análise de modelos de periodização para o futebol

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    Anlise de modelos de periodizao para o futebol

    *Ps-graduao Lato-Sensu em Treinamento Desportivo, Universidade do Brasil (UFRJ).

    **Mestre, Professor da Ps-GraduaoLato-Sensu em Treinamento Desportivo, Universidade do Brasil (UFRJ).

    (Brasil)

    Diogo Pantaleo*

    Renato Luiz de Alvarenga* **[email protected]

    ResumoO treinamento desportivo no faz parte somente da sociedade civil moderna, desde a Grcia antiga treinava-se em um ciclo chamado tetra e com o passar

    do tempo, s atividades fsicas foram tomando um carter extremamente competitivo. A necessidade de sistematizar os treinos para a melhora de resultados noslevou a esta atividade sistemtica entendida hoje como estruturao ou periodizao.

    O presente estudo efetuou uma anlise da aplicao dos modelos de periodizao mais discutidos na literatura especfica, para o treinamento de jogadoresde futebol de alto nvel. importante ressaltar que alm dos conceitos tericos dos modelos, o fator calendrio tambm foi de fundamental importncia para aanlise.

    Fo ram analisados dentro dos modelos tradicionais o sistema de Matveev , o modelo de Bompa e os Sinos estruturais. Dentre os con temporneos o sistema deVekhoshanski e o Modelo de Cargas Seletivas.

    Aps a anlise das teorias da corrente tradicional, conclui-se que os modelos no so coerentes com o atual calendrio do futebol brasileiro e com aevoluo do esporte moderno.

    As teorias da corrente contempornea apresentam-se mais coerentes com a realidade do futebol brasileiro, principalmente pelo fato de no utilizar apreparao geral como base para o restante da temporada.Unitermos: Periodizao. Futebol. Atletas de alto nvel.

    http://www.efdeportes.com/Revista Digital - Buenos Aires - Ao 13 - N 119 - Abril de 2008

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    Introduo

    O treinamento desportivo no faz parte somente da sociedade civil moderna, como cita Bompa (2002) que na

    Antiguidade Clssica treinava-se sistematicamente para atividades militares ou olmpicas. Com o passar do tempo satividades fsicas foram tomando um carter extremamente competitivo e at em certo momento da histria umaquesto de supremacia racial, e na busca de melhores resultados houve a necessidade da sistematizao dos treinos,para a melhor forma fsica dos atletas e conseqentemente melhores resultados.

    A periodizao em treinamentos um assunto que atrai treinadores de atletas, e como afirma De La Rosa (2001) aestruturao do treinamento desportivo hoje uma das principais condies para obter um resultado esportivo emqualquer esporte. A busca por treinos eficazes e orientados apenas de forma emprica, foi naturalmente perdendo osentido e a eficcia com os avanos da cincia, sendo introduzidas teorias de periodizao sustentadas pelos dadoscientficos contemporneos.

    No presente estudo foi desenvolvida uma anlise sobre as teorias de estruturao do treinamento, com objetivo

    especfico de analisar a aplicao dos modelos mais discutidos na literatura, no treinamento de jogadores de futebol dealto nvel.

    Reviso de literatura

    Segundo De La Rosa (2001) indiscutivelmente, a paternidade de uma teoria cientfica ainda vlida (mesmo que comprofundas modificaes) sobre a estrutura e a planificao do treinamento no mundo desportivo, devida ao professorLev Pavilovit Matveev.

    Ainda segundo De La Rosa (2001) vrios estudos foram realizados, uns de forma complementar para oaperfeioamento da periodizao de Matveev (Platonov, 1988; Harre, 1988; Ozolin, 1989; Forteza,1990; Viru, 1991),sendo estes podendo ser chamados de modelos tradicionais, e outros quebram esta forma tradicional de estruturaode treinamento (Verkhoshanski, 1990; Tschiene,1986, 1988; Bondarchuk e Tschiene, 1985).

