anais sisbiota 2013

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Anais Sisbiota 2013

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  • 5/21/2018 Anais Sisbiota 2013

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    2013

    REDE REDADORES

    TOPO DE CADEIA

    SISBIOTA/MCTI/CNPq,FAPESP

    ANAIS DO I SIMPSIO BRASILEIRO SOBRE O PAPEL

    FUNCIONAL DOS PREDADORES TOPO DE CADEIA

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    APRESENTAO

    com enorme prazer que apresentamos os ANAIS do ISIMPSIO BRASILEIRO SOBRE O PAPEL FUNCIONAL

    DOS PREDADORES TOPO DE CADEIA, evento promovido

    pela Rede SISBIOTA

    Predadores Topo de Cadeia, financiadapelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientfico e

    Tecnolgico (CNPq) e Fundao de Amparo Pesquisa do

    Estado de So Paulo (FAPESP), que rene 14 subprojetos de

    vrias instituies do pas.

    O evento tem como objetivo discutir os trabalhos relacionadoscom o papel funcional dos predadores topo de cadeia e seus

    reflexos na estrutura e funo dos ambientes onde ocorrem,

    estudando aspectos biolgicos e ecolgicos, demogrficos e

    gentico-populacionais, alm do comportamento, requerimentos

    de paisagem e rea atual de distribuio.

    Com esses estudos pretende-se avaliar o impacto que a eventualextino dos predadores topo de cadeia promoveria nos

    diferentes biomas e ecossistemas onde ocorrem e, assim,

    contribuir para o estabelecimento de metas e prioridades para a

    conservao desses animais e ambientes.

    Anais do I Simpsio Brasileiro sobre o Papel Funcional dos

    Predadores Topo de Cadeia, SISBIOTA/MCTI/CNPq, FAPESP

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    Este evento celebra os trs anos de existncia e trabalhos de RedeSISBIOTA coroando as atividades propostas no mbito da

    promoo da discusso e da disponibilizao da informao

    cientfica, gerando novo conhecimento sobre os Predadores de

    Topo e o seu papel nos ecossistemas, auxiliando a definio de

    polticas pblicas, decodificando o conhecimento produzido para

    a sociedade e desenvolvendo instrumentos de Educao

    Ambiental.

    Como parte da Programao, sero apresentadas 15 palestras,quatro mesas-redondas e a apresentao de 47 painis co-

    autorados por um pouco mais de uma centena de pesquisadores eestudantes de graduao e ps-graduao.

    Sejam benvindos a So Carlos!Pedro Manoel Galetti Junior

    Patricia Domingues de Freitas

    Anais do I Simpsio Brasileiro sobre o Papel Funcional dos

    Predadores Topo de Cadeia, SISBIOTA/MCTI/CNPq, FAPESP

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    MEMBROS DA COMISSO ORGANIZADORA

    Patricia Domingues de Freitas Pedro Manoel Galetti Junior Andreia Nasser Figueiredo Alexandra Sanches Amanda Caroline Trevelin Bruna de Moraes Bruno Henrique Saranholi Camila Martins Carla Guinart Marques Carolina de Barros Machado da Silva Danielly Veloso Blanck Kalisa Cavaretti Gonalves Ferreira Lucas Tadeu Peloggia Caldano Paulo Henrique Andrade Pedro Luis Gallo Ueslei da Conceio Lopes

    Anais do I Simpsio Brasileiro sobre o Papel Funcional dos

    Predadores Topo de Cadeia, SISBIOTA/MCTI/CNPq, FAPESP

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    MEMBROS DA COMISSO CIENTFICA

    Evoy Zaniboni Filho, UFSC Hayde Torres de Oliveira, UFSCar, So Carlos Ktia Maria P. M. Ferraz, USP, ESALQ Lisandro Juno Soares Vieira, UFAC Luis Fernando Carvalho Costa, UFMA Marcos Rodrigues, UFMG Marcus Vinicius Cianciaruso, UFG Mauro Galetti, UNESP, Rio Claro Mercival Roberto Frnacisco, UFSCar, Sorocaba Patricia Domingues de Freitas, UFSCar, So Carlos Pedro Manoel Galetti Junior, UFSCar, So Carlos Renata Alonso Miotto, USP, ESALQ Silvia Nassif Del Lama, UFSCar, So Carlos Tarcizio Antonio R. de Paula, UFV

    Anais do I Simpsio Brasileiro sobre o Papel Funcional dos

    Predadores Topo de Cadeia, SISBIOTA/MCTI/CNPq, FAPESP

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    AGRADECIMENTOS

    Comisso Cientfica e Organizadora deste Evento UFSCar, Universidade Federal de So Carlos DGE, Departamento de Gentica e Evoluo da UFSCar LabBMC, Laboratrio de Biodiversidade Molecular e Conservao CNPq, Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientfico e

    Tecnolgico

    FAPESP, Fundao de Apoio Pesquisa do Estado de So Paulo CAPES, Coordenao de Aperfeioamento de Pessoal de Nvel

    Superior

    PAPQ, Programa de Apoio Pesquisa da UFSCar SBG, Sociedade Brasileira de Gentica AnimallTag, Soluo para Pecuria TecFly, Agncia de Viagem

    Nossos sinceros agradecimentos a todos que colaboraram com a

    organizao deste Simpsio. Sem a dedicao e apoio de vocs a realizao

    desse evento no seria possvel...

    Anais do I Simpsio Brasileiro sobre o Papel Funcional dos

    Predadores Topo de Cadeia, SISBIOTA/MCTI/CNPq, FAPESP

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    PROGRAMAO

    Primeiro dia - 09/12/2013 - Segunda-Feira Segundo dia - 10/12/2013 - Tera-Feira

    8:00 - 8:30RecepoEntrega do Material e Inscrio Local

    8:30 9:00 Palestra Frugivoros, sementes e genes: serviosecolgicos funcionais dos mutualismos animal-plantaProf. Dr. Pedro Jordano (Universidad de Sevilla, Espanha)

    8:30 - 9:00 - Palestra de AberturaProf. Dr. Pedro Manoel Galetti Jr. (Coordenador da Rede)

    9:00 - 10:30 - Mini-Simpsio - Modelo CarnvorosSub Projeto 1 - Movimentos de disperso, predao e uso dapaisagem por Puma concolor em uma rea altamente

    fragmentada do estado de So Paulo, sudeste do BrasilDra. Renata Miotto (Universidade Federal de So Carlos)Sub-Projeto 2 - Estimativas de densidade obtidas por meio daanlise do DNA fecal em paisagens altamente fragmentadas nosudeste do BrasilProf. Dr. Pedro Galetti (Universidade Federal de So Carlos)Sub-Projeto 6 - Ecologia, estudo clnico e epidemiolgico decarnvoros na regio de influncia do Parque Estadual da Serrado Brigadeiro, MGProf. Dr. Tarcizio Antnio R. de Paula(Universidade Federal deViosa)

    9:00 - 10:30 - Mini Simpsio - Modelo Aves

    Sub-Projeto 3 - Dinmica populacional e demografia de aves emreas de diferentes diversidade de predadoresProf. Dr. Marcos Rodrigues (Universidade Federal de Minas Gerais)Sub-Projeto 4 - Monitoramento biolgico pelo tamanhopopulacional de colnias de aves aquticas de topo de cadeiaalimentar no pantanalProfa. Dra. Slvia Del Lama (Universidade Federal de So Carlos)Sub-Projeto 5 - Identificao de predadores de ninhos de aves(Passeriformes) numa rea de Mata Atlntica do sudeste brasileiroProf. Dr. Mercival Francisco (Universidade Federal de So Carlos)

    10:30 - 11:00 - Coffee Break 10:30 - 11:00 - Coffee Break

    11:00 - 12:00 - Mesa Redonda - Modelo Aves em DiscussoProf. Dr. Augusto Joo Piratelli (Universidade Federal de SoCarlos)Prof. Dr. Mauro Galetti (Universidade Estadual Paulista)

    11:00 - 12:00 - Mesa Redonda - Modelo CarnvorosProf. Frederico Lemos (Universidade Federal de Gois)Prof. Dr. Ronaldo Morato (ICMBio-CENAP)

    12:00 - 13:00 -Intervalo para Almoo 12:00 - 13:00 - Intervalo para Almoo

    13:00 - 14:30 - Apresentao dos Posters 13:00 - 14:30 - Apresentao dos Posters

    13:30 - 14:30 - Avaliao dos Posters 13:30 - 14:30 - Avaliao dos Posters

    14:30 - 16:00 - Mini Simpsio - Modelo PeixesSub-Projeto 10 - Ecologia dos grandes peixes ictifagos da bacia dorio Uruguai e sua influncia na estrutura da comunidade de peixesProf. Dr. Evoy Zaniboni (Universidade Federal de Santa Catarina) Sub-Projeto 11 - Ecologia de peixes (piscvoros) na Amaznia

    Prof. Dr. Lisandro Vieira (Universidade Federal do Acre) Sub-Projeto 12 - Variao gentica e estrutura populacional dosgrandes peixes migradores na Bacia PlatinaProfa. Dra. Patrcia D. Freitas (Universidade Federal de So Carlos)Sub-Projeto 13 - Sistemtica molecular, filogeografia e ecologia degrupos crpticos de peixes na hidrografia costeira do MaranhoProf. Dr. Luis Fernando Costa (Universidade Federal do Maranho)

    14:30 - 16:00 - Mini-Simpsio - TransversalisandoSub-Projeto 7 - Padres macroecolgicos e biogeografia daconservao de predadores de topo brasileiros: uma abordagemfilogentica e funcionalProf. Dr. Marcus Cianciaruso (Universidade Federal de Gois)

    Sub-Projeto 8 - Adequabilidade ambiental dos biomas brasileiros ocorrncia das espcies de felinos neotropicais Profa. Dra. Ktia Ferraz (Universidade de So Paulo)Sub-Projeto 9 - Defaunao e dispersores de sementesProf. Dr. Mauro Galetti (Universidade Estadual Paulista) Sub-Projeto 14 - Educao ambiental para conservao dabiodiversidade. O papel dos predadores de topo de cadeia .Profa. Dra. Hayde Oliveira (Universidade Federal de SoCarlos)

    16:00 - 16:30 - Coffee Break 16:00 - 16:30 - Coffee Break

    16:30 - 18:00 - Mesa Redonda - Modelo Peixes em DiscussoProf. Dr Miguel Petrere (Universidade Federal de So Carlos)

    Profa. Dra. Ktia Ferraz (Universidade de So Paulo)

    16:30 - 18:00 - Mesa Redonda - Transversabilidade emDiscusso

    Prof. Dr. Milton Ribeiro (Universidade Estadual Paulista)Prof. Dr. Pedro Galetti (Universidade Federal de So Carlos)

    18:00 - Coquetel de Confraternizao 18:00 - Premiao Pster e Sesso de Encerramento

    Anais do I Simpsio Brasileiro sobre o Papel Funcional dos

    Predadores Topo de Cadeia, SISBIOTA/MCTI/CNPq, FAPESP

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    SUMRIO DE RESUMOS

    LISTA DE AUTORES TITULO DO TRABALHO PAINEL

    Karla Vernica Chvez Rodrguez, Pedro ManoelGaletti Junior

    ESTUDO POPULACIONAL DA ONA-PARDA NA ESTAO ECOLGICA DE ITIRAPINA POR MEIO DEAMOSTRAS NO INVASIVAS

    R1

    Hermano Jos Del Duque Jnior, Ana CarolinaSrbek Arajo, Adriano Garcia Chiarello

    DIETA DA ONA-PINTADA (Panthera onca) EM UMA DAS LTIMAS REAS COM POPULAO RESIDENTEDA ESPCIE NA MATA ATLNTICA

    R2

    Bruno Henrique Saranholi e Pedro Manoel GalettiJunior

    DEMOGRAFIA E DIVERSIDADE GENTICA DE Puma concolor E Leopardus pardalis NA ESTAOECOLGICA DOS CAETETUS (SO PAULO) A PARTIR DE AMOSTRAS NO INVASIVAS

    R3

    Francesca Belem Lopes Palmeira e Katia Maria

    Paschoaletto Micchi de Barros Ferraz

    MODELOS DE DISTRIBUIO E DE OCUPAO DA ONA-PINTADA (Panthera onca) NO BIOMA AMAZNIA R4

    Camila Schlieper de Castilho, Vnia ReginaPivello, Rozely Ferreira dos Santos

    REAS LEGALMENTE PROTEGIDAS E SUA RELAO COM AS REAS PRIORITRIAS PARA CONSERVAODE HABITAT PREFERENCIAL DA ONA-PARDA (Puma concolor)

