anÁlise da provinha brasil matemÁtica/ 2011 · a população do 2º ano em distorção idade-ano...
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PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL
SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO SUPERINTENDÊNCIA DE GESTÃO ESTRATÉGICA
DIVISÃO DE AVALIAÇÃO
AANNÁÁLLIISSEE DDAA PPRROOVVIINNHHAA BBRRAASSIILL MMAATTEEMMÁÁTTIICCAA// 22001111
CAMPO GRANDE, FEVEREIRO DE 2012.
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Dr. Nelson Trad Filho Prefeito Municipal de Campo Grande Edil Albuquerque Vice Prefeito Municipal de Campo Grande Maria Cecilia Amendola da Motta Secretária Municipal de Educação Cícero Rosa Vilela Secretário-Adjunto Soraya Regina de Hungria Cruz Superintendente de Gestão Estratégica Márcia Regina Teixeira Mortari Végas Coordenadora de Planejamento e Avaliação
Equipe Técnica de Avaliação
André Dioney Fonseca
Inez Nazira Abrahão Barbosa
Luiz Carlos Tramujas de Azevedo
Maria Elisabete Cavalcante
Maria Fernanda Borges Daniel de Alencastro
Mônica Aparecida Fuzetto Paschoal
Vânia Lúcia Ruas Chelotti de Moraes
Rosangela de Fátima Rocha dos Reis
Apoio técnico
Márcio Flávio Xavier da Silva Daniel Vaz dos Santos
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INTRODUÇÃO
As crianças, no seu dia a dia, interagem com notações de diferentes sistemas
simbólicos, dentre eles os sistemas numéricos. Nestas interações elas constroem
conhecimentos, hipóteses e produzem escritas representativas destas hipóteses.
O Sistema Numérico constitui em si um domínio cognitivo, um objeto de
conhecimento com propriedades que a criança precisa reconstruir mentalmente. No
contexto escolar os conhecimentos matemáticos são apresentados às crianças em
partes fragmentadas, como um quebra-cabeça, que deve juntá-las, para compreender
o significado do todo.
Os significados relacionados às partes de um todo, dependem das percepções e
experiências anteriores e dos sentidos que lhe foram atribuídos. Segundo Lipman
(2001, p.24), “a informação pode ser transmitida, as doutrinas podem ser incutidas, os
sentimentos podem ser compartilhados – mas os significados têm que ser
descobertos”. Essas descobertas são realizadas a partir de construções mentais que
podem ser mediadas pelo professor que realiza as inferências e interligações que a
criança ainda não é capaz de realizar para a compreensão da parte-todo.
Além disso, a relação parte-todo é carregada de sentidos e significados próprios,
e devem ser considerados pelo professor nas experiências escolares como ponto de
partida para novas descobertas e ressignificações, e assim, a consecução dos
objetivos pretendidos.
Cabe a escola estabelecer as condições e oportunidades às crianças refletirem
sobre os significados construídos por elas, a pensarem sobre esses significados. A
função primordial da escola é ensiná-las a pensarem por si mesmas, pois, o pensar as
habilita a captar significados.
A seguir, destacamos a análise dos dados da Provinha Brasil de Matemática no
ano de 2011 e alguma reflexões acerca do ensino da matemática e dos mecanismos
de aprendizagem.
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1- DADOS SOBRE A APLICAÇÃO DA PROVINHA BRASIL
DE MATEMÁTICA
1.1- COMPETÊNCIAS E HABILIDADES AVALIADAS
A Provinha Brasil é uma avaliação diagnóstica do nível de alfabetização em
Língua Portuguesa e em Matemática das crianças matriculadas no segundo ano de
escolarização das escolas públicas brasileiras. Como instrumento para o diagnóstico
do ensino-aprendizagem (aluno x conhecimento), a Provinha Brasil é utilizada para
saber a curto tempo, o grau de domínio das habilidades previstas nesta etapa de
escolarização.
A 1ª Provinha Brasil de Matemática foi realizada em outubro de 2011, e produziu
um diagnóstico da aprendizagem das crianças.
A aprendizagem é um processo que subentende etapas construídas pelo aprendiz
e que nem sempre são previsíveis. Nesse sentido a avaliação tem função capital ao
permitir que se percebam pontos de referências no processo, bem como, a limitação de
cada uma das etapas para não correr o risco de que ocorra pura intuição subjetiva
(Bonniol & Vial. 2001)
“Em cada momento de um percurso, é preciso saber onde o aprendiz está. Por isso é indispensável elaborar ferramentas de avaliação que permitam definir não só o ponto de chegada [...], mas também o ponto de partida, o que se faz muito mais raramente. Para situar um aprendiz em sua trajetória, não devemos negligenciar essa dupla localização”. (Bonniol & Vial. 2001, p. 114).
Dessa forma, o teste da Provinha Brasil de Matemática foi estruturado para
avaliar seis competências1 fundamentais no processo de alfabetização matemática.
1 A competência não reside nos recursos (conhecimentos, capacidades...) a serem
mobilizadas, mas na própria mobilização desses recursos. A competência pertence à ordem do “saber mobilizar”. Para haver competência, é preciso que esteja em jogo um repertório de recursos (conhecimento, capacidades cognitivas, capacidades relacionais...) Lê Boterf, in – Perreoud 2001.
Antunes define habilidade como capacidade cognitiva ou apreciativa específica que possibilita a compreensão e a intervenção do indivíduo nos fenômenos sociais e culturais; aptidão que pode ser estimulada e que ajuda a fazer conexões e construir significados. (Antunes, 2001, p. 16)
Cabe ainda observar preliminarmente que as competências não eliminam os conteúdos, pois que não é possível desenvolvê-las no vazio. Elas apenas norteiam a seleção de conteúdos, para que o professor tenha presente que o que importa na educação básica não é a quantidade de informações, mas a capacidade de lidar com elas, através de processos que impliquem sua apropriação e comunicação, e, principalmente, sua produção ou reconstrução, a fim de que sejam transpostas a situações novas. (PCN- 2001) 1
5
O desenvolvimento de habilidades e competências tem sido apontado como um
caminho, para as mudanças do quadro do ensino de nosso país.
No teste de Matemática as competências são avaliadas através de grupos de habilidades descritas a seguir:
a) Competência para mobilizar ideias, conceitos e estruturas relacionadas à
construção do significado dos números e suas representações. Associar a contagem de coleções de objetos à representação numérica das suas respectivas quantidades. Associar a denominação do número a sua respectiva representação simbólica. Comparar ou ordenar quantidades pela contagem para identificar igualdade ou desigualdade numérica. Comparar ou ordenar números naturais.
b) Competência para resolver problemas por meio da adição ou subtração. Resolver problemas que demandam as ações de juntar, separar,
acrescentar e retirar quantidades. Resolver problemas que demandam as ações de comparar e completar
quantidades.
c) Competência para resolver problemas por meio da aplicação das ideias que preparam para a multiplicação e a divisão.
Resolver problemas que envolvam as ideias da multiplicação. Resolver problemas que envolvam as ideias da divisão.
d) Competência para reconhecer as representações de figuras geométricas.
Identificar figuras geométricas planas. Reconhecer as representações de figuras geométricas espaciais.
e) Competência para identificar, comparar, relacionar e ordenar grandezas.
Comparar e ordenar comprimentos. Identificar e relacionar cédulas e moedas. Identificar, comparar, relacionar e ordenar tempo em diferentes sistemas de
medida.
f) Competência para ler e interpretar dados em gráficos, tabelas e textos. Identificar informações apresentadas em tabelas. Identificar informações apresentadas em gráficos de colunas.
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Identificar informações relacionadas à Matemática, apresentadas em diferentes portadores textuais.
1.2- POPULAÇÃO AVALIADA
A população de alunos do 2º ano do Ensino Fundamental da Rede Municipal de
Ensino de Campo Grande avaliada na 1ª Provinha Brasil de Matemática totaliza 8.854
alunos. A tabela 1 e o gráfico 1 apresentam a distribuição desses alunos por faixa-
etária.
Tabela 1 - Distribuição dos alunos do 2º ano do Ensino Fundamental por faixa-etária - REME 2011.
