análise da obra problemas da estética

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Alexandra Machado Catarina Lopes Gabriela Figueiredo T19 ROTEIRO ITRO!"#$O Este podcast trata da obra Os Problemas da Estética, de Luigi Pareyson.  Apresentação e roteiro de Catarina Lopes, Gabriela Figueiredo e Aleandra !ac"ado. Edição# Carolina Lopes. $nicialmente, colocamos como %uestão# O %"E & E'T&TICA( Ob&eto de re'leão do "omem desde as origens do pensamento 'ilos('ico, a estética ) o signi'icado da bele*a e a nature*a da arte ) somente começou a con'igurar+se como disciplina 'ilos('ica independente no século -$$$, com a obra de ant. /endo como temas principais a g0nese da criação artista e da obra poética, a an1lise da linguagem art2stica, a conceituação de 3alores estéticos, as relaç4es entre 'orma e conte5do, a 'unção da arte na 3ida "umana e a in'lu0ncia da técnica na epressão art2stica, a estética 'oi primeiramente desen3ol3ida pelos gregos como a 6ci0ncia do belo7 e posteriormente, desen3ol3endo+se e restringindo+se 8 re'leão e 8 pes%uisa sobre os problemas da criação e da percepção. )ARE*'O E '"A +I'$O !A E'T&TICA Considerado um dos maiores 'il(so'os italianos do século , a obra de Luigi est1 ligada 8 Filoso'ia da Eist0ncia, 8 9ermen0utica, 8 Filoso'ia da :eligião e 8

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Roteiro para podcast desenvolvido para avaliação da disciplina Póeticas Digitais, Instituto de Artes, Unicamp, 2015.Discentes: Catarina LopesAlexandra MachadoGabriela FigueiredoEspecialização em Artes Visuais, Intermeios e Educação.

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7/21/2019 Análise da obra Problemas da Estética.

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Alexandra MachadoCatarina LopesGabriela Figueiredo

T19

ROTEIRO

I TRO!"#$O

Este podcast trata da obra Os Problemas da Estética, de Luigi Pareyson.

Apresentação e roteiro de Catarina Lopes, Gabriela Figueiredo e Ale andra!ac"ado.

Edição# Carolina Lopes.

$nicialmente, colocamos como %uestão#

O %"E & E'T&TICA(

Ob&eto de re'le ão do "omem desde as origens do pensamento 'ilos('ico, aestética ) o signi'icado da bele*a e a nature*a da arte ) somente começou acon'igurar+se como disciplina 'ilos('ica independente no século -$$$, com a obra deant. /endo como temas principais a g0nese da criação artista e da obra poética, aan1lise da linguagem art2stica, a conceituação de 3alores estéticos, as relaç4esentre 'orma e conte5do, a 'unção da arte na 3ida "umana e a in'lu0ncia da técnicana e pressão art2stica, a estética 'oi primeiramente desen3ol3ida pelos gregos comoa 6ci0ncia do belo7 e posteriormente, desen3ol3endo+se e restringindo+se 8 re'le ãoe 8 pes%uisa sobre os problemas da criação e da percepção.

)ARE*'O E '"A +I'$O !A E'T&TICA

Considerado um dos maiores 'il(so'os italianos do século , a obra de Luigiest1 ligada 8 Filoso'ia da E ist0ncia, 8 9ermen0utica, 8 Filoso'ia da :eligião e 8

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Estética, sendo %ue nesta 5ltima, desen3ol3eu um pensamento original, denominadopor ele como 6teoria da 'ormati3idade7. ;esta teoria, o autor prop4e %ue a obra est1em permanente 'ormação, onde todos os seus aspectos são considerados desde o

in2cio da criação. <eu pensamento elabora uma estética da produção, onde ainterpretação est1 sempre presente a partir da e peri0ncia do artista.

O' )RO,LEMA' !A E'T&TICA

Escrita em =>?? por Pareyson, Os Problemas da Estética é uma obra %ueproblemati*a %uest4es do campo da estética. Colocando+a como produção e'ormati3idade, conceito desen3ol3ido pelo pr(prio autor, Pareyson apresenta osprinc2pios 'undamentais de sua re'le ão, abrangendo uma gama de %uest4es, comoa relação entre obra de arte e sociedade, obra de arte e biogra'ia, obra de arte erealidade, entre outros assuntos.