    R5

    Marcel Jos Franco Penteado, Jos EduardoMantovani, Eleonore Zulnara Freire

    SELEO DE HABITAT POR UM PUMA (Puma concolor), EM PAISAGEM FRAGMENTADA DO ESTADO DESO PAULO

    R6

    Marcel J. Franco Penteado, Jos EduardoMantovani, Eleonore Zulnara Freire Set

    USO DE ANLISE DE CLUSTERS PARA A IDENTIFICAO DE LOCAIS PREFERENCIAIS E EVENTOS DEPREDAO POR PUMAS (Puma concolor)

    R7

    Andiara Silos Moraes de Castro e Souza, BrunoHenrique Saranholi, Karla Vernica ChvezRodrguez, Pedro Manoel Galetti Jnior

    INDCIOS DE ESTRUTURAO GENTICA ENTRE POPULAES DE ONAS-PARDAS EM UNIDADES DECONSERVAO DE SO PAULO, MINAS GERAIS E SANTA CATARINA

    R8

    Andiara Silos Moraes de Castro e Souza, PedroManoel Galetti Junior

    ANLISES GENTICAS POPULACIONAIS DE ONAS-PARDAS PRESENTES EM FRAGMENTOS DE MATAATLNTICA

    R9

    Andr Pereira da Silva, Frederico Gemesio Lemos,Fernanda Cavalcanti de Azevedo, Ricardo CorassaArrais, Pedro Manoel Galetti Junior

    VARIABILIDADE GENTICA E DETERMINAO DE PARENTESCO DE UMA POPULAO DE RAPOSA-DO-CAMPO (Lycalopex vetulus) EM CUMARI, GOIS

    R10

    Iris Amati Martins, Marisa Dantas Bitencourt,Danielle de Cssia Fein

    CRITRIOS E PESOS PARA MODELAR A QUALIDADE DA PAISAGEM PARA Eira barbara: AHP E MCE R11

    Marcelo Magioli, Katia M. P. M. de Barros Ferraz,Marcelo Z. Moreira, Claudia Z. Kanda, Gabriela deL. Fregonezi, Helena A. do Prado, Mitra K.Ferreira, Milton C. Ribeiro, Mrcia G. Rodrigues

    USO DOS RECURSOS DE UMA PAISAGEM AGRCOLA POR FELDEOS E CANDEOS UTILIZANDO ISTOPOSESTVEIS, SUDESTE DO ESTADO DE SO PAULO

    R12

    Vlamir Jos Rocha e Margareth Lumy Sekiama OCORRNCIA DO MORCEGO CARNVORO Chrotopterus auritus EM REAS FRAGMENTADAS NO ESTADODE SO PAULO

    R13

    Vlamir Jos Rocha, Bruna Leone Gagetti, CamilaAndr Galvo, Camila Martins, Denise ManfrinBenedicto, Gisele Orefice, Isabela MidoriWatanabe, Yanna Dias Costa; Priscilla Pina Pardo,Piquerobi Freitas Pereira de Souza

    ANLISE DE DADOS ECOLGICOS DA MASTOFAUNA DO PARQUE ESTADUAL DE VASSUNUNGA SP R14

    Paulo Henrique Peira Ruffino, Mariano MaudetBegel, Bruno Henrique Saranholii, PatrciaDomingues de Freitas, Pedro Manoel GalettiJunior

    REGISTRO DE PERDA DE MAMFEROS DE MDIO E GRANDE PORTE NAS REAS PROTEGIDAS ITIRAPINA EENTORNO

    R15

    Rhayane Pires Werneck, Fernando Landa Sobral,Marcus Vincius Cianciaruso

    DIVERSIDADE FUNCIONAL E FILOGENTICA DE PREDADORES DE TOPO DE CADEIA EM UNIDADES DECONSERVAO DO CERRADO

    R16

    Leanes C. da Silva, Tarczio A. Rgo de Paula,Letcia B. Coelho Ferreira, Gediendson RibeiroArajo, Antonio C. Csermak Jnior, Sarah F. Reis,Fernanda R. Teixeira

    COMPOSIO, RIQUEZA OBSERVADA E ABUNDNCIA RELATIVA DA COMUNIDADE DE MAMFEROSTERRESTRES DE MDIO E GRANDE PORTE DO PARQUE ESTADUAL DA SERRA DO BRIGADEIRO - MG

    R17

    Fagner Miguel da Silva, Carolina Isabel Mio,Silvia Nassif Del Lama.

    ESTIMATIVAS NO NMERO EFETIVO DE REPRODUTORES EM COLNIAS REPRODUTIVAS DE AVESAQUTICAS

    R18

    Pamela Carla Pereira de Assis, Silvia Nassif DelLama

    ESTUDO DA PREVALNCA DOS HEMOPARASITAS EM POPULAES DE Ardea alba E Platalea ajaja (AVES,PELECANIIFORMES) EM TRS REGIES BRASILEIRAS

    R19

    Eduardo Roberto Alexandrino, Yuri Arten Forte,

    Katia Maria Paschoaletto Micchi de Barros Ferraz,Hilton Thadeu Zarate do Couto

    AVES PREDADORAS DE TOPO DE CADEIA EM PAISAGEM FRAGMENTADA AGRCOLA DO SUDESTE

    BRASILEIRO

    R20

    Anais do I Simpsio Brasileiro sobre o Papel Funcional dos

    Predadores Topo de Cadeia, SISBIOTA/MCTI/CNPq, FAPESP

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    SUMRIO DE RESUMOS

    Augusto Joo Piratelli, Marcelo NivertSchlindwein, Mercival Roberto Francisco, CamilaAndr Galvo, Pedro Manoel Galetti Junior

    USO DE CMERAS TRAPS NA IDENTIFICAO DE PREDADORES DE NINHOS ARTIFICIAIS NO PARQUEESTADUAL CARLOS BOTELHO (SP)

    R21

    Lais Ribeiro da Silva, Carlos Humberto BiagoliniJunior, Daniel Fernandes Perrella, Paulo VictorQueijo Zima, Pedro Manoel Galetti Junior eMercival Robero Francisco

    IDENTIFICAO DOS PREDADORES DE NINHOS EM UMA COMUNIDADE DE AVES DA MATA ATLNTICA DOESTADO DE SO PAULO

    R22

    Camila Penha Abreu Souza, Lgia Tchaicka, LuisFernando Carvalho Costa, Jorge Luiz Silva Nunes,Nivaldo Magalhes Piorski

    CARACTERIZAO MORFOMTRICA DE Hoplias malabaricus (CHARACIFORMES: ERYTHRINIDAE) EMDRENAGENS DO MARANHO, BRASIL

    R23

    William Rodrigues de Lima, Jorge Luis SilvaNunes, Nivaldo Magalhes Piorski, Luis FernandoCarvalho Costa

    RELAES FILOGEOGRFICAS DE DUAS ESPCIES DE Acestrorhynchus DOS RIOS PINDAR E GURUPI, MA R24

    William Rodrigues de Lima, Iraine Duarte Souza,Jorge Luis Silva Nunes, Nivaldo Magalhes Piorski,Ligia Tchaicka, Luis Fernando Carvalho Costa

    DIVERSIDADE GENTICA DO GENE ATPase E REGIO CONTROLE DO mtDNA EM Acestrorhynchusheterolepis DO RIO GURUPI, MARANHO BRASIL

    R25

    Alline Braga Silva, Murillo Leite Algarte, PatrciaDomingues de Freitas, Pedro Manoel GalettiJunior

    A INFLUNCIA DOS LIMITES DE BACIAS HIDROGRFICAS E DA FRAGMENTAO DE RIOS SOBRE ADIVERSIDADE GENTICA DE Pseudoplatystoma corruscans

    R26

    Josiane Ribolli, Tailise Souza Guerreiro, EvoyZaniboni-Filho, Tailise Souza Guerreiro, PatrciaDomingues de Freitas, Pedro Manoel GalettiJunior

    ISOLAMENTO POR TEMPO (IBT) ENTRE POPULAES DE DOURADO (Salminus brasiliensis) NA BACIA DOALTO RIO URUGUAI

    R27

    Tailise Carolina de Souza Guerreiro, JosianeRibolli, Evoy Zaniboni-Filho, Patrcia Dominguesde Freitas, Pedro Manoel Galetti Junior

    ESTIMATIVA DOS NVEIS DE DIVERSIDADE GENTICA E ESTRUTURAO POPULACIONAL EM POPULAESDE Salminus brasiliensis EM UMA REGIO FRAGMENTADA POR BARRAGENS HIDRELTRICAS NA BACIADO ALTO RIO URUGUAI

    R28

    Carolina de Barros Machado da Silva, PatrciaDomingues de Freitas, Pedro Manoel GalettiJunior

    IDENTIFICANDO NOVAS ESPCIES DE Salminus (CHARACIDAE) ATRAVS DO DNA BARCODE R29

    Aline Galindo Nunes, Pedro Manoel Galetti Juniore Patrcia Domingues de Freitas

    ESTRUTURA GENTICA POPULACIONAL DE Salminus hilarii NA BACIA DO ALTO PARAN R30

    Antonio A. Pires, Jorge Ramirez, Maurcio Carillo-Avila, Waldo Troy, Neusa Arenhart, Pedro M.Galetti Jr, Patrcia Domingues de Freitas

    IDENTIFICAO MOLECULAR E CARACTERIZAO DE ESPCIES DO GNERO Zungaro (SILURIFORMES:PIMELODIDAE) EM DIFERENTES BACIAS HIDROGRFICAS

    R31

    Luana Nascimento da Silva, Luciana Traesel,Solange Frazo de Almeida, Jorge Luiz SilvaNunes, Nivaldo Magalhes Piorski, Luis FernandoCarvalho Costa

    DIVERSIDADE E ESTRUTURA GENTICA DE DUAS POPULAES DE Pygocentrus nattereri (KNER, 1858)(CHARACIFORMES, SERRASALMIDAE) DOS RIOS PINDAR E TOCANTINS.

    R32

    Fabiana de Sousa Rodrigues, William Rodriguesde Lima, Jorge Luis Silva Nunes, NivaldoMagalhes Piorski, Ligia Tchaicka, Luis FernandoCarvalho Costa

    CARACTERIZAO GENTICA DE UMA POPULAO DE Cynodon gibbus (TELEOSTEI, CYNODONTIDAE) DORIO PINDAR, MARANHO.

