analise da viabilidade economica para implantacao de uma industria de reciclagem de pet na regiao a...

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FAP – FACULDADE DO PARÁ CURSO DE ADMINISTRAÇÃO MAURO ANDRÉ GUILHERME VIEIRA ROSILENE LIMA DE SOUZA ROSIMERE SANTARÉM LIMA ANÁLISE DA VIABILIDADE ECONÔMICA PARA IMPLANTAÇÃO DE UMA INDÚSTRIA DE RECICLAGEM DE PET NA REGIÃO METROPOLITANA DE BELÉM. BELÉM/PA 2008

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Page 1: Analise Da Viabilidade Economica Para Implantacao de Uma Industria de Reciclagem de Pet Na Regiao a de Belem

FAP – FACULDADE DO PARÁ

CURSO DE ADMINISTRAÇÃO

MAURO ANDRÉ GUILHERME VIEIRA ROSILENE LIMA DE SOUZA

ROSIMERE SANTARÉM LIMA

ANÁLISE DA VIABILIDADE ECONÔMICA PARA IMPLANTAÇÃO DE UMA INDÚSTRIA DE RECICLAGEM DE PET NA REGIÃO

METROPOLITANA DE BELÉM.

BELÉM/PA 2008

Page 2: Analise Da Viabilidade Economica Para Implantacao de Uma Industria de Reciclagem de Pet Na Regiao a de Belem

FAP – FACULDADE DO PARÁ

CURSO DE ADMINISTRAÇÃO

MAURO ANDRÉ GUILHERME VIEIRA

ROSILENE LIMA DE SOUZA ROSIMERE SANTARÉM LIMA

ANÁLISE DA VIABILIDADE ECONÔMICA PARA IMPLANTAÇÃO DE UMA INDÚSTRIA DE RECICLAGEM DE PET NA REGIÃO

METROPOLITANA DE BELÉM.

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Fap - Faculdade do Pará, como requisito para obtenção do grau em Administração Geral, orientado pelo Profº Esp. Rodney Aquino e co-orientado pelo Profº Esp. Helder Monteiro.

BELÉM/PA 2008

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BANCA EXAMINADORA.

Avaliado Por:

Profº Orientador Esp. Rodney Aquino

Profº Co-Orientador Esp. Helder Monteiro

Profº Convidado

DATA / /

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DEDICATÓRIA

Dedicamos este projeto a todos os professores que ao longo dos qautro anos de graduação contribuiram para o nosso sucesso, em especial os professores Patricia Tavares, Afonso Vidinha, Ivandir Teixeira, Antônio Fidalgo, Helder Monteiro co-orientador e Rodney Aquino orientado desde projeto.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço em primerio lugar a Deus, aos meus pais

Paulo Vieira (in memorian), Tereza Vieira e Lydia Teixeira (in memorian), a minha Esposa Ana Bela e meu filhos Ana Paula e Mauro Júnior, que tanto contribuiram para a conclusão desta graduação. As minhas amigas de equipe Rosilene e Rosimerire de longos quatro anos de estudos e amizade, e em especial a meu amigo Fernando Corrêa que teve participação fundamental neste trajetória.

Mauro Vieira

À Deus, a minha família em especial meus Pais e

Irmão, pois foram importante em mais essa etapa da minha vida. Ao meu tio Wander pelos incentivos de crescimento profissional, e aos meus amigos Mauro e Rosilene pelos quatro anos de dedicação e companheirimos no curso.

Rosimere Santarém

Sou grata a Deus pela realização deste projeto.

Obrigada Sheila e Leila pela compreensão, a amiga Brena e minha tia Eurides Teixeira por suas orações e clamor. Ao meu pai José Souza pelo incentivo e apoio financeiro. Aos meus amigos da inesquecível graduação: Mauro e Rosemere... valeu!

E em especial a você mãe (in memorian), que não apenas me trouxe ao mundo, mais se doou totalmente a mim. Eu a amarei para sempre!

Rosilene Lima de Souza

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EPÍGRAFE

Não existe uma fórmula única para calcular o retorno de

um investimento. Mas há uma receita básica: estabelecer

indicadores para medir seu desempenho.

Pequenas Empresas Grandes Negócios

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RESUMO

Como conseqüências da globalização, foram iniciadas diversas ações voltadas para a sustentabilidade do meio ambiente, como parte essencial para os países, organizações e na vida do cidadão. Diante deste cenário, destacam-se as organizações empresariais que passaram a responder com novas ações ambientais, a reciclagem de resíduo sólido (papeis, papelão, alumínio, vidros, plástico e isopor), especialmente o de PET, passou a ser de fundamental importância. Este estudo tem como objetivo apresentar um modelo de análise da viabilidade econômico-financeira para a implantação de uma indústria de reciclagem de PET na região metropolitana de Belém. Diante proposta, o investimento torna-se fator importante no pressuposto de gerar resultados que superem o valor investido. No entanto, ao investir nesta empreitada, é preciso levar em consideração o tempo de retorno sobre o investimento e fazer uma investigação da viabilidade econômico-financeiro que possa servir de base para que a partir dos cálculos financeiros necessários, se possa optar pelo investimento em tal projeto. Dentre as técnicas de análise da viabilidade econômica, utilizou-se o Investimento Inicial, Demonstrações de Resultados – DRE, Índices Econômicos Financeiros, Retorno do Ativo Total - ROA e Margem de Lucro. Já as técnicas de análises financeiras foram utilizadas a dos Fluxos de Caixa Operacionais – FCO, Valor Presente Líquido - VPL, Taxa Interna de Retorno - TIR, e Payback. A utilização destas técnicas pelos proprietários e investidores permite avaliar a relação custo-benefício ligada à implantação de uma indústria de reciclagem na região metropolitana de Belém, questão que será discutida ao longo desta pesquisa.

Palavras Chave: Reciclagem, PET, Viabilidade Econômico-Finaceiro

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ABSTRACT

As a globalization’s consequence, several actions have been done towards the environment’s sustainability, all of them as an essential part to the countries, organizations and to the citizens’ lives. Before that scenery, business organizations get highlighted for they had responded with new environmental actions, such as recycling solid waste (papers, cardboards, glasses, plastic and Styrofoam), mainly the pet bottle, which became of fundamental relevance. This study’s objective is to present a finance-economic workability analysis model in order to implant a pet bottle recycling industry in Belem’s metropolitan region. With such a proposal, the investments turn to be an important issue towards the purpose to make results which must overcome the amount that was invested at first while executing the project. However, to invest on that project, one must consider that it requires a certain time to have that investment profit back, and also do a finance-economic workability investigation which might be used as a basis so that from the must-have financial reckoning, one can choose to invest on the project. Among the finance-economic workability analysis’ techniques, it was used the Starting Investment, Results Demonstrations – RD, Finance-economic Rate, Return on Total Assets – ROA and Profit Margin. As a financial analysis technique, it was used the Cash flow Operating - FCO, Net Present Value – VPL, Internal Rate of Return - TIR and Payback. Using these techniques will allow the owners and investors to evaluate the costs-benefits relation linked to the construction of a pet bottle recycling industry in Belem’s metropolitan region, matter that will be discussed along this research.

Keywords: recycling, pet bottle, finance-economic workability.

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO 1.1 Caracterização da Organização e seu Ambiente 12 1.1.1 Histórico 12 1.1.2 Negócio 12 1.1.3 Missão 14 1.1.4 Visão 14 1.1.5 Produtos e Serviços 14 1.1.6 Estrutura Organizacional e Estrutura Funcional 15 1.1.6.1 Organograma 16 1.1.7 Mercado de Atuação 17 1.1.8 Fornecedores de Matéria-Prima 17 1.1.9 Concorrentes 19 1.2 Situação Problema 19 1.3 Objetivos 20 1.3.1 Geral 20 1.3.2 Específicos 21 1.4 Justificativa 21 1.5 Procedimentos Metodológicos 22 1.5.1 Abordagem 22 1.5.2 Sujeito da Pesquisa 23 1.5.3 Lócus da Pesquisa 23 1.5.4 Instrumentos da Pesquisa 23 1.5.4.1 Estratégia da Pesquisa 23

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICO – EMPÍRICA 24 2.1 O Pet como Matéria Prima não renovável 24 2.2 Reciclagem do Pet 26 2.2.1 A Evolução da Reciclagem do PET no Brasil 28 2.3 O Pet Reciclado e sua Utilização 29 2.3.1 Na Indústria de Tintas 30 2.3.2 Na Indústria Têxtil 31 2.3.3 Na Indústria de Transformação 31 2.3.4 Na Indústria de Embalagem 32 2.4 O Pet e meio ambiente 32 2.5 O Pet e a Logística Reversa 33 2.6 Planejamento Financeiro 35 2.6.1 Viabilidade Econômica 36 2.6.1.1 Investimento Inicial 37 2.6.1.2 Demonstração de Resultados (DRE) 38

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2.6.1.3 Índices Econômico-financeiros 39 2.6.2 Viabilidade Financeira 40 2.6.2.1 Fluxos de Caixa Operacional – FCO 41 2.6.2.2 Valor Presente Líquido (VPL) 42 2.6.2.3 Taxa Interna de Retorno (TIR) 44 2.6.2.4 Payback 47 3. ANÁLISE DOS RESULTADOS 50 3.1 Viabilidade Econômica 50 3.1.1 Investimentos Iniciais 50 3.1.2 Projeção da Demonstração de Resultados (DRE) 53 3.1.3 Índices Econômicos 61 3.2 Viabilidade Financeira 63 3.2.1 Fluxos de Caixa Operacional – FCO 63 3.2.2 Valor Presente Líquido (VPL) 65 3.2.3 Taxa Interna de Retorno (TIR) 66 3.2.4 Payback 66 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS 68

REFERÊNCIAS 72 ANEXOS Listas de Figuras Listas de Tabelas Listas de Gráficos Listas de Equação Listas de Planilhas Fotos

Page 11: Analise Da Viabilidade Economica Para Implantacao de Uma Industria de Reciclagem de Pet Na Regiao a de Belem

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1 INTRODUÇÃO

No século passado, surgiram os primeiros movimentos globais sobre a questão

ambiental, estes movimentos começaram a causar interferências na economia dos países e na

vida do cidadão. Como conseqüências da globalização, foram iniciadas diversas ações

voltadas para a sustentabilidade do meio ambiente, como parte essencial para os países,

organizações e na vida do cidadão nos planos global, regional e local.

Diante deste cenário, destacam-se as organizações empresariais que passaram a

responder com novas ações ambientais, ações estas voltadas a práticas gerenciais e

investimento em tecnologias mais limpas. Atualmente, é de senso comum, que as

organizações e países que não atendem as normas legais de meio ambiente podem passar por

prejuízos e riscos significativos, incluindo o fechamento da unidade produtiva, barreiras para

entradas de produtos no mercado externo (países com legislações restritivas como é o caso de

vários países europeus) e impedimento de acesso a linhas de financiamentos públicos.

Como resultado, as organizações empresariais desenvolveram novas ferramentas de

gestão ambiental, como as Boas Práticas Ambientais, práticas estas que fizeram com que as

organizações conquistassem melhores resultados e eficiência nos usos dos recursos naturais e

na reutilização de resíduos líquidos e sólidos.

Diante deste quadro, as organizações investiram em pesquisas, inovações e novos

mercados para produtos ambientalmente corretos. Neste segmento, a reciclagem de resíduo

sólido (papeis, papelão, alumínio, vidros, plástico e isopor), especialmente o de PET1, passou

a ser de fundamental importância, pois esta reciclagem ocasiona geração de renda e emprego

para vários níveis de nossa sociedade, evitando-se assim um sério problema de poluição

causado por este tipo de plástico nos rios, esgotos, ruas e lixões urbanos, especialmente o da

Região Metropolitana de Belém.

1 PET – Poli Tereftalato de Etileno (Garrafas Plásticas de Bebidas).

Page 12: Analise Da Viabilidade Economica Para Implantacao de Uma Industria de Reciclagem de Pet Na Regiao a de Belem

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1.1 Caracterização da Organização e seu Ambiente

1.1.1 Histórico

A organização em análise apresentará uma estrutura organizacional simples e

funcional. Pois, a sua forma de produzir será composta por 5 (cinco) etapas: primeira etapa

composta da coleta de resíduos sólidos (Plásticos PET, papelão, vidros, embalagens tetra);

segunda etapa, Triagem (conforme tipo e cor); terceira etapa, Produção do flakes2; quarta

etapa, embalagem dos flakes produzido em sacolas tipo Big Bags

3, prensagem em fardos do

papelão, prensagem das embalagens tetra, embalagem dos vidros em sacolas tipo Big Bags; e

quinta etapa, estoque dos produtos acabados e embalados..

A organização será instalada na Rodovia BR-316, no município de Benevides no

Estado do Pará, com uma área de no mínimo 2000m² (dois mil metros quadrados). A região

em questão para localização foi definida devido a grande disponibilidade desta região em se

alocar áreas com as dimensões que o empreendimento exige. Outro aspecto fundamental para

a definição da área, é a viabilidade do desenvolvimento da logística, o que facilitará a entrada

e saída de produtos, manobra de veículos pesados (truck e carretas), doca de carga e descarga

e áreas de estoque dos produtos finais da organização.

1.1.2 Negócio

O principal foco de negócio da organização será a reciclagem de PET, com a produção

de flakes, porém, a empresa irá processar o enfardamento de papelão e embalagens de tetra

pack,4 plásticos em geral (com exceção do PET) e vidros ensacados em big bags. A

necessidade de se adquirir outros resíduos sólidos, se faz necessário em virtude da coleta

seletiva da Região Metropolitana de Belém não ser suficiente para atender as necessidades da

indústria.

2 Flakes – Plástico Triturado 3 Big Bags – Sacos Plásticos para Embalagem de 500 a 2000 kg 4 Tetra Pack – Embalagem Longa Vida

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Por este motivo a indústria irá encontrar nos catadores autônomos, uma das principais

fontes de captação dos recursos sólidos pós-uso, haja vista que os catadores não fazem essa

triagem, e estes resíduos sólidos, com exceção do plástico, em geral constitui também fonte de

renda para os catadores autônomos.

Na seqüência, a compra de toda produção dos catadores, terá como auxilio o

desenvolvimento do planejamento estratégico, já que a indústria espera alcançar a fidelidade

desse catador para com a organização. Com esta ação, a indústria também espera evitar que

esta produção seja destinada aos concorrentes do segmento, e evitando que estes resíduos

sólidos contaminem ainda mais o lixão, aterros sanitários, ruas, esgotos e rios da região

metropolitana de Belém.

No tocante ao processo de reciclagem do PET, será utilizado uma linha de reciclagem

com capacidade de 90t (noventa toneladas) mês, ― produção definida pelo fabricante da linha

de reciclagem ― o PET será reciclado em forma de flakes.

A linha de produção aqui definida é constituída dos seguintes itens:

• Um tanque para descontaminação do Pet, com dois motores redutores de 2 cv (dois

cavalos);

• Uma secadora PMSC – 60, com 600 mm (seiscentos milímetros) de diâmetro e

1900 mm (mil e novecentos milímetros) de comprimento em sentido horizontal,

motor de 20 cv (vinte cavalos) de quatro pólos;

• Um silo armazenador, para 1000 kg (mil quilos), sistema big bags.

Para o processamento dos outros resíduos sólidos (papelão e embalagens tetra), será

utilizada uma prensa hidráulica com capacidade de processamento de fardos de 100 kg cada.

