anais simposio final
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ANAIS
Resumos dos trabalhos aprovados - 2011
ISSN: 2237-7123
Belém – Pará
Novembro de 2011
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FICHA CATALOGRÁFICA
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP), Biblioteca do Centro de Ciências Naturais e Tecnologia, UEPA, Belém - PA.
S612 a Simpósio de Pesquisa Interdisciplinar da Amazônia Legal (1. :
2011: Belém)
Anais do I Simpósio de Pesquisa Interdisciplinar da
Amazônia Legal: Diálogos Interdisciplinares em Busca da
Integração Regional / Universidade do Estado do Pará, Centro
de Ciências Naturais e Tecnologia. – Belém, 2011.
176 p.
1. Simpósio de Pós-Graduação. 2. Amazônia Legal. 3.
Ciências Ambientais. 4. Diálogos. I. Título.
CDD 378.1553
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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ
MARILIA BRASIL XAVIER Reitora da Universidade do Estado do Pará
MARIA DAS GRAÇAS DA SILVA
Vice- Reitora da UEPA
JOFRE JACOB DA SILVA FREITAS Pró- Reitora de Pesquisa e Pós Graduação
PROPESP
MANOEL MAXIMIANO JUNIOR Pró Reitor de Gestão e Planejamento
PROGESP
MARIANE CORDEIRO ALVES FRANCO Pró-Reitoria de Extensão
PROEX
IONARA ANTUNES TERRA Pró- Reitor de Graduação
PROGRAD
ELIANE DE CASTRO COUTINHO Diretor do Centro de Ciências Naturais e Tecnologia
CCNT
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REALIZAÇÃO
Programa de Mestrado em Ciências Ambientais
Centro de Ciências Naturais e Tecnologia
Universidade do Estado do Pará
COORDENAÇÃO DO SIMPÓSIO
Prof. Dr. Altem Nascimento Pontes
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COMISSÃO ORGANIZADORA DOCENTE
Altem Nascimento Pontes – [email protected] – UEPA
Andreia Brasil Santos – [email protected] – UFAM
Daguinete Maria Chaves Brito –[email protected]– UNIFAP
Edinéia Aparecida dos Santos Galvanin – [email protected] – UNEMAT
Elineide Eugênio Marques – [email protected] – UFT
Francisco Carlos da Silveira Cavalcanti – [email protected] – UFAC
Ricardo Barbieri – [email protected] – UFMA
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COMISSÃO ORGANIZADORA DISCENTE
Caio Renan Goes Serrão – [email protected] – UEPA
Patrícia Homobono Brito de Moura – [email protected] – UEPA
Ricardo Fonseca Guimarães – [email protected] – UFMA
Rafael Diego Barbosa Soares – [email protected] – UFMA
Leidimara da Silva Santos – [email protected] – UNEMAT
Jaqueline Aguilla Pizzato – [email protected] – UNEMAT
Acelmo de Jesus Brito – [email protected] – UFMT
Jeferson Alberto de Lima – [email protected] – UFMT
Valeria Mourão de Moura – [email protected] – UFOPA
Marcos do Prado Sotero – [email protected] – UFOPA
Davi Silva Dalberto – [email protected] – UNEMAT (Cáceres)
Joari Costa de Arruda – [email protected] – UNEMAT (Cáceres)
Dallyla Tais A. Milhomem Ferreira – [email protected] – UFT
Gleicielly Lima do Prado – [email protected] – UFT
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COMISSÃO CIENTÍFICA
Prof. Dr. Altem Nascimento Pontes (Coordenador)
Profa. Dra. Flávia Cristina Araújo Lucas
Profa. Dra. Ana Lúcia Nunes Gutjahr
Profa. Dra. Hebe Morganne Campos Ribeiro
Profa. Dra. Cléa Nazaré Carneiro Bichara
Profa. Dra. Suezilde da Conceição Amaral Ribeiro
Profa. Dra. Lucietta Guerreiro Martorano
EDITORAÇÃO
Caio Renan Goes Serrão
Karan Valente
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SUMÁRIO
A Área de Secretariado Executivo na Amazônia Legal: Reflexões Interdisciplinares 25 Raul Vítor Oliveira PAES UEPA Abordagem do Ensino de Física Através de Temas Regionais da Amazônia. Taynná Nayara Barreiros ARRAIS; Larissa Maciel do NASCIMENTO; Altem Nascimento PONTES UEPA 26 Abordagem dos Conceitos de Eletrodinâmica dos Alunos de Ensino Médio da Região Metropolitana de Belém – Pa. Aplicado em seu Cotidiano. Taynná Nayara Barreiros ARRAIS; Larissa Maciel do NASCIMENTO; Altem Nascimento PONTES UEPA 27 A Experiência das Mulheres Extrativistas do Assentamento Margarida Alves-Mirassol D’oeste/MT, Brasil. Maurício Ferreira MENDES; Seyla Poliana Miranda PESSOA; Sandra Mara Alves da Silva NEVES; Edinéia Aparecida dos Santos GALVANIN; Ronaldo José NEVES. UNEMAT 28 A Experimentação Através da Utilização de Materiais Alternativos como Agente Motivador no Ensino de Química. Maria Bruna Martins CARVALHO; Samuel Castro de JESUS UEPA 29 A Gestão da Segurança e Saúde do Trabalhador na Produção do Alumínio no Pará Laura Soares Martins NOGUEIRA FUNDACENTRO 30 A História da Modelagem na Ecologia Ana Carolina Batista MAFRA; Antônio GALVÃO UEPA 31 A Importância do Conhecimento para Lidar Adequadamente com Resíduos Agroquímicos Maria Bruna Martins CARVALHO; Samuel Castro de JESUS UEPA 32 A Indústria Cultural como Disseminadora da Teoria da Evolução Biológica Gabriel de Lima NUNES UEPA 33 A Inteligência Emocional e o Vestibular Bruno Calzavara FLORES; Girena Fernandes RAMALHO IFPA 34 A Luta por Reconhecimento das Populações Tradicionais e Movimentos Sociais na Amazônia: Um Esboço Conceitual sobre a Teoria de Axel Honneth
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Janine de Kássia Rocha BARGAS; Luís Fernando Cardoso e CARDOSO UFPA 35 Análise da Eficiência Econômico-Financeira das Cooperativas de Crédito Filiadas à Central Sicoob-Amazônia Através da Análise Envoltória de Dados Rosinele da Silva de OLIVEIRA; Sérgio Castro GOMES; Renan Alves BRANDÃO; Dorival Pereira TANGERINO NETO; Eugênia Rosa CABRAL UNAMA 36 Análise da Evolução do Desmatamento na Região de Santarém, de 1997 A 2009 Benedito Evandro Barros da SILVA; Adilson Wagner GANDU UFPA 37 Análise da Pesca Profissional no Estado do Tocantins: Diferentes Olhares Dallyla Tais Assunção Milhomem FERREIRA; Elineide Eugênio MARQUES UFT 38 Análise de Macronutrientes para Avaliar o Grau de Evolução do Substrato Terra Preta Nova em Comparação com Solos de Terra Preta Arqueológica Paulo Alexandre Panarra Ferreira Gomes das NEVES; Cristine Bastos do AMARANTE; Maria de Lourdes Pinheiro RUIVO; Dirse Clara KERN; Jorge Luiz PICCININ; Nildineide Lima SOARES UEPA 39 Análise Ergonômica de Posto de Trabalho de uma Agência Bancária Bruno da Costa FEITOSA; Dorival Pereira TANGERINO NETO UNAMA 40 Análise Espaço-Temporal do uso e Ocupação de Áreas de Mata Ciliar do Rio Paraguai no Município de Barra do Bugres – MT. Seyla Poliana Miranda PESSOA; Jesã Pereira KREITLOW; Maurício Ferreira MENDES; Edinéia Aparecida dos Santos GALVANIN; Sandra Mara Alves da Silva NEVES; Rivanildo DALLACORT UNEMAT 41 Análise Temporal da Cobertura Vegetal e Evidências dos Avanços de Áreas Antrópicas no Município de Garrafão do Norte, Pará Leila Sheila LISBOA; Lucieta Guerreiro MARTORANO; Silvio BRIENZA JUNIOR ESALQ 42 A Nova Economia Institucional e a Teoria da Regulação: Uma Reflexão do Macroambiente Institucional do Setor Madeireiro no Estado do Pará Dorival Pereira TANGERINO NETO; Bruno da costa FEITOSA UNAMA 43 A Paisagem do Ambiente Universitário: Algumas Possibilidades de Leitura sobre os Campi da UFT Adriano CASTORINO; Rinaldo Sérgio Vieira ARRUDA UFT 44 A Percepção Ambiental no Processo de Transição Agroecologica: Um Estudo de Caso na Resex Maracanã Regiara Croelhas MODESTO
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EMATER 45 Aplicação da Lista de Verificações de Boas Práticas em Estabelecimentos Comercializadores de Hortifrutis no Município De Cametá-Pa. Paula Ondina Martins SOUZA; Silas Rafael Figueiredo de ARAÚJO; Beatriz Nunes e SILVA; Tatiane Lopes de BARROS; Luana Carolina Pinheiro da SILVA; Eliane do Socorro Dornelas do CARMO UEPA 46 A Prática e a Experimentação na Construção do Conhecimento Científico Gabriel de Lima NUNES UEPA 47 Aproveitamento da Casca do Maracujá Amarelo na Produção de Farinha: Composição Centesimal e Alternativas para Aplicação em Alimentos Suellen Suzyanne Oliveira de SANTANA; Illana de Araujo RIBEIRO; Fagner Freires de SOUSA; Layane Sarges SIQUEIRA; Suezilde da Conceição Amaral RIBEIRO UEPA 48 Áreas Desflorestadas Associadas ao Rebanho Bovino e Cultivo de Soja no Estado do Pará José Reinaldo da Silva Cabral de MORAES; Lucieta Guerreiro MARTORANO; Afonso Henrique Moraes OLIVEIRA; Siglea Sanna de Freitas CHAVES; Rodrigo Figueiredo ALMEIDA UFRA 49 As Pichações na Fortaleza de São José de Macapá: Mecanismos de Proteção Edinaldo Pinheiro NUNES FILHO; Maik Roberto Balacó SANTOS UNIFAP 50 A Tradição Indígena Karipuna: Um Estudo da Conservação do Meio Ambiente Natural, na Aldeia Manga, no Município do Oiapoque Jussara de Pinho Barreiros UNIFAP 51 Atuação do Enfermeiro na Assistência do Paciente Queimado Laís Soares LIMA; Marco Aurélio Gomes de OLIVEIRA UEPA 52
A Universidade e a Emergência da Crise Ambiental Adriano CASTORINO; Rinaldo Sérgio Vieira ARRUDA UFT 53 Avaliação da Qualidade de Água do Igarapé Eidai, Distrito de Icoaraci, Belém, Pará Alba Rocio Aguilar PIRATOBA; Alex Corrêa da SILVA; Caio Renan Goes SERRÃO; Patrícia Homobono Brito de MOURA UEPA 54 Avaliação da Qualidade Higiênico-Sanitária e Agroindustrial, com Vistas a Composição Nutricional, Microbiológica e Colorimetrica da Polpa de Açaí (Euterpe Oleracea Mart) Aline Kazumi Nakata da SILVA; Marcos Rafael da Silva JORGE; Wilton Pontes da SILVA; Bianca Barbosa MUNIZ; Orquídea Vasconcelos dos SANTOS UEPA 55
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Avaliação das Boas Práticas de Fabricação Aplicada em uma Agroindústria de Beneficiamento de Açai (Euterpe Oleracea Mart.) Luana Carolina Pinheiro da SILVA; Suame dos Passos LEAL; Silas Rafael Figueiredo de ARAÚJO; Eliane do Socorro Dornelas do CARMO; Tatiane Lopes de BARROS5; Paula Ondina Martins SOUZA UEPA 56 Avaliação da Viabilidade da Legislação Ambiental para o Pequeno Produtor Rural no Estado do Pará Helen Theyla Costa da CUNHA; Oriana Trindade de ALMEIDA UFPA 57 Avaliação do Código Florestal no Estado do Pará Oriana ALMEIDA; Sérgio RIVERO; Naíla Arraes de ARAUJO; Luciene COSTA, Cleide SOUZA, Thiago CASTELO UFPA 58 Avaliação do Desempenho de Força de Soldados em Protocolo Militar com Alternância de Sono e Vigília Marco Aurélio Gomes de OLIVEIRA; André Luiz WALSH-MONTEIRO; Olavo Raimundo ROCHA JUNIOR; Cláudio Joaquim Borba PINHEIRO UEPA 59 Avaliação do Potencial Anti-Inflamatório de Extratos Vegetais em Edema de Pata em Ratos Induzido pela Peçonha de Bothrops Atrox da Região de Santarém – Pa. Valéria Mourão MOURA; Elenn Suzany Pereira ARANHA; Joanderson de Sousa MARTINS; Joacir Stolarz de OLIVEIRA; Ana Maria Moura da SILVA; Rosa Helena Veras MOURÃO UFOPA 60 Avaliação do Potencial de Expansão do Sistema Integração Lavoura-Pecuária-Floresta na Recomposição de Paisagens Sustentáveis em Paragominas, Pa. Siglea Sanna de Freitas CHAVES; Lucieta Guerreiro MARTORANO; Paulo Campos Christo FERNANDES; Daiana Carolina Antunes MONTEIRO; Rodrigo Figueiredo ALMEIDA; Jamil Chaar EL HUSNY ESALQ 61 Avaliação do Processo de Suprimento de Materiais de Expediente em um Banco Múltiplo Bruno da Costa FEITOSA; Dorival Pereira TANGERINO NETO UNAMA 62 Avaliação do Referencial Teórico da Edudação Ambiental e Sustentabilidade nos Cursos de Pedagogia e Engenharia Sanitária e Ambiental da UFPA Deyved Leonam Guimarães do NASCIMENTO; Érika Maia SANTOS; Priscila da Silva BATISTA; Altem Nascimento PONTES; UEPA 63 Avaliação Sócio-Econômica da Pesca Artesanal e do Potencial Aquícola na Região Lacustre De Penalva - Apa da Baixada Maranhense. Naíla Arraes de ARAUJO; Claudio Urbano Bittencourt PINHEIRO UFPA 64
