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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS AVANÇADAS DEPARTAMENTO DE CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO CURSO DE BIBLIOTECONOMIA FLÁVIO HENRIQUE RIBEIRO MAIA ANÁLISE DE COMUNIDADES VIRTUAIS VOLTADAS PARA CONCURSOS NA ÁREA DE BIBLIOTECONOMIA E CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO NATAL/RN 2014

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS AVANÇADAS

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO

CURSO DE BIBLIOTECONOMIA

FLÁVIO HENRIQUE RIBEIRO MAIA

ANÁLISE DE COMUNIDADES VIRTUAIS VOLTADAS PARA CONCURSOS NA

ÁREA DE BIBLIOTECONOMIA E CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO

NATAL/RN

2014

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FLÁVIO HENRIQUE RIBEIRO MAIA

ANÁLISE DE COMUNIDADES VIRTUAIS VOLTADAS PARA CONCURSOS NA

ÁREA DE BIBLIOTECONOMIA E CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO

Monografia apresentada ao curso de Biblioteconomia do Centro Social de Ciências Aplicadas da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, como requisito parcial para a conclusão do curso.

Orientadora: Profª Dra. Andréa Vasconcelos Carvalho.

NATAL – RN

2014

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Catalogação da Publicação na Fonte. UFRN / Biblioteca Setorial do CCSA

Maia, Flávio Henrique Ribeiro.

Análise de Comunidades Virtuais voltadas para concursos na área de Biblioteconomia

e Ciência da Informação / Flávio Henrique Ribeiro Maia. – Natal, RN, 2014.

53f. : il.

Orientadora: Profª. Dra. Andréa Vasconcelos Carvalho

Monografia (Graduação em Biblioteconomia) – Universidade Federal do Rio Grande

do Norte. Centro de Ciências Sociais Aplicadas. Departamento de Ciência da Informação.

1. Web 2.0 – Monografia. 2. Comunidades Virtuais – Monografia. 3. Concurso Público -

Monografia. 4. Biblioteconomia - Monografia. I. Carvalho, Andréa Vasconcelos. II.

Universidade Federal do Rio Grande do Norte. III. Título. CDU 02(079)

RN/BS/CCSA CDU 376-056.262

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FLÁVIO HENRIQUE RIBEIRO MAIA

ANÁLISE DE COMUNIDADES VIRTUAIS VOLTADAS PARA CONCURSOS NA

ÁREA DE BIBLIOTECONOMIA E CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO

Monografia apresentada ao curso de Biblioteconomia do Centro Social de Ciências Aplicadas da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, como requisito parcial para a conclusão do curso.

Aprovada em ____/____/____.

BANCA EXAMINADORA

Profª Dra. Andréa Vasconcelos Carvalho

Orientadora – UFRN

Profa. Ma. Jacqueline Araújo Cunha

Examinadora - UFRN

Profª Dra. Eliane Ferreira da Silva

Examinadora - UFRN

NATAL – RN

2014

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AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus, por mais uma vez me da força pra recomeçar e tornar

possível todos os meus sonhos.

Agradeço à minha mãe que sempre me amou, apoiou e acreditou em cada

escolha feita por mim.

Agradeço a minha família pelo apoio e amor.

Agradeço a minha professora Andréa Carvalho, que me orientou, ouviu e

estimulou todas às vezes que necessitei; por acreditar que sempre é possível dar o

melhor de si. Com você é possível sempre aprender lições na academia e na vida.

Agradeço a todos os professores do Departamento de Ciência da

Informação, em especial Jacqueline Cunha, Luciana Moreira e Eliane Ferreira.

Agradeço às Bibliotecárias Lucia Fontenelle, Eliane Araújo e Shirley

Carvalho, por sempre estarem dispostas a me ajudar no meu aprendizado

profissional.

A todos os colegas de curso em especial a Aline, Adriana, Rayssa, Thaize,

Jonatas, Francinilma e Keltom que fizeram com que esses anos fossem mais

divertidos, especiais e inesquecíveis.

Obrigado!

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“Diferente dos livros, na vida a gente não pode voltar na melhor parte”. Clarissa Corrêa

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1 - Comparativo entre três gerações da Web. .............................................. 15

Quadro 2 - Informantes da pesquisa ......................................................................... 15

Quadro 3 – Razão para considerar as comunidades eficazes na disseminação da

informação................................................................................................................. 41

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Perfil de utilização ..................................................................................... 21

Figura 2 - Página Inicial da comunidade Biblioteconomia para concursos ................ 25

Figura 3 - Página inicial da comunidade Questões de Biblioteconomia para

Concursos ................................................................................................................. 26

Figura 4 - Gráfico do número de respostas diárias ................................................... 28

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LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 - Faixa etária dos entrevistados ................................................................. 31

Gráfico 2 - Nível de escolaridade .............................................................................. 31

Gráfico 3 -Tempo de preparação para concursos públicos na área de

Biblioteconomia e Ciência da Informação . ............................................................... 33

Gráfico 4 - Comunidades que os membros participam ............................................. 34

Gráfico 5 - Tempo que utilizam a comunidade .......................................................... 35

Gráfico 6 - Frequência que o membro visita a comunidade ...................................... 36

Gráfico 7 - Frequência que compartilha material na comunidade ............................. 37

Gráfico 8 - Material que mais atende a necessidade dos membros .......................... 38

Gráfico 9 - Nível de ajuda das comunidades no processo de preparação ................ 39

Gráfico 10 - Considera que as comunidades servem como canal eficaz na

disseminação da informação na área. ....................................................................... 40

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RESUMO

Na Web 2.0 os usuários se comunicam e interagem de forma direta, produzindo e

compartilhando informações das mais diversas. Dentre os recursos da Web 2.0,

destacam-se as comunidades virtuais e seu uso por pessoas que se preparam para

concursos públicos Biblioteconomia e Ciência da Informação. Após abordar uma

breve caracterização da Web 2.0 e das comunidades virtuais, discute-se o

comportamento informacional do usuário na Web 2.0. Objetiva-se, de modo geral,

analisar a importância das redes sociais no processo de preparação para concursos

públicos na área de Biblioteconomia e Ciência da Informação. De modo específico,

objetiva-se: a) conhecer qual perfil dos usuários destas comunidades; b) identificar a

contribuição das comunidades virtuais do Facebook, Questões de Biblioteconomia

para Concursos e Biblioteconomia para Concurso, para quem se prepara para os

certames na área de Biblioteconomia; c) verificar como se comportam os usuários

dentro desse espaço virtual em busca da informação. Nos procedimentos

metodológicos apresenta descrição das comunidades Questões de Biblioteconomia

para Concursos e Biblioteconomia disponíveis na rede social Facebook,. Apresenta

os principais resultados obtidos com coleta de dados. Conclui que as comunidades

virtuais estudadas contribuem para a preparação para concursos públicos na área

de Biblioteconomia, sendo necessário ampliar a participação ativa dos membros

para um melhor aproveitamento desse espaço.

Palavras-chave: Web 2.0. Comunidades Virtuais. Facebook. Concurso Público.

Biblioteconomia

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ABSTRACT

On Web 2.0, users communicate and interact directly, producing and sharing various

information. Among the resources of Web 2.0, stand out virtual communities and its

use by people who prepare for public cargos in Biblioteconomy and Information

Science. After approaching a brief characterization of Web 2.0 and of virtual

communities, the informational behavior of its user is discussed. Generally speaking,

it is aimed to analyze the importance of social networks on the process of preparation

for civil service exams in the areas of Biblioteconomy and Information Science.

Specifically aims: a) to know the user’s profile in those groups; b) identify the

contribution of Facebook’s communities, ‘’Questões de Biblioteconomia para

Concursos’’ and ‘’Biblioteconomia para Concursos’’, for those who prepare to the

Biblioteconomy area; c) oversee how such users behave in this virtual space while

searching for information. On methodological procedures it presents descriptions of

‘‘Questões de Biblioteconomia para Concursos’’ and ‘‘Biblioteconomia para

Concurso” communities, available on the social network, Facebook. It also shows

primer results obtained from datum collection. It concludes that the virtual groups

studied do contribute to exam preparation for public cargos in the Biblioteconomy

area, however being necessary the amplification of active participation of members in

order to improve usage of the space.

Key-words: Web 2.0. Virtual Communities. Facebook. Civil Service Exam.

Biblioteconomy.

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 10

2 WEB 2.0 E REDES SOCIAIS ................................................................................. 13

2.1 COMUNIDADES VIRTUAIS ................................................................................ 15

3 ESTUDO DO COMPORTAMENTO DO USUÁRIO NA WEB 2.0 .......................... 18

3.1 COMPOSIÇÃO DE CONCEITO .......................................................................... 18

3.2 COMPORTAMENTO DO USUÁRIO NA WEB 2.0 .............................................. 19

4 DESCRIÇÃO DOS PROCEDIMENTOS METODOLOGICOS ............................... 22

4.1 DESCRIÇÃO DO CAMPO DE OBSERVAÇÃO ................................................... 22

4.2 A REDE SOCIAL FACEBOOK ............................................................................ 22

4.3 CARACTERIZAÇÃO DAS COMUNIDADES VIRTUAIS ANALISADAS .............. 24

4.4 INTRUMENTO DE COLETA DE DADOS ............................................................ 26

4.5 PROCEDIMENTOS DE APLICAÇÃO DO INSTRUMENTO DE COLETA DE

DADOS ..................................................................................................................... 27

4.6 PROCEDIMENTO DE ANALÍSE DOS DADOS ................................................... 28

4.7 CARACTERIZAÇÃO DOS SUJEITOS DA PESQUISA ....................................... 30

5 ANALÍSE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS .................................................... 34

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................... 43

REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 44

APÊNDICE - Questionário....................................................................................... 48

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1 INTRODUÇÃO

A comunicação é um processo inerente às relações sociais. Diante das

várias transformações sofridas no decorrer dos séculos, diferentes maneiras de

comunicação foram criadas, sobretudo advindas das grandes transformações

tecnológicas. Essas mudanças trouxeram significativas contribuições que refletem

em vários setores da sociedade.