Preocupado com as Boas Práticas Ambientais ― evitar o desperdício de recursos

hídricos ― a organização utilizará de tecnologia limpa no que tange a utilização de recursos

hídricos. Todo o recurso hídrico utilizado no processo de lavagem e reciclagem dos plásticos

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será de circulação continua, ou seja, todo o recurso hídrico pós-uso passara por um processo

de filtragem mecânica e biológica, sistema de decantação, e retornara para o processo de

lavagem e reciclagem, sendo adicionando nova parte de recurso hídrico apenas para completar

a parte evaporada em todo este processo.

1.1.3 Missão

“O propósito da indústria de reciclagem é fornecer de maneira eficaz tecnologias de

coleta e de reciclagens de plásticos PET pós uso, evitando que o PET seja despejado no lixão

da região metropolitana de Belém, e oferecendo produtos de qualidade superior e um preço

justo para as indústrias de tranformação e fazê-lo de modo a obter um lucro adequado para

possibilitar crescimento da empresa como um todo”.

1.1.4 Visão

“Ser a maior empresa de reciclagem e indústria de transformação da região norte do

Brasil até 2020”.

1.1.5 Produtos e Serviços

Os produtos finais gerados pela indústria de reciclagem terão importância fundamental

como matéria-prima na indústria de transformação5, pois os mesmos possibilitarão uma

redução significativa nos custos de novos produtos e conseqüentemente a redução de preços

para o consumidor, por exemplo, na calça jeans ― que se utiliza de fibra oriunda do PET

reciclado ―, já a principal importância quanto ao serviço e evitar que o PET contamine o

meio ambiente.

Os produtos a serem gerados através da linha de produção da indústria de reciclagem

serão:

• Flakes de PET reciclado, embalados em big bags de 500 kg (quinhentos quilos) e

1000 kg (mil quilos), de acordo com as necessidades do cliente;

5 Indústria de Transformação – Produtoras de Utensílios Plásticos, Tecidos e Embalagem.

Page 15: Analise Da Viabilidade Economica Para Implantacao de Uma Industria de Reciclagem de Pet Na Regiao a de Belem

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• Plásticos Diversos prensados, em fardos de 100 kg (cem quilos);

• Papelão prensado, em fardos de 100 kg (cem quilos);

• Embalagem de Tetra Pack prensada, em fardos de 100 kg (cem quilos);

• Vidros embalados em big bags de 500 kg (quinhentos quilos) e 1000 kg (mil

quilos), de acordo com as necessidades do cliente.

1.1.6 Estrutura Organizacional e Estrutura Funcional

A estrutura organizacional da empresa será a estrutura funcional enxuta. No tocante a

departamentalização, prioriza-se a divisão do trabalho, pois, esta estrutura se enquadra ao

perfil desenhado para que assim, a indústria de reciclagem consiga desempenhar com

satisfação e qualidade, para o alcance de seu objetivo definido. A estrutura enxuta foi definida

em virtude dos seus processos e produtos finais, não necessitarem de grandes números de

colaboradores, ate por que, a venda destes produtos é feita diretamente para indústrias

transformadoras. O plano de marketing da indústria terá como foco as indústrias de

transformação.

A departamentalização por divisão do trabalho da empresa utilizará uma estrutura

tradicional ou simples para representação gráfica de sua organização, conforme figura 1, e

será composta das seguintes gerências:

• Gerência geral, é a alta administração da empresa, é o nível onde vai ser realizado

todo o planejamento estratégico e será composta pela a Seção comercial,

responsável pelas vendas dos produtos finais e compra de matéria prima pós-uso,

que será exercida pelo gerente geral, bem como é sua tarefa a afirmação de

diretrizes de todas as atividades da empresa;

• A gerência de produção terá como subordinado as seguintes seções: Seção de

fabricação, responsável por todo o processo de produção, ou seja, a transformação

do PET (garrafas plásticas) nos produtos reciclados da empresa; Seção de estoques

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de matéria prima pós

plásticos pós-uso par ser utilizado pela seção de fabricação; Seção de estoques de

produtos finais:

empresa até sua venda;

• A gerência de serviços

humanos (RH) responsável pela

Seção financeira: responsável pela parte financeira da empresa, caixa diário,

bancos, faturas a receber e a pagar e outras rotinas financeiras; Seção de logística:

será responsável por toda a logística do sistema de coleta de matéria prima pós

e pela logística de entrega dos produtos finais da empresa.

1.1.6.1 Organograma

Figura 1 - Organograma Fonte: Elaborado pelos Autores

Gerência Geral

de matéria prima pós-uso: será responsável pela seleção e padronização dos

uso par ser utilizado pela seção de fabricação; Seção de estoques de

será responsável pelo estoques dos produtos finais (acabados) da

esa até sua venda;

erência de serviços vai ter subordinadas as seguintes seções

responsável pela seleção, contratação e bem estar de mão de obra;

financeira: responsável pela parte financeira da empresa, caixa diário,

bancos, faturas a receber e a pagar e outras rotinas financeiras; Seção de logística:

será responsável por toda a logística do sistema de coleta de matéria prima pós

ica de entrega dos produtos finais da empresa.

Organograma Fonte: Elaborado pelos Autores

Gerência Geral

Seção Comercial

Gerência de Produção

Seção de fabricação

Seção de Estoques de

matéria prima pós-uso

Seção de Estoques de

produtos finais

Gerência de Serviços

Seção de RH

Seção financeira

Seção de logística

16

uso: será responsável pela seleção e padronização dos

uso par ser utilizado pela seção de fabricação; Seção de estoques de

será responsável pelo estoques dos produtos finais (acabados) da

subordinadas as seguintes seções: Seção de recursos

seleção, contratação e bem estar de mão de obra;

financeira: responsável pela parte financeira da empresa, caixa diário,

bancos, faturas a receber e a pagar e outras rotinas financeiras; Seção de logística:

será responsável por toda a logística do sistema de coleta de matéria prima pós-uso

Seção de fabricação

Seção de Estoques de

matéria prima uso

Seção de Estoques de

produtos finais

Seção de RH

Seção financeira

Seção de logística

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17

1.1.7 Mercado de Atuação

O mercado a ser atingido pelos produtos reciclados da empresa está dividido em duas

etapas. A primeira etapa, após a implantação, tem foco nas indústrias nacionais de

transformação, tais como, indústrias de fios de poliéster, indústrias de utilidades plásticas

(bacias, baldes, vassouras e outros), indústria de tintas, indústrias de tubos e indústria de

confecções. Na segunda etapa, será realizado um novo planejamento estratégico com objetivo

de expansão para o segmento de exportação de flakes de plásticos PET, para indústrias de

plásticos localizadas na China, Alemanha e Itália, grandes centros consumidores deste tipo de

plásticos reciclados.

1.1.8 Fornecedores de Matéria-Prima

O principal fornecedor de matéria-prima deveria ser a Coleta Seletiva, porém na

Região Metropolitana de Belém a coleta seletiva não satisfaz as necessidades da indústria. Em

virtude deste aspecto a indústria terá como seus principais fornecedores de matéria-prima os

catadores autônomos e cooperativas de lixões da Região Metropolitana de Belém.

Após implantação da indústria de reciclagem e sua efetiva entrada em produção,

prever-se uma implantação de coleta seletiva junto aos grandes condomínios e produtores de

plástico PET.

População da Região Metropolitana de Belém Município População

Ananindeua 484.278 Belém 1.408.847 Benevides 43.282 Marituba 93.416 Total 2.029.823

Tabela 1 – Densidade Demográfica da Região Metropolitana de Belém Fonte: IBGE, Contagem da População – 2007

Page 18: Analise Da Viabilidade Economica Para Implantacao de Uma Industria de Reciclagem de Pet Na Regiao a de Belem

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Para mensurar a quantidade de plásticos (PET) pós-uso descartado pela região

metropolitana de Belém, considerado os resíduos sólidos (lixo), utilizaremos como

parâmetros de definição para mesurar a quantidade descartada de lixo o PNSB – Pesquisa

Nacional de Saneamento Básico 2000, realizado pelo IBGE no ano de 2000, que na Tabela

110 diz que, “dispõe da quantidade diária de lixo coletado, por unidade de destino final do

lixo coletado, segundo as Grandes Regiões, Unidades da Federação, Regiões Metropolitanas e

Municípios das Capitais – 2000”. Esta tabela diz que na região metropolitana de Belém são

coletados 2.697 t/dia (duas mil seiscentos e noventa e sete toneladas/dia) de lixo doméstico.

Esta mesma pesquisa ainda diz que,

Os números da pesquisa permitem, ainda, uma estimativa sobre a quantidade coletada de lixo diariamente: nas cidades com até 200.000 habitantes, são recolhidos de 450 a 700 gramas por habitante; nas cidades com mais de 200 mil habitantes, essa quantidade aumenta para a faixa entre 800 e 1.200 gramas por habitante. A PNSB 2000 informa que, na época em foi realizada, eram coletadas 125.281 toneladas de lixo domiciliar, diariamente, em todos os municípios brasileiros. (PNSB6 2000, p. 309 e 310).

Recentemente entidades especializadas publicaram novas estimativas de descarte de

resíduos sólidos (lixo), onde, estima-se que atualmente a população descarte em torno de 1,6

Kg (um quilo e seiscentas gramas) de lixo urbano por habitante (tabela 1). Através deste

índice estima-se que atualmente a região metropolitana de Belém esteja produzindo 3.247,7

t/dia, conforme cálculo descrito abaixo:

Lixo descartado (RMB7) = Qtd de lixo por habitante/dia x População da RMB

Lixo descartado (RMB) = 1,6 Kg x 2.029.823 hab.

Lixo descartado (RMB) = 3.247.716,8 / 1000 kg

Lixo descartado (RMB) = 3247,7 t/dia

6 PNSB – Pesquisa Nacional de Saneamento Básico 7 RMB – Região Metropolitana de Belém

Page 19: Analise Da Viabilidade Economica Para Implantacao de Uma Industria de Reciclagem de Pet Na Regiao a de Belem

19

Mas para efeito desde estudo, vamos considerar a quantidade de 2.697 t/dia de lixo

descartada pela região metropolitana de Belém, publicada no PNSB 2000.

Para mensurar dentro deste lixo a quantidade de plástico descartada, utiliza-se índices

definidos pela Ambiente Brasil ― instituto Sócio-Ambiental de pesquisa ―, aonde se afirma

que:

[...] A composição do lixo urbano depende dos hábitos da população entre outros fatores, sendo que as proporções encontradas na literatura giram em torno de 65% de matéria orgânica, 15% de papel e papelão, 7% de plásticos, 2 % de vidros, 3% de metais - materiais com alta reciclabilidade [...]. (www.ambientebrasil.com.br/noticias/index.php3?action=ler&id=37410. ACESSADO EM: 15 MAR 2008. )

Portanto dentro do lixo gerado pelos habitantes temos 7% (sete por cento) de plástico.

Levando-se em consideração dados do Cempre8 (2000), “que na composição dos resíduos

sólidos (lixos) de plástico, 19% (dezenove por cento) são formados por PET”. Portanto

teremos 1,33% (um vírgula trinta e três por cento) de PET em todo o resíduo sólido gerado

pela região metropolitana de Belém, ou seja, o equivalente a 36 t/dia (trinta e seis) de PET

descartado na região metropolitana de Belém.

1.1.9 Concorrentes

A indústria de reciclagem encontrará sua principal concorrência nas organizações de

reciclagem de plásticos prensados na região metropolitana de Belém, visto que, até o

momento não existe indústria implantada na região metropolitana de Belém que processe o

PET em forma de flakes.

1.2 Situação Problema

Diante dos desafios que se encontra o mundo no que diz respeito a questão da poluição

ambiental a destinação de resíduos sólidos pós uso, tais como: plásticos, papelão, alumínio,

isopor, lixo orgânico, vidros, dentre outros, destaca-se o PET, que leva mais de 100 (Cem) 8 CEMPRE – Compromisso Empresarial para Reciclagem

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20

anos para se decompor no meio ambiente. Dentro dessa preocupação, recomenda-se a

reciclagem como forma de atenuar ou solucionar o problema em questão.

Segundo a Associação Brasileira de Fabricantes de PET - Abipet, o Brasil consumiu

em 2006, 378 mil toneladas (trezentos e setenta e oito mil toneladas) de resina PET, o Poli

Tereftalato de Etileno, matéria prima virgem utilizada na fabricação de embalagens plástica,

sendo a sua principal utilização como embalagem para a indústria alimentícia, onde 80%

(oitenta por cento) deste total foi consumido pela indústria de bebida carbonatada

(refrigerantes), e o os 20% (vinte por cento) restantes consumidos pelas indústrias de

alimentos em geral. O que significa dizer que foram processados mais de 700 (setecentos)

milhões de garrafas de refrigerantes, distribuídas nos seguintes tamanhos: de 0,6 ml

(seiscentos mililitros), 1l (um litro), 1,5 l (um litro e meio), 2 l (dois litros) e 2,5 l (dois litros e

meio).

Para onde vai todo este material após o uso?

Pode-se dizer que este resíduo sólido é atualmente um grande gerador de empregos e

renda, e depois de reciclado, é uma das principais fontes de matéria prima para indústria de

transformação (vassouras e utilidades domésticas), embalagens (para produtos não

alimentícios), têxtil (fios, fibras e jeans), monofilamentos, cordas e tintas. Também não

devemos esquecer o principal beneficio que esta atividade incorre para as cidades e pessoas,

que é a proteção do meio ambiente.

Diante do contexto, este estudo busca responder o seguinte questionamento:

Qual a viabilidade econômica e financeira, para a implantação de uma indústria de

reciclagem do PET na região metropolitana de Belém?

1.3 Objetivos

1.3.1 Geral

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21

Avaliar a viabilidade econômica e financeira, para a implantação de uma indústria de

reciclagem.

1.3.2 Específicos

Verificar bibliográfia sobre o PET, aspectos ambientais, a situação da reciclagem na

região metropilitana de Belém, um plano de viabilidade econômico e financeiro, para a

implantação de uma indústria de reciclagem, utilizanto técnicas de análise do valor Presente

Líquido - VPL, Taxa Interna de Retorno - TIR e Payback.

1.4 Justificativa

Este projeto surgiu do fruto de um trabalho acadêmico de um grupo alunos do curso de

administração ― habilidades em geral ― da FAP - Faculdade do Pará, no 1º (primeiro)

período de um projeto chamado Meu Sonho como Empreendedor, da disciplina de

informática. Diante dos resultados obtidos nesta pesquisa, observou-se o grande mercado

existente na região metropolitana de Belém, no segmento de reciclagem de PET, bem como a

necessidade de um produto reciclado com qualidade e valor agregado. Este segmento

despertou o interesse da realização deste projeto, haja vista, que, na região não existir uma

indústria de reciclagem de PET. E foi com este objetivo que nos impulsionou a buscar

fundamentos teóricos para se ter uma visão do mercado e as técnicas de viabilidade

econômica e financeira do segmento.

O tema em estudo irá trazer para a equipe um vasto conhecimento do mercado de

reciclagem, técnicas de análise econômicas e financeiras, aplicabilidade de um plano de

negócio que contempla o produto, mercado, marketing e serviços, conhecimentos de rotinas

de funcionamento de uma indústria e outras informações administrativas.

O estudo também tem o objetivo de contribuir para uma política de proteção e

preservação ambiental, onde as pessoas, organizações e poder público, tenham consciência

que a reciclagem dos resíduos sólidos, principalmente o PET, evita a poluição do meio

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22

ambiente em geral, proporcionando para a região metropolitana de Belém, mas saúde,

qualidade de vida e geração de renda para as comunidades, condomínios, cooperativas,

governo e autônomos.

O presente estudo tem como finalidade mostrar a viabilidade econômica e financeira

da implantação de uma indústria de reciclagem de PET na região metropolitana de Belém,

visto que, o empreendimento é viável, pois apresenta baixo investimento inicial (se

comparado com outros tipos de indústrias), e tem expectativas de ótima geração de lucro.

