anÁlise das tendÊncias para o abandono: timor...

Contrato N º EDH-I-00-05-00029-00 Ordem tarefa AID-OAA-TO-10-00010

Agosto de 2011 Este estudo foi produzida para revisão pela Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional. Foi preparado pela Creative Associates International.

ANÁLISE DAS TENDÊNCIAS PARA O ABANDONO: TIMOR LESTE

BUILDING EDUCATION SUPPORT

SYSTEMS FOR TEACHERS (BESST)

Quarterly Report III July – September 2008

Programa Piloto de Prevenção do Abandono Escolar

Análise das Tendências para o Abandono:

Timor-Leste

Submetido à:

Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional

Washington, DC

Submetido por:

Creative Associates International, Inc.

Washington, DC

Agosto de 2011

Este relatório foi elaborado graças ao povo americano, através da Agência dos Estados

Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID). Os conteúdos deste relatório são da

exclusiva responsabilidade da Creative Associates International e não reflectem

necessariamente as perspetivas da USAID ou do Governo dos Estados Unidos.

Requisitos do DEC para a submissão

a. Número de adjudicação

da USAID Contrato n.º EDH-I-00-05-00029-00

Ordem de encomenda AID-OAA-TO-10-00010

b. Título e número de

objetivos da USAID Investir nas pessoas (IIP)

c. Título e número de

objetivos da USAID Programa Piloto da USAID de Prevenção do Abandono

Escolar na Ásia e Médio Oriente (SDPP)

d.

Área Programática e

Elemento Programático

do Programa da USAID

Educação (área programática 3.2)

Ensino Básico (elemento programático 3.2.1)

e. Título descritivo Análise das Tendências para o Abandono em Timor-Leste –

Prevenção do Abandono Escolar

f. Nome(s) do(s) autor(es) Jennifer Shin, Rajani Shrestha, Karen Tietjen

g. Nome do contraente

Creative Associates International, Inc.

5301 Wisconsin Avenue, NW, Suite 700

Washington, DC 20015

Telefone: 202 966 5804 Fax: 202 363 4771

Contacto: [email protected]

h.

Financiado pela

Unidade Operacional

da USAID e COTR

AME/ME/TS

Rebecca Adams, COTR

i. Data de publicação Agosto de 2011

j. Língua do documento Inglês, Português*, Tétum

*Nota da tradução: O documento foi traduzido para o Português Europeu, segundo as

normas do novo Acordo Ortográfico.

Programa Piloto de Prevenção do Abandono Escolar: Análise das Tendências para o Abandono em Timor-Leste, Agosto de 2011 Página i

Índice

Lista de quadros e gráficos ......................................................................................................... iii

Acrónimos ................................................................................................................................... iv

Sumário executivo ........................................................................................................................v

I. Introdução ..................................................................................................................................1

A. Programa Piloto da USAID de Prevenção do Abandono Escolar ................................1

B. Finalidade do relatório .................................................................................................2

C. Organização do relatório ..............................................................................................2

II. Abordagem e metodologia .......................................................................................................3

A. Indicadores para análise ...............................................................................................3

B. Fontes revistas ..............................................................................................................5

C. Processo de análise de dados ........................................................................................6

D. Classificação composta ................................................................................................6

III. Enquadramento do país ...........................................................................................................6

IV. Informação específica do país ................................................................................................7

A. Informação ...................................................................................................................7

B. Limitações das fontes de informação ...........................................................................9

C. Seleção das fontes de informação ................................................................................9

V. Tendências a nível nacional e seleção do ciclo/anos de escolaridade ......................................9

A. Taxa líquida de matrículas por ciclo ............................................................................9

B. Taxa de abandono por ciclo .......................................................................................11

C. Taxa de abandono por ano de escolaridade ................................................................11

D. Seleção dos anos de escolaridade/ciclos alvo ............................................................13

VI. Tendências a nível distrital e seleção de distritos .................................................................14

A. Taxa de abandono ......................................................................................................14

B. Taxa de progresso.......................................................................................................15

C. Taxa de sobrevivência ................................................................................................15

D. Taxa de transição .......................................................................................................16

E. Seleção de distritos .....................................................................................................17

1. Classificação estatística ..................................................................................17

2. Considerações práticas ....................................................................................18

3. Seleção de distritos alvo..................................................................................19

VII. Perfil dos distritos selecionados ..........................................................................................20

A. Ermera ........................................................................................................................ 20

B. Liquiçá ........................................................................................................................ 20

C. Bobonaro .................................................................................................................... 21

VIII. Indicadores de educação selecionados nos distritos do SDPP ........................................... 21

A. Indicadores de “previsão” do abandono .................................................................... 21

B. Indicadores contextuais relativos aos alunos ............................................................. 22

C. Indicadores de oferta de ensino .................................................................................. 23

IX. Conclusão ............................................................................................................................. 24

Programa Piloto de Prevenção do Abandono Escolar: Análise das Tendências para o Abandono em Timor-Leste, Agosto de 2011 Página ii

Bibliografia ................................................................................................................................. 25

Apêndice A: Indicadores primários ............................................................................................ 26

Quadro A-1: Matrículas por ciclo, 2008/09 .................................................................... 27

Quadro A-2: Matrículas por ano de escolaridade, 2008/09 ............................................ 28

Quadro A-3: Taxa de abandono por ciclo, 2008/09 ....................................................... 29

Quadro A-4: Taxa de abandono por ano de escolaridade, 2008/09 ................................ 30

Quadro A-5: Taxa de progresso por ciclo, 2008/09 ........................................................ 31

Quadro A-6: Taxa de progresso por ano de escolaridade, 2008/09 ................................ 32

Quadro A-7: Taxa de sobrevivência por ciclo, 2008/09 ................................................. 33

Quadro A-8: Taxa de transição de ciclo para ciclo, 2008/09 .......................................... 34

Apêndice B: Matrículas por idade, por ano de escolaridade e ciclo, 2010 ................................. 35

Programa Piloto de Prevenção do Abandono Escolar: Análise das Tendências para o Abandono em Timor-Leste, Agosto de 2011 Página iii

Lista de quadros e gráficos

Quadros

Quadro 1: Lista de indicadores

Quadro 2: Fontes de informação por indicador

Quadro 3: Classificação dos distritos

Quadro 4: Número de escolas nos distritos alvo

Quadro 5: Indicadores de “previsão” do abandono, 2008/09

Quadro 6: Indicadores contextuais relativos aos alunos, 2008/09

Quadro 7: Indicadores de oferta de ensino, 2008/09

Gráficos

Gráfico 1: Taxa líquida de matrículas a nível nacional por ciclo, 2006/07-2010

Gráfico 2: Taxa de abandono a nível nacional por ciclo, 2006/07-2008/09

Gráfico 3: Taxa de abandono a nível nacional por ano de escolaridade, 2008/09

Gráfico 4: Tendência do abandono a nível nacional relativa aos anos de escolaridade alvo do

SDPP, 2006/07–2008/09

Gráfico 5: Taxa de abandono por distrito—nível primário, 2008/09

Gráfico 6: Taxa de progresso por distrito—nível primário, 2008/09

Gráfico 7: Taxa de sobrevivência por distrito—nível primário, 2008/09

Gráfico 8: Taxa de transição por distrito—do nível primário para o pré-secundário, 2007/08

Programa Piloto de Prevenção do Abandono Escolar: Análise das Tendências para o Abandono em Timor-Leste, Agosto de 2011 Página iv

Acrónimos

ASER Taxas de matrículas específicas por idade

DEC Centro de Experiência para o Desenvolvimento (Development Experience

Clearinghouse)

DHS Levantamento demográfico e inquérito à saúde

EdStats Estatísticas do Banco Mundial relativas à Educação (World Bank Education

Statistics)

EMIS Sistema de Informação para Gestão da Educação

E.U.A. Estados Unidos da América

IPG Índice de Paridade entre os Géneros

IDEAL Instituto para o Desenvolvimento, Ensino e Aprendizagem

IIP Investir nas Pessoas (Investing in People)

KAPE Ação Kampuchean para o Ensino Primário

N/D Não Disponível

NU Nações Unidas

PAM Programa Alimentar Mundial

SDPP Programa Piloto de Prevenção do Abandono Escolar

TLF Taxa Líquida de Frequência

TLM Taxa Líquida de Matrículas

UIS Instituto de Estatística da UNESCO

UNESCO Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura

UNICEF Fundo das Nações Unidas para a Infância

USAID Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional

Programa Piloto de Prevenção do Abandono Escolar: Análise das Tendências para o Abandono em Timor-Leste, Agosto de 2011 Página v

Sumário Executivo

A prevenção do abandono escolar é um foco de preocupação relativamente novo nos países

em desenvolvimento que—durante as duas últimas décadas—se têm caracterizado por dar

mais atenção ao acesso das crianças à escola e, mais recentemente, à qualidade do ensino e

aos resultados de aprendizagem. Com maiores números de crianças vulneráveis e menos

recursos por criança, os sistemas de ensino têm crescente dificuldade em manter os alunos até

completarem todo o ciclo do ensino básico. O objetivo do Programa Piloto de Prevenção do

Abandono Escolar (SDPP) é pilotar e testar a eficácia dos programas para prevenir o

abandono escolar em quatro países: Cambodja, Índia, Tajiquistão e Timor-Leste.

A finalidade da análise das tendências é identificar os locais geográficos e as populações mais

fortemente afetados pelo abandono escolar, bem como o(s) nível(is) de ensino em que é mais

provável as crianças abandonarem a escola, para definir o espaço alvo das intervenções do

SDPP. A análise foi efetuada, identificando e examinando a informação secundária em cada

um dos países piloto para avaliar as tendências para o abandono. O estudo foi organizado

para dar resposta às seguintes questões chave:

Que ciclo sofre o maior nível de abandono escolar?

Que nível(eis) do ensino básico sofre(m) o maior abandono escolar?

Que área(s) geográfica(s) sofre(m) o maior abandono escolar?

Que grupos da população (sexo, étnia, língua e grupos religiosos) são mais afetados pelo

abandono escolar?

São utilizados vinte indicadores na análise, compreendendo quatro "clusters"—indicadores

primários, indicadores de "previsão" do abandono escolar, indicadores contextuais relativos

aos alunos e indicadores de oferta de ensino. A ferramenta analítica principal é a análise

comparativa de estatísticas relacionadas com o abandono escolar e principal motivo de

abandono com vista ao ciclo, ano de escolaridade, população e áreas geográficas em cada

país. O desempenho nos quatro indicadores primários (abandono escolar, progresso,

sobrevivência e transição) é comparado, contrastado e classificado. A análise da informação é

realizada com base numa triagem, começando pela unidade administrativa mais alta e

prosseguindo até às inferiores. É identificado, a nível nacional, o ano de escolaridade, o ciclo

e/ou grupo que possuem o maior abandono escolar. A níveis administrativos inferiores, são

selecionadas as áreas mais fortemente afetadas pelo abandono escolar.

Em Timor-Leste, a informação proveniente do Sistema de Informação de Gestão da

Educação (EMIS) mostra que é o primeiro ciclo que sente mais o abandono, sendo que o

abandono se reflete mais intensamente nos anos de escolaridade mais altos. As taxas de

abandono registadas para o 4.º e o 5.º ano de escolaridade excedem as taxas relativas aos anos

de escolaridade inferiores, e estima-se que o abandono relativo ao 6.º ano de escolaridade

ascenda aos 20 por cento. As diferenças entre os géneros relativamente ao abandono nestes

anos de escolaridade são relativamente pequenas. Os alunos—tanto do sexo masculino como

feminino—no 4.º, 5.º e 6.º anos de escolaridade podem beneficiar mais das intervenções do

SDPP.

Oecusse, Liquiçá e Bobonaro classificaram-se nas piores posições na classificação estatística

dos quatro indicadores primários (abandono, progresso, sobrevivência e transição). Contudo,

tendo em conta as considerações práticas, os distritos geograficamente contíguos de Ermera

(distrito mais afetado, na 6.ª posição), Liquiçá (na 2.ª posição) e Bobonaro (igualmente na 2.ª

posição) foram propostos como distritos alvo do SDPP. Ermera e Liquiçá possuem as taxas

Programa Piloto de Prevenção do Abandono Escolar: Análise das Tendências para o Abandono em Timor-Leste, Agosto de 2011 Página vi

mais altas de abandono, atrás de Ainaro. Bobonaro possui as piores taxas de progresso e de

sobrevivência na escola primária. Focar a atenção sobre os alunos de ambos os sexos nos 4.º,

5.º e 6.º anos de escolaridade nestes distritos, permitirá ao SDPP trabalhar com a população

estudantil sob maior risco de abandonar a escola antes de adquirir as competências básicas

(literacia e matemática) necessárias para continuar a sua educação ou para melhor estar

preparada para assegurar um papel produtivo na sociedade.