A informação na sociedade se transformou em um produto que possui seu

próprio valor. Ela é consumida cada vez mais de maneira instantânea, sobretudo

como reflexo da globalização e a popularização da internet. Frente a essas

transformações foi desencadeada uma explosão quantitativa de informações,

acelerando a quantidade de informações disponíveis em circulação resultando em

um novo panorama no ambiente virtual.

A evolução da Web possibilita a criação de espaços cada vez mais

interativos, permitindo que seus usuários acessem ambientes hipertextuais. E, com

a chegada da Web 2.0 ou Web Social, emerge uma nova concepção da Internet.

A Web 2.0 surge num ciberespaço marcado pela democracia, em que seus

usuários se comunicam e interagem de forma direta, compartilhando informações

das mais diversas. Nos últimos anos ocorreu uma explosão na propagação das

redes sociais na internet. Esse fenômeno propiciou uma comunicação mais veloz e

abrangente, na qual pessoas que estejam em espaços geográficos distintos,

pudessem compartilhar e intercambiar informações de maneira rápida. Os usuários

participantes destas redes estão em constante troca de informação com outros

usuários – o que gera uma interatividade – auxiliando a comunicação, troca de

informações e o compartilhamento dos conhecimentos difundidos por todo o mundo.

Dentro desse contexto de Web 2.0 encontramos uma série de ferramentas,

das mais diversas, que se propõem a dinamizar o intercâmbio de conhecimento e

ligar pessoas. Neste processo de troca de informações surge a oportunidade dos

próprios usuários serem atores a frente da produção publicada como também

colaborarem com conhecimentos já construídos. Inúmeros serviços são

disponibilizados na rede com objetivo de atender a necessidade e interesse do

usuário que utiliza o ciberespaço. Seja no meio acadêmico ou no dia a dia é possível

encontrar uma ferramenta no universo da Web 2.0 capaz de dinamizar o

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conhecimento, agregando valor e disseminando informações para os mais variados

usuários.

As redes sociais destacam-se por ser um canal onde a informação é

propagada de forma rápida, possui um alto potencial para colaboração, estabelece

ideias e trocas de informações. Esses atributos fazem delas um ambiente de grande

importância para difundir o conhecimento. Cada vez mais as redes sociais são

utilizadas para os mais diversos fins, propagando ideais e conhecimento. No campo

da Ciência da Informação não é diferente, as redes sociais são utilizadas como uma

ferramenta que agrega valor e oferece oportunidade de interação aos seus usuários.

Na sociedade informacional, não somente a biblioteca física é responsável

pela disseminação da informação. Com as novas tecnologias, ela surge em novos

formatos – biblioteca digital e virtual – e junto a outros instrumentos ligados aos

espaços virtuais se interligam com o propósito de gerir e disseminar a informação

nos mais diversos âmbitos. É perceptível o papel de inclusão das redes sociais

buscando, dentre tantas coisas, aproximar pessoas que tem ou partilham interesses

semelhantes.

Assim, o objetivo geral deste trabalho é analisar a importância das redes

sociais no processo de preparação para concursos públicos na área de

Biblioteconomia. De maneira específica, objetiva-se: a) Conhecer qual perfil dos

usuários destas comunidades; b) Identificar a contribuição das comunidades

Questões de Biblioteconomia para Concurso e Biblioteconomia para Concursos para

os usuários que se preparam para concurso público na área de biblioteconomia; c)

Verificar como se comportam os usuários dentro desse espaço virtual em busca da

informação. A justificativa para realização desse estudo consiste no interesse

pessoal de pesquisar sobre as redes sociais e em abordar uma perspectiva pouco

explorada: a contribuição das redes sociais no processo de preparação para

concursos públicos na área de Biblioteconomia.

Referentes aos procedimentos metodológicos foram realizadas pesquisas

bibliográficas em materiais impressos e digitais para dar o devido embasamento

teórico para realização da pesquisa e construção da monografia.

Em seguida, foi realizada uma análise das comunidades voltadas para a

área de concursos em Biblioteconomia existentes no site de relacionamento

Facebook. Foi aplicado um questionário desenvolvido online através da ferramenta

Google Drive aos usuários das comunidades selecionadas, com o intuito de

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conhecer o usuário que utiliza essas comunidades e quais as contribuições desse

serviço para os que buscam se preparar para concurso público.

Esta monografia encontra-se estruturada em seis capítulos. Após a

introdução, é abordado um pouco do histórico da Web 2.0 e também das Redes

Sociais, tendo como foco o Facebook. O terceiro capítulo trata do estudo do

comportamento do usuário na Web 2.0. No quarto capítulo são apresentados os

procedimentos metodológicos, o universo da pesquisa, os procedimentos de coleta

de dados e onde e como são caracterizadas as comunidades que foram analisadas.

No quinto capítulo são apresentados e discutidos os resultados obtidos através da

aplicação do questionário. E por último, no sexto capítulo, encontram-se as

considerações finais.

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2 WEB 2.0 E REDES SOCIAIS

O termo Web ganhou destaque por ser a primeira geração de Internet que

tinha como principal característica, abranger grande quantidade de informações.

Dentre essas informações, destacou-se como primeiro serviço web distribuído de

maneira ampla no papel de veiculador de informações.

No primeiro momento, o usuário se destaca como sendo um mero leitor ou

espectador de páginas visitadas, estando inapto para editar o conteúdo

informacional digital; caracterizando assim uma postura de passividade em tal

processo. De acordo com Meirelles e Moura (2007, p. 12),

Os usuários ou interatores, anteriormente denominados “navegantes” (internautas) da Web 1.0, transformaram-se em usuários (stricto sensu) de serviços on-line que, atualmente, podem dispensar a instalação de aplicativos nos micro – computadores. Podendo perceber, desse modo na Web 2.0 há ocorrência de modificações no papel do usuário, que passará a interagir selecionar e controlar as informações de forma a ampliar o seu papel de agente atuante.

Com a evolução da web foi possível a criação de espaços cada vez mais

interativos, esses espaços são caraterizados por permitir que os usuários pudessem

modificar conteúdo e criar ambientes hipertextuais. Surge então uma nova

concepção da Web chamada de Web 2.0 ou Web social.

De acordo Curty (2008, p. 56), termo Web 2.0 surge em 2004 durante uma

sessão de brainstorming realizada pela empresa americana do setor de

comunicação O´Reilly Media. Os membros Tim O´Reilly e Dale Dougherty foram os

responsáveis pela propagação, dando forma ao termo e fazendo com que ele fosse

amplamente utilizado. A difusão do termo começou a ocorrer desde 2004 com a

realização da primeira edição da Web 2.0 Summit, conferência que reúne os líderes

da indústria da internet. A publicação do artigo “What is web 2.0 ? Design patter and

business models for the next generation of softwares” - outro fator marcante na

propagação do conceito da Web 2.0 – teve o propósito de esclarecer o significado

do termo em face de diversas interpretações existentes.

A Web 2.0 pode ser entendida como um avanço da Web 1.0, como uma

nova versão da Web. Na primeira, seus programadores polarizavam a tecnologia

responsável por conectar os usuários, enquanto que na segunda, seria uma forma

oposta, onde são as pessoas que se conectam através da tecnologia. Dessa

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maneira, podemos entender que o termo Web. 2.0 busca nomear uma fase na qual

a tecnologia deixa de assumir uma posição principal para tornar-se pano de fundo e

um elemento coadjuvante de um processo voltado para as manifestações coletivas.

A Web 2.0 é voltada para o usuário e uma Web de comunicação

multisensitiva, pois está envolvida num espaço mais interativo. A sua arquitetura é

mais participativa e democrática, o que transforma a comunicação desse espaço,

pois deixa de ser algo unidirecional dando lugar a uma comunicação multidirecional,

na qual todos produzem e recebem informações. Sob esse contexto, os usuários

assumem um papel de protagonistas, pois utilizam as tecnologias disponíveis para

estabelecer uma cultura de participação social sem fronteiras. No entanto, Blattmann

e Silva (2007, p. 198) acreditam que:

A web 2.0 pode ser considerada uma nova concepção, pois passa agora a ser descentralizada e na qual o sujeito torna-se um ser ativo e participante sobre a criação, seleção e troca de conteúdo postado em um determinado site por meio de plataformas abertas. Nesses ambientes, os arquivos ficam disponíveis on-line, e podem ser acessados em qualquer lugar e momento, ou seja, não existe a necessidade de ser gravado em um determinado computador os registros de uma produção ou alteração na estrutura de um texto. As alterações são realizadas automaticamente na própria Web.

