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VIl CISAGRO

VII Ciclo de Seminários da Agronomia – UFU

Uberlândia MG – 13 a 15 de setembro de 2010.

1

UNIVERSIDADE FEDERAL DE

UBERLÂNDIA

INSTITUTO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

CURSO DE AGRONOMIA

13 a 15 de setembro de 2010.

ORGANIZAÇÃO:

Programa de Educação Tutorial - Curso de Agronomia - UFU

Programa de Pós-Graduação em Agronomia - UFU

UBERLÂNDIA - MG

2010

ANAIS DO VII CICLO DE ANAIS DO VII CICLO DE ANAIS DO VII CICLO DE ANAIS DO VII CICLO DE

SEMINÁRIOS DO CURSO DE SEMINÁRIOS DO CURSO DE SEMINÁRIOS DO CURSO DE SEMINÁRIOS DO CURSO DE

AGRONOMIA DA UFUAGRONOMIA DA UFUAGRONOMIA DA UFUAGRONOMIA DA UFU

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COMISSÃO ORGANIZADORA PET AGRONOMIA Prof. João Paulo Arantes Rodrigues da Cunha

Bárbara Rodrigues Junqueira

Dayanne Morais Mendonça

Érico Aquino Santos Borges

Felipe Morelli da Silva

Filipe Inácio Matias

Flávia Bastos Agostinho

Luciana Nunes Gontijo

Miller Galli Naves

Polliana Silva Franco

Rafael Resende Finzi

Thays Vieira Bueno

Wender Santos Rezende

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM AGRONOMIA Prof. Marcus Vinicius Sampaio

Engª. Agrª. Mariana Rodrigues Bueno

Engª. Agrª. Larissa Barbosa de Sousa

Engª. Agrª. Isabel Cristina Vinhal Freitas

Eng°. Agr°. João Paulo Ribeiro de Oliveira

UBERLÂNDIA

2010

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Uberlândia MG – 13 a 15 de setembro de 2010.

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APRESENTAÇÃO

O Curso de Agronomia da Universidade Federal de Uberlândia foi

implantado no ano de 1986, e desde o início primou pelo caráter científico,

instituindo no currículo a execução de um trabalho de pesquisa (monografia)

para a conclusão do curso e apoiando o desenvolvimento de atividades de

pesquisa no âmbito acadêmico, gerando a dedicação de graduandos e

professores em diversos projetos, que se avolumam não somente em

quantidade, mas principalmente em qualidade.

O VII Ciclo de Seminários da Agronomia (VII CISAGRO) foi realizado

nos dias 13, 14 e 15 de setembro de 2010, no período noturno, das 19:00 às

21:30 horas, no anfiteatro da Biblioteca da Universidade Federal de Uberlândia,

Campus Umuarama, sendo mais um importante evento organizado pelo

Programa de Educação Tutorial (PET) do curso de Agronomia da UFU.

O CISAGRO foi promovido no sentido de divulgar os projetos de

pesquisa e os trabalhos entre os acadêmicos, promovendo maior contato e

possível inter-relacionamento das diversas áreas do curso de Agronomia, e

traçar linhas que orientem os novos trabalhos em consonância com a realidade

da agricultura nacional e, principalmente, regional.

Assim, o VII CISAGRO objetivou a complementação das atividades

curriculares do curso de Agronomia da UFU, visando à oportunidade para a

apresentação de projetos de pesquisa pelos alunos da graduação e pós-

graduação e professores.

Os alunos mostraram seus trabalhos desenvolvidos em estágios ou

atividades extracurriculares, aprimorando seu lado profissional, preparando-se

para a área da pesquisa, que consiste muitas vezes, na apresentação de

palestras para a exposição de dados concluídos de seus projetos. O evento

contou com a participação dos alunos da graduação e pós-graduação e de

professores do Curso de Agronomia da UFU.

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Nesta sétima edição, o Cisagro, além do apoio do Instituto de Ciências

Agrárias, teve a colaboração da Coordenação do Curso de Pós-Graduação em

Agronomia da UFU, em comemoração aos seus 10 anos de existências.

Parabéns!!!

É com orgulho que a comissão organizadora disponibiliza os resumos

dos trabalhos apresentados durante o evento. Agradecemos a todos os

participantes e aos alunos e professores que apresentaram seus trabalhos, e

esperamos ter contribuído para o aprimoramento do Curso de Agronomia da

UFU.

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RESUMOS - FLUTUAÇÃO POPULACIONAL DO BICHO-MINEIRO-DO-CAFEEI RO (Leucoptera coffeella Guérin-Mèneville & Perrottet) E DE SEUS PARASITÓIDE S EM UBERLÂNDIA-MG. (página 7) - DEPOSIÇÃO DE CALDA E CARACTERÍSTICAS DE GOTAS PRO DUZIDAS PELA APLICAÇÃO AÉREA E TERRESTRE NA CULTURA DA BATATA ( Solanun tuberosum L.). (páginas 8 e 9) - INTERFERÊNCIA DA CALAGEM NA DISPONIBILIDADE DE NU TRIENTES E pH EM UM LATOSSOLO VERMELHO NA REGIÃO DE TUPACIGUARA, MG. (páginas 10 e 1 1) - PRODUTIVIDADE DE LINHAGENS DE SOJA PRECOCE EM ENS AIO REGIONAL, NA SAFRA 2009/2010, PORANGATU– GO. (página 12) - EFEITO DO PONTO DE CORTE NA QUALIDADE DA SILAGEM DO MILHO DOCE. (página 13) - AVALIAÇÃO DO POTENCIAL PRODUTIVO DE GENÓTIPOS DE SOJA NO MUNÍCIPIO DE PORTO NACIONAL - TO, SAFRA 2009/2010. (pagina 14) - OBTENÇÃO DE NUTRIENTES EM ARVORES DE NIM INDIANO (Azadirachia indica A. Juss) EM FUNÇÃO DA CALAGEM. (páginas 15 e 16) - IMPLICAÇÕES DA ADIÇÃO DE CORRETIVOS E PALHADA SOB RE ALGUMAS PROPRIEDADES QUÍMICAS DE UM LATOSSOLO, EM UBERLÂNDI A – MG. (páginas 17 e 18) - AVALIAÇÃO DO TEOR DE ÓLEO DE GENÓTIPOS DE SOJA PA RA PRODUÇÃO DE BIODIESEL. (página 19) - ESTRATÉGIAS DE USO DE FUNGICIDAS E SUAS IMPLICAÇÕ ES NA PROTEÇÃO DO POTENCIAL PRODUTIVO DO MILHO. (página 20) - EFICIÊNCIA IN VITRO DE ABAMECTIN NA ECLOSÃO DE JUVENIS DE 2º ESTÁDIO DE MELOIDOGYNE INCOGNITA. (página 21) - DIFERENTES DOSAGENS DE ESTERCO BOVINO NA CULTURA DO FEIJÃO. (página 22) - CAMINHADA TRANSVERSAL DO DIAGNÓSTICO RÁPIDO PARTI CIPATIVO NO ASSENTAMENTO SÃO DOMINGOS EM TUPACIGUARA – MG. (páginas 23 e 24) - DERIVA E ESCORRIMENTO DE CALDA NA CULTURA DA BATA TA PROMOVIDOS PELA APLICAÇÃO AÉREA E TERRESTRE. (páginas 25 e 26) - PLANTAS INFESTANTES E A GAMA DE HOSPEDEIROS DO IS OLADO VIRAL ToIdV-01 COLETADO EM INDIANÓPOLIS EM 2007. (páginas 27 e 28)

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- CONDICIONAMENTO OSMÓTICO PARA AVALIAÇÃO DA GERMIN AÇÃO E VIGOR EM SEMENTES DE Raphanus sativus. (página 29) - TEOR FOLIAR DE NUTRIENTES EM CANA-DE-AÇÚCAR SOB D IFERENTES FORMAS DE PREPARO DE SOLO EM ÁREA DE EXPANSÃO NO CE RRADO. (página 30) - CRESCIMENTO MICELIAL E ESPORULAÇÃO DO FUNGO Quambalaria eucalypti EM DIFERENTES MEIOS E DOSES DE SILÍCIO. (página 31) - EFEITO DE FUNGICIDAS E ÉPOCAS DE APLICAÇÃO NO CON TROLE DE MANCHA BRANCA E FERRUGEM POLISSORA EM DIFERENTES HÍ BRIDOS DE MILHO. (página 32) - AVALIAÇÃO DA GERMINAÇÃO DE SEMENTES DE CRAMBE ( Crambe abyssinica Hoechst) EM LABORATÓRIO E A CORRELAÇÃO COM A EMERGÊNCIA DAS PLÂNTULAS EM CAMPO. (página 33) - EFICÁCIA DE FUNGICIDAS NO CONTROLE DE QUATRO ISOL ADOS DE Phytophthora sp. OBTIDOS DO MAMOEIRO ( Carica papaya). (páginas 34 e 35) - AVALIAÇÃO DE FUNGICIDAS PARA O CONTROLE DO COMPLE XO DE PATÓGENOS CAUSADORES DA MANCHA BRANCA NA CULTURA DO MILHO. (pági na 36) - DESEMPENHO PRODUTIVO DE GENÓTIPOS DE SOJA COMPARA DA EM DUAS ÉPOCAS DE PLANTIO NO MUNICÍPIO DE UBERABA- MG. (páginas 37 e 38) - CARACTERIZAÇÃO DE CULTIVARES COMERCIAIS DE FEIJÃO D E ACORDO COM A ÉPOCA DE SEMEADURA NA REGIÃO DO TRIÂNGULO MIN EIRO. (pági nas 39 e 40) - GERMINAÇAO DE LOSNA ( Artemisia absinthium) SUBMETIDAS A POTENCIAIS OSMÓTICOS COM DIFERENTES SAIS. (página 41) - INFLUÊNCIA DO PROCESSO DE FERMENTAÇÃO NA EMERGÊNC IA DE PLÂNTULAS DE ROMÃ ( Punica granatum L.). (página 42) - PERÍODO DE MOLHAMENTO FOLIAR PARA OCORRÊNCIA DE F ERRUGEM ASIÁTICA ( Phakopsora pachyrhizi) EM DOIS CULTIVARES DE SOJA ( Glycine max). (página 43) - EFEITO DO SILÍCIO PROVENIENTE DE AGREGADO SIDERÚR GICO NO CONTROLE DA BROCA DO COLMO ( Diatraea saccharalis) E PRODUTIVIDADE DA CANA PLANTA. (página 44)

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FLUTUAÇÃO POPULACIONAL DO BICHO-MINEIRO-DO-CAFEEIRO (Leucoptera coffeella Guérin-Mèneville & Perrottet) E DE SEUS PARASITÓIDES EM UBERLÂNDIA-MG. Polianna Alves Silva1,2,3, Carlos Fernando Simão Rodovalho4, Marcus Vinícius Sampaio1,2. 1 Universidade Federal de Uberlândia, 2 Instituto de Ciências Agrárias, 3 Bolsista FAPEMIG, 4

Engenheiro Agrônomo - UFU. Apoio financeiro: FAPEMIG (e-mail: [email protected]) Resumo: O cafeeiro é uma cultura que apresenta fundamental importância para o agronegócio brasileiro. Dentre os insetos que atacam a planta, o bicho-mineiro-do-cafeeiro, Leucoptera coffeella (Guérin-Mèneville & Perrottet, 1842) (Lepidoptera: Lyonetiidae), é a principal praga do cafeeiro arábica. Para seu controle, está em franco crescimento o método de controle biológico, o qual é um dos pilares do manejo integrado de pragas. O trabalho objetivou determinar a dinâmica populacional do bicho-mineiro e de seus parasitóides em Uberlândia-MG. O experimento foi conduzido na Fazenda Experimental do Glória, pertencente à Universidade Federal de Uberlândia, em Uberlândia-MG. Para a avaliação do nível de infestação do bicho-mineiro, foram realizadas coletas quinzenais no período de agosto de 2008 a julho de 2009, em duas variedades de cafeeiro (Rubi e Topázio), sendo 80 folhas avaliadas por variedade quanto à presença ou ausência de minas. Para quantificar a porcentagem de parasitismo, foram coletadas 40 folhas minadas por variedade, de forma aleatória e sempre nos terços médio e superior das plantas. Estas folhas foram levadas ao laboratório, individualizadas em sacos plásticos por até quatro semanas para a emergência das mariposas e ou parasitóides. Os parasitóides foram identificados quanto à família para os Eulophidae e a nível de espécie para os Braconidae. O parasitismo por Eulophidae foi o principal fator regulador da população de L. coffeella. O parasitismo de Eulophidae em L. coffeella em cafeeiro aumentou de acordo com o aumento da infestação da praga. As populações de parasitóides das famílias Braconidae e Eulophidae foram influenciadas negativamente pelo aumento da temperatura.