@i3idido em de* cap2tulos bem estruturados, coloca os seguintes temas emdiscussão# ;ature*a e tare'a da estética, @e'inição da arte, Autonomia e 'unç4es da

arte, Conte5do e 'orma, uest4es sobre o conte5do da arte, Pessoalidade e<ociedade da arte, Arte e "ist(ria, A matéria art2stica, O processo art2stico e a Leiturada obra de arte.

Para o 'il(so'o, a Estética não pode 'icar no plano especulati3o, de3e permear o 'a*er art2stico, sob a (tica da 'ormati3idade. Para Pareyson antes de mais nada, a

estética não é parte da filosofia, mas a filosofia inteira concentrada sobre os

problemas da beleza e da arte 1.

!E'E +OL+IME TO

A seguir serão tratados tr0s cap2tulos da obra, traçando parBmetros com aprodução art2stica moderna.

Cap-tulo I+. Conte/do e For0a

1 NAPOLI. Luigi Pareyson e a estética da formatividade: um estudo de sua aplicabilidade. p. 16

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Conte5do e 'orma são conceitos %ue coe istem e complementam+se. A artecontém a 3ida de onde emerge, 'a* dela conte5do, distinguindo+se assim das outrasati3idades. O 6como7 ela 'a* isso, usando+se da representação ou da e pressão,

sempre pleiteando a per'eição para atingir autossu'ici0ncia e 0 ito, é a forma como%uer ser entendida.

A obra de arte s( e iste en%uanto 'eita, 'ormada e pensada. Ela é ideiaconcreti*ada, reali*ação de um pro&eto, onde e ecução e in3enção tem uma relaçãode simbiose.

A forma, na estética de Pareyson, deve ser entendida como uma espécie de

organismo que contém elementos dispostos de modo harmônico e sempre singular . criação orgBnica e autDnoma, regida por regras pr(prias, se&a para com suaspr(prias partes, se&a para com o todo, sendo singular. O 'ormar é e ecutar, in3entar e descobrir.

Conte5do &1 te3e sua signi'icação ligada ao tema ou moti3o da arte, mastambém é con'igurado como seu espirituali*ador, tra*endo 8 tona %uest4es epragm1ticas internas e e ternas ao artista. Pareyson escre3e %ue o conte!do nasce

como tal no pr"prio ato em que nasce a forma, e a forma não é mais que a

e#pressão acabada do conte!do $.

A produção do artista !arcel @uc"amp o'erece um paralelo interessanteacerca dos conceitos elaborados "1 pouco.

<eus ready+mades abrem uma série de %uest4es sobre o pr(prio 'a*er art2stico e dão 3a*ão a uma gama de problemati*aç4es %ue surgirão na arte

moderna e contemporBnea. O pr(prio 'a*er art2stico é colocado em c"e%ue. Oconceito de obra de arte, sua criação, comerciali*ação e institucionali*ação são%uestionados atra3és de obras elaboradas pelo artista.

;os 'amigerados ready+mades, @uc"amp alin"a %uest4es sobre a'ormati3idade. <eus ob&etos ad30m do cotidiano e nos são comuns, não despertando%ual%uer re'le ão estética ) não são bonitos ou 'eios, mostram+se desinteressantes

2 Idem . p. 32

3 PAREYSON. Os problemas da estética . p. 56

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) no entanto, ao serem endossados como obras de arte e institucionali*ados em ummuseu numa atitude niilista e criadora por parte do autor, ad%uirem outro aspecto#trans'ormam+se em arte %ue critica a pr(pria arte.

@e ob&etos produ*idos em larga escala industrial e destitu2dos de aura, oready+mades passam a possuir conte5do e 'orma, unindo a ação in3enti3a do artistae sua re'le ão ) conte5do ), ao 'a*er art2stico presente na escol"a e apropriação domaterial, trans'ormando+o em arte ) 'orma. Criou+se assim uma poética pr(pria de@uc"amp.

Cap-tulo +. %uest es sobre o conte/do da arte

m dos temas de discussão da estética %ue sempre encontrou certadubiedade entre os estudantes das artes principalmente a pl1stica, &1 %ue est13ersa muitas 3e*es de 'orma não compreens23el para a maioria das pessoas é osentimento.