Programa Piloto de Prevenção do Abandono Escolar: Análise das Tendências para o Abandono em Timor-Leste, Agosto de 2011 Página 1

I. Introdução

A prevenção do abandono escolar é um foco de preocupação relativamente novo nos países

em desenvolvimento que—durante as duas últimas décadas—se tem caracterizado por dar

mais atenção ao acesso das crianças à escola e, mais recentemente, à qualidade do ensino e

aos resultados de aprendizagem. As tendências para o abandono e retenção tendem a ser

registadas como efeitos secundários e não tanto como o resultado principal dos programas

educativos. No entanto, o recente abandono exigiu mais atenção e surgiu como uma questão

fundamental de acesso ao ensino. Com a impulsão em prol do Ensino Básico e Primário

Universal, as matrículas aumentaram, movendo alunos de contextos desfavorecidos e de

grupos marginalizados que haviam sido anteriormente excluídos da escola. Com maiores

números de crianças vulneráveis e menos recursos por criança, os sistemas de ensino têm

crescente dificuldade em manter os alunos até completarem todo o ciclo do ensino básico.

Não só muitos alunos deixam a escola sem adquirirem as competências básicas e diplomas

que têm importância cada vez maior, como a sua desistência prematura representa um

desperdício significativo em termos de recursos educativos, aumentando o custo unitário para

se produzir um finalista de ciclo.

De acordo com o Instituto de Estatística (UIS) da Organização das Nações Unidas para a

Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), o número total de crianças fora da escola

decresceu em aproximadamente 38 por cento durante os últimos seis anos—de 115 milhões

em 2001/02 para 71 milhões em 2007. Dos 56 por cento de crianças que vão à escola, uma

elevada percentagem encontra-se em grande risco de deixá-la antes de concluir um ciclo de

ensino ou de transitar para o ciclo seguinte. Na Ásia Oriental, Ocidental e do Sul, e no

Pacífico, apenas 20 a 30 por cento das crianças que não estão na escola têm probabilidade de

se matricularem, mas cerca de 60 por cento dessas crianças são desistentes. As perspetivas de

ficarem na escola são particularmente baixas na Índia, no Paquistão, no Bangladesh e no

Nepal: na Índia, 70 por cento das crianças que não estão na escola abandonaram a escola, 50

por cento no Paquistão, e 40 por cento no Bangladesh e no Nepal. Na Ásia Central, é maior a

percentagem da população com idade adequada para o ensino primário que não frequenta a

escola porque a abandonou (38 por cento) do que a que nunca se matriculou (35 por cento) ou

que entrou tarde (27 por cento). Embora o motivo de abandono da escola varie de país para

país, o resultado é o mesmo: crescentes números de jovens subqualificados e incapaces de se

engajarem no mercado de trabalho. Reduzir o abandono é fundamental para melhorar o

acesso ao ensino básico, em particular nos países com taxas de matrículas relativamente

baixas e onde a maioria das crianças com idade escolar que não frequenta a escola esteve

anteriormente matriculada na escola.

A. Programa Piloto da USAID de Prevenção do Abandono Escolar

O Programa Piloto de Prevenção do Abandono Escolar (SDPP) constitui um programa

multinacional que tem a duração de três anos, é financiado pela Agência dos Estados Unidos

para o Desenvolvimento Internacional (USAID) e cujo objetivo é atenuar o abandono escolar

dos alunos desde a escola primária e secundária. Tem por fim providenciar orientação de base

programática relativa à prevenção do abandono escolar aos países, missões da USAID e

outras organizações em prol do desenvolvimento na Ásia e no Médio Oriente, pilotando e

testando a eficácia das intervenções de prevenção do abandono em quatro países alvo:

Cambodja, Índia, Tajiquistão e Timor-Leste. Para examinar e atenuar o abandono escolar nos

quatro países alvo, o SDPP basear-se-á num processo de três fases, (i) realizando uma revisão

à literatura existente para identificar as melhores práticas internacionais na prevenção do


abandono escolar, (ii) analisando as tendências para o abandono e efetuando uma análise

situacional para salientar os fatores de risco e as condições que influenciam o abandono, e

(iii) concebendo, implementando e avaliando as intervenções para manter na escola os alunos

em risco. O SDPP é implementado pela Creative Associates International, Inc. com o apoio

dos parceiros internacionais Mathematica Policy Research e School-to-School International,

bem como de parceiros locais em três dos países alvo—KAPE no Cambodja, IDEAL/QUEST

na Índia e CARE em Timor-Leste.

B. Finalidade do relatório

Este relatório apresenta a análise das tendências para o abandono escolar em Timor-Leste. A

finalidade da análise das tendências é identificar os locais geográficos e as populações mais

fortemente afetados pelo abandono, bem como o(s) nível(is) de ensino com mais

probabilidade de as crianças abandonarem a escola. A análise foi efetuada, identificando e

examinando a informação secundária para avaliar as tendências para o abandono. Os

pareceres serão utilizados para identificar os espaços candidatos às atividades de intervenção

do SDPP e para discutir com o Ministério da Educação sobre a seleção dos espaços. A par de

uma análise, específica de cada país, das políticas e dos programas que exercem influência

sobre o abandono1, contribuirá para a análise situacional interna, explorando os fatores e as

condições associadas ao abandono da escola entre as populações com as maiores taxas de

abandono.

C. Organização do relatório

O documento está organizado em oito secções. A Secção II apresenta a abordagem

metodológica geral aplicada para a análise das tendências nos quatro países abrangidos pelo

SDPP. Define os indicadores que foram utilizados e descreve os vários tipos de fontes de

informação que foram revistos para analisar as tendências. Esta secção descreve também o

processo de análise da informação e explica os procedimentos realizados para determinar as

áreas geográficas alvejadas com base nas classificações de base estatística e nas

considerações de natureza prática.

As restantes secções apresentam o processo e os resultados da análise das tendências que são

específicos de Timor-Leste. A Secção III apresenta um breve enquadramento de Timor-

Leste, incluindo uma orientação a respeito do sistema educativo. A Secção IV aborda a

informação e os métodos específicos do país, descrevendo as fontes de informação e como

estas foram selecionadas em cada país e ainda as questões metodológicas específicas

levantadas. A Secção V fornece pareceres de acordo com o indicado pelos indicadores

primários, começando pelo nível superior nacional e prosseguindo para níveis administrativos

inferiores. A Secção VI apresenta as classificações dos distritos com base nos indicadores

para determinar as áreas candidatas às intervenções do SDPP e os critérios adicionais para a

sua seleção. As Secções VII e VIII descrevem os locais selecionados e a sua condição a nível

de ensino. Por fim, a Secção IX conclui o relatório com um resumo das tendências para o

abandono escolar em Timor-Leste e as áreas alvo.

1 Ver “Inventory of Policies and Programs Related to Dropouts in Cambodia, India, Tajikistan, and Timor-Leste” [Inventário

de políticas e programas relacionados ao abandono escolar no Cambodja, na Índia, no Tajiquistão e em Timor-Leste],

Programa Piloto da USAID de Prevenção do Abandono Escolar, Creative Associates International, Inc., Julho de 2011.


II. Abordagem e metodologia

A análise das tendências baseia-se em informação secundária disponível no país. Aplica-se

uma metodologia comum a todos os quatro países. Dependendo da disponibilidade da

informação, a profundidade da análise pode divergir entre os países. A análise utiliza uma

abordagem normativa para identificar a área geográfica, o ano de escolaridade e o grupo mais

afetados nos quatro países piloto. O estudo foi organizado para dar resposta às seguintes

quesotes chave sobre cada país piloto:

Que ciclo sofre o maior abandono escolar?

Que nível(eis) de ensino básico sofre(m) o maior abandono?

Que área(s) geográfica(s) sofre(m) o maior abandono escolar?

Que grupos da população (sexo, étnia, língua e grupos religiosos) são mais afetados pelo

abandono escolar?

A. Indicadores para análise

O desempenho educativo em cada país é medido com base na informação proveniente do

censo mais recente sobre as escolas estatais.2 Vinte indicadores são divididos em quatro

"clusters"—indicadores primários, indicadores de “previsão” do abandono, indicadores

contextuais relativos aos alunos e indicadores de oferta de ensino. Os indicadores primários

são utilizados para determinar o centro de foco do SDPP na unidade administrativa mais

elevada a par do ciclo e anos de escolaridade alvejados. Seguiremos as definições da

UNESCO para todos os indicadores. O Quadro 1 apresenta uma breve descrição dos

indicadores.

Os indicadores primários são uma medida direta dos alunos que permanecem na escola,

progridem na escola e concluem a escola. A taxa de abandono mostra a eficácia interna dos

sistemas de ensino e mede o fenómeno dos alunos de uma coorte que deixam a escola sem a

concluírem. Idealmente, a taxa devia chegar aos zero por cento. Similarmente, a taxa de

progresso é um indicador fulcral para analisar e projetar o fluxo estudantil. Esta mede o

desempenho do sistema de ensino no progresso dos alunos de uma coorte de ano de

escolaridade para ano de escolaridade. A taxa de sobrevivência mede o sucesso na retenção

dos alunos de um ano de escolaridade para o seguinte e é considerada um pré-requisito para a

literacia sustentável. Por fim, a taxa de transição informa sobre o ano de escolaridade de

acesso ou de transição de um ciclo para um ciclo superior. As elevadas taxas de transição

refletem a capacidade de admissão ao nível de ensino mais elevado.

Os indicadores de previsão ajudam a identificar os alunos com alto risco de deixarem a

escola e não concluírem o ciclo de ensino básico. Entre os indicadores de previsão

internacionalmente reconhecidos incluem-se: repetição múltipla dos anos escolares, fraco

desempenho escolar, excesso de idade para o ano de escolaridade e faltas frequentes. Apenas

dois destes indicadores foram, em geral, disponibilizados—repetição e excesso de idade. A

taxa de repetição calcula a percentagem de alunos de uma coorte que repete um ano de

escolaridade; a elevada taxa de repetição denota problemas relacionados com a eficiência

interna e reflete um fraco nível de ensino. As taxas de matrículas por idade (ASER) mostram

a amplitude da participação no ensino por determinado grupo etário e identifica em que

medida as crianças estão fora da idade abrangida pelo respetivo ano de escolaridade. A

2 A análise das tendências não inclui instituições de ensino privadas e programas não oficiais.


maioria dos países não reporta o desempenho dos alunos, mas a taxa de progresso fornece um

valor aproximado—partindo do princípio de que se baseia no desempenho e não é

automático—que se inclui como indicador primário. Similarmente, os países não reportam a

taxa de frequência diária nem a de absentismo, não havendo, assim, disponível uma definição

internacional.3

Os Indicadores contextuais dão uma ideia do estado da educação no país e do contexto em

que ocorre o abandono escolar. As taxas de matrículas, a taxa de admissão no primeiro ano de

escolaridade, o número de crianças que não estão na escola e o índice de paridade entre os

géneros incluem-se neste grupo. A taxa ilíquida de matrículas mostra o nível geral de

participação nas escolas oficiais independentemente da idade, sendo que a taxa líquida de

matrículas mostra a participação em idade escolar oficial. A taxa (líquida) de admissão no

primeiro ano de escolaridade mede o nível de acesso ao ensino primário por parte da

população elegível que está na idade oficialmente prevista para entrar na escola. O número de

crianças fora da escola identifica a dimensão da população que não está matriculada nem na

escola primária nem na secundária. O Índice de Paridade entre os Géneros (IPG) mede o

progresso relativo à paridade entre os géneros no quadro de participação no ensino e

oportunidades de aprendizagem disponíveis para o sexo feminino em relação ao sexo

masculino. Por fim, a taxa de literacia juvenil mostra os resultados acumulados do ensino

primário e dos programas de literacia na transmissão das competências básicas de literacia à

população.

Por fim, observamos os indicadores de oferta de ensino, dado que estudos de investigação

indicaram de forma consistente que os fatores do lado da oferta desempenham um papel no

abandono por parte dos alunos. Entre estes indicadores inlcuem-se o número de escolas, o

número de professores, a distância da escola e três relações importantes—aluno:professor,

aluno:aula e manual escolar:aluno.

Quadro 1: Lista de indicadores

N.º Indicador Definição

Grupo A: Indicador primário

1 Matrículas por ano de

escolaridade e ciclo

Número absoluto de alunos matriculados no ano de escolaridade e

ciclo.

2 Taxa de abandono por ano de


Proporção de alunos de uma coorte matriculados em determinado ano

de escolaridade num dado ano letivo e que já não se encontram

matriculados no ano letivo seguinte.

3 Taxa de progresso por ano de


Proporção de alunos de uma coorte matriculados num determinado

ano de escolaridade que estudam no ano de escolaridade subsequente

no ano letivo seguinte.

4 Taxa de sobrevivência por

ciclo

Percentagem de uma coorte de alunos no primeiro ano de escolaridade

de um determinado ciclo de que se espera que alcancem os anos de

escolaridade consecutivos.

