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JOEL KILIAN
ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS DA COOPERATIVA CENTRAL DE PESQUISA AGRÍCOLA DO PARANÁ –
COODETEC NOS ANOS DE 2007 E 2008
CURITIBA 2010
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JOEL KILIAN
ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS DA COOPERATIVA CENTRAL DE PESQUISA AGRÍCOLA DO PARANÁ –
COODETEC NOS ANOS DE 2007 E 2008
Monografia apresentada ao Setor de Ciências Agrárias; Curso de Pós-Graduação em Agronegócio da UFPR, como requisito para a obtenção do título de Especialista em Agronegócio, 2010.
Orient.: Prof. João Carlos Ganzel L. da Silva.
CURITIBA 2010
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Dedico esse trabalho aos Eng. Agrônomos que se utilizam dos princípios agronômicos para agir profissionalmente.
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AGRADECIMENTOS
A DEUS que se faz presente em cada passo que dou.
A minha família, pela paciência diante de minhas impaciências.
Nunca deixarei de lembrar e agradecer a minha mãe Neiva, pois sempre foi
um elo de amor, sabedoria, ensinamento, bravura e fé para mim.
Dedico este trabalho a esposa Melissa eternamente grato pela compreensão,
carinho e afeto comigo; sempre serena e sábia com as palavras.
Josiane e Cristiane sempre terei vocês como meus verdadeiros tesouros que
a vida proporcionou. Adoro ter as duas como irmãs, amigas...
Ao meu filho Luis Henrique esta conquista é sua também. Sempre vem na
lembrança a sua felicidade de menino anjo que você é no dia tão importante
para mim quando eu recebi o título de Eng. Agrônomo.
Aos professores, pelos ensinamentos durante toda a jornada até o presente
momento.
Aos amigos, parceiros dos momentos agradáveis e companheiros nas
dificuldades.
Às pessoas que colaboraram direta ou indiretamente com este trabalho.
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RESUMO
KILIAN, Joel. Análise das demonstrações contábeis da cooperativa central de pesquisa agrícola do Paraná – COODETEC. Ao efetuar-se a análise das demonstrações contábeis de uma empresa busca-se extrair informações a respeito de sua situação econômica e financeira, visando com este ato o encaminhamento de uma tomada de decisão mais correta. Assim, por meio da análise baseada na interpretação dos demonstrativos financeiros, a qual infere na análise horizontal e vertical, bem como na análise por meio de índices econômico e financeiros, é possível o fornecimento do diagnóstico necessário da realidade empresarial com vias a melhorar a performance futura da empresa. Para este trabalho, a metodologia aplicada foi pesquisa bibliográfica seguida de pesquisa exploratória com o objetivo da efetivação da análise dos dados da empresa pesquisada. Por sua vez, o resultado encontrado é de uma avaliação constituída de análises específicas, demonstrando a situação financeira da Cooperativa Central de Pesquisa Agrícola – COODETEC, tendo como referência comparativa os exercícios de 2007 e 2008, para se encontrar, com base em dados matemáticos, uma empresa rentável. Enfim, a utilização de quocientes se faz o instrumento mais tradicional como importante para se ter uma análise total de balanços, contudo não sendo a única, talvez a mais importante forma de se analisar. Palavras-chaves: Análise, decisão, rentabilidade – índices econômicos.
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ABSTRACT
KILIAN, Joel. Analysis of the demonstrations of accounting of the cooperative thirst of agricultural research of Paraná - COODETEC. The analysis of the demonstrations of accounting of a company tries to extract information that considers important to define your economical and financial situation, seeking with this act to reach the objectives plans. Like this, for the analysis basing on the interpretation of the demonstrative financial that deduces in the horizontal and vertical analysis to improve the future acting of the company, also the analysis for economical and financial indexes. For this work, the applied methodology was followed bibliographical research for exploratory research with the objective of the efetivação of the analysis of the data of the researched company. The result is a constituted evaluation of specific analyses, demonstrating the financial situation of the Cooperative of Agricultural Research - COODETEC, using as comparative reference the exercises of 2007 and 2008, with base in mathematical data, to find the profitability of the company. Finally, the use of quotients is made the most traditional instrument as important for a total analysis of the patrimonial swinging, not being, however the only, perhaps the most important form of analyzing. Key word: Analysis, decision, profitability, economical indexes.
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SUMÁRIO RESUMO ...................................................................................................................4 ABSTRACT ...............................................................................................................5 SUMÁRIO .................................................................................................................6 LISTA DE TABELAS ................................................................................................7 1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................8 1.1 DEFINIÇÃO DO TEMA POBLEMA DA PESQUISA ............................................9 1.2 APRESENTAÇÃO DO POBLEMA .....................................................................9 1.3 OBJETIVOS ........................................................................................................9 1.3.1 Geral .................................................................................................................9 1.3.2 Específicos .....................................................................................................10 1.4 JUSTIFICATIVA DO TRABALHO ......................................................................10 2 REVISÃO DE LITERATURA ..............................................................................11 2.1 A EMPRESA NO MERCADO DE ATUAÇÃO ...................................................12 2.2 ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA .....................................................................13 2.3 ANÁLISE FINANCEIRA DA EMPRESA ...........................................................16 2.4 AS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS...........................................................17 2.4.1 Balanço Patrimonial .......................................................................................17 2.4.1.1 Ativo ............................................................................................................19 2.4.1.2 Passivo ........................................................................................................21 2.4.1.3 Patrimônio líquido ........................................................................................22 2.4.2 Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) ..........................................23 2.4.2.1 Receita operacional bruta ............................................................................23 2.4.2.2 Receita operacional líquida ........................................................................24 3 PROCEDIMENTOS PARA A ANÁLISE FINANCEIRA .......................................25 3.1 ANÁLISE VERTICAL .........................................................................................25 3.2 ANÁLISE HORIZONTAL ...................................................................................26 3.3 INDICADORES FINANCEIROS ........................................................................28 3.3.1 Análise de Liquidez Financeira ......................................................................29 3.3.1.1 Liquidez corrente ........................................................................................29 3.3.1.2 Liquidez seca .............................................................................................30 3.3.1.3 Liquidez geral .............................................................................................31 3.3.2 Análise do Ciclo Operacional ........................................................................31 3.3.3 Análise da Estrutura Patrimonial ...................................................................33 3.3.4 Analise da Rentabilidade ...............................................................................35 4 METODOLOGIA ..................................................................................................37 4.1 TIPO DE PESQUISA .........................................................................................37 4.2 INSTRUMENTOS DA PESQUISA ....................................................................37 4.3 DESENVOLVIMENTO DA PESQUISA .............................................................38 4.4 COOPERATIVA CENTRAL DE PESQUISA AGRÍCOLA - COODETEC ...........39 4.5 ANÁLISE DOS DADOS .....................................................................................42 CONCLUSÃO .........................................................................................................54 REFERÊNCIAS .......................................................................................................56 ANEXOS .................................................................................................................57
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LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - Balanço Patrimonial – Ativo encerrado em 31/12/2008 ..........................42
Tabela 2 - Balanço Patrimonial – Passivo encerrado em 31/12/2008 ...................43
Tabela 3 - Demonstração do Resultado encerrado em 31/12/2008 .......................44
Tabela 4 - Análise Horizontal do Balanço Patrimonial – Ativo ...............................45
Tabela 5 - Análise Horizontal do Balanço Patrimonial – Passivo ..........................46
Tabela 6 - Análise Horizontal da Demonstração do Resultado (DRE) .....................47
Tabela 7 - Análise Vertical do Balanço Patrimonial – Ativo ................................48
Tabela 8 - Análise Vertical do Balanço Patrimonial – Passivo .........................49
Tabela 9 - Análise Vertical da Demonstração do Resultado .................................50
Tabela 10 – Análise Econômico-Financeira ..........................................................52
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1 INTRODUÇÃO
Os tempos atuais deixa transparecer que a administração financeira, antes
considerada apenas uma ferramenta de controle do patrimônio, passa a ser a aliada
constante dos gestores na tomada de decisões diária da empresa.
Nesse processo de tomada de decisões é que as organizações, em geral,
necessitam ser, periodicamente, supridas de informações, as quais abranjam toda
sua área operacional, de cunho gerencial econômico-financeiro, para que estas
possibilitem a avaliação do desempenho funcional e a tomada de decisões com mais
eficiência e segurança.
Quando a administração financeira da organização é deficiente, esta corre o
risco de não sobreviver no mercado, hoje tão competitivo.
A parte da administração financeira dispõe de ferramentas que objetivam o
diagnóstico da situação econômico-financeira das empresas, tratando-se esta da
análise das demonstrações contábeis.
Tais ferramentas se fazem úteis aos gestores, como também aos demais
usuários da contabilidade. Os dados gerados neste processo contábil, diariamente,
são transformados em informações essenciais aos administradores, viabilizando
uma melhor administração gerencial da empresa para que possa alcançar maior
grau de confiabilidade.
Nestes termos, o presente trabalho desenvolveu-se na busca de oferecer ao
leitor subsídios para a compreensão da importância da administração financeira
como o fator mais elementar da organização.
Para tanto, apresenta-se os principais conceitos acerca do tema e uma das
principais ferramentas utilizadas: análise vertical e horizontal e análise através dos
índices financeiros.
Os aspectos teóricos deste estudo apresentam uma análise de balanço,
utilizando os dados da Cooperativa Central de Pesquisa agrícola – COODETEC.
A elaboração da análise dessa organização utilizou-se das demonstrações
contábeis dos anos de 2007 e 2008.
Essas demonstrações seguem apresentação contábil padronizada para
facilitar o entendimento.
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1.1 DEFINIÇÃO DO TEMA
Análise das Demonstrações Contábeis da Cooperativa Central de Pesquisa
Agrícola do Paraná – COODETEC nos anos de 2007 e 2008.
1.2 APRESENTAÇÃO DO PROBLEMA
A Administração Financeira de uma empresa quando apresenta uma análise
de suas demonstrações contábeis, de forma bem elaborada, na qual se possam
retirar informações que permitam visualizar os resultados para a emissão de relatório
de avaliação de desempenho possibilitam tomadas de decisões acertadas e com
maior rapidez.
Desse modo, o problema levantado neste trabalho procura responder a
seguinte pergunta: como a análise de balanço pode auxiliar uma cooperativa na
tomada de decisão?
1.3 OBJETIVOS
Diante do tema e problema apresentados, têm-se como objetivos deste
trabalho:
1.3.1 Objetivo geral
Elaborar a análise das Demonstrações Contábeis para a Cooperativa Central
de Pesquisa Agrícola – COODETEC com a finalidade de avaliar seu desempenho
durante o período selecionado e gerar informações úteis para tomada de decisão.
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1.3.2 Objetivos específicos
Elaborar uma revisão da literatura identificando os principais conceitos e
ferramentas de análise de demonstrações contábeis;
Coletar dados na empresa através de documentos contábeis;
Analisar as demonstrações contábeis;
1.4 JUSTIFICATIVA DO TRABALHO
O presente trabalho se justifica, a princípio, na pretensão de expor o fato de
que nas cooperativas a prática contábil é tão essencial quanto o é nas demais
empresas e, como tal, deve ser vista além da imposição da legislação fiscal,
principalmente para que a instituição tenha em mãos informações de vital
importância para o diagnóstico da posição econômico-financeira de sua
organização.
Ressalta-se, portanto que, de nada adianta a empresa ter a posse dos dados
resultantes da aplicação contábil, se os mesmos não forem utilizados como via de
cumprimento dos objetivos da organização, sendo nesse sentido a identificação, por
este trabalho da necessidade da efetivação da análise de balanço.
Santos (2001) relata que o conhecimento para a interpretação dos dados
gerados por meio da aplicação contábil, certamente, será um diferencial durante a
tomada de decisões pela empresa.
Por fim, esse trabalho se justifica em virtude da oportunidade de vivência,
possibilitando a assimilação da prática dos conhecimentos e da teoria apreendida no
decorrer do curso.
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2 REVISÃO DE LITERATURA
De acordo com Chiavenato (2000, p. 5) a palavra administração é originada
do latim “ad” significando direção, tendência para e mister significando subordinação
ou obediência, isto quer dizer “aquele que realiza uma função abaixo do comando de
outrem, o mesmo que prestar um serviço a outro”.
Vê-se, portanto que o termo no seu sentido puro de significação, nada mais é
do que, alguém administrando o ‘bem’ de outra pessoa, assumindo para si o dever
de zelar e mantê-lo ativo.
De acordo com Maximiano (2002, p. 26), entender o que significa
Administração “é preciso ir além da interpretação da palavra, entendendo o papel
que a administração desempenha para as organizações e para a sociedade”. É
composta por princípios, proposições e técnicas em permanente elaboração.
Maximiano também demonstra que o termo não pode ser somente em função
do cargo de um elemento da organização, mas no conjunto de funcionamento da
mesma, com todos os elementos participativos entre si, organizando, planejando e
sistematizando ações.
Segundo Fayol (1949, apud. MAXIMIANO, 2002, p. 103) “a administração é
uma atividade comum a todos os empreendimentos humanos (família, negócios,
governo) que sempre exigem algum grau de planejamento, organização, comando,
coordenação e controle”.
Conforme estabelece este autor, não se pode defini-la somente para uso de
empresas, pois como mesmo cita, onde houver um empreendimento com um
mínimo de planejamento, que se mantém sob certo controle e comando pode-se
entender como procedente do termo administração. Então, a administração constitui
uma importante atividade em uma sociedade pluralista que se baseia no esforço
cooperativo do homem por meio das organizações tornando-se tarefa básica, pois,
“tem por finalidade última a realização de objetivos por meio da aplicação de
recursos” (MAXIMIANO, 2002, p. 26).
Administração tal como se encontra hoje é resultado histórico e integrado da
contribuição cumulativa de numerosos economistas estadistas e que não existem
receitas prontas ou mesmo fórmulas, se constrói por meio inúmeros conhecimentos
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organizados e sistematizados resultantes da experiência prática obtida nas
organizações. Um dos grandes desafios se traduz no profissional de Administração
aproveitar a globalização1 para empreender nas organizações de que participa.
2.1 A EMPRESA E O MERCADO DE ATUAÇÃO
A constante evolução tecnológica, comercial e social advinda da globalização
gera grande expansão no mercado de atuação das empresas, isso faz com que
cresça a frequência destas na busca por qualidade profissional, se gasta somas
significativas em treinamentos e capacitações que poderão ter retorno do capital
investido.
O crescimento de um mercado que visa produzir e exportar para todos os
países possíveis identifica, a cada dia, novas necessidades, novos conhecimentos e
habilidades para acompanhar as mudanças e a grande competitividade que nele
existe.