Sob essa perspectiva percebe-se que a Web 2.0 é mais social, pelo fato de

envolver mais pessoas e ao mesmo tempo ser mais colaborativa, pois todos

participantes são produtores e disseminadores em potencial, o que vem a ser um

fator de enriquecimento desse espaço que deixa de centrar na tecnologia para dar

mais importância às pessoas, conteúdo e acesso.

Segundo Carvalho, Alcoforado e Santos (2013, p. 64) constatamos que:

A Web 2.0 apresenta um conjunto de novas possibilidades e valores relacionado ao acesso, uso, compartilhamento e produção de informação, o que gera impactos na relação de indivíduos com a informação e a comunicação, produzindo novos comportamentos informacionais.

Sendo assim, percebemos o caráter da Web 2.0 no sentido de ser uma

plataforma colaborativa, advinda da transformação da web tradicional. É nesse

ambiente que usuários buscam cada vez mais interagir através dos mais variados

canais existentes. É perceptível como principal característica desse espaço um

usuário mais ativo, que passa a ser o principal produtor e receptor das informações.

Um fator de extrema importância nesse processo é a presença de uma inteligência

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coletiva, sendo assim a participação e colaboração dos usuários agregam valor para

essa plataforma. Dentre alguns principais recursos presentes no ambiente da Web

2.0 estão: redes sociais, blogs, tags, wikis, youtube, RSS, etc.

Alguns blogs e textos científicos que tratam de temas do universo online já

dão destaque a versão Web 3.0 também denominada Web semântica. Para Curty

(2008) “é conceituada como uma extensão da Web atual em que se busca atribuir à

informação significado definido de forma a interagir computadores e pessoas”.

No quadro abaixo é possível observar a transformação da geração Web de

acordo com período, serviços oferecidos e características pertinentes a cada uma

das gerações.

Quadro 1 - Comparativo entre três gerações da Web.

Evolução Período Serviços/Recursos Características

Web 1.0 1990 -

2000

Portais, mecanismos de buscas

websites, base de dados

Publicação na Web controlada por

poucos, complicadas e tecnologias de

alto custos

Web 2.0 2000 -

2010

Blogs, Wikis, RSS, Conexões via

celular, Redes sociais, Bookmarks,

mensagens instantâneas

Publicação na Web disponível para

muitos, maior amplitude e acesso à

conexão

Web. 3.0 2005 -

2020

Mash ups, busca semântica, Second

Life e avatares, tesauros e taxonomia

Integração uniforme, projeção da

persona Onipresença/Ubiquidade

Virtual

Fonte: Dutra (2007 apud CURTY, 2008).

2. 1 COMUNIDADES VIRTUAIS

As “novas” tecnologias de comunicação e informação atuam reformulando

os espaços e também a estrutura da sociedade. Essas mudanças são capazes de

refletir no tempo, espaço e as relações de várias partes da sociedade. Os sites de

relacionamento ou redes sociais são ambientes que tem como objetivo reunir

pessoas, os membros – usuários que se inscrevem e criam seus perfis – transitam

por esse espaço virtual trocando informações, partilhando materiais nos mais

diversos formatos virtuais. Cada rede possui suas regras próprias, que moldam o

comportamento dos seus usuários e definem a forma de interação mais eficiente.

Muitas delas incluem seus próprios mecanismos de busca e são fechadas de modo

que o conteúdo só pode ser encontrado por membros. As comunidades virtuais

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também chamadas de redes sociais podem ser caracterizadas de acordo com

Carvalho (2007, p. 66), como:

agrupamentos de pessoas que se reúnem em função de suas afinidades e utilizam o ciberespaço como meio para intercambiar e difundir suas ideias, estabelecer relações sociais, realizar atividades conjuntas e lograr objetivos comuns. Oferecem o ambiente e suas ferramentas necessárias para que seus usuários interajam, de modo espontâneo e democrático, e se gere, armazene e difunda a informação associada aos processos de comunicação.

Uma comunidade virtual organiza-se sobre uma base de afinidade por

intermédio de sistemas de comunicação. Seus membros estão reunidos pelos

mesmos interesses, afinidades e problemas. É importante destacar o caráter

aglutinador de pessoas com interesses em comum das redes sociais. Nesse espaço

a distância deixa de ser um obstáculo. De acordo com Teixeira Filho (2002, p. 43)

“apesar de não presentes, em uma comunidade virtual as pessoas encontram

muitos elementos humanos de uma interação normal: paixões, ideias, apoio,

solidariedade, conflitos, ódio, amizades, etc.”. Essa virtualização das comunidades

de interesse representam para alguns o sabor de contracultura, de cultura nômade e

faz surgir um novo meio de interações sociais.

Um dos primeiros autores a utilizar o termo comunidade virtual foi Rheingold

(1995, apud RECUERO, 2009, p.20), que a define como:

São agregados sociais que surgem da Rede, quando uma determinada quantidade suficiente de gente leva a diante essas discussões públicas durante um tempo suficiente com suficientes sentimentos humanos, para

formar redes de relações pessoais no ciberespaço.

As conexões em uma rede social são constituídas de laços sociais que são

formados através das interações sociais entre os atores desse ciberespaço; a

matéria-prima das relações e dos laços sociais são o resultado dessa interação.

Segundo Recuero (2009), a interação no ciberespaço pode ser

compreendida como uma maneira de conectar atores e de demonstrar que tipo de

relação eles possuem, estas pode ser diretamente relacionada aos laços sociais. A

participação em comunidades virtuais é um estímulo à formação de inteligências

coletivas, onde os indivíduos recorrem à troca de informações e conhecimentos.

Para o antropólogo francês, especialista no universo virtual Lévy (2002), uma

comunidade virtual, quando convenientemente organizada, representa uma

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importante riqueza em termos de conhecimentos distribuídos. Representam o papel

de filtros inteligentes que nos ajudam a filtrar o excesso de informação.

Diz Lévy (2002, apud COSTA, 2008, p. 44), “Uma rede de pessoas

interessadas pelos mesmos temas é não só mais eficiente do que qualquer

mecanismo de busca.” A possibilidade de integração e simpatia dentro da

cibercultura é algo marcante e distinto em nossa história. Nesse espaço é possível

encontrar zonas de proximidades: pessoas compartilham ideias, conhecimentos e

informações sobre seus problemas, dificuldades e carências.

De acordo com Teixeira (2002), a comunicação via Internet e as

comunidades virtuais são uma forma de comunicação “muitos-para-muitos”,

enquanto o telefone é “um - para- um” e os meios de comunicação clássicos –

televisão, jornais e revistas – são “um- para- muitos”. A Internet se populariza como

comunicação “muitos-para-muitos” trazendo uma transformação radical na mídia.

Fazendo com que não somente as pessoas, mas também os demais meios de

comunicação se adaptem à Internet.

Segundo Teixeira Filho (2002, p. 50):

O ciberespaço oferece instrumentos de construção cooperativa de um contexto comum em grupos numerosos e geograficamente dispersos. A comunicação não é apenas uma difusão ou transporte de mensagens, mas uma interação no meio de uma situação com a qual cada um contribui para modificar ou estabilizar.

Nesse contexto coletivo, que podemos dizer que é uma espécie de ligação

viva que funciona como uma memória, ou consciência comum, o ponto principal das

comunidades virtuais é a partilha e reinterpretação dos participantes. Abaixo

podemos ver listados seis benefícios básicos de uma comunidade virtual, extraídos

da obra de Teixeira Filho (2002): reduz os custos de comunicação entre os membros

da organização; aumenta a produtividade na solução de problemas; favorece a

criação de memória organizacional; favorece o processo de inovação de produtos e

processos; facilita a cooperação entre os membros da organização; facilita o

compartilhamento de conhecimentos.

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3 ESTUDO DO COMPORTAMENTO DO USUÁRIO NA WEB 2.0

Neste capítulo é abordado o comportamento informacional, seu conceito e

também como o usuário da Web 2.0 se interage dentro desse ambiente.

3.1 COMPOSIÇÃO DE CONCEITOS

Ao analisar sobre necessidade e uso da informação em leituras correntes da

área, percebe-se uma evolução no enfoque dos estudos, partindo de uma visão

limitada para uma mais ampla, tanto no que se refere a conceitos quanto a

metodologias.

Figueiredo (1994) compreende estudos de usuários como as investigações

realizadas para conhecer as necessidades de informação dos usuários ou avaliar o

atendimento das necessidades de informação pelas bibliotecas, centros de

informações ou serviços de informações.

Wilson (1999) após várias análises sobre o tema amplia sua ideia, de

maneira mais abrangente inserindo-o no campo do comportamento humano e

denominando “comportamento informacional”. Esse tipo de ação está voltado às

atividades de busca, uso e transferência de informações nas quais um indivíduo se

empenha para satisfazer suas necessidades informacionais.

Em um artigo publicado em 2000, Wilson (2000 apud GASQUE, 2010, p. 22)

propõe quatro definições que estão relacionadas ao comportamento informacional,

sendo elas:

Comportamento informacional: a totalidade do comportamento humano em relação ao uso de fontes e canais de informações, incluindo a busca da informação passiva ou ativa. Comportamento de busca da informação: a atividade ou ação de buscar informação em consequência da necessidade de atingir um objetivo. Comportamento de pesquisa de informação: O nível micro do comportamento, em que o indivíduo interage com os sistemas de informação de todos os tipos. Comportamento do uso da informação: constitui o conjunto dos atos físicos e mentais e envolve a incorporação da nova informação aos conhecimentos prévios do indivíduo.