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Avaliação Temporal da Precipitação Pluvial Diária em Áreas Cultivadas com Palma de Óleo e Possíveis Efeitos em Anos de Ocorrência do Amarelecimento Fatal (Af) no Estado do Pará Lucieta Guerreiro MARTORANO; José Reinaldo da Silva Cabral de MORAES; Alailson Venceslau SANTIAGO; Alessandra de Jesus BOARI EMBRAPA 65 Avanços do Desflorestamento e Ameaças Decorrentes da Expansão da Fronteira Agropecuária na Mesoregião do Baixo Amazonas, Pará Afonso Henrique Moraes OLIVEIRA, Lucieta Guerreiro MARTORANO, José Reinaldo da Silva Cabral de MORAES UFRA 66 Capacidade de Enraizamento de dois Híbridos de Eucalyptus Urograndis Leidimara da Silva SANTOS; Silva do NASCIMENTO; Tadeu Miranda de QUEIROZ; Dionei José da SILVA UNEMAT 67 Capital Social e Redes Socias em Comunidades Agroextrativistas no Sul do Amapá Adalberto Carvalho RIBEIRO UNIFAP 68 Caracterização Agroambiental da Produção do Milho em Quatro Propriedades da Região Sudoeste de Mato Grosso Benhur da Silva Oliveira; Leidimara da Silva Santos; Mauricio Ferreira Mendes; Mônica Josene Barbosa Pereira; Dejânia Vieira de Araújo; Marco A. C. de Carvalho UNEMAT 69 Caracterização Ecológica da Comunidade Fitoplanctônica na Zona Costeira do Porto do Itaqui, São Luís – Ma. Ana Karoline, DUARTE-DOS-SANTOS; Mariana Ribeiro UTTA PINTO; Débora Carolina, COSTA PRIVADO; Marco Valério Jansen, CUTRIM; Francinara SANTOS FERREIRA UFMA 70 Censo da Avifauna em Remanescentes Florestais no Município de Tangará da Serra-MT. Seyla Poliana Miranda PESSOA; Rafael Willian WOLF; Bruno Wagner ZAGO; Josué Ribeiro da Silva NUNES; Edinéia Aparecida dos Santos GALVANIN UNEMAT 71 Censo da Avifauna na Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat), Campus de Tangara da Serra Bruno Wagner ZAGO; Gizele Regina ADAMI; Seyla Poliana Miranda PESSOA; Cleonir Andrade FARIA JÚNIOR; Edinéia Aparecida do Santos GALVANIN; Josué Ribeiro da Silva NUNES UNEMAT 72 Coleta e Tratamento de Resíduos Sólidos na Vila de Maiauatá/Pa. Sinvaldo Amaral PANTOJA; Kátia Cilene Pureza GONÇALVES; David da Costa PANTOJA; Carla Castro de MORAES; Marcilene da Silva MENDES; Adriane da Costa GONÇALVES UEPA 73
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Composição Fitoplanctônica e Caracterização Hidrológica na Laguna da Jansen, São Luís-Ma. Francinara Santos FERREIRA; Ana Karoline Duarte dos SANTOS; Bethânia de Oliveira ARAÚJO; Lisana Furtado CAVALCANTI; Marco Valério Jansen CUTRIM; Andrea Christina Gomes de Azevedo CUTRIM UFMA 74 Compostagem como Forma de Reaproveitamento de Resíduos Sólidos Orgânicos Gerados na Escola Mayara Suellen Costa BESSA; Fabiana BASSANI; Ana Emília Silva CARVALHO ;Maxwel Lima SANTOS; Fernando Leite da SILVA IFPA-CA 75 Comunidade Cuiabá Mirim - Pantanal de Barão de Melgaço/Mt: Rede Social e o Conhecimento Tradicional sobre Plantas Rosilainy Surubi FERNANDES; Sandra Mara Alves da Silva Neves; Ronaldo José Neves; Carolina Joana da Silva; Renato Fonseca de Arruda UNEMAT 76 Condições Higiênico-Sanitárias da Comercialização de Pescado na Feira Municipal de Santa Izabel do Pará-Pa. Suenne Taynah ABE SATO; Aline Kazumi Nakata da SILVA; Suezilde da Conceição Amaral RIBEIRO; Marcos Rafael da Silva JORGE; Michel Keisuke SATO; Letícia Cunha da HUNGRIA UEPA 77 Conflitos Socioambientais Daguinete Maria Chaves BRITO; Cecília Maria Chaves Brito BASTOS; Rosana Torrinha Silva de FARIAS Daímio Chaves BRITO; Gabriel Augusto de Castro DIAS UNIFAP 78 Cultura e Meio Ambiente no Contexto Indígena Xerente: Um Estudo de Caso sobre A Tinguizada Maria do Carmo Pereira dos Santos TITO; Odair GIRALDIN UFT 79 Currículo como Mediador da Prática Docente: A Experiência dos Professores das Ilhas da Região Metropolitana de Belém Danielly coelho Gomes LEITE; Eleanor Gomes da Silva PALHANO; Jair de Oliveira SILVA UEPA 80 Desenvolvimento de Um Modelo de Gestão Socioambiental Colaborativa em Programas de Pagamento por Serviços Ambientais no Estado do Mato Grosso Rosane Duarte Rosa SELUCHINESK, Robert BUSCHBACHER, Simone Ferreira de ATHAYDE, Wendy-Lin BARTELS, Adriano CASTORINO UNEMAT 81 Determinação de Proteínas Totais em Castanha-do-Brasil (Bertholletia Excelsa) por Espectrofotometria Uv-Vis Manoel Cristino do RÊGO; Sandra Maria de Souza Simões COSTA; Waléria Pereira MONTEIRO; Marcelo Valdez Nunes dos Santos LOPES; Cristine Bastos do AMARANTE UEPA 82
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Diagnóstico do Sistema de Preparo do Solo e Adubação da Cultura do Algodão em Quatro Propriedades da Região do Médio Norte de Mato Grosso Jaqueline Aguilla PIZZATO; Seyla Poliana Miranda PESSOA; Valvenarg Pereira da SILVA; Dejânia Vieira de ARAÚJO; Mônica Josene Barbosa P.EREIRA UNEMAT 83 Diminuição do Impacto Ambiental Através da Elaboração de Fermentado Acético de Manipueira em uma Comunidade do Apl de Mandioca do Baixo Tocantins em Moju-Pa. Aline Kazumi Nakata da SILVA; Érika Alinne Campos VELOSO; Paula Isabelle Oliveira MOREIRA; Carolina Borges ANDRADE; Christine da Silva MACEDO; Verônica de Menezes Nascimento NAGATA UEPA 84 Dinâmica Capitalista e Modelos de Desenvolvimento para a Amazônia Welbson do Vale MADEIRA UFPA 85 Dinâmica do Mercado de Gemas e Jóias no Sudeste Paraense: Arranjo Produtivo Local, Economia Solidária ou Mercado Oligopolista? Alex Conceição dos SANTOS; Farid EID UFPA 86 Direito Ambiental e Teorias Curriculares: Relações Epistemológicas Fundamentais no Campo dos Novos Paradigmas Sirliane da Costa VIANA; Adalberto Carvalho RIBEIRO UNIFAP 87 Disposição a Pagar de Uma População Urbana de São Luis (Ma.) por Serviço Ambiental Fornecido pelo Parque Estadual do Mirador Ricardo Madeira TANNÚS; Cruline Silva LAGO; Dhulia de Carvalho BITTENCOURT; Edivan Silva ALMEIDA JUNIOR; Fabiana Pereira CORREIA; Bruno GUEIROS UFMA 88 Dos Riscos de Dano ao Patrimônio Cultural Submerso Decorrente da Lei 10.166/00 Larissa Ferreira Teixeira GAZEL UNIFAP 89 Ecologia Simbólica e Pac (Programa de Aceleração do Crescimento): Desafios para a Construção de Uma Comunidade de Comunicação entre Perspectivas Indígenas e Não- Indígenas sobre o Meio Ambiente no Brasil Odair Giraldin UFT 90 Educação Ambiental a Distância em Estados da Amazonia Legal: Estudo sobre o Processo Formativo em Escolas Sustentáveis e Com-Vidas nos Estados do Acre, Amapá e Pará Dulce Maria PEREIRA; Jorge Luiz Murta BRESCIA; Anselmo Rogério Lage dos SANTOS; Janaina Pizatti SOARES UFOP 91
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Educação Ambiental como Política Social: Uma Estratégia de Desenvolvimento Local na Amazônia Adirleide Greice Carmo de SOUZA; Adelma das Neves Nunes Barros MENDES UNIFAP 92 Educação Ambiental: Com-Vidas – Agenda 21 e Escolas Sustentáveis na Rede Estadual de Ensino do Pará Maria do Perpétuo Socorro Lopes de OLIVEIRA SEDUC-PA 93 Educação Ambiental: Direito Fundamental da Pessoa Humana Francisca Marli Rodrigues de ANDRADE; José Antonio CARIDE GOMÉZ UNIVERSIDADE DE SANTIAGO DE COMPOSTELA 94 Educação Ambiental na Amazônia: Multiplicidade de Identidades Francisca Marli Rodrigues de ANDRADE; José Antonio CARIDE GOMÉZ UNIVERSIDADE DE SANTIAGO DE COMPOSTELA 95 Educação Continuada em Segurança e Saúde do Trabalhador em Belém/Pará Doracy Moraes de SOUZA FUNDACENTRO 96 Efeito do Substrato sobre a Germinação de Sementes de Camapú Bruno Calzavara FLORES; Abelardo de Kássio Lobato CORDEIRO; Maria Suellem da Conceição SILVA; Marcos Rafael Souza da COSTA UFRA 97 Efeitos sobre a Duração Pupal de Spodoptera Frugiperda (J. E. Smith, 1797) (Lepidoptera:Noctuidae) do Extrato Bruto Metanólico de Anemopaegma Arvense (Vell) Stellfeld Ex de Souza Arno RIEDER; Rosilainy Surubi FERNANDES UNEMAT 98 Eleições Municipais de 2004 em Belém: Estratégias de Captura do Eleitor no Confronto de Ana Júlia e Duciomar Jefferson Wagner e Silva Galvão UFPA 99 Estimativa do Valor Monetário para o Parque Estadual do Mirador – Ma., com Base na Disposição por Trabalho Voluntário (DATV) Indicado por uma População Urbana de São Luis – Ma. Ricardo Madeira TANNÚS; Fabrícia de Lima BRITO; James Werllen de Jesus AZEVEDO; Jaqueline dos Santos DAVID; Odgley Quixaba VIEIRA; Rafael Ferreira MACIEL UFMA 100 Estudo do Modelo Open Archives Initiative e Acessibilidade Web para Implementação de Repositórios Digitais no MPEG Igo Paixão de MEDEIROS; Vitor Pinheiro ALVES; Marcos Paulo Alves de SOUSA; Maria Emília Cruz SALES MPEG 101
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Estudo Etnobiológico das Comunidades Assentadas nas Microbacias do Município de Codó-Ma. Francisca Inalda Oliveira SANTOS; Mariano Oscar Aníbal Ibañez ROJAS; Claudio Urbano Bittencourt PINHEIRO UFMA 102 Estudo Fitoquímico Biomonitorado de Frações Obtidas do Extrato Diclorometânico das Folhas de Montrichardia Linifera (Arruda) Schott Cristine Bastos do AMARANTE; Patrícia Homobono Brito de MOURA MPEG 104 Estudos de Caso: Propostas de Pesquisa e Governamentais para a Alimentação Sustentável na Amazônia Alba Rocio Piratoba-AGUILAR; Diana Nathaly Monroy-PIRATOBA UEPA 105 Etnobotânica, Potencial Anti-Candida e Toxicicidade de Plantas Medicinais da Comunidade Cucurunã - Santarém, Pa. Ana Paula Ferreira de ASSUNÇÃO; Luana Travassos BATISTA; Sandra Layse Ferreira SARRAZIN; Valéria Mourão de MOURA; Ricardo Bezerra de OLIVEIRA; Rosa Helena Veras MOURÃO UFOPA 106 Fator Socioeconômico: Causa Determinante para a Proliferação da Dengue no Município de Paragominas-Pa. Odineia Barrozo TEIXEIRA; Lilian Natalia Ferreira de LIMA, Maria Aparecida de Melo COSTA; Tiego dos Santos SILVA UEPA 107 Força Muscular e Composição Corporal de Atletas Escolares de Voleibol Feminino Submetidas a um Programa de Treinamento Funcional Diogo Alves de OLIVEIRA; Cláudio Joaquim Borba PINHEIRO; Olavo Raimundo de Macêdo Barreto da ROCHA JÚNIOR UEPA 108 Funcionalidade da Paisagem Urbana: Estudo de Caso no Município de Vila Bela da Santíssima Trindade/Mt. Laís Fernandes de Souza NEVES; Marcela de Almeida SILVA; Jesã Pereira KREITLOW; Rosália CASARIN; Sandra Mara Alves da Silva NEVES UNEMAT 109 Gemas e Jóias no Sudeste do Pará: Possibilidades do Turismo Gemológico no Município de Parauapebas Alex Conceição dos SANTOS; Maria Gabriella Vilhena MONTEIRO; Ariani Rodrigues CORDEIRO UFPA 110 Gênero e Trabalho entre as Mulheres da Vila da Barca, Belém, Pará Lana Claudia Macedo da SILVA; Suzana Cristina Rodrigues TRINDADE; Flávia Alves de MACEDO; Raphaela Trindade GUIMARÃES UEPA 111
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Germinação de Sementes de Crambe com e sem Pericarpo Cleonir Andrade FARIA JÚNIOR; Rivanildo DALLACORT; Jaqueline Aguilla PIZZATO; Dejânia Vieira de ARAÚJO; Bruno Wagner ZAGO UNEMAT 112 Gestão Colaborativa de Sistemas Sócio-Ecológicos Complexos na Amazônia Brasileira SELUCHINESK, Rosane Duarte Rosa; BUSCHBACHER, Robert; ATHAYDE Simone Ferreira de; BARTELS, Wendy-Lin; CASTORINO, Adriano UNEMAT 113 Gestão dos Resíduos de Serviços de Saúde (Rss) em Macapá/Ap: Uma Análise a Luz da Legislação Gláucia Regina MADERS UNIFAP 114 Gramática Contextualizada: Uma Alternativa na Valorização do Conhecimento Cotidiano e Motivação no Ensino de Língua Portuguesa Karine Nafaeli Sousa LIMA UEPA 115 Hipotensão Arterial Pós-Exercício: O Processo de Redução dos Níveis Pressóricos em Hipertensos Marco Aurélio Gomes de OLIVEIRA; André WALSH-MONTEIRO; Cláudio Joaquim Borba PINHEIRO UEPA 116 História da Educação: A Escola Normal Paraense e o Ensino das Ciências no Século XIX (1871 – 1899) Simone Karla Camelo de LIMA; Priscila Fernandes OLIVEIRA UEPA 117 Identificação dos Pontos Críticos de Controle no Processamento de Polpa de Frutas em uma Agroindústria de Pequeno Porte Localizada na Vila de Jambuaçu Município de São Francisco do Pará Paula Ondina Martins SOUZA; Pedro Soares de AMORIM JR; Silas Rafael Figueiredo de ARAÚJO; Lyliane Rodrigues de AMORIM; Tatiane Lopes de BARROS; Beatriz Nunes e SILVA UEPA 118 Impactos Ambientais em Ecossistema de Manguezais da Ilha do Maranhão Decorrentes de Grandes Empreendimentos: O Caso da Laguna da Jansen Bianca dos Santos FERNANDES; Nathalia Cristina DUTRA; José Ronilmar ANDRADE UFMA 119 Incidência e Altas de Casos Notificados de Hanseníase nos Anos de 2009 e 2010 no Munícipio de Tucuruí-Pa. Ana Caroline Araujo CAMPOS; Juma Albuquerque Rocha de SOUSA; Juliana De Oliveira BEZERRA; Edilaine Lélis LIMA; Cristiane Cardoso SANTOS; Marcelle Patrícia Oliveira PINTO UEPA 120 Inclusão de Alunos Surdos: A Contribuição do Intérprete de Língua de Sinais no Ensino Superior Mayara Lopes da Costa FONSECA; Wendell Marim TADAIESKY UNAMA 121