De acordo com Dornelas (2001, p. 139):
A análise de mercado é considerada por muitos a parte mais importante do plano de negócios, e também a mais difícil de fazer, pois toda a estratégia de negócio depende de como a empresa abordará seu mercado consumidor, sempre procurando se diferenciar da concorrência, agregando maior valor aos seus produtos/serviços, com o intuito de conquistar seus clientes continuamente.
Empresas possuidoras de visão buscam investir diariamente em tecnologia e
em conhecimentos por meio de cursos e treinamentos, pois a qualificação
profissional é hoje, sem dúvida, o determinante para qualquer organização que
deseja se mostrar competitiva junto a seus competidores. Assim, Marcondes (2000,
p. 10) acrescenta que “neste novo cenário do mercado, pelo fato das necessidades
das empresas estarem em contínua mutação”, isto é, constantes mudanças no
1 Para Kotler (1997, p. 8), o termo globalização tem dois significados. Para a demanda supõe o aumento do número de estilos de vida globais e maiores expectativas quanto à qualidade, serviços e valor. Para a oferta, significa que cada vez mais as empresas concorrerão em cada mercado, tendo em vista uma grande liberação.
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modus operandi das organizações, esta aumentam a procura por profissionais
capacitados na área financeira.
2.2 ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
A administração financeira se traduz numa ferramenta usada no controle de
concessão de crédito, para planejar, analisar investimentos, ou ainda, pesquisar
meios de se obter recursos para operacionalizar as atividades de uma empresa da
forma mais eficaz possível.
Para Ross (2002, p. 21), o administrador financeiro na gestão de uma
empresa deve em primeiro lugar questionar: “que investimentos em longo prazo a
empresa deve fazer?”. Esta passa a ser uma decisão de investimento. Após se
pergunta: “como pode ser levantados os recursos para os investimentos
escolhidos?”. Aqui a decisão se encontra no terreno do financiamento. E por último:
“como deve a empresa gerir suas atividades monetárias e financeiras no dia-a-dia?”.
Nesta decisão envolve o processo de financiamento em curto prazo com a
preocupação no capital de giro líquido.
Em tais condições, a parte administrativa financeira da empresa tem por
objetivo desenvolver a empresa, de forma a ter menos gastos, controlando os
recursos para que não haja desperdícios, devendo buscar os melhores caminhos de
operacionalização para conduzir financeiramente o empreendimento, por ser neste
setor que todo e qualquer recurso financeiro seja disponibilizado necessitando
funcionar de forma correta, sistêmica e sinérgica.
Segundo Ross (2002, p. 23), “entende-se por finanças a guarda, a aplicação e
a distribuição de recursos financeiros. As finanças de uma empresa representam a
administração de seus recursos, desde a aquisição até a distribuição eficiente”.
O objetivo maior da empresa como um todo está em aumentar o valor do
patrimônio, e para isso acontecer deverá estar atenta aos objetivos específicos.
Para Ross (2002, p. 24-26), “atualmente, com as mudanças no enfoque
empresarial que se volta para a satisfação do público consumidor, entre os maiores
objetivos de uma empresa se encontra a qualidade nos produtos e serviços, bem
como a produtividade do trabalhador”.
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Para garantir a consecução dos objetivos mais gerais de uma empresa, todos
os setores que a constituem precisam responder eficientemente aos seus objetivos
específicos. No caso da administração financeira, seu papel é o de garantir à
empresa a obtenção de lucros.
Todas as atividades da empresa necessariamente circulam pelo setor
financeiro, pois deste depende tanto o fluxo de entrada como de saída dos recursos
financeiros, que possibilitam a realização de seus investimentos que objetivam lucro,
maximização dos investimentos (ROSS, 2002, p. 24-26). Pode-se dizer ser este a
‘alma da empresa’ pois, a falta de planejamento, bem como o controle financeiro faz
com que muitas empresas vão à falência de forma rápida.
Como incorpora todos os processos contábeis importantes, sendo eles:
lançamentos contábeis manuais, contas a receber e a pagar, a administração
financeira precisa ter em mente diferentes aspectos, como as perspectivas para
investimento em longo prazo, destinação dado ao lucro em exercício, consideração
no risco assumido, tanto quanto o aumento ou a manutenção do valor de mercado
da empresa.
Acredita-se que a mais importante tarefa do administrador financeiro seja
“criar valor nas atividades de investimento, funcionamento e gestão de liquidez da
empresa” (ROSS, 2002, p. 26).
O autor acrescenta duas maneiras para que o administrador financeiro possa
criar valor: os ativos criados pela empresa devem ter um valor maior do que seu
custo e trabalhar com a venda de ações, obrigações ou outros recursos financeiros
que possam gerar também maior caixa do que seu custo (ROSS, 2002).
Pode-se perceber, na administração financeira, uma dupla função:
planejamento e controle que constituem importante ferramenta para a
operacionalização da empresa, buscado na contabilidade da firma os dados
necessários para se fazer esta análise operacional.
Na análise desses demonstrativos buscam-se as razões, favoráveis ou não,
do desempenho pelo qual a empresa passou. O balanço fornecerá a visão dos
recursos (ativos) e compromissos (passivos) da empresa, os demonstrativos de
lucros e perdas indicam a rentabilidade das operações de exercícios passados
(ROSS, 2002, p. 39-45).
No princípio da abertura da empresa o administrador financeiro tinha seu foco
voltado para “os ativos permanentes” buscando estimar o tempo de vida útil. Agora
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com a empresa já operando, sua prioridade transfere-se para o “capital de giro” que
recairá no financiamento de estoques, nas dívidas de clientes para com a empresa,
também na administração de insuficiências de caixa para cumprir com prazos junto
aos fornecedores (SANTOS, 2001, p. 17).
Contudo, o principal enfoque centraliza-se no capital de giro que se deterá de
acordo com Santos (2001, p. 17) “nos intervalos de tempo entre os eventos
financeiros ocorridos ao longo do ciclo operacional, representados pelo pagamento a
fornecedores e pelo recebimento das vendas”.
Neste aspecto, o administrador financeiro, necessita despender esforços,
visando manter equilibrada a procura de “bens vendidos a crédito” e os “recursos
financeiros da firma” mantendo um nível de vendas que possibilite a maximização
dos lucros e minimização dos riscos que foram assumidos.
Santos (2001, p. 23), afirma que se torna um fato normal o aumento de capital
de giro devido o aumento das vendas, bem como também o aumento de custo em
decorrência do aumento de vendas.
No entanto, a empresa deve ficar atenta quando o aumento de capital de giro
esteja acontecendo em função do aumento do estoque, ou mesmo de contas a
receber, sem que haja também aumento das vendas à vista.
Observa-se como procedimento a ser realizado pelo administrador financeiro,
a procura de bens vendidos a prazo, se estes foram maiores que as vendas a vista,
o ambiente que se processa, analisando o nível de atividade econômica
(abrangendo os dois ciclos “venda a prazo e “venda a vista”), não deixando de lado
possíveis variações estacionais.
Para Santos (2001), as condições de índice de liquidez da empresa podem
ser comparadas com os concorrentes, por constituírem elementos importantes do
monitoramento do capital de giro. Outro encargo que corresponderá ao
administrador financeiro, e em especial de pequenas empresas, é buscar esforços
para reduzir o volume de valores a receber, sem, contudo decair o potencial de
vendas.
As medidas referentes à modificação no desconto, que oferece na
prorrogação do prazo de validade do mesmo e na alteração dos procedimentos de
compras junto aos fornecedores, viabilizarão “capacidades para liquidar seus
compromissos financeiros de curto prazo melhorando a situação financeira da
empresa” (SANTOS, 2001, p. 23).
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2.3 ANÁLISE FINANCEIRA DA EMPRESA
A empresa ao proceder com um exame apurado de suas finanças, com
certeza, está procedendo com a análise financeira da organização. Desse modo,
Silva (2001, p. 23) comenta que “uma empresa cuidadosa, certamente, analisará
seus próprios dados, para conhecer os resultados que alcançou, podendo assim,
comparar a sua performance de um ano para o outro, a fim de melhorar sua
competitividade”.
Este tipo de procedimento no interior das organizações teve seu início nos
Estados unidos, nas primeiras décadas do século XX, com a utilização de índices
financeiros como meio de tomar conhecimento do real desempenho de uma
empresa.
A esse respeito, Silva (2001, p: 26) acentua que:
A análise financeira de uma empresa consiste num exame minucioso dos dados financeiro disponíveis sobre a empresa, bem como as condições endógenas e exógenas que afetam financeiramente a empresa. (...) Como condições endógenas podemos citar a estrutura organizacional, a capacidade gerencial e o nível tecnológico da empresa. Como condições exógenas têm os fatores de ordem política e econômica, concorrência e fenômenos naturais, entre outros.
Este autor comenta também que análise financeira faz parte das obrigações
de uma empresa, como vem estipulado na Lei nº 6.404, de dezembro de 1976. Esta
Lei traz em seu artigo 176, o seguinte:
Ao fim de cada exercício social, a Diretoria fará elaborar, com base na escrituração mercantil da companhia, as seguintes demonstrações financeiras, que deverão exprimir com clareza a situação do patrimônio da companhia e as mutações ocorridas no exercício: balanço patrimonial; II - demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados; III - demonstração do resultado do exercício; e IV - demonstração das origens e aplicações de recursos.
Isto posto, verifica-se que a afirmação deste autor está correta. A Lei obriga
as empresas a realizarem diferentes tipos de demonstrações financeiras como o
próprio artigo especifica. Assim, fica fácil presumir que a cada dia dá-se maior
importância a contabilidade e aos demonstrativos contábeis de uma empresa, visto
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que estes funcionam como valiosos veículos de comunicação, levando os
investidores, credores, fornecedores, entre outras profissionais a possibilidade de
uma avaliação da performance e da solidez das organizações.
2.4 AS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
A respeito das demonstrações financeiras, Gitman (2004, p. 36) informa que
“as demonstrações fornece uma síntese financeira dos resultados operacionais da
empresa durante certo período”.
Para o autor ao iniciar-se uma análise do balanço patrimonial, deve-se aplicar
determinados procedimentos básicos nas demonstrações financeiras. O
procedimento inicial a ser aplicado é a reclassificação das demonstrações contábeis,
tendo por objetivo “trazê-las a um padrão de procedimentos e de ordenamento na
distribuição das contas, visando diminuir as diferenças nos critérios utilizados pelas
empresas na apresentação de tais demonstrações financeiras” (SILVA, 2001, p. 70).
Também objetiva que as demonstrações feitas se encaixam na análise, sendo
demonstradas com uma visualização simplificada e de entendimento fácil.
2.4.1 Balanço Patrimonial
Dispositivo que mostra de forma equilibrada toda a estrutura patrimonial da
empresa, demonstrando num dado momento, tudo o que possui de valor a receber
ou recebeu – parte do ativo de seu negócio e tudo o que deve – parte do passivo e o
montante do capital investido refere-se ao patrimônio líquido. Este pode ter
alterações para mais, no caso desta ter gerado lucro, ou para menos resultante de
prejuízos durante o período de atividade.
Com a visão, no balanço patrimonial, dos ativos e passivos da empresa, “os
investidores observam a composição desses componentes e verificam se o
investimento é sólido ou não” (GROPPELLI & NIKBAKHT, 2002, p. 350).
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No ativo do balanço patrimonial da empresa, o empreendedor poderá ter
representada todas as aplicações de recursos classificadas em circulante, de longo
prazo e permanente e no passivo, bem como no patrimônio líquido, a procedência
dos recursos.
Para o balanço patrimonial tem-se que o total das contas do ativo é igual ao
total das contas do passivo, portanto, Silva (2001, p. 78) afirma que o ativo possui
três grupos com cálculos diferenciados: “Ativo circulante (AC), realizável em longo
prazo (RLP) e ativo permanente (AP). O ativo total representa onde a empresa
aplicou os recursos de que dispõe, ou seja, seus bens e direitos”. Quanto ao
passivo, este atua na indicação da origem dos recursos aplicados na constituição da
empresa. Para o passivo, o autor aborda uma divisão de quatro grupos: “passivo
circulante (PC), exigível em longo prazo (ELP), resultado de exercícios futuros
(REF), e patrimônio líquido (PL)”.
Assim, pode-se afirmar que a estrutura do Balanço Patrimonial é constituída
de duas colunas: a coluna da esquerda corresponde ao ativo (bens e direitos da
empresa), e a da esquerda se refere ao passivo (obrigações) e ao patrimônio líquido
(capital próprio). Neste entender vê-se que a escrituração contábil é realizada pelo
sistema das partidas dobradas, como coloca Tebochirani (2006, p. 53) “os valores
do ativo se originam do passivo e do patrimônio líquido”.
Portanto o autor sinaliza que “o balanço patrimonial nada mais é do que a
descrição, em um dado momento, das fontes e das aplicações de recursos utilizados
por uma empresa” (TEBOCHIRANI, 2006, p. 54). Colocando que as aplicações
denominam-se “ativo” e as fontes o “passivo”.
Para o autor o método de partidas dobradas sinaliza que o total de ativos de
uma empresa será sempre igual ao total do passivo quando se investe em algum
bem.
Na visão de Tebochirani (2006), como exemplo disto, verifica-se que o valor
do investimento, certamente, será lançado em seus ativos e as fontes de recursos
utilizadas para tal aplicação devem ser evidenciadas, ou no passivo, quando se
tratar de recursos de terceiros, ou no patrimônio líquido, quando financiadas com
capital próprio da empresa.
Para tanto, “não é possível lançar um investimento no ativo sem mostrar de
onde foram obtidos os recursos necessários para a sua consecução”
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(TEBOCHIRANI, 2006, p. 54). Diante deste entendimento, torna-se possível
descrever, de forma sucinta, a composição do balanço patrimonial.
2.4.1.1 Ativo
Do lado esquerdo do balanço estão listados todos os ativos da empresa, tanto
os fixos, que representam a estrutura física, quanto os investimentos em giro, que
circulam garantindo a manutenção das atividades operacionais da empresa. Esses
ativos podem ser compostos por móveis, equipamentos, terrenos, veículos,
estoques, aplicações financeiras, recursos disponíveis em caixa, entre outros.
De acordo com Tebochirani (2006, p. 54), “a ordem de lançamentos dos itens
do ativo é dada em função de sua liquidez, ou seja, são lançados primeiro aqueles
ativos que podem normalmente ser convertidos em disponibilidade (caixa) mais
rapidamente”.
Desse modo, visto como ativo circulante a compreensão de todas aquelas
aplicações que representam disponibilidade imediata ou que serão assim
convertidas em um período de até doze meses, para a qual o autor sinaliza como
“curto prazo”.