Em concordância com as ideias desenvolvidas por Wilson (2000) estudiosos

como Pettigrew, Fidel e Bruce (2001 apud GASQUE, 2010, p. 22) entendem

“comportamento informacional” como sendo as atividades que envolvem as

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necessidades de sujeitos e de como buscam, utilizam e transportam a informação

em diversos contextos. Dentro de suas investigações sobre o tema esses estudiosos

- Pettigrew, Fidel e Bruce - identificaram três abordagens; a) Cognitiva – examina o

comportamento do sujeito a partir do conhecimento, convicções e crenças que

medeiam as percepções do mundo; b) Social – baseada nos significados e valores

que os indivíduos atribuem aos vários contextos; c) Multifacetada – integra múltiplas

opiniões para compreensão do comportamento informacional.

De acordo com Wilson (2000 apud MARTÍNES; SILVEIRA; ODDONE, 2007,

p. 121), “Comportamento Informacional é todo comportamento humano relacionado

às fontes e canais de informação, incluindo a busca ativa e passiva de informação e

uso da informação”. Sendo assim, é possível perceber que este processo está ligado

à necessidade informacional do usuário relacionado ao uso das fontes pertinentes

na sua busca.

Ainda levando em consideração comportamento dos usuários podemos

supor que dentre eles, à área profissional do usuário, as características das

informações que desejam encontrar e as fontes consultadas são alguns diversos

fatores que influenciam nesse comportamento.

3.2 COMPORTAMENTO DO USUÁRIO NA WEB 2.0

A facilidade de acesso e uso dos recursos da Web 2.0 estimula a interação

entre pessoas, tornando cada vez mais trivial o ato de criação, seleção e

propagação de conteúdo, causando assim, um impacto no comportamento

informacional de uma grande massa de usuários.

No âmbito da Web 2.0 os usuários têm novas possibilidades de manifestar

um comportamento informacional ativo no processo de geração e troca de

informação. De acordo com Blattmann e Silva (2007, p. 198). “[...] o sujeito torna-se

um ser ativo e participante sobre a criação, seleção e troca do conteúdo postado em

um determinado site por meio de plataformas abertas.”

Diante desse processo de construção de informação no âmbito da web 2.0

podemos dar destaque ao papel do usuário com um protagonismo assumido por ele

próprio nesse processo; levando em conta sua capacidade de gerar, selecionar,

organizar, recomendar e alterar conteúdos constantemente. Tendo em vista as

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características citadas podemos classificá-los como usuários ativos que criam,

selecionam e disseminam conteúdo para que outros tenham acesso.

Foi a partir desse comportamento ativo em relação à Web 2.0 que Pisani e

Piotet (2010 apud CARVALHO; ALCOFORADO; SANTOS, 2013,) observaram e

sugeriram o conceito de web atores; esses sujeitos que compreendem a web e a

utilizam dela de maneira bidirecional, recebendo e difundindo conteúdo e ao, mesmo

tempo, assumindo papel de consumidos/criadores; leitores/descritores; ouvintes/

gravadores; expectadores/produtores. Dessa maneira, os usuários passam a se

envolver na administração e organização da informação, atributo esse até então

designado a especialistas. Outra característica nesse processo é armazenarem e

compartilharem suas produções através das ferramentas 2.0 e se ajudarem

mutuamente a se localizarem nesse oceano de informações.

A maneira de interagir entre os usuários e conteúdo a partir dos recursos

Web 2.0 tem apresentado reflexo em vários setores da vida e na realização de

diversas atividades. Mudanças essas que modificam a maneira como as pessoas

estudam, trabalham, relacionam-se, compram, divertem-se etc. Essas experiências

coletivas de compartilhamento de informações e conhecimento estabelecem um

importante método de processamento do conhecimento.

Embora, atualmente, a participação nos recursos da Web 2.0 seja algo

crescente, o comportamento dos usuários das comunidades virtuais,

especificamente, como criadores ainda é algo limitado, podemos ver isso através do

estudo “The 90-9-1 Rule for Participation Inequality in Social Media and Online

Communities”. Segundo Jakob Nielsen (2006), os usuários de comunidades online

seguem um principio de desigualdade, isso implica dizer que a participação segue

uma regra de 90-9-1. Essa participação é representada através de uma pirâmide

(figura 1), na qual no seu topo se encontram os “criadores”, no meio estão os

“editores” e na sua base os “observadores” ou “leitores”.

90% constituem a audiência, são pessoas que observam e apenas leem, mas não contribuem de maneira ativa na comunidade. 9% são editores, essas contribuem algumas vezes modificando ou adicionando texto a um artigo já produzido. 1% são usuários criadores e responsáveis pela maior parte das contribuições. Frequentemente essas pessoas estão conduzindo um vasto percentual, novos comentários e atividades no site.

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Figura - 1: Perfil de utilização

Fonte: Adaptado de Nielsem (2006)

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4 DESCRIÇÃO DOS PROCEDIMENTOS METODOLOGICOS

Esta pesquisa teve início com a realização de pesquisa bibliográfica sobre

Web 2.0 e Comportamento Informacional do Usuário. Assim, foram explorados

artigos científicos, periódicos e endereços eletrônicos que tratassem dessa temática,

visando com isso, consolidar o embasamento teórico do trabalho.

Além disso, em função dos objetivos da pesquisa foram visitadas e

analisadas as comunidades do Facebook – Questões de Concurso em

Biblioteconomia e Biblioteconomia para Concursos – que são ambientes voltados

para quem busca apoio para a preparação para concursos públicos. Com isso, foi

possível conhecer o ambiente virtual e os conteúdos e serviços oferecidos por tais

comunidades, o que resultou ser de grande utilidade para a elaboração do

instrumento de coleta de dados.

O instrumento de coleta de dados utilizado foi um questionário online, criado

através do pacote de aplicativo Google Docs. Este questionário foi de extrema

importância para investigação do trabalho, pois ao ser postado dentro das duas

comunidades, simultaneamente, possibilitou estabelecer contato com bibliotecários e

estudantes de biblioteconomia dos mais distintos lugares do país sobre sua

participação nas comunidades estudadas, rompendo assim a barreira da distância.

4.1 DESCRIÇÃO DO CAMPO DE OBSERVAÇÃO

Este capítulo tem o propósito de descrever brevemente, o campo de

observação, ou seja, as ferramentas da Web 2.0 e as comunidades da rede social

Facebook, voltadas para preparação de concurso público na área, que foram

selecionadas na coleta e análise da pesquisa.

4.2 A REDE SOCIAL FACEBOOK

Neste tópico será abordado uma breve contextualização da rede social

Facebook na qual estão inseridas as duas comunidades virtuais pesquisadas.

A rede social baseada na Web 2.0, Facebook é um software social que

utiliza a rede mundial de computadores para comunicação on line e seu uso

estende-se em diversos domínios: social, político, econômico ou educacional. Para

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que essa interação ocorra, faz-se necessário a criação de um perfil, a busca de lista

de contato de outros usuários para que após concluídas estas etapas os usuários

possam interagir.

O Facebook funciona através de perfis e comunidades. Em cada perfil é

possível acrescentar módulos e aplicativos (jogos, ferramentas etc.). Atualmente, ele

é responsável por diversas mudanças na forma como os usuários se comportam em

espaços virtuais. Sem dúvida é responsável por disseminar os mais diversos

conteúdos numa velocidade muito grande; ajudando pessoas e organizações a

promoverem ideias, produtos, compartilhar conhecimentos e discuti-los como

também organizar movimentos sociais.

O Facebook oferece uma vasta lista de ferramentas e aplicações que permitem aos utilizadores comunicar e partilhar informações (adicionar fotografias, vídeos, comentários, ligações, enviar mensagens interação com outros websites, dispositivos móveis, aplicação de e-mail, RSS feeds e outras tecnologias), bem como controlar quem pode ter acesso à informação específica ou realizar determinadas acções. (EDUCASE, 2007 apud PATRÍCIO; GONÇALVES, 2014, p.7).

Segundo Telles (2011), A origem do Facebook remonta a outubro de 2003,

quando o estudante de Harvard, Mark Zuckerberg, invadiu o banco de imagens de

nove casas da universidade, e com esse banco de dados criou o Facemash — um

site que permitia que os alunos comparassem duas fotografias de identidade para

selecionar a mais atrativa. Nas primeiras 4 horas on-line o site gerou 450 visitas e 22

mil cliques em fotos. Após a visibilidade que ganhou com o Facemash, Zuckerberg

junto com seus amigos Eduardo Serverin, Dustin Moskovitz e Chris Hughes ciaram o

Facebook, uma rede social que começou como um site exclusivo para estudantes de

Haravard e que continham o e-mail @havard, até então exclusivo para alunos e

funcionários de Havard. Com 24 horas no ar, o Facebook teve algo em torno de

12.500 mil inscritos. Finalmente, a partir de 11 de Setembro de 2006, qualquer

pessoa com um endereço de e-mail poderia se inscrever.

O Facebook é a maior rede social do mundo, e vem crescendo muito no

Brasil nas classes A e B, mas, desde sua tradução para o português em 2008 tem

atraído um montante representativo das classes C, D e E. Ocupa mais de 97% do

tempo gasto pelos usuários brasileiros na Internet. Em 2012 o Facebook foi rede

social mais acessada pelos internautas brasileiros ,com 15 anos ou mais, que usam

laptop ou computador em casa ou no ambiente de trabalho, segundo a pesquisa da

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comScore - é uma empresa dos EUA de análise da internet que fornece a grandes

empresas, agências e publicidades do mundo.