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Indicadores de Desenvolvimento Sustentável para o Município de Paragominas-Pa: Uma Análise Exploratória Rosinele da Silva de OLIVEIRA; Sérgio Castro GOMES; Renan Alves BRANDÃO; Dorival Pereira TANGERINO NETO; Eugênia Rosa CABRAL UNAMA 122 Instituições e Avaliação dos Grupos de Interesse em Relação à Gestão Ambiental no Estado do Pará Thiago CASTELO; Oriana ALMEIDA; Sergio RIVERO; Luciene COSTA; Rômulo RAVENA, Alana FONTENELLE UFPA 123 Juventude, Sexualidade e Hiv/Aids: Um Desafio ao Ensino Público em Belém do Pará Jair de Oliveira SILVA; Eleanor G. S. PALHANO; Danielly C. G. LEITE UEPA 124 Levantamento Fitossociológico em Fragmentos de Cerrado no Município Tangará da Serra/Mt. Bruno Wagner ZAGO; Benhur da Silva OLIVEIRA; Cleonir Andrade FARIA JÚNIOR; Josué Ribeiro da Silva NUNES; Marco Antonio Camillo de CARVALHO; Rivanildo DALLACORT UNEMAT 125 Licenciamento Ambiental: Análise Técnica dos Estudos de Impactos Ambientais do Amapá e a Não Consideração dos Critérios Socioambientais Adirleide Greice Carmo de SOUZA UNIFAP 126 Livro Didático Amapaense de Língua Portuguesa: Uma Realidade Possível Benedito De Queiroz ALCANTARA; Carla Patrícia Ribeiro NOBRE, Helen Costa COELHO UNIFAP 127 Meio Ambiente Urbano e Cultura: da Produção do Lixo à Banalização do Abandono Ana Maria DENARDI; Odair GIRALDIN UFT 130 Modelagem Propositiva de Dados Agrometeorológicos para Facilitar a Interoperabilidade entre Bases Ambientais no Bioma Amazônia Robson Breno Mamede de LIMA; Lucieta Guerreiro MARTORANO; Silvio Roberto Medeiros EVANGELISTA; Carla Geovana do Nascimento MACÁRIO CESUPA 131 Negociação de Conflitos Socioambientais na Rebio do Lago Piratuba/Ap. Daguinete Maria Chaves BRITO, Wilson José BARP, Ana Rosa Baganha BARP UNIFAP 132 O Avanço do Capital na Produção Camponesa do Território Amazônico: Estudo em Algumas Comunidades na Microrregião de Tomé-Açu Laís Rodrigues CAMPOS UEPA 133 O Banco Mundial e sua Influência na Educação Brasileira Eliton Janio Araújo FERREIRA; Kelrya Camila da Conceição ALVES
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UEPA 134 O Choque e a Resistência da Classe Trabalhadora no Setor de Eletricidade Pós- Privatização: O Caso dos Trabalhadores da Celpa Jefferson Wagner e Silva Galvão UFPA 135 Ocorrências de Louro-Prata (Ocotea Guianensis Aublet) e Evidências do Potencial de Inclusão em Rearranjos Agroflorestais na Amazônia Rodrigo Figueiredo ALMEIDA; Lucieta Guerreiro MARTORANO; Maria do Socorro Gonçalves FERREIRA; Daiana Carolina Antunes MONTEIRO; Leila Sheila LISBOA UFRA 136 O Desafio da Logística Reversa como Ferramenta de Sustentabilidade no Setor de Bebidas no Municipio de Belém/Pa: Uma Discussão Descritivo-Bibliográfica Márcio Martins RIBEIRO; Sarah Barradas MARINHO UEPA 137 O Discurso Ambiental na Poesia da Amazônia Carla Patrícia Ribeiro NOBRE UNIFAP 140 O Ensino das Figuras de Linguagem Através do Jogo de Tabuleiro Karine Nafaeli Sousa LIMA UEPA 142 O Ensino de Ciências Através da Temática Ambiental Larissa Maciel do NASCIMENTO; Taynná Nayara Barreiros ARRAIS UEPA 143 O Ensino de Ciências e Matemática para Alunos com Necessidades Especiais Larissa Maciel do NASCIMENTO; Taynná Nayara Barreiros ARRAIS; Flávia Pereira da ROCHA; Andrey Gomes MARTINS UEPA 144 O Museu da Imagem e do Som como Instrumento de Preservação do Meio Ambiente Cultural no Amapá Edinaldo Pinheiro Nunes FILHO; Jaciléia Rocha de VILHENA UNIFAP 145 Os Impactos Socioambientais Causados pelo uso de Agrotóxicos na Comunidade Nossa Senhora Aparecida – Concórdia do Pará Antonio Denilson Leandro da SILVA UEPA 146 O Trabalho de Artesãos Ceramistas em Icoaraci (Belém/Pa) na Dinâmica da Amazônia Brasileira Doracy Moraes de SOUZA FUNDACENTRO 147 O Trabalho Docente em Questão: Ações, Práticas e Desafios em Educação Sexual Jair de Oliveira SILVA; Eleanor G. S. PALHANO; Danielly C. G. LEITE
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UEPA 148 O Uso do Lodo de Esgoto na Agricultura Renan Antônio Maia BARBOSA; Altem Nascimento PONTES UFPA 149 Percepção de Donas de Casa Quanto aos Riscos Provenientes da Manipulação de Alimentos Inadequada - Importância na Prevenção de Toxinfecções Alimentares Suenne Taynah ABE SATO; Evelyn Azevedo PACHECO; Lilaine de Sousa NERES; Ranna Catarine da Rocha MONTEIRO; Luciane do Socorro Nunes dos Santos BRASIL; Michel Keisuke SATO UEPA 150 Perfil Microbiologico da Farinha de Tapioca Produzida na Zona Rural do Municipio de Santa Izabel do Pará Silas Rafael Figueiredo de ARAÚJO; Eliane do Socorro Dornelas do CARMO; Paula Ondina Martins SOUZA; Tatiane Lopes de BARROS; Luana Carolina Pinheiro da SILVA; Pedro Soares de Amorim JUNIOR UFC 151 Plano de Combate a Dengue no Município de Paragominas-Pa. Tiego dos Santos SILVA; Odineia Barrozo TEIXEIRA; Lilian Natalia Ferreira de LIMA; Maria Aparecida de Melo COSTA UEPA 152 Políticas Públicas, Eventos Climáticos E Impactos Socioambientais: O Caso Das Enchentes Em Laranjal Do Jari-Ap. Alzira Marques OLIVEIRA; Alan Cavalcanti da CUNHA IPCT-AP 153 Posição da Malária na Área Indígena: Um Estudo a partir dos Casos no Município do Oiapoque-Amapá Paulo Roberto Rodrigues VIEIRA; Rosemary Ferreira de ANDRADE UNIFAP 154 Princípios do Direito Ambiental e a Pecuária Bovina Extensiva na Amazônia Rodrigo Sousa dos SANTOS UFPA 155 Processo Participativo como Ferramenta para Elaboração de Metodologia de Cálculo de Vazões Ecológicas como Subsídio a Outorga de Uso das Águas para Construção de Hidrelétricas na Amazônia Alzira Marques OLIVEIRA; Paula Verônica Campos Jorge SANTOS; Alan Cavalcanti da CUNHA IPCT-AP 156 Processos da Assistência de Enfermagem a um Portador de Hanseníase Acometido por Sequelas Ana Caroline Araujo CAMPOS; Juliana De Oliveira BEZERRA; Edilaine Lélis LIMA; Juma Albuquerque Rocha de SOUSA; Cristiane Cardoso SANTOS; Marcelle Patrícia Oliveira PINTO UEPA 157
21
Projeto Música e Cidadania: A Música como Instrumento de Inclusão Social das Pessoas com Necessidades Especiais Ciro Cesar da Silva LOPES FIC 158 Qualidade Físico-Química e Microbiológica de Leite de Búfalas “Cru” na Amazônia Oriental Suely Cristina Gomes de LIMA; Lilaine de Sousa NERES; José de Brito LOURENÇO JÚNIOR; Luciane do Socorro Nunes dos Santos BRASIL; Benjamim de Souza NAHÚM; Alexandre Rossetto GARCIA IFPA 159 Quantificação de Proteínas Totais em Folhas de Mangifera Indica pelo Método do Biureto Alessandra Balbina de ALMEIDA; Marcelle Fernanda Santos CORRÊA; Daniel da Silva FERREIRA; André Matsumura SILVA; Cristine Bastos do AMARANTE UEPA 160 Quelônios Amazônicos: Algumas Ameaças à Conservação de Podocnemis expansa e Podocnemis unifilis Adriana MALVASIO; Adson Gomes ATAÍDES UFT 161 Química Verde e Biocatálise − Desenvolvimento de Tecnologias Limpas Krisnna Mariana Aranda ALVES; Suanne Elen Lobo MONTEIRO; Luana Cristina Silva OLIVEIRA; Meriam Miranda Mescouto FILHO; Marineth da Conceição Silgueira MELO; Genilza Feliz MACIEL UFPA 162 Relação das Taxas Anuais de Desmatamento com a Produção de Soja no Estado de Mato Grosso Silva do NASCIMENTO; Micheli Silva GONÇALVES; Valvenarg Pereira da SILVA; Leidimara da Silva SANTOS; Dionei José da SILVA UNEMAT 163 Relações Ecológicas entre a Fauna Ictiológica e a Vegetação Ciliar da Região Lacustre do Baixo Pindaré na Baixada Maranhense e suas Implicações na Sustentabilidade da Pesca Regional Naíla Arraes de ARAUJO; Claudio Urbano Bittencourt PINHEIRO UFPA 164 Religiosidade Tembé: Transformação Cultural e o que isto Significa para a Educação das Novas Gerações Plumma Samanta Anhelo CORÊCHA UEPA 165 Respostas Dendrométricas Associadas a Variáveis Climáticas para Subsidiar Estratégias de Manejo Silvicultural em Plantios de Paricá no Município de Dom Eliseu, Pará Daiana Carolina Antunes MONTEIRO; Lucieta Guerreiro MARTORANO; Carlos Alberto VETTORAZZI; Silvio BRIENZA JUNIOR; Leila Sheila LISBOA; Milena Borges Santa BRÍGIDA ESALQ 166 Saberes da Amazônia: Cultura, Identidade e Educação na Escola do Campo João Braga de Cristo-Nordeste Paraense Laís Rodrigues CAMPOS
22
UEPA 167 Sistema de Informação da Coleção Etnográfica do Museu Paraense Emílio Goeldi Elcio Hiroyuki KADOSAKI; Marcos Paulo Alves de SOUSA; Alegria BENCHIMOL MPEG 168 Sociedade, Natureza e Paisagem em Estudos Interdisciplinares na Costa Amazônica Cristina do Socorro Fernandes de SENNA; Adalberto Paula da SILVA; João Silva BARBOSA Jr; Stephanie Corrêa HOLANDA; Benedito de Souza RIBEIRO NETO MPEG 169 Subproduto do Murumuru (Astrocaryum murumuru Vr. murumuru Mart.) na Alimentação de Ruminantes na Amazônia Oriental Bruno Peres de MENEZES; Laurena Silva RODRIGUES; José de Brito LOURENÇO JUNIOR; André Guimarães Maciel e SILVA; Stéfano Juliano Tavares de ANDRADE; Alexandre Rossetto GARCIA UFPA 170 Tecnologias Ambientais nos Estados do Acre, Amapá e Pará Desenvolvidas em Escolas a Partir do Ensino a Distância Dulce Maria PEREIRA; Jorge Luíz Murta BRESCIA; Anselmo Rogério Lage dos SANTOS; Janaina Pizatti SOARES; Caroline SOARES UFOP 171 Uma Experiência Interdisciplinar na Formação de Professores Indígenas Maria Aparecida da Rocha MEDINA UFT 172 Um Estudo da Evasão na Pós-Graduação Brasileira por Meio da Correlação de Pearson:O Caso da Região Norte Ananda Maira Ferreira do NASCIMENTO; Altem Nascimento PONTES UEPA 173 Um Olhar sobre a Construção da Territorialidade Rural: Imagens e Poesia do Cotidiano Benedito de Queiroz ALCANTARA UNIFAP 174 Uso de SIG Para Mapear Equipamentos Turísticos na Área Rural do Município de Cáceres/MT., Brasil Marcela de Almeida SILVA; Laís Fernandes de Souza NEVES; Ronaldo José NEVES; Rosália CASARIN; Sandra Mara Alves da Silva NEVES UNEMAT 175 Utilização do Subproduto do Cupuaçu (Theobroma Grandiflorum) na Alimentação Animal na Amazônia Oriental Laurena Silva RODRIGUES; Bruno Peres de MENEZES; José de Brito LOURENÇO JUNIOR; André Guimarães Maciel e SILVA; Stéfano Juliano Tavares de ANDRADE; Célia Maria Costa GUIMARÁES UFPA 176
23
APRESENTAÇÃO
Nos dias 9 e 10 de maio de 2011 realizou-se na cidade de Belém (PA), o I Encontro de
Coordenadores de Programas de Pós-Graduação Interdisciplinares da Amazônia Legal, que
tinha como tema “Integração Regional: uma Alternativa para o Fortalecimento da Pós-
Graduação na Amazônia Legal”. Neste evento, diversas deliberações foram tomadas dentre
elas a criação de um evento regional e bianual que integrasse todos os programas de nossa
região da área Interdisciplinar.