Os te(ricos 30m o sentimento na arte, geralmente, de duas maneiras# naprimeira, 3emos a arte como per'eição 'ormal, alcançada pela racionalidade, peloe erc2cio cont2nuo do artesão em seu culto a 'ormaH &1 o segundo, é a inspiração, apai ão pelo ato da arte, em sua ess0ncia, um ato primiti3o de um 6Bnimo perturbadoe como3ido7. A Antiguidade Cl1ssica, sem d53idas, pode ser en%uadrada na primeira3isão de sentimento, en%uanto a segunda 3isão nos 'ar1 lembrar todo a Arte!oderna e ContemporBnea, 6uma arte l2rica, nutrida de sentimentos e de emoç4es7.

Pareyson analisa os sentimentos pensando %ue "1 um antes e um depois dosurgimento da obra. O antes, ou concomitante e contido, seria a%uilo %ue e pressa oamor pela arte, parte da intuição do %ue 'a* surgir a obra. !as, é claro, o sentimentonão é um e%ui3alente 8 obra, nela est1 contida também ideias, aspiraç4es pol2ticas,religiosas e morais, e todos esses pontos t0m menor 3alor se comparado aoconte5do da obra, %ue d1 'orma ao %ue era então in3is23el ao ol"ar do outro.

Os estudos de Croce apontam %ue est1 e atamente nos sentimentos, algo

particular ao indi32duo, a singularidade potencial de uma obra, 'a*endo dossentimentos algo tão importante como seu conte5do ou sua 'orma.

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O depois do surgimento da obra também tra* discrepBncias na literatura# "1%uem acredite %ue a arte e iste para suscitar sentimentos, como uma 'inalidadepr(pria da obra, mas "1 %uem acredite %ue esses sentimentos nada tem a 3er com a

arte.

O primeiro grupo cria técnicas e persegue e peri0ncias %ue possam le3ar oleitor a certa comoção ou reação, ou se&a, o leitor é uma peça importante. En%uantoo segundo grupo usa+se de poéticas %ue 'indam em reaç4es di3ersas, essas poucoimportantes a arte e ao artista, ou se&a, dessa 3e* o leitor é indi'erente a criação daobra.

Pareyson acredita em uma 3isão e%uilibrada, em %ue os sentimentosad3indos do leitor não podem ser o 'im da arte, mas sua e ist0ncia não pode ser tampouco ignorada. Ele é um ser com seu pr(prio repert(rio discursi3o, %ue podetra*er compreens4es di3ersas sobre o %ue 30.

Colaborando com este ponto de 3ista, Iart"es traça sua 3isão sobre aimportBncia do leitor dentro da literatura. Por %ue de3eriamos tratar de maneira tãodisplicente o leitor da arteJ

Assim se re3ela o ser total da escrita# um te to é 'eito deescritas m5ltiplas, sa2das de 31rias culturas e %ue entram umascom as outras em di1logo, em par(dia, em contestaçãoH mas"1 um lugar em %ue essa multiplicidade se re5ne, e esse lugar não é o autor, como se tem dito até a%ui, é o leitor# o leitor é oespaço e ato em %ue se inscre3em, sem %ue nen"uma seperca, todas as citaç4es de %ue uma escrita é 'eitaH a unidadede um te to não est1 na sua origem, mas no seu destino, mas

este destino &1 não pode ser pessoal# o leitor é um "omem sem"ist(ria, sem biogra'ia, sem psicologiaH é apenas esse alguém%ue tem reunidos num mesmo campo todos os traços %ueconstituem o escrito. IA:/9E<, :oland. % rumor da l&ngua.

Podemos também pensar sobre as obras de -an Gog", atra3és da an1lise de<imon <c"ama, como é poss23el ter a comoção do leitor como um 'im da pr(priaarteH a e ist0ncia de um outro ol"ar era 'undamental para o prop(sito da sua obra.

-incentKs passionate belie' as t"at people ouldnKt &ust see "ispictures, but ould 'eel t"e rus" o' li'e in t"emH t"at by t"e 'orceo' "is brus" and da**ling colour t"eyKd e perience t"ose 'ields,

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'aces and 'lo ers in ays t"at not"ing more polite or literalcould e3er con3ey. 9is art ould reclaim "at "ad oncebelonged to religion + consolation 'or our mortality t"roug" t"erelis" o' t"e gi't o' li'e. $t asnKt t"e art cro d "e as a'terH "eanted as to open t"e eyes and t"e "earts o' e3eryone "osa "is paintings. $ 'eel "e got "at "e anted. M <C9A!A,<imon. Po'er of Art.

