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Análise das interferências da iluminação artificial no ritmo circadiano humano: O aspecto subjetivo da luz Julho 2014 ISSN 2179-5568 Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - 7ª Edição nº 007 Vol.01/2014 Julho/2014 Análise das interferências da iluminação artificial no ritmo circadiano humano: O aspecto subjetivo da luz Paula Maria de Almeida Nery Fernandes da Silva [email protected] Master em Arquitetura Instituto de Pós-Graduação - IPOG Salvador, Bahia, 05 de Agosto de 2013 Resumo Este artigo aborda uma análise das interferências dos sistemas de iluminação artificial sobre o ritmo circadiano humano, aliado ao aspecto subjetivo da Luz. O interesse sobre essa temática surgiu da curiosidade sobre as alterações no comportamento “comum” dos seres humanos, mergulhados nas diversas ambientações criadas a partir da iluminação artificial. Esse estudo permitirá uma visão mais aprofundada e subjetiva da Luz, que incentivará os profissionais de iluminação a levar em conta não apenas os métodos técnicos, mas principalmente a forma com que o usuário interpreta os espaços construídos, que, por sua vez, está intrinsecamente ligada às suas experiências e vivências diante do mesmo. Para a elaboração dessa análise, foram reunidos diversos estudos sobre a interpretação dos feiches de luz natural pelas células do olho humano, e como a utilização da iluminação artificial interfere nesse processo natural, além dos estudos empíricos individuais a cada ser humano, de acordo com as suas vivências sobre a luz em diversos modos, que os faz reagir também de forma distinta a cada uma das formas da mesma. Consequentemente, foram encontradas vertendes de diversos profissionais que atribuem muitos problemas da “sociedade moderna” como: obesidade, insônia, stress, entre outros, que estão diretamente ligados à nova rotina necessária para a velocidade de produção e ação no mercado de trabalho, à influência da luz artificial. Palavras-chave: Iluminação Artificial. Ritmo Circadiano. Luz. 1. Introdução A Luz é um elemento vital para os seres humanos, pois através dela o mundo “nasce” aos olhos dos mesmos, e com ela, os seus gostos, suas cores, sua vida, e ao longo desta, diversas formas de experimentar a luz, traz grandes e subjetivos impactos aos indivíduos. Os organismos vivos necessitam da energia solar, isto é, tanto as radiações eletromagnéticas visíveis quanto as radiações eletromagnéticas próximas do visível, emitidas pelo Sol, necessárias para a sobrevivência da maioria das espécies do planeta. (VARGAS, 2009;88) Em meio à correria do dia a dia agitado das grandes capitais, fez-se necessário o desenvolvimento de diversas tecnologias para atender à necessidade de maior produtividade e velocidade de resposta ao mercado. Sendo assim, os projetos de iluminação tornaram-se cada vez mais detalhados e complexos, com objetivo principal de atrair a atenção comercial e trazer conforto e eficiência aos seus usuários, contando com instrumentos como a normatização, para auxiliar na qualidade e quantificação dos mesmos. Mas até que ponto essas intervenções “artificiais” são eficazes ou prejudiciais aos seres humanos? Será que os métodos normativos e cálculos numéricos são suficientes para atingir

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Análise das interferências da iluminação artificial no ritmo circadiano humano: O aspecto subjetivo da luz

Julho 2014

ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - 7ª Edição nº 007 Vol.01/2014 Julho/2014

Análise das interferências da iluminação artificial no ritmo

circadiano humano: O aspecto subjetivo da luz

Paula Maria de Almeida Nery Fernandes da Silva – [email protected]

Master em Arquitetura

Instituto de Pós-Graduação - IPOG

Salvador, Bahia, 05 de Agosto de 2013

Resumo

Este artigo aborda uma análise das interferências dos sistemas de iluminação artificial sobre

o ritmo circadiano humano, aliado ao aspecto subjetivo da Luz. O interesse sobre essa

temática surgiu da curiosidade sobre as alterações no comportamento “comum” dos seres

humanos, mergulhados nas diversas ambientações criadas a partir da iluminação artificial.

