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ANÁLISE DA FRAGILIDADE AMBIENTAL DO CÓRREGO DAS MOÇAS EM UBERLÂNDIA-MG
ENVIRONMENTAL ANALYSIS OF FRAGILITY OF MOÇAS STREAM IN UBERLANDIA – BRAZIL
Thallita Isabela Silva Graduanda em Geografia pela Universidade Federal de Uberlândia
[email protected] Silvio Carlos Rodrigues
Prof. Dr. do Instituto de Geografia da Universidade Federal de Uberlândia [email protected]
Resumo O presente trabalho apresenta a análise da fragilidade ambiental média frente aos processos erosivos da Micro-bacia do Córrego das Moças, situada no município de Uberlândia – MG, a partir da utilização de técnicas de geoprocessamento e imagens interferométricas (SRTM). A elaboração da avaliação da Fragilidade Ambiental da área de estudo foi realizada com base nos pressupostos de Ross (1994), partindo da análise das variáveis da declividade do terreno, da litologia, dos tipos de formações superficiais e do uso da terra e cobertura vegetal. Cada uma das variáveis cartografadas foi classificada em função de sua maior ou menor fragilidade frente aos processos erosivos, recebendo classificação entre Muito Baixa, Baixa, Média, Alta e Muito Alta Fragilidade. Desta forma, foi possível chegar ao diagnóstico da Fragilidade Ambiental Média frente aos Processos Erosivos da área de estudo, visando à contribuição para estudos futuros nesta área, bem como, subsidiar um melhor manejo e conservação da Micro-bacia do Córrego das Moças. Palavras-chave Fragilidade Ambiental frente aos Processos Erosivos, Córrego das Moças, Geoprocessamento. Abstract This paper presents an environmental analysis of the average fragility to the erosion processes of Moças Stream Micro-watershed, in Uberlandia – Brazil, using technical geoprocessing and interferometric images (SRTM). The evaluation of environmental fragility based on porpoises of Ross (1994), analyzing the variables of slope, lithology, types of surface formations and the land use and vegetal coverage. Each of these mapped variables was classified according to their fragility index to erosion processes, as Very Low, Low, Medium, High and Very High Fragility. So, it was possible produce a diagnostic of Environmental Medium Fragility of Erosion Processes on the study area, contribute for future studies in this area, and, subsidize a better management and conservation of Moças Stream Micro-watershed. Key-words Environmental Fragility of the Erosion Processes, Moças Stream, Geoprocessing.
1. Introdução
A paisagem é um conceito chave para o entendimento do espaço geográfico, o qual é o palco
das realizações humanas que modificam os “arranjos que estruturam o funcionamento dos processos e
criam um arranjo secundariamente estruturado” (RODRIGUES e OLIVEIRA, 2007).
Desta forma, deve-se considerar a paisagem como o resultado de uma combinação dinâmica de
elementos físicos, biológicos e antrópicos que conforme Bertrand, interagem uns sobre os outros e
tornam a paisagem um conjunto indissociável, num estado de perpétua evolução. Sendo assim, é
importante ressaltar que não se trata somente de paisagens “naturais”, mas de uma paisagem total que
integra as implicações da ação antrópica (Bertrand, 2004). Sob essa ótica, pode-se dizer que, as
sociedades humanas não devem ser consideradas como elementos externos à natureza e, por
conseguinte aos ecossistemas em que vivem. Elas devem ser vistas como integrantes fundamentais de
tal dinâmica que é resultado de fluxos energéticos que são responsáveis pelo funcionamento do sistema
como um todo (ROSS, 1994).
Sob essa hipótese, considerando a totalidade da paisagem, representada pelos elementos físicos,
biológicos e pelas relações sociais, pode-se observar que as preocupações em torno das questões
ambientais estão cada vez mais entrando em evidência, pois o meio natural compreende a base para a
sobrevivência e conforme já explicitado, é o palco das relações humanas. Os grandes avanços
tecnológicos, o aumento da rede urbana e em especial, a mecanização do campo com o grande
crescimento das atividades agropecuárias, são elementos integrantes da vida humana, porém, a
preocupação exacerbada com as questões econômicas e os agressivos processos de exploração
irracional e desperdício dos recursos naturais têm agravado a situação do meio ambiente.
Neste contexto, Ross (1994:64) coloca que “os estudos integrados de um determinado território
pressupõem o entendimento da dinâmica de funcionamento do ambiente natural com ou sem a
intervenção das ações humanas”, além de ressaltar que os ambientes naturais apresentam maior ou
menor fragilidade frente às intervenções antrópicas, em função de suas características genéticas.
