analise - acordo coletivo de trabalho - finalizado

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UNIVERSIDADE METODISTA DE SÃO PAULO FACULDADE DE HUMANIDADES E DIREITO CURSO DE DIREITO FLAVIANA DOS SANTOS – RA 205.779 JOÃO HENRIQUE GUIDORIZZI – RA 197.759 LEONARDO ALBUQUERQUE DE MELO – RA 190.093 MAYARA CARVALHO REBOLO – RA 201.555 REBECA DOS SANTOS AGUIAR – RA 198.994 TAINAN SBARUFATI – RA 204.931 TATIANA GURGEL ALVES – RA 189.251 “ANÁLISE DO ACORDO COLETIVO DE TRABALHO CELEBRADO ENTRE MERCEDES-BENZ DO BRASIL LTDA E SINDICATO DOS METALÚRGICOS DO ABC 1

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UNIVERSIDADE METODISTA DE SO PAULOFACULDADE DE HUMANIDADES E DIREITOCURSO DE DIREITO

FLAVIANA DOS SANTOS RA 205.779JOO HENRIQUE GUIDORIZZI RA 197.759LEONARDO ALBUQUERQUE DE MELO RA 190.093MAYARA CARVALHO REBOLO RA 201.555REBECA DOS SANTOS AGUIAR RA 198.994TAINAN SBARUFATI RA 204.931TATIANA GURGEL ALVES RA 189.251

ANLISE DO ACORDO COLETIVO DE TRABALHO CELEBRADO ENTRE MERCEDES-BENZ DO BRASIL LTDA E SINDICATO DOS METALRGICOS DO ABC

SO BERNARDO DO CAMPO2015

SUMRIO

INTRODUO ........................................................................................................... 31 Anlise do Acordo Coletivo de Trabalho ................................................................. 51.1 Salrios, Reajustes e Pagamento ........................................................................ 51.2 Gratificaes, Adicionais, Auxlios e Outros ......................................................... 91.3 Contrato de Trabalho: admisso, demisso, modalidades .................................141.4 Relaes de trabalho: condies de trabalho, normas de pessoal e estabilidades ................................................................................................................................... 161.5 Jornada de trabalho - durao, distribuio, controle, faltas .............................. 191.6 Sade e Segurana do Trabalhador .................................................................. 241.7 Relaes Sindicais ............................................................................................. 32

INTRODUO

ACORDO COLETIVO DE TRABALHO 2014/2016NMERO DO REGISTRO NO MTE: SP016629/2014DATA DE REGISTRO NO MTE: 22/12/2014NMERO DA SOLICITAO: MR072066/2014NMERO DO PROCESSO: 46263.006211/2014-70DATA DO PROTOCOLO: 16/12/2014

Acordo Coletivo de Trabalho 2014/2016 celebrado entre Mercedes-Benz do Brasil Ltda., CNPJ n 59.104-273/0001-29 E Sindicato dos Metalrgicos do ABC, CNPJ n 71.535.520/0001-47.

O acordo coletivo de trabalho - ACT consiste em ato jurdico,devidamente celebrado, entre uma entidadesindicalde categoria profissional e uma ou maisempresascorrespondentes, no qual se estabelecem regras na relao trabalhista existente entre ambas as partes.Ou seja, pode-se dizer que o acordo coletivo extremamente especfico, sendo certo que, apenas abranger as partes (pessoas fsicas e jurdicas) que fizeram parte do mencionado ato jurdico, deste modo, no se pode dizer que o acordo coletivo possui efeito Erga Omnes, o que caracteriza, consequentemente, o fato do Acordo Coletivo possuir efeito limitado.As negociaes coletivas, seja acordo, conveno ou dissdio, so amparadas pela Carta Magna, mais precisamente no artigo 7, Inciso XXVI, sendo certo e incontroverso o amparo e proteo aos empregados, in verbis:Art. 7 So direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, alm de outros que visem melhoria de sua condio social:(...)XXVI - reconhecimento das convenes e acordos coletivos de trabalho;Assim, do mesmo modo que a Constituio Federal brasileira resguarda o direito de negociaes coletivas, a CLT Conveno Coletiva de Trabalho legisla e parametriza o assunto:Art. 611 - Conveno Coletiva de Trabalho o acordo de carter normativo, pelo qual dois ou mais Sindicatos representativos de categorias econmicas e profissionais estipulam condies de trabalho aplicveis, no mbito das respectivas representaes, s relaes individuais de trabalho. 1 facultado aos Sindicatos representativos de categorias profissionais celebrar Acordos Coletivos com uma ou mais empresas da correspondente categoria econmica, que estipulem condies de trabalho, aplicveis no mbito da empresa ou das acordantes respectivas relaes de trabalhoNo entanto, para que o Acordo Coletivo de Trabalho tenha validade, necessria uma negociao coletiva entre empresa, empregados e sindicato, com o intuito de aprovar as regras que sero nele contidas de interesse das partes, em uma Assembleia Geral de Trabalhadores realizada especialmente para esta finalidade.Sendo assim, seja por uma obrigao legal ou faculdade entre as partes, o Acordo Coletivo traz a possibilidade das partes pactuarem regras que no tm previso mais afundo no Ordenamento Jurdico, e que, inclusive, no podem ser celebradas em contrato particular-individual.Consequentemente, o Acordo Coletivo de Trabalho suprime as expressivas lacunas localizadas em nossas legislaes, sendo que, atualmente esse tipo de ato jurdico estabelece e garante uma segurana jurdica s partes envolvidas em razo da poltica da valorizao das negociaes coletivas, conforme artigo 7, XXVI, da Constituio Federal.

ANLISE DO ACORDO COLETIVO DE TRABALHO CELEBRADO ENTRE MERCEDES-BENZ DO BRASIL LTDA E SINDICATO DOS METALRGICOS DO ABC

Ab Initio, restou fixado entre as partes a vigncia do presente Acordo Coletivo de Trabalho no perodo de 01 de Setembro de 2014 a 30 de Agosto de 2016, e a Data-base da categoria em 01 de Setembro.Nesta toada, tambm ficou determinado que o presente acordo atingir as categorias dos TRABALHADORES METALRGICOS de SO BERNARDO DO CAMPO/SP