Esse estudo permitirá uma visão mais aprofundada e subjetiva da Luz, que incentivará os

profissionais de iluminação a levar em conta não apenas os métodos técnicos, mas

principalmente a forma com que o usuário interpreta os espaços construídos, que, por sua

vez, está intrinsecamente ligada às suas experiências e vivências diante do mesmo.

Para a elaboração dessa análise, foram reunidos diversos estudos sobre a interpretação dos

feiches de luz natural pelas células do olho humano, e como a utilização da iluminação

artificial interfere nesse processo natural, além dos estudos empíricos individuais a cada ser

humano, de acordo com as suas vivências sobre a luz em diversos modos, que os faz reagir

também de forma distinta a cada uma das formas da mesma.

Consequentemente, foram encontradas vertendes de diversos profissionais que atribuem

muitos problemas da “sociedade moderna” como: obesidade, insônia, stress, entre outros,

que estão diretamente ligados à nova rotina necessária para a velocidade de produção e

ação no mercado de trabalho, à influência da luz artificial.

Palavras-chave: Iluminação Artificial. Ritmo Circadiano. Luz.

1. Introdução

A Luz é um elemento vital para os seres humanos, pois através dela o mundo “nasce” aos

olhos dos mesmos, e com ela, os seus gostos, suas cores, sua vida, e ao longo desta, diversas

formas de experimentar a luz, traz grandes e subjetivos impactos aos indivíduos. Os organismos vivos necessitam da energia solar, isto é, tanto as radiações

eletromagnéticas visíveis quanto as radiações eletromagnéticas próximas do visível,

emitidas pelo Sol, necessárias para a sobrevivência da maioria das espécies do

planeta. (VARGAS, 2009;88) Em meio à correria do dia a dia agitado das grandes capitais, fez-se necessário o

desenvolvimento de diversas tecnologias para atender à necessidade de maior produtividade e

velocidade de resposta ao mercado. Sendo assim, os projetos de iluminação tornaram-se cada

vez mais detalhados e complexos, com objetivo principal de atrair a atenção comercial e

trazer conforto e eficiência aos seus usuários, contando com instrumentos como a

normatização, para auxiliar na qualidade e quantificação dos mesmos.

Mas até que ponto essas intervenções “artificiais” são eficazes ou prejudiciais aos seres

humanos? Será que os métodos normativos e cálculos numéricos são suficientes para atingir

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ao objetivo principal desses projetos? Existe uma regra geral para uma boa iluminação? Para

muitos profissionais da área, uma simples tabela, aliada às informações das atividades

exercidas no local e aos índices das lâmpadas selecionadas são suficientes para atender ao

chamado “Projeto Eficiente”.

No entanto, são esquecidos os fatores subjetivos da luz sobre o comportamento humano, que

estão intimamente relacionados à forma com que o cérebro recebe as informações dos feixes

de luz, que por sua vez são determinantes de outro grande fator para as consequências dessa

iluminação, que é justamente relativo às experiências dos indivíduos ao longo de suas vidas

sobre diversos aspectos e condições da própria luz.

Atualmente, novos estudos científicos identificaram no olho humano um sistema de captação

e interpretação da luz, que aliados com processos bioquímicos, causam sérias interferências

nas funções biológicas, o que implica na saúde e bem estar dos indivíduos expostos a ela. E

vários autores já conseguiram dissertar sobre como ajustar o seu dia para que o seu relógio

biológico funcione bem e da forma mais natural possível, para que o corpo humano esteja

sendo “utilizado” de forma saudável.

2. O Ciclo Circadiano Humano

Do latim: circa = em torno de; dies = do dia, o ciclo circadiano é responsável pela relação do

tempo e das atividades normais ao corpo humano, ligadas aos aspectos naturais e artificiais do

meio em que vivem.