    R33

    Luiz Phelipe Nunes e Silva, Jakeline AlmeidaCarneiro, Luis Fernando Carvalho Costa, NivaldoMagalhes Piorski ,Jorge Luiz Silva Nunes

    USO DA MORFOMETRIA GEOMTRICA EM PEIXES PREDADORES DE DUAS BACIAS HIDROGRFICAS DOMARANHO

    R34

    Jakeline Almeida Carneiro, Luiz Phelipe Nunes eSilva, Luis Fernando Carvalho Costa, NivaldoMagalhes Piorski & Jorge Luiz Silva Nunes

    PADRES ECOMORFOLGICOS E ALIMENTARES DE PEIXES PREDADORES DE TOPO DE CADEIA DE DUASBACIAS HIDROGRFICAS DO MARANHO

    R35

    Jaqueline Cristina de Bem, Samara Hermes Silva,Evoy Zaniboni Filho

    DISTRIBUIO ESPAO-TEMPORAL DE CATEGORIAS TRFICAS DE PEIXES NA REGIO DO ALTO RIOURUGUAI

    R36

    Ariane Pereira Felga, Mayla Willik Valenti,Hayde Torres de Oliveira

    LIMITES E POSSIBILIDADES DA EDUCAO AMBIENTAL PARA A CONSERVAO DA BIODIVERSIDADECOM FUNCIONRIAS/OS DE UMA UNIDADE DE CONSERVAO (ESTAES ECOLGICA E

    EXPERIMENTAL DE ITIRAPINA, SP)

    R37

    Anais do I Simpsio Brasileiro sobre o Papel Funcional dos

    Predadores Topo de Cadeia, SISBIOTA/MCTI/CNPq, FAPESP

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    SUMRIO DE RESUMOS

    Ariane Di Tullio, Valria Ghisloti Iared, HaydeTorres de Oliveira

    O LAZER COLETIVO NA NATUREZA COMO UM DESAFIO NAS PRTICAS DE EDUCAO AMBIENTAL R38

    Andria Nasser Figueiredo, Camila Martins,Lakshmi J. Vallim Hofstatter, Raquel B. Angelo,Sara Monise de Oliveira, Semiramis Biasoli,Hayde Torres de Oliveira

    AVALIAO DE MATERIAIS EDUCATIVOS: AS POTENCIALIDADES DE JOGOS EDUCATIVOS SOBREBIODIVERSIDADE E DE MATERIAIS SOBRE ONAS PARA A CONSTRUO DE PRTICAS DE EDUCAOAMBIENTAL CRTICA NO BRASIL

    R39

    Camila Martins e Hayde Torres de Oliveira CAIXA DA BIODIVERSIDADE: CONSTRUO DE MATERIAL EDUCATIVO SOBRE BIODIVERSIDADE EM UMAPERSPECTIVA PARTICIPATIVA

    R40

    Lakshmi Juliane Vallim Hofstatter, Hayde Torresde Oliveira

    CONFLITOS E CAUSOS DE ONA: UMA ANLISE SOBRE AS PERCEPES, SIGNIFICADOS E SENTIDOSATRIBUDOS

    R41

    Flvia Torreo Thiemann, Hayde Torres deOliveira

    A BIODIVERSIDADE COMO TEMA PARA A EDUCAO AMBIENTAL R42

    Silvia Ap. M. dos Santo, Camila Martins, Edson M.de Oliveira, Hayde T. de Oliveira, Mariano M.Berge, Mayla W. V. Roese, Paulo H. P. Ruffino,Sandra F. Ruffino, Sara M. de Oliveira, Valria G.Iared, Sonia A. de Souza, Vera Sabatini

    CONSTRUO DE EXPOSIO ITINERANTE SOBRE A CONSERVAO DA FAUNA SILVESTRE REGIONAL EMUMA PERSPECTIVA PARTICIPATIVA

    R43

    Sara Monise de Oliveira, Hayde Torres deOliveira

    MAPEAMENTO DE UNIDADES DE CONSERVAO, ZOOLGICOS E MUSEUS QUE ATUAM COM EDUCAOAMBIENTAL E BIODIVERSIDADE EM UM TERRITRIO DE ONAS PARDAS (Puma concolor) NO INTERIORDO ESTADO DE SO PAULO

    R44

    Mayla Willik Valenti, Hayde Torres de Oliveira eAmadeu Jos Montagnini

    DIMENSES EXCLUSORAS E TRANSFORMADORAS PARA A EDUCAO AMBIENTAL COM ADULTOS EMDUAS REAS PROTEGIDAS NO SUDESTE DO BRASIL

    R45

    Paulo Henrique Peira Ruffino, Silvia AparecidaMartins dos Santos, Alexandro Lancelotti, JooVictor Carl

    PRODUO DE MATERIAL DIDTICO SOBRE A BIODIVERSIDADE DA FAUNA REGIONAL R46

    Raquel Bianconi Angelo, Hayde Torres deOliveira

    BIODIVERSIDADE URBANA: PRTICAS DE EDUCAO AMBIENTAL PARA CONSERVAO DABIODIVERSIDADE EM SO CARLOS, SP

    R47

    Anais do I Simpsio Brasileiro sobre o Papel Funcional dos

    Predadores Topo de Cadeia, SISBIOTA/MCTI/CNPq, FAPESP

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    ESTUDO POPULACIONAL DA ONA-PARDA NA ESTAO ECOLGICA DE ITIRAPINA POR MEIO

    DE AMOSTRAS NO INVASIVAS

    Karla Vernica Chvez Rodrguez e Pedro Manoel Galetti Junior

    [email protected]

    Universidade Federal de So Carlos, Departamento de Gentica e Evoluo, Laboratrio de

    Biodiversidade Molecular e Conservao, So Carlos, SP

    As onas-pardas (Puma concolor) precisam de grandes reas de vida, que esto

    sendo reduzidas e fragmentadas, devido influncias antrpicas, diminuindo com isso

    sua populao. Esse baixo nmero populacional combinado aos seus hbitos noturnos e

    esquivos as torna difceis de estudar. Esta pesquisa props o uso de tcnicas molecularesno invasivas para avaliar aspectos demogrficos de uma populao que habita uma

    rea protegida de cerrado na Estao Ecolgica de Itirapina (32 km2). Com esse objetivo

    foram coletadas 42 possveis amostras de fezes de ona-parda durante os meses de julho

    2011 e agosto 2012. Mediante a anlise do citocromo b, 7 loci microssatlites e o gene

    da amelogenina, do DNA extrado das fezes, determinou-se que 29 das amostras

    correspondiam a 10 indivduos da espcie estudada (4 fmeas e 6 machos). A anlise de

    correspondncia fatorial separou os indivduos em dois grupos, os quais foram

    corroborados mediante a identificao das relaes de parentesco. Um indivduo macho

    no teve relao com nenhum outro indivduo analisado, que nos permite levantar a

    hiptese de que seria um possvel migrante, o qual s poder ser corroborado mediante

    estudos em localidades prximas rea de estudo. A identificao de 10 onas-pardas e

    o fato de que esto conseguindo se reproduzir revela a importncia da Estao Ecolgica

    de Itirapina para a conservao local da espcie.

    APOIO FINACEIRO: SISBIOTA/MCTI/CNPq, FAPESP

    R1

    Anais do I Simpsio Brasileiro sobre o Papel Funcional dos Predadores Topo de Cadeia.

    SISBIOTA/MCTI/CNPq, FAPESP. So Carlos, So Paulo, dezembro de 2013.

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    Anais do I Simpsio Brasileiro sobre o Papel Funcional dos Predadores Topo de Cadeia.

    SISBIOTA/MCTI/CNPq, FAPESP. So Carlos, So Paulo, dezembro de 2013.

    RDIETA DA ONA-PINTADA (Panthera onca) EM UMA DAS LTIMAS REAS COM POPULAO

    RESIDENTE DA ESPCIE NA MATA ATLNTICA

    Hermano Jos Del Duque Jnior1

    , Ana Carolina Srbek Arajo2

    e Adriano GarciaChiarello3

    [email protected]

    1 - Pontifcia Universidade Catlica de Minas Gerais, Mestrado de Zoologia de Vertebrados,

    Laboratrio de Mastozoologia e Biologia da Conservao, Belo Horizonte, MG. 2 - Universidade

    Vila Velha, Programa de Ps-graduao em Ecologia de Ecossistemas, Vila Velha, ES. 3 -

    Universidade de So Paulo, Faculdade de Filosofia Cincias e Letras de Ribeiro Preto,

    Departamento de Biologia, Ribeiro Preto, SP

    A situao da ona-pintada extremamente crtica na Mata Atlntica, estando

    restrita a uma nica rea em todo o Esprito Santo: bloco Linhares/Sooretama. O

    presente trabalho investigou a dieta da espcie na Reserva Natural Vale (RNV), uma das

    quatro reas protegidas que compem o bloco Linhares/Sooretama. Foram analisadas

    amostras fecais coletadas no perodo 2006-2009. A confirmao do predador e a

    identificao das presas foram realizadas a partir da anlise microestrutural de plos-

    guarda. Adicionalmente, restos no digeridos de presas (dentes, escamas, fragmentos

    sseos, etc.) tambm foram analisados. Foram coletadas 101 amostras, das quais 54foram atribudas ona-pintada. Foram identificadas 15 espcies de presas. Destas, trs

    foram registradas em mais de 65% das amostras: quati (Nasua nasua- presente em 36%

    das fezes), catitu (Pecary tajacu - 24%) e paca (Cuniculus paca - 13%). No houve

    sazonalidade nos itens alimentares registrados. Os resultados mostram semelhana na

    composio da dieta em comparao com estudos realizados em outras localidades, bem

    como com estudo realizado na RNV na dcada de 1990. Apesar do queixada (Tayassu

    pecari) e do jacar (Caiman latirostris) estarem presentes na RNV, estas espcies no

    foram detectadas entre os itens consumidos. Como elas representam as principais

    presas da ona-pintada em outras reas, a provvel ausncia de predao pode indicar

    que suas populaes estejam muito reduzidas localmente. Destaca-se ainda que no

    houve vestgios de predao de animais domsticos. A verificao de alteraes na dieta

    pode contribuir para a definio de aes visando conservao da ona-pintada na RNV

    em longo prazo.

    APOIO FINANCEIRO: CAPES

    R2

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    DEMOGRAFIA E DIVERSIDADE GENTICA DE Puma concolorE Leopardus pardalisNA ESTAO

    ECOLGICA DOS CAETETUS (SO PAULO) A PARTIR DE AMOSTRAS NO INVASIVAS

    Bruno Henrique Saranholi e Pedro Manoel Galetti Junior

    [email protected]

    Universidade Federal de So Carlos, Departamento de Gentica e Evoluo, Laboratrio de

    Biodiversidade Molecular e Conservao, So Carlos, SP

    A perda e fragmentao do habitat esto entre as principais ameaas s

    populaes naturais. Espcies com baixa densidade e grandes reas de vida so ainda

    mais sensveis a essas mudanas. Assim, a deteco da densidade populacional e a

    caracterizao gentica so importantes para que medidas de conservao sejampropostas. O objetivo deste trabalho foi caracterizar as populaes de ona-parda (Puma

    concolor) e jaguatirica (Leopardus pardalis) da Estao Ecolgica dos Caetetus (EEC), um

    dos ltimos remanescentes de Mata Atlntica no interior do estado de So Paulo, quanto

    s suas caractersticas demogrficas e genticas, a partir de amostras no invasivas

    (fezes). Utilizamos anlise do DNA mitocondrial para identificao da espcie depositora

    das fezes e microssatlites para identificao individual. Foram realizadas anlises de

    variao gentica, parentesco e demogrficas A abundncia foi estimada a partir do

    histrico de captura-recaptura com modelo de populao fechada. Foram

    individualizados seis indivduos de ona-parda e cinco de jaguatirica. A estimativa de

    abundncia foi prxima encontrado na individualizao gentica, sendo igual a cinco

    indivduos para cada espcie e densidade estimada foi de 4,92/100 km2 (P. concolor) e

    19,51/100 km2 (L. pardalis). A diversidade gentica para as duas espcies foi menor

    quando comparada com outros trabalhos, provavelmente devido ao menor fluxo gnico

    com outras populaes, resultado da fragmentao da paisagem. Dessa forma, os

    resultados obtidos de demografia e diversidade gentica demostram a importncia daEEC para essas espcies e tambm ressalta a importncia da criao de medidas que

    permitam a viabilidade de suas populaes em longo prazo, por exemplo, facilitando o

    fluxo gnico entre diferentes populaes.

    APOIO FINANCEIRO: SISBIOTA/MCTI/CNPq, FAPESP

    R3

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    MODELOS DE DISTRIBUIO E DE OCUPAO DA ONA-PINTADA (Panthera onca) NO BIOMA

    AMAZNIA

    Francesca Belem Lopes Palmeira e Katia Maria Paschoaletto Micchi de Barros Ferraz

    [email protected]

    Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ/USP), Departamento de Cincias

    Florestais, Lab. de Ecologia, Manejo e Conservao de Fauna Silvestre (LEMaC), Piracicaba, SP

    Dos cinco biomas brasileiros onde a ona-pintada ocorre, a Amaznia o que tem

    a maior lacuna de conhecimento sobre a espcie. Desta forma, este estudo tem o

    objetivo de descrever o espao ambiental ocupado pela espcie e elaborar um modelo

    de distribuio potencial para o bioma Amaznia. Tambm visa desenvolver doismodelos de co-ocorrncia para investigar o grau de interao com carnvoros meso-

    predadores e ungulados. Os resultados parciais indicam que a ona-pintada vem

    perdendo os extremos climticos e topogrficos do espao ambiental ocupado desde sua

    distribuio histrica. Atualmente, a espcie se encontra extinta no espao ambiental

    representado por baixas temperaturas (< 6,3 C), menores (< 288 mm) ou maiores

    precipitaes (> 7517 mm) e grandes elevaes (> 3597 m). O espao ambiental do

    bioma Amaznia se apresentou extremamente heterogneo e a lacuna de informao

    sobre a espcie tambm se encontra nas reas mais frias (de 20 a 24 C), mais secas (de

    1500 a 2000 mm) e de maior elevao (> 500 m). Outras variveis ambientais (climticas,

    topogrficas e da paisagem) ainda sero exploradas e includas no modelo de

    distribuio potencial. Os modelos de co-ocorrncia tambm esto sendo elaborados e

    os resultados preliminares sugerem que a presena da ona-pintada inibe a ocorrncia

    de meso-predadores e ungulados. Espera-se que os modelos de distribuio potencial e

    de co-ocorrncia possam fornecer importantes informaes sobre a ocorrncia, a

    biologia e a ecologia da espcie e, desta forma, contribuir para o conhecimento da ona-pintada no bioma Amaznia.