Tebochirani (2006) no intuito de diferenciar as contas que compõe o ativo
circulante divide-os em quatro subgrupos:
Disponibilidades – assegura para este subgrupo a representação do
dinheiro em posse da empresa, os depósitos bancários a vista e aquelas aplicações
de imediata conversibilidade em moeda, dando como exemplo, caixas, bancos e
fundos de aplicações financeiras.
Direitos Realizáveis – sinaliza o autor ser “uma das mais importantes
aplicações da empresa” Basicamente refere-se a venda a prazo de mercadorias e
serviços aos clientes (duplicatas) ou oriundos de outras transações que geram
valores a receber (TEBOCHIRANI, 2006, p. 55). Em síntese, no ativo circulante vão
os direitos realizáveis, enquadrando-se os exemplos citados para as
disponibilidades.
Estoques – menciona aqui neste subgrupo os valores de aquisição de
produtos ou mercadorias existentes na empresa. Neste caso, afirma que “os
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estoques são agrupados conforme a sua natureza e finalidade, ou seja, estoque de
produtos acabados, estoque de produtos em processo ou estoque de matérias-
primas" (TEBOCHIRANI, 2006, p. 55).
Despesas Apropriáveis no Exercício seguinte – busca enquadrar neste
subgrupo as despesas pagas, mas que não podem ser lançadas como redutoras do
resultado do exercício, pois a contrapartida do gasto só será dada no exercício
futuro. Como exemplo, o autor cita “pagamentos feitos ao beneficiário antes que ele
cumpra a obrigação correspondente, de forma que só poderão ser lançados como
despesas no exercício de sua competência” (TEBOCHIRANI, 2006, p. 56).
Ainda, este autor acrescenta os direitos realizáveis em longo prazo, sendo
estes superiores há doze meses, indicando como tais direitos, com exceção das
disponibilidades, “qualquer conta integrante do ativo circulante, desde que
obedecendo ao prazo mencionado, a exemplo empréstimos concedido a longo
prazo, duplicatas a receber a longo prazo ou mesmo aplicações financeiras”
(TEBOCHIRANI, 2006, p. 56).
Menciona-se também o ativo permanente, sendo os recursos aplicados em
caráter permanente na empresa sem que haja o interesse de venda e,
conseqüentemente, conversibilidade em moeda.
Para este tipo, Tebochirani (2006) descreve-os em três subgrupos;
Permanente/Investimentos – para o autor são todas as aplicações de
caráter permanente que não constituem finalidade básica da empresa, “não
representam intenção de conversibilidade em numerários, a exemplo, obras de arte,
imóveis para aluguel, terrenos para expansão” (TEBOCHIRANI, 2006, p. 57).
Permanente/Imobilizações – aplicações em caráter permanente para
manutenção da atividade básica da empresa.
Tebochirani (2006, p. 57) menciona que este “se diferencia de um
permanente investimento devido ao fato de que o primeiro não se destina a
atividade-fim da empresa e o segundo, sim”. Dá como exemplo: veículos, máquinas
e equipamentos, imóveis, entre outros.
Permanente/diferido – é as aplicações em despesas que irão trazer
benefícios a empresa. De acordo com o autor, são as aplicações que irão contribuir
para a formação do resultado econômico de mais de um exercício social. Acrescenta
este que é “o caso típico dos gastos pré-operacionais, que são aplicações que a
empresa faz para sua constituição, obtendo lucros em vários exercícios, a exemplo
21
gastos pré-operacionais com pesquisas, modernização, reorganização de sistemas”
(TEBOCHIRANI, 2006, p. 57).
2.4.1.2 Passivo
O passivo, contrário ao ativo, se mostra colocado do lado direito do balanço,
sinalizando as obrigações da empresa para com terceiros, resumindo-se em todos
os recursos que ela tomou emprestado para financiar seus investimentos e que,
certamente, terá que devolver aos credores numa data futura.
Dentre essas fontes de financiamentos, podem estar incluídos tanto
empréstimos como financiamentos tomados em instituições financeiras
(representando passivos financeiros) como pagamento devido ao fornecedor por
uma compra a prazo, neste caso, a empresa está utilizando recursos dos
fornecedores para financiar seus estoques.
Para tanto, Tibochirani (2006, p. 58) informa que “a ordem de lançamento
seguida no passivo é o prazo de exigibilidade das fontes financiadoras. Assim, as
obrigações que tem de ser pagas antes, são lançadas, em primeiro lugar, no
passivo”.
O passivo circulante “são todas as obrigações assumidas pela empresa cujo
prazo de vencimento é até um ano recaindo, portanto, no exercício seguinte ao
encerramento do balanço” (TIBOCHIRANI, 2006, p. 59).
Dentre as possíveis obrigações assumidas: pagamentos a fornecedores por
meio de duplicatas originadas de compras a prazo de mercadorias ou de matérias-
primas; salários a pagar, considerados como fonte de financiamento da empresa,
pois o funcionário somente recebe seu pagamento após a contribuição de seu
trabalho; impostos a pagar, visto que a empresa, em referência ao repasse destes
impostos, se traduz somente num intermediário entre o consumidor final e o governo
beneficiando-se do uso desses recursos até quando de seu recolhimento pelo órgão
competente; contas a pagar no prazo de até um ano, em razão de que a empresa
está beneficiando-se dos produtos ou serviços cujo pagamente ainda não se efetuou
e outros. As contas exigíveis em longo prazo, “são todas as obrigações assumidas
para com terceiros que vençam em período superior a um ano. Normalmente,
22
incluem-se os financiamentos bancários, debêntures e outras obrigações”
(TIBOCHIRANI, 2006, p. 59).
2.4.1.3 Patrimônio líquido
Por patrimônio líquido, no balanço patrimonial, se deduz a parte da empresa
que pertence a seus proprietários. Nestes termos, Silva (2001, p. 125) leciona que “o
ativo representa, no balanço patrimonial, os bens e direitos à disposição da
empresa, isto é, a aplicação dos recursos totais”.
O patrimônio líquido pode-se dizer, é parte do passivo, visto que Silva (2001,
p. 126) complementa a conceituação do termo dizendo que “o fato decorre do
princípio contábil do balanço se representado por uma igualdade do ativo com o
passivo, assim, subentende-se como uma espécie de obrigação da empresa perante
seus proprietários”.
Dessa maneira, Tibochirani (2006, p. 60) afirma “parecer muito coerente que
os lucros participam do Patrimônio Líquido, uma vez que efetuado o pagamento de
todas as obrigações da organização, o montante restado venha a pertencer aos
proprietários”.
Para esse autor, tanto quanto para outros autores, o patrimônio líquido se
compõe de capital social, reservas de capital, reservas de reavaliação, reservas de
lucro e lucros ou prejuízos acumulados.
No capital social se encontra descriminado através do montante dos recursos
investidos pelos proprietários e colaboradores (acionistas) da empresa. Para as
ações, Silva (2001, p. 127) induz que “as ações devem ser descriminadas como
montante de capital subscrito e integralizado”.
Em se tratando das reservas, este autor coloca que “as reservas constituem-
se numa espécie de reforço ao capital social” (SILVA, 2001, p. 128)
Para tanto, as reservas de capital tende a compreender:
Ágio na emissão de ações se traduzindo na diferença entre o valor
patrimonial das ações e o preço pago pelos acionistas;
23
Alienação de partes beneficiárias, demonstrando que a participação nos
lucros atribuída as partes não podem ultrapassar 10% no caso de títulos
negociáveis sem valor nominal;
Alienação de bônus de subscrição, emitidos mediante autorização do estatuto
da empresa como pagamento antecipado que garante a subscrição de ações;
Subvenções recebidas pelas empresas e correção monetária do capital
realizado (SILVA, 2001, p. 128).
2.4.2 Demonstração do Resultado do Exercício (DRE)
Pode ser visto como um relatório financeiro que permite evidenciar-se a real
situação econômica da empresa, pois traz impresso o resultado de atuação, seja
lucro ou prejuízo, na efetivação dos serviços prestados, num determinado período,
em geral, de um ano. Apresenta-se como um resumo das receitas e dos gastos num
período determinado, e para que se consiga chegar a este, da receita total reduzem-
se os impostos, os abatimentos de preços concedidos, tendo-se como resultado a
receita líquida, o qual terá ainda deduzido sobre si os custos dos serviços prestados,
alcançando-se o lucro bruto. Com o resultado do lucro bruto tiram-se as despesas
operacionais, contabilizando-se ao fim o imposto de renda.
Na determinação do resultado do exercício, serão computadas, de acordo
com o princípio da competência, as despesas incorridas no período, independente
de terem sido pagas ou não, e as receitas quando da ocorrência da venda,
representada pela entrega da mercadoria ou pela efetuação da prestação do serviço
com registros em notas fiscais.
2.4.2.1 Receita operacional bruta
Receita operacional bruta também pode ser caracterizada por vendas brutas,
a qual representa o faturamento bruto da empresa. Para Silva (2001, p. 137) “as
vendas de uma empresa podem ocorrer durante todo o ano e o preço unitário da
24
venda de determinado produto pode variar ao longo do próprio exercício social em
decorrência de diferentes fatores”.
Em decorrência disto, acrescenta o autor que, cada nota fiscal que a empresa
emite, o valor da venda relacionado a um produto deverá ser igual ao preço por
unidade daquele produto vezes a quantidade de unidades vendidas, acrescentando
também os impostos, devendo estes ser acumulados sobre o valor dos produtos
vendidos (SILVA, 2001, p. 137).
Em relação ao contexto inflacionário, se faz necessário que a empresa
mantenha-se bem posicionada com uma contabilidade em moeda forte, isto posto,
esta não poderá efetuar todas as suas vendas a prazo, pois devido a inflação o
preço de uma unidade vendida em janeiro poderá decair e se mostrar inferior a
unidade semelhante vendida em dezembro do mesmo ano. Assim, Silva (2001, p.
137) menciona que “uma contabilidade também em moeda forte (pelo chamado
critério da correção integral) para que se possibilite a obtenção das vendas em
moeda de poder aquisitivo do final do período”.
No item da receita operacional bruta incluem-se também as vendas
congeladas, as quais, para o autor, decorrem em virtude das devoluções efetivadas
pela clientela, de produtos que apresentarem defeitos, não estarem em consonância
com as especificações, bem como por outros problemas diretamente influenciados
pelos produtos.
Para o caso de descontos, ou ainda, redução do preço do produto em
conseqüência deste estar com defeito, o valor deve ser declarado no item da receita
operacional bruta. Por fim, agregam-se também os impostos sobre vendas, os quais
a empresa repassou para o governo, caso do IPI, ICMS, ISS quando do município.
2.4.2.2 Receita operacional líquida
A receita operacional líquida se faz em decorrência do item anterior (receita
operacional bruta) com o decréscimo dos descontos dados sobre a mercadoria, os
impostos sobre o faturamento, bem como as vendas anuladas. Neste entendimento,
para Silva (2001, p. 139) “é efetivamente a parte das receitas que ficará para a
empresa cobrir seus custos e despesas e gerar lucro”.
25
3 PROCEDIMENTOS PARA A ANÁLISE FINANCEIRA
Para que a empresa possa agilizar suas necessidades de fundos adicionais
ou de aplicação de excedentes de caixa, se faz necessário que saiba qual é a
situação atual da empresa.
Esta análise baseada na interpretação dos demonstrativos financeiros, a qual
infere na análise horizontal e vertical, bem como na análise por meio de índices
econômico-financeiros, permite que se colham inúmeras informações sobre o real
estado da organização, fornecendo o diagnóstico necessário da realidade
empresarial com vias a melhorar a performance futura da empresa.
O quadro apresentado pela empresa em suas demonstrações contábeis
poderá ser analisado por gestores, credores e terceiros.
Uma análise financeira pode ser efetuada sob vários graus de interesse,
especificamente, nas informações que o usuário deseja obter a respeito da empresa.
Todavia, este trabalho se detém sob o aspecto da análise vertical e horizontal, como
também, nos índices financeiros.
De acordo com Silva (2001, p. 203) o método de análise vertical e horizontal:
Presta valiosa contribuição na interpretação da estrutura e da tendência dos números de uma empresa. Pode ainda prestar auxílio na análise dos índices financeiros e em outros métodos de análise, assim pode-se dizer que ambas completam-se e em alguns momentos sobrepõem-se.
Para este autor é fundamental que o analista esteja consciente de que um de
seus objetivos deve ser a análise e o dimensionamento do risco da empresa e, para
isso pode ser necessária a conjugação do uso de várias ferramentas disponíveis.
3.1 ANÁLISE VERTICAL
Conforme esclarece Silva (2001, p. 205), “a análise vertical possibilita
identificar a representatividade das disponibilidades em relação ao ativo total em
cada ano, porém não explica as razões que levaram essas disponibilidades a
26
decrescerem durante aos anos subseqüentes ao primeiro ano analisado”. Assim,
para o autor pode-se dizer que o procedimento dos percentuais verticais, conhecidos
por análise vertical, “nada mais é do que a determinação do percentual de cada
conta ou de contas agregadas conseqüentemente ao seu conjunto estipulado num
mesmo período” (SILVA, 2001, p. 205).
Resumindo, a análise vertical é a avaliação da participação de cada item em
relação ao todo, em determinado período. Diz respeito a elementos homogêneos do
mesmo grupo, relativo a um mesmo período e analisa a representatividade de uma
conta pelo todo.
De acordo com as palavras expostas por Santos (2001, p: 186) através da
análise vertical “se torna fácil dissolver a composição do custo em suas parcelas. O
percentual de participação de cada uma dessas parcelas em relação ao total é
avaliado em relação a determinado padrão para verificar a ocorrência de desvios”.
Verifica-se, portanto, que para item do balanço, há determinados fatores de
ordem externa ou interna que interferem. A exemplo disso, Silva (2001, p. 205) cita
que o volume de estoques mantido pela empresa relaciona-se basicamente a dois
fatores, necessitando avaliar-se também o comportamento das vendas na
demonstração de resultados.
Assim, a análise vertical pode ser utilizada tanto para determinar a proporção
de uma conta em relação ao total de ativo como para verificar sua relação com seu
grupo, por exemplo, quando se analisa a proporção de estoques relativa ao ativo
circulante. O valor do grupo ativo circulante será tomado como base 100%.
3.2 ANÁLISE HORIZONTAL
Realizada a partir de demonstrativos consecutivos, ou seja. De pelo menos
dois períodos em seqüência, a análise horizontal permite avaliar a evolução de cada
elemento patrimonial e de resultado ao longo de diversos períodos. De acordo com
Silva (2001, p. 209), na análise horizontal “o ponto de partida foi o ano inicial e os
seguintes estão sendo comparados sempre com base inicial, para permitir a
visualização histórica da receita líquida ao longo do último ano”.