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DEPOSIÇÃO DE CALDA E CARACTERÍSTICAS DE GOTAS PRODU ZIDAS PELA APLICAÇÃO AÉREA E TERRESTRE NA CULTURA DA BATA TA (Solanun tuberosum L.) Guilherme Sousa Alves 1,2,3, João Paulo Arantes Rodrigues da Cunha 1,2, Mariana Rodrigues Bueno 1,2. 1 Universidade Federal de Uberlândia, 2 Instituto de Ciências Agrárias, 3 Bolsista CNPq. Apoio financeiro: CNPq (e-mail: [email protected]) Resumo: A cultura da batata (Solanun tuberosum L.) é a quarta fonte de alimento mundial, perdendo apenas para o trigo, arroz e o milho. Em países de clima temperado, sobretudo, é a principal fonte de alimento. O presente trabalho teve como objetivo avaliar a deposição de calda promovida pela aplicação aérea e convencional na cultura da batata, bem com o espectro das gotas formado por essas aplicações, variando-se o volume de pulverização e a composição da calda. As avaliações de campo foram feitas na Fazenda Água Santa, pertencente ao Grupo Rocheto, localizada na BR 452 km 258, no município de Santa Juliana-MG, enquanto que as avaliações de laboratório foram realizadas no Laboratório de Mecanização Agrícola, pertencente ao Instituto de Ciências Agrárias da Universidade Federal de Uberlândia, no Campus Umuarama, Uberlândia-MG. O experimento foi conduzido em delineamento inteiramente casualizado com quatro repetições, em esquema fatorial 6x2, sendo seis formas de aplicação - aérea (15 e 30 L ha-1) com atomizador rotativo, e terrestre (200 e 400 L ha-1) com pontas de jato plano duplo com indução de ar (AD-IA/D 11002 e AD-IA/D 11004) e jato cônico vazio (MAG - 2 e MAG - 4) e duas composições de calda (com e sem o adjuvante fosfatidilcoline+ácido propiônico) na dose de 0,5% v/v. As parcelas para os tratamentos terrestres tiveram área de 48 m2 (6 x 8 m), enquanto que para os tratamentos aéreos a área foi de 14.400 m2 (300 x 48 m). Foi utilizada a cultivar Asterix, com 54 dias após o plantio, cujo espaçamento entre plantas foi de 0,38 m e entre linhas de 0,80 m. Na aplicação aérea, utilizou-se um avião Cessna, modelo AG Truck 300, dotado de atomizadores rotativos de tela (Modelo Micronair AU 5000), a uma velocidade de 177 km h-1. Na aplicação terrestre utilizou-se um pulverizador costal CO2 Herbicat Série OP 1442 de pressão constante, a uma velocidade de 4 km h-1. Para avaliação da deposição, foi utilizado um traçador composto de corante azul junto à calda, na dose de 1 kg ha-1, para todos os tratamentos, para ser detectado por absorbância em 630 nm por um espectrotômetro. Após as pulverizações foram coletadas dez folhas na parte superior e dez folhas na parte inferior. Em seguida foram colocadas em sacos plásticos contendo 100 mL de água destilada. A área foliar foi medida através de um programa de imagens. Por meio de curvas de calibração, os dados de absorbância foram transformados para unidade de massa do traçador em relação à área foliar (µg cm-2). O espectro de gotas geradas foi avaliado por meio da digitalização e análise de papéis hidrossensíveis, colocados nas áreas aplicadas. As características das gotas avaliadas foram diâmetro mediano volumétrico (DMV) e gotas menores do que 100 µm, que representam o potencial para ocorrência de deriva. De acordo com os resultados, pôde-se concluir que a quantidade de traçador retido nas folhas superiores foi menor do que nas folhas inferiores quando se utilizou maiores volumes de calda (400 L ha-1). Nas folhas inferiores da

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batateira, a deposição de calda promovida pela aplicação aérea mostrou-se equivalente à aplicação convencional. Na pulverização aérea com atomizador rotativo, foram produzidas gotas de menor tamanho, enquanto que na aplicação terrestre com ponta de jato plano duplo com indução de ar, gotas de maior tamanho. A aplicação aérea apresentou o maior risco potencial de deriva no volume de 15 L ha-1. O uso do adjuvante aumentou a retenção de calda tanto na parte superior quanto na parte inferior da planta.

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INTERFERÊNCIA DA CALAGEM NA DISPONIBILIDADE DE NUTR IENTES E pH EM UM LATOSSOLO VERMELHO NA REGIÃO DE TUPACIGUARA, MG. ; Felipe Morelli da Silva1; Filipe Inácio Matias1; Polliana Silva Franco1; Beno Wendling2. Universidade Federal de Uberlândia, Instituto de Ciências Agrárias - Uberlândia, MG. 1Discentes do curso de graduação em Agronomia, bolsistas do Programa de Educação Tutorial (PET - Agronomia) 2Professor Adjunto, Universidade Federal de Uberlândia, Instituto de Ciências Agrárias, Uberlândia, MG. (email: [email protected]) Resumo: O objetivo da técnica de calagem é fazer a correção da acidez do solo para que haja um desenvolvimento satisfatório das culturas. Os métodos de calagem são específicos e variam de acordo com as culturas. A aplicação desses métodos estão relacionados com as características e exigências nutricionais de cada uma delas. Durante o desenvolvimento da cultura, alguns benefícios da calagem podem ser citados, como aumento do pH do solo, queda no teor de alumínio trocável, aumento dos teores de cálcio e magnésio disponíveis e o aumento da disponibilidade de fósforo para as plantas, sendo esta técnica realizada sempre em níveis adequados. Portanto o atual trabalho teve por objetivo avaliar o efeito das diferentes doses de calcário na disponibilidade de elementos no solo. O experimento foi realizado na Fazenda Santa Maria no município de Tupaciguara, Minas Gerais, o qual foi instalado em uma área de solo, classificado como Latossolo Vermelho de textura argilosa. O clima é o do tipo Bw, caracterizado por verão quente e úmido e inverno seco, segundo a classificação de Köppen. Antigamente a área utilizada no experimento servia de pastagem sendo esta limpa e preparada com arado e subsolador para a instalação do mesmo. A área foi amostrada antes da introdução dos tratamentos, para análise de solo, a fim de caracterizá-la. Utilizou-se de cinco tratamentos sendo eles cinco doses de calcário, aplicadas a lanço na área (0; 1; 2; 3; 4 Mg Ca ha-¹). O calcário utilizado foi o dolomítico, com PRNT de 85%. O delineamento experimental utilizado foram quatro blocos inteiramente casualizados. A amostragem de solo foi realizada seis meses após a instalação do experimento em três profundidades (0-5; 5-10; 10-20 cm). Foram coletadas 8 amostras simples em cada profundidade e a partir destas, fez-se uma amostra composta da área útil da parcela. Os teores de Ca, Mg, Al e o pH foram analisados no solo, de acordo com a metodologia proposta pela Embrapa. Pelo teste de Tukey a 5% de significância, a simples presença do calcário possibilita o aumenta da concentração dos nutrientes Ca e Mg principalmente na camada de 0-5 cm do perfil do solo; deixando também a concentração de Al menor na camada superficial precipitando conforme entra em contato com o calcário, pois este sofre percolação no perfil com pluviosidade. Conclui-se então pelo teste que o pH é maior na camada externa (0-5 cm). 71,5% da variação de Ca em cmolk de 0-5 cm no perfil do solo é devido as diferentes doses de calcario, onde na ausencia da calagem a concentração é de 1,184 cmolk e para cada tonelada aplicada há um acrescimo de 0,182 cmolk. 85,8 % e 94,1% da variação das concentrações de Mg em cmolk nas profundidades de 0-5 cm e 10-20 cm respectivamente é devido a calagem onde na ausencia de calcario a concentração é de 0,548 cmolk e 0,329 cmolk e para cada uma tonelada de calcario aplicado há um

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acréscimo de 0,253 e 0,074 cmolk respectivamente. Na profundidade de 5-10 cm não obteve interferencia relevante pela calagem. A variação do pH foi significativa nas camadas 0-5, 5-10 e 10-20 do perfil em seis meses de exposição a calagem, com 84,8%, 74,7% e 57,7% da variação respectivamente. Quando o calcário é ausente o pH é 5,05, 4,84 e 4,88 e para cada um mega-grama aplicado a um acrecimo de 0,303, 0,106 e 0,087 no pH da área respectivamente para cada camada em função da percolação do calcario no perfil. Sendo assim a disponibilidade de Ca e Mg no solo aumenta devido a presença de calcário precipitando o Al e deixando o solo menos ácido elevando assim o pH principalmente na camada mais superior (0-5 cm), espera-se maior variação nas demais camadas 5-10 e 10-20 de acordo com o aumento do tempo de exposição e percolação do calcário no perfil.

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PRODUTIVIDADE DE LINHAGENS DE SOJA PRECOCE EM ENSAI O REGIONAL, NA SAFRA 2009/2010, PORANGATU– GO. Guilherme Ramos Parreiras1,2,3,Osvaldo T. Hamawaki, Larissa Barbosa de Sousa1,2, Anaísa Kato Cavalcante1,2, Fernanda Neves Romanato1,2, Morony Martins Oliveira 1,2,3. Universidade Federal de Uberlândia, 2Instituto de Ciências Agrárias, 3Estagiário Programa Soja UFU (e-mail: [email protected]) Resumo: A soja (Glycine max L.) possui importância incontestável no cenário agrícola mundial ocupando isoladamente a posição de cultura mais plantada em todo o mundo. Na safra 2008/2009 a produção mundial alcançou 210,6 milhões de toneladas em 96,3 milhões de hectares, sendo o Brasil o segundo maior produtor depois dos Estados Unidos com 57,1 milhões de toneladas em 21,7 milhões de hectares e produtividade média de 2.629 kg.ha-1 obtida graças às novas tecnologias amplamente empregadas visando maior produtividade a fim de atender a crescente demanda por essa importante commodity. O objetivo deste trabalho foi avaliar o desempenho produtivo de 28 genótipos de soja, sendo 23 linhagens e cinco cultivares comerciais no município de Porangatu-GO, na safra 2009/2010. O experimento foi conduzido na fazenda Magnólia localizada no município de Porangatu-GO . A parcela experimental constituiu-se de 4 fileiras de 5 metros de comprimento, espaçadas a 0,50 m. Considerou-se como parcela útil as duas fileiras centrais, desprezando 0,50 m de cada extremidade das fileiras. A semeadura ocorreu na segunda quinzena de novembro. O delineamento experimental usado foi de blocos casualizados com três repetições. Avaliou-se a produtividade (kg.ha-1) dos genótipos, através da colheita da área útil de cada parcela e pesagem dos grãos. Os dados obtidos (gramas por parcela) foram transformados para kg.ha-1, sendo esta produtividade corrigida para teor de umidade de 13%. Os dados foram interpretados estatisticamente por meio de análise de variância e as médias foram comparadas pelo teste de Tukey a 5% de significância. Conforme gráfico abaixo as linhagens não diferiram entre si quanto à característica avaliada. No entanto a linhagem UFUS – 03 foi a que apresentou maior média de produtividade seguida da UFUS – 18 e UFUS – 19. Acredita-se que não houve diferenças entre as linhagens devido à baixa qualidade da semente utilizada. Logo a melhor linhagem nesse ensaio foi a UFUS – 03.