IDADE QTDE PERCENTAGEM
6 anos 2215 25,02 7 anos 5462 61,69 8 anos 818 9,24 9 anos 242 2,73
10 anos 77 0,87 11 anos 26 0,29
> 12 anos 14 0,16
TOTAIS 8854 100,0 Fonte: SEMED/SUGEST/DA
Gráfico 1 – Faixa-etária da população avaliada do 2º ano da REME - Provinha Brasil 1º teste de matemática de 2011.
A maior concentração de alunos encontra-se na faixa etária de sete anos
(61,69%). A população do 2º ano em distorção idade-ano corresponde a 4,05% do
total de alunos. Vale ressaltar que, para considerar um aluno em distorção idade-ano
ele precisa estar em defasagem escolar em pelo menos dois anos da faixa etária
correspondente a série/ano.
1.3 - ESTRUTURA DO TESTE DE MATEMÁTICA
Faixa-etária da população avaliada do 2º ano - REME 2011
25,02
61,69
9,24 2,73 0,87 0,29 0,16
0,00
10,00
20,00
30,00
40,00
50,00
60,00
70,00
6 anos 7 anos 8 anos 9 anos 10 anos 11 anos > 12 anos
PERCENTAGEM
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A Provinha Brasil de Matemática foi estruturada com 20 itens e o referido foi
aplicado e corrigido pelos professores das turmas avaliadas.
O resultado consolidado dos percentuais de acerto por item de todas as turmas
do 2º ano do ensino fundamental da Rede Municipal de Ensino de Campo Grande
estão demonstrados na tabela 2 e gráfico 2.
Tabela 2 - Freqüência e acertos dos itens da provinha Brasil - 1º teste matemática / 2011
QUESTÕES ACERTOS
FREQUÊNCIA %
1 8667 97,9 2 8469 95,7 3 8434 95,3 4 8381 94,7 5 8670 97,9 6 8404 94,9 7 7999 90,3 8 8306 93,8 9 8097 91,5 10 7767 87,7 11 8339 94,2 12 7429 83,9 13 6807 76,9 14 7387 83,4 15 6335 71,5 16 6839 77,2 17 5662 63,9 18 6270 70,8 19 5883 66,4 20 5304 59,9
Fonte: SEMED/SUGEST/DA
Gráfico 2: Frequência e acertos dos itens da Provinha Brasil - 1º teste matemática 2011.
97,995,7 95,3 94,7
97,994,9
90,393,8
91,587,7
94,2
83,9
76,9
83,4
71,5
77,2
63,9
70,8
66,4
59,9
0,0
20,0
40,0
60,0
80,0
100,0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
Frequência e acertos dos itens da Provinha Brasil - 1º Teste Matemática 2011
Percentagem
Fonte: SEMED/SUGEST/DA
8
Nos resultados consolidados, os itens 17 e o 20 apresentam os menores
percentuais de acerto, 63,90% e 59,90% respectivamente. O item 17 avalia a
habilidade de reconhecer diferentes formas de representar o mesmo valor monetário.
O item 20 está relacionada a uma situação-problema que envolve a idéia de dobro.
Observando os percentuais de respostas corretas por item é possível inferir que o
teste possui grau de dificuldade crescente.
1.4 - NIVEIS DE DESEMPENHO
A análise dos cinco Níveis de Desempenho previstos na 1ª Provinha Brasil de
Matemática segue o modelo adotado no teste da Provinha Brasil de Língua
Portuguesa. Considerou-se a quantidade de acertos para alocar os alunos em cada
um dos níveis. Assim
Nível 1 - até 4 acertos
Nível 2 - de 5 a 10 acertos
Nível 3 - de 11 a 14 acertos
Nível 4 - de 15 a 18 acertos
Nível 5 - de 19 a 20 acertos
A distribuição por nível de desempenho no teste de Matemática na REME está
demonstrada na tabela 3 e no gráfico 3.
Tabela 3 - Distribuição dos alunos nos níveis de desempenho na REME - Provinha Brasil 2011 NÍVEL FREQUÊNCIA %
NIVEL 1 98 1,11 NÍVEL 2 375 4,24 NIVEL 3 1077 12,16 NIVEL 4 3808 43,01 NIVEL 5 3496 39,48 TOTAL 8854 100,00
Fonte: SEMED/SUGEST/DA
9
Gráfico 3 - Distribuição dos alunos do 2º ano nos níveis de desempenho na REME - Provinha Brasil 1º teste matemática 2011.
1,11
4,24
12,16
43,01
39,48
0,00
5,00
10,00
15,00
20,00
25,00
30,00
35,00
40,00
45,00
NIVEL 1 NÍVEL 2 NIVEL 3 NIVEL 4 NIVEL 5
Distribuição dos alunos nos níveis de desempenho na REME ‐
Provinha Brasil 2011
Percentagem
Fonte: SEMED/SUGEST/DA.
No gráfico 3 é possível visualizar que a maior concentração de alunos do 2º ano
do ensino fundamental da REME encontra-se no Nível 4 (43,01%), seguida do nível 5,
com 39,48%.
1.5 - DESEMPENHO POR REGIÃO URBANA E RURAL
A região urbana do município de Campo Grande é subdivida em sete regiões. A
média de acertos da região foi calculada a partir da média de acertos das escolas que
compõem cada região. Na tabela 4 está apresentada a média de acertos das regiões
urbanas e da zona rural.
Tabela 4 - Média de acertos das escolas por regiões - 1º Teste Matemática do 2º ano 2011
Regiões Anhanduizinho Bandeira Centro Imbirussu Lagoa Prosa Rural Segredo
Média 16,96 16,85 17,38 16,75 16,86 17,17 16,16 16,43 Fonte: SEMED/SUGEST/DA
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Gráfico 4 - Médias de acertos das escolas por regiões no 1º teste de matemática do 2º ano - Ano 2011
16,9616,85
17,38
16,7516,86
17,17
16,16
16,43
15,4
15,6
15,8
16
16,2
16,4
16,6
16,8
17
17,2
17,4
Anhanduizinho Bandeira Centro Imbirussu Lagoa Prosa Rural Segredo
Médias de acertos das escolas por regiões no 1º Teste de Matemática - 2011
ANO 2011
Fonte: SEME/SUGEST/DA
A tabela 5 e gráfico 5 apresentam a distribuição das escolas por região e por nível
de desempenho.
Tabela 5 – frequências e percentuais de escolas por níveis de desempenho no 1º teste de matemática REME - ano 2011.
ZONAS DE LOCALIZAÇÃO Nível 1 Nível 2 Nível 3 Nível 4 Nível 5 TOTAL DE ESCOLAS*
Anhanduizinho f. 0 0 1 22 3 26 % 0,0 0,0 3,8 84,6 11,5
Bandeira f. 0 0 0 6 3 9 % 0,0 0,0 0,0 66,7 33,3
Centro f. 0 0 0 8 1 9 % 0,0 0,0 0,0 88,9 11,1
Imbirussu f. 0 0 0 9 1 10 % 0,0 0,0 0,0 90,0 10,0
Lagoa f. 0 0 0 11 0 11 % 0,0 0,0 0,0 100,0 0,0
Prosa f. 0 0 0 6 2 8 % 0,0 0,0 0,0 75,0 25,0
Segredo f. 0 0 1 12 0 13 % 0,0 0,0 7,7 92,3 0,0
Rural f. 0 0 3 5 4 12 % 0,0 0,0 25,0 41,7 33,3
Fonte:SEMED/SUGEST/DA
* compreende o total de escolas pólos e as suas extensões
11
Gráfico 5 - Quantidade de escolas por níveis e região no 1º Teste de Matemática do 2º ano - REME 2011
0,0
20,0
40,0
60,0
80,0
100,0
%
Anhanduizinho Bandeira Centro Imbirussu Lagoa Prosa Segredo Rural
ZONA DE LOCALIZAÇÃO
PERCENTUAL DE ESCOLAS POR NÍVEL DE PROFICIÊNCIA E REGIÃO
Nível 1
Nível 2
Nível 3
Nível 4
Nível 5
Fonte: SEMED/SUGEST/DA
O resultado obtido entre as escolas da zona rural, do Anhanduizinho e do
Segredo, que possuem escolas classificadas no Nível 3, que representa uma maior
defasagem de aprendizagem na Alfabetização Matemática para a etapa de ensino
avaliada.
12
2. NOVO ENFOQUE DOS RESULTADOS
O modelo proposto pelo Ministério de Educação considera o número de acertos
para classificação dos cinco níveis, independentemente da complexidade dos itens
respondidos. A caracterização do nível de aprendizado pela quantidade de acertos de
itens, desconsiderando as habilidades avaliadas, induz a incoerências na análise.