1.5 Procedimentos Metodológicos

1.5.1 Abordagem

As informações para elaboração deste estudo, inclui informações de investimentos

iniciais, custos operacionais (equipamentos e mão-de-obra) e o retorno esperado do

investimento.

A abordagem quantitativa foram coletadas através de entrevistas informais com o

catadores de resíduos sólidos na região da grande Belém, com a principal finalidade de se

obter os valores pagos a estes catadores. Roesch (2007, p. 140) diz que: “As principais

técnicas de coleta de dados são a entrevista, o questionário, os testes e a observação. Também

é possível trabalhar com dados existentes na forma de arquivos, bancos de dados, índices e

relatórios”.

Uma das metodologias utilizadas nesta pesquisa foi o método dedutivo, que partindo

das teorias e leis, na maioria das vezes prediz a ocorrência dos fenômenos particulares, ou

seja, a razão para levar ao conhecimento verdadeiro. Onde, busca-se elementos do

conhecimento através de fatos verdadeiros.

Para analisar o potencial do mercado, fora utilizado o método de pesquisa direta,

através de fontes de informações escritas, junto a clientes em potencial, associações e

empresas de apoio à reciclagem (Cempre, Reciclaveis, Bahia Pet, ABIPET), já a análise da

Page 23: Analise Da Viabilidade Economica Para Implantacao de Uma Industria de Reciclagem de Pet Na Regiao a de Belem

23

questão ambiental, foram realizadas orientações junto Secretaria de Tecnologia e Meio

Ambiente – SECTAM.

Para a análise econômica e financeira, utilizou-se de informações e pesquisas em

livros, periódicos, sítios de cooperativas de recicladores de PET. A partir do levantamento

dessas informações, utilizou-se de ferramentas de análise econômica, tais como,

Investimentos iniciais, DRE e os índices econômicos, como, Retorno do Ativo - ROA e

Margem de Lucro -ML. Para a análise financeira foram utilizados os Fluxos de caixa

Operacional que são as entradas e saídas de caixa; Valor Presente Líquido - VPL traz as

entradas e saídas de caixa para o valor presente; Taxa Interna de Retorno – TIR mostra

quando o VPL se iguala a zero; e o Payback, que mostra exatamente o tempo de retorno do

investimento inicial. Alguns índices serão calculados com o auxilio do software da Microsoft

Excel.

1.5.2 Sujeito da Pesquisa

Catadores autonônomos da grande Belém.

1.5.3 Lócus da Pesquisa

As pesquisas foram realizadas na grande Belém através de observação dos catadores

autonomos, e sítios de empresas do segmento de reciclagem.

1.5.4 Instrumentos da Pesquisa

Foram adotadas como instrumento da pesquisa as planilhas eletrônicas, utilizadas nos

cálculos das análises econômicas e financeiras.

1.5.4.1 Estratégia da Pesquisa

Como estratégia de pesquisa utilizou-se a observação indireta seguida de conversas

informais com os catadores da Região Metropolitana de Belém, também utilizamos técnicas

de análise econômicas e financeiras.

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24

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICO - EMPÍRICA

Neste tópico será demonstrada toda a fundamentação teórica e sua importância para

esta pesquisa, que foi baseada em livros, teorias, revistas, teses, sítios de órgãos e entidades

ligadas ao segmento de reciclagem de PET, onde foram abordados os temas: O Pet como

Matéria-Prima não Renovável; Reciclagem do Pet; A evolução da Reciclagem do Pet no

Brasil; O Pet Reciclado e sua Utilização, na Indústria de Tintas, na Indústria Têxtil, na

Indústria de Transformação e na Indústria de Embalagem; O Pet e o Meio Ambiente, O Pet e

a Logística Reversa; Planejamento Financeiro, viabilidade econômica, investimento inicial,

demonstração de resultados (DRE), índices econômico-financeiro; Viabilidade Financeira,

Fluxos de caixa Operacional, Valor Presente Líquido - VPL, taxa Interna de Retorno - TIR e

payback; Análise dos Resultados, viabilidade econômica e viabilidade financeira.

2. 1 O Pet como Matéria Prima não Renovável

Poli Tereftalato de Etileno (foto 1 e 2 em anexo) ou PET, é um polímero

termoplástico, isto é, pode ser reprocessado várias vezes, pois quando submetido ao

aquecimento esse plástico amolece-se e se funde, podendo ser novamente moldado sem perda

de propriedades e qualidades do plástico. É um poliéster, que foi descoberto pelos

pesquisadores químicos ingleses Whinfield e Dickson, em 1941.

A sua produção em larga escala como poliéster começou somente após a Segunda

Grande Guerra, nos anos 50 (Cinqüenta), em laboratórios dos Estados Unidos da America e

Europa. Baseavam-se, quase totalmente, nas aplicações têxteis.

Somente no início dos anos 70 (Setenta), o PET começou a ser utilizado pela indústria

de embalagens nos EUA e Europa, e chegou ao Brasil em 1988 e teve uma trajetória

semelhante a dos EUA e Europa. Sendo inicialmente utilizado na indústria têxtil, e somente

partir de 1993 passou a ter forte utilização no mercado de embalagens, principalmente no

segmento de bebidas, tabela 2.

Page 25: Analise Da Viabilidade Economica Para Implantacao de Uma Industria de Reciclagem de Pet Na Regiao a de Belem

25

Ano Consumo Para Embalagens 1994 80.000 toneladas

1995 120.000 toneladas

1996 150.000 toneladas

1997 185.700 toneladas

1998 223.600 toneladas

1999 244.800 toneladas

2000 255.100 toneladas

2001 270.000 toneladas

2002 300.000 toneladas

2003 330.000 toneladas

2004 360.000 toneladas

2005 374.000 toneladas

2006 378.000 toneladas Tabela 2 - Consumo de PET em Embalagens

Fonte: Associação Brasileira da Indústria do PET - ABIPET

Atualmente a resina PET tem forte presença do segmento de plástico e engenharia, e a

sua grande aceitação no mercado de embalagens de bebidas, fez com que esta matéria prima

fosse transformada em commodity9.

O PET (Poli Tereftalato de Etileno), atualmente é tratado como um polímero de engenharia que, graças ao contínuo aperfeiçoamento de seu processo de fabricação e à enorme aceitação na fabricação de garrafas de refrigerante, acabou mudando de status: passou de plástico de engenharia para commodity. (GORNI, 2007).

Principais Aplicações do PET:

• Como garrafas para bebidas carbonatada (refrigerantes), águas, óleos vegetais,

produtos de limpeza;

• Na forma de fibras, apresentam excelente resistência mecânica e ao amassamento,

bem como lavagem e secagem rápida;

9 Commodity – Mercadorias negociadas em bolsas possuem cotações globais.

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26

• Na forma de películas transparentes e altamente resistentes, são usadas em

aplicações nobres: isolamento de capacitores, películas cinematográficas, fitas

magnéticas, filmes e placas para radiografia;

• Resina para moldagem ― com reforço de 30% (trinta por cento) de fibra de

vidro― usada na fabricação de carcaças de bombas, carburadores, componentes

elétricos de carros.

2.2 Reciclagem de PET

No começo dos anos 80 (oitenta), Estados Unidos da America e Canadá iniciaram a

coleta dessas garrafas, reciclando-as inicialmente para fazer enchimento de almofadas. Com a

melhoria da qualidade do PET reciclado, surgiram aplicações importantes, como tecidos,

lâminas e garrafas para produtos não alimentícios.

Na década de 90 (noventa), o governo americano autorizou o uso deste material

reciclado, na proporção de 40% (quarenta por cento), em embalagens de alimentos. No Brasil,

a Secretaria Nacional de Vigilância Sanitária em sua legislação que tangem a qualidade e

higiene das embalagens de produtos alimentícios, não permite a utilização de PET reciclado

como matéria prima para fabricação deste tipo de embalagens.

A reciclagem pode ser dividida em três tipos distintos:

• Reciclagem primária ou pré-consumo permite à indústria reaproveitar resíduos de

produção, que são limpos e de fácil identificação como parte da matéria prima

virgem utilizada, gerando produtos de qualidade semelhante daquela obtida com

resina virgem;

• Reciclagem secundária ou pós-consumo é a reutilização de embalagens provindas

de lixões, coleta seletiva e sucatas, exigem uma excelente separação para poder ser

aproveitado, devido à mistura com outros materiais.

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27

• Reciclagem terciária conversão de resíduos plásticos em produtos químicos e

combustíveis por processos termoquímicos. Não é muito utilizado devido ao custo

elevado.

Um exemplo de processo de reciclagem, secundária ou pós-consumo, que é o tema

desta pesquisa, é apresentado no sítio; http://www.reciclaveis.com.br no link Mercados, onde

demonstra uma linha básica de reciclagem de PET e o esquema de processo de reciclagem

conforme Figura 2.

Figura 2 – Esquema de Reciclagem de PET Fonte: http://www.reciclaveis.com.br. Link Mercados. Acesso em: 10 mar, 2008.

O PET depois de uma prévia classificação por cor e colocado na esteira de

alimentação da peneira rotativa, logo em seguida é feita a primeira etapa de lavagem onde são

retirados os contaminantes maiores (pedras, tampas soltas e rótulos e outros tipos de

contaminantes qualquer diferentes do PET), em seguida passam então para a esteira de

seleção que monitorada a presença de outros tipos de plásticos (ex.: PVC, PP, PE) inclusive

os metais que são acusados pelo detector de metais ferrosos, após este processo as garrafas

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28

caem na esteira de alimentação do primeiro moinho onde sofrem a primeira moagem, esta

feita a úmido (adição de água), é retirado através de um rosca duplo envelope, onde parte da

água suja é separada do processo, passa pelos tanques de descontaminação, onde além de ser

feita a separação dos rótulos e tampas poderá ser feita a adição de produtos químicos para

beneficiamento do processo, logo em seguida introduzido em outro moinho até obter a

granulométrica adequada, depois é transportado pneumaticamente até lavador, onde com

adição de água é feito o enxágüe, saindo diretamente para o secador, já finalizando o

processo o material é retirado do secador por um transporte pneumático indo para o silo, de

onde é retirado e colocado em sacos tipo big bags, de acordo com a exigência do cliente.

2.2.1 A Evolução da Reciclagem do PET no Brasil

Segundo a Associação Brasileira de Fabricante de PET - Abipet em parceria com

Nous Consulting diz que:

O volume de PET reciclado no Brasil segue crescendo, e retomou a taxa de 2 dígitos: em 2006, o crescimento foi de 11,5% em relação a 2005, excedendo mesmo as previsões mais otimistas de meados do ano passado (que indicavam crescimento máximo na casa de 6 a 7%. (3º Censo de Reciclagem de PET no Brasil, 2006/2007).

Atualmente (entenda ano de 2008) estima-se que este aumento da reciclagem já esteja

em torno de 15% (quinze por cento), em virtude do forte aumento de números de produtos

utilizando PET reciclado, além de estudos para permitir seu uso em embalagens de alimentos.

Gráfico 1 – Reciclagem de PET no Brasil Fonte: Abipet (Associação Brasileira da Indústria do PET) e Nous Consulting.

1 6 7 1 7 41 9 4

0

5 0

1 0 0

1 5 0

2 0 0

Kto

ns

2 0 0 4 2 0 0 5 2 0 0 6

R e c ic la g e m d e P E T B r a s il

Page 29: Analise Da Viabilidade Economica Para Implantacao de Uma Industria de Reciclagem de Pet Na Regiao a de Belem

29

Vale ressaltar, que com os volumes de reciclagem de PET alcançado pelo Brasil, no

ano de 2006 (conforme pesquisa), destaca-se em 2º lugar no âmbito mundial de reciclagem de

PET, em relação à utilização da matéria prima virgem, Poli Tereftalato de Etileno, ficando

atrás somente do Japão, conforme os gráficos 1 e 2.

Gráfico 2 – Taxa de Reciclagem de PET Fonte: Abipet(Associação Brasileira da Indústria do PET) e Nous Consulting. 2.3 O PET Reciclado e sua Utilização

A utilização do PET reciclado no Brasil, em forma de flakes, passou a ser uma

alternativa a matéria prima virgem em função do seu preço e a questão ambiental.

Sua aplicação vem sendo utilizada nos mais variado segmentos industriais, têxteis e

artesanais, porém, a aplicação em produtos têxteis segue sendo o mais importante dos destinos

do PET.

A Associação Brasileira de Fabricante de PET – Abipet encomendou uma pesquisa

sobre o destino do PET reciclados no Brasil. Segundo Nous Consulting (empresa contratada

pela Abipet) diz que: “A aplicação em produtos têxteis segue sendo mais importante dos

destinos do PET reciclado e se beneficiou do aquecimento da economia, [...]”, onde foi

detalhado o uso final do PET reciclado conforme gráfico 3.

-

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

70,0

Taxas de Reciclagem de PET (%)

62,0 51,3 38,6 27,1 27,0 23,5 11,0

Japão (2006)

Brasil (2006)

Europa (2006)

Argentina (2006)

Austrália (2006)

EUA (2006)

México (2006)

Page 30: Analise Da Viabilidade Economica Para Implantacao de Uma Industria de Reciclagem de Pet Na Regiao a de Belem

30

Gráfico 3 – PET Reciclado – Usos Finais em 2006 Fonte: Abipet(Associação Brasileira da Indústria do PET) e Nous Consulting.

2.3.1 Indústria de Tintas

A partir de 2003, o PET reciclado passou a ser utilizado na composição de resinas

Insaturadas Alquídicas, considerada a matéria prima mais importante na fabricação de

tintas (esmaltes e vernizes).

Depois de previamente processadas pela recicladora, o PET é utilizado como

componente na fabricação de resinas insaturadas, e depois na fabricação das tintas,

ocasionando uma considerada melhoria no desempenho do produto, redução de custo e

consumo de matérias prima não renováveis, diminuição em cerca de 40% (quarenta por

cento) da quantidade de água de reação gerada na produção de resinas. As Resinas

Insaturadas Alquídicas, chegou à casa dos 7% (sete por cento) no final de 2006.

O potencial de produção para o ano de 2003 foi de 18 mil toneladas de resinas, proporcionando a retirada de cerca de 50 milhões de garrafas tipo PET do meio ambiente e gerando economia para a empresa de R$ 3 milhões. Para o biênio 2004/2005 estão previstas 24 mil toneladas por ano de resinas, consumindo cerca de 60 milhões de garrafas por ano. (BASF. Release Press, 04/05/2004).

PET Reciclado - Usos Finais - 2006

T êxteis40%

E xtru são d e C hap as

16%

T erm o form ado s15%

F itas d e Arq uear

3%

R esin as Insatu rad as e

Alq u íd icas7%

In jeção e S op ro

3%

E xp o rtação7%

T ub o s2%

P lástico s d e E n g en h aria

4%

Page 31: Analise Da Viabilidade Economica Para Implantacao de Uma Industria de Reciclagem de Pet Na Regiao a de Belem

31

2.3.2 Indústria Têxtil

Diante dos dados da pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Fabricante de

PET – ABIPET, 3º senso de reciclagem, mostra que é na indústria têxtil que se observa as

maiores demandas por produtos que se utilizam de matéria prima reciclada de PET. O

aumento da utilização da fibra têxtil fabricada a partir de matéria-prima reciclada chegou na

casa dos 62% (sessenta e dois por cento) em 2006, em toda a sua cadeia produtiva conforme

gráfico 4.

Gráfico 4 – Usos Finais Têxteis

Fonte: Associação Brasileira da Indústria do PET - Abipet/Nous Consulting.