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EFEITO DO PONTO DE CORTE NA QUALIDADE DA SILAGEM DO MILHO DOCE. José Arantes Ferreira Júnior1,2,3, Dayene Cássia de Paula Soares1,2,3

Universidade Federal de Uberlândia, 2 Instituto de Ciências Agrárias, 3 Estagiário(a) do Laboratório de Análise de Sementes (LASEM). (email: [email protected]) Resumo: Este trabalho objetiva avaliar o ponto ideal de corte do milho doce para produção de silagem. O ensaio foi conduzido na área experimental das Faculdades Associadas de Uberaba (FAZU-FUNDAGRI), no município de Uberaba, MG, em altitude de 780 m; 19º e 44’ de latitude Sul e 47º e 57’ de longitude Oeste de Greenwich; no ano agrícola 2008/2009. As normais climatológicas obtidas do INEMET-EPAMIG, Estação Experimental Getulio Vargas são as seguintes: precipitação de 1.589,4 mm, evapotranspiração de 1.046 mm e temperatura média anual de 21,9ºC. A semeadura foi realizado no dia 29/08/2008, utilizando o híbrido de Milho doce Tropical Plus desenvolvido pela Syngenta Seeds. Foi utilizado o Delineamento experimental Inteiramente Casualizado (DIC), com 07 tratamentos e 03 repetições. Sendo que o milho-doce foi ensilado aos 0, 7, 14,21, 28, 35 e 42 dias após a retirada das espigas para comercialização. Os silos utilizados foram baldes plásticos com capacidade de 20 kg. Todas as plantas de cada parcela foram picadas em partículas com tamanho de 0,5 cm, compactadas manualmente para retirada do ar e os baldes foram fechados vigorosamente. A abertura dos silos foi realizada aos 60 dias após sua ensilagem, isso para garantir a estabilização do processo de fermentação. Foram coletados para analise 1 kg de cada material ensilado, e levados para o laboratório para serem realizadas a análise bromatológica do material. Os resultados obtidos do laboratório consistiram das seguintes características: teores de FDA (fibra em detergente ácido), FDN (fibra em detergente neutro), PB (proteína bruta), hemicelulose, Ca (cálcio), MS (matéria seca), NDT (nutrientes digestíveis totais), EE (extrato etéreo) e extrato negativo. Os valores obtidos foram submetidos à análise de variância pelo teste de F e as médias comparadas pelo teste de Tukey a 5% de significância. Os teores de Extrato Negativo, FDN, Hemicelulose, MS, P e PB não diferiram estatisticamente pelo teste de Tukey a 5%, levando em consideração as diferentes épocas de ensilagem. Em relação ao Ca, não verificou diferença estatística entre o material ensilado a 0, 7 e 14 dias. Sendo que neste intervalo a silagem apresentou os maiores valores para este elemento, e a partir de 14 dias o teor diminui consideravelmente. Em relação ao NDT as amostras ensiladas a 0, 14 e 28 dias não diferiram estatisticamente entre si e apresentaram os maiores valores.

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AVALIAÇÃO DO POTENCIAL PRODUTIVO DE GENÓTIPOS DE SO JA NO MUNÍCIPIO DE PORTO NACIONAL - TO, SAFRA 2009/2010 . Daniel Pizotti Pescumo1,2,3, Osvaldo T. Hamawaki¹², Fernanda Neves Romanato1,2, Larissa Barbosa de Sousa1,2, Anaísa Kato Cavalcante1,2, Gabriel Lemes Jorge1,2,3. 1Universidade Federal de Uberlândia, 2Instituto de Ciências Agrárias, 3Estagiário Programa Soja UFU (e-mail: [email protected]) Resumo: O Brasil é o segundo maior produtor mundial de soja, pois alcança 20,2% de toda a produção dessa leguminosa no mundo, o que equivale a 68,71 milhões de toneladas. Tanto o crescimento da produção quanto o aumento da capacidade competitiva da soja brasileira estão associados aos avanços científicos e à disponibilização de tecnologias ao setor produtivo. Os programas de melhoramento genético da cultura são essenciais para atender à crescente demanda por maiores produções, possibilitando, por meio da criação de variabilidade e ampliação da base genética, a seleção dos melhores genótipos de uma população, capazes de superar os patamares de produtividade. Este trabalho teve como objetivo avaliar à produtividade de 28 genótipos de soja de ciclo precoce na safra 2009/2010 no município de Porto Nacional- TO. O delineamento experimental utilizado foi de blocos casualizados com três repetições. Avaliou-se 28 genótipos, sendo 23 linhagens provenientes do programa melhoramento de soja da Universidade Federal de Uberlândia e cinco cultivares comerciais. As parcelas experimentais constaram de quatro linhas espaçadas a 0,45 m entre si e com 5,0 m de comprimento. As duas linhas centrais de cada parcela foram utilizadas para coleta de dados, descartando meio metro de cada extremidade. Foi avaliado o potencial produtivo em kg.ha-1, calculados a partir do material colhido e trilhado em cada parcela útil e corrigidos a 13% de umidade. Os dados foram interpretados estatisticamente por meio de análise de variância e as médias foram comparadas pelo teste de Tukey a 5% de significância. O programa estatístico utilizado para a realização das análises foi o SISVAR. Conforme o gráfico 1 houve diferença significativa entre os genótipos. A produtividade média obtida foi de 931.250 kg.ha-1. A cultivar M-Soy 6101 foi o genótipo que mais se destacou seguido das linhagens UFUS – 03 e UFUS – 14. O genótipo que apresentou menor média foi a cultivar M-Soy-8001 com 458.333 kg.ha-1. Logo o melhor genótipo foi à cultivar M-soy 6101.

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OBTENÇÃO DE NUTRIENTES EM ARVORES DE NIM INDIANO (Azadirachia indica A. Juss) EM FUNÇÃO DA CALAGEM. Filipe Inácio Matias1; Polliana Silva Franco1; Lísias Coelho2; Beno Wendling2. Universidade Federal de Uberlândia, Instituto de Ciências Agrárias- Uberlândia, MG. 1Discentes do curso de graduação em Agronomia, bolsistas do Programa de Educação Tutorial (PET - Agronomia). 2Professores Adjuntos, Universidade Federal de Uberlândia, Instituto de Ciências Agrárias .(e-mail: [email protected]). Resumo: O Nim (Azadirachia indica A. Juss) possui substâncias de ação bactericida, inseticida, nematicida e fungicida. Também é usado na forma de adubos, em reflorestamentos, em paisagismo, na indústria moveleira e cosmética. Embora sua utilização seja bastante difundida, ainda faltam informações em relação a correção e fertilização do solo. A calagem é uma técnica agrícola que tem por objetivo fazer a correção da acidez do solo para um desenvolvimento satisfatório das culturas. Do mesmo modo que a falta de calagem prejudica determinadas culturas, a calagem excessiva também pode interferir negativamente na disponibilidade de alguns nutrientes. Desta forma o presente trabalho teve por objetivo avaliar o efeito das diferentes doses de calcário na absorção de macro e micronutrientes pela planta de Nim. O experimento foi conduzido no município de Tupaciguara, Minas Gerais. O solo no local do experimento foi classificado como Latossolo Vermelho, de textura argilosa. O clima é o do tipo Bw, caracterizado por verões quentes e úmidos e invernos secos, segundo a classificação de Köppen. A área foi preparada com arado e subsolador para a instalação do experimento. Foi feita a amostragem do solo antes da introdução dos tratamentos a fim de caracterizar a área e fornecer subsídios para recomendação de fertilizantes e definir as doses de corretivos. A parcela contou com 42 árvores de Nim, plantadas com espaçamento 3x3 m. As mudas foram levadas ao campo com 40 cm. Considerou-se apenas as seis mudas centrais como área útil da parcela. Antes do plantio, foi realizada adubação localizada de 300 g por cova do formulado 8-28-16 (N%, P2O5%, K2O%) e boro (0,1%). Essa adubação foi baseada em informações relativas à cultura do eucalipto, haja vista a não existência de tabelas de adubação para a cultura do Nim. Os tratamentos utilizados foram cinco doses de calcário, aplicadas a lanço na área total das parcelas 0; 1; 2; 3; 4 Mega grama.ha-1 (Mg.ha-1). O calcário utilizado foi o dolomítico, com PRNT de 85%. O delineamento experimental utilizado foi o blocos inteiramente casualizados (DBC), com quatro repetições. A coleta das amostras de folhas foi realizada aos seis meses de idade, na região mediana das plantas, com escolha aleatória de três folhas por planta da área útil da parcela, totalizando 18 folhas. Os teores de macro e micronutrientes nas folhas foram determinados de acordo com a metodologia proposta pela Embrapa. Não houve diferença significativa para os macronutrientes N, P, Ca, Mg e S e os micronutrientes B, Cu, Mn e Zn. Somente o K (macro) e o Fe (micro), apresentaram diferença significativa. Para o K, 83% da variação da concentração foi devida à aplicação da calagem. Na ausência de calcário a concentração foi de 11,90 g kg-1 e para cada Mg ha-1 de calcário aplicado houve um decréscimo de 0,588 g kg-1 no acúmulo de K nas folhas. Para o Fe, 77,3% da variação da concentração foi

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devida à aplicação da calagem, em que, na ausência de calcário a concentração foi de 197 mg kg-1 e para cada Mg ha-1 de calcário aplicado houve um decréscimo de 14,22 mg kg-1 no acúmulo nas folhas. Resumindo, doses mais elevadas de calcário, diminuem a absorção de K e Fe pela planta de Nim. O acúmulo dos demais nutrientes nas folhas não pode ser explicado pela doses de calcário, pelo menos no desenvolvimento inicial da planta.

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IMPLICAÇÕES DA ADIÇÃO DE CORRETIVOS E PALHADA SOBRE ALGUMAS PROPRIEDADES QUÍMICAS DE UM LATOSSOLO, EM UBERLÂNDIA – MG. Marcos Paulo Resende Ribeiro1,2, Luna Monique Fonseca de Santana1,2,3, Beno Wendling1,2, Maria Clara Soares1,2,4, Maria Rita Soares1,2. 1 Universidade Federal de Uberlândia, 2 Instituto de Ciências Agrárias, 3 Bolsista CNPq, 4 Apoio financeiro: FAPEMIG (e-mail: [email protected]). Resumo: A busca por sistemas de manejo que melhorem as propriedades físicas, químicas e biológicas é uma realidade. Nesse contexto, a utilização da palhada, de corretivos de acidez incorporados ou em cobertura no solo, são objetos deste estudo. O experimento foi conduzido em casa de vegetação do Instituto de Ciências Agrárias (ICIAG) da Universidade Federal de Uberlândia (UFU). Foi utilizado um solo classificado como Latossolo Vermelho-Amarelo distrófico típico – LVAd . Os solos foram acondicionados em colunas de PVC, onde foram adicionados 3,14 dm3 de solo. Após a montagem das colunas com os solos, a palhada foi aplicada na superfície correspondente na quantidade de 14 t ha-1. Em seguida, foram aplicados os corretivos. Nos tratamentos com incorporação, o volume de solo correspondente aos primeiros 20 cm de profundidade mais a palha e o corretivo foram misturados. Após 90 dias, sementes de soja da cultivar BRS/MG-68 “Vencedora” foram semeadas por coluna, e 10 dias após a germinação foi realizado o desbaste mantendo-se apenas uma planta por coluna. Foi realizada uma adubação complementar igual para todos os tratamentos. As plantas foram cultivadas até o final do ciclo e colhidas. As colunas então foram divididas em várias profundidades, sendo avaliada neste trabalho apenas a profundidade de 0 a 10 cm. As amostras de solo foram secas ao ar e peneiradas em tamis de 2 mm e destinadas à análise química para a determinação de pH(CaCl2),teores de Ca, Mg e Al trocáveis. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado, em esquema fatorial 3 x 4, sendo três variações para corretivos (sem corretivo; carbonato de cálcio e silicato de cálcio) e quatro formas de manejo (spi - sem palha e incorporação de corretivo; spc - sem palha e corretivo adicionado em cobertura; cpi - com palha e incorporação da palha e do corretivo; cpc - com palha, sendo corretivo e palha aplicados em cobertura). Foram feitas quatro repetições, totalizando 48 parcelas. Os dados obtidos foram submetidos à análise de variância e teste de média (Tukey 5%). Com relação ao pH, a utilização de corretivo resultou em maiores valores. No solo sem corretivo, verifica-se que modificações no manejo não promoveram alterações significativas nos valores de pH. Já no solo com carbonato, maiores valores de pH foram obtidos para os tratamentos com incorporação, comportamento este que não pôde ser verificado para o silicato. Comparando-se os dois corretivos utilizados, verifica-se no geral, que o carbonato resulta em maiores valores de pH, uma vez que o silicato apresenta valor neutralizante mais baixo. Os corretivos também resultaram em melhores valores para o teor de Al3+, ou seja, baixos valores, uma vez que a redução da acidez do solo tem relação direta com a redução nos teores de Al3+. Maiores valores para Ca também foram obtidos para as amostras com corretivo adicionado, já que o Ca é um dos seus componentes principais. Entretanto, as variações no manejo não diferiram significativamente entre si quanto ao teor de

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Ca, mas verifica-se uma tendência a maiores valores quando o corretivo é aplicado em cobertura, uma vez que a camada avaliada vai até 10 cm, recebendo então mais Ca do que se a incoporação a 20 cm tivesse sido realizada. Com relação à variação no manejo da palhada para todos os atributos avaliados, nenhum comportamento determinante foi verificado a favor ou não da sua utilização e incorporação