SALRIOS, REAJUSTES E PAGAMENTO

Nesta esteira, o acordo coletivo em comento dispe que o piso salarial da categoria ser de R$ 1.688,00(um mil seiscentos e oitenta e oito reais), o que se mostra acertadamente muito mais benfico com relao ao piso salarial CLT, que atualmente de R$ 788,00 (setecentos e oitenta e oito reais). Tambm possvel notar, um aumento de salrio com relao ao acordo coletivo vigente no perodo de 2011/2013, vez que, no acordo anterior o piso salarial era de R$ 1.560,00 (um mil quinhentos e sessenta), ou seja, fora aumentado em R$ 128,00 (cento e vinte e oito reais).No que tange a atualizao do piso salarial da categoria, conforme o acordo coletivo, este ser corrigido pelo ndice acumulado do INPC, j a atualizao do salrio mnimo, nos termos da CLT, ser atravs da correo da inflao, medida pelo ndice nacional de preos ao consumidor do ano anterior somado com a variao do produto interno bruto de dois anos anteriores.Neste passo, assim tambm decorre com o reajuste salarial, que, no acordo coletivo ser reajustado de acordo com o ndice INPC, e a atualizao do salrio mnimo, nos termos da CLT, ser atravs da correo da inflao, medida pelo ndice nacional de preos ao consumidor do ano anterior mais a variao do produto interno bruto de dois anos anteriores.Ato contnuo, o Acordo Coletivo dispe que, o pagamento de salrio aos empregados deve ser realizado com tempo hbil para o devido recebimento, dentro da jornada normal de trabalho, nos mesmos termos que dispe o artigo 465 da CLT, in verbis:Art. 465. O pagamento dos salrios ser efetuado em dia til e no local do trabalho, dentro do horrio do servio ou imediatamente aps o encerramento deste, salvo quando efetuado por depsito em conta bancria, observado o disposto no artigo anterior.Nesta esteira, no tocante a clausula que dispe sobre o aprendiz, possvel notar que o salrio estipulado de acordo com o semestre em que o aprendiz est estudando, ou seja, se o aprendiz estiver no 1 e 2 semestre receber o equivalente a um salrio-mnimo regional, j se ele estiver no 3 e 4 semestre ter um salrio corresponde a 75% (setenta e cinco) do piso da categoria.Assim, consequentemente, com relao ao acordo coletivo anterior teve um aumento de salrio decorrente do aumento do salrio mnimo que utilizado como base para a porcentagem, mas a porcentagem propriamente dita se manteve a mesma, ou seja, 75% (setenta e cinco).No entanto, no que diz respeito ao quanto exposto na CLT o salrio do aprendiz, em qualquer hiptese ou semestre, ser o salrio mnimo vigente, salvo condio mais favorvel, nos termos do artigo 428, 2:Art. 428. Contrato de aprendizagem o contrato de trabalho especial, ajustado por escrito e por prazo determinado, em que o empregador se compromete a assegurar ao maior de 14 (quatorze) e menor de 24 (vinte e quatro) anos inscrito em programa de aprendizagem formao tcnico-profissional metdica, compatvel com o seu desenvolvimento fsico, moral e psicolgico, e o aprendiz, a executar com zelo e diligncia as tarefas necessrias a essa formao 2oAo menor aprendiz, salvo condio mais favorvel, ser garantido o salrio mnimo hora.No que tange ao prazo do contrato, em ambas as convenes preveem a possibilidade de prazo indeterminado, at que o aprendiz seja contratado para a funo que recebeu o treinamento ou que seja aproveitado para outra funo, no entanto, o artigo 428, 3 da CLT estabelece que o contrato deve ser de no mximo de 2 (dois) anos.Nesta senda, o Descanso semanal remunerado est previsto no artigo 67 da CLT, em que, num texto singelo estabelece que haver o descanso semanal, inclusive em nossa Carta Magna dispe que o DSR dever ser preferencialmente no domingo. J o acordo coletivo estabelece que, a ocorrncia de um atraso ao trabalho durante a semana, desde que no superior a 30 minutos, no acarretar o desconto do DSR correspondente, o que se manteve intacto com relao ao acordo coletivo anterior.Ademais, no que diz respeito ao vale transporte o acordo coletivo estipula que, a Empresa oferecer aos seus Empregados servios de alimentao e transporte coletivo, e somente poder reajustar os preos cobrados, na poca dos reajustes ou aumento gerais de salrios, se mantendo com relao ao acordo coletivo anterior. J a Lei 7.619/87, que discorre sobre o vale transporte apenas institui o referido benefcio sem mais delongas.Assim, no que diz respeito ao atraso de pagamento, tanto o acordo coletivo quanto a CLT, em seu artigo 459, estabelecem que o pagamento mensal de salrios ser efetuado no dia 5 do ms subsequente ao trabalhado. No entanto, o acordo coletivo estabelece que, caso o pagamento seja atrasado acarretar multa diria revertida ao empregado, diferente da CLT que impe o pagamento em at 5 dias mas no impe sano, ofertando uma maior segurana ao funcionrio.Nesta esteira argumentativa, sobre o adiantamento de salrio o artigo 462 da CLT autoriza o adiantamento como nico desconto no salrio. Igual ocorre com o acordo coletivo, no entanto, o acordo coletivo estabelece 40% de adiantamento do salrio nominal mensal, desde que o Empregado j tenha trabalhado, na quinzena, o perodo correspondente.Quanto ao Erro no pagamento e adiantamento, no h previso especfica na CLT, contudo, o acordo coletivo estipula que na ocorrncia de erra na folha de pagamento/adiantamento de salrios, 13 salrio e frias, a empresa se obriga a efetuar a devida correo no prazo mximo de trs dias teis.O Acordo coletivo prev a excluso de executivos (gerente, diretor e afins) estabelecendo a possibilidade da empresa aplicar a Poltica Salarial e de Participao nos Resultados prprios, isentando-se do cumprimento das Clusulas Reajuste Salarial e Piso Salarial, no havendo nenhuma previso na CLT acerca deste tema. Por fim, h a clausula de compensaes proibio em que no poder ser compensado com o reajuste salarial previsto na Clusula Reajuste Salarial do acordo coletivo ora estudado, os aumentos concedidos a ttulo de aumentos reais no compensveis, mrito, promoo, transferncia, trmino de aprendizagem e implemento de idade, disposio essa no tem previso especifica na CLT.