No entanto, a SEMED opta por outra forma de entendimento dos níveis que
constitui a essência deste relatório. Assim, cada nível pode ser caracterizado pelos
itens que foram usados para a medida do nível de aprendizado. A regra que
utilizaremos a partir desse relatório pedagógico para alocar um item a um dado nível
de aprendizado, envolve o percentual de acerto do item pelos alunos de um nível.
Uma regra utilizada na literatura e adotada para a construção deste relatório
consiste em caracterizar os níveis pelos itens com o percentual de acerto superior e igual
a 65% em cada um dos cinco níveis. Este percentual é utilizado como linha de corte para
caracterizar um nível de aprendizado. A tabela 6 ilustra a regra, estabelecendo a linha de
corte para os itens de acordo com o nível em que está.
Tabela 6: Percentual de acerto dos itens do 1º teste de Matemática da Provinha Brasil de 2011 por nível de aprendizado dos alunos do 2º ano da REME – 2011.
QUESTÃO PERCENTUAL DE DESEMPENHO POR NÍVEL DE APRENDIZADO
NÍVEL 1 NÍVEL 2 NÍVEL 3 NÍVEL 4 NÍVEL 5
1 15,31 87,73 98,14 99,11 99,892 9,18 69,87 91,74 97,90 99,603 12,24 66,67 90,16 97,58 99,694 11,22 63,20 87,65 97,16 99,805 14,29 89,87 97,77 99,11 99,896 4,08 62,67 89,60 97,72 99,517 0 31,20 71,03 95,54 99,518 2,04 48,27 86,07 97,4 99,749 2,04 41,87 79,94 94,67 99,31
10 1,02 26,13 66,02 91,57 99,2611 4,08 58,67 88,21 96,72 99,612 4,08 32,80 59,15 85,61 97,4013 0 23,73 44,29 75,05 96,7714 5,1 30,67 57,94 84,19 98,3115 4,08 17,33 25,16 68,59 96,7716 6,12 22,67 43,55 75,74 97,1117 3,06 18,13 27,02 54,7 92,0218 1,02 13,87 27,39 66,73 96,7119 1,02 18,40 33,89 56,96 93,7920 0 13,33 22,56 49,24 89,7
Fonte: SEMED/SUGEST/DA
A abordagem utilizada para apresentação dos resultados da Provinha Brasil,
disponibilizada para os gestores, professores e técnicos da REME, por meio da
caracterização dos níveis de desempenho dos alunos da REME não correspondeu à
descrição apresentada pelo Guia de Correção e Interpretação dos Resultados, elaborado
13
pelo INEP. Para um real diagnóstico do nível de aprendizado do aluno que,
posteriormente será utilizado para intervenções pedagógicas, realizaremos a análise das
habilidades consolidadas em cada nível.
2.1. CARACTERIZAÇÃO DA POPULAÇÃO DO NÍVEL 1
2.1.1 Quantitativo de alunos
Estão, no Nível 1, 98 alunos, o que corresponde a 1,11% da população avaliada do
2º ano do ensino fundamental.
2.1.2 Distribuição por faixa-etária
6 anos: 23 alunos.
7anos: 46 alunos.
8 anos: 17 alunos.
9 anos: 10 alunos.
11 anos: 2 alunos.
2.1.3 Descrição das habilidades de desempenho dos alunos do Nível 1
O Guia de Correção e Interpretação dos Resultados, (INEP-2011), caracteriza os
alunos do Nível 1 pela consolidação das habilidades relacionadas na tabela 7.
Tabela 7:Descrição das habilidades do Nível 1 da Provinha Brasil 2011 – Matemática FONTE: INEP/ Provinha Brasil/ Guia de Correção e Interpretação dos Resultados
No entanto, de acordo com a análise do percentual de acerto dos itens respondidos
pelos alunos do Nível 1 não se pode afirmar que essas habilidades foram consolidadas
pois, em nenhum item, foi alcançado o percentual de 65% de acerto.
14
2.2. CARACTERIZAÇÃO DA POPULAÇÃO DO NÍVEL 2
2.2.1 Quantitativo de alunos
Estão no Nível 2, 375 alunos, o que corresponde a 4,24% da população avaliada do
2º ano do ensino fundamental.
2.2.2 Distribuição por faixa-etária
6 anos: 122 alunos.
7anos: 192 alunos.
8 anos: 46 alunos.
9 anos: 10 alunos.
10 anos: 2 alunos.
11 anos: 1 aluno.
12 anos ou mais: 2 alunos.
2.2.3 Descrição das habilidades de desempenho dos alunos do Nível 2
O Guia de Correção e Interpretação dos Resultados (INEP-2011) apresenta como
caracterização do Nível 2, a consolidação das habilidades já relacionada no Nível anterior,
às relacionadas na tabela 8.
Tabela 8: Descrição das habilidades do Nível 2 de desempenho da Provinha Brasil 2011
FONTE: INEP/ Provinha Brasil/ Guia de Correção e Interpretação dos Resultados
15
Contudo, ao nos reportarmos ao percentual de acertos dos itens dos alunos do
Nível 2, encontramos discrepâncias que podem ser observadas ao compararmos os
dados contidos nas tabelas 8 e 9.
Tabela 9 Descrição das habilidades do Nível 2 de desempenho da Provinha Brasil – Matemática/ 2011, a partir da análise do percentual de acerto dos itens.
ITEM ACERTO HABILIDADE CARACTERÍSTICA DO NÍVEL 2 - SEMED
1 69,87% Associa uma representação plana à figura de um objeto;
2 87,73% Realiza contagem de até 20 objetos iguais;
3 89,87% Reconhece em uma cédula do sistema monetário o valor lido pelo professor;
5 66,67% Identificar de um figura geométrica plana em uma composição de figuras.
Fonte: SEMED/SUGEST/DA
Nos demais itens do teste os alunos classificados no Nível 2 tiveram um percentual
de acerto inferior a 65%. Desse modo, apenas uma das habilidades previstas para o Nível
2, conforme o Guia de Correção e Interpretação dos Resultados (associar a face de um
objeto à figura geométrica plana correspondente) demonstrou ser alcançada pelos alunos.
As demais habilidades de domínio dos alunos do Nível 2, descritas na tabela 9, foram
prevista para o Nível 1.
A habilidade de identificar informações apresentadas em tabelas com duas colunas,
prevista para o Nível 1 no material do INEP, ainda não foi consolidada pelos alunos do
Nível 2 no teste aplicado no município de Campo Grande.
Para ilustrar o que os alunos classificados nesse Nível são capazes de realizar,
apresentamos abaixo os itens que caracterizam as habilidades desse grupo:
Questão 01
17
Questão 05
2.3. CARACTERIZAÇÃO DA POPULAÇÃO DO NÍVEL 3
2.3.1 Quantitativo de alunos
O Nível 3 é composto por 1077 alunos, correspondendo a 12,16% da população
avaliada do 2º ano do ensino fundamental.
2.3.2 Distribuição por faixa etária
6 anos: 346 alunos.
7anos: 570 alunos.
8 anos: 120 alunos.
9 anos: 28 alunos.
10 anos: 10 alunos.
11 anos: 2 alunos.
12 anos ou mais: 1 aluno.
18
2.3.3 Descrição das habilidades de desempenho dos alunos do Nível 3
Em relação ao Nível 3, o Guia de Correção e Interpretação dos Resultados afirma
que os alunos classificados nesse Nível dominam as habilidades relacionadas na tabela
10.
Tabela 10: Descrição das habilidades do nível 3 de desempenho da Provinha Brasil 2011
FONTE: INEP/ Provinha Brasil/ Guia de Correção e Interpretação dos Resultados
Entre as dez habilidades relacionadas na tabela de descrição de desempenho do
nível 3 do Guia de Correção e Interpretação dos Resultados – INEP apenas uma foi
contemplada no instrumento de avaliação. Trata-se do item 13, no qual foi exigida a
habilidade de reconhecer números maiores que 20, lidos pelo professor. As demais
habilidades não foram avaliadas ou já haviam sido descritas nos níveis anteriores.
