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FAQ - Faculdade XV de Agosto Trabalho de Conclusão de Curso Análise da margem de contribuição dos setores de um supermercado de pequeno porte. Luiz Antonio Umberto Jr SOCORRO - 2005

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FAQ - Faculdade XV de Agosto

Trabalho de Conclusão de Curso

Análise da margem de contribuição dos setores de um supermercado de

pequeno porte.

Luiz Antonio Umberto Jr

SOCORRO - 2005

FAQ - Faculdade XV de Agosto

Análise da margem de contribuição dos setores de um supermercado de

pequeno porte.

Aluno: Luiz Antonio Umberto Jr Orientador: Prof Ms Luiz Antonio Fernandes

.

Trabalho de conclusão de cursoapresentado à Faculdade XV deAgosto, Curso de Administração comÊnfase em Sistemas de InformaçãoGerencial.

SOCORRO - 2005

Agradecimento

Agradeço primeiramente a DEUS pois ele é o criador de tudo e graças a ele eu estou

concluindo a faculdade.

Agradeço também a todos os meus familiares que sempre me apoiaram e me

incentivaram a estudar, ao Felício Jose Sartori que me ajudou sempre que precisei me

explicando teorias ou me dando idéias que me ajudaram a chegar onde estou, aos

meus amigos de classes que há 4 anos convivemos quase todos os dias trocando

experiências e fortalecendo amizades aos professores aos funcionários da faculdade e

ao coordenador Luiz Antonio Fernandes.

Resumo

Este trabalho é um estudo de caso de um supermercado de pequeno porte. Que tem por objetivo definir a margem de contribuição de cada setor do supermercado. Tal pesquisa foi baseada em referencial teórico tais como: margem de contribuição, definição de custos e despesas, curva ABC, acurácia de estoque e ponto de equilíbrio. Alguns instrumentos foram usados tais como classificação ABC, cálculo do ponto de equilíbrio. Com isso se chegou em alguns resultados tais como definição dos setores com maior margem de contribuição, quanto cada setor obtém de margem de contribuição e quanto a empresa obtém de margem de contribuição total, e quais os produtos mais vendidos. Dessa forma a empresa pode desenvolver planos e projetos, ações que envolvem todas as áreas da empresa.

Há homens que lutam um dia e são bons; Há outros que lutam um ano e são melhores. Há os que lutam muitos anos e são muito bons. Mas há os que lutam toda a vida, e estes são imprescindíveis. (Bertold Brecht)

Sumário 1 – INTRODUÇÃO ..................................................................................... 07

1.1 A empresa analisada............................................................................ 08

1.2.Organograma geral da Empresa........................................................... 09

2 – REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 Margem de contribuição.............................................................. 12

2.2 custos e Despesas...................................................................... 13

2.3 Curva ABC.................................................................................. 15

2.4Acurácia de estoque.................................................................... 17

2.5 Ponto de Equilíbrio...................................................................... 19

3 – METODOLOGIA................................................................................... 21

4 – RESULTADOS...................................................................................... 29

5- ANÁLISE DOS RESULTADOS............................................................... 30

6 – CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................. 31

REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO............................................................. 32

7

1 – Introdução

As empresas normalmente precisam se dedicar ao uso de técnicas e

instrumentos apropriados de gerenciamento financeiro, para saber a sua situação e

projetar caminhos e soluções para um bom desempenho financeiro. Para tanto, se faz

necessário um demonstrativo dos resultados, contemplando o valor das vendas

realizadas, o custo das mercadorias vendidas, as despesas variáveis com as vendas,

as despesas fixas e assim análisar o lucro liquido alcançado.

Por isso entender de custos, despesas e preços de venda, e também utilizar

instrumentos de gestão financeira como a margem de contribuição, ponto de equilíbrio,

compreende no desenvolvimento da capacidade gerencial.

Controlar e gerenciar têm sido requisitos imprescindíveis na economia, a regra

agora é de não cometer erros. A concorrência obriga a trabalhar com margens cada

vez menores ficando muitas vezes num perigoso patamar que qualquer descuido com

os custos pode fazê-las desaparecer. Controlar cada custo, por menor que seja, e

buscar ganhos de produtividades em cada processo da empresa, ampliando a

capacidade de fazer lucro, não mais pelo aumento das margens, mas sim, pela redução

dos custos.

Alguns produtos têm papel de criação de imagem de preço, estes não irão

contribuir significativamente com o lucro , mas terão a função de levar clientes em uma

loja de supermercado tais como: óleo, arroz, sabão em pó, outros pelo contrário, terão o

papel de maximizar os gastos do cliente na loja, pela venda de impulso, que certamente

contribuirão mais com margem, porém alavancados pelos anteriores.

Assim, este estudo tem por finalidade discutir o seguinte problema:

Qual é a margem de contribuição de cada setor do supermercado analisado?

Assim sendo o estudo tem por objetivo análisar a margem de contribuição de

cada setor do supermercado, podendo tomar decisões sobre promoções, aumento ou

diminuição da margem de contribuição sem afetar os lucros. Por objetivos secundários

tem -se:

8

- Elaborar o ponto de equilíbrio

-Controle de entrada e saída de mercadorias.

1.1. A empresa analisada

A Empresa Supermercado Sartori iniciou suas atividades em 1968 como uma

simples padaria, com vendas de pães, biscoitos e algumas latarias. Constituída como

uma empresa familiar, a mão de obra inicial era exercida simplesmente pela família e

por dois funcionários contratados como padeiros.

Com o passar dos anos, os filhos que eram jovens começaram a constituir

famílias, as despesas aumentaram e os lucros diminuíram, não só devido ao aumento

das despesas, mas à concorrência de outras padarias que surgiram. Os acionistas

começaram a investir no setor de supermercado.