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AVALIAÇÃO DO TEOR DE ÓLEO DE GENÓTIPOS DE SOJA PARA PRODUÇÃO DE BIODIESEL. Leandro Guimaraes Nunes de Paula1,2,3, Osvaldo T. Hamawaki1,2, Anaísa Kato Cavalcante1,2, Larissa Barbosa de Sousa1,2,, Fernanda Neves Romanato1,2, Flávia Campos Freitas Vieira1,2,3. 1Universidade Federal de Uberlândia, 2Instituto de Ciências Agrárias, 3Estagiário Programa Soja UFU (e-mail: [email protected]) Resumo: O lipídeo de soja é o líder mundial dos óleos vegetais representando entre 20 e 24% de todos os óleos e gorduras consumidas no mundo. A substituição de óleo diesel importado e a necessidade de se utilizar fontes renováveis de combustíveis, sustentáveis e menos poluentes, tornam premente à necessidade de se desenvolver novas cultivares de soja, com teores elevados de óleo nos grãos, o que torna promissor a sua utilização em programas de melhoramento, visando o aumento do seu conteúdo nos grãos. O objetivo deste trabalho foi avaliar genótipos de soja de ciclo precoce quanto ao teor de óleo para produção de biodiesel. O ensaio foi conduzido na Fazenda escola da FAZU – Faculdades Associadas de Uberaba na safra 2007-08. Avaliou-se 12 genótipos de soja, sendo 10 linhagens provenientes do Programa melhoramento de soja da Universidade Federal de Uberlândia e duas cultivares comerciais. O experimento foi conduzido em blocos casualizados com três repetições. Cada parcela experimental constou de 4 linhas de cinco metros de comprimento espaçadas de 0,50 m. O teor de óleo foi determinado em uma amostra de 1 g de grãos, de cada tratamento, tomada em triplicata, pelo método de Soxhlet, com éter de petróleo como solvente. Os dados foram interpretados estatisticamente por meio de análise de variância e as médias foram comparadas pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. Os resultados permitiram verificar a superioridade das linhagens UFU-101, UFU-106, UFU-115,UFU-118 e UFU-117 e as cultivares MSOY 8008, MSOY 8000, se apresentaram superiores quanto ao teor de óleo, diferindo estatisticamente das demais linhagens e testemunhas conforme o Gráfico 1. A linhagem que se destacou foi a UFU- 101.

Gráfico 1 . Resultados médios de teores de óleo de 24 linhagens de soja de ciclo precoce, ano agrícola 2007/08, Uberaba- MG*.

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ESTRATÉGIAS DE USO DE FUNGICIDAS E SUAS IMPLICAÇÕES NA PROTEÇÃO DO POTENCIAL PRODUTIVO DO MILHO. Lauanda Gracielle Rodrigues1, Césio Humberto de Brito1 e Karen Alvim de Toledo1 . 1Universidade Federal de Uberlândia/ICIAG, C.P. 593, CEP 38400-902 Uberlândia, MG, (e-mail: [email protected]) Resumo: Até a década de 90 o controle de doenças no milho se restringia ao uso de cultivares resistentes, porém as diversas transformações no sistema de produção da cultura têm promovido modificações importantes na dinâmica populacional dos patógenos levando à necessidade da utilização de controle químico na tentativa de minimizar os prejuízos e proteger seu potencial produtivo. Sendo assim, o presente trabalho teve por objetivo avaliar diferentes estratégias de uso de um fungicida a base de triazol + estrobilurina, em suas implicações em diferentes características agronômicas de um híbrido simples de alto potencial produtivo. Os tratamentos foram os seguintes: T1 (1ª aplicação aos 35 DAE e as demais de 20 em 20 dias, totalizando 4 aplicações de 0,5 L ha-1); T2 (1ª aplicação aos 35 DAE e as demais de 20 em 20 dias, totalizando 3 aplicações, 2 de 0,5 L ha-1 e a última de 0,75 L ha-1); T3 (1ª aplicação no limite de entrada do trator na lavoura, 2ª aplicação no pré-florescimento e 3ª aplicação 20 dias após a 2ª, totalizando 3 aplicações de 0,5 L ha-1); T4 (1ª aplicação no limite de entrada do trator na lavoura e 2ª aplicação no pré-florescimento, totalizando 2 aplicações uma de 0,5 L ha-1 e a outra de 0,75 L ha-1); T5 (1ª aplicação no limite de entrada do trator e 2ª aplicação no pré-florescimento, totalizando 2 aplicações de 0,5 L ha-1); T6 (nenhuma aplicação). Foram determinados a produtividade bruta, a densidade de colmo, os grãos ardidos e a produtividade líquida. Com base nos resultados obtidos pode-se concluir que a estratégia de proteção de plantas empregando fungicidas, comumente utilizada pelos produtores, deve ser repensada, pois interfere de maneira significativa nos resultados finais da produção.

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EFICIÊNCIA IN VITRO DE ABAMECTIN NA ECLOSÃO DE JUVENIS DE 2º ESTÁDIO DE MELOIDOGYNE INCOGNITA. Alyne Dantas Mendes de Paula1,2; Maria Amelia dos Santos1,2. 1 Universidade Federal de Uberlândia, 2 Instituto de Ciências Agrárias (e-mail: [email protected]). Resumo: Meloidogyne incognita é um importante parasito de plantas conhecido como nematóide formador de galha. A penetração nas raízes ocorre na fase juvenil de 2º estádio (J2) e quando na fase adulta, depositam seus ovos, que são protegidos por uma massa gelatinosa, dentro ou no exterior da raiz. O sintoma do ataque desse nematóide é o engrossamento localizado nas radicelas, denominado de galhas. Nas plantas severamente infestadas ocorre a redução e deformação radicular, devido à formação de galhas que impedem o seu desenvolvimento normal reduzindo sua produção. O objetivo do presente trabalho foi avaliar a eficiência in vitro do ingrediente ativo abamectin na eclosão de juvenis de 2º estádio do fitonematóide Meloidogyne incognita. O experimento foi conduzido no Laboratório de Nematologia da Universidade Federal de Uberlândia – LANEM, com seis tratamentos e cinco repetições, totalizando 30 parcelas. Os tratamentos consistiram em: Testemunha (água); ABATHIA (abamectin + tiametoxam) na dose de 1,5 L.ha-1; ABATHIA na dose de 2,5 L. ha-1; ABATHIA na dose de 3,5 L. ha-1; Aba 84 (abamectin) na dose de 1,075 L. ha-1 e Counter 150 (terbufós) na dose de 40 kg. ha-1. A característica avaliada foi, após verificação em câmara de contagem, o número de J2 eclodidos, tendo como testemunha a água. Verificaram-se as menores porcentagens de juvenis de 2º estádio eclodidos nos tratamentos ABATHIA nas doses de 2,5 L. ha-1 (34,16%) e 3,5 L. ha-1 (40%) e o Aba 84 (abamectin) na dose de 1,075 L. ha-1 (37,16%). Vale ressaltar que o menor número de J2 eclodido, resultante do tratamento com ABATHIA, foi consequente somente do produto abamectin, já que o produto tiametoxam tem ação fungicida, logo, não interferiu nesse resultado. A testemunha (água) apresentou o maior número de J2 eclodidos, e sua porcentagem de eclosão foi considerada como de 100%.

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DIFERENTES DOSAGENS DE ESTERCO BOVINO NA CULTURA DO FEIJÃO . Ari Waldrich da Fonseca1, 2, Patrícia Cândida Pereira1, 2, Bruno Gabriel de Carvalho1, 3, Alexandre Garcia de Resende1, 3, Carlos Manoel de Oliveira 1,4 . 1 Centro Universitário do Planalto de Araxá - UNIARAXÁ, 2 Bolsista PIBIC / FAPEMIG, 3 Bolsista PROBIC / UNIARAXÁ, 4 Aluno de doutorado. Apoio financeiro: FAPEMIG (email: [email protected]). Resumo: O feijoeiro comum (Phaseolus vulgaris L.) é um dos principais alimentos consumidos no Brasil, sendo de grande importância um acompanhamento e desenvolvimento de manejos e cultivares de feijão para aumento da produção de qualidade. Este trabalho teve por objetivo, avaliar as diferentes dosagens de esterco bovino na cultura do feijão, sendo adicionados 0,00 Kg vaso-1, 0,142 Kg vaso-1, 0,284 Kg vaso-1 e 0,426 Kg vaso-1. O experimento foi conduzido na Horta Medicinal do Centro Universitário do Planalto de Araxá, localizada na cidade de Araxá-MG, no período de maio a junho de 2009. Uma amostra de solo foi levada para análise química, visando averiguar a fertilidade e a porcentagem de matéria orgânica presente no solo. O experimento foi conduzido em um delineamento inteiramente casualizado (DIC) com 04 tratamentos e 5 repetições, em vasos de 05 litros, sendo a testemunha composta somente pelo solo e os demais tratamentos acrescidos de 0,142g, 0,284g e 0,426g de esterco bovino. A variedade utilizada foi a Pérola Alvorada. Foram acondicionadas 02 sementes por vaso. Os dados foram coletados aos 38 dias após a semeadura. Foi analisado o comprimento de raiz e parte aérea, a massa verde de raiz e de parte aérea, a massa seca de raiz e de parte aérea, o número de folhas fotossinteticamente ativas, a área foliar em dm2, a taxa de crescimento absoluto em g dia-1, a taxa de crescimento relativo em g g-1 dia-1, a taxa assimilatória líquida em g dm-2 dia-1 e a razão de área foliar em dm2 g-1. Foi observado que doses crescentes de esterco bovino proporcionaram maior massa verde (51,3%) e seca (51,8%) da parte aérea na dose de 0,426 kg vaso-1, maior número de folhas fotossintéticas, com ganho de 41,6% na dose de 0,426 kg vaso-1, maior área foliar, aumento de 54%, e maior taxa de crescimento absoluto das plantas nas doses de 0,426 kg vaso-1, acrescentando 0,355 gramas dia-1 aos 38 D.A.S em relação à testemunha. A melhor dose para comprimento da parte área foi observada ao adicionar 0,284 kg de esterco bovino nos vasos.

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CAMINHADA TRANSVERSAL DO DIAGNÓSTICO RÁPIDO PARTICI PATIVO NO ASSENTAMENTO SÃO DOMINGOS EM TUPACIGUARA – MG. Juliana Kahlau. Universidade Federal de Uberlândia, Instituto de Ciências Agrárias (e-mail: [email protected]). Resumo: O Diagnóstico Rápido Participativo (DRP) compreende a explicação da complexidade e da diversidade que caracteriza a realidade política, econômica, ambiental e social de comunidades urbanas e rurais, neste caso um Projeto de Assentamento (PA), com participação plena e efetiva de todos na discussão promovendo a interação com o meio. A Caminhada Transversal é uma, entre outras ferramentas do DRP, que consiste em percorrer toda a área do assentamento, acompanhado de pessoas que conheçam o local, observando e registrando as características do agrossistema, bem como abordando as suas limitações e potencialidades. Ao final da atividade, depois de os dados empíricos serem utilizados junto com a comunidade na montagem de tabelas, gráficos, diagramas, mapas e descrições importantes sobre o PA, os mesmos podem e devem ser utilizados para a tomada de decisões, as quais serão um desencadeamento e reflexo do processo de auto-análise e autocrítica posto em prática dialógica, coletivamente. O objetivo deste trabalho foi aplicar a técnica da Caminhada Transversal no Assentamento São Domingos, localizado na Fazenda São Domingos, em Tupaciguara-MG, organizado pelo Movimento Terra, Trabalho e Liberdade (MTL). A pesquisa foi realizada com a colaboração de um grupo multidisciplinar de graduandos, mestres e doutores das áreas de Engenharia Agronômica, Geografia e Ciências Sociais (UFU e Faculdade Católica de Uberlândia), acompanhados de alguns membros do assentamento pertencentes ao Movimento MTL. A atividade ocorreu no dia 25 de setembro de 2009 e toda a área do assentamento foi visitada. Para registro utilizou-se anotações escritas, gravador de voz, câmera fotográfica e filmadora. As informações da Caminhada Transversal resultaram em um histórico simplificado do processo de ocupação, o manejo geral das culturas, a forma da divisão de trabalho, as condições de saúde, educação, moradia e alimentação dos assentados e um croqui que esboça a utilização da área do assentamento. O dirigente do MTL, que acompanhou as atividades do DRP no Assentamento São Domingos, relatou que o processo de ocupação iniciou com alguns assentados ainda na beira da estrada em 1999, mas foi somente em 2002 que a fazenda foi desapropriada. No início a produção foi precária, pois o movimento estava se organizando e aguardando recursos governamentais. Em 2008, iniciaram-se as atividades mais efetivas, que consolidaram a agricultura e pecuária no assentamento. No ano de 2009 cultivou-se milho (Zea mays var. indentada), soja (Glycine max L.), feijão comum (Phaseolus vulgaris L.), arroz (Oriza sativa L.), maracujá (Passiflora spp), banana (Musa spp), mamão (Carioca papaia), hortaliças em geral, entre outras pequenas produções, além da criação de peixes e suínos. A cultura mais comercializada e rentável para o assentamento foi a alface americana (Lactuca sativa L.), com uma produção média de 20 mil pés/mês, abastecendo o mercado de Tupaciguara, principalmente. As produções agrícolas foram utilizadas para atender as necessidades dos assentados na São Domingos e o excedente foi vendido para investir em produções agropecuárias e pagamento de contas.