Para fazer frente a esta demanda realizamos o I Simpósio de Pesquisa
Interdisciplinar da Amazônia Legal, que ocorreu no período de 20 a 22 de novembro de
2011, na Universidade do Estado do Pará (UEPA), na cidade de Belém (PA). Na programação
deste evento constaram palestras, mesas-redondas, apresentação de trabalhos, entre outros.
O Simpósio teve como tema “Diálogos Interdisciplinares em Busca da Integração
Regional” e objetivou promover a integração entre pesquisadores, docentes e discentes dos
diferentes programas de pós-graduação dos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão,
Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins, que desenvolvem estudos na área
Interdisciplinar e agora também na recém criada área de Ciências Ambientais. Além disso, o
evento esteve aberto a estudantes de graduação e profissionais de outras áreas que têm
interesse nessa temática.
Portanto, expresso meus agradecimentos a todos aqueles que têm contribuído para a
ampliação de estudos e pesquisas no contexto Interdisciplinar e de Ciências Ambientais e que
se dispuseram a socializar seus saberes com a comunidade científica e acadêmica da
Amazônia Legal. Reforço ainda os meus sinceros agradecimentos aos que fizeram do nosso
evento o grande sucesso que foi.
Prof. Dr. Altem Nascimento Pontes
Coordenador do Simpósio
24
RESUMOS
25
A ÁREA DE SECRETARIADO EXECUTIVO NA AMAZÔNIA LEGAL:
REFLEXÕES INTERDISCIPLINARES
Raul Vítor Oliveira PAES1 ([email protected])
1Universidade do Estado do Pará, Centro de Ciências Sociais e Educação – Belém, PA.
Diante das perspectivas de estudos e campos interdisciplinares que estão abarcando e colaborando
para a progressão e alavancagem de diversas áreas do conhecimento na Amazônia Legal; uma área
de conhecimento surge para agregação de conteúdo e de problemáticas para diálogos transversais
com outros campos: o Secretariado Executivo. Este campo, recente no Brasil, que, aliás, é pioneiro
em estudos da área no mundo, tem um passado recente na sua constituição enquanto saber
acadêmico, com 42 anos de existência no território nacional; sendo que na Amazônia Legal, o
primeiro curso de Secretariado enquanto graduação iniciou suas atividades em 1991, na
Universidade Federal do Amapá; para um conhecimento histórico da evolução acadêmica da área
na região. O presente resumo vem apresentar as contribuições da área de Secretariado Executivo
para as pesquisas interdisciplinares na Amazônia Legal, bem como a apresentação de perspectivas
dos estudos secretariais para a região, sob um caráter exploratório para a promoção e o
desenvolvimento de conhecimentos para a área, assim como a colaboração de conhecimentos
secretariais em áreas transversais para a compreensão da realidade regional. O trabalho está
estruturado nas considerações introdutórias sobre os temas em questão, seguindo da apresentação da
metodologia da pesquisa, baseando-se na pesquisa bibliográfica para o aporte teórico.
Posteriormente, há abordagem dos tópicos da Interdisciplinaridade, de Secretariado Executivo, com
a apresentação das reflexões interdisciplinares em Secretariado Executivo e suas contribuições para
a Amazônia Legal, para um real conhecimento sobre a área, assim como a contribuição dos estudos
interdisciplinares a partir de um dos vieses apresentados durante os escritos em andamento.
Palavras-chaves: Secretariado Executivo, Interdisciplinaridade, Contexto Regional.
26
ABORDAGEM DO ENSINO DE FÍSICA ATRAVÉS DE TEMAS REGIONAIS
DA AMAZONIA
Taynná Nayara Barreiros ARRAIS
1([email protected]), Larissa Maciel do NASCIMENTO
2, Altem Nascimento PONTES
3
1,2,3
Universidade do Estado do Pará/Departamento de Ciências Naturais
Há cerca de 10 anos os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) surgiram como meio oficial de
induzir e orientar mudanças na educação básica no Brasil. Nos PCN foram estabelecidas algumas
competências e habilidades importantes para o educando como: Representação e comunicação,
Investigação e compreensão e Contextualização sócio-cultural. Que podem ser alcançadas por meio
dos Temas Estruturadores, ou seja, de uma organização capaz de dar conta ao mesmo tempo de
tópicos disciplinares e do desenvolvimento de competências, habilidades, valores e atitudes. Os
PCN indicam exemplos de Temas Estruturadores para cada disciplina (PCN+, 2002). Desse modo,
há uma inversão na estruturação: os conteúdos científicos passam a ser subordinados aos temas,
enquanto que na prática dita tradicional os conteúdos antecedem qualquer outro componente. Na
estratégia temática, é a partir dos temas propostos que os conceitos surgem, numa relação dialógica
em que permeiam tanto o conhecimento dos estudantes quanto do educador, com temas que
provocam situações-problema (Carvalho e Gil-Pérez, 2003) do interesse dos sujeitos, portanto
relevantes para eles. A partir da escolha de um tema significativo da vida dos sujeitos, os conceitos
e teorias vão aparecer como pontos de chegada do processo de ensino-aprendizagem. Analisamos
uma proposta de Ensino Através de Temas Regionais, onde encontramos tais métodos em realidade
das universidades públicas de Belém - Pa .A pesquisa foi realizada em uma amostra de 86 alunos de
distintas escolas publicas da região metropolitana onde lançamos questionários com questões
objetivas e empregando os temas. No questionário a primeira questão relatava a procissão do Círio
de Nazaré realizado sempre em Outubro e levava-se em questão a velocidade do percurso
comparando-o com velocidade de algum animal e 23,3 % dos alunos conseguiram identificar
corretamente a resposta. A segunda questão debatia a questão relacionando a iluminação pública da
cidade de Belém - Pa tratava da troca de lâmpadas de vapor de mercúrio pela vapor de sódio e
existia três afirmativas onde explicavam fenômenos possíveis que aconteciam e 27,9 % dos alunos
conseguiram visualizar os fenômenos e marcaram a questão correta. A terceira questão mostra
realidade de ribeirinhos no Pará, relacionando ao meio de transporte que seria as canoas para ir a
escola. E envolvia propagação da onda e 19,7 % conseguiram identificar de maneira correta a
questão e podemos observar também que 29,1 % dos alunos não conseguiram responder ao
questionário. Nessa pesquisa consistiu em analisar a realidade do aluno dificuldades de grande parte
dos alunos por não ter contato em sua escola e metodologias de ensino que empregasse tal
realidade. A metodologia temática tem conquistado muitos educadores, como meio para superar as
tendências mais tradicionais de ensino. Neste tipo de metodologia é importante além do produto o
processo de construção do conhecimento. Por meio do contexto do estudante, ou seja, dado um
tema, este já traz uma contextualização como objeto de conhecimento. Isto transforma a
„aprendizagem mais significativa‟ que ``ocorre quando a nova informação ancora-se em conceitos
relevantes preexistentes na estrutura cognitiva de quem aprende" (Moreira, 1982).
Palavras-chave: Temas Estruturadores, contextualização, temática.
27
ABORDAGEM DOS CONCEITOS DE ELETRODINÂMICA DOS ALUNOS
DE ENSINO MÉDIO DA REGIÃO METROPOLITANA DE BELÉM - PA
APLICADO EM SEU COTIDIANO
Taynná Nayara Barreiros ARRAIS
1([email protected]), Larissa Maciel do NASCIMENTO
2, Altem Nascimento PONTES
3
1,2,3
Universidade do Estado do Pará/Departamento de Ciências Naturais
As dificuldades de alunos no Ensino Médio no aprendizado da física se deve ao distanciamento que
se estabelece entre os conceitos abstratos e as experiências diárias do aluno. No entanto, nosso
cotidiano se encontra repleto de equipamentos cujos princípios de funcionamento se baseiam em
conceitos físicos. É imprescindível considerar o mundo em que o aluno vive, assim como problemas
e as indagações que movem sua curiosidade. Dentro desse contexto destacaremos no trabalho a
problemática existente no ensino de física com especificidade em eletrodinâmica e suas
dificuldades. Neste trabalho os conhecimentos prévios dos alunos relativos ao tema eletrodinâmica,
foram pesquisados e avaliados através de um questionário que foi aplicado em um projeto existente
na Universidade Estadual do Pará chamado ``Cursinho Alternativo da Uepa" onde encontra-se
alunos de ensino médio que almejam uma universidade. Para analisar conceitos prévios dos alunos
a partir de aulas que eles obtém de suas instituições de ensino que são variadas na cidade de Belém
inicialmente foi aplicado um questionário para 80 alunos matriculados no cursinho pré-vestibular da
Uepa que estão fazendo 3° ano do ensino médio e outros que já concluíram.A primeira questão
destaca o conceito prévio em relação a energia elétrica e 35 %\dos alunos destacaram que significa
"energia consumida" , 13,8 % destacaram que seria " movimento dos elétrons" ,26,2 % indicaram
que seria fonte de energia e outros 25 % não souberam identificar . A segunda questão tratava do
que seria corrente elétrica e 43,5 % identificaram que "seria movimento ordenado dos elétrons", 25
% "forma de condução de eletricidade", 31,5 % também não souberam identificar.Podemos
observar dificuldades em conceituar questões simples e os alunos destacaram por ser assunto
"complicado, com pouca informação" As questões elaboradas enfocam os fenômenos físicos através
de situações cotidianas onde os conceitos físicos sobre eletrodinâmica se encontram presentes. Elas
foram elaboradas a partir de questões propostas em livros textos amplamente utilizados no Ensino
Médio. Uma das deficiências no processo ensino-aprendizagem que enfocamos neste trabalho, é a
dificuldade do aluno em lidar com os conceitos de física, devido à abstração neles envolvida. Um
pressuposto dessa abordagem é que utilizando-se os conhecimentos prévios dos aprendizes,
consegue-se introduzir de maneira mais eficiente novos conceitos. O trabalho apresenta uma
proposta de ensinar alguns conceitos físicos utilizando os conhecimentos prévios dos alunos. Um
pressuposto dessa abordagem é que utilizando-se os conhecimentos prévios dos aprendizes,
consegue-se introduzir de maneira diferente.
Palavras-chave: aprendizado, eletrodinâmica ,conceitos físicos.
28
A EXPERIÊNCIA DAS MULHERES EXTRATIVISTAS DO
ASSENTAMENTO MARGARIDA ALVES-MIRASSOL D’OESTE/MT,
BRASIL
Maurício Ferreira MENDES1 ([email protected]); Seyla Poliana Miranda PESSOA
1
([email protected]); Sandra Mara Alves da Silva NEVES2 ([email protected]) Edinéia
Aparecida dos Santos GALVANIN2 ([email protected]); Ronaldo José NEVES
2
1 Mestrandos em Ambiente e Sistemas de Produção Agrícola da UNEMAT
2 Docentes do Programa de Pós-graduação em Ambiente e Sistemas de Produção Agrícola da
UNEMAT
As mulheres são responsáveis por 45% da produção de alimentos na América Latina, no entanto,
compõem a maior parcela de pessoas que vivem abaixo da linha de pobreza, ou seja, muitas vezes
em risco de insegurança alimentar. No Brasil, aproximadamente 15 milhões de mulheres do campo
estão privadas do acesso à cidadania por não terem reconhecida a sua condição de agricultoras
familiares, camponesas ou trabalhadoras rurais. Nesse sentido, este trabalho objetiva apresentar a
experiência das mulheres extrativistas que trabalham coletivamente processando o coco do babaçu
(Orbignya speciosa) no assentamento Margarida Alves no município de Mirassol D‟Oeste/MT.
Para a realização deste trabalho, foi utilizado o procedimento técnico de Estudo de Caso para relatar
a experiência das mulheres extrativistas matogrossenses. São produzidos anualmente em média 7
toneladas de alimentos do fruto (farinha, flocos, pão e bolacha) que contribuem para a
diversificação da alimentação escolar de 1.115 alunos da escola do próprio assentamento Margarida
Alves e escolas/creches no entorno da cidade de Mirassol D‟Oeste/MT, através do Programa de
Aquisição de Alimentos (PAA-CONAB). O coco do babaçu não fazia parte da dieta alimentar das
famílias no assentamento, mas com o trabalho das mulheres o extrativismo do babaçu se tornou
uma importante fonte alimentar e de renda, e possibilitou o reconhecimento do trabalho dessas
mulheres extrativistas. Entretanto, a produção ainda não é devidamente valorizada na região. Coma
realização do trabalho pode-se concluir que os recursos obtidos pela atividade extrativista têm sido
essenciais para as mulheres e suas famílias, gerando benefícios sociais e ambientais para a
comunidade.
Palavras-chave: Extrativismo, Renda, Biodiversidade, Comunidade, Ambiente.
29
A EXPERIMENTAÇÃO ATRAVÉS DA UTILIZAÇÃO DE MATERIAIS
ALTERNATIVOS COMO AGENTE MOTIVADOR NO ENSINO DE
QUÍMICA
Maria Bruna Martins CARVALHO1 ([email protected]); Samuel Castro de JESUS
2.
1,2Universidade do Estado do Pará, Centro de Ciências Sociais e Educação – São Miguel do Guamá,
PA.