    1. Modelos tradicionais

    Entre os autores que se basearam nas teorias de Matveev para formularem e/ou complementarem suas teoriaspodemos destacar Tudor O. Bompa e Armando Forteza de La Rosa, que atualmente contribuem de forma efetiva commodelos de estruturao no treinamento de atletas de alto nvel.

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    1.1. Sistema Matveev

    No sistema original de Matveev que est baseada na utilizao da dinmica de variaes ondulatriasdo treino que em vias de aumento gradual de carga, podem ser retilneas, escalonadas e ondulatrias,sendo a dinmica ondulatria que possibilita melhorar a funcionalidade e a adaptao do atleta de altonvel. Essas ondas so de caractersticas baixas (microciclos), mdias (mesociclos) e grande (macrociclo).

    As oscilaes ondulatrias fazem parte tanto da dinmica do volume quanto da intensidade, comparticularidades de os valores mximos de cada uma no coincidirem. Esta dinmica das ondas pode servisualizada na figura 1, na qual o volume alcana o valor mximo do perodo preparatrio e a intensidadeno perodo competitivo.

    Figura 1. Sistema de per iodizao clssico de Matveev

    Estas oscilaes possuem como objetivo proporcionar ao atleta nas competies a forma desportiva,que o estado no qual o atleta est preparado para a obteno de resultados desportivos. Este fenmeno polifacetado, composto por predisposio tima do aspecto fsico, psquico, tcnico e ttico paraobteno dos resultados, sendo somente com a existncia de todos estes componentes possvel

    afirmao que o atleta se encontra em forma (MATVEEV, 1997).

    A aquisio, manuteno e a perda da forma acontecem em decorrncia dos treinos, variandoconforme a fase de desenvolvimento da forma, podendo ser dividido em trs perodos, o preparatrio quedevem ser criadas e desenvolvidas premissas para o aparecimento da forma desportiva, e deve serassegurada a sua consolidao, sendo esta primeira etapa subdividida em mais dois perodos: o depreparao geral e especfica; o competitivo esta pode ter uma estrutura simples ou complexa, e oemprego de uma ou de outra depende do calendrio de competies, das caractersticas do desporto e deoutras circunstncias. A orientao desta etapa a obteno do nvel mximo de treino especial (para esteciclo) e para a sua manuteno, bem como para a conservao do nvel de treino geral alcanado; e o detransio que deve possuir um carter de descanso ativo, sendo alterada a forma e os contedos dostreinos. A durao destes perodos pode variar de 3 a 5 meses para o perodo preparatrio, de 1 a 5meses para o competitivo, e de 3 a 4 semanas para o perodo de transio. A durao segundo Matveev(1997) no imutvel devendo ser equalizada conforme o desporto. Para exemplificar, no caso do futebol adotada a estrutura complexa para o perodo de competio longa (de 4 a 5 meses). Neste caso pode-seutilizar a dinmica de alternncia do volume e da intensidade como na dinmica geral do perodopreparatrio, mas, ressalta Matveev (1997) em escalas reduzidas.

    1.2. Sinos estruturais

    A partir do modelo de Matveev os russos Arosiev e Kalinin propuseram a estruturao pendular, comoesta estrutura muito rgida De La Rosa (2001) props um modelo baseado na estrutura pendular, pormcom uma proposta mais atual denominada de Sinos estruturais, assim chamada pelo seu idealizador oProf. Dr. Armando Forteza De La Rosa.

    Os sinos estruturais seguem os mesmos princpios da diferenciao entre as cargas gerais eespecficas, porm em momento algum as cargas gerais estaro acima das cargas especficas, mesmo emmomentos de carga especial mnima.

    Segundo De La Rosa (2001) ainda no estamos em condies de elaborar uma nova teoria a respeito,

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    mas sim frmulas baseadas nas concepes metodolgicas existentes, uma metodologia que permita,passo a passo, determinar o mais exatamente possvel um sistema de planificao de treinamento.

    1.3. Modelo Bompa

    Em seu modelo de periodizao Bompa (2002) descreve que a terminologia no a mesma em todosos pases. O autor utiliza como denominao de seus perodos o microciclo, o macrociclo e o planejamentoanual. Bompa (2002) explica que no enfatiza o mesociclo russo por entender que se trata de meraformalidade.Um planejamento anual possui trs perodos: o preparatrio, o competitivo e o de transio.