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Diferentemente do que ocorre em grande parte dos assentamentos no Brasil, o MTL iniciou um novo modelo de organização na Fazenda São Domingos, promovendo uma posse conjunta da terra. Para isto, foi fundada uma cooperativa, da qual fazem parte todos os assentados, promovendo discussões e decisões em assembléias. Assim, o manejo das culturas foi dividido entre os assentados, na forma de grupos de trabalhos, com um responsável por setor e um Eng° Agrônomo foi contratado para colaborar nas técnicas produtivas. As moradias dos assentados são precárias: chão batido, paredes formadas de tábuas revestidas com plásticos, telha de amianto ou de barro de fácil remoção, sistema sanitário rudimentar baseado no bombeamento de água de um rio próximo (dentro da propriedade) e fossa. Por causa da venda de alface em alta escala o movimento conseguiu estreitar os laços com a prefeitura de Tupaciguara, obtendo assim uma educação facilitada às crianças e adolescentes, com transporte público até a cidade, bem como mais fácil acesso à saúde, com a marcação de consultas dentro do próprio assentamento, com uma representante do movimento. Ao final da análise dos dados obtidos com a Caminhada Transversal, pode-se concluir que é positiva a fundação de uma cooperativa por parte de assentados de reforma agrária, podendo assim continuar unidos após a posse da terra, mantendo os laços políticos e sociais, bem como se apoiando mutuamente quanto à questão financeira, a escala da produção agropecuária e sua comercialização.

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DERIVA E ESCORRIMENTO DE CALDA NA CULTURA DA BATATA PROMOVIDOS PELA APLICAÇÃO AÉREA E TERRESTRE. Mariana Rodrigues Bueno1,2, João Paulo Arantes Rodrigues da Cunha1, Guilherme Sousa Alves1. 1Universidade Federal de Uberlândia, Instituto de Ciências Agrárias. Mestranda em Fitotecnia, bolsista do CNPq2 (e-mail: [email protected]) Resumo: A cultura da batata, (Solanum tuberosum L.), é uma das mais exigentes quanto à necessidade de aplicação de produtos fitossanitários, principalmente com relação aos fungicidas e bactericidas. Desta forma, faz-se necessário estudar métodos alternativos e mais baratos de controle de doenças, não só visando alternar princípio ativo de produtos, mas também a tecnologia com que esses são aplicados, a fim de aumentar a eficiência das aplicações e reduzir problemas ambientais e custo de produção. Assim, o objetivo do trabalho foi avaliar a deriva e o escorrimento de calda na cultura da batata promovido pela aplicação aérea e terrestre com a utilização de adjuvante. O trabalho foi realizado em Julho/2009 na Fazenda Água Santa (Perdizes, MG) e no Laboratório de Mecanização Agrícola, do Instituto de Ciências Agrárias – UFU (Uberlândia, MG). O sistema de cultivo foi o de plantio convencional, cultivado com batata cultivar Asterix. Em delineamento inteiramente casualizado, com quatro repetições, e esquema fatorial 6 x 2, avaliou-se seis formas de aplicação e duas composições de calda. As formas de aplicação foram compostas pela combinação de tipo de pulverização (aérea e terrestre) e volume de aplicação. Na aplicação terrestre, foram avaliadas duas pontas de pulverização nos volumes de 200 e 400 L ha-1: jato plano duplo com indução de ar (Magno AD-IA/D 11002 e 11004), e jato cônico vazio (Magno MAG-2 e MAG-4). Já na aplicação aérea, avaliaram-se os volumes de 15 e 30 L ha-1. A calda foi composta por água e água mais o adjuvante fosfatidilcoline + ácido propiônico (712,88 g L-1), na dose de 0,5 L 100 L-1. Nas aplicações terrestres, utilizou-se um pulverizador costal de pressão constante (CO2) e nas aéreas, uma aeronave agrícola AG TRUCK - 300, dotada de atomizadores rotativos de tela Micronair AU 5000. Para a avaliação da deriva e escorrimento, foi utilizado um traçador (corante alimentício azul brilhante), para ser detectado por absorbância em espectrofotometria. Para determinar o escorrimento, foram colocadas em cada tratamento 4 lâminas (com área de 37,24 cm2 cada) por repetição, no solo, próximas ao caule da planta. Após a aplicação, essas foram colocadas em recipientes de plástico contendo 100 mL de água destilada para posterior leitura da absorbância em laboratório. Com relação à deriva, foi colocado um fio de polietileno, de 1 m de comprimento e 2 mm de diâmetro, a uma altura de 2 m do solo, numa distância de 5 m externamente paralelo à borda da parcela, no sentido do vento. Após a aplicação, adotou-se o mesmo procedimento citado anteriormente. Os tratamentos terrestres com volumes de 200 e 400 L ha-1 com pontas AD-IA/D apresentaram os menores valores de deriva, e não sofreram influência quanto a composição da calda (Tabela 1). Já para os demais tratamentos (aéreos e com pontas tipo cone vazio) houve uma redução significativa de deriva quando se adicionou adjuvante à calda. Contudo, os tratamentos terrestre (200 e 400 L ha-1) com pontas de jato plano duplo de indução de ar, proporcionaram os

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maiores valores de escorrimento, o qual foi significamente reduzido quando se adicionou adjuvante à calda. O adjuvante também diminuiu o escorrimento para os demais tratamentos, exceto para a aplicação aérea com 15 L ha-1 de calda. Assim, pode-se concluir que, quando se adicionou o adjuvante fosfatidilcoline + ácido propiônico à calda de aplicação, houve redução de deriva. Porém, não houve diferença entre os tratamentos estudados, comprovando que a aplicação aérea pode ser tão segura quanto à terrestre em aplicações de fitossanitários. A utilização do adjuvante também reduziu o escorrimento de calda (exceto para o tratamento aéreo com 15 L ha-1 de calda). Tabela 1. Deriva e escorrimento (µg cm-2) proporcionado pela aplicação aérea e terrestre na cultura da batata, com e sem adjuvante na calda.

Deriva ( µg cm-2) Escorrimento ( µg cm-2)

Adjuvante Adjuvante

Formas e volumes de aplicação

(L ha -1) Sem Com

Média Sem Com

Média

Aérea - 15 0,519 Db 0,014 Aa 0,267 0,103 Aa 0,109 ABa 0,106

Aérea - 30 0,134 Cb 0,025 Aa 0,080 0,269 Bb 0,122 ABa 0,196

Terrestre - 200 C ' 0,073 Bb 0,029 Aa 0,051 0,244 ABb 0,018 Aa 0,131

Terrestre - 400 C 0,077 Bb 0,028 Aa 0,052 0,296 Bb 0,106 ABa 0,201

Terrestre - 200 IA" 0,007 Aa 0,005 Aa 0,006 0,480 Cb 0,206 Ba 0,343

Terrestre - 400 IA 0,008 Aa 0,013 Aa 0,011 0,958 Db 0,250 Ba 0,604

Média 0,136 0,019 0,392 0,135

CV= 28,66 % CV= 26,00 %

'C: ponta de jato cônico vazio; "IA: ponta de jato plano duplo com indução de ar; CV: coeficiente de variação; Médias seguidas por letras distintas maiúsculas, nas colunas, e minúsculas, nas linhas, diferem entre si, pelo teste de Tukey, a 0,05 de probabilidade.

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PLANTAS INFESTANTES E A GAMA DE HOSPEDEIROS DO ISOL ADO VIRAL ToIdV-01 COLETADO EM INDIANÓPOLIS EM 2007.. Carla Lorena Silva1 Cilson Fagioni1, Jonas Jäger Fernandes1. 1Instituto de Ciências Agrárias, Curso de Agronomia, ICIAG, UFU (e-mail: [email protected]). Resumo: O tomateiro (Lycopersicon esculentum Mill.) é suscetível a mais de 40 viroses que ocorrem no mundo e, embora a virose causada pelo vírus do mosaico do tomateiro (tomato mosaic virus - ToMV), gênero Tobamovirus, não seja a virose mais importante na cultura no Brasil, vem acarretando prejuízos crescentes na Região Sudeste, devido à variedade de mesa "Santa Clara" apresentar alta suscetibilidade a esse vírus, provavelmente por que ele é transmitido via sementes. A gama de hospedeiros é uma das propriedades básicas dos vírus, sendo normalmente um dos primeiros testes realizados para a caracterização de isolados virais. Ao se realizar esse teste, procura-se avaliar dois parâmetros: as espécies de plantas que são hospedeiras do vírus, e os sintomas induzidos pelo vírus em cada hospedeiro. O presente trabalho teve por objetivo a purificação biológica e a caracterização da gama de hospedeiros de isolado viral ToIdV-1 coletado em tomateiro cultivado em Indianópolis-MG e apresentando sintomas de mosaico amarelo suave. O experimento foi conduzido na Casa de Vegetação, do Campus Umuarama, de propriedade da UFU, em Uberlândia-MG. O extrato vegetal empregado no ensaio de inoculação mecânica para a determinação da gama de hospedeiros foi preparado com folhas de tomateiro Santa Cruz Kada com sintoma de mosaico e deformação foliar devido a inoculação com este isolado viral previamente submetido ao teste de inativação térmica (TIP) por 10 min a 85ºC. As folhas com sintomas da virose foram maceradas em tampão 0,2 M de NaH2PO3/ Na2HPO3, com 0,2% de Na2SO3 a frio (aproximadamente 4ºC) e inoculadas mecanicamente em 31 plantas infestantes pertencentes a 24 espécies vegetais diferentes. As plantas inoculadas foram mantidas em casa de vegetação para crescimento, irrigadas diariamente, pulverizadas para o controle de insetos e ácaros quando necessário e adubadas semanalmente. A avaliação das plantas consistiu na observação de sintomas de virose a cada 2 a 3 dias para determinação visual de quais plantas apresentaram sintomas de infecção viral e quais foram os sintomas que se manifestaram nestas plantas. Na avaliação realizada aos 15 dias após a inoculação observou-se sintomas em Datura stramonium (1/1) Physalis angulata (1/1), Solanum americanum (3/3), e Leonurus sibiricus (1/1). Aos 30 dias após a inoculação as seguintes plantas manifestaram sintomas: Daturam stramonium (1/1); Physalis angulata (1/1); Boerhavia diffusa (1/2); Solanum americanum (3/3); Tecoma stans (1/1); Leonurus sibiricus (1/1). Os tipos de sintomas observados foram de lesões necróticas em Daturam stramonium, e sintomas de mosaico ou mosqueado nas demais plantas que apresentavam sintomas de infecção viral. Portanto, os resultados sugerem que as plantas com sintomas devem ser hospedeiras e pertencerem a gama experimental de plantas hospedeiras deste isolado viral. As demais plantas testadas não apresentaram sintomas visíveis de infecção viral, são elas: Ipomoea nil; Ipomoea triloba; Ipomoea purpurea; Croton lobatus; Merremia cissoides; Alternanthera tenella; Nicandra physaloides; Amaranthus deflexus; Bidens subalternans; Amaranthus viridis;

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Amaranthus retroflexus; Amaranthus hybridus; Sida rhombifolia; Sida spinosa; Triunfetta bartramia; Desmodium tortuosum; Plantago major. Considerando que não se realizou o teste de infecção assintomática não se pode afirmar que as plantas inoculadas destas espécies não são hospedeiras do isolado viral ToIdV-1.