Portanto, o presente trabalho apresenta a análise da fragilidade ambiental quanto aos processos
erosivos da Micro-bacia do Córrego das Moças situada no município de Uberlândia-MG, a partir da
utilização de técnicas de Geoprocessamento e imagens interferométricas (SRTM).
2. Caracterização da área de estudo e entorno
A Micro-bacia do Córrego das Moças localiza-se em sua totalidade na zona rural ao norte do
Município de Uberlândia, na região do Triângulo Mineiro, tendo como ponto de referência as
coordenadas UTM 784000 mN e 7920000 mE (Figura 01). Tal Micro-bacia deságua no Córrego
Bebedouro, sendo integrante da Bacia Hidrográfica do Rio Araguari. O Município de Uberlândia,
assim como quase todo o Triângulo Mineiro, segundo Nishiyama (1989) está inserido na Bacia
Sedimentar do Paraná, a qual pode ser representada pelas litologias de idade Mesozóica como: arenitos
da Formação Botucatu, basaltos da Formação Serra Geral e as rochas do Grupo Bauru.
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Convenções CartográficasLimite da Bacia
Represa
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Mapa de LocalizaçãoMicro-Bacia do Córrego das Moças
0 1 20,5 Km Autora: Thallita Isabela SilvaLaboratório de Geomorfologia e Erosão dos Solos
IGUFU, 2009Fonte: HRG/SPOT 5 - fevereiro de 2006
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Figura 01: Localização da área de estudo.
A geologia regional da Bacia do Rio Araguari tem como embasamento xistos e quartzitos do
Pré-Cambriano Médio em seu alto curso, recobertos no seu médio curso por sedimentos mesozóicos da
Bacia Sedimentar do Paraná. No baixo curso o rio Araguari corta intercalações de arenitos e basaltos
da Formação Serra Geral, chegando, no fundo do vale a erodir gnaisses e granitos do Pré-Cambriano
inferior. Sedimentos cenozóicos são encontrados nos planaltos tabulares e em relevos residuais, bem
como recobrindo terraços estruturais (Rodrigues, 2002). A Micro-bacia do Córrego das Moças abrange
formações litológicas como a Serra Geral e Marília, conforme Nishiyama (1998).
Como integrante da Bacia do Rio Araguari, a micro-bacia do Córrego das Moças insere-se na
unidade de relevo chamada por Ab’Saber (1971) como Domínio dos Chapadões Tropicais e por
Radam (1983) na unidade Planaltos e Chapadas da Bacia Sedimentar do Paraná (Ferreira, 2005) e o
clima predominante nessa região é do tipo Aw (segundo classificação de Köppen), com verão quente e
úmido e inverno frio e seco, estando inserida em área do Bioma Cerrado.
3. Método e materiais
Os ambientes naturais apresentam diferentes potenciais de fragilidade em relação aos processos
erosivos. Tricart (1977) baseado na idéia de ecodinâmica trabalha com a teoria dos sistemas, definindo
que os ambientes, quando estão em equilíbrio dinâmico são estáveis, quando estão em desequilíbrio
são instáveis e ainda que, ambientes em transição entre esses dois graus de estabilidade podem ser
classificados como intergrades. Tais conceitos foram utilizados por Ross (1994), que inseriu novos
critérios para definir as Unidades Ecodinâmicas Estáveis e Instáveis.
No intuito de que esses conceitos pudessem ser utilizados como subsídio ao planejamento
ambiental, eles foram ampliados de modo que as Unidades Ecodinâmicas Estáveis apresentem-se
como Unidades Ecodinâmicas de Instabilidade Potencial em diferentes graus de muito fraca a muito
forte, bem como as Unidades Ecodinâmicas Instáveis se apresentem como Unidades Ecodinâmicas de
Instabilidade Emergente. (ROSS, 1994).