GRATIFICAES, ADICIONAIS, AUXLIOS E OUTROS

O primeiro tpico a que discorre o mencionado Captulo de horas extras, esta clusula bem como a maioria deste captulo no sofreu alteraes em relao ao que trata.No que se refere a hora extra, estas sero realizadas at o limite de 29 (vinte e nove) horas por ms e/ou 275 (duzentos e setenta e cinco) horas por ano, por empregado, sendo pagas da seguinte forma:a) Segunda-feira a Sbado com adicional de 50% (cinqenta por cento) sobre a hora normal; b) Domingos, Feriados e dias pontes j compensados com adicional de 100% (cem por cento) sobre a hora normal, at o limite de 8 (oito) horas dirias e as horas excedentes com adicional de 150% (cento e cinqenta por cento); J as horas extras trabalhadas nos sbados j compensados sob regime de compensao habitual, sero pagas com adicional de 50% (cinquenta por cento); As horas extras, por empregado, prestadas acima dos limites do item supracitado, sero remuneradas da seguinte forma:a) Segunda-feira a Sbado com adicional de 75% (setenta e cinco por cento) sobre a hora normal;b) Domingos, Feriados e dias pontes j compensados com adicional de 130% (cento e trinta por cento) sobre a hora normal, at o limite de 8 horas dirias. J as horas prestadas acima do limite mensal de 29 horas, no sero computadas na apurao do limite anual de 275 horas;Deste modo pode-se analisar a concordncia com o previsto na CLT em seu artigo 59, mais precisamente, 1, in verbis:Art. 59 - A durao normal do trabalho poder ser acrescida de horas suplementares, em nmero no excedente de 2 (duas), mediante acordo escrito entre empregador e empregado, ou mediante contrato coletivo de trabalho. 1 - Do acordo ou do contrato coletivo de trabalho dever constar, obrigatoriamente, a importncia da remunerao da hora suplementar, que ser, pelo menos,20% (vinte por cento)superior da hora normalTambm so entendidos como hora extra o intervalo destinado a lanche ou refeio que ocorrer no perodo da mesma. queles que prestarem jornadas extras inteiras aos sbados, domingos, feriados e/ou folgas, a empresa fornecer refeies ou reembolsar a diferena ocorrida entre o preo pago na empresa e a aquisio fora desta. As horas extras sero realizadas por meio de convite do empregador ao empregado envolvido.O segundo tpico ao qual esta discorre est relacionado ao adicional noturno, que prev acrscimo de 25% ao valor da hora diurna, cumprindo tambm o previsto na CLT, conforme o artigo 73.Art. 73 - Salvo nos casos de revezamento semanal ou quinzenal, o trabalho noturno ter remunerao superior do diurno e, para esse efeito, sua remunerao ter um acrscimo de 20% (vinte por cento), pelo menos, sobre a hora diurna.No caso de prestao de servios externos, desde que no sejam anteriormente contratados, sero pagos ao empregado a diferena que for comprovada referente transporte, estada e alimentao.O Acordo Coletivo de 2011 trazia em sua clusula 21 a complementao do 13 salrio referente ao auxlio doena/ invalidez. Aos empregados que eram afastados a partir de 21 de dezembro de 2010, seria garantida a complementao do 13, com mesmo entendimento, trs o acordo a respeito da complementao para aqueles cujo afastamento tenha sido inferior a 180 dias.No que se refere a complementao de auxlio doena, Ao empregado em gozo de Auxlio-Doena, fica garantida, entre o 16 (dcimo sexto) e o 120 (centsimo vigsimo) dia de afastamento, uma complementao de salrio em valor equivalente a diferena entre o efetivamente percebido do INSS e o seu respectivo salrio nominal. O empregado aposentado receber a ttulo de complementao, a diferena entre o benefcio de aposentadoria pago pelo INSS e o salrio nominal do mesmo; J quando o empregado no tiver direito ao Auxlio-Doena por no ter ainda completado o perodo de carncia exigido pelo INSS, a empresa pagar seu salrio nominal entre o 16 (dcimo sexto) e o 120(centsimo vigsimo) dia de afastamento; devendo ocorrer junto com o pagamento mensal dos demais empregados.No caso de aposentadoria por invalidez, a empresa pagar uma indenizao equivalente a 1 (um) salrio nominal do empregado. Esta indenizao somente ser paga quando ocorrer resciso contratual. Ser paga em dobro no caso de invalidez causada por acidente do trabalho ou doena profissional, fincado a empresa isenta do cumprimento desta clsula no caso de ter seguro de vida ou benefcio semelhante ao mesmo custeado pela empresa.Cumprindo o disposto na CLT, "O empregado que for aposentado por invalidez ter suspenso o seu contrato de trabalho durante prazo fixado pelas leis de previdncia social para a efetivao do benefcio. 1 - Recuperando o empregado a capacidade para o trabalho e sendo a aposentadoria cancelada, ser-lhe- assegurado o direito funo que ocupava ao tempo da aposentadoria, facultado, porm, ao empregador, o direito de indeniz-lo por resciso do contrato de trabalho(...)Com relao ao auxlio morte, no caso de falecimento do empregado, a empresa pagar, a ttulo de Indenizao por Morte, juntamente com o saldo de salrios e outras verbas trabalhistas remanescentes, 2 (dois) salrios nominais em caso de morte natural ou acidental. Ser paga em dobro no caso de morte causada por acidente do trabalho. O pagamento desta indenizao ser feito aos dependentes conforme o exigido na Lei n 6.858/80 e no Decreto n 85.845/81.As empresas que no possuam creche prpria podero optar entre celebrar o convnio previsto no pargrafo 2 do art. 389 da CLT, ou reembolsar diretamente empregada as despesas havidas com a guarda, vigilncia e assistncia de filho legtimo ou legalmente adotado.No Acordo de 2011 tratava de um limite de 20% (vinte por cento) do piso salarial da categoria, vigente na poca, e as empregadas que j estiverem recebendo auxlio-creche quando da assinatura desto Acordo, tambm se beneficiaro deste novo perodo, j na ltimo Acordo, de 2014, foi estabelecido um limite de R$ 595,88 (quinhentos e noventa e cinco reais e oitenta e oito centavos) e o segundo item supracitado foi retirado.A ltima clusula referente a este captulo trata da aposentadoria, que sem dvidas foi valorizada na ltimo Acordo.Ressalvadas as situaes mais favorveis j existentes, aos empregados que se aposentarem durante a vigncia do Contrato de Trabalho, com 5 (cinco) anos ou mais de servios contnuos dedicados empresa, quando dela vierem a desligar-se por pedido de demisso, ser pago um abono equivalente ao seu ltimo salrio nominal, acrescido de 5% (cinco por cento) desse mesmo salrio para cada ano de servio que ultrapassar a 5 (cinco). Para os empregados com menos de 5 (cinco) anos de servio na empresa, ser pago um abono correspondente a 5% (cinco por cento) para cada ano de servio, at o limite de 20% (vinte por cento) do seu salrio nominal, ficando excludas destas clusulas as empresas que contarem com plano de complementao de aposentadoria ou peclio aos seus empregados.Entrando em vigor na segunda parte desta clusula o referente ao planejamento de aposentadoria e preparao para o ps-carreira, visando mais intensamente a qualidade do empregado e fornecendo a este qualidades e oportunidades para o seu desempenho.Aos empregados que tenham se aposentado ou adquirido direito aposentadoria h 12 (doze) meses ou mais, com idade igual ou superior a 55 (cinquenta e cinco) anos. Entende-se como direito a aposentadoria, 30 (trinta) anos de trabalho e contribuio para mulheres e 35 (trinta e cinco) para homens.O desligamento planejado tambm entrou em vigor, contando com medid que os empregados cumpram os requisitos para a aposentadoria e data indicativa de desligamento, considerando-se como prazo mximo, a data em que o empregado completar 58 (cinquenta e oito) anos de idade, ficando assegurada sua permanncia na empresa por 12 (doze) meses aps a aposentadoria ou exigibilidade para tal, respeitando o limite de 58 (cinquenta e oito) anos. Fornece tambm aos empregados elegveis a possibilidade de participao no programa MB Plus que a empresa fornece, como preparao para o ps-carreira.Acerca do tema aposentadoria, importante trazer a baila como forma ilustrativa, breve estudo ano a ano da evoluo do referido direito. Em 1993, ressalvadas as situaes mais favorveis j existentes, empregados com 5 anos ou mais de servios contnuos na mesma empresa, quando se desligarem por motivo de aposentadoria, dever ser pago um abono equivalente ao ltimo salrio, acrescido de 5% do salrio para cada ano de servio ultrapassou os 5 primeiros, j em 2013, os direitos dos trabalhadores previstos com relao ao tema acima exposto, permanecem inalterados, garantidos os diretos nos mesmos moldes. Em 1993, caso o empregado permanea na empresa, este abono concedido somente em caso de desligamento definitivo da empresa, j em 2013, ficar a empresa excluda do pagamento de obrigaes das clusulas se mantiver suas expensas, plano de complementao de aposentadoria ou peclio aos seus empregados.Em 1993, para os que trabalham h menos de 5 anos, ser pago 5% para cada ano trabalhado, limitando-se a 20% do seu salrio nominal, j em 2013, permanecem os direitos previstos sem nenhuma modificao.No entanto, importante aclarar que, estas clusulas no se acumularo com o disposto no art. 7, inciso XXI da CF/88, sendo certo que, sempre ser aplicado o direito mais favorvel ao trabalhador.Ademais, os empregados que estiverem h no mximo 12 meses de se aposentar, com o mnimo de 5 anos trabalhados, ser assegurado o emprego ou salrio at o perodo que faltar para se aposentar, garantindo assim uma estabilidade imensurvel ao funcionrio. Aos empregados que estiverem no mximo 18 meses de se aposentar, com o mnimo de 10 anos trabalhados, ser assegurado o emprego ou salrio at o perodo que faltar para se aposentar.Caso o empregado depender de documentao para comprovar o tempo trabalhado, aps a notificao, ter 30 dias para providenciar, se for aposentadoria simples, e 60 dias se for aposentadoria especial.J no caso de rompimento do contrato de trabalho desses trabalhadores, somente poder acontecer por mtuo acordo entre empregado e empregador, ou por pedido de demisso, ambos com assistncia do sindicato representativo da categoria.

