análise das demonstrações contábeis

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Demonstrações financeiras Esperamos que, após o estudo do conteúdo desta aula, você seja capaz de: identificar as informações elementares de um Balanço Patrimonial (BP); estruturar o BP de uma empresa em um estudo de caso; elaborar a Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) de uma empresa em um estudo de caso; elaborar a DRE e o BP de uma empresa em um caso hipotético. 1 objetivos AULA Metas da aula Apresentar a utilização das principais demonstrações financeiras. 1 2 3 4 Pré-requisitos Você deve se lembrar de como as transações são registradas na Contabilidade. Para registrá-las, é preciso compreender os mecanismos de débito e crédito... Será que você realmente se lembra? Esses mecanismos já foram vistos nas aulas que tratam do Método das Partidas Dobradas, da Demonstração do Resultado do Exercício e do Balanço Patrimonial (Aulas 2, 4 e 7 de Contabilidade I).

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Page 1: Análise das Demonstrações Contábeis

Demonstrações financeiras

Esperamos que, após o estudo do conteúdo desta aula, você seja capaz de:

identificar as informações elementares de um Balanço Patrimonial (BP);

estruturar o BP de uma empresa em um estudo de caso;

elaborar a Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) de uma empresa em um estudo de caso;

elaborar a DRE e o BP de uma empresa em um caso hipotético.

1objetivos

AU

LA

Metas da aula

Apresentar a utilização das principais demonstrações financeiras.

1

2

3

4

Pré-requisitos

Você deve se lembrar de como as transações são registradas na Contabilidade. Para registrá-las, é preciso compreender os

mecanismos de débito e crédito... Será que você realmente se lembra? Esses mecanismos já foram vistos nas aulas que tratam do Método

das Partidas Dobradas, da Demonstração do Resultado do Exercício e do Balanço Patrimonial (Aulas 2, 4 e 7 de Contabilidade I).

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Análise das Demonstrações Contábeis | Demonstrações financeiras

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LA 1

Você sabia que...

• os contadores preferem a denominação Demonstrações Contábeis a Demonstrações Financeiras?

• que as sociedades anônimas (S.A.) são obrigadas a publicar seus demonstrativos em jornais de grande circulação e no Diário Oficial?

• que as sociedades limitadas (Ltda.) ficam dispensadas dessa obrigatoriedade, mas deverão apresentar as demonstrações financeiras para efeito de Imposto de Renda?

INTRODUÇÃO Ao longo do período em que você estudou Contabilidade I, foi possível perceber

que o setor de contabilidade de uma empresa desempenha diversas funções.

Dentre elas, destacamos a necessidade de controlar, demonstrar resultados

e estabelecer métodos para o cumprimento das obrigações legais e fiscais

inerentes à pessoa jurídica.

Para iniciarmos esta nova disciplina, vale enfatizar que daremos uma visão global

sobre os relatórios contábeis. Entre os mais importantes estão as demonstrações

financeiras. Essas demonstrações serão objetos de estudo no decorrer de

nossas aulas.

Familiarizar-se com os demonstrativos financeiros é essencial para

o desenvolvimento da Análise das Demonstrações Financeiras, posto

que toda pessoa jurídica deve fornecer informações obrigatórias (para

fins fiscais, por exemplo) ao desempenhar sua atividade. Logo, o futuro

administrador deve obter um conhecimento sólido sobre o assunto para

desempenhar eficientemente as funções que lhe são inerentes.

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

Uma das principais finalidades da Contabilidade é a de demonstrar

periodicamente a situação em que se encontra uma determinada pessoa

jurídica.

Essas demonstrações periódicas representam a “matéria-prima”

para o estudo da situação econômico-financeira de uma empresa. Dentre

elas, destacam-se o Balanço Patrimonial (BP) e a Demonstração do

Resultado do Exercício (DRE).

Figura 1.1: Transparência é a alma do negócio.

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kel L

.

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Um pouco sobre a legislação

A Lei nº. 6.404, de 1976, em seu artigo 176, estabeleceu que, ao fim de cada exercício social, a diretoria fará elaborar,

com base na escrituração mercantil da companhia, as seguintes demonstrações financeiras:

a. Balanço Patrimonial; b. Demonstração do Resultado do Exercício;

c. Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados ou Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido;

d. Demonstração de Origens e Aplicações de Recursos. Já o artigo 177 da mesma lei determinou que “a escrituração da companhia será mantida em registros permanentes, com obediência aos preceitos da legislação comercial e desta lei e aos princípios de contabilidade geralmente aceitos, devendo observar métodos ou critérios contábeis uniformes no tempo e registrar as mutações patrimoniais segundo o regime de competência”.

Portanto, é fundamental (além de ser obrigatório por lei) para uma empresa demonstrar, por

intermédio de procedimentos contábeis, sua situação patrimonial, sua situação

financeira e sua rentabilidade; em suma, suas demonstrações contábeis.

??Figura 1.2: Números e mais números...

Jaro

slaw

Mia

rka

Balanço Patrimonial (BP)

A palavra patrimônio pode ter diversas acepções, de acordo com

o contexto em que ela é empregada. Se formos falar em cultura, por

exemplo, temos o patrimônio cultural. Se falarmos em herança, por sua

vez, é comum ouvirmos sobre o patrimônio que será herdado.

Na contabilidade, consideramos patrimônio o conjunto de bens,

direitos e obrigações de uma entidade. Você já deve ter uma boa noção

do que é Balanço Patrimonial (Contabilidade Geral I), não é? Pois bem,

vamos relembrar. O BP é uma demonstração cujo propósito é mostrar a

posição patrimonial e financeira da empresa em uma determinada data.

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LA 1

Entendendo o BP

O BP é uma demonstração financeira constituída de duas colunas. Na

coluna da esquerda, são relacionadas as contas que refletem as aplicações de recursos (Ativo); no lado direito,

as que representam as origens de recursos (Passivo).

Estrutura de origens e aplicações

Observe que os recursos são aplicados em bens (bem é aquilo que satisfaz a necessidade humana e pode ser avaliado monetariamente, como estoque de mercadoria, por exemplo) e direitos (transações que serão convertidas

em recurso financeiro, como duplicatas a receber oriundas de vendas a prazo, por exemplo). As origens de recursos, por sua

vez, são provenientes de duas fontes: capital de terceiros (as obrigações, como impostos, fornecedores, encargos

sociais etc.) e capital próprio (investimentos dos proprietários, reservas, lucros acumulados

etc., por exemplo).

ATIVO PASSIVOAplicações de recursos

(bens + direitos)

Origens de recursos

(capital de terceiros + capital próprio)

Balanço Patrimonial

Você já viu em Contabilidade Geral I que, segundo a Lei das

Sociedades Anônimas (Lei 6.404/76), as contas do Ativo devem ser

classificadas em ordem decrescente de grau de LIQUIDEZ, e as contas

do passivo, em ordem decrescente de EXIGIBILIDADE. Veja um Balanço

Patrimonial para entender melhor. Acompanhe o exemplo de BP

a seguir:

LI Q U I D E Z

É a capacidade de conversão dos bens e direitos em dinheiro mais rapidamente. EXIGIBILIDADE, por sua vez, é a prioridade de pagamento das obrigações.

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Você já viu que o BP serve para atestar a situação patrimonial

e financeira de uma empresa. Porém, você deve estar atento para o fato de que essa demonstração é estática; em

outras palavras, refere-se somente à data contemplada no BP.

!!

ATIVO PASSIVOAtivo Circulante

Ativo Realizável a Longo Prazo

Ativo Permanente- Investimentos- Imobilizado- Diferido

Passivo Circulante

Passivo Exigível a Longo Prazo

Resultado de Exercícios Futuros

Patrimônio Líquido

Balanço PatrimonialEstrutura

Como você pode ver na estrutura do BP, os grupos de contas foram

dispostos dentro do critério mencionado, de graus de liquidez e exigibilidade.

Ainda dentro de cada grupo, a ordem de liquidez e exigibilidade também

deve ser mantida para compor o BP como um todo.

Figura 1.3: Colocando o pingo no “i”.

Mat

t W

illia

ns

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a. Ativo (aplicações de recursos)

Você já sabe que ativo de uma empresa é tudo aquilo que se

localiza à esquerda do BP. Contudo, faz-se necessário classificar o Ativo

em três categorias para melhor compreensão de sua importância, como

a seguir:

a.1. Ativo Circulante

Ativo Circulante são aplicações de recursos de caráter temporário

que se converterão basicamente em dinheiro até 365 dias da data do

levantamento do BP ou durante o CICLO OPERACIONAL da empresa, quando

este for superior a um ano.

O Ativo Circulante é representado por:

• disponibilidades, ou tudo que pode ser revertido imediatamente

em recurso financeiro (como Caixa, Banco Conta Movimento e Aplicações

de Liquidez Imediata);

• direitos realizáveis no curso do exercício social seguinte, como

quantias que terceiros devem à entidade (Clientes e Duplicatas a Receber,

por exemplo), ou outras aplicações (como Estoque, por exemplo);

• aplicações de recursos em despesas do exercício seguinte (juros

pagos antecipadamente, aluguéis antecipados etc.).

a.2. Ativo Realizável a Longo Prazo

Ativo Realizável a Longo Prazo, por sua vez, são aplicações de

caráter temporário que se converterão em dinheiro mais lentamente, isto

é, após 365 dias da data do levantamento do balanço ou após o ciclo

operacional, quando este for superior a um ano.

Esse ativo é representado por:

• direitos realizáveis após o término do exercício seguinte (como

Clientes e Duplicatas a Receber, além de outras aplicações que não fazem

parte do exercício em questão);

• direitos derivados de vendas, de adiantamentos ou empréstimos

a sociedades COLIGADAS ou CONTROLADAS, a diretores, acionistas ou partici-

pantes no lucro da empresa, em virtude de não constituírem negócios

usuais na exploração do objeto da empresa.

CI C L O O P E R A C I O N A L

Para uma indústria, é o período compreendido desde a compra da matéria-prima até o recebimento pela venda do produto. No comércio, por sua vez, é o período compreendido desde a compra de mercadorias até o recebimento pela venda da mercadoria.

CO L I G A D A S

São as sociedades que participam com 10% ou mais do capital social de outra sem, contudo, controlá-la.

CO N T RO L A D A S

São sociedades nas quais a controladora possui preponderância nas deliberações sociais e poder de eleger a maioria dos administradores.

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a.3. Ativo Permanente

Ativo Permanente, como o próprio nome já diz, são aplicações de

recursos de caráter permanente. Ficou difícil? Então iremos classificá-lo

em três subgrupos para facilitar sua compreensão:

1. Investimentos: engloba todas as participações de natureza

permanente em outras empresas, na forma de ações ou quotas (reveja o

conceito de sociedades coligadas e/ou controladas), assim como outros

bens e direitos que não se destinam à manutenção da atividade da empresa.

Como exemplo de Investimento, temos as participações permanentes em

outras sociedades, obras de arte que compõem a decoração da sede da

empresa, terrenos (para futura utilização) etc.;

2. Imobilizado: constituído por bens e direitos necessários à

manutenção das atividades da empresa, ou exercidos com essa finalidade,

inclusive os de propriedade industrial ou comercial. Como exemplo de

Imobilizado, temos máquinas e equipamentos necessários à produção,

terrenos (onde estão localizadas a fábrica, as lojas etc., por exemplo),

instalações (hidráulicas, elétricas etc., por exemplo), veículos, marcas e

patentes etc.;

3. Diferido: compreende as aplicações de

recursos em despesas que contribuirão para a

formação do resultado de mais de um exercício

social. Em outras palavras, são gastos ocorridos

num exercício que irão beneficiar vários

exercícios futuros. Como exemplo de Diferido,

temos despesas pré-operacionais, gastos com

pesquisa e desenvolvimento (especialmente em

indústrias de tecnologia ou farmacêuticas) etc.

b. Passivo (origens de recursos)

Passivo corresponde aos recursos utilizados pela empresa. Como

você já sabe, o Passivo deve ser posicionado à direita do BP. Assim como

o Ativo, o Passivo é classificado em subdivisões, a saber:

Stan

ciu

n F

lori

n

Figura 1.4: Pesquisa em indústria farmacêutica.

Quando você vê a expressão "após o término do exercício seguinte", significa

que o BP está sendo elaborado na data do encerramento do exercício social e que o ciclo operacional da empresa

é inferior a um ano. !!

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b.1. Passivo Circulante

São obrigações da empresa com terceiros de vencimento em até

365 dias da data do levantamento do BP, ou durante o ciclo operacional

(quando este for superior a um ano). Como exemplo, temos as obrigações

com fornecedores de mercadorias, matérias-primas, embalagens etc.,

empréstimos e financiamentos bancários, obrigações trabalhistas

(como décimo terceiro salário, férias e gratificações) e obrigações fiscais

(impostos e tributos, por exemplo), entre outros.

b.2. Passivo Exigível a Longo Prazo

O Passivo Exigível a Longo Prazo nada mais é do que as obrigações

da empresa vencíveis após 365 dias, ou após o ciclo operacional (quando

este for superior a um ano). Todas as contas descritas no Passivo

Circulante podem fazer parte do Passivo Exigível a Longo Prazo, desde

que sejam observados os seus prazos de liquidação.

Vamos a um exemplo? Imagine uma empresa que obteve o

financiamento bancário cujo vencimento se dará após 18 meses a data

do empréstimo. Após está transação contábil, a empresa cujo o ciclo

operacional é inferior a 365 dias, ao elaborar o Balanço Patrimonial

classificará esta obrigação a longo prazo devido a este passivo ter um

prazo de liquidação superior a um ano.

O básico do BP

Veja o Balanço Patrimonial da Empresa Planalto, encerrado em 31/12/X4.

Em milhões de reais

Atividade 11

ATIVO PASSIVOCaixa 180Duplicatas a Receber 200Estoques 300Veículos 150

Total 830

Fornecedores 50Contas a Pagar 100Capital Social 600Lucros Acumulados 80

Total 830

Balanço Patrimonial

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Com base nos dados apresentados, informe:a. total de aplicações;b. total de origens;c. total de recursos de terceiros;d. total de recursos próprios.

Resposta ComentadaVocê sabe que A (aplicações) = O (origem); deste modo, R$ 830 milhões aplicados tiveram

como origem R$ 150 milhões de Recursos de Terceiros (Capitais de Terceiros) provenientes

de Fornecedores (R$ 50 milhões) e Contas a Pagar (R$ 100 milhões); e R$ 680 milhões de

Recursos Próprios (Capitais Próprios), representados pelo Capital Social (R$ 600 milhões) e

Lucros Acumulados (R$ 80 milhões). Logo,

a. R$ 830 milhões;

b. R$ 830 milhões;

c. R$ 150 milhões; e

d. R$ 680 milhões.

b.3. Outros elementos patrimoniais que fazem parte do Passivo

Pelo que já estudou até este momento, você pode entender

que a tarefa do BP é a de resumir e apresentar adequadamente os

dados referentes ao Ativo (aplicações de recursos feitos pela empresa)

e ao Passivo (origens de recursos obtidos pela empresa). Além

dos recursos devidos a terceiros (PC e PELP), ainda fazem parte

do Passivo o Resultado de Exercícios Futuros e o Patrimônio Líquido,

cujas definições estão a seguir:

Resultado de Exercícios Futuros

Algumas vezes uma empresa apresenta um valor referente a lucro

ainda que estimado, resultante das receitas recebidas antecipadamente

deduzidas dos custos e despesas correspondentes.

Integram esse grupo somente os valores recebidos por antecipação

para futura entrega de produtos ou serviços, para os quais não haja

qualquer tipo de obrigação de devolução por parte da empresa. Como

exemplo, temos as Receitas de Aluguel Recebidas Antecipadamente.

Patrimônio Líquido são os recursos dos proprietários investidos

na empresa, não representando, portanto, exigibilidades. O Patrimônio

Líquido subdivide-se em:

– Capital Social: corresponde aos valores efetivamente

integralizados pelos acionistas ou sócios.

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– Reservas de Capital: acréscimos ocorridos no Patrimônio Líquido

que não se originaram dos resultados da empresa. Como exemplo: ágio

na emissão de ações, doações e subvenções para investimentos etc.

– Reservas de Reavaliação: contrapartida de aumento de elementos

do Ativo, em virtude de novas avaliações.

– Reservas de Lucros: constituídas por transferência de lucros

da empresa.

– Lucros ou Prejuízos Acumulados: correspondem os saldos rema-

nescentes dos lucros ou prejuízos após as destinações para reservas de

lucros e distribuição dos dividendos.

– Capital a Realizar: parcela do capital social subscrita pelos

sócios, ainda não realizada (conta retificadora do PL).

– Ações em Tesouraria/Quotas Liberadas: ações/quotas da empresa

adquiridas pela própria empresa (conta retificadora do PL).

Completando um BP

Estruture o Balanço Patrimonial da Indústria Xororó em 31/12/X4, segundo a Lei das Sociedades Anônimas (Lei 6.404/76).

Atividade 2

CONTAS Em R$Empréstimos Bancários (10 meses)

Veículos

Capital

Caixa

Salários a Pagar

Estoques de Produtos Acabados

Duplicatas a Receber

Lucros Acumulados

Obras de Arte

Móveis e Utensílios

Estoques de Matérias-Primas

Fornecedores

Financiamentos (20 meses)

Ações de Outras Companhias

Estoques de Produtos em Elaboração

Impostos a Recolher

Banco Conta Movimento

Despesas Pré-operacionais

10.000,00

10.000,00

16.000,00

8.000,00

36.000,00

4.000,00

16.000,00

12.000,00

12.000,00

4.000,00

20.000,00

8.000,00

8.000,00

4.000,00

8.000,00

4.000,00

4.000,00

4.000,00

Balanço Patrimonial

2

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Em R$

ATIVO PASSIVOCIRCULANTE

Total do Circulante

PERMANENTEInvestimentos

Imobilizado

Diferido

Total Permanente

TOTAL

CIRCULANTE

Total do Circulante

EXIGÍVEL A LONGO PRAZO

PATRIMÔNIO LÍQUIDO

Total Patrimônio Líquido

TOTAL

Balanço Patrimonial

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LA 1

Resposta Comentada

Indústria Xororó

Balanço Patrimonial em 31/12/X4

Para a elaboração de um BP, você deverá inicialmente colocar o nome da empresa e o

título do demonstrativo com a data da elaboração. Em seguida, agrupará as contas do

Ativo conforme seu grau de liquidez decrescente, iniciando pelas contas do Ativo Circulante

(que têm maior capacidade de conversão em numerário, ou seja, realização até 365

dias a contar da data do encerramento do BP ou do ciclo operacional, se este for

superior a um ano).

Em R$

ATIVO PASSIVOCIRCULANTE

Caixa 8.000

Banco Conta Movimento 4.000

Duplicatas a Receber 16.000

Estoques de Produtos Acabados 4.000

Estoques de Produtos em Elaboração 8.000

Estoques de Matérias-Primas 20.000

Total do Circulante 60.000

PERMANENTEInvestimentos

Ações de Outras Cias. 4.000

Obras de Arte 12.000

Imobilizado

Veículos 10.000

Móveis e Utensílios 4.000

Diferido

Despesas Pré-operacionais 4.000

Total do Permanente 34.000

TOTAL 94.000

CIRCULANTE

Fornecedores 8.000

Salários a Pagar 36.000

Impostos a Recolher 4.000

Empréstimos Bancários 10.000

Total do Circulante 58.000

EXIGÍVEL A LONGO PRAZOFinanciamentos 8.000

PATRIMÔNIO LÍQUIDO

Capital 16.000

Lucros Acumulados 12.000

Total do Patrimônio Líquido 28.000

TOTAL 94.000

Balanço Patrimonial

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Demonstração do Resultado do Exercício (DRE)

A Demonstração do Resultado do Exercício tem por finalidade

evidenciar a formação do lucro ou prejuízo do exercício social, mediante

a confrontação das receitas realizadas com as despesas incorridas. A DRE

representa, portanto, a posição dinâmica do patrimônio.

É justamente por meio do estudo desse demonstrativo que o

usuário das demonstrações financeiras terá conhecimento da situação

econômica da empresa. Ficou difícil entender? Então vamos para uma

observação prática.

Posteriormente, você agrupará as contas de menor capacidade de realização em

numerário. Nesta atividade, você classificará as contas do Ativo Permanente nos

subgrupos Investimentos, Imobilizado e Diferido, conforme já foi visto nas aulas de

Contabilidade e no decorrer desta aula.

Nas contas do Passivo, você irá agrupar, primeiramente, aquelas contas em que há

um nível maior de exigibilidade, ou seja, pagamento em até 365 dias ou durante o

ciclo operacional, se este for superior a um ano. Este é o Passivo Circulante. Em seguida,

você classificará as contas que serão pagas em um prazo superior a 365 dias ou que

vencerão após o ciclo operacional da empresa, se este for superior a um ano (Passivo

Exigível a Longo Prazo). Finalmente, você irá agrupar as contas que não representam

exigibilidades, como Capital Social, Reservas, Lucros Acumulados etc., pois pertencem aos

proprietários da empresa (Patrimônio Líquido).

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DRE

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO

Receita Operacional Bruta (Vendas ou Serviços) (ROB)

(-) Deduções da Receita Operacional Bruta (DED)

(=) Receita Operacional Líquida (ROL)

(-) Custo das Mercadorias/Produtos Vendidos/Serviços Prestados (CMV/CPV/CSP)

(=) Lucro Bruto (ou Prejuízo) (LB)

(-) Despesas Operacionais (DO):

Despesas com Vendas

Despesas Gerais e Administrativas

Despesas Financeiras Líquidas (despesas financeiras – receitas financeiras)

Outras Despesas ou Receitas Operacionais

(=) Lucro Operacional (ou Prejuízo) (LO)

( ) Resultados Não-Operacionais (RNO)

(=) Lucro Antes do Imposto de Renda (ou Prejuízo) (LAIR)

(-) Provisão para o Imposto de Renda (PIR)

(=) Lucro Depois do Imposto de Renda (ou Prejuízo) (LDIR)

(-) Participações: (PART/CONT)

Debêntures

Empregados e/ou Administração

Partes Beneficiárias

Contribuições e Doações

(=) Lucro Líquido (ou Prejuízo) (LL)

A partir da Lei das S.A. (Lei 6.404/76) a divulgação das

demonstrações financeiras passou a ser publicada em duas colunas, ou seja, com valores do ano atual e do ano anterior.!!

+–

Modelo da Demonstração do Resultado do Exercício

segundo a Lei 6.404/76 (Lei das Sociedades por Ações):

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LA 1

A estrutura da DRE será mais bem entendida por meio da

descrição a seguir:

a. ROB: refere-se ao valor de venda de bens e serviços.

b. Deduções: fatos contábeis que diminuem o valor da ROB,

como abatimentos (concedidos em função de preços especiais, vendas

em volumes elevados, clientes especiais etc.)

c. Devoluções: vendas canceladas em função de diversos motivos,

como, por exemplo, quando há desacordo em relação ao pedido.

d. Impostos Incidentes sobre Vendas: são impostos que guardam

proporcionalidade com o preço de venda. Os mais comuns são:

IPI – Imposto sobre Produtos Industrializados.

ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços.

ISS – Imposto sobre Serviços.

e. ROL: valor de vendas da empresa após as deduções.

É a principal fonte de fundos da empresa.

f. CMV/CPV/CSP: gastos diretamente envolvidos na atividade

comercial, industrial e de prestação de serviços.

g. LB: diferença entre a ROL e o Custo das Vendas.

h. DO: gastos necessários para realização das vendas dos

produtos/serviços, administração da empresa e financiamento de suas

operações.

i. Despesas com Vendas: todos os gastos incorridos nas áreas de

vendas. Exemplos dessas despesas são as comissões sobre vendas, gastos

com propaganda e publicidade e provisão para créditos de liquidação

duvidosa, entre outros.

j. Despesas Gerais e Administrativas: todos os gastos relacionados

para dirigir a empresa. Como exemplo, temos os gastos com honorários

da diretoria, salários e encargos do pessoal administrativo.

l. Despesas Financeiras Líquidas: é o resultado obtido do confronto

das despesas financeiras e receitas financeiras. Exemplos: descontos

concedidos/obtidos, despesas/receitas de juros.

m. Outras Despesas ou Receitas Operacionais: despesas e receitas

que não se enquadram nas despesas operacionais mencionadas. Alguns

exemplos dessas despesas são venda esporádica de sucatas, lucros de

participações em outras companhias etc.

n. LO: resultado da atividade operacional da empresa.

o. RNO: despesas e receitas não relacionadas com o objetivo da

empresa, como venda de itens do Ativo Permanente.

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p. LAIR: resultado decorrente da atividade operacional e não-

operacional da empresa.

q. PIR: parcela destinada ao Imposto de Renda.

r. LDIR: resultado obtido após a dedução do Imposto de

Renda.

s. PART/CONT: participações/contribuições previstas nos

estatutos da empresa.

t. LL: resultado final à disposição dos sócios ou acionistas.

Antes da Lei das S.A. (Lei 6.404/76), a Provisão para Crédito de Liquidação Duvidosa era conhecida como Provisão para Devedores Duvidosos.

Elaborando a DRE

Elabore a Demonstração do Resultado do Exercício da Empresa Comercial São Cristóvão para o ano de X4:

Atividade 3

CONTAS Em R$Despesas com Vendas

Provisão para Imposto de Renda

Despesas Financeiras

Impostos Incidentes sobre Vendas

Despesas Administrativas

Receita Operacional Bruta

Despesas Não-Operacionais

Custo das Mercadorias Vendidas

Participação de Debêntures

Receitas Financeiras

Contribuições

334.000

24.000

151.000

500.000

140.000

3.000.000

62.000

1.670.000

30.000

45.000

5.000

3

Page 17: Análise das Demonstrações Contábeis

22 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Demonstrações financeiras

C E D E R J 23

AU

LA 1

Para auxiliá-lo a Receita Operacional Bruta já estão preenchidas.

Em R$

RECEITA OPERACIONAL BRUTA

____________________________________

____________________________________

____________________________________

____________________________________

____________________________________

____________________________________

____________________________________

____________________________________

____________________________________

____________________________________

___________________________________

___________________________________

____________________________________

___________________________________

___________________________________

____________________________________

____________________________________

LUCRO LÍQUIDO

3.000.000______________

______________

______________

______________

______________

______________

______________

______________

______________

______________

______________

______________

______________

______________

______________

______________

______________

129.000

Page 18: Análise das Demonstrações Contábeis

24 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Demonstrações financeiras

C E D E R J 25

AU

LA 1

Resposta Comentada

Empresa Comercial São Cristóvão

Demonstração do Resultado do Exercício findo em X4

Você deverá colocar, em primeiro lugar, o nome da empresa e informar o título do demonstrativo

(com o período a que se refere). Essa demonstração é apresentada de forma vertical, como

você já viu em Contabilidade Geral I. Inicia-se pela Receita Operacional Bruta, e, abatendo as

deduções, apura-se a ROL.

Para calcular o LB, excluímos o CMV; posteriormente, excluindo as Despesas Operacionais,

apuramos o LO. Observe que, dentro das Despesas Operacionais, as Despesas Financeiras

Líquidas foram calculadas pela diferença das Despesas Financeiras para as Receitas

Financeiras.

O LAIR foi apurado deduzindo do LO os Resultados Não-Operacionais representados pelas

Despesas Não-Operacionais. Ao diminuir a PIR, você encontrará o LDIR. Finalmente, para o

cálculo do LL, subtraia as Participações de Debêntures e as Contribuições.

DRE

Em R$RECEITA OPERACIONAL BRUTA 3.000.000

( - ) Impostos Incidentes sobre Vendas 500.000

( = ) RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA 2.500.000

( - ) Custo das Mercadorias Vendidas 1.670.000

( = ) LUCRO BRUTO 830.000

( - ) Despesas Operacionais

Despesas Administrativas 140.000

Despesas com Vendas 334.000

Despesas Financeiras Líquidas 106.000

( = ) LUCRO OPERACIONAL 250.000

( - ) RESULTADOS NÃO-OPERACIONAIS

Despesas Não-Operacionais 62.000

( = ) LUCRO ANTES DE IMPOSTO DE RENDA 188.000

( - ) Provisão para Imposto de Renda 24.000

( = ) LUCRO DEPOIS DO IMPOSTO DE RENDA 164.000

( - ) Participação de Debêntures 30.000

( - ) Contribuições 5.000

LUCRO LÍQUIDO 129.00

Page 19: Análise das Demonstrações Contábeis

24 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Demonstrações financeiras

C E D E R J 25

AU

LA 1

Demonstrando tudo...

Com base no saldo das contas da Empresa Industrial de Plásticos Santa

Catarina, no final do ano X3:

a. Elabore a DRE para X3, transferindo o lucro apurado para a Conta Lucros

Acumulados.

b. Elabore, em seguida, o BP em 31/12/X3.

Atividade Final

4

Em R$Receita Operacional Líquida 19.400

Despesas Administrativas 2.000

Capital 11.000

Contas a Pagar 1.800

Veículos 6.000

Móveis e Utensílios 5.000

Estoques de Matéria-Prima 2.000

Estoques de Produto em Elaboração 1.000

Banco Conta Movimento 2.800

Despesas com Vendas 2.850

Custo dos Produtos Vendidos 13.000

Lucros Acumulados 5.400

Fornecedores 4.100

Caixa 1.500

Estoques de Produtos Acabados 2.000

Duplicatas a Receber 3.200

Despesas Financeiras 350

CONCLUSÃO

A análise contábil sempre estará associada a um processo

decisório. Assim, mediante a utilização dos principais instrumentos de

análise patrimonial, econômica e financeira, ela objetiva a avaliação

de desempenho e as expectativas ou tendências da empresa.

Você deve ter noções de análise e interpretação das demonstrações

contábeis direcionadas para um enfoque de geração de informações

para tomada de decisão. Para tal, é preciso conhecer os demonstrativos

contábeis usuais e algumas técnicas básicas de análise, assim como, ter

condições de implementar essa ferramenta em seus negócios.

Page 20: Análise das Demonstrações Contábeis

26 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Demonstrações financeiras

C E D E R J 27

AU

LA 1

a) DRE

b) BP

Em R$RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA

____________________________________

____________________________________

____________________________________

____________________________________

____________________________________

____________________________________

____________________________________

____________________________________

____________________________________

____________________________________

LUCRO LÍQUIDO

______________

______________

______________

______________

______________

______________

______________

______________

______________

______________

______________

______________

Em R$

ATIVO PASSIVOCIRCULANTE

_______________________________

_______________________________

________________________________

_______________________________

_______________________________

________________________________

________________________________

PERMANENTE

_______________________________

_______________________________

________________________________

_______________________________

TOTAL

CIRCULANTE

_______________________________

_______________________________

________________________________

_______________________________

EXIGÍVEL A LONGO PRAZO

________________________________

PATRIMÔNIO LÍQUIDO

_______________________________

________________________________

_______________________________

_______________________________

TOTAL

Page 21: Análise das Demonstrações Contábeis

26 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Demonstrações financeiras

C E D E R J 27

AU

LA 1

Resposta Comentada

Empresa Industrial de Plásticos Santa Catarina

Demonstração do Resultado do Exercício findo em 31/12/X3

Empresa Industrial de Plásticos Santa Catarina

Balanço Patrimonial em 31/12/X3

DRE

Receita Operacional Líquida 19.400

( - ) Custo dos Produtos Vendidos 13.000

LUCRO BRUTO 6.400

( - ) Despesas Operacionais

Despesas com Vendas 2.850

Despesas Administrativas 2.000

Despesas Financeiras 350

LUCRO LÍQUIDO 1.200

Em R$

ATIVO PASSIVOCIRCULANTE

Caixa 1.500

Banco Conta Movimento 2.800

Duplicatas a Receber 3.200

Estoques de Produtos Acabados 2.000

Estoques de Produtos em Elaboração 1.000

Estoques de Matérias-Primas 2.000

Total do Circulante 12.500

PERMANENTE

Imobilizado

Veículos 6.000

Móveis e Utensílios 5.000

Total do Permanente 11.000

TOTAL 23.500

CIRCULANTE

Fornecedores 4.100

Contas a Pagar 1.800

Total do Circulante 5.900

PATRIMÔNIO LÍQUIDO

Capital 11.000

Lucros Acumulados 6.600

Total do Patrimônio Líquido 17.600

TOTAL 23.500

em milhares de reais

Page 22: Análise das Demonstrações Contábeis

28 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Demonstrações financeiras

C E D E R J 29

AU

LA 1

Você deverá colocar, em primeiro lugar, o nome da empresa e informar o título do demonstrativo com

o período a que se refere. A DRE é apresentada de forma vertical, como você já viu em Contabilidade

Geral I. Pelos dados apresentados no enunciado desta atividade, você deverá iniciar pela Receita

do Exercício (receita líquida), tendo em vista não existirem deduções de vendas. Em seguida, passe

para o cálculo do Lucro Bruto, exclua o Custo das Mercadorias Vendidas. Para o cálculo do Lucro

Operacional, deduziram-se as despesas operacionais (vendas, administrativas e financeiras). Vale,

no entanto, ressaltar que nesta atividade o Lucro Operacional coincide com o Lucro Líquido, em

face da inexistência das demais contas de resultados.

Para elaboração do Balanço Patrimonial, você deverá inicialmente colocar o nome da empresa e

o título do demonstrativo e a data da elaboração. Em seguida, deve classificar no lado do Ativo as

contas no Ativo Circulante, Ativo Realizável a Longo Prazo e Ativo Permanente, seguindo seu grau

de liquidez. No lado do Passivo, você classificará as contas no Passivo Circulante, Passivo Exigível a

Longo Prazo e Patrimônio Líquido, seguindo o critério de exigibilidades. Cabe destacar que o saldo da

conta Lucros Acumulados representa o saldo inicial acrescido do Lucro Líquido apurado na DRE.

A seguir, deverá ser apurado o total do Ativo e do Passivo. Lembre-se de que o total do Ativo é

sempre igual ao total do Passivo (aplicações = origens).

O Balanço Patrimonial é um dos demonstrativos que auxiliam a compreensão

da Contabilidade. Representa a posição financeira de uma empresa em uma

data específica, partindo da premissa contábil de que:

Recursos Aplicados = Recursos Originados.

Os recursos aplicados encontram-se disponíveis sob diversas formas: o

dinheiro que a empresa tem em caixa ou no banco, as Duplicatas a Receber,

os Estoques, os Investimentos, o Imobilizado e o Diferido.

A DRE ajuda a entender a Contabilidade, já que mede o desempenho da

empresa em um período de tempo, por meio de:

Receita – Despesa = Lucro ou Prejuízo

Lucro é todo excesso de receitas sobre as despesas. Para os proprietários

e acionistas, é a compensação dos riscos na participação em um negócio.

O Lucro pode ser distribuído aos sócios (sob a forma de dividendos) ou

levado ao Patrimônio Líquido, aguardando uma destinação futura. Assim,

sempre que ocorre uma receita, o Patrimônio Líquido aumenta; por outro

lado, quando ocorre uma despesa, ele diminui.

R E S U M O

Page 23: Análise das Demonstrações Contábeis

28 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Demonstrações financeiras

C E D E R J 29

AU

LA 1

INFORMAÇÃO SOBRE A PRÓXIMA AULA

Na Aula 2, você conhecerá os principais conceitos e objetivos da Análise das

Demonstrações Financeiras e as técnicas de análise preliminares.

Page 24: Análise das Demonstrações Contábeis

Introdução à análise das demonstrações financeiras

Esperamos que, após o estudo desta aula, você seja capaz de:

diferenciar análise interna e externa;

definir objetivos para a análise;

aplicar a primeira etapa da metodologia de análise econômico-financeira.

2objetivos

AU

LA

Meta da aula

Apresentar conceitos, objetivos, técnicas e metodologia das demonstrações financeiras.

1

2

3

Pré-requisito

Ter uma calculadora à mão será bastante útil.

Page 25: Análise das Demonstrações Contábeis

32 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Introdução à análise das demonstrações financeiras

C E D E R J 33

AU

LA 2

INTRODUÇÃO Agora que você já revisou os principais relatórios contábeis (Balanço Patrimonial

(BP) e Demonstração do Resultado do Exercício (DRE), daremos os primeiros

passos para o entendimento da análise desses demonstrativos.

Para isso, você aprenderá a importância dessa análise, qual a posição do analista

e quem são os usuários dos dados fornecidos por seus relatórios. Aprenderá

também os ajustes necessários para preparar as principais demonstrações

contábeis de uma entidade jurídica a serem analisadas e as técnicas que

norteiam essa análise.

CONCEITO E OBJETIVOS DA ANÁLISE

Segundo o Dicionário Houaiss de Língua Portuguesa, ANALISAR

é: 1. fazer análise de; separar (um todo) em seus elementos ou

partes componentes; 2. investigar, examinar minuciosamente;

esquadrinhar, dissecar (...).

Segundo HUGO ROCHA BRAGA,

a análise das demonstrações financeiras tem por objetivo observar e

confrontar os elementos patrimoniais e os resultados das operações,

visando ao conhecimento minucioso de sua composição qualitativa

e de sua expressão quantitativa, de modo a revelar os fatores

antecedentes e determinantes da situação atual, e, também, a

servir de ponto de partida para delinear o comportamento futuro

da empresa (p. 117).

Isso é o mesmo que dizer que a Análise de Balanços tem o objetivo

de extrair informações das demonstrações financeiras para subsidiar a

tomada de decisões. Ela permite conhecer os efeitos das decisões adotadas

no passado e as causas determinantes do estado atual, servindo de

orientação para a elaboração de planos futuros.

Como você viu na Aula 1, as demonstrações financeiras representam

o produto final da Contabilidade, com o objetivo de gerar dados para um

grande e variado número de usuários, cujas necessidades são diferentes.

Cabe ao analista transformar esses DADOS em INFORMAÇÕES.

Por exemplo: o Balanço Patrimonial da Empresa Rosa de Ouro

Ltda., encerrado em 31/12/X4, revela um estoque de R$ 5.000.000,00.

Isso representa um dado. Ao interpretar esse dado, o analista pode

concluir se esse valor é adequado ou não para o ramo de atividade da

empresa; isto é uma informação.

HU G O RO C H A BR A G A

Graduado em Ciências Contábeis e Administração de Empresas, foi professor universitário de diversas instituições: Fundação Getulio Vargas (FGV), Instituto Superior de Estudos Contábeis (ISEC), Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais (IBMEC) e da Faculdade de Ciências Contábeis e Administrativas Moraes Júnior, na qual ocupa o cargo de diretor. Também atuou como gerente de normas contábeis e auditoria da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Hugo é autor de obras voltadas à área contábil-financeira, como por exemplo: Normas contábeis e demonstrações financeiras, Introdução à administração contábil financeira e Demonstrações financeiras: estrutura, análise e interpretação.

DA D O S X IN F O R M A Ç Õ E S

Dados podem ser simplesmente números ou descrição de objetos ou eventos, sem análise ou interpretação.Informações representam a interpretação dos dados.

Page 26: Análise das Demonstrações Contábeis

32 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Introdução à análise das demonstrações financeiras

C E D E R J 33

AU

LA 2

Quem são os usuários dos dados

contábeis?

Para você entender melhor o papel da Análise das Demonstrações Contábeis como ferramenta

de tomada de decisões, é necessário saber quem são os principais usuários desses dados.

Lembra dos stakeholders, que você aprendeu na Aula 1 de Contabilidade Geral I? Eles são os interessados nos dados gerados

pela contabilidade, ou seja, seus usuários. Naquela aula, você teve informações gerais sobre eles; nesta, você verá mais detalhes sobre o

interesse de cada grupo de usuários:• Administradores: são os responsáveis pela tomada de decisões que afetam o

patrimônio da empresa. Para isso, é preciso que tenham um perfeito conhecimento dos fatos passados, a fim de prever o comportamento futuro do empreendimento.

Estão interessados na avaliação do potencial de investimento, na rentabilidade, na capacidade de obtenção de crédito da empresa etc. (esses assuntos serão tratados nesta disciplina em aulas futuras).• Bancos: são as financeiras de dinheiro; têm por única finalidade a rentabilidade e o retorno de seus investimentos. Assim, não transfeririam recursos para uma empresa cuja análise de balanços mostre uma situação financeira pouco favorável.• Governo e economistas governamentais: as agências governamentais, bem como esses economistas, têm duplo interesse nas informações contábeis. Em primeiro lugar, é com base em tais informações que exercem o poder de tributar e arrecadar impostos, taxas e contribuições. Em segundo, os economistas interessam-se pelos dados contábeis das diversas unidades microeconômicas (empresas), pois estes, convenientemente reunidos e tratados estatisticamente, podem fornecer bases adequadas para as análises econômicas do país.• Fornecedores: estão igualmente interessados em obter informações preciosas sobre as empresas que recorrem ao crédito, a fim de julgarem os riscos nas suas relações comerciais e financeiras; por isso, analisam, entre outros, os dados dos balanços das empresas que pretendem vender com prazo para pagamento.• Investidores: também precisam estar a par das informações específicas (setor de atividade, comportamento das ações no mercado etc.) das empresas onde pretendem aplicar suas poupanças. Nessas circunstâncias, os demonstrativos

contábeis serão de grande utilidade para avaliação futura da empresa em que irão investir seu capital.

• Concorrentes: a empresa analisa as demonstrações contábeis dos seus concorrentes para conhecer a situação deles e sua posição

comparativamente a eles.• Outros usuários: consumidores e o público em geral

estão interessados em conhecer certas informações contábeis sobre a empresa; por exemplo, se a

empresa vem obtendo lucro, seu nível de endividamento, sua previsão de

expansão etc.

??

Page 27: Análise das Demonstrações Contábeis

34 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Introdução à análise das demonstrações financeiras

C E D E R J 35

AU

LA 2

Contabilidade x Análise das demonstrações financeiras

Um dos papéis da Contabilidade Financeira é registrar todos os

fatos que alterem o patrimônio da empresa. Seu produto final são as

demonstrações financeiras.

A Análise de Balanços, ao aplicar as técnicas de análise,

transforma os dados das demonstrações em medidas de avaliação

relativa (percentuais, números-índice e quocientes) – nosso assunto em

aulas futuras. Quando esses dados são interpretados, transformam-se

em informações financeiras para a tomada de decisões. Seu produto final

é o Relatório de Análise.

Desse modo, a Análise de Balanços começa onde termina a

Contabilidade, ou seja, no fim da demonstração expositiva dos fatos

(demonstrações contábeis), conforme ilustração a seguir:

CONTABILIDADE ANÁLISE DE BALANÇOS

Fato Contábil

Demonstrações Contábeis

(dados)

Relatório

(informações para tomada de decisões)

Técnicas de análiseEscrituração

Figura 2.1: As atuações da Contabilidade e da Análise de Balanços.

ANÁLISE INTERNA X ANÁLISE EXTERNA

De acordo com a posição do analista, a análise das demonstrações

contábeis pode ser orientada em dois sentidos:

a) Análise interna

Neste caso, o analista está vinculado diretamente à empresa

analisada (como empregado ou sob contrato de prestação de serviços).

Isso faz com que o analista tenha maior facilidade de acesso aos dados da

empresa para exame, o que possibilita maior conhecimento sobre ela.

A análise interna tem vários objetivos específicos: projetos de

expansão, modernização, relocalização (transferir-se de um local para

outro), controle operacional etc. Esta análise sempre visará à avaliação

do desempenho da empresa, como medida de informação para tomada

de decisão.

Page 28: Análise das Demonstrações Contábeis

34 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Introdução à análise das demonstrações financeiras

C E D E R J 35

AU

LA 2

Além das demonstrações financeiras (Balanço Patrimonial, Demonstração do Resultado do

Exercício, Demonstração de Origens e Aplicações de Recursos e Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados), o analista poderá utilizar-se dos Relatórios da Diretoria, dos Relatórios do Conselho de Administração, do Parecer do Conselho Fiscal, do Parecer da

Auditoria e, se for o caso, de balancetes mensais, inventários, documentos (apólices, contratos, escrituras etc.).

Outras fontes de informações, além dos dados internos, são os dados externos, tais como: demonstrações financeiras de empresas que atuam

no mesmo setor de atividade (no caso de S.A., publicadas em jornais de grande circulação, na Bolsa de Valores, em sites na internet

(www.infoinvest.com.br ou www.cvm.gov.br), em revistas especializadas em análise (Exame – Maiores e Melhores,

Balanço Econômico etc.) e em outras fontes.

b) Análise externa

Na análise externa, o analista está vinculado a outra entidade

interessada nos negócios da empresa a ser analisada (usuários

mencionados anteriormente). O analista externo não tem a mesma

facilidade de acesso aos dados da empresa que o interno, embora deva

tentar se munir do maior número de dados possível para emitir suas

conclusões, de modo a amenizar os riscos dos interessados. Na análise

externa devem ser considerados, no mínimo, os três últimos exercícios

sociais.

Dentre os principais objetivos da análise externa estão: aquisição

de controle acionário, concessão de crédito, fusões e incorporações,

compra de ações em bolsa.

Fontes de informações para análise

Jay

V –

ww

w.s

xc.h

u –

d 4

9657

2

Gas

ton

Th

auvi

n –

ww

w.s

xc.h

u

d 4

6610

1!

Page 29: Análise das Demonstrações Contábeis

36 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Introdução à análise das demonstrações financeiras

C E D E R J 37

AU

LA 2

Diferenciando análise interna e externa

Analise as informações a seguir:

1 (...) A empresa ABCD vem crescendo significativamente e, para

possibilitar uma maior qualidade desta expansão, pretende realizar

obras em dois galpões, transformando-os em novas unidades de

venda. Para realizar esta empreitada, precisará dispor de R$ 3,5

milhões (...) (Revista Negócios, 20 de abril de 2006).

2 Empresa ABCD

3 (...) O objetivo da proposição da análise é avaliar as condições financeiras da empresa e verificar se é possível retirar de nosso patrimônio os fundos necessários para a reforma dos dois galpões que abrigarão as novas unidades de venda.(Trecho retirado de um memorando redigido pelo presidente da empresa ABCD.)

4 (...) O objetivo da proposição da análise é a instituição bancária avaliar as condi-ções financeiras da empresa para a concessão de fundos necessários para a reforma dos dois galpões que abrigarão as novas unidades de venda.(Trecho retirado de um memorando redigido pelo presidente da empresa ABDC.)

De acordo com as informações 1, 2, 3 e 4, determine:a. Qual das informações está relacionada à análise interna? Selecione a parte da informação que lhe proporcionou chegar a esta conclusão._________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Atividade 11 2

4

3

2

1

X1 X2 X3

Lucr

o o

bti

do

(em

milh

ões

de

R$)

Ano

t

t

Page 30: Análise das Demonstrações Contábeis

36 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Introdução à análise das demonstrações financeiras

C E D E R J 37

AU

LA 2

b. Qual é o objetivo dessa análise interna?_________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

c. Qual das informações denuncia a ocorrência de uma análise externa? Selecione a parte da informação que lhe proporcionou chegar a esta conclusão.________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

d. Qual é o objetivo dessa análise externa?________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Resposta ComentadaNesta atividade você pôde diferenciar análise interna de externa e, ao mesmo tempo, perceber

os objetivos envolvidos em cada um dos tipos nas situações específicas.

Você provavelmente deduziu, comparando as informações disponíveis, que 3 e 4 são as

que denunciam os diferentes tipos de análise. Na informação 3, você esteve diante de uma

situação relacionada à análise interna: o presidente da empresa solicitou que se fizesse uma

análise e que, a partir dela, pudesse tomar a decisão de utilizar capital interno para realizar

uma obra de expansão. A expressão que claramente denuncia o fato de estarmos diante de

uma análise interna é “nosso patrimônio”.

A informação 4 se remete a uma análise externa: é um trecho de um memorando do presidente da

empresa solicitando à instituição bancária uma avaliação para concessão de fundos (empréstimo)

para realização da obra de expansão da ABCD. “Concessão de fundos” é a expressão que

denuncia a ocorrência de uma análise externa.

ANÁLISE: POR ONDE COMEÇAR?

O analista de balanços, ao contrário do contador, tem toda a

liberdade de ajustar as contas das demonstrações contábeis para

diagnosticar a situação da empresa.

Todas as demonstrações financeiras devem ser analisadas. Nesta

disciplina daremos ênfase ao BP e à DRE, já que, por esses demonstrativos,

podemos evidenciar a situação econômico-financeira de uma empresa.

Para efetuar a análise dos demonstrativos, estes deverão ser

preparados ou ajustados para análise. Os ajustes (ou reclassificações)

são, na verdade, um novo reagrupamento de algumas contas. Estas

adequações correspondem a um modelo básico de adequações para a

execução de uma análise de demonstrações contábeis e serão utilizadas

nas análises que realizaremos nesta aula. Veja alguns exemplos:

Page 31: Análise das Demonstrações Contábeis

38 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Introdução à análise das demonstrações financeiras

C E D E R J 39

AU

LA 2

a) Duplicatas Descontadas

Ao contrário das demais contas, é praxe no mercado ajustar a

conta Duplicatas Descontadas, independente do objetivo da análise e da

posição do analista. Mas qual é o motivo dessa reclassificação?

O Desconto de Duplicatas é um empréstimo feito pela empresa

para obter capital de giro. Em Contabilidade Geral II, você aprendeu

que a conta Duplicatas Descontadas retificava o valor das Duplicatas a

Receber, ou seja, classificada no Ativo Circulante como uma dedução. Na

análise, a conta Duplicatas Descontadas é excluída do Ativo Circulante

e alocada no Passivo Circulante.

Isso acontece porque, como estamos falando de uma conta que

apresentava caráter retificador (negativo), retirá-la do Ativo faz com

que este fique maior. Essa alteração tenderia a desequilibrar os pratos

da balança patrimonial e, para que isso não aconteça, o mesmo valor é

lançado no Passivo Circulante.

Ao reclassificá-la desta maneira, você terá chance de fazer uma

análise mais adequada das fontes de recursos que a empresa utiliza.

A Provisão para Devedores Duvidosos, que também é uma

conta retificadora de Duplicatas a Receber, não é transportada

para o Passivo. Durante a análise do BP e seguindo o Princípio do

Conservadorismo (que você aprendeu na Aula 2 de Contabilidade Geral

I), o valor lançado naquela conta é dado como perdido pela empresa.

Este valor, portanto, é descontado do valor das Duplicatas a Receber.

Sua contrapartida está na DRE, pois o não-recebimento dessa quantia

implica o aumento das despesas operacionais da empresa e, conse-

qüentemente, redução do lucro desta.

b) Qualidade das demonstrações contábeis

A qualidade das demonstrações também influi de forma

significativa para a análise. A Lei 6.404/76 (das S.A.) exige um parecer

de auditoria para as Sociedades Anônimas, o que não é exigido das

empresas limitadas.

Dada a ausência do Parecer de Auditoria, o analista externo ao

efetuar análise de uma empresa limitada deverá redobrar sua atenção, a

fim de proceder a uma correta interpretação dos dados contidos nesses

demonstrativos. Muitas vezes eles se apresentam embelezados, isto é,

anotados de maneira a revelar uma situação da empresa mais favorável.

Exemplos disso são os registros no Ativo Circulante de Duplicatas a

Page 32: Análise das Demonstrações Contábeis

38 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Introdução à análise das demonstrações financeiras

C E D E R J 39

AU

LA 2

Receber com vencimentos de longo prazo ou de Obrigações Vencíveis a

Curto Prazo no Exigível a Longo Prazo. Caso não haja um esclarecimento

satisfatório, o analista deverá reclassificar esses dados contra a empresa,

isto é, os direitos passam para o Ativo Realizável a Longo Prazo e as

obrigações passam para o Passivo Circulante. Assim, é atendida a

Convenção do Conservadorismo.

A análise da situação financeira de qualquer entidade

se dá por meio da comparação entre os valores do Ativo Circulante e

do Passivo Circulante.!c) Resultado de Exercícios Futuros

Em termos de ajustes, destaca-se também o grupo Resultado de

Exercícios Futuros. Você lembra se ele representa capitais próprios ou

de terceiros?

O analista deverá verificar se realmente se trata de adiantamentos

de clientes para futura entrega de produtos ou serviços com cláusula

de não-reembolso. A partir dessa análise, duas são as possibilidades:

(1) se tiver sido classificado inadequadamente, este valor representa

uma obrigação, e reclassificado para o Passivo Circulante ou para o

Passivo Exigível a Longo Prazo, respeitando o prazo de vencimento; (2)

se estiver corretamente registrado, deverá ser eliminado e reclassificado

no Patrimônio Líquido (por se tornar no futuro um “lucro” líquido).

d) Outros ajustes

Além dos ajustes mencionados, outros poderão ser feitos nas

demonstrações financeiras, por exemplo, aqueles que envolvem despesa

do exercício seguinte, estoques invendáveis, duplicatas incobráveis. Nestas

situações, os valores classificados no Ativo serão eliminados do Ativo

Total (seja em função dos valores não-realizáveis ou de realização difícil)

e terão como contrapartida uma dedução do Patrimônio Líquido.

Page 33: Análise das Demonstrações Contábeis

40 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Introdução à análise das demonstrações financeiras

C E D E R J 41

AU

LA 2

Ajustes necessários à primeira etapa da metodologia de análiseConsiderando as afirmações sobre a preparação das demonstrações financeiras para análise, é necessário:I. Proceder-se a ajustes sempre que estas contiverem valores que representam créditos incobráveis classificados no Ativo Circulante.II. Proceder-se a ajustes sempre que estas contiverem contas que o analista externo não consiga esclarecer convenientemente.III. Proceder-se a ajustes sempre que estas contiverem valores de mercadorias obsoletas, retiradas de comercialização constantes da conta “Mercadorias em Estoques”.Estão corretas:( ) I e II. ( ) I e III.( ) II e III. ( ) I, II e III. ( ) nenhuma está correta.

Resposta ComentadaVocê viu na teoria que o analista deverá ajustar as demonstrações financeiras a

fim de melhorar a eficiência da análise, conforme explicação a seguir:

- Afirmativa I: a exclusão dos créditos incobráveis do Ativo Circulante terá como

contrapartida a diminuição do Patrimônio Líquido. Os créditos incobráveis não se

realizarão financeiramente; portanto, devem ser excluídos do Ativo Circulante.

- Afirmativa II: se não houver esclarecimento sobre as contas, o analista externo

deverá reclassificá-las contra a empresa.

- Afirmativa III: Na conta Mercadorias em Estoques só devem constar mercadorias

em condições para realização de vendas. A exclusão dos estoques obsoletos do

item Estoques de Mercadorias terá como contrapartida a diminuição do grupo

Patrimônio Líquido.

Portanto, todas as afirmações estão corretas.

Atividade 23

UM MODELO PADRONIZADO PARA ANÁLISE

Para aplicar as técnicas de análise das demonstrações contábeis é

necessário prepará-las fazendo ajustes, como você viu na seção anterior.

Acompanhe como proceder a esta preparação pelo exemplo da EMPRESA

VIA DIGITAL S.A.

A EM P RE S A V I A DI G I T A L S.A. (EVD S.A.)

Será utilizada como empresa exemplo ao longo da disciplina, para que você possa acompanhar passo a passo toda a metodologia de análise.

Page 34: Análise das Demonstrações Contábeis

40 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Introdução à análise das demonstrações financeiras

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AU

LA 2

Figura 2.2: Produtos da Empresa Via Digital S.A.

Hag

it B

erko

vich

– w

ww

.sxc

.hu

– 3

9261

3D

anie

l Wild

man

– w

ww

.sxc

.hu

– 2

9836

9

A Empresa Via Digital S.A. solicitou um empréstimo de

R$ 1.000.000,00 ao Banco Confiança. Para ganhar credibilidade, enviou

junto com o pedido de empréstimo as demonstrações contábeis referentes

aos três últimos exercícios sociais (incluindo as Notas Explicativas e o

Parecer dos Auditores Independentes, sem ressalvas):

Page 35: Análise das Demonstrações Contábeis

42 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Introdução à análise das demonstrações financeiras

C E D E R J 43

AU

LA 2

Balanço PatrimonialEm R$

ATIVO 31/12/X1 31/12/X2 31/12/X3Ativo Circulante Caixa e Bancos c/ Movimento Aplicações de Liquidez Imediata Duplicatas a Receber Duplicatas Descontadas Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa Estoque de Produtos Acabados Estoques de Produtos em Elaboração Matérias-primasTotal do Ativo Circulante

Ativo Permanente - Investimentos Ações de Outras Empresas Obra de Arte Total dos Investimentos

- Imobilizado Imóveis Máquinas e Equipamentos Veículos Ferramentas Depreciação Acumulada Obras em Andamento Total do Imobilizado

- Diferido Gastos com Reorganização Total do DiferidoTotal do Ativo Permanente

1.5635.827

48.690(13.130)(1.472)

11.0104.232

18.68175.401

2.730533

3.263

17.29012.1686.8772.223

(7.244)-

31.314

--

34.577

6371.387

41.995(18.079)

(980)

19.8494.6448.918

58.371

2.6621.4444.106

17.29021.3458.2802.506

(8.000)17.61559.036

1.9821.982

65.124

8162.033

53.901(23.462)

(880)

25.7346.018

11.47575.635

3.4481.9045.352

17.29023.0009.1323.500

(8.200)28.27873.000

3.1793.179

81.531

TOTAL DO ATIVO 109.978 123.495 157.166

Empresa Via Digital S.A.

Balanço Patrimonial encerrado em:

Page 36: Análise das Demonstrações Contábeis

42 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Introdução à análise das demonstrações financeiras

C E D E R J 43

AU

LA 2

Empresa Via Digital S.A.

Balanço Patrimonial encerrado em:

Balanço PatrimonialEm R$

PASSIVO 31/12/X1 31/12/X2 31/12/X3

Passivo Circulante Fornecedores Encargos Sociais Impostos a Recolher Financiamentos Dividendos a Pagar Empréstimos BancáriosTotal do Passivo Circulante

Passivo Exigível a Longo Prazo Empréstimos Bancários FinanciamentosTotal do Passivo Exigível a Longo Prazo

Patrimônio Líquido Capital Social Reservas de Capital Reservas de Lucros Lucros AcumuladosTotal do Patrimônio Líquido

31.9963.2295.4992.4571.2612.982

47.424

14.196-

14.196

29.67311.038

5057.142

48.358

18.5182.3222.4582.5571.4003.609

30.864

13.63337.65851.291

23.19011.779

3686.003

41.340

24.0382.4642.2057.1091.5202.578

39.914

17.52446.10063.624

30.11913.446

4809.583

53.628

TOTAL DO PASSIVO 109.978 123.495 157.166

DRE

Em R$

DISCRIMINAÇÃO X1 X2 X3

RECEITA OPERACIONAL BRUTA (-) Impostos incidentes sobre Vendas (-) Devoluções e Abatimentos sobre Vendas (=) RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA (-) Custo dos Produtos Vendidos (=) LUCRO BRUTO (-) DESPESAS OPERACIONAIS: . Vendas . Administrativas . Financeiras (=) LUCRO OPERACIONAL (+) Receitas Não-operacionais (-) Despesas Não-operacionais (=) LUCRO ANTES DO IMPOSTO DE RENDA (-) Provisão para Imposto de Renda (=) LUCRO LÍQUIDO

LUCRO POR AÇÃO

237.40117.0669.823

210.512160.38550.127

10.2189.296

15.86814.745

256100

14.9014.797

10.104

0,888

294.37715.82319.208

259.346161.31398.033

12.1898.299

71.8395.706

176100

5.7821.1004.682

0,390

313.82421.96711.657

280.200174.340105.860

13.2259.078

78.9324.625

866250

5.2411.6613.580

0,420

Empresa Via Digital S. A.

Demonstração do Resultado do Exercício relativa ao exercício de:

Page 37: Análise das Demonstrações Contábeis

44 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Introdução à análise das demonstrações financeiras

C E D E R J 45

AU

LA 2

Acompanhe esta aula de maneira mais ativa, construindo o

exemplo junto conosco, preenchendo as tabelas.

Imagine que você é o analista do banco. Foi incumbido da tarefa

de analisar a empresa para avaliar a capacidade desta para amortizar o

empréstimo solicitado. De posse das demonstrações contábeis da EVD

S.A. e conhecendo o modelo utilizado pelo Banco Confiança para análise

deste material, você iniciou seus procedimentos.

DADOS COMPLEMENTARES

Em R$

DISCRIMINAÇÃO X1 X2 X3

Compras 133.182 246.396 375.081

O que um analista deve ter em mente antes

de iniciar seu trabalho?Antes de iniciar o estudo sobre

uma empresa, o analista tem de saber o objetivo do estudo, sua posição, a qualidade dos

demonstrativos apresentados e os ajustes necessários, para adequá-los à análise. No exemplo da Empresa Via

Digital S.A., temos:- Em termos de objetivo:

O objetivo desta análise é diagnosticar se a Empresa Via Digital S.A. tem capacidade de honrar o empréstimo solicitado.- Quanto à posição do analista:A análise é externa, uma vez que você é analista do Banco Confiança e está interessado nos negócios da empresa analisada.- Quanto à qualidade:Segundo as fontes disponíveis, a qualidade das demonstrações a princípio apresenta-se boa, pois as demonstrações foram examinadas por auditores independentes, conforme o Parecer de Auditoria Externa, sem ressalvas.

- Em relação aos ajustes:O ajuste será efetuado na conta Duplicatas

Descontadas; você deve retirá-la do Ativo Circulante e alocá-la no Passivo Circulante,

pois viu, anteriormente, que é uma fonte de recursos.

!

DICAS FUNDAMENTAIS!

- Para o transporte dos dados do BP:1. Disponível: Caixa, Bancos, Conta Movimento e Aplicações de Liquidez Imediata.2. AV = Análise Vertical e AH = Análise Horizontal. Essas são técnicas de análise que você aprenderá nas próximas aulas. Por enquanto, atenha-se a preencher a lacuna dos valores.3. Lembre-se do que você aprendeu nesta aula sobre as Duplicatas Descontadas...- Para o transporte dos dados da DRE:Utilize valores entre parênteses somente nestas situações:1. valores representativos de resultados negativos;2. despesas financeiras líquidas (quando as receitas financeiras forem superiores às despesas financeiras.3. outras despesas ou receitas operacionais (quando as outras receitas operacionais forem superiores às outras despesas operacionais).

O primeiro passo para sua análise foi transportar os dados

originais para o modelo utilizado pela instituição que a está procedendo

(leia as DICAS ao lado antes de iniciar sua tarefa!). Para auxiliá-lo, algumas

células da tabela já estão preenchidas.

Page 38: Análise das Demonstrações Contábeis

44 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Introdução à análise das demonstrações financeiras

C E D E R J 45

AU

LA 2

MODELO PADRONIZADO DO BANCO CONFIANÇA PARA ANÁLISE DO BALANÇO PATRIMONIAL

Nome da empresa: ______________________________________

Título da demonstração: _________________________________

APLICAÇÕES

31/12/X1 31/12/X2 31/12/X3

VALOR AV AH VALOR AV AH VALOR AV AH

R$ % % R$ % % R$ % %

Disponibilidades (1)

Direitos Realizáveis a CP (2)

Soma (3) = (1 + 2) 54.608 43.039 55.870

Estoques (4)

ATIVO CIRCULANTE (5) = (3 + 4)

88.531 76.450 99.097

ATIVO REALIZÁVEL A LP (6)

ATIVO PERMANENTE (7) = (8 + 9 + 10)

34.577 65.124 81.531

. Investimentos (8)

. Imobilizado (9)

. Diferido (10)

ATIVO TOTAL (11) = (5 + 6 + 7)

123.108 141.574 180.628

ORIGENS

31/12/X1 31/12/X2 31/12/X3

VALOR AV AH VALOR AV AH VALOR AV AH

R$ % % R$ % % R$ % %

PASSIVO CIRCULANTE (1)

PASSIVO EXIGÍVEL A LP (2)

PASSIVO EXIGÍVEL (3) = (1 + 2)74.750 100.234 127.000

PATRIMÔNIO LÍQUIDO (4)

PASSIVO TOTAL (5) = (3 + 4)123.108 141.574 180.628

Page 39: Análise das Demonstrações Contábeis

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Análise das Demonstrações Contábeis | Introdução à análise das demonstrações financeiras

C E D E R J 47

AU

LA 2

MODELO PADRONIZADO PARA ANÁLISE DA DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO

Nome da empresa: ______________________________________

Título da demonstração: _________________________________

ROB

Receita Operacional Bruta.

ROL

Receita Operacional Líquida.

CPV

Custo dos Produtos Vendidos.

IR

Imposto de Renda.

DISCRIMINAÇÃO

X1 X2 X3

VALOR AV AH VALOR AV AH VALOR AV AH

R$ % % R$ % % R$ % %

ROB (1)

(-) Deduções de Vendas (2)

(=) ROL (3) = (1 – 2) 210.512 259.346 280.200

(-) CPV. (4)

(=) LUCRO BRUTO (5) = (3 – 4)

50.127 98.033 105.860

(-) DESPESAS OPERACIONAIS (6) = (7 + 8 + 9 + 10)

35.382 92.327 101.235

Vendas (7)

Administrativas (8)

Financeiras Líquidas (9).

Outras Despesas/Receitas (10)

(=) LUCRO OPERACIONAL (11) = (5 – 6)

14.745 5.706 4.625

(+) Resultados Não-Operacionais (12)

(=) LUCRO ANTES DO IR (13) = (11 + 12)

14.901 5.782 5.241

(-) Provisão para IMPOSTO DE RENDA (14)

(=) LUCRO LÍQUIDO (15) = (13 – 14)

10.104 4.682 3.580

Page 40: Análise das Demonstrações Contábeis

46 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Introdução à análise das demonstrações financeiras

C E D E R J 47

AU

LA 2

Ao preencher as tabelas durante o estudo deste tópico, você acabou

de realizar uma atividade relacionada ao terceiro objetivo desta aula:

executar a primeira etapa de uma metodologia de análise.

AS ETAPAS DA METODOLOGIA DA ANÁLISE ECONÔMICO-FINANCEIRA

De posse das demonstrações contábeis, o analista irá prepará-las

para a análise. Neste momento, você já sabe qual é a sua posição (se

analista interno ou externo) e o objetivo da análise (para quem e por

quê). Este trabalho pode ser dividido em cinco etapas:

• 1ª etapa: transportar os dados das demonstrações financeiras

para o MODELO PREVIAMENTE DEFINIDO, onde são feitos os ajustes

necessários. Além de adequá-los à análise, este trabalho reduz

de forma significativa o número de contas, uma vez que, em

vez de contas específicas, utilizamos grupos de mesma natureza,

facilitando a análise das demonstrações. Essa etapa foi a que

você cumpriu nesta aula, construindo seu aprendizado por uma

atividade.

• 2ª etapa: neste momento, as demonstrações encontram-se

preparadas para receber as TÉCNICAS DE ANÁLISE. Essas técnicas

transformam os dados em medidas relativas (e você as verá em

aulas posteriores).

• 3ª etapa: após aplicadas as técnicas, o analista deve comparar os

índices extraídos com os de empresas concorrentes do mesmo

porte e com os da média do setor. Esses índices-padrão são

encontrados em revistas especializadas, como por exemplo,

Exame – Melhores e Maiores.

• 4ª etapa: após efetuar as etapas 1, 2 e 3, o analista pondera os

diversos dados e informações, a fim de chegar a um diagnóstico

ou conclusões.

• 5ª etapa: por último, o analista toma a decisão, elaborando o

Relatório de Análise, seu produto final.

MO D E L O P RE V I A M E N T E

D E F I N I D O

É aquele que a instituição que

procede à análise define. Nesta aula, vimos um modelo

simplificado de análise, que foi

aplicado à Empresa Via Digital S.A.

TÉ C N I C A S D E AN Á L I S E

As técnicas a serem aplicadas dependem

da finalidade da análise, e você

as aprenderá nas próximas aulas. Só

para “diminuir” sua curiosidade, dentre

as principais técnicas temos:

a) Análise Vertical;b) Análise

Horizontal;c) Análise por

Quocientes.

Page 41: Análise das Demonstrações Contábeis

48 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Introdução à análise das demonstrações financeiras

C E D E R J 49

AU

LA 2

O RELATÓRIO DE ANÁLISE

É o meio de comunicação pelo qual o analista de balanço divulga

o resultado de seu trabalho. Deve ser elaborado de forma clara e sucinta,

de acordo com o objetivo da análise e a quem ele se dirige.

O relatório de análise deve incluir uma introdução, na qual o

analista deverá explicar o objetivo da análise e para quem ela está sendo

feita. Em seguida, deve haver uma visão preliminar sobre os pontos fortes

e fracos dos aspectos observados quando da aplicação das técnicas de

análise. Posteriormente, serão enfocados com maior profundidade os

aspectos levantados na etapa anterior.

Após análise mais detalhada, o analista deverá opinar sobre cada

item abordado. Ao final do relatório, deverá sugerir ou recomendar

medidas a serem tomadas que poderão melhorar ou corrigir falhas

detectadas na situação existente.

Para a realização do seu trabalho, em relação aos dados da empresa,

o analista deverá:

– priorizar as tendências;

– mostrar a real situação corrente;

– enfatizar os aspectos fortes;

– não omitir os pontos fracos;

– utilizar gráficos sempre que possível;

– adotar uma linguagem clara e concisa.

1.500.000,00

1.000.000,00

500.000,00X1 X2 X3

Lucro Obtido

Figura 2.3: Gráficos são sempre apreciados em relatórios de análise, devido ao caráter fortemente ilustrativo das informações.

Ano

t

t

R$

Page 42: Análise das Demonstrações Contábeis

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Análise das Demonstrações Contábeis | Introdução à análise das demonstrações financeiras

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AU

LA 2

A Análise dos demonstrativos da empresa ViajeBem S.A.

A empresa de turismo ViajeBem S.A. teve que proceder às pressas à análise das suas

demonstrações contábeis mais importantes: o BP e a DRE, ambos para o exercício de X1.

Você foi contratado para realizar esta análise. O primeiro passo, que você vai realizar

nesta atividade, é transportar os dados dos demonstrativos para o modelo padronizado

estabelecido pela empresa. Veja o que lhe foi fornecido:

1. Balanço Patrimonial encerrado em 31/12/X1

CONCLUSÃO

Você viu hoje uma metodologia específica de análise das

demonstrações financeiras, necessária para que seja feita uma avaliação

sobre a empresa para tomada de decisão. É importante que se tenha em

mente que cada instituição tem seu modelo de análise de demonstrativos

predefinido. Estes modelos são diretamente influenciados pelos interesses

que desencadearam o início da análise.

Atividade Final

Balanço PatrimonialEm R$

ATIVO PASSIVO

CirculanteCaixa 80Bancos 320Estoques 3.700

Realizável a Longo PrazoTítulos a Receber a Longo Prazo 1.800Participações Não-Permanentes em Empresas 3.000

Permanente Investimentos

Ações de Controladas ou Coligadas 5.400 Obras de Arte 6.000 Imóveis Não de Uso (para renda) 20. 000

Imobilizado Terrenos 9.000 Máquinas 15.000 Sistemas aplicativos – softwares 7.000 Móveis e Utensílios 10.000 Veículos 20.000 Marcas e Patentes 4.000

Diferido Gastos Pré-operacionais 3.900

Ativo Total 109.200

CirculanteFornecedores 2.700Empréstimos a Pagar 5.000Impostos a Recolher 1.300Dividendos a Pagar 1.900

Exigível a Longo PrazoEmpréstimos a Pagar 8.000Financiamentos a Pagar 1.400

Patrimônio LíquidoCapital Social 82.630Lucros ou Prejuízos Acumulado 6.270

Passivo Total 109.200

3

Page 43: Análise das Demonstrações Contábeis

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Análise das Demonstrações Contábeis | Introdução à análise das demonstrações financeiras

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LA 2

2. Demonstração do Resultado do Exercício findo em X1

De posse das demonstrações anteriores, faça os ajustes necessários e preencha as tabelas

dos modelos padronizados de análise do BP e da DRE, disponibilizados a seguir:

a. BP:

Para auxiliá-lo, o total do Ativo e do Passivo já está preenchido.

DRE

Em R$

Receita Operacional Bruta (-) Deduções Receita Operacional Líquida (-) Custo das Mercadorias Vendidas = Lucro Operacional Bruto (-) Despesas Operacionais

Administrativas (=) Lucro Operacional Líquido (+) Receitas Não-Operacionais(=) Lucro Antes do Imposto de Renda (-) Provisão para o Imposto de Renda(=) Lucro Líquido

40.000,00 10.000,0030.000,0020.000,0010.000,00

5.000,005.000,00

500,005.500,001.000,004.500,00

Em R$

APLICAÇÕES Valor ORIGENS Valor

Disponibilidades (1) Passivo Circulante (1)

Direitos Realizaveis a CP (2)

Soma (3) = (1+2) Passivo Exigível a LP (2)

Estoques (4)

Ativo Circulante (5) = (3+4) Passivo Exigível (3) = (1+2)

Ativo Realizável a LP (6)

Ativo Permanente (7) = (8+9+10) Patrimônio Líquido (4)

Investimentos (8)

Imobilizado (9)

Diferido (10)

ATIVO TOTAL (11) = (5+6+7) 109.200 PASSIVO TOTAL (5) = (3+4) 109.200

Page 44: Análise das Demonstrações Contábeis

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Análise das Demonstrações Contábeis | Introdução à análise das demonstrações financeiras

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LA 2

b. DRE:

Para auxiliá-lo, o Lucro Líquido já está preenchido.

Resposta ComentadaSe você acompanhou esta aula trabalhando nas tabelas que apresentavam a

primeira etapa de uma análise, não deve ter sido difícil realizar esta atividade. No

Balanço Patrimonial não havia contas que precisassem ser transferidas do Ativo

para o Passivo e, por isso, sua principal ação foi distribuí-las corretamente dentro

dos grupos a que pertenciam no modelo padronizado. No modelo da DRE

adotou-se o mesmo procedimento para o preenchimento. Você deve

ter elaborado tabelas como as seguintes:

Em R$

DISCRIMINAÇÃO Valor

Receita Operacional Bruta (1)

(-) Deduções de Vendas (2)

(=) Receita Operacional Líquida (3) = (1-2)

(-) Custo dos Produtos Vendidos (4)

(=) Lucro Bruto (5) = (3-4)

(-) Despesas Operacionais (6) = (7+8+9+10)

. Vendas (7)

. Administrativas (8)

. Financeiras Líquidas (9)

. Outras Despesas/Receitas (10)

(=) Lucro Operacional (11) = (5-6)

(+) Resultados Não-Operacionais (12)

(=) Lucro antes do IR (13) = (11+12)

(-) Provisão para o IR (14)

(=) Lucro Líquido (15) = (13-14) 4.500

Page 45: Análise das Demonstrações Contábeis

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Análise das Demonstrações Contábeis | Introdução à análise das demonstrações financeiras

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LA 2

ViajeBem S. A.

Balanço Patrimonial ajustado, encerrado em 31/12/X1

A análise das demonstrações contábeis é utilizada

Em R$

APLICAÇÕES Valor ORIGENS Valor

Disponibilidades (1) 400 Passivo Circulante (1) 10.900

Direitos Realizaveis a CP (2) –

Soma (3) = (1+2) 400 Passivo Exigível a LP (2) 9.400

Estoques (4) 3.700

Ativo Circulante (5) = (3+4) 4.100 Passivo Exigível (3) = (1+2) 20.300

Ativo Realizável a LP (6) 4.800

Ativo Permanente (7) = (8+9+10) 100.300 Patrimônio Líquido (4) 88.900

Investimentos (8) 31.400

Imobilizado (9) 65.000

Diferido (10) 3.900

ATIVO TOTAL (11) = (5+6+7) 109.200 PASSIVO TOTAL (5) = (3+4) 109.200

Page 46: Análise das Demonstrações Contábeis

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Análise das Demonstrações Contábeis | Introdução à análise das demonstrações financeiras

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LA 2

ViajeBem S. A.

Demonstração do Resultado do Exercício ajustada, relativa ao exercício de X1

Em R$

DISCRIMINAÇÃO Valor

Receita Operacional Bruta (1) 40.000

(-) Deduções de Vendas (2) 10.000

(=) Receita Operacional Líquida (3) = (1-2) 30.000

(-) Custo dos Produtos Vendidos (4) 20.000

(=) Lucro Bruto (5) = (3-4) 10.000

(-) Despesas Operacionais (6) = (7+8+9+10) 5.000

. Vendas (7) –

. Administrativas (8) 5.000

. Financeiras Líquidas (9) –

. Outras Despesas/Receitas (10) –

(=) Lucro Operacional (11) = (5-6) 5.000

(+) Resultados Não-Operacionais (12) 500

(=) Lucro antes do IR (13) = (11+12) 5.500

(-) Provisão para o IR (14) 1.000

(=) Lucro Líquido (15) = (13-14) 4.500

Page 47: Análise das Demonstrações Contábeis

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Análise das Demonstrações Contábeis | Introdução à análise das demonstrações financeiras

A análise das demonstrações contábeis é utilizada por instituições para

avaliar a eficiência de suas atividades. Pode ser realizada pela própria

empresa (análise interna) ou por outras instituições que tenham interesses

em jogo (análise externa). Em ambos os casos, a análise influencia

diretamente a tomada de decisões administrativas.

Para a execução de uma análise, as demonstrações contábeis mais utilizadas

são o BP e a DRE, em geral referentes aos três últimos exercícios.

Há cinco etapas envolvidas na execução de uma análise. A primeira delas

é a transposição dos dados das demonstrações para o modelo de análise

utilizado pela entidade que a está fazendo. Em seguida, aplicam-se técnicas

de análise que fornecerão indicadores do andamento dos negócios da

empresa analisada, avaliam-se as informações para gerar um diagnóstico

da situação da empresa e decide-se que atitudes tomar.

As informações obtidas em uma análise de demonstrativos são divulgadas

em um relatório de análise, cujo formato é previamente definido.

R E S U M O

INFORMAÇÃO SOBRE A PRÓXIMA AULA

Na Aula 3, enfocaremos a técnica de análise denominada Análise

Vertical.

Page 48: Análise das Demonstrações Contábeis

Análise Vertical

Esperamos que, após o estudo do conteúdo desta aula, você seja capaz de:

aplicar a técnica de Análise Vertical ao Balanço Patrimonial;

aplicar a técnica de Análise Vertical à Demonstração do Resultado do Exercício;

identificar os objetivos da Análise Vertical;

analisar os resultados obtidos pela Análise Vertical para inferir sobre a situação da empresa analisada.

3objetivos

AU

LA

Metas da aula

Apresentar a técnica de Análise Vertical, uma das técnicas de Análise de Balanços, explicando sua importância como

instrumento de análise dos demonstrativos.

1

2

3

4

Pré-requisitos

Para acompanhar esta aula com mais facilidade, é necessário ter claros os principais relatórios contábeis (BP e DRE), já estudados nas aulas de

Contabilidade Geral I (Aulas 4 e 7), como também ter acompanhado a revisão daquele conteúdo realizada na Aula 1 desta disciplina.

Você deve, também, se reportar à aula passada, em que foram estudados os conceitos, objetivos e procedimentos de preparação das demonstrações

contábeis para aplicação das técnicas de análise.Mais uma vez, uma calculadora o ajudará bastante!

Page 49: Análise das Demonstrações Contábeis

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Análise das Demonstrações Contábeis | Análise Vertical

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AU

LA 3

As técnicas de Análise que você vai aprender nesta disciplina se remetem

a relativizações de valores expressos nas demonstrações contábeis. Essas

relativizações podem ser percentuais ou razões (quocientes) entre valores de

determinados grupos dos demonstrativos; por exemplo, do BP.

Existem diversas técnicas de análise. As principais você vai aprender nesta

disciplina ANÁLISE VERTICAL, Análise Horizontal e Análise por Índices. Nesta aula,

abordaremos a Análise Vertical.

Na Análise Vertical, você calculará a participação percentual de cada item

(elemento ou rubrica) em relação a determinado valor (base). Esse valor pode ser,

por exemplo, o Ativo Total ou o Passivo Total (no caso do Balanço Patrimonial)

ou a Receita Operacional Líquida (no caso da DRE).

Para você ter uma idéia, veja, a seguir, a composição percentual do Ativo de

uma empresa, segmentada pelos seus principais grupos de contas:

Composição do ativo

De acordo com os percentuais calculados, chegamos à informação de que, nesta

empresa, o Ativo Circulante apresenta a maior participação. Essa informação é

importante, por exemplo, para um fornecedor que precisa saber se a empresa

em questão é capaz de pagar suas obrigações a curto prazo, se comparado

com o Passivo Circulante.

São diversas as aplicações da técnica e as informações que se pode obter por

seu uso. Você verá algumas delas em seguida.

A ANÁLISE VERTICAL

A Análise Vertical, como você já sabe, é uma técnica de análise

de demonstrações contábeis. Ao aplicar a técnica de Análise Vertical, o

analista está transformando os valores monetários das demonstrações

financeiras em medidas relativas, chamadas COEFICIENTES OU PERCENTUAIS.

INTRODUÇÃO

AN Á L I S E VE R T I C A L

Também é denominada Análise de Estrutura ou Análise de Composição.

20%

10%

70%

Ativo Circulante

Ativo Realizável Longo Prazo

Ativo Permanente

CO E F I C I E N T E S O U P E RC E N T U A I S

Medidas que indicam a proporção de cada componente em relação à base.

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Análise das Demonstrações Contábeis | Análise Vertical

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AU

LA 3

O uso da Análise Vertical tem como principal objetivo medir o

percentual (%) de cada componente em relação à base.

A base é representada pela percentagem de 100%. O que determina

o valor correspondente a estes 100% é a demonstração contábil que se

está analisando. Assim, no BP, a base (100%) é representada pelo Ativo

Total ou pelo Passivo Total (o que, de fato, representa o mesmo valor);

na DRE, a base é estabelecida pela Receita Operacional Líquida.

Por medir proporções entre os valores e a base, a Análise Vertical

tem como finalidade observar as contas (ou grupos) de maior valor e

de maior importância na análise da empresa. Além disso, possibilita

comparar as mudanças que existem entre essas proporções, permitindo a

visualização rápida das contas (ou grupos) que mais sofreram alterações

entre dois ou mais períodos analisados.

COMO REALIZAR A ANÁLISE VERTICAL?

A Análise Vertical é calculada da seguinte forma:

No Balanço Patrimonial

A base é representada pelo Ativo Total ou Passivo Total (100%).

Isso acontece porque, numa análise de Balanço, é importante saber o

quanto a empresa possui de recursos aplicados no Ativo Circulante,

Realizável a Longo Prazo e Permanente em relação ao total das

aplicações; o mesmo vale para o Passivo (Circulante, Exigível a Longo

Prazo e Patrimônio Líquido), em relação ao total das origens.

Para calcular o percentual de um grupo do BP, é necessário dividi-

lo pelo Ativo ou Passivo Total.

Conta (ou grupo) a analisar X 100Base

(Ativo Total ou Passivo Total)

Valores Monetários

(em R$)

são transformados emCoeficientes

(em %)

%

x 100

Você sabia que se multiplicarmos

o numerador de uma fórmula por

100 o resultado da fração já é dado em percentual? É por isso que,

na expressão representada para

Análise Vertical do BP, multiplicamos o

numerador por 100!

Figura 3.1: Pela Análise Vertical, valores monetários são convertidos em coeficientes ou percentuais.

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Análise das Demonstrações Contábeis | Análise Vertical

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AU

LA 3

Como arredondar números?

Você deve efetuar o arredondamento de acordo com o critério universal. Este critério diz que:

1 – deve-se determinar quantas casas decimais o número terá (incluindo os com zero casas decimais, ou seja, números inteiros);

2 – observar o número que vem em seguida à casa decimal que você determinou (aquele a partir do qual começará a eliminação):

– se este número for 0, 1, 2, 3 ou 4, é só eliminá-lo;

– se este número for de 5 a 9, também é procedida a eliminação, mas deve-se somar uma unidade à última casa da parte mantida.

Veja exemplos para ficar mais claro:

Para facilitar a interpretação da Análise Vertical, sempre que

possível, deve-se efetuar ARREDONDAMENTOS nos percentuais apurados

para zero casas decimais.

Veja como é feita a Análise Vertical do demonstrativo contábil

a seguir:

Empresa Goiás Ltda. Balanço Patrimonial encerrado em 31/12/X5

ARREDONDAMENTOSSão efetuados quando há casas decimais a serem excluídas em um número.

Número Zero casas decimais Uma casa decimal Duas casas decimais

14,389 14,389 14 14,389 14,4 14,389 14,39

15,558 15,558 16 15,558 15,6 15,558 15,56

??

ATIVOVALOR AV

PASSIVOVALOR AV

R$ % R$ %

AC 64.000 40 PC 48.000 30

ARLP 9.600 6 PELP 16.000 10

AP 86.400 54 PL 96.000 60

AT 160.000 100 PT 160.000 100

Legenda

AC – Ativo Circulante.ARLP – Ativo Realizável a Longo Prazo.AP – Ativo Permanente.AT – Ativo Total.PC – Passivo Circulante.PELP – Passivo Exigível a Longo Prazo.PL – Patrimônio Líquido.PT – Passivo Total.

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Análise das Demonstrações Contábeis | Análise Vertical

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AU

LA 3

Vale lembrar que, conforme você aprendeu na aula passada, as

demonstrações contábeis precisam ser ajustadas para aplicar as técnicas

de análise. Na tabela anterior, os agrupamentos de contas já haviam sido

feitos e precisamos simplesmente calcular seus percentuais em relação ao

Ativo Total e ao Passivo Total. Como chegamos aos percentuais anotados

na coluna AV (Análise Vertical)? Acompanhe a seguir:

Após a primeira parte desta aula, que você acabou de estudar,

é importante realizar a atividade a seguir. Não deixe de fazê-la, pois é

importante para avançar neste conteúdo!

ME M Ó R I A D E C Á L C U L O

É o lugar de registro dos cálculos

dos percentuais efetuados em uma

análise.

No exemplo anterior, todas as divisões resultaram em valores inteiros.

Quando isso não acontecer, o analista deve adotar como critério, sempre que possível, o arredondamento

dos percentuais calculados para zero casas decimais. Afinal, o que representa, por exemplo, 0,3% de 100%?Mas cuidado! Quando se arredondam os percentuais,

você deve estar atento para que o somatório dos percentuais dos componentes do Ativo ou

Passivo totalize 100%.

!!

AT é a BASE (100%) PT é a BASE (100%)

AC

64.000 x 100 = 40%160.000

AC

48.000 x 100 = 30%160.000

ARLP

9.600 x 100 = 6%160.000

PELP

16.000 x 100 = 10%160.000

AP

86.400 x 100 = 54%160.000

PL

96.000 x 100 = 60%160.000

MEMÓRIA DE CÁLCULO

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Análise das Demonstrações Contábeis | Análise Vertical

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AU

LA 3

Calculando percentuais de Análise Vertical no BP

A Empresa Sergipe S. A. contratou você, analista de demonstrações contábeis, para proceder a uma análise vertical em seu Balanço Patrimonial, a fim de obter informações sobre a proporção de seus componentes em relação ao total de aplicações e origens. Para isso, forneceu-lhe o seguinte demonstrativo, em que os ajustes (agrupamentos de contas) já haviam sido feitos:

Empresa Sergipe S. A.Balanço Patrimonial encerrado em 31/12/X1

De posse do BP já ajustado da Empresa Sergipe S. A., você iniciou sua análise.

Tarefa: Preencha a coluna AV da tabela anterior com os percentuais que obtiver a partir de seus cálculos. Se achar conveniente, anote a memória de cálculo no espaço a seguir.

Atividade 11

ATIVOVALOR AV

PASSIVOVALOR AV

R$ MIL % R$ MIL %

Circulante 2.000 Circulante 1.500

Realizável a Longo Prazo 450

Exigível a Longo Prazo 300

Permanente - Investimentos 750

Patrimônio Líquido 3.200

Permanente - Imobilizado 1.600

Permanente - Diferido 200

TOTAL 5.000 TOTAL 5.000

Balanço Patrimonial

AT é a BASE (100%) PT é a BASE (100%)

AC: PC:

ARLP: PELP:

Permanente - Investimentos: PL:

Permanente - Imobilizado:

Permanente - Diferido:

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Análise das Demonstrações Contábeis | Análise Vertical

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AU

LA 3

Resposta ComentadaVocê viu, na teoria, que a Análise Vertical é o processo que mede a participação de cada

grupo em relação ao todo de que faz parte. No BP, os 100% são o Ativo Total (base). Deste

modo, para saber a participação de cada grupo em relação à base (Ativo Total), basta

aplicar uma regra de três simples.

Por exemplo, se quisermos saber qual a participação do AC em relação ao Ativo Total,

temos:

2.000 ------- X X = 2.000 x 100 , donde X = 40%

5.000 ------- 100% 5.000

Assim, nosso BP analisado fica:

Empresa Sergipe S. A.

Balanço Patrimonial encerrado em 31/12/X1

Os valores obtidos na Análise Vertical estão registrados na memória de cálculo a seguir:

Memória de cálculo

ATIVOVALOR AV

PASSIVOVALOR AV

R$ MIL % R$ MIL %

Circulante 2.000 40 Circulante 1.500 30

Realizável a Longo Prazo 450 9

Exigível a Longo Prazo 300 6

Permanente - Investimentos 750 15

Patrimônio Líquido 3.200 64

Permanente - Imobilizado 1.600 32

Permanente - Diferido 200 4

TOTAL 5.000 100 TOTAL 5.000 100

Balanço Patrimonial

AT é a BASE (100%) PT é a BASE (100%)

AC:

2.000 x 100 = 40% 5.000

PC:

1.500 x 100 = 30% 5.000

ARLP:

450 x 100 = 9% 5.000

PELP:

300 x 100 = 6% 5.000

PERMANENTE - Investimentos

750 x 100 = 15% 5.000

PL

3.200 x 100 = 64% 5.000

PERMANENTE - Imobilizado

1.600 x 100 = 32% 5.000

PERMANENTE - Diferido

200 x 100 = 4% 5.000

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Análise das Demonstrações Contábeis | Análise Vertical

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LA 3

Na Demonstração do Resultado do Exercício (DRE)

Na Demonstração do Resultado do Exercício, a base é repre-

sentada pela Receita Operacional Líquida (100%). Isso acontece porque

é importante para a análise da empresa relacionar suas despesas e lucros

com o quanto obtém de receita por suas atividades (ou o quanto de suas

receitas/despesas não-operacionais representam em relação ao que recebe

pelas suas atividades).

Para efetuar a Análise Vertical na DRE, portanto, é preciso dividir

a conta (ou grupo) a analisar (multiplicado por 100 para que o resultado

já seja obtido em percentual) pela base:

Conta (ou grupo) a analisar x 100

Base

(Receita Operacional Líquida)

Para esclarecer qualquer possível dúvida, veja um exemplo de

como proceder uma análise vertical na DRE:

Empresa Comercial Sabor de Mel Ltda.Demonstração do Resultado do Exercício relativa ao exercício de:

DISCRIMINAÇÃO

X5

VALOR AV

R$ %

Receita Operacional Líquida (ROL) 180.000 100

(-) Custo das Mercadorias Vendidas (CMV) 81.000 45

(=) Lucro Bruto (LB) 99.000 55

(-) Despesas Operacionais (DO):

• Despesas Comerciais (DC) 21.600 12

• Despesas Administrativas (DA) 25.200 14

• Despesas Financeiras (DF) 7.200 4

(=) Lucro Operacional (LO) 45.000 25

(+) Receitas Não-Operacionais (RNO) 3.600 2

(-) Despesas Não-Operacionais (DNO) 9.000 5

(=) Lucro Antes do IR (LAIR) 39.600 22

(-) Provisão para o Imposto de Renda (PIR) 12.600 7

(=) Lucro Líquido (LL) 27.000 15

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AU

LA 3

Segundo a fórmula que você viu anteriormente, foi possível chegar

aos percentuais anotados na coluna AV (à direita). Os cálculos foram

executados da seguinte maneira:

Ficou claro como proceder à Análise Vertical da DRE? Que tal

fazer uma atividade para não deixar qualquer dúvida?

ROL é a BASE (100%) LO:

4.500 x 100 = 25% 180.000

CMV:

81.000 x 100 = 45% 180.000

RNO:

3.600 x 100 = 2% 180.000

LB:

99.000 x 100 = 55% 180.000

DNO:

9.000 x 100 = 5% 180.000

DC:

21.600 x 100 = 12% 180.000

LAIR:

39.600 x 100 = 22% 180.000

DA:

25.200 x 100 = 14% 180.000

IR:

12.600 x 100 = 7% 180.000

DF:

7.200 x 100 = 4% 180.000

LL:

27.000 x 100 = 15% 18.000

A Empresa Sergipe S. A. havia contratado você, analista de demonstrações contábeis, para realizar a análise vertical de seu BP. Satisfeita com o produto obtido, solicitou que você realizasse a análise de sua Demonstração do Resultado do Exercício. Para isso, forneceu os dados a seguir, já ajustados:

Empresa Sergipe S. A.

Demonstração do Resultado do Exercício relativa ao exercício de:

Atividade 2

2

DRE

DISCRIMINAÇÃO

X1

VALOR AV

R$ MIL %

VENDAS BRUTAS 5.000

(-) Deduções das Vendas Brutas:

• Devolução de Vendas 10

• Descontos Incondicionais 50

• Impostos Faturados 310

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AU

LA 3

Preencha a coluna AV com os percentuais corretos, calculados de acordo com a base. Para facilitar, arredonde os valores para zero casas decimais. Se julgar necessário, registre as operações que realizar na memória de cálculo a seguir:Memória de cálculo:

(=) VENDAS LÍQUIDAS 4.630

(-) Custo das Mercadorias Vendidas 1.400

(=) Lucro Bruto 3.230

(-) Despesas Operacionais

• Despesas de Vendas 400

• Despesas Administrativas 200

• Despesas Financeiras 100

(=) Lucro Operacional 2.530

VENDAS BRUTAS e LÍQUIDAS

A expressão “Vendas Brutas” é equivalente à Receita Bruta ou Receita Operacional Bruta, ao passo que “Vendas Líquidas” é muito utilizada nas empresas comerciais e é semelhante à Receita Líquida ou Receita Operacional Líquida, ou seja, servirá como base de cálculo para a Análise Vertical.

Vendas Líquidas (ou ROL): Despesas de Vendas:

Vendas Brutas (ou ROB): Despesas Administrativas:

Devoluções de Vendas: Despesas Financeiras:

Descontos Incondicionais: Lucro Operacional:

Impostos Faturados:

CMV:

Lucro Bruto:

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Análise das Demonstrações Contábeis | Análise Vertical

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AU

LA 3

Resposta ComentadaRepare que a função da Análise Vertical é transformar unidades monetárias em medida

relativa chamada percentual.

A base para o cálculo dos percentuais na Demonstração do Resultado do Exercício é a ROL.

Nesta atividade, está representada pelas Vendas Líquidas.

Empresa Sergipe S. A.

Demonstração do Resultado do Exercício relativa ao exercício de:

Como sugerimos que houvesse apenas números inteiros (sem casas decimais), o item Devolução

de Vendas não tem uma porcentagem anotada na coluna AV. Isso aconteceu porque, em relação

à Receita Operacional Líquida (Vendas Líquidas), o valor daquele item não alcança 1%.