A elaboração da avaliação da Fragilidade Ambiental da Micro-bacia do Córrego das Moças foi
realizada com base nos pressupostos de Ross (1994), a partir da análise das variáveis da declividade do
relevo, do substrato litológico, dos tipos de formações superficiais e do uso da terra e cobertura
vegetal. Cada uma destas variáveis foi considerada como tendo o mesmo peso sobre o grau de
fragilidade, sendo que, a correlação estabelece-se entre classes de fragilidade associadas a cada
variável cartografada. A classificação, relacionada às diferentes feições encontradas, foi estabelecida
em função de sua maior ou menor fragilidade frente aos processos erosivos, recebendo conotação entre
Muito Baixa, Baixa, Média, Alta e Muito Alta Fragilidade. A cada classe foi atribuída um valor: Muito
Baixa (1), Baixa (2), Média (3), Alta (4) e Muito Alta (5) e, a partir deste processo foi produzida uma
matriz de correlação, com diferentes associações destas quatro variáveis, para obter o valor médio de
fragilidade da paisagem, com a sobreposição no software ArcGIS.
As curvas de nível foram extraídas a partir de dados da SRTM (Shuttle Radar Topography
Mission), que apresenta sensores com visada vertical e lateral, com capacidade de reproduzir três
dimensões espaciais do relevo: latitude, longitude e altitude (x, y, z), ou seja, trata-se de um modelo
digital do terreno (Carvalho e Bayer, 2008). Foi realizado um refinamento desse MNT, sendo tal
processo caracterizado pela suavização do espaçamento entre os pontos da grade original pelo método
de interpolação desses pontos, criando uma nova grade (Crepani, 2004 apud Nogueira, 2006), assim,
foi realizada uma divisão dos pixels de 10 em 10 metros.
Além disso, a base geológica e o mapa de formações superficiais foram embasados em
Nishiyama (1998) e para a realização do mapeamento de uso da terra e cobertura vegetal utilizou-se a
imagem de satélite HRG/SPOT 5 de fevereiro de 2006.
O softwares utilizados para a manipulação dos dados foram o SPRING 5.0.4 e o ArcGIS 9.2.
No primeiro foi realizado o refinamento da grade numérica da imagem da SRTM e, posteriormente,
foram geradas as curvas de nível e exportadas como shapefile para o segundo. Neste, a partir das
curvas de nível importadas, foi realizada a criação de uma grade triangular do tipo vetorial, mais
conhecida como TIN, extraindo a declividade do terreno.
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Convenções CartográficasRede de Drenagem
Represa
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Mapa GeológicoMicro-Bacia do Córrego das Moças
0 1 20,5 Km Autora: Thallita Isabela SilvaLaboratório de Geomorfologia e Erosão dos Solos
IGUFU, 2009Fonte: Nishiyama, 1998.
Legenda:Litologia
Arenito
Basalto
Ainda no ArcGIS 9.2, foi realizada a poligonização das classes de uso da terra e cobertura
vegetal a partir da fotointerpretação da imagem de satélite. Os mapas de geologia e de formações
superficiais, conforme já descrito, foram adaptados de Nishiyama (1998), através do recorte para a
área de estudo. Assim, com todas as variáveis em formato vetorial, tornou-se possível cruzar as
informações através da ferramenta Union.
4. Resultados e discussão
A partir das diversas variáveis cartografadas, chegou-se aos seguintes produtos: o Mapa de
Declividade, Mapa Geológico, Mapa de Formações Superficiais, Mapa de Uso da Terra e Cobertura
Vegetal e com a sobreposição destes, o Mapa de Fragilidade Ambiental Média frente aos Processos
Erosivos.
No Mapa Geológico é possível observar a presença de duas feições de rochas, o arenito da
Formação Marília e o basalto da Formação Serra Geral (Figura 02). Desta forma, a atribuição de
valores quanto ao grau de fragilidade frente aos processos erosivos, estabelece que o arenito por sua
característica mais friável, apresenta maior fragilidade com relação ao basalto (Tabela 01).
Figura 02: Mapa Geológico da área de estudo.
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Convenções CartográficasRede de Drenagem
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Mapa de Formações SuperficiaisMicro-Bacia do Córrego das Moças
0 1 20,5 Km Autora: Thallita Isabela SilvaLaboratório de Geomorfologia e Erosão dos Solos
IGUFU, 2009Fonte: Nishiyama, 1998.
Legenda:Formações superficiais
Retrabalhado argiloso - coberturas de chapada, F. M.*
Residuais - arenoso, F. M.*
Residuais de pequena espessura, F. M.*
Retrabalhado argiloso - colúvios, F. S. G.** e F. M.*
Residuais de pequena espessura, F. S. G.**
Retrabalhado argiloso - residuais, F. S. G.**
* Formação Marília** Formação Serra Geral
Fragilidade Categorias Código
Menor Basalto 1
Maior Arenito 2
Tabela 01: Classificação da geologia quanto à fragilidade.