Podemos partir dessa declaração de <c"ama e entrar em uma segundadiscussão 'ruto dos estudos de Pareyson. <er1 realmente poss23el 3er todos essestraços biogr1'icos citados por <c"ama apenas analisando sua obraJ O %ue, de 'ato,pode a biogra'ia colaborar para a compreensão da arteJ

91 31rios ind2cios %ue colaboram com a ideia de %ue biogra'ia e obra 'alamuma sobre a outra, como, por e emplo, a continuidade de um estilo do artista, suanecessidade de e perimentar dentro de poéticas e, principalmente, pelo 'ato doartista 3i3er pela arte %ue produ*.

91 %uem en ergue uma separação entre 3ida e obra. Croce separa3a a

personalidade art2stica da "umana com o argumento de %ue não se podedepreender da obra uma descrição 'actual da 3ida do autor. O %ue Pareyson aponta,entretanto, é %ue a obra não re3ela necessariamente um pun"ado de 'atos ao redor da 3ida do artista, mas sim sua personalidade, suas 3i30ncias, todos de algumamaneira trans'igurados em arte, arte esta %ue precisa também ser pensada emcomo era 3ista pelo seu pr(prio criador.

Pensando ainda em -an Gog", no %uadro (etrato do )r. *archet , podemosnotar a e ist0ncia de uma 'lor em um copo com 1gua, esta 'lor era uma 'orma detratamento da época para dist5rbios psicol(gicos. Podemos 3er a 3ida do autor presente em sua obra, mas também podemos 3er a 3ida do autor alterando suaobra, como, por e emplo, a obsessão pelos mesmos temas ou a maneira repetiti3a,4 A apaixonada crença de Vincen era !"e n#o apena$ %eriam $"a$ pin "ra$& ma$$en iriam o '"xo da %ida ne(a$) !"e pe(a *orça de $e" pince( e core$ de$("m+ran e$ e(a$%i%eriam a!"e(e$ campo$& ro$ o$ e 'ore$ de *orma !"e nada mai$ *orma( o" (i era(p"de$$e ran$mi ir. S"a ar e rei%indicaria o !"e "ma %e, per ence" - re(i i#o / con$o(aç#oda no$$a mor a(idade a ra%0$ do pra,er do dom da %ida. N#o era a "rma da ar e !"e e(ee$ a%a a r $) e(e !"eria a+rir o$ o( o$ e coraç e$ de odo$ !"e %i$$em $"a$ pin "ra$. E"$in o !"e e(e con$e "i" o !"e !"eria. rad"ç#o no$$a .

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%uase agressi3a como -an Gog" pinta3a seus %uadros. ;a série sobre girass(is, ouso da cor amarela pode não ter sido arbitr1ria, mas decorrente do uso e cessi3o deabsinto.

certo %ue a arte é o 'ruto de um ser social cercado de in'lu0ncias de seutempoH ela não 'oi desprendida e &ogada ao mundo, então "1 traços de seu autor,este, não podemos es%uecer, ter1 suas particularidades, decorrente de uma 3ida5nica.

Cap-tulo I2. O processo art-stico

<egundo Oli3eira, discente do curso de Filoso'ia da ni3ersidade Estadual do<udoeste da Ia"ia E<I , partindo da pergunta sobre %ual é a lei da arte, aprimeira resposta aponta para a de'inição cl1ssica da arte como imitação danature*a. !as aos poucos, essa de'inição 3ai gan"ando cada 3e* mais contornos depoéticas e programas de arte do %ue de estéticas. Pode+se di*er %ue a bele*atambém 'oi, por muito tempo, a lei da arte. Com o romantismo, substitui+se o $deal

