação.
E FREQUENTE f > 10-1
Esperado de ocorrer várias vezes durante a vida útil do processo/ instalação.
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Quadro 5 – Categorias de severidade dos perigos identificados
Categoria Denominação Descrição/Características
I DESPREZÍVEL
Sem danos ou danos insignificantes aos equipamentos, à propriedade e/ ou ao meio ambiente;
Não ocorrem lesões/ mortes de funcionários, de terceiros (não funcionários) e/ ou pessoas (indústrias e comunidade); o máximo que pode ocorrer são casos de primeiros socorros ou tratamento médico menor;
II MARGINAL
Danos leves aos equipamentos, à propriedade e/ ou ao meio ambiente (os danos materiais são controláveis e/ ou de baixo custo de reparo);
Lesões leves em empregados, prestadores de serviço ou em membros da comunidade;
III CRÍTICA
Danos severos aos equipamentos, à propriedade e/ou ao meio ambiente;
Lesões de gravidade moderada em empregados, prestadores de serviço ou em membros da comunidade (probabilidade remota de morte);
Exige ações corretivas imediatas para evitar seu desdobramento em catástrofe;
IV CATASTRÓFICA
Danos irreparáveis aos equipamentos, à propriedade e/ ou ao meio ambiente (reparação lenta ou impossível);
Provoca mortes ou lesões graves em várias pessoas (empregados, prestadores de serviços ou em membros da comunidade).
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Figura 1 – Matriz de Classificação de Risco – Frequência x Severidade
2 Estudo de Perigo e Operabilidade – HAZOP
Quadro 7 – Tipos de Desvios Associados com as “Palavras –Guias”
Palavras Guia Desvio Considerados
NÃO NENHUM Negação do propósito do projeto. (ex.: nenhum fluxo)
MENOS Decréscimo quantitativo. (ex.: menos temperatura)
MAIS, MAIOR Acréscimo quantitativo. (ex.: mais pressão)
TAMBÉM, BEM COMO Acréscimo qualitativo. (ex.: também)
PARTE DE Decréscimo qualitativo. (ex.: parte de concentração)
REVERSO Oposição lógica do propósito do projeto. (ex.: fluxo)
OUTRO QUE, SENÃO Substituição completa. (ex.: outro que ar)
Quadro 8 – Lista Desvios para HAZOP de Processos Contínuos Parâmetro Palavra-Guia Desvio
Fluxo
Nenhum Menos Mais
Reverso Também
Nenhum fluxo Menos fluxo Mais Fluxo
Fluxo reverso Contaminação
Pressão Menos Mais
Pressão baixa Pressão alta
Temperatura Menos Mais
Temperatura baixa Temperatura alta
Nível Menos Mais
Nível baixo Nível alto
Viscosidade Menos Mais
Viscosidade baixa Viscosidade alta
Reação
Nenhum Menos Mais
Reverso Também
Nenhuma reação Reação incompleta
Reação descontrolada
Reação reversa Reação secundária
Fase 1 Bem como Fase 2
Quadro 6 – Legenda da Matriz de Classificação de Risco – Frequência x Severidade Severidade Frequência Risco
I. Desprezível A. Extremamente Remota 1. Desprezível
II. Marginal B. Remota 2. Menor
III. Crítica C. Improvável 3. Moderado
IV. Catastrófica D. Provável 4. Sério
E. Freqüente 5. Crítico
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Quadro 9 – Exemplos de Planilhas utilizadas na HAZOP
Análise de Perigos e Operabilidade
Unidade
Sistema: Equipe: Data:
Localização do Nó: Página:
Item Desvio Causas Consequências Salvaguardas Observações
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Dicas:
Sempre marque um nó de estudo na entrada de um grande equipamento e na saída de um equipamento que acumule produtos (ex.: vasos, tanques,...) e antes e depois de linhas que cruzam Fazer sempre perguntas no nó de estudo, começar sempre a buscar as falhas no início do sistema.