A intenção era crescer, gerando mais lucros, para bancar as despesas que

haviam aumentado com o crescimento das famílias dos acionistas.

A empresa acumulou dívidas que representavam, por volta de 1990, mais do que

seu próprio valor e de todos os imóveis e propriedades que os sócios tinham. Entrou

um novo governo e os juros que eram altos, de 30, 40% tiveram uma queda para 10%

e, até menos. Os credores foram obrigados a renegociar os juros da dívida, e a

empresa Supermercado Sartori volta a respirar novamente.

Com as vendas aquecidas e os juros baixos por cerca de um ano, o dinheiro dos

credores desvalorizou consideradamente, e a empresa liquida suas dívidas.

A empresa Supermercado Sartori está localizada na cidade de Socorro, Estado

de São Paulo. Instalada nos arredores da parte central da cidade, o setor dos fundos,

depósito. Sua natureza jurídica é de Sociedade por Cotas limitada, onde cada acionista

tem um terço da empresa. Está registrada como Comércio, Produtora de pães,

biscoitos, bolachas e alimentos de um modo geral.

9

1.2.Organograma geral da Empresa.

O supermercado Sartori passou a ter um organograma específico, após a

realização do diagnóstico empresarial, houve a necessidade de criá-lo com o objetivo

de ressaltar as funções desempenhadas pelos funcionários em cada nível hierárquico.

Encarregado Comercial

Contabilidade

Gerência Comercial Gerência Financeira Gerência de Produção

Entregadores Ajudantes de Padeiros Padeiros

Auxiliar de contas a Receber

Repositores Balconistas Caixas

Confeiteiro

Gerência Administrativa

Figura 01: Organograma da Empresa Fonte:Dados da pesquisa elaborada pelo autor.

O supermercado é dividido em quatro gerências, sendo gerencia administrativa,

gerência de produção (padaria), gerência financeira e gerência comercial

A função da gerência administrativa é controlar, coordenar, organizar e planejar

as estratégias necessárias para atingir os objetivos que a empresa deseja, a qualidade

no atendimento, a minimização dos custos, a interação com os clientes entre outras.

.

10

O gerente de produção (padaria) tem a função de vistoriar a produção e a

qualidade dos produtos e sempre inovar com novos produtos e também realiza a

compra da matéria-prima. Conta com apoio dos padeiros e seus auxiliares. Além de

administrar o setor produtivo, também dá apoio para a área comercial e tem

conhecimento técnico de todos os produtos que fabrica, incluindo a manutenção de

máquinas e equipamentos.

O gerente comercial é encarregado de administrar o setor de compras e vendas,

onde são realizados relatórios de vendas, cotações de preços, cálculo de custos e

preços de produtos. Cuida também do setor de pessoal, contratação e demissão. Para

realizar essas funções, conta com um ajudante comercial.

O gerente financeiro é responsável pela administração financeira, ou seja,

concede crediário a clientes, efetua cobrança, faz orçamentos, verifica contas a pagar e

controla a frente de caixas. Tem apoio, também, de um auxiliar de contas a receber,

que tem como responsabilidade controlar, conferir, receber, cobrar, manter a

administração informada sobre o setor.

Em relação aos clientes, o setor industrial tem uma grande diversidade de tipos de

pães, que são distribuídos a hotéis, mini-mercados, padarias e, até mesmo, a outros

supermercados.

Atualmente, está investindo no setor de padaria, oferecendo ao cliente café da

manhã, salgados, sucos, com produtos de própria fabricação, tendo como objetivo

divulgá-los alavancando suas vendas e, assim, diversificar seus serviços, para ganhar

prestígio no mercado local.

A organização, apesar de não ter um programa de treinamento para os

funcionários, tem se utilizado da experiência dos acionistas e funcionários mais antigos,

que fazem o possível, para que a idéia de um bom atendimento seja mantida,

procurando interagir empresa/funcionários/clientes.

Por ser uma empresa no ramo supermercadista, atua com diversos tipos de

produtos, distribuídos entre os setores: hortifrutigranjeiros, limpeza e higiene, frios e

laticínios, mercearia, bebidas, perfumaria e diversos. Os principais fornecedores são,

geralmente os grandes atacados por possuírem o melhor preço. Isso não tira a

11

possibilidade da empresa estar comprando diretamente da indústria e de pequenos

fornecedores. Tudo depende do preço de aquisição da mercadoria e da qualidade do

produto que se está comprando.

12

2 – Referencial Teórico.

A seguir será apresentado o referencial teórico que foi utilizado nesse trabalho

através de pesquisas em livros, artigos e Internet.

2.1 – Margem de contribuição.

Segundo Lobrigatti (2004) margem é a diferença entre o preço de venda e os

custos e as despesas especificas desta venda. E contribuição representa em quanto o

valor das vendas colaborou para o pagamento das despesas fixas e também para gerar

lucro.

Já segundo Nunes (1999) a diferença entre a receita total e o custo variável

total é a quantia de recursos financeiros disponível para o empresário cobrir o custo fixo

total e ressarcir o investimento feito no negócio. A relação entre essa diferença e o total

da receita é denominada margem de contribuição.

De acordo com Ferreira (2003) a margem de contribuição é estabelecida como a

diferença entre o preço de venda e o custo variável unitário multiplicando pela

quantidade vendida. Quando o preço de venda ultrapassar o custo variável unitário , é

feita uma contribuição para cobrir os custos fixos. O que a empresa necessita saber é:

que números de contribuições precisam ser feitas para cobrir os custos fixos?. Pode ser

observado que a margem de contribuição altera diretamente com a quantidade vendida,

logo quando as vendas aumentam uma maior contribuição é feita para a cobertura dos

custos fixos.