Para calcular os percentuais de Vendas Líquidas, Lucro Bruto, Lucro Operacional, não há

necessidade de utilizar regra de três simples, basta fazer a diminuição dos percentuais dos

valores já calculados anteriormente. Veja como ficou a memória de cálculo:

DRE

DISCRIMINAÇÃO

X1

VALOR AV

R$ MIL %

Vendas Brutas 5.000 108

(-) Deduções das Vendas Brutas:

• Devolução de Vendas 10 –

• Descontos Incondicionais 50 1

• Impostos Faturados 310 7

(=) Vendas Líquidas 4.630 100

(-) Custo das Mercadorias Vendidas 1.400 30

(=) Lucro Bruto 3.230 70

(-) Despesas Operacionais

• Despesas de Vendas 400 9

• Despesas Administrativas 200 4

• Despesas Financeiras 100 2

(=) Lucro Operacional 2.530 55

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LA 3

Memória de Cálculo

Vendas Líquidas (ou ROL) É a BASE (100%)

Despesas de Vendas:

400 x 100 = 9% 4.630

Vendas Brutas:

5.000 x 100 = 108% 4.630

Despesas Administrativas:

200 x 100 = 4% 4.630

Devoluções de Vendas:

10 x 100 = -% 4.630

Despesas Financeiras:

100 x 100 = 2% 4.630

Descontos Incondicionais:

50 x 100 = 1% 4.630

Lucro Operacional: LO = LB - DO

55% = 70% - (9% + 4% + 2%)

Impostos Faturados:

310 x 100 = 7% 4.630

CMV:

310 x 100 = 30% 4.630

Lucro Bruto: LB = VL - CPV

70% = 100% - 30%

MAIS APLICAÇÕES DA ANÁLISE VERTICAL

A Análise Vertical oferece parâmetros relativizados. Esses parâmetros

são importantes não apenas na avaliação de um determinado grupo em

relação ao Ativo Total, por exemplo. São importantes também para calcular

percentuais de contas em relação ao subgrupo do BP a que pertencem.

Assim, pode ser importante para uma empresa saber o quanto do

seu Ativo Circulante é representado por disponibilidades, ou o quanto

de seus Estoques é matéria-prima, por exemplo.

Para efetuar análises mais particulares como estas que mencionamos

no parágrafo anterior, só é preciso determinar que grupo será sua base de

cálculo. Portanto, se quisermos calcular o percentual de disponibilidades

em relação ao Ativo Circulante, é só estabelecermos este como base:

Legenda

ROL – Receita Operacional Líquida.CMV – Custo das Mercadorias Vendidas.VL – Vendas Líquidas.LB – Lucro Bruto.DO – Despesas Operacionais.

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AU

LA 3

DISCRIMINAÇÃO

X1

VALOR AV

R$ %

Disponível 20.000 10

Duplicatas a Receber 80.000 40

Mercadorias 100.000 50

Total do Ativo Circulante 200.000 100

O mesmo pode ser feito para qualquer subgrupo do BP e da

DRE. Por exemplo, Estoques em relação ao Ativo Circulante, Matérias-

primas em relação a Estoques ou Despesas Administrativas em relação

às Despesas Operacionais. A regra é definir quem será a base, ou seja,

em relação a que grupo (ou conta) você deseja obter informações mais

precisas.

AC É a BASE (100%)

Disponível:

20.000 x 100 = 10% 200.000

Duplicatas a Receber:

80.000 x 100 = 40% 200.000

Mercadorias:

100.000 x 100 = 50% 200.000

MEMÓRIA DE CÁLCULO

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AU

LA 3

Quem é maior, uma joaninha ou um gafanhoto?A joaninha certamente percebe que o gafanhoto é maior do que ela;

entretanto, utilizando um animal de grande porte como referencial (elefante, por exemplo), será que essa pequena diferença é relevante?

Usando o mesmo raciocínio, uma conta pode ter seu valor aumentado de um exercício para o outro, mas isso representa algo significativo em relação ao

referencial estabelecido (a base)?É muito importante destacar que a Análise Vertical mede tão-somente proporções. Quando falamos deste tipo de análise, descartamos valores

monetários. Assim, não tem sentido falar em aumento ou diminuição destes, uma vez que ela não mede isso, conforme você pode ver no exemplo a seguir:

Ao analisar a participação da conta Duplicatas a Receber e da conta Estoques em relação ao total nos anos X1 e X2, observamos que as

Duplicatas a Receber representavam 50% em X1 e 25% em X2; não houve, porém, uma diminuição no valor de Duplicatas a

Receber, que passou de R$ 500.000 para R$ 1.000.000.Outra vantagem de ter números que refletem

proporções e não valores absolutos é poder comparar empresas de portes diferentes. O volume monetário é muito diferente,

mas as proporções provavelmente não o serão!

!!DISCRIMINAÇÃO

X1 X2

VALOR AV VALOR AV

R$ % R$ %

Duplicatas a Receber 500.000 50 1.000.000 25

Estoques 500.000 50 3.000.000 75

Total 1.000.000 100 4.000.000 100

Por que usar uma técnica de relativização?

Eric

Do

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1302

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419

Hag

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0669

8

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Análise das Demonstrações Contábeis | Análise Vertical

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AU

LA 3

O QUE MOSTRA A ANÁLISE VERTICAL?

Agora que você já tem uma visão geral da técnica da Análise

Vertical, veja as informações que pode obter dos resultados desta técnica

aplicada ao Balanço Patrimonial e à Demonstração do Resultado do

Exercício.

Análise vertical no balanço patrimonial

Seu objetivo geral é:

Mostrar a participação de cada conta (ou grupo) em relação ao

total do Ativo ou Passivo. Esses dados podem ser comparados com seus

equivalentes em outros exercícios (ou em outras empresas do mesmo

ramo) para identificar se existem contas (ou grupos) fora das proporções

normais.

Mais especificamente, a Análise Vertical mostra de forma

detalhada a estrutura do Ativo e do Passivo e as modificações ocorridas

ao longo dos exercícios analisados.

Em relação à composição do Passivo, podemos verificar:

– a participação dos capitais de terceiros no total das origens de

recursos? E dos capitais próprios?;

– o percentual de capitais de terceiros a curto e a longo prazo;

– o perfil das dívidas (de FINANCIAMENTO ou de FUNCIONAMENTO) da

empresa.

Em relação à estrutura do Ativo, pode-se verificar:

– quantos por cento dos recursos à disposição da empresa

encontram-se aplicados no Ativo Circulante, no Ativo Realizável a

Longo Prazo e no ATIVO PERMANENTE;

– qual a participação das principais contas dentro dos seus

respectivos grupos?;

– qual a participação dos subgrupos Investimentos, Imobilizado

e Diferido no total do Ativo Permanente? etc.

Depois de calcular esses percentuais, você deve comparar os

valores extraídos na Análise Vertical com os das empresas concorrentes,

a fim de se certificar se os recursos investidos são típicos ou não para o

ramo de atividade da empresa. Por exemplo: normalmente, os recursos

aplicados no Ativo Circulante em uma empresa comercial são superiores

aos do Ativo Permanente.

AT I V O PE R M A N E N T E

Em Análise das Demonstrações

Contábeis, o Ativo Permanente também

pode ser chamado Investimentos Fixos.

DÍVIDAS DE FINANCIAMENTO E

DE FUNCIONAMENTO

Dívidas de financiamento:

oriundas de instituições financeiras. Dívidas de

funcionamento: oriundas de

fornecedores, salários, impostos,

aluguéis etc.

Page 63: Análise das Demonstrações Contábeis

70 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Análise Vertical

C E D E R J 71

AU

LA 3

Análise vertical na demonstração do resultado do exercício

Seu objetivo geral é:

Mostrar a participação de cada conta (ou grupo) em relação à

Receita Operacional Líquida (ROL) e, ao comparar esses percentuais

com padrões do ramo ou da própria empresa em exercícios anteriores,

identificar se existem contas (ou grupos) fora das proporções normais.

Em termos específicos, a Análise Vertical possibilita avaliar

a participação de cada elemento na formação do lucro ou prejuízo

do período. Dessa forma, é possível mostrar de forma detalhada o

desempenho da empresa.

Você viu no cálculo da Análise Vertical na DRE que a ROL é a base

(é igualada a 100% e todos os demais itens têm seu percentual calculado

em relação a ela). Assim, foi possível verificar a representatividade de cada

conta (ou grupo) em relação à Receita Operacional Líquida. Exemplos

disso são as respostas para:

– qual o percentual do CUSTO DAS VENDAS? E das Despesas

Operacionais? E das Despesas Administrativas?

– qual a representatividade do Lucro Bruto? Do Lucro

Operacional? Do Lucro Líquido?

Após calcular esses percentuais, você deve compará-los com os de

outras empresas de atividade semelhante, do mesmo porte e, se possível,

da mesma região geográfica.

Finalmente, a Análise Vertical permite ao analista detectar variações

expressivas ocorridas nos exercícios analisados, sejam elas favoráveis ou

não e, a partir disso, procurar as causas dessas variações.

CU S T O D A S VE N D A S

Na empresa industrial, é representado pela conta CPV; na comercial, pela conta CMV; e na empresa prestadora de serviços, pela conta Custo dos Serviços Prestados (CSP).

Objetivos da Análise Vertical nos diferentes demonstrativos

A seguir você encontrará uma série de sentenças que se referem à Análise Vertical. Identifique quais se referem ao BP e quais estão relacionadas à DRE, escrevendo a sigla da demonstração na lacuna disponível.1. ( ) Fornecer dados sobre a origem de capitais próprios e de terceiros.2. ( ) Possibilitar a avaliação do resultado da empresa ao longo de vários exercícios.3. ( ) Calcular a representatividade dos Lucros.

4. ( ) Mostrar a participação de cada grupo do Ativo no total das aplicações.

Atividade 33

Page 64: Análise das Demonstrações Contábeis

70 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Análise Vertical

C E D E R J 71

AU

LA 3

5. ( ) Calcular a participação de cada elemento da demonstração contábil no resultado da empresa.6. ( ) Comparar os dados com os das demais empresas.

Resposta Comentada“Fornecer dados sobre a origem de capitais próprios e de terceiros” e “Mostrar a participação

de cada grupo do Ativo no total das aplicações” são ações da Análise Vertical diretamente

relacionadas ao Balanço Patrimonial. Repare que as expressões “capitais próprios e de

terceiros” e “total das aplicações” são os elementos denunciadores nas sentenças.

As ações da Análise Vertical voltadas para a DRE, portanto, são “possibilitar a avaliação do

resultado da empresa ao longo de vários exercícios”, “calcular a representatividade dos Lucros” e

“calcular a participação de cada elemento da demonstração contábil no resultado da empresa”.

As expressões que se referem à DRE nestas sentenças são “resultado” e “Lucros”.

Sentiu falta do item 6 nesta resposta? Provavelmente! Ele não se enquadra particularmente

em nenhuma das duas demonstrações. Comparar os dados obtidos pela Análise Vertical com

aqueles obtidos pela mesma técnica em outra companhia é uma ação que se pode realizar

tanto com os percentuais calculados no BP quanto na DRE!

Se você possui uma calculadora HP-12C, pode utilizá-la para o cálculo da Análise Vertical, o que é feito da seguinte maneira:

!!ETAPA 1

o que é feito dados teclas

Determinar casas decimais

F0 (zero casas decimais)

F1 (uma casa decimal) etc.

Arquivar a base Valor (R$) da base Enter

ETAPA 2Cálculo Valor (R$) da conta % T

Recuperação da base CLx

Como fazer a Análise Vertical com uma calculadora?

Page 65: Análise das Demonstrações Contábeis

72 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Análise Vertical

C E D E R J 73

AU

LA 3

Para efetuar todos os cálculos, você deve utilizar a Etapa 2.

Quando for necessário trocar a base, volte à Etapa 1.

Você também pode fazer todos esses cálculos com uma calculadora comum.

Exemplo:Qual a participação de cada conta no Ativo Imobilizado?

Etapa 1: Para determinar o número de casas decimais:

No exemplo citado, você vai eliminar as casas decimais; para isto, tecle F0.

Para arquivar a base:No exemplo citado, a base é o total do Ativo Imobilizado: R$ 400.000. Digite a base

(R$ 400.000) e aperte a tecla enter.

Etapa 2:Para calcular os percentuais (%) das contas, você deve digitar o valor de

cada conta e apertar a tecla %T.Por exemplo, para calcular o percentual da conta Máquinas e

Equipamentos, você deve digitar o valor (R$ 200.000) e apertar a tecla %T.

Para calcular a conta seguinte, no caso Veículos, você precisa recuperar a base, o que é feito da seguinte maneira: aperte a tecla CLx e a seguir digite o valor da conta

cujo percentual você quer calcular, ou seja, digite o valor (R$ 160.000) e aperte a

tecla %T.

!!CONTAS

31/12/X1

VALOR AV

R$ %

Máquinas e Equipamentos 200.000 50

Veículos 160.000 40

Ferramentas 40.000 10

Total do Ativo Imobilizado 400.000 100

INTERPRETANDO UMA ANÁLISE VERTICAL

As informações obtidas pela Análise Vertical são de grande importância

por fornecerem o caminho que a empresa deve percorrer, as diretrizes para

a tomada de decisões na entidade. Mas como interpretar os dados obtidos?

Isso é o que você verá a seguir, tanto para o BP quanto para a DRE!

Page 66: Análise das Demonstrações Contábeis

72 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Análise Vertical

C E D E R J 73

AU

LA 3

Balanço Patrimonial

Figura 3.2: No filme O Mágico de Oz, um clássico infantil, a personagem principal, Dorothy, precisava chegar ao castelo do Mágico de Oz, pois só assim ela conseguiria alcançar seu objetivo: voltar para casa. Para chegar ao Mágico, Dorothy devia seguir pela estrada de tijolos amarelos.As empresas têm como objetivo alcançar o melhor desempenho possível. A Análise Vertical das demonstrações contábeis fornece um caminho a ser seguido para isso, a estrada de tijolos amarelos que se deve percorrer.

Para o Balanço Patrimonial

Para efeito de análise dos dados obtidos com a aplicação da técnica

de Análise Vertical no Balanço Patrimonial, você deverá desenhar um

HISTOGRAMA para cada exercício, com os percentuais obtidos quando da

aplicação da Análise Vertical. Veja um exemplo:

Imagine que a Empresa Via Digital S.A. apresente os seguintes

percentuais dos seus subgrupos em relação ao total das origens e das

aplicações:

Empresa Via Digital S.A.Balanço Patrimonial ajustado encerrado em:

HI S T O G R A M A

Gráfico constituído por retângulos

de mesma base, colocados lado a lado e cuja altura

é proporcional à quantidade a

representar.

APLICAÇÕES

31/12/X1 31/12/X2

VALOR AV VALOR AV

R$ % R$ %

ATIVO CIRCULANTEDisponível (1) 7.390 6 2.024 1

Direitos Realizáveis a Curto Prazo (2) 47.218 38 41.015 29

Soma (3) = (1+2) 54.608 44 43.039 30

Estoques (4) 33.923 28 33.411 24

Total do Ativo Circulante (5) = (3 + 4) 88.531 72 76.450 54

ATIVO REALIZÁVEL A LONGO PRAZO (6) - - - -

ATIVO PERMANENTE (7) = (8 + 9 + 10) 34.577 28 65.124 46

. Investimentos (8) 3.263 3 4.106 3

. Imobilizado (9) 31.314 25 59.036 42

. Diferido (10) - - 1.982 1

ATIVO TOTAL (11) = (5 + 6 + 7) 123.108 100 141.574 100

Page 67: Análise das Demonstrações Contábeis

74 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Análise Vertical

C E D E R J 75

AU

LA 3

Balanço Patrimonial

ORIGENS

31/12/X1 31/12/X2

VALOR AV VALOR AV

R$ % R$ %

PASSIVO CIRCULANTE (1) 60.554 49 48.943 35

PASSIVO EXIGÍVEL A LONGO PRAZO (2) 14.196 12 51.291 36

PASSIVO EXIGÍVEL (3) = (1+2) 74.750 61 100.234 71

PATRIMÔNIO LÍQUIDO (4) 48.358 39 41.340 29

PASSIVO TOTAL (5) = (3+4) 123.108 100 141.574 100

Para representar estes percentuais em um histograma, precisamos

estabelecer a altura do retângulo que representará os 100% e dividir essa

figura geométrica em partes que representem proporcionalmente cada

grupo das origens e das aplicações:

O histograma é desenhado para facilitar os comentários acerca

da Análise Vertical no BP. A partir da Análise Vertical dos Balanços

Patrimoniais ajustados, nota-se pelo lado das aplicações diminuição do

Ativo Circulante de 72% para 54%, de X1 para X2. Em contrapartida,

o Ativo Permanente cresceu sua participação de 28% para 46%.

Do lado das origens, observa-se que os recursos de terceiros

aumentaram sua participação, passando de 61% para 71% do total

do Passivo.

Você pode verificar uma mudança de mix entre a participação dos

capitais de terceiros de curto prazo e de longo prazo. Enquanto o primeiro

decresceu de 49% para 35%, o segundo aumentou substancialmente

sua participação, de 12% para 36%, em função do financiamento do

Ativo Permanente.

O Patrimônio Líquido, que fornecia 39% dos recursos em X1,

decresceu para 29% em X2.

Figura 3.3: O histograma do BP da Empresa Via Digital S.A. encerrado em 31/12 de X1 e X2, respectivamente.

31/12/X1

AC72%

AP28%

PC49%

PL39%

PELP 12%

31/12/X2

AC54%

AP46%

PC35%

PL29%

PELP36%

Page 68: Análise das Demonstrações Contábeis

74 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Análise Vertical

C E D E R J 75

AU

LA 3

Para a Demonstração do Resultado do Exercício

A partir da Análise Vertical, é possível verificar qual a porcentagem

do lucro em relação à Receita Operacional Líquida (ROL), como andam

suas despesas de um exercício para o outro (se aumentaram ou não

sua participação), dentre muitas outras informações. Para esclarecer a

importância da Análise Vertical no processo de análise da DRE, veja o

exemplo a seguir, mais uma vez com a Empresa Via Digital S.A.:

Empresa Via Digital S.A. Demonstração do Resultado do Exercício ajustada relativa

ao exercício de:

A partir da Análise Vertical dos Demonstrativos dos Resultados

dos Exercícios saneados apresentados, você pode perceber que houve um

crescimento da margem bruta (lucro bruto) de 24% em X1 para 38%

em X2. No entanto, o aumento significativo das Despesas Operacionais,

que passaram de 17% em X1 para 36% em X2, fez com que a margem

operacional (Lucro Operacional) caísse de 7% para 2% em X2. As

Despesas Financeiras, que passaram de 8% para 28%, foram responsáveis

pela elevação da participação das Despesas Operacionais.

DRE

DISCRIMINAÇÃO

X1 X2

VALOR AV VALOR AV

R$ % R$ %

Receita Operacional Bruta (1) 237.401 113 294.377 114

(-) Deduções de Vendas (2) 26.889 13 35.031 14

(=) Receita Operacional Líquida (3) = (1 – 2) 210.512 100 259.346 100

(-) Custo dos Produtos Vendidos (4) 160.385 76 161.313 62

(=) Lucro Bruto (5) = (3 – 4) 50.127 24 98.033 38

(-) Despesas Operacionais (6) = (7+8+9+10) 35.382 17 92.327 36

. Vendas (7) 10.218 5 12.189 5

. Administrativas (8) 9.296 4 8.299 3

. Financeiras Líquidas (9) 15.868 8 71.839 28

. Outras Despesas/Receitas (10) - - - -

(=) Lucro Operacional (11) = (5 – 6) 14.745 7 5.706 2

(+) Resultados Não-Operacionais (12) 156 - 76 -

(=) Lucro antes do IR (13) = (11 + 12) 14.901 7 5.782 2

(-) Provisão para o IR (14) 4.797 2 1.100 -

(=) Lucro Líquido (15) = (13 – 14) 10.104 5 4.682 2

Page 69: Análise das Demonstrações Contábeis

76 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Análise Vertical

C E D E R J 77

AU

LA 3

Interpretando os resultados da Análise Vertical

Uma empresa solicitou seus serviços de analista de demonstrações contábeis

para fornecer um parecer sobre o desempenho da entidade baseado na

Análise Vertical de suas demonstrações contábeis. A seguir estão os dados

que você recebeu:

Empresa São Paulo S.A.Balanço PatrimoniaL encerrado em:

Atividade Final

A empresa piorou seu desempenho em relação a X1, pois sua

margem líquida (Lucro Líquido) diminuiu, passando de 5% para 2%.

CONCLUSÃO

Embora bastante simples, a técnica de Análise Vertical, quando

aplicada ao Balanço Patrimonial, possibilita que o analista conheça a

participação percentual de cada conta (ou grupo) em relação ao total

do Ativo ou do Passivo.

A comparação entre dois ou mais exercícios subseqüentes permite

constatar mudanças na política da empresa, quanto à obtenção e à

aplicação de recursos.

Quando aplicada à Demonstração do Resultado de Exercício,

possibilita verificar a participação relativa de cada componente em relação

à Receita Operacional Líquida e identificar a margem de contribuição

de cada elemento na formação do resultado líquido de cada exercício.

Examinando mais de um exercício, permite identificar, de um ano para

outro, as variações do Lucro Bruto, do Lucro Operacional, do Lucro

Líquido etc. no total das Receitas Operacionais Líquidas.

4

ATIVO

31/12/X1 31/12/X2

VALOR AV VALOR AV

R$ MIL % R$ MIL %

CIRCULANTE 2.800 35 4.800 40

REALIZÁVEL A LONGO PRAZO 1.200 15 1.600 13

PERMANENTE 4.000 50 5.600 47

TOTAL 8.000 100 12.000 100

Balanço Patrimonial

Page 70: Análise das Demonstrações Contábeis

76 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Análise Vertical

C E D E R J 77

AU

LA 3

Empresa São Paulo S. A.Demonstração do Resultado do Exercício relativa ao exercício de:

Analise as informações anteriores e descreva o comportamento de:

a. Passivo Circulante.

_____________________________________________________________________________

________________________________________________________________________

DRE

PASSIVO

31/12/x1 31/12/x2

VALOR AV VALOR AV

R$ MIL % R$ MIL %

CIRCULANTE 2.000 25 5.600 47

EXIGÍVEL A LONGO PRAZO 800 10 1.200 10

PATRIMÔNIO LÍQUIDO 5.200 65 5.200 43

TOTAL 8.000 100 12.000 100

DRE

DISCRIMINAÇÃO

X1 X2

VALOR AV VALOR AV

R$ MIL % R$ MIL %

(=) Receita Operacional Líquida 2.500 100 3.000 100

(-) Custo das Mercadorias Vendidas 900 36 1.500 50

(=) Lucro Bruto 1.600 64 1.500 50

(-) Despesas Operacionais 650 26 1.000 33

. De Vendas 200 8 400 13

. Administrativas 150 6 200 7

. Financeiras Líquidas 300 12 400 13

(=) Lucro Operacional 950 38 500 17

(+) Resultados Não-Operacionais (110) (4) (100) (3)

(=) Lucro antes do Imposto de Renda 840 34 400 13

(-) Provisão para o Imposto de Renda 300 12 300 10

(=) Lucro Líquido 540 22 100 3

Page 71: Análise das Demonstrações Contábeis

78 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Análise Vertical

C E D E R J 79

AU

LA 3

b. Patrimônio Líquido.

_________________________________________________________________________________

________________________________________________________________________________

c. CMV.

________________________________________________________________________________

_______________________________________________________________________________

d. Despesas Operacionais.

________________________________________________________________________________

________________________________________________________________________________

e. Lucro Líquido.

________________________________________________________________________________

_________________________________________________________________________________

Com base nos dados fornecidos e nas conclusões que você tirou ao descrever o

comportamento dos grupos mencionados nas letras de a a e, responda:

f. O volume de recursos circulantes manipulado pela empresa aumentou ou diminuiu

de X1 para X2?

______________________________________________________________________________

g. A situação da empresa melhorou ou piorou de X1 para X2?

______________________________________________________________________________

h. De acordo com as informações às quais você teve acesso, proponha uma medida

que os donos da empresa São Paulo S.A. podem adotar para melhorar o desempenho

da entidade.

________________________________________________________________________________

_______________________________________________________________________________

Page 72: Análise das Demonstrações Contábeis

78 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Análise Vertical

C E D E R J 79

AU

LA 3

Resposta Comentada

De acordo com os dados originados pela aplicação da Análise Vertical no BP da empresa São Paulo

S.A., esta entidade teve um aumento muito expressivo do Passivo Circulante (a). Este grupo, em X1,

representava 1⁄4 do Patrimônio, ao passo que em X2 representa quase metade dele. O Patrimônio

Líquido, por sua vez, apresentou o comportamento inverso: foi reduzido em 22 pontos percentuais

de X1 para X2 (b), indicando que a empresa passa por uma redução do capital próprio em relação

ao capital de terceiros.

Já a Análise Vertical da DRE revela que a empresa passa a apresentar, de X1 para X2, uma piora

significativa na sua performance. O CMV de X2 representa metade da Receita obtida com Vendas

(c). Isso está influenciando na grande diminuição no Lucro Líquido da São Paulo S. A. (e), que passa

de 22% a 3% da base. Não apenas o CMV aumentou de um exercício para o outro, mas também

o quanto, proporcionalmente, a empresa gasta com suas Despesas Operacionais. Em X1, estas

despesas eram 26% da base, ao passo que em X2 passaram a 33% (d).

A Empresa São Paulo S.A. movimentou volumes maiores de recursos circulantes em X2, quando

comparamos ao exercício anterior (f). No entanto, como você pode perceber, o desempenho da

empresa foi pior em X2 (g): o lucro da empresa foi menor (absoluta e proporcionalmente) e as

exigibilidades aumentaram, especialmente as de curto prazo (Passivo Circulante). Para reverter

esse quadro, você, analista de demonstrativos desta entidade, pode sugerir aos seus donos que

busquem incrementar as vendas, bem como reduzir o CMV. Além disso, avaliar possibilidades de

diminuir as despesas operacionais (que se elevaram de um exercício para o outro) também

é uma boa sugestão!

Page 73: Análise das Demonstrações Contábeis

80 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Análise Vertical

INFORMAÇÃO SOBRE A PRÓXIMA AULA

A Aula 4 será exclusivamente prática. Nela estarão atividades referentes

à Aula 3.

Os valores monetários das demonstrações contábeis podem ser

transformados em medidas relativas, denominadas coeficientes ou

percentuais. A técnica de Análise Vertical faz exatamente isso: transforma

números referentes a dinheiro em percentuais.

No caso da Análise Vertical aplicada ao BP, a base (valor que se estabelece

como referência – 100%) e o total das Origens ou das Aplicações. Na

DRE, a Análise proporciona percentuais das contas em relação à Receita

Operacional Líquida (adotada como base).

Esta pode ser alterada, podendo assumir o valor de um subgrupo do BP

ou da DRE.

A Análise Vertical é uma técnica muito importante porque, além de ser

bastante simples de se aplicar, oferece coeficientes através dos quais é

possível fazer uma leitura preliminar da situação econômico-financeira da

empresa nos exercícios analisados.

R E S U M O

Page 74: Análise das Demonstrações Contábeis

Práticas sobre Análise Vertical

Ao término desta aula, você deverá ser capaz de:

conceituar Análise Vertical;

aplicar a técnica de Análise Vertical nos principais demonstrativos contábeis.

4objetivos

AU

LA

Meta da aula

Oferecer várias atividades envolvendo a técnica de Análise Vertical.

1

2

Pré-requisito

Para realizar as atividades desta aula, você deve se reportar à Aula 3, em que foi estudada a técnica de Análise Vertical. Caso tenha alguma dúvida em relação à Análise Vertical e

como executá-la, esta é a hora de sanar!

Page 75: Análise das Demonstrações Contábeis

82 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Práticas sobre Análise Vertical

C E D E R J 83

AU

LA 4A Análise Vertical é uma técnica de análise de demonstrativos contábeis muito

importante, pois oferece informações sobre o desempenho de uma empresa

em coeficientes relativos, e não em valores monetários absolutos.

Você viu na aula passada como esta técnica funciona: a sua aplicação gera

parâmetros relativos (em percentuais) para a análise da situação da entidade,

quer comparando-a com seu próprio desempenho em outros exercícios, quer

fazendo isso em relação a outras empresas.

Esta é uma aula diferente! Não há teoria apresentada, apenas atividades para

que você possa aplicar e praticar os conceitos que aprendeu na aula passada,

aproximando-se mais da rotina de um analista de demonstrações contábeis.

Assim, mãos à obra!

INTRODUÇÃO

Reforçando conceitos

Marque certo ou errado para as sentenças a seguir:I. A Análise Vertical é um processo cujo objetivo é medir, em termos percentuais, cada componente em relação ao todo de que faz parte (ou a uma base). É um importante instrumento para interpretação da composição de cada item dos demonstrativos contábeis.( ) certo ( ) errado

II. Avaliar, em termos relativos, as partes que compõem o todo e compará-las, no caso de análise de dois ou mais períodos sociais, é o objetivo da Análise Vertical.( ) certo ( ) errado

III. Ao aplicar a Análise Vertical, o analista transforma os valores monetários das demonstrações financeiras em medidas relativas, chamadas percentuais.( ) certo ( ) errado

IV. Coeficientes ou percentuais são medidas que indicam a proporção de cada componente das demonstrações contábeis em relação à base.( ) certo ( ) errado

V. No Balanço Patrimonial, a base é representada pelo Ativo Total ou Passivo Total (100%).( ) certo ( ) errado

VI. Na Demonstração do Resultado do Exercício, a base é representada pela Receita Operacional Bruta (100%).( ) certo ( ) errado

Atividade 11

Page 76: Análise das Demonstrações Contábeis

82 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Práticas sobre Análise Vertical

C E D E R J 83

AU

LA 4

VII. Na Demonstração do Resultado do Exercício, a base é representada pela Receita Operacional Líquida (100%).( ) certo ( ) errado

VIII. A Análise Vertical aplicada no BP é a técnica que demonstra a composição estrutural do patrimônio da empresa.( ) certo ( ) errado

IX. A Análise Vertical é a técnica que consiste em relacionar os elementos de um grupo com o montante do respectivo grupo.( ) certo ( ) errado

X. A Análise Vertical necessita de, pelo menos, dois exercícios para ser efetuada.( ) certo ( ) errado

Resposta ComentadaSem maiores dificuldades, você deve ter marcado que as afirmativas são corretas, exceto a VI

e a X. A VI afirma que a Receita Operacional Bruta é a base estabelecida para a análise vertical

da DRE, quando, na verdade, o correto é utilizar a Receita Operacional Líquida como base,

como está afirmado na sentença VII. A X diz que são necessários pelo menos dois exercícios

para realizar uma análise vertical quando, na verdade, esta técnica possibilita relacionar (por

coeficientes ou percentuais) apenas elementos de uma mesma demonstração contábil em

um mesmo exercício.

Vale lembrar que o valor básico (100%) para os cálculos da Análise

Vertical no Balanço Patrimonial é o Total do Ativo ou o Total do Passivo. Já para a DRE, é a

Receita Operacional Líquida (ROL) ou a Venda Líquida (VL). Essa base pode ser também o total de um dos

grupos de contas, se o objetivo for estudar apenas a participação de cada conta em relação a um

grupo dos demonstrativos (BP e DRE).!!

Page 77: Análise das Demonstrações Contábeis

84 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Práticas sobre Análise Vertical

C E D E R J 85

AU

LA 4

Aplicando a Análise Vertical

A Empresa Comércio de Fogos de Artifício Goiás S.A. contratou uma empresa de consultoria em análise de demonstrações contábeis para realizar a Análise Vertical de seu BP e sua DRE do último exercício. Veja as demonstrações:

Empresa Comércio de Fogos de Artifício Goiás S.A.Balanço Patrimonial em 31/12/X6.

Atividade 22

ATIVOVALOR AV PASSIVO VALOR AV

R$ MIL % R$ MIL %

Circulante 6.000 Circulante 4.500

Realizável a L.P. 1.350 Exigível a L.P. 900

Permanente - Investimento 2.250

Patrimônio Líquido 9.600

Permanente - Imobilizado 4.800

Permanente - Diferido 600

TOTAL 15.000 TOTAL 15.000

Balanço Patrimonial

Bar

rett

Ph

illip

s

Bek

ah R

ich

ard

s

Fonte: www.sxc.hu/cód. 33147 Fonte: www.sxc.hu/cód. 334231

Page 78: Análise das Demonstrações Contábeis

84 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Práticas sobre Análise Vertical

C E D E R J 85

AU

LA 4

Empresa Comércio de Fogos de Artifício Goiás S.A.Demonstração do Resultado do Exercício relativa ao exercício de:

Sabendo que é prática comum na empresa de consultoria em análise arredondar os percentuais para zero casas decimais, calcule os percentuais de cada conta/elemento/subgrupo das demonstrações em relação às suas respectivas bases. Anote os valores que obtiver nas tabelas fornecidas.

Resposta Comentada

Você viu que a Análise Vertical é o processo que mede a participação de cada conta (ou grupo)

em relação à base.

No Balanço Patrimonial a base é representada pelo Ativo Total ou Passivo Total (100%). Assim,

para saber a participação de cada conta (ou grupo) em relação à base, basta aplicar a regra

de três simples.

Por exemplo, para você calcular a participação do Ativo Circulante em relação ao Ativo Total:

6.000 ------------ X

15.000 _______ 100%

X = 6.000 x 100 = 40%

15.000

DRE

DISCRIMINAÇÃO

X6

VALOR AV

R$ MIL %

Vendas Brutas 10.730

(-) Devoluções de Vendas 40

(-) Descontos Incondicionais de Venda 90

(-) ICMS sobre Vendas 600

(=) Vendas Líquidas 10.000

(-) Custo das Mercadorias Vendidas 3.000

(=) Lucro Bruto 7.000

(-) Despesas Operacionais

. de Vendas 100

. Administrativas 400

. Financeiras Líquidas 200

(=) Lucro Operacional 6.300

(-) Provisão para Imposto de Renda 2.000

Page 79: Análise das Demonstrações Contábeis

86 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Práticas sobre Análise Vertical

C E D E R J 87

AU

LA 4

Empresa Comércio de Fogos de Artifício Goiás S.A.

Balanço Patrimonial encerrado em 31/12/X6.

Já para a DRE, a base é representada pela Receita Operacional Líquida (ROL - 100%). Nesta

atividade a ROL está representada pelas Vendas Líquidas. Para apurar a participação de cada

conta (ou grupo) em relação às Vendas Líquidas, basta aplicar a regra de três simples.

Por exemplo, para você calcular a participação do Custo das Mercadorias Vendidas em relação

às Vendas Líquidas:

3.000 ------------ X X = 3.000 x 100 = 30%

10.000 _______ 100% 10.000

No caso dos cálculos dos percentuais que representam igualdades na DRE (Vendas Líquidas,

Lucro Bruto, Lucro Operacional e Lucro Líquido), não há necessidade de utilizar a regra de três

simples; basta diminuir dos percentuais dos valores já calculados anteriormente.

Exemplificando:

ATIVOVALOR AV

PASSIVOVALOR AV

R$ MIL % R$ MIL %

Circulante 6.000 40 Circulante 4.500 30

Realizável a L.P. 1.350 9 Exigível a L.P. 900 6

Permanente - Investimento 2.250 15

Patrimônio Líquido 9.600 64

Permanente - Imobilizado 4.800 32

Permanente - Diferido 600 4

TOTAL 15.000 100 TOTAL 15.000 100

Balanço Patrimonial

DISCRIMINAÇÃOVALOR AV

R$ MIL %

Vendas Líquidas 10.000 100

(-) CMV 3.000 30

(=) Lucro Bruto 7.000 ?

Para facilitar a interpretação dos percentuais apurados pela técnica chamada Análise

Vertical, você deverá apurar os percentuais, sempre que possível, com zero casas.

O que representa, por exemplo, 0,3% de 100%?

O cuidado que você deve ter quando se arredondam os percentuais é que o somatório dos

percentuais calculados, no Balanço Patrimonial, tem de dar sempre 100%.

Você provavelmente deve ter chegado a uma tabela como a seguinte:

Page 80: Análise das Demonstrações Contábeis

86 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Práticas sobre Análise Vertical

C E D E R J 87

AU

LA 4

O percentual do LB (70%) é apurado da seguinte maneira: percentual das vendas líquidas

menos percentual do CMV (100% - 30%), não havendo necessidade da utilização da regra

da três simples. Portanto, os percentuais calculados por você devem ser:

Empresa Comércio de Fogos de Artifício Goiás S.A.

Demonstração do Resultado do Exercício relativa ao exercício de:

DRE

DISCRIMINAÇÃO

X6

VALOR AV

R$ MIL %

Vendas Brutas 10.730 107

(-) Deduções de Vendas 40 -

(-) Descontos Incondicionais de Venda 90 1

(-) ICMS sobre Vendas 600 6

(=) Vendas Líquidas 10.000 100

(-) Custo das Mercadorias Vendidas 3.000 30

(=) Lucro Bruto 7.000 70

(-) Despesas Operacionais

. de Vendas 100 1

. Administrativas 400 4

. Financeiras Líquidas 200 2

(=) Lucro Operacional 6.300 63

(-) Provisão para Imposto de Renda 2.000 20

Page 81: Análise das Demonstrações Contábeis

88 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Práticas sobre Análise Vertical

C E D E R J 89

AU

LA 4

Calculando percentuais

O saldo da conta Estoques de Produtos Elaborados representada no Balanço Patrimonial da Empresa Guanabara Ltda. era de R$ 300.000,00. Sabendo-se que nesse mesmo balanço o Ativo Circulante era de R$ 900.000,00 e que o total do Ativo era de R$ 1.200.000,00, os coeficientes analíticos de participação da conta Produtos Elaborados, em relação ao total do Ativo e ao total do subgrupo do Balanço Patrimonial a que pertence, são, respectivamente:a. ( ) 25,0 % e 33,3 % c. ( ) 25,0 % e 50,0 %b. ( ) 30,0 % e 20,0 % d. ( ) 50,0 % e 25,0 %

Resposta ComentadaNa solução desta atividade você irá aplicar a técnica de Análise Vertical, já que as contas

são elementos homogêneos de um mesmo grupo (Ativo). A base será alterada. No primeiro

cálculo, queremos saber o percentual de Produtos Elaborados em relação ao Ativo Total e,

no segundo, em relação ao Ativo Circulante (subgrupo a que esta conta pertence). Veja os

cálculos a seguir:

Estoques de Produtos Elaborados = 300.000 x 100 = 25,0 %

Ativo Total 1.200.000

Estoques de Produtos Elaborados = 300.000 x 100 = 33,3 %

Ativo Circulante 900.000

A resposta que você deve ter assinalado, portanto, é a letra a.

Atividade 3

2

Page 82: Análise das Demonstrações Contábeis

88 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Práticas sobre Análise Vertical

C E D E R J 89

AU

LA 4

Analisando verticalmente um Balanço Patrimonial

A Empresa Pega-Fogo Ltda. produz e comercializa caixas de fósforos.

Esta empresa apresentou o seguinte Balanço Patrimonial em 31/12/X7. Seus valores, analisados verticalmente, deram origem aos coeficientes anotados:

Empresa Pega-Fogo Ltda.em 31/12/X7

Atividade 4

2

ATIVOVALOR AV

PASSIVOVALOR AV

R$ MIL % R$ MIL %

CIRCULANTE 1.314 72,28 CIRCULANTE 504 27,72

Disponível 132 7,26 Fornecedores 420 23,10

Clientes 480 26,40 Impostos a Pagar 48 2,64

Contas a Receber 78 4,29 Contas a Pagar 36 1,98

Mercadorias 600 33,00

Seguros a Vencer 24 1,32

REALIZÁVEL A L.P. 60 3,30 EXIGÍVEL A L.P. 66 3,63

PERMANENTE 444 24,42 PATRIMÔNIO LÍQUIDO

1.248 68,65

Investimentos 180 9,90 Capital Social 1.188 65,35

Imobilizado 240 13,20 Lucros Acumulados 60 3,30

Diferido 24 1,32

TOTAL 1.818 100,00 TOTAL 1.818 100,00

Balanço PatrimonialD

anie

l Jae

ger

Ven

dru

sco

lo

Fonte: www.sxc.hu/cód. 258686

Page 83: Análise das Demonstrações Contábeis

90 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Práticas sobre Análise Vertical

C E D E R J 91

AU

LA 4

Efetuando uma Análise Vertical dos dados desse Balanço Patrimonial, responda as perguntas a seguir:

I. A participação do Passivo Circulante, dos Capitais Próprios, dos Capitais de Terceiros e das Exigibilidades Totais no total das Origens dos Capitais é de, respectivamente:( a ) 31,35%; 31,35%; 68,65%; 27,72%;( b ) 27,72%; 68,65%; 31,35%; 31,35%;( c ) 27,72%; 68,65%; 27,72%; 31,35%;( d ) 68,65%; 31,35%; 27,72%; 31,35%.

II. A participação do Patrimônio Líquido, das Exigibilidades, do Ativo – Investimentos e do Capital Social no total do Ativo é de, respectivamente:( a ) 68,65%; 27,72%; 9,90%; 65,35%;( b ) 68,65%; 31,35%; 9,90%; 65,35%;( c ) 59,41%; 27,72%; 9,90%; 68,65%;( d ) 59,41%; 31,35%; 9,90%; 68,65%.

III. A participação dos Capitais Próprios, dos Capitais de Terceiros, do Ativo Permanente e do Ativo Imobilizado no Capital Total da empresa é de, respectivamente:( a ) 68,65%; 31,35%; 24,42%; 13,20%;( b ) 31,35%; 68,65%; 24,42%; 13,20%;( c ) 68,65%; 27,72%; 24,42%; 13,20%;( d ) 24,42%; 31,35%; 68,65%; 24,42%.

IV. A participação do Ativo Permanente – Investimentos, Imobilizado e Diferido na formação do Ativo Fixo é de, respectivamente:( a ) 9,90%; 13,20%; 1,32%;( b ) 40,54%; 54,05%; 5,41%;( c ) 100%; 13,20%; 1,30%;( d ) 100%; 54,05%; 5,41%.

Page 84: Análise das Demonstrações Contábeis

90 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Práticas sobre Análise Vertical

C E D E R J 91

AU

LA 4

Resposta ComentadaI. Você relembrou, na Aula 1, que o Passivo Circulante representa os capitais de

terceiros vencíveis a curto prazo; que o Passivo Exigível a Longo Prazo representa os

capitais de terceiros vencíveis a longo prazo; e que o Patrimônio Líquido representa

os capitais próprios.

Exigibilidades totais é o mesmo que Capitais de Terceiros, que nada mais são dos

que a soma do Passivo Circulante e do Passivo Exigível a Longo Prazo.

Exigibilidades totais = Capitais de Terceiros = Passivo Circulante + Passivo Exigível a

Longo Prazo, ou simplesmente Passível Exigível.

Portanto, você deve ter marcado a opção b.

II. Fique atento para não fazer confusão: a conta Capital Social faz parte do grupo

do PL; ela não representa o total do PL. Você só precisava consultar o grupo do PL

para realizar esta parte da atividade e, sem dificuldades, deve ter assinalado a letra

b como resposta.

III. Capitais Próprios = Patrimônio Líquido; Capitais de Terceiros = Passivo Exigível =

Exigibilidades Totais.

Chamamos atenção nesta atividade para a expressão Capital Total. Nesta parte da

atividade, o Capital Total é representado pelos grupos: Passivo Circulante, Passivo

Exigível a Longo Prazo e Patrimônio Líquido. Em outras palavras: o total do Passivo.

Você deve ter marcado a letra a como resposta.

IV. Lembra que você viu em Contabilidade II que o Ativo Fixo é representado pelo

Ativo Permanente? Isso significa que, nesta atividade, a base é o Permanente, e não

o Ativo Total.

Após essas considerações, apresentamos a seguir os percentuais obtidos pela aplicação

da Análise Vertical.

Assim, a resposta correta é a letra b.

DISCRIMINAÇÃOVALOR AV

R$ %

Ativo Permanente - Investimentos 180 40,54

Ativo Permanente - Imobilizado 240 54,05

Ativo Permanente - Diferido 24 5,41

Total do Ativo Fixo (Ativo Permanente) 444 100,00

Page 85: Análise das Demonstrações Contábeis

92 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Práticas sobre Análise Vertical

C E D E R J 93

AU

LA 4

Calculando o coeficiente do Realizável a LP

Uma fábrica de balões deseja saber que percentual dos seus direitos só se realizará em prazos maiores que o exercício seguinte.

Levando em conta os dados da tabela a seguir, podemos afirmar que no Balanço de 31/12/X7 o coeficiente de participação do Ativo Realizável a Longo Prazo é de:

( ) 0,15 ( ) 0,30 ( ) 0,40 ( ) 0,60

Resposta ComentadaPara realizar esta atividade, você deve relacionar o grupo Ativo Realizável a Longo Prazo com

o total do Ativo (elementos homogêneos de um mesmo grupo do Ativo).

Para calcular os percentuais, aplica-se a regra de três simples, que já foi vista em

atividades anteriores.

A resposta que você deve ter marcado, portanto, foi 0,30 (30% = 30/100 = 0,30).

Atividade 5

2

DISCRIMINAÇÃO 31/12/X5 31/12X6 31/12X7

Ativo Circulante 150.000 250.000 400.000

Ativo Realizável a Longo Prazo 400.000 500.000 600.000

Ativo Permanente 450.000 750.000 1.000.000

Passivo Circulante 100.000 600.000 1.000.000

Patrimônio Líquido 900.000 900.000 1.000.000

ATIVO

31/12/X7

VALOR AV

R$ %

Ativo Circulante 400.000 20

Ativo Realizável a Longo Prazo 600.000 30

Ativo Permanente 1.000.000 50

Ativo Total 2.000.000 100

Fonte: www.sxc.hu2brother.com/cód. 444963

Page 86: Análise das Demonstrações Contábeis

92 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Práticas sobre Análise Vertical

C E D E R J 93

AU

LA 4

Mais aplicações da Análise Vertical

Como gerente financeiro da Cia. Gama, efetue a Análise Vertical da Demonstração do Resultado do Exercício e, em seguida, responda às letras a e b.

a. Em X1, em relação à Receita Líquida, o CMV representa:( ) 54% ( ) 58%( ) 60% ( ) 185%

b. No período em questão, comparado com a Receita Líquida, o CMV:( ) apresenta ritmo crescente( ) apresenta ritmo decrescente

( ) mantém-se constante

Atividade 62

DISCRIMINAÇÃO

X1 X2 X3

VALOR AV VALOR AV VALOR AV

R$ MIL % R$ MIL % R$ MIL %

VL 600 840 1.020

(-) CMV 360 487 551

(=) LB 240 353 469

Quando o enunciado informar que os direitos só se

realizarão em prazos maiores que o exercício seguinte, isto significa que o BP foi elaborado na data do encerramento do exercício social, e nesta

atividade se deu em 31 de dezembro. Pode-se afirmar também que a empresa apresenta

ciclo operacional inferior a 1 ano.!!

Page 87: Análise das Demonstrações Contábeis

94 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Práticas sobre Análise Vertical

C E D E R J 95

AU

LA 4

Resposta Comentada

Nesta atividade, para você calcular a participação do Custo das Mercadorias Vendidas em

relação às Vendas Líquidas em X1, você pode ter feito:

360 ------------ X

600_______ 100%

X = 360 x 100 = 60%

600

No caso dos cálculos dos percentuais que representam igualdades na DRE (Vendas

Líquidas, Lucro Bruto, Lucro Operacional e Lucro Líquido), não há necessidade de

utilizar a regra de três simples, basta diminuir dos percentuais dos valores já calculados

anteriormente.

Exemplificando:

O percentual do LB (40%) é apurado da seguinte maneira: percentual das vendas líquidas

menos percentual do CMV (100% - 60%), não havendo necessidade da utilização da regra

de três simples.

Assim, suas respostas devem ter sido:

a. 60%;

b. apresenta ritmo decrescente.

DISCRIMINAÇÃOVALOR AV

R$ MIL %

VL 600 100

(-) CMV 360 60

(=) Lucro Bruto 240 ?

DISCRIMINAÇÃO

X1 X2 X3

VALOR AV VALOR AV VALOR AV

R$ MIL % R$ MIL % R$ MIL %

VL 600 100 840 100 1.020 100

(-) CMV 360 60 487 58 551 54

(=) LB 240 40 353 42 469 46

Page 88: Análise das Demonstrações Contábeis

94 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Práticas sobre Análise Vertical

C E D E R J 95

AU

LA 4CONCLUSÃO

Após a realização das atividades desta aula, você verificou que a

Análise Vertical pode ser utilizada em vários demonstrativos contábeis,

embora maior ênfase tenha sido dada, nesta disciplina, à análise de

contas do Balanço Patrimonial e da Demonstração de Resultado do

Exercício.

Esta técnica possibilita ao analista, por exemplo, conhecer a

importância de cada item, conta ou grupo de conta em relação ao

Ativo Total ou à Receita Operacional Líquida. Este conhecimento deve

ser utilizado para a tomada de decisões em uma entidade, pois permite

que sejam tiradas conclusões sobre a real necessidade de alterações na

gestão da empresa, sobre a participação de capitais de terceiros na sua

estrutura de capital, sobre a sua rentabilidade ou outras ações.

Nesta aula, foram abordadas atividades práticas em relação aos conteúdos

apresentados na Aula 3.

R E S U M O

INFORMAÇÃO SOBRE A PRÓXIMA AULA

Na Aula 5, você verá uma outra técnica, denominada Análise Horizontal.

Page 89: Análise das Demonstrações Contábeis

Análise Horizontal

Esperamos que, após o estudo do conteúdo desta aula, você seja capaz de:

aplicar a Análise Horizontal Encadeada;

aplicar a Análise Horizontal Anual;

ajustar os dados de uma demonstração pela base inflacionária e pela base deflacionária;

avaliar o Balanço Patrimonial e a Demonstração do Resultado do Exercício em detalhes através da Análise Horizontal.

5objetivos

AU

LA

Meta da aula

Apresentar conceitos e metodologias associados à Análise Horizontal, a segunda técnica de análise de demonstrações contábeis, que você aprenderá

nesta disciplina.

1

2

3

4

Pré-requisito

A realização das atividades será mais rápida se você tiver uma calculadora à mão.

Page 90: Análise das Demonstrações Contábeis

98 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Análise Horizontal

C E D E R J 99

AU

LA 5

1INTRODUÇÃO Como você aprendeu em aulas anteriores, a análise é sempre orientada

em função dos seus objetivos. Assim, a maior ou menor profundidade dos

exames a serem realizados dependerá da finalidade que se tenha em vista.

A técnica de análise que você vai aprender hoje, a ANÁLISE HORIZONTAL, também

segue esse parâmetro de objetivos.

Na Análise Vertical, assunto da Aula 3, você viu como calcular percentuais de

determinados grupos das demonstrações contábeis em relação a um determinado

valor, chamado de base. No BP, esta base (100%), em geral, é definida pelo Ativo

Total ou Passivo Total; na DRE, é a Receita Operacional Líquida que a estabelece.

Com aquele procedimento, é possível relacionar, por exemplo, uma conta

do BP com o total do grupo a que pertence. As relações são, normalmente,

verticais: associa-se um elemento com outro do mesmo grupo ou da mesma

demonstração. Daí, inclusive, é que vem o nome da técnica.

Mas qual seria a melhor maneira de acompanhar a evolução de uma determinada

conta ao longo de vários exercícios? Não seria interessante estabelecer uma

base comum (o resultado daquela conta em um determinado ano, tomado

como ano-base) para obtenção dos coeficientes? E que tal comparar o saldo

de uma conta com o apresentado por esta no ano anterior?

Esse tipo de análise, que acompanha um certo elemento ao longo de diversos

exercícios, é o que chamamos de Análise Horizontal, assunto que você

aprenderá nesta aula!

ATIVO

31/12/X1

Valor AV

R$ Mil %

Circulante 2.500 26

Realizável a longo prazo

1.800 19

Permanente 5.200 55

Ativo Total 9.500 100

AN Á L I S E HO R I Z O N T A L

Também é denominada Análise de Evolução ou Análise de Crescimento.

Análise Vertical

1

Page 91: Análise das Demonstrações Contábeis

98 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Análise Horizontal

C E D E R J 99

AU

LA 5

1

ATIVO

31/12/X1 31/12/X2 31/12/X3

Valor AH Valor AH Valor AH

R$ Mil % R$ Mil % R$ Mil %

Circulante 2.500 100 5.400 216 8.200 328 Aumentou 228% de X1 para X3

Realizável a longo prazo 1.800 100 1.800 100 1.800 100 Manteve-se constante de X1 para X3

Permanente5.200 100 6.500 125 4.100 79 Reduziu 21% de X1 para X3

Ativo Total9.500 100 13.700 144 14.100 148 Aumentou 48% de X1 para X3

2

Figura 5.1: Análise Vertical x Análise Horizontal. Na Análise Vertical (1), os dados são analisados tomando como base determinado elemento da demonstração do mesmo exercício. Na Análise Horizontal (2), um elemento é analisado tomando como base sua posição em exercícios anteriores. Quando os elementos (contas ou subgrupos) de diversos exercícios são analisados em relação a um único exercício (ano-base), como na situação mostrada nesta figura, estamos diante de uma Análise Horizontal Encadeada; quando os elementos são analisados sempre em relação ao exercício anterior, é uma Análise Horizontal Anual.

Análise Horizontal

O QUE É ANÁLISE HORIZONTAL?

Como você aprendeu em aulas anteriores, a análise é sempre

orientada em função dos seus objetivos. Assim, a maior ou menor

profundidade dos exames a serem realizados dependerá da finalidade

que se tenha em vista.

A Análise Horizontal é o processo que corresponde ao estudo

comparativo, em períodos de tempos consecutivos, da evolução das

contas que compõem as demonstrações contábeis.

Ao aplicar a técnica de Análise Horizontal, o analista está

transformando os valores monetários das demonstrações financeiras em

medidas relativas chamadas NÚMEROS-ÍNDICE, que podem ser representados

de diversas formas: 100, 100% ou 1,0.

NÚ M E RO S-Í N D I C E

São medidas que permitem avaliar

o crescimento (ou decréscimo)

monetário dos componentes das

demonstrações contábeis ao longo

do tempo.

Figura 5.2: O que faz a Análise Horizontal.

Valores monetários

(em R$)

Números-índice (em %)

%

Page 92: Análise das Demonstrações Contábeis

100 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Análise Horizontal

C E D E R J 101

AU

LA 5

1POR QUE FAZER UMA ANÁLISE HORIZONTAL?

Enquanto a Análise Vertical tem como objetivo informar o

aumento ou a diminuição da proporção de cada conta (ou grupo)

em relação a uma determinada base, a Análise Horizontal tem como

objetivo mostrar a evolução de cada conta (ou grupo) das demonstrações

contábeis através de períodos sucessivos. A comparação entre dados

de diferentes exercícios de uma empresa permite conclusões sobre sua

evolução patrimonial e sobre a tendência econômico-financeira que está

assumindo.

Assim como para as demais técnicas de análise, o Balanço

Patrimonial e a DRE são as demonstrações mais almejadas pela Análise

Horizontal. Veja a que objetivos esta técnica atende:

1. A Análise Horizontal do Balanço Patrimonial:

a) Objetivo geral:

Mostrar a evolução das contas que compõem o Ativo e o

Passivo, além da evolução dos totais destes dois grupos,

ao longo de períodos sucessivos. Pela comparação entre

os índices dos elementos de um exercício para o outro, é

possível tirar conclusões sobre a performance da empresa.

b) Objetivos específicos:

Mostrar a política da empresa em termos de aplicação e

obtenção de recursos, comparando os seguintes itens:

– Crescimento nos totais dos grupos do Ativo e de cada

uma das principais contas;

– Crescimento nos totais dos grupos do Passivo e de cada

uma das principais contas;

– Crescimento do Patrimônio Líquido mais Exigível a

Longo Prazo, comparativamente ao acréscimo do Ativo

Permanente;

– Crescimento do Ativo Circulante em comparação ao

Passivo Circulante.

Page 93: Análise das Demonstrações Contábeis

100 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Análise Horizontal

C E D E R J 101

AU

LA 5

1

2. A Análise Horizontal da Demonstração do Resultado do

Exercício:

a) Objetivo geral:

Mostrar a evolução das contas que compõem a

Demonstração do Resultado do Exercício ao longo de

períodos sucessivos e, pela comparação entre si, tirar

conclusões sobre a evolução da empresa.

b) Objetivos específicos:

Mostrar em detalhes o crescimento de cada conta, a fim de

diagnosticar o desempenho da empresa. Para isto, deverá

identificar, em primeiro lugar, a evolução dos custos e

despesas em relação ao volume de vendas, bem como

seus reflexos sobre os resultados da empresa.

TIPOS DE ANÁLISE HORIZONTAL

Como você viu na Figura 5.1 da introdução, a Análise Horizontal

pode ser efetuada de duas maneiras. Na primeira delas, calculam-se as

variações dos elementos em relação a um ano base (geralmente o mais

antigo da série); este tipo de Análise é denominada Análise Horizontal

Encadeada. No segundo tipo, fazemos a análise da evolução dos

elementos em relação ao ano (exercício) anterior; neste caso, chamamos

de Análise Horizontal Anual. Veja a seguir a metodologia aplicada nestes

dois tipos.

Como fazer uma Análise Horizontal Encadeada?

A Análise Horizontal Encadeada é calculada da seguinte forma:

Preliminarmente, é necessário definir em relação a que exercício

as contas/ grupos serão avaliados. Isso é o que chamamos “fixar o ano-

base”. A demonstração referente ao ano-base é chamada demonstração-

padrão, e servirá de base para as comparações. É a esta demonstração-

padrão que será atribuído o percentual de 100% ou índice-padrão (1,0),

conta a conta ou grupo a grupo. Os valores das contas (ou grupos)

das demonstrações da SÉRIE HISTÓRICA serão relacionados com aqueles

correspondentes à demonstração-padrão, mediante aplicação de regra

de três simples e direta. Traduzido para fórmulas, tem-se:

SÉ R I E H I S T Ó R I C A

É a seqüência de exercícios que serão

analisados pela Análise Horizontal.

Assim, uma empresa que resolva analisar seu desempenho dos

anos X1 a X5 tem como série histórica

X1, X2, X3, X4 e X5.

Page 94: Análise das Demonstrações Contábeis

102 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Análise Horizontal

C E D E R J 103

AU

LA 5

1

AnoAno

x21

100AnoAno

x e assim por diante31

100

Ano 1 = ano-base

Veja um exemplo de aplicação da análise horizontal:

A Foto+ Ltda., uma empresa que comercializa filmes para máquinas

fotográficas, apresentou os seguintes valores no Ativo Circulante em

31/12 de X3, X4 e X5, respectivamente:

Figura 5.3: Produto da empresa Foto+ Ltda.A

nd

re V

ero

n –

ww

w.s

xc.h

u –

d33

8105

Para aplicar a Análise Horizontal Encadeada a estes dados, é

preciso definir a série histórica e o ano-base (que, geralmente, é o mais

antigo). Em seguida, é só aplicar a fórmula que você já aprendeu:

Memória de Cálculo:

Série histórica – Ano 1 (X3), Ano 2 (X4) e Ano 3 (X5).

Período-base – Ano 1 (X3)

Evolução do AC no ano 2 em relação ao ano 1 (ano-base)

198.000 ----------- 100%

340.000 ----------- x

Em R$

ANO ATIVO CIRCULANTE

X3 198.000

X4 340.000

X5 686.000

Page 95: Análise das Demonstrações Contábeis

102 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Análise Horizontal

C E D E R J 103

AU

LA 5

1

AnoAno

x x21

100340 000198 000

100 172= =..

%

Evolução do AC no ano 3 em relação ao ano 1 (ano-base)

198.000 ----------- 100%

686.000 ----------- x

AnoAno

x x31

100686 000198 000

100 346= =..

%

Assim, a tabela preenchida com os dados obtidos pela aplicação

da Análise Horizontal Encadeada fica:

ANOATIVO CIRCULANTE

VALOR A.H.R$ %

X3 (ano 1) 198.000 100X4 (ano 2) 340.000 172X5 (ano 3) 686.000 346

Qualquer ano da série histórica pode ser escolhido para

período-base (demonstração básica), desde que não seja um ano atípico.

Por período-base entende-se aquele em que a empresa tenha exercido sua atividade em condições normais ou

satisfatórias.Muitas vezes, é difícil para uma empresa definir qual será a sua

demonstração-padrão (ano-base), em função de fatores internos (expansão da empresa, paralisação) e externos (inflação, conjuntura econômica etc.). É importante que o analista saiba

que a demonstração-padrão pode não ser a da série histórica, mas sim uma elaborada através de processos estatísticos

que traduzam a média do comportamento dos valores das demonstrações da série de

períodos.

!!Complicado? Claro que não! Faça a atividade a seguir e, além de

perceber que a Análise Horizontal Encadeada não é um bicho-de-sete-

cabeças, você fixará estes conceitos!

Page 96: Análise das Demonstrações Contábeis

104 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Análise Horizontal

C E D E R J 105

AU

LA 5

1

Aplicando a Análise Horizontal Encadeada

Uma fábrica de itens para Festas Juninas apresentou os seguintes dados contábeis em 31/12 de X1, X2 e X3, respectivamente:

Empresa São João S.A.Balanço Patrimonial encerrado em:

Preencha as tabelas, efetuando a Análise Horizontal Encadeada dos elementos do Ativo e do Passivo da Empresa São João S.A. para os anos X1, X2 e X3, arredondando os percentuais para zero casas decimais. Se julgar necessário registrar as memórias de cálculo, faça no espaço a seguir:

Resposta ComentadaNa elaboração da Análise Horizontal Encadeada da série histórica de X1 a X3, é

necessário, em primeiro lugar, definir um ano-base (demonstração-padrão), ao

qual foi atribuído o percentual 100, conta a conta ou grupo a grupo, que serviu

de base para comparações.

Nesta atividade, o ano X1 foi fixado como base. A partir de então, todos os

valores da demonstração-padrão (ano X1) foram considerados iguais

a 100. Para calcular a evolução dos anos de X2 e

Atividade 11

ATIVO31/12/X1 31/12/X2 31/12/X3

VALOR AH VALOR AH VALOR AHR$ MIL % R$ MIL % R$ MIL %

CIRCULANTE 3.200 4.800 7.200REALIZÁVEL A LONGO PRAZO 1.200 1.200 1.200

PERMANENTE 4.000 5.760 5.200TOTAL 8.400 11.760 13.600

PASSIVO

31/12/X1 31/12/X2 31/12/X3VALOR AH VALOR AH VALOR AH

R$ MIL % R$ MIL % R$ MIL %CIRCULANTE 2.000 3.760 5.120EXIGÍVEL A LONGO PRAZO 800 640 480PATRIMÔNIO LÍQUIDO 5.600 7.360 8.000TOTAL 8.400 11.760 13.600

Balanço Patrimonial

Page 97: Análise das Demonstrações Contábeis

104 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Análise Horizontal

C E D E R J 105

AU

LA 5

1

X3 em relação ao ano- base X1, bastou dividir os valores dos anos de X2 e X3 pelos

valores de X1 para os mesmos elementos, e multiplicá-los por 100, obtendo assim os

percentuais. Dúvidas? Consulte a memória de cálculo apresentada a seguir:

Memória de cálculo:

Após estes cálculos, sua tabela deve ter ficado assim:

Empresa São João S.A.

Balanço Patrimonial encerrado em:

ATIVO PASSIVOX2 em relação a X1

(ano-base)Fórmula:XX

x21

100

X3 em relação a X1 (ano-base)Fórmula:XX

x31

100

X2 em relação a X1 (ano-base)Fórmula:

XX

x21

100

X3 em relação a X1(ano-base)Fórmula:XX

x31

100

AC:4 8003 200

100 150..

%x =

AC:7 2003 200

100 225..

%x =

PC:3 7602 000

100 188..

%x =

PC:5 1202 000

100 256..

%x =

ARLP:1 2001 200

100 100..

%x =ARLP:

1 2001 200

100 100..

%x =PELP:

640800

100 80x = %

PELP:480800

100 60x = %

AP:5 7604 000

100 144..

%x =

AP:5 2004 000

100 130..

%x =

PL:7 3605 600

100 131..

%x =

PL:8 0005 600

100 143..

%x =

TOTAL:11 7608 400

100 140..

%x =

TOTAL:

13 6008 400

100 162..

%x =

TOTAL:11 7608 400

100 140..

%x =

TOTAL:13 6008 400

100 162..

%x =

Balanço Patrimonial

ATIVO31/12/X1 31/12/X2 31/12/X3

VALOR AH VALOR AH VALOR AHR$ MIL % R$ MIL % R$ MIL %

CIRCULANTE 3.200 100 4.800 150 7.200 225REALIZÁVEL A LONGO PRAZO 1.200 100 1.200 100 1.200 100PERMANENTE 4.000 100 5.760 144 5.200 130TOTAL 8.400 100 11.760 140 13.600 162

PASSIVO31/12/X1 31/12/X2 31/12/X3

VALOR AH VALOR AH VALOR AHR$ MIL % R$ MIL % R$ MIL %

CIRCULANTE 2.000 100 3.760 188 5.120 256EXIGÍVEL A LONGO PRAZO 800 100 640 80 480 60PATRIMÔNIO LÍQUIDO 5.600 100 7.360 131 8.000 143TOTAL 8.400 100 11.760 140 13.600 162

Balanço Patrimonial

Page 98: Análise das Demonstrações Contábeis

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Análise das Demonstrações Contábeis | Análise Horizontal

C E D E R J 107

AU

LA 5

1Como fazer uma Análise Horizontal Anual?

Ao contrário da Análise Horizontal Encadeada, a Análise Anual

compara os valores de cada conta (ou grupo) em relação aos do ano

anterior, e não a um ano-base fixo para todos os exercícios. Por causa

dessa diferença, a Análise Horizontal é calculada da seguinte forma:

AnoAno

x21

100AnoAno

x e assim por diante32

100

Para a diferença entre os dois tipos de Análise Horizontal ficar

mais clara, veja o mesmo exemplo dado anteriormente, agora sendo

analisado de maneira Anual:

Memória de cálculo:

Evolução do AC no ano 2 em relação ao ano anterior (ano 1)

XAnoAno

x x421

100340 000198 000

100 172= = =..

%

Evolução do AC no ano 3 em relação ao ano anterior (ano 2)

XAnoAno

x x532

100686 000340 000

100 202= = =..

%

Para ficar mais clara a diferença entre os dois tipos de análise

(encadeada e anual), faça a atividade a seguir. Esta atividade mostra a

mesma empresa da Atividade 1, que agora será analisada por você pela

técnica de Análise Horizontal Anual.

ANOATIVO CIRCULANTE

VALOR A.H.R$ %

X3 (ano 1) 198.000 -X4 (ano 2) 340.000 172X5 (ano 3) 686.000 202

Page 99: Análise das Demonstrações Contábeis

106 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Análise Horizontal

C E D E R J 107

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LA 5

1

Efetuando uma Análise Horizontal Anual

Uma fábrica de itens para Festas Juninas apresentou os seguintes dados contábeis para os exercícios X1, X2 e X3:

Empresa São João S.A.Balanço Patrimonial encerrado em:

Preencha as tabelas, efetuando a Análise Horizontal Anual dos elementos do Ativo e do Passivo da Empresa São João S.A. para os anos X1, X2 e X3, arredondando os percentuais para zero casas decimais. Se julgar necessário registrar as memórias de cálculo, faça no espaço a seguir:

Resposta ComentadaNa elaboração da Análise Horizontal Anual da série histórica de X1 a X3, não

existe escolha de ano-base, pois cada conta (ou grupo) é comparada à do ano

anterior.

Para calcular a evolução do ano X2 em relação ao ano X1 (ano anterior), basta

dividir os valores de X2 pelos respectivos valores de X1 e multiplicá-los

por 100.

Atividade 22

ATIVO31/12/X1 31/12/X2 31/12/X3VALOR VALOR AH VALOR AHR$ MIL R$ MIL % R$ MIL %

CIRCULANTE 3.200 4.800 7.200REALIZÁVEL A LONGO PRAZO 1.200 1.200 1.200PERMANENTE 4.000 5.760 5.200TOTAL 8.400 11.760 13.600

PASSIVO31/12/X1 31/12/X2 31/12/X3VALOR VALOR AH VALOR AHR$ MIL R$ MIL % R$ MIL %

CIRCULANTE 2.000 3.760 5.120EXIGÍVEL A LONGO PRAZO 800 640 480PATRIMÔNIO LÍQUIDO 5.600 7.360 8.000

Balanço Patrimonial

Page 100: Análise das Demonstrações Contábeis

108 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Análise Horizontal

C E D E R J 109

AU

LA 5

1

Para calcular a evolução do ano X3 em relação a X2 (ano anterior), você deve ter

dividido os valores dos anos de X3 pelos respectivos valores de X2 e multiplicado

este resultado por 100, obtendo assim os percentuais conforme memória de cálculo

apresentada a seguir:

Memória de cálculo:

Assim, sua tabela preenchida deve estar como a apresentada em seguida:

Empresa São João S.A.

Balanço Patrimonial encerrado em:

ATIVO PASSIVOX2 em relação a X1

(ano-base)Fórmula:XX

x21

100

X3 em relação a X2 (ano-base)Fórmula:XX

x32

100

X2 em relação a X1 (ano-base)Fórmula:

XX

x21

100

X3 em relação a X2(ano-base)Fórmula:XX

x32

100

AC:4 8003 200

100 150..

%x =

AC:7 2004 800

100 150..

%x =

PC:3 7602 000

100 188..

%x =

PC:

5 1203 760

100 136..

%x =

ARLP:1 2001 200

100 100..

%x =ARLP:

1 2001 200

100 100..

%x =PELP:

640800

100 80x = %

PELP:480800

100 75x = %

AP:5 7604 000

100 144..

%x =

AP:5 2005 760

100 90..

%x =

PL:7 3605 600

100 131..

%x =

PL:8 0007 360

100 109..

%x =

TOTAL:11 7608 400

100 140..

%x =TOTAL:

13 60011 760

100 116..

%x =TOTAL:

11 7608 400

100 140..

%x =TOTAL:

13 60011 760

100 116..

%x =

Balanço Patrimonial

ATIVO31/12/X1 31/12/X2 31/12/X3VALOR VALOR AH VALOR AHR$ MIL R$ MIL % R$ MIL %

CIRCULANTE 3.200 4.800 150 7.200 150REALIZÁVEL A LONGO PRAZO 1.200 1.200 100 1.200 100PERMANENTE 4.000 5.760 144 5.200 90TOTAL 8.400 11.760 140 13.600 116

PASSIVO31/12/X1 31/12/X2 31/12/X3VALOR VALOR AH VALOR AH

R$ MIL R$ MIL % R$ MIL %CIRCULANTE 2.000 3.760 188 5.120 136EXIGÍVEL A LONGO PRAZO 800 640 80 480 75PATRIMÔNIO LÍQUIDO 5.600 7.360 131 8.000 109TOTAL 8.400 11.760 140 13.600 116

Balanço Patrimonial

640800

100 80x = %

Page 101: Análise das Demonstrações Contábeis

108 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Análise Horizontal

C E D E R J 109

AU

LA 5

1A INTERPRETAÇÃO DO NÚMERO-ÍNDICE

Os resultados da análise de demonstrações contábeis, como você

bem sabe, são importantes na tomada de decisões dentro de uma empresa.

Interpretar os dados que a análise (quer vertical, quer horizontal) fornece

é muito importante para traçar as diretrizes de ação da entidade nos

próximos exercícios.

Especificamente no caso da Análise Horizontal, é a interpretação

dos números-índice que trará informações relevantes para as decisões da

empresa. Esta interpretação é feita através da taxa de variação.

Ao subtrair do número-índice de determinada data o índice 100%

correspondente à data-base (Análise Encadeada) ou do ano anterior

(Análise Anual), obtém-se a taxa percentual de variação:

Se o número-índice for positivo, a taxa de variação é o que

exceder a 100% ou o que faltar para 100%.Se o número-índice for negativo, a taxa de variação será o

número-índice acrescido de -100%. Neste caso, trabalha-se com MÓDULO e a sua interpretação se dará em função do

sinal da base (Análise Encadeada) ou em função do ano anterior (Análise Anual).

!!Veja os exemplos anteriores, com os quais você aprendeu a Análise

Horizontal Encadeada e a Anual, interpretados desta maneira:

Exemplo 1: Interpretação da Análise Horizontal Encadeada

A seguir são apresentados os números-índice apurados através

da Análise Horizontal Encadeada da série histórica X3, X4 e X5 (que

você já calculou anteriormente), a memória de cálculo e as respectivas

interpretações preliminares dos números-índice.

MÓ D U L O

Sendo x pertencente a R, define-se

módulo ou valor absoluto de x, que se indica |x|, através da

relação:|x| = x, se x > 0

|x| = -x, se x < 0.Isto significa que:

1o. O módulo de um número real positivo

é igual ao próprio número.

Exemplo: |+2| = + 22o. O módulo de um

número real negativo é igual ao oposto

desse número.Exemplo: |- 7| = + 7

Evolução do Ativo Circulante

ANOVALOR A.H.

R$ %X3 198.000 100X4 340.000 172X5 686.000 346

Page 102: Análise das Demonstrações Contábeis

110 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Análise Horizontal

C E D E R J 111

AU

LA 5

1O Ativo Circulante, em X4, aumentou 72% em relação a X3 (ano-

base). E em X5 aumentou 246% se comparado a X3 (ano-base).

Memória de cálculo:

Número-índice = XX

x x43

100340 000198 000

100 172= =..

%

Número-índice = XX

x x43

100340 000198 000

100 172= =..

%

Taxa de variação = Número-índice – 100%

Taxa de variação de X4 em relação a

X3 = 172% – 100% = 72%

Taxa de variação de X5 em relação a

X3 = 346% – 100% = 246%

De acordo com os resultados das taxas de variação, é possível

dizer que o ano de X4, em relação a X3, apresentou um aumento no

Ativo Circulante de 72%. Já o ano X5 mostrou o mesmo grupo 246%

maior do que em X3. Essa análise preliminar revela que a empresa em

questão sofreu um aumento significativo dos valores circulantes ao longo

da série histórica.

Exemplo 2: Interpretação da Análise Horizontal Anual

A seguir são apresentados os números-índice apurados através da

Análise Horizontal Anual da série histórica X3, X4 e X5, a memória de

cálculo e as respectivas interpretações preliminares.

Evolução do Ativo Circulante

ANOATIVO CIRCULANTE

R$A.H.%

X3 (ano 1) 198.000 -X4 (ano 2) 340.000 172X5 (ano 3) 686.000 202

5 1203 760

100 136..

%x =XX

x x54

100686 000340 000

100 202= =..

%XX

x x54

100686 000340 000

100 202= =..

%XX

x x54

100686 000340 000

100 202= =..

%

Page 103: Análise das Demonstrações Contábeis

110 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Análise Horizontal

C E D E R J 111

AU

LA 5

1Memória de cálculo:

Número-índice = XX

x x43

100340 000198 000

100 172= =..

%

Número-índice = XX

x x54

100686 000340 000

100 202= =..

%

Taxa de variação = Número-índice – 100%

Taxa de variação de X4 em relação a

X3 = 172% – 100% = 72%

Taxa de variação de X5 em relação a

X4 = 202% – 100% = 102%

A Análise Horizontal Anual possibilita avaliar a evolução gradual

da empresa, de um exercício para o outro. Interpretando a taxa de

variação obtida pela aplicação desta técnica aos dados contábeis, podemos

afirmar que o Ativo Circulante em X4 aumentou 72% em relação a X3

(ano anterior); em X5, o aumento foi de 102%, se comparado a X4 (ano

anterior). A empresa se mostra, portanto, em crescimento gradual, ao

menos no que diz respeito aos seus valores de maior grau de liquidez.

Possibilidades de interpretação para os números-índice:

Existem algumas SITUAÇÕES com as quais você poderá se deparar

quando estiver analisando os números-índice obtidos pela Análise

Horizontal dos dados contábeis. Veja quais são estas situações resumidas

na Tabela 5.1 e mais informações sobre cada uma delas, bem como

interpretá-las, em seguida.

SI T U A Ç Õ E S

Nas possibilidades de números-índice com as

quais você pode se deparar, utilizaremos apenas os dados

de uma DRE, embora seja possível a ocorrência dessas

situações também em contas do Balanço Patrimonial.

Tabela 5.1: Resumo das possibilidades de ocorrência dos números-índice e suas interpretações. A base é o valor que será utilizado como denominador no cálculo do número-índice.

SITUAÇÃO BASE NÚMERO-ÍNDICETAXA DE

VARIAÇÃOINTERPRETAÇÃO

A positiva positivo > 100 positiva acréscimo em relação a base B positiva positivo < 100 negativa decréscimo em relação a baseC positiva negativa negativa decréscimo em relação a base D negativa negativa negativa acréscimo em relação a base E negativa positivo < 100 negativa acréscimo em relação a base F negativa positivo > 100 positiva decréscimo em relação a base G positiva zero negativa decréscimo em relação a base H negativa zero negativa acréscimo em relação a base I zero infinito prejudicada prejudicada

Page 104: Análise das Demonstrações Contábeis

112 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Análise Horizontal

C E D E R J 113

AU

LA 5

1

Situação A: Base positiva, número-índice positivo maior que 100

e taxa de variação positiva.

A base positiva representa uma situação em que a empresa obteve

lucro. No Ano-1, esse Lucro foi de R$ 500.00,00 e, no ano seguinte, o

dobro. A interpretação para o resultado da Análise Horizontal (200%)

mostrou o crescimento de 100% da empresa do ano 1 para o ano 2.

Interpretação:

Em termos relativos, o resultado do exercício do ano 2 cresceu

100% em relação ao ano 1.

Memória de cálculo:

Número-índice =AnoAno

xmil

milx

21

1001 000500

100 200= =.%

Demonstramos da seguinte forma:– em termos relativos: Taxa de variação = Número-índice – 100%

= 200% - 100%= 100% (taxa de variação positiva)

– em termos absolutos:Ano 1 = R$ 500 mil

(+) Variação = R$ 500 mil (matematicamente = 100% de R$ 500 mil)Ano 2 = R$1.000 mil

DISCRIMINAÇÃOANO 1 ANO 2 AHR$ MIL R$ MIL %

Resultado do Exercício 500 1.000 200

Você já viu que os número-índices são interpretados através da

taxa de variação, portanto deve ser analisada de acordo com o valor do

ano base utilizado (se positivo ou negativo).

Vejamos, por exemplo a análise do resultado da empresa obtido no

ano 2 em relação ao ano 1 (ano-base).

AnoAno

xmil

milx

21

1001 000500

100 200= =.%

Taxa de variação

positiva aplicada em base positiva,

representa acréscimo.!!

Page 105: Análise das Demonstrações Contábeis

112 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Análise Horizontal

C E D E R J 113

AU

LA 5

1Situação B: Base positiva, número-índice positivo menor que 100

e taxa de variação negativa.

Esta situação é o inverso da anterior; neste caso, o lucro diminuiu

de um exercício para o outro. A taxa de crescimento, portanto, é negativa,

ou seja, a empresa teve um lucro menor do que no ano anterior.

DISCRIMINAÇÃOANO 1 ANO 2 AHR$ MIL R$ MIL %

Resultado do Exercício 1.000 500 50

Taxa de variação

negativa aplicada em base positiva,

representa decréscimo.!!

Interpretação

Em termos relativos, o resultado do exercício do ano 2 decresceu

50% em relação ao ano 1.

Memória de cálculo:

Número-índice: AnoAno

xmilmil

x21

100500

1 000100 50= =

.%

Demonstramos da seguinte forma:- em termos relativos:Taxa de variação = Número-índice – 100%

= 50% – 100%= – 50% (taxa de variação negativa)

– em termos absolutos:Ano 1 = R$ 1.000 mil

(+) Variação = - R$ 500 mil (matematicamente = – 50% de R$ 1.000 mil)Ano 2 = R$ 500 mil

Page 106: Análise das Demonstrações Contábeis

114 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Análise Horizontal

C E D E R J 115

AU

LA 5

1

Interpretação:

Em termos relativos, o resultado do exercício do ano 2 decresceu

150% em relação ao ano 1.

Memória de cálculo:

Número-índice = AnoAno

xmil

milx

21

100500

1 000100 50= ( ) = −

.%

Demonstramos da seguinte forma:- em termos relativos:

Taxa de variação = Número-índice – 100% = – 50% – 100% = – 150% (taxa de variação negativa)

- em termos absolutos: Ano 1 = R$ 1.000 mil (+) Variação = – R$ 1.500 mil (matematicamente = -150% de R$ 1.000 mil) Ano 2 = – R$ 500 mil

Situação C: Base positiva, número-índice negativo e taxa de

variação negativa.

Quando uma empresa apresenta lucro em um determinado

exercício (X1) e prejuízo no seguinte (X2), estamos diante de uma

situação em que a base é positiva e o número-índice será negativo. Isso

acontecerá porque, no ano 1 (base), o resultado foi positivo (lucro) e, no

ano 2, o resultado foi negativo (prejuízo). Assim, veja a tabela a seguir,

com os dados de uma empresa que teve R$ 1 milhão de lucro no ano 1

e R$ 500 mil de prejuízo no ano seguinte. A Análise Horizontal destes

dados mostra que esta empresa teve um número-índice de -50% e uma

taxa de variação negativa de 150%, significando que a empresa sofreu

uma queda no seu resultado da ordem de 3 vezes (veja a memória de

cálculo a seguir).

DISCRIMINAÇÃOANO 1 ANO 2 AHR$ MIL R$ MIL %

Resultado do Exercício 1.000 (500) - 50

Taxa de variação

negativa aplicada em base positiva,

representa decréscimo.!!

Page 107: Análise das Demonstrações Contábeis

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Análise das Demonstrações Contábeis | Análise Horizontal

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AU

LA 5

1

Só para lembrar...

Quando efetuamos operações de divisão com números negativos, devemos estar atentos às regras de sinal. Assim, se:

1. o numerador é positivo e o denominador positivo: resultado +;

2. o numerador é positivo e o denominador negativo: resultado –

3. o numerador é negativo e o denominador positivo:resultado –;

4. o numerador é negativo e o denominador negativo: resultado +.

Essas informações serão importantes sempre que você estiver analisando horizontalmente a Demonstração do Resultado do Exercício e o Balanço

Patrimonial, nas quais poderá se deparar com valores positivos e negativos.

Como exemplos de valores negativos encontrados na DRE teríamos: – prejuízo ( bruto, operacional e líquido); – despesas financeiras líquidas (receitas financeiras > despesas

financeiras); – outras despesas ou receitas operacionais (outras receitas >

outras despesas operacionais) etc.

No BP teríamos, por exemplo: – PL negativo;

– contas retificadoras (PDD, Duplicatas Descontadas, Ações em Tesouraria e etc.);

– Prejuízos Amortizar etc.

??

Page 108: Análise das Demonstrações Contábeis

116 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Análise Horizontal

C E D E R J 117

AU

LA 5

1Situação D: Base negativa, número-índice negativo e taxa de

variação negativa.

Agora, ao contrário do que aconteceu na situação C, começamos

com prejuízo no ano 1 e lucro no ano 2.

Numericamente, o fato de uma das parcelas (numerador ou

denominador) ser negativa (a base ou o ano que se está analisando)

gera um número-índice negativo. O resultado numérico desta situação,

portanto, é igual ao da anterior.

Mas pense um pouco. Você acha que a interpretação para este

caso (base negativa, número-índice negativo e taxa de variação negativa)

é a mesma da situação mostrada em C?

Só de olhar para a tabela anterior ficará claro que não! Uma

empresa que tem prejuízo em um exercício e lucro em outro sofreu um

crescimento, e não uma diminuição no seu resultado. O que acontece

é que taxa de variação negativa aplicada em base negativa significa

acréscimo, ou seja, melhor desempenho da performance da empresa.

Interpretação:

Em termos relativos, o resultado do exercício do ano 2 cresceu

150% em relação ao ano 1.

Veja a memória de cálculo:

Número-índice = AnoAno

xmilmil

x21

100500

1 000100 50=

( )= −

.%

Demonstramos da seguinte forma:- em termos relativos:Taxa de variação = Número-índice – 100% = – 50% – 100% = – 150% (taxa de variação negativa)

Como a base é negativa, na interpretação do número-índice trabalha-se com módulo, ou seja, |–150%| = 150%

- em termos absolutos: Ano 1 = – R$ 1.000 mil(+) Variação = R$ 1.500 mil (matematicamente, -150% de - R$ 1.000 mil) Ano 2 = R$ 500 mil

DISCRIMINAÇÃOANO 1 ANO 2 AH

R$ MIL R$ MIL %Resultado do Exercício (1.000) 500 -50

Taxa de variação

negativa aplicada em base negativa,

representa acréscimo.!!

Você deverá

ficar atento na interpretação da taxa de variação negativa aplicada

em base negativa.

!!

Page 109: Análise das Demonstrações Contábeis

116 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Análise Horizontal

C E D E R J 117

AU

LA 5

1Situação E: Base negativa, número-índice positivo menor que 100

e taxa de variação negativa.

Agora imagine uma situação em que uma empresa tenha

apresentado prejuízo tanto no ano 1 quanto no ano 2. O número-

índice, neste caso, será positivo, pois as duas parcelas da fração são

negativas.

Se o prejuízo do ano 1 for maior do que o do ano 2, além de

positivo o índice será menor que 100. Quando calcularmos a taxa de

variação, isso significará que o resultado da empresa sofreu um acréscimo,

isto é, ficou melhor, pois quanto mais próximo um número real negativo

estiver de zero, maior será esse número. De fato, se pensarmos em

termos contábeis e não de maneira estritamente matemática, fica fácil

compreender: o resultado da empresa ficou menos ruim de um exercício

para o outro (era mais negativo no ano 1 do que no ano 2).

Interpretação:

Em termos relativos, o resultado do exercício do ano 2 cresceu

10% em relação ao ano 1. Isto é, o prejuízo de R$ 1.000 mil passou

para R$ 900 mil, fazendo com a empresa melhorasse seu desempenho

ao ano 1.

Memória de cálculo:

Número-índice =

Demonstramos da seguinte forma:- em termos relativos:Taxa de variação = Número-índice – 100% = 90% – 100% = – 10% (taxa de variação negativa)

Como a base é negativa, na interpretação do número-índice, trabalha-se com módulo, ou seja, |-10%| = 10%

- em termos absolutos: Ano 1 = – R$ 1.000 mil(+) Variação = R$ 100 mil (matematicamente, -10% de - R$ 1.000 mil) Ano 2 = – R$ 900 mil

DISCRIMINAÇÃOANO 1 ANO 2 AHR$ MIL R$ MIL %

Resultado do Exercício (1.000) (900) 90

Taxa de variação

negativa aplicada em base negativa,

representa acréscimo.!!

Page 110: Análise das Demonstrações Contábeis

118 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Análise Horizontal

C E D E R J 119

AU

LA 5

1Situação F: Base negativa, número-índice positivo maior que 100

e taxa de variação positiva.

Este caso é parecido com o anterior, com a diferença que, agora,

a situação do resultado da empresa piorou de um ano para o outro.

Imagine o exemplo a seguir, no qual o prejuízo da entidade no ano 1 foi

de R$ 1 milhão e, no ano seguinte, de R$ 3 milhões. O índice calculado

pela Análise Horizontal mostra que o resultado da empresa decresceu

de um ano para o outro. De fato, o que aconteceu foi que o resultado

piorou 3 vezes ao passar de um exercício para outro.

Interpretação:

Em termos relativos, o resultado do exercício do ano 2 decresceu

200% em relação ao ano 1. Isto é, o prejuízo de R$ 1.000 mil passou

para R$ 3.000 mil.

Memória de cálculo:

Número-índice = AnoAno

xmil

milx

21

1003 000

1 000100 300= ( )

( )=

.

.%

Demonstramos da seguinte forma:- em termos relativos: Taxa de variação = Número-índice – 100% = 300% - 100% = 200% (taxa de variação positiva)

- em termos absolutos:Ano 1 = – R$ 1.000 mil

(+) Variação = – R$ 2.000 mil (matematicamente, temos: 200% de – R$ 1.000 mil)Ano 2 = – R$ 3.000 mil

DISCRIMINAÇÃOANO 1 ANO 2 AHR$ MIL R$ MIL %

Resultado do Exercício (1.000) (3.000) 300

Taxa de variação

positiva aplicada em base negativa,

representa decréscimo.!!

Page 111: Análise das Demonstrações Contábeis

118 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Análise Horizontal

C E D E R J 119

AU

LA 5

1Situação G: Base positiva, número-índice zero e taxa de variação

negativa.

Quando uma empresa tem lucro em um ano e resultado nulo no

ano seguinte, o cálculo do número-índice resulta em 0%. Isso acontece

porque, matematicamente, quando o numerador de uma fração é nulo,

o seu resultado também é zero. Partindo do princípio de que, na Análise

Horizontal, o índice que mostra que não houve alteração no resultado é

100, ter um número-índice nulo significa que a empresa sofreu redução

de 100% do seu resultado.

Interpretação:

Em termos relativos, o resultado do exercício do ano 2 decresceu

100% em relação ao ano 1. Isto é, o lucro de R$ 1.000 mil passou para

R$ 0 mil.

Memória de cálculo:

Número-índice = AnoAno

xmilmil

x21

100000500

100 0= = %

Demonstramos da seguinte forma:

- em termos relativos:Taxa de variação = Número-índice – 100% = 0% – 100% = – 100% (taxa de variação negativa)

- em termos absolutos: Ano 1 = R$ 1.000 mil(+) Variação = – R$ 1.000 mil (matematicamente, temos: -100% de R$ 1.000 mil) Ano 2 = R$ 0 mil

DISCRIMINAÇÃOANO 1 ANO 2 AH

R$ MIL R$ MIL %Resultado do Exercício 1.000 0 0

Taxa de variação

negativa aplicada em base positiva,

representa decréscimo.!!

Page 112: Análise das Demonstrações Contábeis

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Análise das Demonstrações Contábeis | Análise Horizontal

C E D E R J 121

AU

LA 5

1Situação H: Base negativa, número-índice zero e taxa de variação

negativa.

Assim como no caso anterior (G), o número-índice nulo é

originado pelo fato de haver um numerador igual a zero na fração. Dessa

vez, como a base é negativa, devemos pensar que a situação da empresa,

de um ano para o outro, ficou “menos pior”: o resultado cresceu 100%

do ano 1 para o ano 2.

Interpretação:

Em termos relativos, o resultado do exercício do ano 2 decresceu

100% em relação ao ano 1. Isto é, o prejuízo de R$ 1.000 mil passou

para R$ 0 mil.

Memória de cálculo:

Número-índice = AnoAno

xmilmil

x21

100000

1 000100 0=

( )=

.%

Demonstramos da seguinte forma:- em termos relativos:Taxa de variação = Número-índice – 100% = 0% - 100% = - 100% (taxa de variação negativa)

- em termos absolutos: Ano 1 = – R$ 1.000 mil(+) Variação = R$ 1.000 mil (matematicamente, temos: –100% de – R$ 1.000 mil) Ano 2 = R$ 0 mil

DISCRIMINAÇÃOANO 1 ANO 2 AHR$ MIL R$ MIL %

Resultado do Exercício (1.000) 0 0

Taxa de variação

negativa aplicada em base negativa,

representa acréscimo.!!

Page 113: Análise das Demonstrações Contábeis

120 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Análise Horizontal

C E D E R J 121

AU

LA 5

1Situação I: Base nula.

Se o valor de determinada conta for nulo na data-base, não se

pode calcular o número-índice, pois matematicamente o resultado da

divisão de um número por zero tende ao infinito. Em análise de balanços

é comum o analista representar ∞ por –.

Interpretação:

Não se pode calcular o número-índice.

A taxa de variação, neste caso, fica prejudicada.

Memória de cálculo:

Número-índice = AnoAno

x x21

1001 000

0100= = ∞.

Na interpretação dos números-índice, você

deverá tomar cuidado quando ocorrerem inversões de sinais nos números-

índice em uma série examinada. Veja:a) Se a base for positiva, não há problema para a

interpretação dos números-índice negativos.b) Se a base for negativa, você deverá tomar muito cuidado

para interpretar os números-índice subseqüentes, pois valores positivos estarão associados a números-índice negativos e vice-

versa. Por exemplo:

Número real positivo:Quanto mais afastado estiver do número zero, maior será esse número e quanto mais próximo, menor será esse número.Por exemplo:

Se compararmos o valor 2.000 em relação ao valor 1.000, ocorreu um acréscimo; se compararmos o

valor 1.000 em relação a 2.000, ocorreu um decréscimo.

!!0 1.000 2.000

DISCRIMINAÇÃOANO 1 ANO 2 AHR$ MIL R$ MIL %

Resultado do Exercício 0 1.000 -

uACRÉSCIMO

u

DECRÉSCIMO

Interpretação da taxa

Prejudicada.!!

Page 114: Análise das Demonstrações Contábeis

122 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Análise Horizontal

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AU

LA 5

1

Número real negativo:Quanto mais afastado estiver do

número zero, menor será esse número e quanto mais próximo, maior será esse número.

Se compararmos o valor - 2.000 em relação ao valor - 1.000, ocorreu um decréscimo; se compararmos o valor

- 1.000 em relação a - 2.000, ocorreu um acréscimo.

–2.000 –1.000 0

ANÁLISE HORIZONTAL: MODO DE USAR

Até agora, o que você viu da técnica de Análise Horizontal foram

as descrições dos tipos de análise, os objetivos, a metodologia de cálculo

dos números-índice e das taxas de variação, bem como a interpretação

preliminar dos números-índice. A partir de agora você vai saber como

se deve interpretar os demonstrativos utilizando a técnica de Análise

Horizontal.

A Análise Encadeada (ou simplesmente Análise Horizontal) fundamenta-se na idéia da evolução histórica de cada item das demonstrações contábeis ao longo do período examinado. A Análise Anual surgiu no Brasil por volta da década de 1980 e início dos anos 1990, época marcada por uma economia instável (vários planos econômicos, trocas de moedas, elevados índices de inflação), ocasionando, portanto, dificuldade de escolher a data-base adequada; isso fez com que se utilizasse a Anual, pois é mais importante saber o comportamento de alguns itens das demonstrações contábeis do último ano em relação ao ano anterior do que desenvolver uma série histórica muito longa. Embora possa trazer informações relevantes, ela pode mascarar alguns resultados, levando o analista a conclusões incorretas.

A Análise Horizontal Anual só deve ser utilizada como comple-

mento da Encadeada, e nunca em substituição a ela.

Para que você possa compreender melhor, veja o exemplo a

seguir.

!! uACRÉSCIMO

u

DECRÉSCIMO

Page 115: Análise das Demonstrações Contábeis

122 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Análise Horizontal

C E D E R J 123

AU

LA 5

1O volume de Duplicatas a Receber da Companhia A no período

de X3, X4, X5 e X6 é o seguinte:

Utilizando a Análise Horizontal Encadeada e adotando o ano X3

como base, teríamos o seguinte resultado:

Pela Análise Horizontal Encadeada, conclui-se que a conta

Duplicatas a Receber teve uma queda de 55% em X4. Tal redução

fez com que as Duplicatas a Receber passassem a representar 45% do

valor existente em X3. Em X5, as Duplicatas a Receber continuaram

em queda, só que desta vez a redução foi de 40%, correspondendo a

60% dos valores de X3.

Finalmente, em X6, não houve variação no nível das Duplicatas

a Receber em relação a X3, voltando exatamente ao saldo inicial, isto

é, ao valor existente em X3.

A construção de cadeias de números-índice se justifica quando

existem diversos períodos sucessivos a serem comparados com o período-base.

!!

DISCRIMINAÇÃO X3 X4 X5 X6Duplicatas a Receber – R$ MIL 2.350 1.058 1.410 2.350

DISCRIMINAÇÃO X3 X4 X5 X6Duplicatas a Receber – R$ MIL 2.350 1.058 1.410 2.350Análise Horizontal Encadeada 100% 45% 60% 100%

Taxa de variação anual - - 55% - 40% -

Page 116: Análise das Demonstrações Contábeis

124 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Análise Horizontal

C E D E R J 125

AU

LA 5

1Utilizando a Análise Horizontal Anual, teríamos o seguinte

resultado:

Se utilizássemos somente a Análise Horizontal Anual, iríamos

concluir que as Duplicatas a Receber tiveram uma queda de 55% em X4.