CONTRATO DE TRABALHO ADMISSO, DEMISSO, MODALIDADES

Quanto a contrato de experincia, de acordo com a CLT, no poder exceder 90 dias, em contrapartida, o acordo coletivo taxa que o prazo ser de 60 dias improrrogveis. Ressalta ainda, que para readmisso de ex-empregados para a funo anteriormente exercida na Empresa, bem como prestadores de servios na mesma funo no ter a celebrao do Contrato de Experincia.O acordo coletivo faz previso de homologao de rescises contratuais de Executivos atravs da Superintendncia ou Gerencia Regionais do Trabalho, em comparao com Consolidao das Leis Trabalhistas no existe previso legal para essa forma de homologao.Em confronto com a CLT o acordo vem disciplinando a categoria de forma mais favorvel, um exemplo disso a previso que dispe aos empregados de 45 anos de idade ou mais, fica garantido um aviso prvio de 50 dias, acrescido de mais 1 dia por ano ou frao superior a 6 meses de idade acima de 45 anos, sem prejuzo. Logo quanto nova previso legislativa de aviso prvio s ser aplicada a previso mais favorveis ao Empregado.No h previso na CLT especificamente sobre o tema mo de obra temporria ou terceirizada, entretanto, o acordo estudado, prev que no poder ser contratadas cooperativas na execuo de suas atividades produtiva e de administrao, exceto nas atividades relacionadas s atividades mdicos e ambulatoriais ou eventos espordicos.O acordo dispe que a Empregadora dever promover a acessibilidade dos portadores de necessidades especiais, a CLT no faz previso.O acordo coletivo prev, no que tange a formulrios para o INSS, o prazo mximo para Auxlio-doena 5 diais teis e 10 dias teis para aposentadoria e de 15 dias teis para Aposentadoria Especial.Ademais, sobre a mo de obra infantil e presidiria, dever o empregador junto aos seus fornecedores diretos respeitar e cumprir proibio do trabalho infantil. E, no que tange a mo de obra presidiria, dever negociar com o Sindicato Profissional e incentivar os seus fornecedores, a eventual contratao.A condio para demisso de justa causa oferecida pelo acordo coletivo mais favorvel ao empregado, pois deixa claro que sem o comunicado pelo fato alegado na justa causa deve ser escrito, e devendo o mesmo ser protocolado sob pena de dispensa imotivada. A recusa do Empregado em fornecer o tal protocolo, este dever ser assinado por duas.A remunerao adicional de 1/3 das frias, de que trata o inciso XVII, do artigo 7 da CF, ser paga no incio das frias individuais ou coletivas.Esta remunerao adicional passou a ser de 50% no acordo coletivo de 2014 (em vigor).A regra se estende para a parcela que corresponde do valor pago a ttulo de gozo de frias e do valor pago a ttulo de abono pecunirio, se houver (antes 1/3, agora 50%).

RELAES DE TRABALHO CONDIES DE TRABALHO, NORMAS DE PESSOAL E ESTABILIDADES

O acordo coletivo em vigor rejeita quaisquer condutas que possam levar caracterizao de assdios sexual e/ou moral, bem como determina e prev a Lei.A empresa se compromete a esforos para contraes de jovens de 18 a 24 anos de idade e pessoas com idade superior a 40 anos, sem qualquer distino de sexo, etnia ou religio, alm disto, compromete-se a igualdade perante candidatos qualificados para concorrer a cargos na estrutura hierrquica.A estabilidade reconhecida pela ADCT, em seu artigo 10, II, b, estipula 5 meses de estabilidade aps o parto. O acordo da Mercedes estipula 6 meses, concedendo assim, um ms a mais do previsto em lei.O acordo prev que se rescindido o contrato de trabalho a empregada dever, se for o caso, avisar o Empregador do seu estado de gestao, devendo comprov-lo dentro do prazo de 60 (sessenta) dias, a partir da notificao da dispensa. Nos casos de gestao atpica, no revelada, esse prazo ser estendido para 90 (noventa) dias, devendo tal situao ser comprovada por atestado mdico. Entretanto, afasta os prazos quando rescindido pelo empregador. Para esta, podemos entender como desvantajosa e cabendo discusso, em razo da smula 244 do TST que diz em seu inciso I: O desconhecimento do estado gravdico pelo empregador no afasta o direito ao pagamento da indenizao decorrente da estabilidade. Sem qualquer prazo a ser definido por lei.Nos casos em que houver resciso contratual, por falta grave, o acordo determina ainda, outra forma de rescindir. Isto , por intermdio de acordo mtuo entre Empregada e Empregador com assistncia do respectivo Sindicato Profissional.Neste passo, o acordo coletivo prev emprego e salrio ao empregado em idade de prestao de Servio Militar, desde o alistamento at a incorporao e nos 30 dias aps o desligamento da unidade em que serviu, conforme previso na CLT, art. 472. A garantia estendida ao empregado que estiver servindo o Tiro de Guerra.Cabe a dispensa por falta grave, ou por acordo mtuo entre o Empregado e o Empregador com assistncia do respectivo Sindicato Profissional. Existe uma ressalva para este ponto. O artigo 468 da CLT determina que no pode haver qualquer alterao unilateral do contrato de trabalho sem o consentimento da outra parte, podendo ser declarada nula, mesmo havendo o mtuo consentimento, se a alterao resultar, direta ou indiretamente, em prejuzo ao empregado, nos seguintes termos:Art. 468 - Nos contratos individuais de trabalho s lcita a alterao das respectivas condies por mtuo consentimento, e ainda assim desde que no resultem, direta ou indiretamente, prejuzos ao empregado, sob pena de nulidade da clusula infringente desta garantia.

