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ANÁLISE DAS CONDIÇÕES ECÔMICAS DE USINAGEM Disciplina: Processo de Usinagem Professor: Fernando Mota Aluno: Jozelito Mendonça Matrícula: 0016312 Julho/2007

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Page 1: ANÁLISE DAS CONDIÇÕES ECÔMICAS DE USINAGEM Disciplina: Processo de Usinagem Professor: Fernando Mota Aluno: Jozelito Mendonça Matrícula: 0016312 Julho/2007

ANÁLISE DAS CONDIÇÕES ECÔMICAS DE USINAGEM

Disciplina: Processo de Usinagem

Professor: Fernando Mota

Aluno: Jozelito Mendonça

Matrícula: 0016312

Julho/2007

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Buscar a otimização na redução de custos de materiais e aumento de produtividade; visando encontrar técnicas apropriadas de fabricação, bem como a utilização de novos materiais e processos.

Objetivo

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Estudaremos a relação:

Velocidade de Corte X Desgaste da Ferramenta

Como a principal condição para uma usinagem econômica

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A melhor relação será aquela que temos a maior velocidade de corte com o menor desgaste possível da ferramenta.

Desta forma deveremos ter um tempo de corte baixo e uma freqüência baixa de troca de ferramenta por desgaste.

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Dentre os principais aspectos que influenciam diretamente na relação Velocidade de Corte X Desgaste da Ferramenta, estão:

Temperatura de Corte

Material da Ferramenta

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A elevada temperatura gerada durante o processo de usinagem é um dos fatores que afetam os mecanismos de desgaste da ferramenta de corte.

A forma como é retirado este calor durante a usinagem é de fundamental importância.

Temperatura de Corte

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Dados Para Furação

0

100

200

300

400

500

600

15 30 40 50

MKL externo

MKL interno

Emulssão interna

Seco

Velocidade de Corte Vc

Tem

pera

tura

Máx

ima

T m

áx(

C)

MQL externo

MQL internoEmulssão interna

Seco

MQL Mínima Quantidade de Lubrificação

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Verifica-se o efeito da refrigeração efetuada pela emulsão aplicada em jorro pelo interior da ferramenta.

As temperaturas máximas para estas condições são de 68 a 78% menores que as temperaturas com utilização de MQL externo.

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Conclui-se que a refrigeração realizada pelo interior da ferramenta de corte é a mais adequada quando estamos visando um aumento da Velocidade do Corte com mínimo desgaste da ferramenta.

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O desenvolvimento de novos materiais para ferramentas de corte vem se tornando uma constante quando se necessita de menores custos de usinagem.

Material da Ferramenta

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Está sendo desenvolvido pela SANDVIK uma nova composição de pastilha de metal duro para ferramenta de corte que são utilizadas na usinagem ISO P que é a usinagem de materiais de cavacos longos, como: aços carbono e aços liga.

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Esta classe de ferramenta deve atender às diferentes exigências da usinagem, como:

Remoção de cascas de ferro fundido; Usinagem de forjados com grande variação

de profundidade de corte; Desbastes intermediários com altas

velocidades; Operações de acabamento;

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Ciclo de Usinagem (para um lote Z de Peças)

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Onde:

TC = Tempo de Corte: Etapa 3, corte;

TS = Tempo Secundário: Inclui as etapas de colocação e fixação das peças (1) e inspeção e retiradas de peças(5);

TA = Tempo de Aproximação e Afastamento: Inclui as etapas de Aproximação e posicionamento da ferramenta (2) e afastamento da ferramenta (4);

TP = Tempo de preparo da Máquina: Etapa 6;

Tft = Tempo de Troca de Ferramenta: Inclui a remoção para trocas de ferramentas(7) e o ajuste e colocação da nova ferramenta (8);

NT = Nº de trocas de ferramentas na produção do lote;

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Tempo de usinagem (1pç) cont.

Onde:

ZT = Nº de peças usinadas durante a vida T de uma ferramenta; e

(3)

Substituindo a equação (3) na equação (1) teremos:

(4)

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Tempo de usinagem (1pç) cont.

Podemos ainda simplificar a equação (4) dividindo-a em 3 parcelas, cada qual com

uma relação diferente com a velocidade de corte:

(4)

T1 = Tempo improdutivo Colocação, retirada e inspeção da peça, Substituição da Ferramenta e preparo da máquina.