Ter conhecimento da margem de contribuição é essencial para avaliação das

atividades operacionais (custo, despesas, preço de venda, mix de produto), para o

planejamento de ações posteriores, estabelecimento de metas e outros objetivos

desejados (CAVALCANTE, s.d, p.27)

Já para Gitman (2002) “a margem bruta mede a porcentagem de cada unidade

monetária de venda que restou após a empresa ter pago seus produtos”.

13

Segundo Dias (s.d) a margem de contribuição se refere á diferença entre o preço

de venda e o custo variável.

Conforme Parreira (1996) a margem de contribuição tem duas finalidades

básicas: primeiro, colaborar para o pagamento das despesas fixas ou despesas de

funcionamento e, em segundo lugar, contribuir para a formação do lucro.

Para Leone (2000) “a margem de contribuição é a diferencia entre o preço de

venda unitário e o custo de vendas variável unitário”.

2.2 – Custos e Despesas Segundo Ferreira (2003) custo variáveis são aqueles que variam de acordo com

o volume de produção ou de vendas.

Já para Cavalcante (s.d) as despesas variáveis são as quais os valores variam

proporcionalmente com as quantidades vendidas. Já as despesas fixas são valores

gastos relacionados com a estrutura da administração da empresa, tais como água, luz,

aluguel e que na maioria estão pouco ou nada relacionadas com a quantidade de

vendas. Algumas empresas não vão bem financeiramente porque calculam mal o valor

gasto com essas despesas e as vendas acabam sendo insuficientes para sua

cobertura.

Segundo Lobrigatti (2004) as despesas variáveis são valores pagos

especificamente pelas vendas efetuadas e são praticamente iguais para os segmentos

de industrias comércio e serviços. E geralmente refere-se a:

- Impostos sobre as vendas: percentual dos impostos respectivos das notas

fiscais emitidas.

-Comissão de vendas: valores pagos aos funcionários ou representantes pelas

vendas realizadas.

Para Sanvicente (1997) custo fixo (figura 02) é todo aquele item de custo ou

despesa que não altera, em valor total, com o volume de atividade ou operação.

14

E o custo variável (figura 02) é aquele que se modifica em relação direta com as

alterações de volume de atividade.

Custo ($) Custo Variável Custo fixo 0 Quantidade

Figura 02 – Custo Variável e Custo fixo. Fonte: Sanvicente (1997, p. 197)

Segundo Dias (s.d) os custos fixos são aqueles que tendem a permanecer

constante ao seu total mesmo havendo mudança no volume de atividade da empresa,

ou seja, apesar de seu total poder variar num período a outro. Porém, em cada período

de tempo ele não é modificado pela quantidade de produção ou vendas.

Os custos variáveis são aqueles que no seu total variam de acordo com as

mudanças no volume de atividade .

Para Leone (2000) as contas são chamadas fixas porque são, ate certo ponto,

inflexível. Tal não acontece em relação às contas variáveis, que mudam na medida das

necessidades da gerência.

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2.3 - Curva ABC

O começo da classificação ABC ou curva 80-20 é atribuído a Vilfredo Paretto um

renascentista italiano do século XIX, que em 1897 realizou um estudo sobre a

distribuição de renda. De acordo com este estudo, percebeu-se que a distribuição de

riqueza não se dava de maneira uniforme, havendo grande concentração de riqueza

(80%) nas mãos de uma pequena parcela da população (20%).

“Trata-se de uma ferramenta gerencial que permite identificar quais itens

justificam atenção e tratamento adequados quanto a sua importância relativa”

(PERREIRA s.d p.1)

Para Dias (1993) a curva ABC é um importante instrumento para a

administração.Obtém-se a curva ABC através da ordenação dos itens conforme a sua

importância relativa.

“Verifica-se, que uma vez obtida a seqüência dos itens e sua classificação ABC,

isso resulta imediatamente a aplicação preferencial das técnicas de gestão

administrativa, conforme a importância dos itens”.

A curva ABC é uma classificação que permite identificar quais os produtos mais

significativos no negócio e serve também como parâmetro para o comerciante saber

onde esta lucrando ou perdendo dinheiro no negocio.(GESTÃO DE MIX PELA CURVA

ABC, 2000, p.14).

A seguir uma figura demonstrando a curva ABC:

16

Percentual de valor de consumo Anual A B C

% números de itens

Figura 03 – Curva ABC Fonte: Perreira (2005, p.02)

Segundo Corrêa; Gianesi e Caon (2001) a técnica ABC é uma forma de

classificação dos itens de um estoque em um determinado sistema de operações em

três grupos, baseados em seu valor total anual de uso. O objetivo é definir grupos para

quais diferentes sistemas de controle de estoque assim resultando em um sistema total

mais eficiente em custos.

Para Moreira (2004) a curva ABC é a colocação dos itens em ordem de

proporção ou porcentagem do investimento total.

O que se nota é que a curva sobe rapidamente, devido ao fato de que os

primeiros itens são os mais importantes em termos de investimento.

Posteriormente, o crescimento é lento ate atingir 100% que corresponde ao

ultimo item.

Não é preciso que seja construída a curva para se definir as regiões A, B e C.

Dada uma série de itens que se quer classificar, o procedimento é o seguinte:

-Para cada item, gerar o investimento que ele acarretou.

-Classificar os itens, do maior para o menor investimento.

-Calcular a porcentagem que cada item representa no investimento total, e em

seguida, as porcentagens acumuladas.

-Realizar a divisão em classe A, B e C de maneira tentativa.

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2.4 – Acurácia de estoque Segundo Corrêa; Gianesi e Caon (2001) a acurácia se refere a diferença entre os

números dos registros do sistema e os números físicos sendo que quanto mais

parecidos encontrarem-se um com o outro, melhor.

O cálculo do valor da acurácia é feito pela fórmula: acurácia dos registros =

(registros corretos / registros contados) x 100.