Dentre os alunos alocados no Nível 3, nenhuma das habilidades apresentadas na
tabela 10 foram alcançadas. De acordo com a análise realizada a partir do percentual de
acerto dos ítens e da linha de corte as habilidades que caracterizam esse grupo, são
representadas pelos itens 4, 6, 7, 8, 9, 10 e 11, descritas na tabela 11, cujas habilidades
estariam contempladas nos níveis anteriores, segundo o INEP.
19
Tabela 11- Descrição das habilidades do Nível 3 de desempenho da Provinha Brasil – Matemática/ 2011, a partir da análise do percentual de acerto dos itens.
ITEM ACERTO HABILIDADE CARACTERÍSTICA DO NÍVEL 3 - SEMED
4 87,65% Identifica informações associadas à maior coluna de um em gráfico;
6 89,60% Identifica informações apresentadas em tabelas com duas colunas;
7 71,03% Resolve problemas de adição que demandam ações de juntar ou acrescentar com o total menor do que 10;
8 86,07% Completa o número que falta uma seqüência numérica ordenada até 10;
9 79,94% Resolve problemas de subtração com ação de retirar envolvendo números até 20.
10 66,02%
11 88,21% Compara quantidades de objetos iguais em disposições variadas.
Fonte: SEMED/SUGEST/DA Todas as habilidades de domínio dos alunos do Nível 3, descritas na tabela 11
foram previstas no Guia de Correção e Interpretação dos Resultados para os níveis 1 e 2.
Os demais itens do teste tiveram um percentual de acerto abaixo de 65% pelos alunos do
Nível 3.
Ainda, é importante ressaltar que a habilidade avaliada pelo item 7 ( resolver
problemas de adição que demandam ações de juntar ou acrescentar com o total menor
do que 10 ) não foi contemplada em nenhum Eixo ou nos níveis descrito no Guia
fornecido pelo INEP.
Para ilustrar o que os alunos classificados no Nível 3 são capazes de realizar, além
da habilidade já relacionada nos níveis anteriores, apresentamos os itens abaixo:
Questão 04
23
2.4. CARACTERIZAÇÃO DA POPULAÇÃO DO NÍVEL 4
2.4.1. Quantitativo de alunos
O Nível 4 é composto por 3808 alunos, correspondendo a 43,01% da população
avaliada do 2º ano do Ensino Fundamental.
2.4.2. Distribuição por faixa etária
6 anos: 976 alunos.
7anos: 2318 alunos.
8 anos: 356 alunos.
9 anos: 113 alunos.
10 anos: 30 alunos.
11 anos: 11 alunos.
12 anos ou mais: 4 alunos.
2.4.3 Descrição das habilidades de desempenho dos alunos alocados do Nível 4
De acordo com o Guia de Correção e Interpretação dos resultados, os alunos
classificados no Nível 4, dominam as habilidades descritas na tabela 12.
Tabela 12: Descrição das habilidades do nível 4 de desempenho da Provinha Brasil 2011
FONTE: INEP/ Provinha Brasil/ Guia de Correção e Interpretação dos Resultados
24
Relacionando-se a tabela 12 à análise do percentual de acertos, pode-se afirmar
que nas três habilidades avaliadas neste nível pelos itens 14, 15 e 18, há indícios da
consolidação das mesmas.
Na tabela 13 são apresentados os itens que avaliaram as habilidades dominadas
pelos alunos do Nível 4, bem como o percentual de acerto e a descrição das habilidades.
Tabela 13: Descrição das habilidades do Nível 4 de desempenho da Provinha Brasil – Matemática/ 2011, a partir da análise do percentual de acerto dos itens.
ITEM ACERTO HABILIDADE CARACTERÍSTICA DO NÍVEL 4 - SEMED
12 85,61% Reconhece figura geométrica plana a partir de seu nome apena em posição padrão;
13 75,05% Reconhece números maiores que 20, lidos pelo professor, no sistema decimal de numeração;
14 84,19% Determina a metade de uma quantidade
15 68,59% Resolve problemas de subtração relacionados à ação de completar, incluindo problemas nos quais um número é maior que 10 e o outro é menor que 10;
16 75,74% Resolve problema de divisão que envolve a idéia de repartir;
18 66,73% Resolver problemas de multiplicação em situações que envolvam a idéia de adição de parcelas iguais.
FONTE: SEMED/SUGEST/DA
A partir da tabela 13, nota-se que os alunos do Nível 4 possuem um leque de
habilidades muito amplo, indo de habilidades mais básicas até as mais complexas, sem
que haja um parâmetro concreto para essa caracterização.
Devido a diversidade das habilidades relacionadas ao nível torna-se muito difícil
caracterizar esse grupo de alunos e, consequentemente as possíveis intervenções
pedagógicas ganham dificuldade.
Isso se deve ao fato de que existe um hiato nos itens referentes ao Nível 3, onde
apenas uma das habilidades foi avaliada a partir de um item.
Para ilustrar o que os alunos classificados no Nível 4 são capazes de realizar, além
das habilidades já relacionadas nos Níveis anteriores, apresentamos abaixo os seguintes
itens:
28
2.5 CARACTERIZAÇÃO POPULACIONAL DO NÍVEL 5
2.5.1 Quantitativo de alunos
O Nível 5 é composto por 3496 alunos, correspondendo a 39,48% da população
avaliada do 2º ano do ensino fundamental.
2.5.2 Distribuição por faixa etária
6 anos: 748 alunos.
7anos: 2336 alunos.
8 anos: 279 alunos.
9 anos: 81 alunos.
10 anos: 36 alunos.
11 anos: 10 alunos.
12 anos ou mais: 6 alunos.
2.5.3 Descrição das habilidades de desempenho dos alunos alocados do Nível 5
Os alunos do Nível 5, segundo o Guia de Correção e Interpretação dos Resultados,
são aqueles que acertaram 19 ou 20 itens do teste e dominam as habilidades descritas na
tabela 14.
Tabela 14: Descrição das habilidades do nível 5 de desempenho da Provinha Brasil 2011
29
FONTE: INEP/ Provinha Brasil/ Guia de Correção e Interpretação dos Resultados
Das habilidades descritas especificamente para o Nível 5 apenas três foram
contemplados com itens no instrumento de avaliação.
Tabela 11- Descrição das habilidades do Nível 3 de desempenho da Provinha Brasil – Matemática/ 2011, a partir da análise do percentual de acerto dos itens.
ITEM ACERTO HABILIDADE CARACTERÍSTICA DO NÍVEL 5
17 92,02% Realiza trocas monetárias para representar um mesmo valor;
19 93,79% Identifica mrdidas de tempo: hora, dia, semana, mês e ano;
20 89,7% Determina o dobro de uma quantidade.
FONTE: SEMED/SUGEST/DA
As habilidades que caracterizam esse grupo de alunos do Nível 5 são
representadas pelos itens 17, 19 e 20, conforme descrito na tabela 11.
Para ilustrar o que os alunos classificados no Nível 4 são capazes de realizar,
além das habilidades já relacionadas nos Níveis anteriores, apresentamos abaixo os
seguintes itens:
32
3. REFLEXÕES SOBRE O ENSINO DE MATEMÁTICA
3.1- ALFABETIZAÇÃO MATEMÁTICA
FONTE: ENSCER – Ensinando o Cérebro
Experimentos científicos demonstram que muitos animais contam,
quantificam e são capazes de realizar pequenos cálculos. Esses experimentos
demonstram que as habilidades de contar e calcular não são privilégio dos seres
racionais (Enscer, 2011, Ensinando o Cérebro2).
As capacidades de contar e a de quantificar são inatas em muitas espécies
animais. Essa ferramenta evolutiva aumenta de complexidade na espécie
humana. A habilidade de cardinalizar pequenas quantidades e a de realizar
pequenas somas e subtrações são percebidas em bebês humanos (Neto, E.R.,
2002).
Desde o nascimento as crianças de diferentes culturas e contextos
socioeconômicos estão imersas em um mundo de notações matemáticas, afirma
Brizuela, 2006. A mesma autora esclarece que essas notações de uso social que
2 O projeto ENSCER - Ensinando o Cérebro desenvolve pesquisa sobre o desenvolvimento cognitivo de alunos da pré-escola e do ensino fundamental com especial ênfase nas deficiências ou distúrbios de aprendizagem ENSCER – Ensinando o Cérebro/ http://www.enscer.com.br/apresenta/capacitacao/matematica.html^> < http://www.enscer.com.br/material/artigos/eina/matematica/geral/evolucao.php>
33
representam contagens, medidas, conceitos numéricos entre outros usos são
interpretados e reconstruídos pelas crianças num esforço de compreendê-las.