Com relação ao Mapa de Formações Superficiais (Figura 03), na Micro-Bacia do Córrego da
Moças foi possível identificar seis classes de formações superficiais (Nishiyama, 1998). Assim sendo,
a classificação quanto ao grau de fragilidade levou em consideração a gênese e a textura dos materiais,
conforme Tabela 02.
Figura 03: Mapa de Formações Superficiais da área de estudo.
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Convenções CartográficasRede de Drenagem
Represa
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Legenda:Cultura temporária
Mata em regeneração
Mata natural
Pastagem
Reflorestamento
Solo exposto
Uso antrópico
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Mapa de Uso da Terra e Cobertura VegetalMicro-Bacia do Córrego das Moças
0 1 20,5 KmAutora: Thallita Isabela Silva
Laboratório de Geomorfologia e Erosão dos SolosIGUFU, 2009
Fonte: HRG/SPOT 5 - fevereiro de 2006
Fragilidade Categorias Código
Muito Baixa Retrabalhado argiloso – Formação Serra Geral 1
Baixa Residuais de pequena espessura – Formação Serra Geral 2
Baixa Retrabalhado argiloso – colúvios – F. Serra Geral e F. Marília 2
Média Retrabalhado argiloso – cob. de chapadas – Formação Marília 3
Alta Residuais – arenoso – Formação Marília 4
Muito alta Residuais de pequena espessura – Formação Marília 5
Tabela 02: Classificação das formações superficiais quanto à fragilidade.
O Mapa de Uso da Terra e Cobertura Vegetal (Figura 04) demonstra sete classes diferentes,
sendo que, de forma predominante, ocorrem as pastagens e as culturas temporárias. A classificação
destas classes quanto à sua influência sobre a fragilidade do relevo (Tabela 03), está relacionada ao
grau de proteção ao solo oferecido pelos tipos de usos e cobertura vegetal (Ross, 1994).
Figura 04: Mapa de Uso da Terra e Cobertura Vegetal da área de estudo.
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Convenções CartográficasRede de Drenagem
Represa
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Mapa de DeclividadeMicro-Bacia do Córrego das Moças
0 1 20,5 Km Autora: Thallita Isabela SilvaLaboratório de Geomorfologia e Erosão dos Solos
IGUFU, 2009
Legenda:Declividade (%)
< 6
6,1 - 12
12,1 - 20
20,1 - 30
> 30
Proteção Categorias Código
Muito Alta Mata natural 1
Alta Mata em regeneração 2
Alta Reflorestamento 2
Média Pastagem 3
Baixa Cultura temporária 4
Muito baixa Solo exposto 5
Muito baixa Uso antrópico 5
Tabela 03: Classificação das categorias de uso e cobertura vegetal quanto ao grau de proteção aos solos.
O Mapa de Declividade (Figura 05) serve como fonte de informações das formas do relevo, das
aptidões agrícolas, riscos de erosão, restrições de uso e ocupação urbana, entre outros, sendo de grande
utilidade para análises em escalas maiores (de detalhe). Assim, utilizando a classificação proposta por
Ross (1994), foram definidas 5 classes de declividade (Tabela 04), sendo que, quanto maior o grau de
declive do terreno, mais susceptível à erosão torna-se a superfície e, na área de estudo verificou-se a
ocorrência de apenas quatro classes de declividade daquelas apontadas por Ross..
Figura 05: Mapa de Declividade da área de estudo.
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Convenções CartográficasRede de Drenagem
Represa
Limite da Bacia
Mapa de Fragilidade Ambiental Média frente aos Processos ErosivosMicro-Bacia do Córrego das Moças
Autora: Thallita Isabela SilvaLaboratório de Geomorfologia e Erosão dos Solos
IGUFU, 2009
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Legenda:Fragilidade Média
Muito baixa
Baixa
Média
Alta
Muito alta
0 1 20,5 Km
Fragilidade Categorias Código
Muito baixa < 6% 1
Baixa 6 a 12% 2
Média 12 a 20% 3
Alta 20 a 30% 4
Muito alta >30% 5
Tabela 04: Classificação da declividade quanto à fragilidade.
A partir da sobreposição de cada uma das quatro variáveis apresentadas, chegou-se ao Mapa de
Fragilidade Ambiental Média frente aos Processos Erosivos (Figura 06). Este resultado apresenta um
diagnóstico do meio físico da Micro-bacia do Córrego das Moças, no que se refere à sua maior ou
menor suscetibilidade frente aos processos de erosão, servindo como um aparato para o melhor manejo
da área estudada. Conforme pode-se observar no Gráfico 01, a maior parte da área da Micro-bacia
encontra-se classificada com Alta Fragilidade (34,3%), apesar de uma parte significativa da área se
encontrar classificada com Baixa Fragilidade (32,9%). A classe de fragilidade média também
apresenta um peso significativo, representando 19,4% da área total.