Sendo que um índice de acurácia de 100% representa um patamar difícil de ser

conseguido devido a grande quantidade dos estoques, é então necessário definir uma

tolerância aceitável para as diferenças entre os dados físicos e os registros no sistema

A definição do intervalo da tolerância poderá variar para itens diferentes,

conforme a constância de uso, de valor monetário e de tempo de ressuprimento, ou

ainda através da participação no custo anual do total dos estoques, obtido pela curva

ABC.

O índice mínimo de tolerância permitido entre o físico e o sistema é de mais ou

menos 5% para todos os itens estocados através de experiências, demonstra que as

empresas têm conseguido os melhores índices de desempenho no uso destes sistemas

com um nível de acurácia geral de pelo menos 95%.

Para Corrêa; Gianesi e Caon (2001) este patamar de 95% deve ser mantido,

como condição necessária para o adequado desempenho do sistema, sendo obtido a

partir de: estabelecimento e implantação de procedimentos detalhados de obtenção,

manipulação e registro de toda informação necessária ao sistema e extrema disciplina

de todos os usuários das informações, no cumprimento das atividades do seu trabalho.

Segundo Fernandes (2003) inventário periódico é quando são determinados

períodos, quase sempre no encerramento do exercício fiscal ou duas vezes por ano, se

faz a contagem física de todos os produtos do estoque. Já o inventário rotativo é

quando permanentemente são contados os itens no estoque, através de um programa

de trabalho de tal forma que todos os itens sejam contados pelo menos uma vez dentro

do período fiscal (geralmente de um ano).

18

Conforme Corrêa; Gianesi e Caon (2001) para controlar a qualidade dos seus

dados de estoque, a empresa, pode realizar inventário tanto periódico, como anual,

porém há um crescente uso do inventário rotativo, ou seja, define-se um período, seja

um mês, uma semana, em que todos os itens do estoque serão contados fisicamente.

O número total de produtos a serem contados é dividido pelo número de dias úteis,

resultando no número de itens a serem contados em cada período de tempo, assim no

final do período, pelo menos uma vez os itens terão sido contados. Este inventário

rotativo deve ser elaborado conforme a importância dos itens considerados, através de

uma curva ABC.

Segundo Corrêa; Gianesi e Caon (2001) a grande vantagem do sistema de

inventário rotativo em relação ao periódico é que a utilização deste permite identificar e

corrigir mais rapidamente eventuais diferenças entre a situação real dos estoques e os

registros do sistema. No entanto a simples correção do registro não é o suficiente, é

preciso buscar as causas das diferenças para que sejam imediatamente resolvidas;

enfim, é um processo de aprimoramento constante e contínuo.

19

2.4 Ponto de equilíbrio

Segundo Ferreira (2003) o ponto de equilíbrio é um método para a avaliação da

situação financeira da empresa que considera o custo e a capacidade de venda da

empresa. Esta análise se concentra no ponto onde a receita total de uma empresa. É

exatamente igual ao seu custo total. O propósito deste método é analisar,

considerando um determinado nível do preço do produto, se a empresa conseguir e

ultrapassar seu ponto de equilíbrio a partir de sua perspectiva de vendas. Desta forma,

e possível, também calcular a quantidade necessária para atingir o ponto de equilíbrio.

Para utilizar a análise do ponto de equilíbrio é necessário fazer o uso de seus

conhecimentos de custos fixos e variáveis. Para que exista lucro, a receita total deve

cobrir os custos totais, que são compostos, de parcelas fixas e variáveis.

Já para Cavalcante (s.d) o ponto de equilíbrio é o valor mínimo de vendas que a

empresa deverá atingir para pagar todos os custos e despesas.

Permitir ao gestor estabelecer uma meta de vendas mínima, que seja suficiente

para cobrir as despesas fixas, assim como também para uma expectativa de geração

de lucro. Para que não ocorram dificuldades de caixa, as vendas no ponto de equilíbrio

determinam três condições:

- Receber dos clientes o valor da venda no ponto de equilíbrio.

- Que as compras sejam proporcionais às vendas no ponto de equilíbrio.

-O valor das despesas fixas e o da margem de contribuição não se modifiquem.

Segundo Machado (1992) a análise do ponto de equilíbrio é uma abordagem ao

planejamento do lucro com apoio nas relações entre custo, volume e lucro.

O ponto de equilíbrio é aquele volume de vendas que iguala a receita e o custo

total para fazer e vender o produto.

Para Leone (2000) a gerência deve usar a análise do ponto de equilíbrio como

ajuda nas funções de planejamento em curto prazo e de tomada de decisões,

considerando certas hipóteses simplificativas. ”Os resultados da análise do ponto de

equilíbrio devem fazer parte de um conjunto de outras informações.Eles nunca deverão

ser tomados isoladamente”.

20

Já para Gitman (2002) o ponto de equilíbrio também conhecido como análises

custo-volume-lucro são utilizadas na empresa para determinar o nível de operações

necessárias para cobrir todos os custos operacionais e para avaliar a lucratividade

agregada a vários níveis de vendas.

s

Faturamento Faturamento Custo variável Custo total Ponto de equilíbrio Custo fixo

Quantidade vendida

Figura 04: Gráfico representativo do ponto de equilíbrio Fonte: Ferreira (2003, p.93)

Segundo Ferreira (2003) a fórmula do ponto de equilíbrio em unidade é a

eguinte:Ponto de equilíbrio = Custos fixos (CF) / Margem de contribuição (MC)

21

3 – Metodologia

Para fins de pesquisa, o método utilizado foi o estudo de caso que segundo

Martins (2005) é uma categoria de pesquisa cujo objeto é uma unidade que se analisa

profundamente. Pode ser caracterizado como um estudo de uma entidade bem

definida, como um programa, uma instituição, um sistema educativo, uma pessoa ou

uma unidade social. Visa conhecer o seu “como” e os seus “porquês”, evidenciando a

sua unidade e identidade própria. É uma investigação que se assume como

particularística, debruçando-se sobre uma situação específica, procurando descobrir o

que há nela de mais essencial e característico.