A ineficácia de metodologias tradicionais na educação já não é algo novo para qualquer profissional
que se diga conhecedor, ou mesmo leigo no contexto educacional, a busca de alternativas para
mudar a realidade atual, em que percebemos grande aversão à química, bem como às demais
ciências exatas por parte dos alunos. Segundo Lima e Maciel (2011, p.19) no final do século XX e
início do XXI, a educação em química no Brasil não está acontecendo de forma efetiva. Em uma
visão otimista poderia dizer que o ensino que temos satisfaz os requisitos básicos, sendo que as
causas desta situação se devem a políticas educacionais. A Experimentação neste contexto, sem
dúvida, é algo promissor, pois traz aos alunos, uma visão de proximidade, ou seja, uma inter-relação
entre a teoria e a prática; Lima e Maciem (2011, p.22) colocam ainda que os estudantes tendem a se
envolverem com os projetos propostos pelo professor e buscar alternativas quanto a resolução de
problemas interessantes desde que tragam algum tipo de satisfação; este recomenda ainda a
execução de atividades que venham a ajudar na criatividade e desenvolvimento de habilidades
possibilitando o crescimento em nível cognitivo. A necessidade da inter-relação em questão é
nitidamente percebida na realização de uma pesquisa de campo com alunos de três turmas do
primeiro ano do ensino médio da escola Maria do Socorro Oliveira Rocha, localizada no município
de Ourém, PA. Onde se constatou que 100% dos alunos sentem necessidade de aulas práticas em
laboratório. O grande entrave colocado pelos profissionais é a necessidade de uma estrutura que
permita a realização das aulas práticas de química. Para esta situação, colocamos a utilização de
materiais alternativos de fácil acesso que, além de mostrar o fenômeno a ser explicado, traz para a
sala de aula algo que esteja diretamente presente no seu cotidiano.
Palavras-chave: Experimentação, inter-relação, Aulas práticas, materiais alternativos.
30
A GESTÃO DA SEGURANÇA E SAÚDE DO TRABALHADOR NA
PRODUÇÃO DO ALUMÍNIO NO PARÁ
Laura Soares Martins NOGUEIRA ([email protected] / Centro Estadual do Pará-
FUNDACENTRO e Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Sustentável do Trópico
Úmido do Núcleo de Altos Estudos Amazônicos da Universidade Federal do Pará-
PDTU/NAEA/UFPA).
Os projetos mínero-metalúrgicos que se instalaram na Amazônia brasileira resultam de estratégias
do Estado para o desenvolvimento deste território, calcadas no ideário da modernização e
crescimento econômico para a região. Mudanças ocorreram no setor desde então, das quais
ressaltamos o processo de reestruturação produtiva, que se por um lado implicou em melhorias
tecnológicas e aumento da produção; por outro, fez diminuir os postos de trabalho, intensificando a
terceirização, alterando condições e relações de trabalho. No bojo das mudanças, denúncias
atinentes ao adoecimento de trabalhadores têm sido realizadas por ONG e sindicatos, porém
negadas pela empresa. Frente a estes discursos contraditórios, o trabalho enfatiza o papel da Gestão
da segurança/saúde dos trabalhadores na manutenção de condições e de organização do trabalho,
capazes de gerar acidentes e adoecimento. Valendo-se do aporte teórico da Psicodinâmica do
Trabalho, o presente estudo optou pela abordagem qualitativa em pesquisa o que permitiu a
realização de 44 entrevistas com trabalhadores, familiares, representantes de trabalhadores, técnicos
e gestores da empresa estudada. Observou-se que no processo de reestruturação produtiva, o
paradigma da Saúde Ocupacional, norteador da formação dos profissionais da segurança no
trabalho, coaduna-se ao discurso da gestão pela qualidade que, por sua vez, ao valorizar o
engajamento do trabalhador em prol da produção, considera determinados comportamentos como
riscos, contribuindo para a culpabilização do trabalhador pelo acidente/adoecimento. Sob essa ótica,
segurança e saúde no trabalho dependem da conscientização e comprometimento do trabalhador
com o tema, excluindo-se possibilidades de análise que considerem o nexo entre condições e a
organização do trabalho e os riscos de acidentes e adoecimento enfrentados pelos trabalhadores.
Conclui-se que o modo como se faz a Gestão da segurança e saúde do trabalhador na empresa em
foco contribui para o sofrimento do trabalhador vítima de acidente de trabalho que está para além
do sofrimento resultante do adoecimento.
Palavras-chave: Saúde do Trabalhador; Psicodinâmica do Trabalho, Reestruturação
Produtiva e Subjetividade.
31
A HISTÓRIA DA MODELAGEM NA ECOLOGIA
Ana Carolina Batista MAFRA
1 ([email protected]); Antônio GALVÃO
1.
1Universidade do Estado do Pará, Centro de Ciências Sociais e Educação – Belém, PA
Os níveis hierárquicos estudados para se determinar modelos usados na ecologia são: população,
comunidade e ecossistema. Seguindo tal hierarquia a modelagem ecológica prosseguiu. Foi então
que a Ecologia se utilizou primeiramente do modelo de Malthus que previa o crescimento
populacional, também conhecida como equação do crescimento geométrico, onde a população
humana cresceria de forma geométrica enquanto que os alimentos de forma aritmética. Em seguida,
Verhulst modificou o modelo de Malthus, pois de acordo com as ideias de Charles Darwin, uma
população não cresce indefinidamente devido a teoria de seleção natural. Outro modelo que ficou
conhecido foi o chamado presa-predador definido por Lotka e Volterra que descreve as mudanças
oscilatórias em duas populações que interagem. Esse modelo ficou conhecido na literatura o que fez
subir o nível hierárquico da modelagem ecológica dando a possibilidade de estudos de
comportamento de uma comunidade e não mais de uma população ou espécie. Porém sua validade
não foi considerada em experimentos de laboratório, o que o fez obter críticas pelos estudiosos. Em
grande parte dos estudos, os modelos matemáticos emprestados à ecologia foram vítimas de
críticas, porém a ecologia se utilizava dos mesmos para lhe conferir um certo status e igual grau de
exatidão das ciências físicas. Inicialmente o entusiasmo tomou conta dos estudiosos que tentavam
aplicar os modelos à realidade. Problemas surgiram posteriormente com discussões de biólogos
como Eric Ponder que dizia “um simples sistema de equações diferencias nunca descreveria
problemas complexos e altamente desconhecidos” e continuou sua critica falando que no momento
em que se encontravam precisavam “de mais medidas de campo e menos teorias, mais análises
experimentais de fenômenos e menos integrações de equações”. Em seguida um cientista russo
chamado Georgii F. Gause demonstrou que os modelos matemáticas não tinham a necessidade de
prever fenômenos com precisão, que estes podem apenas construir princípios e teoria que serviram
de base para certos tipos de pesquisas. Howard T. Odum utilizou de modelos de circuitos elétricos
para pesquisar fenômenos ecológicos e analisar problemas sociais em modelos ecológicos na
década de 60. Seus estudos feitos, hoje são base para moderna modelagem. A modelagem
matemática tem sido aplicada em várias áreas de estudo, e com isso a modelagem ecológica
também vem ganhando espaço devido à crescente necessidade de respostas imediatas frente aos
problemas ambientais em nível global.
Palavras-chave: Ecologia, Modelagem, Cientistas.
32
A IMPORTÂNCIA DO CONHECIMENTO PARA LIDAR
ADEQUADAMENTE COM RESÍDUOS AGROQUÍMICOS
Maria Bruna Martins CARVALHO1 ([email protected]); Samuel Castro de JESUS
2.
1,2
Universidade do Estado do Pará, Centro de Ciências Sociais e Educação – São Miguel do
Guamá, PA.
Com o aumento da população urbana a partir da industrialização, surgiu a necessidade de haver um
aumento na produção de alimentos e algo que viabilizou a solução desta situação, foi o emprego de
agroquímicos também chamados de agrotóxicos estes, segundo Houaiss (2004, p.23), são produtos
químicos usados no combate às pragas e prevenção contra elas na lavoura. Tem-se, a curto prazo, a
solução perfeita para o problema citado. Uma questão coerente, no entanto, é “o outro lado da
moeda”, ou seja, as consequências trazidas pela utilização dos agroquímicos e principalmente, pela
má utilização dos mesmos. Quando a produção de agroquímicos se dá por um princípio ativo
químico, tem-se uma potencialidade tóxica maior que irá influenciar não só no produto onde é
utilizada, mas em quem o manuseia e também em espécies animais, além do que, alguns
agroquímicos têm um longo prazo de degradação; outra questão pertinente é o fato da aquisição de
imunidade aos pesticidas desenvolvida pelos agentes nocivos a produção. Muitos agricultores com
o objetivo de potencializar o efeito de pesticidas fazem o uso excessivo do produto, existem ainda
outros casos como a utilização de pesticida impróprio, ou ainda a colheita em um prazo anterior ao
adequado; um dado da ANVISA (2006) mostra que o Brasil ocupa a posição de segundo maior
consumidor de agrotóxico do mundo; cabendo esta questão à preocupação dos órgãos federais com
embasamento no Decreto (407/02) e na lei 7.802/89, que conferem essas responsabilidades aos
órgãos federais voltados para os setores de saúde, meio ambiente e agricultura. Percebemos então
como algo indispensável, a orientação de profissionais agrônomos e técnicos especializados, na
intervenção do processo de produção de alimentos, bem como a grande necessidade de um
programa rigoroso de monitoramento.
Palavras-chave: Agroquímicos, Preocupação dos órgãos federais, Consequências.
33
A INDÚSTRIA CULTURAL COMO DISSEMINADORA DA TEORIA DA
EVOLUÇÃO BIOLÓGICA
Gabriel de Lima NUNES ([email protected]).
Universidade do Estado do Pará, Centro de Ciências Sociais e Educação – São Miguel do Guamá,
PA.
A teoria da evolução biológica devido a seu papel fundamental dentro da biologia, podendo ser
utilizado como eixo-integrador, e sendo considerado pelos PCN+ como um dos temas
estruturadores da biologia, acaba por ser um conhecimento de grande importância. No entanto,
segundo diversos autores, ela não tem a devida atenção dentro das ciências da vida. Devido esta
problemática foi que se fez necessário um estudo mais detalhado sobre o assunto, levando a
necessidade de uma pesquisa mais aprofundada. O resultado apontou diversos problemas, mas um
em especial que chamou a atenção é o conhecimento sobre o assunto que chega ao estudante
previamente fazendo frente ao conteúdo escolar que chega posteriormente, ou seja, conhecimento
prévio versus conhecimento cientifica. O que se busca, no entanto não é a substituição do
conhecimento, mas a reconstrução do mesmo.
Como podemos notar, o termo evolução é muito utilizado no dia a dia e chega ao nosso
conhecimento de diversas maneiras, uma delas que podemos destacar é a televisiva, que utiliza esse
termo cientifico não apenas em telejornais ou em reportagens e programas educativos, mas também
subentendido em series, filmes e desenhos animados, levando a desenvolver uma idéia equivocada
ou distorcida da teoria da evolução biológica, além da vulgarização do termo cientifico. Por
considerar o poder que a mídia, que é controlada pela indústria cultural, exerce na formação e
desenvolvimento do sujeito fazendo assim, portanto, parte importante e fundamental de sua
bagagem intelectual, e também por conseguir muitas vezes, transpor a barreira da exclusão
formando uma força de homogeneização de massas na sociedade, foi que se buscou desenvolver
este trabalho com estudantes do ensino médio, procurando observa como se dava a disseminação
deste conteúdo fora da sala de aula, e quais seus conceitos desenvolvidos, para se pode analisar esta
problemática e encontrar formas eficientes de superação deste obstáculo epistemológico.
Palavras-chave: Evolução biológica, conhecimento prévio, indústria cultural, sociedade,
disseminação.
34
A INTELIGÊNCIA EMOCIONAL E O VESTIBULAR
Bruno Calzavara FLORES1 ([email protected]); Girena Fernandes RAMALHO
2.
1Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará – Belém, PA.
2Universidade Federal do Pará, Instituto de Ciências Biológicas – Belém, PA.
A Inteligência Emocional é entendida como a capacidade individual de perceber, compreender e
demonstrar as emoções, aprendendo a administrá-las em si próprio, e nos outros, de forma a facilitar
os processos cognitivos e promover o crescimento pessoal e intelectual. O desenvolvimento dessa
habilidade – em âmbito escolar, mas para além deste – fundamenta a base sobre a qual a maturidade
do educando será edificada, preparando-o para gerir sentimentos opostos e enfrentar situações
limite, principalmente sob as mais diversas avaliações a que ele será submetido durante sua
trajetória escolar, em especial nos momentos de transição de níveis educacionais. Partindo dessas
premissas, o objetivo da pesquisa foi ajudar os alunos a desenvolver a sua inteligência emocional.
Para tanto, foi eleito um aluno, concluinte do ensino médio, considerado representativo por
apresentar tensões típicas dos chamados “vestibulandos”, para representar o objeto de pesquisa do
presente estudo de caso. As atividades iniciaram a partir da exibição de vídeos motivacionais,
realização de exercícios e questionários avaliadores de IE, seguindo de atividades lúdicas,
dinâmicas, jogos interativos e a evocação de conceitos multidisciplinares, a partir dos quais foi
possível identificar características, tendências e sentimentos que alicerçaram reflexões sobre a
necessidade da mudança. Nesse sentido, as observações realizadas apontaram que o
desenvolvimento de competências da inteligência emocional, como autoconhecimento, autogestão,
consciência social e administração de relacionamentos, que contribuíram positivamente na
qualidade do processo de ensino-aprendizagem, na preparação para o exame vestibular e,
possivelmente, no nível das relações que serão estabelecidas no âmbito acadêmico.
Palavras-chave: Inteligência Emocional, Vestibular, Educação.
35
A LUTA POR RECONHECIMENTO DAS POPULAÇÕES TRADICIONAIS E
MOVIMENTOS SOCIAIS NA AMAZÔNIA: UM ESBOÇO CONCEITUAL
SOBRE A TEORIA DE AXEL HONNETH
Janine de Kássia Rocha BARGAS ([email protected]);
Luís Fernando Cardoso e CARDOSO ([email protected]).
1Universidade Federal do Pará, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas – Belém, PA.
2Universidade Federal do Pará, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas – Belém, PA.
O que leva indivíduos a lutarem por reconhecimento? Alguns pensadores da chamada Teoria
Crítica, como Jürgen Habermas e Axel Honneth se inquietaram com essa questão. E é no
pensamento de Honneth, que a preocupação com os conflitos sociais ganharam novas proporções e
redesenharam as formulações do pensamento crítico. A centralidade do conflito na obra de Honneth
aponta para uma forma de organização da sociedade pautada na busca pelo reconhecimento e esta
busca se dá a partir de uma situação de desrespeito. Assim podemos entender de maneira perspicaz
e salutar as motivações das mobilizações de movimentos sociais de distintas naturezas, e, assim
como aponta este ensaio, o caso das populações tradicionais e os movimentos sociais na Amazônia.