3 ESTUDO DE CASO: DESCARREGAMENTO DE ÁCIDO SULFÚRICO (Aguiar et al., 2001)
Para avaliar os procedimentos operacionais, as medidas de controle e os riscos oferecidos aos profissionais envolvidos, todas as operações de descarregamento foram acompanhadas (Fotos 1 até 16), documentadas em registro fotográfico e, posteriormente, foram aplicadas as técnicas HAZOP e APP. Para investigação dos segmentos do processo e identificação de possíveis desvios das condições normais de operação, verificando as causas responsáveis e respectivas consequências, foram consultados os químicos do laboratório, o pessoal de manutenção mecânica bem como os componentes da CIPA, que regularmente participam do descarregamento e possuem a necessária experiência técnica e de campo. Como resultado deste processo sistemático foram identificados e considerados relevantes pelo grupo de estudos quatro pontos ou nós de referência, representados no desenho esquemático de interfaces e conexões (Figura 2), bem como os parâmetros e desvios associados com as palavras guia no Quadro 10 a seguir.
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Quadro 10 - Nós de Referência, Parâmetros, Palavras Guia e Desvios do HAZOP
Nós de Referência Parâmetros Palavras Guia Desvio 1 Vazão Sim Sim Vazão 2 Vazão Menos Menos Vazão 3 Pressão Mais Pressão Alta 4 Vazão Sim Sim Vazão
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Figura 2 - Diagrama Esquemático de Interfaces e Conexões do Sistema de Transferência de Ácido
Sulfúrico do Caminhão para o Tanque
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Para cada desvio considerado de ocorrência provável, em cada nó de referência, foram investigadas as causas geradoras dos eventos e verificados quais os meios tecnicamente disponíveis para detecção destas causas e suas eventuais consequências. Em cada cãs foram discutidas e apresentadas possíveis medidas visando remover as causas ou mitigar as consequências quando a completa eliminação for de todo impossível. As quatro planilhas que sintetizam os resultados do HAZOP são apresentadas no Quadro 11. Como o sistema de transferência de ácido sulfúrico do caminhão para o tanque pode ser considerado um sistema fechado, foi elaborado uma Análise preliminar de Perigo (APP) para o caso de vazamento do produto corrosivo em questão. Vale ressaltar que esta análise, tal como o HAZOP, deve ser elaborada por uma equipe conforme mencionada anteriormente, contudo, a planilha de APP apresenta no Quadro 2, foi elaborada somente pelos membros deste grupo com o objetivo de discutir as diferenças entre as metodologias HAZOP e APP.
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Quadro 11 - Planilha de HAZOP
Sistema: Transferência de Produto Corrosivo do Caminhão para o Tanque
Equipe: Data:
Parâmetro: vazão Nó: 01 Página: 1/4
Palavra Guia
Desvio Causas Detecção
Consequências Providências
Mais Mais Vazão
Falha no arqueamento do tanque;
Caminhão com quantidade de produto maior do que o tanque comporta;
O tubo de inspeção não é vedado;
O dreno do tanque está entupido;
O dreno do tanque está mais alto do que o topo do tubo de inspeção.
Visual Transbordamento do tanque de ácido com perda de produto;
Danos a estrutura do tanque;
Danos aos equipamentos atingidos;
Geração de resíduos químicos;
Gastos na manutenção do tanque e equipamentos;
Gastos na descontaminação do local;
Projeção de ácido sobre o
Instalação de um medidor de nível para o tanque;
Instalação de chaves LSH e LSHH;
Envio da nota fiscal do Almoxarifado para o operador da ETA, para checar se a quantidade de ácido do caminhão é a quantidade requisitada;
Elevar o tubo de inspeção;
Vedar o tubo de inspeção com tampa rosqueada e juntas “o-ring”;
Relocar botoeiras de
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comando das bombas. comando.
Palavra Guia
Desvio Causas Detecção
Consequências Providências
Mais Pressão Alta
Caminhão cheio, válvula (4) aberta e válvulas (3) e (2) fechadas;
Caminhão cheio, bomba desligada, válvulas (3) e (4) abertas e válvulas (1) e (2) fechadas;
Válvulas (3) e (4) fechadas e (2) aberta;
Boca de visita do caminhão fechada, suspiro do caminhão entupido, válvula (3) fechada, válvulas (2) e (4) abertas.
