análise combinatória
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Análise
Combinatória
O estudo da análise combinatória nos permite
descobrir quais são as diferentes possibilidades de uma
combinação de variáveis. Por exemplo, quantas placas
de carro são possíveis de existir no sistema atual de
placas brasileiro. É uma matéria bastante cobrada em
vestibulares e concursos públicos, pois envolve um
pensamento mais abstrato, pois na maioria das
vezes, não enxergamos todas as possibilidades.
A explicação dessa matéria é muito mais fácil
quando utilizamos exemplos. Então, supondo que um
restaurante “À la carte” tenha disponível 2 tipos de
bifes, 2 tipos de arroz, 2 tipos de feijão e 3 tipos de
bebidas. O dono do restaurante queira servir pratos
contendo 1 elemento de cada tipo de comida. Nomeando
os tipos de comida da forma “bife 1, arroz 1, arroz 2 …
bebida 1, bebida 2, etc”, montamos o esquema:
Se formos seguir os caminhos descritos pelas
linhas, encontraremos 24 caminhos, que são o total de
possibilidades de pratos diferentes. Perceba que
quanto mais opções de comidas, maior e mais
complexo fica o esquema. Então, imagine como seria
descobrir as possibilidades das placas de carro no
sistema brasileiro? (três letras, 4 algarismos).
- Princípio fundamental da contagem
- Fatorial
- Arranjos simples
- Permutação simples
- Combinação
- Permutação com elementos repetidos
Para efetuar os cálculos desses problemas
devemos estudar algumas propriedades da análise
combinatória:
Fatorial e o
Principio
Fundamental
da Contagem
Fatorial
Considerando n um número natural maior que 1
(um), podemos definir como fatorial desse número n
(n!) o número:
n! = n(n – 1).(n – 2).(n – 3) * ...* 3 * 2 * 1
Lê-se n! como n fatorial ou fatorial de n.
Veja alguns exemplos:
5! = 5 * 4 * 3 * 2 * 1 = 120
8! = 8 * 7 * 6 * 5 * 4 * 3 * 2 * 1 = 40320
6! = 6 * 5 * 4 * 3 * 2 * 1 = 720
10! = 10 * 9 * 8 * 7 * 6 * 5 * 4 * 3 * 2 * 1 = 3.628.800
Princípio Fundamental da Contagem
Quando um evento é composto por n etapas sucessivas e
independentes, de tal forma que as possibilidades da primeira etapa é
m e as possibilidades da segunda etapa é n, consideramos então que o
número total de possibilidades de o evento ocorrer é dado pelo
produto m*n.
Exemplo
Ao lançarmos uma moeda e um dado temos as seguintes
possibilidades:
Moeda: cara ou coroa (duas possibilidades)
Dado: 1, 2, 3, 4, 5, 6 (seis possibilidades)
Observando o ocorrido, vemos que o evento tem duas
etapas com 2 possibilidades em uma e 6 em outra,
totalizando 2*6 = 12 possibilidades.
Arranjo
Simples
A análise combinatória estuda dois tipos de agrupamentos: Arranjos e
combinações. Sendo que diferem em arranjos simples, combinações
simples.
Arranjos são agrupamentos em que a ordem dos seus elementos faz a
diferença, por exemplo, os números de três algarismos formados pelos
elementos {1,2 e 3} são:
312, 321, 132, 123, 213, 231
Esse agrupamento é um arranjo, pois a ordem dos elementos 1, 2 e 3
diferem. E é considerado simples, pois os elementos não se repetem.
Para que tenhamos arranjos simples é preciso ter um conjunto de
elementos distintos com uma quantidade qualquer de elementos,
sendo que os arranjos simples formados irão possuir n elementos,
sendo que essa quantidade será igual ou menor que a quantidade de
elementos do conjunto.
Veja o exemplo o exemplo a seguir:
Dado o conjunto B = {5,6,7}, veja os possíveis agrupamentos formados
com 2 elementos de B.