Onde:

TC = Tempo de corte. (Diminui com o aumento da Vc)

T2 = Tempo relacionado à troca de ferramenta (Aumenta com o aumento da Vc)

(5)

(Diminui com o aumento da Vc)

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Velocidade de Corte da Máxima Produção

Para o Torneamento cilíndrico temos:

Percurso de Avanço (mm):

E Rotação da Peça (rpm):

Substituindo (7) em (6):

(6)

(7)

(8)

Onde,

Vf = Velocidade de Avanço (m/min);

Vc = Velocidade de Corte (m/min);

f = Avanço (mm/volta);

d = Diâmetro da peça (mm).

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Substituindo a Equação (8) em (5) teremos:

(8) em (5)

(9)

Segundo Taylor: (10)

Substituindo a Equação (10) em (9) teremos:

(11)

Velocidade de Corte da Máxima Produção Cont.

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Temos então, relativas à equação (5) as seguintes equações:

Que geram as curvas da Figura abaixo:

Fig. 01 – Tempo de Produção por peça x Velocidade de Corte

1º O valor da Vcmxp ( Velocidade de corte de máxima produção) é, como se pode observar na figura ao lado, o ponto de mínimo da curva Tt x Vc.

Velocidade de Corte da Máxima Produção Cont.

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2º Admitindo-se que não haja pontos de máximo ou de inflexão (o que é verdade), e que só haja um único ponto de mínimo, basta igualar a derivada de dtc/dVc a zero, para encontrar o valor de Vc que nos leve ao mínimo (o procedimento correto seria ápós identificar o – ou os- pontos da curva onde a derivada primeira se iguala a zero , fazer o teste da derivada segunda, cujo valor, caso seja positivo, nos indica que o ponto é de mínimo – se negativo, o ponto é de máximo e se igual a zero de inflexão).

(12)

Igualando (12) a zero temos:

(13)

Velocidade de Corte da Máxima Produção Cont.

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E, solucionando (13) para Vcmxp, temos:

(14)

E ainda, substituindo Vcmxp na Equação de Taylor (10), obtemos o Tmxp que é a vida Da ferramenta para a máxima produção:

(15)

Pode-se então, obter a Vcmxp para um processo sabendo-se apenas o tempo de troca da ferramenta e os coeficientes x e k da fórmula de Taylor;

Velocidade de Corte da Máxima Produção Cont.

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Custo de Produção

Tipos de Custos:

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O custo da produção por peça (Kp) = Kus + Kuf + Kum

Onde,

Tt = Tempo total (min.) de confecção por peça;Sh = Salários e encargos do operador por hora.

Kft = Custo da ferramenta por vida;Zt = Nº de peças usinadas por vida T da ferramenta.

Custo da mão de obra da usinagem:

Custo das ferramentas ( depreciação, troca, afiação, etc.):

(16)

(17)

Custo de Produção cont.

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Custo da máquina (depreciação, manutenção, espaço ocupado, energia consumida, etc.):

Onde,

Ou

(18)

(19)

Custo de Produção cont.

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O custo da produção por peça (Kp) = Kus + Kuf + Kum ou

Substituindo a equação (11) =

(20)

em (20) e manipulando a equação têm-se:

(21)

Que pode ser reduzido para:

(22)

Onde, C1, C2 e C3 são termos que:C1(R$/peça) Independe de Vc;C2 (R$/hora) – É a soma das despesas comMão-de-obra e máquina diminui com Vc;C3 – Constante de custo relativo a ferramenta

aumenta com Vc.

Vida Econômica da Ferramenta

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Para o torneamento cilíndrico, substitui-se a equação:

em

Obtendo:

(23)

E substituindo T (equação de Taylor) em (23):

(24)

Vida Econômica da Ferramenta cont.

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Fig. 02 – Custo por Peça x Velocidade de Corte

Graficamente:

O ponto de mínimo da curva Kp x Vc pode ser encontrada de forma análoga ao da curva Tt x Vc, através da derivação de Kp, então:

Resolvendo para Vco , temos:

(25)

(26)

Que diferente da Vcmxp, depende de parâmetros De obtenção mais difícil como C2 e C3.Substituindo a equação (26) na equação de Taylor temos a vida da ferramenta para o mínimo Custo, que é:

(27)

Vida Econômica da Ferramenta cont.

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Bibliografia:

Diniz, Anselmo Eduardo. TECNOLIGIA DA USINAGEM DOS MATERIAIS. mm editora São Paulo.

Revista o Mundo da Usinagem

Ed 2.2006 – 26 Publicação SANDVIK do BRASIL.