Sero garantidos aos empregados, acidentados no trabalho ou portadores de doena profissional, a permanncia sem prejuzo a remunerao antes percebida, conforme previso na CLT, no entanto, excluem-se os empregados, cujo acidente deram causa. Excepcionam-se desta hiptese, os acidentes de trajeto ocorrido com transporte fornecido pela empresa. Para estes, se obrigam a participar dos processos de readaptao s novas funes indicadas pela Empresa.Os empregados afastados por doena no relacionada com o trabalho, percebendo Auxlio-Doena, ser garantido emprego ou salrio, a partir da alta, por perodo igual ao do gozo do benefcio, limitado a um mximo de 60 (sessenta) dias, alm do aviso prvio previsto na CLT ou neste Acordo Coletivo. A CLT no explcita quanto a est previso, desta forma o acordo se torna amplamente benfico dando a segurana ao empregado perante sua limitao profissional. Caso a empresa recuse a alta mdica dada pelo INSS, ela se responsabiliza pelo pagamento dos dias no pagos pela previdncia, at a confirmao da alta pelo INSS, isto feito um novo encaminhamento.A smula 443 do TST trouxe a proteo ao empregado portador de doena HIV. Entretanto ela deixa claro sobre a discriminao pela doena. O acordo trouxe uma nova garantia aos portadores, ficando garantido o trabalho e o salrio at seu afastamento pelo INSS.O direito chamado estabilidade na pr-aposentadoria no est previsto em lei, mas o acordo coletivo fixou aos empregados que estiverem a um mximo de 12 meses da aquisio, do direito aposentadoria por idade, por tempo de contribuio, especial ou a prevista no artigo 188 do decreto 3.048 de 06/05/99. Ampliada para 18 meses, quando se tratar de empregado que tiver mais de 10 (dez) anos de trabalho na empresa.A aposentadoria no caracteriza fim da relao contratual entre empregado e empregador. De todo modo, legalmente, no existe nada que afaste o empregador de demitir seu funcionrio aposentado. O acordo coletivo dispe de uma limitao para o empregador e uma proteo ao aposentado, declarando que: Depois da comprovao da aposentadoria, somente poder ser rescindido por mtuo acordo entre os empregados e a empresa, com assistncia do Sindicato Profissional , por pedido de demisso, por falta grave na forma da lei ou mediante pagamento dos salrios correspondentes.

Em situao de aborto no criminoso, comprovado por atestado mdico, o acordo dispe de descanso remunerado e sem prejuzo ao aviso prvio de 30 (trinta) dias. A CLT em seu artigo 395, d o repouso de 2 (duas) semanas. Sendo o acordo claramente benfico mulher.A empresa poder oferecer servio de apoio de assistncia social em casos de violncia domstica e familiar.

JORNADA DE TRABALHO - DURAO, DISTRIBUIO, CONTROLE, FALTAS

Tratando-se de regime de compensao semanal do sbado, quando cair em feriado, alternativamente poder o empregado:- Reduzir a jornada diria de trabalho, subtraindo minutos relativos compensao; - Pagar o excedente como horas extras;- Incluir o excesso de horas no sistema de compensao anual.Da deciso tomada, os empregados devero ser comunicados com 15 dias de antecedncia do feriado.Levando-se em considerao o fornecimento de transporte coletivo pela empresa, fica acordado que o tempo transcorrido entre a marcao do ponto e a efetiva sada da empresa, ser considerado hora-extra somente quando superior a 40 minutos. A mesma tolerncia ser vlida para o horrio de incio da jornada de trabalho.No que tange a ausncia de justificativa, o empregado poder deixar de comparecer ao servio sem prejuzo de salrio, quando:- Em at 3 dias consecutivos no caso de falecimento de cnjuge, companheiro, filha, pai, me, irmo;- Em at 2 dias consecutivos em caso de falecimento de sogra ou sogro;- Em 1 dia no caso de internao hospitalar do cnjuge ou companheiro desde que coincidente com a jornada de trabalho.- 1 dia no caso de internao de filho, quando houver impossibilidade do cnjuge de efetu-la.Acerca do abono de falta, sero abonadas as falta para prestao de exames, desde que realizado em estabelecimento oficial, autorizado, pr-avisada a empresa com o mnimo de 48 horas antes.Fica garantida a manuteno do horrio de trabalhado.Ao empregado que ingressar na faculdade e trabalhar em atividades que possuam mais de um turno, ter garantia de horrio em um dos turnos existentes, a sua escolha, Tambm, fica assegurado ao empregado realizao de estgio na prpria empresa, desde que as suas atividades sejam compatveis.J no que tange a reduo ou intervalo para refeies, fica limitado o tempo, inclusive quando houver acordo para trabalho em horas suplementares em regime de compensao.No acordo coletivo fica resguardado aos empregados que, quando houver interrupes do trabalho por responsabilidade da empresa em casos fortuitos ou fora maior, no poder haver desconto ou compensao de horas, salvo acordo.Ademais, no ser considerada hora "in itinere" para nenhum efeito o tempo gasto no trajeto que for percorrido pelo transporte oferecido pela empresa, no trajeto residncia trabalho e vice-versa.Em anlise aos direitos garantidos aos empregados no acordo coletivo e junto CLT, possvel constatar que nas primeiras alm dos direitos j previstos em comum, so realizadas melhorias a fim de beneficiar ainda mais os trabalhadores.Inclusive, fora possvel pontuar as comparaes, objetivando demonstrar as modificaes realizadas em favor do trabalhador, tendo em vista ser este na relao trabalhista o mais fraco, razo pela qual so realizados tais atos, buscando sempre melhorias e benefcios.Portanto, nos termos dos temas utilizados nesta parte do trabalho, restou devidamente realizada uma breve comparao das melhorias e benefcios, os quais em favor dos empregados.Nesta determinao, o acordo trs diversos benefcios, bem como protees a empresa e ao empregador, dos quais a CLT no regulamenta. Tais como: No incio das frias, coletivas ou individuais, no poder coincidir com sbados, domingos, feriados ou dias j compensados, devendo ser fixado a partir do primeiro dia til da semana. As frias coletivas quando abrangidas nos dias 25 de dezembro e 1 de janeiro, no sero computados como frias, portando, excludos da contagem dos dias corridos regularmente. Assim, mediante expressa solicitao, os empregados maiores de 50 anos podero gozar de frias coletivas em 2 perodos anuais, desde que nenhum deles seja inferior a 10 dias.O inciso XVII, do artigo 7 da CF, trata da remunerao adicional de 1/3 das frias. O acordo prev 50%. Esta ser paga no incio das frias individuais ou coletivas.Referida remunerao adicional tambm ser aplicada, no caso de qualquer resciso contratual, quando houver frias vencidas a serem indenizadas.O prazo para solicitao da primeira parcela do 13 salrio, conforme 2, do artigo 2, da Lei 4.749 de agosto de 1965, dispe de requisio no ms de janeiro do correspondente ano ao empregador. O acordo prev 48 horas aps o recebimento da comunicao prevista no artigo 135 da CLT.No mesmo prazo de 48 horas, o empregado poder optar pela converso parcial do perodo de gozo notificado pelo empregador, em abono pecunirio. O artigo 143, 1 da CLT, trata desde prazo por 15 dias.Se cancelar a concesso de frias, j comunicadas conforme o artigo 135 da CLT, a empresa ressarcir as despesas irreversveis feitas pelo empregado antes do cancelamento e desde que devidamente comprovadas. No existe previso na CLT quanto a este pargrafo, sendo benfico ao empregado.A empresa limita a licena maternidade, a empregada que adotar ou obtiver guarda judicial para fins de adoo de criana menores de 12 anos de idade. A CLT em seu artigo 392-A, na fala sobre idade.A empresa em seu acordo adota a Lei 11.770/08, que reza sobre o Programa Empresa Cidad. Este trs diversos benefcios a empregada.Ademais, o empregador prorrogar por 60 dias a licena maternidade prevista no inciso XVIII do caput do art. 7 da CF, e o correspondente perodo de salrio-maternidade de que trata os artigos 71 e 71-A da Lei n 8.213/91. Este perodo adicional de 60 dias ser opcional a empregada, que dever requerer at o final do 1 ms aps o parto.A aludida prorrogao tambm ser concedida a empregada que adotar ou obtiver guarda judicial para fins de adoo. Entende-se por uma objeo nos casos em que a empregada adere ao programa, para esta, no ser elegvel Amamentao, que regula o Acordo do perodo de amamentao em licena remunerada.No ser acumulado este dispositivo com eventual ampliao da Licena Maternidade prevista no inciso XVIII do caput do artigo 7, CF. Portanto prorrogao acordada ser no mximo de 180 dias.Nos moldes do Acordo Coletivo em estudo, em caso de aborto no criminoso, comprovado por atestado mdico, a empregada ter direito a repouso remunerado de at 30 dias consecutivos. Dispe a CLT, em seu artigo 395 que a licena ser de exatamente 2 semanas, nos seguintes moldes:.Art. 395 - Em caso de aborto no criminoso, comprovado por atestado mdico oficial, a mulher ter um repouso remunerado de 2 (duas) semanas, ficando-lhe assegurado o direito de retornar funo que ocupava antes de seu afastamento.Para a licena de casamento dispe a CLT, II, art. 473, 3 dias teis. O acordo dispe de outra situao que seria 5 dias corridos.Em substituio ao disposto no artigo 396 da CLT, que estabelece que para amamentar o prprio filho, at que este complete 6 meses de idade a mulher ter direito, durante a jornada de trabalho a 2 descansos especiais de meia hora cada um, a pedido da empregada a empresa poder conceder licena remunerada com durao de 8 dias teis, a ser gozada a partir do trmino da Licena-Maternidade e em continuidade mesma, no entanto, a empresa deve ser informada, com 15 dias de antecedncia.Para a licena paternidade, o acordo prev um dia a mais, totalizando 7 dias corridos. Sendo estes desmembrados da seguinte forma: 5 dias, conforme prev ADCT, 1; 1 dia, conforme previsto na CLT, III, art. 473; 1 dia, conforme previsto no Acordo Coletivo.Caso o empregado j tenha trabalhado metade do dia da jornada de trabalho no dia do nascimento do filho, a licena ser contada a partir do dia seguinte do nascimento. O pai adotante ter o mesmo direito licena paternidade, por igual perodo, contada da entrega do termo da adoo ou termo de guarda. Nada se fala na CLT com bases a este direito. Acordo benfico ao pai adotante.