O termo notação, nessa análise, está relacionado às representações
externas que para Brizuella (2006, p.23) são “feitas com lápis e papel, com
existência física”.
Tolchinsky e Kormiloff-Smith (apud Brizuela, 2006) distinguem dois tipos de
notações: notações como ferramenta referencial comunicativa e a notação como
domínio de conhecimento. Duas pesquisas referenciadas por Brizuela (2006)
exemplificam e diferenciam os tipos de notações. Na primeira foram
apresentadas as crianças coleções de objetos e solicitado que representassem
as quantidades envolvidas. Esta experiência, que exemplifica as notações como
ferramenta referencial comunicativa, centra-se “na relação entre notação das
crianças e as quantidades que elas representavam” (Brizuela, 2006, p.19).
A segunda pesquisa centrou-se na utilização do conceito de número, ou
seja, as notações como objetos conceituais. A notação como domínio de
conhecimento está centrada na utilização do conceito de números para
comparar valores. O sistema de notação numérico escrito é construído pela
criança inicialmente com a utilização de marcações espontâneas evoluindo
gradualmente para escrita com alguns algarismos convencionais (Sastre e
Moreno, 1976; Sinclair, 1988; Hughes, 1986 apud Brizuela, 2006).
No início de sua educação escolar, as crianças já dominam e utilizam uma
série de conceitos matemáticos e realizam operações aritméticas. A
aprendizagem das notações numéricas convencionais pelas crianças envolve
“aprender não apenas os elementos isolados do sistema, mas também,
simultaneamente, aprender sobre o sistema em si e as regras que o governam”
(Brizuela 2006, p. 27). A escola irá ajudá-las a generalizar, ampliar e formalizar
os conceitos e as regras.
A contagem é um destes processos, mesmo crianças que ainda não
conhecem os princípios que regem o Sistema de Numeração Decimal,
conseguem comparar quantidades pequenas, onde há mais ou menos, quem é
maior ou menor. Esta noção mais primitiva de quantidade é útil a sua
sobrevivência (Neto, 2002).
3.2- CONTAGEM E QUANTIFICAÇÃO
34
Na tentativa de estabelecer relações com o meio, a criança procura explicar e
compreender as regularidades dos fenômenos a sua volta. Este processo é inerente a
inteligência humana que se utiliza das análises das quantidades e do espaço, ou seja,
do número e da forma, para explicar e compreender essas regularidades. No contexto
escolar, a matemática é o componente curricular que pensa e verifica essas
regularidades, utilizando-se de linguagem própria como um meio de comunicação e
ferramenta para descrevê-las, analisá-las e representá-las.
Os conceitos expressos pela linguagem matemática exprimem os elementos
comuns e observáveis em uma classe de objetos, fenômenos, situações e ou relações
entre eles e, possuem as características do padrão de organização da estrutura
mental de quem o elabora. Os conceitos matemáticos se apoiam em verdades
estabelecidas, que permitem demonstrações lógicas e suas permanentes
reconstruções e extrapolações.
O registro escrito desta linguagem conceitual acompanha a evolução da própria
humanidade e permanece nas estratégias apresentadas pelas crianças, na construção
do número, em processo escolar. A contagem, utilizando os dedos, por exemplo, é
uma herança que até hoje fazemos uso.
O homem não inventou os números, apenas criou sistemas para representá-lo. O
conceito de número é construído internamente pelo ser humano a partir das relações
que ele estabelece com o meio para a resolução de situações-problemas.
Assim, a alfabetização numérica é fundamental para o desenvolvimento do
conhecimento matemático e, consequentemente, para a maior inserção na realidade
que utiliza-se dos conceitos matemáticos desde as mais triviais situações de
contagem até os cálculos financeiros mais complexos.
3.3 - O NÚMERO CONCRETO
A construção da ideia do número não aconteceu de repente. Ela evoluiu com a
própria história do homem e da sociedade. Assim surgiam as primeiras formas de
calendário e de contagens. O surgimento da pictografia3 no Paleolítico Superior
permitiu, mais do que simplesmente contar, representar as quantidades.
3 A Pictografia é um sistema primitivo de escrita em que as ideias são registradas com desenhos
das coisas ou figuras simbólicas.< http://historiadascivilizacoes.blogspot.com/>
35
Figura: Pictograma do período paleolítico
Nas primeiras formas de contagem, utilizavam-se a relação um-a-um, ou seja, para
cada objeto associavam-se os dedos, pedras, os nós de uma corda, marcas num
osso, contavam-se os objetos com outros objetos. Essa forma primitiva de contagem é
denominada correspondência biunívoca. Assim, a idéia primitiva de número, está
sempre associada a uma coisa concreta.
Com o passar do tempo, as quantidades foram representadas por expressões,
gestos, palavras e símbolos, sendo que cada povo tinha a sua maneira de
representação.
O processo de quantificação e de manipulação de quantidades foi uma ferramenta
evolutiva utilizada por vários animais e que encontrou um grande desenvolvimento no
homem.
A contagem é a concretização de uma quantidade, é uma sucessão verbal, é
dispor os elementos de várias maneiras, é um atributo exclusivamente humano, pois
necessita de um processo mental.
O senso numérico é a faculdade que permite o reconhecimento da ocorrência de
uma variação na quantidade de elementos de um pequeno conjunto, sem a
necessidade da contagem.
Alguns animais irracionais, como os rouxinóis e os corvos possuem esse senso
numérico onde reconhecem quantidades concretas até quatro unidades.
36
“Um fazendeiro estava disposto a matar um corvo que fez seu ninho na torre de observação de sua mansão. Por diversas vezes, tentou surpreender o pássaro, mas em vão: à aproximação do homem, o corvo saía do ninho. De uma árvore distante, ele esperava atentamente até que o homem saísse da torre e só então voltava ao ninho. Um dia, o fazendeiro tentou um ardil: dois homens entraram na torre, um ficou dentro e o outro saiu e se afastou. Mas o pássaro não foi enganado: manteve-se afastado até que o outro homem saísse da torre. A experiência foi repetida nos dias subsequentes com dois, três e quatro homens, ainda sem sucesso. Finalmente, foram utilizados cinco homens como antes, todos entraram na torre e um permaneceu lá dentro enquanto os outros quatro saíam e se afastavam. Desta vez o corvo perdeu a conta. Incapaz de distinguir entre quatro e cinco, voltou imediatamente ao ninho (Matemática essencial – a origem dos números).
Os animais exploram seus territórios em busca de alimento, para isso precisam
identificar os caminhos onde o levam a mais alimentos, devendo saber quantificar e
comparar quantidades
Nosso senso numérico nos permite reconhecer imediatamente, no máximo quatro
elementos. A medida que a quantidade aumenta, torna-se necessário contá-la ou a
utilizar-se de outras estratégias, como a relação um a um, representando cada
elemento por um sinal. Esse sistema é utilizado, também por adultos que dominam o
código de escrita numérica, pois grandes quantidades costumam confundir quando
estão sendo contadas.
Quem já não se utilizou de riscos ou outras marcações para registrar contagens?
Quantificar significa necessariamente classificar e seriar simultânea e
reciprocamente. Essa ação é construída internamente e progressivamente. Na
contagem de objetos de uma coleção a sucessão numérica se constrói pela inclusão de
um objeto a coleção inicial.
Para contar as flores é necessário que uma-a-uma seja incluída na classe inicial.
Contando as flores:
dois trê quatrseis cinco
um
37
Na sucessão, o um está incluído no dois, o dois está incluído no três e assim
por diante. O seis representa a síntese das inclusões de todas as classes anteriores.
Essa quantidade total verbalizada por um único nome, o “seis” é o número cardinal.
Para contagem, também é exigido a aprendizagem da sequência verbal,
convencional e arbitrária, dos nomes que representam a quantidade de objetos das
classes. Cada elemento ordenado e individualizado corresponde a um nome dessa
seqüência verbal que é o número ordinal.
Na numeração falada não fica explicitado o valor posicional do algarismo, mas
revela as composições aditivas e multiplicativas de sua representação. O zero não é
pronunciado.