    Por meio do perodo preparatrio que se subdivide em geral e especfico, o atleta desenvolve ascaractersticas gerais da preparao fsica, tcnica, ttica e psicolgica para o perodo competitivo. Esteperodo de muita importncia para o restante do ano do atleta devendo durar para desportos coletivosno menos que dois ou trs meses.

    O treinamento fsico segundo Bompa (2002) desenvolvido primeiramente pelo treinamento fsicogeral, treinamento fsico especfico e por fim o aperfeioamento das capacidadesbiomotoras.Fundamentalmente a estrutura e os objetivos dos macrociclos vo ser traados de acordo como desporto. Macrociclos para o perodo de competio, em desportos coletivos com um ou dois jogos porsemana, devem possuir um carter de carga estvel. A mudana de intensidade deve ocorrer durante omicrociclo (semana), nos quais os jogos, a recuperao, e treinamento de baixa e mdia intensidadedevem ser a norma.

    2. Modelos Contemporneos

    2.1. Sistema de Treinamento em Blocos

    Este sistema proposto pelo Prof. Dr. Yuri V. Verkhoshanski, sendo denominado pelo prprio demoderna teoria e metodologia do treinamento desportivo. proposto um grande ciclo de adaptao (GCA),que pode ser entendido como uma fase completa de desenvolvimento do organismo na qual submetido atransformaes, que servem de base para a passagem a um nvel mais elevado da capacidade especficade trabalho do organismo.

    Verkhoshanski (1996) cita que na organizao do GCA necessrio respeitar duas condies

    indispensveis: Orientao concreta da carga de treinamento, (deve-se estabelecer as funes e osmecanismos energticos especficos do desporto) e a formulao objetiva do resultado do treinamento (oobjetivo concreto que se pretende obter).

    Figura 2. Modelo Geral do Sistema de Treinamento do CGA (VERKHOSHANSKI, 2001c)

    O grande ciclo de adaptao, como pode ser visto na figura 2, dividido em trs blocos (etapas) que,na sua sucesso, so reunidos em uma determinada lgica:

    O bloco A ou de preparao fsica especial (Pfe), dedicado ativao dos mecanismos do processo deadaptao e orientao deste especializao morfo-funcional do organismo na direo necessria aotrabalho no regime motor especfico.

    O bloco B ou de preparao tcnico-ttica, tem como objetivo principal assimilao da capacidade deutilizar o crescente potencial locomotor, em condies de intensidade gradualmente crescente de execuodo exerccio de competio.

    O bloco C ou etapa das competies mais importantes, prev a concluso do ciclo de adaptao e acapacidade do organismo, de desenvolver ao mximo a potncia de trabalho no regime motor especfico,

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    ou seja, nas competies.

    Cada bloco no constitui uma estrutura isolada e Cervero e Granell (2003) afirmam que os blocos sesucedem de forma que parte dos contedos de um possa se sobrepor aos do bloco sucessor. Desta formaos efeitos do bloco sucessor so aproveitados com efeitos retardados do treinamento.

    2.2, Modelo de Cargas Seletivas

    Este modelo proposto pelo Prof . Dr. Antonio Carlos Gomes sendo dentre todos os modelosapresentados o mais especfico para o futebol. Este modelo foi idealizado pelo grande nmero de jogos

    que dificulta distribuio de cargas durante o calendrio anual.

    Na prtica Gomes (2002) prev um ciclo anual de 52 semanas que ser dividido em duas etapas, sendocaracterizada uma periodizao dupla com durao de 26 semanas cada.

    A estruturao das cargas de treinamento proposta deve ser organizada de acordo com os seguintesfatores:

    a. nmero de sesses na semana;

    b. tempo destinado ao treinamento no macrociclo; e,

    c. total de horas destinadas ao mesociclo/macrociclo.