Segundo comScore (2012), uma observação mais detalhada dos visitantes

do Facebook revelou que as mulheres passam em média mais tempo no site – 5,3

horas em comparação às 4,1 horas dos homens – acompanhando a tendência

mundial de um maior envolvimento das mulheres nas redes sociais. Usuários de 25

a 34 anos formam a maior parte da audiência do Facebook, 30,6% da audiência

total, enquanto os de 15 a 24 anos passam em média mais tempo no site, com 6,2

horas por usuário em dezembro de 2011.

Alguns dados de destaque quanto ao Facebook são: 100 milhões de

usuários ativos (25 % do total) utilizam a rede por meio de plataformas móveis ao

menos uma vez no mês de 200 milhões dos usuários em atividade já

experimentaram acessar o Facebook em dispositivos móveis pelo menos uma vez.

Esses usuários demonstram o dobro de engajamento do que aqueles que utilizam

pelo computador.

4.3 CARACTERIZAÇÃO DAS COMUNIDADES VIRTUAIS ANALISADAS

As comunidades analisadas neste trabalho tem em comum, o propósito de

difundir conhecimentos pertinentes ao universo dos concursos públicos voltados

para profissional de biblioteconomia, abrangendo o âmbito federal e estadual. Os

conteúdos compartilhados pelos usuários vão de resoluções de questões

comentadas, a artigos científicos, editais de concursos dentre outras informações

diversas, porém todas pertinentes à área, e voltadas para concursos. Nesse

ambiente, o membro da comunidade também tem oportunidade de tirar dúvidas de

uma determinada questão postada. Sendo assim, após apresentada a dúvidas,

outros membros se manifestam apontando a resolução e sanando assim as

possíveis dúvidas apresentadas. Assim, tais comunidades tornam-se um ambiente

que além de ser colaborativo é enriquecedor no processo de construção do

conhecimento.

Neste sentido, a seguir são caracterizadas as duas comunidades virtuais do

Facebook que serão analisadas neste estudo: Biblioteconomia para concursos e

Questões de Biblioteconomia para Concursos.

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Quais os usuários da Web 2.0 tem oportunidade de se manifestar como

atores principais e ativos, responsáveis pela publicação e manutenção dos

conteúdos voltados para concurso na área de Biblioteconomia e Ciência da

Informação, contribuindo para a disseminação da informação e atingindo pessoas

em vários locais do país e do mundo.

Biblioteconomia para Concursos – é um grupo fechado, voltado para

temas relacionados na área de Biblioteconomia e Ciência da informação. Ela possui

2.495 membros cadastrados (dados referentes à data de 11 de novembro de 2014).

Não há registro de quando a comunidade foi criada, porém um dos arquivos mais

antigos para download consta a data de 02 de outubro de 2012. Também não

especifica quem é seu administrador; porém quem aceita à adesão dos membros ao

grupo é uma usuária chamada Ingrid Fabiana.

Figura 2 - Página Inicial da comunidade Biblioteconomia para Concurso

Fonte: Facebook (2014)

Questões de Biblioteconomia para Concurso – é um espaço dedicado

aos concurseiros e profissionais da Biblioteconomia que disponibiliza exercícios,

comentários e elucidação de dúvidas a partir de questões de bancas e assuntos

referentes às provas, diferentes todos os dias. Atualmente possui 3.356 membros

(número de membros em 10 de Novembro 2014). A comunidade também não

mostra quem é seu administrador, porém é possível ver que mais de duas pessoas

tem autorização para aceitar membros.

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Figura 3 - Página inicial da comunidade Questões de Biblioteconomia para Concursos

Fonte: Facebook (2014)

Dentro dessa perspectiva, é importante ressaltar, a troca de conhecimento

gerada nesse ambiente de caráter altamente colaborativo. Usuários se mobilizam a

favor de um objetivo em comum, no intuito de promover informações e

conhecimento dos mais vastos, pertinentes aos concurso sem Biblioteconomia e

Ciência da Informação.

4.4 INTRUMENTO DE COLETA DE DADOS

O instrumento de coleta de dados utilizado foi um questionário. Esta escolha

deve ao fato de corresponder os propósitos do estudo e por apresentar

características compatíveis com este tipo de estudo. Dentre outras características, o

questionário pode ser respondido online, a qualquer hora, basta apenas ter acesso à

rede e não necessita da presença do pesquisador.

A utilização dessa técnica de coleta de dados apresenta várias vantagens.

De acordo com Cunha (1982) exemplos dessas vantagens são: o fato de ser um

método rápido em termos de tempo; baixo custo; permite atingir uma grande

população dispersa; dá maior grau de liberdade e tempo ao respondente; dá a

possibilidade de serem menores as distorções. As questões fechadas e subjetivas

permitem a obtenção de dados muitas vezes mais objetivos e mais superficiais

enquanto os dados mais detalhados podem ser obtidos com as questões abertas. A

elaboração do questionário contemplou o uso de perguntas de múltipla escolha

combinadas com perguntas abertas. Dentre as vantagens no uso desse modelo de

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questionário podemos citar: Economia de tempo, e evitar deslocamento para aplicá-

lo e obtenção de grande número de dados; engloba uma maior área geográfica; não

há influência do entrevistador, o que resulta num risco mínimo de haver distorções.

No momento de enviar o questionário, sobretudo o online, deve-se ter a

atenção de fazer uma breve explanação, explicando, para que o entrevistado se

sinta atraído e convencido para respondê-lo. Lakatos e Marconi (2003, p. 78)

declaram que:

Junto com o questionário deve-se enviar uma nota ou carta explicando a natureza da pesquisa, sua importância e necessidade de obter respostas, tentando despertar o interesse do recebedor, sentido que ele preencha e devolva o questionário dentro do prazo razoável.

Sendo assim, ao realizar essa apresentação é importante deixar

transparecer consideração para com o entrevistado, despertando nele o interesse

pela pesquisa e a disponibilidade de colaborar respondendo o questionário.

4.5 PROCEDIMENTOS DE APLICAÇÃO DO INSTRUMENTO DE COLETA DE

DADOS

O questionário online foi pré-definido com o propósito de obter informações

sobre o comportamento dos membros das comunidades selecionadas. Sendo assim,

foi em duas partes: caracterização do usuário e caracterização do comportamento

informacional. Em sua composição foram apresentadas 19 questões sendo 17

objetivas e duas questões abertas.

O link que dava acesso ao questionário foi disponibilizado através das

comunidades estudadas. O período estabelecido para que os membros das

comunidades pudessem participar, respondendo o questionário, foi de 31 de outubro

de 2014 até 16 de novembro de 2014, totalizando 17 dias. Foram enviados 36

questionários respondidos.

Quanto ao período que o questionário estava aberto para respostas, nas

comunidades, foi identificada uma oscilação quanto ao número de respostas diárias.

Fenômeno esse que pode estar atrelado ao primeiro momento que o questionário foi

disponibilizado nas comunidades e nas datas nas quais foi republicada nas

comunidades. É possível visualizar essa oscilação representada na figura abaixo.

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Figura 4 - Gráfico número de respostas diárias

Fonte: Adaptado de Google Docs (2014).

4.6 PROCEDIMENTO DE ANALÍSE DOS DADOS

A tabulação dos dados foi realizada de forma manual, levando em conta que

o número de entrevistados foi relativamente pequeno. Aos dados obtidos mediante a

respostas das questões fechadas foram analisadas a partir do uso de princípios de

estatística descritiva, apresentando-se gráficos pra facilitar a visibilidade. Os dados

foram analisados, após tabulados, levando em consideração que as respostas

produzidas deram alicerce para as possíveis conclusões dessa investigação.

No que se refere ás respostas dadas ás questões abertas, foram

estabelecidas categorias agrupando as respostas semelhantes e permitir a análise.

A ferramenta Google Docs atribui um número ao informante de acordo com

a ordem da resposta ao questionário. Com base nessa numeração apresenta-se o

quadro abaixo no qual se identifica cada um dos informantes que respondeu à

questão aberta e a justificativa apresentada à questão: “Você considera que as

comunidades servem como canal eficaz na disseminação da informação sobre

concursos na área de Biblioteconomia e Ciência da Informação? Justifique”.