SADE E SEGURANA DO TRABALHADOR

A CLT determina que nenhum estabelecimento poder iniciar suas atividades sem prvia inspeo e aprovao das respectivas instalaes da autoridade regional competente em matria de segurana e medicina de trabalho.Da mesma forma que o rgo de mbito nacional, o responsvel por coordenar, orientar, controlar e supervisionar as atividades relacionadas com a segurana e medicina do trabalho em todo o territrio Nacional, inclusive em relao a Campanha Nacional de Preveno de Acidentes de Trabalho, uma forma de manter o empregado informado das preventivas aplicados no campo profissional. O artigo 161, da CLT discorre que o Delegado Regional do Trabalho, caso verifique grave ou iminente risco para o trabalhador, poder este interditar o estabelecimento, informando as providncias a serem tomadas para que a preveno de infortnios de trabalho.No entanto, caso do acordo coletivo in casu, comparada com a CLT, o Sindicato estabelece condies descritivas, para que se mantenha um ambiente de trabalho que oferea segurana ao trabalhador, a Lei em si, estabelece a forma de segurar o trabalhador, enquanto o acordo cita as maneiras especificas, Isso porque, trata-se do ramo em que atribui suas diretrizes, como investir nos Equipamentos de Segurana, para a preveno de acidentes, usando tambm de medidas de segurana, adotando proteo prioritariamente de ordem coletiva, como Palestras e Cursos, esgotadas essas possibilidades, integrasse tambm o uso do EPI (Equipamentos de Proteo Individual), o SESMT (Servio de Segurana e Medicina do Trabalho), que indicar o uso conforme cada caso. No acordo em comento, relata que, no prazo de at 15 dias uteis, a Empresa responder ao respectivo Sindicado, reduzido a termo, formalizando o resultado dos levantamentos efetuados e medidas corretivas adotadas, em caso de acidente, e tambm dever estipular o prazo em que se aplicar essa medida.Em meio a essas duas comparaes, cabe ao empregado cooperar para a fiscalizao de rgos Fiscalizadores Competentes.J no que diz respeito ao acordo e a CLT, as mquinas e os equipamentos devero ser dotados de dispositivos de partida e parada e outros que se fizerem necessrios para a preveno de acidentes de trabalho, especialmente acionamento acidental.Assim como a CLT, o acordo em analise, tambm atribuem medidas de proteo tituladas como EPI, sejam macaces, pea de vestimenta, capacete de segurana, calados, culos de segurana, e etc. O que se enquadrar para a proteo individual do trabalhador, conservando sua integridade/seguranas, todos os tipos de uniformes devero estar Certificados com aprovao do Ministrio do Trabalho, sero oferecidas ao trabalhador de forma gratuita, cada qual com as devidas exigncias conforme a atividade exigir.Importante aclarar que, a Constituio Interna de Preveno de Acidentes CIPA tem como objetivo a preveno de acidentes e doenas decorrentes do trabalho, de modo a tornar compatvel permanentemente o trabalho e a preservao a vida e a promoo da sade do trabalhador.Ademais, a CIPA um instituo obrigatrio para locais de trabalhos especficos conforme preleciona o artigo 163 da CLT, Ser obrigatria a constituio de Comisso Interna de Preveno de Acidentes (CIPA), de conformidade com instrues expedidas pelo Ministrio do Trabalho, nos estabelecimentos ou locais de obra nelas especificadas.O acordo Coletivo firmado com o respectivo Sindicato Profissional, e aprovado pela Assembleia da Empresa, com no mnimo 60% dos votos do Empregador, o mandato poder ser ampliado para at 03 (trs) anos, bem como poder ser extinta a existncia do Cipeiro Suplente. No prazo de 60(sessenta) dias antes do trmino do mandato, a Empresa fica responsvel em enviar o Edital explicitando o local da inscrio, data de inicio e fim e a data de escrutnio e apurao de votos.A Comisso Eleitoral tem por dever, coordenar, organizar e acompanhar todo o processo eleitoral, sendo composta por Presidente, Vice-Presidente da CIPA, Servio de Segurana e Medicina do Trabalho da Empresa, e por membros eleitos pela CIPAs, sendo at 03 (trs) empregadosA inscrio individual e aberta, vlida para todos os empregados, o Sindicato Profissional quem divulga o resultado. Aps a divulgao, os membros da CIPA, sero obrigados a passarem por um treinamento de 30 (trinta) dias contados da posse. Caso acontea algum descumprimentos pela Empresa, o processo se tornar NULO.Os membros da CIPA so representantes dos Empregados, em casos de acidentes e ocorrncia de doena profissional, cabe aos representantes acompanhar toda a investigao.A CLT apenas determina a obrigatoriedade de uma Constituio de Comisso Interna de Preveno de Acidentes CIPA, de acordo com as instrues expedidas pelo Ministrio do Trabalho, que o responsvel pela regulamentao e o funcionamento das CiPAs.Os representantes da CIPA sero determinados pelo prprio empregador assim como titulares e suplentes, sero eleitos em escrutnio secreto, o mandado durar por 1 (um) ano, permitindo a reeleio, somente ao Titular e no o Suplente.O empregador responsvel em designar o Presidente da CIPA, e os empregados elegero entre eles o Vice.O Acordo no trata de estabilidade, apenas a CLT, garantia a estabilidade dos empregados envolvidos na CIPAs, estes no podero