    APOIO FINACEIRO: SISBIOTA/MCTI/CNPq, FAPESP, CAPES, WCS,

    PTES, Panthera Foundation e Idea Wild

    R4

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    REAS LEGALMENTE PROTEGIDAS E SUA RELAO COM AS REAS PRIORITRIAS PARA

    CONSERVAO DE HABITAT PREFERENCIAL DA ONA-PARDA (Puma concolor)

    Camila Schlieper de Castilho, Vnia Regina Pivello, Rozely Ferreira dos Santos

    [email protected]

    Universidade de So Paulo, Departamento de Ecologia, Laboratrio de Ecologia da Paisagem e

    Conservao, So Paulo, SP

    Atualmente a luta contra as extines exige que sejam definidas prioridades na

    conservao da natureza e que decises sejam tomadas rapidamente. Nessa perspectiva,

    nosso objetivo foi utilizar a ona-parda (Puma concolor) como espcie-focal, inserida

    num modelo de valorao dos tipos de uso/cobertura da terra, buscando entender aspreferncias de habitat da espcie. Alm disso, buscamos compreender a efetividade de

    reas Protegidas na proteo das reas prioritrias selecionadas para a ona-parda.

    Utilizando valores de habitat preferencial, obtidos a partir de consulta a especialistas,

    selecionamos as reas prioritrias a partir de anlise por hexgonos (Patch Analyst,

    ArcGIS 10), considerando valores de habitat timo 90% (A1 e A3) e entre 70 e 90% (A2 e

    A4). As principais reas contnuas selecionadas (A1 e A2) somadas tem tamanho

    suficiente para a manuteno de uma populao vivel de ona-parda a longo prazo. As

    Unidades de Conservao (UCs) Proteo Integral protegem as reas A1 e A2, masfalham na proteo das reas de expanso populacional (A3) e dos caminhos de

    conectividade da paisagem (A4). Os Mosaicos de UCs aumentam a proteo das reas

    prioritrias, mas no melhoram a proteo fora dos eixos das Serra do Mar e da

    Mantiqueira. A maior proteo das reas A3 e A4 dada pelas UCs Uso Sustentvel. Esse

    trabalho demonstra a importncia das reas Protegidas na manuteno de habitat

    preferencial da ona-parda e a necessidade da criao de novas UCs que protejam as

    reas de expanso populacional das onas (A3) e os caminhos (A4) que conectem estasreas s reas ncleo.

    APOIO FINACEIRO: FAPESP

    R5

    mailto:[email protected]:[email protected]
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    SELEO DE HABITAT POR UM PUMA (Puma concolor), EM PAISAGEM FRAGMENTADA DO

    ESTADO DE SO PAULO

    Marcel Jos Franco Penteado, Jos Eduardo Mantovani, Eleonore Zulnara FreireSetz

    [email protected]

    Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Biologia, Departamento de Biologia Animal,

    Laboratrio de Ecologia e Comportamento de Mamferos, Campinas, So Paulo

    O puma o feldeo com maior distribuio geogrfica no mundo, ocorrendo desde

    o Canad at a Patagnia, na Argentina e Chile. Apesar da ampla distribuio, um dos

    animais que mais sofre com os efeitos da fragmentao. No panorama atual de

    fragmentao de habitats, o conhecimento dos padres de deslocamento e uso dehabitat pelo puma passa a ser de extrema importncia para o manejo da espcie, bem

    como para evitar futuros conflitos com as populaes humanas locais ou o agravamento

    dos j existentes, e a consequente perda de diversidade biolgica destas regies. Para

    contribuir com o entendimento desta questo, neste estudo analisamos a seleo de

    habitat de um puma macho atravs de monitoramento com rdio-colar Telonics TGW-

    4580 GPS ao longo de cinco meses (ca: 863 localizaes) na regio compreendida entre

    os municpios de Paulnia, Cosmpolis e Americana, no Estado de So Paulo. Obtivemos

    uma estimativa de rea de vida de 11.400ha (MCP) e verificamos a preferncia porhabitats florestais (66,3% das localizaes), embora a rea onde o animal foi

    acompanhado seja composta majoritariamente por canaviais (53% da rea total). Este

    dado demonstra que embora a espcie ocorra em reas agrcolas, depende e seleciona

    ativamente ambientes com caractersticas florestais, sendo essenciais para oferecer

    abrigo, locais para predao e deslocamentos. Nossos dados no sugerem que o animal

    utilize as reas agrcolas, mesmo quando estas dominam o ambiente, buscando

    ativamente as reas de mata nativa.

    APOIO FINACEIRO: Fapesp, CNPq

    R6

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    USO DE ANLISE DE CLUSTERS PARA A IDENTIFICAO DE LOCAIS PREFERENCIAIS E EVENTOS

    DE PREDAO POR PUMAS (Puma concolor)

    Marcel J. Franco Penteado, Jos Eduardo Mantovani, Eleonore Zulnara Freire Setz

    [email protected]

    Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Biologia, Departamento de Biologia Animal,

    Laboratrio de Ecologia e Comportamento de Mamferos, Campinas, So Paulo

    Pumas (Puma concolor), so animais solitrios, de hbitos crepusculares e

    noturnos, difceis de serem avistados e terem seu comportamento e ecologia estudados

    a partir de observaes diretas. A radiotelemetria uma das tcnicas utilizadas para se

    obter tais informaes. Eventos de predao, encontros com indivduos da mesmaespcie e sua frequncia, alm de outros comportamentos, podem ser identificados e

    estudados atravs do uso da radiotelemetria. O emprego da radiotelemetria GPS em

    estudos de deslocamento e uso do habitat uma importante ferramenta para a anlise

    de taxas e locais de predao, identificao de padres de seleo de presas e na anlise

    e modelagem destes dados, por fornecer resultados mais precisos e grande nmero de

    localizaes. Neste trabalho, realizamos a anlise de clusters de localizaes de um

    puma, a partir de 863 coordenadas obtidas atravs de um radiocolar Telonics TGW-4580

    GPS. Identificamos 95 clusters que podem ser relacionados a eventos de predao. A

    maior parte dos clusters de maior durao (acima de um dia) estavam localizados

    prximos de cursos dgua e matas ciliares, sugerindo a predao de animais de maior

    porte, como as capivaras, abundantes na rea e estudo. Embora o mtodo precise ser

    refinado para a determinao de um padro mdio de tempo gasto nos eventos de

    predao de animais de portes diferentes, esta ferramenta muito til para a

    identificao de locais com maior probabilidade e as taxas de predao, e pode se tornar

    um importante aliado no manejo desta e de outras espcies de predadores.

    APOIO FINANCEIRO: Fapesp, CNPq

    R7

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    SISBIOTA/MCTI/CNPq, FAPESP. So Carlos, So Paulo, dezembro de 2013.

    INDCIOS DE ESTRUTURAO GENTICA ENTRE POPULAES DE ONAS-PARDAS EM UNIDADES

    DE CONSERVAO DE SO PAULO, MINAS GERAIS E SANTA CATARINA

    Andiara Silos Moraes de Castro e Souza, Bruno Henrique Saranholi, Karla VernicaChvez Rodrguez, Pedro Manoel Galetti Jnior

    [email protected]

    Universidade Federal de So Carlos, Departamento de Gentica e Evoluo, Laboratrio de

    Biodiversidade Molecular e Conservao, So Carlos, SP

    A fragmentao do habitat consiste em uma das principais ameaas s populaes

    naturais, proporcionando diversas consequncias como a reduo do habitat, menor

    disponibilidade de recursos, disputa por territrios, alm de vrias consequncias

    genticas. Mesmo populaes de espcies com grande capacidade de disperso, comomamferos predadores de topo, podem estar sujeitas a essas ameaas. Assim, o objetivo

    desse estudo foi verificar o fluxo gnico entre populaes de onas-pardas (Puma

    concolor) de Unidades de Conservao presentes em fragmentos de Mata Atlntica e do

    Cerrado, a saber: Estaes Ecolgicas de Itirapina, Juria-Itatins e Caetetus, Parques

    Estaduais Serra do Brigadeiro, Serra do Mar, Carlos Botelho e Intervales, Parque Nacional

    de Capara e Itaja. Para isso, sete locos de microssatlites foram amplificados para a

    obteno dos gentipos de 33 indivduos. Os resultados obtidos apontam para uma

    estruturao populacional entre os indivduos da Estao Ecolgica de Itirapina e

    Caetetus (localizadas mais ao centro do estado de SP), que formaria uma nica

    populao e os indivduos das demais localidades (litoral do estado de SP, MG e SC), que

    parece formar uma segunda populao. A AMOVA demonstrou que 64% da variao

    gentica est presente dentro das populaes. No entanto, evidente a existncia de

    algum fluxo gnico entre essas populaes, j que detectamos indivduos migrantes e

    indivduos aparentados de diferentes populaes. O tamanho populacional efetivo (Ne)

    foi estimado em 26 e 20 indivduos, respectivamente. Esses resultados mostram que aspopulaes de onas-pardas j esto respondendo aos efeitos da fragmentao de

    habitat, com menor Ne e maior restrio ao fluxo gnico, reduzindo sua viabilidade a

    longo prazo.

    APOIO FINANCEIRO: SISBIOTA/CNPq, FAPESP

    R8

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    ANLISES GENTICAS POPULACIONAIS DE ONAS-PARDAS PRESENTES EM FRAGMENTOS DE

    MATA ATLNTICA

    Andiara Silos Moraes de Castro e Souza, Pedro Manoel Galetti Junior

    [email protected]

    Universidade Federal de So Carlos, Departamento de Gentica e Evoluo, Laboratrio de

    Biodiversidade Molecular e Conservao, So Carlos, SP

    A ona-parda (Puma concolor) o segundo maior felino do Brasil e possui grande

    importncia nos ecossistemas em que vive devido a sua caracterstica de predador de

    topo de cadeia. Apesar de sua enorme generalidade alimentar e de habitat, a espcie

    encontra-se atualmente ameaada de extino, principalmente pela fragmentao ereduo dos habitats. Nesse contexto, o objetivo deste trabalho foi estudar populaes

    de onas-pardas presentes nos maiores remanescentes de Mata Atlntica do pas, a fim

    de se obter dados populacionais bsicos sobre esse felino e para tentar compreender

    como os indivduos esto respondendo degradao do ambiente. Para isso, utilizamos

    25 amostras de fezes que tiveram a espcie depositora confirmada molecularmente e 6

    amostras de pelo/sangue retirados de animais capturados. Desse total de amostras, 18

    apresentaram sucesso na amplificao de 10 locos de microssatlites polimrficos e

    pudemos detectar que pertencem a diferentes indivduos, 5 fmeas e 10 machos

    (insucesso na determinao de trs indivduos). As anlises de estruturao sugerem que

    estes indivduos pertencem a duas populaes, uma com sete indivduos da Serra da

    Mantiqueira e outra com oito onas-pardas da Serra do Mar e trs do Parque Nacional

    do Iguau. Os resultados do FST(0.0329), nmero de migrantes (0,98) e parentesco entre

    as populaes sugerem que o fluxo gnico entre essas populaes est restrito. Em

    suma, h indcios de que a degradao do habitat esteja dificultando o deslocamento dos

    indivduos, j que os resultados obtidos diferem do que se espera de uma espcie comampla rea de vida e grande capacidade de disperso.

    APOIO FINANCEIRO: SISBIOTA/MCTI/CNPq, FAPESP

    R9

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    SISBIOTA/MCTI/CNPq, FAPESP. So Carlos, So Paulo, dezembro de 2013.