Estudos realizados com alguns indivíduos, dispostos em locais onde não havia referenciais de

tempo, identificaram que o ciclo natural humano é de 25 e não 24 horas como é quantificado

o dia. Com o passar do tempo de experimento, as pessoas iam dormindo cada dia uma hora

mais tarde com base no dia anterior, completando um ciclo de 25 dias até que dormissem no

mesmo horário do dia em que entraram para o estudo. Esse ciclo foi denominado como “clico

livre”, ou seja, o ciclo de “programação” natural do corpo humano para a sua rotina diária.

A luz é um dos elementos que mais interferem e sinalizam biologicamente o ritmo circadiano;

o amanhecer do dia com a luz intensa e a temperatura mais alta, o entardecer com a baixa de

iluminação e também de temperatura, são elementos que condicionam a alternância entre

atividades e descanso dentro do padrão circadiano (Figura 1).

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Figura 1 – Ciclo circadiano

Fonte: Veralice Meireles Sales de Bruin – Departamento de Medicina Clínica-UFC. Disponível em: http://sergionunespersonal.blogspot.com.br/2011/05/ritmo-circadiano-e-melatonina.html. Acesso em: 05 de

Julho de 2013

Esse sistema cíclico é de extrema importância para vida humana, pois sem ela nem mesmo a

percepção de tempo seria possível, o que implicaria em diversas consequências com relação

às leis da física e do senso de previsão dos fatos: causa X consequência.

Ao mesmo tempo, fatores socioeconômicos culturais, ou seja, a vivência do indivíduo no

espaço e na presença da luz, também influencia diretamente no modo com que este ciclo será

individualizado, personalizado e “executado” por cada um, ou seja; o homem é

comprovadamente produto do seu meio, como já dizia o grande filósofo Karl Marx.

Por estar diretamente ligada à produção de secreções como a melatonina, produzida pela

glândula pineal, que é o hormônio responsável por preparar o organismo para o sono e

reestabelecer o equilíbrio do corpo, a iluminação tem papel direto no controle dessa produção,

portanto, no desenvolvimento, equilíbrio e bem estar do organismo.

O grande responsável por essa interpretação dos fachos luminosos, que regulam o corpo e

suas atividades, foi descoberto recentemente e é considerado o terceiro fotorreceptor, com o

papel de levar ao cérebro as informações indiretas que a luz proporciona para diretrizes de

ação interna do ser humano.

3. O olho humano e a descoberta do terceiro fotorreceptor

Nas espécies inferiores da cadeia zoológica, o olho tem apenas a função de distinguir

claridade e escuridão, mas nos mamíferos sua composição é muito mais complexa e, por

conseguinte, as suas interações e percepções também, permitindo focar e regular os feixes de

luz, além da codificação das imagens.

O olho tem o papel fundamental de ser a janela para o corpo humano, fazendo com que este

interaja com o seu meio, e através dessa interação tenha sensações diversificadas, tanto

psicologicamente, quanto biologicamente, pois os fatores que atravessam a percepção visual

dos espaços e dos objetos sob a luz, e da própria luz em si, não configuram apenas o campo

“programado” dos indivíduos, mas interagem com toda a bagagem de sensações e

experiências vivenciadas por eles ao longo de suas vidas. (Figura 2)

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Figura 2 – As partes do olho e o papel de cada uma delas na interpretação da luz.

Fonte: G1- Bem Estar – Disponível em: http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2011/06/conheca-diferencas-entre-

os-principais-problemas-de-visao.html. Acesso em 25 de Julho de 2013.