Em X5, elas tiveram um acréscimo de 33% em relação ao ano anterior

(X4), e no último exercício (X6), as Duplicatas a Receber tiveram um

acréscimo bastante significativo, de 67%.

Em outras palavras, a empresa teve redução em X4 e aumentos

sucessivos nos dois exercícios seguintes. A princípio, isto sugere que a

redução ocorrida em X4 foi compensada em X5 e melhorada ainda mais

em X6, o que não é verdade: o volume das Duplicatas a Receber em X6

é o mesmo de X3. Isto porque a redução ocorrida em X4 foi calculada

em relação a uma base muito maior (X3) do que a base usada para o

crescimento havido em X5 e X6.

Ou seja: não se deve desconsiderar a Análise Horizontal Anual,

porém deve-se ter em mente os cuidados mencionados para evitar incorrer

em erros de interpretação dos resultados obtidos.

No caso de utilizar a Análise Horizontal Anual como complemento

à Encadeada, a fim de evitar falsas conclusões, é melhor trabalhar com

um quadro semelhante a este:

Na Análise Horizontal Anual não é recomendável construir cadeias

de números-índice sobre os valores anteriores, porque podem induzir a falsas conclusões. Se a comparação é entre duas posições consecutivas, é mais

conveniente trabalhar com taxas de variação sobre os valores anteriores.!!

DISCRIMINAÇÃO X3 X4 X5 X6Duplicatas a Receber – R$ MIL 2.350 1.058 1.410 2.350

Taxa de variação anual - - 55% + 33% + 67%

DISCRIMINAÇÃO X1 X2 X3 X4Duplicatas a Receber – R$ MIL 2.350 1.058 1.410 2.350

Taxa de variação anual - - 55% + 33% + 67%

Page 117: Análise das Demonstrações Contábeis

124 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Análise Horizontal

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AU

LA 5

1ANÁLISE HORIZONTAL X INFLAÇÃO

Ao contrário da Análise Vertical, que em termos práticos não é

afetada pela inflação, em decorrência de os dois valores relacionados

encontrarem-se em moeda de uma mesma data, a Análise Horizontal é

fortemente distorcida sob condições inflacionárias, por comparar valores

de um mesmo item por exercícios sucessivos (Análise Encadeada) ou em

ano anterior (Análise Anual), já que utiliza moedas de poder aquisitivo

diferente.

Antes de aplicar a Análise Horizontal, você deve tomar o cuidado

de trazer todos os exercícios sociais para a mesma BASE INFLACIONÁRIA ou

DEFLACIONÁRIA.

BA S E I N F L A C I O N Á R I A X D E F L A C I O N Á R I A

Base inflacionária: correção dos valores das demonstrações financeiras para a moeda do último exercício.Base deflacionária: correção dos valores das demonstrações financeiras para a moeda do primeiro exercício.

BASE DEFLACIONÁRIA

X1

BASE INFLACIONÁRIA

X3

Na base DEFLACIONÁRIA, o PRIMEIRO exercício é tomado como referência para o ajuste dos valores monetários dos exercícios POSTERIORES.

Na base INFLACIONÁRIA, o ÚLTIMO exercício é tomado como referência para o ajuste dos valores monetários dos exercícios ANTERIORES.

X

A eliminação dos efeitos da inflação se dá pela utilização de um

indexador que reflita as variações no nível geral de preços, de modo que

as demonstrações contábeis fiquem homogeneizadas, isto é, todos os

valores sejam convertidos à moeda de uma mesma data.

Normalmente, aplica-se para este fim o Índice Geral de Preços

– IGP, publicado mensalmente pela revista Conjuntura Econômica,

da Fundação Getulio Vargas (coluna 1: Oferta global ou coluna 2:

Disponibilidade interna).

Veja como proceder para transportar as demonstrações

contábeis de todos os exercícios para a mesma base, seja inflacionária

ou deflacionária:

Figura 5.4: Diferenças entre as bases inflacionária e deflacionária utilizadas para corrigir os valores monetários das demonstrações contábeis de exercícios diferentes.

Page 118: Análise das Demonstrações Contábeis

126 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Análise Horizontal

C E D E R J 127

AU

LA 5

1a) Cálculo da base inflacionária: para inflacionar os valores

das demonstrações contábeis para a moeda do último exercício, basta

multiplicá-los por um fator obtido através da divisão do IGP da data

da última demonstração pelo IGP da data da demonstração que se quer

corrigir.

Exemplo:

Os fatores de conversão são calculados com base nesses dados,

ou seja, os fatores são aqueles que, multiplicados pelos dados originais

das demonstrações contábeis de 31/12/X1 e 31/12/X2, converterão esses

valores em preços de 31/12/X3.

Fator de conversão = IGP do último ano

IGP do ano a ser corrigido

Fator de conversão de 31/12/X1 para 31/12/X3: 1 301 19

1 092..

,=

Fator de conversão de 31/12/X2 para 31/12/X3: = 1 301 23

1 057..

,=

Multiplicando os fatores de conversão pelos valores originais de

31/12/X1 e 31/12/X2, todos os valores se encontrarão em moeda de

31/12/X3, conforme exposto a seguir:

Em R$DISCRIMINAÇÃO 31/12/X1 31/12/X2 31/12/X3

Ativo Circulante (valores originais)

100.000 150.000 180.000

IGP 1,19 1,23 1,30

DISCRIMINAÇÃO 31/12/X1 31/12/X2 31/12/X3Ativo Circulante (valores originais) (1) – R$ 100.000 150.000 180.000Fator de Conversão (2) 1,092 1,057 1,000Ativo Circulante (valores inflacionados) (1 x 2) – R$

109.200 158.550 180.000

Page 119: Análise das Demonstrações Contábeis

126 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Análise Horizontal

C E D E R J 127

AU

LA 5

1b) Cálculo da base deflacionária: para deflacionar os valores das

demonstrações contábeis para a moeda da demonstração mais antiga,

basta multiplicá-los por um fator obtido através da divisão do IGP da

data da demonstração mais antiga pelo IGP da data das demonstrações

que se quer corrigir.

Exemplo:

Os fatores de conversão são calculados com base nesses dados,

ou seja, os fatores são aqueles que, multiplicados pelos dados originais

das demonstrações contábeis de 31/12/X2 e 31/12/X3, converterão esses

valores em preços de 31/12/X1.

Fator de conversão = IGP da demonstração mais antiga

IGP do ano a ser corrigido

Fator de conversão de 31/12/X2 para 31/12/X1: 1 191 23

0 967,,

,=

Fator de conversão de 31/12/X3 para 31/12/X1: 1 191 30

0 915,,

,=

Multiplicando os fatores de conversão pelos valores originais de

31/12/X2 e 31/12/X3, todos os valores se encontrarão em moeda de

31/12/X1, conforme exposto a seguir:

Aplicando a técnica de Análise Horizontal aos valores originais e

aos valores inflacionados ou deflacionados demonstrados nos quadros

a seguir, podemos encontrar as respectivas interpretações:

Em R$DISCRIMINAÇÃO 31/12/X1 31/12/X2 31/12/X3

Ativo Circulante (valores originais)

100.000 150.000 180.000

IGP 1,19 1,23 1,30

DISCRIMINAÇÃO 31/12/X1 31/12/X2 31/12/X3Ativo Circulante (valores originais) (1) – R$

100.000 150.000 180.000

Fator de Conversão (2) 1,000 0,967 0,915Ativo Circulante (valores deflacionados) (1 x 2) – R$

100.000 145.050 164.700

Page 120: Análise das Demonstrações Contábeis

128 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Análise Horizontal

C E D E R J 129

AU

LA 5

1

A análise dos valores originais revela uma evolução do Ativo

Circulante em todos os anos, tendo um acréscimo nominal de 50% e

80%, respectivamente, em relação ao ano 1. No entanto, se eliminarmos

o efeito da inflação nos valores originais, deflacionando ou inflacionando,

verificamos que o Ativo Circulante sofreu, na verdade, acréscimo real de

45% e de 65% nos dois últimos exercícios respectivamente, se comparado

ao ano 1.

Quando interpretamos os números-índice extraídos das

demonstrações contábeis com os valores corrigidos para moeda de uma mesma data, a variação é real; quando trabalhamos com os

valores originais das demonstrações, isto é, sem corrigi-los, a variação é

nominal.

!!Você acabou de aprender como é importante ajustar as

demonstrações para a mesma moeda, para não gerar distorções

monetárias. Será que estes conceitos ficaram realmente claros para

você? Que tal realizar a atividade a seguir para checar?

DISCRIMINAÇÃO 31/12/X1 31/12/X2 31/12/X3Ativo Circulante (valores originais) – R$

100.000 150.000 180.000

Análise Horizontal Encadeada – %

100 150 180

DISCRIMINAÇÃO 31/12/X1 31/12/X2 31/12/X3Ativo Circulante (valores inflacionados) – R$

109.200 158.550 180.000

Análise Horizontal Encadeada – %

100 145 165

DISCRIMINAÇÃO 31/12/X1 31/12/X2 31/12/X3Ativo Circulante (valores deflacionados) – R$

100.000 145.050 164.700

Análise Horizontal Encadeada – %

100 145 165

Page 121: Análise das Demonstrações Contábeis

128 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Análise Horizontal

C E D E R J 129

AU

LA 5

1

Calculando índices de conversão monetáriaNa tabela a seguir estão anotados os saldos da conta Estoques do Balanço Patrimonial de uma empresa para quatro exercícios. Preencha estas tabelas com os valores que estão faltando, aplicando, na primeira, a Análise Horizontal Encadeada com correção por base inflacionária e, na segunda, deflacionária, sabendo-se que IGP para os anos X4, X5, X6 e X7 são: R$ 0,69, R$ 0,90, R$ 1,11 e R$ 1,66, respectivamente. Considere X4 como ano-base. Para resolução desta atividade, você deverá apurar o Fator de conversão com 3 casas decimais.

Se julgar necessário, utilize o espaço a seguir para seus cálculos.

Atividade 33

INFLACIONÁRIADISCRIMINAÇÃO X4 X5 X6 X7

Estoques - R$ 50.000 60.000 90.000 90.000

AH (%)Fator de conversãoEstoques (corrigidos) - R$AH % (corrigido)

DEFLACIONÁRIADISCRIMINAÇÃO X4 X5 X6 X7

Estoques - R$ 50.000 60.000 90.000 90.000AH (%)Fator de conversãoEstoques (corrigidos) - R$AH % (corrigido)

Page 122: Análise das Demonstrações Contábeis

130 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Análise Horizontal

C E D E R J 131

AU

LA 5

1

Resposta ComentadaPara calcular a Análise Horizontal Encadeada, você deve ter aplicado uma

regra de três bastante simples, na qual o valor correspondente a 100% foi

sempre R$ 50.000,00 (X4).

Depois de ver os exemplos desta aula que explicaram como realizar a

conversão monetária, você não deve ter encontrado dificuldades para fazer

esta atividade.

Para realizar o cálculo do índice de correção com base inflacionária, foi

necessário dividir todos os valores de IGP pelo valor deste indicador em X7.

Para calcular o índice com base deflacionária o procedimento era o mesmo,

mas em vez de estabelecer X7 como parâmetro, você deve ter feito isso com

o valor registrado para X4.

É importante estar atento para o fato de que, embora os índices sejam calculados

diferentemente e originem “saldos” distintos para os estoques, X4 é sempre o

100%, pois foi definido como ano-base. Além disso, vale reparar que os valores

da Análise Horizontal Encadeada corrigida mostram as mesmas evoluções,

independente de a correção ter sido inflacionária ou deflacionária.

Suas tabelas preenchidas devem ter ficado assim:

INFLACIONÁRIADISCRIMINAÇÃO X4 X5 X6 X7

Estoques - R$ 50.000 60.000 90.000 90.000AH (%) 100 120 180 180Fator de conversão 2,406 1,844 1,495 1,000Estoques (corrigidos) - R$ 120.300 110.640 134.550 90.000AH % (corrigido) 100 92 112 75

DEFLACIONÁRIADISCRIMINAÇÃO X4 X5 X6 X7

Estoques – R$ 50.000 60.000 90.000 90.000AH (%) 100 120 180 180Fator de conversão 1,000 0,767 0,622 0,416Estoques (corrigidos) – R$ 50.000 46.020 55.980 37.440AH % (corrigido) 100 92 112 75

Memória de cálculo

DISCRIMINAÇÃO X4 X5 X6 X7

Fator de conversão – Base inflacionária

1660 69

2 406,,

,= 1660 90

1844,,

,= 166111

1495,,

,= 1,000

Fator de conversão – Base deflacionária

1,0000 690 90

0 767,,

,= 0 69111

0 622,,

,= 0 69166

0 416,,

,=

Page 123: Análise das Demonstrações Contábeis

130 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Análise Horizontal

C E D E R J 131

AU

LA 5

1É POSSÍVEL UTILIZAR A ANÁLISE VERTICAL EM CONJUNTO COM A ANÁLISE HORIZONTAL?

Como você viu na Aula 3, a Análise Vertical mede as participações

de cada conta (ou grupo) em relação a uma determinada base; o confronto

das Análises Verticais realizadas em datas diferentes permite aferir as

alterações estruturais ocorridas na posição econômico-financeira da

empresa. A Análise Horizontal mostra a evolução de cada conta (ou

grupo) específica(o) no tempo.

A interpretação isolada dessas duas técnicas pode induzir a

erros de avaliação. Assim, não só é possível mas também recomendável

que esses dois tipos de análise sejam utilizados em conjunto, pois eles

se completam; essa combinação permite identificar quais elementos

merecem investigação mais aprofundada.

Por exemplo, a interpretação exclusiva da Análise Horizontal

revela que um determinado item apresentou crescimento de 1.000%

em relação ao ano anterior, o que isoladamente seria uma variação

bastante significativa. No entanto, a Análise Vertical revela que este

item representa apenas 0,3% do Ativo, donde se conclui que, embora

tenha obtido enorme crescimento em relação ao ano anterior, esse item

continua a não significar quase nada na estrutura do Ativo.

Por outro lado, a Análise Vertical também deve ser complementada

pela Análise Horizontal, principalmente na análise da Demonstração

do Resultado, pois pequenos percentuais podem ser significativos, em

função de que o Lucro Líquido costuma representar também percentual

muito pequeno em relação às vendas.

Em uma situação, por exemplo, em que a Análise Vertical da DRE

revela que as despesas comerciais passaram de 15% para 18% em relação

ano anterior, o aumento de três pontos percentuais não chama atenção; no

entanto a Análise Horizontal revela que este item acresceu de 150% em

relação ao ano anterior, o que é muito superior ao crescimento ocorrido

nas vendas (120%), possibilitando localizar os itens responsáveis pela

performance da empresa.

Para ficar mais claro, vamos analisar uma demonstração contábil

pelas duas técnicas? Para isso, recuperaremos o exemplo da Empresa

Via Digital S.A., que você viu na Aula 2, quando aprendeu os ajustes

necessários para iniciar um processo de análise.

Page 124: Análise das Demonstrações Contábeis

132 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Análise Horizontal

C E D E R J 133

AU

LA 5

1Empresa Via Digital S.A.

Balanço Patrimonial ajustado - ATIVO

CONTAS31/12/X1 31/12/X2

VALORR$

AV%

AH%

VALORR$

AV%

AH%

ATIVO CIRCULANTE:Disponibilidade (1)

7.390 6 100 2.024 1 27

Direitos Realizáveis a Curto Prazo (2) 47.218 38 100 41.015 29 87Soma (3) = (1+2) 54.608 44 100 43.039 30 79Estoques (4) 33.923 28 100 33.411 24 98TOTAL DO ATIVO CIRCULANTE (5) = (3 + 4)

88.531 72 100 76.450 54 86

ATIVO REALIZÁVEL A LONGO PRAZO (6)

- - - - - -

TOTAL DO ATIVO PERMANENTE (7) = (8 + 9+ 10)

34.577 28 100 65.124 46 188

. Investimentos (8) 3.263 3 100 4.106 3 126

. Imobilizado (9) 31.314 25 100 59.036 42 189

. Diferido (10) - - - 1.982 1 -

ATIVO TOTAL (11) = (5 + 6 + 7)123.108 100 100 141.574 100 115

Balanço Patrimonial

Memória de cálculo:

Deflacionando os valores de X2 para X1:

Fator de conversão de 31/12/X2 para 31/12/X1

1 185 101 232 50

0 962. ,. ,

,=

Multiplicando os valores do Balanço Patrimonial de X2 pelo fator

de conversão, temos os valores deflacionados, conforme demonstrado

a seguir:

DISCRIMINAÇÃO

31/12/X2Valores originais

(Em reais)a

Fator de conversãob

31/12/X2Valores

deflacionados para X1

(Em reais)c = a x b

Ativo Circulante 76.450 0,967 73.927Ativo Imobilizado 59.036 0,967 57.088Ativo Total 141.574 0,967 136.902

1 185 101 232 50

0 962. ,. ,

,=1 185 101 232 50

0 962. ,. ,

,=1 185 101 232 50

0 962. ,. ,

,=1 185 101 232 50

0 962. ,. ,

,=1 185 101 232 50

0 962. ,. ,

,=1 185 101 232 50

0 962. ,. ,

,=0 690 90

0 767,,

,=

Page 125: Análise das Demonstrações Contábeis

132 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Análise Horizontal

C E D E R J 133

AU

LA 5

1

A Análise Horizontal/Vertical das demonstrações contábeis

relativas aos exercícios de X1 e X2 revela que as aplicações da empresa

tiveram um crescimento NOMINAL de 15%. Em termos reais, o crescimento

foi de 11%, alterando a estrutura do Ativo da empresa. O principal

responsável foi o Ativo Imobilizado, que teve uma expansão nominal de

89% e real de 82%, passando a ter uma representatividade significativa

no total das aplicações, passando de 25% para 42% em X2; em virtude

de seu projeto de modernização e expansão (as aplicações em máquinas

e equipamentos cresceram, nominalmente, 75% em X2), e notadamente

em obras em andamento iniciadas neste exercício, cuja participação

teve representatividade de 12% em relação ao total do Ativo e 30% do

Imobilizado.

Observe o que acontece com os grupos do Passivo:

Empresa Via Digital S.A.

Balanço Patrimonial ajustado - PASSIVO

Discriminação 31/12/X131/12/X2

(Valores deflacionados para X1)

Ativo Circulante – R$ 88.531 73.927Análise Horizontal (número-índice) 100% 84%Ativo Imobilizado – R$ 31.314 57.088Análise Horizontal (número-índice) 100% 182%Ativo Total (Passivo Total) – R$ 123.108 136.902Análise Horizontal (número-índice) 111%

NOMINAL E REAL

São termos que foram explicados

no boxe de atenção imediatamente

anterior à Atividade 3!

CONTAS31/12/X1 31/12/X2

VALORR$

AV%

AH%

VALORR$

AV%

AH%

PC (1) 60.554 49 100 48.943 35 81PELP (2) 14.196 12 100 51.291 36 361PASSIVO EXIGÍVEL TOTAL (3) = (1 + 2)

74.750 61 100 100.234 71 134

PL (4) 48.358 39 100 41.340 29 85PASSIVO TOTAL (5) = (3 + 4)

123.108 100 100 141.574 100 115

Balanço Patrimonial

Page 126: Análise das Demonstrações Contábeis

134 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Análise Horizontal

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AU

LA 5

1 O índice utilizado para a correção dos valores é o mesmo que

foi calculado para as conversões do Ativo. Veja o Passivo ajustado:

DISCRIMINAÇÃO

31/12/X2Valores originais

(Em reais)a

Fator de conversão

b

31/12/X2Valores

deflacionados para X1

(Em reais)c = a x b

Passivo Circulante 48.943 0,967 47.328Passivo Exigível a Longo Prazo 51.291 0,967 49.598Patrimônio Líquido 41.340 0,967 39.976

O crescimento do Ativo foi financiado por recursos de terceiros

exigíveis a longo prazo. A utilização maciça desses recursos fez com que

eles crescessem 261% em termos nominais e 249% em termos reais,

índices muito superiores aos ocorridos no Ativo.

Desse modo, a participação das exigibilidades de longo prazo no

Passivo Total passou a ter uma representatividade de 36%, representando

51% dos capitais de terceiros.

Com a evolução significativa das exigibilidades a longo prazo e

o decréscimo do Patrimônio Líquido, a empresa passou a utilizar cada

vez mais recursos de terceiros na sua estrutura de capitais.

Memória de cálculo

DISCRIMINAÇÃO 31/12/X1

31/12/X2(Valores

deflacionados para X1)

Passivo Circulante – R$ 60.554 47.328Análise Horizontal (número-índice) 100% 78%Passivo Exigível a Longo Prazo – R$ 14.196 49.598Análise Horizontal 100% 349%Patrimônio Líquido – R$ 48.358 39.976Análise Horizontal (número-índice) 100% 83%

DISCRIMINAÇÃO31/12/X1 31/12/X2

VALORR$

AV%

AH%

VALORR$

AV%

AH%

Máquinas e Equipamentos 12.168 10 100 21.345 22 175

Obras em andamento – – – 17.615 12 –Ativo total 123.108 100 100 141.574 100 115

Valores extraídos do BP original encerrado em 31/12/X1 e

31/12/X2, respectivamente

Page 127: Análise das Demonstrações Contábeis

134 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Análise Horizontal

C E D E R J 135

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LA 5

1

Veja em seguida a Demonstração do Resultado do Exercício ajustada relativa ao exercício

X1 e X2, bem como sua análise:

Empresa Via Digital S.A.

DREs saneadas relativas aos exercícios de X1 e X2

DRE

DISCRIMINAÇÃO

31/12/X1 31/12/X2

VALORR$

AV%

AH%

VALORR$

AV%

AH%

RECEITA OPERACIONAL BRUTA (1) 237.401 113 100 294.377 114 124

(-) Deduções de Vendas (2) 26.889 13 100 35.031 14 130

(=) RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA (3) = (1 – 2)

210.512 100 100 259.346 100 123

(-) CUSTO DOS PRODUTOS VENDIDOS (4)

160.385 76 100 161.313 62 101

(=) LUCRO BRUTO (5) = (3 – 4) 50.127 24 100 98.033 38 196

(-) Despesas Operacionais (6) = (7 + 8 + 9 + 10)

35.382 17 100 92.327 36 261

. Vendas (7) 10.218 5 100 12.189 5 119

. Administrativas (8) 9.296 4 100 8.299 3 89

. Financeiras Líquidas (9) 15.868 8 100 71.839 28 453

. Outras Despesas/Receitas (10) - - - - - -

(=) Lucro Operacional (11) = (5 – 6) 14.745 7 100 5.706 2 39

(+) Resultados Não-Operacionais (12) 156 - 100 76 - 49

(=) Lucro antes do IR (13) = (11 + 12) 14.901 7 100 5.782 2 39

(-) Provisão para IR (14) 4.797 2 100 1.100 - 23

(=) Lucro Líquido (15) = (13 – 14) 10.104 5 100 4.682 2 46

DISCRIMINAÇÃO31/12/X2

VALORR$

AV%

Obras em andamento 17.615 30Ativo Imobilizado 59.036 100

DISCRIMINAÇÃO31/12/X2

VALORR$

AV%

Passível Exigível a LP 51.291 51Passível Exigível 100.234 100

Page 128: Análise das Demonstrações Contábeis

136 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Análise Horizontal

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AU

LA 5

1

Quanto à situação econômica da EVD S.A., observa-se em X2

acréscimo nominal das Receitas Operacionais de 23% e real de 19%.

Como o CPV manteve-se praticamente no mesmo nível de X1 em

termos nominais e decréscimo real de 3%, acarretou um lucro bruto

real de 89% – desempenho bom. A maior produtividade de X2 foi

reduzida drasticamente em função das despesas operacionais, que

evoluíram cerca de oito vezes o crescimento ocorrido nas vendas líquidas

(152% ÷ 19%). Analisando especificamente as despesas operacionais,

DISCRIMINAÇÃO 31/12/X1

31/12/X2(Valores

deflacionados para X1)

Receita Operacional Líquida – R$ 210.512 250.788Análise Horizontal (número-índice) 100% 119%Custo dos Produtos Vendidos – R$ 160.385 155.990Análise Horizontal (número-índice) 100% 97%Lucro Bruto – R$ 50.127 94.798Análise Horizontal (número-índice) 100% 189%Despesas Operacionais – R$ 35.382 89.280Análise Horizontal (número-índice) 100% 252%Despesas com Vendas – R$ 10.218 11.787Análise Horizontal (número-índice) 100% 115%Despesas Administrativas – R$ 9.296 8.025Análise Horizontal (número-índice) 100% 86%Despesas Financeiras Líquidas – R$ 15.868 69.468Análise Horizontal (número-índice) 100% 438%Lucro Operacional – R$ 14.745 5.518Análise Horizontal (número-índice) 100% 37%Lucro Líquido – R$ 10.104 4.527Análise Horizontal (número-índice) 100% 45%

DISCRIMINAÇÃO

31/12/X2Valores originais

(Em reais)a

Fator de conversão

b

31/12/X2Valores deflacionados

(Em reais)c = a x b

ROL 259.346 0,967 250.788CPV 161.313 0,967 155.990LB 98.033 0,967 94.798DO 92.327 0,967 89.280Despesas com Vendas 12.189 0,967 11.787Despesas Administrativas 8.299 0,967 8.025Despesas Financeiras Líquidas

71.839 0,967 69.468

Lucro Operacional 5.706 0,967 5.518Lucro Líquido 4.682 0,967 4.527

Page 129: Análise das Demonstrações Contábeis

136 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Análise Horizontal

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LA 5

1verifica-se que as despesas financeiras líquidas tiveram seu crescimento

elevado em 353%, em termos nominais, e 338% em termos reais. Em

função do comportamento das despesas financeiras, o Lucro Operacional

decresceu, tanto em termos nominais como reais, em 61% e 63%,

respectivamente, se comparado a X1.

Finalmente, o Lucro Líquido, também em X2, decresceu, tanto

em termos nominais como reais, em cerca de 55% em relação ao ano

anterior, representando apenas 2% da ROL.

CONCLUSÃO

Como você deve ter percebido nesta aula, a Análise Horizontal é

uma técnica de análise que permite avaliar a evolução dos elementos que

compõem as demonstrações contábeis ao longo de uma série histórica,

fornecendo informações que poderão influenciar diretamente na tomada

de decisões dentro de uma empresa. A Análise Horizontal Anual só deve

ser utilizada como complemento da Análise Horizontal Encadeada. Países

com altas taxas de inflação devem ter suas demonstrações contábeis

analisadas com ajustes de seus valores por índices calculados a partir de

dados da economia do país ou da região.

Page 130: Análise das Demonstrações Contábeis

138 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Análise Horizontal

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LA 5

1

Analisando uma demonstração

A seguir você encontra o registro do Ativo saneado de uma empresa, mostrando os

dados referentes a X1 e X2. Estes dados estão analisados Vertical e Horizontalmente e

sua tarefa é interpretar esta análise. Mas calma! Veja os dados e, em seguida, concentre-

se em responder as perguntas que se encontram depois deles. Fazendo isso, você

realizará a atividade e, por conseqüência, atingirá o quarto objetivo desta aula!

Aplicações de Recursos da Empresa ABC Ltda.

Fator de conversão para base deflacionária (dado do problema): 0,92

Atividade Final

4

DISCRIMINAÇÃO31/12/X1 31/12/X2

VALORR$

AV%

AH%

VALORR$

AV%

AH%

ATIVO CIRCULANTE:Disponível (1)

8.000 7 100 3.000 2 38

Direitos Realizáveis a Curto Prazo (2) 50.000 42 100 40.000 33 80Soma (3) = (1+2) 58.000 49 100 43.000 35 74Estoques (4) 33.000 28 100 29.000 24 88TOTAL DO ATIVO CIRCULANTE (5) = (3 + 4)

91.000 77 100 72.000 59 79

ATIVO REALIZÁVEL A LONGO PRAZO (6) - - - - - -TOTAL DO ATIVO PERMANENTE (7) = (8 + 9+ 10)

27.500 23 100 49.200 41 179

. Investimentos (8) 2.500 2 100 3.200 3 128

. Imobilizado (9) 25.000 21 100 46.000 38 184ATIVO TOTAL (11) = (5 + 6 + 7) 118.500 100 100 121.200 100 102

DISCRIMINAÇÃO 31/12/X1

31/12/X2(Valores

deflacionados para X1)

Ativo Circulante – R$ 91.000 65.320Análise Horizontal (número-índice) 100% 73%Ativo Permanente – R$ 27.500 45.264Análise Horizontal (número-índice) 100% 165%Ativo Total (Passivo Total) – R$ 118.500 111.504

Page 131: Análise das Demonstrações Contábeis

138 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Análise Horizontal

C E D E R J 139

AU

LA 5

1

Analise os dados oferecidos anteriormente e responda às seguintes perguntas:

Qual foi a evolução nominal das Aplicações?

________________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________

Qual foi a evolução real das Aplicações?

_______________________________________________________________________________

______________________________________________________________________________

Qual foi o comportamento nominal do:

1 - Ativo Circulante:

- Disponibilidades:

_______________________________________________________________________________

______________________________________________________________________________

- Estoques:

________________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________

2 - Ativo Permanente:

- Imobilizado:

_______________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________

Resposta ComentadaPara realizar esta atividade, você não precisava fazer um único cálculo. O objetivo era que

você pudesse analisar as informações já processadas e chegar a algumas conclusões

a partir delas.

Você aprendeu nesta aula a diferença entre o que é valor nominal e o que é valor real:

no primeiro, os dados das demonstrações são analisados e comparados sem ajustes que

levam em consideração a inflação, ao contrário do que acontece no segundo.

A evolução nominal do Ativo (Aplicações) foi pequena, sofrendo um aumento de apenas

2%. Se deflacionarmos os saldos para X1 utilizando o fator de conversão, veremos que,

de fato, não houve aumento, mas sim diminuição nas aplicações: o valor real destas

foi reduzido em 6%.

O Ativo Circulante sofreu retração tanto nominal quanto real. Nominalmente, ele

diminuiu 21%, enquanto, em termos reais, esta diminuição foi de 27%. Todos os

ítens do Ativo Circulante tiveram seus percentuais diminuídos de X1 para X2

em relação ao Ativo Total. O grupo que sofreu a maior redução

Page 132: Análise das Demonstrações Contábeis

140 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Análise Horizontal

C E D E R J 141

AU

LA 5

1

de um exercício para o outro foi o Direitos Realizáveis a Curto Prazo, que sofreu uma

retração nominal de 9%. Disponibilidades quase deixa de existir, passando a representar

apenas 2% do Ativo Total. Os Estoques, por sua vez, não se comportaram de maneira

diferente: também diminuíram sua participação nas aplicações da empresa.

O Ativo Permanente, ao contrário do Circulante, passa a representar uma porcentagem

maior das aplicações da empresa. Este grupo sofre um aumento nominal de 79% e real

de 65% de X1 para X2. O principal responsável por esse comportamento foi o Imobilizado,

que, de um ano para o outro, quase dobrou de valor (monetário). Nominalmente, o Ativo

Imobilizado cresceu 84% e, em termos reais, de 65%.

De maneira preliminar, pois não estamos vendo o que aconteceu com as Origens desta

empresa, podemos dizer que esta entidade investiu mais em estabilidade, aplicando

maior quantidade de recursos em seu Ativo Imobilizado.

Page 133: Análise das Demonstrações Contábeis

140 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Análise Horizontal

C E D E R J 141

AU

LA 5

1

A técnica de Análise Horizontal tem o objetivo de avaliar a evolução

dos diversos valores lançados em uma demonstração contábil. Sua

aplicação envolve o cálculo de números-índice, que transformam valores

monetários absolutos em percentuais relativos, facilitando a comparação

dos desempenhos da empresa em diversos exercícios (série histórica).

Quando aplicada aos Balanços Patrimoniais, ela possibilita avaliar a

evolução:

- dos ativos (investimentos) e passivos (financiamentos) de curto prazo, para

saber a existência de folga financeira de curto prazo;

- do Ativo Imobilizado comparado à evolução das vendas, para verificar o

comportamento dos investimentos em bens fixos em relação a um adequado

crescimento de vendas;

- da estrutura de capital, a fim de tomar conhecimento de como a empresa

está financiando seus ativos (Quais as fontes de recursos? Qual a proporção

dos recursos próprios e de terceiros? Maior utilização de dívidas de curto

prazo? Desequilíbrio na estrutura de capital?).

Quando aplicada às Demonstrações dos Resultados, a Análise Horizontal

procura, em primeiro lugar, identificar a evolução dos custos e das despesas

em relação ao volume das Receitas Operacionais Líquidas e seus reflexos

sobre os resultados da empresa.

Há dois tipos de Análise Horizontal: a Encadeada (que analisa todos os

exercícios em relação ao desempenho de um outro determinado, chamado

ano-base) e a Anual (que compara o desempenho de um exercício com o

do anterior).

As análises ao longo de diversos exercícios estão sujeitas à distorção dos

valores monetários originada por inflação ou deflação. Para evitar essas

distorções no resultado da análise, é necessário preparar as demonstrações,

convertendo-as todas para uma mesma moeda, por meio de índices

calculados com base em dados da economia do país ou da região.

A interpretação da Análise Horizontal não deve ser realizada isoladamente,

mas sim em conjunto com a Análise Vertical, pois só assim você irá identificar

os elementos que merecem uma investigação mais rigorosa.

R E S U M O

Page 134: Análise das Demonstrações Contábeis

142 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Análise Horizontal

INFORMAÇÕES SOBRE A PRÓXIMA AULA

A Aula 6 será exclusivamente prática, como foi o caso da aula passada; a

diferença é que, na próxima aula, as atividades serão relativas à técnica de

Análise Horizontal.

Page 135: Análise das Demonstrações Contábeis

Práticas sobre Análise Horizontal

Ao término desta aula, você deverá ser capaz de:

aplicar os conceitos envolvidos com Análise Horizontal (estudados na Aula 5);

aplicar a técnica de Análise Horizontal nos principais demonstrativos contábeis;

extrair algumas conclusões preliminares sobre os percentuais obtidos nessas tarefas.

6objetivos

AU

LA

Meta da aula

Apresentar várias atividades envolvendo a técnica de Análise Horizontal.

1

2

3

Pré-requisitos

É necessário que você tenha claros todos os conceitos envolvidos com a Análise Horizontal, apresentados na aula passada. Além disso, recomendamos que você tenha em mãos um calculadora, para fazer

as atividades propostas com mais rapidez.

Page 136: Análise das Demonstrações Contábeis

144 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Práticas sobre Análise Horizontal

C E D E R J 145

AU

LA 6

INTRODUÇÃO A Análise Horizontal é uma técnica que possibilita a obtenção de informações

preciosas sobre a evolução de uma empresa ao longo de diversos exercícios.

Por esta técnica, é possível comparar o desempenho de todos os exercícios

com o de um específico, chamado ano-base (Análise Horizontal Encadeada ou

simplesmente Análise Horizontal), bem como comparar o desempenho de uma

empresa de um exercício para o outro (Análise Horizontal Anual).

Na aula passada, você aprendeu como aplicar as Análises Horizontais Encadeada

e Anual, como não cometer erros originados por uma economia em que há

inflação e também como interpretar alguns dos dados obtidos em conjunto

com aqueles oriundos da Análise Vertical.

Nesta aula, você terá a oportunidade de praticar todos esses conhecimentos

realizando uma série de atividades. Mãos à obra!

Revendo conceitos

Marque a opção correta para cada sentença a seguir:

a. A Análise Horizontal é o processo que corresponde ao estudo comparativo da evolução das contas que compõem as demonstrações contábeis, em períodos de tempo consecutivos. ( ) certo ( ) errado

b. Ao aplicar a Análise Horizontal, o analista transforma os valores monetários das demonstrações financeiras em medidas relativas chamadas: ( ) percentuais ( ) números-índice ( ) quocientes ( ) diferenças absolutas

c. A Análise Horizontal também é denominada: ( ) de Estrutura ou de Composição ( ) de Evolução ou Composição ( ) de Evolução ou de Crescimento ( ) de Crescimento ou de Estrutura

d. A Análise Horizontal pode ser efetuada por meio do cálculo das variações em relação a um ano-base. Este processo de cálculo para apuração de número-índice é chamado: ( ) Análise Horizontal Anual ( ) Análise Horizontal Encadeada ( ) Análise Vertical Encadeada ( ) Análise Vertical Anual

e. A Análise Horizontal pode ser efetuada através do cálculo das variações em relação ao ano anterior. Este processo de cálculo para apuração de número-índice recebe o nome: ( ) Análise Vertical Anual ( ) Análise Horizontal Encadeada ( ) Análise Vertical Encadeada ( ) Análise Horizontal Anual

Atividade 1

1

Page 137: Análise das Demonstrações Contábeis

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Análise das Demonstrações Contábeis | Práticas sobre Análise Horizontal

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AU

LA 6

Resposta ComentadaDe acordo com os conceitos que você aprendeu na Aula 5, responder a estas perguntas

deve ter sido fácil! Se ficou alguma dúvida, é só recorrer à aula anterior para saná-la.

Não deixe de fazer isso, pois esses conceitos são importantes para sua formação como

administrador. Confira as respostas a seguir:

a. certo

b. Números-índice

c. de Evolução ou de Crescimento

d. Análise Horizontal Encadeada

e. Análise Horizontal Anual

Você aprendeu, na Aula 5, como se dá a aplicação da técnica de Análise

Horizontal no Balanço Patrimonial e na Demonstração do Resultado do

Exercício. Estudou também que a Análise Horizontal apresenta duas

modalidades: Encadeada e Anual. Que tal testar o quanto você fixou destes

dois procedimentos com as atividades a seguir?

Lembre-se de que a Análise Horizontal Encadeada toma por base os

valores definidos para uma determinada data-base, considerando-os 100%.!!

Aplicando Análise Horizontal Encadeada no BP

Nesta atividade, você deve efetuar a Análise Horizontal Encadeada dos Balanços Patrimoniais da Empresa Comércio de Fogos de Artifício Goiás S.A., encerrados em 31 de dezembro de X1, X2 e X3, arredondando os percentuais para zero casas decimais.

Atividade 22

Page 138: Análise das Demonstrações Contábeis

146 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Práticas sobre Análise Horizontal

C E D E R J 147

AU

LA 6

Empresa Comércio de Fogos de Artifício Goiás S.A.

Utilize o espaço a seguir para fazer seus cálculos.

ATIVO

31/12/X1 31/12/X2 31/12/X3

VALOR AH VALOR AH VALOR AH

R$ MIL % R$ MIL % R$ MIL %

Circulante 6.000 7.200 10.150

Realizável a L.P. 1.350 3.000 4.200

Permanente – Investimento 2.250 4.000 3.000

Permanente – Imobilizado 4.800 7.000 9.000

Permanente – Diferido 600 450 300

TOTAL 15.000 21.650 26.650

Balanço Patrimonial

PASSIVO

31/12/X1 31/12/X2 31/12/X3

VALOR AH VALOR AH VALOR AH

R$ MIL % R$ MIL % R$ MIL %

Circulante 4.500 6.300 7.000

Exigível a L.P. 900 4.300 4.800

Patrimônio Líquido 9.600 11.050 14.850

TOTAL 15.000 21.650 26.650

Balanço Patrimonial

Page 139: Análise das Demonstrações Contábeis

146 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Práticas sobre Análise Horizontal

C E D E R J 147

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LA 6

Resposta ComentadaVocê viu que a Análise Horizontal é o processo que mede a evolução de cada conta ou

grupo de contas das demonstrações contábeis ao longo de períodos sucessivos, a fim

de caracterizar tendência. A Análise Horizontal Encadeada (ou simplesmente Análise

Horizontal) é efetuada por meio do cálculo das variações em relação a um ano-base,

geralmente o mais antigo da série.

Nesta atividade, você deverá tomar o ano X1 como base 100%. Você chega aos resultados

dividindo o valor de um grupo de X2 pelo valor do mesmo grupo em X1, multiplicando

por 100 o resultado da divisão, e depois você deverá dividir o valor do grupo de X3 pelo

valor do mesmo grupo em X1, multiplicando por 100 o resultado da divisão. Veja como

deve ter ficado a sua tabela preenchida:

Empresa Comércio de Fogos de Artifício Goiás S.A.

ATIVO

31/12/X1 31/12/X2 31/12/X3

VALOR AH VALOR AH VALOR AH

R$ MIL % R$ MIL % R$ MIL %

Circulante 6.000 100 7.200 120 10.150 169

Realizável a L.P. 1.350 100 3.000 222 4.200 311

Permanente – Investimento 2.250 100 4.000 178 3.000 133

Permanente – Imobilizado 4.800 100 7.000 146 9.000 188

Permanente – Diferido 600 100 450 75 300 50

TOTAL 15.000 100 21.650 144 26.650 178

Balanço Patrimonial

PASSIVO

31/12/X1 31/12/X2 31/12/X3

VALOR AH VALOR AH VALOR AH

R$ MIL % R$ MIL % R$ MIL %

Circulante 4.500 100 6.300 140 7.000 156

Exigível a L.P. 900 100 4.300 478 4.800 533

Patrimônio Líquido 9.600 100 11.050 115 14.850 155

TOTAL 15.000 100 21.650 144 26.650 178

Balanço Patrimonial

Page 140: Análise das Demonstrações Contábeis

148 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Práticas sobre Análise Horizontal

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AU

LA 6

Você já estudou que, na Análise Horizontal Anual, as variações são calculadas

tomando por base os valores do ano imediatamente anterior.!!

Agora, efetue a Análise Horizontal Anual dos Balanços Patrimoniais da Empresa Comércio de Fogos de Artifício Goiás S.A., encerrados em 31 de dezembro de X1, X2 e X3, arredondando os percentuais para zero casas decimais.

Empresa Comércio de Fogos de Artifício Goiás S.A.

ATIVO

31/12/X1 31/12/X2 31/12/X3

VALOR VALOR AH VALOR AH

R$ MIL R$ MIL % R$ MIL %

Circulante 6.000 7.200 10.150

Realizável a L.P. 1.350 3.000 4.200

Permanente – Investimento 2.250 4.000 3.000

Permanente – Imobilizado 4.800 7.000 9.000

Permanente – Diferido 600 450 300

TOTAL 15.000 21.650 26.650

Balanço Patrimonial

PASSIVO

31/12/X1 31/12/X2 31/12/X3

VALOR VALOR AH VALOR AH

R$ MIL R$ MIL % R$ MIL %

Circulante 4.500 6.300 7.000

Exigível a L.P. 900 4.300 4.800

Patrimônio Líquido 9.600 11.050 14.850

TOTAL 15.000 21.650 26.650

Balanço Patrimonial

Atividade 3

2

Page 141: Análise das Demonstrações Contábeis

148 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Práticas sobre Análise Horizontal

C E D E R J 149

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LA 6

Utilize o espaço a seguir para fazer seus cálculos.

Resposta ComentadaA Análise Horizontal Anual é efetuada por meio do cálculo das variações em relação ao

ano anterior (não há exigência de escolha de ano-base). Ela deve ser utilizada como

complemento da Encadeada.

Nesta atividade, você deverá dividir o valor de um grupo de X2 pelo valor do mesmo grupo

em X1, multiplicando por 100 o resultado da divisão, depois você deverá dividir o valor

do grupo de X3 pelo valor do mesmo grupo em X2, multiplicando por 100 o resultado da

divisão. Ao final, você encontrará os seguintes percentuais:

Empresa Comércio de Fogos de Artifício Goiás S.A.

ATIVO

31/12/X1 31/12/X2 31/12/X3

VALOR VALOR AH VALOR AH

R$ MIL R$ MIL % R$ MIL %

Circulante 6.000 7.200 120 10.150 141

Realizável a L.P. 1.350 3.000 222 4.200 140

Permanente – Investimento 2.250 4.000 178 3.000 75

Permanente – Imobilizado 4.800 7.000 146 9.000 129

Permanente – Diferido 600 450 75 300 67

TOTAL 15.000 21.650 144 26.650 123

Balanço Patrimonial

PASSIVO

31/12/X1 31/12/X2 31/12/X3

VALOR VALOR AH VALOR AH

R$ MIL R$ MIL % R$ MIL %

Circulante 4.500 6.300 140 7.000 111

Exigível a L.P. 900 4.300 478 4.800 112

Patrimônio Líquido 9.600 11.050 115 14.850 134

TOTAL 15.000 21.650 144 26.650 123

Balanço Patrimonial

Page 142: Análise das Demonstrações Contábeis

150 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Práticas sobre Análise Horizontal

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AU

LA 6

Aplicando a Análise Horizontal Encadeada na DRE

A Análise Horizontal Encadeada pode ser aplicada também à DRE de uma empresa. Aplique esta técnica nas Demonstrações dos Resultados dos Exercícios da Empresa Comércio de Artifício Fogos de Goiás S.A. referentes aos exercícios X1, X2 e X3, arredondando os percentuais para zero casas decimais.

Empresa Comércio de Fogos de Artifício Goiás S.A.

Resposta ComentadaPara esta atividade, são válidos os comentários da Atividade 2.

Atividade 4

2

DRE

DISCRIMINAÇÃO

X1 X2 X3

VALOR AH VALOR AH VALOR AH

R$ MIL % R$ MIL % R$ MIL %

Vendas Brutas 10.730 11.696 11.803

(-) Devoluções de Vendas 40 45 50

(-) Descontos Incondicionais de Venda

90 115 120

(-) ICMS sobre Vendas 600 650 680

(=) Vendas Líquidas 10.000 10.886 10.953

(-) CMV 3.000 3.180 3.500

(=) Lucro Bruto 7.000 7.706 7.453

(-) Despesas Operacionais

. de Vendas 100 200 250

. Administrativas 400 450 500

. Financeiras Líquidas 200 600 950

(=) Lucro Operacional 6.300 6.456 5.753

(-) Provisão para I.R. 2.000 2.200 2.300

(=) Lucro Líquido 4.300 4.256 3.453

Page 143: Análise das Demonstrações Contábeis

150 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Práticas sobre Análise Horizontal

C E D E R J 151

AU

LA 6

Empresa Comércio de Fogos de Artifício Goiás S.A.

DRE

DISCRIMINAÇÃO

X1 X2 X3

VALOR AH VALOR AH VALOR AH

R$ MIL % R$ MIL % R$ MIL %

Vendas Brutas 10.730 100 11.696 109 11.803 110

(-) Devoluções de Vendas 40 100 45 113 50 125

(-) Descontos Incondicionais de Venda

90 100 115 128 120 133

(-) ICMS sobre Vendas 600 100 650 108 680 113

(=) Vendas Líquidas 10.000 100 10.886 109 10.953 110

(-) CMV 3.000 100 3.180 106 3.500 117

(=) Lucro Bruto 7.000 100 7.706 110 7.453 106

(-) Despesas Operacionais

. de Vendas 100 100 200 200 250 250

. Administrativas 400 100 450 113 500 125

. Financeiras Líquidas 200 100 600 300 950 475

(=) Lucro Operacional 6.300 100 6.456 102 5.753 91

(-) Provisão para I.R. 2.000 100 2.200 110 2.300 115

(=) Lucro Líquido 4.300 100 4.256 99 3.453 80

Aplicando a Análise Horizontal Anual na DRE

Agora, realize a Análise Horizontal Anual das Demonstrações dos Resultados dos Exercícios da Empresa Comércio de Fogos de Artifício Goiás S.A. referentes aos exercícios

X1, X2 e X3, arredondando os percentuais para zero casas decimais.

Atividade 52

Page 144: Análise das Demonstrações Contábeis

152 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Práticas sobre Análise Horizontal

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AU

LA 6

Empresa Comércio de Fogos de Artifício Goiás S.A.

Resposta ComentadaOs comentários da Atividade 3 são válidos para esta atividade.

DRE

DISCRIMINAÇÃO

X1 X2 X3

VALOR VALOR AH VALOR AH

R$ MIL R$ MIL % R$ MIL %

Vendas Brutas 10.730 11.696 11.803

(-) Devoluções de Vendas 40 45 50

(-) Descontos Incondicionais de Venda

90 115 120

(-) ICMS sobre Vendas 600 650 680

(=) Vendas Líquidas 10.000 10.886 10.953

(-) CMV 3.000 3.180 3.500

(=) Lucro Bruto 7.000 7.706 7.453

(-) Despesas Operacionais

. de Vendas 100 200 250

. Administrativas 400 450 500

. Financeiras Líquidas 200 600 950

(=) Lucro Operacional 6.300 6.456 5.753

(-) Provisão para I.R. 2.000 2.200 2.300

(=) Lucro Líquido 4.300 4.256 3.453

Page 145: Análise das Demonstrações Contábeis

152 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Práticas sobre Análise Horizontal

C E D E R J 153

AU

LA 6

Empresa Comércio de Fogos de Artifício Goiás S.A.

DRE

DISCRIMINAÇÃO

X1 X2 X3

VALOR VALOR AH VALOR AH

R$ MIL R$ MIL % R$ MIL %

Vendas Brutas 10.730 11.696 109 11.803 101

(-) Devoluções de Vendas 40 45 113 50 111

(-) Descontos Incondicionais de Venda

90 115 128 120 104

(-) ICMS sobre Vendas 600 650 108 680 105

(=) Vendas Líquidas 10.000 10.886 109 10.953 101

(-) CMV 3.000 3.180 106 3.500 110

(=) Lucro Bruto 7.000 7.706 110 7.453 97

(-) Despesas Operacionais

. de Vendas 100 200 200 250 125

. Administrativas 400 450 113 500 111

. Financeiras Líquidas 200 600 300 950 158

(=) Lucro Operacional 6.300 6.456 102 5.753 89

(-) Provisão para I.R. 2.000 2.200 110 2.300 105

(=) Lucro Líquido 4.300 4.256 99 3.453 81

Mais conceitos...

Marque a opção correta para cada sentença a seguir:

a. A Análise Horizontal Anual é usada como complemento da Análise Horizontal Encadeada. ( ) certo ( ) errado

b. Na Análise Horizontal Encadeada ou simplesmente Análise Horizontal a escolha do ano-base recai sempre sobre o primeiro ano da série histórica. ( ) certo ( ) errado

c. Na Análise Horizontal Anual a escolha do ano-base geralmente é o mais antigo da série. ( ) certo ( ) errado

Atividade 61

Page 146: Análise das Demonstrações Contábeis

154 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Práticas sobre Análise Horizontal

C E D E R J 155

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LA 6

d. Na Análise Horizontal, Encadeada ou simplesmente Análise Horizontal, a escolha do ano-base é, geralmente, o primeiro ano da série histórica. ( ) certo ( ) errado

e. Na Análise Horizontal Anual não há escolha de ano-base, pois se compara o ano seguinte em relação ao ano anterior. ( ) certo ( ) errado

f. A interpretação do número-índice se faz por meio da taxa de variação. ( ) certo ( ) errado

g. A taxa de variação é dada pela seguinte fórmula: ( ) 100% + número-índice ( ) 100% - número-índice ( ) número-índice + 100% ( ) número-índice – 100%

h. Se o número-índice for positivo, a taxa de variação é: ( ) o próprio número-índice ( ) o que exceder a – 100% ( ) o que exceder a 100% ou o que faltar para 100% ( ) 100%

i. Se o número-índice for negativo, a taxa de variação é: ( ) o próprio número-índice ( ) o que exceder a 100% ou que faltar para 100% ( ) o número-índice acrescido de – 100% ( ) 100%

j. Se o número-índice for negativo, a taxa de variação também é negativa. Neste caso, trabalha-se com módulo, e sua interpretação se dará em função do sinal da base (Encadeada) ou em função do ano anterior (Anual). ( ) certo ( ) errado

l. o módulo de | -9| = - 9 ( ) certo ( ) errado

m. o módulo de | +9| = + 9 ( ) certo ( ) errado

Resposta ComentadaPara responder a estas perguntas, mais uma vez, você só precisava recorrer aos conteúdos

estudados na aula anterior. Repare que as respostas das letras g, h, i, j, l e m estão na seção

da aula que mostra todas as situações possíveis aos números-índice. Falando em módulo

(l e m), é necessário lembrar apenas que o módulo de todo número negativo é

ele mesmo com sinal positivo. Confira as respostas:

Page 147: Análise das Demonstrações Contábeis

154 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Práticas sobre Análise Horizontal

C E D E R J 155

AU

LA 6

a. certo

b. errado

c. errado

d. certo

e. certo

f. certo

g. número-índice – 100%

h. o que exceder a 100% ou o que faltar para 100%

i. o número-índice acrescido de -100%

j. certo

l. errado

m. certo

Estudando os números-índice – I

Você conheceu, na Aula 5, várias situações que podem ocorrer na interpretação dos números-índice. Levando em conta os dados da tabela, calcule, em termos absolutos, o valor do Lucro auferido no ano 2.

( ) R$ 2.000 ( ) R$ 3.000( ) R$ 1.000 ( ) – R$ 1.000

Atividade 72

DISCRIMINAÇÃOANO 1 ANO 2 AH

R$ R$ %

Lucro 2.000 ? 50

Page 148: Análise das Demonstrações Contábeis

156 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Práticas sobre Análise Horizontal

C E D E R J 157

AU

LA 6

Estudando os números-índice – II

Você conheceu, na Aula 5, várias situações que podem ocorrer na interpretação dos números-índice. Levando em conta os dados da tabela, qual a taxa de variação do ano 2 em relação ao ano 1?

( ) 200% ( ) 50%( ) 100% ( ) – 100%

Atividade 8

Resposta ComentadaPara resolver esta atividade, você precisa interpretar o número-índice por meio da taxa de

variação. Em seguida, calcule o valor do Lucro, em termos absolutos.

a. A taxa de variação é calculada pela seguinte fórmula:

Taxa de variação = Número-índice – 100%

Taxa de variação = 50% – 100%

Taxa de variação = – 50%

b. O valor do Lucro, em termos absolutos, fica demonstrado assim:

Ano 1 = R$ 2.000

(+) Variação = – R$ 1.000 (matematicamente, temos: – 50% de R$ 2.000)

Ano 2 = R$ 1.000

2

DISCRIMINAÇÃOANO 1 ANO 2 AH

R$ R$ %

Lucro 2.000 4.000

Page 149: Análise das Demonstrações Contábeis

156 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Práticas sobre Análise Horizontal

C E D E R J 157

AU

LA 6

Resposta ComentadaPara resolver esta atividade, você precisa calcular o número-índice pela seguinte

fórmula:

Número-índice =

Número-índice =

Número-índice = 200%

Estudando os números-índice – III

Você aprendeu várias situações que podem ocorrer na interpretação dos números-índice na Aula 5. Levando em conta os dados da tabela, podemos afirmar que:

( ) Em termos relativos, o Lucro do ano 2 cresceu 50% em relação ao ano 1.

( ) Em termos relativos, o Lucro do ano 2 cresceu 150% em relação ao ano 1.

( ) Em termos relativos, o Lucro do ano 2 decresceu 50% em relação ao ano 1.

( ) Em termos relativos, o Lucro do ano 2 decresceu 150% em relação ao ano 1.

Resposta ComentadaPara resolver esta atividade, você precisa interpretar o número-índice por meio da taxa de

variação, que é calculada pela seguinte fórmula:

Taxa de variação = Número-índice – 100%

Taxa de variação = 50% – 100%

Taxa de variação = – 50%

Como a base é positiva, não há dificuldade para interpretação da taxa negativa (taxa negativa

significa decréscimo quando comparada a uma base positiva), portanto, em termos relativos,

o Lucro do ano 2 decresceu 50% em relação ao ano 1 e, em termos absolutos,

passou de R$ 2.000 para R$ 1.000.

Atividade 9

2

DISCRIMINAÇÃOANO 1 ANO 2 AH

R$ R$ %

Lucro 2.000 1.000 50

Page 150: Análise das Demonstrações Contábeis

158 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Práticas sobre Análise Horizontal

C E D E R J 159

AU

LA 6

Estudando os números-índice – IV

Você aprendeu, na Aula 5, várias situações que podem ocorrer na interpretação dos números-índice. Levando em conta os dados da tabela, podemos afirmar que:

( ) Em termos relativos, o Resultado Bruto do ano 2 cresceu 50% em relação ao ano 1.

( ) Em termos relativos, o Resultado Bruto do ano 2 decresceu 150% em relação ao ano 1.

( ) Em termos relativos, o Resultado Bruto do ano 2 decresceu 50% em relação ao ano 1.

( ) Em termos relativos, o Resultado Bruto do ano 2 cresceu 150% em relação ao ano 1.

Resposta ComentadaPara resolver esta atividade, você precisa interpretar o número-índice através da taxa de

variação, que é calculada pela seguinte fórmula:

Taxa de variação = Número-índice – 100%

Taxa de variação = – 50% – 100%

Taxa de variação = – 150%

Como a base é positiva, não há dificuldade para interpretação da taxa negativa (taxa negativa

significa decréscimo quando comparada a uma base positiva).

Portanto, em termos relativos, o Resultado Bruto do ano 2 decresceu 150% em relação ao

ano 1 e, em termos absolutos, passou de um resultado positivo (lucro) de R$ 2.000

para um resultado negativo (prejuízo) de R$ 1.000.

Atividade 10

2

DISCRIMINAÇÃOANO 1 ANO 2 AH

R$ R$ %

Resultado Bruto 2.000 (1.000) (50)

Page 151: Análise das Demonstrações Contábeis

158 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Práticas sobre Análise Horizontal

C E D E R J 159

AU

LA 6

Estudando os números-índice – V

Você aprendeu várias situações que podem ocorrer na interpretação dos números-índice. Levando em conta os dados da tabela, você pode afirmar que:

( ) Em termos relativos, o Resultado Bruto do ano 2 cresceu 150% em relação ao ano 1.

( ) Em termos relativos, o Resultado Bruto do ano 2 decresceu 150% em relação ao ano 1.

( ) Em termos relativos, o Resultado Bruto do ano 2 cresceu 50% em relação ao ano 1.

( ) Em termos relativos, o Resultado Bruto do ano 2 decresceu 50% em relação ao ano 1.

Resposta ComentadaPara resolver esta atividade, você precisa interpretar o número-índice por meio da taxa de

variação, que é calculada pela seguinte fórmula:

Taxa de variação = Número-índice – 100%

Taxa de variação = – 50% – 100%

Taxa de variação = – 150%

Como a base é negativa, você deve tomar muito cuidado na interpretação da taxa de variação.

E quando essa taxa é negativa o melhor é trabalhar com módulo, ou seja, | –150| = 150%.

Portanto, em termos relativos, o Resultado Bruto do ano 2 cresceu 150% em relação ao

ano 1 e, em termos absolutos, passou de um resultado negativo (prejuízo) de R$ 2.000 para

um resultado positivo (lucro) de R$ 1.000.

Ano 1 = – R$ 2.000

(+) Variação = + R$ 3.000 (matematicamente, temos – 150% de – R$ 2.000)

Ano 2 = + R$ 1.000

Vale a pena relembrar que a taxa de variação negativa aplicada em base

negativa significa acréscimo.

Atividade 11

2

DISCRIMINAÇÃOANO 1 ANO 2 AH

R$ R$ %

Resultado Bruto (2.000) 1.000 (50)

Page 152: Análise das Demonstrações Contábeis

160 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Práticas sobre Análise Horizontal

C E D E R J 161

AU

LA 6

Outra maneira para você interpretar a taxa de variação, quando a base é negativa, é

considerar para o valor negativo da base o índice – 100; conseqüentemente, os demais

índices inverterão os sinais, conforme demonstrado a seguir:

(*) – 2.000 __________ – 100

1.000 __________ X

X = 50%.

Interpretando o número-índice, temos a seguinte taxa de variação:

Taxa de variação = Número-índice – (–100%)

= 50% + 100%

= +150%

Com efeito, há uma variação positiva de 150% entre uma data e outra.

Essa maneira de calcular facilita a interpretação para análise.

DISCRIMINAÇÃORESULTADO BRUTO AH

R$ %

Ano 1 (2.000) -100

Ano 2 1.000 50(*)

Estudando os números-índice – VI

Você aprendeu, na Aula 5, várias situações que podem ocorrer na interpretação dos números-índice. Levando em conta os dados da tabela, podemos afirmar que:

Atividade 12

2

DISCRIMINAÇÃOANO 1 ANO 2 AH

R$ R$ %

Resultado Bruto (2.000) (1.000) 50

Page 153: Análise das Demonstrações Contábeis

160 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Práticas sobre Análise Horizontal

C E D E R J 161

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LA 6

( ) Em termos relativos, o Resultado Bruto do ano 2 cresceu 50% em relação ao ano 1.

( ) Em termos relativos, o Resultado Bruto do ano 2 decresceu 100% em relação ao ano 1.

( ) Em termos relativos, o Resultado Bruto do ano 2 decresceu 50% em relação ao ano 1.

( ) Em termos relativos, o Resultado Bruto do ano 2 cresceu 100% em relação ao ano 1.

Resposta ComentadaPara resolver esta atividade, você precisa interpretar o número-índice por meio da taxa de

variação, que é calculada pela seguinte fórmula:

Taxa de variação = Número-índice – 100%

Taxa de variação = 50% – 100%

Taxa de variação = – 50%

Como a base é negativa, você deve tomar muito cuidado na interpretação da taxa de variação.

E quando essa taxa é negativa, o melhor é trabalhar com módulo, ou seja, | – 50| = 50%.

Portanto, em termos relativos, o Resultado Bruto do ano 2 cresceu 50% em relação ao

ano 1; em termos absolutos, ocorreu uma diminuição do resultado negativo (prejuízo) de

R$ 2.000 para R$ 1.000.

Ano 1 = – R$ 2.000

(+) Variação = + R$ 1.000 (matematicamente, temos – 50% de – R$ 2.000)

Ano 2 = – R$ 1.000

Mais uma vez, vale a pena reforçar que a taxa de variação negativa aplicada em base

negativa significa acréscimo. Nesta atividade, a empresa alcançou um resultado menos ruim,

se comparada ao ano-base.

Outra maneira para você interpretar a taxa de variação, quando a base é negativa, é

considerar para o valor negativo da base o índice – 100; conseqüentemente, os demais

índices inverterão os sinais, conforme demonstrado a seguir:

Page 154: Análise das Demonstrações Contábeis

162 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Práticas sobre Análise Horizontal

C E D E R J 163

AU

LA 6

DISCRIMINAÇÃORESULTADO BRUTO AH

R$ %

Ano 1 (2.000) -100

Ano 2 (1.000) -50

– 2.000 __________ – 100 – 1.000 __________ X

Xx

=−

−=

+−

= −100 1 000

2 000100 000

2 00050

( . ).

..

%

Interpretando o número-índice, temos a seguinte taxa de variação:

Taxa de variação = Número-índice – (–100%) = - 50% - (-100%) = - 50% + 100% = 50%

Com efeito, há uma variação positiva de 50% entre uma data e outra. Essa maneira facilita a interpretação

para análise.

??Certo ou Errado?

a. A Análise Horizontal é fortemente distorcida sob condições inflacionárias, por comparar valores de um mesmo item em anos sucessivos (Encadeada) ou em ano anterior (Anual), utilizando moedas de diferente poder aquisitivo.

( ) certo ( ) errado

b. Para eliminação dos efeitos inflacionários das demonstrações financeiras, você deve trazer todos os exercícios sociais para a mesma base inflacionária ou deflacionária.

( ) certo ( ) errado

c. Você aprendeu, na Aula 5, que trazer os valores para a mesma base inflacionária é corrigir os valores das demonstrações financeiras para a moeda do último exercício. E por base deflacionária entende-se a correção dos valores para a moeda do primeiro exercício social.

( ) certo ( ) errado

Atividade 13

1

Page 155: Análise das Demonstrações Contábeis

162 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Práticas sobre Análise Horizontal

C E D E R J 163

AU

LA 6

d. Na Análise Horizontal, quando aplicada às demonstrações financeiras com valores originais, a variação é nominal.

( ) certo ( ) errado

e. Na Análise Horizontal, quando aplicada às demonstrações financeiras com valores corrigidos (inflacionados ou deflacionados), a variação é real.

( ) certo ( ) errado

Resposta ComentadaMais uma vez, se você teve dúvidas para responder a alguma das perguntas, recorra à Aula

5 para resolver isso! Aqui estão as respostas:

a. certo

b. certo

c. certo

d. certo

e. certo

Após a revisão em forma de exercícios que acabou de

fazer, você será capaz de resolver as atividades seguintes: !!

Qual é o objetivo da Análise Horizontal?

A Análise Horizontal tem como finalidade principal verificar:

( ) Se a empresa obteve lucro no período analisado.( ) A situação econômico-financeira de uma empresa.( ) A participação percentual dos componentes das demonstrações contábeis.( ) A evolução dos elementos que formam as demonstrações contábeis.

Resposta ComentadaA finalidade da Análise Horizontal é mostrar a evolução, o crescimento, o estudo de tendências

de contas ou grupo de contas. A alternativa correta é "A evolução dos elementos que formam

as demonstrações contábeis".

Atividade 14

1

Page 156: Análise das Demonstrações Contábeis

164 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Práticas sobre Análise Horizontal

C E D E R J 165

AU

LA 6

Falso ou verdadeiro?

Diga se as afirmações a seguir são falsas ou verdadeiras:

( ) A Análise Horizontal consiste em verificar a evolução ou o crescimento de elementos que compõem as demonstrações contábeis de períodos distintos.

( ) Na Análise Horizontal os elementos comparados são homogêneos, mas os períodos de avaliação são diferentes.

( ) A Análise Horizontal precisa de pelo menos dois exercícios para ser efetuada.

Resposta ComentadaA afirmativa "A Análise Horizontal consiste em se verificar a evolução ou o crescimento de

elementos que compõem as demonstrações contábeis de períodos distintos” é verdadeira.

A afirmativa "Na Análise Horizontal os elementos comparados são homogêneos, mas os

períodos de avaliação são diferentes” é verdadeira.

Ao aplicar a Análise Horizontal você verifica a evolução, por exemplo, da conta Estoque de

um ano em relação a outro ano.

A terceira afirmativa é verdadeira, já que a Análise Horizontal precisa pelo menos de dois

exercícios para ser efetuada.

Atividade 15

1

Calculando a evolução nominal

O Ativo Circulante da Empresa Alvorada apresentava os seguintes valores nos Balanços Patrimoniais de X1 a X3:

Tomando como ano-base X1, os números-índice de evolução nominal de X1 a X3 são:

a. X1 = 100%; X2 = 125% e X3 = 133%

b. X1 = 100%; X2 = 125% e X3 = 167%

c. X1 = 120%; X2 = 125% e X3 = 167%

d. X1 = 120%; X2 = 125% e X3 = 133%

Atividade 16

2

DISCRIMINAÇÃO X1 X2 X3

ATIVO CIRCULANTE 120.000 150.000 200.000

Page 157: Análise das Demonstrações Contábeis

164 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Práticas sobre Análise Horizontal

C E D E R J 165

AU

LA 6

Resposta ComentadaPara resolver esta atividade, o tipo de Análise Horizontal a ser utilizado é a Encadeada,

em função de o enunciado ter tomado X1 como ano-base para fazer a comparação dos

exercícios sucessivos.

Como o enunciado informa que o ano X1 representa o ano-base (100%), as duas

últimas alternativas de imediato seriam excluídas, restando, portanto, as duas primeiras

alternativas.

Efetuando a Análise Horizontal Encadeada, você constatará que a segunda alternativa é a

correta, conforme demonstrado a seguir:

Calculando a evolução nominal

O Ativo Circulante da Empresa Alvorada apresentava os seguintes valores nos Balanços

Patrimoniais de X1 a X3:

Assim, a alternativa b é a correta.

DISCRIMINAÇÃO

X1 X2 X3

VALOR AH VALOR AH VALOR AH

R$ % R$ MIL % R$ MIL %

Ativo Circulante 120.000 100 150.000 125 200.000 167

Calculando a evolução nominal

O Ativo Circulante da Empresa Alvorada apresentava os seguintes valores nos Balanços Patrimoniais de X1 a X3:

A evolução das Vendas Líquidas é a seguinte:a. 230; 170 ; 130; 100;b. 100; 130; 130; 135;c. 100; 130; 170; 230;d. 35; 130; 130; 100;

Atividade 17

2

ANO VENDAS LÍQUIDAS

X1 2.200

X2 2.860

X3 3.740

X4 5.060

Page 158: Análise das Demonstrações Contábeis

166 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Práticas sobre Análise Horizontal

C E D E R J 167

AU

LA 6

Resposta ComentadaA opção c é a correta.

Para resolver esta atividade, você deve aplicar a metodologia de cálculo da Análise

Horizontal (Encadeada) apresentada na Aula 5. Escolha o ano X1 como base (100%)

e calcule os números-índice dos demais anos em relação a X1, conforme demonstrado

a seguir:

Vale lembrar, mais uma vez, que você só deverá utilizar a Análise Horizontal Anual quando

for solicitada pelo enunciado. Fora disso, sempre utilize a Análise Horizontal Encadeada (ou

simplesmente Análise Horizontal).

ANOVENDAS LÍQUIDAS AH

R$ MIL %

X1 2.200 100

X2 2.860 130

X3 3.740 170

X4 5.060 230

Tirando conclusões preliminares

O Ativo de uma empresa estava assim constituído em X3 e X4:

Em R$ mil

O índice de evolução nominal dos grupos de contas do Ativo indica que o que mais cresceu de X3 para X4 foi o do:

a. Realizável a Longo Prazo;

b. Permanente e do Realizável a Longo Prazo, com a mesma evolução;

c. Circulante;

d. Circulante e do Permanente;

e. Permanente;

Atividade 18

3

ATIVO X3 X4

Circulante 100 120

Realizável a Longo Prazo 30 40

Permanente 170 240

TOTAL 300 400

Page 159: Análise das Demonstrações Contábeis

166 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Práticas sobre Análise Horizontal

C E D E R J 167

AU

LA 6

Resposta ComentadaPara resolver esta atividade, você deve utilizar a Análise Horizontal, tomando o ano X3 como

base. Dividindo o valor do grupo de X4 pelo valor do mesmo grupo em X3, multiplicando o

resultado da divisão por 100, conforme demonstrado a seguir, o resultado é o seguinte:

Após a apuração dos números-índice, você deverá interpretá-los por meio da taxa de variação,

que é calculada da seguinte maneira:

Taxa de Variação = Número-índice – 100%

Tomando como exemplo o AC, podemos afirmar que ocorreu uma evolução de 20% de X3

para X4 (120% – 100%).

Você irá constatar que o grupo de maior crescimento foi o Permanente (41%).

ATIVO

X3 X4

VALOR AH VALOR AH

R$ MIL % R$ MIL %

Circulante 100 100 120 120

Realizável a Longo Prazo 30 100 40 133

Permanente 170 100 240 141

TOTAL 300 100 400 133

ATIVO X3 X4 EVOLUÇÃO

Circulante 100 120 20

Realizável a Longo Prazo 100 133 33

Permanente 100 141 41

TOTAL 100 133 33

Page 160: Análise das Demonstrações Contábeis

168 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Práticas sobre Análise Horizontal

C E D E R J 169

AU

LA 6

Sem a utilização da Análise Horizontal, seria

extremamente difícil determinar quais dos grupos tiveram maior crescimento,

pois existe a necessidade de calcular a taxa de variação desses grupos.

A constatação dos crescimentos dos grupos, em termos absolutos, é praticamente impossível, conforme

demonstrado a seguir:Veja o exemplo de como as taxas podem ser calculadas:Taxa de crescimento do Ativo Realizável a Longo Prazo:

X3 = R$ 30 mil

X4 = R$ 40 mil R$ 10 mil -> variação absoluta

Taxa de variação = Número-índice – 100% = 133% – 100% = 33% -> variação relativa

Se, por exemplo, o PC tivesse os seguintes valores em:

X3 = R$ 300 mil

X4 = R$ 400 mil R$ 100 mil (variação absoluta)

Taxa de variação = Número-índice – 100% = 133% – 100% = 33% (variação relativa)

Portanto, você pode verificar que, em relação aos respectivos valores alcançados em X3, ambos os grupos cresceram

exatamente 33% durante o ano de X4. Não há possibilidade de constatar o crescimento em valores absolutos. Por esta razão, a Análise

Horizontal tem a finalidade de facilitar esta observação do crescimento das

contas ou grupos de contas.

!!

Page 161: Análise das Demonstrações Contábeis

168 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Práticas sobre Análise Horizontal

C E D E R J 169

AU

LA 6

Aplicando AH na DRE

Como gerente financeiro da Cia. Gama, faça a Análise Vertical e a Horizontal da Demonstração do Resultado do Exercício e, em seguida, responda:

Na Análise Horizontal, pode-se afirmar que:a. do ano X1 para X2, a conta Lucro Bruto foi a que mais cresceu;b. do ano X1 para X2, o CMV cresceu menos do que a Venda Líquida;c. do ano X1 para X2, o Lucro cresceu 47%;d. todas as afirmações são corretas;

Resposta ComentadaOs comentários da Atividade 4 servem também para esta atividade.

Quanto às sentenças, portanto...

A primeira alternativa é correta, pois o LB cresceu 47%, contra os crescimentos ocorridos nas

Vendas Líquidas e no CMV, de 40% e 35%, respectivamente.

A segunda alternativa é correta, pois o acréscimo no CMV é inferior ao das Vendas Líquidas,

35% contra 40%.

A terceira alternativa é correta, pois o LB cresceu 47% do ano X1 para o ano X2.

Por fim, a última alternativa é a correta, já que todas as alternativas anteriores são

verdadeiras.

Atividade 192

DRE

DISCRIMINAÇÃO

31/12/X1 31/12/X2 31/12/X3

VALOR AV AH VALOR AV AH VALOR AV AH

R$ MIL % % R$ MIL % % R$ MIL % %

VL 600 840 1.020

(-) CMV 360 487 551

(=) LB 240 353 469

DRE

DISCRIMINAÇÃO

31/12/X1 31/12/X2 31/12/X3

VALOR AV AH VALOR AV AH VALOR AV AH

R$ MIL % % R$ MIL % % R$ MIL % %

VL 600 100 100 840 100 140 1.020 100 170

(-) CMV 360 60 100 487 58 135 551 54 153

(=) LB 240 40 100 353 42 147 469 46 195

Page 162: Análise das Demonstrações Contábeis

170 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Práticas sobre Análise Horizontal

C E D E R J 171

AU

LA 6

Analisando a DRE

Como contador da Empresa América S.A., analisando os dados contidos nas Demonstrações dos Resultados dos Exercícios relativos aos anos X1 e X2, você pode concluir que:

( ) As Despesas Operacionais cresceram em maior proporção do que o Custo do Produto Vendido.

( ) A relação entre o Lucro Líquido e as Receitas Operacionais Líquidas decresceu de X1 para X2.

( ) O item que mais cresceu, em termos nominais, foi o Lucro Bruto.

( ) A relação entre o Custo dos Produtos Vendidos e as Receitas Operacionais Líquidas cresceu do primeiro para o segundo ano.

Resposta ComentadaEsta atividade quer saber o crescimento e a participação de contas ou grupos de contas no

total. Quanto ao crescimento, a resolução se dá por meio da Análise Horizontal; quanto à

participação, a resolução se dá por meio da Análise Vertical.

Atividade 202

DRE

DISCRIMINAÇÃO X1 X2

RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA 300 600

(-) Custo dos Produtos Vendidos 150 360

LUCRO BRUTO 150 240

(-) Despesas Operacionais 120 180

LUCRO OPERACIONAL 30 60

Receita Não-operacional 18 60

LUCRO ANTES DO IMPOSTO DE RENDA 48 120

( -) Provisão para Imposto de Renda 18 36

LUCRO LÍQUIDO 30 84

Page 163: Análise das Demonstrações Contábeis

170 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Práticas sobre Análise Horizontal

C E D E R J 171

AU

LA 6

A Análise Horizontal/Vertical fica assim demonstrada:

Após a aplicação destas técnicas, você deverá responder cada alternativa comparando com

os números-índice e os percentuais calculados.

A primeira alternativa (“As Despesas Operacionais cresceram em maior proporção que o

Custo do Produto Vendido”) é falsa, pois por meio da Analise Horizontal verifica-se que as

Despesas Operacionais cresceram 50%, enquanto o CPV cresceu 140%.

A alternativa “A relação entre o Lucro Líquido e as Receitas Operacionais Líquidas decresceu

de X1 para X2” é falsa, pois por meio da Análise Vertical verifica-se que o Lucro Líquido cresceu

de X1 para X2, passando de 10% para 14%.

A terceira alternativa (“O item que mais cresceu, em termos nominais, foi o Lucro Bruto”) é falsa,

pois a Análise Horizontal revela que, além do crescimento nominal ocorrido no Lucro Líquido,

de 180%, as Receitas Não-Operacionais e o Lucro antes do Imposto de Renda cresceram, em

termos nominais, respectivamente, 233% e 150%, contra o crescimento nominal do Custo

dos Produtos Vendidos, de 140%.

Finalmente, a última alternativa é a correta, pois a Análise Vertical mostra que a relação entre

o Custo dos Produtos Vendidos e as Receitas Operacionais Líquidas cresceu do ano X1 para

o ano X2, passando de 50% para 60%.

DRE

X1 X2

DISCRIMINAÇÃOVALOR AV AH VALOR AV AH

R$ MIL % % R$ MIL % %

ROL 300 100 100 600 100 200

(-) CPV 150 50 100 360 60 240

(=) LB 150 50 100 240 40 160

(-) DO 120 40 100 180 30 150

(=) LO 30 10 100 60 10 200

(+) RNO 18 6 100 60 10 333

(=) LAIR 48 16 100 120 20 250

( -) PIR 18 6 100 36 6 200

(=) LL 30 10 100 84 14 280

Page 164: Análise das Demonstrações Contábeis

172 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Práticas sobre Análise Horizontal

C E D E R J 173

AU

LA 6

Analisando séries históricas

Como analista de balanços da Empresa Corcovado, observe a seguinte série histórica e decida qual a alternativa correta:

R$ mil

( ) O crescimento nominal das vendas é de 50% ao ano, enquanto o crescimento nominal dos custos é de 70% ao ano.

( ) Mantendo-se a tendência da série, em X9 a empresa estará operando com prejuízo.

( ) Mantendo-se a tendência da série, a empresa atingirá, em X8, custos em torno de R$ 25.000 mil.

( ) Todas as afirmativas estão corretas.

Resposta ComentadaNesta atividade se quer conhecer o crescimento ao ano; portanto, o tipo de Análise

Horizontal a ser utilizado é a Anual.

Atividade 212

EXERCÍCIO VENDAS CMV

X1 1.000 600

X2 1.500 960

X3 2.250 1.536

DISCRIMINAÇÃO

X1 X2 X3

VALOR VALOR AH VALOR AH

R$ MIL R$ MIL % R$ MIL %

Vendas 1.000 1.500 150 2.250 150

(-) CMV 600 960 160 1.536 160

Page 165: Análise das Demonstrações Contábeis

172 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Práticas sobre Análise Horizontal

C E D E R J 173

AU

LA 6

Apurados os números-índice, você irá interpretá-los para saber a taxa de crescimento.

A primeira alternativa é falsa, pois o crescimento ocorrido no CMV foi de 60% e não de

70%, conforme demonstrado a seguir:

Memória de cálculo:

a. Acréscimo das Vendas:

Taxa de crescimento = Número-índice – 100%

= 150% – 100%

= 50%

b. Acréscimo do CMV:

Taxa de crescimento = Número-índice – 100%

= 160% – 100%

= 60%

A segunda alternativa (“Mantendo-se a tendência da série, em X9 a empresa estará operando

com prejuízo”) é a correta, pois em X9 a empresa, de acordo com as projeções, passaria a

auferir um prejuízo de R$ 139 mil.

Para responder esta alternativa, você deverá fazer a projeção das Vendas, do CMV e do Lucro

Bruto até o ano X9, conforme demonstrado a seguir:

DISCRIMINAÇÃO

X1 X2 X3

VALOR VALOR AH VALOR AH

R$ MIL R$ MIL % R$ MIL %

Vendas 1.000 1.500 150 2.250 150

(-) CMV 600 960 160 1.536 160

DISCRIMINAÇÃO

X1 X2 X3

VALOR VALOR AH VALOR AH

R$ MIL R$ MIL % R$ MIL %

Vendas 1.000 1.500 150 2.250 150

(-) CMV 600 960 160 1.536 160

(=) LB 400 540 135 714 132

Page 166: Análise das Demonstrações Contábeis

174 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Práticas sobre Análise Horizontal

C E D E R J 175

AU

LA 6

Memória de cálculo para chegar ao valor absoluto das Vendas em X4:

Para calcular o valor absoluto, é necessário calcular a taxa de variação.

A taxa de variação é dada pela seguinte fórmula:

Taxa de variação = Número-índice – 100%

= 150% – 100%

= 50%

Em termos absolutos, fica assim demonstrado:

Ano X3 = R$ 2.250 mil

(+) Variação = R$ 1.125 mil (matematicamente, temos 50% de R$ 2.250 mil)

Ano X4 = R$ 3.375 mil

Memória de cálculo para calcular o valor absoluto do CMV em X4:

Taxa de variação = Número-índice – 100%

= 160% – 100%

= 60%

Em termos absolutos, fica assim demonstrado:

Ano X3 = R$ 1.536 mil

(+) Variação = R$ 922 mil (matematicamente, temos 60% de R$ 1.536 mil)

Ano X4 = R$ 2.458 mil

Para os demais valores das Vendas e do CMV, os procedimentos são os mesmos.

A alternativa “Mantendo-se a tendência da série, a empresa atingirá, em X8, custos em torno

de R$ 25.000 mil” fica excluída, já que a projeção do CMV para X8 é de R$ 16.106 mil e

não de aproximadamente R$ 25.000 mil.

E, finalmente, a última alternativa é falsa, pois as demais alternativas

também são falsas.

X4 X5 X6

VALOR AH VALOR AH VALOR AH

R$ MIL % R$ MIL % R$ MIL %

3.375 150 5.063 150 7.594 150

2.458 160 3.932 160 6.291 160

917 229 1.131 283 1.303 326

X7 X8 X9

VALOR AH VALOR AH VALOR AH

R$ MIL % R$ MIL % R$ MIL %

11.391 150 17.087 150 25.631 150

10.066 160 16.106 160 25.770 160

1.325 331 981 245 (139) (36)

Page 167: Análise das Demonstrações Contábeis

174 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Práticas sobre Análise Horizontal

C E D E R J 175

AU

LA 6

Análise e Inflação - I

Examine a série:

Podemos afirmar, considerando que não houve inflação no período, que o índice de crescimento:

( ) dos Custos dos Produtos Vendidos tem tendência a ser inferior ao do crescimento das Vendas Líquidas até o ano 3, mas a ser superior a partir do ano 4;

( ) das Vendas Líquidas tem tendência a ser superior ao do crescimento dos Custos dos Produtos Vendidos;

( ) dos Custos dos Produtos Vendidos tem tendência a ser igual ao do crescimento das Vendas Líquidas;

( ) das Vendas Líquidas tem tendência a ser inferior ao crescimento dos Custos dos Produtos Vendidos.

Resposta ComentadaPara resolver esta atividade, você deverá aplicar a metodologia de cálculo da Análise Horizontal

Anual, conforme demonstrado a seguir:

Em %

Após a aplicação desta técnica, você deverá interpretar os números-índice para apurar a taxa

de variação.

Nesta atividade, as Vendas cresceram 6% ao ano (106% – 100%), e o CPV cresceu 9% ao

ano (109% – 100%); portanto, a resposta correta é a última alternativa.

Atividade 222

ANO VENDAS LÍQUIDASCUSTO DOS PRODUTOS

VENDIDOSLUCRO BRUTO

1 2.625 1.050 1.575

2 2.786 1.144 1.642

3 2.949 1.247 1.702

4 3.126 1.359 1.767

5 3.314 1.481 1.833

6 3.513 1.614 1.899

DISCRIMINAÇÃOX2 X3 X4 X5 X6

AH AH AH AH AH

Vendas 106 106 106 106 106

CPV 109 109 109 109 109

Page 168: Análise das Demonstrações Contábeis

176 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Práticas sobre Análise Horizontal

C E D E R J 177

AU

LA 6

Você viu, no enunciado desta atividade, que não houve

inflação no período; isto significa que os acréscimos ocorridos nas Vendas e nos

CPV são reais.!!Análise e Inflação - II

A Empresa Planalto apresentou em seus Balanços Patrimoniais os seguintes valores de Patrimônio Líquido:

Considerando os índices de inflação de 20% em X1, 15% em X2 e 10% em X3, temos que:( ) Os Patrimônios Líquidos dos três exercícios se equivalem.

( ) O Patrimônio Líquido de 31/12/X2 é igual ao Patrimônio Líquido de 31/12/X3.

( ) O Patrimônio Líquido de 31/12/X1 é igual ao Patrimônio Líquido de 31/12/X2.

( ) O Patrimônio Líquido de 31/12/X3 é menor que o Patrimônio Líquido de 31/12/X2.

( ) O Patrimônio Líquido de 31/12/X3 é maior que os demais.

Atividade 23

1

DATA R$ MIL

31/12/X1 1.000

31/12/X2 1.200

31/12/X3 1.380

Page 169: Análise das Demonstrações Contábeis

176 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Práticas sobre Análise Horizontal

C E D E R J 177

AU

LA 6

Resposta ComentadaPara resolução desta atividade, você deverá inflacionar ou deflacionar os valores do

Patrimônio Líquido para eliminar os efeitos da inflação, de modo que os valores do

Patrimônio Líquido fiquem homogeneizados, isto é, todos os valores convertidos à moeda

de uma mesma data.

Para inflacionar os valores originais, você deve multiplicá-los por um

fator de conversão, obtido por meio da divisão da inflação da data do

último ano pela inflação da data do ano que se quer corrigir.

Fator de conversão = Inflação do último ano

Inflação do ano a ser corrigido

Memória de cálculo:

0 100 20

0 500 100 15

0 670 100 10

1 00,,

,,,

,,,

,= = =

Para deflacionar os valores originais, você deve multiplicá-los por um fator de conversão,

obtido por meio da divisão da inflação da data do ano mais antigo pela inflação da data do

ano que se quer corrigir.

Fator de conversão = Inflação do ano mais antigo

Inflação do ano a ser corrigido

0 200 20

1 000 200 15

1 330 200 10

2 00,,

,,,

,,,

,= = =

Após converter todos os valores à moeda de uma mesma data, você constata

que a última alternativa é a correta.

CÁ L C U L O D A I N F L A Ç Ã O

X1 = 20%=20

100= 0,20

X2 = 15%= 15100

= 0,15

X3 = 10%= 10100

= 0,10

DISCRIMINAÇÃO 31/12/X1 31/12/X2 31/12/X3

PL (valores originais) (1) – R$ mil 1.000 1.200 1.380

Fator de conversão (2) 0,50 (1) 0,67 (2) 1,00 (3)

PL (valores inflacionados) (1x2) – R$ mil

500 804 1.380

DISCRIMINAÇÃO 31/12/X1 31/12/X2 31/12/X3

PL (valores originais) (1) – R$ mil 1.000 1.200 1.380

Fator de conversão (2) 1,00 (1) 1,33 (2) 2,00 (3)

PL (valores inflacionados) (1x2) – R$ mil

1.000 1.596 2.760

Page 170: Análise das Demonstrações Contábeis

178 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Práticas sobre Análise Horizontal

C E D E R J 179

AU

LA 6

Análise Horizontal Encadeada

Efetue a Análise Horizontal Encadeada da Empresa São Paulo S.A.:

Empresa São Paulo S.A.

Atividade 24

1

Balanço Patrimonial

ATIVO

31/12/X1 31/12/X2 31/12/X3

VALOR AH VALOR AH VALOR AH

R$ MIL % R$ MIL % R$ MIL %

Circulante 3.200 4.800 7.200

Realizável a Longo Prazo 1.200 1.200 1.200

Permanente 4.000 5.760 5.200

TOTAL 8.400 11.760 13.600

Balanço Patrimonial

PASSIVO

31/12/X1 31/12/X2 31/12/X3

VALOR AH VALOR AH VALOR AH

R$ MIL % R$ MIL % R$ MIL %

Circulante 2.000 3.760 5.120

Exigível a Longo Prazo 800 640 480

Patrimônio Líquido 5.600 7.360 8.000

TOTAL 8.400 11.760 13.600

Page 171: Análise das Demonstrações Contábeis

178 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Práticas sobre Análise Horizontal

C E D E R J 179

AU

LA 6

Resposta Comentada

Empresa São Paulo S.A.

Comentários sobre a Análise:

Na aplicação de recursos, o grupo Ativo Realizável a Longo Prazo permaneceu constante

ao longo do período analisado. Os demais grupos do Ativo tiveram acréscimos nominais

significativos.

Pelo lado das origens, observa-se uma involução das Exigibilidades de Longo Prazo na

série histórica.

Balanço Patrimonial

ATIVO

31/12/X1 31/12/X2 31/12/X3

VALOR AH VALOR AH VALOR AH

R$ MIL % R$ MIL % R$ MIL %

Circulante 3.200 100 4.800 150 7.200 225

Realizável a Longo Prazo 1.200 100 1.200 100 1.200 100

Permanente 4.000 100 5.760 144 5.200 130

TOTAL 8.400 100 11.760 140 13.600 162

Balanço Patrimonial

PASSIVO

31/12/X1 31/12/X2 31/12/X3

VALOR AH VALOR AH VALOR AH

R$ MIL % R$ MIL % R$ MIL %

Circulante 2.000 100 3.760 188 5.120 256

Exigível a Longo Prazo 800 100 640 80 480 60

Patrimônio Líquido 5.600 100 7.360 131 8.000 143

TOTAL 8.400 100 11.760 140 13.600 162

Page 172: Análise das Demonstrações Contábeis

180 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Práticas sobre Análise Horizontal

C E D E R J 181

AU

LA 6

Interpretando a Análise Horizontal

Como gerente da Empresa Paquetá, você deverá fazer a Análise Vertical e a Horizontal da Demonstração do Resultado do Exercício para X1, X2, X3 e X4, preenchendo a tabela. Em seguida, comente os resultados obtidos, mencionando o que aconteceu com os três grupos analisados (Vendas, CPV e Lucro Bruto).

Em R$ mil

Em %

____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Resposta ComentadaPara a resolução desta atividade, veja os comentários da Atividade 4.

Atividade 25

3

DRE

DISCRIMINAÇÃO X1 X2 X3 X4

Vendas 7.560 7.920 8.520 8.856

(-) Custo das Vendas 5.760 6.240 7.320 7.704

(=) Lucro Bruto 1.800 1.680 1.200 1.152

DRE

DISCRIMINAÇÃOX1 X2 X3 X4

AV AH AV AH AV AH AV AH

Vendas

(-) Custo das Vendas

(=) Lucro Bruto

Page 173: Análise das Demonstrações Contábeis

180 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Práticas sobre Análise Horizontal

C E D E R J 181

AU

LA 6

Em %

Na Análise Horizontal da Empresa Paquetá, você pode observar que as evoluções percentuais

dos Custos das Vendas foram superiores aos percentuais das Vendas; por conseguinte, o Lucro

Bruto teve decréscimo em termos percentuais, caracterizando uma menor produtividade.

A Análise Vertical revela que a participação do Custo das Vendas no período analisado foi

bastante significativa: para o total de Vendas (100%), o Custo das Vendas representou 76%,

79%, 86% e 87%, respectivamente, percentuais que você pode considerar elevados, visto

que em X1 esse percentual participava com 11 pontos percentuais a menos, se comparado

ao exercício de X4.

Como conseqüência, o Lucro Bruto decresceu ao longo da série analisada, em função do

comportamento do Custo das Vendas.

DRE

DISCRIMINAÇÃOX1 X2 X3 X4

AV AH AV AH AV AH AV AH

VENDAS 100 100 100 105 100 113 100 117

(-) Custo das Vendas 76 100 79 108 86 127 87 134

LUCRO BRUTO 24 100 21 93 14 67 13 64

CONCLUSÃO

Resolvendo as tarefas propostas nesta aula, você trabalhou a

técnica de Análise Horizontal.

Em algumas tarefas, praticou a análise em conjunto da técnica de

Análise Horizontal e Vertical, constatando que uma técnica complementa

a outra, possibilitando melhor análise das demonstrações financeiras.

INFORMAÇÃO SOBRE A PRÓXIMA AULA

Você estudará, na próxima aula, a técnica de Análise por Quociente, na

categoria denominada índices de liquidez.

Page 174: Análise das Demonstrações Contábeis

Práticas sobre Análise Horizontal

Ao término desta aula, você deverá ser capaz de:

aplicar os conceitos envolvidos com Análise Horizontal (estudados na Aula 5);

aplicar a técnica de Análise Horizontal nos principais demonstrativos contábeis;

extrair algumas conclusões preliminares sobre os percentuais obtidos nessas tarefas.

6objetivos

AU

LA

Meta da aula

Apresentar várias atividades envolvendo a técnica de Análise Horizontal.

1

2

3

Pré-requisitos

É necessário que você tenha claros todos os conceitos envolvidos com a Análise Horizontal, apresentados na aula passada. Além disso, recomendamos que você tenha em mãos um calculadora, para fazer

as atividades propostas com mais rapidez.

Page 175: Análise das Demonstrações Contábeis

144 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Práticas sobre Análise Horizontal

C E D E R J 145

AU

LA 6

INTRODUÇÃO A Análise Horizontal é uma técnica que possibilita a obtenção de informações

preciosas sobre a evolução de uma empresa ao longo de diversos exercícios.

Por esta técnica, é possível comparar o desempenho de todos os exercícios

com o de um específico, chamado ano-base (Análise Horizontal Encadeada ou

simplesmente Análise Horizontal), bem como comparar o desempenho de uma

empresa de um exercício para o outro (Análise Horizontal Anual).

Na aula passada, você aprendeu como aplicar as Análises Horizontais Encadeada

e Anual, como não cometer erros originados por uma economia em que há

inflação e também como interpretar alguns dos dados obtidos em conjunto

com aqueles oriundos da Análise Vertical.

Nesta aula, você terá a oportunidade de praticar todos esses conhecimentos

realizando uma série de atividades. Mãos à obra!

Revendo conceitos

Marque a opção correta para cada sentença a seguir:

a. A Análise Horizontal é o processo que corresponde ao estudo comparativo da evolução das contas que compõem as demonstrações contábeis, em períodos de tempo consecutivos. ( ) certo ( ) errado

b. Ao aplicar a Análise Horizontal, o analista transforma os valores monetários das demonstrações financeiras em medidas relativas chamadas: ( ) percentuais ( ) números-índice ( ) quocientes ( ) diferenças absolutas

c. A Análise Horizontal também é denominada: ( ) de Estrutura ou de Composição ( ) de Evolução ou Composição ( ) de Evolução ou de Crescimento ( ) de Crescimento ou de Estrutura

d. A Análise Horizontal pode ser efetuada por meio do cálculo das variações em relação a um ano-base. Este processo de cálculo para apuração de número-índice é chamado: ( ) Análise Horizontal Anual ( ) Análise Horizontal Encadeada ( ) Análise Vertical Encadeada ( ) Análise Vertical Anual

e. A Análise Horizontal pode ser efetuada através do cálculo das variações em relação ao ano anterior. Este processo de cálculo para apuração de número-índice recebe o nome: ( ) Análise Vertical Anual ( ) Análise Horizontal Encadeada ( ) Análise Vertical Encadeada ( ) Análise Horizontal Anual

Atividade 1

1

Page 176: Análise das Demonstrações Contábeis

144 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Práticas sobre Análise Horizontal

C E D E R J 145

AU

LA 6

Resposta ComentadaDe acordo com os conceitos que você aprendeu na Aula 5, responder a estas perguntas

deve ter sido fácil! Se ficou alguma dúvida, é só recorrer à aula anterior para saná-la.