    VARIABILIDADE GENTICA E DETERMINAO DE PARENTESCO DE UMA POPULAO DE

    RAPOSA-DO-CAMPO (Lycalopex vetulus) EM CUMARI, GOIS

    Andr Pereira da Silva1, Frederico Gemesio Lemos2, Fernanda Cavalcanti deAzevedo2, Ricardo Corassa Arrais2e Pedro Manoel Galetti Junior1

    [email protected]

    1- Universidade Federal de So Carlos, Departamento de Gentica e Evoluo, Laboratrio de

    Biodiversidade Molecular e Conservao, So Carlos, SP. 2 - Programa de Conservao

    Mamferos do Cerrado / PCMCAraguari, Minas Gerais. 3 - Universidade Federal de Gois /

    Campus CataloCatalo, Gois

    O Cerrado brasileiro um bioma extensamente alterado por aes antrpicas. Na

    regio central do Brasil tais aes esto principalmente relacionadas s atividades do

    setor agropastoril. nico carnvoro endmico do Brasil e tambm do Cerrado, a raposa-

    do-campo (Lycalopex vetulus) o menor candeo sulamericano e uma das sete espcies

    de candeos menos estudadas do mundo. A espcie possui dieta generalista, composta

    principalmente por cupins, hbito noturno e comportamento de forrageio solitrio. Este

    trabalho est sendo realizado na regio do Limoeiro, municpio de Cumari, Gois, em

    uma regio de fazendas de criao de gado bovino (Bos taurus), com rea aproximada de

    15.000 ha. Foram capturados 25 indivduos, sendo 14 machos e 11 fmeas, e coletadas

    amostras de sangue de todos. O projeto objetiva acessar a variabilidade gentica dapopulao determinando nveis de endogamia e a ocorrncia de sinais de reduo do

    tamanho populacional, assim como descrever o grau de parentesco entre os indivduos.

    Ser utilizada amplificao de 11 primers heterlogos de microssatlites que j foram

    testados e padronizados. At o presente momento, houve sucesso de extrao de DNA

    em 40% das amostras e um sucesso de amplificao em 54% dos primers(anlise em gel

    de agarose). Esses resultados so promissores e devero consolidar o primeiro estudo

    gentico realizado em uma populao de raposa-do-campo.

    APOIO FINACEIRO: SISBIOTA/MCTI/CNPq, FAPESP, Programa de

    Conservao Mamferos do Cerrado

    R10

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    SISBIOTA/MCTI/CNPq, FAPESP. So Carlos, So Paulo, dezembro de 2013.

    CRITRIOS E PESOS PARA MODELAR A QUALIDADE DA PAISAGEM PARA Eira barbara: AHP E

    MCE

    Iris Amati Martins, Marisa Dantas Bitencourt e Danielle de Cssia Fein

    [email protected]

    Universidade de So Paulo-USP, Instituto de Biocincias-IB, Departamento de Ecologia,

    Laboratrio de Ecologia de Paisagem e ConservaoLEPAC, So Paulo, SP

    As comunidades biolgicas dependem da presena de um misto apropriado de

    recursos dentro de uma rea geograficamente definida. Em paisagens fragmentadas,

    observam-se conjuntos de habitats que apresentam condies mais ou menos favorveis

    para uma espcie ou comunidade, sendo o olhar sobre esta paisagem diferente paracada espcie e condicionado s suas caractersticas biolgicas, em particular de seus

    requerimentos em termos de rea de vida, alimentao, abrigo e reproduo. Em

    ambiente de SIG (Sistemas de Informao Geogrfica) podemos modelar a qualidade da

    paisagem para uma dada espcie utilizando critrios biticos e abiticos. Estes critrios

    foram avaliados por especialistas (eclogos e mastozologos) utilizando AHP (Processo

    Hierrquico Analtico). Neste processo, os critrios foram hierarquizados de acordo com

    a sua importncia e convertidos em pesos (autovalores) pelo clculo matricial proposto

    por Eastman (1997). Para Eira barbara foram determinados os seguintes critrios e

    pesos: cerrado=0.18, cerrado s.s. denso=0.14, cerrado s.s. tpico=0.18, mata

    ripria=0.12, declividade=0.02, altitude=0.02, orientao de vertentes=0.02, distncia

    dos corpos d`gua=0.10, da borda=0.10, da linha de transmisso de energia=0.04 e de

    estradas=0.09. Na avaliao multicritrio (MCE), os critrios (mapas temticos)

    receberam seus respectivos pesos no programa IDRISI Andes (Eastman, 2006) e um

    mapa final de qualidade da paisagem foi gerado. A eficcia do modelo foi avaliada a

    partir dos dados de ocorrncia da espcie. No houve deteco em rea muitodesfavorvel e favorvel, 20% foi em rea regular, 60% em rea favorvel e 20% em rea

    muito favorvel. Estes pesos podem ser utilizados como referncia para avaliar a

    qualidade da paisagem para Eira barbara.

    APOIO FINACEIRO: CAPES e Neotropical Grassland Conservancy

    R11

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    SISBIOTA/MCTI/CNPq, FAPESP. So Carlos, So Paulo, dezembro de 2013.

    USO DOS RECURSOS DE UMA PAISAGEM AGRCOLA POR FELDEOS E CANDEOS UTILIZANDO

    ISTOPOS ESTVEIS, SUDESTE DO ESTADO DE SO PAULO

    Marcelo Magioli1, Katia M. P. M. de Barros Ferraz1, Marcelo Z. Moreira2, Claudia Z.

    Kanda

    3

    , Gabriela de L. Fregonezi

    3

    , Helena A. do Prado

    3

    , Mitra K. Ferreira

    3

    , Milton C.Ribeiro3e Mrcia G. Rodrigues4

    [email protected] Superior de Agricultura Luiz de Queiroz ESALQ/USP, Departamento de Cincias

    Florestais, Lab. Ecologia, Manejo e Conservao de Fauna Silvestre (LEMaC), Piracicaba-SP;2Lab. Ecologia Isotpica, Centro de Energia Nuclear na AgriculturaCENA/USP, Piracicaba-SP;

    3Universidade Estadual Paulista Jlio de Mesquita Filho UNESP, Instituto de Biologia,

    Departamento de Ecologia, Lab. Ecologia Espacial e Conservao (LEEC), Rio Claro-SP; 4ARIE

    Mato de Cosmpolis, Instituto Chico Mendes para Conservao da Biodiversidade, Ministriodo Meio Ambiente, Campinas-SP

    O conhecimento sobre o uso de habitats agrcolas por carnvoros, bem como de

    sua capacidade de adaptao a ambientes antrpicos, importante para o

    desenvolvimento de aes que promovam a sua conservao. Portanto, avaliamos o

    padro de alimentao de feldeos e candeos em uma paisagem agrcola no sudeste de

    So Paulo, utilizando a anlise de istopos estveis de carbono e nitrognio de pelos

    coletados a partir de amostras fecais. Classificamos as amostras em trs grupos: padresde alimentao com base em remanescentes florestais (C3), na matriz agrcola (C4), ou

    ambos. Os valores de 13C indicaram para Cerdocyon thous, Leopardus pardalis e

    Chrysocyon brachyurusque a maior parte dos indivduos apresentou uma dieta com base

    na mistura de ambos os recursos. Para Puma concolor, Puma yagouaroundie Leopardus

    tigrinus a dieta de maior parte dos indivduos foi predominante em recursos C4,

    enquanto para Leopardus wiedii esses apresentaram uma dieta predominante em

    recursos C3. Com exceo de C. brachyurus, todas as espcies apresentaram indivduos

    consumindo preferencialmente recursos da matriz agrcola (~37% de todos osindivduos). Os valores de 15N dos feldeos e candeos indicaram o consumo de

    diferentes tipos de presas, com maiores amplitudes para P. concolore P. yagouaroundi.

    No houve diferena significativa no 15N dos grupos, apesar de um enriquecimento

    levemente elevado no grupo C4. Os istopos estveis contriburam com informaes

    importantes acerca da ecologia trfica de carnvoros, reforando a alta plasticidade

    comportamental de carnvoros ocupando reas fortemente antropizadas, podendo

    auxiliar no entendimento do uso do habitat e seus recursos.APOIO FINACEIRO: CAPES, FUNBio 045/2011AFCoF II

    Proteo da Mata Atlntica II

    R12

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    SISBIOTA/MCTI/CNPq, FAPESP. So Carlos, So Paulo, dezembro de 2013.

    OCORRNCIA DO MORCEGO CARNVORO Chrotopterus auritusEM REAS FRAGMENTADAS NO

    ESTADO DE SO PAULO

    Vlamir Jos Rocha e Margareth Lumy Sekiama

    [email protected]

    Universidade Federal de So Carlos, Centro de Cincias Agrrias - Laboratrio de

    Mastozoologia, Araras, SP

    No Brasil a Ordem Chiroptera composta por 169 espcies, com algumas espcies

    ameaadas de extino principalmente pela destruio de hbitats pelo homem. A guilda

    alimentar deste grupo a mais diversificada entre os mamferos, e dentro da guilda

    carnivora, encontramos Chrotopterus auritus, uma das maiores espcies de morcegos doNovo Mundo e predadora de topo na estruturao da quiropterofauna, incluindo em sua

    alimentao desde artrpodes at pequenos vertebrados como roedores, marsupiais,

    lagartos e outros morcegos. Este trabalho tem o objetivo de comparar no Estado de So

    Paulo quatro reas naturais de tamanhos diferentes relacionado coma ocorrncia de C.

    auritus. As reas foram: 1) campus UFSCar Araras (12 ha, de Floresta Semidecidual

    alterada), 2) Mata So Jos (165 ha de Floresta Semidecidual alterada), 3) Parque

    Estadual do Vassunungagleba Cerrado P-do-Gigante (1.060 ha de Cerrado e Floresta

    Semidecidual), 4) Estao Ecolgica de Jata (9.074,73 ha de Cerrado e Floresta

    Semidecidual). Verificou-se que apenas um indivduo de C. auritusfoi coletado na rea 4,

    todavia as reas 2 e 3 possuem tamanhos compatveis para a presena da espcie e um

    maior nmero de amostras deve confirmar presena nestes locais. A estrutura de

    comunidade de morcegos de forma geral composta de poucas espcies comuns e

    muitas raras, onde C. aurituspode ser considerada como uma espcie rara e que, por ser

    predador de topo dentro da guilda de quirpteros, depende de reas maiores em funo

    de sua rea de vida e de hbitats mais preservados.

    APOIO FINANCEIRO: UFSCar

    R13

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    SISBIOTA/MCTI/CNPq, FAPESP. So Carlos, So Paulo, dezembro de 2013.

    ANLISE DE DADOS ECOLGICOS DA MASTOFAUNA DO PARQUE ESTADUAL DE VASSUNUNGA

    SP

    Vlamir Jos Rocha, Bruna Leone Gagetti, Camila Andr Galvo, Camila Martins,Denise Manfrin Benedicto; Gisele Orefice, Isabela Midori Watanabe, Yanna Dias

    Costa; Priscilla Pina Pardo, Piquerobi Freitas Pereira de [email protected]

    Universidade Federal de So Carlos e Fundao Parque Zoolgico de So Paulo, Programa de

    Ps-Graduao em Conservao da Fauna (PPG-CFau)So Carlos (SP)

    Restam hoje no Estado de So Paulo poucos fragmentos de vegetao. Conhecer a

    fauna destes fragmentos fundamental para traar medidas conservacionistas. Portanto

    este trabalho teve como objetivo analisar alguns dados ecolgicos sobre os mamferos

    de mdio e grande porte (MMGP) e sobre os morcegos do Parque Estadual de

    Vassununga, registrados em novembro de 2013, durante atividades prticas da disciplina

    Manejo de animais silvestres in situ e ex situ. A metodologia para os MMGP consistiu

    em percorrer em um nico dia quatro trilhas de 400 metros cada na gleba Cerrado P-

    de-Gigante e registrar os rastros. J para os morcegos, foram realizadas nas glebas

    Capetinga leste e oeste de Floresta Estacional Semidecidual, quatro amostras com redes

    de neblinas que totalizaram 90m durante duas noites. Os softwaresDivEs e Biodiversity

    Pro subsidiaram os clculos do ndice de Diversidade de Shannon-Wienner (H) e dasestimativas de Riqueza de espcies por Jackknife 2 e CHAO 1. Foram registradas as

    seguintes espcies de MMGP: Sylvilagus brasiliensis, Myrmecophaga tridactyla, Dasypus

    novemcinctus, Conepatus semistriatus, Chrysocyon brachyuruse Puma concolor. Quanto

    aos morcegos foram: Carollia perspicillata, Sturnira lilium, Artibeus lituratus,

    Platyrrhinus lineatus, Myotis riparius e uma espcie no identificada. Os ndices

    encontrados para MMGP foram H=0,7208, CHAO 1 = 6,25; Jackknife 2 = 6,58 e para os

    quirpteros, H= 0,7664; CHAO 1 = 18,5; Jackknife 2 = 10,83. Apesar do curto perodo

    do estudo, destaca-se o registro de predadores de topo como C. brachyurus e P.

    concolor, j em relao aos quirpteros foram registrados apenas frugvoros e

    insetvoros.