A constituição do direito moderno pautado nos princípios de universalização propõe que o
reconhecimento nesta sociedade se dá pela posição de cidadão de ser humano. Neste sentido, o
ponto culminante que leva o sujeito ao conflito, a partir de uma conjuntura de desrespeito é a sua
percepção sobre si mesmo no contexto social. É importante destacar, então, que o processo de re-
existência protagonizado pelas populações tradicionais, pelos movimentos sociais e pelas novas
formas de organização da identidade vai além de uma mera reação mecânica às políticas
modernizadoras; ele se constitui num processo de percepção da importância da afirmação de um
sentido coletivo, de uma busca por justiça a partir da existência, entre outros fatores, de um
sentimento de solidariedade que contribui para a força de suas mobilizações políticas; importante
não somente aos homens que o empreendem, mas também ao ambiente concreto em que estão
inseridos, à sociedade como um todo, e, em particular aos centros de decisão do poder estatal.
Palavras-chave: Reconhecimento, Populações Tradicionais, Movimentos Sociais, Conflitos,
Amazônia.
36
ANÁLISE DA EFICIÊNCIA ECONÔMICO-FINANCEIRA DAS
COOPERATIVAS DE CRÉDITO FILIADAS À CENTRAL SICOOB-
AMAZÔNIA ATRAVÉS DA ANÁLISE ENVOLTÓRIA DE DADOS
Rosinele da Silva de OLIVEIRA¹ ([email protected]); Sérgio Castro GOMES¹; Renan Alves
BRANDÃO¹; Dorival Pereira TANGERINO NETO¹; Eugênia Rosa CABRAL¹
¹Universidade da Amazônia – Belém, PA
As cooperativas de crédito mútuo constituem uma alternativa de acesso ao crédito e serviços de
natureza bancária que vem se expandindo ao longo dos anos no Brasil. O foco na ajuda mútua
permite que o associado participe do gerenciamento de suas finanças e usufrua do resultado apurado
no final do exercício. A utilização de referências de desempenho econômico-financeiro pode
contribuir para a identificação das melhores práticas gerenciais e para o fortalecimento do sistema
cooperativo. O objetivo do presente trabalho é o de mensurar a eficiência relativa em termos
econômicos e financeiros das cooperativas de crédito mútuo do estado do Pará nos anos de 2005 e
2006. O cálculo da eficiência é realizado utilizando-se da Análise Envoltória de Dados (DEA) que
se propõe analisar a relação recursos/produção, envolvidas na avaliação do desempenho de
unidades organizacionais, indicando os fatores que interferem positiva ou negativamente na
eficiência destas. O estudo realizado demonstrou que as cooperativas com elevado volume de
recursos captados e não aplicados proporcionalmente em operações de crédito, que representam a
sua atividade principal, não conseguiram obter desempenho superior. As correlações entre os
indicadores utilizados ratificam a afirmativa acima, para os anos em estudo. Os resultados da
aplicação do DEA mostram que duas cooperativas foram classificadas como ineficientes, em 2005,
e quatro em 2006. Os resultados obtidos demonstram que a análise envoltória de dados pode ser
uma interessante alternativa para a avaliação de desempenho das cooperativas de crédito mútuo.
Palavras-chave: Análise Envoltória de Dados; Eficiência; Cooperativa de Crédito.
37
ANÁLISE DA EVOLUÇÃO DO DESMATAMENTO NA REGIÃO DE
SANTARÉM, DE 1997 A 2009
Benedito Evandro Barros da SILVA1,2
([email protected]); Adilson Wagner
GANDU1,3
1Programa de Pós-graduação em Ciências Ambientais – UFPA – Belém, PA.
2Secretaria de Estado de Meio Ambiente do Pará – SEMA – Belém, PA.
3Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas – USP – São Paulo, SP.
O objetivo desse trabalho foi analisar a evolução do desmatamento na região de Santarém em
diferentes anos das últimas décadas. O uso da terra na região de Santarém até a década de 1980
baseava-se na agricultura familiar, com a utilização de técnicas tradicionais de preparo e cultivo do
solo e o extrativismo vegetal. A partir das décadas de 1980 e 1990 houve uma intensificação da
atividade pecuária e da agricultura mecanizada o que provocou o desmatamento de grandes áreas,
tanto de vegetação primária quanto secundária para a implantação de pastagens e nas áreas de
agropecuária familiar. A área de estudo localiza-se na meso-região do baixo Amazonas e sudoeste
Paraense, envolvendo as micro-região de Altamira, Almerim, Itaituba, Óbidos e Santarém. Engloba
doze municípios, totalizando uma área de 264.476 Km2. Para a análise da evolução espacial e
temporal do desmatamento na região de estudo foram utilizados dados vetoriais do Instituto
Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), disponíveis pelo Projeto PRODES. O período analisado
foi do ano de 1997 a 2009, trabalhadas no software Arc. Gis. 9.2. Os resultados mostram que o
período de 2000 a 2003 foi o que contabilizou o maior desmatamento na região de Santarém,
devido aos incentivos da agricultura mecanizada. Os Municípios de Uruará, Curuá e Placas foram
os que mais desmataram no período de 2000 a 2009, quando se relaciona área desmatada em
relação à área total do município. Este fato se deu devido à proximidade da BR-163 e dos Projetos
de Desenvolvimento Sustentáveis (PDS), que facilitam o transporte de madeira e a produção da
agricultura mecanizada. A região mais a leste da área de estudo sofreu maior modificação da
superfície do solo, enquanto que a região mais a oeste sofreu menor desmatamento ao longo dos
anos. Nota-se que até o ano de 2000 o desmatamento acumulou uma área de 17.263,0 Km2
correspondendo a 6,54% da área total dos municípios, enquanto que até o ano 2009 passa a
acumular uma área de 22.677,8 Km2, representando 8.57%.
Palavras-chave: Desmatamento, Amazônia, Uso e ocupação do solo, Santarém.
38
ANÁLISE DA PESCA PROFISSIONAL NO ESTADO DO TOCANTINS:
DIFERENTES OLHARES Dallyla Tais Assunção Milhomem Ferreira
2 Elineide Eugênio Marques
1 Mestranda do Curso de Pós-Graduação em Ciências do Ambiente da Universidade Federal do
Tocantins, UFT, Campus de Palmas, graduada em Ciências Biológicas pela mesma instituição 2Profª. Drª. da Universidade Federal do Tocantins,UFT, Campus de Porto Nacional, Núcleo de
Estudos Ambientais (Neamb)
Este trabalho teve por objetivo analisar os problemas encontrados na legislação relacionada à pesca
profissional no estado do Tocantins a partir da análise comparativa da legislação pesqueira vigente
em nível estadual e federal, além de entrevistas gravadas com os diversos representantes do setor
pesqueiro tocantinense. A falta de uma política pesqueira que contemple a pesca profissional e de
políticas públicas estaduais que considere os anseios dos pescadores locais faz com que a pesca
profissional se torne fragilizada.
Palavras-chave: Pesca Profissional, Economia, Políticas Públicas, Lei
39
ANÁLISE DE MACRONUTRIENTES PARA AVALIAR O GRAU DE
EVOLUÇÃO DO SUBSTRATO TERRA PRETA NOVA EM COMPARAÇÃO
COM SOLOS DE TERRA PRETA ARQUEOLÓGICA
Paulo Alexandre Panarra Ferreira Gomes das NEVES1([email protected]); Cristine Bastos
do AMARANTE2; Maria de Lourdes Pinheiro RUIVO
2; Dirse Clara KERN
2; Jorge Luiz
PICCININ2; Nildineide Lima SOARES
1.
1Universidade do Estado do Pará, Departamento de Ciências Naturais – Belém, PA.
2Museu Paraense Emílio Goeldi, Coordenação de Ciências da Terra e Ecologia – Belém, PA.
Acredita-se que os solos altamente férteis e estáveis denominados de Terra Preta Arqueológica
(TPA) têm sua origem não intencional a partir do depósito de material de origem vegetal e animal
pelo homem pré-histórico (KERN; KÄMPF, 1989; KERN, 1996). A partir da compreensão do
processo de formação e atributos dos solos TPA, estudos voltados para o desenvolvimento de
tecnologias na replicação de Terra Preta Nova (TPN) estão em andamento no nordeste do Pará
utilizando a adição ao solo de resíduos orgânicos encontrados em grande escala, como resíduos de
serraria associados aos resíduos de abatedouros e carvão (MONTEIRO, 2004). O presente trabalho
teve como objetivo conhecer o perfil químico das parcelas experimentais do projeto TPN em termos
de macronutrientes (Ca, Mg, Na, K, C, P, N) e estabelecer comparações com os mesmos dados
obtidos a partir das amostras de solo de Terra Preta Arqueológica (TPA).As amostras de TPN foram
coletadas em uma área 4 ha cedida pela Empresa Tailâminas Plac, no município de Tailândia, o
qual está situado cerca de 200 km de Belém, às margens da PA 150, no nordeste do Pará. No
Experimento TPN foram inicialmente implantados 17 tratamentos com quatro repetições cada,
totalizando 68 parcelas, medindo 3 m x 3 m. Antes da análise química as amostras foram
submetidas a um pré-tratamento físico (secagem ao ar livre até peso constante e peneiramento em
malha de 2mm). A metodologia utilizada para a digestão das amostras foi a proposta pelo Manual
de Análise de Solos (SILVA, 2003).Dos elementos analisados apenas Na e N se aproximaram dos
teores encontrados em solos TPA. Ca, Mg, K e P apresentaram concentrações bem inferiores aos
solos TPA de referência. Em geral, na 13ª coleta, os resultados mostram que a aplicação individual
dos substratos, assim como suas associações não influenciam em maior ou menor enriquecimento
do solo com relação aos elementos estudados, com raras exceções, tais como: no tratamento que
possui carvão para o elemento Mg, e nos tratamentos de associações de carvão e resíduos de lâmina
triturada para o elemento Na.
Palavras-chave: Terra Preta Arqueológica, Terra Preta Nova, macronutrientes
40
ANÁLISE ERGONÔMICA DE POSTO DE TRABALHO DE UMA
AGÊNCIA BANCÁRIA
Bruno da Costa FEITOSA1 ([email protected]); Dorival Pereira TANGERINO NETO
2
1,2
Universidade da Amazônia, Programa de Pós-Graduação em Administração – Belém, PA.
O presente artigo teve como objetivo analisar os aspectos ergonômicos do posto de trabalho
localizado em uma agência bancária, visando identificar fatores de risco no exercício da atividade
profissional. Tal análise foi realizada na área de suporte operacional da agência, a partir de
observações diárias, pesquisas bibliográficas e a utilização de questionário para coleta de dados,
aplicado no posto de trabalho analisado. O questionário foi composto de 15 questões para
quantidade de 9 respondentes, que exercem diferentes funções no local estudado. Como resultado
da pesquisa, verificou-se que o estresse, aliado aos movimentos e posturas realizados, constitui os
principais fatores de risco ao longo da jornada de trabalho. Desta forma, foi possível reafirmar a
importância da ergonomia na preservação da saúde dos trabalhadores.
Palavras-chave: Ergonomia, Posto de trabalho, Serviços bancários.
41
ANÁLISE ESPAÇO-TEMPORAL DO USO E OCUPAÇÃO DE ÁREAS DE
MATA CILIAR DO RIO PARAGUAI NO MUNICÍPIO DE BARRA DO
BUGRES - MT
Seyla Poliana Miranda PESSOA1([email protected]); Jesã Pereira KREITLOW
2; Maurício
Ferreira MENDES1; Edinéia Aparecida dos Santos GALVANIN
1,3; Sandra Mara Alves da Silva
NEVES1,2
; Rivanildo DALLACORT1.
1Universidade do Estado de Mato Grosso - UNEMAT, Mestrado em Ambiente e Sistemas de
Produção Agrícola, Campus de Tangará da Serra. 2UNEMAT, Departamento de Geografia, Campus de Cáceres.
3UNEMAT, Departamento de Matemática, Campus de Barra do Bugres.
Atualmente um dos temas amplamente discutido é a ocupação irregular de áreas de mata ciliar.
Nesse contexto, o uso de geotecnologias subsidiam a identificação e monitoramento desse tipo de
ação antrópica. O objetivo deste trabalho foi realizar uma análise espaço-temporal do uso e
ocupação de áreas de mata ciliar do rio Paraguai, no município de Barra do Bugres/MT-Brasil. A
área de estudo totaliza 329 km2, demarcada entre o encontro do rio Paraguai com o Jauquara até o
córrego Botucum. Foram adquiridas imagens do sensor TM (Thematic Mapper) do satélite Landsat-
5, com resolução espacial de 30 metros, órbita 227, ponto 70, bandas 3, 4 e 5, datadas de 20 de maio
de 1984 e 10 de abril de 2010, solicitadas a partir do catálogo de imagens do Instituto Nacional de
Pesquisas Espaciais (INPE). Estas imagens foram processadas nos SIGs SPRING 4.3.3 e Arcgis 9.2
para a geração de mapas temáticos. Foi possível identificar e classificar o uso e cobertura do solo
em: agricultura, água, área úmida, área vegetada, pastagem, solo exposto e urbano. Houve mudança
nos valores quantitativos das áreas de classes, evidenciando um aumento de 17,17% na agricultura e
diminuição de 20,13% na área vegetada. Os mapas temáticos permitiram mensurar e monitorar a
evolução do uso e ocupação de áreas de mata ciliar. Ressalta-se principalmente que as atividades
agropecuárias promoveram os conflitos de uso. Este trabalho pode servir como subsídio para o
desenvolvimento de planos de manejo e conservação, tomada de decisões políticas/técnicas de
caráter sócio ambiental, por parte dos poderes públicos e também da sociedade.
Palavra-chave: Geotecnologias, Biogeografia, Recursos hídricos.
42
ANÁLISE TEMPORAL DA COBERTURA VEGETAL E EVIDÊNCIAS DOS
AVANÇOS DE ÁREAS ANTRÓPICAS NO MUNICÍPIO DE GARRAFÃO DO
NORTE, PARÁ
Leila Sheila LISBOA1 ([email protected]); Lucieta Guerreiro
MARTORANO2([email protected]); Silvio BRIENZA
JUNIOR2([email protected])
1Escola Superior de “Agricultura Luiz de Queiroz”- ESALQ-ENGENHARIA DE
BIOSSISTEMAS/USP – Engenharia de Sistemas Agrícolas – Piracicaba, SP – Belém, PA. 2 Embrapa Amazônia Oriental – Belém, PA.