Não deixe de fazer isso, pois esses conceitos são importantes para sua formação como

administrador. Confira as respostas a seguir:

a. certo

b. Números-índice

c. de Evolução ou de Crescimento

d. Análise Horizontal Encadeada

e. Análise Horizontal Anual

Você aprendeu, na Aula 5, como se dá a aplicação da técnica de Análise

Horizontal no Balanço Patrimonial e na Demonstração do Resultado do

Exercício. Estudou também que a Análise Horizontal apresenta duas

modalidades: Encadeada e Anual. Que tal testar o quanto você fixou destes

dois procedimentos com as atividades a seguir?

Lembre-se de que a Análise Horizontal Encadeada toma por base os

valores definidos para uma determinada data-base, considerando-os 100%.!!

Aplicando Análise Horizontal Encadeada no BP

Nesta atividade, você deve efetuar a Análise Horizontal Encadeada dos Balanços Patrimoniais da Empresa Comércio de Fogos de Artifício Goiás S.A., encerrados em 31 de dezembro de X1, X2 e X3, arredondando os percentuais para zero casas decimais.

Atividade 22

Page 177: Análise das Demonstrações Contábeis

146 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Práticas sobre Análise Horizontal

C E D E R J 147

AU

LA 6

Empresa Comércio de Fogos de Artifício Goiás S.A.

Utilize o espaço a seguir para fazer seus cálculos.

ATIVO

31/12/X1 31/12/X2 31/12/X3

VALOR AH VALOR AH VALOR AH

R$ MIL % R$ MIL % R$ MIL %

Circulante 6.000 7.200 10.150

Realizável a L.P. 1.350 3.000 4.200

Permanente – Investimento 2.250 4.000 3.000

Permanente – Imobilizado 4.800 7.000 9.000

Permanente – Diferido 600 450 300

TOTAL 15.000 21.650 26.650

Balanço Patrimonial

PASSIVO

31/12/X1 31/12/X2 31/12/X3

VALOR AH VALOR AH VALOR AH

R$ MIL % R$ MIL % R$ MIL %

Circulante 4.500 6.300 7.000

Exigível a L.P. 900 4.300 4.800

Patrimônio Líquido 9.600 11.050 14.850

TOTAL 15.000 21.650 26.650

Balanço Patrimonial

Page 178: Análise das Demonstrações Contábeis

146 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Práticas sobre Análise Horizontal

C E D E R J 147

AU

LA 6

Resposta ComentadaVocê viu que a Análise Horizontal é o processo que mede a evolução de cada conta ou

grupo de contas das demonstrações contábeis ao longo de períodos sucessivos, a fim

de caracterizar tendência. A Análise Horizontal Encadeada (ou simplesmente Análise

Horizontal) é efetuada por meio do cálculo das variações em relação a um ano-base,

geralmente o mais antigo da série.

Nesta atividade, você deverá tomar o ano X1 como base 100%. Você chega aos resultados

dividindo o valor de um grupo de X2 pelo valor do mesmo grupo em X1, multiplicando

por 100 o resultado da divisão, e depois você deverá dividir o valor do grupo de X3 pelo

valor do mesmo grupo em X1, multiplicando por 100 o resultado da divisão. Veja como

deve ter ficado a sua tabela preenchida:

Empresa Comércio de Fogos de Artifício Goiás S.A.

ATIVO

31/12/X1 31/12/X2 31/12/X3

VALOR AH VALOR AH VALOR AH

R$ MIL % R$ MIL % R$ MIL %

Circulante 6.000 100 7.200 120 10.150 169

Realizável a L.P. 1.350 100 3.000 222 4.200 311

Permanente – Investimento 2.250 100 4.000 178 3.000 133

Permanente – Imobilizado 4.800 100 7.000 146 9.000 188

Permanente – Diferido 600 100 450 75 300 50

TOTAL 15.000 100 21.650 144 26.650 178

Balanço Patrimonial

PASSIVO

31/12/X1 31/12/X2 31/12/X3

VALOR AH VALOR AH VALOR AH

R$ MIL % R$ MIL % R$ MIL %

Circulante 4.500 100 6.300 140 7.000 156

Exigível a L.P. 900 100 4.300 478 4.800 533

Patrimônio Líquido 9.600 100 11.050 115 14.850 155

TOTAL 15.000 100 21.650 144 26.650 178

Balanço Patrimonial

Page 179: Análise das Demonstrações Contábeis

148 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Práticas sobre Análise Horizontal

C E D E R J 149

AU

LA 6

Você já estudou que, na Análise Horizontal Anual, as variações são calculadas

tomando por base os valores do ano imediatamente anterior.!!

Agora, efetue a Análise Horizontal Anual dos Balanços Patrimoniais da Empresa Comércio de Fogos de Artifício Goiás S.A., encerrados em 31 de dezembro de X1, X2 e X3, arredondando os percentuais para zero casas decimais.

Empresa Comércio de Fogos de Artifício Goiás S.A.

ATIVO

31/12/X1 31/12/X2 31/12/X3

VALOR VALOR AH VALOR AH

R$ MIL R$ MIL % R$ MIL %

Circulante 6.000 7.200 10.150

Realizável a L.P. 1.350 3.000 4.200

Permanente – Investimento 2.250 4.000 3.000

Permanente – Imobilizado 4.800 7.000 9.000

Permanente – Diferido 600 450 300

TOTAL 15.000 21.650 26.650

Balanço Patrimonial

PASSIVO

31/12/X1 31/12/X2 31/12/X3

VALOR VALOR AH VALOR AH

R$ MIL R$ MIL % R$ MIL %

Circulante 4.500 6.300 7.000

Exigível a L.P. 900 4.300 4.800

Patrimônio Líquido 9.600 11.050 14.850

TOTAL 15.000 21.650 26.650

Balanço Patrimonial

Atividade 3

2

Page 180: Análise das Demonstrações Contábeis

148 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Práticas sobre Análise Horizontal

C E D E R J 149

AU

LA 6

Utilize o espaço a seguir para fazer seus cálculos.

Resposta ComentadaA Análise Horizontal Anual é efetuada por meio do cálculo das variações em relação ao

ano anterior (não há exigência de escolha de ano-base). Ela deve ser utilizada como

complemento da Encadeada.

Nesta atividade, você deverá dividir o valor de um grupo de X2 pelo valor do mesmo grupo

em X1, multiplicando por 100 o resultado da divisão, depois você deverá dividir o valor

do grupo de X3 pelo valor do mesmo grupo em X2, multiplicando por 100 o resultado da

divisão. Ao final, você encontrará os seguintes percentuais:

Empresa Comércio de Fogos de Artifício Goiás S.A.

ATIVO

31/12/X1 31/12/X2 31/12/X3

VALOR VALOR AH VALOR AH

R$ MIL R$ MIL % R$ MIL %

Circulante 6.000 7.200 120 10.150 141

Realizável a L.P. 1.350 3.000 222 4.200 140

Permanente – Investimento 2.250 4.000 178 3.000 75

Permanente – Imobilizado 4.800 7.000 146 9.000 129

Permanente – Diferido 600 450 75 300 67

TOTAL 15.000 21.650 144 26.650 123

Balanço Patrimonial

PASSIVO

31/12/X1 31/12/X2 31/12/X3

VALOR VALOR AH VALOR AH

R$ MIL R$ MIL % R$ MIL %

Circulante 4.500 6.300 140 7.000 111

Exigível a L.P. 900 4.300 478 4.800 112

Patrimônio Líquido 9.600 11.050 115 14.850 134

TOTAL 15.000 21.650 144 26.650 123

Balanço Patrimonial

Page 181: Análise das Demonstrações Contábeis

150 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Práticas sobre Análise Horizontal

C E D E R J 151

AU

LA 6

Aplicando a Análise Horizontal Encadeada na DRE

A Análise Horizontal Encadeada pode ser aplicada também à DRE de uma empresa. Aplique esta técnica nas Demonstrações dos Resultados dos Exercícios da Empresa Comércio de Artifício Fogos de Goiás S.A. referentes aos exercícios X1, X2 e X3, arredondando os percentuais para zero casas decimais.

Empresa Comércio de Fogos de Artifício Goiás S.A.

Resposta ComentadaPara esta atividade, são válidos os comentários da Atividade 2.

Atividade 4

2

DRE

DISCRIMINAÇÃO

X1 X2 X3

VALOR AH VALOR AH VALOR AH

R$ MIL % R$ MIL % R$ MIL %

Vendas Brutas 10.730 11.696 11.803

(-) Devoluções de Vendas 40 45 50

(-) Descontos Incondicionais de Venda

90 115 120

(-) ICMS sobre Vendas 600 650 680

(=) Vendas Líquidas 10.000 10.886 10.953

(-) CMV 3.000 3.180 3.500

(=) Lucro Bruto 7.000 7.706 7.453

(-) Despesas Operacionais

. de Vendas 100 200 250

. Administrativas 400 450 500

. Financeiras Líquidas 200 600 950

(=) Lucro Operacional 6.300 6.456 5.753

(-) Provisão para I.R. 2.000 2.200 2.300

(=) Lucro Líquido 4.300 4.256 3.453

Page 182: Análise das Demonstrações Contábeis

150 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Práticas sobre Análise Horizontal

C E D E R J 151

AU

LA 6

Empresa Comércio de Fogos de Artifício Goiás S.A.

DRE

DISCRIMINAÇÃO

X1 X2 X3

VALOR AH VALOR AH VALOR AH

R$ MIL % R$ MIL % R$ MIL %

Vendas Brutas 10.730 100 11.696 109 11.803 110

(-) Devoluções de Vendas 40 100 45 113 50 125

(-) Descontos Incondicionais de Venda

90 100 115 128 120 133

(-) ICMS sobre Vendas 600 100 650 108 680 113

(=) Vendas Líquidas 10.000 100 10.886 109 10.953 110

(-) CMV 3.000 100 3.180 106 3.500 117

(=) Lucro Bruto 7.000 100 7.706 110 7.453 106

(-) Despesas Operacionais

. de Vendas 100 100 200 200 250 250

. Administrativas 400 100 450 113 500 125

. Financeiras Líquidas 200 100 600 300 950 475

(=) Lucro Operacional 6.300 100 6.456 102 5.753 91

(-) Provisão para I.R. 2.000 100 2.200 110 2.300 115

(=) Lucro Líquido 4.300 100 4.256 99 3.453 80

Aplicando a Análise Horizontal Anual na DRE

Agora, realize a Análise Horizontal Anual das Demonstrações dos Resultados dos Exercícios da Empresa Comércio de Fogos de Artifício Goiás S.A. referentes aos exercícios

X1, X2 e X3, arredondando os percentuais para zero casas decimais.

Atividade 52

Page 183: Análise das Demonstrações Contábeis

152 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Práticas sobre Análise Horizontal

C E D E R J 153

AU

LA 6

Empresa Comércio de Fogos de Artifício Goiás S.A.

Resposta ComentadaOs comentários da Atividade 3 são válidos para esta atividade.

DRE

DISCRIMINAÇÃO

X1 X2 X3

VALOR VALOR AH VALOR AH

R$ MIL R$ MIL % R$ MIL %

Vendas Brutas 10.730 11.696 11.803

(-) Devoluções de Vendas 40 45 50

(-) Descontos Incondicionais de Venda

90 115 120

(-) ICMS sobre Vendas 600 650 680

(=) Vendas Líquidas 10.000 10.886 10.953

(-) CMV 3.000 3.180 3.500

(=) Lucro Bruto 7.000 7.706 7.453

(-) Despesas Operacionais

. de Vendas 100 200 250

. Administrativas 400 450 500

. Financeiras Líquidas 200 600 950

(=) Lucro Operacional 6.300 6.456 5.753

(-) Provisão para I.R. 2.000 2.200 2.300

(=) Lucro Líquido 4.300 4.256 3.453

Page 184: Análise das Demonstrações Contábeis

152 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Práticas sobre Análise Horizontal

C E D E R J 153

AU

LA 6

Empresa Comércio de Fogos de Artifício Goiás S.A.

DRE

DISCRIMINAÇÃO

X1 X2 X3

VALOR VALOR AH VALOR AH

R$ MIL R$ MIL % R$ MIL %

Vendas Brutas 10.730 11.696 109 11.803 101

(-) Devoluções de Vendas 40 45 113 50 111

(-) Descontos Incondicionais de Venda

90 115 128 120 104

(-) ICMS sobre Vendas 600 650 108 680 105

(=) Vendas Líquidas 10.000 10.886 109 10.953 101

(-) CMV 3.000 3.180 106 3.500 110

(=) Lucro Bruto 7.000 7.706 110 7.453 97

(-) Despesas Operacionais

. de Vendas 100 200 200 250 125

. Administrativas 400 450 113 500 111

. Financeiras Líquidas 200 600 300 950 158

(=) Lucro Operacional 6.300 6.456 102 5.753 89

(-) Provisão para I.R. 2.000 2.200 110 2.300 105

(=) Lucro Líquido 4.300 4.256 99 3.453 81

Mais conceitos...

Marque a opção correta para cada sentença a seguir:

a. A Análise Horizontal Anual é usada como complemento da Análise Horizontal Encadeada. ( ) certo ( ) errado

b. Na Análise Horizontal Encadeada ou simplesmente Análise Horizontal a escolha do ano-base recai sempre sobre o primeiro ano da série histórica. ( ) certo ( ) errado

c. Na Análise Horizontal Anual a escolha do ano-base geralmente é o mais antigo da série. ( ) certo ( ) errado

Atividade 61

Page 185: Análise das Demonstrações Contábeis

154 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Práticas sobre Análise Horizontal

C E D E R J 155

AU

LA 6

d. Na Análise Horizontal, Encadeada ou simplesmente Análise Horizontal, a escolha do ano-base é, geralmente, o primeiro ano da série histórica. ( ) certo ( ) errado

e. Na Análise Horizontal Anual não há escolha de ano-base, pois se compara o ano seguinte em relação ao ano anterior. ( ) certo ( ) errado

f. A interpretação do número-índice se faz por meio da taxa de variação. ( ) certo ( ) errado

g. A taxa de variação é dada pela seguinte fórmula: ( ) 100% + número-índice ( ) 100% - número-índice ( ) número-índice + 100% ( ) número-índice – 100%

h. Se o número-índice for positivo, a taxa de variação é: ( ) o próprio número-índice ( ) o que exceder a – 100% ( ) o que exceder a 100% ou o que faltar para 100% ( ) 100%

i. Se o número-índice for negativo, a taxa de variação é: ( ) o próprio número-índice ( ) o que exceder a 100% ou que faltar para 100% ( ) o número-índice acrescido de – 100% ( ) 100%

j. Se o número-índice for negativo, a taxa de variação também é negativa. Neste caso, trabalha-se com módulo, e sua interpretação se dará em função do sinal da base (Encadeada) ou em função do ano anterior (Anual). ( ) certo ( ) errado

l. o módulo de | -9| = - 9 ( ) certo ( ) errado

m. o módulo de | +9| = + 9 ( ) certo ( ) errado

Resposta ComentadaPara responder a estas perguntas, mais uma vez, você só precisava recorrer aos conteúdos

estudados na aula anterior. Repare que as respostas das letras g, h, i, j, l e m estão na seção

da aula que mostra todas as situações possíveis aos números-índice. Falando em módulo

(l e m), é necessário lembrar apenas que o módulo de todo número negativo é

ele mesmo com sinal positivo. Confira as respostas:

Page 186: Análise das Demonstrações Contábeis

154 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Práticas sobre Análise Horizontal

C E D E R J 155

AU

LA 6

a. certo

b. errado

c. errado

d. certo

e. certo

f. certo

g. número-índice – 100%

h. o que exceder a 100% ou o que faltar para 100%

i. o número-índice acrescido de -100%

j. certo

l. errado

m. certo

Estudando os números-índice – I

Você conheceu, na Aula 5, várias situações que podem ocorrer na interpretação dos números-índice. Levando em conta os dados da tabela, calcule, em termos absolutos, o valor do Lucro auferido no ano 2.

( ) R$ 2.000 ( ) R$ 3.000( ) R$ 1.000 ( ) – R$ 1.000

Atividade 72

DISCRIMINAÇÃOANO 1 ANO 2 AH

R$ R$ %

Lucro 2.000 ? 50

Page 187: Análise das Demonstrações Contábeis

156 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Práticas sobre Análise Horizontal

C E D E R J 157

AU

LA 6

Estudando os números-índice – II

Você conheceu, na Aula 5, várias situações que podem ocorrer na interpretação dos números-índice. Levando em conta os dados da tabela, qual a taxa de variação do ano 2 em relação ao ano 1?

( ) 200% ( ) 50%( ) 100% ( ) – 100%

Atividade 8

Resposta ComentadaPara resolver esta atividade, você precisa interpretar o número-índice por meio da taxa de

variação. Em seguida, calcule o valor do Lucro, em termos absolutos.

a. A taxa de variação é calculada pela seguinte fórmula:

Taxa de variação = Número-índice – 100%

Taxa de variação = 50% – 100%

Taxa de variação = – 50%

b. O valor do Lucro, em termos absolutos, fica demonstrado assim:

Ano 1 = R$ 2.000

(+) Variação = – R$ 1.000 (matematicamente, temos: – 50% de R$ 2.000)

Ano 2 = R$ 1.000

2

DISCRIMINAÇÃOANO 1 ANO 2 AH

R$ R$ %

Lucro 2.000 4.000

Page 188: Análise das Demonstrações Contábeis

156 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Práticas sobre Análise Horizontal

C E D E R J 157

AU

LA 6

Resposta ComentadaPara resolver esta atividade, você precisa calcular o número-índice pela seguinte

fórmula:

Número-índice =

Número-índice =

Número-índice = 200%

Estudando os números-índice – III

Você aprendeu várias situações que podem ocorrer na interpretação dos números-índice na Aula 5. Levando em conta os dados da tabela, podemos afirmar que:

( ) Em termos relativos, o Lucro do ano 2 cresceu 50% em relação ao ano 1.

( ) Em termos relativos, o Lucro do ano 2 cresceu 150% em relação ao ano 1.

( ) Em termos relativos, o Lucro do ano 2 decresceu 50% em relação ao ano 1.

( ) Em termos relativos, o Lucro do ano 2 decresceu 150% em relação ao ano 1.

Resposta ComentadaPara resolver esta atividade, você precisa interpretar o número-índice por meio da taxa de

variação, que é calculada pela seguinte fórmula:

Taxa de variação = Número-índice – 100%

Taxa de variação = 50% – 100%

Taxa de variação = – 50%

Como a base é positiva, não há dificuldade para interpretação da taxa negativa (taxa negativa

significa decréscimo quando comparada a uma base positiva), portanto, em termos relativos,

o Lucro do ano 2 decresceu 50% em relação ao ano 1 e, em termos absolutos,

passou de R$ 2.000 para R$ 1.000.

Atividade 9

2

DISCRIMINAÇÃOANO 1 ANO 2 AH

R$ R$ %

Lucro 2.000 1.000 50

Page 189: Análise das Demonstrações Contábeis

158 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Práticas sobre Análise Horizontal

C E D E R J 159

AU

LA 6

Estudando os números-índice – IV

Você aprendeu, na Aula 5, várias situações que podem ocorrer na interpretação dos números-índice. Levando em conta os dados da tabela, podemos afirmar que:

( ) Em termos relativos, o Resultado Bruto do ano 2 cresceu 50% em relação ao ano 1.

( ) Em termos relativos, o Resultado Bruto do ano 2 decresceu 150% em relação ao ano 1.

( ) Em termos relativos, o Resultado Bruto do ano 2 decresceu 50% em relação ao ano 1.

( ) Em termos relativos, o Resultado Bruto do ano 2 cresceu 150% em relação ao ano 1.

Resposta ComentadaPara resolver esta atividade, você precisa interpretar o número-índice através da taxa de

variação, que é calculada pela seguinte fórmula:

Taxa de variação = Número-índice – 100%

Taxa de variação = – 50% – 100%

Taxa de variação = – 150%

Como a base é positiva, não há dificuldade para interpretação da taxa negativa (taxa negativa

significa decréscimo quando comparada a uma base positiva).

Portanto, em termos relativos, o Resultado Bruto do ano 2 decresceu 150% em relação ao

ano 1 e, em termos absolutos, passou de um resultado positivo (lucro) de R$ 2.000

para um resultado negativo (prejuízo) de R$ 1.000.

Atividade 10

2

DISCRIMINAÇÃOANO 1 ANO 2 AH

R$ R$ %

Resultado Bruto 2.000 (1.000) (50)

Page 190: Análise das Demonstrações Contábeis

158 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Práticas sobre Análise Horizontal

C E D E R J 159

AU

LA 6

Estudando os números-índice – V

Você aprendeu várias situações que podem ocorrer na interpretação dos números-índice. Levando em conta os dados da tabela, você pode afirmar que:

( ) Em termos relativos, o Resultado Bruto do ano 2 cresceu 150% em relação ao ano 1.

( ) Em termos relativos, o Resultado Bruto do ano 2 decresceu 150% em relação ao ano 1.

( ) Em termos relativos, o Resultado Bruto do ano 2 cresceu 50% em relação ao ano 1.

( ) Em termos relativos, o Resultado Bruto do ano 2 decresceu 50% em relação ao ano 1.

Resposta ComentadaPara resolver esta atividade, você precisa interpretar o número-índice por meio da taxa de

variação, que é calculada pela seguinte fórmula:

Taxa de variação = Número-índice – 100%

Taxa de variação = – 50% – 100%

Taxa de variação = – 150%

Como a base é negativa, você deve tomar muito cuidado na interpretação da taxa de variação.

E quando essa taxa é negativa o melhor é trabalhar com módulo, ou seja, | –150| = 150%.

Portanto, em termos relativos, o Resultado Bruto do ano 2 cresceu 150% em relação ao

ano 1 e, em termos absolutos, passou de um resultado negativo (prejuízo) de R$ 2.000 para

um resultado positivo (lucro) de R$ 1.000.

Ano 1 = – R$ 2.000

(+) Variação = + R$ 3.000 (matematicamente, temos – 150% de – R$ 2.000)

Ano 2 = + R$ 1.000

Vale a pena relembrar que a taxa de variação negativa aplicada em base

negativa significa acréscimo.

Atividade 11

2

DISCRIMINAÇÃOANO 1 ANO 2 AH

R$ R$ %

Resultado Bruto (2.000) 1.000 (50)

Page 191: Análise das Demonstrações Contábeis

160 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Práticas sobre Análise Horizontal

C E D E R J 161

AU

LA 6

Outra maneira para você interpretar a taxa de variação, quando a base é negativa, é

considerar para o valor negativo da base o índice – 100; conseqüentemente, os demais

índices inverterão os sinais, conforme demonstrado a seguir:

(*) – 2.000 __________ – 100

1.000 __________ X

X = 50%.

Interpretando o número-índice, temos a seguinte taxa de variação:

Taxa de variação = Número-índice – (–100%)

= 50% + 100%

= +150%

Com efeito, há uma variação positiva de 150% entre uma data e outra.

Essa maneira de calcular facilita a interpretação para análise.

DISCRIMINAÇÃORESULTADO BRUTO AH

R$ %

Ano 1 (2.000) -100

Ano 2 1.000 50(*)

Estudando os números-índice – VI

Você aprendeu, na Aula 5, várias situações que podem ocorrer na interpretação dos números-índice. Levando em conta os dados da tabela, podemos afirmar que:

Atividade 12

2

DISCRIMINAÇÃOANO 1 ANO 2 AH

R$ R$ %

Resultado Bruto (2.000) (1.000) 50

Page 192: Análise das Demonstrações Contábeis

160 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Práticas sobre Análise Horizontal

C E D E R J 161

AU

LA 6

( ) Em termos relativos, o Resultado Bruto do ano 2 cresceu 50% em relação ao ano 1.

( ) Em termos relativos, o Resultado Bruto do ano 2 decresceu 100% em relação ao ano 1.

( ) Em termos relativos, o Resultado Bruto do ano 2 decresceu 50% em relação ao ano 1.

( ) Em termos relativos, o Resultado Bruto do ano 2 cresceu 100% em relação ao ano 1.

Resposta ComentadaPara resolver esta atividade, você precisa interpretar o número-índice por meio da taxa de

variação, que é calculada pela seguinte fórmula:

Taxa de variação = Número-índice – 100%

Taxa de variação = 50% – 100%

Taxa de variação = – 50%

Como a base é negativa, você deve tomar muito cuidado na interpretação da taxa de variação.

E quando essa taxa é negativa, o melhor é trabalhar com módulo, ou seja, | – 50| = 50%.

Portanto, em termos relativos, o Resultado Bruto do ano 2 cresceu 50% em relação ao

ano 1; em termos absolutos, ocorreu uma diminuição do resultado negativo (prejuízo) de

R$ 2.000 para R$ 1.000.

Ano 1 = – R$ 2.000

(+) Variação = + R$ 1.000 (matematicamente, temos – 50% de – R$ 2.000)

Ano 2 = – R$ 1.000

Mais uma vez, vale a pena reforçar que a taxa de variação negativa aplicada em base

negativa significa acréscimo. Nesta atividade, a empresa alcançou um resultado menos ruim,

se comparada ao ano-base.

Outra maneira para você interpretar a taxa de variação, quando a base é negativa, é

considerar para o valor negativo da base o índice – 100; conseqüentemente, os demais

índices inverterão os sinais, conforme demonstrado a seguir:

Page 193: Análise das Demonstrações Contábeis

162 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Práticas sobre Análise Horizontal

C E D E R J 163

AU

LA 6

DISCRIMINAÇÃORESULTADO BRUTO AH

R$ %

Ano 1 (2.000) -100

Ano 2 (1.000) -50

– 2.000 __________ – 100 – 1.000 __________ X

Xx

=−

−=

+−

= −100 1 000

2 000100 000

2 00050

( . ).

..

%

Interpretando o número-índice, temos a seguinte taxa de variação:

Taxa de variação = Número-índice – (–100%) = - 50% - (-100%) = - 50% + 100% = 50%

Com efeito, há uma variação positiva de 50% entre uma data e outra. Essa maneira facilita a interpretação

para análise.

??Certo ou Errado?

a. A Análise Horizontal é fortemente distorcida sob condições inflacionárias, por comparar valores de um mesmo item em anos sucessivos (Encadeada) ou em ano anterior (Anual), utilizando moedas de diferente poder aquisitivo.

( ) certo ( ) errado

b. Para eliminação dos efeitos inflacionários das demonstrações financeiras, você deve trazer todos os exercícios sociais para a mesma base inflacionária ou deflacionária.

( ) certo ( ) errado

c. Você aprendeu, na Aula 5, que trazer os valores para a mesma base inflacionária é corrigir os valores das demonstrações financeiras para a moeda do último exercício. E por base deflacionária entende-se a correção dos valores para a moeda do primeiro exercício social.

( ) certo ( ) errado

Atividade 13

1

Page 194: Análise das Demonstrações Contábeis

162 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Práticas sobre Análise Horizontal

C E D E R J 163

AU

LA 6

d. Na Análise Horizontal, quando aplicada às demonstrações financeiras com valores originais, a variação é nominal.

( ) certo ( ) errado

e. Na Análise Horizontal, quando aplicada às demonstrações financeiras com valores corrigidos (inflacionados ou deflacionados), a variação é real.

( ) certo ( ) errado

Resposta ComentadaMais uma vez, se você teve dúvidas para responder a alguma das perguntas, recorra à Aula

5 para resolver isso! Aqui estão as respostas:

a. certo

b. certo

c. certo

d. certo

e. certo

Após a revisão em forma de exercícios que acabou de

fazer, você será capaz de resolver as atividades seguintes: !!

Qual é o objetivo da Análise Horizontal?

A Análise Horizontal tem como finalidade principal verificar:

( ) Se a empresa obteve lucro no período analisado.( ) A situação econômico-financeira de uma empresa.( ) A participação percentual dos componentes das demonstrações contábeis.( ) A evolução dos elementos que formam as demonstrações contábeis.

Resposta ComentadaA finalidade da Análise Horizontal é mostrar a evolução, o crescimento, o estudo de tendências

de contas ou grupo de contas. A alternativa correta é "A evolução dos elementos que formam

as demonstrações contábeis".

Atividade 14

1

Page 195: Análise das Demonstrações Contábeis

164 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Práticas sobre Análise Horizontal

C E D E R J 165

AU

LA 6

Falso ou verdadeiro?

Diga se as afirmações a seguir são falsas ou verdadeiras:

( ) A Análise Horizontal consiste em verificar a evolução ou o crescimento de elementos que compõem as demonstrações contábeis de períodos distintos.

( ) Na Análise Horizontal os elementos comparados são homogêneos, mas os períodos de avaliação são diferentes.

( ) A Análise Horizontal precisa de pelo menos dois exercícios para ser efetuada.

Resposta ComentadaA afirmativa "A Análise Horizontal consiste em se verificar a evolução ou o crescimento de

elementos que compõem as demonstrações contábeis de períodos distintos” é verdadeira.

A afirmativa "Na Análise Horizontal os elementos comparados são homogêneos, mas os

períodos de avaliação são diferentes” é verdadeira.

Ao aplicar a Análise Horizontal você verifica a evolução, por exemplo, da conta Estoque de

um ano em relação a outro ano.

A terceira afirmativa é verdadeira, já que a Análise Horizontal precisa pelo menos de dois

exercícios para ser efetuada.

Atividade 15

1

Calculando a evolução nominal

O Ativo Circulante da Empresa Alvorada apresentava os seguintes valores nos Balanços Patrimoniais de X1 a X3:

Tomando como ano-base X1, os números-índice de evolução nominal de X1 a X3 são:

a. X1 = 100%; X2 = 125% e X3 = 133%

b. X1 = 100%; X2 = 125% e X3 = 167%

c. X1 = 120%; X2 = 125% e X3 = 167%

d. X1 = 120%; X2 = 125% e X3 = 133%

Atividade 16

2

DISCRIMINAÇÃO X1 X2 X3

ATIVO CIRCULANTE 120.000 150.000 200.000

Page 196: Análise das Demonstrações Contábeis

164 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Práticas sobre Análise Horizontal

C E D E R J 165

AU

LA 6

Resposta ComentadaPara resolver esta atividade, o tipo de Análise Horizontal a ser utilizado é a Encadeada,

em função de o enunciado ter tomado X1 como ano-base para fazer a comparação dos

exercícios sucessivos.

Como o enunciado informa que o ano X1 representa o ano-base (100%), as duas

últimas alternativas de imediato seriam excluídas, restando, portanto, as duas primeiras

alternativas.

Efetuando a Análise Horizontal Encadeada, você constatará que a segunda alternativa é a

correta, conforme demonstrado a seguir:

Calculando a evolução nominal

O Ativo Circulante da Empresa Alvorada apresentava os seguintes valores nos Balanços

Patrimoniais de X1 a X3:

Assim, a alternativa b é a correta.

DISCRIMINAÇÃO

X1 X2 X3

VALOR AH VALOR AH VALOR AH

R$ % R$ MIL % R$ MIL %

Ativo Circulante 120.000 100 150.000 125 200.000 167

Calculando a evolução nominal

O Ativo Circulante da Empresa Alvorada apresentava os seguintes valores nos Balanços Patrimoniais de X1 a X3:

A evolução das Vendas Líquidas é a seguinte:a. 230; 170 ; 130; 100;b. 100; 130; 130; 135;c. 100; 130; 170; 230;d. 35; 130; 130; 100;

Atividade 17

2

ANO VENDAS LÍQUIDAS

X1 2.200

X2 2.860

X3 3.740

X4 5.060

Page 197: Análise das Demonstrações Contábeis

166 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Práticas sobre Análise Horizontal

C E D E R J 167

AU

LA 6

Resposta ComentadaA opção c é a correta.

Para resolver esta atividade, você deve aplicar a metodologia de cálculo da Análise

Horizontal (Encadeada) apresentada na Aula 5. Escolha o ano X1 como base (100%)

e calcule os números-índice dos demais anos em relação a X1, conforme demonstrado

a seguir:

Vale lembrar, mais uma vez, que você só deverá utilizar a Análise Horizontal Anual quando

for solicitada pelo enunciado. Fora disso, sempre utilize a Análise Horizontal Encadeada (ou

simplesmente Análise Horizontal).

ANOVENDAS LÍQUIDAS AH

R$ MIL %

X1 2.200 100

X2 2.860 130

X3 3.740 170

X4 5.060 230

Tirando conclusões preliminares

O Ativo de uma empresa estava assim constituído em X3 e X4:

Em R$ mil

O índice de evolução nominal dos grupos de contas do Ativo indica que o que mais cresceu de X3 para X4 foi o do:

a. Realizável a Longo Prazo;

b. Permanente e do Realizável a Longo Prazo, com a mesma evolução;

c. Circulante;

d. Circulante e do Permanente;

e. Permanente;

Atividade 18

3

ATIVO X3 X4

Circulante 100 120

Realizável a Longo Prazo 30 40

Permanente 170 240

TOTAL 300 400

Page 198: Análise das Demonstrações Contábeis

166 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Práticas sobre Análise Horizontal

C E D E R J 167

AU

LA 6

Resposta ComentadaPara resolver esta atividade, você deve utilizar a Análise Horizontal, tomando o ano X3 como

base. Dividindo o valor do grupo de X4 pelo valor do mesmo grupo em X3, multiplicando o

resultado da divisão por 100, conforme demonstrado a seguir, o resultado é o seguinte:

Após a apuração dos números-índice, você deverá interpretá-los por meio da taxa de variação,

que é calculada da seguinte maneira:

Taxa de Variação = Número-índice – 100%

Tomando como exemplo o AC, podemos afirmar que ocorreu uma evolução de 20% de X3

para X4 (120% – 100%).

Você irá constatar que o grupo de maior crescimento foi o Permanente (41%).

ATIVO

X3 X4

VALOR AH VALOR AH

R$ MIL % R$ MIL %

Circulante 100 100 120 120

Realizável a Longo Prazo 30 100 40 133

Permanente 170 100 240 141

TOTAL 300 100 400 133

ATIVO X3 X4 EVOLUÇÃO

Circulante 100 120 20

Realizável a Longo Prazo 100 133 33

Permanente 100 141 41

TOTAL 100 133 33

Page 199: Análise das Demonstrações Contábeis

168 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Práticas sobre Análise Horizontal

C E D E R J 169

AU

LA 6

Sem a utilização da Análise Horizontal, seria

extremamente difícil determinar quais dos grupos tiveram maior crescimento,

pois existe a necessidade de calcular a taxa de variação desses grupos.

A constatação dos crescimentos dos grupos, em termos absolutos, é praticamente impossível, conforme

demonstrado a seguir:Veja o exemplo de como as taxas podem ser calculadas:Taxa de crescimento do Ativo Realizável a Longo Prazo:

X3 = R$ 30 mil

X4 = R$ 40 mil R$ 10 mil -> variação absoluta

Taxa de variação = Número-índice – 100% = 133% – 100% = 33% -> variação relativa

Se, por exemplo, o PC tivesse os seguintes valores em:

X3 = R$ 300 mil

X4 = R$ 400 mil R$ 100 mil (variação absoluta)

Taxa de variação = Número-índice – 100% = 133% – 100% = 33% (variação relativa)

Portanto, você pode verificar que, em relação aos respectivos valores alcançados em X3, ambos os grupos cresceram

exatamente 33% durante o ano de X4. Não há possibilidade de constatar o crescimento em valores absolutos. Por esta razão, a Análise

Horizontal tem a finalidade de facilitar esta observação do crescimento das

contas ou grupos de contas.

!!

Page 200: Análise das Demonstrações Contábeis

168 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Práticas sobre Análise Horizontal

C E D E R J 169

AU

LA 6

Aplicando AH na DRE

Como gerente financeiro da Cia. Gama, faça a Análise Vertical e a Horizontal da Demonstração do Resultado do Exercício e, em seguida, responda:

Na Análise Horizontal, pode-se afirmar que:a. do ano X1 para X2, a conta Lucro Bruto foi a que mais cresceu;b. do ano X1 para X2, o CMV cresceu menos do que a Venda Líquida;c. do ano X1 para X2, o Lucro cresceu 47%;d. todas as afirmações são corretas;

Resposta ComentadaOs comentários da Atividade 4 servem também para esta atividade.

Quanto às sentenças, portanto...

A primeira alternativa é correta, pois o LB cresceu 47%, contra os crescimentos ocorridos nas

Vendas Líquidas e no CMV, de 40% e 35%, respectivamente.

A segunda alternativa é correta, pois o acréscimo no CMV é inferior ao das Vendas Líquidas,

35% contra 40%.

A terceira alternativa é correta, pois o LB cresceu 47% do ano X1 para o ano X2.

Por fim, a última alternativa é a correta, já que todas as alternativas anteriores são

verdadeiras.

Atividade 192

DRE

DISCRIMINAÇÃO

31/12/X1 31/12/X2 31/12/X3

VALOR AV AH VALOR AV AH VALOR AV AH

R$ MIL % % R$ MIL % % R$ MIL % %

VL 600 840 1.020

(-) CMV 360 487 551

(=) LB 240 353 469

DRE

DISCRIMINAÇÃO

31/12/X1 31/12/X2 31/12/X3

VALOR AV AH VALOR AV AH VALOR AV AH

R$ MIL % % R$ MIL % % R$ MIL % %

VL 600 100 100 840 100 140 1.020 100 170

(-) CMV 360 60 100 487 58 135 551 54 153

(=) LB 240 40 100 353 42 147 469 46 195

Page 201: Análise das Demonstrações Contábeis

170 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Práticas sobre Análise Horizontal

C E D E R J 171

AU

LA 6

Analisando a DRE

Como contador da Empresa América S.A., analisando os dados contidos nas Demonstrações dos Resultados dos Exercícios relativos aos anos X1 e X2, você pode concluir que:

( ) As Despesas Operacionais cresceram em maior proporção do que o Custo do Produto Vendido.

( ) A relação entre o Lucro Líquido e as Receitas Operacionais Líquidas decresceu de X1 para X2.

( ) O item que mais cresceu, em termos nominais, foi o Lucro Bruto.

( ) A relação entre o Custo dos Produtos Vendidos e as Receitas Operacionais Líquidas cresceu do primeiro para o segundo ano.

Resposta ComentadaEsta atividade quer saber o crescimento e a participação de contas ou grupos de contas no

total. Quanto ao crescimento, a resolução se dá por meio da Análise Horizontal; quanto à

participação, a resolução se dá por meio da Análise Vertical.

Atividade 202

DRE

DISCRIMINAÇÃO X1 X2

RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA 300 600

(-) Custo dos Produtos Vendidos 150 360

LUCRO BRUTO 150 240

(-) Despesas Operacionais 120 180

LUCRO OPERACIONAL 30 60

Receita Não-operacional 18 60

LUCRO ANTES DO IMPOSTO DE RENDA 48 120

( -) Provisão para Imposto de Renda 18 36

LUCRO LÍQUIDO 30 84

Page 202: Análise das Demonstrações Contábeis

170 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Práticas sobre Análise Horizontal

C E D E R J 171

AU

LA 6

A Análise Horizontal/Vertical fica assim demonstrada:

Após a aplicação destas técnicas, você deverá responder cada alternativa comparando com

os números-índice e os percentuais calculados.

A primeira alternativa (“As Despesas Operacionais cresceram em maior proporção que o

Custo do Produto Vendido”) é falsa, pois por meio da Analise Horizontal verifica-se que as

Despesas Operacionais cresceram 50%, enquanto o CPV cresceu 140%.

A alternativa “A relação entre o Lucro Líquido e as Receitas Operacionais Líquidas decresceu

de X1 para X2” é falsa, pois por meio da Análise Vertical verifica-se que o Lucro Líquido cresceu

de X1 para X2, passando de 10% para 14%.

A terceira alternativa (“O item que mais cresceu, em termos nominais, foi o Lucro Bruto”) é falsa,

pois a Análise Horizontal revela que, além do crescimento nominal ocorrido no Lucro Líquido,

de 180%, as Receitas Não-Operacionais e o Lucro antes do Imposto de Renda cresceram, em

termos nominais, respectivamente, 233% e 150%, contra o crescimento nominal do Custo

dos Produtos Vendidos, de 140%.

Finalmente, a última alternativa é a correta, pois a Análise Vertical mostra que a relação entre

o Custo dos Produtos Vendidos e as Receitas Operacionais Líquidas cresceu do ano X1 para

o ano X2, passando de 50% para 60%.

DRE

X1 X2

DISCRIMINAÇÃOVALOR AV AH VALOR AV AH

R$ MIL % % R$ MIL % %

ROL 300 100 100 600 100 200

(-) CPV 150 50 100 360 60 240

(=) LB 150 50 100 240 40 160

(-) DO 120 40 100 180 30 150

(=) LO 30 10 100 60 10 200

(+) RNO 18 6 100 60 10 333

(=) LAIR 48 16 100 120 20 250

( -) PIR 18 6 100 36 6 200

(=) LL 30 10 100 84 14 280

Page 203: Análise das Demonstrações Contábeis

172 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Práticas sobre Análise Horizontal

C E D E R J 173

AU

LA 6

Analisando séries históricas

Como analista de balanços da Empresa Corcovado, observe a seguinte série histórica e decida qual a alternativa correta:

R$ mil

( ) O crescimento nominal das vendas é de 50% ao ano, enquanto o crescimento nominal dos custos é de 70% ao ano.

( ) Mantendo-se a tendência da série, em X9 a empresa estará operando com prejuízo.

( ) Mantendo-se a tendência da série, a empresa atingirá, em X8, custos em torno de R$ 25.000 mil.

( ) Todas as afirmativas estão corretas.

Resposta ComentadaNesta atividade se quer conhecer o crescimento ao ano; portanto, o tipo de Análise

Horizontal a ser utilizado é a Anual.

Atividade 212

EXERCÍCIO VENDAS CMV

X1 1.000 600

X2 1.500 960

X3 2.250 1.536

DISCRIMINAÇÃO

X1 X2 X3

VALOR VALOR AH VALOR AH

R$ MIL R$ MIL % R$ MIL %

Vendas 1.000 1.500 150 2.250 150

(-) CMV 600 960 160 1.536 160

Page 204: Análise das Demonstrações Contábeis

172 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Práticas sobre Análise Horizontal

C E D E R J 173

AU

LA 6

Apurados os números-índice, você irá interpretá-los para saber a taxa de crescimento.

A primeira alternativa é falsa, pois o crescimento ocorrido no CMV foi de 60% e não de

70%, conforme demonstrado a seguir:

Memória de cálculo:

a. Acréscimo das Vendas:

Taxa de crescimento = Número-índice – 100%

= 150% – 100%

= 50%

b. Acréscimo do CMV:

Taxa de crescimento = Número-índice – 100%

= 160% – 100%

= 60%

A segunda alternativa (“Mantendo-se a tendência da série, em X9 a empresa estará operando

com prejuízo”) é a correta, pois em X9 a empresa, de acordo com as projeções, passaria a

auferir um prejuízo de R$ 139 mil.

Para responder esta alternativa, você deverá fazer a projeção das Vendas, do CMV e do Lucro

Bruto até o ano X9, conforme demonstrado a seguir:

DISCRIMINAÇÃO

X1 X2 X3

VALOR VALOR AH VALOR AH

R$ MIL R$ MIL % R$ MIL %

Vendas 1.000 1.500 150 2.250 150

(-) CMV 600 960 160 1.536 160

DISCRIMINAÇÃO

X1 X2 X3

VALOR VALOR AH VALOR AH

R$ MIL R$ MIL % R$ MIL %

Vendas 1.000 1.500 150 2.250 150

(-) CMV 600 960 160 1.536 160

(=) LB 400 540 135 714 132

Page 205: Análise das Demonstrações Contábeis

174 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Práticas sobre Análise Horizontal

C E D E R J 175

AU

LA 6

Memória de cálculo para chegar ao valor absoluto das Vendas em X4:

Para calcular o valor absoluto, é necessário calcular a taxa de variação.

A taxa de variação é dada pela seguinte fórmula:

Taxa de variação = Número-índice – 100%

= 150% – 100%

= 50%

Em termos absolutos, fica assim demonstrado:

Ano X3 = R$ 2.250 mil

(+) Variação = R$ 1.125 mil (matematicamente, temos 50% de R$ 2.250 mil)

Ano X4 = R$ 3.375 mil

Memória de cálculo para calcular o valor absoluto do CMV em X4:

Taxa de variação = Número-índice – 100%

= 160% – 100%

= 60%

Em termos absolutos, fica assim demonstrado:

Ano X3 = R$ 1.536 mil

(+) Variação = R$ 922 mil (matematicamente, temos 60% de R$ 1.536 mil)

Ano X4 = R$ 2.458 mil

Para os demais valores das Vendas e do CMV, os procedimentos são os mesmos.

A alternativa “Mantendo-se a tendência da série, a empresa atingirá, em X8, custos em torno

de R$ 25.000 mil” fica excluída, já que a projeção do CMV para X8 é de R$ 16.106 mil e

não de aproximadamente R$ 25.000 mil.

E, finalmente, a última alternativa é falsa, pois as demais alternativas

também são falsas.

X4 X5 X6

VALOR AH VALOR AH VALOR AH

R$ MIL % R$ MIL % R$ MIL %

3.375 150 5.063 150 7.594 150

2.458 160 3.932 160 6.291 160

917 229 1.131 283 1.303 326

X7 X8 X9

VALOR AH VALOR AH VALOR AH

R$ MIL % R$ MIL % R$ MIL %

11.391 150 17.087 150 25.631 150

10.066 160 16.106 160 25.770 160

1.325 331 981 245 (139) (36)

Page 206: Análise das Demonstrações Contábeis

174 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Práticas sobre Análise Horizontal

C E D E R J 175

AU

LA 6

Análise e Inflação - I

Examine a série:

Podemos afirmar, considerando que não houve inflação no período, que o índice de crescimento:

( ) dos Custos dos Produtos Vendidos tem tendência a ser inferior ao do crescimento das Vendas Líquidas até o ano 3, mas a ser superior a partir do ano 4;

( ) das Vendas Líquidas tem tendência a ser superior ao do crescimento dos Custos dos Produtos Vendidos;

( ) dos Custos dos Produtos Vendidos tem tendência a ser igual ao do crescimento das Vendas Líquidas;

( ) das Vendas Líquidas tem tendência a ser inferior ao crescimento dos Custos dos Produtos Vendidos.

Resposta ComentadaPara resolver esta atividade, você deverá aplicar a metodologia de cálculo da Análise Horizontal

Anual, conforme demonstrado a seguir:

Em %

Após a aplicação desta técnica, você deverá interpretar os números-índice para apurar a taxa

de variação.

Nesta atividade, as Vendas cresceram 6% ao ano (106% – 100%), e o CPV cresceu 9% ao

ano (109% – 100%); portanto, a resposta correta é a última alternativa.

Atividade 222

ANO VENDAS LÍQUIDASCUSTO DOS PRODUTOS

VENDIDOSLUCRO BRUTO

1 2.625 1.050 1.575

2 2.786 1.144 1.642

3 2.949 1.247 1.702

4 3.126 1.359 1.767

5 3.314 1.481 1.833

6 3.513 1.614 1.899

DISCRIMINAÇÃOX2 X3 X4 X5 X6

AH AH AH AH AH

Vendas 106 106 106 106 106

CPV 109 109 109 109 109

Page 207: Análise das Demonstrações Contábeis

176 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Práticas sobre Análise Horizontal

C E D E R J 177

AU

LA 6

Você viu, no enunciado desta atividade, que não houve

inflação no período; isto significa que os acréscimos ocorridos nas Vendas e nos

CPV são reais.!!Análise e Inflação - II

A Empresa Planalto apresentou em seus Balanços Patrimoniais os seguintes valores de Patrimônio Líquido:

Considerando os índices de inflação de 20% em X1, 15% em X2 e 10% em X3, temos que:( ) Os Patrimônios Líquidos dos três exercícios se equivalem.

( ) O Patrimônio Líquido de 31/12/X2 é igual ao Patrimônio Líquido de 31/12/X3.

( ) O Patrimônio Líquido de 31/12/X1 é igual ao Patrimônio Líquido de 31/12/X2.

( ) O Patrimônio Líquido de 31/12/X3 é menor que o Patrimônio Líquido de 31/12/X2.

( ) O Patrimônio Líquido de 31/12/X3 é maior que os demais.

Atividade 23

1

DATA R$ MIL

31/12/X1 1.000

31/12/X2 1.200

31/12/X3 1.380

Page 208: Análise das Demonstrações Contábeis

176 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Práticas sobre Análise Horizontal

C E D E R J 177

AU

LA 6

Resposta ComentadaPara resolução desta atividade, você deverá inflacionar ou deflacionar os valores do

Patrimônio Líquido para eliminar os efeitos da inflação, de modo que os valores do

Patrimônio Líquido fiquem homogeneizados, isto é, todos os valores convertidos à moeda

de uma mesma data.

Para inflacionar os valores originais, você deve multiplicá-los por um

fator de conversão, obtido por meio da divisão da inflação da data do

último ano pela inflação da data do ano que se quer corrigir.

Fator de conversão = Inflação do último ano

Inflação do ano a ser corrigido

Memória de cálculo:

0 100 20

0 500 100 15

0 670 100 10

1 00,,

,,,

,,,

,= = =

Para deflacionar os valores originais, você deve multiplicá-los por um fator de conversão,

obtido por meio da divisão da inflação da data do ano mais antigo pela inflação da data do

ano que se quer corrigir.

Fator de conversão = Inflação do ano mais antigo

Inflação do ano a ser corrigido

0 200 20

1 000 200 15

1 330 200 10

2 00,,

,,,

,,,

,= = =

Após converter todos os valores à moeda de uma mesma data, você constata

que a última alternativa é a correta.

CÁ L C U L O D A I N F L A Ç Ã O

X1 = 20%=20

100= 0,20

X2 = 15%= 15100

= 0,15

X3 = 10%= 10100

= 0,10

DISCRIMINAÇÃO 31/12/X1 31/12/X2 31/12/X3

PL (valores originais) (1) – R$ mil 1.000 1.200 1.380

Fator de conversão (2) 0,50 (1) 0,67 (2) 1,00 (3)

PL (valores inflacionados) (1x2) – R$ mil

500 804 1.380

DISCRIMINAÇÃO 31/12/X1 31/12/X2 31/12/X3

PL (valores originais) (1) – R$ mil 1.000 1.200 1.380

Fator de conversão (2) 1,00 (1) 1,33 (2) 2,00 (3)

PL (valores inflacionados) (1x2) – R$ mil

1.000 1.596 2.760

Page 209: Análise das Demonstrações Contábeis

178 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Práticas sobre Análise Horizontal

C E D E R J 179

AU

LA 6

Análise Horizontal Encadeada

Efetue a Análise Horizontal Encadeada da Empresa São Paulo S.A.:

Empresa São Paulo S.A.

Atividade 24

1

Balanço Patrimonial

ATIVO

31/12/X1 31/12/X2 31/12/X3

VALOR AH VALOR AH VALOR AH

R$ MIL % R$ MIL % R$ MIL %

Circulante 3.200 4.800 7.200

Realizável a Longo Prazo 1.200 1.200 1.200

Permanente 4.000 5.760 5.200

TOTAL 8.400 11.760 13.600

Balanço Patrimonial

PASSIVO

31/12/X1 31/12/X2 31/12/X3

VALOR AH VALOR AH VALOR AH

R$ MIL % R$ MIL % R$ MIL %

Circulante 2.000 3.760 5.120

Exigível a Longo Prazo 800 640 480

Patrimônio Líquido 5.600 7.360 8.000

TOTAL 8.400 11.760 13.600

Page 210: Análise das Demonstrações Contábeis

178 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Práticas sobre Análise Horizontal

C E D E R J 179

AU

LA 6

Resposta Comentada

Empresa São Paulo S.A.

Comentários sobre a Análise:

Na aplicação de recursos, o grupo Ativo Realizável a Longo Prazo permaneceu constante

ao longo do período analisado. Os demais grupos do Ativo tiveram acréscimos nominais

significativos.

Pelo lado das origens, observa-se uma involução das Exigibilidades de Longo Prazo na

série histórica.

Balanço Patrimonial

ATIVO

31/12/X1 31/12/X2 31/12/X3

VALOR AH VALOR AH VALOR AH

R$ MIL % R$ MIL % R$ MIL %

Circulante 3.200 100 4.800 150 7.200 225

Realizável a Longo Prazo 1.200 100 1.200 100 1.200 100

Permanente 4.000 100 5.760 144 5.200 130

TOTAL 8.400 100 11.760 140 13.600 162

Balanço Patrimonial

PASSIVO

31/12/X1 31/12/X2 31/12/X3

VALOR AH VALOR AH VALOR AH

R$ MIL % R$ MIL % R$ MIL %

Circulante 2.000 100 3.760 188 5.120 256

Exigível a Longo Prazo 800 100 640 80 480 60

Patrimônio Líquido 5.600 100 7.360 131 8.000 143

TOTAL 8.400 100 11.760 140 13.600 162

Page 211: Análise das Demonstrações Contábeis

180 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Práticas sobre Análise Horizontal

C E D E R J 181

AU

LA 6

Interpretando a Análise Horizontal

Como gerente da Empresa Paquetá, você deverá fazer a Análise Vertical e a Horizontal da Demonstração do Resultado do Exercício para X1, X2, X3 e X4, preenchendo a tabela. Em seguida, comente os resultados obtidos, mencionando o que aconteceu com os três grupos analisados (Vendas, CPV e Lucro Bruto).

Em R$ mil

Em %

____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Resposta ComentadaPara a resolução desta atividade, veja os comentários da Atividade 4.

Atividade 25

3

DRE

DISCRIMINAÇÃO X1 X2 X3 X4

Vendas 7.560 7.920 8.520 8.856

(-) Custo das Vendas 5.760 6.240 7.320 7.704

(=) Lucro Bruto 1.800 1.680 1.200 1.152

DRE

DISCRIMINAÇÃOX1 X2 X3 X4

AV AH AV AH AV AH AV AH

Vendas

(-) Custo das Vendas

(=) Lucro Bruto

Page 212: Análise das Demonstrações Contábeis

180 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Práticas sobre Análise Horizontal

C E D E R J 181

AU

LA 6

Em %

Na Análise Horizontal da Empresa Paquetá, você pode observar que as evoluções percentuais

dos Custos das Vendas foram superiores aos percentuais das Vendas; por conseguinte, o Lucro

Bruto teve decréscimo em termos percentuais, caracterizando uma menor produtividade.

A Análise Vertical revela que a participação do Custo das Vendas no período analisado foi

bastante significativa: para o total de Vendas (100%), o Custo das Vendas representou 76%,

79%, 86% e 87%, respectivamente, percentuais que você pode considerar elevados, visto

que em X1 esse percentual participava com 11 pontos percentuais a menos, se comparado

ao exercício de X4.

Como conseqüência, o Lucro Bruto decresceu ao longo da série analisada, em função do

comportamento do Custo das Vendas.

DRE

DISCRIMINAÇÃOX1 X2 X3 X4

AV AH AV AH AV AH AV AH

VENDAS 100 100 100 105 100 113 100 117

(-) Custo das Vendas 76 100 79 108 86 127 87 134

LUCRO BRUTO 24 100 21 93 14 67 13 64

CONCLUSÃO

Resolvendo as tarefas propostas nesta aula, você trabalhou a

técnica de Análise Horizontal.

Em algumas tarefas, praticou a análise em conjunto da técnica de

Análise Horizontal e Vertical, constatando que uma técnica complementa

a outra, possibilitando melhor análise das demonstrações financeiras.

INFORMAÇÃO SOBRE A PRÓXIMA AULA

Você estudará, na próxima aula, a técnica de Análise por Quociente, na

categoria denominada índices de liquidez.

Page 213: Análise das Demonstrações Contábeis

Prática sobre índices de liquidez

Após a realização das atividades propostas nesta aula, esperamos que você esteja apto a:

descrever o significado dos índices de liquidez e CCL;

aplicar fórmulas para apuração dos quocientes de liquidez no BP;

interpretar os resultados dos indicadores de liquidez, sinalizando algumas conclusões sobre eles.

8objetivos

AU

LA

Metas da aula

Apresentar atividades sobre a técnica de Análise por Quocientes, denominada índices de liquidez,

bem como a interpretação de tais índices.

1

2

3

Pré-requisitos

Para acompanhar esta aula e aproveitar todas as atividades que ela apresenta para fixar os conceitos de índice de liquidez, é necessário que você tenha em mente todo o conteúdo apresentado na Aula 7. Para facilitar, sugerimos que você tenha em mãos uma calculadora,

para fazer as atividades propostas com mais rapidez.

Page 214: Análise das Demonstrações Contábeis

30 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Prática sobre índices de liquidez

C E D E R J 31

AU

LA 8

INTRODUÇÃO A Análise por Quocientes é a técnica de análise mais utilizada no mercado

empresarial. Existem diversos indicadores obtidos por essa técnica, os quais

fornecem um panorama de avaliação da situação da empresa bastante

eficiente.

Na aula passada, você aprendeu um dos tipos de Análise por Quocientes, a

que envolvia os índices de liquidez. Estes são de quatro tipos: liquidez imediata,

corrente, seca e geral. Cada índice deste tem sua importância ressaltada de

acordo com o objetivo da análise que está sendo efetuada.

Nesta aula, você terá oportunidade de aplicar no Balanço Patrimonial

a técnica que aprendeu na Aula 7. Por meio de exercícios de múltipla escolha

e de desenvolvimento mais extenso, você aprenderá, na prática, as vantagens

e desvantagens desses índices e também será capaz de sugerir algumas

conclusões sobre a situação financeira das empresas.

Mãos à obra!

Objetivo da Análise por QuocientesQual é a finalidade principal da Análise por Quocientes?a. verificar a evolução dos elementos que formam as demonstrações contábeis;b. verificar a evolução, período a período, dos componentes das demonstrações contábeis;c. estabelecer uma relação entre dois valores de natureza diferente, procurando verificar a proporção de um valor em relação ao outro;d. verificar a participação de cada conta em relação à base.

Resposta comentadaA opção c é correta.

Para resolução desta atividade, você deverá relembrar os conceitos relativos às técnicas de

Análise de Balanços estudadas nas Aulas 3, 5 e 7.

Na Aula 3, você viu que a Análise Vertical estabelece a participação de uma conta ou grupo

de contas em relação à base (opção d).

Na Aula 5, você estudou que a Análise Horizontal consiste em verificar a evolução ou o

crescimento dos elementos que formam as demonstrações contábeis de períodos distintos.

Possibilita a comparação entre os valores de uma mesma conta ou grupo de contas em

diferentes períodos (opções a e b).

Finalmente, na Aula 7, você viu que a Análise por Quocientes estabelece uma

relação entre dois elementos diferentes de um mesmo período, indicando quantas

vezes um contém o outro. Portanto, ao analisar dois valores heterogêneos,

o quociente é utilizado como parâmetro de avaliação da influência ou proporção de um

sobre o outro (opção c).

Atividade 11

Page 215: Análise das Demonstrações Contábeis

30 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Prática sobre índices de liquidez

C E D E R J 31

AU

LA 8

Sobre os índices......pode-se dizer que eles:a. têm mais desvantagens do que vantagens;b. são indicadores precisos e absolutos da situação econômico-financeira da empresa;c. não representam informações úteis de análise;d. indicam aspectos da situação econômico-financeira que devem ser comparados a

outras empresas.

Resposta ComentadaA opção d é a correta.

Muito embora a Análise por Quocientes apresente desvantagens como número excessivo de

quocientes, dificuldades na determinação de padrões etc., é a técnica mais utilizada na análise

das demonstrações financeiras. Isso acontece porque ela atinge alto grau de profundidade

(permite estabelecer relações entre diversos demonstrativos contábeis), bem como minimiza

distorções por efeitos inflacionários dos quocientes extraídos dos Balanços Patrimoniais.

Atividade 21

Classificando quocientes Os quocientes ou índices são classificados em três grandes grupos:a. os quocientes estáticos, os patrimoniais e os de velocidade;b. os quocientes estáticos, os dinâmicos e os de velocidade;c. os quocientes dinâmicos, os operacionais e os de velocidade;d. os quocientes operacionais, os administrativos e os de velocidade.

Resposta ComentadaA opção b é a correta.

Como você aprendeu na aula anterior, esses quocientes ou índices são obtidos

de elementos do patrimônio (extraídos do BP) e do resultado (extraídos da DRE),

dividindo-se em:

• estáticos ou patrimoniais;

• dinâmicos ou operacionais;

• de velocidade.

Atividade 3

1

Page 216: Análise das Demonstrações Contábeis

32 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Prática sobre índices de liquidez

C E D E R J 33

AU

LA 8

Tipos de AnáliseQue tipo de análise é utilizado para avaliar a capacidade da empresa de honrar suas obrigações? a. Análise do Ativo Total; b. Análise do Ativo Imobilizado; c. Análise de Liquidez; d. Análise do Ativo Realizável a Longo Prazo.

Resposta ComentadaA opção c é a correta.

A análise que avalia a capacidade de pagamento é a Análise de Liquidez, feita por

meio dos índices que avaliam a capacidade financeira da empresa de honrar suas

obrigações para com terceiros na data do vencimento. Quando não se refere à data

de vencimento, trata-se da capacidade financeira de curto prazo.

De que vale a empresa apresentar capacidade de liquidez a longo prazo excelente, se

a curto prazo ela não tiver capacidade de honrar suas obrigações de curto prazo?

Atividade 41

Como calcular os índices?Você aprendeu, na aula passada, que cada um dos índices de liquidez é calculado de uma maneira. Correlacione a coluna da direita com a da esquerda, associando os nomes dos índices e suas fórmulas:

1. ILS ( )

ACPC

2. ILI ( )

3. ILC ( )

4. ILG ( ) DisponibilidadesPC

Resposta Comentada3, 1, 4 e 2.

Você estudou, na aula passada, que os índices de liquidez medem a capacidade

financeira da empresa. Esta capacidade de pagamento é mostrada pelo prisma de

volume (se a empresa tem recursos no Ativo suficientes para pagar as dívidas do

Passivo), mas não apresenta a qualidade desses ativos (duplicatas em atraso?

Dificuldades de realização dos estoques? etc.).

Atividade 51

AC – EstoquesPC

AC + ARLPPC + PELP

Page 217: Análise das Demonstrações Contábeis

32 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Prática sobre índices de liquidez

C E D E R J 33

AU

LA 8

Você viu também que o cálculo dos índices de liquidez por meio das fórmulas representa

a primeira etapa no estudo dos indicadores financeiros. A etapa seguinte é formar conceito

a respeito do índice, se é bom, regular ou ruim, através das três formas compartivas:

a. pelo seu significado intrínseco,

b. pela análise temporal (Análise de tendências), e

c. pela análise interempresarial (índices-padrão).

Nesta atividade, você utilizou somente a primeira etapa do estudo dos indicadores financeiros,

isto é, o cálculo dos índices.

Identificando índicesSe você acrescentar às Disponibilidades da empresa os Direitos Realizáveis a Receber a curto prazo e dividi-los pelo montante do Passivo Circulante, você estará calculando o grau de liquidez:a. imediata;b. seca;c. corrente;d. geral.

Resposta ComentadaA opção b é a correta.

Você viu, na Aula 7, que o índice de liquidez seca pode ser calculado por meio

das seguintes fórmulas:

ILSAC Estoques

PC= −

ou

ILS = Disponibilidades + Direitos Realizáveis a Curto Prazo

; Passivo Circulante

; sendo assim, a segunda opção é a correta.

Atividade 61

Page 218: Análise das Demonstrações Contábeis

34 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Prática sobre índices de liquidez

C E D E R J 35

AU

LA 8

Calculando índices de liquidez - IO Balanço Patrimonial da Empresa Natividade, encerrado em 31/12/X1, é demonstrado a seguir:

Sabendo-se que o Estoque era de R$ 52,50 mil, calcule:a. índice de liquidez corrente;b. índice de liquidez seca;c. índice de liquidez geral;

Resposta Comentadaa. ILC = 1,20

b. ILS = 0,50

c. ILG = 0,78

Nesta atividade, você utilizou a primeira etapa do estudo dos indicadores

financeiros.

Você sabe que o ILC é apurado através da fórmula ILCACPC

= ; como foram

fornecidos os valores do AC e do PC, basta substituí-los na fórmula.

a. ILCACPC

milmil

= = =9075

1 20,

b.

c. ILG = AC + ARLP = 90 mil + 15 mil = 105 mil = 0,78 PC + PELP 75 mil + 60 mil 135 mil

Atividade 72

ATIVO R$ Mil PASSIVO R$ Mil

Ativo Circulante 90 Passivo Circulante 75

Ativo Realizável a Longo Prazo 15 Passivo Exigível a Longo Prazo 60

Ativo Permanente 135 Patrimônio Líquido 105

TOTAL 240 TOTAL 240

Balanço Patrimonial

ILSAC Estoques

PCmil mil

mil= − = − =90 52 50

750 50

,,

Page 219: Análise das Demonstrações Contábeis

34 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Prática sobre índices de liquidez

C E D E R J 35

AU

LA 8

Calculando índices de liquidez - IIConsidere o Balanço Patrimonial da Empresa Comércio de Artefatos Couro Bom S.A., encerrado em 31 de dezembro de X1 e demonstrado a seguir.

Empresa Comércio de Artefatos Couro Bom S.A.

Balanço Patrimonial encerrado em 31/12/X1Sabendo que as disponibilidades e os estoques representam 5% e 20% do Ativo Circulante, respectivamente,apure:a. ILIb. ILCc. ILSd. ILG

Atividade 82

ATIVO R$ MIL

Ativo Circulante 6.000

Ativo Realizável a Longo Prazo 1.350

Ativo Permanente

Investimentos 2.250

Imobilizado 4.800

Diferido 600

TOTAL 15.000

PASSIVO R$ MIL

Passivo Circulante 4.500

Passivo Exigível a Longo Prazo 900

Patrimônio Líquido 9.600

TOTAL 15.000

Balanço Patrimonial

Page 220: Análise das Demonstrações Contábeis

36 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Prática sobre índices de liquidez

C E D E R J 37

AU

LA 8

Resposta Comentadaa. ILI = 0,07

b. ILC = 1,33

c. ILS = 1,07

d. ILG = 1,36

Para a solução desta atividade, você deve rever os conceitos apresentados na Aula 7

– Análise por Quocientes – I, especificamente o primeiro passo do estudo dos indicadores

financeiros – cálculo dos índices.

a. ILIDisponibilidades

PC=

Como as disponibilidades representam 5% do AC, temos:

Disponibilidades = 0,05 de R$ 6.000 mil

Disponibilidades = R$ 300 mil

ILImilmil

= =3004 500

0 07.

,

b. ILCACPC

=

ILCmilmil

= =6 0004 500

1 33..

,

c. ILSAC Estoques

PC= −

Como os Estoques representam 20% do AC, temos:

Estoques = 0,20 de R$ 6.000 mil

Estoques = R$ 1.200 mil

ILSmil mil

mil= −6 000 1 200

4 500. .

.

ILSmilmil

= =4 8004 500

1 07..

,

d. ILGAC ARLPPC PELP

= ++

ILGmil milmil mil

= ++

6 000 1 3504 500 900. ..

ILGmilmil

= =7 3505 400

1 36..

,

Page 221: Análise das Demonstrações Contábeis

36 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Prática sobre índices de liquidez

C E D E R J 37

AU

LA 8

Sobre o CCL...Qual das situações a seguir indica o Capital Circulante Líquido?a. Ativo Circulante – Passivo Exigível a Longo Prazo;b. Ativo Circulante + Passivo Circulante;c. Ativo Circulante – Passivo Circulante;d. Ativo Circulante – Passivo Exigível Total.

Resposta ComentadaA opção c é a correta.

Você viu, em Contabilidade I, que o CCL é o excesso do AC sobre o PC, conforme

demonstrado no histograma a seguir:

Por exemplo: o AC de determinada empresa representa 70% do total do Ativo

e o PC 40% do total do Passivo; tem-se:

AC70%

PC40%

AC PC

PL60%

PL

AP30%

AP

a área em cinza-escuro representa

o CCL

CCL = AC – PC

CCL = 70% – 40%

CCL = 30%

Atividade 91

Page 222: Análise das Demonstrações Contábeis

38 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Prática sobre índices de liquidez

C E D E R J 39

AU

LA 8

Sobre o Índice de Liquidez Corrente...Qual destas relações representa o índice de liquidez corrente (ILC)?

a. ILCCCL AC

PC= +

c. ILC CCLPCAC

= +

b. ILCAC PC

CCL= −

d. ILCCCLPC

= +1

Resposta ComentadaA opção d é a correta.

Em Contabilidade I, você estudou que o CCL é calculado pela seguinte fórmula:

CCL= AC – PC.

Precisa também relembrar os conceitos estudados em Álgebra, lá no Ensino

Fundamental, para resolução desta atividade.

O primeiro passo é substituir o CCL em todas as opções propostas.

Opção a:

ILCCCL AC

PC

ILCAC PC AC

PC

= +

= − +

ILCAC PC

PCFalsa= − →2

Opção b:

ILCAC PC

CCL= −

ILCAC PCAC PC

Falsa= −−

= →1

Opção c:

ILC CCLPCAC

= +

ILC AC PCPCAC

= − + ; colocando a fração com o mesmo denominador, você

chega a:

ILCAC PC x AC PC

AC

ILCAC x AC PC x AC PC

AC

=−( ) +

= − +

Atividade 101

ILCAC ACPC PC

ACFalsa= − + →

2

Page 223: Análise das Demonstrações Contábeis

38 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Prática sobre índices de liquidez

C E D E R J 39

AU

LA 8

Opção d:

ILCCCLPC

= +1 ; sabendo-se que o CCL = AC – PC

ILCAC PC

PC= + −

1 ; colocando a fração com o mesmo denominador, temos:

ILCx PC AC PC

PC

ILCPC AC PC

PC

ILCACPC

Verdadeira

= + −

= + −

= →

1

Calculando o CCL - IO Ativo Circulante da Empresa Saquarema é de R$ 320.000, e o Passivo Circulante, de R$ 200.000. Ao quitar uma obrigação com fornecedores no valor de R$ 60.000, seu CCL passa para:a. R$ 140.000; c. R$ 120.000; b. R$ 180.000; d. R$ 100.000.

Resposta ComentadaA opção c é a correta.

Ao quitar a obrigação com fornecedor no valor de R$ 60.000, este

FATO CONTÁBIL fez com que o AC e o PC diminuíssem para R$ 260.000 e

R$ 140.000, respectivamente.

Para apurar o CCL, basta aplicar a fórmula:

CCL = AC – PC

CCL = R$ 260.000 – R$140.000

CCL = R$ 120.000

Atividade 112

FA T O C O N T Á B I L

Qualquer movimentação nos elementos do patrimônio

traduzida em moeda.

Page 224: Análise das Demonstrações Contábeis

40 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Prática sobre índices de liquidez

C E D E R J 41

AU

LA 8

Calculando o CCL - IIDado o Balancete de Verifi cação da Empresa Cabo Frio em 31/12/X2, calcule o Capital Circulante Líquido.

Resposta ComentadaCCL = R$ 1.920 mil

O CCL é dado pela fórmula CCL = AC – PC; portanto, você deve calcular o

AC e o PC, os quais são demonstrados a seguir:

Atividade 122

R$ MIL

CONTAS SALDO

DEVEDOR CREDOR

Caixa 105

Bancos Conta Movimento 210

Adiantamentos a Fornecedores 255

Duplicatas a Receber 450

Imóveis 1.050

Estoques de Matérias-Primas 1.200

Estoques de Produtos Acabados 1.200

Veículos 300

Máquinas e Equipamentos 360

Juros Pagos Antecipadamente 75

Seguros Pagos Antecipadamente 75

Capital 900

Adiantamentos de Clientes 225

Duplicatas a Pagar 675

Depreciação Acumulada 180

Fornecedores 300

Lucros Acumulados 1.800

Reservas de Lucros 750

Salários a Pagar 270

Impostos a Pagar 180

TOTAL 5.280 5.280

Page 225: Análise das Demonstrações Contábeis

40 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Prática sobre índices de liquidez

C E D E R J 41

AU

LA 8

Empresa Cabo Frio

Balanço Patrimonial em 31/12/X2

Após apurados o AC e o PC, você tem condições de calcular o CCL.

CCL = AC – PC

CCL = R$ 3.570 mil – R$ 1.650 mil

CCL = R$ 1.920 mil

R$ MIL

ATIVO CIRCULANTE PASSIVO CIRCULANTECaixa 105 Fornecedores 300Bancos Conta Movimento 210 Adiantamento de Clientes 225Adiantamentos a Fornecedores 255 Duplicatas a Pagar 675Duplicatas a Receber 450 Salários a Pagar 270Estoques de Matérias-Primas 1.200 Impostos a Pagar 180Estoques de Produtos Acabados 1.200Juros Pagos Antecipadamente 75Seguros Pagos Antecipadamente 75TOTAL DO AC 3.570 TOTAL DO PC 1.650

Balanço Patrimonial

Calculando o ILCCalcule o índice de liquidez corrente, sabendo que:a. o índice de liquidez seca é igual a 1,6;b. os estoques valem R$ 60.000,00; c. o Passivo Circulante é igual a R$ 180.000,00.

Em seguida, assinale a opção que corresponde à sua resposta:a. 1,27;b. 1,93;c. 1,50;d. 2,00.

Atividade 132

Page 226: Análise das Demonstrações Contábeis

42 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Prática sobre índices de liquidez

C E D E R J 43

AU

LA 8

Resposta ComentadaA opção b é a correta.

Para calcular o ILC, é necessário saber o valor do AC, que não foi fornecido

no enunciado.

Como foram dados os valores do ILS e dos Estoques, você deve substituí-los

na fórmula do ILS, conforme é demonstrado a seguir:

ILSAC Estoques

PCAC

= −

= −1 6

60 000180 000

,.

.

1,6 x 180.000 = AC – 60.000

288.000 + 60.000 = AC

348.000 = AC

Apurado o valor do AC, basta aplicar a fórmula do ILC:

ILCACPC

= = =348 000180 000

1 93..

,

Calculando ILI e ILSSuponha que a Empresa Iguaba tenha em seu Ativo Circulante: Disponíveis no valor de R$ 100.000,00; Direitos a Receber de curto prazo de R$ 400.000,00; Estoques de R$ 500.000,00; Despesas Antecipadas de R$ 50.000,00. O seu Passivo Exigível de Curto Prazo totaliza R$ 1.000.000,00. O grau de liquidez imediata e o de liquidez seca serão, respectivamente:a. 1,00 e 0,10;b. 0,50 e 0,40;c. 0,10 e 0,50;d. 0,50 e 0,10.

Resposta ComentadaA opção c é a correta.

As fórmulas de liquidez imediata e seca são:

ILI = Disponibilidades e ILS = Disponibilidades + Direitos Realizáveis a Curto Prazo; Passivo Circulante Passivo Circulante

sendo assim, aplicando os valores às respectivas fórmulas, você verá que a opção correta é

“0,10 e 0,50”, conforme demonstrado a seguir:

ILI

ILS

= =

= + =

100 0001 000 000

0 10

100 000 400 0001 000 000

500

.. .

,

. .. .

.00001 000 000

0 50. .

,=

Atividade 142

Page 227: Análise das Demonstrações Contábeis

42 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Prática sobre índices de liquidez

C E D E R J 43

AU

LA 8

Calculando liquidez correnteSe uma empresa tiver um Ativo Circulante de R$ 3.600,00, um Passivo Circulante de R$ 1.400,00 e fi zer uma aquisição de mercadorias a prazo no valor de R$ 1.600,00, sua liquidez corrente será de:a. 2,57;c. 1,73;d. 3,71;e. 1,20.

Resposta ComentadaA opção b é a correta.

A fórmula da liquidez corrente é: ILCACPC

= = ++

=3 600 1 6001 400 1 600

1 73. .. .

, .

A aquisição de mercadorias aumentou o valor do Ativo Circulante. Como esta

aquisição é para pagamento no curto prazo, o Passivo Circulante aumentou

também neste mesmo valor.

Atividade 15

Repare que, nesta atividade, utilizou-se a fórmula do ILS que exclui, além dos estoques, todas

as contas que não representam conversão em dinheiro (despesas antecipadas, impostos a recuperar etc.).!!

2

O ILS é...Se uma empresa tiver um Ativo Circulante de R$ 5.400,00, composto de disponibilidades e direitos realizáveis a curto prazo, um Passivo Circulante de R$ 2.100,00 e fi zer uma aquisição de mercadorias a prazo no valor de R$ 1.200,00, sua liquidez seca será de:a. 1,64;b. 2,57;c. 3,14;d. 2,00.

Resposta ComentadaA opção a é a correta.

Após este fato contábil, o AC passou a ser de R$ 6.600,00 (R$ 5.400,00 + R$ 1.200,00)

e o PC, R$ 3.300,00 (R$ 2.100,00 + R$ 1.200). Aplicando a fórmula do ILS, temos:

ILSAC Estoques

PC= − = − =6 600 1 200

3 3001 64

. ..

,

Atividade 161

Page 228: Análise das Demonstrações Contábeis

44 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Prática sobre índices de liquidez

C E D E R J 45

AU

LA 8

De quanto é o ILC?O Balanço Patrimonial da Empresa Alvorada em 31 de dezembro de X1 revelava um Ativo Circulante no valor de R$ 2.800,00 e um Passivo Circulante de R$ 1.700,00. A primeira operação realizada em 1/1/X2 foi a aquisição de mercadorias no valor de R$ 800,00 a prazo. Calcule o índice de liquidez corrente após a realização dessa operação. a. 1,65 c. 2,12b. 0,61 d. 1,44

Resposta ComentadaA opção d é a correta.

Para a solução desta atividade, você deve rever os conceitos apresentados na

Aula 7 – Análise por Quociente – I.

Você viu que o ILC é apurado por meio da fórmula ILCACPC

= .

Com a aquisição de Mercadorias no valor de R$ 800,00, a prazo, em 1/1/X2,

o AC passou de R$ 2.800,00 para R$ 3.600,00 e o PC passou de R$ 1.700,00

para R$ 2.500,00.

Aplicando a fórmula do ILC, temos: ILCACPC

ILC

=

= =3 6002 500

1 44..

,

Atividade 172

Avaliando a situação de uma empresa – I

Examine a série histórica a seguir:Podemos afi rmar que o índice de liquidez corrente está melhor no ano: a. X2, com quociente 4,67; c. X4, com quociente 1,50; b. X3, com quociente 1,60; d. X4, com quociente 4,00.

Atividade 183

GRUPO X2 X3 X4Ativo Circulante 200 320 480Ativo Permanente 500 800 1.200Passivo Circulante 150 200 320

2

Page 229: Análise das Demonstrações Contábeis

44 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Prática sobre índices de liquidez

C E D E R J 45

AU

LA 8

Resposta ComentadaA opção b é a correta.

1º passo: Apurar os ILC de X2, X3 e X4, conforme demonstrado a seguir:

2º passo: Interpretar o índice

Você estudou que, à exceção do ILI, os demais índices de liquidez pertencem

à categoria de “quanto maior, melhor”. Portanto, a opção correta é "X3, com

quociente 1,60".

FÓRMULA X2 X3 X4

ILCACPC

= 200150

1 33= ,320200

1 60= ,480320

1 50= ,

Calculando um índice a partir de outroA Empresa Rio Bonito apresentou em 31/12/X2 um índice de liquidez seca igual a 1,5, estoques no valor de R$ 100.000,00 e Passivo Circulante igual a R$ 250.000,00. Qual o índice de liquidez corrente? a. 1,6;b. 1,9;c. 1,1;d. 1,8.

Resposta ComentadaA opção correta é a b. Para a resolução desta atividade, você deve utilizar o

primeiro passo relativo ao estudo dos indicadores fi nanceiros, ou seja, cálculo

dos índices por meio de fórmulas.

ILSAC Estoques

PCILC

ACPC

= − =

Substituindo os valores da fórmula do ILS, temos:

1 5100 000

250 000,

..

= −AC

375.000 = AC – 100.000

375.000 + 100.000 = AC

475.000 = AC

Calculado o valor do AC, basta substituí-lo na fórmula do ILC:

ILCACPC

ILC

=

= =475 000250 000

1 90..

,

Atividade 192

Page 230: Análise das Demonstrações Contábeis

46 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Prática sobre índices de liquidez

C E D E R J 47

AU

LA 8

Analisado uma empresaConsiderando os indicadores a seguir, marque a opção mais viável para a Empresa Pão de Açúcar:

AC = 1,75; 2,00; 3,00 Disponibilidades + Direitos Realizáveis a C P = 1,50; 0,80; 0,60PC PC

a. ( ) há aumento do Permanente;b. ( ) há aumento dos Estoques;c. ( ) há aumento do Patrimônio Líquido;d. ( ) há aumento de dívidas de curto prazo.

Resposta ComentadaA opção b é a correta.

Nesta atividade, você conclui que a opção mais viável é a segunda (“há aumento

dos Estoques”), já que este aumento propiciou índices mais favoráveis no ILC e

desfavoráveis no ILS. A exclusão da conta Estoques do total do Ativo Circulante

provocou acentuada queda nos índices de liquidez seca. Já os aumentos do

Permanente e do Patrimônio Líquido não interferem no ILC e no ILS. O aumento

das dívidas de curto prazo iria diminuir o ILC e aumentar o ILS.

Atividade 203

Definindo índicesFaça a correlação:1. ILS 2. ILC 3. ILG

( ) A empresa dispõe de “X” reais no Ativo Circulante para cobrir cada R$ 1,00 de obrigações vencíveis de curto prazo.( ) A empresa dispõe de “X” reais do total dos recursos aplicados no Ativo Circulante, excluídos os estoques, para cobrir cada R$ 1,00 de dívidas de curto prazo.( ) A empresa dispõe de “X” reais do total dos recursos aplicados no Ativo Circulante e no Ativo Realizável a Longo Prazo para cobrir cada R$ 1,00 do total das dívidas.

Resposta Comentada2, 1 e 3.

Para responder a esta atividade, você utilizou a segunda etapa do estudo dos

indicadores financeiros, isto é, a interpretação dos índices. Este assunto está

explicado na aula anterior e, caso você tenha ficado com dúvidas, é melhor

retornar àquele conteúdo para saná-las!

Atividade 213

Page 231: Análise das Demonstrações Contábeis

46 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Prática sobre índices de liquidez

C E D E R J 47

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LA 8

Verdadeiro ou falso?I. O índice de liquidez imediata é a medida da capacidade financeira imediata para liquidação, num só momento, de todos os compromissos assumidos com terceiros, vencíveis no prazo de até doze meses utilizando somente recursos disponíveis.a. verdadeiro b. falso

II. Se o índice de liquidez corrente for menor que 1,0, isso significa que necessariamente a empresa apresenta uma situação de incapacidade de pagamento. a. verdadeiro b. falso

III. O índice de liquidez corrente da Indústria Química Rio das Ostras relativo ao último exercício foi de 1,4. Somente com esse indicador você pode concluir que a empresa não terá dificuldades para honrar seus compromissos para com terceiros.a. verdadeiro b. falso

Resposta ComentadaI. A opção a é a correta.

Na aula anterior, você estudou que o ILI é aquele que mede a capacidade financeira

da empresa utilizando somente as disponibilidades (Caixa, Bancos Conta Movimento e

Aplicações de Liquidez Imediata) para honrar todas as obrigações vencíveis a curto prazo

(Passivo Circulante).

II. A resposta é a opção b.

A princípio, um índice de liquidez corrente menor que 1,0 mostra que o volume de recursos

investidos no Ativo Circulante é insuficiente para saldar os compromissos de curto prazo, mas

isto não significa necessariamente que a empresa apresenta incapacidade de pagamento, uma

vez que (você já viu em comentários anteriores) a capacidade de pagamento envolve outros

aspectos como sincronia de prazos de recebimentos e pagamentos, qualidade dos ativos etc.;

portanto, a opção é falsa.

III. A resposta é a opção b.

Nesta atividade, repare que o ILC é 1,4, ou seja, maior que 1, o que a princípio revela que

para cada R$ 1,00 de dívidas de curto prazo (PC) a empresa possui R$ 1,40 de recursos no

AC. Isto, no entanto, não é suficiente para atestar que a empresa irá honrar essas obrigações

na data de vencimento, porque não sabemos a sincronia de prazos de recebimentos e

pagamentos, a qualidade do Ativo Circulante (duplicatas em atraso, estoques obsoletos,

renovação dos estoques demorada etc.), já que as obrigações são líquidas e certas;

portanto, a afirmação é falsa.

Atividade 221

Page 232: Análise das Demonstrações Contábeis

48 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Prática sobre índices de liquidez

C E D E R J 49

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LA 8

Interpretando um ILISe a empresa obtiver uma liquidez imediata igual a 0,7, pode-se afirmar que:a. Para cada R$ 0,70 do Ativo Permanente, a empresa deve, no curto prazo, R$ 1,00;b. Para cada R$ 0,70 de disponibilidades, a empresa deve, no curto prazo, R$ 1,00;c. Para cada R$ 0,70 do Ativo Circulante, a empresa deve R$ 1,00;d. Nenhuma das Respostas Anteriores (N.R.A.).

Resposta ComentadaA opção b é a correta.

A opção a não se justifica, por fazer a relação do Ativo Permanente com o Passivo Circulante,

quando o correto é Disponibilidades com o Passivo Circulante. A opção c também é incorreta,

por utilizar a fórmula de liquidez imediata errada.

Atividade 233

Significado do ILCO índice de liquidez corrente mostra quantos reais a empresa tem:a. no seu Ativo para cada real de dívida de curto prazo;b. no Ativo Circulante para cada real de dívida de curto prazo;c. no Ativo Circulante para cada real de dívida total;d. no Ativo Permanente para cada real do Patrimônio Líquido.

Resposta ComentadaA opção b é a correta.

Veja os comentários da Atividade 5. Nesta atividade você utilizou a segunda etapa do estudo

dos indicadores financeiros, em uma das formas de comparação: a interpretação do seu

valor intrínseco, como podemos explicá-los.

As demais opções estão erradas pelos seguintes motivos:

Opção a: repare, no enunciado, que ele se refere ao total do Ativo e não do Ativo

Circulante;

Opção c: o enunciado refere-se à dívida total e não às dívidas vencíveis a curto prazo (PC);

Opção d: você viu que a fórmula do ILC é ACPC

e não Ativo PermanentePL

.

Atividade 241

Page 233: Análise das Demonstrações Contábeis

48 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Prática sobre índices de liquidez

C E D E R J 49

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LA 8

Calculando índicesOs seguintes dados foram extraídos do Balanço Patrimonial da Indústria de Papel Sapucaia:

Agora, preencha as linhas pontilhadas com as informações solicitadas:a. índice de liquidez corrente: ....................Para cada R$ 1,00 de ................................... vencíveis a ..................... prazo, a empresa possui R$ .............. de valores disponíveis e realizáveis no Ativo .....................b. índice de liquidez seca: ..............Para cada R$ 1,00 de .................................. vencíveis a ....................... prazo, a empresa possui R$ .............., sem contar com a realização das vendas de seus estoques.c. índice de liquidez geral: ..............Para cada R$ 1,00 do total das .................................., a empresa dispõe de R$ ................. de recursos disponíveis e realizáveis a curto e longo prazo.

Resposta ComentadaPara resolver esta atividade, você precisa apurar o ILC, ILS e ILG, conforme demonstrado no

quadro a seguir:

FÓRMULA

ILCACPC

ILCAC Estoques

PC

ILGAC ARLPPC PELP

=

= −

= ++

ILCmilmil

ILCmil mil

mil

ILGmil

= =

= − =

=

441264

1 67

441 77264

1 38

441

,

,

+++

=130264 100

1 57mil

mil mil,

Após a apuração dos índices, você deverá interpretá-los em sua forma intrínseca (segundo

passo no estudo dos indicadores financeiros).

Confira sua resposta:

a. ILC = 1,67 Dívidas (obrigações) curto R$ 1,67 Circulanteb. ILS = 1,38 Dívidas (obrigações) curto R$ 1,38 -c. ILG = 1,57 Dívidas (obrigações) - R$ 1,57 -

Atividade 2532

R$ MIL

Ativo Circulante 441Mercadorias

Ativo Realizável a Longo Prazo

Passivo Circulante

Passivo Exigível a Longo Prazo

77

130

264

100

Balanço Patrimonial

Page 234: Análise das Demonstrações Contábeis

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Análise das Demonstrações Contábeis | Prática sobre índices de liquidez

C E D E R J 51

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LA 8

Interpretando ILC – ISe a empresa obtiver uma liquidez corrente igual a 1,0, pode-se concluir que:a. O Ativo Circulante é igual ao Passivo Circulante;b. O Capital Circulante Líquido é zero;c. O Ativo Circulante é menor do que o Passivo Circulante;d. As opções a e b estão corretas.

Resposta ComentadaA opção correta é a d.

Para responder a esta atividade, você deverá testar cada opção proposta.

Opção a: AC = PC

Você aprendeu que o ILCACPC

=

Como o ILC fornecido é igual a 1, tem-se: 1 = ACPC

1 x PC = AC

PC = AC -> Esta opção é correta.

Opção b: CCL = 0

O CCL é representado pela seguinte fórmula:

CCL = AC – PC

Como você viu na opção a que o AC é igual a PC, tem-se:

CCL = PC – PC

CCL = 0 -> Esta opção também está correta.

Opção c: AC < PC

Esta alternativa está incorreta pelos motivos apresentados anteriormente.

Opção d: AC = PC e CCL = 0

É a opção que você deve marcar, pois engloba as opções a e b, que são

verdadeiras.

Atividade 263

Page 235: Análise das Demonstrações Contábeis

50 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Prática sobre índices de liquidez

C E D E R J 51

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LA 8

Interpretando ILC – IISe a empresa apresentar uma liquidez corrente de 1,5, pode-se concluir que:a. Para cada R$ 150 do Ativo, o Passivo Circulante é de R$ 100;b. Para cada R$ 150 de Ativo Circulante, a empresa deve R$ 100;c. Para cada R$ 150 de Ativo Circulante, a empresa deve no curto prazo R$ 100;d. N.R.A.

Resposta ComentadaA opção c é a correta.

A opção a não se justifica, por fazer a relação de todo o Ativo com o Passivo Circulante, quando

o correto é Ativo Circulante e Passivo Circulante. A opção b também não é correta, por não

explicitar que as dívidas são de curto prazo.

Atividade 273

Interpretando ILC - IIIUma empresa com quociente de liquidez corrente igual a 0,80a. está falida;b. não consegue pagar suas dívidas;c. deve reduzir o Ativo e o Passivo Circulantes;d. dependendo de outros fatores, pode ser capaz de honrar suas dívidas de curto prazo sem problemas.

Resposta ComentadaA opção d é a correta.

Com relação a esta atividade, você pode até achar que com um ILCACPC

= = 0 80, a

empresa está falida ou não tem condições de pagar as dívidas de curto prazo por apresentar

este indicador inferior a 1,0. Na verdade, o ILC < 1 significa que os volumes de recursos no

AC a princípio não seriam suficientes para honrar as dívidas de curto prazo (PC). Entretanto,

lembre-se de que a capacidade de pagamento leva em consideração outros fatores, como

sincronia entre prazo de recebimento e pagamento, giro dos estoques, liquidez dos ativos

circulantes etc.

A terceira opção, “reduzir o Ativo e o Passivo Circulantes”, está incorreta, uma vez que para atingir

um ILC igual ou superior a um haveria a necessidade de elevar o AC ou reduzir o PC.

Atividade 283

Page 236: Análise das Demonstrações Contábeis

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Análise das Demonstrações Contábeis | Prática sobre índices de liquidez

C E D E R J 53

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LA 8

Interpretando ILS - IQual das afi rmativas a seguir está correta, em se tratando do índice de liquidez seca? a. ILS < 1 indica sempre excesso de estoques no Ativo Circulante; b. ILS = 1 indica que o Ativo Circulante, excluídos os estoques, não é sufi ciente para saldar as obrigações de curto prazo;c. a interpretação do ILS deve ser feita junto com informações acerca do prazo em que a empresa espera vender seus estoques.

Resposta ComentadaA opção c é a correta.

Para responder a este tipo de atividade, é necessário analisar cada uma das

opções propostas.

Opção a: falsa.

O ILS < 1 não signifi ca excesso de estoques no AC, conforme é demonstrado

no exemplo a seguir:

Repare que o ILS = 0,40, menor do que 1, representa apenas 20% do AC.

Opção b: falsa.

O ILS = 1 indica que o Ativo Circulante, excluídos os estoques, não é sufi ciente

para saldar as obrigações de curto prazo, como é demonstrado no exemplo a

seguir:

Note que ILS = 1,00, e a empresa dispõe de recursos circulantes sem precisar

realizar seus estoques, isto é, vendê-los.

Opção c: verdadeira.

A interpretação do ILS deve ser feita junto com informações acerca do prazo em que

a empresa espera vender seus estoques. O ILS deve ser analisado em conjunto

com o Prazo Médio de Renovação dos Estoques (PMRE).

Atividade 293

AC R$ 100Estoques R$ 20PC R$ 200ILS 0,40

AC R$ 200Estoques R$ 50PC R$ 150ILS 1,00

Page 237: Análise das Demonstrações Contábeis

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LA 8

Interpretando a situação de uma empresa pelo seu ILCSuponha que certa empresa tenha dificuldades para saldar as dívidas de curto prazo, embora sua liquidez corrente seja superior a 1,00. Qual a justificativa para essa situação?a. a empresa deve ter prazos de pagamento com vencimentos posteriores aos de recebimento dos direitos de curto prazo;b. a empresa deve ter maiores valores monetários de compras a prazo e maiores valores monetários de vendas a prazo;c. a empresa deve ter prazos de pagamentos com vencimentos anteriores aos de recebimentos de direitos de curto prazo;d. a empresa deve ter menores Ativos do que os valores do Patrimônio Líquido.

Resposta ComentadaA opção c é a correta.

A justificativa para essa situação é que “a empresa deve ter prazos de pagamentos com

vencimentos anteriores aos de recebimento”, ou seja, as datas de pagamento devem ocorrer

antes da realização dos recebimentos.

As demais opções são incorretas, pois ter maiores valores monetários de compras a prazo e

maiores valores monetários de vendas a prazo depende da sincronia entre prazo de recebimento

e pagamento. Se a empresa tiver prazos de pagamento maiores do que os de recebimentos, a

princípio, não deverá ter dificuldades para saldar suas dívidas de curto prazo.

Finalmente, a última opção não procede, já que estamos falando de indicadores de

liquidez.

Atividade 303

Interpretando ILS – IIUma empresa apresentou um ILS de 1,2. Interprete este valor e diga se pode ser admitido como bom ou ruim.___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Resposta ComentadaEsse índice pode ser considerado bom.

Você viu, na Aula 7, que a interpretação de qualquer índice tem de levar em consideração

outros fatores, tais como: índice médio do setor, índices-padrão, tendência etc.

Nesta atividade, temos um único dado disponível: ILS = 1,2; seu significado

intrínseco diz que, para cada R$ 1,00 de obrigações vencíveis a curto prazo,

a empresa dispõe de R$ 1,20 de recursos circulantes, sem precisar realizar as

vendas dos Estoques (AC – Estoques).

Atividade 313

Page 238: Análise das Demonstrações Contábeis

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LA 8

Tomando decisões com base nos índicesA Empresa Cabo Frio apresenta em seu Balanço Patrimonial projetado, antes do final do ano, os seguintes valores no Circulante:AC = R$ 3.600,00 PC = R$ 3.000,00Todavia, o presidente não está satisfeito com a liquidez corrente de 1,20; ele deseja uma LC de 2,00. Qual a decisão que você, como contador, tomaria:a. Não tomaria nenhuma decisão por estar próximo ao final do ano;b. Não faria nada porque o Ativo Circulante é maior do que o Passivo Circulante;c. Maquiaria o Balanço Patrimonial;d. Pagaria R$ 2.400,00 das dívidas de curto prazo.