Inicialmente para a realização do cálculo da MC (margem de contribuição)

foram elaboradas seis planilhas: a primeira planilha conforme a figura 06 contendo

informações como código de barras, descrição do produto, número do setor, nome do

setor, unidade, preço de custo, ICMS-saida, ICMS-entrada, imposto, preço de venda e

saldo de venda. Esta planilha foi determinada como tabela matriz onde contém todas as

informações necessárias para a realização dos cálculos. Todo final de mês é exportado

as informações a cima do sistema do supermercado para a planilha do Excel.

Algumas das informações foram encontradas na nota fiscal ou no produto, como

código de barras, descrição do produto, unidade, preço de custo, ICMS-entrada, ou são

definidas pelo governo como os impostos e ICMS-saida outras informações são

estipulados pela empresa como o número do setor, nome do setor, preço de venda e

saldo de saída.

Foram utilizados os setores já existentes no supermercado conforme demonstra

a figura 05.

22

1 Produtos gordurosos 29 Sandálias

2 Massas 30 Cigarros

3 Óleo,arroz,açúcar,sal e feijão 31 Sorvetes

4 Produtos naturais 32 Ceasa

5 Produtos para animais 33 Ovos de páscoas e panetones

6 Sabão e detergente 34 Matéria prima produção

7 Papel higiênico 35 Embalagens e etiqueta

8 Cerveja, refrigerante carvão 36 Material escolar

9 Chocolates e balas 37 Artigos para festa

10 Manutenção do lar.Material limpeza 38 Lâmpadas

11 Ceras.lustrad.desnf e limpadores 39 Vidros

12 Absorventes 40 Brinquedos

13 Especiarias e azeite 41 Bebidas alcoólicas

14 Vegetais, carnes, enlatados 42 Paes e bolos

15 Condimentos, maioneses e sopas 43 Encartelados

16 Plástico 44 Produtos da casa e Padaria

17 Cafés e filtros 45 Sementes

18 Fermentos, gelatina, pó p/ preparo 46 Açougue e congelados

19 Geléias e doces e prod. 1,99 47 Leites

20 Produtos matinais 48 Sucos

21 Farinha de trigo 49 Vassouras e rodos

22 Farinha de milho e farináceos 50 Velas e fósforo

23 Biscoito 51 Alumínios

24 Artigos frente de caixa 52 Salgadinhos

25 Creme dental e sabonete 53 Receitas

26 Perfumaria,shampoo, condicionador 54 Lanchonete

27 Produtos á granel

28 Frios e laticínios

Figura 05: Nome dos setores. Fonte: Dados da pesquisa elaborada pelo autor.

23

Outra informação fundamental para a realização da análise da margem de

contribuição de cada setor é o saldo de vendas que foi elaborado da seguinte forma:

Inicialmente foi realizado um estudo junto à gerência e aos proprietários da

empresa para a definição de um modelo de planejamento e para a elaboração do

controle de estoque, pois a empresa não possuía. Com esse controle foi possível gerar

dados que se utilizariam no processo de cálculo da margem de contribuição.

O primeiro passo para a realização deste controle foi à contagem do estoque

existente na empresa, foi se estipulado um dia onde 5 funcionários contavam as

mercadorias do estoque e das prateleiras e outros três funcionários corrigiam o sistema

com o estoque correto.

Para a correção dos erros e verificação da acurácia de estoque foi adotada uma

metodologia, onde após um mês de vendas os produtos da empresa foram

classificados segundo a curva ABC.

Os produtos classificados como A serão contados todo mês, B uma vez cada

três meses, e o C uma vez cada seis meses. Para a realização deste processo foi

contratado um colaborador que ficara responsável pela contagem dos produtos e

atualização do sistema.

24

BARRAS DESCRIÇÃO GR SETORES UN CUSTOICMS-S ICMS-E IMP. VENDA SAIDA7896828000239 AGUA COCO KERO-COCO 1LT 1 PRODUTOS GORDUROSOS UN 3,41 12 18 3,65 4,99 157896828000017 AGUA COCO KERO-COCO TP200ml 1 PRODUTOS GORDUROSOS UN 0,85 12 18 3,65 1,24 837896828000482 AGUA COCO KERO-COCO TP330ml 1 PRODUTOS GORDUROSOS UN 1,59 12 18 3,65 2,33 97896828000246 AGUA COCO TROP COCO 1LT 1 PRODUTOS GORDUROSOS UN 3,65 12 18 3,65 5,34 07896828000130 AGUA COCO TROP COCO 200ml 1 PRODUTOS GORDUROSOS UN 0,81 12 18 3,65 1,19 1267896828000055 AGUA COCO TROP COCO 330ml 1 PRODUTOS GORDUROSOS UN 1,36 12 18 3,65 1,99 107891102005948 BANHA REFINADA NOBREZA 1Kg 1 PRODUTOS GORDUROSOS KG 2,5 7 7 3,65 3,27 27891025103127 DANONE-ACTIVIA 100gr POLPA MORANGO 1 PRODUTOS GORDUROSOS UN 0,81 18 18 3,65 1,05 07891025103233 DANONE-ACTIVIA POLPA AMEIXA 400g 1 PRODUTOS GORDUROSOS UN 3,6 12 18 3,65 5,02 17891025103226 DANONE-ACTIVIA POLPA MORANGO 400gr 1 PRODUTOS GORDUROSOS UN 3,6 12 18 3,65 4,98 27891025126362 DANONE-CORPUS 200g FRESH MAN/MARAC. 1 PRODUTOS GORDUROSOS UN 1,12 12 18 3,65 1,56 97891025108641 DANONE-CORPUS 480g PEDAÇ.FRUT.MORAN 1 PRODUTOS GORDUROSOS UN 3,21 12 18 3,65 4,48 17891025126720 DANONE-CORPUS BREAK 170g MORANGO 1 PRODUTOS GORDUROSOS UN 1,12 12 18 3,65 1,64 127891025125921 DANONE-CORPUS SOBR.LACTEA CHOC.205g 1 PRODUTOS GORDUROSOS UN 1,62 12 18 3,65 2,26 47891025111818 DANONE-DAN'UP 1LT BA.M.MA. 1 PRODUTOS GORDUROSOS UN 3,3 18 18 3,65 4,29 07891025111610 DANONE-DAN'UP 200GR BA-MA-MA 1 PRODUTOS GORDUROSOS UN 0,96 12 18 3,65 1,34 27891025111177 DANONE-DAN'UP 200GR FRUTAS VERM. 1 PRODUTOS GORDUROSOS UN 0,96 12 18 3,65 1,34 6