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Quadro 2 - Informantes da pesquisa

Info

rman

te

Sexo Faixa Etária Escolaridade

Exerc

e a

pro

fissão

1 Feminino 17 a 24 anos Graduação incompleta Não

2 Feminino 35 a 44 anos Graduação completa Não

3 Feminino 17 a 24 anos Graduação completa Não

4 Masculino 25 a 34 anos Graduação completa Sim

5 Feminino 35 a 44 anos Graduação completa Não

6 Feminino 17 a 24 anos Graduação completa Não

7 Feminino 25 a 34 anos Graduação incompleta Não

8 Feminino 35 a 44 anos Graduação completa Não

9 Feminino 25 a 34 anos Graduação incompleta Não

10 Feminino 35 a 44 anos Especialização completa Sim

11 Feminino 35 a 44 anos Especialização incompleta Não

12 Feminino 25 a 34 anos Mestrado completo Não

13 Feminino 25 a 34 anos Especialização incompleta Sim

14 Masculino 25 a 34 anos Especialização completa Sim

15 Masculino 25 a 34 anos Especialização incompleta Não

16 Feminino 25 a 34 anos Especialização completa Não

17 Masculino 25 a 34 anos Graduação completa Sim

18 Feminino 17 a 24 anos Graduação completa Sim

19 Feminino 35 a 44 anos Graduação completa Não

20 Feminino 45 a 55 anos Graduação incompleta Não

21 Feminino 17 a 24 anos Graduação incompleta Está-gio

22 Masculino 17 a 24 anos Graduação completa Não

23 Feminino 25 a 34 anos Especialização incompleta Não

24 Masculino 35 a 44 anos Graduação completa Não

25 Feminino 35 a 44 anos Graduação incompleta Não

26 Masculino 17 a 24 anos Graduação completa Sim

27 Feminino 25 a 34 anos Graduação incompleta Não

28 Feminino 35 a 44 anos Graduação completa Não

29 Feminino 17 a 24 anos Graduação incompleta Não

30 Feminino 35 a 44 anos Especialização incompleta Não

31 Feminino 35 a 44 anos Graduação completa Não

32 Masculino 35 a 44 anos Especialização completa Não

33 Feminino 35 a 44 anos Graduação completa Não

34 Masculino 25 a 34 anos Graduação incompleta

35 Feminino 25 a 34 anos Graduação incompleta Não

36 Feminino 35 a 44 anos Graduação completa Sim

Fonte: Elaboração Própria (2014)

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4.7 CARACTERIZAÇÃO DOS SUJEITOS DA PESQUISA

Os sujeitos da pesquisa são os membros (bibliotecários e estudantes de

Biblioteconomia), que utilizam as comunidades Biblioteconomia para Concurso e

Questões de Biblioteconomia para Concurso como fonte de informação na

preparação para concursos públicos. Estes membros estão distribuídos em vários

estados do país.

A primeira parte do questionário buscou caracterizar o perfil dos usuários

das comunidades analisadas. Neste sentido, no que se refere ao sexo, observa-se

que dentre os 36 respondentes, 27 são do sexo feminino (equivalente a 75%),

enquanto nove são do sexo masculino (representando 25% dos informantes),

ficando clara a predominância do sexo feminino. Este resultado já era esperado,

levando em consideração o fato da predominância do sexo feminino na profissão.

Este dado coincide com o estudo realizado por Carvalho, Alcorado e Santos (2013),

em que predominou um percentual de 70,7% do sexo feminino, enquanto 29,2% são

do sexo masculino entre os estudantes universitários de Biblioteconomia. Entretanto,

este cenário vem mudando, pois vários homens tem buscado a profissão de

bibliotecário nos últimos anos.

A faixa etária que predominou entre os informantes foi de 35 a 44 anos, que

foram 14 respondentes (equivalendo a 39%). Em segundo lugar estão 13

entrevistados na faixa de 25 a 34 anos (representando 36%), abaixo encontramos

08 entrevistados de 17 a 24 anos (são 22%); finalizando de 45 a 55 anos apenas 01

entrevistado está nesta faixa etária, que representa 3%. Foi disponibilizada a

alternativa faixa etária acima de 56 anos, porém nenhum dos informantes se

enquadrou. A predominância de usuários jovens provavelmente contribui para que

eles tenham mais familiaridade com as tecnologias digitais e, especialmente, com as

comunidades virtuais.

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Gráfico 1 - Faixa etária dos entrevistados

Fonte: Elaboração própria (2014)

Dos usuários que responderam a pesquisa, 16 (44%) deles possuem

graduação completa; e dentre esse número, cinco (14%) possuem especialização

completa, enquanto quatro (11%) possuem incompleta. Apenas um (3%) possui

mestrado e nenhum deles possui doutorado. Um fato interessante é que 10 deles

(28%) possuem graduação incompleta, e mesmo ainda estando cursando o

bacharelado em Biblioteconomia já fazem parte das comunidades para concursos

públicos e se preparam para os certames. É possível visualizar os dados citados, no

gráfico abaixo:

Gráfico 2 - Nível de escolaridade

Fonte: Elaboração própria (2014)

22%

36%

39%

3%

17 a 24 anos

25 a 34 anos

35 a 44 anos

45 a 55 anos

44%

28%

14%

11% 3%

Graduação completa

Graduação Incompleta

Especialização Completa

Especialização Incompleta

Mestrado

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Observa-se também que, dos bibliotecários formados apenas uma parte

deles buscaram se especializar, adquirir outros conhecimentos após a graduação. O

que hoje é um fator decisivo para qualquer profissional. Os bibliotecários necessitam

de certas competências para poder desempenhar seu papel na sociedade e no

mercado de trabalho. E sua constante especialização é um diferencial para quem

busca ter êxito na carreira, seja em organizações públicas ou privadas, seja para

desempenhar com mais segurança sua profissão ou como critério de desempate e

pontuação num exame de seleção.

Os membros das comunidades que responderam ao questionário são das

mais diversas partes do país. Percebemos essa diversidade de estados no momento

que respondem em que universidade concluiu/cursa o sua graduação. Dentro das

respostas encontramos: três informantes da Universidade de Brasília, três

Universidade de São Paulo, dois da Universidade Federal do Rio Grande do Norte,

dois da Universidade Federal de São Carlos, dois da Universidade Federal de

Sergipe, dois informantes da Universidade Federal Fluminense e os demais

procedem, cada um, das seguintes universidades: Universidade Federal da Paraíba,

Universidade Federal da Amazonas, Universidade Federal de Minas Gerais,

Pontifícia Universidade Católica de Campinas, Universidade Federal de Santa

Catarina, Universidade Federal de Goiás, Universidade Federal da Bahia,

Faculdades Integradas Coração de Jesus, e Centro Universitário Assunção.

Mais uma vez é interessante ressaltar o poder de encurtar as distâncias das

comunidades virtuais; percebemos que os bibliotecários formados e futuros

bibliotecários de 14 instituições de ensino do país, que cursaram ou estão cursando

graduação em Biblioteconomia, estão interligados em uma rede onde é possível

disseminar/intercambiar uma gama de conhecimentos adquiridos. Como afirma

Lévy (2002 apud COSTA, 2008, p. 47), as comunidades virtuais são uma nova forma

de se fazer sociedade. Essa nova forma é rizomática, transitória, depreendida de

tempo e espaço, baseada muito mais na cooperação e nas trocas objetivas do que

na permanência dos laços. O uso das redes sociais digitais foi responsável pela

fluidez desse processo.

Quando questionados sobre se exerciam a profissão de bibliotecário e há

quanto tempo, apenas 17 entrevistados responderam. Um dado curioso já que foram

informantes 36 membros. Dos que responderam sim, sete deles trabalham na área

com a variante de quatro meses a 15 anos. Apenas dois estão estagiando na área,

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33

enquanto outros oito não trabalham na área. Um número alto, prevalecendo sobre

quem trabalha na área.

Sabemos que nos últimos anos o número de concursos públicos que

oferecem vagas para o bacharel em Biblioteconomia vem aumentando, em grande

medida pela criação de vários cargos para Bibliotecário, devido à criação e

expansão dos Institutos Federais e das Universidades Federais. Outra importante

perspectiva de ampliação do mercado de trabalho na área se apresenta com apoio

da lei 12.244 de Maio de 2010 que dispõe sobre a universalização das bibliotecas

nas instituições de ensino públicas e privadas do país, o que demandará a

contratação de bibliotecários.

Para muitos bibliotecários é uma meta a ser atingida: trabalhar como

bibliotecário no serviço público, ter estabilidade e muitas vezes ser remunerado de

maneira mais satisfatória que no setor privado. No entanto, conseguir atingir esse

objetivo exige esforço dos bibliotecários que se preparam para isso. Muitas vezes

esse processo de preparação dura anos para que se consiga atingir com êxito o

objetivo definido. Logo abaixo, veremos o gráfico que corresponde ao tempo que os

membros da comunidade se preparam para concursos.

Gráfico 3 - Tempo de preparação para concursos públicos na área de Biblioteconomia e Ciência da informação.

Fonte: Elaboração própria (2014).

Menos de 06 meses

06 meses.

Mais de 01 ano

Mais de 02 anos

Mais de 03 anos

Mais de 04 anos

Acima de 05 anos

10

3

12

8

1 1 1

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5 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Na investigação buscamos caracterizar o comportamento informacional dos

membros das comunidades. Sob esse contexto é importante conhecer a qual das

duas comunidades, ou ambas, os membros fazem parte. Nas respostas recebidas

78% (28 usuários) fazem parte de ambas – Biblioteconomia para Concurso e

Questões de Biblioteconomia para Concursos. Um percentual de 22% (oito deles)

utiliza Biblioteconomia para Concurso e nenhum deles faz parte, apenas da

comunidade Questões de Biblioteconomia para Concursos.

Gráfico 4 - Comunidades que os membros participam

Fonte: Elaboração própria (2014)

O usuário pode se identificar com uma comunidade pelos mais diversos

motivos. Ao serem questionados sobre qual comunidade mais utiliza no processo de

preparação para concursos na área, 61% (22) disseram utilizar mais a comunidade

Biblioteconomia para Concurso, enquanto os 39% (14) usam mais Questões de

Biblioteconomia para Concursos.