27
Em tais condições, considera-se o ano mais antigo da série como base para
calcular números-índices de cada conta do demonstrativo. Assim, cada conta do ano
base é tomada como 100% e é possível analisar acréscimos ou de seu saldo nos
anos posteriores. Percebe-se diferentes formas de apresentação da análise
horizontal, o que, no entanto, leva sempre à mesma interpretação: podemos
apresentar a variação de um ano para o outro, primeiro, na forma de diminuição ou
aumento do percentual – se uma conta aumentou, digamos, 5% em relação ao ano
anterior, é esse o percentual que aparecerá na análise.
Também na forma de percentual direto sobre o ano anterior – se o saldo da
conta crescer 5%, o número-índice será de 105% em relação ao ano anterior. Estes
exemplos para Silva (2001, p. 210) demonstram que “cada um desses índices
obtidos fornece a idéia de sua própria evolução ao longo do período, considerando-
se, desse modo, sua medida de crescimento”. Assim sendo, o autor acrescenta que
as análises horizontais e verticais objetivam:
Análise Vertical: mostrar a importância de cada conta em relação à demonstração financeira a que pertence e, através da comparação com padrões do ramo ou com percentuais da própria empresa em anos anteriores, permite inferir se há itens fora das proporções normais. Análise Horizontal: mostrar a evolução de cada conta das demonstrações financeiras e, pela comparação entre si, permitir tirar conclusões sobre a evolução da empresa (SILVA, 2001, p. 212).
Em consonância com as explicações do autor, percebe-se a importância da
efetivação da análise pelos dois tipos, visto que cada uma delas poderá fornecer
informações distintas ao analista, uma vez que a análise vertical é mais informativa
em relação ao comportamento do custo dos produtos vendidos.
Já a análise horizontal traz maior contribuição para identificar-se o
crescimento da receita de um modo geral e para a sua comparação com outras
empresas do mesmo ramo.
Sobre este assunto, Tebochirani (2006, p. 62) coloca que:
A análise horizontal permite ao gestor comparar a evolução e a tendência de cada conta do balanço em relação à evolução total do negócio, concentrando sua atenção nos itens mais críticos ou de interesses, o que possibilita identificar as alterações na composição de estruturas patrimonial e sua relação com o resultado organizacional. Acrescenta-se que outras ferramentas devem ser utilizadas como índices financeiros, investimento operacional em giro e fluxo de caixa, por exemplo, podem e devem ser utilizadas.
28
3.3 INDICADORES FINANCEIROS
Os quocientes ou índices financeiros para a análise da empresa se mostra
conhecido pela maioria das organizações, assim quando se realiza um estudo
precisa-se, de acordo com Silva (2001, p. 227), responder determinadas questões
como:
O que é um índice financeiro? Como calcular um índice financeiro? Como interpretar um índice financeiro? Como utilizar um índice financeiro? Quantos índices financeiros precisam-se calcular? Qual a importância que deve receber cada um dos índices financeiros?
Quanto a conceituá-lo, Silva (2001, p. 228) aponta que “os índices financeiros
são relações entre contas ou grupos de contas das demonstrações financeiras, que
têm por objetivo fornecer informações que não são fáceis de serem visualizadas de
forma direta nas demonstrações financeiras”.
Para tanto, o autor expõe que a determinação de um índice bom ou aceitável
para a empresa depende da seleção de qual padrão será tido como desejável.
Assim, “a interpretação pode ser feita comparando-o com o de outras empresas ou
analisando sua evolução na própria organização ao longo do tempo”.
No entender de Silva (2001) a quantidade de índices a serem utilizados na
análise que a ser realizada é importante, pois estes quando em demasia podem
confundir, porém quando usados em número muito reduzido dificultam um resultado
satisfatório em relação aos dados analisados.
Diante das informações levantadas, o trabalho de pesquisa por meio da
análise vertical e horizontal trata de definir a real situação financeira da COODETEC
- Cooperativa Central de Pesquisa Agrícola do Paraná.
Assim, esta empresa voltada para a pesquisa utilizando-se de tecnologias
avançadas, opera no mercado com base em duas grandes decisões financeiras:
uma relacionada ao seu ativo, através do qual se formula decisões a serem
praticadas para os investimentos que serão feitos, outra, relacionada ao passivo,
formulando-se decisões para possíveis captações de capital. Este processo será
apresentado em quatro grupos descritos por Silva (2001) e Tebochirani (2006), os
29
quais citam: Análise de liquidez financeira, do ciclo operacional, da estrutura
patrimonial e Análise da rentabilidade.
3.3.1 Análise de Liquidez Financeira
A liquidez se refere à capacidade de pagamento das empresas, isto é, se a
organização tem condições de suportar as obrigações assumidas para com
terceiros, reveladas em seu passivo.
A este ponto, Tebochirani (2006, p. 65) apregoa que “Embora os índices de
liquidez sejam bastante usados para avaliações externa, principalmente pelos
clientes e fornecedores, eles podem ser aplicados na avaliação da própria empresa,
permitindo realizar um monitoramento no seu capital de giro”.
Sobre este assunto, Silva (2001, p. 266) complementa dizendo que “a
empresa irá verificar suas reais condições, a partir da comparação entre os direitos
realizáveis e as exigibilidades”. Estes autores descrevem três principais quocientes
de liquidez: “liquidez corrente, liquidez seca e liquidez geral”.
3.3.1.1 Liquidez corrente
É o principal e o mais tradicional indicador de liquidez. Tebochirani (2006, p.
66) expõe que “é a capacidade financeira da organização para cumprir seus
compromissos de curto prazo, ou seja, procura demonstrar quanto ela tem de ativo
circulante para cada R$ 1,00 de passivo circulante”.
Para este procedimento utiliza-se:
Ativo circulante
LC = Passivo circulante
Fonte: Tebochirani (2006, p. 66).
30
Na interpretação deste autor, quanto maior for o índice de liquide corrente,
melhor a situação financeira da empresa, pois mais recursos disponíveis ela tem
para pagar suas contas a curto prazo.
Quanto ao valor do índice mencionado por Tebochirani (2006) em maior que 1
(um), Silva (2001, p. 271) menciona que “a maioria dos analistas considera o índice
maior 1,5 já é muito bom, sendo viável”.
Na visão deste autor o índice de liquidez corrente se valida como instrumento
de comparação entre empresas do mesmo porte e com o mesmo ramo de atividade,
levando-se em conta também a região geográfica. Todavia, chama a atenção ao fato
de que “não se pode, como medida isolada, afirmar que a liquidez corrente é boa ou
ruim, acima ou abaixo de 1 ou 1,5, pois tudo dependerá do tipo de atividade da
empresa”.
3.3.1.2 Liquidez seca
Neste tipo de liquidez, Tebochirani (2006, p. 67) atenta para a questão de que
“a liquidez seca avalia a capacidade da empresa para liquidar suas dívidas de curto
prazo sem considerar a venda dos estoques”. A este processo, o autor afirma ser
decorrente do fato de o estoque ser o ativo circulante de menor liquidez, assim,
pode-se dizer que leva mais tempo para ser transformado em dinheiro.
Para este procedimento utiliza-se:
(Ativo circulante – estoques)
LS = Passivo circulante
Fonte: Tebochirani (2006, p. 67).
Isto posto, diga-se que quanto maior a liquidez seca, melhor a situação da
empresa, pois ela terá maior capacidade de pagamento das contas a curto prazo.
Silva (2001, p. 274) descreve que o índice de liquidez seca busca se
aprimorar em relação ao de liquidez corrente, pois “supondo, de certa forma, que os
estoques são necessários à própria atividade da empresa, constituindo-se numa
31
espécie de investimento permanente no ativo circulante”. Comenta este que no
índice de liquidez seca o passivo circulante pode ser considerado sempre como
líquido e certo, correndo-se certo risco de eventuais compromissos deixarem de ser
registrados ou ainda, fazerem-se o assentamento para menor.
3.3.1.3 Liquidez geral
Para este último tipo de índice de liquidez, Tebochirani (2006, p. 68) expõe
que “evidencia-se os recursos financeiros aplicados no ativo circulante e no
realizável a longo prazo são suficientes para cobrir as obrigações totais”. Todavia,
isto acontece quando a empresa possui recursos conversíveis em moeda para
cumprir com todas as suas obrigações.
Para este procedimento utiliza-se:
(Ativo circulante + Realizável) a longo
LG = (Passivo circulante + Exigível a longo prazo)
Fonte: Tebochirani (2006, p. 68).
Resume-se que quanto maior a liquidez geral, melhor a situação financeira da
organização, pois evidencia que ela tem mais recursos conversíveis em moeda do
que dívidas a pagar tanto a curto quanto a longo prazo.
Para Silva (2001, p. 266) “a liquidez geral decorre da capacidade de a
empresa ser lucrativa, da administração de seu ciclo financeiro e das suas decisões
estratégicas de investimento e financiamento”.
3.3.2 Análise do Ciclo Operacional
Entende-se por Ciclo Operacional – CO, o período de tempo que vai desde o
momento em que a matéria-prima é adquirida, passando pelo processo de
32
transformação, pela venda do produto chegando ao seu recebimento pelo cliente.
Completando assim todo o processo. Tebochirani (2006, p. 69) acrescenta que “a
duração de cada fase do ciclo operacional tem influência sobre o volume de
recursos financeiros consumidos ou imobilizados nas operações da empresa”.
Assim, o autor exemplifica que o ciclo operacional pode ser definido de acordo com
o procedimento a ser visto a seguir.
Para este procedimento utiliza-se:
Prazo/Estocagem
Prazo/Recebimento
Compra
Venda
Recebimento
Fonte: Tebochirani (2006, p. 69).
Como regra geral, pode-se afirmar que, quanto menor for o Ciclo Operacional,
melhor a situação da empresa, pois mais rápido ela conseguirá transformar seus
recursos (estoques e duplicatas a receber) em caixa e, conseqüentemente, menores
serão suas necessidades de financiamento de capital de giro.
Para o autor, ao se comparar o Ciclo Operacional com o prazo que a empresa
tem para pagar seus compromissos com os fornecedores, pode-se verificar melhor a
adequação e a compatibilidade entre os seus recebimentos e os pagamentos
operacionais.
A esta comparação, Tebochirani (2006, p. 69) “denomina de Ciclo Financeiro,
onde descreve o seguinte:
Prazo/Estocagem
Prazo/Recebimento Recebimento
Compra
Prazo/Pagamento
Venda
Pagamento
Fonte: Tebochirani (2006, p. 69).
Como no anterior, quanto menor for o Ciclo Financeiro, melhor para a
empresa, pois menores serão suas necessidades de financiamento de giro dos
negócios. Para Tebochirani (2006, p. 69), “no caso da empresa conseguir ciclo
financeiro negativo, significa que está recebendo de seus clientes pela venda das
33
mercadorias antes mesmo de ter que pagar o valor correspondente aos
fornecedores, o que evidencia uma situação excelente. Ao observar-se que o Ciclo
Financeiro compreende o período que atende deste o pagamento dos fornecedores
até o recebimento do valor das vendas, o resultado dessa relação, de acordo com
este autor, interpretado como sendo “a defasagem do tempo entre o retorno do ativo
circulante e o prazo de que a empresa dispõe para o pagamento das obrigações
operacionais” (TEBOCHIRANI, 2006, p. 70).
3.3.3 Análise da estrutura patrimonial
Identifica a estrutura tanto de endividamento quanto de investimento da
empresa em função da composição de seus ativos e passivos. Conforme
Tebochirani (2006, p. 71), “essa análise mostra a proporção existente entre capitais
próprios e de terceiros, ou seja, como foram captados os recursos, e a proporção
entre investimentos fixos e de giro, evidenciando como os recursos foram aplicados”.
Comenta o autor que faz parte desta análise o Grau de endividamento total – o qual mede a proporção de recursos emprestados e utilizados pela empresa em
sua composição patrimonial, representando seu grau de comprometimentos para
com terceiros (TEBOCHIRANI, 2006).
Para Tebochirani (2006, p. 71), “estruturalmente, a análise desse indicador
permite por dedução identificar a participação dos capitais próprios na composição
patrimonial”.
Para este procedimento utiliza-se:
Passivo circulante + Exigível a longo prazo
GET = Total Ativo
X 360
Fonte: Tebochirani (2006, p. 71).
De modo geral, quanto menor for o Grau de Endividamento Geral, melhor a
situação da empresa, pois é menor sua dependência em relação ao capital de
terceiros.
34
Na Composição do endividamento – revela-se qual a proporção existente
entre as obrigações de curto prazo e as obrigações totais, mostrando, portanto, de
acordo com Tebochirani (2006, p. 71) “quanto das dívidas da empresa vencem em
curto prazo”.
Conforme esclarecimentos prestados pelo autor, uma participação muito
elevada de dívidas de curto prazo pode indicar possível dificuldade financeira para a
empresa.
Para este procedimento utiliza-se:
Passivo circulante
EC =
Passivo circulante + Exigível a longo prazo
X 360
Fonte: Tebochirani (2006, p. 71).
Quanto menor a proporção de dívidas que vencem a curto prazo, melhor para
a instituição, caso ela não tenha recursos suficientes em seu ativo circulante para
saldá-las.
Em se tratando do Grau de imobilização do investimento – este revela a
parcela do ativo que foi destinada para as aplicações de caráter permanente. Assim,
“por dedução permite identificar a parcela de recursos investida pela empresa no
giro” (TEBOCHIRANI, 2006, p. 71).
Para este procedimento utiliza-se:
Ativo Permanente
GII = Ativo Total
X 360
Fonte: Tebochirani (2006, p. 71).
Resulta num comprometimento da liquidez da empresa, o alto grau de
imobilização do investimento, visto que “são recursos investidos em ativos fixos que
compõe a sua estrutura física”. Onde, estes são aplicados sem o intuito de venda ou
conversão em moeda (TEBOCHIRANI, 2006, p. 72).
Por último o Grau de imobilização dos capitais próprios – identifica, para o
autor, “quanto dos recursos próprios foi aplicado no permanente e, por dedução, no
giro” (TEBOCHIRANI, 2006, p. 72). Na visão de Silva (2001, p. 260) a interpretação
35
do índice de composição do endividamento no sentido de que “quanto maior, pior”,
“se dá em razão de que quanto mais dívidas para pagar a curto prazo, maior será a
pressão para a empresa gerar recursos para honrar seus compromissos”.
Para este procedimento utiliza-se:
Ativo Permanente
GICP = Patrimônio Líquido
X 360
Fonte: Tebochirani (2006, p. 71).
Assim, quanto menor o grau de endividamento dos capitais próprios, melhor
será para a empresa, pois mais recursos próprios estarão disponíveis para financiar
as atividades de giro da instituição.