78902374 DANONE-DANETTE 220GR CHOCOLATE 1 PRODUTOS GORDUROSOS UN 1,64 12 18 3,65 2,29 11,57891025021117 DANONE-DANETTE LIQUIDO 200GR 1 PRODUTOS GORDUROSOS UN 0,9 12 18 3,65 1,32 1487891025304746 DANONE-DANONIN.260g C/4 MOR.BEB.FER 1 PRODUTOS GORDUROSOS UN 2,29 18 18 3,65 2,97 6

78902411 DANONE-DANONIN.MORANGO 90GR C/2 1 PRODUTOS GORDUROSOS UN 0,67 12 18 3,65 0,79 807891025301585 DANONE-DANONINHO 360GR MULTIFRUT. 1 PRODUTOS GORDUROSOS UN 2,83 12 18 3,65 3,95 6,57891025320234 DANONE-DANONINHO 390g MOR.LEI.FERC4 1 PRODUTOS GORDUROSOS UN 2,13 12 18 3,65 2,97 07891025313212 DANONE-DANONINHO 390GR FERM.C/6 MOR 1 PRODUTOS GORDUROSOS UN 2,65 12 18 3,65 3,7 07891025320210 DANONE-DANONINHO 390GR FERMENT.C/6 1 PRODUTOS GORDUROSOS UN 2,65 12 18 3,65 3,7 17891025501329 DANONE-FLAN 220g PAULISTA CARAMELO 1 PRODUTOS GORDUROSOS UN 1,46 12 18 3,65 2,14 47891025501312 DANONE-FLAN 220g PAULISTA MORANGO 1 PRODUTOS GORDUROSOS UN 1,46 12 18 3,65 2,14 17891025105336 DANONE-FLAN C/2 CHOCOLATE 220g 1 PRODUTOS GORDUROSOS UN 1,43 12 18 3,65 1,99 07891025431428 DANONE-FRUTY 180g FRUTAS VERMELHA 1 PRODUTOS GORDUROSOS UN 0,8 12 18 3,65 1,17 127891025850113 DANONE-LEITE FERMENT.PAULISTA C/6 1 PRODUTOS GORDUROSOS UN 2,31 12 18 3,65 3,22 77891025109624 DANONE-NATURAL 200GR 1 PRODUTOS GORDUROSOS UN 1,01 12 18 3,65 1,41 17891025423140 DANONE-NATURAL PAULISTA 180g 1 PRODUTOS GORDUROSOS UN 0,86 12 18 3,65 1,26 77891025422129 DANONE-NATURAL PAULISTA DESN.180g 1 PRODUTOS GORDUROSOS UN 0,86 12 18 3,65 1,26 97891138272604 DANONE-PETIT SUISSE PAUL.360g MOR. 1 PRODUTOS GORDUROSOS UN 2,43 12 18 3,65 3,39 67891025102212 DANONE-POLPA DE FRUTA MOR.CREMIE 1 PRODUTOS GORDUROSOS UN 2,3 12 18 3,65 3,21 4

78902404 DANONE-REQUEIJAO P.CALDA 250g 1 PRODUTOS GORDUROSOS UN 3,02 18 18 3,65 4,12 178902817 DANONE-REQUEIJAO P.CALDA LIGHT 250g 1 PRODUTOS GORDUROSOS UN 3,33 12 18 3,65 4,64 2

Figura 06: Tabela matriz. Fonte: Dados da pesquisa elaborada pelo autor.

25

Na segunda planilha conforme a figura 07 foi calculada a margem de contribuição em

porcentagem e unitária de cada produto, este resultado foi multiplicado pela saldo de

saída assim gerando a MC total do produto durante um determinado período.

Nesta planilha foram elaboradas duas classificações: uma decrescente da MC,

podendo assim visualizar os produtos com maior margem e a outra para classificar a

saída decrescente onde pode - se verificar os produtos com maior venda.

Foi acrescentado um filtro para facilitar a análise individual de cada setor. Com

este filtro o usuário pode selecionar apenas o setor que deseja obter informações.

26

BARRAS DESCRIÇÃO GR CUSTO VENDA SAIDA MC% MC-R$ MC- TOTAL

2015600 PAOZINHO SARTORI 50g 44 PRODUTOS DA CASA 0,16 0,2 53331,5 14,95% 0,04 2.133,26R$ 2000800 BATATA COMUM KILO 32 CEASA 0,35 0,7 1607,28 43,35% 0,35 562,55R$

7896569400206 LEITE L.V.LIDER 1L.INTEGRAL 47 LEITES 1,07 1,24 1424 13,59% 0,17 242,08R$ 7896894900013 ACUCAR CARAVELAS 1Kg 3 OLEO. ARROZ. ACUCAR.SAL E FEIJAO 0,95 1,11 1241 8,17% 0,11 134,38R$