Visual
Vazamento de ácido;
Esguichos de ácido;
Geração de resíduos químicos;
Gastos na descontaminação do local.
válvulas antes de iniciar o processo;
Testar a estanqueidade do sistema antes de iniciar o
processo;
Isolar/sinalizar a área; Manter as frentes de trabalho próximas avisadas de possível emergência;
Operadores treinados para uso de EPI e Kit de emergência;
Avisar a equipe médica de plantão;
Submeter a mangueira a testes hidrostáticos periódicos.
Mais Mais Vazão
Caminhão cheio, boca de visita aberta, válvulas (3) fechada e (2) aberta.
Visual
Vazamento de ácido;
Esguichos de ácido; Geração de resíduos
químicos;
Gastos na descontaminação do local;
Danos à estrutura do caminhão.
Instalar uma válvula a montante das válvulas (1) e (2), afastada do raio de ação de possíveis vazamentos de ácido, com característica de fechamento rápido;
Inspecionar o estado das válvulas antes de iniciar o processo.
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* depende do diâmetro da tubulação
Quadro 12 – Planilha de APP
Análise Preliminar de Perigo – APP
Sistema: Transferência de Produto Corrosivo (H2SO4) com caminhão para o tanque
Equipe: Data:
Perigo Causas Consequências Frequê
ncia
Severidade
Risco Recomendações Ref.
Vazamento de produto
corrosivo
Falha na vedação do tubo de inspeção
Transbordamento do tanque de ácido com perda de produto;
Danos à estrutura do tanque;
Danos aos equipamentos atingidos;
Geração de resíduos químicos;
Gastos na manutenção do tanque e equipamentos;
Gastos na descontaminação do local;
Projeção de ácido sobre o comando das bombas.
D I 2
Vedar o tubo de Inspeção com tampa rosqueada e juntas“oring”
1.1
Trinca no tanque B II 1 Manutenção periódica 1.2
Ruptura do Tanque
A IV 2 Manutenção periódica 1.3
Furo (10% φ) da Tubulação
D I 2 - Inspecionar a boca do caminhão, o estado da linha e das válvulas antes de iniciar o proc.; - Testar a estanqueidade do sistema antes de iniciar o processo; - Submeter a mangueira a testes hidrostáticos periódicos;
1.4
Ruptura da Tubulação
C II* 2 1.5
Falhas nas válvulas e conexões
D I 2 1.6
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4 ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE APP E HAZOP
Uma breve análise comparativa entra as técnicas apresentadas neste trabalho, APP e HAZOP, está apresentada no Quadro 13.
Quadro 13 - Análise comparativa entre as Técnicas APP e HAZOP
APP HAZOP
Metodologia Indutiva qualitativa
Objetivo
Identificação de perigos Genéricos
Identificação dos possíveis desvios das condições normais de operação
Aplicação
Fase inicial do projeto
Revisão geral de segurança de unidades em operação
Modificações de unidades de processo já em operação
Natureza dos Resultados
Fornece uma ordenação qualitativa dos cenários de acidentes identificados (priorização das medidas propostas para redução dos riscos da unidade analisada)
Identificação de todos os desvios acreditáveis que possam conduzir a eventos perigosos ou a problemas operacionais.
Uma avaliação das consequências (efeitos) destes desvios sobre o processo.
Qualitativos, não fornecendo estimativas numéricas.
Geram informações úteis para análises subsequentes,
principalmente, para Avaliação Quantitativa de Riscos.
Vantagens
Informa às causas que ocasionam cada um dos eventos e respectivas consequências.
Sistematicidade, flexibilidade e abrangência para identificação de perigos e problemas operacionais.
Obtenção de uma avaliação qualitativa da severidade das consequências e
Maior entendimento, pelos membros da equipe, do funcionamento da
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frequências de ocorrência dos cenários e do risco associado.
unidade em condições normais e, principalmente, quando da ocorrência de desvios, funcionando a análise de forma análoga a um "simulador" de processo.
Diferenças Básicas entre APP e HAZOP: APP Falha de equipamento (identifica perigos) HAZOP falha de processo (identifica desvios do processo) Nem todo desvio é um perigo, mas todo perigo é um desvio. A técnica APP pode ser considerada um subconjunto da técnica HAZOP