2.3.3 Indústria de Transformação

O PET reciclado tem na indústria de transformação um dos seus principais

consumidores dessa matéria prima. Nesta etapa da transformação a indústria utiliza o material

revalorizado (reciclado em forma de flakes) e o transforma em outro produto vendável, dentre

este destacamos:

• Na indústria automotiva e de transporte, tecidos internos (estofamento), carpete e

peças para veículo;

• Na indústria de tapetes, carpetes, capachos para áreas externas e internas;

PET Recic lado - Usos F inais T êxteis - 2006

Fibras62%

N ãotecidos16%

C ordas, Cerdas e Monofilamentos

22%

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32

• Artigos industriais, rolos para pintura, cordas, filtros;

• Na indústria química, resinas alquídicas e adesivos.

2.3.4 Indústria de Embalagem

Além do uso PET reciclado na indústria têxtil, de transformação e de tintas, também é

relevante na indústria de embalagens, onde o PET encontra uma de suas principais fonte de

consumo. O uso do PET reciclado só é permito para embalagens não alimentícias, tais como,

vidros para detergente, água sanitária entre outros.

No momento, a tarefa da Indústria de transformação de PET grau embalagem é desbravar outras frentes de consumo, conquistando novos mercados para embalagens, uma vez que o processo de imigração para o PET, nos principais segmentos em que ele já atua, é tido como consolidado. (http://www.plastico.com.br/revista, acessado em: 28 mai 2008).

2.4 O Pet e Meio Ambiente

Ultimamente as empresas, entidades e governos estão dando muita ênfase à

preservação e conservação do meio ambiente como forma de garantir um desenvolvimento

sustentável e econômico. A poluição do meio ambiente é feito principalmente de resíduos

sólidos.

Os resíduos sólidos são definidos como resíduos nos estados sólidos, semi-sólido, que resultam de atividades da comunidade de origem: industrial, doméstica, hospitalar, comercial, agrícola, de serviços e varrição. Ficam incluídos nesta definição os lodos provenientes de sistemas de tratamento de água, aqueles gerados em equipamentos e instalações de controle de poluição, bem como determinados líquidos cujas particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede pública de esgotos ou corpos de água, ou exijam para isso soluções técnica e economicamente inviáveis em face a melhor tecnologia disponível. (Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT 10.004/2004).

Dentre os resíduos sólidos que mais poluem o meio ambiente temos os plásticos PET,

em sua maioria estes materiais ocupam muito espaço nos aterros devido a dificuldades de

compactação e por sua baixa degradabilidade. As embalagens plásticas lançadas

Page 33: Analise Da Viabilidade Economica Para Implantacao de Uma Industria de Reciclagem de Pet Na Regiao a de Belem

33

indevidamente no meio ambiente também contribuem para entupimentos, propiciam

condições de proliferação de vetores, prejudicam a navegação marítima e agridem a fauna

aquática, além de causarem mal aspecto estético.

Entre os diversos dados causados ao meio ambiente um está relacionado com os resíduos plásticos. Esses resíduos em geral levam muito tempo para sofres degradação espontânea e, quando queimados, produzem gases tóxicos. (MANO et al., 1991).

O plástico pode também ser usado como uma fonte energética, ou seja, queimando o

plástico em caldeiras ou fornos para geração de energia, liberando um calor muito forte

(superior ao do carvão e próximo ao produzido pelo óleo combustível). Porém, esta prática

resulta em emissão de Gás Carbônico (CO2), agravando ainda mais o efeito estufa e emissão

de dioxinas, que são compostos altamente tóxicos.

É muito grande o interesse ecológico na diminuição da quantidade de plásticos

carreados para os aterros sanitários e incineradores. Incentivar a economia privada na

execução dos serviços de coleta seletiva dos plásticos parece a melhor política a ser seguida

pelos administradores municipais, com conseqüências realmente positivas para a proteção do

meio ambiente.

2.5 O Pet e a Logística Reversa

É comum as empresas em operação terem atenção apenas na logística tradicional, ou

seja, a logística que trata apenas das saídas dos seus produtos das indústrias ou comércios,

sem se preocupar com o descarte, ou o pós-consumo de suas embalagens.

Segundo a Associação Brasileira de Logística, logística também é definida como:

O processo de planejamento, implementação e controle do fluxo e armazenagem eficientes e de baixo custo de matérias primas, estoque em processo, produto acabado e informações relacionadas, desde o ponto de origem até o ponto de consumo, com o objetivo de atender aos requisitos do cliente.

Page 34: Analise Da Viabilidade Economica Para Implantacao de Uma Industria de Reciclagem de Pet Na Regiao a de Belem

34

Porém com a evolução do mundo dos negócios estas empresas passaram também a se

preocupar com logística reversa, ou seja, passam a se preocupar com o retorno de seus

produtos, materiais e peças utilizadas no processo de produção. As empresas em implantação

passaram a utilizar-se da logística reversa como estratégia ambiental e estratégia de

planejamento de negócios.

Segundo Leite (2003), “Logística reversa é a área da logística que trata dos aspectos

de retornos de produtos, embalagens ou materiais ao seu centro produtivo”

Leite (2003), também define como objetivo principal da logística reversa o seguinte:

O objetivo principal da logística reversa é o de atender aos princípios de sustentabilidade ambiental como o da produção limpa, onde a responsabilidade é do "berço à cova" ou seja, quem produz deve responsabilizar-se também pelo destino final dos produtos gerados, de forma a reduzir o impacto ambiental que eles causam.

As legislações ambientais têm sido mais severas, e os consumidores e as empresas

tem tido mais consciência de suas obrigações para com o meio ambiente, não só utilizando

uma maior quantidade de materiais reciclados como também tendo de se preocupar com o

descarte ecologicamente correto de seus produtos, afim de que, os mesmos tenham um destino

adequado para a reutilização. Segundo Gomes (2004, p.140) diz que: “A logística de fluxo de

retorno (ou reversa) visa à eficiente execução da recuperação de produtos. Tem como

propósitos a redução, a disposição e o gerenciamento de resíduos tóxicos e não tóxicos”.

Em vistas das legislações mais severas, as indústrias alimentícias que se utilizam do

PET para embalagem de seus produtos, vem tentando utilizar-se da Logística Reversa para

evitar que suas embalagens pós-consumo venham parar nos lixões, esgotos sanitários, rios ou

qualquer lugar no meio ambiente poluindo-o. Pois, para as empresas fazerem uso da logística

reversa, há um custo elevado para implantá-la, porém, algumas empresas já estão investindo

nesta área.

Page 35: Analise Da Viabilidade Economica Para Implantacao de Uma Industria de Reciclagem de Pet Na Regiao a de Belem

35

As empresas de reciclagem de PET vêm cada vez mais implantando técnicas da

logística reversa, que visa retirar as embalagens de PET pós-uso do meio ambiente e

conscientizando as empresas e a população em geral da importância da coleta seletiva neste

tipo de material, que no Brasil já chega a produção de 6 bilhões de embalagens PET por ano

(ambiente Brasil, 2007).

Assim, as empresas organizam canais reversos, ou seja, de retorno dos materiais seja

para conserto ou após o seu ciclo de utilização, para terem a melhor destinação, seja por

reparo, reutilização ou reciclagem, este tipo de canal proporciona um tipo de matéria-prima

com maior qualidade para reciclagem.

Tudo isto vem fortalecer o desenvolvimento da Logística Reversa nas empresas. E no

caso brasileiro de acordo com especialistas no assunto ele vem sendo considerado como um

elemento importante no planejamento estratégico das organizações para adequá-las à atual

legislação do meio ambiente. Mas infelizmente a falta da implantação da logística reversa

pelos poderes públicos responsável pelas coletas de lixo das cidades, faz com que este tipo de

plástico pós-uso, a maioria, ainda vá parar nos lixões, que é o que ocorre na Região

Metropolitana de Belém.

2.6 Planejamento Financeiro

O planejamento financeiro tem a finalidade de evidenciar as necessidades de

investimentos e expansão de uma empresa, bem como realizar os ajustes financeiros

necessários ao longo da vida útil da empresa.

Por meio do planejamento, ainda, é possível ao administrador financeiro selecionar, com maior margem de segurança, os ativos mais rentáveis e condizentes com os negócios da empresa, de forma a estabelecer mais satisfatória rentabilidade sobre os investimentos. (ASSAF NETO, 2006, P.33).

O controle financeiro é a fase do planejamento financeiro que se dedica a

acompanhar e mensurar toda a situação financeira de uma empresa. Análise de desvios que

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36

possam ocorrer dentro do planejado e o realizado, bem como definir propostas corretivas

necessárias para se ajustar o que foi planejado.

[...] Através do planejamento econômico-financeiro são avaliados os resultados relativos aos objetivos, decisões e alternativas contidas no planejamento da empresa, indicando a possibilidade de sua implantação, ou não, do ponto de vista financeiro. (Júnior, Rigo, Cherobim. 2005, p.405). O que faz o mundo imaginário virar mundo real está na capacidade de administrar de forma racional as finanças da empresa. O segredo está em manter o controle sobre as despesas correntes, criar uma disposição funcional que sustente e equilibre receitas e despesas, e permita que o empresário administre o inesperado. (CIEE, Planejamento Financeiro. Disponível em: <http://www.ciee.org.br.Acesso. Acesso em: 15 fev 2008).

Uma das finalidades do planejamento financeiro é evitar surpresas e desenvolver

planos alternativos de providências a serem tomadas caso ocorram imprevistos. Um plano

financeiro é, portanto, uma declaração do que deve ser feito no futuro.

2.6.1 Viabilidade Econômica

Todo o conceitual de decisões financeiras tem sua avaliação fundamentada nos

resultados operacionais apurados pelas empresas. È por meio dos resultados operacionais que

é discutido a viabilidade econômica de um projeto ou empreendimento. O lucro operacional

define com precisão qual a remuneração das fontes de capital da empresa. As decisões de

investimento são avaliadas com base nos valores operacionais de gerados pelo projeto.

O resultado operacional, entendido como o gerado exclusivamente pelos ativos, quantifica o retorno produzido pelas decisões de investimento, permitindo que se proceda, com base nos valores apurados, a uma avaliação da atratividade econômica do empreendimento, definindo inclusive o interesse e as condições de sua continuidade. (ASSAF NETO, 2006. P. 35).

A análise da viabilidade econômica esta voltada para as análises dos ativos (recursos

financeiros, humanos, bens permanentes e materiais), onde mostra a capacidade do projeto em

gerar lucro e verificar a capacidade de retorno do capital investido (investimento inicial) no

projeto ou empreendimento.

Page 37: Analise Da Viabilidade Economica Para Implantacao de Uma Industria de Reciclagem de Pet Na Regiao a de Belem

37

Dentre as ferramentas de viabilidade econômica, utilizou-se neste estudo o

Investimento Inicial (valores necessários para inicio de um projeto ou empreendimento),

Demonstrativo de Resultados de Exercício - DRE (demonstra o lucro líquido de um

determinado período) e os índices econômicos.

2.6.1.1 Investimento Inicial

As decisões de investimentos geralmente é a elaboração, avaliação, e seleção de

proposta para aplicação de capital, com o único objetivo, normalmente de médio e longo

prazo, de produzir retornos financeiros aos seus proprietários, ou seja, o lucro.

Investimento Inicial ou desembolso, é o comprometimento de capital necessário a

implantação de um projeto ou empreendimento, as saídas de caixas, que vão gerar resultados

operacionais no futuro. Gitman (2004, p.311) diz que: “O termo investimento inicial refere-se,

neste caso, às saídas de caixas relevantes a ser consideradas quando se avalia um gasto de

capital proposto [...]”.

O valor do desembolso inicial refere-se ao volume comprometido de capital (saída de caixa) direcionado à geração de resultados operacionais futuros. Neste item são incluídos todos os dispêndios de capital, que têm como características serem não repetitivos, destinados a produzir benefícios econômicos futuros, tais como incrementos de receitas ou reduções de custos e despesas. (ASSAF NETO, 2006. p.292).

Os investimentos iniciais são compostos por todas as aquisições de bens permanentes,

tais como prédios, terrenos, máquinas e equipamentos, entre outros. Também deve se agregar,

aos valores de aquisição, os gastos necessários para serem colocados em funcionamento, tais

como fretes, seguros, despesas de instalações e outras despesas intangíveis (pesquisa,

treinamento etc.) necessários ao projeto ou empreendimento. O capital de giro também deve

compor o investimento inicial, pois se trata de um desembolso realizado no inicio do projeto.

Os investimentos em ativos permanentes10 retornam a empresa na forma de despesas não

10 Bens permanentes, tais como prédios, máquinas e equipamentos.

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38

desembolsáveis (depreciação, amortização e exaustão), e o capital de giro retorna a empresa

normalmente através de seus fluxos de caixa.

2.6.1.2 Demonstração de Resultados do Exercício (DRE)

A demonstração tem como finalidade exclusiva apurar se a empresa esta dando lucro

ou prejuízo num determinado período de exercício. Junta-se as receitas, despesas, os ganhos e

perdas do período, apurados pelo regime de Competência,11 independentemente, portanto, de

se seus pagamentos e recebimentos.

A demonstração de resultado do exercício informa o desempenho operacional de uma

empresa, referente a determinado período. O desempenho da gestão será acompanhado,

comparando-se o resultado de um período com o outro. Pela Demonstração do Resultado do

Exercício podemos também avaliar a rentabilidade de uma empresa.

A projeção da demonstração de resultados do Exercício permite avaliar os resultados do planejamento da empresa e também as relações entre custo e receitas operacionais e entre as projeções de venda, dos custos, das despesas e dos lucros. (Segundo Júnior, Rigo, Cherobim, 2005, p.414).

A Demonstração do Resultado do Exercício é uma demonstração contábil dinâmica

que se destina a evidenciar a formação do resultado líquido em um determinado período de

exercício, através do confronto das receitas, custos e despesas, apuradas segundo o princípio

contábil do regime de competência.

Enquanto o planejamento de caixa preocupa-se com a previsão de fluxos de caixa, o planejamento de resultados apóia-se nos conceitos do regime de competência para projetar o lucro e a posição financeira geral da empresa [...]. (Gitman, 2004, p. 101).

Na determinação da demonstração de resultado do exercício serão computados:

• As receitas e os rendimentos ganhos no período, independentemente da sua

realização em moeda;

11 Regime de competência significa apropriação das receitas quando efetivamente ganhas, merecidas e não necessariamente recebidas em dinheiro, ou seja, entrada no caixa.

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39

• os custos, despesas, encargos e perdas, pagos ou incorridos, correspondentes a essas

receitas.

2.6.1.3 Índices Econômico-Financeiros

É uma das técnicas mais comum de se avaliar uma empresa, baseia-se na apuração de

índices, que são basicamente levantados das demonstrações financeiras da empresa. Índices

estes pelos quais se pode tomar conhecimento da situação econômico-financeira da empresa,

pois possibilita que proprietários e investidores, possam analisar riscos e situações

desagradáveis em seus investimentos.

A análise dos índices permite revelar a condição global da empresa, bem como obter

melhor entendimento das relações investimento inicial e demonstração de resultados.

[...]. De um modo ou de outro, eles pretende medir o quão eficientemente a empresa utiliza seus ativos e administra suas operações. Esse grupo se preocupa com a última linha da demonstração de resultados, ou seja, o lucro líquido. (Ross, Westerfield e Jordan. 2000 p.85).

Os índices econômico-financeiros estão divididos em quatro grupos, ou seja: liquidez

e atividade, endividamento e estrutura, rentabilidade e análise de estrutura.

Para este estudo utilizou-se os índices do grupo indicadores de rentabilidade, ou seja: o

Retorno do Ativo (ROA) e Margem de Lucro (ML).