    Segundo Gomes (2002) considerar a carga horria semanal para distribuio das capacidades detreinamento, facilitar na montagem da periodizao do nmero de sesses destinadas a cadasemana/ms do macrociclo.

    As capacidades de treinamento a serem consideras segundo Gomes (2002) so a resistncia especial,fora, flexibilidade, velocidade e tcnico-ttica. A distribuio percentual para cada capacidade feitalevando em considerao a temporada de competies, por exemplo, os treinos tcnicos e tticos noprimeiro ms de treino ocupam 15% do tempo, e ao final, no ltimo ms do primeiro ciclo atingem 35%do tempo total dos treinos.

    Discusso

    Existem diversas e freqentes crticas de especialistas sobre o modelo tradicional de estruturao do treinamento, enesta corrente de autores que tentam romper completamente com a forma tradicional, Verkhoshanski destaca-se comosendo o maior crtico em relao s teorias de Matveev. Verkhoshanski (2001b) expe que os princpios da periodizaoformulados por Matveev tomando como base um estudo relativamente breve da preparao dos atletas, no perodoinicial da formao do sistema sovitico de treinamento (anos 50) e, sobretudo, tendo como base exemplos tirados detrs esportes (natao, levantamento de peso e atletismo).

    No Brasil a estruturao de treinamentos para futebolistas est baseada em Matveev, Arruda et all (1999) afirma quepraticamente todo o processo de organizao e estruturao desenvolvido com futebolistas no Brasil, fundamenta-se nosistema proposto por Matveev.

    Matveev (1996) analisa que existe uma problemtica acerca da forma desportiva em modalidades coletivas por vrios

    aspectos. Um dos aspectos apresentados a dificuldade na combinao da forma desportiva individual e do coletivo,levando dificuldade na elaborao de pesquisas experimentais. Outro aspecto colocado a profissionalizao dosatletas, que possuem duas esferas semelhantes porm com princpios diferentes, o do profissionalismo do alcancedesportivo e o comercial, sendo este ltimo em decorrncia das propriedades atrativas que so despertadas pelodesporto. Em razo desta perspectiva de desporto comercial, perodos preparatrios curtos e calendrios competitivosgrandes como existe no futebol, os atletas segundo Matveev (1996) com muita probabilidade no conseguem alcanar aforma desportiva, estando em um patamar denominado de forma quase desportiva na qual o atleta no avana naqualidade da sua atividade motora, entretanto consegue conservar a qualidade por um perodo maior do que na formadesportiva.

    Nos estudos de especialistas como Franz e Reis; Morton; Swinkels; Tschiene; Woodman e Pyke, apud Vekhoshanski(2001b) sustentado que os conceitos antiquados da teoria de periodizao de Matveev no correspondem stendncias de desenvolvimento do esporte de alto nvel.

    Outros autores corroboram com algumas crticas, explicando que esto relacionadas principalmente aos calendrios eao grande nmero de competies no ano, confirmando isto, Bompa, apud De La Rosa (2001) argumenta que com oscalendrios competitivos atuais, no existe tempo suficiente para a utilizao de meios de preparao geral que no

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    correspondam especificidade concreta do esporte em questo, demonstrando uma clara contradio com a prpriateoria.

    Cervero e Granell (2003) acrescentam que atualmente so poucos os desportistas que utilizam a estrutura deMatveev para a organizao do treinamento. Esta dificuldade acontece porque o calendrio dos desportos atualmentetem de ser divididos dentro do ciclo anual, em no mnimo, duas fases, bem como considerar as particularidades de cadadesportista.

    Em relao aos perodos de preparao conveniente afirmar que a preparao geral principalmente para atletas dealto nvel de especializao, como em atletas profissionais de alto nvel de futebol, conflita com o princpio daespecificidade do treinamento, que segundo Dantas (2003) aquele que impe como ponto essencial, que o treinamentodeve ser montado sobre os requisitos da performance desportiva em termos da qualidade fsica interveniente, sistemaenergtico predominante, segmentos corporais e coordenaes psicomotoras utilizadas. Dando suporte a esta colocaoWeineck, apud De La Rosa (2001), afirma que a preparao geral s elevaria o estado fsico geral, no contribuindopara outros processos adaptativos que aumentassem o rendimento, e por esta razo, no faz sentido para um atleta dealto nvel que j o possui elevado devido aos anos de treinamento realiz-lo.