3. 3.4 Análise da rentabilidade
Este tipo de análise mede a capacidade econômica da empresa,
evidenciando o grau de êxito obtido na geração de lucro em razão do capital nela
investido. Nesta especificação, Tebochirani (2006, p. 75) alude que “os índices são
calculados com bases em valores extraídos da demonstração do resultado do
exercício e do balanço patrimonial”.
Para este procedimento utiliza-se:
Lucro Líquido
ML = Receita Líquida
Fonte: Tebochirani (2006, p. 75).
Em relação ao termo exposto, este “mede a porcentagem sobre cada R$ 1,00
de receitas de vendas que sobrou”, após descontos de todos os custos, as despesas
e os impostos, indicando, assim, a lucratividade da empresa sobre as vendas feitas
(TEBOCHIRANI, 2006, p. 75).
36
Verifica-se, portanto, que quanto maior a Margem líquida, melhor para a
instituição, haja vista ser maior a proporção de ganhos que ela está obtendo sobre
seu faturamento.
Na rentabilidade de capitais próprios, Tebochirani (2006), citado
anteriormente, aduz para o fato de que quanto maior este valor se mostrar, maior a
rentabilidade dos sócios.
Para este procedimento utiliza-se:
Lucro Líquido
RCP =
Patrimônio Líquido
Fonte: Tebochirani (2006, p. 75).
Conforme o que já se mencionou, este termo revela qual foi a taxa de
rentabilidade obtida pelo capital próprio investido na empresa. Em palavras mais
simples, demonstra o quanto à empresa ganhou de lucro líquido para cada R$ 1,00
de capital próprio investido.
Por fim, expõe-se a Rentabilidade do ativo, ao qual evidencia o potencial de
geração de lucros por parte da empresa.
Demonstra o lucro líquido para cada R$ 1,00 de investimento total.
Para este procedimento utiliza-se:
Lucro Líquido
RA =
Total do Ativo
Fonte: Tebochirani (2006, p. 75).
Então, quanto maior a rentabilidade do ativo, melhor para a empresa, visto
que será maior sua rentabilidade sobre o total de ativos, significando o ganho da
empresa totalizado.
37
4 METODOLOGIA
4.1 TIPO DE PESQUISA
Lakatos e Marconi (1996, p. 19) afirmam que “pesquisar não é apenas
procurar a verdade; é encontrar respostas para questões propostas, utilizando
métodos científicos”. Diante de tal afirmação, pode-se perceber que a pesquisa não
deve ser encarada como algo simplório, vista como simples processo investigativo.
Assim, desenvolveu-se a pesquisa bibliográfica onde se desejou explicitar os
procedimentos a serem desenvolvidos na construção da análise financeira, a qual se
deteve na Análise Vertical e Horizontal, bem como demonstração de alguns
quocientes de índices financeiros. Para tanto, se recorreu a autores com diferentes
linhas de pensamento, na área de Administração, como Silva (2001), Tibochirani
(2006), Gitman (2004) e Cropelli & Nikbakht (2002) como os maiores incentivadores
no desenvolver de todas as etapas teóricas explicativas a cerca da análise financeira
que foi explanada.
Conjuntamente com eles, apropriou-se das idéias de Chiavenato (2000) e
Maximiano (2002) para conceituar e explanar sobre Administração; Dornelas (2001)
e Reynaldo (2000) para mediar o assunto sobre Mercado de atuação; Ross (2002) e
Santos (2000) conceituando Administração Financeira;
Em seguida realizou-se pesquisa exploratória, haja vista que se procedeu a
análise sobre os dados secundários levantados referentes à empresa pesquisada.
4.2 INSTRUMENTOS DA PESQUISA
Assim, como instrumentos para prosseguimento da pesquisa prática são os
dados levantados sobre o desempenho da empresa pesquisada por meio de
documentos eletrônicos adquiridos através do Site da COODETEC – Cooperativa
Central de Pesquisa Agrícola, visando o cumprimento dos objetivos levantados
neste trabalho.
38
Os documentos eletrônicos foram: Balanço, DRE, notas explicativas,
relatórios da administração desta empresa; dados expostos no relatório anual
da empresa, de domínio público via Internet. Utilizaram-se as demonstrações
dos anos de 2007 e 2008, o qual é estipulado como período anual.
Cálculos realizados com o auxílio de fórmulas nas planilhas do Excel;
Os dados resultantes dos cálculos serão utilizados para análise por meio de
comentários, de acordo com o conhecimento exposto na pesquisa
bibliográfica.
4.3 DESENVOLVIMENTO DA PESQUISA
A montagem de tabelas expositivas para a análise da situação econômica
financeira da COODETEC para o exercício de 2007 e 2008, com a utilização da
análise vertical, análise horizontal e os indicadores financeiros:
O Balanço Patrimonial da empresa - Ativo dos períodos de 2007 e 2008;
O Balanço Patrimonial da empresa – Passivo dos períodos de 2007 e 2008;
Demonstração do Resultado dos Períodos de 2007 e 2008;
Análise Horizontal do Balanço Patrimonial - Ativo da Empresa dos Períodos
2007 e 2008;
Análise Horizontal do Balanço Patrimonial - Passivo da Empresa dos
Períodos de 2007 e 2008.
Análise Horizontal da Demonstração do Resultado da COODETEC –
Cooperativa Central de Pesquisa Agrícola;
Análise Vertical do Balanço Patrimonial - Ativo da Empresa nos períodos de
2007 e 2008;
Análise Vertical do Balanço Patrimonial - Passivo da Empresa nos períodos
de 2007 e 2008;
Análise Vertical em relação à Demonstração do Resultado da Cooperativa;
Solvência Geral e Liquidez desta instituição: Liquidez imediata, seca,
corrente, geral;
O Capital e Risco da referida instituição estudada;
39
Rentabilidade e Lucratividade da COODETEC: rentabilidade do capital
nominal, do patrimônio líquido, das vendas;
GET – Grau de Endividamento da empresa.
4.4 COOPERATIVA CENTRAL DE PESQUISA AGRÍCOLA - COODETEC
A Revolução Industrial trouxe transformações significativas para o mercado
de negócios, ao mecanizarem-se as fábricas deu-se início a produção em grande
escala, com pouca mão de obra, fazendo com que os pequenos produtores
(artesãos) viessem a perderem espaço as grandes indústrias, tornando a
competitividade, de certo modo, impossível. O resultado dessa modernização para o
artesão se traduz na produção de mercadorias mais caras e de maior dificuldade de
distribuição no mercado.
Diante desse quadro, a solução encontrada pela maioria dos artesãos foi a de
se tornavam empregados das tais indústrias. Essa decisão resultou em baixos
salários, desprovidos de quaisquer garantias trabalhistas.
Todavia, aqueles que não se submeteram ao abandono de suas atividades,
de modo a não sofrerem decréscimo no padrão de vida buscaram por uma solução
que permitisse a contínua produção e, ainda, proporcionar certa competitividade
para com as grandes empresas.
Isto posto, verifica-se o surgimento histórico das cooperativas, representando
uma maneira de união das forças de inúmeros pequenos produtores, dando-lhes
oportunidade de continuarem seus negócios em meio aos grandes concorrentes.
Fato este acontecido na pequena “cidade inglesa de Rochdale”, em meados do
século XIX, com o surgimento da primeira cooperativa, a qual se compunha de vinte
e oito tecelões (GAWLAK, 2003, p. 38).
No Brasil, a primeira cooperativa a ser fundada deu-se em 1902, na cidade de
Nova Petrópolis, no Rio Grande do Sul, sendo regulado pela legislação tal tipo
societário em 1907, com a criação da Lei n.º 1.637, de 5.01.1907.
Pode-se dizer que o Cooperativismo é um instrumento de organização
econômica da sociedade, caracterizando-se como uma forma de ajuda mútua
através da cooperação e da parceria.
40
A sociedade cooperativa é uma associação autônoma de pessoas unidas
voluntariamente para satisfazer suas necessidades econômicas, sociais e culturais
em comum, por meio de uma empresa de propriedade conjunta e de gestão
democrática.
Assim, em 1974 começa de fato o surgimento da COODETEC – Cooperativa
Central de Pesquisa Agrícola, com base tecnológica voltada à agricultura, 100%
nacional e de propriedade exclusiva dos agricultores cooperativistas.
Mas nem sempre foi assim, iniciada como extensão de um programa de
investimentos no setor de pesquisas, dirigido por cooperativas do Paraná por meio
da Organização das Cooperativas do Estado, Ocepar, com recursos, em sua
maioria, bancados pelos próprios agricultores, através das Cooperativas filiadas.
Em 1995, assume o trabalho que vinha sendo realizado pelo Departamento
de Pesquisa da Ocepar, passando a ser independente.
Esta Cooperativa, em seus 31 anos de funcionamento se dedica à pesquisa e
desenvolvimento de novas variedades, de início soja e trigo, mais tarde
incorporando também as culturas de milho e algodão.
No momento, a COODETEC possui mais de 200 (duzentos) produtos no
mercado nacional, atuando no mercado internacional do Paraguai e Bolívia e, neste
ano de 2010, está estendendo seus negócios ao Uruguai e Argentina.
De acordo com o diretor-executivo da COODETEC, Ivo Marcos Carraro, já foi
lançado por esta cooperativa, 110 diferentes variedades de sementes de soja, milho,
trigo e algodão. Afirma ele que:
As cultivares de trigo CD (inicial de COODETEC) já ocupam 27% da área cultivada no Brasil; a soja CD representa 22% da área de plantio e o algodão CD ocupa 17% da área, cabendo 1,5% da área de cultivo ao milho CD. No Estado do Paraná, as sementes de soja, trigo e algodão já conquistaram a liderança absoluta, com mais de 50% da preferência dos agricultores2.
A sede da empresa fica na cidade de Cascavel (PR), onde mantém escritório
central, estruturada também para subsidiar treinamento e pesquisa, pois suas
dependências estão equipadas com um Centro de Treinamento; diferentes
Laboratórios para pesquisa de genética de sementes, análises de solos e sementes,
de biotecnologia e fitopatologia; câmaras secas; casas de vegetação; entre outras. 2 CARRARO, Ivo Marcos. Histórico da COODETEC. Disponível em: http://WWW.coodetec.com.br. Acesso em 12/04/2009.
41
Segundo informações buscadas no site da COODETEC, verifica-se ser uma
empresa que investe constantemente em tecnologia e orientação técnica. Conforme
menciona a empresa, “vê comprovada a eficácia de suas sementes, quando
conquista o primeiro lugar no mercado brasileiro de trigo, além de manter a
preferência entre os triticultores paraguaios” (COODETEC, 2010).
Ivo Marcos Carraro declara que:
A COODETEC é detentora da maior participação de mercado entre as empresas nacionais de melhoramento de híbridos de milho. Também é a empresa que mais cresce em vendas neste concorrido segmento. No mercado de soja mantém a liderança no sul do Brasil e Paraguai3.
A COODETEC é uma cooperativa central com congregação, atualmente, de
40 (quarenta) cooperativas associadas, sendo destas, 27 (vinte e sete) no estado do
Paraná, 2 (duas) em Santa Catarina, 1 (uma) em Goiás, 1 (uma) no Mato Grosso do
Sul, 1 (uma) em São Paulo e 8 (oito) no estado do Rio Grande do Sul.
Apresenta sua base territorial no Brasil, podendo receber associadas de
qualquer Estado da Federação. Composta por 2 (duas) cooperativas centrais:
Cotriguaçu e Coceal, cada um com 5 filiais. Mantém sua sede central no Paraná
com o maior número de cooperativas beneficiadas com seus produtos e serviços.
O agrônomo e diretor-executivo da COODETEC, Ivo Marcos Carraro, ressalta
que:
Ao mesmo tempo em que o acesso a tecnologia aumenta e beneficia as lavouras, é comum aparecerem novos problemas de pragas e doenças que acabam se tornando resistentes a determinados tipos de herbicidas. Estamos, constantemente, apresentando soluções para garantir a produtividade da lavoura, mantendo estáveis, nossos híbridos de milho e cultivares de soja e trigo, mesmo em épocas de clima desfavorável.
Desse modo, a Cooperativa Central de Pesquisa Agrícola – COODETEC,
formada por uma rede complexa de ensaios, um departamento de pesquisa
estruturado, com modernos laboratórios de biotecnologia, entomologia, fitopatologia,
sementes e solos, resulta em grande diferencial: sementes de milho, soja e trigo de
alta qualidade e adaptadas a diferentes climas e solos, com mais rendimento e
menos risco4.
3 CARRARO, Ivo Marcos. Histórico da COODETEC. Disponível em: http://WWW.coodetec.com.br. Acesso em 20/03/2010. 4 Ibid.
42
4.5 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Os anos selecionados (2007/2008) foram propícios para cumprir com os
objetivos propostos neste trabalho de pesquisa devido ao fato de demonstrarem a
evolução alcançada pela cooperativa COODETEC em suas finanças.
Tabela 1 – Balanço Patrimonial - Ativo Encerrado em 31/12/2008
Balanço Patrimonial - Ativo Encerrado em 31/12/2008
ATIVO 2008 (R$)
2007 (R$)
ATIVO CIRCULANTE 8.328.787,26 1.894.796,34Disponibilidades 6.645.608,90 863.407,21Caixa 148,90 2.670,80Bancos com Movimento 202.192,13 676.349,21Aplicações Financeiras 5.565.083,88 -Cooperativas c/ Movimentos (NOTA 04) 878.183,99 184.387,20CRÉDITOS (NOTA 05) 1.626.387,92 994.080,10Contas a Receber 1.275.395,80 914.424,34Adiantamentos de Férias 2.130,48 11.283,22Adiantamentos a Funcionários 2.300,00 740,00Adiantamento a Fornecedores 328.070,08 52.763,95ICMS A Recuperar 18.491,56 14.868,59ESTOQUES 24.885,57 8.903,14 24.885,57 8.903,14DESP. DO EXERCÍCIO SEGUINTE (NOTA 06) 31.904,87 28.405,89Eventos e Projetos em Andamento 22.703,82 19.896,79Seguros 9.201,05 8.509,10ATIVO REALIZÁVEL EM LONGO PRAZO 40.187,07 16.498,42Créditos e Valores (NOTA 05) 40.187,07 16.498,42ATIVO PERMANENTE 2.679.427,56 2.329.905,21Imobilizado (NOTA 07) 3.902.247,43 3.403.700,13(-) Depreciação (1.553.075,89) (1.296.838,80)Diferido (NOTA 08) 494.820,58 295.690,46(-) Amortização (164.564,56) (72.646,58)TOTAL DO ATIVO 11.048.401,89 4.241.199,97
Adaptado dos dados da COODETEC – Cooperativa Central de Pesquisa Agrícola – 2009.