Como afirma Rangel (1992), muitas ações precisarão ser construídas e
coordenadas para o emprego da numeração falada corretamente:
juntar os objetos ou coleções que serão contados, separando-os dos que
não serão contados;
ordenar os objetos ou coleções para que todos sejam contados e cada um
somente uma vez;
ordenar os nomes aprendidos para a enumeração dos objetos, utilizando-os
na sucessão convencional, não esquecendo nomes, nem empregando mais
de uma vez o mesmo nome;
estabelecer a correspondência biunívoca e recíproca – nome-objeto;
entender que a quantidade total de elementos de uma coleção pode ser
expressa por um único nome, ou seja, quantificado numericamente (maior,
menor ou igual) ou geometricamente (sucessor ou antecessor).
As crianças constroem lentamente a relação entre um numeral de uma
seqüência de contagem e a cardinalidade deste mesmo numeral ( Golbert, 2000).
102 22 2.458
1 x 100 + 1 x 10 + 2 100 + 0 + 2 Cento e dois
10 + 10 + 2 20 + 2
Vinte e dois
2 x 103 + 4 x 102 + 5 x 101 + 8 2 x 1000 + 4 x 100 + 5 x 10 + 8 Dois mil, quatrocentos e cinquenta e oito
38
A) Na seqüência de contagem 16, 17, 18, 19,20, o que representa o numeral 18?
- O numeral 18 é antecessor do 19, pois é uma unidade menor e sucessor
do 17, porque é uma unidade maior que este.
B) O que representa o 18 como representação de um número?
- O número tem relação com uma quantidade de elementos de um
conjunto. Portanto nesse caso, o numeral 18 é cardinal, pois designa uma
quantidade absoluta.
Saber ler uma seqüência numérica, não representa a compreensão do valor cardinal
destes numerais. Uma criança pode recitar uma seqüência de numerais sem, no entanto
conhecer o significado cardinal deles.
A habilidade de numeração depende de uma rede de outras habilidades, algumas
delas simples e, outras mais complexas que se interagem (Golbert-2000). Fazer grupos,
desmanchá-los, fazer grupos de grupos, trocar um grupo de uma determinada ordem por
uma unidade de um grupo de uma ordem superior, ou inversamente, codificar e
decodificar, são habilidades simples. As habilidades complexas são combinações de
habilidades simples.
3.4- SISTEMA DE NUMERAÇÃO DECIMAL
Pode parecer fácil para os adultos que já reconstruíram os princípios do sistema mas, para as crianças, tudo parece muito misterioso, porque a escrita de um número qualquer não “diz” que o algarismo colocado no lugar das dezenas deve –se multiplicar por 10 para conhecer o seu valor( Golbert –2000,p. 41.)
Um sistema de numeração é todo conjunto de regras para a produção sistemática
de numerais.
O Sistema de Numeração Decimal (SND) é constituído por dez símbolos
denominados algarismos. No sistema de numeração, a escrita que usamos a produção
de diferentes numerais é feita através de combinações dos dez algarismos – do zero ao
nove - e eventuais símbolos não numéricos.
A base dez significa que os agrupamentos deste sistema são formados por dez
unidades. Dez unidades formam uma ordem. “No sistema de numeração decimal (base
39
dez), dez unidades de uma ordem formam uma unidade (1) de ordem imediatamente
superior” (Brizuella, 2006, p.27).
Na representação de quantidades dos objetos de uma coleção, são usados grupos
de 10 elementos (base 10) porque o princípio da contagem se deu em correspondência
com os dedos da mão de um indivíduo normal ( Brizuella, 2006).
O sistema que aqui descreveremos é o sistema decimal posicional. As três
características básicas deste sistema são: ser decimal, posicional e possuir dez
algarismos.
3.4.1 - ALGARISMOS, NÚMEROS E NUMERAIS – CÓDIGO E REPRESENTAÇÃO
Símbolos são sinais que possuem algum significado; eles podem ser uma criação
do próprio sujeito para uma situação particular ou pertencer a um sistema social de
codificação, sendo então denominados de signos.
No sistema de escrita numérica indo-arábico são utilizados signos numéricos
denominados algarismos, que são para a escrita numérica o que as letras são para o
sistema de escrita da língua materna. Esses signos são utilizados para representar os
números, ou seja, a ideia da quantificação e ou ordenação de uma coleção. O registro
escrito do número é o numeral.
Algarismos - os signos ( 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9).
Números – ideias de quantidades quando contamos, ordenamos e medimos. É
uma criação humana, um ente abstrato.
Numeral – É a palavra, símbolo, signo ou o sinal, que representa a relação entre
o símbolo e a quantidade que ele representa ao conjunto.
ALGARISMO
(SIGNOS)
NÚMERO
( IDEIA DA QUANTIDADE)
NUMERAL
(REPRESENTAÇÃO DA
QUANTIDADE)
CONJUNTO
1 UM
1
I
Uma pessoa
Um lápis
2 DOIS
2
II
Duas pessoas
Duas flores
Casal, par
40
3 TRÊS
3
III
Três crianças
Três sorvetes
1 E 2 DOZE
12
IIIIIIIIIIII
Dúzia
12 crianças
1 E 0 DEZ
10
IIIIIIIIII
Dezena
Dez balas
3.4.2- NÍVEIS DE CONSTRUÇÃO DO SISTEMA DE NUMERAÇÃO DECIMAL
Na construção do conhecimento matemático as crianças inicialmente, constroem seu
sistema de representação, que evolui a partir das constantes confrontações com o
código oficial da escrita numérica.
O Sistema de Numeração Decimal-SND, indo-arábico é um sistema
socioconvencional.
O aprendizado do SND se faz por etapas e as crianças inicialmente, constroem seu
próprio sistema de representação, conforme o padrão lógico de sua estrutura cognitiva.
Ao confrontar a lógica interna com as regras oficiais do código numérico e provocar
desequilíbrio em seus esquemas de pensamento, possibilitará a reconstrução de seus
conceitos em um nível mais amplo.
A construção do conceito de valor posicional é lento nas crianças e exige a relação
com outros conceitos, tais como, os agrupamentos, coordenação da contagem de
agrupamentos, de unidades e de agrupamentos como unidades. Um sistema numérico
posicional subentende que o valor de um algarismo varia conforme a posição que ele
ocupa no numeral.
É muito difícil para as crianças considerar o agrupamento de 10 como uma unidade
sem perder sua numerosidade, mas será imprescindível para coordenar, na contagem, a
dezena e as unidades. É importante também fazer a relação do uso de mais de um
41
algarismo na representação dos números multidígitos para representar agrupamentos
com mais de nove elementos e também a função do zero.
São identificados quatro construtos centrais imprescindíveis à compreensão dos
multidígitos (Golbert -2000):
a) a contagem – o “um” na representação da unidade e como representação de
agrupamento de 10.
10 unidades = 1 dezena (grupo de 10 unidades)
10 dezenas = 1centena (dez grupos de dezena)
10 centenas = 1 milhar ( dez grupos de centena)
b) partição – reconhecer que um número pode ser representado por várias
composições.
23
c) agrupamento - reconhecer o cardinal que representa a quantificação de
composições.
10 unidades + 13 unidades = 23 unidades.
d) relações numéricas. – reconhecer a ordem serial de uma seqüência numérica.
Cada um desses construtos é construído em níveis de pensamento com crescente
complexidade. Golbert (2000) faz referência a esses níveis propostos, validados por uma
pesquisa longitudinal em crianças das séries iniciais, num período de dois anos.
As crianças da amostra receberam tarefas que foram resolvidas em pequenos
grupos. Na visão dos autores, os conhecimentos matemáticos são construídos nas
interações sociais e na individualidade. Depois de internalizados são reconstruídos,
evidenciando o aspecto desenvolvimentista dos construtos.
2 dezenas + 3 unidades 1 1 dezena + 1 dezena + 3 unidades {
3< 4 5<6< 7 a parte é menor que o todo.
42
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A classificação descrita pelo INEP pode induzir a uma visão distorcida da realidade,
pois usa como único parâmetro a quantidade de itens acertados. Assim, acreditamos que
um estudo aprofundado dos resultados da Provinha Brasil são uma das referências para
subsidiar a construção de um quadro diagnóstico pela escola e pelo professor.
Dessa forma, esse relatório propõe estratégias de interpretação dos dados que são
instrumentos para gerir os processos de alfabetização matemática.