    APOIO FINACEIRO: UFSCar, FPZSP

    R14

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    REGISTRO DE PERDA DE MAMFEROS DE MDIO E GRANDE PORTE NAS REAS PROTEGIDAS

    ITIRAPINA E ENTORNO

    Paulo Henrique Peira Ruffino1, Mariano Maudet Begel1, Bruno Henrique Saranholii2,Patrcia Domingues de Freitas2, Pedro Manoel Galetti Junior2

    [email protected]

    1Estao Experimental Itirapina / Instituto Florestal, 2Laboratrio de Biodiversidade

    Molecular e Conservao /UFSCar

    A Estao Experimental e Estao Ecolgica Itirapina so reas protegidas

    gerenciadas pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente de So Paulo. Compem uma

    rea total de 5.512 ha, sendo 2.300 ha de proteo integral das fisionomias do bioma

    Cerrado (Estao Ecolgica) e os demais 3.212 ha de uso sustentvel apresentandofisionomia de Cerrado e plantio de espcies florestais exticas (Estao Experimental

    Itirapina). Esse complexo recortado por empreendimentos lineares (linhas de tenso,

    linhas frreas e rodovias) que, para a fauna em especial, significa o incremento dos

    efeitos de isolamento de reas, a vetorizao da contaminao biolgica e a

    potencializao das perdas de indivduos em trnsito, predao e ou disperso. Desde

    2007, tem se realizado um acompanhamento com registro das ocorrncias de morte de

    mamferos de mdio e grande porte nas rodovias locais por meio de Ficha de Ocorrncia

    com coleta de material biolgico apenas para os casos de predadores carnvoros. A partirde 2012, foram estendidos os esforos de coleta de tecido de todas as ocorrncias para

    identificao molecular junto ao Laboratrio de Biodiversidade Molecular e

    Conservao/UFSCar, incremento tcnico que possibilitou criar o banco de tecidos da

    Unidade junto a esse laboratrio, potencializando futuras pesquisas sobre as populaes

    animais. O registro das ocorrncias com a anlise molecular resultou tanto na

    confirmao das principais espcies que tm sofrido perda populacional por

    atropelamento nas Unidades que so Chrysocyon brachyurus (Iobo-guar), Cerdocyonthous (cachorro-do-mato) e Puma concolor (ona-parda), como na confirmao dos

    principais pontos de ocorrncia que subsidiaro propostas de medidas mitigatrias.

    APOIO FINANCEIRO: SISBIOTA/MCTI/CNPq, FAPESP

    R15

    mailto:[email protected]:[email protected]
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    DIVERSIDADE FUNCIONAL E FILOGENTICA DE PREDADORES DE TOPO DE CADEIA EM UNIDADES

    DE CONSERVAO DO CERRADO

    Rhayane Pires Werneck, Fernando Landa Sobral, Marcus Vincius Cianciaruso

    [email protected]

    Universidade Federal de Gois, Departamento de Ecologia, Laboratrio de Ecologia e

    Funcionamento de Comunidades, Goinia, GO.

    Unidades de conservao geralmente so definidas com base apenas na riqueza

    de espcies, desconsiderando outros aspectos importantes da biodiversidade, tais como

    a quantidade de histria evolutiva e os papis ecolgicos das espcies. Entretanto

    existem evidncias de que a riqueza de espcies no representa todos os aspectos dadiversidade biolgica. Utilizamos nesse trabalho 141 Unidades de Conservao no

    mbito Federal e Estadual do Cerrado, com o objetivo avaliar se essas reas de proteo

    so eficientes em conservar diversidade funcional (FD) e filogentica (PD) de predadores

    de topo de cadeia. Para cada unidade de conservao, quantificamos o nmero de

    espcies e o tamanho do efeito padronizado de FD e PD. Ento, correlacionamos o

    tamanho das reas das unidades de conservao com essas variveis atravs de

    regresses lineares. Surpreendentemente, unidades de conservao com maior rea

    englobaram menor riqueza, embora maior diversidade filogentica de predadores detopo. Em contraste, a relao rea x FD no foi significativa. Isso indica que unidades de

    conservao maiores aparentemente so mais eficientes apenas na conservao da

    histria evolutiva das espcies. Aves de rapina tambm apresentaram relao positiva

    entre FD e PD, enquanto que mamferos carnvoros apresentaram relao negativa.

    Alm disso, observamos uma maior riqueza de espcies na regio de ectono com a

    Mata Atlntica, embora as unidades de conservao se distribuam aleatoriamente ao

    longo do Cerrado com relao aos padres de diversidade funcional e filogentica.

    APOIO FINACEIRO: SISBIOTA/MCTI/CNPq, FAPESP

    R16

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    COMPOSIO, RIQUEZA OBSERVADA E ABUNDNCIA RELATIVA DA COMUNIDADE DE

    MAMFEROS TERRESTRES DE MDIO E GRANDE PORTE DO PARQUE ESTADUAL DA SERRA DO

    BRIGADEIRO - MG

    Leanes C. da Silva, Tarczio A. Rgo de Paula, Letcia B. Coelho Ferreira, GediendsonRibeiro Arajo, Antonio C. Csermak Jnior, Sarah F. Reis, Fernanda R. Teixeira

    [email protected]

    Universidade Federal de Viosa, Departamento de Medicina Veterinria, Laboratrio de

    Biotecnologia da Reproduo de Pequenos Animais e Animais Silvestres, Viosa MG

    O Parque Estadual da Serra do Brigadeiro (PESB), localizado na Zona da Mata

    mineira, um importante remanescente de mata atlntica do estado. O objetivo deste

    trabalho foi identificar a composio e a riqueza das espcies de mamferos de mdio e

    grande porte em seis diferentes subreas do PESB e avaliar se h homogeneidade nasabundncias essas espcies. O PESB foi subdividido em seis regies: subreas 1 a 6. De

    janeiro de 2011 a agosto de 2012 foram utilizadas armadilhas fotogrficas por 30 dias em

    cada subrea, fixadas em troncos a altura de 30 a 40 cm do solo, em trilhas, regies

    abertas e nas proximidades de cursos dgua, de acordo com acessibilidade e

    obedecendo distncia aproximada de um quilometro entre elas. Foram tiradas fotos 24

    horas por dia. Identificou-se 21 espcies de mamferos, sendo 15 mamferos silvestres de

    mdio e grande porte (MSMGP), dois de pequeno porte e trs mamferos domsticos,

    alm de 41 registros de pessoas. A riqueza observada de MSMGP representa

    aproximadamente 78,95% dos j relatados no PESB. A espcie silvestre relativamente

    mais abundante foi Cunicullus paca, Abundncia Relativa (AR)=8,9787, seguida de Puma

    concolor, Leopardus pardalis e Pecari tajacu com AR 8,6046, 7,4822 e 6,7340,

    respectivamente. A subrea com maior AR de uma nica espcie silvestre foi a 6 com AR

    de 24,3056 de Didelphis aurita. Ser humano foi a espcie mais registrada, seguida pelo

    co, principalmente na subrea 3, regio de explorao turstica. A AR destas espcies foi

    superior registrada para a espcie silvestre mais abundante.

    APOIO FINACEIRO: SISBIOTA/MCTI/CNPq, FAPESP, FAPEMIG

    R17

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    ESTIMATIVAS NO NMERO EFETIVO DE REPRODUTORES EM COLNIAS REPRODUTIVAS DE

    AVES AQUTICAS

    Fagner Miguel da Silva, Carolina Isabel Mio e Silvia Nassif Del Lama.

    [email protected]

    Universidade Federal de So Carlos, Departamento de Gentica e Evoluo, Laboratrio de

    Gentica de Aves, So Carlos, SP

    O nmero efetivo de reprodutores (Nb) um dos parmetros que norteiam o

    manejo e a conservao de populaes de aves. Recentemente, com a descrio de

    metodologias baseadas em dados de marcadores genticos, o Nb passou a ser mais

    comumente estimado. O objetivo deste trabalho foi padronizar metodologia para omonitoramento das colnias reprodutivas de aves aquticas baseada em Nb e Nc,

    tomando Mycteria americanacomo modelo. Essa espcie uma predadora de topo de

    cadeia, sensvel degradao ambiental e apresenta status de ameaada de extino em

    algumas regies do continente americano. Uma amostra de uma colnia do Pantanal foi

    genotipada em treze locos de microssatlites e esses dados foram usados para simular

    populaes maiores (N=800) nas quais foram avaliados inicialmente trs mtodos para

    se estimar Nb: mtodo de desequilbrio de ligao (DL), mtodo de excesso de

    heterozigotos (HE) e mtodo de parentesco gentico (SA). Os diferentes mtodosreportaram diferentes estimativas mdias, grandes variaes e, portanto, poucas

    correlaes entre si. O mtodo SA foi o mais preciso e acurado, de modo que todas as

    populaes apresentaram estimativas finitas e positivas, com ambos os limites do

    Intervalo de Confiana de 95%. Os tamanhos amostrais ideais para a aplicao dos

    diferentes mtodos oscilaram entre 10-20% para SA e HE, e 20-50% para DL. Uma nova

    amostra foi obtida em 2013 juntamente com a realizao do censo (Nc) em colnias

    reprodutivas de tamanhos distintos. Nesta prxima etapa os valores de Nb obtidos serocomparados entre si e com Nc.

    APOIO FINACEIRO: SISBIOTA/MCTI/CNPq, Fapesp, Capes.

    R18

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    ESTUDO DA PREVALNCA DOS HEMOPARASITAS EM POPULAES DEArdea albaE Platalea

    ajaja (AVES, PELECANIIFORMES) EM TRS REGIES BRASILEIRAS

    Pamela Carla Pereira de Assis, Silvia Nassif Del Lama

    [email protected]

    Universidade Federal de So Carlos, Departamento de Gentica e Evoluo, Laboratrio de

    Gentica de Aves, So Carlos, SP

    Esse estudo objetivou a deteco de malria aviria em duas espcies de aves

    aquticas (Platalea ajajae Ardea albaessa ltima predadora de topo de cadeia), em

    trs regies alagveis do Brasil. Foram analisadas 35 amostras de P. ajaja(23 do Pantanal

    e 12 do Amap) e 129 amostras deA. alba(42 do Pantanal e 87 do Rio Grande do Sul). Aamplificao por nested PCR do gene do citocromo B dos hemoparasitas revelou quais

    aves estavam infectadas. As amostras com diagnstico molecular positivo foram

    sequenciadas para identificao dos gneros dos hemoparasitas (Plasmodium e

    Haemoproteus) em rvore filogentica. A presena de malria aviria foi detectada nas

    trs regies do Brasil. A prevalncia total para Plasmodium foi 23,7% (39 positivos) e

    para Haemoproteus 0,6% (1 positivo). Foram encontradas 11 linhagens sendo 10 de

    Plasmodium(H1- H10) e uma de Haemoproteus(H11). A linhagem de Plasmodium(H1)

    foi compartilhada entre as duas espcies e est presente nas trs regies estudadas.

    ndices de prevalncia e de diversidade de linhagens de hemoparasitas no diferem

    estatisticamente entre as regies. O ndice de prevalncia foi maior em P. ajajado que

    em A. alba, mas no foi detectada diferena entre os nveis de diversidade de

    hemoparasitas determinados nas duas espcies. O conjunto de resultados aponta que a

    prevalncia maior na espcie migratria do que na residente e que predadora de

    topo de cadeia e que h ocorrncia de transmisso inter-especfica de hemoparasitas nas

    colnias reprodutivas.