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CONDICIONAMENTO OSMÓTICO PARA AVALIAÇÃO DA GERMINAÇ ÃO E VIGOR EM SEMENTES DE Raphanus sativus. Andressa Fernandes do Nascimento1,2, Adílio de Sá Júnior1,2,3, Flávia Andrea Nery Silva1,2, Carlos Machado dos Santos1,2. 1 Universidade Federal de Uberlândia, 2 Instituto de Ciências Agrárias, 3 Universidade Presidente Antônio Carlos Faculdade de Ciências Sociais, Letras e Saúde de Uberlândia, Curso Agronomia. (email: [email protected]) Resumo: O Raphanus sativus é uma planta da família das crucíferas, muito utilizada como adubação verde no inverno, em rotação de cultura e na alimentação animal. É também considerada infestante em várias culturas com características morfológicas muito parecidas com o Raphanus raphanistrum. O objetivo desse estudo foi avaliar o desempenho fisiológico de sementes dessa espécie submetidas ao condicionamento osmótico. O estudo foi conduzido no laboratório de Análise de Sementes da Universidade Federal de Uberlândia, Instituto de Ciências Agrárias no município de Uberlândia – MG. O delineamento experimental utilizado foi o de blocos casualizados, constituído por 3 lotes de Raphanus sativus com quatro repetições de 50 sementes, repetidos em 3 blocos e 5 tratamentos (testemunha e 4 doses de manitol), em esquema fatorial 3x5, sendo 3 lotes da espécie em questão e 5 doses de manitol. Esses lotes continham os seguintes níveis de germinação: Lote 1 com 81 %, Lote 2 com 81 % e Lote 3 com 64% e níveis de emergência em areia de: Lote 1 com 93 %, Lote 2 com 92 % e Lote 3 com 85%. As cinco concentrações osmóticas, por manitol, calculadas em mega pascal (MPa), foram: testemunha, somente com água deionizada (N0), concentração osmótica de -2,5 atm (N1), concentração osmótica de -5,0 atm (N2), concentração osmótica de -10,0 atm (N3) e concentração osmótica de -15,0 atm (N4). Os resultados foram submetidos a análise de regressão e as médias comparadas pelo teste de Tukey a 5% de significância, utilizando-se o Software SISVAR. As análises de variância, dos dados obtidos referentes à germinação, vigor de plântulas forte/fraca e protusão de radícula, foram todas de interação significativa. Concluiu-se que a germinação e o vigor das sementes dos lotes testados, foram afetados negativamente pela redução do potencial osmótico de manitol.

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TEOR FOLIAR DE NUTRIENTES EM CANA-DE-AÇÚCAR SOB DIFERENTES FORMAS DE PREPARO DE SOLO EM ÁREA DE EXP ANSÃO NO CERRADO. Emmerson Rodrigues de Moraes 1; Luis Augusto da Silva Domingues1,2 & Regina Maria Quintão Lana1 1Universidade Federal de Uberlândia - Instituto de Ciências Agrárias, 2 Instituto Federal Tecnológico do Triangulo Mineiro – Campus Uberlândia. (Apoio financeiro: FAPEMIG e CAPES - e-mail: [email protected]). RESUMO: A cana de açúcar (Saccharum officinarum) é uma das principais culturas brasileiras. Atualmente, o Brasil é o maior produtor mundial de cana-de-açúcar e sua área de cultivo tem crescido anualmente. A principal região brasileira, para onde a cana tem expandido, é o Cerrado, devido principalmente à grande disponibilidade de áreas de pastagens degradadas. Portanto objetivou-se com esse trabalho analisar os teores foliares de nutrientes da cana-de-açúcar submetidos a diferentes tipos de preparo de solo em área de expansão de cana-de-açúcar, sob pastagem, na região do cerrado. Foi empregado o delineamento de blocos casualizados com seis tratamentos e quatro repetições. As parcelas apresentavam 13 linhas de 50 metros de cana, espaçados de 1,5 metros. Os tratamentos foram: 1 – Dessecação + calcário + aração (aiveca 35-40 cm de profundidade) + grade (intermediária/niveladora) + plantio; 2 – Calcário + arado de aiveca + grade (inter./nível.) + plantio; 3 – Calcário + grade + Arado de aiveca + grade (15 – 20 cm prof.) + plantio; 4 –Plantio direto; 5 – Subsolador + plantio (30 – 40 cm prof.) e 6 – Grade + calcário + Arado de aiveca + grade (inter./nível.) + plantio. Com os tratamentos objetivou-se além da melhoria das condições físicas do solo, a incorporação do gesso e do calcário. Ao oitavo mês após o plantio da cana foram retiradas amostras foliares da cultura na folha +1, em vinte plantas por parcela, nas 5 linhas centrais. Retirou-se a nervura central e cortaram-se as folhas em três partes, aproveitando para a análise o terço médio. Depois de lavadas, as folhas foram secas em estufa a 65 oC, sendo posteriormente moidas. Constatou-se que a utilização da grade antes do arado de aiveca proporcionou maiores teores de Cálcio nas folhas, indicando uma maior disponibilidade deste nutriente neste tratamento. Também se observou que nas áreas onde se fez a dessecação antes do uso da grade ou do arado os teores de Nitrogênio foram maiores. Para o teor dos demais nutrientes não foram encontradas diferenças entre os tratamentos. Portanto, conclui-se que o preparo do solo influencia na disponibilidade de alguns nutrientes para a cultura da cana-de-açúcar.

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CRESCIMENTO MICELIAL E ESPORULAÇÃO DO FUNGO Quambalaria eucalypti EM DIFERENTES MEIOS E DOSES DE SILÍCIO. Juliana Cristina da Silva1,2,3; Isabela de Brito Knychala4; Lísias Coelho1,2; Jonas Jäger Fernandes1,2. 1 Universidade Federal de Uberlândia, 2 Instituto de Ciências Agrárias, 3 Mestranda em Agronomia, 4 Engenheira Agrônoma - UFU (e-mail: [email protected]). Resumo: A expansão do plantio de eucalipto é um fator determinante para o aumento da demanda por mudas e, diante a tecnologia de melhoramento e processo de clonagem, se exige cada vez mais que essas mudas sejam de qualidade, isentas de doenças e pragas iniciais. O objetivo do presente trabalho foi avaliar o meio de cultura de melhor desempenho do fungo Quambalaria eucalypti e analisar o efeito das diferentes doses de Silício (Si) em meio de cultura no crescimento micelial e esporulação desse fungo, que é agente etiológico do anelamento da haste e brotações e de manchas foliares em mudas de Eucalyptus spp. O experimento foi conduzido no Laboratório de Fitopatologia e Virologia Vegetal da UFU, em DIC, utilizando um isolado de lesões de folha de muda de eucalipto de um jardim clonal de Itumbiara-GO, cultivado em placa de petri com meio BDA à temperatura de 28 °C por sete dias. Deste meio retiraram-se discos de 0,5 cm de diâmetro das bordas de colônias que foram transferidos aos seguintes meios: batata-dextrose-ágar (BDA), V8-ágar (V8), infusão de fubá (Corn meal Agar - CMA) e extrato de eucalipto-ágar (EDA), a fim de se avaliar crescimento micelial do isolado fúngico e sua esporulação. Aos sete dias de incubação a 28 °C e 12 horas de fotoperíodo mensurou-se o diâmetro da colônia e, posteriormente, avaliou-se a esporulação, com um hemacitômetro. A fim de se avaliar o efeito de diferentes doses de Si no crescimento micelial e esporulação do fungo, foi utilizado o meio de cultura CMA, e a ele foram adicionados os seguintes tratamentos: 0, 0,5, 1, 1,5 e 2% de Si, utilizando como fonte o Silício coloidal (30% SiO2). Retiraram-se discos de 0,5 cm de diâmetro das bordas de colônias puras e os mesmos foram colocados nas placas com os tratamentos. Aos oito dias de incubação a 28°C e 12 horas de fotoperíodo mensurou -se o diâmetro da colônia. O crescimento micelial do fungo nos meios BDA, V8, CMA e EDA, não apresentou diferença estatística; no entanto, a esporulação apresentou melhores resultados em meio de cultura V8. Já o crescimento micelial do fungo apresentou comportamento quadrático com relação às doses de Si, sendo a dose de Si que proporcionou o menor crescimento micelial do Q. eucalypti foi de 3,02%, que está acima dos valores avaliados no presente estudo. Entretanto, não houve efeito significativo das doses de silício na esporulação do fungo, sendo 38,72 x 104 esporos mL-1 a média dos tratamentos. Portanto, o silício pode ser utilizado como uma alternativa para controle deste patógeno em viveiros.

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EFEITO DE FUNGICIDAS E ÉPOCAS DE APLICAÇÃO NO CONTR OLE DE MANCHA BRANCA E FERRUGEM POLISSORA EM DIFERENTES HÍBRIDOS DE MILHO. Flávio Henrique Oliveira1,2; Césio Humberto de Brito1,2; Afonso Maria Brandão3; Luiz Savelli Gomes3; Wender Santos Rezende1,2,4;. 1

Universidade Federal de Uberlândia, 2 Instituto de Ciências Agrárias, 3

Syngenta Seeds, 4 Bolsista PET/MEC (e-mail: [email protected]). Resumo: A Mancha branca do milho é uma doença foliar causada por um complexo de patógenos, destacando-se Phaeosphaeria maydis (Henn, Rane, Payak & Renfro). É uma enfermidade de ampla distribuição no Brasil e podendo ocasionar perdas, em cultivares susceptíveis, de até 60% da produção. A Ferrugem polissora, causada pelo fungo Puccinia polysora (Underw), é a mais agressiva e destrutiva das doenças de milho na região central do Brasil, podendo levar a danos na produção de até 50%. O presente trabalho objetivou avaliar o efeito dos fungicidas PrioriXtra e Manzate em diferentes épocas e números de aplicações em dois híbridos comerciais de milho, a fim de obter uma resposta viável economicamente para o controle de Mancha branca e Ferrugem polissora. O experimento foi conduzido na Fazenda Experimental da Syngenta, no município de Uberlândia-MG apresentando as seguintes coordenadas geográficas: 48º17’19” de longitude Oeste e 18º91’86”de latitude Sul, na safra 2009/2010. A semeadura foi realizada em 24/11/09 com uma população de 5,6 plantas por metro linear. As parcelas foram constituídas por seis linhas de 5,20 metros com espaçamento de 0,60 metros, sendo as quatro linhas centrais constituindo a parcela útil. Os tratos culturais foram realizados objetivando que os híbridos expressassem seu máximo potencial produtivo. A colheita foi realizada no dia 24/04/10, com a utilização de uma colhedora automotriz John Deere 1450 adaptada para colheita de parcelas, que fornecia a leitura individual de umidade de colheita e produção de cada parcela. A severidade de doenças foi realizada pela avaliação visual da porcentagem da área infectada nas plantas, utilizando-se escala de 0 a 100%, para posterior análise da AACPD (Área Abaixo da Curva de Progresso de Doença). A porcentagem de grãos ardidos foi determinada através análise visual de 20 espigas da parcela útil em cada tratamento. Além disso, foi realizada a análise de viabilidade econômica através de cálculos de retorno econômico apresentado em cada tratamento. Observou-se que o híbrido 1 foi o mais produtivo e apresentou a Mancha branca como doença principal. O controle dessa enfermidade acontece com aplicações de Manzate, de forma isolada ou misturado ao PrioriXtra e, os maiores retornos econômicos são verificados nas aplicações isoladas de PrioriXtra. O híbrido 2 apresentou como doença principal a Ferrugem polissora, sendo o controle acontecendo com 3 e 4 aplicações de PrioriXtra, isolado ou misturado ao Manzate e, os maiores retornos econômicos também foram verificados nas aplicações de PioriXtra.

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AVALIAÇÃO DA GERMINAÇÃO DE SEMENTES DE CRAMBE ( Crambe abyssinica Hoechst) EM LABORATÓRIO E A CORRELAÇÃO COM A EMERGÊNCIA DAS PLÂNTULAS EM CAMPO. Dayene Cássia de Paula Soares1,2,3, José Arantes Ferreira Júnior1,2,3, Izabel Faria da Rocha4.

Universidade Federal de Uberlândia, 2 Instituto de Ciências Agrárias, 3 Estagiário(a) do Laboratório de Análise de Sementes (LASEM), 4 Universidade Luterana do Brasil (e-mail: [email protected]) Resumo: O crambe, que foi avaliado por muitos anos como cultura para cobertura do solo, tem boas possibilidades de ser uma cultura voltada à produção de biodiesel, é uma cultura bastante rústica, com baixo custo de produção, à semelhança do nabo forrageiro e aveia preta. O teor de óleo citado pela literatura varia de 26 a 38%. O estabelecimento de padrões na avaliação da qualidade fisiológica das sementes de crambe (Crambe abyssinica Hoechst) é extremamente útil para obtenção de um bom estande no campo. Desta forma, foi conduzido um experimento com objetivo de comparar teste de germinação e primeira contagem da germinação de sementes de crambe e verificar sua correlação com a emergência das plântulas no campo. Foram avaliados dois lotes de sementes por meio dos testes de germinação e primeira contagem da germinação. O teste de germinação foi conduzido em rolos de papel toalha em dez repetições de 50 sementes, mantidos no germinador em temperatura constante de 26ºC. Aos cinco e sete dias após a semeadura avaliou-se a germinação de acordo com as Regras de Análise de Sementes 2009. Efetuado junto com o teste de germinação, realizou-se o teste de vigor de primeira contagem no quinto dia após a semeadura, utilizando-se a mesma metodologia do teste de germinação. Na emergência em campo, a avaliação foi efetuada aos dez dias após semeadura, quando não foi mais observada emergência de novas plântulas. Os dados obtidos foram submetidos à análise de variância pelo teste F e as médias foram comparadas, em nível de 5% de significância. Para as análises de correlação foi feito o cálculo utilizando o programa Excel. Posterior ao cálculo, os resultados foram submetidos ao testes t para verificar se existia correlação a 5% (>2,1) ou 1% (>2,88). De acordo com o teste t realizado, não existe correlação dos testes em laboratório e a emergência das plântulas em campo.