O mecanismo da visão se inicia através da radiação eletromagnética visível (luz), que refletida

ou emitida pelo meio externo gera impulsos direcionados à retina, onde as células

denominadas cones e bastonetes emitem informações, através do nervo ótico, para o cérebro,

onde, por sua vez, são interpretadas as distintas intensidades luminosas. Dessa forma, o olho

permite a decodificação do meio externo através das distinções de formas, cores, tamanho e

disposição dos objetos e é justamente da “resposta” da retina às excitações luminosas que

cada indivíduo desenvolve a sua tolerância ou não à luminosidade. Em relação ao desempenho humano, há três rotas principais de análise: através do

sistema visual, do perceptivo e do circadiano. Os dois primeiros têm um

conhecimento consolidado que demonstra como iluminar para obter conforto visual

e estimular a percepção. No entanto, os estudos sobre as relações entre iluminação e

o chamado sistema circadiano humano, ou ritmos diários de 24horas, ainda são

incipientes. (MARTAU,2009:62)

Foram anos e anos de estudos até que David Benson (BERSON, DUNN, MOTAHARU,

2002) descobrisse a existência do terceiro fotorreceptor nos mamíferos, que tem o papel de se

responsabilizar pelo modo com que o olho capta a iluminação e a emite através de sinais

elétricos para o cérebro.

No entanto, esse fotorreceptor não está ligado à visão, mas sim participa de um processo

biológico, que é responsável pelo ajuste do relógio vital, através do controle da glândula

pineal, fazendo com que o sistema circadiano baseie-se pelas informações enviadas por esse

receptor. Sendo assim, pode se atribuir as consequências biológicas ao ciclo da intensidade de

iluminação durante o dia (Figura 3).

Figura 3 - Diagrama simplificado da neuroanatomia responsável pela mediação da capacidade sensorial do

sistema visual,da regulação circadiana não visual, das funções neuroendócrinas e das funções

neurocomportamentais.

Fonte: MARTAU, 2009. Disponível em: http://www.lumearquitetura.com.br/edicao38.html. Acesso em 20 de

Junho de 2013.

Do ponto de vista endógeno, o organismo humano apresenta ciclos complexos de

secreção hormonal e de neurotransmissores, bem como, padrões de atividade de

determinados centros encefálicos, que se acoplam aos sincronizadores externos para

permitir uma variação do bio-ritmo de repouso e atividade, em sintonia com o ciclo

circadiano da terra. Um dos centros encefálicos mais importantes nesta

sincronização é o núcleo supra-óptico, no hipotálamo anterior, que recebe impulsos

luminosos carreados pelo nervo óptico, tendo a luz como um dos elementos que

controlam o funcionamento deste centro. Os estímulos luminosos também atuam

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sobre a glândula pineal, que secreta a melatonina, um neuro-hormônio implicadona

cronobiologia do ciclo vigília-sono. (FERNANDES, 2006:165).

Apesar da luz artificial atender às necessidades de visibilidade noturna para a execução de

tarefas, vários estudos comprovam que ela não possui a distribuição espectral necessária para

completar as funções biológicas, fazendo com que as pessoas prefiram a luz natural. Os mecanismos de recepção da luz através do olho compõem um processo que só é

permitido totalmente com a enucleação do globo ocular. As últimas descobertas

esclarecem o fato de indivíduos com cegueira total serem capazes de ajustar seu

ritmo de vida cotidiana ao ciclo claro/escuro ambiental, o que significa reafirmar

que a vida retino-hipotalâmica opera de forma independente da visão. (VARGAS,

2009;89)

4. As consequencias da iluminação artificial

Com o passar dos anos, haja vista o desenvolvimento tecnológico e socioeconômico em geral,

as novas jornadas de trabalho e produção foram sendo criadas, e com elas uma nova rotina

dos indivíduos, consequentemente. O campo da iluminação artificial sofreu grandes

investimentos e novas tecnologias foram sendo estudadas para proporcionar um melhor

ambiente construído, capaz de atender à rapidez de produção necessária ao novo mercado.

Além disso, outros dispositivos como televisões, computadores, celulares, videogames entre

outros eletrônicos foram sendo introduzidos no dia a dia das pessoas, formando um grande

grupo de elementos que emitem faxos eletromagnéticos, junto com a própria iluminação

artificial geral, e que implicam numa reação diversa do “comum” ao que o corpo humano

estava “naturalmente programado”.