2004300 TOMATE KILO 32 CEASA 0,75 1,5 1025,92 43,35% 0,75 769,44R$ 7897001010403 OLEO SOJA PURITY 900ml 3 OLEO. ARROZ. ACUCAR.SAL E FEIJAO 1,5 1,83 1017 13,12% 0,24 244,19R$ 7896657711016 CERV.KRILL 600 ML 8 CERVEJA. REFRIGERANTES.CARVAO 0,85 1,05 987 15,40% 0,13 124,04R$ 7894900011517 REFR.C.C-PET COCA COLA 2Lts 8 CERVEJA. REFRIGERANTES.CARVAO 2,39 2,76 971 9,76% 0,37 359,27R$

2010100 PAO MINI-PAO KILO 44 PRODUTOS DA CASA 3,33 4 969,021 10,09% 0,67 649,24R$ 7891149200405 CERV.SKOL 1/1 8 CERVEJA. REFRIGERANTES.CARVAO 1,55 1,79 926 13,34% 0,13 121,74R$ 7891149200504 CERV.SKOL LATA 350ml 8 CERVEJA. REFRIGERANTES.CARVAO 1,06 1,23 891 13,68% 0,17 151,47R$

78905276 CERV.ANTART.1/1 8 CERVEJA. REFRIGERANTES.CARVAO 1,38 1,58 876 12,73% 0,11 93,15R$ 2001500 CEBOLA KILO 32 CEASA 0,5 1 724,471 43,35% 0,50 362,24R$

7891149010400 CERV.BRAHMA CHOPP 1/1 8 CERVEJA. REFRIGERANTES.CARVAO 1,5 1,73 702 9,64% 0,23 161,46R$ 2000700 BATATA LAVADA KILO 32 CEASA 0,35 0,7 667,004 43,35% 0,35 233,45R$

7897395020101 CERV.ITAIPAVA 350ml 8 CERVEJA. REFRIGERANTES.CARVAO 0,89 1,04 584 8,18% 0,15 87,60R$ 2002200 LARANJA PERA KILO 32 CEASA 0,49 0,98 550,646 43,35% 0,49 269,82R$

7896657712013 CERV.KRILL 350 ML LATA 8 CERVEJA. REFRIGERANTES.CARVAO 0,7 0,81 498 9,93% 0,11 54,78R$ 7891910000197 ACUCAR UNIAO 1Kg 3 OLEO. ARROZ. ACUCAR.SAL E FEIJAO 1,06 1,22 483 13,10% 0,09 41,86R$

2000600 BANANA NANICA KILO 32 CEASA 0,4 0,8 475,278 46,35% 0,40 190,11R$ 7896657731014 REFR.KRILL 600ml 8 CERVEJA. REFRIGERANTES.CARVAO 0,32 0,44 474 24,71% 0,12 56,88R$ 7897581800548 TORRADINHA TEMPERADA 150g 44 PRODUTOS DA CASA 1,5 1,9 442 19,61% 0,40 176,80R$ 7896657731113 REFR.KRILL 350ML LT GUARANA 8 CERVEJA. REFRIGERANTES.CARVAO 0,63 0,73 408 13,58% 0,10 40,80R$

2002600 MAMAO FORMOSA KILO 32 CEASA 0,5 1 407,147 46,85% 0,50 203,57R$ 7896098900109 SABAO BARRA YPE 5x200g 6 SABAO E DETERGENTE 2,07 2,8 385 23,73% 0,66 255,79R$ 7896035210001 SAL CISNE 1Kg 3 OLEO. ARROZ. ACUCAR.SAL E FEIJAO 0,73 0,89 369 17,09% 0,10 36,43R$ 7894900031515 REFR.C.C-PET 2LTS FANTA 8 CERVEJA. REFRIGERANTES.CARVAO 1,97 2,26 364 6,87% 0,29 105,56R$ 7891080000119 FARINHA TRIGO SOL 1Kg 21 FARINHAS TRIGO 1,21 1,48 359 11,31% 0,27 96,93R$ 7897893300026 ACUCAR CRIST.2KG STA.RITA 3 OLEO. ARROZ. ACUCAR.SAL E FEIJAO 1,52 1,75 328 13,13% 0,12 40,91R$

2012500 QUEIJO MUSSARELA KILO 28 FRIOS E LATICINIOS 6,5 9,15 316,118 20,10% 2,65 837,71R$ 7894321726014 TODDYNHO CREMOSO 70g CHOC 1 PRODUTOS GORDUROSOS 0,77 1,18 312 24,84% 0,29 91,46R$ 7897581800012 BISC.POLV.SARTORI 100g 44 PRODUTOS DA CASA 1,2 1,5 301 12,75% 0,30 90,30R$ 7896098900253 DETERG.YPE CLEAR 500ml 6 SABAO E DETERGENTE 0,71 0,97 300 24,33% 0,26 78,00R$ 7898901967019 REFR.KARIBEL GUARANA 2LTS 8 CERVEJA. REFRIGERANTES.CARVAO 0,97 1,15 283 12,00% 0,18 50,94R$ 7896098900208 DETERG.YPE NEUTRO 500ml 6 SABAO E DETERGENTE 0,71 0,97 277 18,33% 0,26 72,02R$

78904644 CERV.KAISER 1/1 8 CERVEJA. REFRIGERANTES.CARVAO 1,27 1,48 259 13,99% 0,21 54,39R$ 7897581800180 PAO LEITE SARTORI 300g 44 PRODUTOS DA CASA 1,4 1,8 259 17,02% 0,40 103,60R$ 7896185310033 SHEFA-LEITE L.V.INTEGRAL 1L 47 LEITES 1,27 1,47 238 9,96% 0,20 47,60R$

78900295 CIGARRO FREE KS 30 CIGARROS 2,06 2,25 232 4,20% 0,19 44,08R$ 7891991000789 CERV.ANTART.KRONEMBIER350 8 CERVEJA. REFRIGERANTES.CARVAO 1,3 1,52 232 8,22% 0,22 51,04R$ 7896098905722 SABAO EM PO TIXAN 500g FRES 6 SABAO E DETERGENTE 1,52 1,91 232 16,77% 0,39 90,48R$ 7898911656026 AGUA POMPEIA 510ml 8 CERVEJA. REFRIGERANTES.CARVAO 0,39 0,51 227 18,23% 0,08 18,11R$ 7891164000905 HAMBURGER AURORA C/1un.90g 46 ACOUGUE E CONGELADOS 0,42 0,57 226 23,93% 0,15 33,90R$

Figura 07: Margem de contribuição.