Os indicadores de rentabilidade têm a função de avaliar os resultados auferidos por

uma determinada empresa em relação a seus investimentos.

O índice retorno do Ativo tem a função especifica de analisar e dimensionar quanto

lucro a empresa terá capacidade de gerar com seus ativos (investimentos iniciais) instalados e

produzindo em sua plena capacidade, equação 1.

[...], freqüentemente chamado de retorno do investimento (returno on investiment – ROI), mede a eficácia geral da administração de uma empresa em termos de geração de lucro com os ativos disponíveis. Quanto mais alto for, melhor. [...]. (Gitman 2004, p.55).

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40

��� � ���� �í ���� ����� �� ����� � � 100

Equação 1 – Retorno do Ativo - Roa Fonte: Ross, Westerfield e Jordan (2000, p.86)

A Margem de Lucro (ML) é um índice que tem a finalidade de calcular e mostrar em

porcentagem, as unidades monetárias de venda depois de pagos todos os custos e despesas

operacionais e não operacionais relacionados ao produto vendido. Neto (2006, p.120) diz

que: “Este índice mede a eficiência de uma empresa em produzir lucro por meio de suas

vendas. [...]”. Equação 2.

A margem de lucro bruto mede a porcentagem de cada unidade monetária de venda que resta após o pagamento do custo dos produtos vendidos. Quanto mais alto essa margem, melhor (ou seja, menor o custo relativo dos produtos vendidos). (Gitman, 2004, p.55).

,

������ � !�� "��# � ���� �í ���� $%&��' � � 100

Equação 2 – Margem de Lucro - ML Fonte: Ross, Westerfield e Jordan (2000, p.86)

Os Índices econômicos, descrito irão demonstrar a viabilidade de geração de lucro das

empresas e conseqüentemente ocasionará o desenvolvimento e prosperidade da empresa, de

seus proprietários, sócios, colaboradores internos e externos.

2.6.2 Viabilidade Financeira

È a identificação entre a capacidade de gerar entradas de fluxo de caixas, ao longo de

um determinado período, e fluxo de caixa de desembolso exigido pelo projeto ou

empreendimento. Tem o propósito de avaliação ou estudo da viabilidade, estabilidade e

lucratividade de um projeto, ou seja, é a maximização das riquezas dos investidores ou

proprietários.

A análise financeira demonstra a viabilidade e estabilidade de um projeto quanto a sua

capacidade de gerar fluxos de caixas, tem como ponto de partida identificar os benefícios

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41

esperados quanto a implementação de recursos financeiros. Uma vez empregado este

procedimento, são analisados os resultados que mostram se financeiramente o investimento é

viável ou não, ou qual a melhor alternativa para este.

As decisões de investimento criam valor e, portanto, mostram-se economicamente atraentes quando o retorno esperado da alternativa exceder a taxa de retorno exigida pelos proprietários de capital (credores a acionistas). È importante destacar que essas decisões inserem-se no âmbito do planejamento estratégico da empresa, [...]. (ASSAF NETO, 2006 P.34).

Entre os vários índices financeiros existentes serão utilizados neste estudo, o Fluxo de

Caixa Operacional, Valor Presente Líquido (VPL), Taxa Interna de Retorno (TIR) e Payback.

2.6.2.1 Fluxo de Caixa Operacional - FCO

O fluxo de caixa é uma medida financeira, crítica, que visa auxiliar os proprietários e

investidores quando se vai tomar uma decisão de investimento seja a curto ou longo prazo. Os

fluxos de caixas determinam o sucesso de uma tomada de decisão de investimento,

analisando-a ano a ano.

Com base nas informações conjunturais, no desempenho esperado do mercado e na empresa em avaliação, são estabelecidas previsões para os benefícios econômicos de caixa no horizonte de tempo. (ASSAF NETO 2006, P. 603).

O FCO é o fluxo resultante das atividades rotineiras de uma determinada empresa, ou

seja, produção menos despesas e custos mais as despesas não desembolsáveis (depreciação).

Assaf Net (2006, p.64) diz que: “Fluxo de Caixa Operacional é o caixa gerado pelas

atividades usuais da empresa”.

Neste fluxo operacional não se inclui despesas relacionadas a financiamentos e juros

de investimentos em ativos, pois não são despesas operacionais.

O fluxo de caixa é utilizado para registrar todos os movimentos de entradas e saídas

em determinado período de um projeto, serve também para demonstrar o gasto de capital

proposto e o seu retorno para determinado projeto.

Page 42: Analise Da Viabilidade Economica Para Implantacao de Uma Industria de Reciclagem de Pet Na Regiao a de Belem

42

Segundo Neto (2006, p.294) diz que: “O modelo de avaliação propõe que os fluxos de

caixa a serem considerados no processo de avaliação de investimentos contenham, em termos

incrementais, exclusivamente valores operacionais [...]”.

É mediante os fluxos de caixa, e não dos lucros, que se mede o potencial efetivo da

empresa em programar suas decisões financeiras fundamentais, investimento, financiamento e

distribuição de dividendos. Dessa forma, são os fluxos de caixa, e não outra medida contábil

qualquer de resultado, que se constituem na informação mais relevante para o processo de

análise de investimentos.

2.6.2.2 Valor Presente Líquido (VPL)

O Valor Presente Líquido - VPL, também conhecido como método do valor

atual, é um índice onde se determina o valor presente de pagamentos futuros descontados a

um custo de oportunidade (taxa de juros apropriada) ou Taxa Mínima de Atratividade - TMA,

menos o custo do investimento inicial.

A medida do valor presente líquido é obtida pela diferença entre o valor presente dos benefícios líquidos de caixa, previsto para cada período do horizonte de duração do projeto, e o valor presente do investimento (desembolso de caixa). (Neto 2006, p. 319).

Basicamente, é o calculo de quanto os futuros pagamentos somados a um custo inicial

estaria valendo atualmente. Em todas as análises financeiras de investimento é fundamental

levar em consideração o valor do dinheiro no tempo, devido ao custo de oportunidade de se

colocar, por exemplo, tal montante aplicado no mercado financeiro.

Como o valor presente líquido (VPL) leva explicitamente em conta o valor do dinheiro no tempo, é considerado uma técnica sofisticada de orçamento de capital. Todas essas técnicas descontam, de uma maneira ou de outra, os fluxos de caixas da empresa a uma taxa estipulada. [...] (Gitman, 2004, p.342)

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43

O método VPL exige a definição prévia da Taxa Mínima de Atratividade - TMA de

investimento para descontar os fluxos de caixa. Desta forma utilizaremos neste estudo a Taxa

de Juros a Longo Prazo – TJLP.

Para uma perfeita análise financeira de capitais de investimento com a utilização do

VPL, na tomada de decisão de aceitação ou rejeição de um referido projeto ou

empreendimento, deve se observar as seguintes regras: se o VPL for igual a zero, o

investimento é indiferente, pois o valor presente das entradas é igual ao valor presente das

saídas de caixa; se o VPL for menor do que zero (negativo), significa que o investimento não

é economicamente atrativo pois, o valor presente das entradas de caixa é menor do que o valor

presente das saídas de caixa; Já quando o VPL é positivo, considera o projeto aceitável,

atraente para investimento, indica que a empresa irá obter um retorno superior a seus custo de

capital investido no projeto. Ross, Westerfield e Jordan. (2000 p.214) dizem que: “[...],

criamos valor identificando investimento que valem mais no mercado do que seu custo de

aquisição. [...]”.

Como o VPL é uma ferramenta de análise de longo prazo, o cálculo deste estudo, será

realizada por períodos anuais, com base nos Fluxo de caixas operacionais, com auxilio da

planilha eletrônica do Excel. Equação 3.

()� � ∑ +,-". /0#-

&�1. 2 345

Equação 3 – Valor Presente Líquido - VPL Fonte: Gitman, 2004, p.342

Onde:

FCt = fluxo de entrada de caixa de cada período;

K = taxa de desconto, representada pela TMA (taxa mínima de atratividade);

FC0 = investimento inicial de um projeto

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Para melhor entendimento deste índice, vamos descrever um exemplo de Assaf Neto

(2006, p. 320), que descreve em sua obra:

Tomando como exemplo, uma empresa esteja avaliando um projeto com investimento

inicial no valor de R$ 30.000,00, do qual se espera benefícios anuais de caixa (entradas) de

R$ 10.000,00 no primeiro ano, R$ 15.000,00 no segundo ano, R$ 20.000,00 no terceiro ano e

R$ 10.000,00 no quarto ano.

Admitindo que a empresa tenha definido em 20% a.a. (vinte por cento) sua TMA (taxa

mínima de atratividade) exigida e que o investimento inicial seja desembolsado integralmente

no momento inicial, há o seguinte valor presente líquido, (utilizando-se da equação 3):

()� � 610.000,001,20 : 15.000,00"1,20#< : 20.000,00"1,20#= : 10.000,00"1,20#> ? 2 30.000,00

()� � A8.333,33 : 10.416,67 : 11.574,07 : 4.822,53F 2 30.000,00

()� � �$ 5.146,60

Observe que, mesmo descontando os vários fluxos de caixa pela taxa anual de 20%

(vinte por cento) conforme definido pela empresa a TMA (taxa mínima de atratividade), o

VPL foi superior a zero, demonstrando que o investimento oferece rentabilidade superior à

mínima exigida. Nessa situação de geração de riqueza líquida positiva, a decisão agrega valor

econômico à empresa devendo, portanto deve ser aceita.

2.6.2.3 Taxa Interna de Retorno - TIR

A Taxa Interna de Retorno - TIR é um índice que mostra qual a taxa necessária para

igualar o valor de um investimento (em valor presente) com os seus respectivos retornos

futuros ou saldos de caixa. Quando usada em análise de investimentos, significa a taxa de

retorno de um projeto. Este índice irá mostrar claramente se o projeto trará uma taxa de

retorno superior à TMA, desejado pelos proprietários ou financiadores de um determinado

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45

projeto. Gitman (2004, p. 344), diz que: “[...] É taxa composta de retorno anual que a empresa

obteria se concretizasse o projeto e recebesse as entradas de caixa previstas. [...].”.

[...], a taxa de desconto que iguala, em determinado momento (geralmente usa-se a data de início do investimento – momento zero), as entradas com as saídas prevista de caixa. Para avaliação de propostas de investimentos, o cálculo da IRR requer, basicamente, o conhecimento dos montantes de dispêndio de capital (ou dispêndios, se o investimento prevê mais de um desembolso de caixa), e dos fluxos de caixa líquidos incrementais gerados pela decisão. (Assaf Neto, 2004, P.309)

Ross, Westerfield e Jordan (2000, p.223) “[...]. Conforme veremos, a TIR esta

intimamente relacionada ao VPL. Tentamos com a TIR obter uma única taxa de retorno para

sintetizar os méritos de um projeto [...]”.

Este índice quando utilizado para tomada de decisão de aceitação ou não de

investimento em um determinado projeto, leva-se em consideração os seguintes critérios: Se a

TIR for maior que a TMA aceita-se o projeto; Se a TIR for menor que a TMA rejeita-se o

projeto.

A TIR deve ser comparada com a TMA para a conclusão a respeito da aceitação ou não do projeto. Uma TIR maior que a TMA indica projeto atrativo. Se a TIR é menor que a TMA, o projeto analisado passa a não ser mais interessante. (SOUZA 2004).

Tanto a TIR quanto o VPL são índices que irão mostrar a viabilidade financeira do

projeto, utilizando-se da TMA como retorno exigido em longo prazo. Para o cálculo da TIR

deste projeto vamos utilizar o auxílio da calculadora financeira, equação 4.

H5 : ∑ I-". /0#-

&�1. � ∑ +,-". /0#-

&�1. Equação 4 – Taxa Interna de Retorno - TIR Fonte: Assaf Neto (2006, p.310) Onde:

I0 = montante do investimento no momento zero;

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46

It = montantes previstos de investimento inicial em cada momento;

K = taxa de rentabilidade equivalente periódica (TIR);

FCt = fluxos de caixa previstos de entrada em cada período de vida do projeto.

Após calculado a TIR anual, iremos calcular o rendimento total do projeto

(rentabilidade total dos anos de vida do projeto), através da equação 5:

JH������ � A"1 : JH�#� 2 1F � 100

Equação 5 - Taxa Interna de Retorno Total – TIRtotal Fonte: Assaf Neto (2006, p.310) Onde:

t = Tempo total de vida do projeto em anos.

Para melhor entender a equação 4, mostramos um exemplo descrito por Assaf neto

(2006, p.310):

Suponha-se que, de um investimento de R$ 300,00, sejam esperados benefícios de

caixa de R$ 100,00, R$ 150,00, R$ 180,00 e R$ 120,00, respectivamente, nos próximos

quatro anos da decisão de investimento. Observando-se que o investimento requer somente

um desembolso de caixa no momento inicial (ano inicial do projeto), o cálculo da TIR é

desenvolvido da seguinte maneira:

300,00 � .55,55". /�IK#L :

.M5,55". /�IK#N :

.O5,55". /�IK#P :

.<5,55". /�IK#Q

Por meio do auxílio de uma calculadora financeira, chega-se a taxa interna de retorno

(TIR) de 28,04% a.a. (vinte e oito vírgula zero quatro por cento), ou seja, ao se descontarem

vários fluxos previstos de caixa pela TIR, o resultado atualizado será exatamente igual ao

montante do investimento inicial (R$ 300,00), denotando-se, por conseguinte, a rentabilidade

do projeto. Deve se ratificar, ainda, que os 28,04% (vinte e oito vírgula zero quatro por cento)

representam a taxa de retorno equivalente anual.

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47

A rentabilidade total do projeto (rentabilidade pelo período de quatro anos), TIRtotal,

atinge a casa dos 168,8% (cento e sessenta e oito vírgula oito por cento), utilizando-se a

equação 5:

JH������ � A"1,2804#> 2 1F � 100 � 168,8%

2.6.2.4 Payback

O Payback é uma técnica de análise de investimento mais comuns que existem em

análises financeiras. Consiste em umas das alternativas mais populares ao VPL. Sua principal

vantagem em relação ao VPL consiste em que a regra do Payback leva em conta o tempo de

retorno do investimento, desconsiderando por completo o valor do dinheiro no tempo. Gitman

(2004, p. 339), diz que: “[...] Trata-se do tempo necessário para que a empresa recupere seu

investimento inicial em um projeto, calculado com suas entradas de caixa [...]”.

Existem duas metodologias de cálculo do período de payback, o médio e o efetivo. O

payback médio leva em conta o valor do investimento inicial e o valor médio dos fluxos de

caixa esperados. O payback através da metodologia efetiva é mais realista, e consiste no

acumulo das entradas até se obter o total do investimento inicial.

O período de payback, de aplicação, bastante generalizada na prática, consiste na determinação do tempo necessário para o dispêndio de capital (valor do investimento) seja recuperado por meio dos benefícios incrementais líquidos de caixa (fluxo de caixa) promovidos pelo investimento. (NETO, 2004, p.305)

Quando falamos em utilizar o payback em termos de decisão de aceitar ou rejeitar

determinado investimento, o período de payback deve ser confrontado com o padrão-limite

estabelecido pela empresa. O padrão-limite é uma coisa bastante difícil de ser definido, é

subjetivo de cada empresa, e esta relacionada com a conjuntura econômica, restrição de

liquidez monetária e aos objetivos de lucratividade de cada empresa.