Segundo tabela 1, o Ativo do Balanço Patrimonial da COODETEC –
Cooperativa Central de Pesquisa Agrícola deixa exposto como resultado, para o
circulante, os valores de 8 milhões em 2008 contra 1 milhão em 2007,
demonstrando uma diferença de 7 milhões para mais de um ano para o outro.
O realizável em longo prazo ultrapassou R$ 7.190,23 além do dobro do ano
de 2008 em comparação com 2007.
Conseqüentemente, observou-se também que o total do Ativo do ano de 2008
excede em R$ 6.807.202,92 o ano de 2007. Comparando-se o Ativo Permanente
43
dos anos de 2007 para 2008, vêem-se 2,3 milhões para o primeiro ano pesquisado
e 2,6 milhões para o ano seguinte, o ano de 2008. Esse quadro evolutivo da
empresa operou-se em função do aporte de royalties adiantado, o qual verifica-se na
tabela seguinte.
Tabela 2 – Balanço Patrimonial - Passivo Encerrado em 31/12/2008
Balanço Patrimonial - Passivo Encerrado em 31/12/2008
PASSIVO
2008 (R$)
2007 (R$)
CIRCULANTE 8.170.083,45 1.938.030,45Fornecedores 385.104,72 154.775,81Obrigações Tributárias (NOTA 09) 42.292,15 30.742,58Obrigações com Empregados (NOTA 10) 543.624,31 470.740,39Obrigações Previdenciárias (NOTA 11) 93.450,21 80.322,32Resultados de Exercícios Futuros (NOTA 12) 6.980.337,04 1.037.599,43Financiamentos (NOTA 13) 125.275,02 163.849,92EXIGÍVEL A LONGO PRAZO 1.042.592,08 580.917,96Provisão para fins rescisórios 329.032,35 290.720,20Banco do Brasil S/A - Ctr. 040/02053 69.225,00 12.925,00Implementação de Pesquisas 644.334,73 277.272,76PATRIMÔNIO SOCIAL 1.835.726,36 1.722.251,56Patrimônio 1.141.405,98 1.141.405,98Fundo Social 818.985,33 818.985,33Investimento de Mantenedoras 322.420,65 322.420,65Superávits / Déficits Acumulados 694.320,38 580.845,58De Exercícios Anteriores (NOTA 14) 493.555,40 538.023,72Do Exercício 397.433,19 42.821,86Do Programa de Premiação - Produtividade (196.668,21) - TOTAL DO PASSIVO 11.048.401,89 4.241.199,97
Adaptado dos dados da COODETEC – Cooperativa Central de Pesquisa Agrícola – 2009.
O Passivo, na tabela 2, demonstra para com o Circulante um aumento nas
obrigações com empregados de R$ 470.740,39 no ano de 2007 para R$ 543.624,31
no ano de 2008, ultrapassando, neste último, o patamar de meio milhão de reais.
Os resultados de Exercícios Futuros apresentam-se bastantes significativos
no ano de 2008 se comparado ao ano de 2007, superando o ano anterior em 5 milhões, fechando desse modo o período com um valor de 6 milhões contra 1 milhão do exercício do ano anterior.
A empresa na representação do item relativo ao Superávit/Déficits
Acumulados registra um valor de 580 mil reais no ano de 2007, elevando-se ao
patamar para acima de 100 mil reais, fechando o ano de 2008 com o valor de 690
mil reais. No Exigível a Longo Prazo é pouco a diferença para que haja o dobro do
valor do exercício de 2007 para o ano de 2008.
44
Assim, o Passivo deste Balanço demonstra que a COODETEC – Cooperativa
Central de Pesquisa Agrícola investiu um capital maior na área de pesquisa no ano
de 2008 em relação ao ano anterior (2007).
Tabela 3 – Demonstração do Resultado Encerrado em 31/12/2008
Demonstração do Resultado Encerrado em 31/12/2008
DESCRIÇÃO DAS CONTAS
2008 (R$) 2007 (R$) RECEITAS DAS ATIVIDADES 7.232.924,08 6.309.569,21Cooperativas Mantenedoras 3.241.937,14 2.804.884,15Contribuição Produtores não associados 172.285,19 83.513,20Laboratório de Fitopatologia/Entomologia 13.840,20 22.180,00Laboratório de Biotecnologia 375.246,55 354.757,73Laboratório de Solos 767.315,00 776.987,15Laboratório de Sementes 1.682.103,69 1.586.004,34Show Tecnológico 356.927,87 263.878,32Venda de Grãos 556.360,20 380.219,83Outras receitas 66.908,24 37.144,49DESPESAS DAS ATIVIDADES 7.043.693,68 6.306.144,85( - ) Diretoria 29.622,81 24.187,14( - ) Gerência Técnica 306.126,22 344.432,85( - ) Administração 1.227.334,48 569.408,08( - ) Difusão de Tecnologia 224.611,04 171.536,69( - ) Laboratório de Solos 648.499,67 605.919,80( - ) Laboratório de Fitopatologia/Entomologia 138.238,31 121.507,32( - ) Laboratório de Biotecnologia 256.326,24 262.158,79( - ) Estação Experim. de Rio Verde 290.287,86 233.223,33( - ) Estação Experim. de Palotina 599.760,01 557.943,08( - ) Estação Experim. de Primavera do Leste 318.550,30 289.179,14( - ) Estação Experim. de Tibagi 133.959,13 128.765,59( - ) Estação Experim. de Itaberá 271.528,05 224.868,26( - ) Central de Processamento de Amostras 61.675,04 2.822,46( - ) Despesas Financeiras 69.537,45 70.885,45( + ) Receitas Financeiras 462.587,36 12.772,15RESULTADO OPERACIONAL 189.230,40 3.424,36RESULTADO NÃO OPERACIONAL 11.534,58 39.397,50( + ) Resultado na Venda de Bens do Ativo Perm. 11.534,58 39.397,50
RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 200.764,98 42.821,86Adaptado dos dados da COODETEC – Cooperativa Central de Pesquisa Agrícola – 2009. OBS: Alguns dados foram retirados do item Despesas das atividades, com vias a redução do tamanho da tabela, contudo manteve-se o valor total para análise.
Conforme se observa na tabela 3, os dados expostos na Demonstração de
Resultado do Período explicitam que em relação às Receitas das Atividades a
COODETEC apresentou 7 milhões em 2008 e 6 milhões em 2007.
Registra-se o aumento em dobro na contribuição de produtores não
associados. De um ano para o outro houve um aumento nas despesas das
45
atividades em R$ 737.548,83 a mais para o ano de 2008 com elevação na maioria
dos itens, inclusive todas as estações experimentais tiveram seus custos
aumentados.
O Resultado Operacional da Empresa demanda os valores de R$ 3.424,36
para o ano de 2007 contra R$ 189.230,40 para o ano seguinte, 2008.
A empresa fechou o ano de 2008 com um aumento no resultado do exercício
líquido em R$ 157.943,12.
Tabela 4 – Análise Horizontal do Balanço Patrimonial – Ativo
Análise Horizontal do Balanço Patrimonial - ATIVO
ATIVO 2008 (R$) AH% 2007 (R$) AH% CIRCULANTE 8.328.787,26 439,56 1.894.796,34 100,00 Disponibilidades 6.645.608,90 769,69 863.407,21 100,00Caixa 148,90 5,54 2.670,80 100,00Bancos com Movimento 202.192,13 29,89 676.349,21 100,00Aplicações Financeiras 5.565.083,88 00,00 - 00,00Cooperativas c/ Movimentos (NOTA 04) 878.183,99 476,27 184.387,20 100,00 CRÉDITOS (NOTA 05) 1.626.387,92 163,60 994.080,10 100,00Contas a Receber 1.275.395,80 139,47 914.424,34 100,00Adiantamentos de Férias 2.130,48 18,88 11.283,22 100,00Adiantamentos a Funcionários 2.300,00 310,81 740,00 100,00Adiantamento a Fornecedores 328.070,08 621,78 52.763,95 100,00ICMS A Recuperar 18.491,56 124,37 14.868,59 100,00ESTOQUES 24.885,57 279,51 8.903,14 100,00 24.885,57 279,51 8.903,14 100,00DESP./EXERCÍCIO SEGUINTE (NOTA 06) 31.904,87 112,32 28.405,89 100,00Eventos e Projetos em Andamento 22.703,82 114,11 19.896,79 100,00Seguros 9.201,05 108,13 8.509,10 100,00ATIVO REALIZÁVEL EM LONGO PRAZO 40.187,07 243,58 16.498,42 100,00Créditos e Valores (NOTA 05) 40.187,07 243,58 16.498,42 100,00ATIVO PERMANENTE 2.679.427,56 115,00 2.329.905,21 100,00Imobilizado (NOTA 07) 3.902.247,43 114,64 3.403.700,13 100,00(-) Depreciação (1.553.075,89) 119,75 (1.296.838,80) 100,00Diferido (NOTA 08) 494.820,58 167,34 295.690,46 100,00(-) Amortização (164.564,56) 226,52 (72.646,58) 100,00TOTAL DO ATIVO 11.048.401,89 260,50 4.241.199,97 100,00
Adaptado dos dados da COODETEC – Cooperativa Central de Pesquisa Agrícola – 2009. FÓRMULA: AH em 20Xn = (rubrica em análise 20Xn : Rubrica 20X1) X 100 (SILVA, 2001, p. 210).
Na observância dos dados em exposição na tabela 4, pode-se dizer que o
Ativo Circulante da Cooperativa Central de Pesquisa Agrícola – COODETEC
apresentou disponibilidades com aumento de 74,90% no ano de 2008, quando
comparado com o ano base (2007).
46
Em relação ao Crédito, a COODETEC fechou o ano de 2008 com um saldo
positivo de 63,60% para o ano de 2008, fato este que traz demonstrado saldo
positivo em todos os itens agregado a este índice.
As contas que a empresa tem a receber tiveram um valor superior às contas a
receber do ano anterior em 39, 47%.
Evidencia-se um aumento nos investimentos permanentes da empresa em
mais de 15% ocorrido no ano de 2008.
No exigível a longo prazo com um aumento de 79,47%. Enfim, observa-se
que a empresa fechou o ano de 2008 com o total de seu ativo aumentado em mais
de 75% com relação ao ano de 2007.
Tabela 5 – Análise Horizontal do Balanço Patrimonial - Passivo
Análise Horizontal do Balanço Patrimonial - Passivo
PASSIVO
2008 (R$) AH % 2007 (R$) AH % CIRCULANTE 8.328.787,26 75,38 1.894.796,34 44,67Fornecedores 385.104,72 248,81 154.775,81 100,00Obrigações Tributárias (NOTA 09) 42.292,15 137,57 30.742,58 100,00Obrigações com Empregados (NOTA 10) 543.624,31 115,48 470.740,39 100,00Obrigações Previdenciárias (NOTA 11) 93.450,21 116,34 80.322,32 100,00Resultados/Exercícios Futuros (NOTA 12) 6.980.337,04 672,73 1.037.599,43 100,00Financiamentos (NOTA 13) 125.275,02 76,45 163.849,92 100,00EXIGÍVEL A LONGO PRAZO 1.042.592,08 179,47 580.917,96 100,00Provisão para fins rescisórios 329.032,35 113,17 290.720,20 100,00Banco do Brasil S/A - Ctr. 040/02053 69.225,00 535,58 12.925,00 100,00Implementação de Pesquisas 644.334,73 232,38 277.272,76 100,00 PATRIMÔNIO SOCIAL 1.835.726,36 106,58 1.722.251,56 100,00Patrimônio 1.141.405,98 100,00 1.141.405,98 100,00Fundo Social 818.985,33 100,00 818.985,33 100,00Investimento de Mantenedoras 322.420,65 100,00 322.420,65 100,00Superávits / Déficits Acumulados 694.320,38 119,53 580.845,58 100,00De Exercícios Anteriores (NOTA 14) 493.555,40 91,73 538.023,72 100,00Do Exercício 397.433,19 928,12 42.821,86 100,00Programa/Premiação/Produtividade (196.668,21) 00,00 - 00,00 TOTAL DO PASSIVO 11.048.401,89 260,50 4.241.199,97 100,00
Adaptado dos dados da COODETEC – Cooperativa Central de Pesquisa Agrícola – 2009.
Na análise do Passivo circulante, conforme o demonstrativo da tabela 5, de
2008 para com o ano de 2007, observou-se que Passivo circulante teve um aumento
de 75% em relação ao ano anterior (2007).
Este reteve os índices de liquidez, os quais poderiam registrar um
desempenho ainda maior. Referente ao Patrimônio Social da instituição observou-se
um aumento de 6,58% recorrente ao ano de 2008.
47
Neste grupo de contas destaca-se o saldo do Resultado do Exercício Futuro,
o qual tinha em 2007, um saldo de R$ 1.037.599,43 e para 2008 foi de R$
6.980.337,04, variando 672,73%.
Sobressaindo-se neste item, o Projeto de Pesquisa com sementes que em
2008 elevou seu saldo para R$ 644.334,73 em comparação com o ano anterior que
havia sido de R$ 277.272,76; conforme as informações fornecidas nesta tabela.
Todavia, vê-se que o montante total dos gastos com pesquisas fechou em R$
5.628.508,44 de acordo com as informações expostas nos relatórios da empresa
(Nota 12 – Anexo B).
Tabela 6 – Análise Horizontal da Demonstração do Resultado (DRE)
Análise Horizontal da Demonstração do Resultado (DRE)
DESCRIÇÃO DAS CONTAS 2008 (R$) AH % 2007 (R$) AH % RECEITAS DAS ATIVIDADES 7.232.924,08 114,63 6.309.569,21 100,00Cooperativas Mantenedoras 3.241.937,14 115,58 2.804.884,15 100,00Contribuição Produtores não associados 172.285,19 206,29 83.513,20 100,00Laboratório de Fitopatologia/Entomologia 13.840,20 62,39 22.180,00 100,00Laboratório de Biotecnologia 375.246,55 105,77 354.757,73 100,00Laboratório de Solos 767.315,00 98,75 776.987,15 100,00Laboratório de Sementes 1.682.103,69 106,05 1.586.004,34 100,00Show Tecnológico 356.927,87 135,26 263.878,32 100,00Venda de Grãos 556.360,20 146,32 380.219,83 100,00Outras receitas 66.908,24 180,13 37.144,49 100,00DESPESAS DAS ATIVIDADES 7.043.693,68 111,69 6.306.144,85 100,00( - ) Laboratório de Solos 648.499,67 107,02 605.919,80 100,00( - ) Laboratório de Fitopatologia/Entomologia 138.238,31 113,76 121.507,32 100,00( - ) Laboratório de Biotecnologia 256.326,24 97,77 262.158,79 100,00( - ) Despesas Financeiras 69.537,45 98,09 70.885,45 100,00( + ) Receitas Financeiras 462.587,36 3.621,88 12.772,15 100,00RESULTADO OPERACIONAL 189.230,40 5.526,00 3.424,36 100,00RESULTADO NÃO OPERACIONAL 11.534,58 29,27 39.397,50 100,00
( + ) Resultado na Venda/Bens do Ativo Perm. 11.534,58 29,27 39.397,50 100,00
RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 200.764,98 468,83 42.821,86 100,00
Adaptado dos dados da COODETEC – Cooperativa Central de Pesquisa Agrícola – 2009. OBS: Alguns dados foram retirados do item Despesas das atividades, com vias a redução do tamanho da tabela, contudo manteve-se o valor total para análise.
