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Análise Comparativa dos Modelos de

Gestão dos Ativos de Iluminação Pública

Américo Couto Procurador do Município do Recife/PE e sócio-

fundador da Couto & D’Angelo Advogados

Associados

Walter D’Angelo Mestre em Direito pela UFPE, Professor da

Graduação e Pós-Graduação da Uninassau e

sócio-fundador da Couto & D’Angelo Advogados

Associados

JUSTIFICATIVA

Resolução nº 414/2010 – ANEEL

Art. 218. A distribuidora deve transferir o sistema de iluminação

pública registrado como Ativo Imobilizado em Serviço – AIS à

pessoa jurídica de direito público competente.

[...]

§4º Salvo hipótese prevista no §3º, a distribuidora deve observar os

seguintes prazos máximos:

[...]

V – 31 de dezembro de 2014: conclusão da transferência dos ativos;

FUNDAMENTO JURÍDICO

Constituição Federal

Constituição Federal

Art. 30. Compete aos Municípios:

[...]

V – organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessão ou

permissão, os serviços públicos de interesse local, incluído o de

transporte coletivo, que tem caráter essencial; (Original sem

grifos).

MODELOS DE GESTÃO

Delegação dos serviços, mediante

contrato, às distribuidoras;

Operação (direta) pelo poder público;

Contratação tradicional (terceirização de

serviço)

Parceria público-privada.

Delegação dos Serviços às

Distribuidoras

Resolução Normativa nº 414, da ANEEL:

art. 21, § 1º

Conclusão:

Modelo não recomendado , mercê da submissão dos

Municípios ao jugo das distribuidoras

Vantagem Desvantagem

Solução de continuidade Subordinação aos ditames

das distribuidoras. (custos)

Operação pelo Poder Público Municipal

Vantagens Desvantagens

Prescinde de contratações Ausência de Know-how

Confere expertise e autonomia Investimentos elevados

Compatibilização com a LRF

Limitada rigidez para exigência de

perfomance

Conclusão:

Modelo ineficiente e, portanto, não inspirado no princípio da

economicidade.

Contratação Municipal (Lei nº 8.666/93)

Vantagens Desvantagens

Contratos de reduzida complexidade Contratação de meios

Contratação relativamente simples e

célere

Responsabilidade pela gestão dos

serviços e perante terceiros

Dispensa o fornecimento de garantias

públicas

Contratação fragmentada/segmentada

Contratação limitada a 5 (cinco) anos

Dispêndios públicos elevados

Conclusão:

Custo-benefício desequilibrado, incompatível com o escopo da

economicidade.

Parcerias público-privadas (Lei nº

11.079/04)

Modalidades

a) Concessão patrocinada

b) Concessão administrativa

Parcerias Público-Privadas

(Lei nº 11.079/04)

Desvantagens Vantagens

Contratos mais elaborados Contratação de resultados

Estruturação mais complexa/morosa Prestação dos serviços por conta e

risco do parceiro privado (SPE)

Exige a prestação de garantias

públicas

Contratação integrada

Contratação de longo prazo

Simplificação da gestão

Favorece o não endividamento

Fixação de parâmetros de qualidade e

de eficiência

Remuneração por desempenho

Parcerias Público-Privadas

(Lei nº 11.079/04)

Conclusão

Considerando o foco nos resultados, a integração dos escopos,

a possibilidade de amortização dos investimentos a longo

prazo, o que favorece a realização de investimentos em

novas tecnologias, e a exigência de parâmetros de qualidade

e eficiência, atrelando-se a remuneração ao resultado,

entendemos que a PPP representa o modelo mais adequado

para a gestão, pelos municípios, dos ativos de iluminação

pública.

Obrigado!