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48

Assaf Neto (2006, p. 310), descreve o seguinte exemplo: ao definir em três anos o

tempo máximo de realização de caixa de seus investimentos, a empresa não deverá selecionar

o projeto “A” (avaliado pelo payback efetivo), pois tem payback em 4,2 anos, em razão do

período de payback exceder o limite estabelecido de tempo. A alternativa “B” (avaliado pelo

payback efetivo), por ter um período de payback avaliado em 3 anos, será a alternativa aceita

em virtude de estar dentro do limite de tempo estabelecido pela empresa, tabela 3.

Para chegarmos a payback de 4,2 anos na alternativa “A”, acumulou-se as entradas do

primeiro ao quarto ano, totalizando R$ 250.000,00, faltando recuperar R$ 50.000,00 no quinto

ano de fluxo de caixa, equação 6.

Para efeito de cálculo do Payback deste projeto, utilizaremos a metodologia do

payback “efetivo”, onde é necessário o acumulo do fluxo de caixa até que o valor do

investimento seja recuperado.

Períodos de Payback - Metodologia "efetivo"

Alternativa "A" Alternativa "B"

Investimento Inicial => 300.000,00 300.000,00

Ano Entradas de Caixa

1 90.000,00

100.000,00

2 50.000,00

100.000,00

3 60.000,00

100.000,00

4 50.000,00

100.000,00

5 250.000,00

100.000,00

Período de Payback 4,2 anos 3 anos

Tabela 3 - Períodos de Payback Fonte: Assaf Neto

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49

)�ST�!U � ���� � %�V%�W��X� �% ��X�

)�ST�!U � M5.555,55<M5.555,55 � 0,20 �Y�Z

)�ST�!U � 4,2 �Y�Z

Equação 6 - Payback Fonte: Assaf Neto (2006, p.310)

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50

3 Análise dos Resultados

A mensuração do risco por meio do comportamento do cenário econômico incorpora

a distribuição de probabilidades no estudo da sensibilidade de um projeto, revelando-se

bastante útil aos proprietários e investidores.

Quando uma empresa se propõe a fazer um investimento, o objetivo maior é que o seu

retorno seja o melhor possível, assim faz-se necessário um estudo para constatar a viabilidade

do investimento. Este estudo demonstra-se através da viabilidade econômica, ou seja, a

capacidade que este projeto tem de gerar lucro aos seus investidores. A viabilidade financeira,

que visa comparar a rentabilidade com outros mercados com um determinado período.

3.1 Viabilidade Econômica

A análise de viabilidade econômica do projeto de implantação da indústria de

reciclagem tem seu foco pautado na geração e análise de lucro que o projeto poderá gerar aos

seus proprietários e investidores, visa demonstrar através de índices a capacidade da indústria

de reciclagem em gerar lucro com seus ativos.

3.1.1 Investimento Inicial

Os investimentos iniciais para o referido projeto aqui descrito não constituem uma

barreira de entrada, visto que, as empresas de reciclagem de plástico são de pequeno e médio

porte com produção média de 100 (cem) toneladas/mês.

Os investimentos descritos neste projeto são necessários para a implantação da

indústria de reciclagem de PET na Região Metropolitana de Belém, sendo os seus principais

investimentos referentes a compras de ativos (veículos, equipamentos e maquinários), compra

de bens imóveis, edificações e reformas das áreas de produção e administrativos, tabela 4.

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INVESTIMENTO INICIAL Item Discriminação Detalhamento Valor (R$)

1 Caminhão Ford F-4000 Ano 2005/2006 40.000,00

2 Equipamentos c/Imposto Linha de Reciclagem c/Impostos 125.440,00

3 Equipamentos c/Imposto Prensa para papelão e vidros 13.440,00

4 Setup de máquina Técnicos p/instalação 3.920,00

5 Frete/Seguro Máquinas p/Belém 11.200,00

6 Equipamento p/ Escritório Móveis, computadores e Ar Cond. 20.000,00

7 Informatização Sistema de Informação em geral 5.000,00

8 Terreno 1800 a 2000 m2 85.000,00

9 Construção Civil Edificações e galpão 35.000,00

10 Instalações Elétricas Montagem da Rede Elétrica 5.000,00

11 Poço Artesiano Perfuração, Montagem e Bomba 10.000,00

12 Instalações Hidráulicas Montagem do Sistema de Água 1.500,00

13 Sistema de Decantação Sistema de Reciclagem de Água 1.500,00

14 Registros Jucepa, IE, Cnpj., Alvará e Taxas 5.000,00

15 Capital de Giro 3 meses de Implantação 85.000,00

16 Total 447.000,00 Tabela 4 – Investimento Inicial Fonte: Elaborado pelos Autores

A seguir, demonstraremos o detalhamento do investimento inicial necessários para a

implantação da indústria de reciclagem da região metropolitana de Belém:

O item 1 refere-se a compra de um caminhão ¾ com carroceria de madeira com

capacidade de carga de 4000 kg (quatro mil quilos), o desembolso de caixa foi realizado em

duas parcelas de R$ 20.000,00, no segundo e terceiro mês do primeiro ano de projeto.

Os itens 2 e 3 refere-se a compra de máquinas para linha de reciclagem de PET, que

será comprado junto a Ability Equipamentos. A linha de reciclagem terá capacidade de

produção de 90 t/mês (noventa toneladas mês). O custo total dos dois itens, já inclusos o

ICMS,12 será de R$ 138.880,00 (cento e trinta e oito mil e oitocentos e oitenta reais), o

desembolso de caixa foi realizado, 50% (cinqüenta por cento) no primeiro mês, R$ 69.440,00

12 Imposto de Circulação de Mercadorias e Serviços, Imposto Estadual.

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(sessenta e novel mil quatrocentos e quarenta reais), mais três parcelas de R$ 23.146,67 (vinte

e três mil cento e quarenta e seis reais e sessenta e sete centavos).

O Item 4 Setup de máquinas, é referente a vinda de 2 (dois) técnicos do fabricante do

Estado de São Paulo até Belém, onde vão montar e ligar a máquina de reciclagem. Para estes

cálculos foi levado em consideração as passagens aéreas e estadias dos técnicos na cidade

pelo período de 7 dias, não foi levado em contas sua remuneração, visto que, já esta incluso

no valor de aquisição da máquina. O cálculo inclui; 2 (duas) passagens aéreas no trecho

Bel/São/Bel R$ 1.400,00, o total, pela Gol Linhas Aéreas, consultada dia 12/05/2008; 7 (sete)

diárias em hotéis econômicos da cidade para duas pessoas por R$ 1.120,00. O desembolso de

caixa foi realizado em uma única parcela no segundo mês do primeiro ano de projeto.

O Item 5 esta contemplado o frete e seguro das máquinas de reciclagem da cidade de

São Paulo até Benevides no Pará. Foram inclusos os seguintes valores; Frete de caminhão

(carreta 3 eixos) R$ 5.100,00; Seguro da máquina R$ 5.600,00 (5% (cinco por cento) do

custo da máquina); mais taxas administrativas e governamentais. O desembolso de caixa foi

realizado em única parcela no primeiro mês de projeto.

Os Itens 6 e 7 trata-se da compra de equipamentos de informática e softwares de

automação da indústria, (3 notebook, 6 computadores desktop). O desembolso de caixa foi

realizado em duas parcelas de R$ 12.500,00 (doze mil e quinhentos reais), no segundo e

terceiro mês do projeto.

Os itens 8 e 9 referem-se é a compra do terreno e a edificação das obras civis (galpão

de produção e escritórios). O desembolso de caixa foi realizado em uma única vez no

primeiro mês de projeto.

Item 10 refere-se, a todas as instalações elétricas e chaves de segurança para o perfeito

funcionamento dos maquinários de reciclagem. O desembolso de caixa foi realizado em

parcela única no segundo mês de projeto.

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Os itens 11 e 12 referem-se à perfuração de um poço (aproximadamente 50

(cinqüenta) metros de profundidade) e estrutura para armazenamento para 15.000 (quinze mil)

litros de água junto com as instalações hidráulicas. O desembolso de caixa foi realizado em

duas parcelas de R$ 5.750,00 (cinco mil setecentos e cinqüenta reais), no primeiro e segundo

mês de projeto.

O Item 13 contempla a construção do sistema de decantação, ou seja, é o processo de

reaproveitamento da água utilizada no processo de reciclagem. Neste processo estão incluso a

construção de tanques, filtro biológico e uma bomba de água para fazer retornar a água

devidamente filtrada ao sistema de reciclagem. O desembolso de caixa foi realizado em

parcela única no segundo mês de projeto.

Item 14 refere-se, a todas as taxas que são pertinentes a legalização da indústria, tais

como, jucepa, inscrição estadual, cnpj, licença ambiental, alvará e outras. O desembolso de

caixa foi realizado em parcela única no primeiro mês de projeto.

Item 15 capital de giro, será necessário, durante os três primeiros meses (implantação)

para fazer frente a pequenas despesas administrativas e compra de matéria-prima no terceiro

mês. O desembolso de caixa foi realizado em parcela única no terceiro mês de projeto.

Item 16 é o montante financeiro necessário para o investimento inicial na indústria de

reciclagem de Pet na região metropolitana de Belém.

3.1.2 Projeção da Demonstração de Resultados (DRE)

A projeção da DRE da indústria de reciclagem de PET demonstrará se o projeto ora

aqui descrito ira proporciona lucro ou prejuízo.

Será projetada uma previsão de vendas, custos e despesas, necessários para efetiva

realização da DRE.

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Alguns itens são essenciais para elaboração da DRE, uma delas é oferta de matéria-

prima (ou insumo), plástico pós-uso (PET) descartado pela região metropolitana de Belém,

para a composição dos custos da indústria. A necessidade da indústria de reciclagem será de

aproximadamente de 5 t/dia (cinco toneladas dia) de plástico pós-uso (PET), com

funcionamento num período de segunda a sexta feira de 8 às 18h, em média 25 dias por mês.

No item 1.1.8 foi descrito toda a capacidade da região metropolitana de Belém em produzir

plásticos pós-uso (PET), que fica em torno de 36 t/dia (trinta e seis toneladas dia), portanto a

indústria de reciclagem não terá problemas em captar insumos para a sua produção.

Os custos demonstrados na tabela 5 são referentes, aos gastos ocorridos no processo de

produção mensalmente. Nos custos não estão inclusos os custos com estoque de insumos,

visto que, a necessidade de insumos/dia da indústria de reciclagem de PET e de

aproximadamente 17% (dezessete por cento) da oferta de insumos pela região metropolitana

de Belém.

CUSTOS/MENSAL Item Discriminação Qtd Unit (R$) Total (R$)

1 Plástico Pet pós-uso (kg) 125.000 0,50 62.500,00

2 Papelão 10.000 0,10 1.000,00

3 Vidros 10.000 0,10 1.000,00

4 Embalagem Tetra Pack 10.000 0,10 1.000,00

5 Colaboradores (Tabela 6) 9 9.000,00

6 Depreciação da Linha Produção - - 1.867,00

7 Depreciação das Instalações - - 182,29

8 Alimentação pessoal/fornecedor 500 4,00 2.000,00

9 Manutenção da Linha - - 500,00

10 Energia Elétrica - - 5.114,85

11 Total Mensal 84.164,14

Tabela 5 – Custos Mensais Fonte: Elaborado pelos Autores

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O item 1 e a quantidade de PET pós-uso que será necessário para alimentar a indústria

em sua plena capacidade, equação 7:

PETpós-uso = Qtd dias em operação x Qtd necessária de PET/dia

PETpós-uso = 25 x 5000 kg = 125.000 kg ≈ 125 t/mês.

Equação 7 Quantidade de pet Pós-uso Necessário Fonte: Elaborado pelos Autores

Os itens 2,3 e 4 é a quantidade de compra de papelão, conforme especificado neste

projeto, item 1.1.8.

O Item 5 refere-se ao números de colaboradores necessários para que a indústria de

reciclagem tenha um perfeito funcionamento em sua plena capacidade produtiva. A

quantidade de colaboradores e seus respectivos vencimentos e encargos e estão demonstrados

na tabela 6, e foi definida numa proporção de 10 colaboradores para cada tonelada de resíduos

a ser processado mensalmente.

Colaboradores Item Funções/Produção Qtd Salário Total

1 Encarregado de Produção 1 700,00 700,00

2 Operadores de Máquina 2 550,00 1.100,00

3 Operários 6 450,00 2.700,00

4 Sub-Total 4.500,00

5 Encargos Sociais 100% 4.500,00

6 Total 9.000,00 Tabela 6 – Colaboradores Fonte: Elaborado pelos Autores

O Item 6 a depreciação da linha de reciclagem (maquinário), que tem vida útil de 5

anos (60 meses), e valor de aquisição de R$ 112.000,00 equação 8.

[�\��!]�çã���&`� �% %���a%b � $��� �� % ��V�b%&������ ú��� %b b%'%'

[�\��!]�çã���&`� �% %���a%b � 112.000,0060 � 1.866,00 d 1.867,00

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Equação 8 – Depreciação da Linha de Reciclagem Fonte: Elaborado pelos Autores O Item 7 refere-se a depreciação das instalações físicas da indústria de reciclagem, que

tem sua depreciação dividida entre os custos e despesas administrativas. A Depreciação física

1, corresponde aos itens 9, 10 e 12, tem sua vida útil estimada em 20 anos (vinte). A

Depreciação física 2, corresponde aos itens 11 e 13, que tem sua vida útil estimada em 10

anos (dez), tabela 4, equação 9.

[�\��!]�çã�W�'�� . � efghi jfk lmk-fgfçõokeljf ú-lg op pokok

<

[�\��!]�çã�W�'�� . � QL.qrr,rr

NQr< � .s<,t<

< � 86,46 [�\��!]�çã�W�'�� < � ...M55,55.<5 � 95,83

[�\��!]�çã� ����� � [�\��!]�çã�W�'�� . : [�\��!]�çã�W�'�� <

[�\��!]�çã������ � 86,46 : 95,83 � 182,29

Equação 9 – Depreciação Física Fonte: Elaborado pelos Autores

O Item 8 refere-se a quantidade de refeições que será servida mensalmente. Nesta

quantidade inclusos os 9 (nove) funcionários da indústria e catadores autônomos.

Item 9 refere-se ao valor que vai ser utilizado para manutenção da máquinas da linha

de reciclagem da indústria.

Item 10 é referente ao consumo mensal de energia elétrica. O cálculo do consumo foi

realizado com base nas informações da Annel – Agência Nacional de Energia Elétrica,

utilizando-se a medida de Mwh (unidade de medida de energia elétrica) no valor de R$

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219,71 (valor de referência no ano de 2007). O consumo da linha de produção é de 97 Kw/h

(noventa e sete quilowatts hora), informado pelo fabricante, a este consumo foi realizado um

acréscimo de 20% (vinte por cento) referente ao consumo do prédio da área administrativa, e

da utilização do sistema de reciclagem da água, totalizando 116,4 Kw/h. Após a conversão

chegou-se a um consumo total de 23,28 Mwh (vinte e três vírgula vinte e oito megawats)

mensal. A indústria vai funcionar 25 dias mensais, 8 horas por dia, (ver equação 10.).

4�YZ �� ��YZ�vwx` � "97 yz{ � 8 � 25# � 1,20 � 23.280 yz{

4�YZ �� ��YZ�v|x` � <=.<O5 wx`.555 � 23,28 �z{

4�YZ �� ��YZ�vK$ � 23,28 �z{ � �$ 219,71 � �$ 5.114,85

Equação 10 – Consumo Mensal de Energia Elétrica. Fonte: Elaborado pelos Autores

As despesas descritas na tabela 7 são todas referentes à manutenção do negócio da

indústria de reciclagem, ou seja, as despesas necessárias para que a indústria em sua plena

capacidade produtiva, tais como: administrativas (com pessoal e material de expediente),

despesas comerciais (de compras e vendas de matéria-prima), manutenção de veículo da

indústria, logística da entrega dos produtos (fretes para os grandes centros demandadores do

produto), e embalagens dos produtos acabados produzidos pela indústria de reciclagem. Estas

despesas vão ocorrer ao longo de todo o projeto (cinco anos), sendo reajustados a partir do

segundo ano pela IPCA13 de 4,5% (quatro vírgula cinco por cento), planilha em anexo.