No gráfico apresentado abaixo, mostra há quanto tempo os membros

utilizam a comunidade, levando em consideração que eles responderam de acordo

com a comunidade citada acima que mais utilizava.

0% 22%

78%

0%

Questões de Biblioteconomia para concursos

Biblioteconomia para Concurso

Ambas

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35

Gráfico 5 - Tempo que utilizam a comunidade

Fonte: Elaboração própria (2014).

É interessante observar que o período de tempo que sobressaiu foi “Entre 06

e 12 meses”, com 53% (19 membros) e logo após aparece “Menos de 06 meses”,

com 25% (nove membros). “Entre 12 e 18 meses” aparece em terceiro lugar com a

porcentagem de 19 % (sete membros) e “Acima de 24 meses” com 3% (um

membro); Um dado que nos chama atenção nesse gráfico é que no período “Entre

18 e 24 meses”, nenhum dos membros assinalou. No entanto é interessante

ressaltar que não há registros que mostrem quando a comunidade foi criada.

No quesito frequência em que o membro visita a comunidade, 36% (13

membros) visitam “semanalmente”; enquanto 31% (11 membros) “não tem

periodicidade definida” para suas visitas na comunidade. Dentre os respondentes

19% (sete deles) visitam diariamente. Entre as visitas que ocorrem “várias vezes por

semana” e “varias vezes ao dia” houve um empate de 6%, (dois deles), ou seja, dois

informantes indicaram cada uma destas alternativas a alternativa alternativas. Um

membro assinalou “mensalmente”, o que corresponde a 3%. A alternativa

“Quinzenalmente” não foi assinalada por nenhum dos informantes. No próximo

gráfico podemos visualizar as respostas dos entrevistados.

25%

53%

19% 0%

3%

Menos de 06 meses

Entre 06 e 12 meses

Entre 12 e 18 meses

Entre 18 e 24 meses

Acima de 24 meses

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Gráfico 6 - Frequência que o membro visita a comunidade

Fonte: Elaboração própria (2014).

A periodicidade de publicações do conteúdo é de extrema importância no

ambiente virtual, local esse, onde a informação circula de maneira efêmera e em

grande escala. Sob esse aspecto, os informantes definiram os conteúdos das

comunidades como: 47% (17 deles) consideram os conteúdos atualizados e 47%

(17 deles) consideram regulares; ocorrendo então um empate de opiniões. Já 6%

(dois membros) acreditam que os conteúdos não são atualizados.

Sabemos da importância de compartilhar, uma comunidade, onde para que

a informação esteja em constante movimento, se faz necessário que haja membros

para alimentar e interagir com tais conteúdos. Estes membros são os responsáveis

pela disseminação da informação dentro desse ambiente. Sendo assim percebemos

que o número de membros que contribuem compartilhando materiais nas

comunidades é pouco, pois apenas 3% (um membro) dos respondentes tem esse

hábito de compartilhar materiais. É um fato curioso já que a intenção desse espaço é

compartilhar informações, então se deduz que quanto mais membros compartilham,

mais rico de informações esse espaço se torna. Na alternativa “nunca” compartilham

materiais, percebemos que foi assinalada por 44% (16 membros). Em “raramente”

tivemos um percentual de 39% (14 membros), já em “às vezes” o percentual é de

14% (cinco membros). A opção, “frequentemente”, não foi assinalada por nenhum

dos informantes. Com isso confirmamos o princípio da participação desigual

proposto por Nielsen (2006), que afirma que a quase totalidade dos membros dentro

6%

19%

36%

6%

3%

31%

Várias vezes ao dia

Diariamente

Semanalmente

Várias vezes por semana

Quinzenalmente

Mensalmente

Sem frequência definida

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das comunidades virtuais são apenas observadores e muito poucos são os

criadores.

Gráfico 7 - Frequência que compartilha material na comunidade

Fonte: Elaboração própria (2014).

Assim como compartilhar materiais, comentar os posts é algo que torna o

espaço dinâmico e contribui para tirar dúvidas dos que utilizam as comunidades. Já

que o espaço é rico por abranger profissionais da área e estudantes de todo o Brasil.

Quando questionados sobre o hábito de comentar os posts apenas 10 deles (28%)

faz disso um hábito; Não conseguimos, porém, detectar o porquê desse déficit.

Talvez envolva questões pessoais como falta de tempo ou mesmo timidez de se

expor dentro da comunidade. Os entrevistados que assinalaram a resposta “não”

totalizaram 26 (72%), um número bastante alto como mencionado anteriormente, já

que comentar, questionar e sanar dúvidas são tarefas que dinamizam esse espaço.

As comunidades investigadas tem como objetivo disseminar informações

pertinentes aos processos seletivos na área de Biblioteconomia e Ciência da

informação. No entando, sua natureza é de servir como um facilitador para os que

buscam variadas informações na área. Sendo assim, é interessante que disponha

da maior quantidade de materiais como: questões de concursos comentadas, editais

de concursos, provas dos mais váriados institutos, comentários sobre questões

resolvidas, artigos científicos e etc. Essa gama de material que está reunida em um

só espaço sana muitas vezes dúvidas e enriquece o comenhecimento de quem está

no preocesso de preparação para um certame. No próximo gráfico veremos quais os

44%

39%

14% 0% 3%

Nunca

Raramente

Ás vezes

Frequentemente

Sempre

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tipos de materiais que mais atendem as necessidades dos membros das

comunidades que responderam a pesquisa.

Gráfico 8 - Material que mais atende a necessidade dos membros

Fonte: Elaboração própria (2014)

Observamos que apesar de outros materiais sobre a área serem postados

dentro da comunidade os conteúdos que mais satisfazem as necessidades dos

membros são especificamente as questões de concursos (32% assinalaram esta

resposta) e as provas de concursos anteriores (31%). Editais de concursos também

aparecem em um percentual significativo (22%) dentro das respostas dadas pelos

entrevistados.

Por entender que essas comunidades agem como um facilitador no

processo de preparação para os concursos, perguntamos ao entrevistado qual seria

o nível de ajuda; numa escala montada de 1 (representando a nota mais baixa) e 5

(a mais alta), 47% marcaram o número 3 como resposta, o que representada um

certo equilibrio na escala. Aconteceu um empate entre a númeração 2 e 4 da escala,

pois os dois quisitos tiveram o percentual de 19% como resposta; 11% marcaram

número 5 na escala e apenas 3% marcaram o número 1 na escala. Isso desperta

uma reflexão, na qual talvez seja necessário que as comunidades sejam

complementadas por outras fontes. Como pode ser visualizado no grafico abaixo.

32%

31%

14%

22% 0% 0%

1% 0% Questões de concursos

Provas de concursos anteriores

Artigos Científicos

Editais de concursos

Reportagens diversas na área

Comentários sobre questões resolvidas

Outros

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Gráfico 9 - Nível de ajuda das comunidades no processo de preparação

Fonte: Elaboração própria (2014)

Em seguida foi questionado se os membros da comunidade indicavam as

comunidades para outros bibliotecários ou estudantes de Biblioteconomia que

estavam no mesmo processo de preparação para concursos. Um percentual de 69%

dizem indicar o uso delas, enquanto 31% não costumam indica-las. Aqui fica

perceptivel que um percentual alto de membros se preocupam em fazer a

disseminação de mais um “serviço de informação” para seus colegas, o que

possivelmente indica que consideram as comunidades como fontes relevantes para

a preparação para concursos.

Ao serem questionados de forma aberta sobre considerar as comunidades

como canais eficazes na disseminação da informação sobre concursos na área de

Biblioteconomia e Ciência da informação, tivemos uma unanimidade nas respostas.

Os 35 membros dessas comunidades que responderam o questionário indicaram

que sim, enquanto apenas 2 acreditam que não, e apenas um respondeu depende.

3%

19%

47%

19%

11%

1 2 3 4 5

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Gráfico 10 - Considera que as comunidades servem como canal eficaz na disseminação da informação na área

Fonte: Elaboração própria (2014).

Após responder esta pergunta, foi solicitado que os informantes

justificassem suas respostas. A troca de informações dinâmica e o englobamento de

profissionais de todo o país, fazem das comunidades uma ferramenta rica na

contrução e troca de conhecimento. Nas palavras do informante número dois (2014)

“É bastante gratificante ter voluntários e amigos profissionais que se preocupam com

os outros, fazendo destes canais, verdadeiros suportes para uma ajuda eficaz na

preparação de concursos públicos na área.”

Reafirmamos um pensamento apresentado no trabalho, que de acordo com

Lévy (2002), “Uma rede de pessoas interessadas pelos mesmos temas é mais

eficiente do que qualquer mecanismo de busca.”

O informante de número oito (2014) afirma:

Considero relevante o uso que fazem das comunidades para disseminar informação acerca de concursos públicos na área da Biblioteconomia e Ciência da Informação, pois são poucos ou inexistentes os cursos preparatórios de concursos públicos na área da Biblioteconomia e estas comunidades têm contribuído bastante para o conhecimento e aprimoramento de questões que sempre são abordadas nas provas.

É possível ver o papel dessa ferramenta que veio junto com a Web 2.0, de

trazer benefícios para os usuários que tem o objetivo de intercambiar informações.

No entanto, as comunidades têm o poder de compartilha ou dar acesso a

91%

6% 3%

0%

Sim

Não

Depende

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informações que poderiam não estar disponíveis ou de difícil acesso em outras

fontes de informação.