As receitas das atividades desta empresa do ano de 2008, conforme se
explicita na tabela 6, demonstram uma variação para mais de 14,63% em relação ao
ano de 2007.
Já nas Despesas das Atividades o acréscimo foi de 11,69%, demonstrando
que as receitas superaram as despesas em 2,94% para o ano de 2008.
48
O item que mais contribuiu para a variação das receitas das atividades foi a
contribuição dos produtores não associados que apresentou um percentual de
106,29% para mais do ano de 2008 se comparado do ano de 2007.
Observa-se que o conjunto de laboratórios da COODETEC teve reduzidas
suas receitas em 27,04% no ano de 2008 quando comparado com o ano de 2007.
Já, em se tratando das despesas a Linha de pesquisa, em 2008, teve um aumento
de 87,95% no comparativo com o ano anterior.
Analisando-se o item vendas de grãos, no ano de 2008, vê-se que a empresa
superou as vendas efetivadas no ano de 2007 em 46,32%.
Tabela 7– Análise Vertical do Balanço Patrimonial – Ativo
Análise Vertical do Balanço Patrimonial - ATIVO
ATIVO
2008 (R$)
AV %
2007 (R$)
AV % CIRCULANTE 8.328.787,26 75,38 1.894.796,34 44,67DISPONIBILIDADES 6.645.608,90 60,14 863.407,21 20,35Caixa 148,90 00,00 2.670,80 0,06Bancos com Movimento 202.192,13 1,83 676.349,21 15,94Aplicações Financeiras 5.565.083,88 50,37 - 00,00Cooperativas c/ Movimentos (NOTA 04) 878.183,99 7,94 184.387,20 4,34CRÉDITOS (NOTA 05) 1.626.387,92 14,72 994.080,10 23,43Contas a Receber 1.275.395,80 11,54 914.424,34 21,56Adiantamentos de Férias 2.130,48 0,01 11.283,22 0,26Adiantamentos a Funcionários 2.300,00 0,02 740,00 0,01Adiantamento a Fornecedores 328.070,08 2,96 52.763,95 1,24ICMS A Recuperar 18.491,56 0,16 14.868,59 0,35ESTOQUES 24.885,57 0,22 8.903,14 0,21DESP./EXERCÍCIO SEGUINTE (NOTA 06) 31.904,87 0,28 28.405,89 0,66Eventos e Projetos em Andamento 22.703,82 0,20 19.896,79 0,46Seguros 9.201,05 0,08 8.509,10 0,20ATIVO REALIZÁVEL EM LONGO PRAZO 40.187,07 0,36 16.498,42 0,38Créditos e Valores (NOTA 05) 40.187,07 0,36 16.498,42 0,38ATIVO PERMANENTE 2.679.427,56 24,25 2.329.905,21 54,93Imobilizado (NOTA 07) 3.902.247,43 35,31 3.403.700,13 80,25(-) Depreciação (1.553.075,89) 14,05 (1.296.838,80) 30,57Diferido (NOTA 08) 494.820,58 4,47 295.690,46 6,97(-) Amortização (164.564,56) 1,48 (72.646,58) 1,71
TOTAL DO ATIVO
11.048.401,89 100,00 4.241.199,97 100,00
Adaptado dos dados da COODETEC – Cooperativa Central de Pesquisa Agrícola – 2009.
Evidencia-se que a empresa em questão em 2008, observando-se a tabela 7,
possui mais de 50% - 75,38% + 0,36% de seus investimentos concentrados em
atividades de giro e que parte do financiamento dessas atividades é feito por capital
próprio. Assim, pode-se dizer que mais da metade do total de seu ativo foi aplicado
no capital circulante no ano de 2008, quanto no ano de 2007, esse montante ficou
49
abaixo de 50%. O resultado identifica que a empresa terá disponível menos recursos
próprios para financiar as atividades de giro.
O resultante do demonstrativo expondo que 24% de todo o capital investido
na empresa se encontra imobilizado.
Tabela 8 - Análise Vertical do Balanço Patrimonial - Passivo
Análise Vertical do Balanço Patrimonial - Passivo
PASSIVO
2008 (R$) AV % 2007 (R$) AV % CIRCULANTE 8.328.787,26 75,38 1.894.796,34 44,67Fornecedores 385.104,72 3,48 154.775,81 3,64Obrigações Tributárias (NOTA 09) 42.292,15 0,39 30.742,58 0,72Obrigações com Empregados (NOTA 10) 543.624,31 4,92 470.740,39 11,09Obrigações Previdenciárias (NOTA 11) 93.450,21 0,84 80.322,32 1,89Resultados/Exercícios Futuros (NOTA 12) 6.980.337,04 63,18 1.037.599,43 24,46Financiamentos (NOTA 13) 125.275,02 1,13 163.849,92 3,86EXIGÍVEL A LONGO PRAZO 1.042.592,08 9,43 580.917,96 13,69Provisão para fins rescisórios 329.032,35 2,97 290.720,20 6,85Banco do Brasil S/A - Ctr. 040/02053 69.225,00 0,62 12.925,00 0,30Implementação de Pesquisas 644.334,73 5,83 277.272,76 6,53PATRIMÔNIO SOCIAL 1.835.726,36 16,61 1.722.251,56 40,60Patrimônio 1.141.405,98 10,33 1.141.405,98 26,91Fundo Social 818.985,33 7,41 818.985,33 19,31Investimento de Mantenedoras 322.420,65 2,91 322.420,65 7,60Superávits / Déficits Acumulados 694.320,38 6,28 580.845,58 13,69De Exercícios Anteriores (NOTA 14) 493.555,40 4,46 538.023,72 12,68Do Exercício 397.433,19 3,59 42.821,86 1,00Do Programa/Premiação/Produtividade (196.668,21) 1,78 - 00,00
TOTAL DO PASSIVO
11.048.401,89 100,00 4.241.199,97 100,00
Adaptado dos dados da COODETEC – Cooperativa Central de Pesquisa Agrícola – 2009. Fórmula: (Aplica-se uma regra de três simples para cada rubrica que se deseja).
Na análise do Circulante Passivo, verificou-se que no item financiamentos
esta empresa reduziu de 3,86% em 2007 para 1,13% no ano de 2008, de acordo
com a tabela 8.
Verificou-se que a Empresa teve aumentado o Grau de Endividamento Total –
GET para o ano de 2008, ficando 23% acima do ano anterior.
Esse aumento demonstra que no ano de 2008 a COODETEC – Cooperativa
Central de Pesquisa Agrícola aumentou a proporção do capital de terceiros com
relação ao capital próprio.
Assim, a composição de endividamento da empresa demonstra que esta
apresenta 88% das suas dívidas com vencimento a curto prazo, excedendo o seu
ativo circulante em 12,62%, resultando em possíveis dificuldades.
50
Tabela 9 - Análise Vertical da Demonstração do Resultado
Análise Vertical da Demonstração do Resultado
DESCRIÇÃO DAS CONTAS 2008 (R$) AV % 2007 (R$) AV %
RECEITAS DAS ATIVIDADES
7.232.924,08
100,00
6.309.569,21
100,00
Cooperativas Mantenedoras 3.241.937,14 44,82 2.804.884,15 44,45Contribuição Produtores não associados 172.285,19 2,38 83.513,20 1,32Laboratório de Fitopatologia/Entomologia 13.840,20 0,19 22.180,00 0,35Laboratório de Biotecnologia 375.246,55 5,19 354.757,73 5,62Laboratório de Solos 767.315,00 10,61 776.987,15 12,31Laboratório de Sementes 1.682.103,69 23,26 1.586.004,34 25,13Show Tecnológico 356.927,87 4,93 263.878,32 4,18Venda de Grãos 556.360,20 7,69 380.219,83 6,02Outras receitas 66.908,24 0,93 37.144,49 0,58DESPESAS DAS ATIVIDADES 7.043.693,68 100,00 6.306.144,85 99,94( - ) Diretoria 29.622,81 0,42 24.187,14 0,38( - ) Gerência Técnica 306.126,22 4,35 344.432,85 5,45( - ) Administração 1.227.334,48 16,96 569.408,08 9,02( - ) Sistema de Informações 184.779,37 2,55 162.675,54 2,57( - ) Agrometeorologia 194.518,13 2,68 147.240,24 2,33( - ) Defesa Vegetal 839.388,66 11,60 812.224,16 12,87( - ) Fertilidade de Solos 324.864,15 4,49 412.408,95 6,53( - ) Herbologia 361.561,42 4,99 289.214,06 4,58( - ) Fitotecnia 470.566,68 6,50 374.808,56 5,94( - ) Mecanização Agrícola 258.699,78 3,57 214.255,31 3,39( - ) Forragicultura 295.846,24 4,09 299.252,20 4,74( - ) Difusão de Tecnologia 224.611,04 3,10 171.536,69 2,71( - ) Laboratório de Solos 648.499,67 8,96 605.919,80 9,60( - ) Laboratório de Fitopatologia/Entomologia 138.238,31 1,91 121.507,32 1,92( - ) Laboratório de Biotecnologia 256.326,24 3,54 262.158,79 4,15( - ) Estação Experim. de Rio Verde 290.287,86 4,01 233.223,33 3,69( - ) Estação Experim. de Palotina 599.760,01 8,29 557.943,08 8,84( - ) Estação Experim. de Primavera do Leste 318.550,30 4,40 289.179,14 4,58( - ) Estação Experim. de Tibagi 133.959,13 1,85 128.765,59 2,04( - ) Estação Experim. de Itaberá 271.528,05 3,75 224.868,26 3,56( - ) Central de Processamento de Amostras 61.675,04 0,85 2.822,46 0,04( - ) Despesas Financeiras 69.537,45 0,96 70.885,45 1,12( + ) Receitas Financeiras 462.587,36 6,39 12.772,15 0,20RESULTADO OPERACIONAL 189.230,40 2,61 3.424,36 0,05RESULTADO NÃO OPERACIONAL 11.534,58 0,15 39.397,50 0,62( + ) Resultado/Venda/Bens/Ativo Permanente 11.534,58 0,15 39.397,50 0,62
RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 200.764,98 2,77 42.821,86 0,67Adaptado dos dados da COODETEC – Cooperativa Central de Pesquisa Agrícola – 2009.
Observando-se a tabela 9, pode-se concluir que as Cooperativas
Mantenedoras desta empresa, com o montante de R$ 3.241.937,14, representam a
maior parte, num total percentual de 44,82%, da Receita das Atividades desta.
Apresentando então, no decorrer do ano de 2008, como receitas das atividades o
51
total de R$ 7.232.924,08 contra as despesas das atividades no total de R$
7.043.693,68, o que lhe deixa com um montante final de R$ 189.230,40 em se
tratando do seu resultado operacional.
No quadro representativo das despesas da COODETEC – Cooperativa
Central de Pesquisa Agrícola percebe-se que seus maiores gastos se concentram
no conjunto das estações experimentais, consumindo 22, 91% do total demonstrado,
significando R$ 1.614.085,35 disponibilizados para o pagamento com os custos de
aplicação das pesquisas feitas.
Juntando com essas despesas, o conjunto de laboratórios que incidiu no
segundo maior contribuinte de gastos na Linha de pesquisas desta empresa com
14,80% de custos, num total de R$ 1.043.064,22.
Podendo-se dizer que a COODETEC apresenta um Resultado Líquido no seu
Exercício de 2,77% sobre o faturamento líquido, ou seja, o valor de R$ 200.764,98
sobre R$ 7.232.924,08.
Seu Resultado Operacional fechou o ano de 2008 num total percentual de
2,61% contra um total percentual de 0,15% do Resultado não Operacional,
procedendo sobre esse valor finalizado.
Todavia, comparando os ganhos deste conjunto de laboratórios com os seus
gastos presumi-se que sua participação de 24,44% de lucro, uma vez que gerou um
percentual de 39,24% sobre as receitas das atividades da empresa.
Assim, desse percentual de 24,44% retira-se o total de 22,91% gastos nas
estações experimentais, ainda há um ganho de 1,53% em pesquisas, de imediato,
pela COODETEC.
Esse percentual quando visto de forma isolada causa a impressão de que
manter-se em atividade a linha de pesquisa pouco se obtém de lucratividade, porém
se olhado no contexto geral onde esta atua, sobre todas as demais ações da
empresa, pode-se dizer que a maior parte dos ganhos é em conseqüência da
realização de pesquisa, seja para melhoria das sementes, seja para mudanças
técnicas de plantio e fertilidade do solo, difusão de tecnologia, defesa vegetal.
Enfim, os resultados se processam em todas as estâncias operacionais da
empresa com vias a maiores e melhores produtividades para o agricultor que ao
aumentar a produção reverte em um repasse maior de grãos a cooperativa
COODETEC, melhor compra de sementes com um produto bem mais qualificado.
52
Tabela 10 – Análise Econômico-Financeira ANALISE ECONOMICO-FINANCEIRO
2008
2007
1 - QUOCIENTE DE LIQUIDEZ 1-1 LIQUIDEZ IMEDIATA 1-2 LIQUIDEZ SECA 1-3 LIQUIDEZ CORRENTE 1-4 LIQUIDEZ GERAL
0,81 1,02 1,02 0,91
0,45 0,98 0,98 0,86
2 - QUOCIENTE DE ENDIVIDAMENTO
2-1 SOLVENCIA GERAL 2-2 GRAU DE ENDIVIDAMENTO 2-3 GARANTIA DE CAPITAL DE TERCEIROS
1,20 0,83 5,02
1,68 0,59 1,29
3 - QUOCIENTE DE RENTABILIDADE
3-1 RENTABILIDADE DO CAPITAL NOMINAL 3-2 RENTABILIDADE PATRIMONIO LIQUIDO 3-3 RENTABILIDADE DE VENDAS
60,83% 37,82%
2,78%
51,00% 34,00%
1,00%
Adaptado dos dados da COODETEC – Cooperativa Central de Pesquisa Agrícola – 2009.