A inclusão de programas de governo como a “Operação Arco Verde‟ que seleciona municípios
prioritários, com definições de áreas de interesses para fazer parte das avaliações de municípios
sustentáveis, os quais se incluem no estado do Pará, dentro do Programa Municípios Verdes,
reforça a responsabilidade da pesquisa em apontar indicadores que evidenciem municípios que
sofreram fortes pressões nas áreas florestadas. Objetivou-se com este trabalho avaliar a dinâmica
espaço-temporal da cobertura vegetal e da antropização no município de Garrafão do Norte.
Utilizou-se dados do satélite Landsat, sensor TM-5, correspondente ao período de 1985 a 2010. As
imagens foram tratadas no ENVI e os mapas foram confeccionados no ArcGis (Sistemas de
Informação Geográfica) com Projeção UTM e Datum WGS-84. Os dados apontaram que em 1985 o
município apresentava 49,5% da área com vegetação natural, 47,0% com área antorpizada, tendo
3,5% incluindo outras feições (por exemplo, corpos d‟água). Cinco anos mais tarde (1990), a área
antropizada passou para 65,7% e a área com vegetação natural que se mantinha intacta, foi reduzida
para 31,1% e incluído na classe outros com 1,2%. Em 1999, remanescentes da área intacta
totalizavam 10,3% e 86,8% enquadravam-se na classe antropizada. Em 2010 os números reduziram
para 4,7% da vegetação natural e a antropização totalizava os 94,2% do município, indicando a
forte pressão antrópica que o município de Garrafão do Norte sofreu em 25 anos. Observando-se os
eixos de antropização, nota-se que as forçantes foram no sentido Norte-Sul. O mapa do município
que tem como característica um formato de um membro inferior humano, a parte que se assemelha
ao pé humano, manteve-se intacto até 1990. Esse padrão de desflorestamento no município é
preocupante, pois com base nesses resultados infere-se que em Garrafão do Norte a pressão
antrópica promoveu perdas em serviços ecossistêmicos prestados pela vegetação natural, reduziu a
biodiversidade, descumpriu leis ambientais vigentes no país, ameaçando a sustentabilidade
econômica, social e ambiental desse município.
Palavras-chave: Indicadores, Forçantes, Impactos Ambientais, Serviços Ecossistêmicos,
Municípios Verdes
43
A NOVA ECONOMIA INSTITUCIONAL E A TEORIA DA REGULAÇÃO:
UMA REFLEXÃO DO MACROAMBIENTE INSTITUCIONAL DO SETOR
MADEIREIRO NO ESTADO DO PARÁ.
Dorival Pereira TANGERINO NETO1 ([email protected]); Bruno da costa FEITOSA²
1,2
Universidade da Amazônia, Instituto de Ciências Sociais Aplicadas – Belém, PA.
Este trabalho trás considerações sobre a Nova Economia Institucional (NEI) e a teoria da regulação
diante o setor madeireiro no Estado do Pará. A NEI considera a firma como um conjunto complexo
de contratos provenientes de inúmeras transações que geram custos para o seu funcionamento,
existindo este de forma microanalítica e macroanalítica. A teoria da regulação se caracteriza pela
intervenção do Estado na economia, impondo regras de condutas para as empresas, disciplinando
assim o setor privado da economia. O objetivo principal deste estudo é analisar o Macroambiente
Institucional do Setor Madeireiro no Estado do Pará, através da análise das variáveis pertencentes
ao campo da política, do direito (legislação) e das instituições, com o foco essencial de estudar as
regras do jogo. A pesquisa utilizou o método qualitativo, exploratório, observação simples e
posteriormente seguiu na forma descritiva. Assim pode-se inferir que este estudo foi importante
para o enriquecimento do conhecimento do setor madeireiro do Estado do Pará, contribuindo
também para o avanço de posteriores pesquisas na área, no que se refere à Nova Economia
Institucional e a Teoria da Regulação.
Palavras-chave: A Nova Economia Institucional, Setor Madeireiro, Teoria da Regulação.
44
A PAISAGEM DO AMBIENTE UNIVERSITÁRIO: ALGUMAS
POSSIBILIDADES DE LEITURA SOBRE OS CAMPI DA UFT
Adriano CASTORINO1 ([email protected]), Rinaldo Sérgio Vieira ARRUDA
2
1Universidade Federal do Tocantins/UFT e Pontifícia Universidade Católica de São Paulo/PUCSP
2Pontifícia Universidade Católica de São Paulo/PUC-SP
O texto que aqui se inicia tem como meta fazer uma narrativa sobre os aspectos físicos, simbólicos
e humanos dos campi da Universidade Federal do Tocantins. Não será, portanto, minha meta, traçar
um desenho ou me ater a cronologias. Por isso, esclareço ainda que mesmo tendo decidido separar
minha análise em três aspectos, físicos, simbólicos e humanos, não vou, deliberadamente fazer um
texto com três partes. Antes, vou considerar todos os aspectos entranhados entre si porque a
universidade não os traz separados. Para começar trago aqui uma explicação de Enrique Leff
(2007), em que o autor diz que “o ambiente não é o meio que circunda as espécies e as populações
biológicas; é uma categoria sociológica (e não biológica), relativa a uma racionalidade social”
(LEFF, 2007.p.160). A partir desse marco quero considerar o ambiente universitário como algo
construído e percebido como tal por causa dos valores que nesse ambiente transitam.
Palavras-chave: paisagem como ambiente, ambiente universitário, espaço e lugar.
45
A PERCEPÇÃO AMBIENTAL NO PROCESSO DE TRANSIÇÃO
AGROECOLOGICA: UM ESTUDO DE CASO NA RESEX MARACANÃ
Regiara Croelhas MODESTO
1 Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará – EMATER/PA
A percepção ambiental definida como o ato do homem perceber o ambiente em que está inserido,
busca nos sentidos de audição e visão, nas imagens mentais sobre a realidade: memórias,
experiências, valores, cultura, interpretações, e nas atitudes e expectativas do homem, maneiras de
articular os conhecimentos científicos e saberes populares que venham a contribuir no processo de
transição agroecológica. Este estudo foi desenvolvido na comunidade Pauxis, área da Reserva
Extrativista Marinha Maracanã (RESEX), através da observação direta, interrogação e consulta
documental ao Registro de Beneficiários do INCRA. A interrogação foi feita por questionário
composto de perguntas abertas e fechadas, aplicados a seis famílias, com total de 15 entrevistados.
Os resultados foram quantitativos e qualitativos, sendo reunidas algumas falas na apresentação dos
resultados qualitativos. A percepção dos entrevistados em relação à RESEX foi sendo observada ao
longo das entrevistas que identificaram os entrevistados que co/reconheciam sua condição de
usuários da RESEX; os Usuários que co/reconheciam sua condição de Usuários Beneficiários; os
que conheciam o Plano de Utilização da Resex; os principais problemas da comunidade e a
importância de morar em uma área de reserva extrativista. A percepção dos moradores da
comunidade em relação à RESEX está muito relacionada aos benefícios da construção das casas e
ao fomento de embarcações e apetrechos de pesca. Existe a necessidade de desenvolver atividades
educativas que esclareçam a importância da Reserva Extrativista Marinha Maracanã e do papel dos
usuários/beneficiários na gestão desta unidade, para que assim eles possam contribuir na
preservação do ambiente em que vivem.
Palavras-chave: Agroecologia, sustentabilidade, saberes.
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APLICAÇÃO DA LISTA DE VERIFICAÇÕES DE BOAS PRÁTICAS EM
ESTABELECIMENTOS COMERCIALIZADORES DE HORTIFRUTIS NO
MUNICÍPIO DE CAMETÁ-PA
Paula Ondina Martins SOUZA([email protected]) 1; Silas Rafael Figueiredo de ARAÚJO
2; Beatriz Nunes e SILVA
3; Tatiane Lopes de BARROS
4; Luana Carolina Pinheiro da SILVA
5;
Eliane do Socorro Dornelas do CARMO6.
1,3,4,5,6
Universidade do Estado do Pará- Centro de Ciências Naturais e Tecnologia-Cameta-PA 2Universidade Federal do Ceará- Departamento de Tecnologia de Alimentos- Fortaleza-CE
Os hortifrutis constituem uma das melhores formas de obtenção dos nutrientes, vitaminas e sais
minerais, essenciais na manutenção da saúde do corpo humano. Os hortifrutis são constituídos de
frutas, legumes e verduras (FLV). No entanto, para que o valor nutricional que estes oferecem seja
válido é necessário que sejam aplicadas boas práticas higiênicas no armazenamento, na
manipulação e na comercialização destes alimentos. Nesse sentido e partindo da observação dos
estabelecimentos comercializadores de hortifrutis no município de Cametá, este trabalho teve por
objetivo a aplicação da lista de verificação, adaptada da resolução RDC n° 275, de 21 de Outubro
de 2002, buscando identificar as condições higiênico-sanitárias, verificando se os mesmos
funcionam de acordo com as determinações da legislação vigente. E de acordo com os resultados
obtidos, os estabelecimentos estão fora dos padrões exigidos pela resolução. Pois a maior média foi
de 46,15 % no atendimento aos itens, resultado do estabelecimento E1, que o classifica no grupo 3,
daqueles com menos de 50% de conformidade aos itens. Os estabelecimentos E2 e E3, também
ficaram classificados no grupo 3, com 41,5% e 36,9%, de itens atendidos, respectivamente. Esses
resultados confirmam que o setor de comercialização de hortifrutis no município de Cametá possui
grande deficiência na oferta de alimentos seguros e com qualidade aos seus consumidores.
Palavras-chave: Hortifrúti, higiene, boas práticas de manipulação.
47
A PRÁTICA E A EXPERIMENTAÇÃO NA CONSTRUÇÃO DO
CONHECIMENTO CIENTÍFICO
Gabriel de Lima NUNES ([email protected]).
Universidade do Estado do Pará, Centro de Ciências Sociais e Educação – São Miguel do Guamá,
PA.
Uma das características marcantes do conhecimento cientifico é seu caráter pratico e experimental,
que permite a constatação e contestação de hipóteses fazendo do campo cientifico uma área de
constantes descobertas e no qual, verdades e leis permanentes não existem, ou seja, não há
conclusões definitivas. Logo seu saber teórico vem acompanhado de um poder pratico sobre o
mundo em que vivemos. Justamente por isso, um fato alarmante que foi observado entre discentes
de Ciências Naturais no Campus XI - Núcleo de São Miguel do Guamá, é que havia muitas
reclamações pela falta de experimentação e pratica em laboratório no decorrer do curso. Esse
problema pode propiciar uma lacuna no conhecimento cientifico do futuro docente, levando-o a ter
dificuldade a desenvolver aulas de caráter experimental em laboratório em sua futura profissão. A
fim de analisar e contribuir na solução deste problema, e se pensando na formação do professor,
ofereceu-se aos alunos dos campos durante a VII semana acadêmica do Campus XI uma oficina de
microbiologia e parasitologia humana, na qual o desenvolvimento teórico vinha acompanhado da
pratica em laboratório e cuja qual seria submetida à avaliação por partes dos alunos. Da parte
prática apresentada, podemos destacar a desinfecção e esterilização de matérias em laboratório,
preparação de lâminas, manuseio e visualização ao microscópio e análise de amostras contaminadas
de fezes através do método direto. Da avaliação da oficina foram feitas três perguntas subjetivas: 1)
O que você achou da oficina? Por quê? 2) O que você acha que pode ser feito para melhorar? 3) O
que você achou do espaço físico e como você o classificaria? O resultado se revelou promissor não
só do ponto de vista da construção do conhecimento, mas também por revelar que a hipótese
levantada sobre a carência de práticas e experimentação é uma realidade do ensino superior e que
esta é uma dificuldade que pode e deve ser superada.
Palavras-chave: Conhecimento científico, Prática laboratorial, Experimentação e Formação
do professor.
48
APROVEITAMENTO DA CASCA DO MARACUJÁ AMARELO NA
PRODUÇÃO DE FARINHA: COMPOSIÇÃO CENTESIMAL E
ALTERNATIVAS PARA APLICAÇÃO EM ALIMENTOS
Suellen Suzyanne Oliveira de SANTANA1 ([email protected]); Illana de Araujo
RIBEIRO2; Fagner Freires de SOUSA
1; Layane Sarges SIQUEIRA
1; Suezilde da Conceição
Amaral RIBEIRO1
1Universidade do Estado do Pará, Centro de Ciências Naturais e Tecnologia – Belém, PA.
2Universidade Federal Rural da Amazônia, Faculdade de Engenharia de Pesca – Belém, PA.
O Brasil é o maior produtor mundial de maracujá, com destaque ao maracujá amarelo (Passiflora
edulis Sims. f. flavocarpa Deg.), sendo responsável por mais de 95% da produção. Com acidez mais
acentuada que as demais espécies apresenta grande importância econômica na indústria de sucos e
néctares. A polpa pode ser utilizada na elaboração de sorvetes, licores e doces. A casca, que
representa 40% a 50% do peso total da fruta, é considerada um resíduo industrial devido à grande
quantidade de fibras solúveis, como a pectina, componente de interesse tecnológico. Desta forma,
este trabalho visa a caracterização composicional centesimal da farinha de casca de maracujá
amarelo, bem como avaliar alternativas para a utilização em alimentos. A farinha foi obtida por
processo de secagem em estufa de circulação de ar, a 70ºC por cerca de 8 horas. Esta foi submetida
às determinações de cinzas, protídeos, acidez titulável, acidez %, açúcares totais (LUTZ, 2008),
umidade (AOAC, 1984) e lipídios (BLIGH & DYER apud CECCHI, 2003), todas realizadas em
base seca e em triplicata. Os valores obtidos para o percentual centesimal determinados
correspondem a parâmetros encontrados por outros autores e o valor de açúcares totais (1, 36%)
encontra-se abaixo de 5%, o caracterizado como um produto de baixo teor de açúcar, conforme a
Portaria nº 27/98 da legislação brasileira. Desta forma conclui-se que existe o potencial para
utilização da farinha da casca do maracujá amarelo no enriquecimento de produtos como pães,
biscoitos, bolos, empanados e macarrão, inclusive por pessoas com restrição a açúcares, além de ser
uma alternativa para a diminuição de resíduos da agroindústria lançados ao meio ambiente.
Palavras-chave: Maracujá amarelo, alimentos, resíduos.
49
ÁREAS DESFLORESTADAS ASSOCIADAS AO REBANHO BOVINO E
CULTIVO DE SOJA NO ESTADO DO PARÁ
José Reinaldo da Silva Cabral de MORAES1 ([email protected]); Lucieta Guerreiro
MARTORANO2 ;Afonso Henrique Moraes OLIVEIRA
1; Siglea Sanna de Freitas CHAVES
3
;Rodrigo Figueiredo ALMEIDA1
1Universidade Federal Rural da Amazônia, Instituto de Ciências Agrárias – Belém, PA.