Resposta ComentadaA opção d é a correta.

Para obter o ILC desejado pelo presidente da Empresa Cabo Frio dentro das opções

propostas, a empresa deveria pagar R$ 2.400,00 das dívidas de curto prazo. Ao

efetuar essa transação, o AC passaria de R$ 3.600,00 para R$ 1.200,00 e o PC

diminuiria para R$ 600,00, conforme demonstrado a seguir:

ILCACPC

= = −−

= =3 600 2 4003 000 2 400

1 200600

2 0. .. .

.,

Assim, seria atendida a determinação do presidente.

Atividade 323

Calculando valores a partir dos índicesCom as informações que você teve na Aula 7 sobre índice de liquidez, preencha os espaços pontilhados no BP da Empresa Araruama, sabendo que:a. ILC = 1,60.b. 40% do Ativo foram financiados por recursos de terceiros.c. ILG = 1,40.d. ILI = 0,30.

e. ILS = 1,00.

Atividade 332

Page 239: Análise das Demonstrações Contábeis

54 C E D E R J

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LA 8

Empresa AraruamaBalanço Patrimonial em 31/12/X3

Resposta ComentadaEmpresa Araruama

Balanço Patrimonial em 31/12/X3

Para a resolução desta atividade, você deve testar as fórmulas de liquidez

apresentadas para saber qual delas se ajusta aos poucos dados fornecidos pelo

enunciado.

ILCACPC

= = 1 60, : não podemos utilizar, em um primeiro momento, este

dado, pois ainda não sabemos o valor do AC nem do PC.

Em R$

ATIVO PASSIVOCIRCULANTE CIRCULANTE Disponível _______ Fornecedores ______ Duplicatas a Receber _______ Estoques _______ EXIGÍVEL DE LONGO PRAZOTOTAL do CIRCULANTE _______ Financiamento _______

PERMANEMTE PATRIMÔNIO LÍQUIDO Investimentos 20.000 Capital 100.000 Imobilizado 40.000 Lucros Acumulados _______ Diferido _______ TOTAL do PATRIMÔNIO. LÍQUIDO _______TOTAL do PERMANENTE _______

TOTAL 400.000 TOTAL _______

Balanço Patrimonial

Em R$

ATIVO PASSIVOCIRCULANTE CIRCULANTE Disponível 42.000 Fornecedores 140.000 Duplicatas a Receber 98.000 Estoques 84.000 EXIGÍVEL DE LONGO PRAZOTOTAL do CIRCULANTE 224.000 Financiamento 20.000

PERMANENTE PATRIMÔNIO LÍQUIDO Investimentos 20.000 Capital 100.000 Imobilizado 40.000 Lucros Acumulados 140.000 Diferido 116.000 TOTAL do PATRIMÔNIO LÍQUIDO 240.000TOTAL do PERMANENTE 176.000

TOTAL 400.000 TOTAL 400.000

Balanço Patrimonial

Page 240: Análise das Demonstrações Contábeis

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LA 8

Já o segundo dado é útil, porque 40% do Ativo foram financiados por recursos de terceiros

(40% de R$ 400.000,00 = R$ 160.000,00). Sabemos também que Ativo = Passivo Exigível

+ PL; logo, Passivo Exigível + PL = R$ 400.000,00. Como 40% foram financiados com

capital de terceiros, podemos deduzir que Passivo Circulante + Exigível de Longo Prazo

totalizam a R$ 160.000,00.

A informação de que o ILG = 1,40 é de extrema importância. Você sabe que:

ILGAC ARLPPC PELP

= ++

=1 40, , como PC + PELP = R$ 160.000,00, e no exercício

não há valores para ARLP; podemos calcular o AC. Temos que AC

160 0001 4

.,= ;

logo,

AC = 224.000.

Conhecendo o valor do AC, você pode substituí-lo na fórmula do ILC para calcular o valor

do PC:224 000

1 6 140 000.

, . .PC

PC= =

Por exclusão, você descobre que o valor das dívidas de longo prazo (PELP) é de R$ 20.000,00,

já que o total dos recursos de terceiros era de R$ 160.000,00 e as dívidas de curto prazo

(PC) eram de R$ 140.000,00.

160 000 140 000 20 000. . .= − → =PELP PELP

Em seguida, você calcula o valor das Disponibilidades por meio da fórmula da ILI:

ILIDisponibilidades

PCDisponibilidades

=

=0 30140 000

,.

0,30 x 140.000 = Disponibilidades

42.000 = Disponibilidades

Utilizando a fórmula do , você calcula o valor das Duplicatas a

Receber, que neste exemplo são os Direitos Realizáveis a Curto Prazo:

1,00 = 42.000 + Duplicatas a Receber Duplicatas a Receber = 98.000 140.000

O valor dos Estoques é calculado pela diferença do AC com as Disponibilidades e as Duplicatas

a Receber. Vejamos:

Estoques = 224.000 – 42.000 – 98.000 = 84.000

Para calcular o valor do AP, você deve ter feito os seguintes cálculos:

sabendo que AC + AP = Ativo Total, temos que:

AP = 400.000 – 224.000 = 176.000

ILSDisp Dir al CP

PC= +. . Re .

Page 241: Análise das Demonstrações Contábeis

56 C E D E R J

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C E D E R J 57

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LA 8

Apurado o valor do Ativo Permanente, você tem condições de determinar o subgrupo

Diferido. Você viu em Contabilidade II que o Ativo Permanente é constituído pelos subgrupos:

Investimentos, Imobilizado e Diferido.

Desse modo, temos: AP = Investimentos + Imobilizado + Diferido

176.000 = 20.000 + 40.000 + Diferido

176.000 – 20.000 – 40.000 = Diferido

116.000 = Diferido

Finalmente, para calcular o Patrimônio Líquido e os Lucros Acumulados, basta você excluir

do Total do Passivo (400.000) o PC (140.000) e o PELP (20.000).

PL = 400.000 – 140.000 – 20.000 = 240.000

Sendo o PL de R$ 240.000 e o Capital de R$ 100.000, por exclusão, os Lucros Acumulados

serão de R$ 140.000.

Avaliando a capacidade financeira de uma empresaA capacidade financeira da Empresa Corcovado revelava os seguintes quocientes:• liquidez corrente: 1,6• liquidez seca: 1,0• liquidez imediata: 0,4Assinale a(s) resposta(s) incorreta(s):a. o Ativo Circulante era 60% maior do que o Passivo Circulante.b. as obrigações do Passivo Circulante correspondiam aos valores das Disponibilidades e dos Direitos Realizáveis a Curto Prazo.c. as Disponibilidades correspondiam a 40% dos Estoques.

Resposta ComentadaA opção c é a incorreta.

Uma das maneiras de responder a esta atividade seria apurar os valores que compõem os

elementos das fórmulas relativas aos índices.

ILCACPC

=

ILC = 1,6 significa que o AC > PC.

1 6, = ACPC

Se, por hipótese, PC = 100, temos:

1,6 x 100 = AC

160 = AC

Atividade 343

Page 242: Análise das Demonstrações Contábeis

58 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Prática sobre índices de liquidez

C E D E R J 59

AU

LA 8

ILS = Disponibilidades + Direitos Realizáveis a Curto PrazoPC

ILS = 11 = Disponibilidades + Direitos Realizáveis a Curto Prazo

100

100 = Disponibilidades + Direitos Realizáveis a Curto Prazo

ILS = Disponibilidades PC

0,4 = Disponibilidades 100

0,4 x 100 = Disponibilidades

40 = Disponibilidades

Sabendo o valor das Disponibilidades, você pode calcular o valor dos Direitos Realizáveis a

Curto Prazo, utilizando o ILS.

1 = Disponibilidades + Direitos Realizáveis a Curto Prazo100

100 = Disponibilidades + Direitos Realizáveis a Curto Prazo

100 = 40 + Direitos Realizáveis a Curto Prazo

100 – 40 = Direitos Realizáveis a Curto Prazo

60 = Direitos Realizáveis a Curto Prazo

Como AC = Disponibilidades + Direitos Realizáveis a Curto Prazo + Estoques, você tem

condições de apurar o valor dos Estoques, conforme demonstrado a seguir:

160 = 40 + 60 + Estoques

160 = 100 + Estoques

160 – 100 = Estoques

60 = Estoques

Pelo exposto, você conclui que as alternativas a e b estão corretas, porém a opção c – “as

Disponibilidades correspondiam a 40% dos Estoques” – é a incorreta, já que correspondiam

a 40% do Passivo Circulante e não dos Estoques.

Page 243: Análise das Demonstrações Contábeis

58 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Prática sobre índices de liquidez

C E D E R J 59

AU

LA 8

Calculando o ILGOs Balanços Patrimoniais da Empresa Três Rios Ltda. estavam assim representados:

Considerando que a inflação no ano X3 foi de 15%, podemos afirmar que o quociente de liquidez geral:a. em X3 era menor que o quociente de liquidez corrente;b. em X2 era maior que em X3;c. em X2 era igual ao quociente de liquidez corrente;d. indica que a situação da empresa em 31/12/X2 era mais favorável que em31/12/X3;e. não houve alteração na situação financeira da empresa.

Resposta ComentadaA opção c é a correta.

Para resolver esta atividade, você precisa calcular o ILC e o ILG, conforme

demonstrado no quadro a seguir:

FÓRMULA 31/12/X2 31/12/X3

ILCACPC

= ILC = =16 80024 000

0 70..

, ILC = =21 60028 800

0 75..

,

ILGAC ARLPPC PELP

= ++

ILG = ++

=16 800 84024 000 1 200

0 70.. .

, ILG = ++

=21 600 3 60028 800 0

0 88. .

.,

Comparando os índices apurados com as opções propostas, você estará apto para responder

esta atividade.

Em relação à inflação no ano X3, cabe ressaltar que a Análise por Quocientes tem como

uma das vantagens a minimização dos efeitos inflacionários, já que os valores do Balanço

Patrimonial encontram-se, de maneira geral, com o mesmo poder aquisitivo. Ao dividir

os valores do Balanço Patrimonial, o efeito da inflação é eliminado. Por exemplo, se

excluíssemos o impacto de 15% da inflação nos valores de X3, teríamos:

Atividade 352

ATIVO 31/12/X2 31/12/X3Circulante 16.800 21.600Realizável a Longo Prazo 840 3.600Permanente 33.960 44.400TOTAL 51.600 69.600

PASSIVO 31/12/X2 31/12/X3Circulante 24.000 28.800Exigível a Longo Prazo 1.200 -Patrimônio Líquido 26.400 40.800TOTAL 51.600 69.600

Balanço Patrimonial

Page 244: Análise das Demonstrações Contábeis

60 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Prática sobre índices de liquidez

C E D E R J 61

AU

LA 8

AC: 21.600

(-) efeito da inflação: 3.240 (21.600 x 0,15)

AC deflacionado: 18.360

PC: 28.800

(-) efeito da inflação: 4.320 (28.800 x 0,15)

PC deflacionado: 24.480

Apurando o ILC (sem o impacto inflacionário), temos:

ILC = 18 36024 480

..

ILC = 0,75; observe que o ILC é o mesmo com os valores do apurado com os

valores inflacionados.

Mais índicesSabendo que a Cia. Vitória apresenta a seguinte posição:

DISCRIMINAÇÃO X5 X6 X7 X8Ativo Circulante 1.400 5.100 13.200 22.800Estoques 700 3.000 10.200 15.000Passivo Circulante 1.100 4.800 12.100 20.500

E que os índices recomendáveis para o setor dessa empresa são:

DISCRIMINAÇÃO X5 X6 X7 X8Liquidez corrente 1,22 1,18 1,15 1,32Liquidez seca 0,99 0,83 0,78 0,76

Calcule a liquidez corrente e a liquidez seca para cada período e defina a capacidade de pagamento dessa empresa em relação aos índices setoriais.

Atividade 3632

Page 245: Análise das Demonstrações Contábeis

60 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Prática sobre índices de liquidez

C E D E R J 61

AU

LA 8

Resposta Comentada

DISCRIMINAÇÃO X5 X6 X7 X8Liquidez corrente 1,27 1,06 1,09 1,11Liquidez seca 0,64 0,44 0,25 0,38

Para resolver esta atividade, você deve inicialmente aplicar os indicadores de liquidez

corrente e liquidez seca aos valores apresentados para a Cia. Vitória.

ILC = Ativo Circulante e Passivo Circulante

ILS = Disponibilidades + Direitos Realizáveis a Curto Prazo ou Passivo Circulante

ILS = Ativo Circulante - Estoques Passivo Circulante

Na liquidez corrente, temos:

ILC ILC

LC

X X

X

5 6

7

1 4001 100

1 275 1004 800

1 06

13 20012 10

= = = =

=

.

.,

.

.,

.

. 001 09

22 80020 500

1118= = =,..

,ILCX

Para calcular a liquidez seca, você deve adotar a segunda fórmula apresentada, já que,

para utilizar a primeira, seria necessário saber os valores das Disponibilidades e dos Direitos

Realizáveis a Curto Prazo, o que não foi apresentado nesta atividade.

ILC ILC

LC

X X

X

5 6

7

1 400 7001 100

0 645 100 3 000

4 8000 44

1

= + = = − =

=

..

,. .

.,

33 200 10 20012 100

0 2522 800 15 000

20 5000 388

. ..

,. .

.,

− = = − =ILCX

Você pode observar que apenas a liquidez corrente da Cia. Vitória em X5 conseguiu superar

o quociente recomendado para esse setor.

Nos demais exercícios sociais, tanto a liquidez corrente como a seca estiveram abaixo dos

indicadores recomendados para este ramo de atividade, conforme demonstrado a seguir:

ILCDISCRIMINAÇÃO X5 X6 X7 X8Cia. Vitória 1,27 1,06 1,09 1,11Setor 1,22 1,18 1,15 1,32

ILSDISCRIMINAÇÃO X5 X6 X7 X8Cia. Vitória 0,64 0,44 0,25 0,38Setor 0,99 0,83 0,78 0,76

Page 246: Análise das Demonstrações Contábeis

62 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Prática sobre índices de liquidez

C E D E R J 63

AU

LA 8

Interpretando situações de empresas com base na Análise por LiquidezDas demonstrações fi nanceiras das Empresas Búzios, Cabo Frio e Araruama foram extraídos os seguintes índices de liquidez:

Marque com X qual das três empresas apresenta:

Resposta Comentada

Interpretando o ILC, observa-se que a Empresa Araruama possui o maior índice de liquidez

corrente; portanto, apresenta situação fi nanceira a curto prazo “mais folgada”, pois para cada

R$ 1,00 de dívidas de curto prazo possui R$ 1,70 para pagar, enquanto Búzios possui R$ 1,10

e Cabo Frio R$ 1,40. Lembre que, para o ILC, quanto maior, melhor.

Interpretando o ILS: o maior grau de dependência dos Estoques é da Empresa Búzios, já que

tem o menor quociente de ILS. Você viu, na Aula 7, que quanto mais inferior à unidade maior

será a dependência das vendas de seus estoques.

Finalmente, considerando o total das dívidas, a maior capacidade de pagamento é da

Empresa Cabo Frio, devido ao maior ILG. Este índice é daqueles: quanto maior,

melhor.

Atividade 373

DISCRIMINAÇÃO EMPRESABÚZIOS CABO FRIO ARARUAMA

Liquidez corrente 1,10 1,40 1,70Liquidez seca 0,70 1,10 0,90Liquidez geral 1,40 1,60 1,40

DISCRIMINAÇÃOEMPRESA

BÚZIOS CABO FRIO ARARUAMASituação fi nanceira a curto prazo “mais folgada”Maior grau de dependência da venda dos EstoquesConsiderando o total das dívidas, maior capacidade

de pagamento

DISCRIMINAÇÃOEMPRESA

BÚZIOS CABO FRIO ARARUAMASituação fi nanceira a curto prazo “mais folgada” xMaior grau de dependência da venda dos Estoques xConsiderando o total das dívidas, maior capacidade

de pagamentox

Page 247: Análise das Demonstrações Contábeis

62 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Prática sobre índices de liquidez

C E D E R J 63

AU

LA 8

Analisando informações da Análise por QuocientesDos Balanços Patrimoniais da Empresa Natividade Ltda., foram extraídos os seguintes dados:

Pede-se:a. Apure o índice de liquidez corrente e seca para cada um dos exercícios.

b. Utilizando a comparação temporal desses indicadores, avalie a posição de liquidez a curto prazo da empresa. ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

c. Se fossem fornecidos os seguintes índices setoriais, como você completaria a avaliação de liquidez da Empresa Natividade Ltda.?

______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Resposta ComentadaNa resolução desta atividade, você utiliza as duas etapas do estudo dos indicadores fi nanceiros,

ou seja:

a. cálculo dos índices

b. Interpretação utilizando as três formas comparativas (pelo valor intrínseco, análise

temporal e análise interempresarial)

Atividade 3832

DISCRIMINAÇÃO X1 X2 X3Ativo Circulante 30.000 75.000 198.000Estoques 11.000 32.000 93.000Passivo Circulante 28.000 69.000 178.000

DISCRIMINAÇÃO X1 X2 X3Liquidez correnteLiquidez seca

DISCRIMINAÇÃO X1 X2 X3Liquidez corrente 1,04 1,06 1,07Liquidez seca 0,90 0,85 0,80

Page 248: Análise das Demonstrações Contábeis

64 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Prática sobre índices de liquidez

A letra a refere-se à primeira etapa: cálculos dos índices por meio de fórmulas.

A letra b refere-se à segunda etapa: sua interpretação, na sua forma de análise temporal

(estudo de tendência).

A letra c refere-se também à 2ª etapa, mas com outra forma de comparação: análise

interempresarial (índices-padrão).

No período analisado, a Empresa Natividade apresenta uma boa

situação fi nanceira em virtude de os índices de liquidez corrente apresentarem-se superiores a 1,0,

tendência crescente e acima da média do setor.O ILS é outro índice que atesta a capacidade fi nanceira.

Embora dependente das vendas de parte de seus estoques para honrar os compromissos vencíveis a curto prazo (ILS <1), tendência decrescente e abaixo da média

dos setor, não chegaram a comprometer a situação fi nanceira da empresa devido ao comportamento também dos ILS do setor (inferiores à unidade e

decrescentes).

??

ÍNDICE X1 X2 X3ILC 1,07 1,09 1,11ILS 0,68 0,62 0,59

CONCLUSÃO

Você deve ter percebido a importância de comparar os indicadores

de liquidez aos de empresas do mesmo ramo de atividade. Aprender a

interpretar esses índices de liquidez é fundamental para o trabalho tanto

do analista quanto do bom administrador, que precisa tomar decisões

práticas e estratégicas na empresa onde trabalha.

INFORMAÇÃO SOBRE A PRÓXIMA AULA

Você irá estudar, na próxima aula, outra modalidade de Análise por

Quocientes denominada índices de estrutura de capitais.

Page 249: Análise das Demonstrações Contábeis

Análise por QuocientesII - Índices de Estrutura de

Capitais

Após a apresentação deste conteúdo, você deverá ser capaz de:

identificar a importância dos índices de estrutura de capitais;

identificar as características desta modalidade de Análise por Quocientes;

listar os passos para obtenção e interpretação dos resultados;

aplicar os índices de estrutura de capitais no Balanço Patrimonial;

chegar a algumas conclusões sobre a situação financeira da empresa baseadas nestes quocientes.

9objetivos

AU

LA

Metas da aula

Apresentar a técnica de Análise por Quociente que se refere aos índices de estrutura de capitais;

mostrar a importância destes índices como mais um instrumento de análise dos demonstrativos contábeis.

1

2

3

Pré-requisitos

Ter um bom domínio do assunto aplicações e origens de recursos, e saber identificar claramente capitais próprios e capitais alheios são importantes para

o desenvolvimento desta aula. Assim sendo, você deve se reportar mais uma vez à revisão de Balanço

Patrimonial (Aula 1) e à Aula 7, sobre Análise por Quocientes, bem como às aulas de Contabilidade Geral I e II que tratam das demonstrações contábeis.

4

5

Page 250: Análise das Demonstrações Contábeis

66 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Análise por Quocientes II - Índices de Estrutura de Capitais

C E D E R J 67

AU

LA 9

INTRODUÇÃO A avaliação da situação financeira da empresa se dá através de determinadas

inter-relações entre os elementos do Balanço Patrimonial que medem o grau de

endividamento, a adequação entre as fontes e aplicações de recursos e a capacidade

de liquidez da empresa. Essas medidas são obtidas com os índices de estrutura de

capitais e os índices de liquidez (estes últimos vistos nas Aulas 7 e 8).

Os índices de endividamento fazem parte dos índices de estrutura, assim como

imobilização do capital próprio e dos recursos permanentes.

ÍNDICES DE ESTRUTURA DE CAPITAIS

Os índices de estrutura de capitais mostram a política financeira

da empresa em termos de obtenção e aplicação de recursos.

Esses índices relacionam a composição de capitais (próprios e de

terceiros), buscam diversas relações na estrutura da dívida da empresa

e medem os níveis de imobilização de recursos.

Os principais índices são:

• endividamento total;

• participação de capitais de terceiros;

• garantia aos capitais de terceiros;

• composição do endividamento;

• imobilização do capital próprio;

• imobilização dos recursos permanentes.

Os quatro primeiros índices são também chamados índices de endividamento,

pois evidenciam a dependência que a empresa tem dos capitais de terceiros para financiar seu Ativo.!!

Análise por Quocientes

Liquidez

Endividamento total

Estrutura

Participação de capitais de

terceiros

Garantia aos capitais de terceiros

Composição do endividamento

Imobilização do capital próprio

Imobilização dos recursos permanentes

Figura 9.1: Análise por Quocientes na modalidade referente aos índices de estrutura.

Page 251: Análise das Demonstrações Contábeis

66 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Análise por Quocientes II - Índices de Estrutura de Capitais

C E D E R J 67

AU

LA 9

Índices de endividamento

É por meio desses índices que é obtido o nível de endividamento

da empresa, em termos de quantidade e qualidade da dívida.

Na primeira aula desta disciplina e nas de Contabilidade I e II,

você aprendeu que o Passivo representa a origem dos recursos de que a

empresa dispõe, ou seja, a estrutura de capitais da empresa. O estudo

dos índices de endividamento possibilita verificar como a empresa capta

recursos para financiar suas atividades. A seleção desses recursos, que

irão financiar seus ativos, deve levar em consideração a adequação dos

seus custos e sua capacidade de geração de lucros.

Internamente, é uma boa política financeira para a empresa

utilizar capitais de terceiros à medida que o lucro gerado pelos ativos

for superior ao custo da dívida, gerando uma elevação na rentabilidade

do Patrimônio Líquido. Contudo, esse processo de endividamento é

limitado, em função do risco que a empresa vai assumir e das perspectivas

conjunturais e de mercado.

O analista externo à empresa irá analisar o risco provocado

pelo endividamento. Um endividamento elevado será sempre um risco

maior para os credores, pois torna a empresa mais vulnerável a qualquer

intempérie (mudança na política monetária, taxas de juros elevadas,

retração de mercado etc.).

Até porque, freqüentemente, as instituições financeiras não estão

dispostas a conceder financiamento para empresas que apresentam

dependência exagerada de recursos alheios. A razão desta postura é

que, em geral, as empresas que vão à falência apresentam endividamento

elevado (recursos de terceiros), se comparado ao Patrimônio Líquido

(recursos próprios).

Por outro lado, um alto grau de endividamento não indica que a

empresa irá falir. Isto porque a falência de uma empresa não se

deve exclusivamente ao elevado nível de endividamento; existem

outros fatores, como má administração, desorganização, projetos

fracassados etc.

O analista, seja ele interno ou externo, deve levar em consideração

a capacidade de endividamento da empresa, isto é, sua capacidade

de gerar e recuperar os recursos necessários ao pagamento de suas

obrigações, dentro dos prazos estabelecidos, para estar certo de que

a empresa tem condições de honrar os compromissos que assumir.

Page 252: Análise das Demonstrações Contábeis

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Análise das Demonstrações Contábeis | Análise por Quocientes II - Índices de Estrutura de Capitais

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AU

LA 9

Tanto os proprietários como as

agências de financiamento devem se manter atentos ao grau de endividamento da empresa, pois

quanto maior o endividamento maior será a probabilidade de que a empresa não consiga satisfazer as reivindicações

de todos os seus credores, principalmente se ocorrerem situações adversas, como uma

forte recessão.!!

Quais são os principais índices de endividamento?

Como você viu no início desta aula, o nível de endividamento

pode ser medido em termos de quantidade ou em termos de qualidade

da dívida.

Em termos de quantidade da dívida (alta, razoável, baixa), o

endividamento pode ser apurado por meio dos seguintes índices:

a) Endividamento total

b) Garantia aos capitais de terceiros

c) Participação de capitais de terceiros

a) Endividamento total (ET): quociente de participação de capitais

de terceiros sobre os ativos totais.

Este índice determina a proporção dos ativos totais financiados

com recursos de terceiros.

Fórmula:

ET = Passivo Exigível x 100

Ativo Total

Passivo Exigível = Passivo Circulante + Passivo Exigível a Longo Prazo. São os recursos de terceiros aplicados na empresa.??

Page 253: Análise das Demonstrações Contábeis

68 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Análise por Quocientes II - Índices de Estrutura de Capitais

C E D E R J 69

AU

LA 9

Ao determinar a proporção dos ativos totais financiados com

recursos de terceiros, este índice tem como objetivo mostrar a dependência

ou autonomia da empresa em relação aos capitais de terceiros.

Para você entender melhor, veja as quatro situações que podem

ser extraídas do quadro a seguir:

SITUAÇÃO A PE PL

1ª 100 20 80

2ª 100 70 30

3ª 100 1 99

4ª 100 100 0

1ª situação: a empresa opera com baixo grau de endividamento

ET = PE x 100 20 x 100 = 20% AT 100

O grau de endividamento total indica que 20% do Ativo da

empresa são financiados com recursos de terceiros, isto é, para cada

R$ 1,00 aplicado no Ativo, a empresa utilizou R$ 0,20 de capital de

terceiros.

Interpretação: quanto menor o grau de endividamento, maior será

a capacidade financeira da empresa a longo prazo.

Graficamente, é esta a situação:

A área em cinza escuro representa a capacidade financeira da

empresa, a longo prazo.

AT100

PE20

PL80

Page 254: Análise das Demonstrações Contábeis

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Análise das Demonstrações Contábeis | Análise por Quocientes II - Índices de Estrutura de Capitais

C E D E R J 71

AU

LA 9

AU T O N O M I A F I N A N C E I R A

Acontece quando o Ativo é financiado exclusivamente com recursos próprios. A empresa opera com grau de endividamento total igual a zero.

2ª situação: a empresa opera com alto grau de endividamento.

ET = PE x 100 70 x 100 = 70% AT 100

O grau de endividamento total indica que 70% do Ativo da

empresa são financiados com recursos de terceiros, isto é, para cada

R$ 1,00 aplicado no Ativo, a empresa utilizou R$ 0,70 de capital de

terceiros.

Interpretação: quanto maior o grau de endividamento, menor será

a capacidade financeira da empresa, a longo prazo.

Graficamente, ficaria assim:

A área em cinza escuro representa a capacidade financeira da

empresa, a longo prazo.

3ª situação: a empresa opera com grau de endividamento próximo

de zero

ET = PE x 100 1 x 100 = 1% AT 100

O grau de endividamento total indica que 1% do Ativo da empresa é

financiado com recursos de terceiros, significando, portanto, que a empresa

opera em estado de quase AUTONOMIA FINANCEIRA, isto é, para cada R$ 1,00

aplicado no Ativo, a empresa utilizou R$ 0,01 de capital de terceiros.

AT100

PE70

PL30

Page 255: Análise das Demonstrações Contábeis

70 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Análise por Quocientes II - Índices de Estrutura de Capitais

C E D E R J 71

AU

LA 9

Interpretação: quanto menor o grau de endividamento, maior será

a capacidade financeira da empresa, a longo prazo.

Graficamente, seria representado assim:

A área em cinza escuro representa a capacidade financeira da

empresa a longo prazo.

4ª situação: a empresa opera com grau de endividamento igual

a 100%.

ET = PE x 100 100 x 100 = 100% AT 100

O grau de endividamento total indica que 100% do Ativo da

empresa são financiados exclusivamente por recursos de terceiros (PE),

sendo nulo o capital acumulado dos proprietários (PL), isto é, para cada

R$ 1,00 aplicado no Ativo, a empresa utilizou R$ 1,00 de capitais de

terceiros.

Interpretação: quanto maior o grau de endividamento, menor será

a capacidade financeira da empresa, a longo prazo.

Graficamente, é esta a situação:

A empresa não possui capacidade financeira a longo prazo; é

totalmente dependente de capitais de terceiros.

AT100

PE = 1

PL99

AT100

PE100

Page 256: Análise das Demonstrações Contábeis

72 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Análise por Quocientes II - Índices de Estrutura de Capitais

C E D E R J 73

AU

LA 9

Para avaliar os índices que serão apresentados a seguir, vamos

utilizar os Balanços Patrimoniais saneados da Empresa Via Digital S.A.

encerrados em 31/12 /X1, 31/12/X2 e 31/12/X3, respectivamente.

Os índices de estrutura relativos aos anos X1 e X2 estão calculados

e interpretados.

Em relação ao ano X3, você terá como atividade, ainda nesta

aula, apurar e interpretar os índices, verificando seu comportamento em

relação aos anos anteriores, isto é: qual a tendência do índice na série

histórica em estudo? Evoluiu? Manteve-se constante? Involuiu?

No Brasil, adota-se como normal, ou aceitável, um índice de

endividamento total em torno de 50% ou 0,5, em razão, principalmente, da carência de recursos próprios

para alimentar os planos de expansão da capacidade instalada, de aumento de produção e vendas, de

ampliação dos prazos de financiamento etc.

!!Quando houver intensidade

de uso de capitais de terceiros, é importante analisar o índice de endividamento a curto prazo, a fim de examinar até que ponto a estrutura de capitais da

empresa está comprometida nos doze meses seguintes. !!

Veja as demonstrações contábeis originais na Aula 2.!!

Page 257: Análise das Demonstrações Contábeis

72 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Análise por Quocientes II - Índices de Estrutura de Capitais

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AU

LA 9

ATIVO 31/12/X1 31/12/X2 31/12/X3

Disponível (1) 7.390 2.024 2.849

Direitos Realizáveis a CP (2) 47.218 41.015 53.021

Soma (3) = (1 + 2) 54.608 43.039 55.870

Estoques (4) 33.923 33.411 43.227

ATIVO CIRCULANTE (5) = (3 + 4) 88.531 76.450 99.097

ATIVO REALIZÁVEL A LP (6) - - -

ATIVO PERMANENTE (7) = (8 + 9 + 10)

34.577 65.124 81.531

. Investimentos (8) 3.263 4.106 5.352

. Imobilizado (9) 31.314 59.036 73.218

. Diferido (10) - 1.982 2.961

ATIVO TOTAL (11) = (5 + 6 + 7) 123.108 141.574 180.628

Balanço Patrimonial

PASSIVO 31/12/X1 31/12/X2 31/12/X3

PASSIVO CIRCULANTE (1) 60.554 48.943 63.376

PASSIVO EXIGÍVEL A LP (2) 14.196 51.291 63.624

PASSIVO EXIGÍVEL (3) = (172) 74.750 100.234 127.000

PATRIMÔNIO LÍQUIDO (4) 48.358 41.340 53.628

PASSIVO TOTAL (5) = (3 + 4) 123.108 141.574 180.628

Balanço Patrimonial

Empresa Via Digital S.A.

Balanços Patrimoniais saneados (ajustados) encerrados em:

Aplicando o índice de endividamento total na Empresa Via Digital

S.A., você encontra:

Fórmula Ano Cálculo Índice

ET = PE x 100 AT

X1 ET = 74.750 x 100 123.108

61%

X2 ET = 100.234 x 100 141.574

71%

X3 ET = x 100

Em R$

Page 258: Análise das Demonstrações Contábeis

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Análise das Demonstrações Contábeis | Análise por Quocientes II - Índices de Estrutura de Capitais

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AU

LA 9

Agora faça uma breve análise e redija um comentário relativo a X3._________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Resposta ComentadaO índice de endividamento total do ano X3, de 70%, revela que houve um ligeiro decréscimo

do endividamento em relação ao ano anterior; no entanto, a participação dos capitais de

terceiros na estrutura de capitais da empresa ainda é bastante significativa.

Memória de cálculo:

ET = 127.000 x 100 = 70%

180.628

b) Garantia aos capitais de terceiros (GCT)

Representa a margem de segurança dada aos capitais de terceiros, aplicados na empresa,

em razão da existência de recursos próprios.

Fórmula:

GCT = Patrimônio Líquido x 100

Passivo Exigível

Indica quantos reais de capitais de terceiros têm capitais próprios como garantia.

Interpretação: Este índice obedece à regra quanto maior melhor, pois quanto maior a existência

de recursos próprios, maior a garantia aos capitais alheios.

Atividade 1

Comentários relativos a X1 e X2:

A análise dos índices de endividamento total revela que no ano X2

ocorreu um aumento do endividamento da empresa. Na verdade, no ano

X1, havia 61% de capitais de terceiros aplicados no Ativo, e apenas 39%

de capitais próprios. No período seguinte, houve maior participação de

capitais de terceiros aplicados no Ativo em relação aos capitais próprios,

ou seja, 71% de capitais alheios e apenas 29% de capitais próprios.

O endividamento elevou-se 10 pontos percentuais

Page 259: Análise das Demonstrações Contábeis

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Análise das Demonstrações Contábeis | Análise por Quocientes II - Índices de Estrutura de Capitais

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LA 9

Este quociente deverá ser superior a 1 ou em torno de 1, para

pelo menos garantir os capitais de terceiros na mesma proporção dos capitais

próprios.!!Aplicando o índice de garantia aos capitais de terceiros na Empresa

Via Digital S.A., temos:

Fórmula Ano Cálculo Índice

GCT = PL x 100 PE

X1 GCT = 48.358 x 100 74.750

65%

X2 GCT = 41.340 x 100 100.234

41%

X3 GCT = x 100

Comentários relativos a X1 e X2:

Você pode observar que, no ano X1, para cada R$1,00 de dívidas

de curto e longo prazos, a empresa dispõe de R$ 0,65 de capitais próprios.

A situação é mais desfavorável no ano X2, pois há apenas R$ 0,41 de

capitais próprios para R$1,00 de capitais de terceiros.

A margem de garantia dada aos capitais alheios, que já era baixa

no ano X1, agravou-se ainda mais em X2.

Page 260: Análise das Demonstrações Contábeis

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Análise das Demonstrações Contábeis | Análise por Quocientes II - Índices de Estrutura de Capitais

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LA 9

Agora faça uma rápida análise e redija um comentário relativo a X3._________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Resposta ComentadaEm X3, o índice GCT de 0,42 mostra um ligeiro acréscimo da margem de garantia dada aos

capitais de terceiros, muito embora a situação permaneça ainda bastante desfavorável.

Memória de cálculo:

GCT = 53.628 x 100 = 42%

127.000

Outra forma de obter este quociente é por meio da proporção entre capitais de terceiros

e capitais próprios, isto é, utilizando a fórmula anterior invertida, conforme você verá a

seguir.

c) Participação de capitais de terceiros (PCT)

Este índice revela o percentual de capitais de terceiros em relação ao Patrimônio Líquido.

Fórmula:

PCT = Passivo Exigível x 100

Passivo Líquido

Indica quantos reais de capitais de terceiros a empresa captou para cada real de capital

próprio.

Quanto maior a existência de recursos próprios, maior a garantia proporcionada aos capitais

de terceiros.

Interpretação: A empresa terá maior liberdade financeira quanto menor for o seu grau de

dependência de capitais alheios. O oposto também é verdadeiro: a empresa terá menor

liberdade financeira quanto maior for sua dependência de capitais de terceiros.

Atividade 2

O índice de participação de capi-tais de terceiros varia de acordo com o ramo de

atividade da empresa. Assim, empresas que apresentam aplicações maciças em ativos fixos têm tendência a ter índices

de endividamento de longo prazo mais elevados, enquanto empresas menos dependentes de ativo fixo tem

índices menores.

!!

Page 261: Análise das Demonstrações Contábeis

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Análise das Demonstrações Contábeis | Análise por Quocientes II - Índices de Estrutura de Capitais

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LA 9

Aplicando o índice de participação de capitais de terceiros na

Empresa Via Digital S.A., temos:

Fórmula Ano Cálculo Índice

PCT = PE x 100 PL

X1 PCT = 74.750 x 100 48.358

155%

X2 PCT = 100.234 x 100 41.340

242%

X3 PCT = x 100

Comentários relativos a X1 e X2:

Em X1, o índice de participação de capitais de terceiros mostra

que, para cada R$ 1,00 de capital próprio, a empresa tomou R$ 1,55

emprestados. Em X2, esta participação aumentou de forma bastante

significativa, passando a utilizar R$ 2,42 de capitais alheios para cada

R$ 1,00 de capitais próprios.

A análise do PCT revelou nestes dois exercícios sociais a

predominância de capitais de terceiros em relação aos capitais próprios.

Agora faça uma análise e redija um comentário relativo a X3._________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Resposta ComentadaEm X3, a empresa continua ainda utilizando maciçamente capitais de terceiros em relação

aos capitais próprios (237%), apesar do decréscimo deste índice de 5 pontos percentuais,

se comparado a X2.

.Memória de cálculo:

PCT = 127.000 x 100 = 237%

53.628

Atividade 3

Page 262: Análise das Demonstrações Contábeis

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Análise das Demonstrações Contábeis | Análise por Quocientes II - Índices de Estrutura de Capitais

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LA 9

Você sabia que a maioria das empresas que vão à falência apresenta, durante um período relativamente longo, altos quocientes de PCT = Capitais de terceiros? Capitais próprios

ÍNDICES DE COMPOSIÇÃO DO ENDIVIDAMENTO

A qualidade da dívida pode ser medida através dos índices de

composição do endividamento.

A análise destes índices é bastante significativa, pois tem como objetivo

mostrar o desdobramento do endividamento em curto e longo prazo.

a) Endividamento a curto prazo

b) Endividamento a longo prazo

a) Endividamento a curto prazo (ECP): normalmente utilizado

para financiar o Ativo Circulante (fornecedores, empréstimos para

capital de giro etc.)

Este indicador informa qual o percentual de obrigações de curto

prazo em relação ao total das dívidas.

Fórmula:

ECP = Passivo Circulante x 100 Passivo Exigível

Interpretação: Quanto menor este índice, melhor será a situação

financeira da empresa.

Na análise do endividamento de curto prazo, você deve ficar atento às

seguintes situações:• Concentração maciça de dívidas de curto prazo pode acarretar

dificuldades para a empresa quando ocorrer reversão de mercado. Isto porque a empresa irá trabalhar contra o tempo na captação de recursos

(obtenção de novos créditos, renegociação dos empréstimos em condições desfavoráveis, custo financeiro elevado, queima dos estoques a qualquer preço etc.)

para honrar suas obrigações de curto prazo. • Normalmente, o custo das dívidas de curto prazo é mais oneroso do que o das de longo

prazo.• Elevado volume de duplicatas descontadas e utilização de DÉBITOS DE FINANCIAMENTO

de curto prazo elevando o custo da dívida (juros altos acarretam aumento das despesas financeiras).

• A qualidade da dívida será melhor quando ocorrer:- equilíbrio entre as fontes de recursos de curto e longo prazo;

- maior participação de DÉBITOS DE FUNCIONAMENTO na composição das dívidas de curto prazo.

!!

DÉ B I T O S D E F I N A N C I A M E N T O

Recursos provenientes de instituições financeiras. São mais onerosos e não são espontâneos.

DÉ B I T O S D E F U N C I O N A M E N T O

Recursos “exigíveis não-onerosos”, isto é, exigíveis que não geram encargos financeiros explicitamente para a empresa, ou seja, não há juros (fornecedores, impostos, encargos sociais a pagar etc.). São recursos baratos e espontâneos (quer dizer, praticamente automáticos).

Page 263: Análise das Demonstrações Contábeis

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Análise das Demonstrações Contábeis | Análise por Quocientes II - Índices de Estrutura de Capitais

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LA 9

Aplicando o índice de endividamento a curto prazo na Empresa

Via Digital S.A., você encontra:

Mais importante do que a posição estática dos quocientes de participação

das dívidas de curto prazo sobre o endividamento total é a sua evolução no tempo e seus efeitos sobre a

rentabilidade da empresa. !!

Comentários relativos a X1 e X2:

Os índices de endividamento de curto prazo relativos a X1 e

X2 mostram que a empresa melhorou sensivelmente o perfil da dívida.

Repare que, em X1, 81% das dívidas eram de curto prazo, ou seja, para

cada R$ 1,00 de dívidas, R$ 0,81 venciam a curto prazo. No ano X2,

este percentual caiu para 49%.

Quando o percentual das dívidas de curto prazo é elevado, é impor-

tante verificar se as dívidas são compostas de débitos de funcionamento

ou de débitos de financiamento, pelas razões que você já leu.

Fórmula Ano Cálculo Índice

ECP = PC x 100 PE

X1 ECP = 60.554 x 100 74.750

81%

X2 ECP = 48.943 x 100 100.234

49%

X3 ECP = x 100

Page 264: Análise das Demonstrações Contábeis

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Análise das Demonstrações Contábeis | Análise por Quocientes II - Índices de Estrutura de Capitais

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LA 9

Agora faça uma análise e redija um comentário relativo a X3._________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Resposta ComentadaPara o ano X3, a situação delineada em X2 permanece praticamente inalterada. As dívidas

de curto prazo representam metade do total das dívidas.

Memória de cálculo:

ECP = 63.376 x 100 = 50%

127.000

Atividade 4

Para saber se as dívidas representam débitos de funcionamento ou

débitos de financiamento, você deve consultar os Balanços Patrimoniais originais (Aula 2).!!

b) Endividamento a longo prazo (ELP): em geral utilizado

para financiar o Ativo Permanente (empréstimos para modernização,

expansão, relocalização etc.).

Este indicador informa qual é o percentual de obrigações de longo

prazo em relação ao total das dívidas.

Fórmula:

ELP = Passivo Exigível a Longo Prazo x 100 Passivo Exigível

Interpretação: Quanto maior este índice, melhor será a situação

financeira da empresa.

Page 265: Análise das Demonstrações Contábeis

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Análise das Demonstrações Contábeis | Análise por Quocientes II - Índices de Estrutura de Capitais

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LA 9

Fórmula Ano Cálculo Índice

ELP = PELP x 100 PE

X1 ELP = 14.196 x 100 74.750

19%

X2 ELP = 51.291 x 100 100.234

51%

X3 ELP = x 100

Comentários relativos a X1 e X2:

Tais índices revelam que no ano X1 a empresa tinha apenas 19%

de suas dívidas vencíveis a longo prazo. Em X2, este percentual aumentou

para 51%, fazendo com que a empresa tivesse mais tempo para gerar

recursos para quitar essas obrigações.

Agora faça uma breve análise e redija um comentário relativo a X3._________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Resposta ComentadaO grau de endividamento de longo prazo indica que as dívidas de longo prazo representam

50% do total das dívidas, ou seja, para cada R$ 1,00 de dívidas, R$ 0,50 vencem a longo

prazo.

Memória de cálculo:

ELP = 63.624 x 100 = 50%

127.000

Atividade 5

Na interpretação de indicadores de endividamento,

o analista deve atentar para esses dois aspectos mencionados anteriormente: quantidade da dívida (alta, razoável, baixa) e qualidade da

dívida (boa, razoável, ruim).!!

Aplicando o índice de endividamento a longo prazo na Empresa Via Digital

S.A., temos:

Page 266: Análise das Demonstrações Contábeis

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Análise das Demonstrações Contábeis | Análise por Quocientes II - Índices de Estrutura de Capitais

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LA 9

Para análise dos níveis de imobilização de recursos, os principais

índices são: imobilização do capital próprio (ICP) e imobilização dos

recursos permanentes (IRP).

Você aprendeu na Aula 1 da disciplina Contabilidade II que o

Ativo Permanente (AP) representa as inversões de recursos em caráter

permanente; portanto, uma boa política financeira pressupõe que essas

aplicações devem ser financiadas com prioridade pelos recursos próprios

(PL). Quando os recursos são insuficientes, devem ser complementados

por recursos derivados de terceiros exigíveis a longo prazo (PELP).

a) Imobilização do capital próprio (ICP):

Este índice mede quanto a empresa usa de seus recursos próprios

para financiar todo o seu Ativo Permanente.

Fórmula:

ICP = Ativo Permanente x 100 Patrimônio Líquido

Interpretação: quanto menor o índice de Imobilização do Capital

Próprio, melhor a capacidade financeira da empresa.

Para melhor compreensão deste índice, será realizada análise das

três situações que podem ocorrer com o ICP, conforme dados do quadro

a seguir:

SITUAÇÃO AC AP PC PELP PL

1ª 150 100 100 0 150

2ª 150 100 150 0 100

3ª 100 150 150 0 150

1ª situação: ICP <100%

Significa que a empresa consegue financiar todo o seu Ativo

Permanente e ainda há sobras de recursos próprios para financiar o

Ativo Realizável de Longo Prazo e/ou Ativo Circulante.

ICP = AP x 100 100 x 100 = 67% PL 150

O índice de imobilização do patrimônio líquido mostra que a

empresa investiu no Ativo Permanente importância equivalente a 67%

Page 267: Análise das Demonstrações Contábeis

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Análise das Demonstrações Contábeis | Análise por Quocientes II - Índices de Estrutura de Capitais

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LA 9

do Patrimônio Líquido; os 33% restantes foram aplicados no Ativo

Circulante.

Graficamente, ficaria assim:

A área em cinza escuro representa a sobra de 33% de recursos

próprios, que não estão imobilizados.

Esta situação é ideal em termos financeiros, pois a empresa dispõe

de Patrimônio Líquido suficiente para cobrir o Ativo Permanente e ainda

sobra uma parcela suficiente para financiar os outros grupos do Ativo.

Por suficiente entende-se que a empresa deve dispor da necessária

liberdade de comprar e vender sem precisar sair correndo atrás de recursos

oriundos de instituições financeiras, o que sempre significa custos.

Memória de cálculo:

33% = 100% – 67%, isto é, do total dos recursos próprios (100%),

67% encontram-se imobilizados.

Quanto mais recursos próprios a empresa aplicar no Ativo

Permanente, menos desses recursos sobrarão para investir no Ativo Circulante e no Ativo

Realizável a Longo Prazo.!!

AC150

PE100

PL150

AP100

Page 268: Análise das Demonstrações Contábeis

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Análise das Demonstrações Contábeis | Análise por Quocientes II - Índices de Estrutura de Capitais

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LA 9

2ª situação: ICP = 100%

Significa que o montante do Ativo Permanente foi constituído

mediante aplicação do total de recursos próprios, não restando margem

alguma para financiamento de elementos do Ativo Circulante e do Ativo

Realizável a Longo Prazo.

ICP = AP x 100 100 x 100 = 100% PL 100

O índice de imobilização do patrimônio líquido mostra que a

empresa investiu no Ativo Permanente importância equivalente a 100%

do Patrimônio Líquido.

Graficamente, teríamos:

Não há sobra de Recursos Próprios, isto é, estão todos imobilizados.

3ª situação: ICP > 100%

Significa que a empresa não consegue financiar todo o seu Ativo

Permanente com recursos próprios. Depende, portanto, de recursos de

terceiros para financiar parte de seu Permanente. Neste caso, é importante

avaliar quanto ela usa de recursos de terceiros para esta finalidade.

ICP = AP x 100 150 x 100 = 150% PL 100

O índice de imobilização do patrimônio líquido de 150% significa

que para cada R$ 1,00 existente de Patrimônio Líquido a empresa aplicou

R$ 1,50, ou seja, imobilizou todo o Patrimônio Líquido mais parte do

Passivo Circulante, equivalente a 50% do PL.

AC150

PC150

PL100

AP100

Page 269: Análise das Demonstrações Contábeis

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Análise das Demonstrações Contábeis | Análise por Quocientes II - Índices de Estrutura de Capitais

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AU

LA 9

Graficamente, seria representado assim:

A área em cinza escuro representa a suplementação de recursos

para financiamento do Ativo Permanente e corresponde a 50% do PL.

Memória de cálculo:

a) R$ 1,50 é igual a 150% de R$ 1,00.

b) A suplementação do PL é representada pela diferença entre o

AP – PL, conforme demonstrado a seguir:

Em termos absolutos:

R$ 150 – R$ 100 = R$ 50

Em termos relativos:

R$ 50 --------- X

R$ 100 --------- 100%

X = 50%

Aplicando o índice de imobilização do capital próprio na Empresa

Via Digital S.A., você encontra:

Fórmula Ano Cálculo Índice

ICP = AP x 100 PL

X1 ICP = 34.577 x 100 48.358

72%

X2 ICP = 65.124 x 100 41.340

158%

X3 ICP = x 100

AC100

PC150

PL100

AP150

Page 270: Análise das Demonstrações Contábeis

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Análise das Demonstrações Contábeis | Análise por Quocientes II - Índices de Estrutura de Capitais

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LA 9

Comentários relativos a X1 e X2:

Tais índices revelam que a empresa adotou uma política financeira

saudável, em função de suas imobilizações permanentes terem sido

realizadas com recursos próprios e quando insuficientes complementados

por recursos de terceiros vencíveis a longo prazo. Em X1, 72% do

Patrimônio Líquido foram investidos no Ativo Permanente e os restantes

28% encontravam-se investidos no Ativo Circulante. Em X2, a empresa

não conseguiu financiar todo o seu Ativo Permanente com os recursos

próprios, pois o indicador de 158% revela que houve a utilização de

capitais de terceiros vencíveis a longo prazo.

Agora faça uma análise e redija um comentário relativo a X3._________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Resposta ComentadaEm X3, verifica-se praticamente a mesma situação financeira de X2, embora tivesse ocorrido

uma pequena queda do ICP: 152% contra 158% de X2.

Memória de cálculo:

ICP = 81.531 x 100 = 152%

53.628

Atividade 6

b) Imobilização dos recursos permanentes (IRP):

Se o analista tiver acesso aos registros e documentos contábeis da

empresa, será conveniente determinar o grau de imobilização do capital

próprio suplementado pelos recursos derivados de terceiros exigíveis a

longo prazo para a análise da Imobilização do Capital Próprio.

Este índice mede quanto a empresa usa de seus RECURSOS PERMANENTES

para financiar todo o seu Ativo Permanente.

Fórmula:

IRP = Ativo Permanente x 100 Passivo Exigível a Longo Prazo + Patrimônio Líquido

Interpretação: quanto menor o índice de Imobilização dos recursos

permanentes, melhor a capacidade financeira da empresa.

RE C U R S O S P E R M A N E N T E S

Representam os recursos derivados de capital de terceiros a longo prazo mais os recursos próprios (PELP + PL).

Page 271: Análise das Demonstrações Contábeis

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Análise das Demonstrações Contábeis | Análise por Quocientes II - Índices de Estrutura de Capitais

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LA 9

Para melhor compreensão deste índice, imagine esta situação.

AC AP PC PELP PL

100 150 100 50 100

Graficamente, teríamos:

A área em cinza escuro representa a suplementação de recursos

de terceiros vencíveis a longo prazo para financiamento do Ativo

Permanente.

Assim como os índices de liquidez, os índices de estrutura devem ser

interpretados levando em consideração os índices padrão da empresa (se houver), os índices médios do setor, as tendências dos índices, as peculiaridades da empresa,

ramo de atividade, setor de atuação etc.!!

AP150AC100

PC100

PL100

PELP50

Page 272: Análise das Demonstrações Contábeis

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Análise das Demonstrações Contábeis | Análise por Quocientes II - Índices de Estrutura de Capitais

C E D E R J 89

AU

LA 9

CONCLUSÃO

Neste processo de análise, você viu que, dependendo das origens

e aplicações de recursos, a empresa poderá ter uma maior ou menor

dependência de capitais de terceiros.

É claro que uma utilização maior de capitais próprios em relação

aos alheios, a princípio, seria melhor. Porém, você sabe que em nossa

economia essa tarefa não é fácil.

Se o endividamento elevado for inevitável, os administradores

deverão, de preferência, tomar os recursos no longo prazo, objetivando

um prazo maior para gerar recursos futuros.

RESUMO SOBRE OS PRINCIPAIS ÍNDICES DE ESTRUTURA

DISCRIMINAÇÃO FÓRMULA SIGNIFICADO INTERPRETAÇÃO

Endividamento total(ET)

PE x 100AT

% do ativo total financiado com recursos de terceiros

Quanto menor, melhor.

Garantia aos capitais de terceiros (GCT)

PL x 100PE

Indica quantos reais de capitais de terceiros têm capitais próprios como garantia.

Quanto maior, melhor.

Participação de capitais de terceiros (PCT)

PE x 100PL

Indica quanto reais de capitais de terceiros a empresa captou para cada real de capital próprio

Quanto menor, melhor.

Composição do endividamento de curto prazo (ECP)

PC x 100PE

% da dívida de curto prazo em relação ao total das dívidas.

Quanto menor, melhor.

Composição do endividamento de longo prazo (ELP)

PELP x 100 PE

% da dívida de longo prazo em relação ao total das dívidas.

Quanto maior, melhor.

Imobilização do capital próprio

AP x 100PL

% dos recursos próprios comprometidos com Ativo Permanente.

Quanto menor, melhor.

Imobilização dos recursos permanentes (IRP)

AP x 100PELP + PL

% dos recursos permanentes comprometidos com Ativo Permanente.

Quanto menor, melhor.

Page 273: Análise das Demonstrações Contábeis

88 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Análise por Quocientes II - Índices de Estrutura de Capitais

C E D E R J 89

AU

LA 9

Os índices de estrutura mostram a política da empresa em termos de

aplicação e obtenção de recursos, o grau de endividamento e o nível de

imobilização dos recursos próprios.

Os índices de endividamento revelam a utilização ou o grau de dependência

dos recursos de terceiros para financiar o Ativo da empresa.

É importante que a empresa utilize mais recursos de terceiros a longo

prazo em relação ao curto prazo para melhor qualidade de endividamento

conforme a composição do endividamento.

Os índices de imobilização indicam a política financeira utilizada pela

empresa em suas inversões de recursos em caráter permanente.

R E S U M O

INFORMAÇÃO SOBRE A PRÓXIMA AULA

Na próxima aula, você terá a oportunidade de aplicar os índices de estrutura

em várias atividades propostas.

Page 274: Análise das Demonstrações Contábeis

Práticas sobre índices de estrutura de capitais

Após o desenvolvimento das atividades propostas nesta aula, esperamos que você seja capaz de:

Identifi car a importância dos indicadores de estrutura;

Aplicar a técnica de Análise por Quocientes para a obtenção de índices de estruturas;

Interpretar os resultados dos quocientes de estrutura, tirando algumas conclusões sobre eles;

10objetivos

AU

LA

Metas da aula

Aplicar a técnica de análise denominada Quocientes que se refere aos índices de estrutura de capitais e interpretar tais índices.

1

2

3

Pré-requisitos

Um bom conhecimento de toda a teoria de Índices de Estrutura apresentada na aula anterior é necessário para a realização das

atividades propostas nesta aula.A utilização de uma calculadora facilitará sensivelmente a

realização destas atividades.

Page 275: Análise das Demonstrações Contábeis

92 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Práticas sobre índices de estrutura de capitais

INTRODUÇÃO Nesta aula, você terá oportunidade de aplicar no Balanço Patrimonial uma

outra modalidade de Análise por Quocientes denominada índices de estrutura

de capitais, que você estudou na Aula 9.

Por meio de atividades de múltipla escolha e de cálculo, você poderá tirar

algumas conclusões sobre a situação financeira das empresas fictícias

mencionadas.

Os índices de estrutura têm como fi nalidade:a) ( ) mostrar a política fi nanceira da empresa em termos de obtenção e aplicação de recursos;b) ( ) demonstrar o nível de endividamento da empresa;c) ( ) revelar o nível de imobilização de recursos;d) ( ) todas as afi rmativas estão corretas.

Resposta ComentadaPara resolução desta atividade você deverá relembrar os conceitos relativos à técnica de Análise

por Quocientes referente aos indicadores de estrutura de capitais estudados na Aula 9.

A opção (d) é a correta, ou seja, todas as alternativas estão corretas.

Atividade 1

Dentre os indicadores relacionados a seguir, quais representam índices de endividamento?a) ( ) Imobilização do capital própriob) ( ) Endividamento totalc) ( ) Garantia aos capitais de terceirosd) ( ) Composição do endividamentoe) ( ) Imobilização dos recursos permanentes.

Resposta ComentadaAs opções b, c, d, ou seja: endividamento total, garantia aos capitais de terceiros e composição

do endividamento.

Atividade 2

Page 276: Análise das Demonstrações Contábeis

C E D E R J 93

AU

LA 1

0

Faça a correlação:

Resposta ComentadaÉ importante que você saiba o signifi cado de cada índice. Encontrando difi culdades para

identifi cá-los, reveja a teoria na Aula 9.

Resposta: 2, 3, 6, 1, 5 e 4.

Atividade 3

1. Endividamento total (ET)

2. Garantia aos capitais de terceiros (GCT)

3. Participação de capitais de terceiros (PCT)

4. Imobilização dos recursos permanentes (IRP)

5. Imobilização do capital próprio (ICP)

6. Endividamento de Curto Prazo (ECP)

( ) representa a margem de segu-rança dada aos capitais alheios, aplicados na empresa, em razão da existência de capitais próprios

( ) revela o percentual de capitais de terceiros em relação ao capital próprio

( ) revela a qualidade da dívida: se vencem a curto ou a longo prazo.

( ) determina a proporção dos ati-vos totais fi nanciados com recursos de terceiros.

( ) mede quanto a empresa utiliza de capitais próprios para finan-ciamento do Ativo Permanente.

( ) mede quanto a empresa utiliza de recursos permanentes para financiamento do Ativo Permanente.

Page 277: Análise das Demonstrações Contábeis

94 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Práticas sobre índices de estrutura de capitais

Atividade 4O índice de endividamento total é calculado pela fórmula:

a. ( ) Passivo Exigível a Longo Prazo Ativo Total

b. ( ) Passivo Circulante Ativo Total

c. ( ) Passivo Exigível Ativo Total

d. ( ) Passivo Exigível Ativo Circulante

Resposta ComentadaComo foi citado na Aula 8 - Atividades sobre Índices de Liquidez, o estudo dos indicadores

fi nanceiros divide-se em duas etapas:

1ª etapa: cálculo dos índices através das fórmulas;

2ª etapa: interpretação dos índices, levando em consideração as três formas comparativas.

a. pelo seu signifi cado intrínsico,

b. análise temporal,

c. análise interempresarial.

As fórmulas são necessárias para atender à 1ª etapa do estudo dos indicadores fi nanceiros.

Ainda nesta aula você irá utilizar a outra etapa..

A opção c é a correta.

Os seguintes dados foram extraídos do Balanço Patrimonial da Empresa Natividade, encerrado em X1. Em milhares de reais

Pode-se afi rmar que o quociente de endividamento total foi de:( ) a) 0,38( ) b) 0,10( ) c) 0,17( ) d) 0,35

( ) e) 0,25

Atividade 5

Ativo Passivo

Ativo Circulante 164 Passivo Circulante 65

Ativo Realizável a L.P 18 Passivo Exigível a L.P 26

Ativo Permanente 78 Patrimônio Líquido 169

Total 260 Total 260

Page 278: Análise das Demonstrações Contábeis

C E D E R J 95

AU

LA 1

0

Resposta ComentadaNesta atividade, você utilizou a primeira etapa do estudo dos indicadores fi nanceiros, isto

é, o cálculo dos índices através de fórmulas.

Você sabe que o ET é apurado por meio da fórmula:

ET = PE x 100 AT

Você sabe que PE = PC + PELP; então:

ET = 65 + 26 x 100 260

ET = 35% ou 0,35

A opção d é a correta.

Dado o Balanço Patrimonial da Empresa Comercial Quatis em 31 de dezembro de X1, faça os cálculos pedidos. R$ mil

Atividade 6

ATIVO Passivo

1. CIRCULANTE 1.095 1. CIRCULANTE 420

Caixa 110 Fornecedores 350

Clientes 485 Impostos a Pagar 70

Mercadorias 500

2. REALIZÁVEL A LP 50 2. EXIGÍVEL A L.P. 55

Contas a Receber 50 Emprétimos a Pagar 55

3. PERMANENTE 370 3. PATRIMÔNIO LÍQUIDO 1.040

Capital Social 900

Investimentos 150 Reserva de Capital 40

Imobilizado 200 Reserva de Lucros 50

Diferido 20 Lucros Acumulados 50

Total 1.515 Total 1.515

Balanço Patrimonial

Page 279: Análise das Demonstrações Contábeis

96 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Práticas sobre índices de estrutura de capitais

O grau de endividamento é:a) ( ) 0,31 b) ( ) 3,14c) ( ) 3,19 d) ( ) 0,34

Resposta ComentadaNa resolução desta atividade você utilizou a 1ª etapa do estudo dos indicadores fi nanceiros

– cálculo dos índices.

ET = PE ATSabendo-se que PE = PC + PELP, você pode calcular

ET = 420 + 55 x 100 1040

ET = 31% ou 0,31

A opção a é a correta, ou seja: 0,31.

Atividade 7Com os dados da Atividade 6, podemos dizer que o quociente de endividamento em relação ao Patrimônio Líquido é de:a) ( ) 0,40 b) ( ) 0,46c) ( ) 0,05 d) ( ) 0,31

Resposta ComentadaEsta é a outra forma de calcular o endividamento total. Em vez de relacionar os capitais de

terceiros com o Ativo Total, compara com o capital próprio.

Veja:

ET = PE x 100 PL

ET = 420 + 55 x 100 1.040

ET = 46% ou 0,46

A opção b é a correta, ou seja: 0,46.

Page 280: Análise das Demonstrações Contábeis

C E D E R J 97

AU

LA 1

0

Dado o quadro a seguir, pode-se afi rmar que:

a) ( ) na empresa Alfa o patrimônio líquido é nulo; na empresa Beta é positivo e na empresa Gama é negativo;b) ( ) na empresa Alfa o patrimônio líquido é nulo; na empresa Beta é negativo e na empresa Gama é positivo;c) ( ) na empresa Beta o valor do patrimônio líquido é igual à metade do valor do passivo;d) ( ) as afi rmativas b e c estão corretas.

Resposta ComentadaO enunciado desta atividade informa o Endividamento total de cada empresa:

Você sabe que o ET é apurado através da fórmula ET = PE. Substituindo o valor do ET, ATvocê terá condições de determinar os valores do AT e do PE, conforme demonstrado a seguir:

AT = PT = PE + PL

Atividade 8

Discriminação Empresa

Alfa Beta Gama

Endividamento total 1,0 0,5 1,5

Empresa Alfa Empresa Beta Empresa Gama

ET = 1,00 ET = 0,5 ET = 1,5

Empresa Alfa Empresa Beta Empresa Gama

AT = PE + PL100 = 100 + PL0 = PL

AT = PE + PL100 = 50 + PL50 = PL

AT = PE + PL100 = 150 + PL(50) = PL

Empresa Alfa Empresa Beta Empresa Gama

1,00 = PE AT1,00 AT = PEPor hipótese, AT = 100,temos:1,00 x 100 = PE100 = PE

0,5 = PE AT0,5 AT = PEPor hipótese, AT = 100,temos:0,5 x 100 = PE50 = PE

1,5 = PE AT1,5 AT = PEPor hipótese, AT = 100,temos:1,5 x 100 = PE150 = PE

Page 281: Análise das Demonstrações Contábeis

98 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Práticas sobre índices de estrutura de capitais

Grafi camente, teríamos:

Empresa Alfa Empresa Beta Empresa Gama

A opção a é a correta, ou seja, na empresa Alfa o patrimônio líquido é nulo; na empresa

Beta é positivo e na empresa Gama é negativo.

Atividade 9Se o Passivo Exigível for igual a um quarto do montante do Patrimônio Líquido, o

grau de garantia aos capitais de terceiros, será:a) ( ) 0,40b) ( ) 1,0c) ( ) 2,0d) ( ) 4,0

Resposta ComentadaSe o PE (PC + PELP) for igual a um quarto do PL, teremos que . PE = PL. A fórmula da 4 garantia aos capitais de terceiros é GCT = PL. Sendo assim, substituindo o PE da primeira

fórmula na segunda, temos: PE

GCT = PL, onde CGT = PL x 4 = 4,0 ; portanto, a garantia aos capitais de terceiros será PL PL 4

igual a 4,0, ou seja, a última opção.

A opção d é a correta, ou seja, o capital próprio é equivalente a quatro vezes o capital de

terceiros.

AT

100

PE

100

AT

100

PE50

PE50

PE

150

PL50

AT

100

Page 282: Análise das Demonstrações Contábeis

C E D E R J 99

AU

LA 1

0

Pode-se dizer que a empresa estará em estado de pré-insolvência quando o grau de endividamento total estiver próximo de:( ) a) zero( ) b) 0,50( ) c) 1,0( ) d) N.R.A.

Resposta ComentadaO estado de pré-insolvência é aquela situação em que a empresa está quase falindo.

Sendo o endividamento total calculado pela fórmula PE/AT, ou seja, o percentual de recursos

de terceiros aplicados no Ativo da empresa, você poderá apostar que quanto maior este

indicador mais próxima da insolvência a empresa estará.

A seguir, você verá as demonstrações algébrica e gráfi ca dos graus de endividamento das

opções oferecidas.

Algebricamente:

Atividade 10

ET = 0 ET = 0,5 ET = 1,00

ET = PE AT

0 = PE AT0 x AT = PE

Se AT = 100, tem-se:0 x 100 = PE0 = PE

Como AT = PE + PL, pode-se calcular o PL.100 = 0 + PL100 - 0 = PL100 = PL

ET = PE AT

0,5 = PE AT0,5 x AT = PE

Se AT = 100, tem-se:0,50 x 100 = PE50 = PE

Como AT = PE + PL, pode-se calcular o PL.100 = 50 + PL100 - 50 = PL50 = PL

ET = PE AT

1,00 = PE AT1,00 x AT = PEAT = PE

Se AT = 100, tem-se:100 = PE

Como AT = PE + PL, pode-se calcular o PL.100 = 100 + PL100 - 100 = PL0 = PL

Page 283: Análise das Demonstrações Contábeis

100 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Práticas sobre índices de estrutura de capitais

Grafi camente:

ET = 0 ET = 0,5 ET = 1,0

PE = 0 PL = 0

Concluindo esta análise, você deve optar pela terceira alternativa c, ou seja, a empresa estará

em estado de pré-insolvência quando o ET estiver próximo de 1,0. As demais opções fi cam

excluídas.

A opção c é a correta, ou seja: 1,0.

As empresas Alfa, Beta e Gama apresentavam os seguintes graus de endividamento total: Alfa = 0,80, Beta = 0,60 e Gama = 0,20.Qual delas está mais comprometida com capitais de terceiros?a) ( ) Empresa Alfab) ( ) Empresa Betac) ( ) Empresa Gama.

Resposta ComentadaAnalisando os graus de endividamento propostos, algebricamente e grafi camente, você

verifi cará qual das empresas está mais comprometida com capitais de terceiros.

Atividade 11

AT

100

PL

100

AT

100

PE50

PL50

AT

100

PE

100

Page 284: Análise das Demonstrações Contábeis

C E D E R J 101

AU

LA 1

0

Algebricamente:

Empresa Alfa Empresa Beta Empresa Gama

ET = 0,80 ET = 0,60 ET = 0,20

O grau de endividamento total é calculado pela fórmula:ET = PE ATComo ET é igual a 0,80tem-se:

0,80 = PE AT0,80 x AT = PE

O AT representa 100% das aplicações.Substituindo o AT na fórmula, tem-se: 0,80 x 100% = PE80% = PE

Você viu em Contabi-lidade I e II que o total das aplicações de recursos (Ativo) é igual ao total das origens de recursos (Passivo).A = OAT = PE + PL

Substituindo os valores do AT e PE na fórmula, chega-se ao valor do PL.100% = 80% + PL100% - 80% = PL20% = PL

O grau de endividamento total é calculado pela fórmula:ET = PE ATComo ET é igual a 0,60tem-se:

0,60 = PE AT0,60 x AT = PE

O AT representa 100% das aplicações.Substituindo o AT na fórmula, tem-se: 0,60 x 100% = PE60% = PE

Você viu em Contabi-lidade I e II que o total das aplicações de recursos (Ativo) é igual ao total das origens de recursos (Passivo).A = OAT = PE + PL

Substituindo os valores do AT e PE na fórmula, chega-se ao valor do PL.100% = 60% + PL100% - 60% = PL40% = PL

O grau de endividamento total é calculado pela fórmula:ET = PE ATComo ET é igual a 0,20tem-se:

0,20 = PE AT0,20 x AT = PE

O AT representa 100% das aplicações.Substituindo o AT na fórmula, tem-se: 0,20 x 100% = PE20% = PE

Você viu em Contabi-lidade I e II que o total das aplicações de recursos (Ativo) é igual ao total das origens de recursos (Passivo).A = OAT = PE + PL

Substituindo os valores do AT e PE na fórmula, chega-se ao valor do PL.100% = 20% + PL100% - 20% = PL80% = PL

Page 285: Análise das Demonstrações Contábeis

102 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Práticas sobre índices de estrutura de capitais

Quando houver volume elevado de recursos próprios em relação aos recursos de terceiros aplicados no Ativo, o endividamento total tende a ser:a) ( ) maior do que 1,0;b) ( ) inferior a 0,50;c) ( ) superior a 0,50;d) ( ) NRA.

Atividade 12

Grafi camente:

ET = 0,8 ET = 0,60 ET = 0,20

A partir da análise do endividamento total das empresas Alfa, Beta e Gama, você pode

concluir que, na Empresa Alfa, 80% do Ativo foram fi nanciados por capitais de terceiros e

20% por capitais próprios. Na empresa Beta, 60% do Ativo foram fi nanciados por capitais

de terceiros e 40% por capitais próprios. Finalmente, na empresa Gama, 20% do Ativo foram

fi nanciados por capitais de terceiros e 80% por capitais próprios.

Sendo assim, você pode afi rmar que a empresa Alfa está mais comprometida com capitais

alheios.

A opção a é a correta, ou seja: empresa Alfa.

Esta atividade permitiu que você chegasse às seguintes conclusões:

1ª) Quanto maior o grau de endividamento, menor a participação do capital próprio;

2ª) Quanto menor o grau de endividamento, maior a participação do capital próprio;

3ª) Quanto maior o grau de endividamento, maior a participação dos capitais de terceiros; e

4ª) Quanto menor o grau de endividamento, menor a participação dos capitais de

terceiros.

AT

100%

PE80%

AT

100%

PE60%

PL40%

AT

100%PL

80%

PL 20%

PE 20%

Page 286: Análise das Demonstrações Contábeis

C E D E R J 103

AU

LA 1

0

Resposta ComentadaA opção b é a correta, ou seja: inferior a 0,50.

Para que você possa responder com segurança, a maneira mais fácil é analisar algébrica

e grafi camente os graus de endividamento propostos.

Algebricamente:

Grafi camente:

ET = 1,20 ET = 0,40 ET = 0,60

1ª opção 2ª opção 3ª opção

ET maior do que 1,0 ET inferior a 0,50 ET superior a 0,50

Por exemplo, ET = 1,20 Por exemplo, ET = 0,40 Por exemplo, ET = 0,60

ET = PE AT

1,20 = PE AT1,20 x AT = PE

O AT representa 100% das aplicações.Substituindo o AT na fórmula, tem-se: 1,20 x 100% = PE120% = PE

Como AT = PE + PL, pode-se calcular o PL.100% = 120% + PL100% - 120% = PL(20%) = PL

ET = PE AT

0,40 = PE AT0,40 x AT = PE

O AT representa 100% das aplicações.Substituindo o AT na fórmula, tem-se: 0,40 x 100% = PE40% = PE

Como AT = PE + PL, pode-se calcular o PL.100% = 40% + PL100% - 40% = PL60% = PL

ET = PE AT

0,60 = PE AT0,60 x AT = PE

O AT representa 100% das aplicações.Substituindo o AT na fórmula, tem-se: 0,60 x 100% = PE60% = PE

Como AT = PE + PL, pode-se calcular o PL.100% = 60% + PL100% - 60% = PL40% = PL

AT

100% PL PE60%

PE40%

AT

100%

PE60%

PL PE40%

AT

100%

PE120%

PL 20%

Page 287: Análise das Demonstrações Contábeis

104 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Práticas sobre índices de estrutura de capitais

Agora, você poderá fazer uma leitura do percentual de recursos de terceiros (PE) aplicados

no Ativo da empresa nas três opções propostas:

- 1ª opção: ET >1; o PL é negativo;

- 2ª opção: ET < 0,5; maior a predominância dos recursos próprios no Ativo; conseqüentemente,

um percentual menor de recursos de terceiros, o que é sempre desejável;

- 3ª opção: ET < 0,50, menor participação dos capitais próprios aplicados no Ativo.

Donde se conclui que a 2ª opção é a correta, ou seja, o endividamento total será inferior

a 0,50, já que existe menor participação de capitais alheios e maior percentual de capitais

próprios.

Se o endividamento total for igual a 1,0, o Patrimônio Líquido deverá ser:a) ( ) negativob) ( ) positivoc) ( ) nulod) ( ) N.R.A.

Resposta ComentadaA opção c é a correta, ou seja: nulo.

Você viu nos comentários da atividade a fórmula ET = PE. Como ET = 1,0 , tem-se 1,0 = PE, AT ATportanto, AT = PE, donde conclui-se que todo Ativo foi fi nanciado por capitais de terceiros, ATou seja, o Patrimônio Líquido (capitais próprios) deverá ser “nulo” (opção c),

Grafi camente, teríamos:

Atividade 13

AT PE

Page 288: Análise das Demonstrações Contábeis

C E D E R J 105

AU

LA 1

0

Atividade 14Para que a empresa tenha autonomia fi nanceira, seu endividamento total deverá ser:a) ( ) 1,00b) ( ) 0,50c) ( ) zerod) ( ) N.R.A.

Resposta ComentadaA opção c é a correta, ou seja: zero.

Para que a empresa tenha autonomia fi nanceira, seu endividamento total deve ser zero, o

que signifi ca que PE = 0, conforme demonstrado a seguir:

ET = PE. AT

0 = PE AT

0 x AT = PE

0 = PE

A princípio, não é recomendável que o Ativo da empresa seja fi nanciado, em proporção elevada,

por capitais de terceiros. Você deve concluir que o recomendável seria pouca participação de

capitais alheios e maior de capitais próprios. Sendo assim, para esta atividade, o ideal para

que a empresa tenha autonomia fi nanceira é a independência total de capitais alheios, ou

seja, uma plena utilização de capitais próprios, sendo então a opção “zero”, o que na prática

é quase impossível. As demais opções fi cam inválidas pelos motivos já apresentados.

Atividade 15O índice de composição do endividamento que mostra o percentual de dívidas de curto prazo em relação às dívidas totais deverá ser:a) ( ) sempre igual a 1,0;b) ( ) sempre superior a 1,0;c) ( ) quanto maior, melhor;d) ( ) quanto menor, melhor.

Resposta ComentadaA opção d é a correta, ou seja: “quanto menor, melhor”.

Como você viu na Aula 9, o índice de composição do endividamento é calculada pela fórmula

CE=PC; dependendo do valor do PC, o índice de CE poderá assumir os seguintes valores: PE

Page 289: Análise das Demonstrações Contábeis

106 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Práticas sobre índices de estrutura de capitais

1) CE = 0 significa que a empresa não utiliza recursos d e

terceiros vencíveis a curto prazo (PC);

2) CE = 0,5 signifi ca que, do total das dívidas, 50% delas vencem a curto prazo e 50%

a longo prazo;

3) CE = 1 signifi ca que 100% dos capitais de terceiros vencem a curto prazo (PC);

conseqüentemente, PELP = 0;

4) CE poderá assumir qualquer valor diferente dos três mencionados anteriormente, desde

que a empresa apresente dívidas de curto prazo.

A seguir, são demonstrados algebricamente os graus de composição do endividamento

nas três primeiras situações mencionadas, ou seja:

Grafi camente, teríamos:

PE PELP PE PC + PELP PE PC

CE = 0 CE = 0,5 CE = 1,0

CE = PC PE

0 = PC PE

0 x PE = PC

0 = PC

CE = PC PE

0,5 = PC PE

0,5 PE = PC

0,5 (PC + PELP) = PC 0,5 PC + 0,5 PELP = PC0,5 PELP = PC - 0,5 PC0,5 PELP = 0,5 PCdividindo ambos os membros da equação por 0,5, tem-se PELP = PC; substituindo na fórmula:PC + PELP = PEPC + PC = PE2PC = PEPC = PE 2

CE = PC PE

1,0 = PC PE

1,0 x PE = PC

PE = PCComo PE = PC + PELP, para que PC seja igual a PE, o PELP tem que ser zero.

100,00

80,00

60,00

40,00

20,00

0,00

100,00

80,00

60,00

40,00

20,00

0,00

100,00

80,00

60,00

40,00

20,00

0,00

Page 290: Análise das Demonstrações Contábeis

C E D E R J 107

AU

LA 1

0

Pelo exposto, você conclui que as opções a e b fi cam desde já excluídas (sempre igual

a 1,0 e sempre superior a 1,0 são falsas), restando apenas as opções “c” e “d” para

serem analisadas.

Você viu, em Contabilidade I, que o PE representa 100% das dívidas (curto e de longo

prazo). Uma maior participação das dívidas de curto prazo no total do PE implica menor

participação das de longo prazo e vice-versa.

Em relação à composição de endividamento, se as dívidas de curto prazo tiverem uma

maior participação no PE, maior será a CE e vice-versa, como você pode ver a seguir nas

situações 1 e 2:

O próximo passo é conceituar o índice de composição de endividamento.

Você aprendeu, na aula passada, que é bem mais confortável para a empresa ter dívidas de

longo prazo em proporção superior às de curto prazo (pois ela dispõe de maior tempo para

gerar recursos e amortizar as dívidas).

Em função disso, a terceira opção também não é correta, pois se a composição do

endividamento tiver como ideal quanto maior, melhor, você está assumindo que é mais

confortável para a empresa endividar-se sempre no curto prazo (vide situação 2), quando o

melhor seria o contrário (situação 1).

Finalmente, a quarta opção é a correta, ou seja, quanto menor, melhor: a empresa endivida-se

em maior proporção de dívidas de longo prazo; portanto, as de curto prazo apresentam-se

menores no total do PE; lembre-se na matemática, no estudo de fração, quanto menor for

o numerador menor será o resultado dessa fração CE =PCPE

⎛⎝⎜

⎞⎠⎟

.

Situação 1: menor participação do PC no total do PE

Situação 2: maior participação do PC no total do PE

Por exemplo

PC = 500

PELP = 1500

CE = ?CE = PC; substituindo os valores na PEfórmula, tem-se

CE = 500 500 + 1.500

CE = 500 2.000

CE = 0,25; isto é, na situação 1 a participação das dívidas de curto prazo no total do PE é de 25%.

Por exemplo

PC = 1.200

PELP = 800

CE = ? CE = PC; substituindo os valores na PEfórmula, tem-se

CE = 1.200 1.200 + 800

CE = 1.200 2.000

CE = 0,60; isto é, na situação 2 a participação das dívidas de curto prazo no total do PE é de 60%.

Page 291: Análise das Demonstrações Contábeis

108 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Práticas sobre índices de estrutura de capitais

Atividade 16A Empresa Alvorada Ltda. opera com 30% de capitais de terceiros e com 70% de capitais próprios. Assim, seu grau de endividamento é:

a) ( ) 0,20 b) ( ) 0,30 c) ( ) 1,40 d) ( ) 1,00

Resposta ComentadaA opção b é a correta, ou seja: 0,30.

Nesta atividade, você utiliza o primeiro passo do estudo dos indicadores fi nanceiros - cálculo

dos índices.

No cálculo do endividamento total aplica-se a seguinte fórmula:

ET = PE AT

Como foi comentado em Contabilidade I, o Ativo Total (AT) é igual ao Passivo Total (PT).

O Passivo Total (origem de recursos) é composto de capitais de terceiros (PC + PELP) e capital

próprio (PL); portanto, PT = PC + PELP + PL.

Substituindo os valores fornecidos na fórmula, tem-se:

ET = 0,30 (0,30 + 0,70)

ET = 0,30 1,00

ET = 0,30

Toda vez que uma fórmula apresentar o numerador multiplicado por 100,

isto signifi ca que o resultado da fração é dado em forma de percentual.

Exemplo:

ET = PE x 100AT

ET = 30 x 100100

ET = 30%

O ET pode ser apresentado também desta forma:

ET = 30% = 30 = 0,30 100

!!

Page 292: Análise das Demonstrações Contábeis

C E D E R J 109

AU

LA 1

0

Atividade 17Quando o grau de endividamento de uma empresa é 1,4, ela está operando com passivo a descoberto?a) ( ) sim b) ( ) não

Resposta ComentadaA opção a é verdadeira.

Aplicando a primeira etapa do estudo dos indicadores fi nanceiros – cálculo dos índices,

tem-se:

ET = PE AT

1,4 = PE AT

1,4 AT = PE

O AT representa 100% dos recursos aplicados. Substituindo o AT por 100% na fórmula:

1,4 x 100% = PE

140% = PE

Para saber o valor do PL, adote a fórmula PT = PE + PL; como AT = PT, tem-se:

100% = 140% + PL

100% – 140% = PL

- 40% = PL

Quando o PL é negativo, isto signifi ca que a empresa encontra-se com passivo a descoberto.

Ou seja, ela não tem recursos ativo para pagar suas obrigações.

Dentre as afi rmativas a seguir, marque a correta.I - Quando o grau de endividamento for menor que 1,0, o Patrimônio Líquido é positivo.

II - Quando o grau de endividamento for maior que zero e menor do que 0,5, a empresa opera com preponderância de capitais próprios.

III - Quando o grau de endividamento for maior que 0,5 e menor do que 1,0, a empresa opera com preponderância de capitais de terceiros, mas ainda existem capitais próprios.

IV - Quando o grau de endividamento for igual a 0,5, os capitais próprios são iguais aos capitais de terceiros.a) ( ) todas as afi rmativas estão erradas;b) ( ) todas as afi rmativas estão corretas;c) ( ) apenas a afi rmativa III é falsa;d) ( ) apenas a afi rmativa I é verdadeira.

Atividade 18

Page 293: Análise das Demonstrações Contábeis

110 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Práticas sobre índices de estrutura de capitais

Resposta ComentadaA opção b é a correta, ou seja: todas as afi rmativas estão corretas.

Para resolução desta atividade, você deverá analisar cada afi rmativa proposta.

Afi rmativa I: ET < 1,0; PL > 0.

Sabemos que o endividamento total é dado pela seguinte fórmula:

ET = PE AT

O fato de o ET ser inferior a 1 signifi ca que a empresa utiliza recursos de terceiros (PE)

em proporção maior ou igual ao capital próprio (CP). Como AT é igual ao PT, conclui-se

que o PL é positivo, conforme demonstrado a seguir, tanto em termos algébricos como

grafi camente.

Algebricamente:

Grafi camente, teríamos:

ET = 0,80 ET = 0,50

Daí se conclui que a afi rmativa I é verdadeira.

Exemplo 1: ET = 0,80 Exemplo 2: ET = 0,50

ET = PE AT

0,80 = PE AT

0,80 AT = PE

Sabemos que o AT representa 100% do total dos recursos aplicados;donde 0,80 x 100% = PE80% = PEComo AT = PT e o PT = PE + PL, tem-se:100% = 80% + PL100% - 80% = PL20% = PL

ET = PE AT

0,5 = PE AT

0,50 AT = PE

Sabemos que o AT representa 100% do total dos recursos aplicados; donde 0,50 x 100% = PE50% = PEComo AT = PT e o PT = PE + PL, tem-se:100% = 50% + PL100% - 50% = PL50% = PL

AT

100%

PE80%

PL 20%

AT

100%

PE50%

PL50%

Page 294: Análise das Demonstrações Contábeis

C E D E R J 111

AU

LA 1

0

Afi rmativa II: 0 < ET < 0,5; a empresa opera com preponderância de capitais próprios.

Sabemos que o endividamento total é dado pela seguinte fórmula:

ET = PE AT

Para ET ser inferior a 0,5, a empresa deve utilizar recursos de terceiros (PE) em menor

proporção que o capital próprio (CP). Como AT é igual ao PT, conclui-se que o PL é positivo,

conforme demonstrado a seguir, tanto em termos algébricos como grafi camente.

Algebricamente:

Por exemplo: ET = 0,40

0,40 = PE AT

0,40 AT = PE

O AT representa 100% do total dos recursos aplicados.

Donde 0,40 x 100% = PE

40% = PE

Sendo o AT = PT e PT = PE + PL, tem-se:

100% = 40% + PL

100% - 40% = PL

60% = PL

Grafi camente, teríamos:

ET = 0,40

Donde se conclui que a afi rmativa II é verdadeira.

Afi rmativa III: 0,5 < ET < 1,0; a empresa opera com preponderância de capitais de terceiros,

mas ainda existem capitais próprios.

Sabemos que o Endividamento Total é dado pela seguinte fórmula:

ET = PE AT

Para ET ser superior a 0,5, a empresa deve utilizar recursos de terceiros (PE) em maior

proporção ao capital próprio (CP). Como AT é igual ao PT, conclui-se que o PL é

positivo, conforme demonstrado a seguir, algébrica e grafi camente.

AT

100% PE60%

PE40%

Page 295: Análise das Demonstrações Contábeis

112 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Práticas sobre índices de estrutura de capitais

Algebricamente:

Por exemplo: ET = 0,70

0,70 = PE AT

0,70 AT = PE

AT representa 100% do total dos recursos aplicados.

Donde 0,70 x 100% = PE

70% = PE

Sendo AT = PT e o PT = PE + PL, tem-se:

100% = 70% + PL

100% - 70% = PL

30% = PL

Grafi camente, teríamos:

ET = 0,70

Donde se conclui que a afi rmativa III é verdadeira.

Afi rmativa IV: ET = 0,5; os capitais próprios são iguais aos capitais de terceiros.

Esta afi rmativa também é verdadeira, como está explicado na afi rmativa I.

Pelo exposto, todas as afi rmativas estão corretas.

AT

100%PL

30%

PE70%

Page 296: Análise das Demonstrações Contábeis

C E D E R J 113

AU

LA 1

0

O grau de endividamento de uma empresa:

a) ( ) explicita uma situação indesejável para qualquer tipo de empresa comercial;b) ( ) indica que os Ativos Imobilizados não estão cobertos pelo Patrimônio Líquido da empresa;c) ( ) é calculado pela relação entre o Ativo Circulante e o Patrimônio Líquido;d) ( ) diminui, em geral, com aumento da participação relativa do Patrimônio Líquido no Ativo Total.

Resposta ComentadaA opção d é a correta, ou seja, diminui, em geral, com aumento da participação relativa

do patrimônio líquido no ativo total.

Como você verifi cou nas respostas comentadas das atividades anteriores, quanto mais o

Ativo for fi nanciado por capitais próprios (PL), menor será o grau de endividamento da

empresa. As Figuras 10.1 e 10.2 demonstram esta afi rmação:

Figura 10.1 Figura 10.2

O aumento da participação relativa dos capitais próprios no Ativo, de 70% (Figura 10.2)

contra 30% (Figura 10.1) fez com que o grau de endividamento (ET) diminuísse, passando

de 0,7 para 0,3.

Memória de cálculo:

ET = PE AT

AT = PT

PT = PE + PL PT = PE + PL

PT = 0,3 + 0,7 PT = 0,7 + 0,3

PT = 1 PT = 1ET = 0,30 = 0,3 ET = 0,7 = 0,7 1,0 1,0

Atividade 19

AT

100%PL

30%

PE70% AT

100%

PL30%

PE70%

Page 297: Análise das Demonstrações Contábeis

114 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Práticas sobre índices de estrutura de capitais

Preencha as linhas pontilhadas do Balanço Patrimonial de forma que:a) O índice de liquidez corrente seja acima de 1,7.b) O índice de liquidez imediata seja igual a 0,20.c) O índice de liquidez seca seja inferior a 0,70.d) O endividamento total da empresa seja elevado.e) A composição do endividamento seja ruim.

Resposta

]

Atividade 20

ATIVO PASSIVO

Disponibilidades .......... Passivo Circulante ..........

Clientes ..........

Mercadorias .......... Passivo Exigível a L.P ..........

Total do Ativo Circulante ..........

Patrimônio Líquido ..........

Total 100 Total ..........

Balanço Patrimonial

R$ATIVO PASSIVODisponibilidades 10 Passivo Circulante 50

Clientes 20

Mercadorias 70 Passivo Exigível a L.P 30

Total do Ativo Circulante 100

Patrimônio Líquido 20

Total 100 Total 100

Balanço Patrimonial

Page 298: Análise das Demonstrações Contábeis

C E D E R J 115

AU

LA 1

0

Resposta ComentadaO dado fornecido pela letra a do enunciado (ILC > 1,7), possibilita que você apure o

valor do AC.

Veja:

Você viu que o ILC é dado pela fórmula: ILC = AC PC

Por exemplo, se o ILC for 2,0, tem-se

2,0 = AC PC

2,0 x PC = AC

2,0 PC = AC, o que signifi ca que o AC é o dobro do PC.

Por outro lado, na estrutura do Balanço Patrimonial apresentado, o Ativo Total é composto

somente do Ativo Circulante. Neste caso, AC = AT.

Se o AT for igual a R$ 100, o AC será igual a R$ 100 e o PC igual a R$ 50. PC =AC2

⎛⎝⎜

⎞⎠⎟

O enunciado da letra b (ILI = 0,20) possibilita apurar o valor do Disponibilidades.

ILI = Disponibilidades PC

0,20 = Disponibilidades 50

0,20 x 50 = Disponibilidades

10 = Disponibilidades

O enunciado da letra c (ILS < 0,7), juntamente com o enunciado da letra b (ILI = 0,20) e os

valores do AC e do PC apurados anteriormente permitem que os Estoques de Mercadorias

sejam determinados.

O ILS deverá ser um valor maior que 0,2 (ILI) e menor que 0,7.

O ILS é calculado pela seguinte fórmula:

ILS = AC - Estoques de Mercadorias PC

Por exemplo, se o ILS for igual a 0,6 (0,2 < ILS < 0,7), tem-se:

0,6 = R$ 100 - Estoques de Mercadorias 50

0,6 X R$ 50 = R$ 100 – Estoques de Mercadorias

R$ 30 = R$ 100 – Estoques de Mercadorias

Estoques de Mercadorias = R$ 100 – R$ 30

Estoques de Mercadorias = R$ 70

Page 299: Análise das Demonstrações Contábeis

116 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Práticas sobre índices de estrutura de capitais

Sabendo o valor dos Estoques de Mercadorias, você poderá apurar

o valor da conta Clientes.

O valor da conta Clientes é determinado da seguinte maneira:

AC = Disponibilidades + Clientes + Mercadorias

R$ 100 = R$ 10 + Clientes + R$ 70

R$ 100 – R$ 10 – R$ 70 = Clientes

R$ 20 = Clientes

O enunciado da letra d (endividamento total da empresa seja elevado) signifi ca que o

PE > PL. Sabendo que o PE = PC + PELP e o PC é igual a R$ 50,00, o valor do PE tem que

ser superior a R$ 50,00 e inferior ao total do Ativo (R$ 100,00); portanto, o PELP deverá ser

menor que R$ 50,00 e maior que R$ 0,00.

Se, por exemplo, PELP = R$ 30 você poderá apurar os valores do PE e do PL, conforme

demonstrado a seguir:

PE = PC + PELP

PE = R$ 50 + R$ 30

PE = R$ 80

Como AT = PT e PT = PE + PL, tem-se:

O AT já foi apurado e seu valor é de R$ 100,00; substituindo na fórmula: AT = PT, tem-se:

R$ 100 = PT

Sendo PT = PE + PL

R$ 100 = R$ 80 + PL

R$ 100 – R$ 80 = PL

R$ 20 = PL

O último dado fornecido pela letra e (composição do endividamento seja ruim) vem corroborar

com a explicação anterior. Isto é, na composição de endividamento, as dívidas de curto prazo

devem ser maiores que as vencíveis a longo prazo.

Assim sendo, você pode preencher o Balanço Patrimonial atendendo às condições impostas

pelo enunciado.

R$

ATIVO PASSIVO

Disponibilidades 10 Passivo Circulante 50

Clientes . 20

Mercadorias 70 Passivo Exigível a L.P 30

Total do Ativo Circulante 100

Patrimônio Líquido 20

Total 100 Total 100

Balanço Patrimonial

Page 300: Análise das Demonstrações Contábeis

C E D E R J 117

AU

LA 1

0

Comentários acerca da escolha dos valores:

1) AT = R$ 100 facilita os cálculos dos demais valores.2) PELP = R$ 30 faz com que o PE seja elevado;

conseqüentemente, o PL tem menor participação no total das origens (PT) e a composição das dívidas

fi ca conceituada como ruim (PC > PELP).!!

O BP pode ser preenchido de forma diferente do apresentado; no entanto ele deve

atender às condições impostas do enunciado. !!Indique a tendência mais provável para a Empresa X, considerando os quocientes de três períodos consecutivos:

PE = 0,80; 0,70; 0,60 AT

a) ( ) A atividade econômica está sendo fi nanciada cada vez menos por recursos próprios;b) ( ) Os recursos próprios estão aumentando cada vez mais em relação aos recursos de terceiros;c) ( ) Há indícios de aumento de recurso de terceiros aplicados em bens e direitos;d) ( ) O endividamento total da empresa está com seu nível cada vez mais elevado.

Resposta ComentadaA opção b é a correta, ou seja: os recursos próprios estão aumentando cada vez mais em

relação ao de terceiros.

Nas atividades anteriores você viu que PE representa a fórmula do endividamento total. AT

Com essa fórmula e a do AT = PE + PL, você tem condições de apurar os valores do PE e

do PL.

Algebricamente, seria:

Atividade 21

Page 301: Análise das Demonstrações Contábeis

118 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Práticas sobre índices de estrutura de capitais

Grafi camente, teríamos:

ET = 0,80 ET = 0,70 ET = 0,60

Através da análise das fi guras, fi ca muito mais fácil responder às opções propostas:

A primeira opção não está certa porque esta relação de endividamento mostra que, no primeiro

ano, a Empresa X tinha seu Ativo fi nanciado por recursos de terceiros (PE) em 80% e apenas 20%

de recursos próprios (PL). No ano seguinte, houve aumento de recursos próprios (PL), ou seja,

30% de recursos próprios e 70% de recursos alheios (PE). Finalmente, no último período, estes

recursos próprios (PL) elevaram-se para 40%, contra 60% de recursos de terceiros (PE).

Seguindo esta evolução, você poderá concluir que os recursos próprios (PL) estão aumentando

para fi nanciar a atividade econômica e não diminuindo.

A terceira opção fala de aumento de recursos de terceiros (PE), quando sabemos que eles

estão diminuindo em relação aos recursos próprios.

Finalmente, a última opção afi rma que o endividamento total está com seu nível cada

vez mais elevado, quando você viu que ele está, na verdade, diminuindo.