A partir desses avanços e dessa necessidade globalizada de literalmente transformar a tarde e

a noite em dia, para aumento da produção de trabalho, os seres humanos acabam sendo

expostos excessivamente às radiações de iluminação artificial, o que ao longo do tempo foi

gerando impactos quanto ao ritmo biológico dos mesmos.

Conforme essa exposição veio sendo exarcebada, muitas doenças foram aparecendo mais

frequentemente nos indivíduos submetidos à luz artificial desordenada, gerando uma

preocupação com essa relação entre causa x efeito dessa iluminação, o que, por sua vez, gerou

discussões e ivestigações das mais diversas áreas sobre essas relações.

Com o auxílio de estudos da medicina e psicologia, conforme foi abordado anteriormente,

descobriu-se um terceiro fotorreceptor que é responsável pela decodificação dos raios

eletromagnéticos e são direcionados ao cérebro, mandando informações que induzem a

liberação de diversos hormônios. Assim, a retina envia informações luminosas ao córtex cerebral para a formação da

visão, como também envia informações para o ajuste do relógio biológico, abrindo

uma nova fronteira para o entendimento da percepção da luz e sua influência sobre

os ritmos biológicos. O relógio biológico temporiza as atividades orgânicas,

comunica-se com o meio ambiente recebendo estímulos fóticos da retina e controla

o organismo através das vias neurais e humorais. (VARGAS, 2009;89)

Um exemplo simples de como qualquer alteração na rotina de um indivíduo interfere no ciclo

circadiano natural é o horário de verão: um simples atraso ou aceleração de apenas uma hora

no dia, gera impactos acumulativos, pois uma hora de sono perdida pela manhã, não consegue

ser recuperada com uma hora mais cedo de sono, pois este possui um ritmo e uma série que

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está diretamente vinculada ao tempo e qualidade do sono (Figura 4).

Porém esses aspectos estão mais ligados ao processo dos ritmos do sono, que estão mais

ligados aos conhecimentos específicos da medicina, e não serão abordados profundamente

neste artigo.

O organismo humano recebe a iluminação artificial de forma distinta à qualidade da

iluminação natural. Segundo MARTAU (2009: 64): “A luz natural, pela sua concentração de

azul, produz no organismo, através do sistema nervoso central, o hormônio

adrenocorticotrófico (ACTH) e esteróides, e, pela pele, elementos que neutralizam essas

substâncias e equilibram o corpo (como a vitamina D).”

Figura 4 – A interferência do horário de verão no cliclo circadiano.

Fonte: O Globo – Disponível em: http://oglobo.globo.com/infograficos/ritmo-circadiano/ . Acesso em 08 de

julho de 2013

Já a iluminação artificial não consegue agir de forma a produzir as substâncias responsáveis

por neutralizar os hormônios estressores, os quais, se acumulados, são responsáveis por

causar sérios danos à saúde do indivíduo (Figura 5).

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Figura 5 - Efeitos da luz natural e da artificial sobre o sistema nervoso central e sobre a pele e as substâncias por

ela controladas.

Fonte: Adaptado de WUNSCH, 2007, In: MARTAU, 2009;64. Disponível em:

http://www.lumearquitetura.com.br/edicao38.html. Acesso em 20 de Junho de 2013.

As lâmpadas artificiais que possuem a menor quantidade do teor de azul do espectro, são as

que menos participam da estimulação do ciclo circadiano, ao tempo em que as que mais mais

se aproximam do espectro completo, são as que mais parecem com o espectro da luz solar,

portanto, influenciam diretamente no relógio biológico humano e em todas as suas

implicações (Figura 6).

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Figura 6 – Espectro comparativo da Luz.

Fonte: AreaSeg.com – Disponível em: http://www.areaseg.com/luz/. Acesso em: 23 de Julho de 2013.

