analise de mc namara

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ANALISE DE MC NAMARA Desde a introdução da cefalometria por Broadbent em 1931, um número de analises cefalométricas foram elaboradas. Das muitas análises propostas, as de Downs (1948, 52, 56), Steiner (1953, 59, 60), Tweed (1953, 54) e Ricketts et al.,1972; Ricketts, 1981) provavelmente ganharam maior aceitação. As analises de "Wits" (Jacobson, 1975, 76), Jarabak (1982), Coben (1955), Wylie (1947; Wylie e Johnson, 1952), Sassouni (1969, 70) e Enlow (et al., 1969) são talvez menos utilizadas, mas são também muito conhecidas. Desde o avanço das técnicas ortopédico-maxilares, a partir dos últimos 20 anos, sentiu-se a necessidade de buscar novas medidas cefalométricas, que pudessem traduzir melhor a realidade das estruturas ósseas do paciente, aumentando a possibilidade de fazer mensurações e comparações sobre a evolução do crescimento e tratamento maxilo-mandibular. A análise de MacNamara, se propõe a relacionar dentes a dentes, dentes a bases ósseas, bases ósseas entre si e bases ósseas a base craniana. Pontos cefalométricos Os pontos cefalométricos usados nesta analise são comuns á maioria das análises cefalométricas. Vamos, portanto, analisar as medidas cefalométricas usadas nesta técnica, relacionando-as com o padrão médio de normalidade com relação á idade do paciente. 1-Relacionamento da maxila com a base do crânio.

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Page 1: Analise de Mc Namara

ANALISE DE MC NAMARA 

 

Desde a introdução da cefalometria por Broadbent em 1931, um número de analises cefalométricas foram elaboradas. Das muitas análises propostas, as de Downs (1948, 52, 56), Steiner (1953, 59, 60), Tweed (1953, 54) e Ricketts et al.,1972; Ricketts, 1981) provavelmente ganharam maior aceitação. As analises de "Wits" (Jacobson, 1975, 76), Jarabak (1982), Coben (1955), Wylie (1947; Wylie e Johnson, 1952), Sassouni (1969, 70) e Enlow (et al., 1969) são talvez menos utilizadas, mas são também muito conhecidas. 

Desde o avanço das técnicas ortopédico-maxilares, a partir dos últimos 20 anos, sentiu-se a necessidade de buscar novas medidas cefalométricas, que pudessem traduzir melhor a realidade das estruturas ósseas do paciente, aumentando a possibilidade de fazer mensurações e comparações sobre a evolução do crescimento e tratamento maxilo-mandibular. 

A análise de MacNamara, se propõe a relacionar dentes a dentes, dentes a bases ósseas, bases ósseas entre si e bases ósseas a base craniana.  

Pontos cefalométricos 

Os pontos cefalométricos usados nesta analise são comuns á maioria das análises cefalométricas. Vamos, portanto, analisar as medidas cefalométricas usadas nesta técnica, relacionando-as com o padrão médio de normalidade com relação á idade do paciente. 

1-Relacionamento da maxila com a base do crânio. 

Traçaremos uma linha que parte do ponto nasium, pependicular ao plano de Frankfourt. Mediremos a distância do ponto A á linha nasio-perpendicular:    

Ideal aos 9 anos 0mmIdeal Adulto Feminino 1mmIdeal Adulto Masculino 1mm  FUGURAS 1-A,B,C

Page 2: Analise de Mc Namara

       

2. Relacionamento da mandíbula com a base do crânio. 

Mediremos a distância do pogônio á linha nasio perpendicular  

Ideal aos 9 anos -8 a -6mmIdeal Adulto Feminino -4 a 0mmIdeal Adulto Masculino -2 a +2mm 

3. Relacionamento Maxila e Mandibula

a. Comprimento efetivo da maxila - distância do ponto condílio (ponto mais póstero-superior do contorno do côndilo mandibular) ao ponto A  

b. Comprimento efetivo da mandíbula - distância do côndilo ao gnátio

  

Ideal aos 9 anos Ideal Adulto Feminino Ideal Adulto Masculinomaxila ............. 85mm maxila ............ 94mm maxila ......... 100mmmandíbula ..... 105mm mandíbula ..... 120mm mandíbula .....130mmdiferencial ....... 20mm diferencial ...... 26mm diferencial .......30mm  

4. Dimenção verical 

Mediremos a altura facial inferior AFAI, que vai da espinha nasal anterior até o Mento. ENA - MENTO

Ideal aos 9 anos AFAI = 60mmIdeal Adulto Feminino AFAI = 66mmIdeal Adulto Masculino AFAI = 70mm 

Page 3: Analise de Mc Namara

 Observamos então que existe uma grande correlação entre o tamanho

efetivo da maxila e mandíbula com a altura facial inferior 

Usaremos ainda para complementar a análise da dimensão vertical, as medidas de Ângulo Mandibular (Frankflourt com plano mandibular) e o Ângulo do Eixo Facial de Ricketts (ponto Pt ao Gnátio) que deve estar em torno de 90 onde diante de um desenvolvimento vertical excessivo nos mostrará valores menores e desenvolvimento horizontal com valores maiores que 90  

5. Relacionamento Dental  Incisivos Superiores á Maxila - Posição ântero- posterior  Traça-se uma paralela á vertical de MacNamara passando pelo ponto A e mede-se a distância da face vestibular do incisivo central superior até a vertical que passa pelo ponto A, que deverá ser de 4mm. 

Posição Vertical

A face incisal do incisivo central superior fica 2 a 3 mm abaixo do lábio superior quando em repouso. 

Incisivos Inferiores à Mandíbula - Posição ântero- posterior 

Usaremos a medida feita da face vestibular do incisivo inferior á linha A-Po (preconizada por Ricketts), que deve ser 2mm. Ou seja , o incisivo central inferior deve estar 2mm a frente da linha A-Po. 

Posição Vertical 

A incisal do incisivo central inferior deve estar 1mm acima do plano oclusal funcional  

5.6.9. Análise Das Vias Aéreas  

Faringe Superior 

Page 4: Analise de Mc Namara

A largura da faringe superior é medida de um ponto no contorno posterior do palato mole ao ponto mais próximo da parede posterior da faringe. Esta distância deve ser de no mínimo 5mm 

Faringe Inferior 

A largura da faringe inferior é medida da intersecção da borda posterior da língua com a borda inferior da mandíbula, ao ponto mais próximo da parede posterior da faringe. Os valores médios para esta medida são de 10 a 11mm, medidas muito menores podem significar posicionamento lingual atípico posterior e medidas muito maiores podem significar posicionamento anterior da língua tanto devido ao hábito, como á presença de amigdalas hipertrofiadas.