DESPESAS/MENSAL Item Discriminação Qtd Unit (R$) Total (R$)

1 Despesas Administrativas 1.1 Administradores 3 1.500,00 4.500,00

13 Índice de Preço ao Consumidor.

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1.2 Motorista 1 650,00 650,00 1.3 Secretária 1 500,00 500,00 1.4 Vigia 2 800,00 1.600,00 1.5 Encargos Sociais 100% - 7.250,00 1.6 Contador (contratado) 1 - 850,00 1.7 Gastos Administrativos - - 500,00 1.8 Depreciação (Administrativo) - - 86,46 1.9 Sub-Total 15.936,46 2 Despesas Comerciais

2.1 Depreciação do Caminhão - - 333,33 2.2 Manutenção do Caminhão/Diesel - - 500,00 2.3 Frete do Produto Acabado 3 5.100,00 15.300,00 2.4 Big Bags 90 15,00 1.350,00 2,5 Sub-Total - - 17.483,33

10 Total (Mensal) 33.419,79 Tabela 7 – Despesas Mensais Fonte: Elaborado pelos Autores O Item 1.1 é referente aos administradores que irão presidir e coordenar a empresa

conforme descrito no item 1.1.6.1 “organograma” deste projeto.

O Item 1.2, 1.3 e 1.4 refere-se aos colaboradores administrativos. As informações

referentes aos salários foram fornecidas pelos seus respectivos sindicatos de classe.

O Item 1.5 refere-se aos encargos sociais que incidiram nos itens 1.1, 1.2, 1.3 e 1.4.

O Item 1.6 refere-se à contratação de um contador autônomo. Foi utilizado com índice

o salário mínimo e arredondado.

O Item 1.7 estão relacionados os gastos com material de expediente, telefone e internet

para toda indústria de reciclagem.

O Item 1.8, refere-se a depreciação do prédio da área administrativa, que foi calculado

na equação 9.

O Item 2.1 a depreciação do caminhão, descrito no item 1 da tabela 7, tem sua vida útil

estimada em 10 (dez) anos, equação 13.

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[�\��!]�çã�,�b�&`ã� � ���� �% � ��'�çã�$��� ú��� %b b%'%'

[�\��!]�çã�,�b�&`ã� � >5.555,55.<5 � �$ 333,33

Equação 11 – Depreciação do caminhão Fonte: Elaborado pelos Autores

Item 2.2 refere-se a manutenção e consumo mensal de óleo diesel.

Item 2.3 é o valor referente ao frete dos produtos acabados, ou produtos finais da

indústria de reciclagem. A necessidade de se ter este valor é em virtude de os grandes

demandadores do produto final da indústria estarem localizados na região Sudeste e Sul do

País. Em virtude da concorrência destas regiões, obriga a indústria de reciclagem da região

metropolitana de Belém a colocar seus produtos “CIF” para seus clientes. Ponderamos que a

produção total da indústria seja de 115 t/mês (cento e quinze toneladas mês), de todos os seus

itens produzidos, faremos uso de 3 carretas de três eixos, cada uma com capacidade de 40 t

(quarenta toneladas).

Item 2.4 refere-se a compra de big bags, que são grandes sacolas, onde será embalado

o plástico PET processado pela |indústria de reciclagem, com capacidade de 1000 kg cada

(hum mil quilos cada). Para este cálculo foi considerado a compra de big bags usados e

higienizados, o que são mais baratos.

Para completar os dados necessários para projeção da DRE, vamos definir a projeção

das vendas, dado de suma importância para DRE. Tabela 8.

VENDAS/MENSAL Item Discriminação Qtd Unit (R$) Total (R$)

1 Plástico Pet em Flakes 90.000 1,70 153.000,00

2 Plástico Pet Prensado 10.000 1,10 11.000,00

3 Vidros 10.000 2,50 25.000,00

4 Papelão Prensado 10.000 0,55 5.500,00

5 Embalagem Tetra Pack Prensada 10.000 0,50 5.000,00

6 Sub-Total 199.500,00

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Tabela 8 – Projeção de Venda Fonte: Elaborada pelos Autores

A indústria de reciclagem da região metropolitana de Belém foi enquadrada como

empresa de pequeno porte (EPP), de acordo com a Lei Complementar 123 de 14 de dezembro

de 2006 ARt. 3º, que trata do enquadramento e alíquotas das empresas no “Simples

Nacional”, somente no primeiro ano de atividade.

Art. 3º Para os efeitos desta Lei Complementar consideram-se microempresas ou empresas de pequeno porte a sociedade empresária, a sociedade simples e o empresário a que se refere o art. 966 da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002, devidamente registrados no Registro de Empresas Mercantis ou no Registro Civil de Pessoas Jurídicas, conforme o caso, desde que: II - no caso das empresas de pequeno porte, o empresário, a pessoa jurídica, ou a ela equiparada, aufira, em cada ano-calendário, receita bruta superior a R$ 240.000,00 (duzentos e quarenta mil reais) e igual ou inferior a R$ 2.400.000,00 (dois milhões e quatrocentos mil reais). (SEFA/PA, WWW.SEFA.PA.GOV.BR LEI COMPLEMENTAR Nº 123, DE 14 DE DEZEMBRO DE 2006).

A partir da mensuração dos valores de custos, despesas e previsões de vendas,

podemos obter a partir destes valores a projeção do Demonstrativo de Resultados de Exercício

– DRE, nde observaremos o lucro líquido gerado no primeiro no de atividade. Tabela 9.

DRE Mensal Item Discriminação Total (R$)

1 Receita Operacional Bruta 199.500,00 2 (-) Icms - 3 (=) Receita Líquida 199.500,00 4 (-) Custos 84.164,14 5 (=) Lucro Bruto 115.335,86 6 (-) Despesas 33.419,79 7 (=) Lajir (Lucro antes dos juros e IRPJ) 81.916,07 8 (-) Despesas Financeiras - 9 (+) Receitas Financeiras - 10 (=) Lucro Líquido (antes do IPJ e CSLL) 81.916,07 11 (-) Simples Nacional/IRPJ (12,11%) 9.920,04

12 Lucro Líquido 71.996,03 13 Depreciação 18.443,61 14 Fluxo de caixa Operacional 90.439,64

Tabela 9 – Demonstrativo de Resultados do Exercício DRE

Fonte: Elaborado pelos Autores

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Item 1 refere-se ao valor bruto das vendas realizadas pela indústria de reciclagem da

região metropolitana de Belém.

Item dois, ICMS, foi isento apenas do primeiro ano, pois a indústria se enquadra com

Empresa de Pequeno Porte - EPP, portanto, fazendo jus ao Simples Nacional. A partir do

segundo ao quinto ano deixa de ser empresa EPP, portanto, passa incidir ICMS de 12% (doze

por cento).

Item 4, refere-se aos custos ligados a produção, calculados na Tabela 5 – Tabela

Custos Mensais

Item 6, trata-se das despesas administrativas e comerciais calculada na tabela 7 –

Tabela de Despesas mensais.

Item 11 refere-se ao “Simples Nacional - Regime Especial Unificado de Arrecadação

de Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte”, que

unifica os seguintes impostos, IRPJ, IPI, CSLL, COFINS, PIS/PASEP, INSS, ICMS E ISS,

que vai enquadrar a indústria apenas no primeiro ano com a alíquota de 12,11% (doze vírgula

onze por cento). Do segundo ao quinto ano, passa para tributação de IRPJ - Lucro Presumido,

com alíquota de 30,65% (trinta vírgula sessenta e cinco por cento).

Item 12 é a projeção do Lucro líquido que a indústria de reciclagem vai obter a partir

do quarto mês do primeiro ano, se todas as definições e orientações deste projeto forem

devidamente aplicadas, ou seja, vai obter um lucro líquido mensal de R$ 71.996,03 (setenta e

hum mil novecentos e noventa e seis reais e três centavos).

3.1.3 Índices Econômicos

A finalidade da DRE é divulgar tanto a posição de uma empresa em um ponto do

tempo quanto suas operações no decorrer de um determinado período. No entanto, o valor real

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da DRE está no fato de que elas podem ser usadas para ajudar a prever os lucros futuros da

empresa, através dos índices econômico-financeiros.

Dentre os índices econômico-financeiros foram utilizados os índices de lucratividade;

a Taxa de retorno sobre Ativo (ROA) e a Margem de Lucro (ML).

ÍNDICES DE LUCRATIVIDADE Item Índices Valor (%)

1 ROA 16,11

2 Margem de Lucro 36,09

Tabela 10 – Índices de Lucratividade Fonte: Elaborada pelos Autores A taxa de retorno sobre o ativo total (ROA), também chamada de retorno sobre

investimento, mensura a eficiência da indústria de reciclagem em gerar lucros com seus ativos

disponíveis. O ROA foi calculado conforme equação 1.

��� � � ��� �í ���� ����� �� ����� #� � 100

��� � � K$ s..tt},5=K$ >>s.555,55 � � 100 � 16,11%

Equação 1 Fonte: Elaborado pelos Autores

O cálculo da ROA realizado para indústria de reciclagem na região metropolitana de

Belém, utilizou o lucro líquido (tabela 9 - DRE item 12) e o total do Ativo (tabela 4 –

Investimento Inicial item 16), é ficou em 16,11% a.m. (dezesseis vírgula onze por cento), o

que se pode dizer que equivale a 500,39% a.a. (quinhentos vírgula trinta e nove por cento).

Esta é a capacidade que a indústria tem de gerar lucro com o seu ativo total. De acordo com

os índices econômicos, quanto maior for o ROA, melhor para indústria de reciclagem.

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Ouro índice é a “Margem de Lucro”, tem a finalidade de mensurar à percentagem de

cada real proveniente das vendas após todos os custos e despesas, incluindo juros e impostos

de renda, terem sido deduzidos, ou seja, é quanto sobra para indústria de reciclagem de cada

Real vendido após todas os custos, despesas e impostos, equação 2.

������ � !�� "��# � ���� �í ���� $%&��' � � 100

������ � !�� "��# � � s..tt},5=.tt.M55,55� � 100 � 36,09%

Equação 2 Fonte: Elaborado pelos Autores

Assim como a ROA, quanto maior a margem de lucro melhor, e neste projeto a

margem de lucro da indústria de reciclagem será de 36,09% a.a (trinta e seis vírgula zero nove

por cento) ou seja, cada 1 real de vendas depois dos custos e despesas sobrará R$ 0,36.

3.2 Viabilidade Financeira

Enquanto a viabilidade econômica está preocupada com o desenvolvimento de lucro

da indústria de reciclagem, a viabilidade financeira vem se preocupar com a geração de caixa,

ou seja, os fluxos de caixas ao longo do período deste projeto.

Os fluxos de caixa são os principais dados financeiros que irão fornecer suporte as

análises de: VPL – Valor Presente Líquido, TIR – Taxa Interna de retorno e Payback.

3.2.1 Fluxos de Caixa Operacionais - FCO

Ao analisar o projeto de investimento da indústria de reciclagem de plásticos (PET),

somente interessa-se por entradas e saídas de caixa, ou seja, movimentos de dinheiro. Os

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fluxos de caixa constituem a matéria-prima com base na qual é avaliada a rentabilidade

esperada de um projeto de investimento.

O fluxo de caixa da indústria de reciclagem de PET da região metropolitana de Belém,

foi projeto pelo período de 5 (cinco) anos, tabela 11.

No primeiro ano o total foi apurado integralmente através de planilha eletrônica, mês a

mês, (planilha em anexo), portanto o fluxo de caixa do primeiro ano é realista. Do segundo ao

quinto ao ano, os fluxos foram realizados pelos totais anuais de entradas e saídas. Para estes

anos foi realizada uma projeção de aumento de produção, baseada na pesquisa do 3° censo de

Reciclagem de PET no Brasil – 2006/2007, (ver item 2.2.1), e com base no cenário mundial

de aumento de preservação ambiental, a reciclagem, principalmente de PET, que vai ser

alavancada nós próximos anos, realizou-se um incremento de 15% (quinze por cento) ao ano,

do segundo ao quinto ano de produção da indústria de reciclagem da região metropolitana de

Belém. Este incremento irá ser aplicado somente nos produtos prensados, ou seja, plásticos e

embalagens Tetra Pack (ver item 1.1.2), pois a produção de flakes já esta na sua capacidade

total de produção.

Ressalta-se que o que o primeiro ano, tabela 11, os valores são integrais (realizados) e

os demais projetados com base na TJLP. Os fluxos foram elaborados com auxilio de uma

planilha eletrônica (Excel).

Para análise deste projeto, o investimento inicial demonstrado na tabela 4 item 16, foi

realizado como fluxo de saída de caixa e não retornará como fluxo de entrada de caixa, visto

que, durante os três primeiros meses a indústria não terá capacidade de gerar receita

operacional. Desta Forma, este capital de giro funciona como “pulmão” da DRE.

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Fluxo de caixa Operacional - FCO (em

R$) 1° Ano 2° Ano 3° Ano 4° Ano 5° Ano Item Descrição Total Total Total Total Total

1

(=) Lajir (Lucro antes dos juros e IRPJ) 737.244,63

682.118,24

658.583,98

622.780,86

571.895,21

2 (+) Depreciação 21.356,25

28.474,92

28.474,92

28.474,92

28.477,92

3

(=) Lucro Líquido (antes do IRPJ e CSLL) 758.600,88

710.593,16

687.058,90

651.255,78

600.373,13

4 (-) Impostos 89.280,32

209.069,24

201.855,99

190.882,33

175.285,88

5 Fluxo de Caixa Operacional 669.320,56

501.523,92

485.202,91

460.373,45

425.087,25

Tabela 11 – Fluxos de Caixas Anuais Fonte: Elaborado pelos Autores. 3.2.2 Valor Presente Líquido (VPL)

Para o cálculo do valor presente líquido, é necessária a definição prévia da taxa de

desconto ou Taxa Mínima de Atratividade - TMA. A TMA utilizada neste projeto será a TJLP

com valor de 6,25% a.a. (seis vírgula vinte e cinco por cento), a ser utilizada nos fluxos de

caixa, ao descontar todos os fluxos de entradas e saídas de caixa de um investimento por uma

taxa de desconto mínima aceitável pela empresa.

O cálculo do VPL neste projeto tem finalidade de demonstrar se este projeto esta

agregando valores para o proprietário ou investidor deste projeto. De forma mais ampla, o

VPL vai trazer os fluxos futuros de entrada de caixa para o valor presente, para verificar se o

investimento vale mais no mercado do que seu custo. Abaixo se apresenta o provável VPL

deste projeto, com a utilização de planilha eletrônica (Excel). Tabela 12.

Mês Fluxo de Caixa 0 -447.000,00 1 669.320,56 Taxa de Desconto => 6,25% 2 501.523,92 3 485.202,91 VPL => R$ 1.706.889,15 4 460.373,45 5 425.084,25 TIR => 130,58%

Tabela 12 – Valor Presente Líquido – VPL e Taxa Interna de Retorno – TIR. Fonte: Elaborado Pelos Autores (Excel)

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Portanto podemos afirmar que o VPL no valor de R$ 1.706.889,15 (um milhão,

setecentos e seis mil oitocentos e oitenta e nove reais e quinze centavos) é um valor positivo e

esta agregando valores ao proprietário ou acionista que vier a investir na indústria de

reciclagem da região metropolitana de Belém, ou seja, o investimento inicial será recuperado

e com incremento de algo mais.