ET = 0,80 ET = 0,70 ET = 0,60

ET = PE AT

0,80 = PE AT

0,80 x AT = PE

O AT representa 100% das aplicações.Substituindo o AT na fórmula, tem-se:0,80 x 100% = PE80% = PE

Como AT = PE + PL, pode-se calcular o PL:100% = 80% + PL100% – 80% = PL20% = PL

ET = PE AT

0,70 = PE AT

0,70 x AT = PE

O AT representa 100% das aplicações.Substituindo o AT na fórmula, tem-se:0,7 x 100% = PE70% = PE

Como AT = PE + PL, pode-se calcular o PL:100% = 70% + PL100% – 70% = PL30% = PL

ET = PE AT

0,60 = PE AT

0,60 x AT = PE

O AT representa 100% das aplicações.Substituindo o AT na fórmula, tem-se:0,60 x 100% = PE60% = PE

Como AT = PE + PL, pode-se calcular o PL:100% = 60% + PL100% – 60% = PL40% = PL

AT

100%

PE80%

PL 20%

AT

100%PL

30%

PE70% AT

100%

PE60%

PL40%

Page 302: Análise das Demonstrações Contábeis

C E D E R J 119

AU

LA 1

0

Considerando a dependência de capitais de terceiros em relação aos recursos próprios, indique a tendência mais provável para determinada empresa.

PE = 1,30; 0,60; 0,45PL

( ) a) a empresa está aumentando sua autonomia fi nanceira;( ) b) a empresa não vem obtendo um bom grau de autonomia fi nanceira no decorrer dos exercícios sociais;( ) c) a empresa está com boas vendas;( ) d) a empresa está com bons lucros.

Resposta ComentadaA opção a é a correta, ou seja: a empresa está aumentando sua autonomia fi nanceira.

Nas atividades anteriores você viu que PE/PL representa a fórmula da participação de capitais

de terceiros. Com essa fórmula, você tem condições de apurar os valores do PE e do PL.

Algebricamente:

Grafi camente, teríamos:

PCT = 1,30 PCT = 0,60 PCT = 0,45

PL PE PL PE PL PE

PCT = 1,30 PCT = 0,60 PCT = 0,45

PCT = PE PL

1,30 = PE PL

1,30 x PL = PESe PL = 100, tem-se:1,30 x 100 = PE130 = PE

PCT = PE PL

0,60 = PE PL

0,60 x PL = PESe PL = 100, tem-se:0,60 x 100 = PE60 = PE

PCT = PE PL

0,45 = PE PL

0,45 x PL = PESe PL = 100, tem-se:0,45 x 100 = PE45 = PE

Atividade 22

140,00

120,00

100,00

80,00

60,00

40,00

20,00

0,00

140,00

120,00

100,00

80,00

60,00

40,00

20,00

0,00

140,00

120,00

100,00

80,00

60,00

40,00

20,00

0,00

Page 303: Análise das Demonstrações Contábeis

120 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Práticas sobre índices de estrutura de capitais

O grau de garantia dado aos capitais de terceiros é calculado pela fórmula:

( ) a) Patrimônio Líquido Passivo Exigível de Longo Prazo

( ) b) Patrimônio Líquido Passivo Circulante

( ) c) Patrimônio Líquido Passivo Exigível

( ) d) Patrimônio Líquido Ativo Permanente

Resposta ComentadaA opção c é a correta, ou seja: . Patrimônio Líquido Passivo Exigível

Como você já viu na Aula 9, o grau de garantia aos capitais de terceiros (GCT) é calculado

pela fórmula GCT = PL, sendo PL os recursos próprios e PE os recursos de terceiros (PC +

PELP). PE

Sendo assim, a alternativa correta é a c, uma vez que o Exigível Total é o somatório do PC

com o PELP.

Quanto às demais opções, a primeira não é verdadeira porque no denominador deixou de

ser incluído o PC. A segunda desconsiderou a inclusão do Passivo Exigível de Longo Prazo

no denominador. E, fi nalmente, a última opção é indevida por incluir o Ativo Permanente

no denominador.

Atividade 23

Através da análise dos quocientes de participação de capitais de terceiros e dos gráfi cos,

fi ca mais fácil responder às opções propostas:

A opção a é a correta, porque o PE = PC + PELP do primeiro ano era R$ 130 para R$ 100

de PL (Capital Próprio). Já no segundo ano a dependência de capitais alheios (PE) é de

R$ 60 para R$ 100 de recursos próprios (PL). E, fi nalmente, no último período, a utilização

de recursos de terceiros (PE) reduziu-se a R$ 45 em relação aos capitais próprios (PL =

100%). Portanto, a empresa está cada vez menos dependente de capitais alheios.

A segunda opção está incorreta, pois, como foi visto anteriormente, a empresa vem obtendo

melhor grau de autonomia fi nanceira.

As duas últimas opções estão descartadas, pois este tipo de análise não oferece informações

claras sobre vendas e lucros.

Page 304: Análise das Demonstrações Contábeis

C E D E R J 121

AU

LA 1

0

Com base no Balanço Patrimonial da Empresa Itaperuna encerrado em 31/12/X3, calcule.

O quociente de garantia aos capitais de terceiros é:a) ( ) 0,56 b) ( ) 0,78c) ( ) 1,29d) ( ) 0,44e) ( ) 1,14

Resposta Comentada A opção b é a correta, ou seja: 0,78.

Nesta atividade você utilizou a primeira etapa do estudo dos indicadores fi nanceiros – cálculo

do índice.

Você estudou que o GCT é apurado através da fórmula GCT = PL/PE, e o PE = PC + PELP.

Como foram fornecidos os valores do PC, PELP e do PL, basta substituí-los nas fórmulas:

GCT = PL PE

PE = PC + PELP

PE = 400 + 500

PE = 900

GCT = 700 900

GCT = 0,78

Atividade 24

ATIVO PASSIVO

Ativo Circulante 800 Passivo Circulante 400

Ativo Permanente 800 Passivo Exigível a Longo Prazo 500

Patrimônio Líquido 700

Total 1.600 Total 1.600

Balanço Patrimonial

Page 305: Análise das Demonstrações Contábeis

122 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Práticas sobre índices de estrutura de capitais

Marque a alternativa correta:

a) ( ) quanto maior o grau de garantia aos capitais de terceiros, menor segurança terão os credores;

b) ( ) através do grau de garantia dos capitais de terceiros não há condições de fazer uma análise segura dos credores;

c) ( ) quanto maior o grau de garantia dos capitais de terceiros, maior segurança terão os credores;

d) ( ) N.R.A.

Resposta ComentadaA opção c é a correta, ou seja: quanto maior o grau de garantia dos capitais de terceiros,

maior segurança terão os credores.

Nesta atividade, analisando o GCT = PL/PE, você poderá concluir que, quanto maior este

quociente, maior a margem de garantia para os credores, já que o PL (recursos próprios)

deverá ter um valor superior aos recursos de terceiros (PE), conforme demonstrado, a

seguir.

Por exemplo:

Grafi camente, teríamos:

GCT = 1,20 GCT = 0,80 GCT = 0,60

A análise dos índices de GCT revela que a margem de segurança aos capitais de terceiros

vem diminuindo a cada ano. No ano 1, para cada R$ 100 de capitais de terceiros, havia R$

120 de capitais próprios. No ano 2 e no ano 3, a existência de capitais próprios era de R$

80 e R$ 60, respectivamente.

Donde se conclui que quanto maior o quociente de GCT melhor, pois quanto maior a existência

de recursos próprios maior a garantia aos capitais alheios. (opção c).

Atividade 25

Discriminação Ano 1 Ano 2 Ano 3

GCT 1,20 0,80 0,60

120,00

100,00

80,00

60,00

40,00

20,00

0,00

120,00

100,00

80,00

60,00

40,00

20,00

0,00

120,00

100,00

80,00

60,00

40,00

20,00

0,00

Page 306: Análise das Demonstrações Contábeis

C E D E R J 123

AU

LA 1

0

Memória de cálculo:

Ano 1 Ano 2 Ano 3

GCT =1,20 GCT = 0,80 GCT = 0,601,20 = PL PE

1,20 x PE = PL

1,20 PE = PL

Se PE = 100

1,20 x 100 = PL

120 = PL

0,80 = PL PE

0,80 x PE = PL

0,80 PE = PL

Se PE = 100

0,80 x 100 = PL

80 = PL

0,60 = PL PE

0,60 x PE = PL

0,60 PE = PL

Se PE = 100

0,60 x 100 = PL

60 = PL

Se o grau de garantia dado aos capitais de terceiros for menor do que 1,0, você pode concluir que:

a) ( ) os capitais de terceiros são menores do que os capitais próprios;

b) ( ) existe maior garantia na devolução de dívidas a credores;

c) ( ) existem capitais próprios em volume elevado aplicados no Ativo;

d) ( ) os capitais de terceiros são maiores do que os capitais próprios.

Resposta ComentadaA opção d é a correta, ou seja: os capitais de terceiros são maiores do que os capitais

próprios.

Você poderá resolver esta atividade de diversas formas:

Por exemplo, através do estudo das propriedades de fração:

1) O resultado da fração menor que 1 signifi ca que o denominador é maior que o

numerador.

2) O resultado da fração igual a 1 signifi ca que o denominador é igual ao numerador.

3) O resultado da fração maior que 1 signifi ca que o denominador é menor que o

numerador.

4) O resultado da fração igual a zero signifi ca que o numerador é zero.

Outro modo é utilizar a fórmula do GCT = PL. PE

Utilizando a propriedade 1 aplicado na fórmula GCT = PL., você pode concluir que PE > PL. PE

Ou utilizando a fórmula GCT = PL , para apurar o PE e PL conforme demonstrado a seguir: PE

Atividade 26

Page 307: Análise das Demonstrações Contábeis

124 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Práticas sobre índices de estrutura de capitais

Por exemplo: Se o GCT = 0,8, teríamos:

0,8 = PL PE

0,8 x PE = PL

Se PL = 100, tem-se:

0,8 x PE = 100

PE = 100 0,8

PE = 125

Grafi camente, fi caria assim:

PE PL

Dessa forma, podemos concluir que quando o GT < 1,0, o PL é menor do que o PE, ou seja,

existe maior volume de recursos de terceiros em relação aos próprios. Sendo assim, a opção

correta é a última, d. As demais estão erradas.

Se o grau de garantia de capitais de terceiros for menor do que 1,0, o Ativo terá sido fi nanciado:a) ( ) com maior volume de recursos de terceiros em relação aos recursos próprios;b) ( ) com menor volume de recursos de terceiros em relação aos recursos próprios;c) ( ) com recursos próprios;d) ( ) N.R.A.

Atividade 27

140,00

120,00

100,00

80,00

60,00

40,00

20,00

0,00

Page 308: Análise das Demonstrações Contábeis

C E D E R J 125

AU

LA 1

0

Resposta ComentadaA opção a é a correta, ou seja: com maior volume de recursos de terceiros em relação

aos recursos próprios.

Partindo da fórmula GCT = PL/PE , em que PL são os capitais próprios e PE os recursos

de terceiros, é desejável um indicador > 1,0 para que haja predominância de capitais

próprios.

Esta atividade parte da premissa de que este quociente é menor do que 1,0, ou seja, existe

um PE maior do que o PL. Sendo assim, a opção correta é a primeira.

Reportando ao exemplo da atividade anterior (GCT = 0,80), podemos visualizar o Ativo

fi nanciado com maior participação de capitais de terceiros.

Memória de cálculo:

X1

GCT = 0,80

0,80= PL PE

0,80 x PE = PL

0,80 PE = PL

Se PL = 100

0,80 x PE = 100

PE= 100 0,80

PE = 125

AT = PE + PL

AT = 125 +100

AT = 225

AT

225

PE125

PL100

Page 309: Análise das Demonstrações Contábeis

126 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Práticas sobre índices de estrutura de capitais

Sabendo que o grau de garantia dada aos capitais de terceiros é igual a 1,0, marque a opção correta:a) ( ) o valor do Passivo Exigível é igual ao valor do Patrimônio Líquido;b) ( ) o valor do Ativo é igual ao dobro do valor do Passivo Exigível;c) ( ) o valor do Ativo é igual ao dobro do Patrimônio Líquido;d) ( ) todas as opções anteriores são corretas.

Resposta ComentadaA opção d é a correta, ou seja: todas as opções anteriores são corretas.

O GCT = 1 signifi ca que os valores dos recursos próprios (PL) são iguais aos recursos

de terceiros (PC + PELP); logo, o Ativo será o dobro do Passivo Exigível (PC + PELP) e,

conseqüentemente, também o dobro do Patrimônio Líquido, conforme demonstrado

algebricamente e grafi camente, a seguir:

Algebricamente, teríamos:

GCT = PL PE

1,00 = PL PE

1,00 x PE = PL

PE = PL

Como o AT = PE + PL, substituindo PL por PE:

AT = PE + PE

AT = 2 PE

Se o AT for igual a 100

100 = 2 PE

PE = 100 2

PE = 50; substituindo na fórmula: AT = PE + PL.

100 = 50 + PL

50 = PL

Grafi camente, teríamos:

Atividade 28

AT

100

PE50

PL50

Page 310: Análise das Demonstrações Contábeis

C E D E R J 127

AU

LA 1

0

Se a empresa X possui grau de garantia aos capitais de terceiros igual a 1,0, e a empresa Y tiver o mesmo indicador em 1,50, qual delas oferecerá maior margem de segurança as seus credores?( ) a) Empresa X;( ) b) Empresa Y.

Resposta ComentadaA opção b é a correta (empresa Y).

Nesta atividade, você utilizou a segunda etapa do estudo dos indicadores fi nanceiros, ou

seja interpretação dos índices na forma comparativa pelo seu signifi cado intrínseco.

O GCT representa a margem de segurança dada aos capitais de terceiros aplicados na

empresa em razão da existência de recursos próprios.

Interpretando o GCT das empresas X e Y, observa-se que, na empresa X, para cada R$

100 de capitais de terceiros, a empresa dispõe de capitais próprios na mesma proporção,

isto é, R$ 100. A empresa Y é mais favorável, pois para R$ 100 de Capitais de Terceiros

há R$ 150 de Capitais Próprios.

Desta forma, a Empresa Y oferece maior margem de segurança aos seus credores, ou seja,

1,50, conforme demonstrado a seguir:

Por exemplo:

Grafi camente, seria assim:

Empresa X Empresa Y

PE PL PE PL

Atividade 29

Discriminação Empresa X Empresa Y

GCT 1,00 1,50

160,00

140,00

120,00

100,00

80,00

60,00

40,00

20,00

0,00

160,00

140,00

120,00

100,00

80,00

60,00

40,00

20,00

0,00

Page 311: Análise das Demonstrações Contábeis

128 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Práticas sobre índices de estrutura de capitais

Memória de cálculo:

Empresa X Empresa Y

GCT =1,00 GCT = 1,50

1,00 = PL PE

1,00 x PE = PL

1,00 PE = PL

Se PE = 100

1,00 x 100 = PL

100 = PL

1,50 = PL PE

1,50 x PE = PL

1,50 PE = PL

Se PE = 100

1,50 x 100 = PL

150 = PL

O GCT é a margem de segurança dada aos capitais de terceiros, e que “quanto maior

melhor” para a empresa. !!Se o grau de endividamento total for igual a 0,50, o quociente de garantia de capital de terceiros será:a) ( ) zero;b) ( ) 0,50;c) ( ) 1,0;d) ( ) 2,0.

Resposta ComentadaA opção c é a correta, ou seja, 1,0.

Analisando as fórmulas do endividamento total e da garantia de capital de terceiros, você

terá: ET = PE e GCT = PL . AT PE.

Sendo o ET = 0,50, o Ativo desta empresa está sendo fi nanciado 50% com capitais alheios (PE)

e 50% com capitais próprios (PL), ou seja, os valores são iguais. Sendo iguais, a garantia dada

aos capitais alheios será 1,0, conforme demonstrado algébrica e grafi camente a seguir:

Algebricamente:

Atividade 30

Page 312: Análise das Demonstrações Contábeis

C E D E R J 129

AU

LA 1

0

ET = PE AT

0,50 = PE AT

0,50 x AT = PE

Se AT = 100

0,50 x 100 = PE

50 = PE

Apurados os valores do PE e do PL, você tem condições de calcular o GCT.

GCT = PL PEGCT = 50 50GCT = 1,0

Grafi camente, fi caria assim:

ET = 0,50 GCT = 1,0

PE PL

A fórmula

Passivo ExigívelPatrimônio Líquido

é utilizada para calcular o quociente de:

a) ( ) endividamento totalb) ( ) participação de capitais de terceirosc) ( ) garantia aos capitais de terceirosd) ( ) imobilização do capital próprio

Atividade 31

100,00

80,00

60,00

40,00

20,00

0,00

AT

100

PE50

PL50

Page 313: Análise das Demonstrações Contábeis

130 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Práticas sobre índices de estrutura de capitais

Resposta ComentadaA opção b é a correta, isto é, “participação de capitais de terceiros “.

Para resolução desta atividade, é preciso que você relembre as fórmulas apresentadas na

Aula 9.

O índice de participação de capitais de terceiros mostra:a) ( ) quanto o Patrimônio Líquido terá que aumentar para igualar-se ao Exigível;b) ( ) quantos reais de terceiros foram investidos na empresa para cada real de capital próprio;c) ( ) qual a proporção do Exigível a Longo Prazo em relação ao Exigível Total;d) ( ) qual a porcentagem de lucro pago a terceiros.

Resposta ComentadaA opção b é a correta, ou seja: quantos reais de terceiros foram investidos na empresa

para cada real de capital próprio.

Nesta atividade, você utilizou a segunda etapa do estudo dos indicadores fi nanceiros

– interpretação dos índices na forma comparativa pelo seu signifi cado intrínseco.

O índice de participação de capitais de terceiros = PE/PL mostra quantos reais de terceiros

foram investidos na empresa para cada real de capital próprio.

Utilizado os gráfi cos dos comentários da Atividade 23, você visualizará melhor a participação

dos capitais de terceiros em relação aos capitais próprios.

Gráfi co 1 Gráfi co 2 Gráfi co 3

PL PE PL PE PL PE

O gráfi co 1 mostra que, para cada R$ 100 de capitais próprios, a empresa utilizou R$ 130

de capitais de terceiros.

No gráfi co 2, esta dependência da empresa aos recursos externos diminuiu, passando a

utilizar, para cada R$ 100 de capitais próprios, R$ 60 de capitais de terceiros; e por último,

o gráfi co 3 revela que a utilização dos capitais de terceiros em relação aos capitais

próprios passou para R$ 45 por R$ 100.

Atividade 32

140,00

120,00

100,00

80,00

60,00

40,00

20,00

0,00

140,00

120,00

100,00

80,00

60,00

40,00

20,00

0,00

140,00

120,00

100,00

80,00

60,00

40,00

20,00

0,00

Page 314: Análise das Demonstrações Contábeis

C E D E R J 131

AU

LA 1

0

Faça a correlação:1) Endividamento a curto prazo ( ) PELP PE

2) Endividamento a longo prazo ( ) AP PL

3) Imobilização dos recursos permanentes ( ) PC PE

4) Imobilização do capital próprio ( ) AP PELP + PL

Resposta ComentadaResposta: 2, 4, 1 e 3.

Nesta atividade, você utilizou somente a primeira etapa do estudo dos indicadores fi nanceiros

– cálculo dos índices.

Atividade 33

Considere o Balanço Patrimonial da Empresa Comercial Campos encerrado em 31 de dezembro de X2, apresentado a seguir.

Atividade 34

em R$ ATIVO PASSIVO

CIRCULANTE 1.643CIRCULANTE 630 Bancos c/ Movimento 165 Fornecedores 425 Duplicatas a Receber 728 Impostos a Pagar 105 Produtos Acabados 750 Dividendos a Pagar 100

REALIZÁVEL a L.P. 75EXIGÍVEL a L.P. 83 Duplicatas a Receber 75 EMPRÉSTIMOS A PAGAR (*) 83

PERMANENTE 555PATRIMÔNIO LÍQUIDO 1.560 Capital Social 1.350

Investimentos 225 Reserva de Capital 60 Imobilizado 300 Reserva de Lucros 75 Diferido 30 Lucros Acumulados 75 TOTAL 2.273TOTAL 2.273

Balanço Patrimonial

EM P R É S T I M O S A P A G A R

Recursos de terceiros para fi nanciamento do Ativo Imobilizado.

Page 315: Análise das Demonstrações Contábeis

132 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Práticas sobre índices de estrutura de capitais

Podemos afi rmar que os quocientes de endividamento a curto prazo, de longo prazo, de imobilização do capital próprio e de imobilização dos recursos permanentes em X2 foram, respectivamente, de a) ( ) 0,88; 0,05; 0,36; 0,33. b) ( ) 0,12; 0,36; 0,41; 0,33. c) ( ) 0,88; 0,12; 0,36; 0,34. d) ( ) 0,04; 0,13; 0,05; 0,41.

Resposta ComentadaA opção c é a correta, ou seja: 0,88; 0,12; 0,36; 0,34.

Nesta atividade, você utilizou a primeira etapa do estudo dos indicadores fi nanceiros, isto

é, o cálculo através de fórmulas.

ECP = PC PEPE = PC + PELP

ELP = PELP PE

ICP = AP PL

IRP = AP PELP + PL

ECP = 630 630 + 83ECP = 630 713ECP = 0,88

ECP = 83 630 + 83ECP = 83 713ELP = 0,12

ICP = 555 1.560ICP = 0,36

IRP = 555 83 + 1.560IRP = 555 1.643IRP = 0,34

O quociente de imobilização do Patrimônio Líquido mostra:a) ( ) quantos reais a empresa imobilizou para cada real de Patrimônio Líquido;b) ( ) quantos reais a empresa imobilizou para cada real de recursos totais a longo prazo;c) ( ) quanto a empresa pode imobilizar sem comprometer a sua situação fi nanceira;d) ( ) quanto a empresa terá de imobilizar para atingir um Lucro Bruto razoável sobre o Patrimônio Líquido.

Resposta ComentadaA opção a é a correta, isto é, “quantos reais a empresa imobilizou para cada real de

Patrimônio Líquido”.

Nesta atividade, você utilizou a segunda etapa do estudo dos indicadores fi nanceiros

– interpretação dos índices na forma comparativa pelo seu valor intrínseco.

O quociente de Imobilização do patrimônio líquido = AP mostra quantos reais a empresa

imobilizou para cada real de Patrimônio Líquido. PL

Atividade 35

Page 316: Análise das Demonstrações Contábeis

C E D E R J 133

AU

LA 1

0

O exemplo a seguir facilitará a compreensão da interpretação deste índice:

AP = R$ 60,00

PL = R$100,00

ICP = ?

ICP = 60 100

ICP = 0,60

Grafi camente, fi caria assim:

PL AP

Para cada R$ 100,00 de capitais próprios, a empresa aplicou no Ativo Permanente R$ 60,00.

Com base nas relações relatadas a seguir, calcule os principais indicadores, visando avaliar a capacidade fi nanceira da empresa Piabetá S.A.• O Ativo Total era fi nanciado por recursos próprios em 65%.• As Despesas Antecipadas e os Estoques compunham 40% do Ativo Circulante.• As obrigações amortizáveis a longo prazo participavam com 60% do Passivo Exigível Total.• O Ativo Realizável a Longo Prazo representava 10% do Ativo Total.• As disponibilidades líquidas e as contas a receber de curto prazo perfaziam 60% do Ativo Circulante.• Metade de todos os recursos aplicados no Ativo Total tinha sido destinada ao fi nanciamento de bens e direitos do Ativo Permanente.

Pede-se:a) Liquidez seca.b) Liquidez corrente.c) Liquidez geral.d) Endividamento total.e) Garantia de capital de terceiros.f) Endividamento de Curto Prazo.

Atividade 36

100,00

80,00

60,00

40,00

20,00

0,00

Page 317: Análise das Demonstrações Contábeis

134 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Práticas sobre índices de estrutura de capitais

Faça um breve comentário sobre a situação desta empresa.

Piabetá S.A.

Resposta ComentadaPara resolver esta atividade, você deverá transportar para o BP os dados fornecidos pelo

enunciado, em percentuais, conforme discriminado a seguir:

A partir de agora você tem condições de preencher os dados restantes do BP, em percentuais,

o que é feito da seguinte maneira:

a) Cálculo do valor do Ativo

Você viu em Contabilidade I e II que o Ativo é igual ao Passivo e que o Ativo total representa

100% das aplicações de recursos, portanto, A = 100%.

ATIVO PASSIVO

CIRCULANTE CIRCULANTE

Disponibilidades

Contas a Receber

Estoques EXIGÍVEL a LONGO PRAZO

Despesas Antecipadas

REALIZÁVEL a LONGO PRAZO PATRIMÔNIO LÍQUIDO

PERMANENTE

TOTAL TOTAL

Balanço Patrimonial em 31/12/X1

ATIVO PASSIVO

CIRCULANTE CIRCULANTE

Disponibilidades60% do AC

Contas a Receber

Estoques40% do AC

EXIGÍVEL LONGO PRAZO =

60% do PE

Despesas AntecipadasREALIZÁVEL LONGO PRAZO 10% do AT

PATRIMÔNIO LÍQUIDO =

65% do PT

PERMANENTE 50% do AT

TOTAL TOTAL

Balanço Patrimonial em 31/12/X1

Page 318: Análise das Demonstrações Contábeis

C E D E R J 135

AU

LA 1

0

b) Cálculo do Ativo Realizável a Longo Prazo

ARLP = 10% do AT

ARLP = 0,10 x 100%

ARLP = 10%

c) Cálculo do Ativo Permanente

AP = 50% do AT

AP = 0,50 x 100%

AP = 50%

d) Cálculo do Ativo Circulante

AT = AC + ARLP + AP

100% = AC + 10% + 50%

100% - 10% - 50% = AC

40% = AC.

e) Cálculo da Disponibilidades + Contas a Receber

Disponibilidades + Contas a Receber = 60% do AC

Disponibilidades + Contas a Receber = 0,60 x 40%

Disponibilidades + Contas a Receber = 24%

f) Cálculo dos Estoques + Despesas Antecipadas

Estoques + Despesas Antecipadas = 40% do AC

Estoques + Despesas Antecipadas = 0,40 x 40%

Estoques + Despesas Antecipadas = 16%

g) Cálculo do Passivo

Você viu em Contabilidade I e II que o Ativo Total é igual ao Passivo Total e que o

Passivo Total representa 100% das origens de recursos, portanto, PT = 100%.

h) Cálculo do Passivo Exigível

PT = PC + PELP + PL, como PC + PEPL = PE, temos

PT = PE + PL

100% = PE + 65%

100% - 65% = PE

35% = PE

i) Cálculo do Passivo Exigível a Longo Prazo

PELP = 60% do PE

PELP = 0,60 x 35%

PELP = 21%

j) Cálculo do Passivo Circulante

PT = PC + PELP + PL

100% = PC + 21% + 65%

100% - 21% - 65% = PC

14% = PC

Page 319: Análise das Demonstrações Contábeis

136 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Práticas sobre índices de estrutura de capitais

Após o preenchimento dos dados, em percentuais, o BP fi caria assim:

Em seguida, você deverá atribuir aleatoriamente um valor para o Ativo Total ou Passivo Total.

Para facilitar os cálculos percentuais, o Ativo Total terá um valor de R$ 100,00. Desta forma,

o BP fi cará com os seguintes valores monetários:

Com o Balanço Patrimonial completo, você poderá calcular os indicadores de liquidez e

endividamento. Vejamos:

a) ILS = Disponibilidades + Contas a Receber ILS = 24 = 1,71 Passivo Circulante 14

b) ILC = AC ILC = 40 = 2,86 PC 14

c) ILG = AC + ARLP ILG = 40 + 10 = 1,43 PC + PELP 14 + 21

d) ET = PE x 100 ET = 14 + 21 = 35% AT 100

e) GCT = PL x 100 GCT = 65 = 186% PE 14 + 21

f) ECP = PC x 100 ECP = 14 = 40% PE 14 + 21

ATIVO PASSIVO

CIRCULANTE 40% CIRCULANTE 14%

Disponibilidades24%

Contas a Receber

Estoques16%

EXIGÍVEL A LONGO PRAZO 21%

Despesas Antecipadas

REALIZÁVEL LONGO PRAZO 10% PATRIMÔNIO LÍQUIDO 65%

PERMANENTE 50%

TOTAL 100% TOTAL 100%

Balanço Patrimonial em 31/12/X1

ATIVO PASSIVO

CIRCULANTE 40 CIRCULANTE 14

Disponibilidades 24

Contas a Receber

Estoques 16

EXIGÍVEL LONGO PRAZO 21

Despesas Antecipadas

REALIZÁVEL A LONGO PRAZO 10 PATRIMÔNIO LÍQUIDO 65

PERMANENTE 50

TOTAL 100 TOTAL 100

Balanço Patrimonial em 31/12/X1

Page 320: Análise das Demonstrações Contábeis

C E D E R J 137

AU

LA 1

0

Você, agora, já tem elementos sufi cientes para comentar a situação econômica desta

empresa.

Na verdade, considerando que o enunciado não informa os índices setoriais, e que a análise

é enfocada apenas em um exercício, a empresa apresenta bons indicadores de liquidez, já

que a liquidez seca, a corrente e a geral estão acima de 1,0.

Com relação ao endividamento total, a empresa está em um bom patamar, já que apenas

35% do Ativo Total são fi nanciados por capitais alheios. A garantia dada aos capitais de

terceiros é favorável, pois está acima de 1,0, ou seja, existem mais recursos próprios do que

de terceiros.

E, fi nalmente, a composição do endividamento mostra que apenas 40% dos capitais de terceiros

são de curto prazo.

Nesta atividade, você aplicou as duas etapas do estudo dos indicadores fi nanceiros: cálculo e

interpretação (conceituação) dos índices.!!Apure os quocientes de endividamento da Empresa ABC e faça um comentário sobre a real situação da empresa.

Empresa ABC

Atividade 37

ATIVO 31/12/X5 31/12/X6 31/12/X7CIRCULANTE 296.394 644.559 761.510 Disponibilidades 27.640 24.422 11.853 Duplicatas a Receber 28.754 94.256 109.439 Estoques 124.638 351.053 440.428 Despesas do Exercício Seguinte 115.362 174.828 199.790REALIZÁVEL A LONGO PRAZO 36.702 29.680 31.705PERMANENTE 145.224 253.267 357.865 Investimentos 75.113 180.028 224.656 Imobilizado 60.781 62.652 107.540 Diferido 9.330 10.587 25.669TOTAL 478.320 927.506 1.151.080

Balanço Patrimonial

Page 321: Análise das Demonstrações Contábeis

138 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Práticas sobre índices de estrutura de capitais

Resposta

Comentários:

PASSIVO 31/12/X5 31/12/X6 31/12/X7CIRCULANTE 72.021 456.209 565.751 Duplicatas a Pagar 70.000 450.000 555.751 Imposto de Renda a Pagar 2.021 6.209 10.000EXIGÍVEL A LONGO PRAZO 226.273 161.293 130.776 Financiamento 226.273 161.293 130.776PATRIMÔNIO LÍQUIDO 180.026 310.004 454.553 Capital 70.000 87.500 131.250 Lucros Acumulados 110.026 222.504 323.303TOTAL 478.320 927.506 1.151.080

Balanço Patrimonial

31/12/X5 31/12/X6 31/12/X7I) Endividamento total I) Endividamento total I) Endividamento

total

II) Garantia aos Capitais de Terceiros

II) Garantia aos Capitais de Terceiros

II) Garantia aos Capitais de Terceiros

III) Composição do Endividamento

III) Composição do Endividamento

III) Composição do Endividamento

Page 322: Análise das Demonstrações Contábeis

C E D E R J 139

AU

LA 1

0

Resposta ComentadaAplicando os principais indicadores de endividamento, você irá obter:

Em uma análise inicial, você concluirá que a Empresa ABC tem um endividamento elevado

nos três exercícios sociais, o que dá pouca margem de segurança aos capitais alheios. A

composição de endividamento no exercício social de X5 apresentou bom resultado, uma vez

que a maioria das suas dívidas era de longo prazo. Entretanto, nos dois períodos seguintes,

a situação da empresa foi desfavorável, pois houve predominância de capitais alheios de

curto prazo.

31/12/X5 31/12/X6 31/12/X7

I) ET = PE x 100 AT

ET = 72.021 + 226.273 x 100 = 62% 478.320

I) ET = PE x 100 AT

ET = 456.209 + 161.293 x 100= 67% 927.506

I) ET = PE x 100 AT

ET = 565.751 + 130.776 x 100= 61% 1.151.080

II) GCT = PL x 100 PE

GCT = 180.026 x 100 = 60% 72.021 + 226.273

II) GCT = PL x 100 PE

GCT = 310.004 x 100 = 50% 456.209 + 161.293

II) GCT = PL x 100 PE

GCT = 454.553 x 100 = 65% 565.751 + 130.776

III) ECP = PC x 100 PE

ECP = 72.021 x 100 = 24% 72.021 + 226.273

III) ECP = PC x 100 PE

ECP = 456.209 x 100 = 74% 456.209 + 161.293

III) ECP = PC x 100 PE

ECP = 565.751 x 100 = 81% 565.751 + 130.776

CONCLUSÃO

Fazendo várias atividades sobre os indicadores de estrutura,

você teve oportunidade de entender o perigo existente para a saúde

fi nanceira das empresas ao utilizarem um volume elevado de capitais

de terceiros.

Aprendeu também que as instituições financeiras não estão

dispostas a conceder empréstimos às empresas com pouca perspectiva

de pagamento de suas dívidas.

Percebeu que um alto endividamento de curto prazo pode enfra-

quecer a empresa fi nanceiramente. Sempre que possível, ela deve buscar

recursos externos no longo prazo, principalmente no fi nanciamento do

Ativo Permanente.

Por meio destas atividades, você aprendeu, também, a tirar algumas

conclusões sobre a situação fi nanceira das empresas analisadas.

Page 323: Análise das Demonstrações Contábeis

140 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Práticas sobre índices de estrutura de capitais

INFORMAÇÕES SOBRE A PRÓXIMA AULA

Você irá estudar, na próxima aula, uma outra modalidade de Análise por

Quocientes denominada índices de atividade.

Page 324: Análise das Demonstrações Contábeis

Análise por QuocientesIII - Índices de atividade

Após o conhecimento destes indicadores de atividade, esperamos que você esteja preparado para:

identifi car esta nova modalidade de Análise por Quocientes;

conceituar os indicadores de atividade;

identifi car sua importância e suas limitações;

aplicar fórmulas para apuração dos índices de atividade;

listar os passos para interpretação dos resultados;

interpretar esses resultados, sinalizando algumas conclusões.

11objetivos

AU

LA

Metas da aula

Apresentar a técnica de Análise por Quocientes na modalidade denominada índices de atividade.

1

2

3

Pré-requisitos

Um bom domínio sobre os principais relatórios contábeis, ou seja, Balanço Patrimonial e Demonstração do Resultado do Exercício, estudados em

Contabilidade Geral I e II, além da revisão apresentada na Aula 1 desta disciplina, serão importantes para o estudo desta aula.

A utilização de uma calculadora facilitará sensivelmente a sua aprendizagem nesta aula.

4

5

6

Page 325: Análise das Demonstrações Contábeis

8 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Análise por Quocientes III - Índices de atividade

INTRODUÇÃO Nesta aula, você terá oportunidade de aplicar, no Balanço Patrimonial e na

Demonstração do Resultado do Exercício, a técnica de Análise por Quocientes

referente aos indicadores de atividade.

Os índices de atividade são usados para medir a rapidez com que certos

elementos patrimoniais se renovam (giram) durante determinado período de

tempo.

Enquanto os índices de liquidez mostram volumes de recursos, os índices de

atividade mostram os prazos em que a empresa realiza seus ativos e os prazos

em que deve saldar suas dívidas.

Os indicadores de atividade permitem que seja analisado o desempenho operacional

da empresa, bem como suas necessidades de investimento em giro.

ÍNDICES DE ATIVIDADE

Estes índices revelam a velocidade com que alguns elementos

patrimoniais giram durante o exercício. Podem ser expressos em períodos

de tempo (dias, meses ou ano), quando são denominados índices de

prazos médios, ou em número de giros ao ano, quando são chamados

índices de rotação ou giro.

Análise por Quocientes

Liquidez Estrutura

Prazo médio

Atividade

Giro

Índices de prazos médios

Indicam quantos dias, em média, a empresa leva para receber suas

vendas, pagar a seus fornecedores e renovar seus estoques.

A situação fi nanceira da empresa será tanto melhor quanto maior

for a velocidade de recebimento de vendas, de renovação de estoques

e quanto mais lento for o pagamento das compras, desde que isso não

corresponda a atrasos.

Assim como os indicadores vistos em aulas anteriores, os índices

de prazos médios não devem ser analisados individualmente, mas sempre

em conjunto, a fi m de poder-se verifi car se os prazos vêm sendo favoráveis

ou desfavoráveis à empresa.

Page 326: Análise das Demonstrações Contábeis

C E D E R J 9

AU

LA 1

1

Quais são os principais índices de prazos médios?

Como você já viu, os índices de prazos médios são calculados por

meio dos dados extraídos dos Balanços Patrimoniais e das Demonstrações

dos Resultados dos Exercícios.

São eles:

a. prazo médio de renovação de estoque (PMRE);

b. prazo médio de recebimento de vendas (PMRV);

c. prazo médio de pagamento de compras (PMPC).

Quais são os principais objetivos da análise dos prazos médios?

Permitir ao analista conhecer a política de compra e venda adotada

pela empresa e, a partir dela, constatar a efi ciência com que os recursos em

estoques, duplicatas a receber e fornecedores estão sendo administrados,

bem como conhecer suas necessidades de investimento em giro.

O que signifi ca prazos médios?

São o tempo médio com que a empresa realiza seus ativos ou

paga suas dívidas. Por exemplo, em relação às Duplicatas a Receber, não

signifi ca que a empresa só receberá todos os recursos de uma só vez em

tantos dias, mas sim que ela, em média, receberá os recursos ao longo

de tantos dias, podendo receber uma parte deles a cada dia.

. Para compreender melhor, suponha que uma empresa realiza

diariamente vendas a prazo no valor de R$ 10 e que tenha um prazo

médio de recebimento igual a 30 dias.

Veja o que acontece ao longo do tempo:

Discriminação Dia

1 2 3 4 ... 29 30 31 32 ...

Vendas a prazo 10 10 10 10 10 10 10 10 ...

Duplicatas a Receber 10 20 30 40 ... 290 300 300 300 ...

Recebimento 0 0 0 0 ... 0 0 10 10

Atividade

Prazos Médios

PMRE

Giro

PMRV PMPC

Page 327: Análise das Demonstrações Contábeis

10 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Análise por Quocientes III - Índices de atividade

Índices de rotação ou giro

O inverso de cada prazo operacional é defi nido por giro, e indica

o número de vezes que ocorreu determinada fase operacional.

Quais são os principais índices de rotação ou giro?

Assim como os prazos médios, os índices de rotação são obtidos

através dos dados das demonstrações fi nanceiras. São eles:

• giro dos estoques (GE);

• giro de duplicatas a receber (GDR);

• giro de fornecedores (GF).

Qual é o objetivo da análise de rotação ou giro?

Informar quantas vezes ao ano as Duplicatas a Receber, Estoques

e Fornecedores se renovam. Qual é a importância da análise deste índice

você verá mais adiante nesta aula.

Você sabia que os índices de atividade também são chamados índices de efi ciência?

A empresa vende R$ 10 por dia, com prazo de 30 dias. No primeiro

dia, ela apenas vende, nada recebe; em virtude desse prazo, ela acumula

a venda em Duplicatas a Receber. No segundo dia, acontece o mesmo,

e assim sucessivamente até o trigésimo dia, atingindo o montante de

R$ 300, a partir do qual deixa de crescer.

Do trigésimo primeiro dia em diante há uma geração de R$ 10 de

Duplicatas a Receber e uma redução de R$ 10 de Duplicatas a Receber

diariamente.

Atividade

Prazo Médio

GE

Giro

GDR GF

Page 328: Análise das Demonstrações Contábeis

C E D E R J 11

AU

LA 1

1

Para calcular os valores médios de Duplicatas a Receber e Fornecedores, o

procedimento é o mesmo.

Como são calculados os índices de atividade? Valores médios ou saldo fi nal de balanço?

A opção pela utilização de valores médios ou saldos fi nais de

balanços está ligada diretamente à uniformidade das vendas e das

compras.

Se existe uniformidade, trabalha-se com os saldos finais de

balanços. Assim, por exemplo, se a conta Estoques apresentar o valor de

R$ 500.000,00 no Balanço Patrimonial encerrado em 31 de dezembro de

X1, supõe-se que a empresa manterá seu estoque médio nesse valor durante

todo o exercício social. Caso contrário, utilizam-se saldos médios.

Como apurar os valores médios?

Para o analista interno, a apuração dos valores utilizados como

numerador (estoques, duplicatas a receber e fornecedores) não é

problema, devido à facilidade de acesso aos valores mensais (balancetes

mensais).

Por exemplo, a apuração do valor médio de estoques é feita pela

média dos 12 meses do exercício em análise, ou seja:

EM = E1 + E2 + E3 + ... + E12 12

EM: Estoque Médio.E1, E2, E3, ...., E12: estoques apurados ao fi nal de cada um dos meses do exercício social objeto de análise.

Para o analista externo, a utilização de valores em bases mensais

é complicada, pois, muitas vezes, ele está limitado aos dados das

demonstrações fi nanceiras publicadas pelas empresas.

Por exemplo, na apuração do valor médio de estoques, é comum

trabalhar-se com a média aritmética dos estoques iniciais e fi nais, ou seja:

EM = EI + EF 2EI: Estoque inicial (representa o saldo fi nal do exercício anterior).EF: Estoque fi nal (representa o saldo fi nal do exercício atual).

!!

Page 329: Análise das Demonstrações Contábeis

12 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Análise por Quocientes III - Índices de atividade

Em relação às Duplicatas a Receber, que valor utilizar?

O valor de Duplicatas a Receber utilizado no cálculo do PMRV

representa o total das Duplicatas a Receber (constantes no AC e

no ARLP), sem a exclusão dos valores de Provisão para Devedores

Duvidosos e Duplicatas Descontadas.

Em relação às Vendas, qual é o valor a ser utilizado?

Geralmente, o valor das Vendas utilizado no cálculo do PMRV

representa o valor total das Vendas (à vista e a prazo), deduzidas as

devoluções e abatimentos de vendas, assim discriminados:

• Vendas brutas menos devoluções e abatimentos de vendas;

• Receita bruta menos devoluções e abatimentos de vendas;

• Receita operacional bruta menos devoluções e abatimentos de

vendas.

Nas empresas em que os valores de Estoques, Duplicatas a Receber

e Fornecedores sofram grandes oscilações em determinadas épocas do ano, os índices de prazos médios

apurados pelos valores médios obtidos pela média aritmética dos estoques iniciais e fi nais poderão estar completamente

distorcidos. Neste caso, a análise dos prazos médios não é adequada, porque não refl ete a

realidade.!!

No cálculo do PMRV somente se utilizará o valor das vendas brutas a

prazo, deduzidas de suas respectivas devoluções e abatimentos, quando esses dados estiverem

disponíveis.!!

Para calcular os valores médios de Duplicatas a Receber e Fornecedores, o

procedimento é o mesmo.!!

Page 330: Análise das Demonstrações Contábeis

C E D E R J 13

AU

LA 1

1

O CU S T O D A S VE N D A S

É representado:- na empresa

comercial: CMV- na indústria: CPV

- na empresa prestadora de serviços: CSP

(Custo dos Serviços Prestados).

Em relação à conta Fornecedores, qual é o valor a ser uti-lizado?

O valor de Fornecedores utilizado no cálculo do PMPC representa

o total de Fornecedores (constantes no PC e no PELP).

Em relação ao valor de Compras, qual é o valor a ser uti-lizado?

Em geral, o valor de Compras utilizado no cálculo do PMPC

representa o total de Compras (à vista e a prazo).

No cálculo do PMPC somente se utilizará o valor das compras

brutas a prazo, deduzidas de suas respectivas devoluções e abatimentos, quando o analista

tiver esses dados disponíveis.!!Como apurar o valor de Compras?

A determinação do valor de Compras representa uma difi culdade

para o analista externo, pois na DRE esse valor na maioria das vezes

não é destacado, mas incluído no CUSTO DAS VENDAS.

Na empresa comercial, o valor das compras é apurado através

da seguinte fórmula:

CMV = EI + C – EF

CMV: Custo das mercadorias vendidasEI: Estoque InicialC: ComprasEF: Estoque Final

Os valores de EI e EF são extraídos de Balanços Patrimoniais

sucessivos. O CMV é extraído da DRE.

No caso das indústrias, aumenta ainda mais o grau de difi culdade

para obtenção do valor de compras, uma vez que no Custo dos Produtos

Vendidos não aparecem discriminados em geral os fatores de produção

(MD, MOD e CIF), impossibilitando a aplicação de fórmulas de

apuração CPV, CPA, do CPP e MD consumido para chegar ao valor das

Page 331: Análise das Demonstrações Contábeis

14 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Análise por Quocientes III - Índices de atividade

compras do período (você aprenderá a apurar esses valores na disciplina

Contabilidade de Custos).

O valor das compras é apurado através das seguintes fórmulas:

CPV = EIPA + CPA – EFPA

CPA = EIPP + CPP – EFPP

CPP = MD + MOD + CIF

MD = EIMD + C – EFMD

CPV: Custo dos Produtos VendidosEIPA: Estoque Inicial de Produtos AcabadosEFPA: Estoque Final de Produtos AcabadosCPA: Custo da Produção AcabadaEIPP: Estoque Inicial de Produtos em ProcessoEFPP: Estoque Final de Produtos em ProcessoCPP: Custo da Produção do PeríodoMD: Material DiretoMOD: Mão-de-obra DiretaCIF: Custo Indiretos de FabricaçãoEIMD: Estoque Inicial de Material DiretoEFMD: Estoque Final de Material DiretoC: Compras

Diante dessa impossibilidade, o ideal é conseguir o valor de

Compras na empresa.

Qual é o impacto da infl ação no cálculo dos prazos mé-dios?

A infl ação provoca inevitáveis distorções. Nesta, mais do que

em qualquer outra análise, é imprescindível usar as demonstrações

fi nanceiras em moeda constante.

Para avaliar os indicadores que serão apresentados a seguir, vamos

utilizar os Balanços Patrimoniais e as Demonstrações dos Resultados dos

Exercícios saneadas da empresa Via Digital S. A. encerrados em 31/12

de X1, X2 e X3, respectivamente.

Como a empresa apresenta uniformidade de vendas e de compras,

nos cálculos dos prazos médios trabalhou-se com os saldos fi nais de

balanços.

Os índices de atividade relativos aos anos X1 e X2 estão calculados

e interpretados.

Em relação ao ano X3, você terá como atividade apurar e

interpretar os índices, verifi cando seu comportamento em relação aos

anos anteriores. Isto é, qual a tendência do índice na série histórica em

estudo? Evoluiu? Manteve-se constante? Involuiu? Etc.

Page 332: Análise das Demonstrações Contábeis

C E D E R J 15

AU

LA 1

1

APLICAÇÕES 31/12/X1 31/12/X2 31/12/X3

Disponibilidades (1) 7.390 2.024 2.849

Direitos Realizáveis a CP (2) 47.218 41.015 53.021

Soma (3) = (1 + 2) 54.608 43.039 55.870

Estoques (4) 33.923 33.411 43.227

ATIVO CIRCULANTE (5) = (3 + 4) 88.531 76.450 99.097

ATIVO REALIZÁVEL A LP (6) - - -

ATIVO PERMANENTE (7) = (8 + 9 + 10) 34.577 65.124 81.531

. Investimentos (8) 3.263 4.106 5.352

. Imobilizado (9) 31.314 59.036 73.000

. Diferido (10) - 1.982 3.179

ATIVO TOTAL (11) = (5 + 6 + 7) 123.108 141.574 180.628

Balanço Patrimonial

Empresa Via Digital S.A.

Balanços Patrimoniais saneados encerrados em:

As demonstrações contábeis originais encontram-se na Aula 2.!!

ORIGENS 31/12/X1 31/12/X2 31/12/X3

PASSIVO CIRCULANTE (1) 60.554 48.943 63.376

PASSIVO EXIGÍVEL A LP (2) 14.196 51.291 63.624

PASSIVO EXIGÍVEL (3) 74.750 100.234 127.000

PATRIMÔNIO LÍQUIDO (4) 48.358 41.340 53.628

PASSIVO TOTAL (5) = (3 + 4) 123.108 141.574 180.628

em R$

em R$

Page 333: Análise das Demonstrações Contábeis

16 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Análise por Quocientes III - Índices de atividade

DISCRIMINAÇÃO X1 X2 X3

R.O.B. 237.401 294.377 313.824

(-) Deduções de Vendas 26.889 35.031 33.624

(=) R.O.L. 210.512 259.346 280.200

(-) C.P.V. 160.385 161.313 174.340

(=) LUCRO BRUTO 50.127 98.033 105.860

(-) Despesas Operacionais

- Vendas 10.218 12.189 13.225

- Administrativas 9.296 8.299 9.078

- Financeiras Líquidas 15.868 71.839 78.932

- Outras Despesas/Receitas - - -

(=) Lucro Operacional 14.745 5.706 4.625

(+) Resultados Não Operacionais 156 76 616

(=) Lucro antes do IR 14.901 5.782 5.241

(-) Provisão para IR 4.797 1.100 1.661

(=) Lucro Líquido 10.104 4.682 3.580

DRE

Empresa Via Digital S.A.

Demonstrações dos Resultados dos Exercícios saneadas (ajustadas)

Dados adicionais (extraídos das demonstrações fi nanceiras originais)

DISCRIMINAÇÃO X1 X2 X3

Duplicatas a Receber 48.690 41.895 53.901

Fornecedores 31.996 18.518 24.038

Devoluções e abatimentos sobre vendas 9.823 19.208 11.657

Devoluções e abatimentos sobre compras 133.182 246.396 375.081

Compras 0 0 0

em R$

em R$

Page 334: Análise das Demonstrações Contábeis

C E D E R J 17

AU

LA 1

1

Os prazos médios padrão do ramo de atividade em que a empresa atua:

DISCRIMINAÇÃO X1 X2 X3

PMRE 74 dias 75 dias 80 dias

PMRV 76 dias 77 dias 75 dias

PMPC 76 dias 75 dias 76 dias

PRINCIPAIS ÍNDICES DE ATIVIDADE

Você já viu que os índices de atividade se expressam em duas

formas: índices de prazos médios e índices de giro. Os principais são:

1) Índices de prazos médios (expres sos em período de tempo)

Prazo médio de renovação de estoques

Prazo médio de renovação de vendas

Prazo médio de pagamento de compras

2) Índices de giro (expressos em nº de giros ao ano)

Giro de Estoques

Giro de Duplicatas a Receber

Giro de Fornecedores

Prazo médio de renovação de estoques (PMRE)

No caso das empresas industriais

Este índice exprime, em média, quanto tempo a empresa leva desde

o momento da compra da matéria-prima até o da venda do produto fi nal,

passando inclusive pelo período ou tempo de fabricação do produto.

Fórmulas:

PMRE = Estoques x 360 ou Custo dos produtos vendidos

PMRE = Estoques médios x 360 Custo dos produtos vendidos

Page 335: Análise das Demonstrações Contábeis

18 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Análise por Quocientes III - Índices de atividade

Os estoques representam o somatório dos estoques de MP, PP e PA.

O resultado é o número de vezes.

Em princípio, quanto maior for o prazo de renovação dos estoques,

pior para a empresa.

Se o analista quiser determinar os prazos médios de cada item que

compõe os estoques nas indústrias, aplicará as seguintes fórmulas:

a. Prazo médio de estoques de matérias-primas (PMMP):

PMMP = Estoques de máterias-primas x 360 Consumo de matérias-primas no período

ou

PMMP = Estoques de máterias-primas médios x 360 Consumo de matérias-primas no período

b) Prazo médio de estoques de produtos em processo (PMPP):

PMPP = Estoques de produtos em processo x 360 Custo de Produção do período

ou

PMPP = Estoques de produtos em processo médios x 360 Custo de Produção do período

O Custo de Produção do período representa o somatório dos

custos de MP, MOD e CIF ocorridos no período.

MP: Matérias-primasMOD: Mão-de-obra direta

CIF: Custos indiretos de fabricação

No caso das empresas comerciais

O PMRE é o tempo entre a compra da mercadoria e a data da

venda.

Fórmula:

PMRE = Estoques x 360 Custo das Mercadorias Vendidas

PMRE = Estoques médios x 360 Custo das Mercadorias Vendidas

Page 336: Análise das Demonstrações Contábeis

C E D E R J 19

AU

LA 1

1

Em todas as fórmulas mencionadas anteriormente, o resultado é dado em

número de dias, e mostra quantos dias os estoques fi cam armazenados na empresa antes de serem renovados (vendidos ou

consumidos). - estoques vendidos, no caso de mercadorias ou produtos;

- estoques consumidos, no caso de matérias-primas.!!Giro dos estoques (GE)

Este índice demonstra o número de vezes que os estoques são

renovados, em média, ao longo do período.

Este indicador mostra se os estoques são insuficientes (subin-

vestimentos), desejáveis (normais) ou excessivos (superinvestimentos) em

relação ao volume de vendas.

Na empresa industrial

Fórmula:

GE = Custo dos Produtos Vendidos ou GE = 360 Estoques PMRE

Estoques ou estoques médios.

O resultado é o número de vezes.??

Você sabia que, se a empresa trabalha com produção sob encomenda, o PMRE é nulo?

Você sabia que, se todas as compras da empresa forem efetuadas à vista, o PMPC é nulo?

Page 337: Análise das Demonstrações Contábeis

20 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Análise por Quocientes III - Índices de atividade

Em princípio, quanto maior for o giro dos estoques, mais

efi cientemente a empresa estará gerenciando seus estoques.

Se o analista quiser determinar o giro dos estoques de matérias-

primas, deve aplicar a seguinte fórmula:

GE = Consumo de matérias-primas no período Estoques de matérias-primas

ou

GE = 360 PMMP

Se quisesse saber o giro dos estoques de produtos em processo, o

analista deveria aplicar a seguinte fórmula:

GE = Estoques de produtos em processo Custo de produção do período

ou

GE = 360 PMPP

Estoques de matérias-primas ou estoques de matérias-primas médios.??

Estoques de produtos em processo ou estoques de produtos em

processo médios.??Na empresa comercial

Fórmula:

GE = CMV ou GE = 360 Estoques PMRE

Page 338: Análise das Demonstrações Contábeis

C E D E R J 21

AU

LA 1

1

Considerações acerca de Estoques, PMRE e GE:

• O volume de estoques mantidos por uma empresa decorre

basicamente de seu nível de vendas e de sua política de estocagem.

• Estoques elevados exigem maior comprometimento de recursos

da empresa (além do custo de aquisição ou fabricação, transportes,

armazenamento, seguros etc.).

• Não se deve manter estoques elevados à custa de endividamento

bancário.

• Prazos médios altos não serão necessariamente piores para a

empresa, desde que ela consiga recuperar a lucratividade através da

margem de lucro.

• Por outro lado, a empresa pode optar por margens menores, se

tiver condições de renovar seus estoques mais rapidamente.

• Do ponto de vista de análise de risco, o PMRE é do tipo quanto

maior, pior.

• Do ponto de vista de análise gerencial, o GE é do tipo quanto

maior, melhor.

Estoques ou estoques médios.??A análise do giro de estoques

deve levar em consideração não só o dos concorrentes como também os giros

históricos da empresa.!!

Page 339: Análise das Demonstrações Contábeis

22 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Análise por Quocientes III - Índices de atividade

Aplicando os índices de prazos médios de renovação de estoques

e de giro de estoques na empresa Via Digital S.A., você encontra:

FÓRMULA ANO CÁLCULO

PMRE = Estoques x 360 CPV

ou

GE = CPV ou 360 Estoques PMRE

X1

PMRE = 33.923 x 360 = 76 dias 160.385

GE = 360 = 4,7 vezes 76

X2

PMRE = 33.411 x 360 = 75 dias 161.313

GE = 360 = 4,8 vezes 75

X3

PMRE = __________ x 360

GE = _____________

Comentários relativos a X1 e X2:

Conforme você já viu, índices de atividade não devem ser

analisados individualmente, mas sim em conjunto. Até o momento, o

PMRE indica que na empresa, nos dois períodos analisados, os estoques

levaram praticamente o mesmo número de dias para se renovarem

(76 dias em X1 e 75 dias em X2), determinando uma rotação em torno

de 4,7 vezes.

Dada a uniformidade das vendas e das compras da empresa,

foram utilizados, para o cálculo do PMRE, os saldos dos estoques fi nais de balanços. !!

Page 340: Análise das Demonstrações Contábeis

C E D E R J 23

AU

LA 1

1

Agora faça uma análise e redija um comentário relativo a X3. _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Resposta ComentadaEm relação aos anos anteriores, o PMRE de 89 dias em X3 revela uma demora maior de

renovação dos estoques, determinando um giro de 4,0 vezes, mais lento que nos anos X2

e X1.

Memória de cálculo:

PMRE = 43.227 x 360 174.340

PMRE = 89 dias

GE = 360 = 4,0 vezes 89

Atividade 1

Prazo Médio de Recebimento de Vendas (PMRV)

Este índice exprime, em média, quanto tempo a empresa leva

desde o momento das vendas totais de seus produtos ou mercadorias e

o efetivo recebimento do total de suas Duplicatas a Receber, sendo útil

na avaliação de suas POLÍTICAS DE CRÉDITO.

Fórmula:

PMRV = Duplicatas a Receber x 360 Vendas brutas - Devoluções e abatimentos s/ vendas

ou

PMRV = Duplicatas a Receber médias x 360 Vendas brutas - Devoluções e abatimentos s/ vendas

O resultado é o número de dias.

Em princípio, quanto menor for o prazo de recebimento de vendas,

melhor para a empresa.

Para empresa vendedora, o ideal é que esse índice seja o mais

baixo possível.

Um PMRV alto pode ser indício de Duplicatas a Receber em atraso

(imobilização de recursos ainda não convertidos em espécie).

PO L Í T I C A S D E CR É D I T O

São grandes linhas de orientação que

norteiam o processo de decisão de uma empresa quanto a

créditos oferecidos.

Page 341: Análise das Demonstrações Contábeis

24 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Análise por Quocientes III - Índices de atividade

As políticas de crédito infl uenciam os custos e as receitas da

empresa e, conseqüentemente, a rentabilidade, como você pode ver no

quadro a seguir:

Você sabia que o PMRV também é chamado Prazo Médio de Cobrança (PMC)?

Você sabia que, se todas as vendas da empresa forem efetuadas à vista, o PMRV é nulo?

POLÍTICAS DE CRÉDITO

MAIS RÍGIDAS MENOS RÍGIDAS

- Menor investimento em Duplicatas a Receber.- Menos perdas com clientes.- Vendas e margens brutas menores.

- Maior investimento em Duplicatas a Receber.- Maiores perdas com clientes.- Vendas e margens brutas maiores.

Os prazos de concessão de crédito aos clientes são defi nidos em

função de:

- política adotada pelos concorrentes;

- características e risco inerentes ao mercado consumidor;

- natureza do produto vendido;

- desempenho da conjuntura econômica;

- giro de ativo, prazo médio de pagamento, prazo médio de

renovação dos estoques etc.

Um dos objetivos da administração fi nanceira das empresas

é reduzir ao máximo o PMRV derivado do fi nanciamento das vendas.!!

Page 342: Análise das Demonstrações Contábeis

C E D E R J 25

AU

LA 1

1

Giro de Duplicatas a Receber (GDR)

Este índice mede a liquidez das Duplicatas a Receber da

empresa.

Fórmula:

GDR = Vendas brutas - Devoluções e abatimentos s/ vendas Duplicatas a Receber

ou

GDR = 360 PMRV

Duplicatas a Receber ou Duplicatas a Receber médias.??

O resultado é o número de vezes.

Em princípio, quanto maior for a rotação das Duplicatas a

Receber, melhor para a empresa.

Baixa rotatividade (maior prazo médio de recebimento) pode ter, entre outras causas:

- demasiada liberalidade na concessão de créditos;

- defi ciências do departamento de cobrança.!!Considerações acerca de Duplicatas a Receber, PMRV e GDR:

• O volume de Duplicatas a Receber (vencíveis a curto e a longo

prazo) é determinado em função do montante de vendas (vendas brutas

menos devoluções e abatimentos de vendas) e do prazo concedido

aos clientes.

• Quando as vendas se elevam, cresce também o volume de

duplicatas a receber e vice-versa.

• Políticas de crédito adotadas pela empresa devem ser adequadas

a seu tipo de atividade.

• Concessão de prazos maiores para clientes podem incrementar

vendas.

Page 343: Análise das Demonstrações Contábeis

26 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Análise por Quocientes III - Índices de atividade

• Afrouxamento da exigência na análise de risco de crédito para

obtenção de maior fatia de mercado tende a acarretar maior volume de

contas incobráveis e gastos com cobrança.

• Do ponto de vista de análise de risco, o PMRV é do tipo quanto

maior, pior.

• Do ponto de vista de análise gerencial, o GDR é do tipo quanto

maior, melhor.

O fato de uma empresa demorar mais ou menos tempo para

receber suas vendas a prazo pode ser resultado de vários fatores, tais como: usos e costumes do ramo

de negócios, políticas de crédito, efi ciência do serviço de cobrança, boa liquidez dos clientes etc.

É necessário agir fortemente sobre os fatores que a empresa pode infl uenciar, a fi m de encurtar

ao máximo possível esse prazo.

!!Aplicando os índices de prazos médios de recebimento de vendas

e de giro de Duplicatas a Receber na empresa Via Digital S. A, você

encontra:

FÓRMULA ANO CÁLCULO

PMRV = DR x 360 Vendas Brutas - Dev. e abat. s/ vendas

ou

GDR = Vendas Brutas - Dev. e abat. s/ vendas ou 360 DR PMRV

X1

PMRV = 48.690 x 360 = 77 dias 237.401 - 9.823

GDR = 360 = 4,7 vezes 77

X2

PMRV = 41.995 x 360 = 55 dias 294.377 - 19.208

GDR = 360 = 6,5 vezes 55

X3PMRV = _____________ x 360

GDR = ______________

Page 344: Análise das Demonstrações Contábeis

C E D E R J 27

AU

LA 1

1

Dada a uniformidade das vendas e das compras da empresa, foram utilizados,

para o cálculo do PMRV, os saldos das Duplicatas a Receber fi nais de balanços.!!

Comentários relativos a X1 e X2:

O PMRV indica que, em X2, a empresa demorou menos dias

para receber suas vendas, se comparado a X1 (55 dias contra 77),

determinando um maior giro das Duplicatas a Receber (6,5 contra

4,7), o que, em princípio, é melhor para a empresa. Isoladamente, a

diminuição do PMRV e uma maior GDR são fatores positivos. Cabe

ressaltar, mais uma vez, que a análise de prazos médios (PMRE, PMRV

e PMPC) deve ser feita em conjunto, assim como os índices de rotação

(GE, GDR e GF).

Agora faça uma análise e redija um comentário relativo a X3. _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Resposta ComentadaO PMRV de 64 dias, em X3, inverteu a tendência de queda no prazo apresentada no ano

anterior. O GDR passou a ser mais lento, renovando as Duplicatas a Receber 5,6 vezes

por ano. Mais explicações podem ser obtidas quando da análise em conjunto dos demais

prazos médios e de rotação.

Memória de cálculo:

PMRV = 53.901 x 360 313.824 - 11.657

PMRE = 64 dias

GDR = 360 = 5,6 vezes 64

Atividade 2

Page 345: Análise das Demonstrações Contábeis

28 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Análise por Quocientes III - Índices de atividade

Fornecedores ou Fornecedores médios.

Prazo médio de pagamento de compras (PMPC)

Esse indicador mostra os prazos médios que os fornecedores

concedem à empresa para pagamento de suas compras.

Fórmula:

PMPC = Fornecedores x 360 Compras

ou

PMPC = Fornecedores médios x 360 Compras

O resultado é o número de dias.

Para a empresa, o ideal é que o PMPC seja o maior possível.

Em princípio, deve ser superior ao de recebimento, a fi m de permitir a

manutenção de um nível de liquidez adequado aos negócios - solidez

fi nanceira. Em caso contrário, a empresa necessitará de capital de giro

adicional para sustentar suas vendas, criando um ciclo vicioso de difícil

rompimento.

Giro de Fornecedores (GF)

Esse quociente indica o número de vezes em que são renovadas

as dívidas com os fornecedores da empresa.

Fórmula:

GE = Compras Brutas - Devoluções e abatimentos s/ compras Fornecedores

ou GE = 360 PMPC

O resultado é o número de vezes.

Em princípio, quanto menor for a rotação de Fornecedores, melhor

para a empresa.

??

Page 346: Análise das Demonstrações Contábeis

C E D E R J 29

AU

LA 1

1

Você deve ter observado que a fórmula de cálculo de giro é o inverso da fórmula de prazos médios.

O inverso de cada prazo operacional é defi nido por giro e indica o número de vezes que ocorreu

determinada fase operacional.!!Aplicando os índices de prazos médios de pagamento de compras

e de giro de fornecedores na empresa Via Digital S.A, temos:

Dada a uniformidade das vendas e das compras desta empresa,

foram utilizados, para o cálculo do PMPC, os saldos dos Fornecedores fi nais de balanços. !!

FÓRMULA ANO CÁLCULO

PMPC = Fornecedores x 360 Compras Brutas - Dev. e abat. s/ compras

ou

GDR =Compras Brutas - Dev. e abat. s/ compras ou 360 Fornecedores PMPC

X1

PMPC = 31.996 x 360 = 86 dias 133.182

GF = 360 = 4,2 vezes 86

X2

PMPC = 18.518 x 360 = 27 dias 246.396

GF = 360 = 13,3 vezes 27

X3PMPC = _____________ x 360

GF = ______________

Page 347: Análise das Demonstrações Contábeis

30 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Análise por Quocientes III - Índices de atividade

Comentários relativos a X1 e X2:

O PMPC indica que, em X2, os fornecedores reduziram

drasticamente o prazo para pagamento de suas compras, se comparado

a X1 (27 dias contra 86). Com isso, os fornecedores giraram mais vezes

(13,3). Isoladamente, a diminuição do PMPC é um fator negativo.

Cabe ressaltar, mais uma vez, que a análise de prazos médios deve

ser feita em conjunto (PMRE, PMRV e PMPC).

Agora, faça uma análise e redija um comentário relativo a X3. _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Resposta ComentadaO PMPC de 23 dias, em X3, mostra cada vez mais a redução do prazo de pagamento

concedido à empresa para pagamento de suas obrigações com os fornecedores. Em outras

palavras, a empresa Via Digital S.A. vem pagando suas compras, em média, 23 dias após a

compra de matérias-primas, fazendo com que os fornecedores girassem aproximadamente

16 vezes ao ano.

Memória de cálculo:

PMPC = 24.038 x 360 375.081

PMPC = 23 dias

GE = 360 = 15,7 vezes 23

Atividade 3

Para fi ns de análise, é importante que você saiba que quanto

maior for a velocidade de recebimento de vendas e de renovação de estoques, melhor. Da mesma forma, quanto mais lento for o pagamento das

compras, desde que não corresponda a atrasos, melhor.

!!O analista deve se preocupar

com as tendências dos índices calculados e compará-los com os das empresas do setor.!!

Page 348: Análise das Demonstrações Contábeis

C E D E R J 31

AU

LA 1

1

Ainda em relação ao estudo de prazos médios, cabe destacar o Quociente de Posicionamento Relativo (QPR)

Através desse quociente, o analista verifi ca a posição relativa da

empresa em termos de liquidez de sua capacidade de pagamento.

Fórmula:

QPR = PMRE + PMRV PMPC

Quando QPR < 1, a situação é favorável, pois a empresa pode

vender e receber a mercadoria e depois quitá-la junto ao seu fornecedor,

conforme demonstrado a seguir:

Suponha os seguintes dados:

PMRE = 35 dias; PMRV = 40 dias e PMPC = 85 dias.

Calculando o QPR, teríamos:

QPR = 35 + 40 85

QPR = 0,88 -> posição relativa

O QPR de 0,88 mostra que a empresa terá ainda, em média, uma

folga fi nanceira de 10 dias (85 – 75).

Grafi camente, teríamos:

QPR = 1: situação favorável; no entanto, não há folga

fi nanceira.

QPR > 1: a situação fi ca cada vez mais desfavorável, à medida

que se afasta de 1.

Donde se conclui que as empresas deveriam fazer o possível para

tornar o QPR inferior a 1, a fi m de garantir uma posição favorável.

O Gráfi co a seguir mostra essas situações, teríamos:

Conjugando os três índices de prazos médios (PMRE, PMRV e

PMPC) tem-se uma visão do ciclo operacional e do ciclo fi nanceiro da

empresa.

0 0,88 1 QPR

0 Melhor 1 Pior QPR

+ afastado a esquerda de 1

+ afastado a direita de 1

Page 349: Análise das Demonstrações Contábeis

32 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Análise por Quocientes III - Índices de atividade

Ciclo Operacional (CO)

Indica o tempo decorrido desde a aquisição de matérias-primas/

mercadorias até o recebimento das Duplicatas a Receber.

Mostra o prazo de investimento em capital de giro.

Fórmula:

CO = PMRE + PMRV

Legenda:CO: Ciclo OperacionalPMRE: Prazo médio de renovação de estoquesPMRV: Prazo médio de renovação de vendas

Quanto mais longo for o ciclo operacional, maiores serão as

necessidades de investimento em giro.

A necessidade de capital de giro de uma empresa pode ser

determinada pela diferença entre os investimentos demandados pelo

ciclo operacional e o montante de seus passivos de funcionamento.

Você viu, em aulas anteriores, que o passivo de funcionamento

representa os créditos de fornecedores e outras obrigações como salários a pagar impostos a

recolhe, contas a pagar etc.!!Utilizando os dados numéricos da empresa Via Digital S.A,

podemos representar assim os ciclos operacionais em X1, X2 e X3:

CICLO OPERACIONAL EM X1

Compra Vende Recebe PMRE PMRV 76 dias 77 dias

CO 153 dias

0 30 60 90 120 150 180 dias

Page 350: Análise das Demonstrações Contábeis

C E D E R J 33

AU

LA 1

1

Comentários:

Em X1, o ciclo operacional é de 153 dias, ou seja, esse é o prazo

de investimento em capital de giro.

CICLO OPERACIONAL EM X2

Compra Vende Recebe PMRE PMRV 75 dias 55 dias

CO 130 dias

0 30 60 90 120 150 180 dias

Comentários:

Em X2, ocorre uma redução no ciclo operacional, se comparado

a X1, passando a 130 dias. Tal redução ocorreu principalmente pela

diminuição bastante signifi cativa do PMRV (75 dias para 55 dias). Isto é,

a empresa concedeu menos dias aos seus clientes, o que é bom para ela.

Agora faça uma análise gráfi ca do ciclo operacional e redija um comentário relativo a X3.

Comentários:________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Atividade 4

CICLO OPERACIONAL EM X3

0 30 60 90 120 150 180 dias

Page 351: Análise das Demonstrações Contábeis

34 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Análise por Quocientes III - Índices de atividade

Resposta

Comentários:

Em X3, o ciclo operacional volta ao mesmo patamar de X1 (153 dias). No entanto, apresenta-

se diferente, pois o estoque está mais lento (de 76 para 89 dias), o que não é bom para a

empresa; para compensar esse prazo maior, a empresa foi obrigada a reduzir seu prazo

de recebimento (de 77 para 64 dias).

CICLO OPERACIONAL EM X3

Compra Vende Recebe PMRE PMRV 89 dias 64 dias

CO 153 dias

0 30 60 90 120 150 180 dias

Ciclo Financeiro (CF)

É o tempo decorrido entre o momento do pagamento aos

fornecedores e o recebimento pelas vendas efetuadas.

Fórmulas:

CF = PMRE + PMRV – PMPC ou CF = CO - PMPC

Pela leitura das fórmulas, observa-se que o ciclo fi nanceiro é a

diferença entre o ciclo operacional (PMRE + PMRV) e o prazo médio

de pagamento de compras (PMPC).

A análise do ciclo fi nanceiro tem como objetivo verifi car o período

em que a empresa pode necessitar de fi nanciamento complementar do

seu ciclo operacional (ou não necessitar, se ela tiver folga fi nanceira).

O ciclo fi nanceiro é também chamado ciclo de caixa.

Page 352: Análise das Demonstrações Contábeis

C E D E R J 35

AU

LA 1

1

Como você já viu, o ciclo operacional indica o prazo de investimento

em capital de giro. Concomitantemente ao ciclo operacional, ocorre o

fi nanciamento concedido pelos fornecedores quando da aquisição dos

estoques. Até o pagamento aos fornecedores, a empresa não precisa

se preocupar com o fi nanciamento do seu ciclo operacional, que é

automático.

Se o PMPC for superior ao PMRE, os fornecedores, além de

fi nanciarem totalmente os estoques, fi nanciam parte das vendas.

Grafi camente, teríamos:

Ciclo Operacional

Compra Vende Recebe PMRE PMRV Paga PMPC CF 0 30 60 90 120 150 180 dias

Se o PMPC for inferior ao PMRE, os fornecedores fi nanciam

parte dos estoques.

Grafi camente, teríamos:

Ciclo Operacional

Compra Vende Recebe PMRE PMRV Paga PMPC CF 0 30 60 90 120 150 180 dias

Page 353: Análise das Demonstrações Contábeis

36 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Análise por Quocientes III - Índices de atividade

Neste caso, há necessidade de financiamento do seu ciclo

fi nanceiro. Normalmente, ele é fi nanciado:

a) pelo capital próprio;

b) por recursos de terceiros onerosos (desconto de duplicatas,

outros empréstimos para capital de giro).

Quanto maior o ciclo fi nanceiro, pior para a empresa, porque ela

utilizará maior tempo de fi nanciamento e, conseqüentemente, elevará

seus custos fi nanceiros.

A boa gestão empresarial de uma empresa é revelada pela

competência na administração de seus prazos médios, expressos através do ciclo

fi nanceiro.!!Utilizando os dados numéricos da empresa Via Digital S.A.,

podemos representar assim os ciclos fi nanceiros em X1, X2 e X3:

CICLO FINANCEIRO EM X1

CO = 153 dias

PMRE = 76 dias PMRV = 77 dias PMPC = 86 dias CF = 67 dias

0 30 60 90 120 150 180 dias

Comentários:

EM X1, o PMPC de 86 dias indica que os fornecedores fi nanciam

totalmente os estoques (76 dias) e parte das vendas (10 dias).

Page 354: Análise das Demonstrações Contábeis

C E D E R J 37

AU

LA 1

1

CICLO FINANCEIRO EM X2

CO = 130 dias

PMRE = 75 dias PMRV = 55 dias PMPC = 27 dias CF = 103 dias

0 30 60 90 120 150 180 dias

Comentários:

Em X2, como o PMRE manteve-se praticamente o mesmo de X1, a

redução drástica do PMPC indica que os fornecedores fi nanciaram apenas

parte do estoque (27 dias), acarretando a necessidade de a empresa obter

fi nanciamentos para o prazo restante em que os estoques permanecem

nela e para fi nanciamento de suas vendas.

CONCLUSÃO

Nesta aula, você teve oportunidade de aplicar indicadores que

revelam a velocidade com que certos elementos patrimoniais (Estoques,

Duplicatas a Receber e Fornecedores) são renovados durante certo

período de tempo.

Aprendeu também que, para aplicar os quocientes de atividade, é

necessário utilizar tanto o Balanço Patrimonial quanto a Demonstração

do Resultado do Exercício.

Você percebeu que é importante conjugar esses indicadores com

outros já apresentados nos índices de liquidez, além de não desconsiderar

a relevância da comparação desses quocientes com os índices-padrão de

outras empresas do mesmo ramo de atividade.

Page 355: Análise das Demonstrações Contábeis

38 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Análise por Quocientes III - Índices de atividade

Agora faça uma análise gráfi ca do ciclo fi nanceiro e redija um comentário relativo a X3.

Comentários:

_______________________________________________________________________________

________________________________________________________________________________

________________________________________________________________________________

______________________________________________________________________________

Resposta

Comentários:

O ciclo fi nanceiro de X3 é o pior da série histórica analisada. Um PMRE de 89 dias e um PMPC

de apenas 23 dias, além de concederem mais prazo aos seus clientes, obrigam a empresa

a utilizar maior volume de fi nanciamento e, conseqüentemente, a ter maiores custos

fi nanceiros.

Atividade Final

CICLO FINANCEIRO EM X3

0 30 60 90 120 150 180 dias

CICLO FINANCEIRO EM X3

CO = 153 dias

PMRE = 89 dias PMRV = 64 dias PMPC = 23 dias CF = 130 dias

0 30 60 90 120 150 180 dias

Page 356: Análise das Demonstrações Contábeis

C E D E R J 39

AU

LA 1

1

Na análise dos índices de atividade, é de fundamental importância que o analista tenha

conhecimento da qualidade dos elementos patrimoniais (existem estoques obsoletos? Créditos duvidosos? Duplicatas a Receber e Fornecedores em atraso? etc.). Se não detectados, o resultado

da análise revela-se extremamente enganoso.!!O analista externo deve tomar muito

cuidado na análise dos prazos médios, devendo utilizá-la somente quando souber que o ramo de atividade oferece

razoável regularidade.!!QUADRO RESUMO SOBRE OS ÍNDICES DE ATIVIDADE

ÍNDICE FÓRMULA INDICA INTERPRETAÇÃO

PMRE Estoques x 360 CPV

Quantos dias a empresa demora para girar seus estoques.

Quanto maior, pior.

PMRV DR x 360

Vendas Brutas - Dev. e abat. s/ vendas

Quantos dias a empresa leva para receber de seus clientes.

Quanto maior, pior.

PMPC Fornecedores x 360

Compras Brutas - Dev. e abat. s/ compras

Quantos dias a empresa tem para pagar a seus fornecedores.

Quanto maior, melhor.

GE CPVEstoques

Nº de vezes que o estoque se renova no período.

Quanto maior, melhor.

GDR Vendas Brutas - Dev.

e abat. s/ vendasDR

Nº de vezes que as Duplicatas a Receber se renovam no período.

Quanto maior, melhor.

GFFornecedores

Compras Brutas - Dev. e abat. s/ compras

Nº de vezes que as dívidas com fornecedores se renovam no período.

Quanto menor, melhor.

QPR PMRE + PMRVPMPC

Posição relativa da empresa em termos de liquidez de sua capacidade de pagamento.

Quanto mais próximo de zero e menor que 1, a posição é mais favorável.

Page 357: Análise das Demonstrações Contábeis

40 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Análise por Quocientes III - Índices de atividade

Para efeitos didáticos nesta aula, optou-se, primeiramente, por dar

uma visão dos índices de atividade e dos ciclos operacional e fi nanceiro

individualmente e ano a ano. Na Aula 15 será feita uma análise dos índices

de atividade em conjunto, comparando com os do setor em que atua.

Os índices de atividade representam uma categoria de Análise por

Quocientes de grande importância para os analistas interno e externo.

Combinando ou conjugando elementos patrimoniais (BP) e de resultado

(DRE), os quocientes de atividade revelam a velocidade ou o giro da

empresa para receber suas vendas, pagar a seus fornecedores e renovar

seus estoques.

Esses indicadores também seguem os índices-padrão recomendados por

cada atividade empresarial, como já foi visto em outros quocientes.

R E S U M O

Page 358: Análise das Demonstrações Contábeis

C E D E R J 41

AU

LA 1

1

Page 359: Análise das Demonstrações Contábeis

Práticas sobre índices de atividade

Após o desenvolvimento das atividades propostas nesta aula, esperamos que você esteja apto a:

identifi car a importância dos indicadores de atividade;

dominar a utilização dos indicadores de atividade;

interpretar os resultados dos quocientes de atividade, sinalizando algumas conclusões sobre eles;

12objetivos

AU

LA

Metas da aula

Aplicar a técnica de Análise por Quocientes na modalidade denominada

indicadores de atividade e interpretar tais índices.

Pré-requisitos

Um bom conhecimento dos conteúdos de Contabilidade I e II será necessário para a realização das atividades propostas. Além

disso, a utilização de uma calculadora facilitará sensivelmente a resolução

das questões.

1

2

3

Page 360: Análise das Demonstrações Contábeis

42 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Práticas sobre índices de atividade

INTRODUÇÃO Nesta aula, você terá oportunidade de aplicar, no Balanço Patrimonial e na

Demonstração do Resultado do Exercício, uma outra modalidade de Análise

por Quociente – os índices de atividade.

Através de exercícios de múltipla escolha e de desenvolvimento prático, você

será capaz de sugerir algumas conclusões sobre a situação fi nanceira das

empresas.

Os índices de atividade têm como objetivo:a) ( ) conhecer a política de compra e venda adotada pela empresa;b) ( ) constatar a efi ciência com que os recursos em Estoques, Duplicatas a

Receber e Fornecedores estão sendo administrados;c) ( ) identifi car as necessidades de investimento em giro;d) ( ) todas as opções estão corretas.

Resposta ComentadaA resposta é a opção d, ou seja, todas as alternativas estão corretas.

Para resolução desta atividade, você deverá ter-se relembrado dos conceitos

relativos à técnica de Análise por Quocientes referentes aos indicadores de

atividade, estudados na Aula 11.

Atividade 1

Quociente de atividade corresponde a:a) ( ) rotação e prazo médio;b) ( ) índice de liquidez corrente;c) ( ) endividamento total;d) ( ) garantia aos capitais de terceiros.

Resposta ComentadaA opção correta é a a: rotação e prazo médio, uma vez que estes indicadores

são também conhecidos como de rotação (quando expressos em número de

vezes) ou de prazo médio (quando expressos em período de tempo – dia, mês

e ano).

A opção b representa índice de liquidez, e as opções c e d representam índices

de estrutura.

Atividade 2

Page 361: Análise das Demonstrações Contábeis

C E D E R J 43

AU

LA 1

2

Faça a correlação:1) Prazo médio de recebimento de vendas ( ) Indica, em média, quantos dias

empresa demora para pagar suas compras.

2) Giro de Duplicatas a Receber ( ) Indica o número de vezes em que são renovadas as dívidas com fornecedores.

3) Prazo médio de pagamento de compras ( ) Indica, em média, quantos dias a empresa leva para vender seus estoques.

4) Giro de estoques ( ) Indica o número de vezes em que os estoques são renovados.

5) Prazo médio de renovação de estoques ( ) Indica, em média, quantos dias a empresa espera para receber suas vendas.

6) Giro de fornecedores ( ) Mede a liquidez das duplicatas a receber.

Resposta3, 6, 5, 4, 1 e 2.

Resposta ComentadaÉ importante que você saiba o signifi cado de cada índice. Se sobressaírem

dúvidas, releia a Aula 11.

Atividade 3

Faça a correlação:1) PMRV ( ) 360 PMRV2) GDR ( ) Estoques médios x 360 CPV3) PMRE ( ) 360 PMPC4) GE ( ) DR médias x 360 Vendas Brutas - Dev. e abat. s/ vendas5) PMPC ( ) 360 PMRE

6) GF ( ) Fornecedores médios x 360 Compras Brutas - Dev. e abat. s/ compras

Atividade 4

Page 362: Análise das Demonstrações Contábeis

44 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Práticas sobre índices de atividade

Legenda:DR: Duplicatas a ReceberCPV: Custo dos Produtos VendidosGE: Giro de EstoquesGDR: Giro de Duplicatas a ReceberGF: Giro de FornecedoresPMRE: Prazo médio de renovação de estoquesPMRV: Prazo médio de recebimento de vendasPMPC: Prazo médio de pagamento de compras

Resposta2, 3, 6, 1, 4 e 5.

Resposta ComentadaComo você já viu em aulas passadas, o estudo dos indicadores fi nanceiros divide-se

em duas etapas:

1ª etapa: cálculo dos índices através das fórmulas;

2ª etapa: interpretação dos índices, nas suas três formas comparativas:

a. pelo seu signifi cado intrínseco

b. pela análise temporal

c. pela análise interempresarial. De modo a formar conceito sobre o índice : se bom,

razoável, ruim etc.

O correto tecnicamente é utllizar no denominador da fórmula PMRV, o valor das Vendas Brutas

deduzida das devoluções e abatimentos s/ vendas. No entanto, em alguns exercícios é comum a utilização somente do valor das Vendas Brutas ou

das vendas, quando não é informado o valor das devoluções e abatimentos s/ vendas.!!

O mesmo ocorre no PMPC. Ao invés de utilizar compra brutas deduzidas de Devoluções e abatimento s/ compras,

adotam em alguns casos compras brutas ou compras, quando não é informado o valor das devoluções e abatimentos s/ compras.!!

Page 363: Análise das Demonstrações Contábeis

C E D E R J 45

AU

LA 1

2

Os índices de atividade têm uma particularidade: eles devem ser analisados em

conjunto, nunca individualmente. Assim como os demais índices, eles deverão ser

comparados com os índices médios do setor em que a empresa analisada se enquadra,

com os de outras categorias de índices (principalmente os de liquidez e rentabilidade)

e com os índices de atividade de anos anteriores.

As fórmulas são necessárias para atender à 1ª etapa do estudo dos indicadores

fi nanceiros. Ainda nesta aula, você irá utilizar-se da outra etapa mencionada.

Quanto às fórmulas referentes ao giro ou rotação, alguns autores utilizam o inverso das

fórmulas de prazos médios, conforme demonstrado a seguir:

CPV Vendas (*) Compras (*)

Estoques Médios DR Médias Fornecedores Médios

Vendas * : Vendas Brutas - Devoluções e abatimentos s/ vendas

Compras *: Compras Brutas - Devoluções e abatimentos s/ compras

GE = GDR = GF =

Nas expressões de cálculo dos índices de atividade apresentadas,

considerou-se o uso de média dos estoques, dos valores a receber e dos valores a pagar.

Para o analista interno, o cálculo da média é baseado nos 12 valores mensais constantes do exercício social (pois ele tem facilidade

de obtenção dos dados em bases mensais).Já o analista externo, por não ter os dados mensais disponíveis, geralmente, calcula os valores médios pela média aritmética simples dos valores extremos

dos balanços patrimoniais (saldo inicial mais saldo fi nal, dividido por 2).

Valores médios = EI + EF 2

Legenda:EI: Estoque inicial (representa o saldo do exercício anterior);

EF: Estoque fi nal (representa o saldo do exercício atual).

!!

Page 364: Análise das Demonstrações Contábeis

46 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Práticas sobre índices de atividade

Sabendo que o Custo das Mercadorias Vendidas totaliza R$ 106.176,00 e que o Estoque médio totaliza R$ 6.400,00, o prazo médio de renovação de estoques de mercadorias é de:a) ( ) 24 dias b) ( ) 9 diasc) ( ) 22 dias d) ( ) 35 dias

Resposta ComentadaA opção correta é a c, isto é, 22 dias.

Esta atividade exige a utilização da primeira etapa do estudo dos indicadores

fi nanceiros, ou seja, o cálculo dos índices de prazos médios.

Na empresa comercial, o PMRE é calculado pela seguinte fórmula:

Estoques médios x 360

CMV

6.400 x 360

106.176

PMRE = 22 dias, aproximadamente.

Atividade 5

PMRE =

PMRE =

Quando as vendas e compras são uniformes durante o exercício trabalha-se

com os saldos fi nais de balanços.!!

Page 365: Análise das Demonstrações Contábeis

C E D E R J 47

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LA 1

2

Sabendo que o CMV é igual a R$ 400.000,00 e o PMRE é igual a 135 dias, calcule o valor de Estoques.

RespostaR$ 150.000,00

Resposta ComentadaNa resolução desta atividade, você deve ter utilizado a 1ª etapa do estudo dos

indicadores fi nanceiros – o cálculo dos índices.

Nas empresas comerciais, a fórmula para apurar o PMRE é a seguinte:

Estoques médios x 360

CMV

Estoques médios x 360

400.000,00

54.000.000 = 360 Estoques

Estoques = R$ 150.000,00

Atividade 6

PMRE =

135 =

Se o PMRE da empresa Mesquita for de 45 dias, você pode concluir que:a) ( ) para um estoque médio de R$ 50.000,00, o custo dos produtos vendidos será

de R$ 80.000,00;b) ( ) para um custo de produtos vendidos de R$ 500.000,00, o estoque médio

necessário será de R$ 100.000,00;c) ( ) para um estoque médio de R$ 30.000,00, o custo dos produtos vendidos será

de R$ 240.000,00;d) ( ) N.R.A.

Resposta ComentadaA opção correta é a c, isto é, para um estoque médio de R$ 30.000,00, o custo

dos produtos vendidos será de R$ 240.000,00. A resolução desta atividade

também requer o uso da 1ª etapa do estudo dos indicadores fi nanceiros – o

cálculo dos índices.

Na empresa industrial, o PMRE é apurado através da fórmula:

Estoques médios x 360

CPV

Atividade 7

PMRE =

Page 366: Análise das Demonstrações Contábeis

48 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Práticas sobre índices de atividade

Aplicando a fórmula do PMRE com os dados de cada opção, você verifi cará

qual delas é a correta (a interrogação indica o valor que você deve conferir

se está correto pelo uso da fórmula do PMRE).

Pelos resultados apurados, a opção correta é a c.

Est. = Estoques

Opção a Opção b Opção c

PMRE = 45 dias PMRE = 45 dias PMRE = 45 dias

Estoque = 50.000,00 Estoque = 100.000 ? Estoque = 30.000,00

CPV = 80.000 ? CPV = 500.000 CPV = 240.000 ?

Est médios x 360

CPV

50.000 x 360

CPV

45 CPV = 18.000.000

18.000.000

45

CPV = 400.000

Est médios x 360

CPV

Est médios x 360

500.000

22.500.000 = 360 Est. médios

22.500.000

360

Est médios = 62.500

Est médios x 360

CPV

30.000 x 360

CPV

45 CPV = 10.800.000

10.800.000

45

CPV = 240.000

PMRE =

45 =

CPV =

PMRE =

45 =

Est médios =

PMRE =

45 =

CPV =

Sabendo-se que a empresa Itaguaí possuía um Estoque de R$ 27.000,00 em 01/01/X3, que as compras totalizaram R$ 51.000,00 para o período de 01/01/X3 a 31/12/X3, e que o Estoque em 31/12/X3 era de R$ 33.000,00, pode-se deduzir que:a) ( ) o custo das vendas foi de R$ 45.000,00;b) ( ) o prazo médio de renovação de estoques foi de 240 dias;c) ( ) o custo das vendas foi de R$ 15.000,00;d) ( ) as opções a e b estão corretas.

Resposta ComentadaA opção d é a correta, isto é, as opções a e b estão corretas. Na resolução desta

atividade, você utilizou a 1ª etapa do estudo dos indicadores fi nanceiros – o

cálculo dos índices.

O valor do custo das vendas foi obtido através da fórmula:

Custo das vendas = Estoque Inicial + Compras – Estoque Final

Custo das vendas = 27.000 + 51.000 – 33.000 = 45.000

Atividade 8

Page 367: Análise das Demonstrações Contábeis

C E D E R J 49

AU

LA 1

2

Para calcular o PMRE, utiliza-se a seguinte fórmula:

Estoques médios x 360

Custo das Vendas

27.000 + 33.000

45.000

Estoques médios = 30.000

30.000 x 360

45.000

PMRE = 240 dias

PMRE =

PMRE =

Dependendo do tipo de empresa, a expressão Custo das Vendas é

assim denominada:

Legenda: CMV: Custo das mercadorias vendidas

CPV: Custo dos produtos vendidosCSP: Custo dos serviços prestados

!! DISCRIMINAÇÃOEMPRESA

COMERCIAL INDUSTRIAL SERVIÇOS

Custo das Vendas CMV CPV CSP

Você viu, na Aula 11, que o PMRE é apurado por meio das

seguintes fórmulas:

a) Estoques x 360 Custos das vendas

quando os valores dos estoques são uniformes durante o exercício. Ou

b) Estoques médios x 360 Custos das vendas

quando os valores dos estoques não são uniformes, isto é, sofrem pequenas oscilações durante o exercício.

No caso de ocorrer grandes oscilações de estoques em determinada época do ano, o índice de PMRE apurado pela média aritmética

dos estoques iniciais e fi nais poderá estar completamente distorcido. Neste caso a análise do PMRE não

é adequada, porque não refl ete a realidade.

!! PMRE =

PMRE =

Estoques médios =

Page 368: Análise das Demonstrações Contábeis

50 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Práticas sobre índices de atividade

A empresa Natividade apresenta um índice de rotação de “3,6x”. Podemos afi rmar que os estoques fi cam parados nas prateleiras, em média, durante:a) ( ) 3 anos e seis mesesb) ( ) 3,6 anosc) ( ) 100 diasd) ( ) 3,6 meses, ou 108 dias

Resposta ComentadaA opção c é a correta, ou seja, 100 dias.

Na resolução desta atividade, você utilizou a 1ª etapa do estudo dos indicadores

fi nanceiros – cálculo dos índices.

Você sabe que o índice de rotação ou de giro é apurado através das seguintes

fórmulas:

CPV ou 360

Estoques médios PMRE

Com os dados do enunciado, aplica-se a fórmula:

360

PMRE

360

PMRE

3,6 PMRE = 360

360

3,6

PMRE = 100 dias

Atividade 9

GE = GE =

GE =

3,6 =

PMRE =

Page 369: Análise das Demonstrações Contábeis

C E D E R J 51

AU

LA 1

2

O quociente de rotação de estoques de 5,0 signifi ca:a) ( ) o número de vezes de rotação que o estoque foi inteiramente revendido e

novamente adquirido;b) ( ) o número de vezes que o estoque foi novamente adquirido sem ter sido

vendido;c) ( ) que o volume do estoque médio se renovou em 72 dias;d) ( ) as opções a e c estão corretas.

Resposta ComentadaA opção d é a correta, ou seja: as opções a e c estão corretas.

Para responder a esta atividade, você deverá verifi car cada opção proposta.

A opção a: verdadeira.

Você viu na Aula 11 que o índice giro de estoque ou rotação de estoque indica

o número de vezes que o estoque é renovado ao longo do período. Para

renovar o estoque, ele tem de ser vendido (no caso de mercadorias ou produtos

acabados) e adquirido novamente. No caso de matérias-primas, elas têm de

ser consumidas e depois novamente adquiridas.

Opção b: falsa.

Conforme explicado na opção a, para renovar o estoque, ele tem de ser vendido

e novamente adquirido, o que não é dito na opção b: o estoque foi novamente

adquirido sem ter sido vendido.

Opção c: verdadeira.

O giro de rotação de 5,0 signifi ca que o estoque se renovou, em média, 72 dias,

conforme demonstrado a seguir:

360

PMRE

360

PMRE

5,0 PMRE = 360

360

5

PMRE = 72 dias

Opção d: verdadeira.

Você viu que tanto a opção a como a c estão corretas; portanto, esta é a

resposta desta atividade.

Atividade 10

GE =

5,0 =

PMRE =

Page 370: Análise das Demonstrações Contábeis

52 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Práticas sobre índices de atividade

A empresa Deodoro relatou, em suas demonstrações contábeis de X1 e X2, as seguintes informações:

O PMRE para X2 da empresa em questão era de _____________ dias.O PMRV para X2 da empresa em questão era de _____________ dias.

Resposta ComentadaAplicando as fórmulas do PMRE e PMRV você obterá:

Estoques médios x 360

CMV

EI + EF

2

160.000 + 250.000

2

EM = 205.000

Estoques médios x 360

CMV

205.000 x 360 = 98.40 dias

750.000

Legenda:

EI: Estoque inicial (representa o saldo do exercício anterior).

EF: Estoque fi nal (representa o saldo do exercício atual).