5 Taxa de transição de ciclo para

ciclo

Número de alunos admitidos no primeiro ano de escolaridade de um

nível de ensino superior em determinado ano letivo expresso como

percentagem do número de alunos matriculados no último ano de

escolaridade do nível de ensino inferior no ano letivo anterior.

3 A Taxa Líquida de Frequência (TLF) não deve ser confundida com uma taxa média de frequência diária nem de

absentismo dos alunos. A TLF—a percentagem de crianças com idade escolar oficial que frequentam a escola—é

simplesmente outra forma de medir as matrículas, sendo que a informação foi obtida a partir de inquéritos às famílias e não

propriamente dos registos oficiais das escolas.


N.º Indicador Definição

Grupo B: Indicadores de “previsão” do abandono

6 Taxa de matrículas por idade

por ciclo e/ou ano de

escolaridade

Matrículas de alunos com uma determinada idade, independentemente

do nível de ensino, como percentagem da população da mesma idade.

7 Taxa de repetição por ano de

escolaridade e por ciclo

Proporção de alunos de uma coorte matriculados num determinado

ano de escolaridade em determinado ano letivo que estudam no

mesmo ano de escolaridade no ano letivo seguinte.

8 Taxa de conclusão por ciclo Rácio do número total de alunos que concluíram com sucesso ou que

transitaram do último ano da escola primária em determinado ano

letivo para o nível seguinte em relação ao número total de crianças em

idade oficial de transição na população.

Grupo C: Indicadores contextuais relativos aos alunos

9 Rácio ilíquido de matrículas

por ciclo

Total de matrículas num determinado nível de ensino,

independentemente da idade, expresso como percentagem da

população elegível em idade oficialmente escolar correspondente ao

mesmo nível de ensino em determinado ano escolar.

10 Taxa líquida de matrículas por

ciclo

Matrículas do grupo etário oficialmente previsto para um determinado

nível de ensino expressas como percentagem da população

correspondente.

11 Taxa (líquida) de admissões no

primeiro ano de escolaridade

Alunos ingressantes no primeiro ano de escolaridade do ensino

primário em idade oficialmente prevista para entrar na escola

expressos como percentagem da população da mesma idade.

12 Crianças fora da escola Crianças com idade oficialmente prevista para estar na escola primária

que não estão matriculadas nem na escola primária nem na secundária.

13 Taxa de literacia juvenil Número de pessoas com idade entre os 15 e 24 anos que sabem ler,

escrever e compreender um simples texto sobre a sua vida diária

dividido pela população desse grupo etário.

14 Índice de Paridade entre os

Géneros por ciclo

Rácio de valores entre sexo feminino-sexo masculino de um

determinado indicador.

Grupo D: Indicadores da Oferta de Ensino

15 Escolas por ciclo e por

entidade prestadora Número de escolas

16 Professores por ciclo e por

entidade prestadora Número de professores

17 Rácio aluno:professor por ciclo Número médio de alunos por professor em determinado nível de

ensino num determinado ano letivo.

18 Rácio aluno:sala de aula por

ciclo

Número médio de alunos por sala de aula em determinado nível de


19 Manual escolar:aluno por ciclo Número médio de manual escolar por aluno em determinado nível de


20 Distância da escola Distância média da escola em km

Fonte: Instituto de Estatística da UNESCO, Orientações Técnicas, (2009)

B. Fontes revistas

Efetuámos uma revisão sistemática de diversas fontes de informação para identificar e

confirmar a disponibilidade dos indicadores, incluindo bases de dados internacionais,

inquéritos administrativos, registos ministeriais e inquéritos modelo. Entre algumas das bases

de dados internacionais consultadas incluem-se as Estatísticas para a Educação do Banco

Mundial (EdStats), os Indicadores do Desenvolvimento Mundial, os indicadores

TransMONEE da UNICEF, o Levantamento Demográfico e Inquérito à Saúde (DHS) e os

Inquéritos de Indicadores Múltiplos (MICS). Contudo, a maioria destas bases de dados tem


uma utilidade limitada para efeitos do SDPP na identificação da variação interna no país, uma

vez que (i) as estatísticas disponibilizadas apenas se confinam ao nível nacional; (ii) as bases

de dados não apresentam estatísticas para todos os indicadores primários; e (iii) os

indicadores cobrem diferentes períodos de tempo. Nesta sequência, a análise das tendências

em todos os países piloto baseia-se principalmente no sistema de informação para gestão da

educação (EMIS) administrado pelo Ministério da Educação ou seu equivalente. O EMIS

disponibiliza dados por ano de escolaridade (desagregados pelo sexo) a nível subnacional

(regional e distrital).

C. Processo de análise de dados

A análise da informação é realizada com base numa triagem, começando pela unidade

administrativa mais alta e prosseguindo até às inferiores. A nível nacional, identificamos o

ano de escolaridade ou o ciclo que sofre o maior abandono. Depois, classificamos as unidades

administrativas com base em cada indicador primário para o ano de escolaridade alvo. Este

procedimento envolve a classificação das províncias no Cambodja, dos estados na Índia e dos

distritos tanto no Tajiquistão como em Timor-Leste. A profundidade da análise da

informação depois do primeiro nível administrativo dependerá da disponibilidade dos dados e

do número de escolas no ciclo alvejado.4 Uma vez determinados o ano de escolaridade, o

grupo e a unidade administrativa de intervenção alvejados, apresentam-se os restantes

indicadores—indicadores de “previsão” do abandono, indicadores contextuais e indicadores

de oferta de ensino.

D. Classificação composta

A ferramenta analítica principal é a análise comparativa da área geográfica de intervenção em

cada país. O desempenho nos quatro indicadores primários (abandono, progresso,

sobrevivência e transição) é comparado, contrastado e classificado. Cada área geográfica está

distribuída por ordem ascendente, sendo que quanto mais baixa for a pontuação, maior é o

problema do abandono. Quanto à taxa de abandono, a pior área de desempenho (ou seja, a

que tiver a maior taxa de abandono) recebe o ponto mais baixo. Similarmente, as áreas com

as taxas de progresso, sobrevivência e de transição mais baixas recebem o ponto mais baixo.

Por exemplo, em Timor-Leste, o distrito com a maior taxa de abandono recebe “1” ponto e o

distrito com o progresso mais baixo recebe “1” ponto. Estes pontos são depois somados para

se chegar a uma classificação final. Adicionalmente à classificação estatística, será

considerada uma série de condições práticas para a avaliação de possíveis espaços de

invenção do SDPP. Entre estas incluem-se (i) a acessibilidade, (ii) a presença de distúrbios `a

ordem de naturaza civil, (iii) a recetividade das autoridades locais relativamente à conceção

do projeto e dificuldade de controlo aleatório, (iv) a população migratória, de forma a

assegurar reduzido atrito durante a implementação, e (v) a presença de outros

doadores/programas.

III. Enquadramento do país

A República Democrática de Timor-Leste, um país do Sudeste Asiático, compreende a

metade oriental da ilha de Timor, as ilhas de Atauro e Jaco, e o enclave de Oecusse, que se

localiza dentro do espaço indonésio de Timor Ocidental. O país está dividido em 13 distritos

4 Com base nos cálculos preliminares de domínio estatístico, estimamos que o SDPP necessita de, pelo menos, 140 escolas

em cada país piloto, permitindo-nos ter 70 escolas de intervenção e 70 escolas de comparação.


administrativos: (1) Lautem, (2) Baucau, (3) Viqueque, (4) Manatuto, (5) Díli, (6) Aileu, (7)

Manufahi, (8) Liquiçá, (9) Ermera, (10) Ainaro, (11) Bobonaro, (12) Cova Lima, e (13)

Oecusse, sendo Díli a capital do país. Os distritos dividem-se em 65 subdistritos, 442 sucos e

2225 aldeias.

Timor-Leste restabeleceu a independência em 2002 depois de quatro séculos e meio de

colonização portuguesa (1511-1975) e 24 anos de ocupação indonésia (1975-1999);

seguiram-se três anos sob a Administração Provisória das Nações Unidas até o país se

declarar um estado soberano.

O sistema de educação consiste atualmente em quatro ciclos: 1.º ciclo (do 1.º ao 4.º ano de

escolaridade), 2.º ciclo (do 5.º ao 6.º ano de escolaridade), 3.º ciclo (do 7.º ao 9.º ano de

escolaridade) e ensino secundário (do 10.º ao 12.º ano de escolaridade). Até 2009, o sistema

tinha três ciclos: ensino primário (1.º ao 6.º), pré-secundário (7.º ao 9.º) e secundário (10.º ao

12.º), tendo a informação, utilizada para esta análise, sido registada desta forma. O ensino

obrigatório inclui os nove anos de escolaridade, do 1.º ao 9.º ano de escolaridade, sendo que

as idades oficiais para se entrar na escola e concluir esta aprendizagem compreendem os 6 e

os 14 anos, respetivamente.

IV. Informação específica do país

Duas fontes de informação estão disponíveis para a análise das tendências em Timor-Leste—

o Levantamento Demográfico e Inquérito à Saúde em Timor-Leste (DHS), de 2009/10, e o

EMIS do Ministério da Educação entre 2006/07 e 2010.5

A. Informação

Levantamento Demográfico e Inquérito à Saúde: O DHS é um inquérito às famílias de

representatividade a nível nacional que disponibiliza informação nas áreas da população,

saúde e nutrição. O Inquérito de 2009/2010 foi realizado pela Direção Nacional de

Estatística do Ministério das Finanças. Apesar de o DHS focar maior atenção nos

indicadores de saúde, alguns indicadores relativos à educação (tais como a taxa de

frequência, a taxa de repetição e a taxa de abandono) ajudam a compreender o sucesso da

educação e a literacia entre os agregados familiares. O DHS coloca duas questões para

determinar se uma criança abandonou a escola: (1) A criança frequentou a escola em algum

período deste ano? e (2) A criança frequentou a escola em algum período do ano passado?

Tendo em conta ambas as questões, o DHS mede o abandono que poderia ter ocorrido

durante um ano letivo ou entre dois anos de escolaridade.

Sistema de Informação para Gestão da Educação: A informação do EMIS é recolhida

anualmente pelo Ministério da Educação a nível nacional, regional, distrital e subdistrital e

foca todos os níveis de ensino. O EMIS segue as definições e as fórmulas da UNESCO para

calcular os indicadores.

5 O ano letivo mudou em finais de 2009. O anterior ano letivo iniciava-se em Agosto de um ano e terminava em Julho do

ano seguinte (p. ex., Agosto de 2007- Julho de 2008). O atual ano letivo (em vigor desde Janeiro de 2010) inicia-se em

Janeiro e termina em Dezembro, tal como o ano do calendário. Houve um intervalo de 4 meses entre Agosto e Dezembro em

2009, quando as escolas permaneceram fechadas. Por isso, o ano letivo de 2010 refere-se apenas a este ano e não ao de

2009, que compreende 2008-2009.


O EMIS calcula o abandono como proporção dos alunos que deixam o sistema sem

concluírem um determinado ano de escolaridade num determinado ano letivo. A taxa de

abandono reflete a percentagem de alunos que desistem da escola durante o ano e entre os

anos dentro do mesmo ciclo. A informação é recolhida uma vez por ano, no início do ano

letivo de todas as escolas no país, tanto estatais como não estatais (católicas e privadas). O

EMIS reporta que atribui IDs únicos a cada aluno no sistema, o que lhes deverá possibilitar

rastrear os alunos individualmente, embora este sistema ainda não esteja operacional.

Procedimentos de validação como, por exemplo, o cruzamento dos dados recolhidos com os

diretores das escolas, foram implementados para assegurar a qualidade dos dados.

Quadro 2: Fontes de informação por indicador

Indicador Fontes de informação

EMIS DHS

Grupo A: Indicador primário

Matrículas por ano de escolaridade e ciclo X

Taxa de abandono por ano de escolaridade e ciclo X X

Taxa de progresso por ano de escolaridade e ciclo X

Taxa de sobrevivência por ciclo X X

Taxa de transição de ciclo para ciclo X

Grupo B: Indicadores de “previsão” do abandono

Taxa de matrículas por idade por ciclo e/ou ano de

escolaridade X

Taxa de repetição por ano de escolaridade e por

ciclo X X

Taxa de conclusão

Grupo C: Indicadores contextuais relativos aos alunos

Rácio ilíquido de matrículas por ciclo X X

Taxa líquida de matrículas por ciclo X X

Taxa (líquida) de admissões no primeiro ano de

escolaridade X

Crianças fora da escola

Taxa de literacia juvenil

Índice de Paridade entre os Géneros por ciclo X X

Grupo D: Indicadores da Oferta de Ensino

Escolas por ciclo e por entidade prestadora X

Professores por ciclo e por entidade prestadora X

(por ciclo)

Rácio aluno: professor por ciclo X

Aluno: sala de aula por ciclo

Manual escolar: aluno por ciclo

Distância da escola


B. Limitações das fontes de informação

Ambas as fontes de informação apresentam limitações quanto à solidez e precisão do dados.