Figura 06: Mapa de Fragilidade Ambiental Média frente aos Processos Erosivos da área de estudo.
Gráfico 01: Representação da Fragilidade Ambiental Média frente aos Processos Erosivos na área de
estudo.
Sendo assim, pode-se dizer que a Micro-Bacia do Córrego das Moças necessita de atenção
quanto à sua forma de ocupação e manejo do seu território, no sentido de preservação do meio natural,
a partir do conhecimento de suas áreas mais propícias ao desencadeamento de processos erosivos, que
por sua vez implicam na degradação ambiental de determinada área.
5. Conclusão
Conclui-se que os objetivos propostos foram alcançados com êxito, uma vez que, através da
utilização das técnicas de Geoprocessamento outrora apresentadas, foi possível se chegar ao produto
correspondente à Fragilidade Ambiental Média frente aos Processos Erosivos da Micro-Bacia do
Córrego das Moças, e desta forma, levantar um diagnóstico da área específica por meio do
mapeamento de diversas variáveis do meio físico-natural e antropizado.
O estudo da fragilidade ambiental merece destaque por apresentar-se como um subsídio para o
planejamento territorial ambiental, em vista da busca pelo desenvolvimento e uso dos recursos de
forma sustentável.
Espera-se que este trabalho possa instigar a comunidade acadêmica interessada em estudos
ambientais quanto à sua aplicação por meio de técnicas de Geoprocessamento, no sentido da
cartografação de diversas variáveis do meio natural e antrópico para análises no âmbito da fragilidade
ambiental, bem como, possa servir como auxílio para futuras intervenções na área de estudo, em seu
manejo e preservação do meio ambiente atual.
6. Agradecimento
À Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais – FAPEMIG pelo apoio para a
realização da pesquisa e financiamento para participação neste evento.
7. Referências
BERTRAND, G. Paisagem e Geografia Física Global. Esboço Metodológico. R. RÁE GA, Curitiba: Editora UFPR, n. 8, p. 141-152, 2004.
CARVALHO, T. M; BAYER, M. Utilização dos produtos da “Shuttle Radar Topography Mission” (SRTM) no mapeamento geomorfológico do Estado de Goiás. Revista Brasileira de Geomorfologia – Ano 9, nº 1, 2008.
FERREIRA, I. L., Estudos geomorfológicos em áreas amostrais da Bacia do rio Araguari – MG. Uma abordagem da cartografia geomorfológica. Dissertação de Mestrado. Universidade Federal de Uberlândia. Instituto de Geografia. Uberlândia, 2005. NISHIYAMA, L. Geologia do Município de Uberlândia e áreas adjacentes. Revista Sociedade e Natureza, n. 1, vol. 1: 9-16, Uberlândia, junho de 1989. _________. Procedimentos de mapeamento geotécnico como base para análises e avaliações ambientais do meio, em escala 1:100.000: aplicação no município de Uberlândia - MG. Tese de Doutorado. Universidade de São Paulo, USP, Brasil, 1998.
NOGUEIRA, T. C. Compartimentação morfológica com base em dados SRTM: Estudo de caso Bacia do Rio Uberabinha, Uberlândia-MG. Monografia (Trabalho de Conclusão de curso) – Universidade Federal de Uberlândia, Instituto de Geografia. Uberlândia, 2006. RODRIGUES, S. C. Mudanças ambientais na região do cerrado. Análise das causas e efeitos da ocupação e uso do solo sobre o relevo. O caso da bacia hidrográfica do Rio Araguari, MG. GEOUSP – Espaço e Tempo, São Paulo, n. 12, 2002.
RODRIGUES, S. C. OLIVEIRA, P. C. A de. Programa de Registro do Patrimônio Natural – Complexo Energético Amador Aguiar. Araguari: Zardo, 2007. p 90; ilust.
ROSS, J. L. S. Análise Empírica da Fragilidade dos Ambientes Naturais e Antropizados. Revista do Departamento de Geografia. n.8, p.63-74, 1994.
TRICART, J. Ecodinâmica. Rio de Janeiro: IBGE, Diretoria Técnica, SUPREM. 97p. 1977.