Atividade 11

DISCRIMINAÇÃO X1 X2

Vendas Brutas 1.200.000

Custo das Mercadorias Vendidas 750.000

Duplicatas a Receber 56.000 72.000

Estoque de Mercadorias 160.000 250.000

PMRE =

EM =

EM =

PMRE =

PMRE =

O saldo do Estoque inicial é o saldo fi nal do exercício anterior, ou seja,

EI = EF do exercício anterior.!!

Page 371: Análise das Demonstrações Contábeis

C E D E R J 53

AU

LA 1

2

Duplicatas a Receber médias x 360

Vendas

DRI + DRF

2

56.000 + 72.000

2

DRM = 64.000

64.000 x 360 = 19,20 dias

1.200.000

Concluindo: o PMRE, para X2, da empresa em questão era de, aproximadamente,

98 dias, enquanto o PMRV era de, aproximadamente, 19 dias.

Legenda:

DRI: Duplicatas a Receber (representa o saldo do exercício anterior).

DRF: Duplicatas a Receber (representa o saldo do exercício atual).

PMRV =

DRM =

DRM =

PMRV =

O saldo de Duplicatas a Receber inicial é o saldo fi nal do exercício anterior, ou

seja, DRI = DRF do exercício anterior.!!Vide comentários da Atividade 4 a

respeito da fórmula de PMRV.!!

Page 372: Análise das Demonstrações Contábeis

54 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Práticas sobre índices de atividade

Sabendo-se que o Estoque médio, para X7, da empresa Aurora era de R$108.000,00, e que a empresa demora, em média, 90 dias para vender seus estoques e 60 dias para recebê-los, e que o Custo das Vendas representa 60% das Vendas. Qual será o valor médio das Duplicatas a Receber?

Resposta ComentadaAplicando o PMRE, você terá:

Estoques médios x 360

Custo das Vendas

108.000 x 360

Custo das Vendas

90 Custo das Vendas = 38.880.000

38.880.000

90

Custo das Vendas = 432.000

Sendo o Custo das Vendas = 60% das Vendas, as Vendas serão de:

Custo das Vendas = 0,60 Vendas

432.000 = 0,60 Vendas

432.000

0.60

Vendas = 720.000

Sendo o PMRV de 60 dias, aplicando a fórmula de PMRV, você obterá o valor

das Duplicatas a receber:

Duplicatas a Receber médias x 360

Vendas

Duplicatas a Receber médias x 360

720.000

43.200.000 = 360 Duplicatas a Receber médias

43.200.000

360

Duplicatas a Receber médias = 120.000

Atividade 12

PMRE =

90 =

Custo das Vendas =

Vendas =

PMRV =

60 =

Duplicatas a Receber médias =

Vide comentários da Atividade 4 a respeito da fórmula

de PMRV.!!

Page 373: Análise das Demonstrações Contábeis

C E D E R J 55

AU

LA 1

2

Calcule e interprete os quocientes de rotação de Contas a Receber e os prazos médios de cobrança relativos a X6 e X7, a partir dos dados a seguir:

Resposta

Comentários

Resposta ComentadaNesta atividade, você utilizou a primeira etapa do estudo dos indicadores, isto é,

o cálculo dos índices de atividade através das fórmulas:

(*) Vendas = Vendas brutas – devoluções e abatimentos s/ vendas

Atividade 13

DISCRIMINAÇÃO X6 X7

Contas a Receber em 31/12 928.072 849.308

Vendas Brutas no ano 4.454.340 3.320.331

Devoluções e abatimentos s/ vendas 62.446 32.748

DISCRIMINAÇÃO X6 X7

GDRGDR = GDR =

PMRV PMRV = x 360 PMRV = x 360

_____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

FÓRMULAANO

X6 X7

Vendas*DR

4.454.340 - 62.446 928.072

4.391.894 = 4,73 928.072

3.320.331 - 32.748 849.308

3.287.583 = 3,87 849.308

DR x 360 Vendas*

928.072 x 360 4.391.894

PMRV = 76 dias

849.308 x 360 3.287.583

PMRV = 93 dias

GDR =

PMRV =

GDR =

GDR =

PMRV =

GDR =

GDR =

PMRV =

Page 374: Análise das Demonstrações Contábeis

56 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Práticas sobre índices de atividade

Comentários:

No exercício de X7, o giro e Duplicatas a Receber foi 3,87 vezes mais lento,

se comparado ao ano anterior, em decorrência da dilatação de seu prazo de

recebimento ter passado de 76 para 93 dias.

Nesta atividade, você não precisou utilizar valores médios na

fórmula, pois não foi fornecido o saldo fi nal de X5; você pressupôs que os saldos fi nais de X6 e X7

representam os valores médios durante os exercícios, ou seja, compras e vendas uniformes, sem

grandes oscilações nos períodos.!!

Dependendo do plano de contas da empresa, os valores a receber

provenientes das vendas a prazo podem ser contabilizados nas seguintes contas: Duplicatas a

Receber, Contas a Receber ou Clientes. !!

Page 375: Análise das Demonstrações Contábeis

C E D E R J 57

AU

LA 1

2

A empresa comercial Paraíba do Sul apresentou os seguintes dados extraídos do Razão:

Calcular o prazo médio de renovação de estoques e o giro de estoques.

Resposta ComentadaPMRE = 192 dias

GE = 1,88 vez

A diferença entre a resolução desta atividade e a das outras resolvidas

anteriormente diz respeito às fórmulas utilizadas.

Nesta atividade, o analista teve acesso aos valores dos estoques em bases

mensais, o que lhe possibilitou calcular o estoque médio, conforme demonstrado

a seguir:

EI + E2 + E3 +... + E12

12

12

102.500

12

EM = 8.541,67

Como você sabe, o PMRE de uma empresa comercial é calculado pela seguinte fórmula:

Estoques médios x 360

CMV

Atividade 14

DISCRIMINAÇÃO R$ MIL

Compras de Mercadorias 20.000

Fretes e Seguros sobre compras 1.000

Devoluções e Abatimentos sobre compras 1.600

Estoque de Mercadorias em 01/01/X1 8.000

Estoque de Mercadorias em 31/01/X1 8.200

Estoque de Mercadorias em 28/02/X1 8.600

Estoque de Mercadorias em 31/03/X1 6.400

Estoque de Mercadorias em 30/04/X1 8.600

Estoque de Mercadorias em 31/05/X1 9.000

Estoque de Mercadorias em 30/06/X1 7.800

Estoque de Mercadorias em 31/07/X1 5.000

Estoque de Mercadorias em 31/08/X1 6.300

Estoque de Mercadorias em 30/09/X1 10.000

Estoque de Mercadorias em 31/10/X1 10.400

Estoque de Mercadorias em 30/11/X1 10.800

Estoque de Mercadorias em 31/12/X1 11.400

EM =

8.200 + 8.600 + 6.400 + 8.600 + 9.000 + 7.800 + 5.000 + 6.300 + 10.000 + 10.400 + 10.800 + 11.400EM =

EM =

PMRE =

Page 376: Análise das Demonstrações Contábeis

58 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Práticas sobre índices de atividade

Como o CMV não foi fornecido, o passo seguinte é apurá-lo assim:

CMV = EI + Compras – EF

O valor de Compras representa o valor das Compras líquidas, isto é, todos os

valores que alterem o valor das Compras (para mais ou para menos).

Compras líquidas = Compras + Fretes e seguros sobre compras – Devoluções

e abatimentos sobre Compras.

Compras líquidas = 20.000 + 1.000 – 1.600

Compras líquidas = 19.400

Substituindo o valor de Compras líquidas na fórmula, temos

CMV = 8.000 + 19.400 – 11.400

CMV = 16.000

Substituindo o valor de CMV na fórmula do PMRE, temos

Estoques médios x 360

CMV

8.541.87 x 360

16.000

PMRE = 192 dias

Para o cálculo do giro de Estoques, a fórmula é a seguinte:

360

PMRE

Substituindo o valor do PMRE, tem-se

360

192

GE = 1,88 vez

PMRE =

GE =

PMRE =

A utilização dos saldos fi nais de balanços para o cálculo

dos índices de atividades só deve ser feita em empresas que tenham compras e vendas

uniformes no período e atuem em uma economia de baixa infl ação. Em caso contrário, os valores apurados

serão distorcidos.Repare que, nesta atividade, os valores fi nais de estoques mês a mês sofrem variações; portanto, deve-se apurar o

valor médio dos estoques pela média dos 12 meses do exercício.

Numa economia infl acionária, os índices de atividades só têm valor quando apurados com os

demonstrativos fi nanceiros ajustados para uma mesma base (infl acionado ou

defl acionado).

!!

Page 377: Análise das Demonstrações Contábeis

C E D E R J 59

AU

LA 1

2

A empresa comercial Maricá Ltda. obteve, no quarto trimestre de X3, um faturamento de R$ 1.200,00, conforme discriminado a seguir:

Sabendo-se que o saldo de Duplicatas a Receber, em 31 de dezembro de X3, foi de R$ 800,00, podemos afi rmar que o prazo médio de recebimento de vendas é de, aproximadamente:a) ( ) 60 diasb) ( ) 45 diasc) ( ) 120 diasd) ( ) 70 dias

Resposta ComentadaA opção a é a correta, ou seja, 60 dias.

Na resolução desta atividade, você utilizou a 1ª etapa do estudo dos indicadores

fi nanceiros – o cálculo dos índices.

A fórmula para apurar o PMRV é a seguinte:

DR médias x 360

Vendas

A fórmula do PMRV é multiplicada por 360 dias, pois se refere ao tempo de

duração do exercício. Nesta atividade, o período é de 90 dias; portanto, a fórmula

é multiplicada por 90 em vez de 360.

800 x 90

1.200

PMRV = 60 dias

Atividade 15

DISCRIMINAÇÃO40 TRIMESTRE

OUTUBRO NOVEMBRO DEZEMBRO

Vendas 600,00 400,00 200,00

PMRV =

PMRV =

Quando o enunciado não informa os valores das vendas brutas, e nem de Devoluções e abatimentos s/ vendas, trabalha-se na fórmula com o

valor das vendas. !!

Page 378: Análise das Demonstrações Contábeis

60 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Práticas sobre índices de atividade

Com relação ao giro das Duplicatas a Receber, identifi que a afi rmativa correta.a) ( ) Um crescimento neste indicador denota maior demora no recebimento das

vendas a prazo.b) ( ) Quanto maior for este indicador, mais rapidamente a empresa recebe suas

duplicatas a receber.

Resposta ComentadaA opção b é a correta, ou seja, quanto maior for este indicador, mais rapidamente

a empresa recebe suas Duplicatas a Receber.

Você viu, na Aula 11, que o quociente de Giro de Duplicatas a Receber mede a

liquidez das duplicatas a receber da empresa.

Quanto menor o PMRV, maior será o giro das Duplicatas a Receber, conforme

demonstrado a seguir, por exemplo, para 30 dias ou 45 dias.

Atividade 16

PMRV = 30 dias PMRV = 45 dias

360PMRV

36030

GDR = 12,0 vezes

360PMRV

36045

GDR = 8,0 vezes

GDR =

GDR =

GDR =

GDR =

A empresa comercial Bom Jesus apresentou, nos três últimos exercícios sociais, os seguintes quocientes de Giro de Duplicatas a Receber: 1,5; 2,3 e 2,8.Analisando estes quocientes, podemos concluir que:a) ( ) a empresa está diminuindo o volume de vendas;b) ( ) o prazo médio de recebimento de Duplicatas a Receber está diminuindo;c) ( ) a empresa está concedendo aos clientes maior prazo de pagamento;d) ( ) os fornecedores da empresa estão concedendo maior prazo de pagamento.

Resposta ComentadaA opção b é a correta, ou seja, o prazo médio de recebimento de Duplicatas a

Receber está diminuindo.

Conforme os comentários da Atividade 16, quanto maior o giro de Duplicatas a

Receber, menor o prazo de recebimento.

Utilizando os giros do enunciado, apura-se o PMRV, para confirmar esta

afi rmativa.

Atividade 17

Page 379: Análise das Demonstrações Contábeis

C E D E R J 61

AU

LA 1

2

Observe que, a cada ano, a empresa está oferecendo prazos de recebimento

menores a seus clientes.

GDR = 1,5 GDR = 2,3 GDR = 2,8

360PMRV

360PMRV

1,5 PMRV = 360

3601,5

PMRV = 240 dias

360PMRV

360PMRV

2,3 PMRV = 360

3602,3

PMRV = 157 dias

360PMRV

360PMRV

2,8 PMRV = 360

3602,8

PMRV = 129 dias

GDR =

1,5 =

GDR =

2,3 =

PMRV = PMRV =

GDR =

2,8 =

PMRV =

Os prazos médios de recebimento de vendas nos exercícios de X1, X2 e X3 eram de 60, 75 e 85 dias, respectivamente; no mesmo período, os prazos de pagamento a fornecedores foram de 70, 60 e 45 dias. Em princípio, a posição mais adequada para a empresa seria a correspondente à:a) ( ) do exercício de X1b) ( ) do exercício de X2c) ( ) do exercício de X3 d) ( ) dos exercícios de X1 e X2e) ( ) dos exercícios de X1 e X3f) ( ) dos exercícios de X2 e X3g) ( ) de nenhum dos exercícios em questão

Resposta ComentadaA opção a é a correta, isto é, do exercício de X1.

Em princípio, a empresa terá uma posição mais adequada, quando o PMRV for

menor do que o PMPC.

Vejamos:

Atividade 18

EXERCÍCIO PMRV PMPC PMRV > PMPC PMRV < PMPC

X1 60 dias 70 dias - 10 dias

X2 75 dias 60 dias 15 dias -

X3 85 dias 45 dias 40 dias -

Page 380: Análise das Demonstrações Contábeis

62 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Práticas sobre índices de atividade

Interpretando a tabela anterior, em princípio, a posição mais adequada seria a correspondente à do exercício X1 (folga fi nanceira de 10 dias).Grafi camente, teríamos:

X1 X2 X3

PMRV = 60 dias PMRV = 75 dias PMRV = 85 dias

PMPC = 70 dias PMPC = 60 dias PMPC = 45 dias

Marque com um X as questões a seguir:a)Em qual das empresas os estoques fi cam mais tempo parados na prateleira? Alfa Beta Zeta b) Qual das empresas concede maior prazo de recebimento a seus clientes?

Alfa Beta Zeta

c) A qual das empresas os fornecedores concedem menor prazo de pagamento?

Alfa Beta Zeta

d) Qual das empresas tem o maior ciclo operacional?

Alfa Beta Zeta

e) Qual das empresas tem o maior ciclo fi nanceiro?

Alfa Beta Zeta

Atividade 19

DISCRIMINAÇÃOEMPRESA

ALFA BETA ZETA

Prazo médio de renovação de estoques 60 dias 90 dias 30 dias

Prazo médio de recebimento de vendas 85 dias 30 dias 50 dias

Prazo médio de pagamento de compras 70 dias 80 dias 60 dias

folga de 10 dias

Page 381: Análise das Demonstrações Contábeis

C E D E R J 63

AU

LA 1

2

Resposta ComentadaInterpretando os prazos fornecidos e os valores apurados dos ciclos, você

responderá que:

a) a empresa Beta apresenta o maior PMRE: 90 dias.

b) a empresa Alfa apresenta o maior PMRV: 85 dias.

c) a empresa Zeta apresenta o menor PMPC: 60 dias.

d) a empresa Alfa apresenta o maior CO: 145 dias.

e) a empresa Alfa apresenta o maior CF: 75 dias.

Memória de Cálculo:

DISCRIMINAÇÃOEMPRESA

Alfa Beta Zeta

Ciclo operacionalCO = PMRE + PMRV

CO = 60 + 85CO = 145 dias

CO = 90 + 30CO = 120 dias

CO = 30 + 50CO = 80 dias

Ciclo fi nanceiroCF = CO - PMPC

CF = 145 – 70CF = 75 dias

CF = 120 – 80CF = 40 dias

CF = 80 – 60CF = 20 dias

Se a relação Compras/Fornecedores da empresa Bom Jardim apresentasse em exercícios sociais sucessivos os índices de 5,0, 7,0 e 9,0, teríamos de concluir que:a) ( ) A empresa está concedendo maiores prazos a seus clientes.b) ( ) Os prazos concedidos pelos fornecedores estão sendo dilatados. c) ( ) As compras da empresa vêm diminuindo acentuadamente.d) ( ) As vendas da empresa estão sendo muito reduzidas; por isso, qual seu

volume de compras a prazo também diminuiu.e) ( ) Os fi nanciamentos de fornecedores estão sendo concedidos a prazos

menores.

Resposta ComentadaA opção e é a correta, ou seja, os fi nanciamentos de fornecedores estão sendo

concedidos a prazos menores.

Conforme você viu na Aula 11, a relação Compras representa a fórmula de GF. Fornecedores

Essa fórmula signifi ca o número de vezes em que são renovadas as dívidas com

os fornecedores da empresa.

Quanto maior for a rotação de Fornecedores, pior para a empresa, pois os

fornecedores estarão oferecendo menor prazo para o pagamento da dívida.

Através da outra fórmula de GF, você pode determinar o PMPC, conforme

demonstrado a seguir:

Atividade 20

Page 382: Análise das Demonstrações Contábeis

64 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Práticas sobre índices de atividade

Observe que, a cada ano, os fornecedores estão concedendo prazos menores.

GF = 5,0 GF = 7,0 GF = 9,0

360PMPC

360PMPC

5,0 PMPC = 360

3605,0

PMPC = 72 dias

360PMPC

360PMPC

7,0 PMPC = 360

3607,0

PMPC = 51 dias

360PMPC

360PMPC

9,0 PMPC = 360

3609,0

PMPC = 40 dias

GF =

5,0 =

GF =

7,0 =

PMPC = PMPC =

GF =

9,0 =

PMPC =

O ciclo operacional de uma empresa comercial é igual ao:a) ( ) Somatório dos prazos médios de renovação de estoques e de recebimento

de vendas.b) ( ) Somatório dos prazos médios de renovação de estoques e de pagamento

aos fornecedores.c) ( ) Somatório dos prazos médios de recebimento de vendas e de pagamento de

compras.d) ( ) Somatório dos prazos médios de renovação de estoques, de pagamento aos

fornecedores e recebimento de vendas.e) ( ) Somatório dos prazos médios de pagamento aos fornecedores e de

recebimento de vendas, menos o prazo médio de renovação de estoques.

Resposta ComentadaA opção a é a correta, ou seja, somatório dos prazos médios de renovação de

estoques e de recebimento de vendas.

Algebricamente, o ciclo operacional é calculado pela seguinte fórmula:

CO = PMRE + PMRV

Grafi camente, é assim representado:

Ciclo operacional

PMRE PMRV

Atividade 21

Page 383: Análise das Demonstrações Contábeis

C E D E R J 65

AU

LA 1

2

Determine o ciclo operacional da empresa Porciúncula, sabendo que o PMRE é igual a 25 dias e o PMRV é de 40 dias.a) ( ) 15 diasb) ( ) 65 diasc) ( ) 40 diasd) ( ) 25 diase) ( ) N.R.A.

Resposta ComentadaA opção b é a correta, ou seja, 65 dias.

Você viu, na Aula 11, que o ciclo operacional mostra o prazo de investimento em

capital de giro e é calculado pela seguinte fórmula:

CO = PMRE + PMRV

CO = 25 + 40

CO = 65 dias

Atividade 22

O ciclo operacional da empresa Quatis é de 90 dias; o PMPC é igual a 92 dias. Podemos concluir que:a) ( ) A empresa terá que se fi nanciar em 2 dias.b) ( ) Seu ciclo fi nanceiro é de 180 dias.c) ( ) Apresenta folga fi nanceira de 2 dias.d) ( ) N.R.A.

Resposta ComentadaA opção c é a correta, ou seja, apresenta folga fi nanceira de 2 dias.

Para resolver esta atividade, você precisa determinar o ciclo fi nanceiro.

O ciclo fi nanceiro é calculado da seguinte forma:

CF = CO – PMPC

CF = 90 – 92

CF = -2 signifi ca que a empresa não precisa buscar fi nanciamento, pois os

fornecedores são mais que sufi cientes.

Neste caso, a empresa tem uma folga fi nanceira de dois dias, ou seja, após vender

e receber, ela terá dois dias para pagar suas compras aos fornecedores.

Grafi camente, teríamos:

Ciclo operacional = 90 dias

PMRE PMRV

PMPC = 92 dias

Atividade 23

Folga de 2 dias

Page 384: Análise das Demonstrações Contábeis

66 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Práticas sobre índices de atividade

Dados os seguintes indicadores:

a) ( ) Os fornecedores fi nanciam totalmente os estoques.b) ( ) Os fornecedores não fi nanciam os estoques.c) ( ) Os fornecedores fi nanciam apenas parte dos estoques.d) ( ) Os fornecedores fi nanciam todo o ciclo operacional.

Resposta ComentadaA opção a é a correta, ou seja, os fornecedores fi nanciam totalmente os

estoques.

Observe no esquema que PMPC = PMRE; portanto, os fornecedores fi nanciam

totalmente os estoques.

Atividade 24

Ciclo operacional

PMRE PMRV

PMPC Ciclo fi nanceiro

A empresa Quatis apresenta os seguintes indicadores:

Assinale a alternativa correta:a) ( ) O ciclo operacional é de 230 dias.b) ( ) O ciclo fi nanceiro é de 70 dias. c) ( ) O ciclo operacional é de 250 dias. d) ( ) O ciclo fi nanceiro é de 30 dias. e) ( ) As alternativas a e b estão corretas.

Resposta ComentadaA alternativa e é a correta, ou seja, as alternativas a e b estão corretas.

Para realizar esta atividade, você deverá apurar o ciclo operacional e o

fi nanceiro.

O ciclo operacional é apurado pela seguinte fórmula:

CO = PMRE + PMRV

CO = 130 + 100

CO = 230 dias

Atividade 25

PMRE 130 dias

PMRV 100 dias

PMPC 160 dias

Page 385: Análise das Demonstrações Contábeis

C E D E R J 67

AU

LA 1

2

Para calcular o CF, você utilizará a seguinte fórmula:

CF = CO – PMPC

CF = 230 – 160

CF = 70 dias

Analisando os valores apurados, a alternativa correta é a e.

A indústria Rio Bonito apresenta um prazo médio de renovação de matérias-primas de 45 dias, sendo que os fornecedores dão um prazo de 30 dias para pagamento das duplicatas. O processo de fabricação do produto leva, em média, 30 dias, sendo que os produtos acabados permanecem estocados por 15 dias, à espera de serem vendidos. O prazo médio de recebimento de vendas é de 60 dias. A partir desses dados:a) determine o ciclo operacional e o ciclo fi nanceiro da indústria Rio Bonito, representando-os grafi camente.b) Demonstre como o ciclo fi nanceiro seria afetado, se a empresa reduzisse seu prazo médio de renovação de estoques de matérias-primas para 30 dias e de recebimento de vendas para 45 dias?

Resposta Comentadaa) Determinação do ciclo operacional e fi nanceiro

CO = 150 dias e CF = 120 dias

Conforme você viu na Aula 11, na empresa industrial, o ciclo operacional indica

o tempo decorrido desde a aquisição das matérias-primas até o recebimento

pela venda dos produtos.

Portanto, o ciclo operacional é dado pela seguinte fórmula:

CO = PMRMP + PMRPP + PMRPA + PMRV

CO = 45 + 30 + 15 + 60

CO = 150 dias

Ciclo fi nanceiro é o tempo decorrido entre o momento do pagamento aos

fornecedores e o recebimento pelas vendas efetuadas.

É dado pela seguinte fórmula:

CF = CO – PMPC

CF = 150 – 30

CF = 120 dias

Atividade 26

Page 386: Análise das Demonstrações Contábeis

68 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Práticas sobre índices de atividade

Grafi camente, teríamos:

Ciclo operacional = 150 dias

PMRMP = 45 dias PMPP = 30 dias PMRPA = 15 dias PMRV = 60 dias

PMPC = 30 dias Ciclo fi nanceiro = 120 dias

b) Para responder a esta pergunta, basta calcular o ciclo operacional e o ciclo

fi nanceiro com as alterações nos números de dias do PMRMP e do PMRV.

Veja:

CO = PMRMP + PMRPP + PMRPA + PMRV

CO = 30 + 30 + 15 + 45

CO = 120 dias

CF = CO – PMPC

CF = 120 – 30

CF = 90 dias

Pelos cálculos efetuados, podemos afi rmar que o ciclo fi nanceiro passaria de

120 para 90 dias.

Legenda:CO Ciclo OperacionalPMRMP Prazo médio de renovação de matérias-primasPMRPP Prazo médio de renovação de produtos em processoPMRPA Prazo médio de renovação de produtos acabadosPMRV Prazo médio de recebimento de vendasPMPC Prazo médio de pagamento de compras

Page 387: Análise das Demonstrações Contábeis

C E D E R J 69

AU

LA 1

2

A empresa Queimados publicou suas demonstrações contábeis, indicando os seguintes dados:

O PMRE dessa empresa se processava em __________ dias, no ano de X8, tendo (aumentado/diminuído), no exercício seguinte, para ___________ dias.

Resposta ComentadaPara solução desta atividade, você deverá utilizar a fórmula do PMRE:

Estoque médio x 360

Custo dos produtos vendidos

O Estoque médio é dado pela seguinte fórmula:

EI + EF

2

Em X8, o estoque médio será:

30.000 + 100.000

2

EM = 65.000

Substituindo o EM na fórmula de PMRE, você obterá:

65.000 x 360

6.500.000

PMRE = 3,60 dias

Para o ano de X9, você fará:

100.000 + 190.000

2

Substituindo os valores na fórmula do PMRE, você obterá:

145.000 x 360

7.800.000

PMRE = 6,69 dias

Concluindo: o PMRE dessa empresa se renovava em, aproximadamente, 4 dias

no ano de X8, tendo aumentado no exercício seguinte para, aproximadamente,

7 dias.

Atividade 27

DISCRIMINAÇÃO X7 X8 X9

Estoque de Produtos Acabados 30.000 100.000 190.000

Custo dos Produtos Vendidos 6.500.000 7.800.000

PMRE =

EM =

EM =

PMRE =

Estoque médio = = 145.000

PMRE =

Page 388: Análise das Demonstrações Contábeis

70 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Práticas sobre índices de atividade

Dados os seguintes indicadores:

Assinale a alternativa falsa.a) ( ) Na empresa Barra Mansa, os estoques giram mais rapidamente do que na

empresa Volta Redonda.b) ( ) A empresa Barra Mansa consegue menor prazo dos fornecedores do que a

empresa Volta Redonda.c) ( ) A necessidade de fi nanciamento complementar para o giro é maior na

empresa Volta Redonda.d) ( ) O ciclo fi nanceiro da empresa Barra Mansa é maior do que o da empresa

Volta Redonda..

Resposta ComentadaA opção c é a única falsa, ou seja, a necessidade de fi nanciamento complementar

para o giro é maior na empresa Volta Redonda.

Esta atividade engloba os índices de prazos médios, índices de rotação ou giro,

ciclo operacional e ciclo fi nanceiro.

Para responder às alternativas propostas, você deve calcular o giro dos estoques,

ciclo operacional e o ciclo fi nanceiro, conforme demonstrado a seguir:

Analisando os índices de atividade e os ciclos operacionais e fi nanceiros das

empresas, pode-se afi rmar que, à exceção da opção c, todas as demais

são verdadeiras.

Atividade 28

DISCRIMINAÇÃOEMPRESA

Barra Mansa Volta Redonda

PMPC 48 dias 62 dias

PMRE 52 dias 43 dias

PMRV 60 dias 75 dias

DISCRIMINAÇÃOEMPRESA

Barra Mansa Volta Redonda

360PMRE

36048

GE = 7,5 vezes

36062

GE = 5,8 vezes

CO = PMRE + PMRVCO = 52 + 60CO = 112 dias

CO = 43 + 75CO = 118 dias

CF = CO - PMPCCF = 112 – 48CF = 64 dias

CF = 118 – 62CF = 56 dias

GE =

Page 389: Análise das Demonstrações Contábeis

C E D E R J 71

AU

LA 1

2

Conforme dados da empresa Deodoro, você deverá calcular, para o ano de X4, o prazo médio de recebimento de vendas a prazo, o prazo médio de pagamento aos fornecedores e o quociente de posicionamento relativo:

Resposta ComentadaPMRE = 81 dias

PMRV = 121 dias

PMPC = 116 dias

QPR = 1,04

Para solução desta atividade, você deverá aplicar as seguintes fórmulas:

Estoques médios x 360

Custo das Vendas

EI + EF

2

3.600 + 9.600

2

GE = 6.600

6.600

29.200

PMRE = 81 dias

Legenda:

EI: Estoque inicial (representa o saldo do exercício anterior)

EI: Estoque inicial (representa o saldo do exercício anterior)

Atividade 29

Dados X3 X4

Estoque de Mercadorias 3.600,00 9.600,00

Clientes – Duplicatas a Receber 7.000,00 14.800,00

Vendas brutas 24.200,00 49.800,00

Vendas à vista 7.260,00 17.430,00

Custo das Mercadorias Vendidas 15.200,00 29.200,00

Fornecedores – (Duplicatas a Pagar) 3.800,00 16.600,00

Compras a Prazo ( percentual ) 60% 90%

PMRE

PMRV

PMPC

QPR

PMRE =

PMRE =

GE =

GE = O saldo do Estoque inicial é o saldo fi nal do exercício anterior, ou

seja, EI=EF do exercício anterior. !!

Page 390: Análise das Demonstrações Contábeis

72 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Práticas sobre índices de atividade

Duplicatas a Receber médias x 360

Vendas

Neste caso, você pode usar as vendas a prazo, já que existe informação sobre

vendas à vista. Então, por diferença, você terá:

Vendas a prazo = Vendas brutas - Venda à vista

Vendas a prazo = 49.800 - 17.430

Vendas a prazo = 32.370

DRM = DRI + DRF

2

DRM = 7.000 + 14.800

2

DRM = 10.900

10.900 x 360 10.900 x 360

49.800 - 17.430 32.370

Legenda:

DRI: Duplicatas a Receber (representa o saldo do exercícios anteriores)

DRF: Duplicatas a Receber (representa o saldo do exercícios atual)

Fornecedores médios x 360

Compras

Para calcular o valor das compras totais

utiliza-se a seguinte fórmula:

CMV = EI + Compras - EF

29.200 = 3.600 + Compras – 9.600

Compras = 35.200

Para calcular o valor das compras a prazo, você deve aplicar o percentual de 90% ao valor

das compras totais obtidas da equação:

Então, as compras a prazo totalizaram:

35.200 x 0,90 = 31.680

DPM = DPI + DPF

2

DPM = 3.000 + 16.600

2

DPM = 10.200

Substituindo na fórmula do PMPC, você obtém:

10.200 x 360

31.680

Legenda:

DPI: Duplicatas a pagar (representa o saldo do exercíco anterior)

DRF: Duplicatas a pagar (representa o saldo do exercíco atual)

PMRV = = = 121 dias

PMPC =

PMPC = = 116 dias

PMRE =

O saldo de Duplicatas a Receber inicial é o saldo fi nal do

exercício anterior, ou seja, DRI=DRF. do exercíco anterior.!!

Page 391: Análise das Demonstrações Contábeis

C E D E R J 73

AU

LA 1

2

A seguir, são fornecidos alguns dados extraídos das demonstrações fi nanceiras da empresa Campos Ltda.

Diante desses dados, calcule o prazo médio de renovação de estoques e a rotação dos estoques relativos a X2, X3 e X4, trabalhando com o Estoque médio.

Atividade 30

DISCRIMINAÇÃOEXERCÍCIO

X1 X2 X3 X4

Valor médio dos estoques (R$ mil) 2.800 3.790 4.815 7.920

Custo dos produtos vendidos (R$ mil) - 11.460 25.800 58.220

Finalmente, o quociente de posicionamento relativo é:

PMRV 121

PMPC 116QPR = = = 1,04

O saldo de Duplicatas a Pagar inicial é o saldo fi nal do

exercício anterior, ou seja, DPI=DRF. do exercíco anterior.!!

FÓRMULAEXERCÍCIO

X2 X3 X4

EI + EF2

FÓRMULAEXERCÍCIO

X2 X3 X4

EM x 360 CPV

360PMRE

EM =

PMRE =

EM =

Page 392: Análise das Demonstrações Contábeis

74 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Práticas sobre índices de atividade

Resposta Comentada

FÓRMULAEXERCÍCIO

X2 X3 X4

EI + EF2

2.800 + 3.790 2

EM = 3.295

3.790 + 4.8152

EM = 4.302,50

4.815 + 7.9202

EM = 6.367,50

FÓRMULAEXERCÍCIO

X2 X3 X4

EM x 360 CPV

3.295 x 36011.460

PMRE= 104 dias

4.302,5 x 36025.800

PMRE = 60 dias

6.367,5 x 36058.220

PMRE = 39 dias

360PMRE

360104

GE = 3,46 vezes

36060

GE = 6,0 vezes

36039

GE = 9,23 vezes

EM =

PMRE =

EM =

= = =

= = =

Sabendo-se que a Cia. Nilópolis tinha um Estoque inicial de R$ 120.000,00, Custo dos Produtos Acabados de R$ 360.000,00, e que o Estoque fi nal era de R$ 180.000,00, pode-se concluir que:a) ( ) O custo dos produtos vendidos era de R$ 300.000,00.b) ( ) O prazo médio de renovação dos estoques era de 120 dias.c) ( ) O prazo médio de renovação dos estoques era de 180 dias.d) ( ) As opções a e c estão corretas.

Resposta ComentadaA opção d é a correta, ou seja, as opções a e c estão corretas.

Para resolver esta atividade, você deve calcular o CPV e o PMRE.

Para calcular o CPV, utiliza-se a seguinte fórmula:

CPV = EIPA + CPA – EFPA

CPV = 120.000 + 360.000 – 180.000

CPV = 300.000

Legenda:

EIPA: Estoque Inicial de Produtos Acabados

EFPA: Estoque Final de Produtos Acabados

CPA: Custo dos Produtos Acabados

Para calcular o PMRE, adota-se a seguinte fórmula:

PMRE = Estoques médios x 360

CPV

Atividade 31

Page 393: Análise das Demonstrações Contábeis

C E D E R J 75

AU

LA 1

2

PMRE =

EM = FI + EF

2

EM = 120.000 + 180.000

2

EM = 150.000

PMRE = 150.000 x 360

300.000

PMRE = 180 dias

Analisando os valores apurados, a opção d é a correta.

Dados os seguintes indicadores:

a) ( ) Os fornecedores fi nanciam totalmente os estoques.b) ( ) Os fornecedores não fi nanciam os estoques.c) ( ) Os fornecedores fi nanciam apenas parte dos estoques.d) ( ) Os fornecedores fi nanciam todo o ciclo operacional.

Resposta ComentadaA opção c é a correta, ou seja, os fornecedores fi nanciam apenas parte dos

estoques.

Observe, no gráfi co, que o PMPC é inferior ao PMRE; portanto, os fornecedores

financiam apenas parte dos estoques. Neste caso, há necessidade de

fi nanciamento do seu ciclo fi nanceiro.

Atividade 32

Ciclo operacional

PMRE PMRV

PMPC Ciclo fi nanceiro

Page 394: Análise das Demonstrações Contábeis

76 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Práticas sobre índices de atividade

O supermercado Paracambi divulgou suas demonstrações contábeis relativas aos exercícios de X8 e X9, tendo apresentado as seguintes informações:

O PMRE de X8 era de ____________ dias, (aumentando/diminuindo) para______________ dias em X9.O PMPC de X8 era de ____________ dias, (aumentando/diminuindo) para.__________ dias em X9.

Resposta ComentadaPMREx8 = 38,96 dias aumentando PMREx9 = 83,64 dias

PMPCx8 = 84,81 dias aumentando PMPCx9 = 130,77 dias

Observe, no enunciado, que a empresa é do ramo comercial; portanto, a fórmula

do PMRE é:

Estoques médios x 360

CMV

O valor médio de estoques é dado pela seguinte fórmula:

EI + EF EI + EF

2 2

700.000 + 1.400.000 1.400.000 + 3.200.000

2 2

EMx8 = 1.050.000 EMx9 = 2.300.00

Substituindo na fórmula do PMRE, você encontrará:

1.050.000 x 360 2.300.000 x 360

9.700.000 9.900.000

Para calcular o PMPC, você utiliza a seguinte fórmula:

Fornecedores médios x 360

Compras

O valor médio de Fornecedores é dado pela seguinte fórmula:

EI + EF EI + EF

2 2

1.800.000 + 3.100.000 3.100.000 + 5.400.000

2 2

FMx8 = 2.450.000 FMx9 = 4.250.000

Atividade 33

X7 X8 X9

Estoque de Mercadorias 700.000 1.400.000 3.200.000

Fornecedores de Mercadorias 1.800.000 3.100.000 5.400.000

Custo das Mercadorias Vendidas - 9.700.000 9.900.000

PMRE =

EMx8 = EMx9 =

EMx8 = EMx9 =

PMREx8 = = 38.97 PMREx9 = = 83.64

PMPC =

FMx8 = FMx9 =

FMx8 = FMx9 =

Page 395: Análise das Demonstrações Contábeis

C E D E R J 77

AU

LA 1

2

As Compras serão obtidas através da fórmula:

CMV = Estoque Inicial + Compras - Estoque Final

O Estoque Inicial será o saldo de X7 e o Estoque Final será o saldo de X8;

sendo assim, você obtém os seguintes valores de compras:

Em X8:

9.700.000 = 700.000 + Compras – 1.400.000; logo, Compras =

10.400.000.

Em X9:

9.900.000 = 1.400.000 + Compras – 3.200.000; logo, Compras =

11.700.000.

Aplicando na fórmula do PMPC, você obterá:

2.450.000 x 360 4.250.000 x 360

10.400.000 11.700.000

Você constata que o PMRE de X8 era de aproximadamente 39 dias, tendo

aumentado para aproximadamente 84 dias em X9.

Já o PMPC de X8 era de aproximadamente 85 dias, tendo aumentado para

aproximadamente 131 dias em X9.

PMPCx8 = = 84.81 PMPCx9 = = 130.77

Page 396: Análise das Demonstrações Contábeis

78 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Práticas sobre índices de atividade

O Balanço Patrimonial da empresa Natividade encerrado em 31/12/X1 está apresentado a seguir.

Calcule o prazo médio de renovação de estoques, o prazo médio de recebimento de vendas e o prazo médio de pagamento de compras, sabendo que:a) Vendas brutas do exercício foram de R$ 100.000 mil;b) Devoluções e abatimentos sobre vendas foram de R$ 20.000 mil;c) Custo dos Produtos Vendidos é de R$ 67.000 mil;d) Compras brutas tiveram valor de R$ 30.000 mil; e) Abatimentos sobre compras tiveram valor de R$ 3. 500 mil.

Resposta ComentadaPMRE = 75 dias

PMRV = 45 dias

PMRE = 136 dias

Nesta atividade, você utilizou a primeira etapa do estudo dos indicadores, isto é,

o cálculo dos índices de atividade através das fórmulas:

Atividade 34

ATIVO PASSIVO

CIRCULANTE

Caixa 4.000Bancos c/ movimento 2.000Duplicatas a Receber 10.000(-) Duplicatas Descontadas (1.000)

(-) PDD (200)Estoques de Matérias-Primas 5.000Estoques de Prod. em Processo 1.000Estoques de Prod. Acabados 8.000Total do AC 28.800Ativo Realizável a Longo Prazo 4.000Ativo Permanente 10.000

CIRCULANTE

Fornecedores 10.000Empréstimos a Pagar 20.000Dividendos a Pagar 2.000Total do PC 32.000

PATRIMÔNIO LÍQUIDO Capital 8.000Reserva de Lucro 1.000Lucros Acumulados 1.800Total do PL 10.800

Total Ativo 42.800 Total Passivo 42.800

Balanço Patrimonial

FÓRMULA CÁLCULO PRAZO

Estoques x 360CPV

14.000 x 36067.000

75 dias

DR x 360Vendas

10.000 x 360 100.000 - 20.000

45 dias

Fornecedores x 360Compras

10.000 x 36030.000 - 3.500

136 dias

PMRE = PMRE =

PMRV =

PMPC =

PMRV =

PMPC =

em R$ Mil

Page 397: Análise das Demonstrações Contábeis

C E D E R J 79

AU

LA 1

2

Observe, nos numeradores das fórmulas de PMRV e PMPC, que os valores

utilizados para Vendas e Compras foram os valores líquidos, isto é:

Vendas líquidas = Vendas brutas – Abatimentos e devoluções de vendas;

Compras líquidas = Compras brutas - Abatimentos sobre compras.

No cálculo de PMRE, o valor dos estoques representa a soma dos estoques de

MP, PP e PA.

CONCLUSÃO

Por meio da elaboração das tarefas propostas nesta aula, você

aprendeu como aplicar no Balanço Patrimonial e na Demonstração

do Resultado do Exercício a técnica de Análise por Quocientes na

modalidade denominada indicadores de atividade.

Você percebeu a importância de comparar esses indicadores aos

de empresas do mesmo ramo de atividade.

Finalmente, teve oportunidade de tirar algumas conclusões sobre

as empresas analisadas.

INFORMAÇÕES SOBRE A PRÓXIMA AULA

Você estudará, na próxima aula, uma outra modalidade de Análise por Quocientes:

os índices de rentabilidade.

Page 398: Análise das Demonstrações Contábeis

Análise por Quocientes IV – Índices de rentabilidade

Após o desenvolvimento da teoria de rentabilidade, esperamos que você seja capaz de:

aplicar os índices de rentabilidade na Demonstração do Resultado do Exercício em conjunto com o Balanço Patrimonial;

identifi car os objetivos e a importância desses indicadores;

analisar os resultados obtidos pelos indicadores de rentabilidade, tirando conclusões sobre a situação da empresa analisada.

13objetivos

AU

LA

Meta da aula

Apresentar mais uma modalidade de Análise por Quocientes, esta denominada

índices de rentabilidade, explicando sua importância como instrumento de análise

dos demonstrativos contábeis.

Pré-requisitos

Para acompanhar esta aula com mais facilidade é essencial, mais uma vez, que você tenha um

bom domínio sobre os principais relatórios contábeis (Balanço Patrimonial e Demonstração do Resultado do Exercício) enfatizados em aulas de Contabilidade Geral I e II; é positivo também

retomar os conceitos utilizados na Análise Vertical e na Análise Horizontal.

A utilização de uma calculadora facilitará a realização desta aula.

1

2

3

Page 399: Análise das Demonstrações Contábeis

82 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Análise por Quocientes IV - Índices de rentabilidade

INTRODUÇÃO

INDICADORES DE RENTABILIDADE

MARGEM DE LUCRATIVIDADE DAS VENDAS

Quando o rendimento é relacionado com o volume das vendas, denomina-se lucratividade.

TAXAS DE RETORNO SOBRE OS RECURSOS INVESTIDOS

Quando o rendimento é relacionado com os capitais investidos na empresa, denomina-se retorno.

Margem Bruta Retorno sobre o Ativo Operacional

Margem Operacional Retorno sobre o Investimento Total

Margem Líquida Retorno sobre o Capital Próprio

ÍN D I C E S D E RE N T A B I L I D A D E

Também denominados índices de lucratividade ou de retorno.

Até o momento você conheceu indicadores que abrangiam os aspectos

fi nanceiros na análise das empresas. Os aspectos econômicos (geração dos

resultados) foram tratados superfi cialmente, quando era indispensável a

referência a eles, em virtude de suas conexões com os temas fi nanceiros. Esta

aula tratará dos ÍNDICES DE RENTABIL IDADE ; a partir destes indicadores, você

concentrará sua atenção nos aspectos econômicos da análise empresarial, ou

seja, você deverá estar voltado para a geração dos resultados, conjugando

elementos da DRE e do BP.

Certamente o lucro é o principal estímulo do empresário e uma das formas

de avaliação do êxito de um empreendimento. A rentabilidade é refl exo das

políticas e das decisões adotadas pela administração da empresa, expressando

objetivamente o nível de efi ciência e o grau do êxito econômico-fi nanceiro

atingido.

Há um grande número de indicadores de rentabilidade, cada um deles

relacionando os retornos da empresa a suas vendas, a seus ativos ou ao seu

Patrimônio Líquido.

ÍNDICES DE RENTABILIDADE

Os índices de rentabilidade têm por fi nalidade medir o rendimento

econômico obtido pela empresa em certo período, isto é, mensurar a

rentabilidade dos capitais investidos.

Neste grupo de informações sobre rentabilidade encontram-se

dois conjuntos de índices; eles expressam as margens de lucratividade

das vendas e as taxas de retorno sobre os recursos investidos.

Os índices de rentabilidade geralmente são expressos em

percentuais, já que, em termos absolutos, têm utilidade informativa

bastante reduzida.

Page 400: Análise das Demonstrações Contábeis

C E D E R J 83

AU

LA 1

3

SÉ R G I O D E IU D Í C I B U S

Professor titular do Departamento de Contabilidade da

FEA/USP e presidente do Conselho

Curador da Fipecafi . Coordenador e

co-autor do livro Contabilidade

introdutória (1998). Autor de

Análise de balanços (texto e exercícios)

(1998), Análise de custos (1993),

Contabilidade gerencial (texto

e exercícios) (1982,1998), Curso

de contabilidade para não contadores (exercícios) (2000), Introdução à teoria

da contabilidade (2006) e Manual de contabilidade

para não contadores (1993), além de ser

o diretor responsável pelo Manual de

contabilidade das sociedades por ações.

Veja o que diz o professor SÉ R G I O D E IU D Í C I B U S , em seu livro

Curso de contabilidade para não contadores (2000, p.155) sobre a

rentabilidade em termos absolutos:

Afi rmar que a General Motors teve um lucro de R$ 5 bilhões ou

que a Empresa Descamisados teve um lucro de R$ 200 mil, no

mesmo período, pode impressionar no sentido de que todo mundo

vai perceber que a General Motors é uma empresa muito grande e

a outra é muito pequena, e só; não refl etirá, todavia, qual das duas

deu maior retorno relativo.

MARGEM DA LUCRATIVIDADE DAS VENDAS

Uma ferramenta popular usada para avaliar a M A R G E M D E

L U C R A T I V I D A D E da empresa em relação às vendas é a análise da DRE

em termos de participação ou composição dos resultados do Lucro

Bruto, do Operacional e do Líquido, já estudado por você na aula de

Análise Vertical.

Você verá que, apesar dos esforços constantes para melhorar

as margens de lucro, comprimindo custos e despesas, e aumentando a

efi ciência, o lucro pode ser considerado baixo ou alto de acordo com

o tipo de atividade explorada pela empresa. Assim, uma indústria

automobilística normalmente apresenta margens de lucro pequenas e

valores monetários de vendas elevados. Já as empresas comerciais, de

modo geral, apresentam valores monetários de vendas menores com

margens de lucro melhores. MA R G E M D E L U C R A T I V I D A D E

A margem da lucratividade das

vendas também pode ser denominada taxa

de lucratividade.Quando você for avaliar

a rentabilidade de uma empresa, lembre-se de que, para a interpretação dos

indicadores, você deverá compará-los com os:- índices de rentabilidade de empresas competidoras;

- índices da série histórica da empresa (análise da tendência);

- índices da média do setor (se o rendimento foi mais alto ou mais baixo do que a média do setor).

Desse modo, você terá condições de verifi car se a taxa de rentabilidade é satisfatória, normal

ou insufi ciente.

!!

Page 401: Análise das Demonstrações Contábeis

84 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Análise por Quocientes IV - Índices de rentabilidade

Nós acreditamos que a melhor maneira de você conhecer os índices,

seus signifi cados e fórmulas é praticando.

Para avaliar os índices referentes às margens de lucratividade

das vendas que serão apresentados a seguir, vamos utilizar as

Demonstrações dos Resultados dos Exercícios saneadas, de X1, X2 e

X3, respectivamente.

Os índices referentes à margem de lucratividade das vendas

relativas aos anos X1 e X2 já foram calculados e interpretados.

Você terá como atividade apurar e interpretar os índices em

relação ao ano X3, verifi cando seu comportamento em relação aos

anos anteriores.

Empresa Via Digital S.A.

Demonstrações dos Resultados dos Exercícios saneadas relativas aos

exercícios de:

DISCRIMINAÇÃOX1 X2 X3

VALOR AV AH VALOR AV AH VALOR AV AHR$ % % R$ % % R$ % %

RECEITA OPERACIONAL BRUTA (1)

237.401 113 100 294.377 114 124 313.824 112 132

(-) Deduções de Vendas (2) 26.889 13 100 35.031 14 130 33.624 12 125

(=) RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA (3) = (1 – 2)

210.512 100 100 259.346 100 123 280.200 100 133

(-) CUSTO DOS PRODUTOS VENDIDOS (4)

160.385 76 100 161.313 62 101 174.340 62 109

(=) LUCRO BRUTO (5) = (3 – 4) 50.127 24 100 98.033 38 196 105.860 38 211

(-) Despesas Operacionais (6) = (7 + 8 + 9 + 10)

35.382 17 100 92.327 36 261 101.23536

286

. Vendas (7) 10.218 5 100 12.189 5 119 13.225 5 129

. Administrativas (8) 9.296 4100 8.299 3 89

9.078 3 98

. Financeiras Líquidas (9) 15.868 8100 71.839 28 453

78.932 28 497

. Outras Despesas/Receitas (10)

- - - - - - - - -

(=) Lucro Operacional (11) = (5 – 6)

14.745 7 100 5.706 2 39 4.625 2 31

(+) Resultados Não-Operacionais (12)

156 - 100 259 - 166 616 - 395

(=) Lucro antes do IR (13) = (11 + 12)

14.901 7 100 5.965 2 40 5.241 2 35

(-) Provisão para IR (14) 4.797 2 100 1.283 - 27 1.661 1 35

(=) Lucro Líquido (15) = (13 – 14)

10.104 5 100 4.682 2 46 3.580 1 35

DRE

Page 402: Análise das Demonstrações Contábeis

C E D E R J 85

AU

LA 1

3

Dados relativos a X0

DISCRIMINAÇÃO R$

Ativo Operacional 108.190,00

Ativo Total 116.549,00

Patrimônio Líquido 42.563,00

DISCRIMINAÇÃO 31/12/X1 31/12/X2 31/12/X3

IGP – R$ 1,19 1,23 1,30

Fator de conversão para defl acionar os valores para o ano X1

1,000 0,967 0,915

a. Margem Bruta (MB)

Indica qual o percentual de LU C RO BR U T O obtido pela empresa

em relação às suas Vendas Líquidas.

Fórmula:

MB = Lucro Bruto x 100 Vendas Líquidas

Através desse indicador, a empresa irá mensurar a percentagem de

cada real de vendas que sobrará após a dedução do Custo das Vendas.

Interpretação: quanto maior a margem bruta, melhor a situação

econômica da empresa.

LU C RO BR U T O

Também é chamado de Lucro

Operacional Bruto.

Vendas Líquidas é o mesmo que ROL.!!

Page 403: Análise das Demonstrações Contábeis

86 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Análise por Quocientes IV - Índices de rentabilidade

Em um exemplo, MB = 40% signifi ca que o resultado bruto

correspondeu a 40% do faturamento líquido (ROL) ou, em outras

palavras: em cada real de vendas a empresa obteve 40 centavos de

lucro bruto.

Um aumento na margem bruta signifi ca ou um crescimento das

vendas em maior proporção do que o ocorrido no C U S T O D A S V E N D A S

ou decréscimo do custo das vendas. CU S T O D A S VE N D A S

Representado na indústria por CPV, na empresa comercial por CMV e na prestadora de serviço por CSP. Normalmente, os analistas não

exprimem a rentabilidade por quocientes ou razão. Convertem os quocientes em taxa (%),

bastando para isso a multiplicação das fórmulas por 100. !!

Alguns aspectos que você deverá observar na análise da margem

bruta:

- somente se compara a margem bruta de uma empresa com as

do mesmo ramo de atividade. Por exemplo, não se deve comparar a

margem bruta de um supermercado (bastante pequena) com a de uma

indústria farmacêutica (bastante elevada);

- quando um acréscimo da margem bruta torna-se signifi cativo, as

causas determinantes devem ser investigadas. Por exemplo, crescimento

dos preços de vendas maior do que do custo das vendas, diluição dos

custos fi xos em razão do aumento da quantidade vendida (custo unitário

de produção menor) etc.;

- um decréscimo signifi cativo na margem bruta pode ser provocado

por alguns fatores como: elevação dos custos dos fatores de produção

(matérias-primas, mão-de-obra direta e custos indiretos de fabricação);

do CMV; da perda de efi ciência na produção etc.

Page 404: Análise das Demonstrações Contábeis

C E D E R J 87

AU

LA 1

3

FÓRMULA ANO CÁLCULO

MB= Lucro Bruto x 100ROL

X1MB = 50.127 x 100 = 24% 210.512

X2MB = 98.033 x 100 = 38% 259.346

X3 MB = _________ x 100 =

Aplicando os índices de margem bruta na Empresa Via Digital S.A., temos:

Você viu na Aula 6 como eliminar os efeitos da infl ação nas

demosntrações contábeis.

Com a homogenerzação da demonstrações (valores convertidos à

moeda de uma mesma data) é possível saber se há variação real.

Fator de conversão de 31/12/X2 para 31/12/X1 = 1,19 = 0,967 1,23

Fator de conversão de 31/12/X3 para 31/12/X1 = 1,19 = 0,915 1,30

Na Empresa Via Digital optou-se por ajustar os valores originais

deflacionando para o ano X1, bastando multiplicar os fatores de

conversão pelos valores originais de X2 e X3.

DISCRIMINAÇÃO

X2Valores originais

(em reais)a

Fator de conversão

b

X1Valores defl acionados

(em reais)c = a x b

ROL 259.346 0,967 250.788CPV 161.313 0,967 155.990LB 98.033 0,967 94.798DO 92.327 0,967 89.280Despesas com Vendas 12.189 0,967 11.787Despesas Administrativas 8.299 0,967 8.025Despesas Financeiras Líquidas 71.839 0,967 69.468Lucro Operacional 5.706 0,967 5.518Lucro Líquido 4.682 0,967 4.527Ativo Operacional Médio 111.104 0,967 107.438Ativo Total Médio 119.829 0,967 115.875

Page 405: Análise das Demonstrações Contábeis

88 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Análise por Quocientes IV - Índices de rentabilidade

Valores defl acionados para X1

DISCRIMINAÇÃO X1 X2 X3

Receita Operacional Líquida – R$ 210.512 250.788 256.383

Análise Horizontal (número-índice) 100% 119% 122%

Custo dos Produtos Vendidos – R$ 160.385 155.990 159.521

Análise Horizontal (número-índice) 100% 97% 99%

Lucro Bruto – R$ 50.127 94.798 96.862

Análise Horizontal (número-índice) 100% 189% 193%

Despesas Operacionais – R$ 35.382 89.280 92.630

Análise Horizontal (número-índice) 100% 252% 262%

Despesas com Vendas – R$ 10.218 11.787 12.101

Análise Horizontal (número-índice) 100% 115% 118%

Despesas Administrativas – R$ 9.296 8.025 8.306

Análise Horizontal (número-índice) 100% 86% 89%

Despesas Financeiras Líquidas – R$ 15.868 69.468 72.223

Análise Horizontal (número-índice) 100% 438% 455%

Lucro Operacional – R$ 14.745 5.518 4.232

Análise Horizontal (número-índice) 100% 37% 29%

Lucro Líquido – R$ 10.104 4.527 3.276

Análise Horizontal (número-índice) 100% 45% 32%

Ativo Operacional Médio 111.104 107.438 116.250

Análise Horizontal (número-índice) 100% 97% 105%

Ativo Total Médio 119.829 115.875 147.407

Análise Horizontal (número-índice) 100% 97% 123%

DISCRIMINAÇÃO

X3Valores originais

(em reais)a

Fator de conversão

b

X1Valores

defl acionados(em reais)c = a x b

ROL 280.200 0,915 256.383CPV 174.340 0,915 159.521LB 105.860 0,915 96.862DO 101.235 0,915 92.630Despesas com Vendas 13.225 0,915 12.101Despesas Administrativas 9.078 0,915 8.306Despesas Financeiras Líquidas 78.932 0,915 72.223Lucro Operacional 4.625 0,915 4.232Lucro Líquido 3.580 0,915 3.276Ativo Operacional Médio 127.049 0,915 116.250Ativo Total Médio 161.101 0,915 147.407

Page 406: Análise das Demonstrações Contábeis

C E D E R J 89

AU

LA 1

3Comentários relativos a X1 e X2:

Os comentários foram realizados nas Aulas 3 (AV) e 5 (AH):

no ano X1 a Empresa Via Digital obteve uma margem bruta de 24%

em relação à Receita Operacional Líquida, e no ano X2 aumentou sua

participação para 38%.

O acréscimo real da margem bruta, de 89%, ocorreu em função,

principalmente, do acréscimo real das ROL, de 19%, aliado ao

decréscimo real do CPV, de 3%.

Agora faça uma análise e redija um comentário relativo a X3. ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Resposta ComentadaEm relação a X3, a margem bruta manteve a mesma participação do ano anterior (38%)

em relação à ROL. Em termos reais, observa-se uma tendência crescente da MB no período

analisado. A margem bruta cresceu 93%, em função, principalmente, do acréscimo de 22%

da ROL, aliado ao decréscimo de 1% no CPV.

Memória de cálculo:

MB =105.860 x100 = 38% 280.200

Atividade 1

Você viu na aula de Análise Horizontal que a variação é

nominal quando utiliza os valores originais das demonstrações. A variação real é aquela em que

os valores originais são ajustados, isto é, defl acionados ou infl acionados.!!

Page 407: Análise das Demonstrações Contábeis

90 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Análise por Quocientes IV - Índices de rentabilidade

b. Margem Operacional (MO)

Indica qual percentual do LUCRO OPERAC IONAL a empresa obteve

em relação às suas Vendas Líquidas.

Fórmula:

MO = Lucro Operacional x 100 Vendas Líquidas

Representa a capacidade da empresa de gerar resultado com suas

vendas.

Através desse indicador a empresa irá mensurar a percentagem de

cada real de vendas que sobrará após a dedução dos custos das vendas

e das despesas operacionais (com vendas, administrativas, fi nanceiras

líquidas e outras despesas/receitas operacionais).

Interpretação: quanto maior a margem operacional, melhor a

situação econômica da empresa.

LU C RO OP E R A C I O N A L

Também é chamado Lucro Operacional Líquido.

Vendas Líquidas é o mesmo que ROL.!!Em um exemplo: MO = 25% signifi ca que o resultado operacional

correspondeu a 25% das vendas líquidas ou, em outras palavras, em cada

real de vendas a empresa obteve 25 centavos de lucro operacional.

Alguns aspectos que você deverá observar na análise da margem

operacional:

- a elevada margem em função do controle efetivo dos custos;

- o crescimento mais rápido das vendas em relação às despesas

operacionais;

- se a empresa está operando de maneira efi ciente ou inefi ciente;

- se a empresa deverá (ou não) direcionar esforços para reduzir

as despesas com vendas, administrativas, fi nanceiras etc.

Aplicando os índices de margem operacional na Empresa Via

Digital S.A., você encontra:

Page 408: Análise das Demonstrações Contábeis

C E D E R J 91

AU

LA 1

3

FÓRMULA ANO CÁLCULO

MO = Lucro Operacional x 100ROL

X1MO = 14.745 x 100 = 7% 210.512

X2MO = 5.706 x 100 = 2% 259.346

X3 MO = ________ x 100 =

Comentários relativos a X1 e X2:

Como foi mencionado anteriormente, esse índice também já foi

interpretado nas Aulas 3 e 5. Vale a pena relembrá-lo.

A margem operacional (lucro operacional ou lucratividade

operacional) caiu de 7% para 2%, em relação a X1. O principal

responsável por essa queda foi o aumento signifi cativo da participação

das Despesas Operacionais, que passaram de 17% em X1 para 36%,

em relação à ROL. Dentre as Despesas Operacionais, destaque negativo

para as Despesas Financeiras, que cresceram, em termos reais, 338%.

As Despesas Financeiras passaram a representar 73% das Despesas

Operacionais, passando de 8% para 28% em relação à ROL.

Como conseqüência, ocorreu uma queda significativa da

lucratividade operacional, de 63% em termos reais e de 61% em termos

nominais.

Page 409: Análise das Demonstrações Contábeis

92 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Análise por Quocientes IV - Índices de rentabilidade

Agora faça uma análise e redija um comentário relativo a X3. ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Resposta ComentadaEm X3 não ocorreu alteração na lucratividade operacional, mantendo-se o mesmo nível de

X2 (2% da ROL). Muito embora a lucratividade bruta continuasse crescendo se comparada

a X1 (em termos reais 93% contra 89% de X2).

As despesas operacionais também continuaram evoluindo, apresentando um acréscimo real

de 162% se comparada a X1, contra 152% de X2. Mais uma vez as Despesas Financeiras

contribuíram para essa baixa rentabilidade (acréscimo de 355%, em termos reais), representando

28% da ROL. A participação signifi cativa das Despesas Financeiras nos dois últimos exercícios

se deu pelas imobilizações fi xas fi nanciadas com recursos de terceiros.

Memória de cálculo:

MO = 4.625 x100 = 2% 280.200

Atividade 2

c. Margem Líquida (ML)

Esta margem indica qual a percentagem de Lucro Líquido a

empresa obteve em decorrência de suas vendas. Mostra o ganho fi nal

do lucro da empresa que deverá estar à disposição dos donos do capital

investido (proprietários, acionistas, cotistas).

Fórmula:

ML = Lucro Líquido x 100 Vendas Líquidas

Esse índice mensura a percentagem de cada real proveniente das

vendas que restou após a dedução de todos os custos e despesas.

Interpretação: quanto maior for a margem líquida da empresa,

melhor, já que é uma medida usada para avaliar o sucesso (ou não) da

mesma.

Page 410: Análise das Demonstrações Contábeis

C E D E R J 93

AU

LA 1

3

Vendas Líquidas é o mesmo que ROL.!!Em um exemplo: ML = 10% significa que o resultado das

operações da empresa correspondeu a 10% das vendas líquidas (ROL)

ou, em outras palavras, em cada real de vendas a empresa obteve 10

centavos de lucro.

Alguns aspectos que você deverá observar na análise da margem

líquida:

- cada setor da economia possui valores específi cos, não é válido

comparar empresas de segmentos diferentes;

- que percentagem das despesas e receitas não ligadas à atividade

operacional afetaram o resultado líquido.

Aplicando os índices de margem líquida na Empresa Via Digital

S.A., temos:

Comentários relativos a X1 e X2:

Mais uma vez cabe ressaltar que os índices de lucratividade

(margem de lucro) já foram analisados na Aula 3 – Análise Vertical e a

evolução (ou involução) dessas margens foi objeto da Aula 5 – Análise

Horizontal.

FÓRMULA ANO CÁLCULO

ML = Lucro Líquido x 100ROL

X1ML = 10.104 x 100 = 5% 210.512

X2ML = 4.682 x 100 = 2% 259.346

X3 ML = _________ x 100 =

Page 411: Análise das Demonstrações Contábeis

94 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Análise por Quocientes IV - Índices de rentabilidade

Como os resultados não-operacionais foram inexpressivos em X2,

a queda constatada na margem operacional não foi revertida. Portanto,

a margem líquida inalterada (2% da ROL) fez com que a Via Digital

piorasse seu desempenho em relação a X1, pois sua lucratividade líquida

(margem líquida) diminuiu, passando de 5% para 2% da ROL. Sua

queda em termos reais foi de 55%, se comparada a X1.

Agora, faça uma análise e redija um comentário relativo a X3. ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Resposta ComentadaEm X3 a Via Digital alcançou o seu pior desempenho nos exercícios analisados, alcançando

apenas 1% de lucratividade fi nal (margem líquida) em relação à ROL e uma queda

signifi cativa, em termos reais, de 68% se comparado ao ano-base.

Memória de cálculo:

ML = 3.580 x 100 = 1% 280. 200

Atividade 3

TAXAS DE RETORNO SOBRE OS RECURSOS INVESTIDOS

Medem o poder de ganho da empresa e/ou dos proprietários

(acionistas ou cotistas) em relação aos recursos aplicados na empresa.

Para avaliar os índices referentes às taxas de retorno sobre os

recursos investidos, que serão apresentados a seguir, vamos utilizar, além

das Demonstrações dos Resultados dos Exercícios de X1, X2 e X3, os

Balanços Patrimoniais encerrados em 31 de dezembro 31/12/X1, X2 e

X3, respectivamente.

Os índices referentes às taxas de retorno sobre os recursos

investidos relativos aos anos X1 e X2 estão calculados e interpretados.

Em relação ao ano X3, você terá como atividade apurar e

interpretar os índices, verifi cando seu comportamento em relação aos

anos anteriores.

Page 412: Análise das Demonstrações Contábeis

C E D E R J 95

AU

LA 1

3

APLICAÇÕES

31/12/X1 31/12/X2 31/12/X3

VALOR AV AH VALOR AV AH VALOR AV AH

R$ % % R$ % % R$ % %

ATIVO CIRCULANTEDisponibilidades (1)

7.390 6 100 2.024 1 27 2.849 2 39

Direitos Realizáveis a Curto Prazo (2)

47.218 38 100 41.015 29 87 53.021 29 112

Soma (3) = (1+2) 54.608 44 100 43.039 30 79 55.870 31 102

Estoques (4) 33.923 28 100 33.411 24 98 43.227 24 127

TOTAL DO ATIVO CIRCULANTE (5) = (3 + 4)

88.531 72 100 76.450 54 86 99.097 55 112

ATIVO REALIZÁVEL A LONGO PRAZO (6)

- - - - - - - - -

TOTAL DO ATIVO PERMANENTE (7) = (8 + 9 + 10)

34.577 28 100 65.124 46 188 81.531 45 236

. Investimentos (8) 3.263 3 100 4.106 3 126 5.352 3 164

. Imobilizado (9) 31.314 25 100 59.036 42 189 73.000 40 233

. Diferido (10) - - - 1.982 1 - 3.179 2 -

ATIVO TOTAL (11) = (5 + 6 + 7) 123.108 100 100 141.574 100 115 180.628 100 147

Balanço Patrimonial

Empresa Via Digital S.A.

Balanços Patrimoniais saneados encerrados em:

ORIGENS

31/12/X1 31/12/X2 31/12/X3

VALOR AV AH VALOR AV AH VALOR AV AH

R$ % % R$ % % R$ % %

PASSIVO CIRCULANTE (1) 60.554 49 100 48.943 35 81 63.376 35 105

PASSIVO EXIGÍVEL LP (2) 14.196 12 100 51.291 36 361 63.624 35 448

PASSIVO EXIGÍVEL (3) = (1 + 2) 74.750 61 100 100.234 71 134 127.000 70 170

PATRIMÔNIO LÍQUIDO (4) 48.358 39 100 41.340 29 85 53.628 30 111

PASSIVO TOTAL (5) = (3 + 4) 123.108 100 100 141.574 100 115 180.628 100 147

Balanço Patrimonial

Empresa Via Digital S.A.

Balanços Patrimoniais saneados encerrados em:

Page 413: Análise das Demonstrações Contábeis

96 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Análise por Quocientes IV - Índices de rentabilidade

a. Taxa de Retorno sobre o Ativo Operacional (TRAO)

A TAXA DE RETORNO SOBRE O ATIVO OPERACIONAL mede a rentabilidade

das operações básicas da empresa em face dos recursos aplicados no

ativo operacional.

Fórmula:

TRAO = Lucro Operacional x 100 Ativo Operacional

onde: ativo operacional é igual ao Ativo Total (do balanço

saneado) menos os ativos não-operacionais.

Entendem-se como ativos não-operacionais:

a. as aplicações fi nanceiras no AC e no ARLP;

b. as aplicações no Ativo Permanente – Investimentos (exceção

investimentos em coligadas e controladas) ;

c. as aplicações no Ativo Permanente - Imobilizado, referente ao

imobilizado em andamento, ou seja, todas as aplicações de recursos de

imobilizações (bens ou direitos) mas que ainda não estão operando (ainda

não geram receitas). Exemplos: obras em andamento, importações em

andamento de bens do imobilizado etc.

A interpretação do retorno sobre o ativo operacional é no sentido

de que quanto maior melhor.

Em um exemplo: TRAO = 25% signifi ca que o poder de ganho da

empresa é de que há um ganho de R$ 0,25 para cada R$ 1,00 investido no

ativo operacional; em outras palavras, quer dizer que o Lucro Operacional

do exercício representa 25% do ativo operacional da empresa.

TRAO

Alguns autores denominam a Taxa de Retorno sobre o Ativo Operacional (TRAO) de Retorno sobre o investimento (return on investment – ROI).

Sempre que possível adote o Ativo Médio no denominador da fórmula da TRAO e da TRI, já que

nem o Ativo fi nal nem o Ativo inicial geraram o resultado, mas a média do Ativo utilizado no ano.

Ativo Médio = Ativo Inicial (saldo do ano anterior) + Ativo Final ( saldo do ano atual)

2!!

Page 414: Análise das Demonstrações Contábeis

C E D E R J 97

AU

LA 1

3Aplicando os índices de taxa de Retorno sobre Ativo Operacional

(TRAO) na Empresa Via Digital S.A., você encontra:

Comentários relativos a X1 e X2:

No Ano X1, a Via Digital apresentou uma TRAO de 13%, tendo

um poder de ganho de R$ 0,13 para cada R$ 1,00 investido no ativo

operacional.

Em X2 ocorreu uma queda drástica na TRAO, passando de 13%

para 5%. Mesmo não tendo os índices médios do setor disponíveis até

o momento, pode-se interpretar que a TRAO de X2 de 5% é baixa

se comparada a outros indicadores, por exemplo, ao rendimento da

caderneta de poupança, que nesse exercício foi também de 5%. A TRAO

de 5% revela que o lucro operacional representa 5% do ativo operacional

da empresa. Uma das razões para a baixa efi ciência do ativo operacional

é que o Lucro Operacional foi afetado drasticamente pelas despesas

fi nanceiras (28% da ROL).

Memória de cálculo:

Como já foi mencionado, você deve utilizar o Ativo Total

médio.

Ativo operacional = Ativo Total (do balanço saneado) – ativos

não-operacionais

Ativo não-operacional x1 = ?

aplicações fi nanceiras = 5.827

Ativo Permanente-Investimentos = 3.263

Ativo não-operacional x1 = 5.827 + 3.263

Ativo não-operacional x1 = 9.090

FÓRMULA ANO CÁLCULO

TRAO = Lucro Operacional x 100 Ativo Operacional

X1TRAO = 14.745 x 100 = 13% 111.104

X2TRAO = 5.706 x 100 = 5% 116.282

X3 TRAO = _________ x 100

dados originais extraídos do BP de 31/12/X1 (Aula 2)

Page 415: Análise das Demonstrações Contábeis

98 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Análise por Quocientes IV - Índices de rentabilidade

Ativo operacional x1 = ?

Ativo operacional x1 = 123.108 - 9.090 = 114.018

Após o cálculo do ativo operacional x1, o passo seguinte é apurar

o ativo operacional médio.

Sabendo-se que:

Ativo operacional x0 – 108.190

Ativo operacional x1 = 114.018, tem-se:

Ativo operacional médio x1 = 108.190 + 114.018 = 111.104 2

Ativo operacional x2 = ?

Aplicações fi nanceiras = 1.307

Ativo Permanente - Investimento = 4.106

Obras em Andamento = 17.615

Ativo não-operacional = 1.307 + 4.106 + 17.615

Ativo não-operacional = 23.028

Ativo operacional x2 = 141.574 - 23.028 = 118.546

Ativo operacional x1= 114.018

Ativo operacional médio x2 = 114.018 + 118.546 = 116.282 2

Agora, faça uma análise e redija um comentário relativo a X3. ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Resposta ComentadaEm X3 observa-se que a TRAO (ROI) decresceu 1 ponto percentual, se comparada a X2,

pelos mesmos motivos apresentados em X2.

Memória de cálculo:

TRAO x3 = 4.625 x 100 = 4% 131.756

onde:

Ativo operacional x3 = 180.628 - (2.033 + 5.352 + 28.278) = 144.965

Ativo operacional médio x3 = 118.546 + 144.965 = 131.756 2

Atividade 4

dados originais extraídos do BP de 31/12/X2 (Aula 2)

Page 416: Análise das Demonstrações Contábeis

C E D E R J 99

AU

LA 1

3

TRI

Alguns autores denominam a Taxa

de Retorno sobre Investimentos de Retorno sobre o ativo (return on

assets – ROA) ou rentabilidade do

ativo.

PAY B A C K

Representa o tempo médio de retorno dos

investimentos.

b. Taxa de Retorno sobre Investimentos (TRI) (do ponto de vista

da empresa)

A TAXA DE RETOR NO SOBRE INVEST IMENTOS evidencia o potencial

de geração de lucros por parte da empresa, isto é, quanto a empresa

obteve de lucro líquido para cada real investido no Ativo Total.

Fórmula:

TRI = Lucro Líquido x 100 Ativo Total

A interpretação do retorno sobre o ativo é de que quanto maior,

melhor.

Em um exemplo: TRI = 20% signifi ca que o poder de ganho da

empresa é de R$ 0,20 para cada R$ 1,00 investido; em outras palavras, quer

dizer que o lucro do exercício representa 20% do Ativo Total da empresa.

Você já viu que o Ativo Total é igual ao Passivo Total; assim, este

índice mede também a rentabilidade de todos os recursos à disposição

da empresa (capital próprio e capital de terceiros).

A interpretação desse quociente também deve ser direcionada para

verifi car o tempo necessário para que haja retorno dos capitais totais

investidos na empresa, conhecido como PA Y B A C K .

O prazo necessário para a empresa recuperar os investimentos

feitos no Ativo é calculado fazendo a seguinte regra de três:

Exemplo:

Para uma TRI = 0,20, você terá:

0,20 = retorno de 20% ao ano, ou seja, no 1º ano serão recuperados

20% dos investimentos.

Quantos anos serão necessários para a empresa recuperar todos

os investimentos feitos no Ativo, ou seja, os 100%?

1º ano ------ 20%

X -------- 100%

X = pay back = 100 = 5 anos ou pay back = 100% 20 TRI

Isso signifi ca que, mantido o atual nível de rentabilidade e sem

contar as possíveis reinversões de lucros, a empresa tem uma previsão

de levar cinco anos para recuperar seu investimento total.

Page 417: Análise das Demonstrações Contábeis

100 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Análise por Quocientes IV - Índices de rentabilidade

Aplicando os índices de Taxa de Retorno sobre Investimentos

(TRI) e de pay back na Empresa Via Digital S.A., temos:

FÓRMULA ANO CÁLCULO

TRI = Lucro Líquido x 100Ativo Total médio

Pay back = 100% TRI

X1

TRI = 10.104 x 100 = 8% 119.829

Pay back = 100% = 12,5 anos TRI

X2

TRI = 4.409 x 100 = 3% 132.341

Pay back = 100% = 33,3 anos 3%

X3 TRI = _______________ x 100

Comentários relativos a X1 e X2:

Em X1 a Via Digital auferiu uma taxa de 8%, signifi cando que,

para cada R$ 100,00 investidos, a empresa ganhou R$ 8,00. Em X2 a taxa

foi de 3%, ocorrendo, portanto, uma apreciável queda na rentabilidade

do Ativo.

Com os dados de X1, a empresa demoraria 12,5 anos (pay back)

para recuperar seu investimento total, apenas com o lucro auferido. Para

X2, a recuperação é ainda mais lenta, levando cerca de 33,3 anos.

Mais adiante, através da análise “Margem” versus “Giro”, você

verá os motivos que levaram à enorme diferença entre o desempenho da

Via Digital nesses dois exercícios.

Memória de cálculo:

Como já foi mencionado, você deve utilizar o Ativo Total

médio.

Ativo Total x0 = 116.549

Ativo Total x1 = 123.108

Ativo Total médio 21 = 116.549 + 123.108 = 119.829 2

Ativo Total x2 = 123.108

Ativo Total x3 = 141.574

Ativo Total médio x2 = 123.108 + 141.574 = 132.341 2

Page 418: Análise das Demonstrações Contábeis

C E D E R J 101

AU

LA 1

3

Agora, faça uma análise e redija um comentário relativo a X3. ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Resposta ComentadaEm X3 a TRI foi de 2% e o pay back, de 50 anos. A queda da TRI, se comparada a X2, e o

aumento do prazo para recuperação dos investimentos (pay back) aconteceram em função

dos mesmos motivos ocorridos em X2.

Memória de cálculo:

TRIx3 = 3.580 x 100 = 2% 161.101

onde:

Ativo Total médiox3 = 141.574 + 180.628 = 161.101 2

Pay back = 100% = 50 anos 2%

Atividade 5

c. Taxa de Retorno sobre o Patrimônio Líquido (TRPL) (o ponto

de vista dos proprietários)

Esta taxa mede a remuneração dos capitais próprios investidos

na empresa, ou seja, quanto a empresa ganhou de Lucro Líquido para

cada real de capital próprio investido.

Fórmula:

TRPL = Lucro Líquido x 100 Patrimônio Líquido

Interpretação: quanto maior, melhor.

Repare que o Ativo Total médio engloba tanto os

ativos operacionais quanto os não-operacionais.!!

Page 419: Análise das Demonstrações Contábeis

102 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Análise por Quocientes IV - Índices de rentabilidade

Sempre que possível adote o Patrimônio Líquido Médio no denominador

da fórmula da TRPL, para comparar com o Lucro Líquido, de forma a melhor traduzir a rentabilidade do período, já que o Patrimônio

Líquido pode sofrer alterações durante o exercício, como aumento de capital, distribuição de dividendos, retirada de sócios etc.

PL Médio = PL inicial (saldo do ano anterior) + PL fi nal (saldo do ano atual 2

!!Além de mostrar o poder de ganho dos proprietários (acionistas

ou cotistas), a TRPL permite verifi car se esse rendimento é compatível

com o de outros rendimentos existentes no mercado, como caderneta de

poupança, títulos de renda fi xa, CDBs, ações, aluguéis etc; possibilitando

avaliar se a empresa está oferecendo rentabilidade superior ou inferior

a essas aplicações.

A adoção do pay back dos capitais próprios é semelhante ao

estudado no dos Capitais Totais. Através da regra de três simples, você

conhecerá o pay back, dividindo os 100%, que é o percentual máximo

em termos de retorno, pelo percentual obtido ao ano.

Em um exemplo: TRPL = 10% signifi ca que os sócios obtiveram, no

ano, remuneração de 10% sobre o capital investido por eles na empresa.

Seu pay back será de 10 anos, conforme demonstrado a seguir:

X = Pay back = 100 = 10 anos 10

PONTOS IMPORTANTES A SEREM CONSIDERADOS SOBRE AS TAXAS DE RETORNO (TRI E TRPL)

• quanto maiores forem estas taxas, maior será a lucratividade

obtida pela empresa em relação aos investimentos totais e ao capital

próprio investido;

Em um exemplo: TRPL = 15% signifi ca que o poder de ganho

dos proprietários é de que, para cada R$ 1,00 investido, há um ganho

de R$ 0,15.

Com esse índices, os proprietários levaram, em média, cerca de 7

anos para recuperar seus investimentos (pay back dos proprietários).

Page 420: Análise das Demonstrações Contábeis

C E D E R J 103

AU

LA 1

3• trabalhando com capitais de terceiros, na TRI, a empresa

obviamente precisará remunerar estes capitais com a lucratividade apurada

no desenvolvimento de suas atividades normais. Quando isto for possível,

a situação será favorável; se a lucratividade obtida não for sufi ciente para

remunerar os capitais de terceiros, será preciso buscar outras fontes para

gerar recursos, aumentando o endividamento da empresa.

Aplicando os índices de Taxa de Retorno sobre o Patrimônio

Líquido (TRPL) e de pay back na Empresa Via Digital S.A., você

encontra:

Comentários relativos a X1 e X2:

A TRPL referente ao ano X1, de 22%, mostra que o rendimento

dos capitais próprios, a princípio, foi bastante atraente se comparado

com o de outros rendimentos alternativos no mercado, como Caderneta

de Poupança.

Observa-se que, para cada R$ 100,00 de Capital Próprio investido, a

Via Digital conseguiu R$ 22,00 de lucro e um pay back de 4,6 anos para os

sócios recuperarem através do Lucro Líquido suas aplicações na empresa.

Em X2, apesar da queda signifi cativa da TRPL, passando de

22% para 10%, e um pay back de aproximadamente 10 anos, ainda se

comparado com outras alternativas de aplicação, pode-se concluir que

a TRPL da Via Digital é aceitável, visto que a rentabilidade dos títulos

de renda fi xa girava em torno de 7%.

Cabe ressaltar que os investimentos dos sócios na empresa

representam capital de risco, até porque nada garante que a empresa

auferirá lucro, portanto, espera-se que a TRPL seja superior às taxas

oferecidas no mercado.

FÓRMULA ANO CÁLCULO

TRPL = Lucro Líquido x 100Patrimônio Líquido médio

Pay back = 100% TRI

X1

TRPL = 10.104 x 100 = 22% 45.461

Pay back = 100% = 4,6 anos 22%

X2

TRPL = 4.682 x 100 = 10% 44.849

Pay back = 100% = 10 anos 10%

X3 TRPL = _______________ x 100

Page 421: Análise das Demonstrações Contábeis

104 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Análise por Quocientes IV - Índices de rentabilidade

Memória de cálculo:

Como já foi mencionado, você deve utilizar o Patrimônio Líquido

médio.

Patrimônio Líquido x0 = 42.563

Patrimônio Líquido x1 = 48.358

Patrimônio Líquido médio x1 = 42.563 + 48.358 = 45.461 2

Patrimônio Líquido x1 = 48.358

Patrimônio Líquido x2 = 41.340

Patrimônio Líquido médio x2 = 48.358 + 41.340 = 44.849 2

Agora, faça uma análise e redija um comentário relativo a X3. ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Resposta ComentadaA rentabilidade do Patrimônio Líquido decresceu de 10% para 8% em X3, mostrando que

a Via Digital conseguiu nesse exercício uma remuneração modesta do seu capital e um

tempo de 13 anos para que os proprietários recuperem seus investimentos na empresa

através do Lucro Líquido.

Memória de cálculo:

TRPLx3 = 3.580 x 100 = 8% 47.484

onde:

Patrimônio Líquido médiox3 = 41.340 + 53.628 = 47.484 2

Pay back = 100% = 13 anos 8%

Atividade 6

GIRO DO ATIVO (GA) OU ROTAÇÃO DO ATIVO (RA)

Embora não represente um índice essencialmente de rentabilidade,

o Giro do Ativo permite o entendimento e a apuração da rentabilidade

do investimento.

Page 422: Análise das Demonstrações Contábeis

C E D E R J 105

AU

LA 1

3O Giro do Ativo mostra a efi ciência com que a empresa utiliza

seus ativos, com o objetivo de gerar reais de vendas, ou seja, este índice

demonstra quantas vezes o Ativo Total foi renovado pelas vendas de

seus produtos ou mercadorias.

GA = Vendas brutas - Devoluções e abatimentos s/vendas Ativo Total

O resultado é número de vezes.

Interpretação: quanto maior, melhor.

Vendas brutas – Devoluções e abatimentos s/vendas

é o mesmo que Receitas operacionais brutas – Devoluções e abatimentos s/vendas.!!

Por exemplo: GA = 1,4 signifi ca que a empresa vendeu, durante

o exercício, o equivalente a 1,4 vez o valor de seu Ativo.

Sempre que houver dados de dois Balanços

Patrimoniais consecutivos, você deverá utilizar a média do Ativo Total para comparar com as Vendas , conforme demonstrado a seguir:

AT Médio = Ativo inicial (saldo do ano anterior) + Ativo fi nal (saldo do ano atual)2!!

O Giro do Ativo na realidade representa um indicador de atividade;

no entanto, para efeito didático, optamos por apresentá-lo junto com os índices de

rentabilidade. !!

Page 423: Análise das Demonstrações Contábeis

106 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Análise por Quocientes IV - Índices de rentabilidade

O GIRO DO ATIVO TAMBÉM PODE SER CALCULADO EM TERMOS DE PRAZOS

GA = Ativo Total x 360 Vendas brutas - Devoluções e abatimentos s/ vendas

Informa quantos dias, em média, a empresa deverá levar para

renovar ou girar seu Ativo em decorrência das Vendas.

CONSIDERAÇÕES IMPORTANTES SOBRE O GIRO DO ATIVO

O sucesso de uma empresa depende, em primeiro lugar, de um

volume de vendas adequado.

Você já aprendeu que o volume de vendas deverá ter relação direta

com o montante de investimentos. Diagnosticar o sucesso ou o fracasso

de uma empresa analisando apenas se as suas vendas são elevadas ou

não pode ser perigoso. Por isso você deve sempre conjugar este elemento

(vendas) com os investimentos feitos no Ativo Total.

Quanto maior for o “giro” do Ativo pelas Vendas, maior será a

taxa de lucro.

Por isso, é aconselhável manter o Ativo em um mínimo neces-

sário. Ativos ociosos, grandes investimentos em Estoques, elevados

valores de Duplicatas a Receber etc. prejudicam o Giro do Ativo e,

conseqüentemente, a rentabilidade.

Um giro lento, dependendo da atividade da empresa, pode ser

justifi cado em indústrias que produzam ou utilizem equipamentos

pesados, como metrô, siderurgia etc. o que não deve ocorrer num super-

mercado, que tem uma renovação de estoques muito rápida.

VÁRIOS FATORES PODEM PROPICIAR UM QUOCIENTE ABAIXO DO ESPERADO

• retração do mercado como um todo;

• perda de participação de mercado;

• estratégia da empresa, quando eleva seus preços objetivando uma

venda menor com margem de lucro maior. A vantagem desta estratégia,

quando bem-sucedida, é manter ou aumentar o lucro com muito menor

volume de vendas e, portanto, correndo risco menor.

Page 424: Análise das Demonstrações Contábeis

C E D E R J 107

AU

LA 1

3Aplicando os índices de Giro do Ativo (GA) na Empresa Via

Digital S.A., você encontra:

FÓRMULA ANO CÁLCULO

GA = ROB - Dev. e abat. s/ vendas Ativo Total médio

ou

GA = Ativo Total médio x 360 ROB - Dev. e abat. s/ vendas

X1

GA = 227.578 = 1,90 vez 119.829 ouGA = 119.829 x 360 = 190 dias 227.578

X2

GA = 275.169 = 2,08 vezes 132.341 ouGA = 132.341 x 360 = 173 dias 275.169

X3

GA = ___________=

ou

GA = ___________ x 360 =

Comentários relativos a X1 e X2:

Em X1 a empresa auferiu um GA de 1,90 vez, signifi cando que

a Via Digital vendeu, durante o exercício, o equivalente a 1,90 vez o

valor de seu Ativo, ou, em outras palavras, cada real investido no Ativo

produziu uma receita líquida correspondente a R$ 1,90.

Em termos de prazo de renovação, a Via Digital obteve um Giro

do Ativo de aproximadamente 190 dias. Para o ramo de atividade desta

empresa, pode ser considerado um prazo aceitável, pois seu Ativo foi

renovado em decorrência das Vendas em um período inferior a 1 ano.

No ano X2, os índices aparecem mais bem posicionados se

comparados a X1 (2,08 vezes e 173 dias).

Memória de cálculo:

Ano X1:

ROB – Devoluções e abatimentos s/Vendas

237.401 – 9.823 = 227.578

Ano X2:

ROB – Devoluções e abatimentos s/Vendas

294.377 – 19.208 = 275.169

Page 425: Análise das Demonstrações Contábeis

108 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Análise por Quocientes IV - Índices de rentabilidade

Como já foi mencionado, você deve utilizar o ativo total médio.

Ativo Total x0 = 116.549

Ativo Total x1 = 123.108

AT médio = Ativo inicial (saldo do ano anterior) + Ativo fi nal (saldo do ano atual) 2

Ativo Total médio x1 = 116.549 + 123.108 = 119.829 2

Ativo Total x1 = 123.108

Ativo Total x2 = 141.574

AT médio = Ativo inicial (saldo do ano anterior) + Ativo fi nal (saldo do ano atual) 2

Ativo Total médio x2 = 123.108 + 141.574 = 132.341 2

Repare que o Ativo Total médio engloba tanto os ativos operacionais quanto os

não-operacionais.!! Agora, faça uma análise e redija um comentário relativo a X3. ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Resposta ComentadaMuito embora o Giro do Ativo em X3 tivesse diminuído em relação ao ano anterior (1,88 contra

2,08 de X2) e conseqüentemente o prazo de renovação do Ativo tivesse aumentado (173 para

192 dias), ainda pode ser considerado aceitável, pelos motivos mencionados em X2.

Memória de cálculo:

GA x3 = 302.167 = 1,88 vez 161.101

onde:

Ano X3:

ROB - Devoluções e abatimentos s/ Vendas

313.824 - 11.657 = 302.167

Ativo Total médio x3 = 141.574 + 180.628 = 161.101 ou 2

GA x3 = 161.101 x 360= 192 dias 302.167

Atividade 7

Page 426: Análise das Demonstrações Contábeis

C E D E R J 109

AU

LA 1

3

Tanto o Lucro operacional quanto o Ativo operacional podem ser substituídos

pelo Lucro Líquido e Ativo Total, respectivamente, de acordo com o objetivo da análise. !!

ANÁLISE “MARGEM VERSUS GIRO”

Na avaliação do desempenho de uma empresa, não basta analisar

as margens obtidas. Um excessivo volume de recursos aplicados no Ativo

pode difi cultar a lucratividade em decorrência dos elevados gastos.

Com o objetivo de analisar o desempenho econômico da empresa,

foi desenvolvido por parte do grupo Du Pont um modelo de análise que

ganhou seu nome: Du Pont.

Este modelo decompõe tanto a Taxa de Retorno sobre Inves-

timentos (TRAO ou ROI) quanto a Taxa de Retorno sobre o Ativo

(TRI ou ROA) no produto de dois índices: margem das Vendas e Giro

do Ativo, conforme demonstrado a seguir:

Retorno sobre Investimento (ROI) = Margem (operacional) x Giro

do Ativo (operacional).

Lucro Operacional = Lucro Operacional x ROL Ativo Operacional ROL Ativo Operacional

Retorno sobre o Ativo (ROA) = Margem (líquida) x Giro do

Ativo (Total)

Lucro Líquido = Lucro Líquido x ROL Ativo Total ROL Ativo Total

Page 427: Análise das Demonstrações Contábeis

110 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Análise por Quocientes IV - Índices de rentabilidade

A partir da decomposição da TRAO (ROI) e da TRI (ROA),

a empresa poderá saber se os resultados do ROI e do ROA foram

infl uenciados pela margem ou pelo giro.

Aplicando a fórmula Du Pont na Empresa Via Digital S.A.,

temos:

FÓRMULA ANO CÁLCULO

TRAO ou ROI:

Margem giro

LO = LO x ROL AO ROL AOM

TRI ou ROA:

Margem giro

LL = LL x ROL AT ROL ATM

X1

TRAO ou ROI

LO = 14.745 x 210.512 = 13%AO 210.512 111.104

LO = 0,070 x 1,895 = 13%AO

TRI ou ROA

LL = 10.104 x 210.512 = 8%AT 210.512 119.829

LL = 0,048 x 1,757 = 8% AT

X2

TRAO ou ROI

LO = 5.706 x 259.346 = 5%AO 259.346 111.576

LO = 0,022 x 2,230 = 5% AO

TRI ou ROA

LL = 4.409 x 259.346 = 3%AT 259.346 132.341

LL = 0,017 x 1,960 = 3% AT

X3

TRAO ou ROI

LO = __________ x __________ = _____% AO

LO = __________ x __________ = _____% AO

TRI ou ROA

LL = __________ x __________ = _____% AT

LL = __________ x __________ = _____% AT

Page 428: Análise das Demonstrações Contábeis

C E D E R J 111

AU

LA 1

3Comentários relativos a X1 e X2:

Em X1, a Via Digital apresentou TRAO de 13% e TRI de 8%,

taxas consideradas aceitáveis se comparadas às de outras aplicações,

como por exemplo caderneta de poupança, que em X1 teve rendimento

de 5%, fundos de investimentos (7%) etc.

Em X2, a situação da empresa piorou acentuadamente, apre-

sentando TRAO de 5% e TRI de 3%, taxas essas baixas se comparadas

às de outras aplicações, por exemplo: caderneta de poupança (6%) e

fundos de investimentos (9%).

Aplicando o modelo de Du Pont, observa-se que tal situação

decorreu das diminuições das margens, em face das quedas substanciais

dos Lucros (Operacional e Líquido) de 63% e 55%, em termos reais,

respectivamente, provocadas principalmente pelo comportamento das

despesas fi nanceiras que acresceram 338%, representando 28% da ROL.

A melhora dos Giros dos Ativos não foi sufi ciente para reverter os fracos

desempenhos provocados pelas margens.

Memória de cálculo:

Como você viu anteriormente, o Ativo operacional médio

Ativo operacional médio x1 = 111.104

Ativo operacional médio x2 = 116.282

Ativo Total médio x1 = 119.829

Ativo Total médio x2 = 132.341

Agora, faça uma análise e redija um comentário relativo a X3. ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Resposta ComentadaEm X3, tanto a TRAO como a TRI continuaram em queda. As margens apresentaram valores

menores do que em X2, sendo as principais responsáveis pelo baixo desempenho da empresa,

pelos fatores abordados em X2. Além da margem, nesse exercício o resultado foi também

infl uenciado pela diminuição do giro dos ativos.

Atividade 8

Page 429: Análise das Demonstrações Contábeis

112 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Análise por Quocientes IV - Índices de rentabilidade

Memória de cálculo:

Ativo operacional médio x3 = 130.624

Ativo Total médio x3 = 161.101

TRAO ou ROI

LO = 4.625 x 280.200 = 4%

AO 280.200 130.624

LO = 0,017 x 2,145 = 4%

AO

TRI ou ROA

LL = 3.580 x 280.200 = 4%AT 280.200 161.101

LL = 0,013 x 1,739 = 2%

AT

RESUMO SOBRE OS PRINCIPAIS ÍNDICES DE RENTABILIDADE

DISCRIMINAÇÃO FÓRMULA SIGNIFICADO INTERPRETAÇÃO

Margem operacionalLO x 100

VL% do LO em relação às vendas líquidas (ROL).

Quanto maior, melhor.

Margem líquida ou Lucratividade das vendas

LL x 100 VL

% do LL em relação às Vendas Líquidas (ROL).

Quanto maior, melhor.

Taxa de retorno sobre o ativo operacional

LO x 100 AO

Mede a rentabilidade das operações em relação ao ativo operacional.

Quanto maior, melhor.

Taxa de retorno sobre Investimentos

LL x 100 AT

% de LL em relação ao Ativo Total.

Quanto maior, melhor.

Taxa de retorno sobre o Patrimônio Líquido

LL x 100 PL

% de LL em relação aos capitais próprios.

Quanto maior, melhor.

Giro do AtivoROL - Dev.e abat s/ Vendas AT

Quantas vezes o Ativo Total foi renovado pelas Vendas.

Quanto maior, melhor

Page 430: Análise das Demonstrações Contábeis

C E D E R J 113

AU

LA 1

3CONCLUSÃO

Os quocientes ou índices de rentabilidade servem para medir a

capacidade econômica da empresa, isto é, evidenciam o grau de êxito

econômico obtido pelo capital investido na empresa.

São calculados com base em valores extraídos da Demonstração

dos Resultados do Exercício e do Balanço Patrimonial.

A rentabilidade do capital investido na empresa é conhecida

através do confronto entre contas ou grupos de contas da Demonstração

dos Resultados do Exercício ou conjugando-as com grupos de contas

do Balanço Patrimonial.