O DHS refere que todos os distritos, à exceção de Cova Lima e de Díli, mostram uma taxa de

abandono inferior a um por cento na maioria dos anos de escolaridade; registou-se ainda que

vários distritos apresentam, na verdade, zero por cento. Estas taxas de abandono

consideravelmente baixas são desmentidas pelos dados do EMIS e pelas observações a nível

das escolas. Além disso, uma nota surpreendente do DHS é que o abandono é o maior nos

quintis mais ricos das áreas urbanas, contrariamente à maioria dos relatos sobre o abandono

da maioria dos países e inversamente às perceções predominantes em Timor-Leste. Um

recente inquérito da UNICEF concluiu que a tradução dos instrumentos para a língua local

era problemática, o que pode ter afetado a legitimidade das respostas.

Os dados do EMIS reportam taxas mais substanciais relativas ao abandono à exceção do anos

de escolaridade finais de ciclo: o 6.º, o 9.º e o 12.º anos. Mais uma vez, as baixas taxas de

abandono em anos de escolaridade decisivos para a transição vão contra a maioria dos

motivos de abandono. A discrepância pode ser atribuída ao próprio sistema de elaboração de

relatórios, dado que o EMIS não pode seguir uma criança no ciclo de ensino seguinte

(primário, pré-secundário e secundário), uma vez que esta já não está registada em nenhuma

escola. Não pode reportar se um aluno se matriculou no ano de escolaridade que inicia um

ciclo (p. ex., o 7.º ou o 10.º ano de escolaridade) ou se deixou a escola sem transitar para o

ciclo seguinte. Consequentemente, o aluno que concluiu o 6.º ou o 9.º ano de escolaridade,

mas não se matriculou no ano de escolaridade seguinte, não será reportado como desistente,

ficando, desta forma, o relatório incompleto quanto ao abandono em anos de escolaridade que

terminam um ciclo, compreendendo apenas o abandono nos anos de escolaridade dentro dos

ciclos, mas não o abandono nos anos de escolaridade de transição para o ciclo seguinte. A

explicação mais óbvia para as taxas de abandono relativamente baixas nos anos de

escolaridade finais de ciclo, 6.º e 9.º anos de escolaridade, é a de os alunos não abandonarem

durante esses anos de escolaridade, mas a de não se matricularem no ciclo seguinte.

C. Seleção das fontes de informação

Com base na disponibilidade da informação e de aconselhamento por parte dos parceiros

locais que consultaram os funcionários das escolas e o pessoal do ministério, os dados do

EMIS foram selecionados para serem utilizados para efeitos de análise das tendências. Tendo

em conta as limitações do EMIS, efetuámos a triangulação dos pareceres da nossa análise,

analisando-os com as partes interessadas relevantes, incluindo o Ministério e os doadores.

V. Tendências a nível nacional e seleção do ciclo/ano de escolaridade

A. Taxa líquida de matrículas (TLM) por ciclo

A informação relativa às matrículas líquidas a nível nacional mostra um aumento estável do

número de matrículas dos alunos ao longo do tempo e em todos os ciclos. (Ver Gráfico 1

abaixo). As taxas de matrículas aumentaram tanto para os alunos do sexo masculino como do

feminino desde 2006/2007. No entanto, as taxas líquidas de matrículas entre o nível primário

e o nível pré-secundário caem vertiginosamente de cerca de 85 por cento para cerca de 30 por

cento, sugerindo que uma elevada percentagem de alunos da primária não se matricularam no


ciclo seguinte—por outras palavras, um elevado abandono entre ciclos.6 Os dados mostram

também:

O nível primário tem a maior taxa de matrículas em 2010 (85,5 por cento para o sexo

masculino, 84,9 para o sexo feminino) e não apresenta propriamente nenhuma

disparidade nas taxas de matrículas entre os sexos.

Apesar de a disparidade entre os géneros ser insignificante nos ciclos primário e pré-

secundário, o fosso alarga no ciclo secundário, sendo que a TLM do sexo feminino é

quase cinco por cento mais elevada do que a do sexo masculino.

Apesar de as matrículas no nível pré-secundário e secundário serem significativamente mais

baixas do que as matrículas no nível primário, com uma diferença de cerca de 55 e 65 pontos

percentuais, respetivamente, a maioria dos alunos que progridem durante o nível primário

tem mais probabilidades de resultar num aumento dos números e taxas de matrículas em

níveis de ensino superiores nos anos subsequentes.

Gráfico 1: Taxa líquida de matrículas a nível nacional por ciclo, 2006/07 - 2010

Fonte: Sistema de Informação para Gestão da Educação, 2008/09

6 Deve ter-se cuidado ao comparar as TLMs. As diferenças nas TLMs entre os ciclos de ensino não podem ser

exclusivamente atribuídas ao abandono. Por razões de repetição, uma determinada percentagem de alunos pode não ter feito

ainda a transição de um ciclo para o outro. Além disso, as TLMs focam os alunos com a idade adequada para o respetivo

ciclo. As crianças que tenham idade a mais ou a menos e que transitem para o próximo ciclo não estão compreendidas no

cálculo das TLMs.


B. Taxa de abandono por ciclo

As taxas de abandono reportadas pelo EMIS foram primeiramente analisadas por ciclo a nível

nacional para determinar o nível mais afetado pelo abandono (Gráfico 2). A taxa de abandono

por ciclo relativamente a cada ano escolar mostra a percentagem de alunos que se

matricularam numa escola, mas que deixaram de a frequentar no início do ano seguinte

dentro do mesmo ciclo.7 A conclusão mais importante é que o abandono dentro do mesmo

ciclo é consistentemente mais intenso no nível primário durante um período de três anos, com

uma taxa de abandono média de cerca de 6 por cento comparativamente às taxas médias mais

perto dos 3 por cento nos níveis pré-secundário e secundário.

Gráfico 2: Taxa de abandono a nível nacional por ciclo, 2006/07 - 2008/09


C. Taxa de abandono por ano de escolaridade

As taxas de abandono por ano de escolaridade foram também examinadas para determinar

o(s) ano(s) de escolaridade mais afetado(s). De acordo com os dados do EMIS apresentados

no Gráfico 3, o 1.º, o 4.º e o 5.º ano de escolaridade têm as taxas de abandono mais elevadas,

com 6,9, 6,7 e 6,7 por cento, respetivamente. A percentagem de abandono do 1.º ano de

escolaridade pode explicar-se pelo elevado número de matrículas de crianças com idade

inferior à idade oficialmente prevista para entrar no ensino e que acabam por abandoná-lo,

voltando, em geral, a matricular-se mais tarde. Por isso, não é um ano de escolaridade alvo

apropriado para as intervenções do SDPP.

7 Como discutido atrás, as taxas de abandono relativas aos níveis primário e pré-secundário não incluem os alunos que

concluíram o ano de escolaridade de fim de ciclo e que não se matricularam no ciclo seguinte.


Em geral, a informação nacional relativa ao abandono revela que:

Os alunos do sexo masculino têm taxas de abandono mais altas nos níveis primário e pré-

secundário do que do feminino, sendo que o sexo feminino tem maiores taxas de

abandono no nível secundário.

A maior disparidade entre os sexos nas taxas reflete-se no nível primário.

O fosso entre os géneros é maior no 4.º ano de escolaridade (diferença de 1,5 pontos

percentuais), e mais baixo no 8.º ano (diferença de 0,1 pontos percentuais).

Em cada ciclo, nos anos de escolaridade que iniciam o ciclo (1.º, 7.º e 10.º), tendem a ter

as maiores taxas de abandono no respetivos ciclos.

As baixas taxas de abandono observadas no 6.º e no 9.º ano, que são anos de escolaridade de

fim de ciclo, explicam-se pela forma como o EMIS calcula o abandono. Como discutido na

secção de Informação e Métodos, os dados do EMIS não reportam os alunos que deixaram a

escola depois de concluírem um ciclo como sendo desistentes. Por isso, os alunos que

concluíram o 6.º e o 9.º ano de escolaridade, mas que não continuam no 7.º e no 10.º ano,

respetivamente, não serão contabilizados pelo EMIS como desistentes, uma vez que estes

alunos não se incluem nos registos de nenhuma escola. Contudo, a taxa de transição entre o

ciclo primário e o pré-secundário é de 82 por cento, indicando que 18 por cento dos alunos no

6.º ano não chegam ao 7.º ano. Este facto, associado aos 2 por cento de abandono entre anos

de escolaridade do mesmo ciclo, sugere que o abandono no 6.º ano é de 20 por cento. Pela

mesma razão, a taxa de abandono relativa ao 9.º ano ficaria acima dos 5 por cento (4 por

cento de abandono entre anos de escolaridade de transição para novo ciclo e 1,5 por cento de

abandono entre anos de escolaridade no mesmo ciclo). Tendo esta situação em conta,

considerando a disparidade das TLMs entre os ciclos, e compreendendo que os anos de

escolaridade de fim de ciclo tendem tipicamente a ter maiores taxas de abandono, é seguro

supor que o 6.º e o 9.º ano de escolaridade sofrem um abandono tão intenso como os de

outros anos de escolaridade no mesmo ciclo.

Gráfico 3: Taxa de abandono a nível nacional por ano de escolaridade, 2008/09



D. Seleção do ano de escolaridade/ciclo alvo

Dado que qualquer indicador pode apresentar uma perspetiva diferente relativamente ao

abandono escolar, o SDPP utilizou a taxa de abandono escolar como determinante definitiva

na sua seleção do(s) ciclo(s)/ano(s) de escolaridade alvo. Tal como indicado pelas taxas de

abandono e pelas TLMs, é notório o facto de o primeiro ciclo ser mais afetado pelo

abandono: 5,7 por cento dos alunos abandonam a escola primária comparativamente aos 3,8

por cento dos alunos no nível pré-secundário e os 2,6 por cento dos alunos no nível

secundário. O intervalo de 55 pontos percentuais relativos à TLMs é maior entre a escola

primária e pré-secundária.

Com base na informação relativa ao abandono no âmbito dos anos de escolaridade, o SDPP

focará os anos avançados do nível primário, o 4.º, 5.º e 6.º anos. Determinou-se que o 4.º e o

5.º ano de escolaridade foram os mais afetados com base na informação relativa ao abandono,

sendo que o abandono foi de ou cerca de 6 por cento. Apesar das limitações existentes nos

cálculos do EMIS relativos à taxa de abandono, o 6.º ano de escolaridade foi incluído como

um ano alvo com base na estimativa de abandono elevado proveniente dos dados relativos à

taxa de transição e porque os anos de escolaridade de fim de ciclo tendem a ter elevadas taxas

de abandono. Também é de notar que o grande fosso nas TLMs relativas às escolas primária

e pré-secundária sugere que muitos alunos do ensino primário não estão a transitar para o

ensino pré-secundário, indicando, assim, um elevado abandono no 6.º ano de escolaridade.

A tendência para o abandono a nível nacional nos anos de escolaridade alvo do SDPP está

apresentada no Gráfico 4. Apesar de as taxas de abandono terem tido um aumento acentuado

(6,8 pontos percentuais no 4.º ano, 5,9 pontos percentuais no 5.º ano e 1,6 pontos percentuais

no 6.º ano) entre 2006/07 e 2007/2008, sofreram uma redução relativa em 2008/09. Em geral,

as taxas de abandono no 4.º, 5.º e 6.º anos de escolaridade aumentaram em 2,6 pontos

percentuais, 3,4 pontos percentuais e 1,1 pontos percentuais, respetivamente, desde

2006/2007.

Gráfico 4: Tendência do abandono a nível nacional relativa aos anos de escolaridade alvo do

SDPP, 2006/07 – 2008/09



VI. Tendências a nível distrital e seleção de distritos

Uma vez selecionados os anos de escolaridade alvo, os indicadores primários foram

analisados por distrito no nível primário para determinar as áreas geográficas mais afetadas

pelo abandono.8 A análise foi realizada a nível distrital—preferentemente a níveis

administrativos inferiores—para ter um número suficiente de escolas a partir das quais se

angariam os dados para efeitos de análise situacional do SDPP (30 escolas) e para

implementar e avaliar intervenções (70 escolas para tratamento e 70 escolas para controlo).

A. Taxa de abandono

A informação mostra que a taxa de abandono nacional relativa à escola primária é de 6,2 por

cento para os rapazes e 5,3 por cento para as raparigas. O Gráfico 5 mostra a taxa de

abandono por distrito relativamente aos alunos do sexo masculino e do sexo feminino no

nível primário. No gráfico, cada linha vertical representa a disparidade entre as taxas de

abandono do sexo masculino e do sexo feminino e salienta a variação das taxas entre os

sexos. Entre as conclusões principais incluem-se:

Ainaro tem as maiores taxas de abandono entre os distritos, tanto para os alunos do sexo

feminino (8,6 por cento) como para os do sexo masculino (9,6 por cento), seguindo-se-

lhe Liquiçá (7,3 por cento para o sexo feminino e 8,8 por cento para o masculino) e

Ermera (7,3 por cento para o sexo feminino e 8,7 por cento para o masculino)

As taxas de abandono de Manufahi apresentam a maior disparidade entre os géneros, de

1,7 pontos percentuais (7,6 por cento para o sexo masculino, 5,9 por cento para o

feminino), seguindo-se-lhe Liquiçá, com uma disparidade entre os géneros de 1,5

pontos percentuais (8,8 por cento para o sexo masculino, 7,3 por cento para o feminino).