No quadro abaixo é possível visualizar a justificativa que os informantes

apresentam para a resposta “Sim” a pergunta: “Você considera que as comunidades

servem como canal eficaz na disseminação da informação sobre concursos na área

de Biblioteconomia e Ciência da Informação? Justifique.”

Quadro 3 – Razão para considerar as comunidades eficazes na disseminação da informação

Informante(s) Justificativa Frequência %

1,4,6, 8,10 12,13, 21,28,32, 33, 34

Contribui para divulgação da informação 12 22

2, 5, 8, 12, 34 Oferece informação selecionada 5 9

1,10,13, 17, 18, Oferece suporte eficaz 5 9

4, 8, 18 Disponibiliza conteúdo atualizado 3 6

4, 27 Motiva os participantes 2 4

2,6, 7, 18, 21, 28 Favorece a interação entre concurseiros 6 11

17, 18, 22, 26, 27 Facilita o esclarecimento de dúvidas 5 9

6, 7, Oportuniza o intercambio de materiais 2 4

17 Propicia a discussão de questões 1 2

11, 25 Ajuda na formação 2 4

6,7, 13, 28 Contribui para a preparação de quem não pode participar de cursos presenciais

4 7

12, 19, 30 Mantém profissionais atualizados 3 6

4,17, 21, 32 Une profissionais da área 4 7

Fonte: Elaboração própria (2014)

Do total de respondentes desta questão, apenas dois indicaram que não

consideram que as comunidades servem como canal eficaz na disseminação da

informação sobre concursos na área de Biblioteconomia e Ciência da Informação,

enquanto um disse que esta eficácia depende. Dentre os que responderam “Não”, o

informante de número nove justificou: “...o conteúdo das postagens, em sua maioria,

é sobre o universo biblioteconômico como um todo, não sendo direcionado

especificamente e unicamente aos concursos públicos da área”. O informante 14

acredita que as comunidades tenham pouca eficácia. Por último, o informante de

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número três respondeu que a eficácia destas comunidades depende do que se

busca.

Na última pergunta do questionário, uma questão aberta, foi solicitado que

os respondentes que desejassem apresentassem sugestões para melhorias das

comunidades. Dos 36 informantes, apenas 15 deles disseram sim e contribuíram,

seis disseram não querer contribuir. Dentro dessas sugestões feitas estavam:

a) Juntar em documento no formato pdf uma seleção de questões com

comentários dos participantes;

b) Mais atualizações de questões que estão sendo cobradas;

c) Projetos na área de biblioteca escolar, parcerias com empresas, mercado de

trabalho, congressos, etc.

d) Focar não apenas em concursos federais, mas também, das prefeituras e

estados.

e) Fazer revisão de conteúdos mais técnicos;

f) Dar mais dicas sobre as provas das melhores bancas do país;

g) Elaborar resumos para melhorar o estudo;

h) Ter mais debate e discussões sobre assuntos e questões de concurso

público;

i) Justificar e discutir as respostas.

j) postagens exclusivas sobre concursos públicos.

As sugestões servem como um canal de aproximação de quem oferece um

serviço ou um produto, tentando com elas melhorar e atender as necessidades dos

usuários. É interessante obsevar que as sugestões apresentadas são pertinentes

aos propósitos das comunidades. Acatar estas sugestões talvez pudesse trazer mais

satisfação para o membro que utiliza as comunidades.

Considerando os resultados obtidos na pesquisa podemos perceber que as

comunidades hoje, tem um papel diferenciado e importante na preparação do

profissional que visa obter sucesso em um concurso público da área.

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6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

As ferramentas colaborativas da Web 2.0 proporcionam para seus usuários

uma importante contribuição nos mais variados campos. O Facebook surge nesse

espaço trazendo um ambiente cada vez mais integrado, fazendo do seu usuário um

ator principal nesse processo de troca de informações e conteúdo.

As comunidades do Facebook na área de Biblioteconomia e Ciência da

Informação que foram estudadas nessa investigação trazem benefícios

diferenciados para os profissionais (ou futuros profissionais) de Biblioteconomia que

se preparam para concorrer a uma vaga no serviço público. Sabendo que essa

preparação exige esforço e tempo, cada vez mais a interação desses profissionais

dentro de um ciberespaço, faz com que informações transitem dos mais variados

lugares do país e de maneira rápida. Esse canal é um grande suporte para aqueles

que não têm possibilidade de fazer um dos pouquíssimos cursos existentes na área,

para preparação para concursos.

Por serem comunidades específicas, isso gera um filtro, fazendo com que a

informação chegue de maneira mais rápida possível as mãos de quem a busca,

fazendo com que seu usuário ganhe com isso no fator tempo.

Considera-se que os objetivos gerais e específicos desse trabalho foram

alcançados com êxito, pois se pode constatar com essa pesquisa que as

comunidades, Biblioteconomia para Concurso e Questões de Biblioteconomia para

Concursos, têm o seu mérito como agente facilitador no processo de preparação

para concursos, sendo esse o objetivo geral desse trabalho. Foi possível também,

conhecer qual o perfil dos usuários que utilizam desse recurso da Web 2.0 para

difundir conhecimento e como se comportam dentro desse ambiente. É interessante

observar que embora estejam espalhados por todo o país existe um dialogo entre

eles através da rede, sendo esta uma grande vantagem desse serviço de

informação.

Porém, foi observado que a falta de contribuição quanto aos

compartilhamentos de materiais e postagens, ainda é um entrave no enriquecimento

mútuo dos participantes das comunidades. Uma motivação para futuramente dar

continuidade a essa pesquisa, seria analisar os motivos que fazem com que um

número mínimo de usuários compartilhe informações dentro das comunidades; quais

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as limitações que fazem com que a informação seja mais observada que editada ou

produzida.

Assim como as bibliotecas físicas e virtuais, as comunidades voltadas para

construir e discutir conhecimentos necessitam ser alimentadas. Consequentemente,

faz se necessário maior participação ativa dos usuários, pois as comunidades

necessitam de ajuda mútua para cumprir o seu papel de propagar informações e

conteúdos. Desta forma, quanto mais participação houver, maior será a eficácia e a

completeza da informação disponível.

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APÊNDICE - Questionário Avaliação de comunidades do Facebook voltadas para concurso público na área de Biblioteconomia e Ciência da Informação Os dados coletados serão utilizados para elaboração do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) do discente Flávio Maia - estudante do curso de Biblioteconomia da UFRN - sob a orientação da Prof.ª Dr.ª Andréa Vasconcelos Carvalho. I. CARACTERIZAÇÃO DO USUÁRIO 1. Sexo:

o Masculino o Feminino

2. Faixa Etária:

o 17 a 24 anos o 25 a 34 anos o 35 a 44 anos o 45 a 55 anos o Acima de 56 anos.

3. Grau de escolaridade:

o Graduação completa o Graduação incompleta o Especialização completa o Especialização incompleta o Mestrado completo o Mestrado incompleto o Doutorado completo o Doutorado incompleto

4. Em qual Instituição de ensino cursou ou cursa Biblioteconomia? 5. Exerce a profissão de bibliotecário no momento? (Caso sua resposta seja sim, por favor escreva abaixo há quanto tempo trabalha na área) 6. Há quanto tempo se prepara para concursos públicos?

o Menos de 06 meses. o 06 meses. o Mais de 01 ano. o Mais de 02 anos. o Mais de 03 anos. o Mais de 04 anos. o Acima de 05 anos.

II. CARACTERIZAÇÃO DO COMPORTAMENTO INFORMACIONAL 7. De qual comunidade você faz parte?

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o Questões de Biblioteconomia para Concursos o Biblioteconomia para Concurso o Ambas

8. Caso você participe de ambas comunidades, indique a que utiliza mais.

o Questões de Biblioteconomia para Concursos o Biblioteconomia para Concurso

9. Há quanto tempo utiliza a comunidade?

o Menos de 06 meses. o Entre 06 e 12 meses. o Entre 12 e 18 meses. o Entre 18 e 24 meses. o Acima de 24 meses.

10. Com que frequências visita a comunidade?

o Várias vezes ao dia o Diariamente o Semanalmente o Várias vezes por semana o Quinzenalmente o Mensalmente o Sem periodicidade definida

11. Você considera o conteúdo da comunidade atualizado? o Sim. o Não. o Regular

12. Em que nível se encontra a periodicidade das publicações da comunidade: o Bom o Regular o Ruim

13. Costuma comentar os posts da comunidade?

o Sim. o Não.

14. Costuma compartilhar materiais na comunidade:

o Nunca o Raramente o Ás vezes o Frequentamente o Sempre

15. Que Tipo de material compartilhado mais atendem suas necessidades?

o Questões de concursos. o Provas de concursos anteriores. o Artigos científicos. o Editais de concursos. o Reportagens diversas na área de concursos em Biblioteconomia. o Comentários sobre questões resolvidas.

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o Outros. o Não compartilha.

16. Indique o nível de ajuda da comunidade no processo de preparação para concursos. (Marque 1 para nota mais baixa e 5 para a mais alta)

o 1 o 2 o 3 o 4 o 5

17. Costuma indicar a comunidade a outros bibliotecários que estudam para concurso?

o Sim. o Não.

18. Você considera que as comunidades servem como canal eficaz na disseminação da informação sobre concursos na área de Biblioteconomia e Ciência da Informação?Justifique. 19. Você gostaria de apresentar alguma sugestão para melhorar a comunidade?