A seguir são apresentados alguns dados extraídos das demonstrações fi nanceiras da

Empresa Conservatória S.A.:

Calcule para X6 e X7 os seguintes indicadores de rentabilidade:

Atividade Final

DISCRIMINAÇÃO X5 X6 X7

Vendas Líquidas 548.622 789.350 934.220

Lucro Líquido 98.342 100.428 143.262

Ativo Total 934.200 1.080.030 1.145.050

Patrimônio Líquido 232.140 354.200 523.200

DISCRIMINAÇÃO X6 X7

ML = Lucro Líquido x 100ROL

TRI = Lucro Líquido x 100Ativo Total médio

TRPL = Lucro Líquido x 100Patrimônio Líquido médio

Page 431: Análise das Demonstrações Contábeis

114 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Análise por Quocientes IV - Índices de rentabilidade

Resposta ComentadaNa apuração dos indicadores de rentabilidade, você deve trabalhar com valores médios do Ativo

e do Patrimônio Líquido.

Memória de cálculo:

Ativo Total médio x6 = 934.200 + 1.080.030 = 1.007.115 2

Ativo Total médio x7 = 1.080.030 + 1.145.050 = 1.112.540 2

Patrimônio Líquido médio x6 = 232.140 + 354.200 = 293.170 2

Patrimônio Líquido médio x7 = 354.200 + 523.200 = 438.700 2

DISCRIMINAÇÃO X6 X7

ML = LL x 100 ROL

ML = 100.428 x 100 = 13% 789.350

ML = 143.262 x 100 = 15% 934.220

TRI = LL x 100 ATM

TRI = 100.428 x 100 = 10% 1.007.115

TRI = 143.262 x 100 = 13% 1.112.540

TRPL = LL x 100 PLM

TRPL = 100.428 x 100 = 34% 293.170

TRPL = 143.262 x 100 = 33% 438.700

Avaliar se é vantajoso ou não continuar em um nicho de mercado, naquela

atividade empresarial, em termos de margens, lucro, taxas de retorno de

lucratividade, é o papel dos indicadores de rentabilidade.

É claro que as empresas nem sempre obtêm os resultados desejados;

contudo, não podem viver por um longo período com taxas de lucratividade

baixas. As empresas, de modo geral, existem para gerar lucro.

Os indicadores de rentabilidade proporcionam uma avaliação da viabilidade

da permanência de uma empresa em um determinado mercado.

R E S U M O

INFORMAÇÃO SOBRE A PRÓXIMA AULA

Na Aula 14, você terá oportunidade de aplicar, nos exercícios propostos, os

indicadores de rentabilidade.

Page 432: Análise das Demonstrações Contábeis

Práticas sobre índices de rentabilidade

Após a realização das atividades propostas nesta aula, esperamos que você esteja apto a:

conceituar os índices de rentabilidade;

aplicar os indicadores de rentabilidade;

interpretar os resultados destes quocientes, sinalizando algumas conclusões sobre eles.

14objetivos

AU

LA

Meta da aula

Aplicar a técnica de Análise por Quocientes na modalidade denominada índices de rentabilidade,

interpretando seus resultados.

1

2

3

Pré-requisito

Para acompanhar esta aula e aproveitar todas as atividades apresentadas, é necessário que você tenha em mente todo o

conteúdo apresentado na Aula 13. Para facilitar, sugerimos que você tenha em mãos uma calculadora, para execução

mais rápida dos exercícios.

Page 433: Análise das Demonstrações Contábeis

116 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Práticas sobre índices de rentabilidade

INTRODUÇÃO Os indicadores de rentabilidade são mais uma modalidade da Análise por

Quocientes que, como você já viu na aula passada, se subdivide em Margens

de Lucro e Taxas de Retorno.

Nesta aula, você terá a chance de aplicar esta modalidade de análise na

Demonstração dos Resultados do Exercício e também aplicá-la em conjunto

com o Balanço Patrimonial. Através de exercícios de múltipla escolha e de

desenvolvimento mais extenso, você aprenderá, na prática, as vantagens e

desvantagens desses índices, sugerindo algumas conclusões sobre a situação

econômica das empresas.

Faça a correlação:1. Margem Líquida (ML) ( )

2. Taxa de retorno sobre investimentos (TRI) ( )

3. Pay back ( )

4. Taxa de Retorno sobre o Patrimônio Líquido (TRPL) ( )

5. Giro do Ativo (GA) ( )

Atividade 1

mostra a efi ciência com que a empre-sa utiliza seus ativos, com o objetivo de gerar reais de vendas

mede a remuneração dos capitais pró prios in vestidos na empresa

mostra o ganho final do lucro da em pre sa à disposição dos donos do capital investido

representa o tempo médio de retorno dos investimentos

refl ete o quanto a empresa está obten-do de resultado em relação a seus in ves ti men tos totais

Page 434: Análise das Demonstrações Contábeis

C E D E R J 117

AU

LA 1

4

Resposta Comentada5, 4, 1, 3 e 2.

É importante que você saiba o significado de cada índice. Encontrando

difi culdades para identifi cá-los, reveja a teoria na Aula 13.

Relacione a segunda coluna conforme dados apresentados na primeira:

1. Giro do Ativo ( )

2. Margem Líquida ( )

3. TRI ( )

4. Margem Bruta ( )

5. Margem Operacional ( )

6. TRPL ( )

Resposta Comentada2, 1, 3, 6, 5 e 4.

Nesta atividade, você utilizou somente a primeira etapa do estudo dos

indicadores fi nanceiros: cálculo dos índices (Aula 13).

Atividade 2

Lucro LíquidoVendas Líquidas

Ativo Total médioVendas Líquidas

Lucro LíquidoAtivo Total médio

Lucro LíquidoPatrimônio Líquido médio

Lucro OperacionalVendas Líquidas

Lucro LíquidoVendas Líquidas

x 360

Page 435: Análise das Demonstrações Contábeis

118 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Práticas sobre índices de rentabilidade

Marque certo ou errado:a. A Empresa Quatis obteve um lucro de R$ 1.200.000,00 durante X8; no mesmo período, a Empresa Mauá obteve um lucro de R$ 10.500.000,00. Com base nessas informações, podemos afi rmar que a Empresa Mauá teve maior retorno que a Empresa Quatis.

( ) certo ( ) errado

b. A TRI mostra o poder de ganho da empresa.

( ) certo ( ) errado

c. A TRPL mostra o poder de ganho dos proprietários.

( ) certo ( ) errado

d. A TRI é obtida por meio da fórmula . ( ) certo ( ) errado

e. O Giro do Ativo é calculado pela fórmula .

( ) certo ( ) errado

f. Os índices de rentabilidade têm por objetivo avaliar o desempenho fi nal da empresa.

( ) certo ( ) errado

Respostaa. errado; b. certo; c. certo; d. certo; e. errado; f. certo.

Resposta Comentadaa. A afi rmativa está errada, pois, como você já aprendeu na aula passada, existem

outras variáveis para avaliar o retorno de uma empresa, não só o lucro.

b. Nesta atividade, está correto afi rmar que, com a base teórica adquirida na Aula

13, a TRI evidencia o poder de ganho da empresa.

c. O mesmo ocorre com a TRPL: mostra o poder de ganho dos proprietários;

portanto, está correta a afi rmativa.

d. Esta taxa pode ser calculada por meio da relação

ou ; portanto, está correto.

Atividade 3

Lucro LíquidoAtivo Total médio

Ativo Total médioLucro Líquido

x 360

Lucro LíquidoAtivo Total

Lucro LíquidoAtivo Total médio

Page 436: Análise das Demonstrações Contábeis

C E D E R J 119

AU

LA 1

4

e. O Giro do Ativo é calculado pela fórmula x 360, e não Lucro

Líquido, como consta no denominador.

f. A afi rmativa está certa, pois, como você aprendeu na aula passada, os índices

de rentabilidade têm por objetivo medir o rendimento econômico obtido pela

empresa em certo período, isto é, qual a rentabilidade dos capitais investidos.

Sempre que possível, adote na fórmula o Ativo Total médio no lugar do

Ativo Total.!!

A percentagem do Lucro Líquido obtido sobre as Vendas Líquidas corresponde a um indicador de ..........................

Resposta A percentagem obtida da relação entre o Lucro Líquido e as Vendas Líquidas é

um indicador de Margem Líquida.

Atividade 4

O Giro do Ativo indica o prazo necessário para a renovação do Ativo. Para diminuir este prazo, é necessário aumentar as vendas em maior ou menor proporção?

Resposta ComentadaTomando por base a fórmula do Giro do Ativo calculada em termos de prazos,

que você estudou na aula passada, para diminuir o prazo é necessário aumentar

as vendas em maior proporção, conforme demonstrado a seguir:

GA = x 360, pois quanto maior o denominador, menor o GA.

Atividade 5

Ativo TotalVendas Líquidas

Ativo Total médioVendas Líquidas

Page 437: Análise das Demonstrações Contábeis

120 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Práticas sobre índices de rentabilidade

Mantendo-se constante o volume das Vendas Líquidas e aumentando-se o Ativo, o Giro do Ativo terá seu prazo aumentado ou diminuído?

Resposta ComentadaAinda com base no Giro do Ativo, você pode concluir que, mantendo-se

constante o volume das Vendas Líquidas e aumentando-se o Ativo, este prazo

será aumentado, como é demonstrado a seguir:

GA = x 360, pois quanto maior o numerador maior o GA.

Atividade 6

Ativo TotalVendas Líquidas

O gerente do Banco Sapucaia suspendeu um empréstimo de R$ 200.000,00 que seria concedido ao Supermercado Vencedor. O Patrimônio Líquido do supermercado ultrapassa R$ 500.000,00, o endividamento é baixo e a Taxa de Retorno sobre Investimentos é de 32%. A razão fundamental é que a Liquidez Seca é de 0,14, enquanto outras empresas, de diversos ramos de atividade, apresentam este índice superior a 1,00. O gerente agiu corretamente?

Resposta ComentadaO gerente está errado, pois está comparando os índices do supermercado com

o de outras empresas de ramos de atividade diferentes.

Atividade 7

O índice considerado o mais importante para avaliar o desempenho fi nal de uma empresa é:a. ( ) Giro do Ativo c. ( ) Taxa de Retorno sobre Investimentos b. ( ) Margem Operacional d. ( ) Margem Bruta

Resposta ComentadaA opção correta é a c, já que em termos de rentabilidade esse índice é considerado

o mais importante para avaliar o desempenho fi nal de uma empresa, pois mostra

o poder de ganho da empresa (PGE).

Atividade 8

Page 438: Análise das Demonstrações Contábeis

C E D E R J 121

AU

LA 1

4

A Indústria de Brinquedos Arte e Vida publicou informações sobre os Balanços Patrimoniais e as Demonstrações do Resultado dos Exercícios de X2 e X3:a. Patrimônio Líquido

b. Lucro Líquido

A Taxa de Rentabilidade do Patrimônio Líquido atingiu ...............% em X2, tendo (aumentado/diminuído) para .............% em X3.

Resposta ComentadaCalculando a TRPL de X2, você obtém:

TRPL =

Patrimônio Líquido médio =

TRPLx2 = = 60% PL médio = = 471.924

TRPLx3 = = 65% PL médio = = 1.010.301

Ou seja, a resposta é: a TRPL atingiu 60% em X2, tendo aumentado para 65% em X3.

Atividade 9

31/12/X1 31/12/X231/12/X3

281.298662.550

1.358.052

X2X3

282.050658.612

Lucro Líquido x 100Patrimônio Líquido médio

PL do ano anterior + PL do ano atual2

282.050 x 100471.924

281.298 + 662.5502

658.612 x 1001.010.301

662.550 + 1.358.0522

Page 439: Análise das Demonstrações Contábeis

122 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Práticas sobre índices de rentabilidade

Os quocientes que evidenciam a lucratividade obtida pelo capital investido na empresa são:a. ( ) Quocientes de Estrutura de Capitaisb. ( ) Quocientes de Liquidezc. ( ) Quocientes de Rentabilidaded. ( ) Quocientes de Rotação

Resposta ComentadaVocê estudou em aulas anteriores que os Quocientes de Estrutura de Capital,

Liquidez e Rotação não evidenciam a lucratividade ou rentabilidade da empresa;

portanto, a opção correta é a c.

Atividade 10

Você poderia afi rmar que a TRPL da empresa Queimados é excelente quando:a. ( ) for superior à rentabilidade sobre o Capital Circulante;b. ( ) for superior à rentabilidade sobre o Ativo Imobilizado;c. ( ) estiver próxima de 10% ao ano;d. ( ) situar-se em um nível superior à média das empresas do mesmo ramo de sua

atividade.

Resposta ComentadaA opção correta é a d, já que, se a taxa é superior à média das empresas do

mesmo ramo de sua atividade, isso indica uma avaliação positiva.

As opções a e b são incorretas, porque a TRPL não está relacionada com o Capital

Circulante e o Ativo Imobilizado.

Finalmente, a opção c poderia até estar correta, se para o índice setorial estivesse

próximo de 10% ao ano.

Atividade 11

Page 440: Análise das Demonstrações Contábeis

C E D E R J 123

AU

LA 1

4

A Empresa Piraí forneceu as seguintes informações:

Calcule a TRI, a TRPL, o Giro do Ativo e a Margem Líquida para X6 e X7.

Resposta Comentadaa. Taxa de Retorno sobre Investimento

TRI =

TRIx6 = = 28% TRIx7 = = 29%

Lembre-se: Ativo Total = Passivo Total = Passivo Circulante + Exigível a Longo Prazo +

Patrimônio Líquido.

Ativo X5 = 9.081.000

Ativo X6 = 10.489.000

Ativo X7 = 12.118.900

Ativo Total médiox6 = = 9.785.000

Ativo Total médiox7 = = 11.303.950

b. Taxa de Retorno sobre Patrimônio Líquido

TRPL =

TRPLx6 = = 31% TRPLx7 = = 34 %

PL médiox6 = = 8.652.500

PL médiox7 = = 9.755.000

Atividade 12

DISCRIMINAÇÃO X5 X6 X7Vendas Líquidas 3.500.000 5.800.000 7.200.000Lucro Líquido 1.200.000 2.700.000 3.300.000Ativo Permanente 7.372.000 8.970.000 11.300.000Passivo Circulante 925.000 1.075.000 1.780.000Exigível a Longo Prazo 161.000 104.000 138.900Patrimônio Líquido 7.995.000 9.310.000 10.200.000

Lucro Líquido x 100Ativo Total Médio

2.700.000 x 1009.785.000

3.300.000 x 10011.303.950

9.081.000 + 10.489.0002

10.489.000 + 12.118.9002

Lucro Líquido x 100Patrimônio Líquido médio

2.700.000 x 100 8.652.500

3.300.000 x 100 9.755.000

7.995.000 + 9.310.0002

9.310.000 + 10.200.9002

Page 441: Análise das Demonstrações Contábeis

124 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Práticas sobre índices de rentabilidade

c. Giro do Ativo

GA = x 360

GAx6 = x 360 = 607 dias GAx7 = x 360 = 565 dias

d. Margem Líquida

ML =

MLx6 = = 47% MLx7 = = 46%

Ativo Total médioROB - Dev. e abat s/ Vendas

9.785.0005.800.000

11.303.9507.200.000

Lucro Líquido x 100Vendas Líquidas

2.700.000 x 1005.800.000

3.300.000 x 1007.200.000

Se a Empresa Piranema tiver uma TRI = 0,15 e uma TRPL = 0,25, você pode concluir que o tempo necessário para ocorrer o retorno dos investimentos feitos no Ativo e o retorno do Capital investido pelos proprietários será de, aproximadamente:a. ( ) 66,7 anos e 4 anos c. ( ) 6,7 anos e 400 anosb. ( ) 6,7 anos e 4 anos d. ( ) 667 anos e 4 anos

Resposta ComentadaA opção correta é a b. Para você calcular o pay back da TRI e da TRPL, basta

aplicar as fórmulas:

Pay back da TRI = Pay back TRPL =

Como no enunciado os valores da TRI e da TRPL não foram fornecidos na forma

percentual, basta multiplicá-los por 100, ou seja:

TRI = 0,15 x 100 = 15%

TRPL = 0,25 x 100 = 25%

O pay back então será:

Pay back da TRI = = 6,67 anos Pay back da TRPL = = 4 anos

Atividade 13

100%TRI

100%TRPL

100%15%

100%25%

Como não foram fornecidos

os valores da ROB e da Dev. e abat s/Vendas, considerou-se o valor das

Vendas Líquidas.!!

Page 442: Análise das Demonstrações Contábeis

C E D E R J 125

AU

LA 1

4

A Empresa Paracambi forneceu as seguintes informações sobre seus relatórios contábeis:

Você pode concluir que a TRPL:

a. ( ) em X2, foi de 20% c. ( ) em X2, foi de 25%b. ( ) em X3, foi de 21% d. ( ) em X3, foi de 30%

Resposta ComentadaA opção correta é a c.

TRPL =

Sendo o PL médio x2 = = 1.600, tem-se que

e o PL médiox3 = 2.000 + 2.800 = 2.400 2

TRPLx2 = x 100 = 25% ao ano.

TRPLx3 = 600 x 100 = 25%. 2.400

Assim, a opção a é incorreta, pois a TRPL para X2 é 25%, e não 20% ao ano.

As opções b e d também não são corretas, pois a TRPLx3 é 25%, e não

21% ou 30%.

Atividade 14

DISCRIMINAÇÃO X1 X2 X3Lucro Líquido 300 400 600Patrimônio Líquido 1.200 2.000 2.800Ativo Total 2.400 4.000 5.000Passivo Circulante 600 1.000 1.500

Lucro Líquido x100Patrimônio Líquido médio

1.200 + 2.0002

4001.600

A Taxa de Retorno do Patrimônio Líquido mostra:a. ( ) rotação do Ativob. ( ) lucratividade operacionalc. ( ) rentabilidade do investimento totald. ( ) rentabilidade dos Capitais Próprios

Resposta ComentadaA opção d é a correta. Como você aprendeu na Aula 13, a TRPL mostra a

rentabilidade dos Capitais Próprios.

Atividade 15

Page 443: Análise das Demonstrações Contábeis

126 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Práticas sobre índices de rentabilidade

De modo geral, a rentabilidade dos investimentos pode ser conceituada como:a. ( ) a relação entre o lucro obtido e as aplicações realizadas no Ativo Circulante;b. ( ) a relação percentual entre as receitas realizadas e o Ativo Permanente;c. ( ) a relação entre o lucro auferido e os recursos próprios investidos;d. ( ) o lucro sobre as vendas efetuadas pela empresa em determinado exercício;e. ( ) a relação entre o lucro obtido e os capitais aplicados na sua obtenção.

Resposta ComentadaVocê viu na Aula 13 que a Rentabilidade dos Investimentos ou Retorno sobre

Investimento Total, também conhecido como Taxa de Retorno dos Investimentos

(TRI), ou poder de ganho da empresa (PGE), é o índice de maior destaque de

todos os índices de rentabilidade estudados. Refl ete o quanto a empresa obtém

de resultado em relação a seus investimentos totais; portanto, a alternativa

correta é e.

Atividade 16

A Empresa Hexa Brasil apresentou os seguintes indicadores:

Para manter a mesma rentabilidade dos investimentos, qual deve ser a margem de lucro se o giro do ativo cair para 1,8 vez? a. ( ) 36,0%b. ( ) 54,0%c. ( ) 18,0%d. ( ) 27,0%e. ( ) 20,0%

Resposta ComentadaA opção e é a correta. Para responder esta atividade, você deve ter utilizado o

modelo de análise chamado Du Pont. Vamos relembrá-lo.

Atividade 17

Margem operacional 18%

Rentabilidade dos investimentos 36%

Giro do Ativo 2,4 vezes

Page 444: Análise das Demonstrações Contábeis

C E D E R J 127

AU

LA 1

4

A partir da decomposição do ROI e do ROA, a empresa poderá saber se o resultado

do ROI e o do ROA foram infl uenciados pela margem ou pelo giro.

Mãos à obra!

Com a queda do Giro do Ativo (2,4 vezes para 1,8 vez), é preciso uma maior

margem operacional, para que a empresa possa manter a mesma rentabilidade

dos investimentos (TRI = 36%), conforme demonstrado a seguir:

Retorno sobre Investimento = Margem Operacional x Giro do Ativo Operacional.

36% = MO x 1,8

= MO

20% = MO

Retorno sobre Investimento (ROI) = Margem (Operacional) x Giro do Ativo (Operacional)

Retorno sobre o Ativo (ROA) = Margem (Líquida) x Giro do Ativo (Total)

Lucro OperacionalAtivo Operacional

=Lucro Operacional

ROLx

ROLAtivo Operacional

Lucro LíquidoAtivo Total

=Lucro Líquido

ROLx

ROLAtivo Total

Tanto o Lucro Operacional como o Ativo Operacional podem ser

substituídos pelo Lucro Líquido e pelo Ativo Total, respectivamente, de acordo com o

objetivo da análise. !!

36%

1,8

Page 445: Análise das Demonstrações Contábeis

128 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Práticas sobre índices de rentabilidade

O Índice de Rentabilidade do Patrimônio Líquido mostra quanto uma empresa:a. ( ) ganhou em relação aos capitais de terceiros investidos;b. ( ) ganhou em relação aos juros pagos a terceiros;c. ( ) ganhou em relação ao total investido;d. ( ) ganhou para cada unidade de capital próprio investido;e. ( ) ganhou em relação ao investimento total em giro.

Resposta ComentadaVocê viu na Aula 13 que a Rentabilidade do Patrimônio Líquido representa o

poder de ganho dos proprietários (acionistas ou cotistas) em relação aos recursos

aplicados na empresa; portanto, a alternativa correta é d.

Atividade 18

Dados os seguintes índices, pode-se afi rmar:

I. A empresa Beta tem a maior capacidade de geração de lucros.II. A empresa Alfa tem a pior Margem Líquida.III. A empresa Gama obtém mais lucro em cada unidade vendida.IV. A empresa Beta oferece a melhor remuneração aos capitais investidos pelos sócios.V. A empresa Alfa tem a melhor rotatividade do Ativo.

Assinale as afi rmativas incorretas:a. ( ) I e Vb. ( ) II e IVc. ( ) Somente a Vd. ( ) Somente a Ie. ( ) III e IV

Resposta ComentadaA opção c é a correta.

Para a resolução desta atividade, você deve analisar cada alternativa proposta.

Alternativa I: A empresa Beta tem a maior capacidade de geração de lucros.

Você viu que o índice referente à Taxa de Retorno sobre Investimentos (TRI)

é o que evidencia o potencial de lucros por parte da empresa,

Atividade 19

DISCRIMINAÇÃOEMPRESA

ALFA BETA GAMA

Margem Líquida 20% 25% 30%

Taxa de Retorno dos Investimentos 40% 35% 20%

Rentabilidade do Patrimônio Líquido 30% 35% 30%

Page 446: Análise das Demonstrações Contábeis

C E D E R J 129

AU

LA 1

4

ou seja, quanto a empresa obteve de Lucro Líquido para cada real investido

no Ativo Total.

É do tipo quanto maior, melhor.

Das empresas analisadas, a Alfa possui a maior TRI; portanto, esta alternativa

é falsa.

Alternativa II: A empresa Alfa tem a pior margem líquida.

Por meio da Margem Líquida, você verifi cará a capacidade da empresa de gerar

resultado com suas vendas, ou seja, mostra o ganho fi nal do lucro da empresa

que deverá estar à disposição dos donos do capital investido (proprietários,

acionistas ou cotistas).

Quanto menor, pior.

Das empresas analisadas, a Alfa possui a menor ML; portanto, esta alternativa

é verdadeira.

Alternativa III: A empresa Gama obtém mais lucro em cada unidade vendida.

Por meio da Margem Líquida, você pode verifi car o percentual de Lucro Líquido

que a empresa obteve em decorrência de suas vendas.

A empresa que possuir maior Margem Líquida obtém maior lucro em cada

unidade vendida.

Como a ML da empresa Gama é a maior, a alternativa é verdadeira.

Alternativa IV: A empresa Beta oferece a melhor remuneração aos capitais

investidos pelos sócios.

Você também viu na Aula 13 que a Taxa de Retorno sobre o Patrimônio Líquido

(TRPL) mede a remuneração dos capitais próprios investidos na empresa.

A empresa que apresenta maior TRPL é a que melhor remunera os capitais

investidos pelos sócios.

Esta alternativa também é verdadeira, haja vista que a empresa Gama apresenta

a maior TRPL.

Alternativa V: A empresa Alfa tem melhor rotatividade do Ativo.

Para responder a esta alternativa, é necessário apurar os índices de rotatividade

(giro) do Ativo das três empresas.

Pelos dados disponíveis, a rotatividade do Ativo é calculada pela Análise de

“Margem versus Giro”, conforme demonstrado a seguir:

EMPRESA TRI = Margem x Giro

Alfa40% = 20% x Giro do AtivoGiro do Ativo = 2

Beta35% = 25% x Giro do AtivoGiro do Ativo = 1,40

Gama30% = 20% x Giro do AtivoGiro do Ativo = 1,5

Page 447: Análise das Demonstrações Contábeis

130 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Práticas sobre índices de rentabilidade

O índice de Giro do Ativo é daqueles quanto maior, melhor.

Pelos cálculos efetuados, a empresa Alfa tem o pior Giro do Ativo; portanto,

esta alternativa é falsa.

Pelo exposto, você conclui que somente a alternativa V é a incorreta; então, a

resposta é a letra c.

A empresa Perde Ganha apresentou os seguintes índices:

Qual foi o fator que determinou a melhor rentabilidade da empresa?a. ( ) a diminuição das despesas comerciais;b. ( ) o aumento do Giro do Ativo;c. ( ) o aumento da margem de lucro;d. ( ) a queda da rotação, com aumento da margem de lucro;e. ( ) a diminuição dos recursos próprios.

Resposta ComentadaA opção b é a correta.

Esta atividade é resolvida pela análise de “Margem versus Giro”, usando o modelo

chamado Du Pont, ou seja:

TRI = Margem x Giro

Observe que tanto a TRI como o GA tiveram o mesmo crescimento em X2, ou

seja, de 50%, como visto na Aula 5 (Análise Horizontal), conforme demonstrado

a seguir:

Número-índice = x 100

TRI = x 100 = 150% GA = x 100 = 150%

Você viu que a taxa de crescimento = Número-índice – 100%

A TRI cresceu 50% (150% - 100%) e o GA, também 50% (150% - 100%).

Como o crescimento ocorrido na TRI e no GA foi o mesmo (50%), a Margem

Líquida manteve-se constante; portanto, o aumento da TRI se deu em

função do aumento do Giro do Ativo.

Atividade 20

DISCRIMINAÇÃO X1 X2TRI 10% 15%Giro do Ativo 2 3

X2

X1

15%

10%

3

2

Page 448: Análise das Demonstrações Contábeis

C E D E R J 131

AU

LA 1

4

TRI = Margem x Giro

acréscimo de 50% constante acréscimo

de 50%

Considere que os indicadores das empresas selecionadas são os seguintes:

Tomando por base esses índices, marque com X a empresa que teve melhor performance.

Resposta Comentada

Atividade 21

DISCRIMINAÇÃOEMPRESA

Sabor de Mel Tal e Qual Alho e Cebola

Margem Líquida 5 10 30

Rentabilidade dos Investimentos 30 40 20

Rentabilidade do Capital Próprio 30 40 60

DISCRIMINAÇÃOEMPRESA

Sabor de Mel Tal e Qual Alho e Cebola

Maior capacidade de gerar lucro

Melhor remuneração aos capitais investidos pelos sócios

Maior grau de rotatividade do investimento

DISCRIMINAÇÃOEMPRESA

Sabor de Mel Tal e Qual Alho e Cebola

Maior capacidade de gerar lucro X

Melhor remuneração aos capitais investidos pelos sócios

X

Maior grau de rotatividade do investimento

X

Page 449: Análise das Demonstrações Contábeis

132 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Práticas sobre índices de rentabilidade

Para entender as respostas, reveja os comentários da Atividade 19.

Memória de cálculo de rotatividade:

Cálculo de Margem versus Giro, conforme demonstrado a seguir:

EMPRESA TRI = Margem x Giro (rotatividade)

Sabor de Mel30% = 5% x Giro do AtivoGiro do Ativo = 6

Tal e Qual40% = 10% x Giro do AtivoGiro do Ativo = 4

Alho e Cebola20% = 30% x Giro do AtivoGiro do Ativo = 0,67

A empresa Barra Leve apresentou nos dois últimos exercícios os seguintes indicadores:

Qual fator determinou a melhor rentabilidade?a. ( ) Diminuição das despesas administrativasb. ( ) Aumento do Giro do Ativoc. ( ) Aumento da Margem de Lucrod. ( ) Diminuição do Ativo Imobilizadoe. ( ) Queda da Margem de Lucro, com aumento do Giro

Resposta ComentadaA opção c é a correta.

Como você já viu na Atividade 17, esta atividade também é resolvida pela análise

de Margem versus Giro, usando o modelo chamado Du Pont, ou seja:

TRI = Margem x Giro

Observe que tanto a TRI como a ML tiveram o mesmo crescimento em X2, ou

seja, de 25%, conforme demonstrado a seguir:

Número-índice = x 100

Atividade 22

DISCRIMINAÇÃOEMPRESA

X1 X2

TRI 24,0% 30,0%

Margem Líquida 4,8% 6,0%

X2

X1

Page 450: Análise das Demonstrações Contábeis

C E D E R J 133

AU

LA 1

4

TRI = x 100 = 125% ML = x 100 = 125%

Você viu que a taxa de crescimento = Número-índice – 100%

A TRI cresceu 25% (125% - 100%) e o GA, também 25% (125% - 100%).

Como o crescimento ocorrido na TRI e na ML foi o mesmo (25%), o GA

manteve-se constante; portanto, o aumento da TRI se deu em função do

aumento da ML.

TRI = Margem x Giro

30%

24%

6,0

4,8

acréscimo de 25% constante

acréscimo de 25%

No ano X5, a Empresa Luz do Dia apresentou uma rentabilidade dos investimentos de 12%. Para X6 a empresa projeta elevá-la para 18%, mantendo a mesma margem operacional de X5. Você, como analista fi nanceiro, que faria para alcançar a rentabilidade projetada?a. ( ) Aumentaria o Giro do Ativob. ( ) Diminuiria as despesas fi nanceirasc. ( ) Diminuiria a rentabilidade dos capitais própriosd. ( ) Aumentaria os custos dos seus produtos

Resposta ComentadaA opção a é a correta.

Assim como na Atividade 20, você deve utilizar o modelo de análise chamado

Du Pont.

Para manter constante a margem, o aumento da rentabilidade se dará pelo maior

Giro do Ativo, conforme demonstrado a seguir:

Retorno sobre Investimento = Margem Operacional x Giro do Ativo Operacional.

X5: 12% = MO x Giro Por exemplo: -> 12% = 6% x 2

X6: 18% = MO x Giro Por exemplo: -> 18% = 6% x 3

Atividade 23

constante

constante

Page 451: Análise das Demonstrações Contábeis

134 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Práticas sobre índices de rentabilidade

Como analista fi nanceiro do Banco Precavido, e tomando por base os indicadores apresentados a seguir, a qual empresa você ofereceria fi nanciamento a longo prazo, em função de apresentar menor risco?

a. ( ) Topa Tudo, porque apresenta maior participação de capitais próprios na estrutura de capital.

b. ( ) Max Mini, porque apresenta a maior liquidez corrente.c. ( ) Vale Mais, porque apresenta melhor rentabilidade.d. ( ) Max Mini, porque apresenta maior índice de capitais de terceiros sobre o Ativo.

Resposta ComentadaPara responder esta atividade, você deve analisar em conjunto os indicadores

propostos.

Como a pergunta se refere a empréstimo de longo prazo, de imediato os dados

de liquidez corrente fi cam descartados.

Interpretando isoladamente a relação “Capitais de Terceiros/Capitais Próprios”,

observa-se que somente a empresa Max Mini possui em sua estrutura de capitais

maior participação dos capitais de terceiros, ou seja, para cada R$ 1,00 possui

R$ 0,70 de terceiros, apresentando maior grau de endividamento; por conseguinte,

a empresa Max Mini tem situação desfavorável em relação às outras empresas.

Interpretando somente o índice de rentabilidade dos investimentos, a empresa

Vale Mais apresenta maior rentabilidade (20%); a empresa Topa Tudo auferiu

prejuízo e a Maxi Mini, nulo.

Analisando em conjunto os indicadores, a empresa Vale Mais seria a indicada,

por apresentar melhor rentabilidade.

A empresa Topa Tudo, embora apresente estrutura de capitais equilibrada, fi ca

prejudicada pela rentabilidade negativa.

A empresa Max Mini é a mais endividada das três, além de não gerar

lucro.

Atividade 24

DISCRIMINAÇÃOEMPRESA

Topa Tudo Vale Mais Max Mini

Relação Capitais de Terceiros/Capitais Próprios

0,40 0,50 0,70

Liquidez Corrente 1,50 1,30 1,60

Rentabilidade dos investimentos - 15% 20% 0%

Page 452: Análise das Demonstrações Contábeis

C E D E R J 135

AU

LA 1

4

A Indústria Água Limpa apresentou as seguintes dados:

1.Calcular: 1.a. Margens: Bruta, Operacional e Líquida; 1.b. Taxas de Retorno sobre Investimentos e Taxas de Retorno do Patrimônio Líquido; 1.c. Giro do Ativo;

2. Comente estes indicadores.________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Resposta Comentadaa. Para calcular as Margens de Lucro, você utilizou as seguintes fórmulas:

MB = MO =

ML =

Aplicando os valores referentes aos exercícios sociais apresentados, você deve

ter obtido os seguintes resultados:

MBX6 = = 82% MBX7 = = 72%

MBX8 = = 83% MBX9 = = 84%

M0X6 = = 61% M0X7 = = 63%

M0X8 = = 54% M0X9 = = 58%

MLX6 = = 54% MLX7 = = 55%

MLX8 = = 48% MLX9 = = 48%

Atividade 25

DISCRIMINAÇÃO X6 X7 X8 X9Vendas Líquidas 1.400.000 1.500.000 1.600.000 1.700.000Lucro Bruto 1.150.000 1.080.000 1.320.000 1.430.000Lucro Operacional 860.000 940.000 860.000 990.000Lucro Líquido 750.000 830.000 770.000 810.000Ativo Total 3.500.000 4.200.000 5.100.000 6.300.000Patrimônio Líquido 1.200.000 1.350.000 1.520.000 1.700.000

Lucro Bruto x 100Vendas Líquidas

Lucro Operacional x 100 Vendas Líquidas

Lucro Líquido x 100Vendas Líquidas

1.150.000 x 100 1.400.000

1.080.000 x 100 1.500.000

860.000 x 100 1.400.000

940.000 x 1001.500.000

1.320.000 x 100 1.600.000

1.430.000 x 1001.700.000

860.000 x 1001.600.000

990.000 x 1001.700.000

750.000 x 1001.400.000

830.000 x 1001.500.000

770.000 x 1001.600.000

810.000 x 1001.700.000

Page 453: Análise das Demonstrações Contábeis

136 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Práticas sobre índices de rentabilidade

b. e c. Para calcular as taxas de retorno e o Giro do Ativo, você deve ter

utilizado:

TRI =

TRPL =

GA = x 360

Para apurar essas taxas, você terá de iniciar pelo ano X7, já que os valores

médios do Ativo e do Patrimônio Líquido serão obtidos com base no cálculo da

média do ano anterior com o ano atual. Lembre-se de que ATM = Ativo Total

Médio e PLM = Patrimônio Líquido Médio.

ATM = = 3.850.000 TRIX7 = = 22%

ATM = = 4.650.000 TRIX8 = = 17%

ATM = = 5.700.000 TRIX9 = = 14%

PLM = = 1.275.000 TRPLX7 = = 65%

PLM = = 1.435.000 TRPLX8 = = 54%

PLM = = 1.610.000 TRPLX9 = = 50%

GA X7 = x 360 = 924 dias GA X8 = x 360 = 1.046 dias

GA X9 = x 360 = 1.207 dias

d. Apesar de não conhecermos a atividade desta empresa, de início, as margens de lucro

parecem satisfatórias, você não acha? Apesar de as TRPL estarem bem posicionadas, você

poderá ratifi car as taxas de lucro calculando o pay back.

Ao contrário do que ocorreu para a TRPL, a TRI parece, de início, estar abaixo do desejado pela

empresa visto que os rendimentos dos investimentos existentes no mercado, nesse período

eram de 35%. Além disso, apresenta tendência decrescente.

Finalmente, o Giro do Ativo esteve elevadíssimo. Será que esta empresa pertence a um ramo

de atividade de produção de maquinários, de metalurgia etc., ou teria Ativos irrecebíveis

e com difícil realização? Seria importante investigar por que a renovação do Ativo

está ocorrendo em um prazo tão longo.

Lucro Líquido x100Ativo Total médio

Lucro Líquido x 100Patrimônio Líquido médio

Ativo Total médioVendas Líquidas

3.500.000 + 4.200.0002

830.000 x 1003.850.000

4.200.000 + 5.100.0002

770.000 x 1004.650.000

5.100.000 + 6.300.0002

810.000 x 1005.700.000

1.200.000 + 1.350.0002

830.000 x 1001.275.000

1.350.000 + 1.520.0002

770.000 x 1001.435.000

1.520.000 + 1.700.0002

810.000 x 1001.610.000

3.850.0001.500.000

4.650.0001.600.000

5.700.0001.700.000

Page 454: Análise das Demonstrações Contábeis

C E D E R J 137

AU

LA 1

4

Com base no Balanço Patrimonial e na Demonstração do Resultado do Exercício da Empresa Concreta, calcule os indicadores de rentabilidade, sugerindo algumas conclusões sobre a sua situação econômica.

Empresa ConcretaBalanço Patrimoniais encerrados em 31/12

Atividade 26

Balanço PatrimonialATIVO X7 X8 X9

CIRCULANTEDisponívelDuplicatas a ReceberEstoques

PERMANENTEInvestimentosImobilizadoDiferido

TOTAL DO ATIVO

1.500400500600

2.8001.0001.500

300

4.300

2.000450800750

3.2001.2001.800

200

5.200

3.000500

1.4001.100

3.6001.2002.300

100

6.600

PASSIVO X7 X8 X9

CIRCULANTEFornecedoresEmpréstimos BancáriosSalários a Pagar

EXIGÍVEL A LONGO PRAZO

Financiamento

PATRIMÔNIO LÍQUIDOCapitalLucros Acumulados

TOTAL DO PASSIVO

1.200200900100

100100

3.0002.500

500

4.300

1.500400

1.000100

120120

3.5802.5001.080

5.200

R$1.700

5001.100

100

1.0001.000

3.9002.5001.400

6.600

Em R$ Mil

Page 455: Análise das Demonstrações Contábeis

138 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Práticas sobre índices de rentabilidade

Empresa ConcretaDemonstrações dos Resultados dos Exercícios relativas a:

Resposta ComentadaAplicando as fórmulas de Margem de Lucro, Taxa de Retorno e Giro do Ativo,

você deve ter obtido os seguintes resultados:

MBX1 = = 64% MBX2 = = 63%

MBX3 = = 64%

M0X1 = = 38% M0X2 = = 34%

M0X3 = = 32%

MLX1 = = 22% MLX2 = = 20%

MLX3 = = 18%

DISCRIMINAÇÃO X1 X2 X3

RECEITA LíQUIDA (-) Custo das Mercadorias Vendidas LUCRO BRUTO ( - ) Despesas Operacionais

Despesas de VendasDespesas AdministrativasDespesas Financeiras

LUCRO OPERACIONAL ( - ) Despesas Não-operacionaisLUCRO ANTES DO IR ( - ) Provisão para o IRLUCRO LÍQUIDO

2.500900

1.600

200150300950110840300540

3.0001.1001.900

300180400

1.020100920320600

3.3001.2002.100

350200500

1.050120930320610

DRE

1.600 x 1002.500

1.900 x 1003.000

2.100 x 1003.300

950 x 1002.500

1.020 x 1003.000

1.050 x 1003.300

540 x 1002.500

600 x 1003.000

610 x 1003.300

Em R$ Mil

Page 456: Análise das Demonstrações Contábeis

C E D E R J 139

AU

LA 1

4

Ativo Total médio = = 4.750 TRIX2 = = 13%

Ativo Total médio = = 5.900 TRIX3 = = 10%

PL médio = = 3.290 TRPLX2 = = 18%

PL médio = = 3.740 TRPLX3 = = 16%

GAX2 = x 360 = 570 dias, onde Ativo Total médio = 4.750, calculado na

TRI.

GAX3 = x 360 = 644 dias, onde Ativo Total médio = 5.900, calculado na

TRI.

Fazendo uma análise preliminar, desconsiderando o ramo de atividade em que

a Empresa Concreta atua, você pode concluir:

– As Margens Brutas estão bem posicionadas, porém as Margens Operacionais

e Líquidas tiveram uma grande queda; talvez seja viável tentar reduzir as

Despesas Financeiras e as Despesas com Vendas para que haja um resultado

fi nal melhor.

– Com relação às Taxas de Retorno, a situação não parece nada confortável, pois

estas taxas estão baixas, se comparadas às de outros investimentos, que nesse

período eram de 30%.

– Finalmente, o Giro do Ativo apresenta-se com um prazo muito elevado para

renovação do seu Ativo em relação às Vendas Líquidas.

Concluindo: esta empresa não parece bem posicionada em relação aos

Indicadores de Rentabilidade.

4.300 + 5.2002

600 x 1004.750

5.200 + 6.6002

610 x 1005.900

3.000 + 3.5802

600 x 1003.290

3.580 + 3.9002

610 x 1003.740

4.7503.000

5.9003.300

CONCLUSÃO

Nesta aula, você deve ter colocado em prática toda a teoria apre-

sentada na aula anterior, percebendo a importância dos indicadores de

rentabilidade, bem como a interpretação dos seus resultados.

Page 457: Análise das Demonstrações Contábeis

140 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Práticas sobre índices de rentabilidade

INFORMAÇÃO SOBRE A PRÓXIMA AULA

Na próxima aula, você terá oportunidade de aplicar as teorias de análise

estudadas ao longo do curso em uma empresa fi ctícia, sugerindo um

relatório fi nal.

Page 458: Análise das Demonstrações Contábeis

Praticando análise

Após a aplicação dos conhecimentos adquiridos, esperamos que você seja capaz de:

descrever o uso dos índices-padrão como referências para análise;

relatar a forma de composição dos índices-padrão;

descrever procedimentos de análise econômico-fi nanceira;

aplicar os procedimentos de análise de uma empresa fi ctícia;

redigir um Relatório de Análise sobre a situação econômico-fi nanceira da empresa.

15objetivos

AU

LA

Metas da aula

1

2

3

Pré-requisitos

4

5

Demonstrar passo a passo, através de caso prático, como analisar uma empresa sob os aspectos econômico-fi nanceiros, de modo

a diagnosticar sua situação, utilizando as etapas do estudo dos indicadores.

Para acompanhar esta aula, você deve ter domínio das técnicas de análise estudadas nesta disciplina ao longo do curso. A utilização de uma

calculadora facilitará a realização desta aula.

Page 459: Análise das Demonstrações Contábeis

142 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Praticando análise

INTRODUÇÃO

A análise dos índices de uma empresa só adquire

consistência e objetividade quando são comparados com ÍNDICES-PADRÃO. !!

Esta aula tratará da última forma de referenciais para análise – a comparação

interempresarial – e irá, por fi m, apresentar o Relatório de Análise da Empresa

Via Digital S.A., utilizando as duas etapas de avaliação de um índice.

REFERENCIAIS PARA ANÁLISE

A análise de balanços é fundamentalmente comparativa. Para

formar conceito a respeito de determinado índice – se é bom, regular

ou ruim –, é indispensável que se compare em relação a um parâmetro

para que possamos emitir nosso julgamento.

Essa comparação apresenta-se de três formas:

a) Pelo signifi cado intrínseco: isto é, seu signifi cado, o que ele

representa. Só deve ser utilizada quando não se dispõe das duas outras

formas de comparação, pois é muito limitada.

b) Temporal: envolve resultados de períodos anteriores. Geralmente,

são analisados os três últimos exercícios sociais da empresa, a fi m de

compreender a tendência apresentada pelos indicadores de desempenho,

não limitando a avaliação do resultado a um único exercício.

c) Interempresarial: relaciona o desempenho da empresa com os

índices-padrão do mercado. ÍN D I C E S-P A D R Ã O

São valores médios obtidos a partir da análise de desempenho de um universo de empresas do mesmo ramo, tamanho e região geográfi ca. Universo é a expressão utilizada em Estatística para se referir a um grupo ou conjunto de objetos, elementos ou indivíduos previamente defi nido.

Até o momento, para facilitar o aprendizado, optamos inicialmente

por interpretar os indicadores na forma intrínseca e temporal, conforme

você viu no estudo da Empresa Via Digital.

A partir de agora, você irá estudar a forma principal e indispensável

de comparação: a Interempresarial.

Este processo comparativo permite defi nir a empresa analisada

em relação aos índices-padrão.

A fi m de facilitar a compreensão deste parâmetro de comparação tão

essencial para a análise, será apresentado a seguir de forma detalhada.

Page 460: Análise das Demonstrações Contábeis

C E D E R J 143

AU

LA 1

5

Índice-padrão

Conforme já foi mencionado, os indicadores econômico-

fi nanceiros, se analisados de forma individual e isoladamente, não

produzem informações suficientes para uma correta conclusão.

É indispensável, portanto, que sejam comparados para que se possa

situar o resultado da empresa em relação ao mercado.

A conceituação dos resultados obtidos na empresa só pode ser efetuada quando

compara esses valores com os de outras empresas, de porte semelhante

e do mesmo ramo de atividade. Só assim será possível verifi car se os problemas

ou sucessos são específi cos da empresa analisada ou do setor.

!!De modo geral, os índices-padrão são apurados por meio de

método estatístico, que consiste em tabular os dados de determinado

universo de empresas e extrair um referencial para servir como parâmetro

de comparação.

Se você quiser se aprofundar neste tema, leia o capítulo 7 do livro

Análise fi nanceira de balanços – abordagem básica e gerencial, de dante C. Matarazzo (2003).

Dante Carmine Matarazzo é graduado em Administração de Empresas e em Ciências Contábeis pela USP. É mestre em

Contabilidade. Foi professor do Departamento de Contabilidade da Faculdade de Economia e Administração da USP e também professor do Programa de Pós-graduação em Contabilidade

da PUC-SP. Exerce suas atividades profi ssionais como sócio-diretor das empresas Diagnose – Análise

Empresariais Ltda. e Barroco Construções & Empreendimentos Ltda.

Page 461: Análise das Demonstrações Contábeis

144 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Praticando análise

Na defi nição deste universo é levado em consideração o ramo

de atividade, o tamanho e a região geográfica onde se situam as

empresas.

Ramo de atividade

O segmento de atuação representa um dos fatores que exerce

maior infl uência na vida da empresa, determinando maior ou menor

investimento em ativos permanentes, em ativos circulantes, prazos que

irá praticar etc.

Por exemplo, o índice de imobilização do Permanente de 70% é

compatível para uma indústria e elevado para uma empresa comercial,

uma vez que o primeiro opera com grandes volumes de investimentos

no Ativo Permanente, enquanto a segunda, não.

Só se pode avaliar bem os indicadores econômico-

fi nanceiros de empresas do mesmo ramo de atividade.!!

Quanto ao setor de atividade, as empresas são classifi cadas em

diferentes setores: indústria, comércio e serviços.

Para concentrar as atividades mais uniformes e específicas,

cada setor pode ser subdividido em ramos, e sub-ramos, conforme

demonstrado a seguir:

Exemplo de subdivisão

Setor Ramo Sub-ramo

Indústria Alimentos Conservas, pescados etc.SE T O R

É defi nido como o conjunto que abrange todos os ramos de atividade.

Além de comparar a empresa com outras do mesmo ramo, é

preciso comparar cada ramo com o SETOR em que ela atua, ou seja, com

a indústria como um todo ou com o comércio/serviços como um todo.

Page 462: Análise das Demonstrações Contábeis

C E D E R J 145

AU

LA 1

5

Tamanho da empresa

Além do ramo de atividade, na constituição de índices-padrão

leva-se em conta o tamanho das empresas. Empresas de portes diferentes

têm características diferentes. Por exemplo, um supermercado apresenta

necessidade de um nível de estoque elevado, enquanto uma mercearia

trabalha com nível de estoques menor. Embora atuando no mesmo

segmento, assumem comportamentos diferentes.

Região geográfi ca

Numa visão sistêmica, a empresa é composta de recursos

econômicos, fi nanceiros, humanos, materiais e tecnológicos que exercem

infl uência sobre ela, e é infl uenciada pelo meio no qual está inserida.

Fatores econômicos da região, como renda per capita, nível de

industrialização etc.; fatores sociais como costumes, crenças e valores; e

ainda os recursos naturais, como clima e vegetação, afetam a performance

da empresa.

Por outro lado, algumas atividades são menos sensíveis às condições

geográfi cas: à medida que a empresa vai conquistando novos mercados,

seus clientes agora não são mais apenas da localidade onde está situada,

mas de todas as regiões em que a empresa tem penetração (no município,

no estado, no Brasil ou até mesmo outros países), se aproximando a um

padrão nacional ou internacional, conforme o caso.

Cabe atentar para a existência de vários critérios de classifi cação

das atividades das empresas, como o utilizado pelo Instituto Brasileiro de

Geografi a e Estatística (IBGE), pela Centralização de Serviços Bancários

(Serasa), por algumas publicações de revistas especializadas, tais como:

Balanço Anual, do jornal Gazeta Mercantil; Melhores e Maiores, da revista

Exame, Quem é Quem, da Visão etc.

O analista deve estar atento às possíveis divergências de critérios de

classifi cação para efeito de comparação dos índices na utilização de trabalhos desenvolvidos por instituições

externas e publicações especializadas. Entre outros, quais os critérios para saneamento das demonstrações fi nanceiras? Qual

a fórmula utilizada para cálculo do ILS? Valor do estoque ou estoque médio? Essa defi nição dos critérios

é importante para evitar comparação entre situações diferentes.

!!

Page 463: Análise das Demonstrações Contábeis

146 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Praticando análise

Finalmente, a utilização dos índices-padrão propicia uma medida

objetiva de comparação, eliminando muito da subjetividade da análise

por parte do analista.

Alguns sites que podem ajudar você na análise da empresa são

os seguintes:

www.bacen.gov.br

www.cvm.gov.br

www.anbid.com.br

www.ibcpf.org.br

www.analisefi nanceire.com.br

www.ipea.gov.br

www.planalto.gov.br

www.andima.com.br

www.infoinvest.com.br

A seguir, você tem um roteiro com algumas dicas para que possa

efetuar uma análise econômico-fi nanceira de empresa.

I – Antes de iniciar a análise, busque informações acerca da empresa

em questão, seus produtos, seu relacionamento com as instituições

bancárias, sua imagem no mercado etc. Lembre-se de que a qualidade

da análise é diretamente proporcional à qualidade das informações.

II – Procure examinar as notas explicativas que acompanham

as demonstrações financeiras; nelas constarão dados e informações

complementares como critério de avaliação de estoques, taxas de juros etc.

III – Analise pelo menos os últimos três exercícios sociais da

empresa para que você possa ter uma idéia de tendência.

IV – Aplique a técnica de Análise Vertical no Balanço Patrimonial

para que você possa analisar, em termos percentuais, a estrutura do Ativo

e do Passivo, observando:

- se houve aumento ou diminuição da proporção de cada conta

ou grupo de contas, em relação a um determinado total;

Page 464: Análise das Demonstrações Contábeis

C E D E R J 147

AU

LA 1

5

- se ocorreram mudanças da política da empresa, quanto à

obtenção e à aplicação de recursos;

- se as contas ou grupos de contas encontram-se em proporções

normais se comparados com padrões do ramo de atividade ou com os

percentuais da própria empresa na série analisada;

- seu comportamento, ao longo do período em estudo: crescente,

decrescente, constante (análise de tendência).

V – Aplique a Análise Vertical na DRE, para que você possa

identifi car qual a participação de cada elemento em relação à ROL,

analisando o desempenho da empresa nos exercícios em estudo,

observando:

- se os percentuais obtidos dos CPV, despesas operacionais, lucros,

prejuízos etc. são bons ou ruins se comparados com os das empresas

concorrentes; com índices-padrão ou com os percentuais da própria

empresa;

- seu comportamento, ao longo do período em estudo (análise de

tendência): crescente, decrescente, constante.

VI – Aplique a técnica de Análise Horizontal no BP e na DRE

para que você possa observar o comportamento dos componentes

dessas demonstrações fi nanceiras em relação ao ano-base, considerado

isoladamente:

- se houve evolução (crescimento), involução (decréscimo) ou

nenhuma alteração;

- quais as aplicações que a empresa vem priorizando e quais as

fontes de recursos utilizadas;

- qual o comportamento dos elementos formadores dos resultados

dos exercícios, em relação à ROL.

VII – Utilize a Análise Vertical em conjunto com a Horizontal para

investigar os elementos mais signifi cativos, comparando os crescimentos

ocorridos:

- nos totais do Ativo Permanente e Circulante e dos principais

componentes;

- no Ativo Circulante em relação ao Passivo Circulante;

Page 465: Análise das Demonstrações Contábeis

148 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Praticando análise

- no Patrimônio Líquido em relação ao ocorrido no Passivo

Exigível;

- no Patrimônio Líquido mais Passivo Exigível a Longo Prazo

em relação ao ocorrido no Ativo Permanente;

- no CPV em relação ao ocorrido na ROL;

- nos totais das despesas operacionais e de sua composição

(despesas de vendas, administrativas, fi nanceiras etc.);

- nas despesas operacionais em relação ao ocorrido na ROL;

- nas margens (bruta, operacional, líquida) em relação à ROL.

VIII – Aplique a técnica de Análise por Quocientes para realizar

avaliações sobre diferentes aspectos da empresa (liquidez, estrutura,

atividade, rentabilidade etc.).

IX – Leve sempre em consideração a conjuntura econômica e as

perspectivas do setor em que a empresa atua.

X – Por fi m, você deve comparar os resultados apurados na

empresa com os dos concorrentes e os padrões de mercado.

RESUMO SOBRE OS PRINCIPAIS INDICADORES ECONÔMICO-FINANCEIROS

ÍNDICE FÓRMULA SIGNIFICADO INTERPRETAÇÃO

LIQUIDEZ

Corrente (ILC) Para cada R$1,00 de dívida de curto prazo, a empresa possui R$ X,00 para pagar.

Quanto maior, melhor.

Seca (ILS) Para cada R$ 1,00 de dívida de curto prazo, a empresa possui R$ X,00, para pagar sem realizar os estoques.

Quanto maior, melhor.

Geral (ILG) Para cada R$ 1,00 de dívida total, a empresa possui R$ X,00 para pagar.

Quanto maior, melhor.

ESTRUTURA

Endividamento total (ET)

x 100

% do ativo total fi nanciado com recursos de terceiros.

Quanto menor, melhor.

AC

PC

AC - Estoques

PC

AC + ARLP

PC + PELP

PE

AT

Page 466: Análise das Demonstrações Contábeis

C E D E R J 149

AU

LA 1

5

Garantia aos capitais de terceiros (GCT)

x 100

Indica quantos reais de capitais de terceiros têm capitais próprios como garantia.

Quanto maior, melhor.

Participação de capitais de terceiros (PCT)

x 100

Indica quantos reais de capitais de terceiros a empresa captou para cada real de capital próprio.

Quanto menor, melhor.

Composição do endividamento de curto prazo (ECP)

x 100

% da dívida de curto prazo em relação ao total das dívidas.

Quanto menor, melhor.

Imobilização do capital próprio (IPL)

x 100

% dos recursos próprios comprometidos com o Ativo Permanente.

Quanto menor, melhor.

ATIVIDADE

Prazo médio de renovação de estoques (PMRE)

x 360

Quantos dias a empresa demora para girar seus estoques.

Quanto menor, melhor.

Prazo médio de recebimento de vendas (PMRV)

x 360

Quantos dias a empresa leva para receber de seus clientes.

Quanto menor, melhor.

Prazo médio de pagamento de compra (PMPC)

Quantos dias a empreza tem para pagar a seus fornecedores

Quanto maior, melhor.

GIRO

Giro dos estoques (GE)

Indica o número de vezes que os estoques são renovados em média ao longo do período.

Quanto maior, melhor.

PL

PE

PE

PL

PC

PE

AP

PL

Estoques

CPV

DR

Vendas

Fornecedores

Compras

360

PMRE

Page 467: Análise das Demonstrações Contábeis

150 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Praticando análise

Giro de Duplicatas a Receber (GDR)

Mede a liquidez das Duplicatas a Receber da empresa.

Quanto maior, melhor.

Giro de Fornecedores (GDF)

Indica o número de vezes em que são renovadas as dívidas com os fornecedores da empresa.

Quanto menor, melhor.

CONCLUSÃO

Como conclusão desta disciplina, será apresentado o Relatório de

Análise da Empresa Via Digital S.A.; desta feita, você verá como foram

emitidos os conceitos a respeito da situação econômico-fi nanceira, se

boa, regular ou ruim, relacionando o desempenho da empresa com os

índices-padrão do mercado.

Na avaliação desses indicadores serão utilizadas as demonstrações

fi nanceiras e os índices-padrão relativos aos anos de X1, X2 e X3.

360

PMRV

RENTABILIDADE

Margem Operacional (MO)

x 100

% do LO em relação às vendas líquidas (ROL).

Quanto maior, melhor.

Margem líquida ou Lucratividade das vendas (ML)

x 100

% do LL em relação às vendas líquidas (ROL).

Quanto maior, melhor.

Taxa de retorno sobre o ativo operacional (TRAO)

x 100

Mede a rentabilidade das operações em relação ao ativo operacional.

Quanto maior, melhor.

Taxa de Retorno sobre Investimentos (TRI)

x 100

% de LL em relação ao Ativo Total.

Quanto maior, melhor.

Taxa de Retorno sobre o Patrimônio Líquido (TRPL)

x 100

% de LL em relação aos capitais próprios.

Quanto maior, melhor.

Giro do Ativo (GA) Quantas vezes o Ativo Total foi renovado pelas vendas.

Quanto maior, melhor.

LO

AO

LL

AT

LL

VL

LL

PL

AT

Vendas Brutas – Dev. e abat. s/ vendas

LO

VL

360

PMPC

Page 468: Análise das Demonstrações Contábeis

RELATÓRIO DE ANÁLISE

Page 469: Análise das Demonstrações Contábeis

152 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Praticando análise

EMPRESA VIA DIGITAL S.A.

INTRODUÇÃO

Trata-se de uma sociedade anônima fabricante de placas de circuitos eletrônicos

com sede no Estado do Rio de Janeiro. A Via Digital solicita um empréstimo de

R$ 1.000.000,00 ao Banco Confi ança para dar continuidade ao seu projeto

de expansão iniciado em X2 e cujo término está previsto para março de X4.

Com base nas demonstrações fi nanceiras em anexo – Balanço Patrimonial e

Demonstração do Resultado do Exercício relativamente aos exercícios de X1,

X2 e X3, efetue a análise econômico-fi nanceira da empresa Via Digital S.A.

para viabilização desta operação de empréstimo.

BALANÇOS PATRIMONIAIS SANEADOS (AJUSTADOS) ENCERRADOS EM:

APLICAÇÕES

31/12/X1 31/12/X2 31/12/X3

VALOR AV AH VALOR AV AH VALOR AV AH

R$ % % R$ % % R$ % %

ATIVO CIRCULANTE:Disponibilidades (1)

7.390 6 100 2.024 1 27 2.849 2 39

Direitos Realizáveis a Curto Prazo (2)

47.218 38 100 41.015 29 87 53.021 29 112

Soma (3) = (1+2) 54.608 44 100 43.039 30 79 55.870 31 102

Estoques (4) 33.923 28 100 33.411 24 98 43.227 24 127

TOTAL DO ATIVO CIRCULANTE (5) = (3 + 4)

88.531 72 100 76.450 54 86 99.097 55 112

ATIVO REALIZÁVEL A LONGO PRAZO (6)

- - - - - - - - -

TOTAL DO ATIVO PERMANENTE (7) = (8 + 9+ 10)

34.577 28 100 65.124 46 188 81.531 45 236

• Investimentos (8) 3.263 3 100 4.106 3 126 5.352 3 164

• Imobilizado (9) 31.314 25 100 59.036 42 189 73.000 40 233

•. Diferido (10) - - 100 1.982 1 - 3.179 2 -

ATIVO TOTAL (11) = (5 + 6 + 7)

123.108 100 100 141.574 100 115 180.628 100 147

Page 470: Análise das Demonstrações Contábeis

C E D E R J 153

AU

LA 1

5

ORIGENS

31/12/X1 31/12/X2 31/12/X3

VALOR AV AH VALOR AV AH VALOR AV AH

R$ % % R$ % % R$ % %

PASSIVO CIRCULANTE (1)

60.554 49 100 48.943 35 81 63.376 35 105

PASSIVO EXIGÍVEL LP (2)

14.196 12 100 51.291 36 361 63.624 35 448

PASSIVO EXIGÍVEL (3) = (1 + 2)

74.750 61 100 100.234 71 134 127.000 70 170

PATRIMÔNIO LÍQUIDO (4)

48.358 39 100 41.340 29 85 53.628 30 111

PASSIVO TOTAL (5) = (3 + 4)

123.108 100 100 141.574 100 115 180.628 100 147

DEMONSTRAÇÕES DE RESULTADOS DE EXERCÍCIOS SANEADAS RELATIVAS AOS EXERCÍCIOS DE:

DISCRIMINAÇÃOX1 X2 X3

VALOR AV AH VALOR AV AH VALOR AV AHR$ % % R$ % % R$ % %

RECEITA OPERACIONAL BRUTA (1)

237.401 113 100 294.377 114 124 313.824 112 132

(-) Deduções de Vendas (2) 26.889 13 100 35.031 14 130 33.624 12 125(=) RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA (3) = (1 – 2)

210.512 100 100 259.346 100 123 280.200 100 133

(-) CUSTO DOS PRODUTOS VENDIDOS (4)

160.385 76 100 161.313 62 101 174.340 62 109

(=) LUCRO BRUTO (5) = (3 – 4) 50.127 24 100 98.033 38 196 105.860 38 211(-) Despesas Operacionais (6) = (7 + 8 + 9 + 10)

35.382 17 100 92.327 36 261 101.23536

286

• Vendas (7) 10.218 5 100 12.189 5 119 13.225 5 129

• Administrativas (8) 9.296 4100 8.299 3 89

9.078 3 98

• Financeiras Líquidas (9) 15.868 8100 71.839 28 453

78.932 28 497

• Outras Despesas/Receitas (10) - - - - - - - - -

(=) Lucro Operacional (11) = (5 – 6) 14.745 7 100 5.706 2 39 4.625 2 31

(+) Resultados Não-Operacionais (12) 156 - 100 259 - 166 616 - 395

(=) Lucro antes do IR (13) = (11 + 12) 14.901 7 100 5.965 2 40 5.241 2 35

(-) Provisão para IR (14) 4.797 2 100 1.283 - 27 1.661 1 35(=) Lucro Líquido (15) = (13 – 14)

10.104 5 100 4.682 2 46 3.580 1 35

Page 471: Análise das Demonstrações Contábeis

154 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Praticando análise

Para facilitar a interpretação das técnicas

de Análise Vertical/Horizontal, você deve construir histogramas para os Balanços

Patrimoniais e gráfi cos para as Demonstrações dos Resultados dos Exercícios, destacando as Receitas

Operacionais Líquidas, as Despesas Operacionais e os Resultados

Finais (lucro ou prejuízo).

!!

BALANÇOS PATRIMONIAIS

Em X1 a empresa apresentava a maior parte dos recursos aplicados

no Ativo Circulante (72%). Os capitais próprios, embora minoritários

na estrutura de capitais (39%), eram sufi cientes para garantir todo o

Ativo Permanente e fi nanciar parte do Ativo Circulante, apresentando,

portanto, Capital Circulante Próprio.

ANÁLISE VERTICAL/HORIZONTAL

31/12/X331/12/X2

AC72%

AP 28%

31/12/X1

PC 49%

PELP 12%

PL

39%

AC 54%

AP 46%

PELP 36%

PL 29%

PC 35%

AC 55%

PELP 35%

PC 35%

AP 45% PL

30%

Page 472: Análise das Demonstrações Contábeis

C E D E R J 155

AU

LA 1

5

Não obstante os capitais de terceiros vencíveis a curto prazo tivessem

a maior participação da série histórica analisada (49% contra 35% em X2

e X3), foi nesse exercício que a Via Digital apresentou a melhor situação

fi nanceira, pois os recursos aplicados no Ativo Circulante são sufi cientes

para bancar todas as exigibilidades de curto e de longo prazo.

A partir de seu projeto de expansão iniciado em X2 e com

término previsto para março de X4, a empresa Via Digital modifi cou

totalmente sua política de aplicação e obtenção de recursos. Seu Ativo

total cresceu nominalmente 47% de 31/12/X1 a 31/12/X3. Em termos

reais, o crescimento foi de 34%. Tal crescimento deveu-se ao Ativo

Permanente, que expandiu nominalmente 136% e, em termos reais,

116%, enquanto o Ativo Circulante teve crescimento nominal de 12% e

real de apenas 2%. Como resultado, as aplicações no Ativo Permanente

passaram a responder por 46% e 45% do total do Ativo, com destaque

para a conta “obras em andamento”, que tanto em X2 como em X3

representava 30% e 38%, respectivamente, do Imobilizado.

Os capitais de terceiros vencíveis a longo prazo foram o principal

responsável pelo aumento do Ativo, com evolução real de 310%, relativo

ao período 31/12/X1 a 31/12/X3, uma vez que o PL evoluiu apenas 1% e

o Passivo Circulante decreceu de 4%.

A partir de X2, praticamente a empresa trabalhou com os capitais

de terceiros de curto e de longo prazo, na proporção de 1:1.

Tanto em X2 como em X3 os resultados ocorridos nos Ativos

Circulantes e nos Passivos Circulantes foram sempre favoráveis aos

Ativos Circulantes; em X2, o Ativo Circulante decresceu 16%, em termos

reais, em relação a X1, contra o decréscimo de 22% do Passivo Circulante.

Já em X3, o AC evoluiu somente 2%; no entanto, o PC experimentou um

decréscimo de 4%; portanto, sua situação fi nanceira não fi cou prejudicada,

não obstante a maior dependência dos capitais alheios.

Page 473: Análise das Demonstrações Contábeis

156 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Praticando análise

O crescimento real das vendas, de 22%, inferior ao ocorrido no

Ativo Total (34%) no período analisado, é explicado em função da

elevada participação da rubrica “obras em andamento”.

Os acréscimos reais na ROL nos dois últimos exercícios, de 19%

e 22%, respectivamente, e o bom desempenho dos CPV, que decresceram

em termos reais em 3% e 1%, fi zeram com que as margens brutas

crescessem 89% e 93% em X2 e X3, com isso o lucro bruto passou a

representar 38% das ROL, no último exercício.

O aumento de 14 pontos percentuais em X2 e X3 em relação a

X1 é bastante signifi cativo, pois o Lucro Líquido em X1 representou

5% da ROL.

Se em X2 e X3 as Despesas Operacionais não tivessem crescimentos

superiores à ROL, a Via Digital com certeza alcançaria melhor percentual

de Lucro Líquido sobre as ROL se comparado a X1.

Essas Despesas Operacionais, que em X1 representavam 17% da

ROL, passaram a consumir 36% da ROL nos dois últimos exercícios,

fazendo com que o Lucro Operacional participasse com 2% em X2 e

1% em X3) da ROL, contra os 5% de X1.

DRE

DO

17%

ROL100%

LL 5% LL 2%

DO

36%

LL 1%

DO

36%

ROL100%

ROL100%

X1 X2 X3

Page 474: Análise das Demonstrações Contábeis

C E D E R J 157

AU

LA 1

5

Em X2 e X3 o Lucro Líquido decresceu, em

termos reais de 55% e 68%, respectivamente, se

comparado a X1. Entre as Despesas Operacionais,

o destaque negativo foram as despesas fi nanceiras

que cresceram, em termos reais, nada menos que

338% e 355% se comparadas a X1, estando em

proporções bastante elevadas para a empresa,

sendo, portanto, a principal causa da redução do

Lucro Líquido.

INDICADORES ECONÔMICO-FINANCEIROS

Para facilitar a interpretação, você deverá

transportar os valores apurados dos índices (Anexo 3) para o quadro

a seguir, como também verifi car a tendência desses índices no período

em estudo e compará-los com os índices do setor

disponíveis.

!!ÍNDICE EXERCÍCIO TENDÊNCIA

X1 X2 X3INTERPRETAÇÃO

X1 X2 X3

ILI0,12 0,04 0,04

Quanto menor, melhor, dentro de certos limites de segurança.

ILC 1,46 1,56 1,56 Maior, melhor

ILS 0,90 0,88 0,88 Maior, melhor

ILG 1,18 0,76 0,78 Maior, melhor

LIQUIDEZ

A memória de cálculos das variações, em termos

reais, encontra-se no Anexo 6 desta aula, enquanto as variações em

termos nominais na Aula 13.!!

Page 475: Análise das Demonstrações Contábeis

158 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Praticando análise

COMENTÁRIOS

A análise retrospectiva dos demonstrativos fi nanceiros relativos

aos exercícios de X1, X2 e X3 revela que, em termos de liquidez,

a Empresa Via Digital S.A. apresentou a cada ano uma boa capa-

cidade fi nanceira de curto prazo, culminando no último exercício

com o indicador superior à média do setor.

A longo prazo, apresentou uma situação fi nanceira insatisfatória,

sob o ponto de vista da tendência decrescente; nos dois últimos exercícios,

foi inferior à unidade. Por outro lado, como os índices-padrão, também

nos dois últimos anos, vêm apresentando tendência de queda e abaixo

da unidade, pode-se concluir que a situação de liquidez a longo prazo

da Via Digital está dentro da normalidade. Ressalta-se que, em X3,

o ILG de X3 da empresa foi superior ao do setor.

DISCRIMINAÇÃO

EXERCÍCIO

X1 X2 X3

Índice da empresa

Índice-padrão

Índice da empresa

Índice-padrão

Índice da empresa

Índice-padrão

LIQUIDEZ

Corrente 1,46 1,47 1,56 1,60 1,56 1,52

Geral 1,18 1,20 0,76 0,77 0,78 0,76

Podemos verifi car a tendência dos índices

comparando o comportamento do índice sempre em relação

ao ano anterior. !!

Page 476: Análise das Demonstrações Contábeis

C E D E R J 159

AU

LA 1

5

ESTRUTURA

ÍNDICE EXERCÍCIO TENDÊNCIAX1 X2 X3

INTERPRETAÇÃOX1 X2 X3

ET 61% 71% 70% Menor, melhor

CE 81% 49% 50% Menor, melhor

ICP 72% 158% 152% Menor, melhor

ESTRUTURA

DISCRIMINAÇÃO

EXERCÍCIO

X1 X2 X3

Índice da empresa

Índice-padrão

Índice da empresa

Índice-padrão

Índice da empresa

Índice-padrão

ET 61% 55% 71% 82% 70% 80%

CE 81% 80% 49% 52% 50% 50%

ICP 72% 72% 158% 76% 152% 77%

COMENTÁRIOS

Os índices de endividamento da Via Digital demonstram que

nos dois últimos exercícios a empresa vem recorrendo maciçamente

aos capitais de terceiros. Muito embora seu nível de endividamento

elevado seja típico no ramo, se comparado ao do setor os indicadores da

EVD S.A. apresentam-se mais bem posicionados.

Os indicadores de endividamento de curto prazo mostram que

a empresa melhorou sensivelmente o perfi l da dívida, chegando a

dívidas vencíveis a curto prazo no último exercício reduzidas à metade,

acompanhando a tendência e o perfi l do setor.

Relativamente à Imobilização do Patrimônio Líquido, a situação

da empresa, que era tranqüila em X1, deixa de existir nos anos X2 e

X3, em face do crescimento elevadíssimo de seu nível de imobilização

(IPL > 1); no entanto, sua saúde fi nanceira não está comprometida, pois

a empresa compensou a falta de recursos próprios para o fi nanciamento

do Ativo Permanente com fontes de recursos de terceiros vencíveis a

longo prazo.

O pior posicionamento do nível de imobilização da empresa

em relação ao setor explica-se em parte pelas imobilizações em

obra em andamento, 27% e 35% em X2 e X3, respectivamente.

Page 477: Análise das Demonstrações Contábeis

160 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Praticando análise

ÍNDICEEXERCÍCIO TENDÊNCIA

X1 X2 X3INTERPRETAÇÃO

X1 X2 X3

PMRE 76 dias 75 dias 89 dias Menor, melhor

PMRV 77 dias 55 dias 64 dias Menor, melhor

PMPC 86 dias 27 dias 23 dias Maior, melhor

CO 153 dias 130 dias 153 dias Menor, melhor

CF 67 dias 103 dias 130 dias Menor, melhor

ÍNDICE EXERCÍCIO INTERPRETAÇÃO

X1 X2 X3 Maior, melhor

GE 4,7 vezes 4,8 vezes 4,0 vezes Maior, melhor

GDR 4,7 vezes 6,6 vezes 5,5 vezesMenor, melhor

GF 4,2 vezes 13,3 vezes 15,7 vezes

ÍNDICE

EXERCÍCIO

X1 X2 X3

EMPRESA SETOR EMPRESA SETOR EMPRESA SETOR

PMRE 76 dias 75 dias 75 dias 75 dias 89 dias 77 dias

PMRV 77 dias 78 dias 55 dias 77 dias 64 dias 75 dias

PMPC 86 dias 75 dias 27 dias 75 dias 23 dias 76 dias

CO 153 dias 153 dias 130 dias 152 dias 153 dias 152 dias

CF 67 dias 78 dias 103 dias 77 dias 130 dias 76 dias

QPR 1,78 1,97 4,81 2,03 6,65 2,04

GE 4,7 x (*) 4,8 x (*) 4,0 x (*)

GDR 4,7 x (*) 6,5 x (*) 5,6 x (*)

GF 4,2 x (*) 13,3 x (*) 15,7 x (*)

(*) Valores não disponíveis.

ATIVIDADE

GIRO

Page 478: Análise das Demonstrações Contábeis

C E D E R J 161

AU

LA 1

5

EMPRESA

Ano X2 CO = 130 dias

Representação gráfi ca dos ciclos operacional e fi nanceiro da empresa e do setor, ano a ano

EMPRESA Ano X1

CO = 153 dias

PADRÃO/SETOR

CO = 153 dias

PADRÃO/SETOR

CO = 152 dias

PMRE = 76 dias PMRV = 77 dias

PMPC = 86 dias CF = 67 dias

PMRE = 75 dias PMRV = 78 dias

PMPC = 75 dias CF = 78 dias

PMRE = 75 dias PMRV = 55 dias

PMPC = 27 dias CF = 103 dias

PMRE = 75 dias PMRV = 77 dias

PMPC = 75 dias CF = 77 dias

Page 479: Análise das Demonstrações Contábeis

162 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Praticando análise

COMENTÁRIOS

A análise retrospectiva dos índices de atividade e dos ciclos

operacionais e fi nanceiros relativos aos exercícios de X1, X2 e X3 revela

que em X1 a Empresa Via Digital S.A. apresentou a melhor situação

fi nanceira do período analisado. Seu ciclo fi nanceiro era inferior ao do

setor, o que signifi ca que a empresa necessitou de giro por um prazo de

7 dias a menos do que a média do setor. Tal fato se deu praticamente em

função da obtenção de maior prazo médio de pagamento de compras, já

que tanto o PMRE como o PMRV fi caram próximos à média do ramo e

os ciclos operacionais apresentavam o mesmo número de dias (153).

PADRÃO/SETOR

CO = 152 dias

PMRE = 77 dias PMRV = 75 dias

PMPC = 76 dias CF = 76 dias

EMPRESA

Ano X3

CO = 153 dias

PMRE = 89 dias PMRV = 64 dias

CF = 130 dias PMPC = 23 dias

Page 480: Análise das Demonstrações Contábeis

C E D E R J 163

AU

LA 1

5

Em X2 a situação se inverteu. A causa da situação desfavorável foi

a redução drástica do PMPC, já que praticamente não ocorreu alteração

no PMRE, girando 4,8 vezes. Aliado à melhoria no giro de Duplicatas

a Receber (6,5 vezes), o ciclo operacional passou de 153 dias para 130,

diminuindo a necessidade da empresa de investimento em giro.

Em X3, a empresa não conseguiu reverter a tendência declinante

observada em X2; pelo contrário, piorou mais. Ocorreram crescimentos

nos PMRE e PMRV e diminuição do PMPC. O destaque negativo vai para

o PMPC, o menor do período em análise, com os fornecedores fi nanciando

as compras apenas 23 dias. Para fi nanciar o ciclo fi nanceiro de 130 dias,

a empresa precisou de fi nanciamento complementar de giro.

Pelo exposto, o problema da EVD S.A. encontra-se no PMRE e,

pricipalmente, no PMPC, pois não houve alteração no ciclo operacional,

que está próximo ao do setor.

Para melhorar a situação fi nanceira, a empresa deverá negociar

com seus fornecedores maiores prazos de pagamento e rever sua política

de estoque. Só através de uma boa gestão dos prazos médios a empresa

poderá melhorar seu ciclo fi nanceiro.

ÍNDICE EXERCÍCIO TENDÊNCIAX1 X2 X3

INTERPRETAÇÃOX1 X2 X3

MO 7% 2% 2% Maior, melhor

ML 5% 2% 1% Maior, melhor

TRAO 13% 5% 4% Maior, melhor

TRI 8% 4% 2% Maior, melhor

TRPL 22% 10% 8% Maior, melhor

GA 1,96 vez 2,08 vezes 1,74 vez Maior, melhor

DISCRIMINAÇÃO

EXERCÍCIO

X1 X2 X3

Índice da empresa

Índice-padrão

Índice da empresa

Índice-padrão

Índice da empresa

Índice-padrão

ML 5% 5% 2% 1% 1% 1%

TRI 8% 4% 3% 3% 2% 2%

TRPL 22% 9% 10% 13% 8% 11%

GA 1,96 vez 1,62 vez 2,08 vezes 1,10 vez 1,74 vez 1,00 vez

Page 481: Análise das Demonstrações Contábeis

164 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Praticando análise

COMENTÁRIOS

A situação econômica da Via Digital piorou nos dois últimos exercícios.

Todos os seus indicadores econômicos involuíram, encontrando-se abaixo

da média do setor. Dentre as principais causas desse fraco desempenho

encontra-se o alto endividamento nos anos X2 e X3, que acarretou crescimento

substancial das despesas fi nanceiras.

A decisão da empresa quanto aos investimentos em “obras em

andamento” em volumes signifi cativos nos dois últimos exercícios,

sem correspondência em termos de vendas, em muito contribuiu para

esse resultado.

Espera-se que, a partir de março de X4, com o

término das obras, onde está previsto um

acréscimo no seu volume de vendas da

ordem de 20% em relação ao faturamento

de X3 e a maturação dos investimentos

no Ativo Permanente e outras decisões,

como melhor controle de seus custos e

despesas e melhores índices de atividades, a

Via Digital S.A. volte, pelo menos, à situação do

ano X1, melhor ano da série analisada.

O quadro resumo dos índices e a representação gráfi ca dos

ciclos auxiliam o analista a localizar onde residem os pontos fortes e fracos da

empresa, destacando os mais relevantes e identifi cando as causas e os efeitos da

situação fi nanceira da empresa.

!!Utilizando as principais técnicas de Análise de Balanços, nesta última aula

foi possível aplicar toda a teoria apresentada durante a disciplina Análise

das Demonstrações Contábeis na Empresa Via Digital.

Nesta análise, também foi considerado o signifi cado intrínseco da empresa,

o temporal e interempresarial (setorial), com o objetivo de estabelecer

parâmetros a respeito da sua real situação econômico-fi nanceira.

Finalmente, foi elaborado, como sugestão, um relatório conclusivo baseado

nos indicadores estudados e nas informações relevantes disponíveis.

Com este estudo prático concluímos esta disciplina – muito embora haja outros

indicadores que não foram abordados. É importante que você lembre que a

Análise das Demonstrações contábeis tem o objetivo de diagnosticar a situação

econômico-fi nanceira, determinando suas causas e apontando soluções.

R E S U M O

Page 482: Análise das Demonstrações Contábeis

ANEXOS

1. Balanços Patrimoniais.

2. Demonstrações de Resultados dos Exercícios.

3. Dados complementares.

4. Memória de cálculo dos indicadores.

5. Memória de cálculo dos valores defl acionados.

6. Memória de cálculo da AH dos valores defl acionados.

7. Memória de cálculo da participação da rúbrica Obras em Andamento

em relação ao Ativo Permanente.

Page 483: Análise das Demonstrações Contábeis

166 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Praticando análise

1. BALANÇOS PATRIMONIAIS

Empresa Via Digital S.A.

Balanços Patrimoniais encerrados em:

Balanço Patrimonial Em R$

ATIVO 31/12/X1 31/12/X2 31/12/X3

Ativo Circulante Caixa e Bancos c/ Movimento Aplicações de Liquidez Imediata Duplicatas a Receber Duplicatas Descontadas Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa Estoque de Produtos Acabados Estoque de Produtos em Elaboração Matérias-primasTotal do Ativo Circulante

Ativo Permanente - Investimentos - Ações de Outras Empresas - Obra de Arte Total do Investimento - Imobilizado - Imóveis - Máquinas e Equipamentos - Veículos - Ferramentas - Depreciação Acumulada - Obras em Andamento Total do Imobilizado

- Diferido - Despesas com Reorganização

Total do DiferidoTotal do Ativo Permanente

1.5635.827

48.690(13.130)(1.472)

11.0104.232

18.68175.401

2.730533

3.263

17.29012.1686.8772.223

(7.244)-

31.314

--

34.577

6371.487

41.995(18.079)

(980)

19.8494.6448.918

58.371

2.6621.4444.106

17.29021.3458.2802.506

(8.000)17.61559.036

1.9821.982

65.124

8162.033

53.901(23.462)

(880)

25.7346.018

11.47575.635

3.4481.9045.352

17.29023.0009.1323.500

(8.200)28.27873.000

3.1793.179

81.531

TOTAL DO ATIVO 109.978 123.495 157.166

Page 484: Análise das Demonstrações Contábeis

C E D E R J 167

AU

LA 1

5

2. DEMONSTRAÇÕES DE RESULTADOS DOS EXERCÍCIOS

Em R$

PASSIVO 31/12/X1 31/12/X2 31/12/X3

Passivo Circulante Fornecedores Encargos Sociais Impostos a Recolher Financiamentos Dividendos a Pagar Empréstimos BancáriosTotal do Passivo Circulante

Passivo Exigível a Longo Prazo Empréstimos Bancários FinanciamentosTotal do Passivo Exigível a Longo Prazo

Patrimônio Líquido Capital Social Reservas de Capital Reservas de Lucros Lucros AcumuladosTotal do Patrimônio Líquido

31.9963.2295.4992.4571.2612.982

47.424

14.196-

14.196

29.67311.038

5057.142

48.358

18.5182.3222.4582.5571.4003.609

30.864

37.65813.63351.291

23.19011.779

3686.003

41.340

24.0382.4642.2057.1091.5202.578

39.914

46.10017.52463.624

30.11913.446

4809.583

53.628

TOTAL DO PASSIVO 109.978 123.495 157.166

DISCRIMINAÇÃO X1 X2 X3

RECEITA OPERACIONAL BRUTA (-) Impostos incidentes sobre Vendas (-) Devoluções e Abatimentos sobre Vendas (=) RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA (-) Custo dos Produtos Vendidos (=) LUCRO BRUTO (-) DESPESAS OPERACIONAIS: • Vendas • Administrativas • Financeiras

237.40117.0669.823

210.512160.38550.127

10.2189.296

15.868

294.37715.82319.208

259.346161.31398.033

12.1898.299

71.839

313.82421.96711.657

280.200174.340105.860

13.2259.078

78.932

DRE

Empresa Via Digital S.A

Demonstrações dos Resultados dos Exercícios relativas aos exercícios de:

Em R$

Page 485: Análise das Demonstrações Contábeis

168 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Praticando análise

3. DADOS COMPLEMENTARES

(=) LUCRO OPERACIONAL (+) Receitas Não-operacionais (-) Despesas Não-operacionais (=) LUCRO ANTES DO IMPOSTO DE RENDA

(-) Provisão para Imposto de Renda (=) LUCRO LÍQUIDO

LUCRO POR AÇÃO

14.745256100

14.901

4.79710.104

0,888

5.706359100

5.965

1.2834.682

0,390

4.625866250

5.241

1.6613.580

0,420

DISCRIMINAÇÃO 31/12/X0

Duplicatas a Receber 45.976

Estoques 32.361

Ativo Operacional 108.190

Ativo Total 116.549

Fornecedores 32.504

Patrimônio Líquido 42.563

Em R$

DISCRIMINAÇÃO X1 X2 X3

Compras 133.182 246.396 375.081

- Empresa

Em R$

- Setor

DISCRIMINAÇÃO X1 X2 X3

LIQUIDEZ

- ILC 1,47 1,60 1,52

- ILG 1,20 0,77 0,76

ESTRUTURA

- ET 55% 82% 85%

- ECP 80% 52% 50%

- ICP 72% 76% 77%

Page 486: Análise das Demonstrações Contábeis

C E D E R J 169

AU

LA 1

5

ATIVIDADE

- PMRE 75 dias 75 dias 77 dias

- PMRV 78 dias 77 dias 75 dias

- PMPC 76 dias 75 dias 76 dias

- CO 153 152 152

- CF 78 77 76

- GE 4,7 X 4,8 X 4,0 X

- GDR 4,7 X 6,5 X 5,6 X

- GF 4,2 X 13,3 X 15,7 X

- QPR 1,78 4,81 6,65

RENTABILIDADE

- ML 5% 1% 1%

- TRI 4% 3% 2%

- TRPL 9% 13% 11%

- GA 1,62 vez 1,10 vez 1,00 vez

4. MEMÓRIA DE CÁLCULO DOS INDICADORES

DISCRIMINAÇÃO EXERCÍCIO

X1 X2 X3

LIQUIDEZ

= 0,12

= 0,04

= 0,04

= 1,46 = 1,56 = 1,56

= 0,90

= 0,88

= 0,88

=1,18

= 0,76

= 0,78

ILI =Disponibilidades

PC 7.390 60.554

2.024 48.943

2.849 63.376

ILS =AC PC

88.53160.554

76.450 48.943

99.097 63.376

ILS =AC - Estoques

PC 76.450 - 33.411

48.943 99.097 - 43.227

63.376

ILG =AC + ARLP PC + PELP

88.531 + 0 60.554 + 14.196

76.450 + 0

48.943 + 51.291

99.097 + 0 63.376 + 63.624

88.531 - 33.923

60.554

Page 487: Análise das Demonstrações Contábeis

170 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Praticando análise

ESTRUTURA

x 100 = 61% x 100 =71% x 100 = 70%

x 100 x 100 = 81%

x 100= 49%

x 100 = 50%

x 100

x 100 =72%

x 100 = 158%

x 100 = 152%

ATIVIDADE

x 360 x 360 = 76 dias

x 360 = 75 dias

x 360 = 89 dias

x 360

x 360 = 77 dias

x 360 = 55 dias

x 360 = 64 dias

x 360

x 360 = 86 dias

x 360 = 27 dias

x 360 = 23 dias

CO = PMRE + PMRV 76 + 77 = 153 dias 75 + 55 = 130 dias 89 + 64 = 153 dias

CF = CO – PMPC 153 – 86 = 67 dias 130 – 27 = 103 dias 153 – 23 = 130 dias

GIRO

= 4,7 vezes

= 4,8 vezes

= 4,0 vezes

= 4,7 vezes

= 6,5 vezes

= 5,6 vezes

= 4.2 vezes

= 13,3 vezes

= 15,7 vezes

RENTABILIDADE x 100

x 100 = 7%

x 100 = 2%

x 100 = 2%

x 100

x 100 = 5%

x 100 = 2%

x 100 = 1%

x 100

x 100 = 13%

x 100 = 5%

x 100 = 4%

x 100

x 100 = 8%

x 100 = 4%

x 100 = 2%

x 100 x 100 = 22%

x 100 = 10%

x 100 = 8%

= 1,88 vez

= 2,08 vezes

= 1,88 vez

ET =PE AT

74.750 123.108

100.234141.574

127.000 180.628

CE =PC PE

60.554 74.750

48.943 100.234

63.376 127.000

ICP =AP PL

34.577 48.358

65.124 41.340

81.531 53.628

PMRE =Est. CPV

33.923

160.385

33.411161.313

PMRV =DR

ROL *

43.227 174.340

48.690 227.578

41.995 275.169

31.996 133.182

18.518 246.396

24.038 375.081

GE =360

PMRE 360 76

360 75

36089

GDR =360

PMRV 360 77

360 55

360 66

360 86

GF =360

PMPC 360 27

MO =LO ROL

360 23

14.745210.512

5.706

259.346

ML =LL

ROL

10.104 210.512

4.682

259.346

TRAO =LO

AOM 14.745 111.104

TRI =LL

ATM 10.104 119.829

4.682

132.341 3.580

161.101

TRPL =LL

PLM 10.104 45.461

4.682 44.849

3.580 47.484

GA = ROL *ATM

225.578119.829

PMPC =Forn. Comp.

53.901

302.167

3.580

280.280

5.706

116.282

275.169132.341

302.167161.101

4.625131.756

4.625

280.200

Page 488: Análise das Demonstrações Contábeis

C E D E R J 171

AU

LA 1

5

5. MEMÓRIA DE CÁLCULO DOS VALORES DEFLACIONADOS

- Deduções

ROL * = ROB – Devoluções e abatimentos sem vendas

DISCRIMINAÇÃO 31/12/X1 31/12/X2 31/12/X3

Fator de conversão 1,000 0,967 0,915

DISCRIMINAÇÃO

X1 Valores

defl acionados(Em reais) c = a x b

Ativo Circulante 76.450 0,967 73.927

Ativo Permanente 65.124 0,967 62.975

Ativo Imobilizado 59.036 0,967 57.088

Ativo Total 141.574 0,967 136.902

Passivo Circulante 48.943 0,967 47.328

Passivo Exigível a Longo Prazo

51.291 0,967 49.598

Passivo Exigível Total 100.234 0,967 96.926

Patrimônio Líquido 41.340 0,967 39.976

Receita Operacional Líquida

259.346 0,967 250.788

Custo dos Produtos Vendidos

161.313 0,967 155.990

X1 X2 X3

Ativo total médio

= 119.829

= 132.341

=161.101

Ativo operacional médio

= 111.104

= 116.282

= 131.756

Pl médio

= 45.461

= 44.849

= 47.484

123.108 + 141.574

2

108.190 + 114.018

2

42.563 + 48.358

2 48.358 + 41.340

2 41.340 + 53.628

2

141.574 + 180.628

2 116.549 + 123.108

2

Fator de conversão

b

X2Valores originais

(Em reais)

a

114.018 + 118.546

2 118.546 + 144.965

2

Page 489: Análise das Demonstrações Contábeis

172 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Praticando análise

Lucro Bruto 98.033 0,967 94.798

Despesas Operacionais 92.327 0,967 89.280

Despesas com Vendas 12.189 0,967 11.787

Despesas Administrativas

8.299 0,967 8.025

Despesas Financeiras Líquidas

71.839 0,967 69.468

Lucro Operacional 5.706 0,967 5.518

Lucro Líquido 4.682 0,967 4.527

DISCRIMINAÇÃOValores originais

(Em reais) a

Fator de conversão

b

X1Valores

defl acionados (Em reais) c = a x b

Ativo Circulante 99.097 0,915 90.674

Ativo Permanente 81.531 0,915 74.601

Ativo Imobilizado 73.000 0,915 66.795

Ativo Total 180.628 0,915 165.275

Passivo Circulante 63.376 0,915 57.989

Passivo Exigível a Longo Prazo

63.624 0,915 58.216

Passivo Exigível Total 127.000 0,915 116.205

Patrimônio Líquido 53.628 0,915 49.070

Receita Operacional Líquida

280.200 0,915 256.383

Custo dos Produtos Vendidos

174.340 0,915 159.521

Lucro Bruto 105.860 0,915 96.862

Despesas Operacionais 101.235 0,915 92.630

Despesas com Vendas 13.225 0,915 12.101

Despesas Administrativas

9.078 0,915 8.306

Despesas Financeiras Líquidas

78.932 0,915 72.223

Lucro Operacional 4.625 0,915 4.232

Lucro Líquido 3.580 0,915 3.276

X3

Page 490: Análise das Demonstrações Contábeis

C E D E R J 173

AU

LA 1

5

6. MEMÓRIA DE CÁLCULO DA AH DOS VALORES DEFLACIONADOS

DISCRIMINAÇÃO 31/12/X1 31/12/X2 31/12/X3

Ativo Circulante (valores defl acionados) – R$ 88.531 73.927 90.674

Análise Horizontal (número-índice) 100% 84% 102%

Ativo Permanente (valores defl acionados) – R$ 34.577 62.975 74.601

Análise Horizontal (número-índice) 100% 182% 216%

Ativo Imobilizado (valores defl acionados) – R$ 31.314 57.088 66.795

Análise Horizontal (número-índice) 100% 182% 213%

Ativo Total (valores defl acionados) – R$ 123.108 136.902 165.275

Análise Horizontal (número-índice) 100% 111% 134%

Passivo Circulante (valores defl acionados) – R$ 60.554 47.328 57.989

Análise Horizontal (número-índice) 100% 78% 96%

Passivo Exigível a LP (valores defl acionados) – R$ 14.196 49.598 58.216

Análise Horizontal (número-índice) 100% 349% 410%

Passivo Exigível Total (valores defl acionados) – R$ 74.750 96.926 116.205

Análise Horizontal (número-índice) 100% 130% 155%

Patrimônio Líquido (valores defl acionados) – R$ 48.358 39.976 49.070

Análise Horizontal (número-índice) 100% 83% 101%

ROL (valores defl acionados) – R$ 210.512 250.788 256.383

Análise Horizontal (número-índice) 100% 119% 122%

CPV (valores defl acionados) – R$ 160.385 155.990 159.521

Análise Horizontal (número-índice) 100% 97% 99%

LB (valores defl acionados) – R$ 50.127 94.798 96.862

Análise Horizontal (número-índice) 100% 189% 193%

DO (valores defl acionados) – R$ 35.382 89.280 92.630

Análise Horizontal (número-índice) 100% 252% 262%

Despesas com Vendas (valores defl acionados) – R$ 10.218 11.787 12.101

Análise Horizontal (número-índice) 100% 115% 118%

Despesas Administrativas (valores defl acionados) – R$ 9.296 8.025 8.306

Análise Horizontal (número-índice) 100% 86% 89%

Despesas Financeiras Líq.(valores defl acionados) – R$ 15.868 69.468 72.223

Análise Horizontal (número-índice) 100% 438% 455%

Lucro Operacional (valores defl acionados) – R$ 14.745 5.518 4.232

Análise Horizontal (número-índice) 100% 37% 29%

Lucro Líquido (valores defl acionados) – R$ 10.104 4.527 3.276

Análise Horizontal (número-índice) 100% 45% 32%

Page 491: Análise das Demonstrações Contábeis

174 C E D E R J

Análise das Demonstrações Contábeis | Praticando análise

7. MEMÓRIA DE CÁLCULO DA PARTICIPAÇÃO DA RÚBRICA OBRAS EM ANDAMENTO EM RELAÇÃO AO ATIVO PERMANENTE

X2 X3

Obras em andamento x 100 =

Ativo Permanente

17.615 x 100 = 27%65.124

28.278 x 100 = 35%81.531