As taxas de abandono de Bobonaro apresentam a mais baixa disparidade entre os

géneros, de 0,1 pontos percentuais (6,3 por cento para o sexo masculino, 6,2 por cento

para o feminino).

Os alunos do sexo masculino perfazem taxas de abandono consistentemente mais altas

do que do sexo feminino na escola primária em todos os distritos.

As taxas de abandono são mais elevadas tanto para o sexo masculino como para o

feminino comparativamente à média nacional em 7 de 13 de distritos.

Gráfico 5: Taxa de abandono por distrito – nível primário, 2008/09


8 Ver Apêndice A para mais pormenores.


B. Taxa de progresso

A taxa de progresso nacional relativa à escola primária mostra alguma disparidade entre os

rapazes e as raparigas, sendo que os rapazes têm uma percentagem de progresso ligeiramente

inferior (74,4 por cento) à das raparigas (78,8 por cento). Contudo, existe uma pequena

variação entre os distritos na proporção de alunos que progridem ao longo do sistema de

ensino. Em específico:

A informação mostra que uma maior proporção de alunas progride para o ano de

escolaridade seguinte relativamente aos alunos em todos os distritos.

Quando comparados com a taxa de progresso nacional, todos os distritos, à exceção

de Díli e Baucau, apresentam taxas de progresso mais baixas para ambos os sexos.

As taxas de progresso em Díli (90,4 por cento para o sexo feminino e 86,7 por cento

para o masculino) manifestam-se um caso especial que levantam a média nacional.

Oecusse tem as taxas de progresso mais baixas para o sexo feminino no nível

primário, perfazendo 74,6 por cento, e Manatuto para o sexo masculino, perfazendo

70,7 por cento.

Gráfico 6: Taxa de progresso por distrito – nível primário, 2008/09


C. Taxa de sobrevivência

A taxa de sobrevivência reflete a capacidade de retenção do sistema de ensino. As taxas que

chegam aos 100 por cento indicam um elevado nível de retenção e baixa incidência de

abandono dentro de um ciclo. O Gráfico 6 ilustra a probabilidade de uma coorte de alunos

que entraram no primeiro ano do ciclo primário (1.º ano de escolaridade) e que chegam ao

último ano do ciclo (6.º ano de escolaridade). Os dados mostram que:

existe uma grande variação de valores nas taxas de sobrevivência da escola primária

entre os distritos, desde os 40,6 por cento (Bobonaro) aos 67,7 por cento (Díli) para o

sexo masculino e desde os 44,9 por cento (Bobonaro) aos 78,8 por cento (Baucau)

para o sexo feminino.


Bobonaro exibe as taxas de sobrevivência mais baixas para ambos os sexos, seguindo-

se-lhe Aileu e Manufahi para o sexo masculino (41,4 por cento e 42,8 por cento,

respetivamente) e Oecusse e Lautem para o sexo feminino (49,4 por cento e 52,0 por

cento, respetivamente).

As taxas de sobrevivência mais elevadas verificam-se em Baucau para o sexo

feminino (78,8 por cento) e em Díli para o sexo masculino (67,7 por cento).

Tal como com as taxas de abandono e de progresso, o sexo feminino apresenta

maiores taxas de sobrevivência do que o masculino.

Gráfico 7: Taxa de sobrevivência por distrito – nível primário, 2008/09


D. Taxa de transição

A taxa de transição do nível primário para o pré-secundário mostra a proporção de alunos que

transitam do 6.º para o 7.º ano de escolaridade. Uma baixa taxa de transição indica que

existem problemas em fazer a ponte entre os dois ciclos e reflete uma desadequada

capacidade de admissão no nível pré-secundário. De acordo com os dados:

A taxa de transição nacional é de 83,3 por cento para o sexo feminino e 80,7 por cento

para o masculino.

Liquiçá tem a taxa de transição mais baixa tanto para o sexo masculino como para o

feminino, com 64,7 por cento e 64,9 por cento, respetivamente.

Díli tem a taxa de transição mais alta, com 103,7 para o sexo feminino e 99,4 para o

masculino.

Apenas três distritos—Lautem, Baucau e Díli—têm taxas de transição para o sexo

feminino que são mais elevadas do que a média nacional.

Cerca de 31 por cento dos distritos (4 de 13) têm taxas de transição para o sexo

masculino que excedem a média nacional.


Gráfico 8: Taxa de transição por distrito – do nível primário para o pré-secundário, 2007/08


E. Seleção de distritos

1. Classificação estatística

Os distritos foram classificados de acordo com os quatro indicadores primários, como

apresentado no Quadro 3. A classificação baseia-se no desempenho de cada distrito no nível

primário, dado que o SDPP focará os anos de escolaridade desse ciclo. Tal como descrito na

Secção II, cada distrito recebeu uma pontuação com base na sua posição, sendo que o distrito

mais afetado em cada categoria recebeu “1”. Aos distritos com a mesma taxa foi atribuída a

mesma posição e subsequentemente a mesma pontuação para esse indicador. Os pontos

atribuídos a cada indicador foram somados para se chegar a uma pontuação total. Com base

no total de pontos, aos distritos foi atribuída uma posição cumulativa que representa o seu

desempenho global. Quanto mais baixa a posição, pior foi o desempenho do distrito, como

medido pelos indicadores primários.

O número médio de pontos para todos os distritos é 28—8 pontuaram abaixo da média e 5

acima. O total de pontos variou entre os 14 e 51, com Oecusse a classificar-se como distrito

mais afetado, seguido de Liquiçá e Bobonaro, ambos pontuando 18 pontos. A capital nacional

de Díli é o distrito menos afetado, seguido de Baucau.


Quadro 3: Classificação dos distritos

Distrito Abandono Progresso Sobrevivência Transição TOTAL

DE

PONTOS

POSIÇÃO Taxa Pontos Taxa Pontos Taxa Pontos Taxa Pontos

Aileu 5,61 8 73,88 6 48,20 5 78,32 8 27 7

Ainaro 9,12 1 74,35 7 66,49 10 70,50 2 20 4

Baucau 4,26 11 77,41 12 71,79 13 87,38 12 48 11

Bobonaro 6,26 7 73,01 1 42,70 1 80,40 9 18 2

Cova Lima 5,18 9 75,84 11 58,38 9 77,83 7 36 9

Díli 2,17 13 88,47 13 70,83 12 101,53 13 51 12

Ermera 8,04 3 73,65 5 67,02 11 75,46 6 25 6

Lautem 2,38 12 75,44 9 49,62 6 84,34 11 38 10

Liquiçá 8,10 2 74,84 8 57,48 7 64,81 1 18 2

Manatuto 4,75 10 73,03 2 47,87 4 71,41 3 19 3

Manufahi 6,76 6 75,56 10 47,34 3 82,02 10 29 8

Oecusse 7,43 5 73,17 3 46,28 2 71,53 4 14 1

Viqueque 7,69 4 73,32 4 58,34 8 74,81 5 21 5

Os pontos cumulativos para cada distrito com base nos quatro indicadores primários estão

apresentados abaixo.

Gráfico 9: Classificação por distrito com a pontuação total

2. Considerações práticas

Em adição às classificações baseadas nos dados dos indicadores primários, foram feitas

considerações práticas no momento de determinar as areas chave. Para Timor-Leste, as

considerações práticas foram as seguintes:

Questões de segurança (presença de revoltas e/ou inquietação civil)

Recetividade do governo local

Acessibilidade da região


Padrões baixos de migração

Poucos doadores e intervenções de ONG na educação

Além disso, uma amostra estatística representativa (de, pelo menos, 140 escolas) seria

necessária para implementar o estudo programado de controlo aleatório para as intervenções

do SDPP. Dependendo do número de escolas públicas com os anos de escolaridade

alvejados, o cumprimento deste critério pode requerer a seleção de mais de um distrito. Nesta

situação, a contiguidade entre os distritos pode constituir um fator de maximização da gestão

eficaz dos projetos piloto.

3. Seleção de distritos alvo

Fazendo uso da classificação composta e

tendo em conta as considerações práticas,

foram selecionados os distritos alvo de

Liquiçá (o 2.º mais afetado), Bobonaro (o 2.º

mais afetado) e Ermera (o 6.º mais afetado).

Estes três distritos foram escolhidos para

assegurar a existência do número suficiente

de escolas na área.

A população alvo em todos os três distritos

serão os alunos do sexo feminino e masculino atualmente matriculados nas escolas estatais e

que correm o risco de abandoná-la no 4.º, 5.º e 6.º anos de escolaridade. O Quadro 4

apresenta uma análise de escolas desagregadas por tipo de comunidade.

Apresentam-se, de seguida, as razões alusivas à seleção dos distritos alvo:

Bobonaro e Liquiçá empataram na segunda posição como sendo os distritos mais

afetados.

Ermera faz fronteira com ambos os distritos e ocupa a 3.ª posição relativa à taxa de

abandono mais alta no país; Liquiçá ocupa a 2.ª posição relativa ao abandono mais

alto.

As autoridades locais nos três distritos pretendem colaborar com o projeto, e o nível

de priorização para reduzir o abandono é elevado.

Os três distritos têm número suficiente de escolas (165) para o projeto piloto e são

contíguos para facilitar a implementação do projeto.

Existe um n.º limitado de projetos em educação atualmente a serem implementados

nestes distritos.

Quadro 4: Número de escolas nos distritos alvo

Bobonaro Ermera Liquiçá

Área

urbana/grande

8 13 5

Área

urbana/pequena

2 4 5

Área

rural/grande

20 23 12

Área

rural/pequena

27 33 13

Total 57 73 35


VII. Perfil dos distritos selecionados

Fonte: Nações Unidas, Departamento de Apoio no Terreno

A. Ermera

Ermera localiza-se na região central do país e tem uma população de 103.169 habitantes de

acordo com o censo de 2004. Com uma área de 746 quilómetros quadrados, o distrito divide-

se em cinco subdistritos – Atsabe, Ermera, Hatolia, Letefoho e Railaco. Gleno, a sua capital,

localiza-se a 58 quilómetros a sudoeste da capital do país, Díli, no subdistrito de Ermera. O

grupo étnico principal é o Mambae, que vive predominantemente em Railaco, Ermera,

Letefoho e Hatolia. O Kemak é um dos maiores grupos étnicos no subdistrito de Atsabe, e em

número inferior em Hatolia, onde representa 30 por cento da população. A maioria da

população é bilingue e fala a língua nacional, o Tétum, adicionalmente à sua própria língua.

Mais de 90 por cento da população é católica. Entre as religiões minoritárias incluem-se o

Islão e o Protestantismo. A agricultura é a indústria mais importante em Ermera, sendo o café

a cultura predominante.

B. Liquiçá

Situado na costa nortenha de Timor-Leste, Liquiçá faz fronteira com os distritos de Bobonaro

e Ermera a sul e com Díli a este. Liquiçá integra três subdistritos—Bazartete, Liquiçá e

Maubara—e a sua população perfaz um total de 55.058 pessoas. A cidade costeira de Liquiçá

é a capital do distrito. A maioria dos habitantes são multilingues e falam Tokodede

adiconalmente às línguas nacionais, o Tétum e o Português. Noventa e nove por cento da

agricultura é de subsistência, sendo o milho e o arroz as culturas principais de alimentação.


O café é, em Liquiçá, a principal cultura para venda, sendo o quarto maior distrito produtor

de café no país. As praias rochosas ao longo da costa nortenha são consideradas as mais

bonitas do país e são uma das principais atrações turísticas de Liquiçá.

C. Bobonaro

Bobonaro, localizado na região ocidental do país, faz fronteira com a Indonésia a ocidente e

com os distritos de Covalima, Ainaro, Ermera e Liquiçá. De acordo com o censo de 2004, o

distrito totaliza uma população de 82.385 pessoas a viver aí, nos seis subdistritos de Atabae,

Balibo, Bobonaro, Cailaco, Lolotoe e Maliana. Maliana, a capital de Bobonaro, é a quarta

maior cidade de Timor-Leste. A principal fronteira por terra que dá acesso a Timor Ocidental

Indonésio localiza-se neste distrito. Dos três dialetos conhecidos que são falados no distrito—

Bunak, Kemak e Bekais, Bunak e Kemak são as línguas mais comuns. A economia do distrito

de Bobonaro baseia-se sobretudo na agricultura. O arroz é o produto mais importante

seguido do milho.