Então, os agrupamentos formados com 2 elementos do conjunto b
são: 56,57,65,67,75,76. Esse agrupamento é formado por arranjos simples
pelos elementos do conjunto B.Nesse exemplo percebemos que é possível formar 6 arranjos,
essa quantidade pode ser representada da seguinte forma: A3,2 (arranjo
simples de três elementos distintos tomados de dois a dois). Utilizando
o processo do princípio fundamenta l da contagem, calculamos
a quantidade de elementos:A3,2 = 3 . 2 . 1 = 6
Se em um agrupamento compararmos os arranjos simples
formados perceberemos que eles se diferem de duas maneiras diferentes:
pela ordem de seus elementos ou pela natureza de seus elementos. Por
exemplo: Se compararmos os arranjos 56 e 65 do exemplo anterior, perceberemos que
eles são diferentes pela ordem dos seus elementos.
Se compararmos os arranjos 75 e 76 do exemplo anterior, perceberemos que
eles são diferentes pela natureza de seus elementos, pois são diferentes.Considerando n a quantidade de elementos de um conjunto qualquer e p um
número natural menor ou igual a n. p será a classe ou a ordem do arranjo.
Indicado da seguinte forma: An, p
A fórmula geral utilizada no cálculo da quantidade de arranjos simples é:
Permutação
Simples
Podemos considerar a permutação simples como um caso particular de
arranjo, onde os elementos formarão agrupamentos que se diferenciarão
somente pela ordem.
Para determinarmos o número de agrupamentos de uma permutação
simples utilizamos a seguinte expressão P = n!.
Exemplo
Quantos anagramas podemos formar com a palavra GATO?
Resolução:
Podemos variar as letras de lugar e formar vários anagramas, formulando
um caso de permutação simples.
P = 4! = 24
Todas as possibilidades:
Permutação
com elementos
repetidos
Permutação de elementos repetidos deve seguir uma forma
diferente da permutação, pois elementos repetidos permutam entre
si. Para compreender como isso acontece veja o exemplo abaixo:
A permutação da palavra MATEMÁTICA ficaria da seguinte forma:
Sem levar em consideração as letras (elementos) repetidas, a
permutação ficaria assim:
P10
= 10! = 3.628.800
Agora, como a palavra MATEMÁTICA possui elementos que
repetem, como a letra A que repete 3 vezes, a letra T repete 2 vezes e a
letra M repete 2 vezes, assim a permutação entre si dessas repetições
seria 3! . 2! . 2!. Portanto, a permutação da palavra MATEMÁTICA
será:
Portanto, com a palavra MATEMÁTICA podemos montar 151200
anagramas.
Seguindo esse raciocínio podemos concluir que, de uma maneira
geral, a permutação com elementos repetidos é calculada utilizando a
seguinte fórmula:
Dada a permutação de um conjunto com n elementos, alguns
elementos repetem α vezes, β vezes e γ vezes. Então, a permutação é
calculada:
Combinação
Simples
Na combinação simples, a ordem dos elementos no agrupamento
não interfere. São arranjos que se diferenciam somente pela
natureza de seus elementos. Portanto, se temos um conjunto A
formado por n elementos tomados p a p, qualquer subconjunto de
A formado por p elementos será uma combinação, dada pela
seguinte expressão:
Uma importante aplicação de combinação simples é nas
loterias, megassena, quina entre outras. A megassena consiste
em uma cartela de 60 números dentre os quais devemos
acertar 6 (prêmio principal), portanto temos uma combinação
onde n = 60 e p = 6, sessenta números tomados seis a seis.
Na megassena existem
50.063.860
combinações, caso sejam
tomadas seis a seis.
Matemática aplicada
Prof. Léo Moreira
Referencias:
• Site Brasil Escola
http://www.brasilescola.com/matematica/
• Matemática Completa; Giovanni & Bonjorno;
Editora FTD