A primeira edição da Provinha Brasil de Matemática buscou ser um instrumento de
diagnóstico concreto, no entanto a sua construção não cobriu todas as habilidades
descritas nos níveis de etapas de aprendizagem propostas pelo próprio INEP. Nesse
sentido, cabe ao professor, ao gestor e às equipes de acompanhamento utilizar do
relatório, dos resultados da Provinha Brasil, bem como de suas avaliações internas para
estabelecer metas de aprendizagem e corrigir percursos.
Os relatórios procuram nortear as ações pedagógicas, apresentando formas
possíveis de intervenção nas práticas escolares tendo sempre o intuito de construir um
projeto que conduza à melhoria nos processos de ensino do professor e de aprendizagem
dos alunos. A análise detalhada sobre as informações apresentadas neste relatório
certamente em muito pode contribuir para a melhoria das práticas pedagógicas no
cotidiano escolar e também permitir uma rica reflexão sobre as potencialidades e
limitações do próprio instrumento de avaliação produzido pelo INEP.
Por fim, é importante ressaltar que este relatório não tem caráter conclusivo. Seu
principal objetivo é fomentar novas e diferentes análises que enriqueçam o debate sobre a
garantia de uma educação de qualidade na Rede Municipal de Ensino de Campo Grande
– MS.
43
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Bonniol, J.J. y Vial, M. - Modelos de avaliação: textos fundamentais. Porto Alegre: Artmed Editora, 2001. BRIZUELLA, B..M. – Desenvolvimento Matemático na Criança: explorando notações, Porto Alegre, Artmed, 2006. GOLBERT, C. S. Jogos Athurma 2: matemática nas séries inicias - o sistema decimal de numeração. Porto Alegre: Mediação, 2000. Matemática Essencial: A origem dos números, disponível em: http://pessoal.sercomtel.com.br/matematica/fundam/numeros/numeros.htm#m10102 NETO, E.R. Didática da Matemática , São Paulo: Ática, 2002.
RANGEL,A.C.S – Educação Matemática e a Construção do Número pela Criança – 1992 .Artes Médicas. Porto Alegre- RS.
44
ANEXO 1 Desempenho e nível alcançado pelas escolas da REME por Região no 1º teste de matemática da Provinha Brasil /2011