Estudos comparativos realizados sobre a interferência dos diversos tipos de lâmpadas nos

indivíduos (Figura 7) demonstram que a lâmapada que mais se aproxima da luz natural é a

incandescente. Ao mesmo tempo, há uma relação de contraposição com a questão da

eficiência energética, que implica na redução de produção desta, e incentiva o uso das

lâmpadas fluorescentes e de novas tecnologias como o LED.

Figura 7 – Fontes de Luz e o seus efeitos cronobiológicos.

Fonte: Adaptado de WUNSCH, 2007, In: MARTAU 2009; 65.

O uso “febril” do LED ainda é questionado por diversas vertentes do ramo da luminotecnia,

visto que há um grande caminho a ser trilhado para que possam existir avaliações sobre as

reais influencias desse novo sistema sobre a fisiologia e o relógio biológico humano.

Sendo assim, o profissional, ao especificar o tipo de iluminação para o seu cliente, deve

avaliar não apenas quantitativamente e nem somente pensando na tão falada eficiência

energética, mas sim na relação de interferência que aquela iluminação, a médio e longo prazo,

terá no usuário do ambiente construído.

5. Doenças relacionadas à descompensação do ciclo circadiano

Os estudos, cada vez mais frequentes nessa área, tem feito descobertas quanto a correlação

entre diversas doenças relacionadas à descompensação no teor do hormônio melatonina, a

principal secreção produzida no corpo humano e que influencia na prevenção do câncer de

mama, por exemplo. As mulheres que trabalham à noite têm sido objeto de estudo das pesquisas sobre

melatonina, um hormônio sensível à luz (HARDER, 2006 e BLASK et al., 2005).

Estas têm como hipótese principal que a iluminação artificial noturna, por

interromper a produção do hormônio, que é protetor natural contra o

desenvolvimento de tumores, pode aumentar o risco de câncer de mama (STEVENS

et al., 1996, LIU et al., 2005; SCHERNHAMMER et al., 2004 e SCHEER e BUJIS,

1999, O’Leary et al.,2006). (In:MARTAU, 2009;63)

Isso pode ser explicado por conta da luz interferir na elevação dos níveis de melatonina

produzida durante a noite, ocasionando o aumento do teor de estrogênio ou mesmo

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interferindo no mecanismo de inibição da produção de tumores. Com relação à intensidade de luz diária necessária para o funcionamento do sistema

circadiano, denominada luz circadiana, ainda não é possível estabelecer padrões

específicos.Pessoas que trabalham em ambientes pouco iluminados têm reportado

uma série de queixas não específicas como cansaço, distúrbios do humor e falta de

concentração (DUMONT e BEAULIEU, 2006), que já recebe o nome de “Síndrome

da iluminação doente” (BEGEMANN, VAN DER BELD e TENNER, 1997).

(MARTAU, 2009;68)

Outro problema que pode ser ocasionado pela exposição excessiva à luz artificial é a insônia e

ou sonolência diurna, pois o organismo entende que durante uma noite de trabalho sob essa

iluminação funciona como o dia, alterando assim o real referencial de dia/noite. Explica-se

assim a incidência na faixa dos adolescentes de grande sono pela manhã, já que dormem tarde

assistindo televisão, jogando em computadores ou até mesmo no celular.

Indivíduos que possuem trabalhos noturnos tem grande probabilidade de reduzirem a

qualidade e a quantidade do sono, o que implica na alteração de humor, no cansaço e no

desenvolvimento de stress. Esse, por sua vez, é um grande vilão da atualidade, pois é um dos

maiores responsáveis por diversas patologias e disfunções biológicas nos indivíduos.

Alguns outros estudos ainda em desenvolvimento, são capazes de correlacionar a baixa de

melatonina com a doença de Alzheimer, o que futuramente também pode estar diretamente

ligado às novas rotinas da população, ocasionando disfunção na produção dessa susbstância.