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EFICÁCIA DE FUNGICIDAS NO CONTROLE DE QUATRO ISOLAD OS DE Phytophthora sp. OBTIDOS DO MAMOEIRO ( Carica papaya). Laís Barbosa Prazeres Mendonça1,2,3, Lísias Coelho1,2,4, Jonas Jäger Fernandes1,2,4. 1

Universidade Federal de Uberlândia, 2 Instituto de Ciências Agrárias, 3 Bolsista PIBIC CNPQ/UFU, 4 Professor Adjunto (e-mail: [email protected]). Resumo: A cultura do mamão apresenta grande importância para economia brasileira, pois o Brasil é o maior produtor mundial de mamão. Todavia, sua produtividade é comprometida por problemas fitossanitários, dentre os quais destacam-se podridões causadas por Phytophthora sp., que podem ocasionar perdas de até 60% da produção. Dentre os métodos que podem ser utilizados no controle do patógeno, o uso de produtos químicos é muito eficiente quando considerada a fungitoxicidade específica ao patógeno. O presente trabalho avaliou a eficácia de quatro formulações de fungicida disponíveis no mercado, clorotalonil+metalaxil (Folio Gold® 742,5 PM, Syngenta); cloridrato de propamocarbe (Infinito® 687,5 SC, Bayer CropScience), metalaxil-m+mancozeb (Ridomil Gold® 68 PM, Syngenta), cimoxanil + manconzeb (Curzate® MZ 72 WG, Dupont), nas dosagens recomendadas, no controle de quatro isolados de Phytophthora sp. em testes in vitro. O experimento foi conduzido em câmara de crescimento sob temperatura constante de 25°C no La boratório de Virologia Vegetal e Fitopatologia (LAVIV) da UFU, num delineamento experimental inteiramente casualizado, como fatorial 4x4, com oito repetições. O experimento realizado em agosto de 2010 A parcela experimental foi constituída de um disco de micélio fúngico, de 5 mm, disposto a aproximadamente 20 mm de um disco de papel de 3 mm, embebido em fungicida. A avaliação ocorreu uma semana após a repicagem dos isolados, medindo-se o comprimento do halo de inibição. Em termos gerais, o Metalaxil+mancozeb foi o mais eficaz no controle dos quatro isolados, seguido por clorotalonil+metalaxil e cloridrato de propamocarbe; cimoxanil+mancozeb não foi capaz de inibir o crescimento micelial de Phytophthora sp. (Tabela 1). O fungicida clorotalonil+metalaxil apresentou variação significativa na eficácia de controle para os quatro isolados. Além disto, a ação do clorotalonil+metalaxil nos isolados PM1, PM2 e PM3 foi fungistática, havendo crescimento do micélio após a inibição inicial. Portanto, os fungicidas Metalaxil+mancozeb, clorotalonil+metalaxil e cloridrato de propamocarbe devem ser avaliados quanto à inibição da germinação de zoósporos e esporangiosporos, podendo ser recomendados para o controle desta doença na cultura do mamoeiro.

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Tabela 1. Halo de inibição do crescimento micelial de Phytophthora sp., do mamoeiro, por quatro fungicidas. Uberlândia, 2010.

Isolado Fungicida

PM1 PM2 PM3 PM4

Metalaxil-m + mancozeb

13,9 A a 14,7 A a 13,9 A a 15,5 AB a

Clorotalonil + metalaxil

3,6 B c 11,7 AB b 13,4 A b 17,4 A a

Cimoxanil + mancozeb

0,0 C a 0,2 C a 0,4 B a 1,0 C a

Cloridrato de propamocarbe

13,0 A a 10,5 B a 12,8 A a 13,0 B a

Médias seguidas pela mesma letra minúscula, nas linhas, e pela mesma letra maiúscula, nas colunas, não diferem significativamente pelo teste de Tukey a 5% de significância.

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AVALIAÇÃO DE FUNGICIDAS PARA O CONTROLE DO COMPLEXO DE PATÓGENOS CAUSADORES DA MANCHA BRANCA NA CULTURA DO MILHO. Wender Santos Rezende1,2,3; Césio Humberto de Brito1,2; Afonso Maria Brandão4; Luiz Savelli Gomes4; Flávio Henrique Oliveira1,2. 1 Universidade Federal de Uberlândia, 2 Instituto de Ciências Agrárias, 3 Bolsista PET/MEC, 4

Syngenta Seeds. (e-mail: [email protected]) Resumo: O milho (Zea mays L.) é cultivado em quase todos os continentes e tem grande importância, que vai desde a alimentação humana e animal até a indústria de alta tecnologia. Um dos fatores que reduzem significativamente sua produtividade são as doenças, sendo a Mancha branca uma das principais doenças foliares de ocorrência no Brasil. Em vista disso, o presente trabalho objetivou avaliar a eficácia dos fungicidas mancozeb e o composto de estrobilurina e triazol, bem como de sua mistura, além do número de aplicações mais adequado agronômica e economicamente para o controle da Mancha branca e das demais doenças nas condições de Iraí de Minas – MG, na safra 2009/2010. O experimento foi instalado na Fazenda Antagordense, a 18°57’88” de latitude sul e a 47°33’03” de longitud e oeste, situada em Iraí de Minas – MG, durante o ano agrícola 2009/2010. A semeadura foi realizada em 17 de novembro de 2009, utilizando-se dois híbridos de milho de alto potencial produtivo. Todos os tratos culturais foram realizados para que os híbridos expressassem o seu máximo potencial. As parcelas foram constituídas por 6 linhas de 5,2 m, espaçadas por 0,6 m, sendo as 4 linhas centrais consideradas como área útil, totalizando 12,48 m2. A severidade das doenças foi obtida pela avaliação visual da porcentagem da área infectada utilizando-se uma escala de 0 a 100%. Para tanto, realizaram-se 5 avaliações. A colheita foi realizada manualmente, em que as espigas foram retiradas das plantas e ensacadas e, posteriormente, foram lançadas na boca de uma colhedora John Deere 1450 para serem processadas. O peso e a umidade foram determinados por um sistema de balança e por um determinador de umidade instalados na colhedora. Constatou-se que os tratamentos compostos pela mistura de estrobilurina e trizol mais mancozeb se mostraram, em geral, mais eficazes para o controle da Mancha branca. Economicamente, o tratamento somente com mancozeb aplicado 4 vezes foi o melhor para o híbrido 1, e para o híbrido 2, o melhor tratamento foi o composto pela mistura de estrobilurina e triazol mais mancozeb aplicado 3 vezes. Por fim, também se concluiu que o produto mancozeb é muito eficaz sobre a Mancha branca, enquanto o produto composto por estrobilurina e triazol é muito eficaz sobre as demais doenças, como a Ferrugem polissora.

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DESEMPENHO PRODUTIVO DE GENÓTIPOS DE SOJA COMPARADA EM DUAS ÉPOCAS DE PLANTIO NO MUNICÍPIO DE UBERABA- MG. Anaísa Kato Cavalcante1,2, Larissa Barbosa de Sousa1,2, Osvaldo Toshiyuki Hamawaki1,2 , Fernanda Neves Romanato1,2, Beliza Queiroz Vieira Machado1,2,3, Nathália Resende1,2,3. 1Universidade Federal de Uberlândia, 2Instituto de Ciências Agrárias, 3Estagiário Programa Soja UFU (e-mail: [email protected]) Resumo: O melhoramento genético da soja é o principal responsável pelo sucesso dessa oleaginosa no Brasil e no mundo. Em 2010, a produtividade da soja foi de 68,71 milhões de toneladas apresentando 20,2%, ou 11,54 milhões de toneladas superior à produção de 57,17 milhões de toneladas atingidas em 2008/09, tanto o crescimento da produção quanto o aumento da capacidade competitiva da soja brasileira estão associados aos avanços científicos e à disponibilização de tecnologias ao setor produtivo. O objetivo do presente trabalho foi avaliar o desempenho produtivo de genótipos de soja em duas épocas de plantio no município de Uberaba-MG. O experimento foi conduzido durante a safra 2007/2008 e 2008/2009 na área experimental localizada na Fazenda Escola das Faculdades Associadas de Uberaba - FAZU, em Uberaba, MG. O delineamento experimental foi o de blocos ao acaso, com 18 linhagens em fase de avaliações finais do processo de melhoramento e cinco cultivares comerciais com três repetições, constituindo 66 parcelas experimentais com quatro linhas de cinco metros com espaçamento de 50 cm. A área útil utilizada foi composta por duas linhas centrais menos 50 cm das extremidades resultando em 4m². Foi avaliado a produtividade (kg.ha-1), calculados a partir do material colhido e trilhado em cada parcela útil e corrigidos a 13% de umidade. Os dados foram interpretados estatisticamente por meio de análise de variância e as médias foram comparadas pelo teste de Scott-Knott a 5% de probabilidade e para a mensuração da interação genótipo X ambiente foi realizada a análise conjunta dos dados de produtividade. Para todas as análises estatísticas, foi utilizado o software estatístico Statistical Analysis Software (SISVAR). O agrupamento de médias para produtividade de grãos, utilizando-se o critério de Scott-Knott indicou diversidade entre os genótipos avaliados nos dois anos. Conforme o gráfico 1 houve diferença significativa entre os genótipos testados no primeiro ano e no segundo ano não teve diferenças significativas. A média geral foi de 2627,51 kg.ha-1. A linhagem que apresentou a maior produtividade foi a UFU- 08 seguida da UFU-06 no ano 2007/2008, diferindo do ano 2008/2009. Essa diferença pode ter ocorrido devido à baixa qualidade da semente, e provavelmente em decorrência de certa suscetibilidade do material ao ataque de insetos-praga. As cultivares comerciais não apresentaram diferenças em relação às linhagens testadas na safra 2007/2008. As melhores linhagens foram a UFUS – 08 e UFUS – 06.

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Gráfico 1. Produtividade média de 23 linhagens de soja de ciclo precoce no município de Uberaba-MG, nas safras 2007/2008 e 2008/2009.