SETORES

Fonte Dados da pesquisa elaborada pelo autor.

27

Na terceira planilha foi realizada a classificação ABC dos produtos onde se

pode observar cada setor, usando o filtro, individualmente quais os produtos que

foram classificados como A,B ou C.

Na quarta planilha foi elaborado a MC total de cada setor, somando a MC de

todos os produtos do mesmo setor durante um período, em valor financeiro. Esse valor

financeiro foi transformado em porcentagem relativo ao total da soma da MC de todos

os setores.

Na quinta planilha foram realizados os gráficos para a comparação e análise dos

setores.

A sexta planilha como demonstra a figura 08 foi elaborada para a consulta do

produto. Inserindo o código de barras na célula indicada, obtemos todas as informações

necessárias para a realização de uma análise individual do produto.

INSIRA O CODIGO DE BARRAS

COD

28

KG 6,50R$

77

3,659,15R$

20%

A

DescriçãoNumero do setorNome do setor

IGO DE BARRAS

UnidadePreço de custo

ICMS-SAIDAICMS-ENTRADA

ImpostoPreço de Venda

Saida 211,5MC%

MC-R$-TOTALABC

2,65R$ 560,48R$

FRIOS E LATICINIOS

QUEIJO MUSSARELA KILO

2012500

MC

Figura 08: Consulta dos produtos. Fonte :Dados da pesquisa elaborada pelo autor.

28

4 – Resultados

Com a primeira amostragem de dados realizada, pode - se verificar que a

concentração do faturamento esta no seguinte setores: Produto da casa e padaria, frio

e laticínios, Ceasa, Cerveja, refrigerante e carvão.

Verificando na figura 09 que esses quatro setores representam 72% do

faturamento da empresa.

Porcentagem do faturamento dos setores em mês pre- determinado.

58%

6% 4% 4% 2% 2% 2% 2% 2%18%

0%20%40%60%80%

100%120%

Setores

Figura 09: Porcentagem do faturamento por setor. Fonte: Dados da pesquisa elaborada pelo autor.

29

O cálculo do ponto de equilíbrio do supermercado.

Custo fixo: 50.000,00

Margem de contribuição: 57.1231,61

Ponto de equilíbrio = 88 %

Tabela 01: Cálculo do ponto de equilíbrio. Fonte: Dados da pesquisa elaborada pelo autor.

Com todo o controle de entrada e saída de mercadorias é possível obter dados

de quanto há de cada produto no estoque ou de quanto esse produto vendeu num

determinado período, facilitando para o departamento de compras realizar seu ofício.

30

5 - Análise dos Dados

Na figura 09 consta o faturamento de cada setor no período de um mês. Com

essas informações é possível realizar o gerenciamento individual de cada setor,

podendo tomar decisões sobre promoções ou diminuição do estoque de produtos de

setores de baixa rotatividade. E não deixando faltar produtos de alta rotatividade.

Com a realização desta análise foi necessária a elaboração de um controle de

entrada e saída de mercadorias que existia no sistema da empresa mas não era

utilizado. Os números do sistema não eram atualizados, assim não podia se obter

informações de quanto era vendido de cada produto ou quanto era comprado e muito

menos quanto tinha no estoque.

Com isso foi realizado um saneamento do cadastro de cerca de 10000 itens que

não existem mais por motivo de não interesse de compra do departamento compras ou

por que o vendedor não passou mais na empresa. Com esse saneamento no sistema

ele se encontra mais ágil.

Com esta análise foi possível realizar um realinhamento de preços em alguns

produtos que se encontravam com margem negativa ou que a margem era muito

pequena sendo insuficiente para cobrir os custos fixos e dar lucro.

Com o cálculo do ponto de equilíbrio da empresa (Tabela 01) foi verificado que

cerca de 88% da margem de contribuição é usada para cobrir os custos fixos assim

restando 12% de lucro.

31

6 - Considerações Finais

Antes da realização do sistema de informação não era possível ter certeza quais

os setores que tinham maior rendimento. Ainda existem alguns problemas a serem

resolvidos tais como o lançamento correto do estoque, e a inativação de produtos iguais

que vieram com código de barras diferentes, ha também o caixa que não se

conscientizou que é necessário passar o produto pelo sistema para assim realizar a

baixa no estoque.

Existe uma previsão de 6 meses para que esse gerenciamento funcione

corretamente, e com um controle de 95% da acurácia de estoque, assim demonstrando

sua eficiência e utilidade nos dias de hoje.

Com essas informações disponíveis pode-se aplicar outras ferramentas de

gerenciamento tais como ponto de pedido, estoque mínimo, assim facilitando alcançar o

lucro esperado e ajudando no desenvolvimento e crescimento tanto do supermercado

como da padaria.

Após a implantação e o aparecimento dos primeiros resultados, a maior

dificuldade que tem -se que enfrentar é a veracidade dos dados do sistema, eles

precisam estar sempre iguais às quantidades do estoque. Tem -se que sempre estar

consciente da responsabilidade da realimentação do sistema, para não permitir que ele

não seja utilizado mais.

Desta forma o melhor resultado que a implantação do sistema agregou foi a

melhor administração dos recursos financeiros de cada setor da empresa.

32

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