VIII. Indicadores de educação selecionados nos distritos do SDPP

Os dados dos indicadores de “previsão” do abandono escolar, dos indicadores contextuais e

dos indicadores de oferta de ensino estão apresentados abaixo relativamente aos três distritos

selecionados para o 4.º. 5.º e 6.º anos de escolaridade (e nível primário, se aplicável); a

informação a nível nacional é disponibilizada, de acordo com a necessidade, para efeitos de

comparação. “n/d” numa célula indica que a informação não está disponível e “*” significa

que a informação a nível nacional não é relevante para o indicador em concreto. Todas as

estatísticas foram retiradas do EMIS, caso não seja indicado nada em contrário.

A. Indicadores de “previsão” do abandono

O Quadro 5 apresenta a informação relativa ao grupo de indicadores de “previsão”, que ajuda

a identificar os alunos que correm o risco de não concluírem o ciclo de ensino básico.

Quadro 5: Indicadores de “previsão” do abandono, 2008/09

Indicadores Nacional Ermera Liquiçá Bobonaro

Taxa de

repetição por ano

de escolaridade

4.º ano Alunos 15,0 17,0 15,8 14,3

Alunas 10,9 13,1 13,5 9,1

5.º ano Alunos 11,1 11,1 6,9 7,8

Alunas 8,1 9,2 5,5 8,5

6.º ano Alunos 4,8 5,0 3,9 3,3

Alunas 3,9 5,1 2,7 3,1

Taxa de

repetição por

ciclo

Primária Alunos 19,6 19,6 18,9 22,9

Alunas 16,2 17,2 14,7 19,8

Taxa de

conclusão Primária

Alunos n/d n/d n/d n/d

Alunas n/d n/d n/d n/d

Taxa líquida de

matrículas por

ciclo

Primária Alunos (2010) 85,5 90,7 77,0 86,9

Alunas (2010) 84,9 87,9 74,4 89,0

Matrículas por

idade, por ano de

escolaridade

4.º ano

(2010)

% idade

insuficiente

Alunos 4,8 4,9 2,3 5,9

Alunas 7,5 6,6 4,1 7,1

% idade Alunos 41,1 38,4 33,1 35,1



(percentagem de

alunos e alunas

com idade

insuficiente,

adequada e

ultrapassada)9

adequada Alunas 47,4 43,2 39,5 43,4

% idade

ultrapassada

Alunos 54,1 56,7 64,6 59,1

Alunas 45,1 50,1 56,4 49,5

5.º ano

(2010)

% idade

insuficiente

Alunos 3,1 4,0 0,2 3,6

Alunas 4,6 4,7 3,2 4,5

% idade

adequada

Alunos 39,3 36,8 31,1 33,5

Alunas 46,2 41,6 36,3 41,1

% idade

ultrapassada

Alunos 57,6 59,2 67,0 63,0

Alunas 49,2 53,7 60,5 54,4

6.º ano

(2010)

% idade

insuficiente

Alunos 4,3 6,8 3,0 3,0

Alunas 5,6 5,9 3,1 29,7

% idade

adequada

Alunos 39,1 38,3 29,2 67,3

Alunas 44,7 43,9 34,1 5,8

% idade

ultrapassada

Alunos 56,6 54,8 67,8 37,4

Alunas 49,8 50,2 62,8 56,8

Idades

matriculadas por

ciclo10

Primária

(2010)

% idade

insuficiente

Alunos 9,7 12,4 6,4 10,5

Alunas 11,9 13,7 8,4 11,9

% idade

adequada

Alunos 51,1 40,0 40,4 45,0

Alunas 54,7 42,5 44,2 49,2

% idade

ultrapassada

Alunos 39,1 47,7 53,2 44,5

Alunas 33,4 43,8 47,4 38,9

B. Indicadores contextuais relativos aos alunos

O Quadro 6 apresenta os indicadores contextuais, que fornecem um resumo do estado do

ensino do distrito relativamente ao desempenho nacional.

Quadro 6: Indicadores contextuais relativos aos alunos, 2008/09


Taxa ilíquida de

matrículas por

ciclo

Primária Alunos (2010) 118,4 128,3 111,3 121,5

Alunas (2010) 114,3 121,7 104,8 121,2

Taxa líquida de

matrículas por

ciclo11

Primária Alunos (2010) 85,5 90,7 77,0 86,9

Alunas (2010) 84,9 87,9 74,4 89,0

Taxa (líquida) de

admissões no

primeiro ano de

escolaridade

Alunos (2010) 48,3 41,7 40,2 46,0

Alunas (2010) 49,4 41,4 40,4 48,6

Número de

crianças fora da

escola12

Primária Alunos 13511 n/d n/d n/d

Alunas 16939 n/d n/d n/d

9 Para efeitos deste quadro, a “idade adequada” para o 4.º ano é 9-10 anos, para o 5.º ano é 10-11 anos e para o 6.º ano é 11-

12 anos. O Apêndice B apresenta um quadro com informação completa sobre as idades matriculadas por ano de

escolaridade. 10

Para efeitos deste quadro, “idade adequada” para cada ano de escolaridade significa o seguinte: 6-7 anos para o 1.º ano, 7-

8 anos para o 2.º ano, 8-9 anos para o 3.º ano, 9-10 anos para o 4.º ano, 10-11 anos para o 5.º ano, e 11-12 anos para o 6.º

ano. O Apêndice B apresenta informação completa sobre as idades matriculadas por ciclo. 11

DHS, 2009/10



Taxa de literacia

juvenil13

Alunos 15-19 anos 86,6 n/d n/d n/d

20-24 anos 85,4 n/d n/d n/d

Alunas 15-19 anos 86,4 n/d n/d n/d

20-24 anos 81,4 n/d n/d n/d

Índice de Paridade

entre os Géneros14

IPG Primária (2010) ,97 ,95 ,94 1,0

TLM Primária (2010) ,99 ,97 ,97 1,02

Taxa de

abandono Primária ,85 ,84 ,83 ,94

Taxa de

sobrevivência Primária ,55 1,0 1,04 1,10

Taxa de

progresso Primária ,61 1,05 1,08 1,05

C. Indicadores de oferta de ensino

Por fim, os indicadores de oferta, que refletem a disponibilidade dos recursos de ensino e o

acesso a eles, estão apresentados no Quadro 7.

Quadro 7: Indicadores de oferta de ensino, 2008/09


Número de escolas por ciclo (2010) Primária * 97 53 116

Número de escolas por entidade

prestadora (2010)

Pública * 95 50 106

Privada * 0 0 0

Católica * 2 3 10

Número de professores por ciclo15

(2010) Primária * 1097 485 882

Número de professores por entidade

prestadora

Pública n/d n/d n/d n/d

Privada n/d n/d n/d n/d

Católica n/d n/d n/d n/d

Rácio aluno: professor por ciclo Primária 22,5 25,4 26,6 23,0

Sala de aula: aluno por ciclo Primária n/d n/d n/d n/d

Manual escolar: aluno por ciclo Primária n/d n/d n/d n/d

Distância média da escola em km n/d n/d n/d n/d

12

EdStats, 2009 13

DHS, 2009/10 14

O IPG igual a 1 indica paridade entre o sexo feminino e o masculino. Em geral, um valor inferior a 1 indica disparidade a

favor do sexo masculino e um valor superior a 1 indica disparidade a favor do sexo feminino. Contudo, a interpretação deve

ser ao contrário em relação aos indicadores que se aproximarem idealmente dos 0% (p. ex., taxa de abandono). Nestes casos,

o IPG inferior a 1 indica disparidade a favor do sexo feminino e um valor superior a 1 indica disparidade a favor do sexo

masculino. 15

É possível que alguns professores sejam contados duplamente, dado que ensinam a vários anos de escolaridade.


IX. Conclusão

Aproximadamente dez anos depois do restabelecimento da independência, o acesso ao ensino

continua a melhorar em Timor-Leste, como exemplificam os números relativos às matrículas.

Em 2010, a taxa líquida de matrículas no nível primário era de 85,2 por cento

comparativamente aos 75,7 por cento em 2006/07. Similarmente, a TLM nos níveis pré-

secundário e secundário alcançou os 27,6 por cento e 18,1 por cento, respetivamente, em

comparação com os 21,9 por cento e 14,0 por cento em 2006/07.

O ciclo primário sofre o maior nível de abandono escolar. As TLMs relativas aos níveis pré-

secundário e secundário são relativamente baixas, indicando que uma grande percentagem de

alunos não conclui o ciclo básico. A diferença de 55 pontos percentuais entre a TLM do nível

primário e a TLM do nível pré-secundário sugere que o ensino oficial termina para a maioria

dos alunos na escola primária. Mais uma prova do baixo nível de retenção e alta incidência

de abandono no ciclo primário é a taxa de sobrevivência nacional relativa ao 6.º ano de

escolaridade: em 2008/09, estimava-se que apenas 55,1 por cento dos alunos do sexo

masculino e 61 por cento dos alunos do sexo feminino que começaram a escola primária a

concluíssem. A taxa de abandono nacional no nível primário era de 5,7 por cento no ano

letivo de 2008/09, variando entre 9,1 por cento (Ainaro) e Díli (2 por cento).

No âmbito do ciclo primário, o abandono é mais intenso nos anos de escolaridade mais altos.

As taxas de abandono registadas para o 4.º e o 5.º ano de escolaridade excedem as taxas

relativas aos anos de escolaridade inferiores, e estima-se que o abandono relativo ao 6.º ano

de escolaridade ascenda aos 20 por cento. As diferenças entre os géneros relativamente ao

abandono nestes anos de escolaridade são relativamente pequenas. Os alunos—tanto rapazes

como raparigas—no 4.º, 5.º e 6.º anos de escolaridade podem beneficiar mais das

intervenções do SDPP.

Oecusse, Liquiçá e Bobonaro classificaram-se nas piores posições na classificação estatística

dos quatro indicadores primários (abandono, progresso, sobrevivência e transição). Contudo,

tendo em conta as considerações práticas, os distritos geograficamente contíguos de Ermera

(distrito mais afetado, na 6.ª posição), Liquiçá (na 2.ª posição) e Bobonaro (igualmente na 2.ª

posição) foram propostos como distritos alvo do SDPP. Ermera e Liquiçá possuem as taxas

mais altas de abandono, atrás de Ainaro. Bobonaro possui as piores taxas de progressão e de

sobrevivência na escola primária.

Focar a atenção sobre os alunos e as alunas nos 4.º, 5.º e 6.º anos de escolaridade nestes

distritos, permitirá ao SDPP trabalhar com a população estudantil com maior risco de

abandonar a escola antes de adquirir as competências básicas (literacia e matemática)

necessárias para continuar a sua educação ou para melhor estar preparada para assegurar um

papel produtivo na sociedade.


Bibliografia

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Apêndice A: Indicadores primários

Quadro A-1: Matrículas por ciclo, 2008/09

Quadro A-2: Matrículas por ano de escolaridade, 2008/09

Quadro A-3: Taxa de abandono por ciclo, 2008/09

Quadro A-4: Taxa de abandono por ano de escolaridade, 2008/09

Quadro A-5: Taxa de progresso por ciclo, 2008/09

Quadro A-6: Taxa de progresso por ano de escolaridade, 2008/09

Quadro A-7: Taxa de sobrevivência por ciclo, 2008/09

Quadro A-8: Taxa de transição de ciclo para ciclo, 2008/09


Quadro A-1: Matrículas por ciclo, 2008/09

Distrito Primária Pré-Secundária Secundária Total de

matrículas Total Alunos Alunas Total Alunos Alunas Total Alunos Alunas

Aileu 10043 5323 4720 2768 1359 1409 1242 634 608 14053

Ainaro 14368 7678 6690 3003 1494 1509 1205 655 550 18576

Baucau 25324 13362 11962 6965 3505 3460 3730 2047 1787 36019

Bobonaro 19614 10072 9542 4822 2504 2318 2067 1064 999 26503

Cova Lima 14186 7292 6894 4393 2226 2167 1642 845 802 20221

Díli 30722 16172 14550 13784 6822 6962 13578 7150 6570 58084

Ermera 26455 13974 12481 5417 2867 2550 1967 1164 803 33839

Lautem 14993 7774 7219 3990 2088 1902 1582 771 849 20565

Liquiçá 12590 6925 5665 3274 1676 1598 1351 846 593 17215

Manatuto 9261 4903 4358 2202 1115 1087 683 334 350 12146

Manufahi 11199 5845 5354 3414 1638 1776 1557 831 820 16170

Oecusse 11326 5716 5610 2470 1295 1175 882 491 397 14678

Viqueque 18370 9663 8707 3863 1993 1870 1445 752 714 23678

Nacional 218451 114699 103752 60365 30582 29783 32931 17584 15842 311747

Fonte: Sistema de Informação para Gestão da Educação (2008/09)