sofrer despedida arbitrria, caso ocorra esta despedida de, o empregado dever verificar junto a Justia do Trabalho, relatando da proteo garantida em lei, sob pena de reintegrao na Empresa do qual o despediu.Em sede de acordo coletivo, sero reconhecidos os atestados mdicos ou odontolgicos, que esteja indicando o Cdigo Internacional de Doenas (CID), o carimbo do respectivo Sindicato Profissional e assinatura do Profissional com CRM para caso de Mdico e CRO para caso de dentista.J na CLT, dispe nos artigos 131 e 473 um rol da ausncia do empregado, porm em relao aos atestados mdicos e odontolgicos no citado nenhum destes pontos.O atestado mdico, para abono de faltas ao trabalho, tem limitao regulamentada por Lei, o Decreto 27.048/49, do qual aprova o regulamento da Lei 605/49, no artigo 6, 1 alnea F e 2 , dispe sobre a forma de abono de faltas mediante atestado mdico:Art. 6 - No ser devida a remunerao quando, sem motivo justificado, o empregado no tiver trabalhado durante toda a semana anterior, cumprindo integralmente o seu horrio de trabalho. 1 So motivos justificados:f) a doena do empregado, devidamente comprovada. 2 A doena ser comprovada mediante atestado de mdico da instituio da previdncia social a que estiver filiado o empregado, e, na falta dste e sucessivamente, de mdico do Servio Social do Comrcio ou da Indstria; de mdico da empresa ou por ela designado; de mdico a servio de representao federal, estadual ou municipal incumbido de assuntos de higiene ou de sade pblica; ou no existindo estes, na localidade em que trabalhar, de mdico de sua escolha.Conforme o quanto disposto no Acordo Coletivo, a Empresa dever proporcionar aos seus empregados, planos de sade pr-existentes a respeitadas respectivas condies vigentes, a realizao de preveno de cncer do colo uterino e de mama, no entanto, na CLT no determina a forma como o plano de sade deve abrangi o quadro de doenas.Ademais, a empresa determina uma regra que dependentes qumicos tero que seguir, para que seja possvel o servio de apoio aos usurios destas substncias psicoativas, de drogas lcitas, que so vendidas legalmente, como o cigarro e o lcool, e as ilcitas, a circularizao a comercializao destes tipos de drogas so ilegais, como a maconha, a cocana e o crack. Alm disto, o empregador oferecer ao empregado servios de apoio para tratamento de distrbios mentais e neurolgicos, mediante a anlise tcnica da Empresa.A legislao no se manifesta claramente sobre as obrigaes do empregador em relao dependncia qumica dos empregados no ambiente de trabalho, ficando a critrio do empregador a iniciativa de regulamentar internamente os procedimentos a serem adotados quando verificadas estas situaes.Embora exista Norma Regulamentadora, que estabelece a obrigatoriedade da elaborao e implementao do Programa de Controle Mdico e Sade Ocupacional (PCMSO) por parte do empregador, visando a promoo e preservao da sade de todos os trabalhadores atravs dos exames peridicos obrigatrios, no h definies claras das obrigaes com relao aos procedimentos para dependentes qumico.A Justia do trabalho, tem julgado estes casos, impondo o afastamento por motivo de doena do dependente qumico, no ensejando de forma punitiva, devendo receber do empregador o pagamento dos 15 primeiros dias decorrentes do afastamento. A partir desse momento, o trabalhador passar a gozar do benefcio previdencirio, ficando a recuperao a cargo do sistema de sade pblico.A funo social da empresa, esculpido na Constituio Federal e, neste caso, interpretado no sentido de que a empresa deve proporcionar ao seu empregado um tratamento digno para que o mesmo possa se reabilitar antes de ser desligado.Acerca do tema, o acordo prev que, o empregador dever comunicar o acidente do trabalho ao INSS, at o primeiro dia til seguinte ao da ocorrncia em caso de morte ou acidente grave, e de imediato ao Sindicato Profissional. Em casos de fatal trajeto ou mutilao, o aviso ao Sindicato dever ser de imediato, da data em que a Empresa tomou conhecimento. Cabe ao empregado, vtima do acidente, comunicar a empresa no prazo mximo de 72 (setenta e duas) horas aps o acidente. O Empregado goza de auxlio doena concedida pelo INSS, em decorrncia de doena no relacionada ao trabalho.Por se tratar de afastamento por doena, no est prevista na CLT, est na Lei de Previdncia Social, sendo o acidente de trabalho o que ocorre pelo exerccio do trabalho a servio da empresa ou pelo exerccio do trabalho dos segurados referido, provocando leso corporal ou perturbao funcional que cause a morte ou a perda ou reduo, permanente ou temporria, da capacidade para o trabalho"A Lei n 8.213/91 a conceitua da seguinte maneira, in verbis:Art. 20. Consideram-se acidente do trabalho, nos termos do artigo anterior, as seguintes entidades mrbidas:

I - doena profissional, assim entendida a produzida ou desencadeada pelo exerccio do trabalho peculiar a determinada atividade e constante da respectiva relao elaborada pelo Ministrio do Trabalho e da Previdncia Social;

II - doena do trabalho, assim entendida a adquirida ou desencadeada em funo de condies especiais em que o trabalho realizado e com ele se relacione diretamente, constante da relao mencionada no inciso I.