3.2.3 Taxa Interna de Retorno (TIR)

A Taxa Interna de Retorno (TIR), é a taxa capaz de igualar os fluxos de caixa futuros

descontados ao desembolso inicial, ou seja, é os fluxos de caixa futuros menos o investimento

inicial e quando a taxa de desconto quando o VPL é igual a zero.

A TIR calculada para este projeto foi de 130,58% (cento e trinta vírgula cinqüenta e

oito por cento).

Para o cálculo da TIR, foi utilizado a planilha eletrônica do Excel, e os resultados

estão na tabela 12 – Valor Presente Líquido (VPL).

3.2.4 Payback

O cálculo do Payback vai demonstrar em quanto tempo se dará o retorno do capital

investido, ou seja, é quando o valor integral do investimento inicial terá retornado ao

proprietário ou investidores da indústria de reciclagem.

Para o cálculo do Payback, e necessário o acumulo do fluxo de caixa até que o valor

do investimento seja recuperado. Neste projeto em particular não houve a necessidade de se

acumular vários projetos, visto que, o valor do Investimento Inicial é menor do que a fluxo de

caixa do primeiro ano de atividade da indústria de reciclagem. Tabela 13.

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Payback - Metodologia "efetivo"

Alternativa "A"

Investimento Inicial => 447.000,00

Ano Entradas de Caixa

1 665.623,60

2 619.716,31

3 600.277,38

4 570.180,90

5 526.973,60

Período de Payback 0,6 anos

Tabela 13 – Payback Fonte: Elaborado Pelos Autores (Excel)

Portanto o período de payback de projeto é de aproximadamente 0,6 anos ou 6 meses,

tempo este que o proprietário ou investidor que aplicar recursos financeiros na indústria de

reciclagem na região metropolitana de Belém, terá o retorno de seu investimento.

Para melhor detalhar o Payback utilizamos a equação 6 e gráfico 5 para explicar:

)�ST�!U � ~�v�� � ��! \�����v �� �� !�]��

)�ST�!U � 447.000,00665.623,60 � 0,67 d 0,6 �Y�Z

Equação 6 Fonte: Assaf Neto (2006, p.310)

Gráfico 5 – Período de Payback Fonte: Elaborado pelos Autores.

Payback

Meses

665.623,60 619.716,31

447.000,00

600.2177,38 570.180,90 526.973,60

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4. Considerações Finais

Diante do estudo realizado observamos a importância que tem a efetivação de uma boa

pesquisa na análise econômica e financeira, notamos também que esta é imprescindível para

que as empresas e as pessoas tenham subsídios que o auxiliem na tomada de decisão de

investimento ou não na indústria de reciclagem de PET na região metropolitana de Belém.

A fundamentação teórica utilizada para dar suporte a este projeto veio basicamente de

sítios, entidades ligadas à reciclagem, associações de fabricante de plástico, fabricante de

refrigerantes, cooperativas de catadores de lixo entre outras. A literatura cientifica sobre o

assunto de reciclagem de PET, infelizmente ainda é escassa, por este motivo esta estudo foi

embasado em sua maioria com informações publicadas em sítios na internet. A questão

financeira foi toda embasada em estudos e livros especializados no assunto.

Em nossas pesquisas identificamos que o Brasil ocupa atualmente o segundo lugar no

ranking mundial de reciclagem de garrafas PET, chegando ao índice de 51,3% (cinqüenta e

um vírgula três por cento) das embalagens de PET pós-uso, ver item 2.2.1.

Observamos que a reciclagem de PET é um mercado promissor, e altamente rentável

visto que, as empresas transformadoras (principalmente as fabricantes de utilidades plásticas),

indústria têxtil, indústria de tintas, estão cada vez mais utilizando matéria-prima reciclada de

PET na composição de seus produtos, em substituição a matéria prima virgem, que tem

origem no petróleo e altos custos.

Outro aspecto importante observado no estudo é a falta de uma coleta seletiva

adequada na região metropolitana de Belém, o que ocasiona a impossibilidade da aplicação da

logística reversa por parte dos fabricantes e recicladores, ver item 2.5.

O objetivo principal deste estudo foi realizar uma análise para verificar a viabilidade

econômica e financeira quanto a implantação de uma indústria de reciclagem de PET na

região metropolitana de Belém.

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Foram utilizados neste estudo técnicas de análises econômicas e financeiras, onde

encontramos os seguintes resultados: O Investimento Inicial necessário para a implantação

deste estudo foi o montante de R$ 447.000,00 (quatrocentos e quarenta e sete mil reais),

considera-se um valor de investimento baixo, quando comparado com outras Indústrias de

reciclagem. Ainda na análise econômica utilizamos os índices de lucratividade; o ROA que

mede a capacidade da Indústria de gerar lucros com seus ativos, onde foi encontrado um ROA

de 16,55% (dezesseis vírgula cinqüenta e cinco por cento), ou seja, a Indústria irá gerar este

percentual em lucro com utilização do investimento inicial devidamente aplicado. Outro

índice de lucratividade é a Margem de Lucro, onde foi encontrado um percentual de 36,09%

(trinta e seis vírgula zero nove por cento), onde podemos demonstrar que, para cada 1 real em

vendas depois de descontados os custos e despesas a indústria terá um lucro de R$ 0,37 (trinta

e sete centavos).

Já na análise financeira foi mensurado através da DRE, onde ficou demonstrado que a

indústria de reciclagem terá um lucro líquido mensal no primeiro ano de atividade de R$

71.996,03 (setenta e um mil, novecentos e noventa e seis reais e sessenta centavos)

totalizando um montante anual de R$ 647.964,31 (seiscentos e quarenta e sete mil novecentos

e sessenta e quatro reais e trinta e um centavos), considera-se neste primeiro ano apenas 9

meses de produção e quatro meses de implantação. Do segundo ao quinto ano todos os

valores de custos e despesas foram atualizados pela IPCA, de 4,5% a.a. (quatro vírgula cinco

por cento), onde obtivemos um montante anual líquido de R$ 473.049,00 (quatrocentos e

setenta e três mil e quarenta e nove reais), R$ 456.727,99 (quatrocentos e cinqüenta e seis mil

setecentos e vinte e sete reais e noventa e nove centavos), R$ 431.898,53 (quatrocentos e

trinta um mil oitocentos e noventa e oito reais e cinqüenta e três centavos) e R$ 396.609,33

(trezentos e noventa e seis mil seiscentos e nove reais e trinta e três centavos)

respectivamente. Os valores do segundo ano em diante foram menores em virtude da

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tributação, pois, no primeiro ano a indústria se enquadrará no Simples Nacional com alíquota

de 12,11% (doze vírgula onze por cento), a partir do segundo ano, em virtude do aumento do

faturamento, ela passa a se enquadra como empresa com Lucro Presumido, passando a pagar

ICMS 12% (doze por cento) e IRPJ 15% (quinze por cento), PIS 0,65% (zero vírgula sessenta

e cinco por cento), COFINS 3% (três por cento), CSLL 12% (doze por cento).

Outro índice fundamental nesta análise foi o Valor Presente Líquido – VPL a Taxa

Interna de Retorno - TIR, onde através dos fluxos de caixa encontrado na DRE, com uma taxa

de desconto de 6,25% (seis vírgula vinte e cinco por cento), a TJLP, encontramos um VPL de

R$ 1.706.889,15 (um milhão, setecentos e seis mil oitocentos e oitenta e nove reais e quinze

centavos), e uma TIR de 130,58% (cento e trinta vírgula cinqüenta e oito por cento).

O VPL positivo, depois de descontados os investimentos iniciais, junto com a TIR nos

mostra que o projeto é aconselhável e viável de investimento.

O Payback encontrado foi de 0,6 anos, o que nos indica o tempo de retorno dos

investimentos inicias aplicados no projeto.

Portanto concluímos que é recomendável a implantação da Indústria de Reciclagem na

região metropolitana de Belém em favor dos seus altos índices de lucratividade, 36,09%

(trinta e seis vírgula zero nove por cento), e o investimento inicial de 69% (sessenta e nove

por cento) do lucro líquido anual do primeiro ano de vida.

E em virtude do mercado de reciclagem está em plena expansão no país, ainda mais se

levarmos em consideração que o Governo Brasileiro está em fase de liberação da utilização de

matéria-prima reciclada de PET, na fabricação de novas embalagens alimentícias, o que já é

permitido em países como Alemanha e Estados Unidos, esta liberação com certeza irá

aumentar a demanda por este tipo de matéria-prima reciclada.

Outro ponto principal de recomendação deste projeto está no seu tempo de retorno do

capital investido que será de aproximadamente 6 meses.

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Recomendamos ainda que este projeto seja reavaliado, após os 5 anos de estudo deste

projeto, no sentido de que sejam feito implantações de novas linhas de produtos reciclados

tais como, o isopor, visto que, este material já dispõe de tecnologia de reciclagem, o que

também vem aumentar o faturamento da indústria.

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REFERÊNCIAS:

ASSAF NETO, Alexandre. Finanças Corporativas e Valor. 2. Ed., 2 reimpressão. São Paulo: Atlas, 2006. BALLOU, Ronald H. Logística Empresarial: Transportes, Administração de Materiais e Distribuição Física; tradução Hugo T. Y. Yoshizaki. São Paulo: Atlas, 1993. GITMAN, Lawrence Jeffrey. Princípios de Administração Financeira. 10 Ed. São Paulo: Pearson Addison Wesley, 2004. GOMES, RIBEIRO, Carlos Francisco Simões e Proscilla Cristina Cabral. Gestão da Cadeia de Suprimentos: Integrada à Tecnologia da Informação. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2004. JÚNIOR, Antônio Barbosa Lemes; RIGO,Cláudio Miessa; CHEROBIM, Ana Paula Mussi Szabo. Administração Financeira: princípios, Fundamentos e Práticas Brasileiras. 2 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005. 2º reimpressão. LEITE, Paulo Roberto. Logística Reversa: meio ambiente e competitividade. 1. ed. São Paulo: Prentice Hall, 2003. ISBN : 85-879.186-21 ROESCH, Sylvia Maria Azevedo. Projeto de Estágio e de pesquisa em Administração. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2007. ABEPET. Associação Brasileira de Fabricantes de Embalagens PET. Seção O que é Pet. Disponível em: <http://www.abepet.com.br/oqepet.php>. Acesso em: 13 out. 2007. AMBIENTE BRASIL, Composição do Lixo Doméstico/Urbano. Disponível em: <www.ambientebrasil.com.br/noticias/index.php3?action=ler&id=37410>. Acesso em 05 mai 2008. ANEEL, Aneel – Agência Nacional de Energia Elétrica. Espaço do Consumidor. Disponível em: < www.aneel.gov.br>. Acesso em: 11 mai. 2008. ASLOG. Associação Brasileira de Logística. Seção Artigos e Cases. Disponível em: <http://www.aslog.org.br/artigo.php?id=20 >. Acesso em: 25 out. 2007.

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BAHIAPET. Bahia Pet. 2007. Seção O PET e a Reciclagem. Disponível em: <http://www.bahiapet.com.br/recpro.html >. Acesso em: 06 out. 2007. BASF. Indústria Química Basf. Disponível em: http://www.basf.com.br. Acesso em 10 fev 2008. CEMPRE. Compromisso Empresarial para Reciclagem. Disponível em: < http://www.cempre.org.br> Acesso em 10 out 2007. ENKA. Enka de Colômbia S.A. Disponível em: < http://www.enka.com.co/enka/index.php/es/content/view/full/149>. Acesso em: 25 out. 2007. FORMOLD. Formold Indústria e Comércio. Seção Moldes para Sopro. Disponível em: < http://www.formold.com.br>. Acesso em: 25 out. 2007. IBGE, Pnsb 2000 - Pesquisa Nacional de Saneamento Básico, Lixo. Disponível em: <www.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/27032002pnsb.shtm>. Acesso em: 06 mai 2008. IBGE, Pesquisa Nacional de Saneamento Básico, Tabela 110. Disponível em: < www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/condicaodevida/pnsb/lixo_coletado/lixo_coletado110.shtm >. Acesso em: 06 mai 2008.

MANO, E.B. et al. Jornal do Plástico, Niterói, n.º 794/795, 1991.

MOURA, R. A. & BANZATO, J. M. Embalagem, Unitização & Conteinerização. Vol. 3, 2 ed. Imam: São Paulo, 1997. SOUZA, D. C. Estudo de viabilidade econômica. Itajubá, 20 fev. 2004. Disponível em: <http://www.mba.uniefei.edu.br/TCCMBADDomicio.pdf>. Acesso em: 17 mai 2008. TJLP, Consulta da Taxa Tjlp. Banco Central do Brasil. Disponível em: http://www.bcb.gov.br/?INDECO. Acesso em: 17 mai 2008. UNITED NATIONS, Nações Unidas. Disponível em: http://www.un.org. Acesso em:9 de Abr 2008.

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ANEXOS

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Listas de Figuras

Figura 1 Organograma

Figura 2 Esquema de Reciclagem de PET

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Listas de Tabelas

Tabela 1 Densidade Demográfica da Região Metropolitana de Belém.

Tabela 2 Consumo de PET em Embalagem.

Tabela 3 Período de Payback.

Tabela 4 Investimento Inicial.

Tabela 5 Custos Mensais.

Tabela 6 Colaboradores.

Tabela 7 Despesas Mensais.

Tabela 8 Projeção de Vendas.

Tabela 9 Demonstração de Resultados de Exercício – DRE.

Tabela 10 Índices de Lucratividade.

Tabela 11 Fluxos de Caixa Anuais.

Tabela 12 Valor Presente Líquido- VPL e Taxa Interna de Retorno – TIR.

Tabela 13 Payback

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Listas de Gráficos

Gráfico 1 Reciclagem de PET.

Gráfico 2 Taxa de Reciclagem de PET.

Gráfico 3 PET Reciclados – Usos Finais em 2006.

Gráfico 4 PET Reciclados – Usos Finais Têxteis em 2006.

Gráfico 5 Períodos de Payback.

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Listas de Equações

Equação 1 Retorno do Ativo – ROA.

Equação 2 Margem de Lucro – ML.

Equação 3 Valor Presente Líquido – VPL.

Equação 4 Taxa Interna de Retorno – TIR

Equação 5 Taxa Interna de Retorno Total – TIRtotal

Equação 6 Payback.

Equação 7 Quantidade de PET Pós-Uso Necessário.

Equação 8 Depreciação da Linha de Reciclagem.

Equação 9 Depreciação Física.

Equação 10 Consumo Mensal de Energia Elétrica.

Equação 11 Depreciação do Caminhão.

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Listas de Planilhas

Planilha 1 Investimento Inicial

Planilha 2 Custos

Planilha 3 Despesas

Planilha 4 Vendas

Planilha 5 Demonstrativo de Resultados de Exercício - DRE

Planilha 6 Índices de Lucratividade

Planilha 7 Fluxo de Caixa Operacional – FCO

Planilha 8 Valor Presente Líquido – VPL e Taxa Interna de Retorno – TIR

Planilha 9 Payback

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Fotos

Foto 1– Resina de pet (Virgem) Fonte: Abepet

Foto 2 – Resina de pet (Virgem) Fonte: Enka Colômbia

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Foto - 3 Formas de Garrafas Pet Fonte: Formold

Foto 5 - Pré-formas PET de 16 gramas para garrafas de refrigerantes e água mineral de até 350ml com gás, e até 500 ml sem gás.

Foto 4 – Pré-formas PET de 49 gramas para garrafas de refrigerantes e água mineral de até 2 litros.