A doença de Parkson também apresenta relação com disturbios do sono à priori, considerando

que a melatonina possui relação com a proteção da função dopaminérgica dos gânglios de

base, ou seja, o desregular de sua produção pode acelerar a perda das células produtoras de

dopamina, proporcionando grandes chances do desenvolvimento dessa doença.

Em resumo, a qualidade do sono é de extrema importância para o bem estar do indivíduo, e

esta depende diretamente do relógio biológico que é chamado de ciclo circadiano, o qual é

influenciado pela exposição da luz e à sua ausência de acordo com a referência dia/noite.

Caso esse referencial e essa dinâmica se percam com uma rotina inadequada, e exposição

exacerbada a iluminação artificial, todo o desenvolvimento e toda a dinâmica do corpo

humano são comprometidos, gerando descontrole na produção de hormônios cuja produção

depende da exposição à luz ou à ausência dela.

Dessa forma, inúmeras doenças vêm à tona e o corpo dos indivíduos tornam-se vulneráveis a

diversos males influenciados por essa falta de hormônio e pelo descumprimento da ordem

natural dos fatores biológicos, que é muito comum na sociedade atual.

6. Metodologia

Através dos conhecimentos obtidos na matéria sobre Iluminação de Interiores, cursada na

Instituição IPOG, despertou-se o interesse sobre as questões comportamentais, psicológicas e

biológicas dos indivíduos submetidos a diversas horas de exposição à luz artificial.

Para a execução deste artigo, o método base utilizado foi a pesquisa bibliográfica. Como a

temática envolve aspectos da medicina avançada e novas descobertas nessa área, para a

elaboração deste conteúdo foram selecionados diversos estudos nas áreas de iluminação de

interiores e exteriores, influência da luz sobre o comportamento humano, sobretudo os

aspectos biológicos e fisiológicos do olho, interpretações neurais da iluminação, além de

experiências empíricas que trazem dados e referências para o conteúdo abordado.

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Sendo assim, foram feitas análises comparativas de diversos estudos elaborados por

profissionais da área de medicina, psicologia, arquitetura, designer de interiores e marketing,

pois todas essas áreas trabalham diretamente com a percepção da luz e dos ambientes

construídos, através da grande janela chama “olho humano”.

A maioria das análises e estudos de casos selecionados para elaboração desse artigo foi

recente, visto que essa temática abordada representa uma preocupação do mundo moderno em

meio a reflexos de anos e anos de evolução desmedida, que a médio e longo prazo, fizeram

aflorar diversas doenças e distúrbios nos seres humanos, reflexos também da iluminação

imprópria dos ambientes construídos. Muitos destes até hoje não totalmente entendidos, no

entanto em sua maioria são provenientes e explicados por conta de cotidianos, vícios,

costumes e rotinas que não estão de acordo com a “programação” inicial e natural aos

indivíduos, cujo sistema biológico responsável é o ciclo circadiano.

6. Conclusão

Com o desenvolvimento industrial, a velocidade de produção foi imposta ao mercado em

geral, e a mão de obra humana teve de se adequar ao novo ritmo para que as máquinas não

conseguissem substituí-las 100%. Para isso, novas rotinas de trabalho surgiram, e o tempo era

o principal desafiador desse processo, sendo necessário desenvolvimento das tecnologias e

eficiência da iluminação artificial, que, por sua vez, possibilitou a execução dos serviços e a

transformação das noites em dias de trabalho.

Ao passar dos anos, essas transformações na rotina dos indivíduos foram gerando sérios

distúrbios e alterações biológicas, que acometeram com diversas doenças, antes pouco

frequentes, a população mundial como um todo. A crescente presença desses males gerou

uma preocupação em diversas áreas e fez surgir estudos que proporcionaram o conhecimento

e esclarecimento dos diversos danos causados por essas novas rotinas.