CÓDIGO ESCOLA
NOME DA ESCOLA REGIÃO DESEMPENHO NÍVEL
40 ESCOLA MUNICIPAL PROFª ADAIR DE OLIVEIRA
ANHANDUIZINHO 16,76 NÍVEL 4
50 ESCOLA MUNICIPAL PROF. ALCÍDIO PIMENTEL
CENTRO 16,80 NÍVEL 4
59 ESCOLA MUNICIPAL DARTHESY NOVAES CAMINHA
ZONA RURAL 15,35 NÍVEL 4
60 ESCOLA MUNICIPAL CEL. ANTONINO
SEGREDO 16,81 NÍVEL 4
70 ESCOLA MUNICIPAL ANTONIO JOSÉ PANIAGO
BANDEIRA 15,78 NÍVEL 4
80 ESCOLA MUNICIPAL PROF. ARLINDO LIMA
CENTRO 17,90 NÍVEL 4
100 ESCOLA MUNICIPAL PROFª BRÍGIDA FERRAZ FÓSS
ANHANDUIZINHO 17,45 NÍVEL 4
110 ESCOLA MUNICIPAL PROFª DANDA NUNES
PROSA 18,76 NÍVEL 5
120 ESCOLA MUNICIPAL DOMINGOS GONÇALVES GOMES
ANHANDUIZINHO 19,02 NÍVEL 5
130 ESCOLA MUNICIPAL GOV. HARRY AMORIM COSTA
ANHANDUIZINHO 17,63 NÍVEL 4
140 ESCOLA MUNICIPAL PROFª ELIZABEL MARIA GOMES SALLES
SEGREDO 16,41 NÍVEL 4
150 ESCOLA MUNICIPAL PROFª EULÁLIA NETO LESSA
CENTRO 18,39 NÍVEL 4
160 ESCOLA MUNICIPAL PROFª FLORA GUIMARÃES ROSA PIRES
BANDEIRA 17,33 NÍVEL 4
169 ESCOLA MUNICIPAL JOSÉ DO PATROCÍNIO
ZONA RURAL 18,47 NÍVEL 5
170 ESCOLA MUNICIPAL FREDERICO SOARES
IMBIRUSSU 17,10 NÍVEL 4
180 ESCOLA MUNICIPAL GERALDO CASTELO
CENTRO 17,54 NÍVEL 4
190 ESCOLA MUNICIPAL PE. HEITOR CASTOLDI
ANHANDUIZINHO 16,15 NÍVEL 3
200 ESCOLA MUNICIPAL IMACULADA CONCEIÇÃO
LAGOA 17,93 NÍVEL 4
210 ESCOLA MUNICIPAL PROFª IRACEMA DE SOUZA MENDONÇA
ANHANDUIZINHO 16,06 NÍVEL 4
220 ESCOLA MUNICIPAL JOÃO EVANGELISTA VIEIRA DE ALMEIDA
IMBIRUSSU 17,38 NÍVEL 4
240 ESCOLA MUNICIPAL PE. JOSÉ DE ANCHIETA
CENTRO 17,18 NÍVEL 4
250 ESCOLA MUNICIPAL JOSÉ DORILÊO DE PINA
ANHANDUIZINHO 17,53 NÍVEL 4
260 ESCOLA MUNICIPAL JOÃO NEPOMUCENO
ANHANDUIZINHO 15,94 NÍVEL 4
270 ESCOLA MUNICIPAL JOSÉ RODRIGUES BENFICA
CENTRO 15,80 NÍVEL 4
279 ESCOLA MUNICIPAL ORLANDINA OLIVEIRA LIMA
ZONA RURAL 16,29 NÍVEL 4
280 ESCOLA MUNICIPAL PE. JOSÉ VALENTIM
ANHANDUIZINHO 16,73 NÍVEL 4
290 ESCOLA MUNICIPAL KAMÉ ADANIA SEGREDO 16,68 NÍVEL 4
300 ESCOLA MUNICIPAL PROF. LICURGO DE OLIVEIRA BASTOS
SEGREDO 16,03 NÍVEL 4
45
310 ESCOLA MUNICIPAL PREF. MANOEL INÁCIO DE SOUZA
IMBIRUSSU 19,20 NÍVEL 5
320 ESCOLA MUNICIPAL PROFª MARIA LÚCIA PASSARELLI
ANHANDUIZINHO 16,57 NÍVEL 4
330 ESCOLA MUNICIPAL PROFª MARIA TEREZA RODRIGUES
LAGOA 16,62 NÍVEL 4
340 ESCOLA MUNICIPAL PROFª MARINA COUTO FORTES
ANHANDUIZINHO 17,06 NÍVEL 4
350 ESCOLA MUNICIPAL PROF. MÚCIO TEIXEIRA JR.
BANDEIRA 18,68 NÍVEL 5
360 ESCOLA MUNICIPAL PROF. NAGIB RASLAN
IMBIRUSSU 16,33 NÍVEL 4
370 ESCOLA MUNICIPAL PROF. NELSON DE SOUZA PINHEIRO
CENTRO 15,52 NÍVEL 4
380 ESCOLA MUNICIPAL PROFª OLIVA ENCISO
BANDEIRA 17,44 NÍVEL 4
390 ESCOLA MUNICIPAL PROF. PLÍNIO MENDES DOS SANTOS
ANHANDUIZINHO 17,23 NÍVEL 4
400 ESCOLA MUNICIPAL SANTOS DUMONT
IMBIRUSSU 16,35 NÍVEL 4
410 ESCOLA MUNICIPAL CEL SEBASTIÃO LIMA
IMBIRUSSU 15,38 NÍVEL 4
420 ESCOLA MUNICIPAL DR. TERTULIANO MEIRELLES
LAGOA 15,43 NÍVEL 4
430 ESCOLA MUNICIPAL PROF. VIRGÍLIO ALVES DE CAMPOS
PROSA 16,40 NÍVEL 4
450 ESCOLA MUNICIPAL PROF. ALDO DE QUEIROZ
BANDEIRA 15,74 NÍVEL 4
470 ESCOLA MUNICIPAL ABEL FREIRE DE ARAGÃO
ANHANDUIZINHO 18,16 NÍVEL 5
480 ESCOLA MUNICIPAL ISAURO BENTO NOGUEIRA
ANHANDUIZINHO 14,93 NÍVEL 4
490 ESCOLA MUNICIPAL ETALÍVIO PEREIRA MARTINS
SEGREDO 16,96 NÍVEL 4
500 ESCOLA MUNICIPAL PROF. ANTONIO LOPES LINS
LAGOA 17,53 NÍVEL 4
519 ESCOLA MUNICIPAL AGRÍCOLA GOV. ARNALDO ESTEVÃO FIGUEIREDO
ZONA RURAL 18,87 NÍVEL 5
520 ESCOLA MUNICIPAL PROF. JOÃO CÂNDIDO DE SOUZA
CENTRO 17,37 NÍVEL 4
530 ESCOLA MUNICIPAL PROFª LENITA DE SENA NACHIF
ANHANDUIZINHO 15,91 NÍVEL 4
540 ESCOLA MUNICIPAL JOÃO DE PAULA RIBEIRO
SEGREDO 16,16 NÍVEL 4
549 ESCOLA MUNICIPAL BARÃO DO RIO BRANCO
ZONA RURAL 12,79 NÍVEL 3
550 ESCOLA MUNICIPAL PROF. HÉRCULES MAYMONE
SEGREDO 16,15 NÍVEL 4
560 ESCOLA MUNICIPAL CARLOS VILHALVA CRISTALDO
IMBIRUSSU 17,47 NÍVEL 4
570 ESCOLA MUNICIPAL PROFª GONÇALINA FAUSTINA DE OLIVEIRA
LAGOA 17,00 NÍVEL 4
574 ESCOLA MUNICIPAL PROFª GONÇALINA FAUSTINA DE OLIVEIRA - EXTENSÃO IV
LAGOA 17,14 NÍVEL 4
580 ESCOLA MUNICIPAL DR. EDUARDO OLÍMPIO MACHADO
LAGOA 15,40 NÍVEL 4
583 ESCOLA MUNICIPAL EDUARDO OLÍMPIO MACHADO - EXTENSÃO III
LAGOA 17,76 NÍVEL 4
46
590 ESCOLA MUNICIPAL PROFª LEIRE PIMENTEL DE CARVALHO CORREA
ANHANDUIZINHO 17,21 NÍVEL 4
600 ESCOLA MUNICIPAL MAJOR AVIADOR Y - JUCA PIRAMA DE ALMEIDA
LAGOA 16,98 NÍVEL 4
610 ESCOLA MUNICIPAL IRMÃ EDITH COELHO NETTO
SEGREDO 17,14 NÍVEL 4
619 ESCOLA MUNICIPAL LEOVEGILDO DE MELO
ZONA RURAL 12,95 NÍVEL 3
620 ESCOLA MUNICIPAL MAESTRO JOÃO CORREA RIBEIRO
SEGREDO 18,69 NÍVEL 4
630 ESCOLA MUNICIPAL PROF. LUIZ CAVALLON
ANHANDUIZINHO 16,99 NÍVEL 4
640 ESCOLA MUNICIPAL VALDETE ROSA DA SILVA
ANHANDUIZINHO 16,83 NÍVEL 4
650 ESCOLA MUNICIPAL PROF. WILSON TAVEIRA ROSALINO
ANHANDUIZINHO 17,87 NÍVEL 4
660 ESCOLA MUNICIPAL PROF° LUIS ANTONIO DE SÁ CARVALHO
CENTRO 19,37 NÍVEL 5
670 ESCOLA MUNICIPAL IRMÃ IRMA ZORZI
IMBIRUSSU 15,96 NÍVEL 4
680 ESCOLA MUNICIPAL RAFAELA ABRÃO
ANHANDUIZINHO 18,42 NÍVEL 5
689 ESCOLA MUNICIPAL MANOEL GONÇALVES MARTINS
ZONA RURAL 19,50 NÍVEL 4
690 ESCOLA MUNICIPAL ELPÍDIO REIS PROSA 17,61 NÍVEL 4
700 ESCOLA MUNICIPAL PE. TOMAZ GHIRARDELLI
ANHANDUIZINHO 16,48 NÍVEL 4
710 ESCOLA MUNICIPAL PROFª ONEIDA RAMOS
BANDEIRA 15,24 NÍVEL 4
719 ESCOLA MUNICIPAL OITO DE DEZEMBRO
SEGREDO 17,64 NÍVEL 4
720 ESCOLA MUNICIPAL PROF. VANDERLEI ROSA DE OLIVEIRA
PROSA 17,62 NÍVEL 4
729 ESCOLA MUNICIPAL OITO DE DEZEMBRO - EXTENSÃO PROFª ONIRA SANTOS ROSA
ZONA RURAL 19,60 NÍVEL 4
730 ESCOLA MUNICIPAL NAZIRA ANACHE
SEGREDO 15,85 NÍVEL 4
733 ESCOLA MUNICIPAL NAZIRA ANACHE - EXTENSÃO CEMEB
SEGREDO 14,50 NÍVEL 3
740 ESCOLA MUNICIPAL DES. CARLOS GARCIA DE QUEIROZ
IMBIRUSSU 16,72 NÍVEL 4
750 ESCOLA MUNICIPAL PROF. FAUZE SCAFF GATTASS FILHO
IMBIRUSSU 16,25 NÍVEL 4
760 ESCOLA MUNICIPAL PROFª IONE CATARINA GIANOTTI IGYDIO
PROSA 15,66 NÍVEL 4
770
"ESCOLA MUNICIPAL SULIVAN SILVESTRE OLIVEIRA - TUMUNE KALIVONO - "CRIANÇA DO FUTURO""
BANDEIRA 15,74 NÍVEL 4
780 ESCOLA MUNICIPAL NAGEN JORGE SAAD
LAGOA 16,93 NÍVEL 4
790 ESCOLA MUNICIPAL "CONSULESA MARGARIDA MAKSOUD TRAD"
PROSA 17,78 NÍVEL 4
800 ESCOLA MUNICIPAL DR. PLÍNIO BARBOSA MARTINS
ANHANDUIZINHO 17,17 NÍVEL 4
810 ESCOLA MUNICIPAL ELÍZIO RAMIREZ VIEIRA
ANHANDUIZINHO 16,06 NÍVEL 4
820 ESCOLA MUNICIPAL IRENE SZUKALA
ANHANDUIZINHO 17,57 NÍVEL 4
47
830 ESCOLA MUNICIPAL PROFª. ARLENE MARQUES ALMEIDA
ANHANDUIZINHO 16,15 NÍVEL 4
839 ESCOLA MUNICIPAL MANOEL GONÇALVES - EXTENSÃO CERRO PORÃ
ZONA RURAL 20,00 NÍVEL 5
840 ESCOLA MUNICIPAL PROFESSOR JOSÉ DE SOUZA
LAGOA 17,29 NÍVEL 4
849 ESCOLA MUNICIPAL LEOVEGILDO DE MELO - EXTENSÃO JACINTO MATIAS FREIRE
ZONA RURAL 15,00 NÍVEL 4
850 ESCOLA MUNICIPAL NERONE MAIOLINO
SEGREDO 15,57 NÍVEL 4
860 ESCOLA MUNICIPAL "PROFESSOR ARASSUAY GOMES DE CASTRO"
PROSA 18,33 NÍVEL 5
870 ESCOLA MUNICIPAL "PROFESSORA IRACEMA MARIA VICENTE"
BANDEIRA 18,19 NÍVEL 5
880 ESCOLA MUNICIPAL PROFESSORA ANA LUCIA DE OLIVEIRA BATISTA
ANHANDUIZINHO 16,61 NÍVEL 4
890 ESCOLA MUNICIPAL SENADOR RACHID SALDANHA DERZI
PROSA 15,94 NÍVEL 4
900 ESCOLA MUNICIPAL JOSÉ MAURO MESSIAS DA SILVA - ''POETA DAS MORENINHAS''
BANDEIRA 18,05 NÍVEL 5
969 ESCOLA MUNICIPAL OITO DE DEZEMBRO - EXTENSÃO CARNAÚBA
ZONA RURAL 14,00 NÍVEL 3
979 ESCOLA MUNICIPAL MANOEL GONÇALVES MARTINS - EXTENSÃO CHÁCARA ARAPONGA
ZONA RURAL 19,00 NÍVEL 5
Fonte: SEMED/SUGEST/DA