    Bompa (2002) cita que a especializao fisiolgica o fator determinante de vitrias em competies, alm de quealtas capacidades fisiolgicas auxiliam a rpida recuperao dos atletas.

    No intuito de justificar o perodo preparatrio no modelo tradicional, argumenta-se que durante o perodopreparatrio se criam premissas que levam os atletas forma desportiva e esta s pode ser sustentada com uma boabase, obtida atravs de uma grande estimulao do sistema aerbio, para aps desenvolver outras capacidadesbiomotoras como a fora, velocidade, resistncia anaerbia, flexibilidade e coordenao, corroborando com estacolocao Arruda et all (1999) confirma que tradicionalmente, acredita-se que uma grande estimulao da aptidocardiorrespiratria, principalmente no perodo preparatrio, seria capaz de sustentar durante algum tempo ascapacidades mais especficas como a resistncia de fora anaerbia e fora rpida.

    Apesar de diversas crticas ao modelo tradicional Gomes (2002) analisa que os modelos tradicionais contriburam deforma positiva para os modelos contemporneos, que evoluram em muito no aspecto qualitativo, pondo origem spropostas especficas para cada modalidade esportiva.

    Concluso

    Assumindo uma anlise acerca do desporto comercial que exige resultados em curto prazo e, calendrios comdeficincia na estruturao, a proposta metodolgica clssica de Matveev na estruturao do treinamento se mostra comsolues metdicas no coerentes com o esporte de alto nvel, muito pelo fato de o calendrio no possuir um espaopara preparaes pr-competitivas longas com alguns momentos no ciclo anual de performance. Com isso, admite-seconcluir que os modelos tradicionais no so coerentes com o atual calendrio do futebol brasileiro e com a evoluo dodesporto moderno, como j citado e amplamente abordado em Vekhoshanski (2001a; 2001b; 2001c); Vekhoshanski(1996) Pantaleo e Alvarenga (2005).

    As teorias da corrente contempornea apresentam-se mais coerentes com a realidade do futebol brasileiro,principalmente pelo fato de no se utilizar preparao geral que na opinio de diversos especialistas como Weineck,apud De La Rosa (2001) a preparao geral s elevaria o estado fsico geral, no contribuindo para outros processosadaptativos que aumentassem o rendimento, e por esta razo, no faz sentido para um atleta de alto nvel que j o

    possui elevado devido aos anos de treinamento realiz-lo. Compreendendo a complexidade da forma desportiva, queconforme Almeida et all (2000) deve se considerar a existncia de uma srie de variveis intrnsecas e extrnsecasinterferindo direta ou indiretamente no rendimento esportivo, e ainda que, com controle sobre estas variveis seriatambm necessrio entender a interrelao entre elas, sendo desta forma uma prtica dificultada porm, necessria, que ainda faltam claras fundamentaes e parmetros fisiolgicos na literatura para fenmenos como a transferncia depotencial com efeito retardado, os meios e mtodos mais eficazes de treinamento para cada etapa do treinamento,parmetros para mudanas de estmulos e alternncia das cargas, para que, durante as competies no futebol de altonvel, no ocorra a perda acentuada ou possa minimizar a perda da performance durante a temporada.

    Devido ao extenso calendrio do futebol brasileiro de essencial importncia atravs de mais estudos experimentais,a elucidao acerca do alcance e de sustentao do alto nvel de performance.

    Sobre as diversas metodologias apresentadas neste estudo conveniente concluir que apesar dos modeloscontemporneos estarem coerentes com o calendrio do futebol brasileiro e com a evoluo do desporto moderno, atendncia geral busca de novas formas de estruturao devido s novas tendncias do desporto moderno. Oprincipal objetivo destas novas buscas para Gomes (2002), assegurar a prontido do atleta na obteno de resultadosno maior nmero de competies possveis durante o ano.

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