Dessa forma, a evolução científica foi determinante na geração atual, chamada “geração

saúde”, que hoje não apenas se preocupa com a quantidade de produção das suas tarefas, mas

principalmente sobre a qualidade das mesmas, que implica diretamente na sua relação de bem

estar no meio em que vivem. Consequentemente, a atual prática da iluminação e a legislação sobre iluminação

artificial, baseadas apenas em atender apenas aos requisitos visuais, podem estar

totalmente inadequadas para atender aos requisitos de estimulação biológica

(BEGEMANN, VAN DER BELD e TENNER, 1997, apud MARTAU, 2009, pg.

63).

Partindo desse princípio, as normas e manuais que são apresentados como diretrizes

projetuais luminotécnicos hoje, não podem ser apenas considerados e numericamente, pois

intrínseco a elas, estão os valores subjetivos e experimentados por cada ser humano em sua

individualidade, provando assim que não há uma regra geral para uma iluminação eficiente,

pois para que esta atinja esse conceito, muitas outras questões e situações empíricas estão

envolvidas e os projetos devem ser tratados de forma personalizada a cada situação e cliente.

Portanto, esse artigo pretende demonstrar o papel fundamental que a luz artificial representa

hoje na vida da população, e que esta, se não bem projetada, causará diversos e sérios danos à

saúde dos indivíduos, como é hoje grande responsável por diversas doenças que acometem as

pessoas, visto o imenso despreparo de grande parte dos profissionais, e inconsequentes ações

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projetuais que se baseiam apenas em normas e cálculos numéricos, os quais não são

suficientes e nem levam em conta os fatores subjetivos da luz sobre o corpo humano.

É de extrema importância também considerar a questão das novas tecnologias para sistemas

de iluminação, pois essas ainda estão em fase de “teste” quanto às reações a médio e longo

prazo nos usuários, o que implica no maior cuidado ao se especificar o tipo de lâmpada a ser

utilizada. Além disso, deve-se levar em conta a questão da eficiência energética que é fator

guia cada vez mais dos projetos luminotécnicos, porém, muitas vezes ela se contrapõe às

questões do bem estar humano.

Além disso, trata-se de avaliar a relevância que a iluminação deve ter como sistema

complementar à cura de doenças, pois se bem utilizada e aplicada, pode auxiliar no tratamento

de diversos problemas, conforme alguns estudos já estão sendo produzidos, já que como

existe a comprovação e descoberta do fotorreceptor que decodifica a luz e age na produção

dos hormônios, ela pode ser empregada e associada a medicamentos que estimulem a

produção dessas secreções e sejam benéficas ao corpo humano. O que pode ser um caminho

para resolver a questão da idade X produção de melatonina, que comprovadamente existe uma

relação de quanto maior a idade, menor a produção da mesma, ou seja, futuramente, pode-se

encontrar soluções de controle e melhora no desenrolar da idade dos indivíduos com o uso da

iluminação artificial correta, tornando o efeito contrário do que ela representa hoje na

sociedade.

Com esse estudo, percebe-se a complexidade que envolve a seleção e indicação do projeto de

iluminação artificial, seja pra qual for o usuário alvo, e que não se pode nem se deve mais

seguir apenas os dados e padrões exibidos nas NBRS, pois eles não conseguem levar em

conta fatores imprescindíveis para a excelência da luz no desenvolvimento das tarefas e,

principalmente, no bem estar dos que as utilizam.

Sendo assim, conclui-se que qualquer profissional da área que necessite projetar o sistema de

iluminação de um ambiente construído, seja interno ou externo, deve ter total consciência da

implicação indireta que esses elementos causarão a curto, médio e longo prazo na vida dos

usuários desses locais. Mostrando a imensa necessidade de um aprofundamento maior nos

materiais utilizados, nas novas tecnologias e na vivência de seus usuários, para que estes

elementos tão necessários na vida moderna, não sejam mais propulsores de danos à saúde e ao

bem estar populacional.

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elaboração. Rio de Janeiro, 2002.

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