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CARACTERIZAÇÃO DE CULTIVARES COMERCIAIS DE FEIJÃO D E ACORDO COM A ÉPOCA DE SEMEADURA NA REGIÃO DO TRIÂNG ULO MINEIRO. Érico Aquino Santos Borges1,2,3; Dayanne Morais Mendonça1,2,3 ; Leonardo Cunha Melo4; Maurício Martins1,2,5. 1 Universidade Federal de Uberlândia, 2 Instituto de Ciências Agrárias, 3 Bolsista PET/MEC, 4Embrapa Arroz e Feijão, 5Professor Adjunto.(e-mail: [email protected]). Resumo: Apesar da pouca representatividade no mercado mundial, a cultura do feijoeiro é bastante expressiva quando se trata de América do Sul, em especial no Brasil, que nos últimos anos tem ocupado o primeiro lugar na produção e consumo. O cultivo do feijoeiro é realizado em praticamente todo o país e em várias épocas do ano por possuir um ciclo de vida curto, e desta forma está sujeito a condições ambientais diversas. Tais diversidades contribuem para ocorrência de interações entre os genótipos e os ambientes, os quais são colocados justificando maiores estudos nos desempenhos desses indivíduos submetidos à diferentes condições climáticas. A exigência do mercado por variedades cada vez mais uniformes tem causado certa preocupação no que diz respeito à variabilidade genética, além de uma preocupação quanto à aceitação no mercado, uma vez que o feijão do grupo carioca possui maior aceitação nacional, embora exista também uma preferência local. Sendo assim, o presente trabalho objetivou avaliar a adaptabilidade de 20 cultivares comerciais às diferentes épocas (inverno, águas e seca) de semeadura de feijão do grupo carioca na região do Triângulo Mineiro, na safra de 2008/2009, levando-se em consideração as características desejáveis de produtividade, vagens por planta, grãos por vagem e peso de 100 grãos. O experimento foi conduzido na Fazenda Experimental Água Limpa, de propriedade da Universidade Federal de Uberlândia-MG. O delineamento experimental utilizado foi o de blocos casualizados, com três repetições e 20 genótipos do grupo carioca (PÉROLA, BRS MG TALISMÃ, BRS MG PIONEIRO, BRS REQUINTE, BRS PONTAL, BRS HORIZONTE, MAGNÍFICO, IPR JURITI, GUARÁ, IAC TYBATA, ALBA, CAMPEÃO 2, RUBI, IPR COLIBRI, BRS ESTILO, IPR SARACURA, BRS COMETA, SUG 33, DRK 18 e BRS MAJESTOSO, sendo o genótipo PÉROLA utilizado como testemunha, totalizando 60 parcelas. Cada parcela foi constituída de quatro linhas com 4 m de comprimento, espaçadas em 0,50 m entre si, totalizando 8 m2, colhendo-se apenas as duas linhas centrais. A análise realizada através do teste de Skott-Knott a 5% de significância, demonstrou que as cultivares BRS ESTILO e BRS MAJESTOSO do grupo carioca na época de inverno, apresentaram de forma geral, melhores resultados tendo baixo desempenho apenas em peso de 100 grãos. No entanto, as cultivares ALBA e SUG 33 apresentaram os piores desempenhos para a região, visto que tiveram baixo peso de 100 grãos e baixo número de grãos por vagem, respectivamente, além de possuírem baixa produtividade e baixo número de vagens por planta. Os números de vagens por planta do feijoeiro do grupo carioca cultivado na estação das águas não diferiram entre as cultivares testadas, em que mesmo com maior produtividade e número de grãos por vagem, a cultivar PÉROLA (testemunha) em uma análise geral apresentou melhor desempenho , assim, as cultivares que mais se aproximaram desta foram ALBA, BRS MAJESTOSO, MAGNÍFICO e RUBI,

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sendo superadas apenas na característica peso de 100 grãos. Já as cultivares DKR 18 e IPR COLIBRI apresentaram como as cultivares de piores rendimentos, sendo as únicas superadas em produtividade, grãos por vagem e peso de 100 grãos. Quando o cultivo ocorreu no período seco do ano, a cultivar que apresentou melhor adaptação as condições do período foi DKR 18, que apesar de ter sido superada na característica peso de 100 grãos teve melhor desempenho geral em relação às demais, no entanto a característica vagens por planta, não apresentou diferença significativa entre as cultivares testadas. Na análise geral das características avaliadas as cultivares ALBA, IPR COLIBRI e RUBI foram consideradas as piores para o cultivo na região no período da seca, possuindo o mesmo desempenho da testemunha, no caso a cultivar PÉROLA, enquanto que as demais apresentaram resultados mais satisfatórios e condizentes com as produtividades alcançadas na região, nas respectivas épocas.

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GERMINAÇAO DE LOSNA ( Artemisia absinthium) SUBMETIDAS A POTENCIAIS OSMÓTICOS COM DIFERENTES SAIS . Vanderley José Pereira1,2,3, Adílio de Sá Júnior1,2, Lidiane de Souza Rodrigues1,2, Glaucia de Fatima Moreira Vieira e Souza1,2,3. 1 Universidade Federal de Uberlândia, 2 Instituto de Ciências Agrárias,3 Bolsista CNPq. Apoio: Laboratório de analise de sementes (ICIAG-UFU) (e-mail: [email protected]). Resumo: A losna (Artemisia absinthium) é pertencente à família Asteraceae, é cultivada em pequenas propriedades como planta medicinal onde é irrigada constantemente, este manejo tende a aumentar a salinidade, salinidade esta devido a presença de substancias, como o cloreto de sódio e o cloreto de potássio, assim como nitritos e nitratos. As sementes reagem de maneira diferente à presença destes sais devido aos potenciais osmóticos gerados. Diante do exposto observou-se o comportamento germinativo de Ateminia absinthium quando submetidas a potenciais osmóticos por diferentes sais. O experimento foi conduzido no Laboratório de Análises de Sementes da Universidade Federal de Uberlândia/MG, em abril de 2010, utilizadas sementes comercial. O delineamento adotado foi inteiramente casualizado em esquema fatorial 2 x 5 com 4 repetições de 50 sementes. Sendo o primeiro fator formados por sais (CaCl2 e NaCl) com potenciais osmóticos (PO) de 0; -0,4; -0,8; - 1,2; -1,4 MPa. As parcelas foram montados em caixa gerbox, com duas folhas de papel mata-borrão que foram umedecidos com as soluções preparadas para cada potencial, em 2,5 vezes o peso do papel, e mantidas em germinador modelo mangelsdorf, com luz e temperatura alternadas de 20-30 ºC; em seguida as caixas gerbox foram envolvidas com sacos plásticos resistentes, evitando variações nos potenciais osmóticos pela evaporação de água . A contagem da germinação foi feita diariamente por 50 dias, adotando como critério à protrusão da radícula, as medidas de germinação adotadas foram germinabilidade, tempo médio, velocidade media. As sementes de A. absinthhium apresentaram maiores percentuais de germinação nos tratamentos com potenciais osmóticos de -0,8MPa; -1,2MPa e -1,4MPa variando de 14,2 a 22,1%. O tempo médio de germinação não teve interação entre os fatores analisados, porém foi reduzido nas concentrações de -0,4MPa (5,5 dias). A velocidade média não foi influenciada pelos tratamentos testados. Conclui-se que maiores potencias osmóticos de NaCl e CaCl2 elevam a germinação e não influenciam na velocidade media de germinação.

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INFLUÊNCIA DO PROCESSO DE FERMENTAÇÃO NA EMERGÊNCIA DE PLÂNTULAS DE ROMÃ ( Punica granatum L.). Rafael Ferreira Silvério1,3, Marli Aparecida Ranal1,2, Danilo Alves Cabral1,3, João Paulo Apolinário Guimarães1,3, Daniel Pizzotti Pescumo1,3, Álvaro Felipe Cury Manhães Meira1,3. 1Universidade Federal de Uberlândia – 2Instituto de Biologia – 3Instituto de Ciências Agrárias (e-mail: [email protected]). Resumo: No Brasil a produção de romã de forma comercial não é tão expressiva como em outros países da Europa e do Oriente Médio, contudo encontra no país condições favoráveis para sua propagação em grande parte do território. Geralmente utilizado informalmente como planta medicinal, nos últimos anos tem se sondado a implantação de lavouras comerciais, com o incentivo principalmente de empresas estrangeiras, de países onde a produção de romã já é bastante difundida. O meio mais comum de sua propagação da romã é por sementes. Sendo assim, o objetivo desse trabalho foi avaliar o comportamento da emergência de plântulas, para produção de mudas de romãzeira, de acordo com diferentes processos de fermentação aplicados sobre as sementes. O experimento foi realizado no período de Setembro a Novembro de 2009 nas dependências do bloco 2D do Instituto de Biologia da Universidade Federal de Uberlândia. Foi feito um delineamento de blocos casualizados, com sete blocos e as sementes foram distribuídas em bandejas de isopor de 128 células, sendo as mesmas suspensas a 50 cm do solo. Cada parcela constituiu-se de 32 células, e foram feitas avaliações diárias observando a emergência das plântulas. Foi realizada a fermentação das sementes com solução de sacarose a 10% e com solução da sarcotesta presente na própria semente de romã, e observou-se ainda a influência da presença da sarcotesta ou não. A taxa de emergência apresentou melhor desempenho no tratamento com solução de sacarose. Não foi identificado influência da presença da sarcotesta para essa característica, entretanto evidenciou-se maior uniformidade de emergência no tratamento em que a fermentação foi realizada com a solução da sarcotesta, medida por sua sincronia. As velocidades de emergência e média mostraram comportamentos iguais à taxa de emergência analisada.

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PERÍODO DE MOLHAMENTO FOLIAR PARA OCORRÊNCIA DE FERRUGEM ASIÁTICA ( Phakopsora pachyrhizi) EM DOIS CULTIVARES DE SOJA (Glycine max). Heliomar Baleeiro de Melo Júnior 1,2,3. 1

Universidade Federal de Uberlândia, 2 Instituto de Ciências Agrárias, 3

Programa de Pós-Graduação em Agronomia – Mestrado (e-mail: [email protected]). Resumo: Para determinar o menor tempo de molhamento foliar, para ocorrência de ferrugem asiática (Phakopsora pachyrhizi) em cultivares de soja (Glycine max), instalou-se na casa de vegetação do campus umuarama da Universidade Federal de Uberlândia um experimento testando dois cultivares (Conquista e MSOY 8008 RR) em nove tempos de molhamento foliar (0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 12, 24 horas). O experimento foi instalado em 12 de março de 2009,

em vasos plásticos contendo substrato agrícola (Plantimax)®, vermiculita expandida, húmus de minhoca, areia lavada, e solo, na proporção de 1:1:1:2:4, respectivamente. O primeiro trifólio das plantas de soja em estádio vegetativo V2 foram inoculados com solução de esporos de Phakopsora pachyrhizi, e após dez dias coletou-se os folíolos centrais de tais trifólios, os quais foram avaliados quanto a severidade (%), número de lesões necróticas cm-2 e número de pústulas cm-2. A severidade (%) foi estimada pela escala diagramática de Godoy et al. (2006), enquanto que o número de lesões necróticas cm-2 e número de pústulas cm-2 foram estimados com o auxílio de um microscópio esterisóscopico no Laboratório de Virologia Vegetal (LAVIV). Os resultados obtidos indicaram que o aumento no tempo de molhamento foliar propiciou acréscimos na severidade (%), número de lesões necróticas cm-2 e número de pústulas cm-2 em ambos cultivares, demonstrando assim a susceptibilidade à Phakopsora pachyrhizi. O cultivar MSOY 8008 RR demonstrou uma maior velocidade de ocorrência da doença. Com 12 e 24 horas de molhamento foliar o cultivar MSOY 8008 RR, mostrou valores superiores de severidade (%), número de lesões necróticas cm-2 e número de pústulas cm-2, se comparado ao cultivar Conquista. Isto também ocorreu com 6 horas de molhamento foliar, porem, apenas para a cultivar Conquista, onde para o tempo de 6 horas de molhamento foliar o número de pústulas cm-2 foi estatísticamente superior ao de todos os periodos de molhamento foliar menores do que 6 horas.

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EFEITO DO SILÍCIO PROVENIENTE DE AGREGADO SIDERÚRGI CO NO CONTROLE DA BROCA DO COLMO ( Diatraea saccharalis) E PRODUTIVIDADE DA CANA PLANTA. Gustavo Alves Santos1,2, Felipe Spiezzi Raimbault3, Douglas da Silva Santos1,4. 1Universidade Federal de Uberlândia, 2Aluno de graduação em Agronomia, 3Engenheiro Agrônomo, 4Aluno de pós graduação (mestrado). (Email: [email protected]). Resumo: A cana-de-açúcar é uma cultura que está em pleno crescimento de área e aumento de produtividade. A necessidade de álcool e açúcar vem crescendo ano a ano exigindo maior quantidade de matéria-prima. Tal fato acarreta numa maior incidência de pragas, dentre elas a Broca-do-colmo (Diatraea saccharalis) destaca-se como uma das principais pragas dessa cultura. O presente trabalho tem como objetivo avaliar o potencial agronômico da Escória Holcim influenciando a produtividade e a resistência da cana-de-açúcar à D. saccharalis em função da dosagem de silício aplicada. Como parâmetro de comparação utilizou-se a escória Agrosilício® que já vem sendo amplamente utilizada e com bons resultados. O experimento foi realizado na fazenda Avenida, propriedade da Usina Açucareira Guaíra, utilizando a cultivar SP80-3280. Foi utilizado um delineamento de blocos inteiramente casualizados com esquema fatorial 2X3+1, sendo duas fontes de silício em três diferentes doses (400, 600, 1600 kg ha-1) e um tratamento testemunha. Cada parcela era formada por cinco linhas de cana com 15 metros de comprimento, espaçadas 1,50 metros uma da outra, sendo que apenas as três linhas centrais foram utilizadas como área útil da parcela. As parcelas foram colhidas manualmente, sendo efetuadas pesagens para obtenção de produtividade e contagens de colmos danificados pela broca-do-colmo para determinar a porcentagem de dano da mesma. As duas fontes não apresentaram diferenças entre si em relação à produtividade e nem para a infestação da broca. No entanto quando as doses de silício aumentaram a produtividade também aumentou, por outro lado os danos da broca-do-colmo diminuiram.