Distrito 1.º ano 2.º ano 3.º ano 4.º ano 5.º ano 6.º ano

Total Alunos Alunas Total Alunos Alunas Total Alunos Alunas Total Alunos Alunas Total Alunos Alunas Total Alunos Alunas

Aileu 2843 1530 1313 2135 1152 983 1628 880 748 1358 730 628 1094 558 536 985 473 512

Ainaro 4034 2163 1871 3204 1714 1490 2389 1259 1130 1570 845 725 1567 835 732 1604 862 742

Baucau 6863 3728 3135 4983 2608 2375 4258 2232 2026 3390 1819 1571 3074 1579 1495 2756 1396 1360

Bobonaro 6273 3315 2958 3945 1969 1976 3075 1584 1491 2556 1349 1207 1918 961 957 1847 894 953

Cova Lima 4561 2407 2154 2727 1398 1329 2052 1037 1015 1715 897 818 1539 747 792 1592 806 786

Díli 7256 3867 3389 6297 3313 2984 4885 2484 2401 4413 2324 2089 4063 2171 1892 3808 2013 1795

Ermera 7666 4032 3634 5739 3051 2688 4340 2227 2113 3277 1807 1470 2925 1537 1388 2508 1320 1188

Lautem 4283 2322 1961 2839 1428 1411 2279 1210 1069 2019 983 1036 1866 976 890 1707 855 852

Liquiçá 3334 1780 1554 2710 1474 1236 2169 1175 994 1748 979 769 1579 793 786 1050 724 326

Manatuto 2781 1501 1280 1898 1000 898 1429 738 691 1110 630 480 1099 564 535 944 470 474

Manufahi 2688 1462 1226 2308 1197 1111 1933 990 943 1612 847 765 1424 730 694 1234 619 615

Oecusse 3913 2065 1848 2278 1161 1117 1688 846 842 1310 618 692 1134 546 588 1003 480 523

Viqueque 5379 2922 2457 3559 1904 1655 3156 1644 1512 2331 1191 1140 2052 1036 1016 1893 966 927

Nacional 61874 33094 28780 44622 23369 21253 35281 18306 16975 28409 15019 13390 25334 13033 12301 22931 11878 11053




Aileu 1028 507 521 874 417 457 866 435 431 475 229 246 369 191 178 398 214 184

Ainaro 1172 597 575 1003 487 516 828 410 418 409 204 205 451 264 187 345 187 158

Baucau 2631 1353 1278 2338 1165 1173 1996 987 1009 1204 603 601 1339 780 663 1187 664 523

Bobonaro 1667 846 821 1605 843 762 1550 815 735 665 312 353 713 376 333 689 376 313

Cova Lima 1532 804 728 1531 768 763 1330 654 676 564 265 299 508 259 254 570 321 249

Díli 5009 2545 2464 4485 2208 2277 4290 2069 2221 5442 2705 2737 4354 2400 2096 3782 2045 1737

Ermera 1825 964 861 1822 953 869 1770 950 820 812 485 327 549 317 232 606 362 244

Lautem 1601 838 763 1208 616 592 1181 634 547 611 306 305 537 255 320 434 210 224

Liquiçá 1227 658 569 1048 536 512 999 482 517 492 268 224 393 291 190 466 287 179

Manatuto 821 419 402 739 376 363 642 320 322 213 99 114 272 139 134 198 96 102

Manufahi 1313 672 641 1107 523 584 994 443 551 523 245 278 540 324 310 494 262 232

Oecusse 942 484 458 776 395 381 752 416 336 331 180 151 314 187 133 237 124 113

Viqueque 1393 675 718 1303 676 627 1167 642 525 531 257 274 498 272 247 416 223 193

Nacional 22161 11362 10799 19839 9963 9876 18365 9257 9108 12272 6158 6114 10837 6055 5277 9822 5371 4451



Quadro A-3: Taxa de abandono por ciclo, 2008/09

Distrito Primária Pré-secundária Secundária

Total Alunos Alunas Total Alunos Alunas Total Alunos Alunas

Aileu 5,6 6,1 5,1 4,7 5,2 4,1 1,6 1,1 2,1

Ainaro 9,1 9,6 8,6 4,7 5,7 3,7 1,2 1,1 1,3

Baucau 4,3 4,6 3,9 3,3 3,6 3,0 1,7 1,4 2,0

Bobonaro 6,3 6,3 6,2 3,5 3,7 3,4 4,7 4,8 4,6

Cova Lima 5,2 5,9 4,5 3,5 3,3 3,7 4,4 4,0 4,7

Díli 2,2 2,4 2,0 1,7 2,1 1,4 1,2 1,1 1,3

Ermera 8,0 8,7 7,3 6,0 6,6 5,2 2,5 2,4 2,6

Lautem 2,4 2,6 2,2 2,4 2,2 2,5 6,8 6,8 6,8

Liquiçá 8,1 8,8 7,3 4,5 5,5 3,6 2,4 1,7 3,4

Manatuto 4,8 5,3 4,1 3,7 3,5 4,0 6,3 6,0 6,5

Manufahi 6,8 7,6 5,9 7,0 7,8 6,3 5,7 4,6 6,8

Oecusse 7,4 8,0 6,8 4,1 3,8 4,6 5,0 4,6 5,5

Viqueque 7,7 8,1 7,3 6,0 6,0 6,0 4,8 5,2 5,2

Nacional 5,7 6,2 5,3 3,8 4,1 3,5 2,6 2,4 2,9



Quadro A-4: Taxa de abandono por ano de escolaridade, 2008/09



Aileu 5,3 5,7 5,0 4,4 5,0 3,9 6,4 6,7 6,2 7,8 7,5 8,1 5,8 7,4 4,1 4,3 5,3 3,3

Ainaro 9,7 9,6 9,7 10,6 10,4 10,7 9,4 10,1 8,7 8,3 9,4 7,2 12,6 14,4 10,7 1,7 2,4 0,8

Baucau 5,7 5,7 5,7 3,9 4,5 3,3 3,7 4,1 3,3 4,8 5,2 4,5 4,4 4,7 4,2 1,3 1,6 1,0

Bobonaro 6,3 5,9 6,7 5,8 6,0 5,5 6,2 6,2 6,2 7,9 8,6 7,0 8,8 9,3 8,4 2,4 2,5 2,4

Cova Lima 5,9 6,5 5,2 5,2 6,2 4,2 5,4 6,1 4,6 5,9 7,0 4,8 5,9 5,9 5,9 1,3 1,7 0,9

Díli 3,1 3,4 2,7 2,6 2,7 2,5 1,5 1,7 1,3 2,3 2,5 2,1 1,8 1,8 1,9 0,8 0,9 0,7

Ermera 8,4 8,5 8,3 6,8 7,2 6,4 8,2 9,4 6,8 10,1 11,6 8,3 11,9 12,8 10,8 2,4 2,9 1,9

Lautem 3,4 3,3 3,4 2,6 2,4 2,8 1,9 2,2 1,5 2,0 2,5 1,5 2,4 2,9 1,9 0,7 0,8 0,6

Liquiçá 9,9 9,9 9,9 6,6 7,2 5,8 8,5 9,6 7,1 9,7 10,9 8,1 9,1 10,6 7,6 3,0 3,2 2,7

Manatuto 6,3 6,6 5,9 4,6 5,2 3,9 3,8 4,6 3,0 4,8 5,9 3,3 5,2 5,9 4,5 1,5 1,5 1,5

Manufahi 8,6 9,0 8,2 5,8 7,1 4,5 6,8 7,5 6,2 7,5 8,3 6,7 6,8 8,4 5,2 3,2 3,6 2,9

Oecusse 8,7 9,5 7,8 7,0 8,3 5,7 7,3 8,4 6,3 8,8 9,2 8,4 5,6 3,9 7,1 4,0 3,5 4,4

Viqueque 8,9 8,7 9,1 8,4 9,4 7,3 8,2 9,0 7,3 7,5 7,8 7,2 6,8 7,1 6,5 3,4 3,4 3,3

Nacional 6,9 7,1 6,7 5,7 6,3 5,1 5,9 6,6 5,3 6,7 7,4 5,9 6,7 7,3 6,1 2,3 2,6 2,0



Aileu 8,1 8,9 7,3 3,5 4,3 2,8 2,1 2,1 2,1 2,5 1,8 3,3 0,5 0,5 0,6 1,5 0,9 2,2

Ainaro 7,4 9,6 5,2 4,7 5,3 4,1 1,6 2,0 1,2 1,5 1,5 1,5 1,8 1,5 2,1 0,0 0,0 0,0

Baucau 5,4 6,2 4,6 3,8 3,9 3,8 1,0 1,0 1,0 2,6 2,5 2,7 2,1 1,5 2,7 0,5 0,8 0,2

Bobonaro 5,2 5,4 5,0 5,2 5,0 5,4 0,6 1,0 0,1 9,0 10,3 7,9 5,4 5,1 5,7 0,0 0,3 0,0

Cova Lima 4,9 5,5 4,3 4,6 3,4 5,8 1,0 0,9 1,0 9,0 8,7 9,4 3,5 2,7 4,3 0,9 0,9 0,8

Díli 3,3 4,1 2,4 1,6 2,0 1,3 0,8 0,8 0,9 2,3 2,2 2,5 0,6 0,6 0,5 0,4 0,4 0,4

Ermera 7,2 7,9 6,4 7,3 6,6 8,1 4,4 6,2 2,3 4,9 4,3 5,8 1,6 2,2 0,9 0,0 0,0 0,0

Lautem 3,9 3,6 4,2 2,2 2,1 2,4 0,1 0,2 0,0 7,9 8,2 7,5 11,5 11,4 11,6 0,0 0,0 0,0

Liquiçá 8,5 9,1 7,7 4,5 5,6 3,3 1,0 1,5 0,6 2,4 0,8 4,5 1,2 1,4 1,1 3,6 3,1 4,5

Manatuto 5,0 6,0 4,0 3,4 3,2 3,6 3,0 1,9 4,0 8,0 8,1 7,9 7,7 7,2 8,2 3,0 2,1 3,9

Manufahi 11,0 12,4 9,7 8,6 8,8 8,4 1,0 0,7 1,3 8,2 6,1 10,1 8,2 7,4 9,0 0,2 0,0 0,4

Oecusse 6,8 6,6 7,0 4,3 3,5 5,0 1,1 1,0 1,2 2,7 2,8 2,7 10,0 8,6 12,0 1,7 1,6 1,8

Viqueque 8,0 8,7 7,2 6,5 6,2 6,9 3,8 3,7 3,8 6,6 6,2 6,9 8,1 8,5 7,7 0,0 0,0 0,0

Nacional 6,5 7,2 5,8 4,6 4,6 4,7 1,6 1,8 1,5 5,2 4,9 5,6 4,8 4,5 5,1 0,9 0,8 1,1



Quadro A-5: Taxa de progresso por ciclo,

2008/09

Distrito

Primária Pré-secundária Secundária

Total Alunos Alunas Total Alunos Alunas Total Alunos Alunas

Aileu 73,9 70,9 77,3 91,4 90,3 92,4 97,4 97,8 96,9

Ainaro 74,3 72,5 76,4 91,8 90,1 93,6 97,5 97,9 97,1

Baucau 77,4 75,1 80,0 93,5 92,6 94,4 97,1 97,2 96,9

Bobonaro 73,0 71,4 74,7 93,7 92,3 95,1 94,0 93,4 94,6

Cova Lima 75,8 73,9 77,9 93,4 93,2 93,5 94,5 94,3 94,6

Díli 88,5 86,7 90,4 96,9 96,1 97,7 98,0 97,9 98,0

Ermera 73,6 71,9 75,6 90,5 89,2 92,0 93,3 96,6 97,0

Lautem 75,4 72,6 78,5 93,9 93,2 94,6 96,8 93,2 94,6

Liquiçá 74,8 72,1 78,0 92,2 91,0 93,5 97,0 97,9 95,6

Manatuto 73,0 70,7 75,6 88,6 87,3 90,0 91,3 90,8 91,8

Manufahi 75,6 72,8 78,5 87,0 86,1 87,8 92,5 93,7 91,2

Oecusse 73,2 71,7 74,6 88,8 88,5 89,2 91,8 93,0 90,2

Viqueque 73,3 71,1 75,8 90,7 90,4 91,1 93,9 93,9 94,0

Nacional 76,5 74,4 78,8 92,9 92,0 93,8 96,2 96,3 96,0




Distrito

1.º ano 2.º ano 3.º ano 4.º ano 5.º ano 6.º ano


Aileu 62,6 60,7 64,8 75,9 74,3 77,7 74,8 69,9 80,6 80,1 78,2 82,3 81,2 76,2 86,4 85,3 82,2 88,1

Ainaro 63,9 61,7 66,5 73,5 73,2 73,9 75,2 73,8 76,7 81,7 78,2 85,7 75,8 71,6 80,5 92,5 91,5 93,5