Nos quocientes de Endividamento observados na tabela 10, destaca-se o
índice de solvência geral, o qual reduziu de 1,68 para 1,20 decorrente
principalmente do aumento do Exigível a Curto e Longo Prazo - projeto Pesquisa
com Sementes, projeto empresas parceiras e implementação de projetos.
O grau de endividamento e a garantia de capital de terceiros também
sofreram significativa elevação, decorrente também da variação do Exigível a curto e
Longo Prazo.
Os quocientes de rentabilidade do Capital Nominal e do Patrimônio Líquido
tiveram elevação do resultado líquido do exercício que foi de R$ 200.764,98. Esse
resultado fez com que aumentasse a rentabilidade sobre as vendas.
Com relação ao passivo circulante obteve uma significativa variação de
28,25% para mais no ano de 2008 com relação ao ano de 2007.
Ao analisar o balanço patrimonial da COODETEC percebe-se que houve um
aumento dos índices de liquidez decorrentes principalmente do saldo em 31.12.08
das contas de aplicação financeira e conta movimento das mantenedoras que
somaram R$ 6.443.267,87, sendo que desde montante, R$ 5.565.083,88,
proveniente das Aplicações Financeiras e R$ 878.183,99 são saldos das contas
movimento das mantenedoras.
53
Somando a esse montante de 2008, o saldo do Resultado de Exercícios
Futuros teve um aumento de 39,72%, enquanto o crescimento dos outros passivos
ficou em 34,22%.
No passivo a longo prazo a empresa obteve um aumento 79,47% motivados
pelo aumento do saldo da conta p/fins rescisórios, o recebimento da 2ª parcela do
financiamento para implementação de Pesquisas e o financiamento de equipamento
para o laboratório de solos e bromatologia.
Em compensação, esta demonstra elevado aumento de endividamento a
curto prazo, fazendo com que se perceba que do ano de 2007 para 2008 a
COODETEC aumentou o risco de operacionalização de forma considerável,
demonstrando, assim, que embora seja uma empresa rentável com razoável
proporcionalidade de crescimento, poderá vir a enfrentar dificuldades para cumprir
com os compromissos a curto prazo.
54
CONCLUSÃO
A administração financeira é particularmente relevante para qualquer tipo de
empresa. Diante desta afirmação se faz notável a necessidade de um conhecimento
maior a respeito das técnicas financeiras para que estas possam servir como
ferramentas para o cumprimento dos objetivos a que a organização se propõe no
decorrer de suas atividades.
No decorrer da prática de suas atividades, a empresa fica cada vez mais
exposta a uma incidência de contingências que, conseqüentemente, resultam em
riscos capitais maiores. Portanto, controlar sistematicamente esses riscos torna-se
fundamental para a sua área administrativa, implicando na necessidade de um
sistema informacional de apoio que indique o desempenho, permitindo a
identificação dos riscos, auxiliando a tomada de decisão em tempo hábil.
Tal estudo possibilitou o entendimento de que é papel da Administração
Financeira o desenvolvimento e o revisamento de planos financeiros, o controle
sistemático dos resultados relacionados às metas planejadas, respondendo de
forma adequada aos desvios identificáveis com os possíveis riscos que possam
comprometer o sucesso de tais planos.
Assim, este trabalho apresentou como determinante a aplicabilidade de
técnicas de análise financeira com relação ao Balanço Patrimonial da Cooperativa
Central de Pesquisa Agrícola – COODETEC, buscando identificar a eficácia dessas
técnicas em consonância com os resultados obtidos. Para tanto, essa análise
financeira compreendeu a inserção de análises horizontal, vertical para o exercício
de 2007 e 2008.
As tais análises citadas se fizeram fundamentais, dado ao fato de que a
horizontal despendeu importante contribuição na identificação da variação de tempo
relacionado aos relatórios contábeis da empresa. Por conseguinte, a análise vertical
tornou possível a identificação junto ao Balanço Patrimonial da estruturação dos
recursos aplicados e captados, bem como das receitas e despesas.
Em se tratando desses dois tipos de análises, no referido trabalho de
pesquisa, pode-se dizer que a vertical se pontua mais informativa que a horizontal,
pois esta evidenciou, a cada momento a importância dos elementos em relação à
etapa fixada.
55
Isto posto, identifica-se que a cooperativa pesquisada está administrando o
capital de seus associados, bem como o de terceiros, ao mesmo tempo em que está
possibilitando a geração de novos recursos.
Conclui-se, assim, que uma análise financeira, além de ser utilizada como
uma ferramenta a auxiliar a empresa na tomada de decisão, pode ser vista como
forma de acompanhar-se o seu crescimento; avaliando-se as sobras dos períodos
futuros da instituição, identificando os pontos fracos de modo a trabalhá-los com a
intenção de evitarem-se interferências no fim e na continuação das atividades da
organização.
Em relação à empresa pesquisada, COODETEC – Cooperativa Central de
Pesquisa Agrícola, conclui-se ser esta rentável, operando com elevado risco a curto
prazo, política esta que só é viabilizada por empresas com boa estruturação
econômica financeira.
Sugestiona-se como aprimoramento deste estudo a aplicação dos indicadores
de valor econômico de forma agregada a serem aplicados aos balanços patrimoniais
e às demonstrações de resultados uma vez que se pontuam adequados por
considerarem os custos dos riscos assumidos.
Sabe-se que estudos voltados para as análises contábeis financeiras sempre
estão em constante movimento de aperfeiçoamento, portanto deixa-se aqui uma
pequena contribuição.
56
REFERÊNCIAS
BRASIL. Lei n.º 1.637 de 5.01.1907. Disponível em: http://redelaldia.org/ver.php? id_article=498. Acesso em: 18/05/2009. CARRARO, I. M. Histórico da COODETEC. Disponível em: http://WWW.coodetec.com.br. Acesso em 12/04/2009. CHIAVENATO, I. Recursos humanos. 6. ed. São Paulo, Atlas, 2000. COODETEC – Cooperativa Central de Pesquisa Agrícola. Disponível em: <http://www.coodetec.com.br/> Acesso em: 20/08/2009. DORNELAS, J. C. A. Transformando Idéias em Negócios – Empreendedorismo 8. ed. São Paulo: Campus, 2001. GAWLAK, A. Cooperativismo: primeiras lições. Brasília: Sescoop, 2003.
GITMANN, L. J. Princípios de administração financeira. 7. ed. São Paulo: Harbra, 1997. GROPPELLI A. A; NIKBAHKT, E. Administração financeira. 2. ed. Rio de Janeiro: Saraiva, 2002.
KOTLER, P. Pensar globalmente, agir localmente. HSM Management. n. 2, p. 7-12, maio/jun. São Paulo, 1997. LAKATOS, E. M; MARCONI, M. A. Metodologia do trabalho científico. São Paulo: Atlas, 1991. MARCONDES, R. C. Criando Empresas para o Sucesso. São Paulo: Futura, 2000. MAXIMIANO, A. C. A. Teoria geral da administração: da revolução urbana à revolução digital. 3.ed. São Paulo: Atlas, 2002. ROSS, W. J. Asministração financeira: corporate finance. São Paulo: Atlas, 2002. SANTOS, E. O. dos. Administração financeira da pequena e média empresa. São Paulo: Atlas, 2001. SILVA, J. P. da. Análise Financeira das Empresas. 5. Ed. São Paulo: Atlas, 2001. TEBOCHIRANI, F. R. Princípios da economia micro e macro. Curitiba: IBEP, 2006.
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ANEXO A - DEMONSTRAÇÃO DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS
DEMONSTRAÇÃO DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS
Em 31/12/2008
Em 31/12/2007 1 - ORIGEM DE RECURSOS Superávit do Exercício
200.764,98
42.821,86
Depreciações/Amortização 348.155,07 142.985,43Alienação do Ativo Imobilizado - -Realizável a Longo Prazo - 77.091,03Exigível a Longo Prazo 461.674,12 545.138,34Investimentos Mantenedores - 1 5.7 9 5,41
TOTAL
1.010.594,17
823.832,07 2 - APLICAÇÕES DE RECURSOS Déficit dos Exercícios Anteriores 87.290,18 -Imobilizado Técnico 498.547,30 264.476,74Diferido 199.130,12 144.969,56Reversão Deprec. Acumulada - -Realizável a Longo Prazo 23.688,65 -Exigível a Longo Prazo - -TOTAL 808.656,25 409.446,30 3 - AUMENTO/REDUÇÃO/CAPITAL CIRCULANTE 201.937,92 414.385,77 4 - VARIAÇÃO DO CAPITAL CIRCULANTE ATIVO CIRCULANTE 6.232.053,00 135.000,15No inicio do Exercício 1.894.796,34 1.345.410,42No final do Exercício 8.328.787,26 1.894.796,34 5 - AUMENTO/REDUÇÃO/CAPITAL CIRCULANTE 201.937,92 414.385,77
DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO SOCIAL
DESCRIMINAÇÃO
FUNDO SOCIAL – INV./MANTENEDORAS
LUCROS/PREJUIZOS ACUMULADOS
TOTAL
Saldo em 31.12.2007 818.985,33 3 06.625,24 538.023,72 1.663.634,29Invest/Mantenedoras - 15.795,41 - 15.795,41Superávit do Exercício - - 42.821,86 42.821,86 SALDO EM 31.12.2007 818.985,33 3 22.420,65 580.845,58 1.722.251,56Invest/Mantenedoras - - - -Superávit do Exercício - - 397.433,19 397.433,19Déficit/Projetos - - (196.668,21) (196.668,21)Ajuste/exerc./Anteriores - - (87.290,18) (87.290,18)SALDO EM 31.12.2008 818.985,33 3 22.420,65 694.320,38 1.835.726,36MUT//PATR. LÍQUIDO - - 113.474,80 113.474,80Fonte: Baseado nos dados da COODETEC – Cooperativa Central de Pesquisa Agrícola – 2009.
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ANEXO B - BALANÇO PATRIMONIAL DA COODETEC
NOTA 10 – OBRIGAÇÕES/EMPREGADOS
A composição era a seguinte: 31/12/2008 31/12/2007 Provisão de Férias 303.225,47 259.352,76Provisão para fins Rescisórias 20.000,00 20.000,00Provisão para Gratificação 220.398,84 191.387,63TOTAL 543.624,31 470.740,39 NOTA 11 – OBRIGAÇÕES/PREVIDENCIARIAS A composição era a seguinte: 31/12/2008 31/12/2007INSS 65.158,30 58.391,48FGTS 22.770,97 19.384,89Seguro de Vida - -Contribuição Sindical 4 5,92 -INSS s/ Trabalho s/ Vínculo Empregatício 5.475,02 2.545,95TOTAL 93.450,21 80.322,32 NOTA 12 - RECEITAS EXERCÍCIO FUTURO - CURSOS, EVENTOS E PROJETOS EM ANDAMENTO A composição era a seguinte: 31/12/2008 31/12/2007Projeto de Pesquisa/com Sementes 5.628.508,44 -Projetos Coordenadorias de Pesquisa 1.351.828,60 1 .037.599,43TOTAL 6.980.337,04 1 .037.599,43 NOTA 13 - FINANCIAMENTOS A composição era a seguinte: 31/12/2008 31/12/2008 31/12/2007 31/12/2007INSTITUIÇÕES Curto Prazo Long/Prazo Curto/Prazo Long/PrazoBanco Sicredi 6 6.200,00 - 138.219,22 -Banco Sicredi 4 6.150,02 - - -Banco do Brasi S/A - Ctr. 040/02053 1 2.925,00 - 11.530,70 -SUB-TOTAL 1 25.275,02 - 149.749,92 - PROVISÕES Provisão p/fins rescisórios - Multa FGTS - 329.032,35 - 290.720,20 329.032,35 290.197,76Banco do Brasil S/A - Finame - 14.100,00 12.925,00Implementações de Pesquisa 644.334,73 - 277.272,76SUBTOTAL - 713.559,73 14.100,00 290.720,20TOTAL 1 25.275,02 1.042.592,08 163.849,92 580.917,96 NOTA 14 - RESULT/EXERCÍCIOS/ANTERIORES A redução do resultado de exercícios anteriores de R$ 580.845,58 para R$ 493.555,40, refere-se a ajuste de depreciação de exercícios anteriores conforme levantamento físico x contábil, no valor de R$ 87.290,18. Os financiamentos a curto prazo têm vencimento final para 20 de novembro de 2009 e a longo prazo para 08 de janeiro de 2013.
Fonte: Baseado nos dados da COODETEC – Cooperativa Central de Pesquisa Agrícola – 2009. OBS: A depreciação foi calculada pelo método linear de acordo com as seguintes taxas anuais, permitidas pela legislação fiscal: - Edificações.................................................................................................. 4% - Instalações, máquinas, equipamentos, móveis e utensílios...................... 10% - Veículos....................... .............................................................................. 20% Foram atualizados pelos encargos incorridos até o final do exercício, os quais foram contabilizados como despesas financeiras.
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ANEXO C - DEMONSTRAÇÃO DE FLUXO DE CAIXA – DFC
DESCRIÇÃO
VALORES EM R$
01) FLUXO DE CAIXA DAS ATIVIDADES OPERACIONAIS
Resultado Líquido Exercício 200.764,98+ Depreciação 348.155,07(-) Resultado Exercícios anteriores (87.290,18)+ Provisões 111.196,07(-) Aumento contas a receber (360.971,46)(-) Aumento estoques (15.982,43)(-) Aumento despesas antecipadas (3.498,98)(-) Aumento impostos a recuperar (27.311,62)(-) Aumento contratos a receber (1.560,00)+ Diminuição Adto férias 9.152,74(-) Aumento Adiantamentos (275.306,13)+ Aumento Fornecedores 230.328,91+ Aumento Obrigações Tributárias 11.549,57+ Aumento Obrigações Previdenciárias 13.127,89+ Aumento Resultado Exercício Futuro 5.942.737,61Caixa Líquido das Atividades Operacionais 6.095.092,04
02) FLUXO DE CAIXA DAS ATIVIDADES DE INVESTIMENTO
+ Alienação de Imobilizado + Alienação de Investimentos (-) Aquisição de Imobilizado (498.547,30)(-) Aplicação no Diferido (199.130,12)(-) Aquisição de Investimentos Caixa Líquido das Atividades de Investimentos (697.677,42)
03) FLUXO DE CAIXA DAS ATIVIDADES DE FINANCIAMENTOS
+ Integralização de Capital + Juros recebidos de empréstimos + Empréstimos tomados 384.787,07+ Aumento de Capital Social (-) Pagamento de Lucros e dividendos (-) Juros pagos por empréstimos Caixa Líquido das Atividades de Financiamentos 384.787,07Aumento de Caixa Líquido (1+2+3).782.201,69Saldo de Caixa Inicial 863.407,21Saldo de Caixa Final 6.645.608,90Variação 5.782.201,69