1 No so consideradas como doena do trabalho:

a) a doena degenerativa;

b) a inerente a grupo etrio;

c) a que no produza incapacidade laborativa;

d) a doena endmica adquirida por segurado habitante de regio em que ela se desenvolva, salvo comprovao de que resultante de exposio ou contato direto determinado pela natureza do trabalho.

2 Em caso excepcional, constatando-se que a doena no includa na relao prevista nos incisos I e II deste artigo resultou das condies especiais em que o trabalho executado e com ele se relaciona diretamente, a Previdncia Social deve consider-la acidente do trabalho.

Art. 21. Equiparam-se tambm ao acidente do trabalho, para efeitos desta Lei:

I - o acidente ligado ao trabalho que, embora no tenha sido a causa nica, haja contribudo diretamente para a morte do segurado, para reduo ou perda da sua capacidade para o trabalho, ou produzido leso que exija ateno mdica para a sua recuperao;

II - o acidente sofrido pelo segurado no local e no horrio do trabalho, em conseqncia de:

a) ato de agresso, sabotagem ou terrorismo praticado por terceiro ou companheiro de trabalho;

b) ofensa fsica intencional, inclusive de terceiro, por motivo de disputa relacionada ao trabalho;

c) ato de imprudncia, de negligncia ou de impercia de terceiro ou de companheiro de trabalho;

d) ato de pessoa privada do uso da razo;

e) desabamento, inundao, incndio e outros casos fortuitos ou decorrentes de fora maior;

III - a doena proveniente de contaminao acidental do empregado no exerccio de sua atividade;

IV - o acidente sofrido pelo segurado ainda que fora do local e horrio de trabalho:

a) na execuo de ordem ou na realizao de servio sob a autoridade da empresa;

b) na prestao espontnea de qualquer servio empresa para lhe evitar prejuzo ou proporcionar proveito;

c) em viagem a servio da empresa, inclusive para estudo quando financiada por esta dentro de seus planos para melhor capacitao da mo-de-obra, independentemente do meio de locomoo utilizado, inclusive veculo de propriedade do segurado;

d) no percurso da residncia para o local de trabalho ou deste para aquela, qualquer que seja o meio de locomoo, inclusive veculo de propriedade do segurado.

1 Nos perodos destinados a refeio ou descanso, ou por ocasio da satisfao de outras necessidades fisiolgicas, no local do trabalho ou durante este, o empregado considerado no exerccio do trabalho.

2 No considerada agravao ou complicao de acidente do trabalho a leso que, resultante de acidente de outra origem, se associe ou se superponha s conseqncias do anterior.

RELAES SINDICAIS

Quando se fala em Relaes Sindicais, podemos nos remeter a um tempo passado, onde a funo do Sindicato na empresa era muito mais representativa e ferrenha. Com o passar dos anos, vimos essa atuao sair um pouco do cho de fbrica e ser motivo de discusso em partidos polticos e esferas administrativas da Justia do Trabalho.Por bvio e especificamente neste Acordo Coletivo, vemos que, primeiramente, no h diferenciao no captulo que versa sobre tal relao com o Acordo Coletivo firmado anteriormente, trazendo a ns uma segurana sobre o trabalho do Sindicato na Mercedes-Benz, trazendo uma melhoria de vida ao empregado e ensejando a manuteno do Acordo para os prximos anos.J com relao a CLT, o Acordo Coletivo vem justamente trazer maior segurana jurdica para o Sindicato e para o empregado, ampliando seus direitos e regulando-os. Podemos verificar alguns exemplos neste caso: Recibos de Contribuies Associativas = no h na CLT disposio que obrigue o empregador a apresentar tais recibos. Este tipo de solicitao aperfeioa os laos entre o Sindicato e o empregado, alm de corroborar um grande trabalho administrativo para controle de todos os pagamentos de contribuies. Atraso no Recolhimento das Contribuies Associativas: Aqui, temos mais um claro exemplo de resguardo do Sindicato relacionado as suas prestaes pecunirias, incorrendo multa de 15% caso a empresa descumpra as regras para recolhimento das contribuies. A CLT tambm omissa neste caso. Taxa Negocial = A Taxa Negocial, que est em conformidade com o Artigo 462 da CLT, reforada neste Acordo Coletivo, alm de estabelecer padres para notificao ao empregador sobre as taxas praticadas pelo Sindicato. Dirigente Sindical = O Acordo Coletivo no traz nenhuma disposio em contrrio ao que est disposto na CLT, em seu Artigo 543, pargrafo 3. Neste caso, h uma ampliao ao campo de atuao do dirigente sindical, que poder manter contato com a empresa de sua base territorial sempre que entender necessrio, podendo acompanhar tambm um assessor quando o assunto for sade e segurana do trabalho. Sindicalizao = Relacionado a sindicalizao, a CLT apenas regula as formas de ingresso ao sindicato e o Acordo Coletivo traz um incentivo filiao que no est disposta na lei, promovendo duas vezes por ano, locais e meios para que o sindicato possa filiar o mximo de funcionrios possveis, previamente agendados e autorizados, de preferncia fora da empresa. Participao em Cursos e/ou Encontros Sindicais = A CLT novamente no tem nenhum dispositivo versando sobre participaes em cursos e encontros sindicais para os dirigentes sindicais. Para tal, o Acordo Coletivo regula que os dirigentes sindicais no afastados de suas funes na empresa podero se ausentar por 8 (oito) dias por ano sem prejuzo em seus descansos e desde que pr-avisada a empresa, por escrito, pelo Sindicato profissional, para a realizao de cursos. Alm disso, o Acordo estende esse benefcio aos empregados em geral, respeitando as normas estabelecidas no Acordo (de 500 a 1000 empregados = 3 empregados por ano; mais de 1000 empregados = at 5 empregados por ano). Relao de Empregados = O Acordo Coletivo prev que a empresa fornecer ao Sindicato Profissional, no prazo de cinco dias teis, informaes sobre os funcionrios demitidos e admitidos no ms, na jurisdio do Sindicato. A CLT no dispe sobre tal matria, porm, este entendimento pacfico no TST, de acordo com a matria abaixo (http://www.conjur.com.br/2014-jul-30/empresa-obrigada-dar-lista-todos-empregados-sindicato). Relao Anual de Informaes = Da mesma forma que no h previso em lei para a Relao de Empregados, a Relao Anual de Informaes tambm prevista pelo Acordo Coletivo, que diz que a empresa fornecer ao Sindicato at o dia 31 de Agosto de cada ano da vigncia do Acordo as informaes relativas a mo-de-obra profissional contidas na RAIS, nos perodos estabelecidos em Acordo, alm dos funcionrios com deficincia que foram contratados no perodo ou que j foram desligados. Quadro de Avisos = Por fim, o quadro de avisos ser disponibilizado para o Sindicato informar, mediante folhetos e comunicados oficiais, os andamentos realizados nas negociaes sindicais e providncias para benefcios dos funcionrios. Alm disso, o Acordo Coletivo traz uma obrigao a mais para a Mercedes, que deve afixar os avisos previamente enviados pelo Sindicato nos murais em at 12 (doze) horas aps o seu recebimento.

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