de bele*a pela bele*a da e pressão, pois a atenção estética é dirigida para o interior da artista e a arte concebida como e pressão da interioridade, independente de suae uberBncia. !as o pré+romantismo &1 tin"a ra*ão %uando pensa3a outra relaçãocom arte e a bele*a, pensando a representação de ob&etos belos comocaracter2sticos de determinadas poéticas, mas assinalando %ue a arte é a bele*a damaneira como se d1 a representação. O autor busca demonstrar %ue parece nãoe istir uma lei geral para a arte, somente a in3enti3idade do artista, mas ressalta %uea arte precisa obedecer a algum rigor %ue de'ina sua especi'icidade. <urge, assim,uma antinomia, %ue, no entanto, é resol3ida, esse de'ine a lei geral da arte comoregra indi3idual da obra a ser 'eita. O problema da 'ormação da obra &1 se resol3enesse conte to. A obra de arte é, de uma s( 3e*, lei e resultado de sua 'ormação.

Outra antinomia %ue aparece na "ist(ria da estética apresentada por Oli3eiraé da arte como criação ou como descoberta. !as para Pareyson, o processoart2stico pode ser criação e descoberta ao mesmo tempo, na medida em %ue o

artista se con'igura como criador no mesmo ato de dar 3ida a uma 'ormaindependente %ue se imp4e ao seu autor.

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m outro problema a respeito do processo art2stico, é %ue ele se comp4e pelainspiração ou pelo trabal"o. !as essa oposição, mais uma 3e* é 'alsa ou limitadaHuma 3e* %ue essas duas posiç4es se situam em di'erentes programas de arte, bem

como em r(tulos dos di'erentes artistas durante a "ist(ria. Assim, não se podemin'erir duas teorias estéticas di3ersas desse dualismo. A posição %ue autor de'ende ea'irma %ue trabal"o e inspiração não di3ergem, mas con3ergem en%uanto aspectosnecess1rios do processo art2stico. 91 a%ueles %ue consideram %ue o processoart2stico não interessa para a a3aliação de uma obra, bem como e istem a%ueles%ue concebem a obra de arte como insepar13el do processo art2stico. Pareysonconsidera 31lido o processo art2stico do primeiro plano ) lugar da obra de arte ),

mas ressalta o cuidado %ue de3e ser tomado, na medida em %ue essa concepçãopode tornar parcial a compreensão da obra se essa pr(pria é tomadae clusi3amente como um produto acabado, %uando, ao contr1rio, ela também de3ese re3elar como inserida em um processo. !as a obra de arte e istiria somentecomo a conclusão de um processo ou ela pr(pria seria um processoJ Ela seria algode'initi3o, acabado, ou seria algo aberto, incompletoJ

O autor conclui %ue a concepção de arte como abertura costuma apelar paraa intenção do artista, %ue muitas 3e*es pro&eta sua obra como um processo in'inito,aberto. !as a2 no3amente não se pode con'undir programas de arte com estética. Emesmo essas concepç4es não contradi*em o acabamento da obra en%uantoper'eição 'ormal, pois, nesse caso, o não+acabado é o %ue se dese&a atingir na obra,portanto, é o seu acabamento 'ormal. N

CO CL"'$O

Concluindo nosso pensamento, a re'le ão 'ilos('ica permeia todos os Bmbitosda 3ida do "omem, e assim o 'a* também na criação art2stica. /odo o processo dein3enção é pensado, da elaboração do artista 8 suscitação de %uest4es peloobser3ador 'inal, a estética est1 sempre presente na arte.

5 OL$-E$:A, L.+uest es -undamentais da (efle#ão -ilos"fica acerca da Arte resenha de%s problemas da /stética de 0uigi Pareyson . p. 1/7.

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/odo 'a*er "umano é 'ormati3o. O %ue 'ar1 suas elaboraç4es belas e,portanto, arte e dignas de re'le 4es e problemati*aç4es estéticas, é a ade%uação do%ue ele prop4e alcançar com o %ue ele mostra. ma obra de arte é um di1logo entre

a re'le ão do artista, sua in3enção, e a maneira como este age, em con&unto com a'inalidade de sua ação.

;ecess1ria tanto 8 'ruição art2stica %uanto 8 criação, a 'ormati3idade dePareyson re3ela+se como c"a3e para o entendimento da arte moderna econtemporBnea, ambas de car1ter essencialmente conceitual. As problem1ticas daestética são muitas, mas a obra as desnuda de maneira did1tica, o'erecendosubs2dios essenciais para a re'le ão estética.

REFER3 CIA' ,I,LIOGR4FICA'

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