    APOIO FINACEIRO: CNPq

    R19

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    AVES PREDADORAS DE TOPO DE CADEIA EM PAISAGEM FRAGMENTADA AGRCOLA DO

    SUDESTE BRASILEIRO

    Eduardo Roberto Alexandrino, Yuri Arten Forte, Katia Maria Paschoaletto Micchi deBarros Ferraz, Hilton Thadeu Zarate do Couto

    [email protected]

    Universidade de So Paulo, Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, Departamento de

    Cincias Florestais, Laboratrio de Ecologia, Manejo e Conservao de Fauna Silvestre e

    Laboratrio de Hidrologia Florestal, Piracicaba, So Paulo

    Pouca investigao tem sido feita sobre como paisagens fragmentadas h muito

    tempo e com poucos remanescentes florestais, tm exercido influncia na riqueza de

    aves predadoras de topo de cadeia.

    Num estudo desenvolvido na bacia do rio Corumbata (interior paulista,

    170.000ha, matriz de pasto ao norte e cana-de-acar ao sul, 11% de vegetao nativa

    distribuda em pequenos fragmentos) identificamos as aves predadores de topo de

    cadeia e verificamos se a diversidade da paisagem (SHDI) e a disposio dos fragmentos

    florestais (Shape_MN) influenciam a riqueza deste grupo. Selecionamos 16 stios

    amostrais para a amostragem de avifauna, sendo que oito so interiores de fragmentos

    florestais (4 no norte e 4 no sul) e oito so pontos amostrais no interior das matrizes

    (distantes 300 metros de qualquer outro uso de solo, sendo 4 no norte e 4 no sul). Entre

    Nov/2011-Nov/2012 realizamos 12 amostras qualitativas por meio de pontos fixos e

    transectos alocados em cada stio amostral, e as variveis da paisagem foram coletadas

    posteriormente com auxlio do ARCGIS e FRAGSTAT em 1000metros de raio a partir do

    centro dos mesmos. Aps 528 horas de observaes, identificamos 222 espcies (191 em

    fragmentos, 138 em matrizes), sendo 25 (11,2%) consideradas predadoras de topo

    (guildas: piscvoro e/ou carnvoro, 18 em fragmentos e 18 em matrizes). A riqueza de

    predadores ocorrentes nas matrizes foi influenciada negativamente pela diversidade dapaisagem e pela disposio dos fragmentos florestais. Por outro lado, a riqueza deste

    grupo dentro dos fragmentos florestais no foi influenciada por estas duas variveis.

    APOIO FINANCEIRO: SISBIOTA/MCTI/CNPq, FAPESP e FAPESP

    Processo 2011/06782-5

    R20

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    USO DE CMERAS TRAPSNA IDENTIFICAO DE PREDADORES DE NINHOS ARTIFICIAIS NO

    PARQUE ESTADUAL CARLOS BOTELHO (SP)

    Augusto Joo Piratelli, Marcelo Nivert Schlindwein, Mercival Roberto Francisco,Camila Andr Galvo, Pedro Manoel Galetti Junior

    [email protected]

    Universidade Federal de So Carlos, Departamento de Cincias Ambientais, Laboratrio de

    Ecologia e Conservao, Sorocaba, SP

    A predao de ninhos um evento que afeta negativamente o sucesso

    reprodutivo das aves, e a identificao dos predadores de ninhos um passo importante

    na elaborao de planos de manejo e conservao. Neste contexto, estimar a predao

    de ninhos, atravs de ninhos artificiais, consiste em disponibilizar e monitorar umrecurso (ovo) em condies naturais, a fim de atrair predadores naturais,

    proporcionando principalmente informaes sobre sua identificao, comportamento e

    estimativas de intensidade de predao. O presente estudo tem por objetivos obter

    dados a respeito da predao de ninhos, utilizando-se ninhos artificiais como modelos.

    So monitoradas diferentes paisagens do Parque Estadual Carlos Botelho (SP), a fim de

    se identificar os principais predadores e compreender a dinmica destes eventos, bem

    como possveis fontes de variaes. A predao de ninhos vem sendo estimada com o

    uso de armadilhas fotogrficas (cmeras traps), instaladas diante de ninhos artificiais

    contendo cada um dois a trs ovos de codornas (Coturnix coturnix). O projeto

    atualmente est em andamento e, diversas espcies de mamferos j foram registradas

    predando os ovos, entre eles o Gamb de orelha preta (Didelphis aurita), Quati (Nasua

    nasua), Gato do mato pequeno (Leopardus tigrinus) e entre outros.

    APOIO FINACEIRO: SISBIOTA/MCTI/CNPq, FAPESP

    R21

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    SISBIOTA/MCTI/CNPq, FAPESP. So Carlos, So Paulo, dezembro de 2013.

    IDENTIFICAO DOS PREDADORES DE NINHOS EM UMA COMUNIDADE DE AVES DA MATA

    ATLNTICA DO ESTADO DE SO PAULO

    Lais Ribeiro da Silva, Carlos Humberto Biagolini Junior, Daniel Fernandes Perrella,

    Paulo Victor Queijo Zima, Pedro Manoel Galetti Junior e Mercival Robero Francisco

    [email protected]

    Universidade Federal de So Carlos, Departamento de Cincias Ambientais, Sorocaba, SP

    A perda de ninhos a principal causa de fracasso na reproduo das aves, assim a

    predao um componente importante nas hipteses relacionadas s adaptaes de

    histria de vida. Uma adaptao amplamente reconhecida a produo de ninhadas

    com tamanhos menores nas espcies tropicais quando comparadas com espcies deregies temperadas. E uma das principais hipteses que tenta explicar este fato prediz

    que as taxas de predao so maiores nos trpicos e aumentam de acordo com a taxa de

    visitao dos parentais aos ninhos. A predao tambm relacionada com o declnio

    populacional de aves em reas fragmentadas, fator comumente explicado pela liberao

    dos mesopredadores. Esta hiptese sustenta que reas fragmentadas sofrem a extino

    dos predadores de topo, levando a um aumento na densidade dos mesopredadores, o

    que aumenta as taxas de predao de ninhos, resultando no declnio das aves. Embora

    estas hipteses sejam amplamente citadas na literatura, suas principais premissas forampouco testadas, especialmente porque a maioria dos estudos no identificam os

    predadores. Desta forma, o principal objetivo deste trabalho foi identificar os

    predadores de ninhos de aves em uma rea de Mata Atlntica do Estado de So Paulo

    utilizando cmeras traps. At o momento foram encontrados 19 ninhos, sendo os mais

    frequentes de Myrmotherula gularise Chiroxiphia caudata, e foi registrado um evento

    de predao no ninho de M. gularispor um indivduo da famlia Didelphidae. O presente

    estudo ainda encontra-se em andamento, desta forma, mais dados so necessrios pararevelar a diversidade de predadores do local.

    APOIO FINACEIRO: SISBIOTA/MCTI/CNPq, FAPESP

    R22

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    SISBIOTA/MCTI/CNPq, FAPESP. So Carlos, So Paulo, dezembro de 2013.

    CARACTERIZAO MORFOMTRICA DE Hoplias malabaricus(CHARACIFORMES: ERYTHRINIDAE)

    EM DRENAGENS DO MARANHO, BRASIL

    Camila Penha Abreu Souza, Lgia Tchaicka, Luis Fernando Carvalho Costa, Jorge LuizSilva Nunes, Nivaldo Magalhes Piorski

    [email protected]

    Universidade Federal do Maranho, Programa de Ps-Graduao em Biodiversidade e

    Conservao, So Lus, MA

    Hoplias malabaricus um characiforme que ocorre em praticamente todos os rios

    da Amrica do Sul, conhecido popularmente como trara. Caracteriza-se por ser um peixe

    carnvoro, predador de topo de cadeia, com hbito sedentrio, apresentando uma

    grande variedade cariotpica. O presente trabalho utilizou a tcnica de morfometriageomtrica para avaliar a diversidade de espcimes de H. malabaricus do Maranho,

    onde apenas um cittipo reconhecido. Foram utilizados 128 espcimes provenientes

    de seis bacias hidrogrficas do Maranho: rio Turiau, rio Pindar, rio Itapecuru, rio

    Munim, rio Parnaba e rio Tocantins. Os dados morfomtricos foram obtidos a partir de

    15 marcos anatmicos fixados no lado esquerdo do animal. Os espcimes foram

    fotografados individualmente, e cada marco anatmico foi transformado em

    coordenadas cartesianas, que foram sobrepostas atravs do mtodo Procrustes e

    submetidos a uma Anlise das Variveis Cannicas (AVC). Os quatro primeiros eixos daAVC explicaram 92,848% da variao entre os rios e indicaram variaes significativas

    entre as populaes. Foi possvel identificar cinco grupos morfomtricos: (1) Turiau, (2)

    Itapecuru, (3) Parnaba+Tocantins, (4) Munim e (5) Pindar. De uma forma geral, as

    diferenas foram relacionadas na variao da regio da cabea e

    encurtamento/alongamento da regio caudal. Os resultados demonstram uma alta

    diversidade morfomtrica em H. malabaricusprovenientes dos rios maranhenses, fato

    que pode ser efeito dos principais eventos de diversidade de peixes de gua docerelatados na literatura. Apesar de existir apenas o cittipo F (2n=40 cromossomos)

    descrito para essa regio, os resultados indicam a possibilidade de haver mais de uma

    espcie no estado.

    APOIO FINACEIRO: SISBIOTA/MCTI/CNPq, Fapesp, Capes

    R23

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    SISBIOTA/MCTI/CNPq, FAPESP. So Carlos, So Paulo, dezembro de 2013.

    RELAES FILOGEOGRFICAS DE DUAS ESPCIES DEAcestrorhynchusDOS RIOS PINDAR E

    GURUPI, MA

    William Rodrigues de Lima, Jorge Luis Silva Nunes, Nivaldo Magalhes Piorski e LuisFernando Carvalho Costa

    [email protected]

    Universidade Federal do Maranho- Departamento de Biologia, Laboratrio de Gentica e

    Biologia Molecular; Laboratrio de Organismos Aquticos

    Os peixes do gnero Acestrorhynchus tm ampla distribuio na Amrica do Sul,

    destacando-se por serem ativos predadores, sendo assim, classificados dentro do grupo

    dos predadores de topo de cadeia. O objetivo deste trabalho foi, usando o gene ATPase8

    do DNA mitocondrial, avaliar a diversidade gentica e as relaes filogenticas deespcies deAcestrorhynchuscoletadas nos rios Gurupi (28 amostras deA. falcatus, 27 de

    A. heterolepis) e Pindar (8 amostras de A. falcatus), comparando-as a sequncias de 11

    espcies do gnero presentes no GenBank (NCBI). Foram sequenciadas 63 amostras (664

    pares de bases, 160 stios variveis, 162 mutaes, seis hapltipos). A rvore de mxima

    verossimilhana mostrou A. falcatus, do Gurupi, agrupado com A. falcatusda Amaznia

    (bootstrapp= 100), divergindo em 1% deA. falcatusdo Pindar e em 3,3% da populao

    amaznica. A. heterolepis do Gurupi agrupou com A. heterolepis do rio Madeira

    (tributrio do Amazonas) (bootstrapp= 100), divergindo em 4,3 %. Essas divergnciasentre as populaes podem descrever um certo grau de estruturao geogrfica. As

    unidades evolutivas apresentam maior operacionalidade na biologia da conservao do

    que a definio de espcies, sendo esta ltima muitas vezes inconclusiva, haja vista as

    variantes dos conceitos de espcie. Nossos dados apoiam a existncia de unidades

    evolutivas significativas de A. falcatus nos rios Gurupi e Pindar, e A. heterolepis no

    Gurupi. Estas informaes representam subsdios importantes para programas de

    conservao do reservatrio gnico dessas espcies, de modo a permitir seu usosustentvel.