Baucau 62,7 61,3 64,3 77,6 74,6 80,9 79,6 76,6 82,9 82,0 79,7 84,7 85,5 83,6 87,6 96,2 95,5 96,9

Bobonaro 58,0 56,2 60,0 74,2 72,9 75,5 77,0 76,5 77,5 80,7 77,8 83,9 83,1 83,0 83,1 94,4 94,2 94,5

Cova Lima 59,2 57,9 60,5 77,4 74,7 80,3 79,0 76,2 82,0 85,6 83,7 87,7 86,8 86,4 87,3 96,3 95,4 97,2

Díli 84,7 82,9 86,8 88,3 86,9 89,8 88,0 85,6 90,5 84,4 83,7 89,4 89,5 87,8 91,5 95,8 94,8 96,9

Ermera 62,8 62,1 63,7 76,8 75,4 78,5 74,3 70,9 78,0 74,7 71,4 78,6 77,9 75,9 80,0 92,5 92,1 92,9

Lautem 56,1 53,2 59,5 75,9 72,9 79,0 78,3 76,0 81,0 84,0 81,5 86,3 88,3 86,0 90,8 95,8 95,7 96,0

Liquiçá 63,4 60,4 66,8 72,6 69,5 76,3 76,2 72,9 80,1 75,6 73,2 78,7 84,7 82,4 87,2 93,7 93,0 94,5

Manatuto 57,4 56,2 58,8 73,4 71,8 75,2 76,1 71,8 80,6 80,5 77,9 83,8 83,1 79,4 86,9 92,5 91,5 93,5

Manufahi 65,9 63,3 69,0 76,4 72,9 80,1 75,9 74,4 77,5 79,7 76,3 83,5 81,4 78,4 84,6 83,2 82,1 84,4

Oecusse 61,7 60,2 63,5 75,0 72,7 77,4 73,9 75,7 73,9 77,9 73,8 77,9 84,9 86,8 84,9 92,9 92,5 92,9

Viqueque 58,6 57,7 59,7 73,7 70,8 77,0 74,3 71,0 77,8 78,7 76,4 81,1 84,5 82,6 86,4 94,2 93,7 94,7

Nacional 63,7 62,0 65,6 77,2 75,2 79,5 78,0 75,4 80,7 80,8 78,2 83,8 84,1 82,1 86,3 93,5 92,8 94,3


Distrito

7.º ano 8.º ano 9.º ano 10.º ano 11.º ano 12.º ano


Aileu 86,1 84,8 87,3 92,9 92,1 96,7 95,7 95,4 96,1 94,1 94,8 93,5 99,5 99,5 99,4 98,5 99,1 97,8

Ainaro 86,2 82,2 90,3 93,2 92,4 94,0 96,9 96,1 97,6 95,1 95,6 94,6 97,8 97,7 97,9 99,7 100,0 99,4

Baucau 89,6 88,4 90,8 92,8 91,9 96,7 98,4 98,2 98,6 96,3 95,9 96,7 97,8 98,5 97,0 98,6 98,5 98,7

Bobonaro 91,0 89,2 92,8 91,3 89,9 92,9 98,6 97,7 99,6 89,3 86,9 91,5 93,2 93,1 93,4 99,9 99,7 100,0

Cova Lima 89,8 88,6 91,1 92,9 93,2 92,5 97,6 98,0 97,2 88,8 87,9 89,6 96,5 97,3 95,7 98,3 97,8 98,8

Díli 93,7 92,1 95,3 98,0 97,5 98,4 97,8 97,5 98,1 95,6 95,5 95,8 99,1 99,1 99,2 98,6 98,4 98,7

Ermera 87,2 85,5 89,1 89,5 89,5 89,4 93,6 91,4 96,2 94,1 94,4 93,6 98,0 97,2 99,1 99,8 100,0 99,6

Lautem 89,3 87,1 91,7 96,2 96,9 95,4 99,2 98,9 99,5 88,1 87,9 88,2 86,4 87,5 85,6 99,5 100,0 99,1

Liquiçá 85,7 84,2 87,4 93,4 92,4 94,5 97,6 97,3 97,9 75,7 97,8 93,3 98,8 98,6 99,0 95,7 96,5 94,4

Manatuto 81,1 78,0 84,3 90,0 88,6 91,5 96,6 97,8 95,3 89,7 87,9 91,2 89,7 87,8 91,8 96,5 96,9 96,1

Manufahi 81,0 79,5 82,7 86,1 85,9 86,3 94,5 94,6 94,4 88,5 91,4 86,0 90,9 91,4 90,3 99,4 99,6 99,1

Oecusse 83,4 78,1 83,4 89,2 93,7 89,2 97,3 96,4 97,3 96,0 97,2 96,0 86,5 89,8 86,5 86,7 91,9 86,7

Viqueque 88,6 87,0 90,1 92,5 92,6 92,3 91,5 91,4 91,6 92,3 92,6 92,0 90,4 89,3 91,5 100,0 99,6 100,0

Nacional 88,6 86,8 90,5 93,3 92,9 93,6 96,8 96,3 97,3 94,0 94,0 93,9 96,3 96,5 96,1 98,5 98,6 98,4



Quadro A-7: Taxa de sobrevivência por ciclo, 2008/09

Distrito Primária Pré-Secundária

Total Alunos Alunas Total Alunos Alunas

Aileu 48,2 41,4 56,5 102,7 104,2 101,2

Ainaro 66,5 65,3 68,0 100,2 98,8 101,7

Baucau 71,8 66,0 78,8 87,4 86,5 88,4

Bobonaro 42,7 40,6 44,9 91,3 90,6 92,1

Cova Lima 58,4 56,2 60,8 99,6 100,5 98,8

Díli 70,8 67,7 74,7 115,3 116,5 114,2

Ermera 67,0 67,0 67,1 96,9 96,2 97,8

Lautem 49,6 47,5 52,0 98,9 99,5 98,2

Liquiçá 57,5 56,6 58,6 83,5 83,8 83,3

Manatuto 47,9 43,9 52,5 86,0 89,1 83,1

Manufahi 47,3 42,8 52,8 88,7 86,5 90,5

Oecusse 46,3 43,3 49,4 79,1 78,9 79,2

Viqueque 58,3 54,9 62,3 80,6 81,0 80,2

Nacional 57,8 55,1 61,0 95,8 95,6 95,9



Quadro A-8: Taxa de transição de ciclo para ciclo, 2008/09

Distrito Da primária para a pré-

secundária

Da pré-secundária para

a secundária

Total Alunos Alunas Total Alunos Alunas

Aileu 78,3 76,1 80,6 86,9 84,4 89,5

Ainaro 70,5 67,3 74,0 76,1 85,0 68,9

Baucau 87,4 86,3 88,6 87,7 91,5 84,2

Bobonaro 80,4 79,6 81,2 67,4 59,6 75,8

Cova Lima 77,8 79,1 76,5 111,5 110,8 112,1

Díli 101,5 99,4 103,7 332,1 340,8 324,1

Ermera 75,5 72,6 78,9 67,5 72,2 61,6

Lautem 84,3 85,2 83,5 60,9 59,6 62,3

Liquiçá 64,8 64,7 64,9 58,5 56,2 61,7

Manatuto 71,4 69,8 73,0 41,9 37,1 46,9

Manufahi 82,0 82,7 81,3 78,4 78,9 78,1

Oecusse 71,5 71,3 71,8 54,6 55,6 53,4

Viqueque 74,8 72,2 77,4 56,8 53,6 60,2

Nacional 81,9 80,7 83,3 108,1 106,7 109,5



Apêndice B: Matrículas por idade, por ano de escolaridade e ciclo, 2010

Indicadores Ermera Liquiçá Bobonaro Matrículas por

idade, por ano de

escolaridade

(percentagem de

alunos e alunas

com idade

insuficiente,

adequada e

ultrapassada)

4.º ano 6 anos

Alunos 4 0 0

Alunas 6 0 3

7 anos Alunos 18 7 12

Alunas 25 10 14


Alunas 84 26 66


Alunas 304 111 183

10

anos

Alunos 427 219 286

Alunas 451 236 324

11

anos

Alunos 378 250 285

Alunas 339 217 228

12

anos

Alunos 254 162 201

Alunas 242 131 170

13

anos

Alunos 171 102 130

Alunas 118 70 106

14

anos

Alunos 94 59 70

Alunas 85 45 44

15

anos

Alunos 56 27 46

Alunas 38 17 15

16

anos

Alunos 22 14 17

Alunas 19 6 5

17

anos

Alunos 18 11 12

Alunas 15 5 5

18

anos

Alunos 6 3 7

Alunas 4 1 0

19

anos

Alunos 5 5 5

Alunas 9 4 4

20

anos

Alunos 5 1 0

Alunas 2 0 0

21

anos

Alunos 1 0 0

Alunas 2 0 1

22

anos

Alunos 0 0 0

Alunas 1 0 0

23

anos

Alunos 1 0 0

Alunas 1 0 0

5.º ano 4 anos

Alunos 1 0 0

Alunas 0 0 0

5 anos Alunos 0 0 0

Alunas 0 0 0

6 anos Alunos 0 0 1

Alunas 2 1 0

7 anos Alunos 2 2 2

Alunas 1 0 3


Indicadores Ermera Liquiçá Bobonaro


Alunas 8 2 4


Alunas 43 17 39

10

anos

Alunos 213 79 135

Alunas 201 96 180

11

anos

Alunos 262 152 203

Alunas 281 133 237

12

anos

Alunos 300 163 229

Alunas 244 136 224

13

anos

Alunos 191 142 168

Alunas 165 112 149

14

anos

Alunos 125 85 102

Alunas 101 61 85

15

anos

Alunos 68 51 69

Alunas 55 35 55

16

anos

Alunos 34 30 35

Alunas 25 14 20

17

anos

Alunos 23 17 20

Alunas 15 9 7

18

anos

Alunos 12 5 6

Alunas 6 9 4

19

anos

Alunos 6 4 5

Alunas 5 4 7

20

anos

Alunos 5 1 1

Alunas 5 0 1

21

anos

Alunos 0 0 0

Alunas 1 1 0

22

anos

Alunos 0 0 1

Alunas 0 0 0

24

anos

Alunos 0 0 0

Alunas 0 1 0

6.º ano 6 anos Alunos 1 0 0

Alunas 0 0 0

7 anos Alunos 0 0 0

Alunas 0 0 1

8 anos Alunos 3 0 2

Alunas 3 0 1

9 anos Alunos 4 3 0

Alunas 5 0 1

10

anos

Alunos 69 17 22

Alunas 55 21 44

11

anos

Alunos 184 58 84

Alunas 211 80 117

12 Alunos 248 136 157


Indicadores Ermera Liquiçá Bobonaro anos Alunas 259 153 189

13

anos

Alunos 221 172 197

Alunas 216 174 165

14

anos

Alunos 164 130 141

Alunas 159 114 118

15

anos

Alunos 126 76 89

Alunas 89 63 101

16

anos

Alunos 53 38 60

Alunas 45 44 47

17

anos

Alunos 30 21 38

Alunas 18 22 16

18

anos

Alunos 7 7 10

Alunas 6 6 8

19

anos

Alunos 10 2 5

Alunas 2 4 7

20

anos

Alunos 5 2 4

Alunas 2 1 3

21

anos

Alunos 2 1 2

Alunas 1 1 0

22

anos

Alunos 0 1 0

Alunas 0 0 0

Matrículas por

idade, por ciclo

Primária 4 anos

Alunos 295 41 126

Alunas 289 54 138


Alunas 801 237 567

6 anos Alunos 1354 587 1198

Alunas 1312 557 1136

7 anos Alunos 1740 793 1426

Alunas 1743 720 1342

8 anos Alunos 1690 819 1472

Alunas 1593 735 1437

9 anos Alunos 1971 976 1282

Alunas 1846 912 1272

10

anos

Alunos 1988 901 1165

Alunas 1790 856 1172

11

anos

Alunos 1500 770 936

Alunas 1358 678 879

12

anos

Alunos 1186 641 784

Alunas 1033 522 734

13

anos

Alunos 751 500 614

Alunas 643 413 511

14

anos

Alunos 474 314 363

Alunas 399 240 287

15

anos

Alunos 294 175 224

Alunas 211 127 187


Indicadores Ermera Liquiçá Bobonaro

16

anos

Alunos 134 94 121

Alunas 101 70 79

17

anos

Alunos 79 58 77

Alunas 54 41 32

18

anos

Alunos 37 18 29

Alunas 21 17 12

19

anos

Alunos 28 16 28

Alunas 24 13 20

20

anos

Alunos 16 5 8

Alunas 11 1 6

21

anos

Alunos 6 3 4

Alunas 5 2 1

22

anos

Alunos 0 1 2

Alunas 1 0 2

23

anos

Alunos 1 0 0

Alunas 3 0 0

24

anos

Alunos 1 0 0

Alunas 0 1 0

anÁlise das tendÊncias para o abandono: timor...

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