    APOIO FINACEIRO: SISBIOTA/MCTI/CNPq, FAPESP, UFMA

    R24

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    DIVERSIDADE GENTICA DO GENE ATPase E REGIO CONTROLE DO mtDNA EMAcestrorhynchus

    heterolepisDO RIO GURUPI, MARANHO BRASIL

    William Rodrigues de Lima, Iraine Duarte Souza, Jorge Luis Silva Nunes, NivaldoMagalhes Piorski, Ligia Tchaicka e Luis Fernando Carvalho Costa

    [email protected]

    Universidade Federal do Maranho- Departamento de Biologia, Laboratrio de Gentica e

    Biologia Molecular; Laboratrio de Organismos Aquticos

    A famlia Acestrorhynchidae composta por apenas um nico gnero

    (Acestrorhynchus) com 14 espcies de ampla distribuio pela Amrica do Sul. Destaca-

    se pelo hbito alimentar carnvoro piscvoro, detendo, assim, grande relevncia

    ecolgica. O objetivo deste trabalho foi avaliar a diversidade gentica deAcestorhynchusheterolepis no rio Gurupi, Maranho. Para as anlises de diversidade gentica foram

    amplificados a regio controle e o gene ATPase8 do DNA mitocondrial. Para a ATPase8

    obtivemos 27 sequncias e apenas um hapltipo (664 pares de bases). Para a regio

    controle, utilizamos 23 sequncias e encontramos apenas dois hapltipos (479 pares de

    bases) com diversidade haplotpica (Hd)= 0,474; diversidade nucleotdica (Pi)= 0,00105;

    nmero mdio de diferenas nucleotdicas (k)= 0,474. Os dois marcadores apresentaram,

    portanto, um baixo polimorfismo nessa populao, mesmo para a regio controle

    considerada a regio com maior taxa de evoluo do DNA mitocondrial. Esses baixos

    nveis de diversidade haplotpica observados no eram esperados, podendo indicar que

    esta populao tenha passado recentemente por um evento de bottleneck. Estudos com

    marcadores mais polimrficos, como os microssatlites, devem ser feitos para confirmar

    esses achados.

    APOIO FINACEIRO: SISBIOTA/MCTI/CNPq, FAPESP, UFMA

    R25

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    SISBIOTA/MCTI/CNPq, FAPESP. So Carlos, So Paulo, dezembro de 2013.

    A INFLUNCIA DOS LIMITES DE BACIAS HIDROGRFICAS E DA FRAGMENTAO DE RIOS SOBRE

    A DIVERSIDADE GENTICA DE Pseudoplatystoma corruscans

    Alline Braga Silva, Murillo Leite Algarte, Patrcia Domingues de Freitas e PedroManoel Galetti Junior

    [email protected]

    Universidade Federal de So Carlos, Departamento de Gentica e Evoluo, Laboratrio de

    Biodiversidade Molecular e Conservao, So Carlos, SP

    Pseudoplatystoma corruscans um peixe neotropical que migra longas distncias

    para se reproduzir, distribuindo-se naturalmente pelas bacias dos rios So Francisco,

    Paraguai, Paran e Uruguai. Apesar da sua ampla distribuio, um estudo recente sugere

    que a bacia do So Francisco seja considerada uma Unidade Evolutivamente Significativa,devido a sua particular diversidade gentica. Fatores histricos, ecolgicos e antrpicos

    tambm podem causar diferenciao gentica entre populaes habitando a mesma

    bacia, ainda que menos intensa. Nesse contexto, objetivou-se responder a duas

    perguntas: (1) Os limites fsicos das bacias hidrogrficas promovem a diferenciao

    gentica entre as populaes de P. corruscans? (2) Populaes que habitam dois

    fragmentos de tamanhos distintos do rio Paran possuem diferentes nveis de

    diversidade gentica? Para responder as questes, foram utilizados, respectivamente, o

    marcador mitocondrial D-loop e sete locos de microssatlites. Os resultados revelaram

    uma diferena significativa entre populaes das quatro bacias. AMOVA indicou que

    15,19 % da varincia devem-se variabilidade gentica entre as populaes e todos os

    valores de Fst par a par foram significativos. J nas populaes do rio Paran, foi

    verificada uma maior diversidade gentica naquela populao situada no maior trecho

    de rio. At o momento, conclui-se que a fragmentao dos rios por barragens pode

    afetar os nveis de diversidade gentica das populaes, podendo ocasionar extines

    locais. Alm disso, observa-se que, apesar da bacia do So Francisco possuir umadiferenciao gentica mais acentuada quando comparada s demais, os esforos de

    conservao tambm devem ser destinados s demais bacias hidrogrficas, pois essas

    armazenam distintospoolsgnicos de P. corruscans.

    APOIO FINANCEIRO: SISBIOTA/MCTI/CNPq, FAPESP

    R26

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    Anais do I Simpsio Brasileiro sobre o Papel Funcional dos Predadores Topo de Cadeia.

    SISBIOTA/MCTI/CNPq, FAPESP. So Carlos, So Paulo, dezembro de 2013.

    ISOLAMENTO POR TEMPO (IBT) ENTRE POPULAES DE DOURADO (Salminus brasiliensis) NA

    BACIA DO ALTO RIO URUGUAI

    Josiane Ribolli1, Tailise Souza Guerreiro1, Evoy Zaniboni-Filho2, Tailise Souza

    Guerreiro1

    , Patrcia Domingues de Freitas1

    , Pedro Manoel Galetti Junior1

    [email protected]

    1Laboratrio de Biodiversidade Molecular e Conservao, Universidade Federal de So Carlos,

    So Carlos, SP; 2Laboratrio de Biologia e Cultivo de Peixes de gua Doce, Universidade Federal

    de Santa Catarina, Florianpolis, SC.

    A restrio ao fluxo gnico pode acarretar estruturao populacional, devido

    disperso limitada de indivduos no tempo e espao. Deste modo, a estruturao

    populacional pode ocorrer em populaes compostas por uma mistura de indivduos quese reproduzem em diferentes momentos dentro de uma temporada reprodutiva. Sob

    estas condies, o fluxo gnico pode estar limitado entre reprodutores precoces e

    tardios, criando um padro de isolamento por tempo (IBT). Investigamos a variao

    gentica temporal do dourado, Salminus brasiliensis, amostrados ao longo do Perodo

    Reprodutivo (PR) e No-Reprodutivo (NPR) em trs pontos amostrais na bacia do Alto rio

    Uruguai. Um total de 22 amostragens (n=529), correspondentes a dois PR (2010/2011 e

    2011/2012) e dois PNR (2011/2012), foi analisado atravs de 11 locos de microssatlites.

    As coletas foram realizadas em trs pontos do Alto rio Uruguai: Jusante UHE It; Foz do

    rio Peperi e Foz do rio Turvo. Os locos foram altamente variveis, mostrando entre trs a

    34 alelos (mdia= 13,4). Os valores de heterozigosidade esperada e observada variaram

    entre 0,286 a 1,000 e 0,403 a 0,954, respectivamente. AMOVA indicou estrutura

    populacional significativa, com 3,78 % variao entre as populaes. Os resultados do

    STRUCTURE revelaram que as populaes de dourado se estruturam temporalmente,

    com grande diferenciao entre as populaes do Perodo Reprodutivo e o Perodo No-

    Reprodutivo, alm de detectar estruturao temporal dentro do mesmo perodoreprodutivo. Este padro de isolamento por tempo durante o perodo reprodutivo deve-

    se, provavelmente, caractersticas adaptativas de indivduos frente s particularidades

    do ambiente, como temperatura e precipitao.

    APOIO FINACEIRO: SISBIOTA/MCTI/CNPq, FAPESP, CAPES

    R27

  • 5/21/2018 Anais Sisbiota 2013

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    SISBIOTA/MCTI/CNPq, FAPESP. So Carlos, So Paulo, dezembro de 2013.

    ESTIMATIVA DOS NVEIS DE DIVERSIDADE GENTICA E ESTRUTURAO POPULACIONAL EM

    POPULAES DE Salminus brasiliensisEM UMA REGIO FRAGMENTADA POR BARRAGENS

    HIDRELTRICAS NA BACIA DO ALTO RIO URUGUAI

    Tailise Carolina de Souza Guerreiro1, Josiane Ribolli1*,Evoy Zaniboni-Filho2, Patrcia

    Domingues de Freitas1, Pedro Manoel Galetti [email protected]

    1Laboratrio de Biodiversidade Molecular e Conservao, Universidade Federal de So Carlos,

    So Carlos, SP; 2Laboratrio de Biologia e Cultivo de Peixes de gua Doce, Universidade Federal

    de Santa Catarina, Florianpolis, SC.

    O barramento dos rios impede a migrao de peixes, altera rotas e habitats de

    desova, podendo levar populaes locais extino em poucas geraes. A variao

    gentica de populaes de dourado, Salminus brasiliensis foi investigada atravs de 11locos de microssatlites. As amostragens foram realizadas em trs trechos do rio

    isolados por Usinas Hidreltricas (UHE): Jusante UHE Barra Grande (JUHE-BG) (N=11);

    Jusante UHE Machadinho (JUHE-MA) (N=29) e Jusante UHE It (JUHE-IT) (N=31). O

    nmero mdio de alelos variou de sete a 13 (JUHE-BG); sete a 31 (JUHE-MA) e nove a 28

    (JUHE-IT). Os valores mdios de heterozigosidade observada e esperada foram 0,666 e

    0,839 (JUHE-BG), 0,827 e 0,823 (JUHE-MA), 0,870 e 0,841 (JUHE-IT), respectivamente. O

    programa STRUCTURE revelou estruturao populacional (K=2). As populaes JUHE-BG

    x JUHE-MA apresentaram FST= 0,0007 (p=0,494); JUHE BG x JUHE-IT revelaram FST= 0,050

    (p=0,000); JUHE-MA x JUHE-IT tiveram FST= 0,0571 (p=0,000), corroborando os resultados

    do STRUCTURE. A AMOVA revelou 3,88 % de variao gentica entre as populaes. O

    tamanho populacional efetivo (Ne) da populao JUHE-BG no pode ser calculado devido

    ao pequeno tamanho amostral. O Ne da populao JUHE-MA foi de 99 e de 148 para a

    populao JUHE-IT. No encontramos evidncia de gargalo populacional para nenhuma

    das populaes. Detectamos estruturao gentica a jusante e a montante da UHE-IT,

    que se deve presena de um acidente geogrfico conhecido como Estreito AugustoCsar e pela construo da UHE-IT que submergiu o Estreito, mas manteve a barreira de

    fluxo gnico.

    APOIO FINACEIRO: SISBIOTA/MCTI/CNPq, FAPESP, CAPES

    R28

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    Anais do I Simpsio Brasileiro sobre o Papel Funcional dos Predadores Topo de Cadeia.

    SISBIOTA/MCTI/CNPq, FAPESP. So Carlos, So Paulo, dezembro de 2013.

    IDENTIFICANDO NOVAS ESPCIES DE Salminus(CHARACIDAE) ATRAVS DO DNA BARCODE

    Carolina de Barros Machado da Silva, Patrcia Domingues de Freitas e Pedro ManoelGaletti Junior

    [email protected]

    Universidade Federal de So Carlos, Departamento de Gentica e Evoluo, Laboratrio de

    Biodiversidade Molecular e Conservao, So Carlos, SP

    Salminus constitudo por peixes predadores, que realizam migraes

    reprodutivas, cujo nmero de espcies vlidas sempre permaneceu contraditrio.

    Anlises moleculares utilizando DNA Barcoding so consideradas uma ferramenta

    auxiliar na diagnose do status taxonmico de vrios grupos. Devido a sua eficincia, essetrabalho tem como objetivo testar a validade taxonmica das espcies de Salminus

    atravs dessa metodologia. Para isso, foram analisadas, com o gene COI, as cinco

    espcies descritas do gnero: S. affinis(5), S. brasiliensis(33), S. franciscanus(8), S. hilarii

    (12) e S. iquitensis (10). A mdia de distncia intraespecfica foi de 0,003%. O valor

    empregado para identificar espcies de um grupo 10x a mdia intraespecfica, neste

    caso 3%. Entretanto, duas espcies apresentaram distncia intraespecfica superior,

    indicando problemas taxonmicos: S. iquitensis (5,24%) e S. brasiliensis (3,54%). A alta

    distncia intraespecfica de S. iquitensisresulta da presena de espcie crptica formada

    pelos indivduos da Bacia Tocantins-Araguaia. J para S. brasiliensis, nica a no formar

    um grupo monofiltico, tambm possvel observar que o txon constitudo por duas

    espcies: uma presente na Bacia Paraguai/Uruguai e outra no Alto Paran. Delimitar as

    entidades biolgicas de extrema importncia, pois a espcie uma unidade de

    comparao fundamental em todos os campos da Biologia. Portanto, uma nova anlise

    morfolgica deve ser realizada afim