2Embrapa Amazônia Oriental– Belém, PA.
3Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz/Universidade de São Paulo – Piracicaba, SP.
As microrregiões do estado do Pará, principalmente de Santarém, Paragominas e Conceição do
Araguaia destacam-se como maiores produtoras de soja (Glycine max L.), tanto em nível regional
quanto em nível estadual, indicando possíveis respostas em rendimento, devido a fatores
fitossanitários, manejo do solo e favorabilidade edafoclimática à sojicultura. No Pará, a pecuária
bovina possui uma importante contribuição econômica, principalmente no sudeste e sudoeste
paraense. A grande demanda por soja e carne bovina, aliada aos baixos valores das terras e
facilidade de acesso com outros pólos de produção, condicionam ao Pará uma fronteira agrícola em
expansão. Os dados de desflorestamentos em 2004 evidenciaram a vulnerabilidade do estado que
atingiu cerca de 8.000 ha de perda da cobertura florestal, expressas também pelo elevado rebanho
bovino que totalizou valores em torno de 12.milhões de cabeças gado. Visa com este trabalho
avaliar possíveis relações de áreas desflorestadas com aquelas destinadas a produção agrícola no
Pará. As microrregiões de Santarém e Paragominas, destacam-se por apresentarem as maiores áreas
cultivadas com soja, atingindo cerca de 28.000 ha plantados em 2009. Nesse mesmo ano, o Pará
teve uma perda de sua cobertura florestal de, aproximadamente, 5.000 ha. O maior efetivo de
efetivo de bovinos, concentra-se na mesorregião do sudeste paraense, com mais de 11 milhões de
animais. Entre 2000 a 2004, correlacionou-se áreas desflorestadas com áreas colhidas, obtendo-se
um polinômio de segundo grau, indicando que 78% do desflorestamento é explicado pela avanço da
soja, em Santarém. Recomenda-se práticas de manejo conservacionistas para mitigar o
desflorestamento e manter os pressupostos de uma economia de baixo carbono no Pará.
Palavras-chave: Oeste paraense, Nordeste paraense, Desmatamento, Agropecuária
50
AS PICHAÇÕES NA FORTALEZA DE SÃO JOSÉ DE MACAPÁ:
MECANISMOS DE PROTEÇÃO
Edinaldo Pinheiro Nunes FILHO1 ([email protected]); Maik Roberto Balacó SANTOS
1
1 Universidade Federal do Amapá, Programa de Pós-Graduação em Direito Ambiental e Políticas
Públicas – Macapá, AP.
A Fortaleza de São José de Macapá é um importante monumento militar do século XVIII que
sintetiza os métodos e estratégias da Coroa Portuguesa na ocupação da Tucujulândia. Esse
monumento está umbilicalmente ligado à própria história e origem da Vila de São José de Macapá,
atual cidade de Macapá, capital do Estado do Amapá, possuindo valor fundamental para a
compreensão da formação e identidade da população amapaense. Ocorre que atualmente sofre
danos estéticos oriundos da prática de pichação. Diante dessa problemática o estudo em questão
pretende abordar os mecanismos de proteção existentes para a promoção da preservação da
Fortaleza de São José de Macapá. Trata-se de pesquisa descritiva, pois buscou relacionar esse dano
aos mecanismos de proteção, com suporte na pesquisa bibliográfica, utilizando-se como técnica de
coleta de dados a observação do dano no local, registrando-o por meio de fotografias. Dividiram-se
os mecanismos de proteção em mecanismos jurídicos e extrajurídicos. A abordagem demonstrou
que o ordenamento jurídico pátrio, através da Convenção para a Proteção do Patrimônio Mundial,
Cultural e Natural, da Constituição Federal de 1988, das Leis federais n.° 6.938/1981 e n.°
9.605/1998, do Decreto federal n.° 6.514/08 e da Lei estadual n.° 0886/2005, está munido para
combater as infrações administrativas, apurar as responsabilidades civis e os crimes contra o
patrimônio cultural. As medidas extrajurídicas analisadas foram a Fiscalização do Poder Público e a
Educação Patrimonial. Os resultados da pesquisa demonstraram que as medidas jurídicas são
suficientes ao passo que as extrajurídicas são incipientes para a proteção desse monumento contra
os danos da pichação.
Palavras Chave: Fortaleza de São José de Macapá. Patrimônio cultural. Mecanismos de
preservação.
51
A TRADIÇÃO INDÍGENA KARIPUNA: UM ESTUDO DA CONSERVAÇÃO
DO MEIO AMBIENTE NATURAL, NA ALDEIA MANGA, NO MUNICÍPIO
DO OIAPOQUE
Jussara de Pinho Barreiros
1Universidade Federal do Amapá – Macapá, AP
A escolha em investigar o projeto de pesquisa, com o título: “A Tradição Indígena Karipuna: um
estudo da conservação do meio ambiente natural, na aldeia Manga, no município do
Oiapoque”, surgiu com tipo de estudos de caso etnográficos, de pesquisa de campo, com abordagem
do método qualitativo, buscando o enfoque crítico-dialético, numa concepção, de compreender e
desvendar numa visão dinâmica, heterogênea as práticas participativas de mudança social, cultural e
ambiental, dos povos indígenas do Oiapoque, através das análises contextualizadas a partir de um
breve referencial teórico, no campo do Direito Ambiental e Antropológico como docente e
pesquisadora, pertencente ao Curso de Educação Indígena atuando na área de Arte, Cultura e
Sociedade Indígena no Ensino Superior, a qual vem sendo desenvolvida desde 2004, através do
Grupo de trabalho (GT) da Universidade Federal do Amapá – UNIFAP. O lócus da pesquisa de
campo, é a aldeia Manga, no município do Oiapoque, onde pretendemos investigar à questão étnica
na conservação do meio ambiente natural, através do manejo dos recursos naturais para as atividades
de caça, pesca, plantio e cultivo na região do Uaçá,que compreende uma área ocupadas por três
Terras Indígenas (TI Uaçá, TI Juminã e TI Galibi do Oiapoque),onde historicamente os povos
Karipuna habitam a aldeia Manga, localizada à margem do rio Curipi. As Terras Indígenas Uaçá
(470.164 hectares) homologadas a partir de 1991 que, configuram uma grande área protegida,
cortada a oeste pela BR- 156, que liga Macapá ao Oiapoque. A questão da conservação do meio
ambiente, voltada para as práticas dos conhecimentos tradicionais, através de manejo dos recursos
naturais, como alternativa de sustentabilidade econômica e ambiental, para os povos indígenas
Karipuna da região do Uaçá. A relevância do objeto de investigação, objetiva discutir como está
sendo desenvolvida a aplicabilidade dos projetos socioambientais sustentáveis, através das ações de
políticas públicas, no uso adequado dos recursos naturais do meio ambiente natural e as práticas do
saberes tradicionais, dos povos indígenas Karipuna, da aldeia Manga, no município do Oiapoque. A
natureza jurídica do objeto de estudo, aborda os dispositivos fundamentais da Constituição Federal
de 1988, na competência do Poder Público, para as questões do meio ambiente natural e a legislação
indigenista nas Áreas Protegidas. A Constituição Federal, no seu art. 225 afirma: “Todos tem
direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à
sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público e à coletividade o dever de defendê-lo e
preservá-lo para as presentes e futuras gerações”. As áreas protegidas são importantes para a
manutenção da qualidade de vida das pessoas e para a proteção dos animais e dos vegetais. É de
responsabilidade do governo é criar áreas protegidas em todo o país. Conforme a CF 1988, no seu
artigo 231 reconhece que os índios são brasileiros como todos nós e têm direitos sobre suas terras
tradicionalmente ocupadas. Pretendemos neste projeto de pesquisa, investigar à questão étnica na
conservação do meio ambiente natural Terras Indígenas, objetivando discutir e identificar as ações
dos projetos socioambientais no uso dos recursos naturais de forma sustentável dos povos indígenas
Karipuna como processo de identidade étnica e histórico de tradição deixada pelos seus ancestrais.
Conforme os Dispositivos Fundamentais da Constituição Federal de 1988, os povos
indígenas têm a posse permanente das terras: eles podem viver nelas e usá-las indefinidamente, mas
não são proprietários. As terras indígenas são bens da União.
Palavras-chave: Tradição Indígena, Conservação, Sustentabilidade, Meio Ambiente.
52
ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA ASSISTÊNCIA DO PACIENTE
QUEIMADO
Laís Soares LIMA¹([email protected]); Marco Aurélio Gomes DE OLIVEIRA¹
¹Univesidade do Estado do Pará, Centro de Ciências Biológicas e da Saúde- Tucuruí,PA.
O tratamento de queimaduras sempre foi um desafio para os enfermeiros, tanto pela gravidade das
lesões e complicações apresentadas pelos pacientes, como também pelo desgaste físico e
psicológico que acometem os profissionais que atuam na área. Objetivo: Verificar a atuação do
enfermeiro em centros de tratamento de queimados. Método: Estudo de revisão bibliográfica na
base de dados Bireme, por meio da língua portuguesa, sem limites de datas. O estudo baseou-se nos
seguintes termos de busca; enfermagem, queimados, queimaduras e cuidados. Sendo coletados
apenas artigos originais, realizados em centros de tratamento de queimados. Resultados: Foram
encontrados 14 artigos que correspondiam ao objetivo. Dentre esses, sete falam de diagnóstico de
enfermagem; diagnóstico psiquiátrico( medo, ansiedade, tentativa de suicídio), diagnóstico real
(dor, integridade física), diagnóstico de risco (infecção, desregulação da temperatura corporal e do
ciclo sono/vigília); dois sobre falhas no processo de enfermagem; um sobre a necessidade de
implementação de protocolos de atendimento e; três acerca do stress que acomete os profissionais,
um sobre diagnóstico e necessidade de implementação de protocolo de atendimen Conclusão: Foi
observado o uso do processo de enfermagem em centros de queimados, principalmente o de
diagnóstico, mais especificamente o psiquiátrico, pois é comum o pensamento e tentativas de
suicídios por parte do paciente. Apesar disso, ocorrem falhas no processo de enfermagem, no eixo
diagnóstico/implementação, tendo a necessidade da aplicação de protocolos de atendimentos.
Contudo, observa-se que o próprio profissional acaba sofrendo, devido o ambiente de trabalho ser
estressante em decorrência aos graves casos que são tratados.
Palavras-chave: Enfermagem, Queimados, Queimaduras, Cuidados.
53
A UNIVERSIDADE E A EMERGÊNCIA DA CRISE AMBIENTAL
Adriano CASTORINO1 ([email protected]), Rinaldo Sérgio Vieira ARRUDA
2
1Universidade Federal do Tocantins/UFT e Pontifícia Universidade Católica de São Paulo/PUC-SP
2Pontifícia Universidade Católica de São Paulo/PUC-SP
A minha proposta é partir da noção de Universidade no mundo europeu, daí discutir a formação
dessas instituições, a noção de educação e ciência nelas expressa. Para isso, tomei como exemplo, 3
instituições que são consideradas as primeiras, Bologna, Oxford e Paris. Passando daí, teço um
comentário breve sobre a universidade no Brasil. Nesse caso, quero relacionar a emergência da
universidade no mundo europeu e os modelos implantados no Brasil. Depois de ter comentado esse
quadro, passo a contrapor com outras possibilidades de existência dessa instituição, para isso,
comento as universidades interculturais na América latina. Em seguida, entro na discussão da crise
vivida hoje no mundo ocidental, relacionando essa crise, principalmente, ao modelo de
desenvolvimento, de progresso e de ciência. Nesse sentido, enfatizo o caráter doutrinador da ciência
positivista e cartesiana relacionando esse dado com o ideário liberal de progresso e mais
recentemente com a cartilha neoliberal capitalista que impõe no mundo ocidental uma via única.
Feita essa abordagem, retomo o viés entre a universidade e a construção do ideário exclusivista do
mundo ocidental, em seguida faço essa ligação com a universidade brasileira, que em certa medida
reproduz esse imaginário.
Palavras-chave: universidade, crise ambiental, interdisciplinaridade
54
AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE ÁGUA DO IGARAPÉ EIDAI, DISTRITO
DE ICOARACI, BELÉM, PARÁ
Alba Rocio Aguilar PIRATOBA1; Alex Corrêa da SILVA
1; Caio Renan Goes SERRÃO
1
([email protected]); Patrícia Homobono Brito de MOURA1
1. Programa de Pós Graduação em Ciências Ambientais – Mestrado
Universidade do Estado do Pará, Centro de Ciências Naturais e Tecnologia – Belém, Pa.
A poluição de corpos hídricos revela o tipo de uso e ocupação de uma determinada área, e nesse
contexto o monitoramento ambiental é importante, pois traz informação sobre a qualidade das águas
de acordo com a legislação vigente. A cidade de Belém sofre com a ausência de tratamento de seus
efluentes domésticos e industriais, o que reflete na qualidade ambiental da cidade como um todo. O
distrito de Icoaraci se destaca pela grande quantidade de empreendimentos empresariais, dentre eles
as indústrias de beneficiamento de couro, portanto há uma necessidade de monitoramento ambiental
nestas áreas. Neste sentido, o presente estudo objetiva avaliar o perfil de qualidade de água do
Igarapé EIDAI, braço do Rio Maguari, que banha o fragmento florestal pertencente à madeireira
Eidai do Brasil no distrito de Icoaraci, Belém, PA. Foram determinados os parâmetros físico-
químicos referentes à turbidez, condutividade (CD), cor, potencial hidrogeniônico (pH), oxigênio
dissolvido (OD) e sólidos totais dissolvidos (STD) em cinco pontos eqüidistantes (transecto de 250
metros) ao longo do igarapé em dois períodos: enchente e vazante. Os parâmetros foram
quantificados in loco, e foram utilizados seis aparelhos de medição, todos da marca Digimed. Os
parâmetros de cor, OD, turbidez e pH, obedeceram os valores em média de 70,76 mg Pt/L, 6,7
mg/L, 28,84 UNT e 6,5, respectivamente, relacionando assim, esta água a classe 2, segundo a
resolução 357/05 do CONAMA, porém os valores de CD em média de 1.085 µS/s ultrapassam em
mais de dez vezes o limite máximo atribuído pela CETESB, logo, seria considerado um ambiente
impactado. Porém as águas amazônicas são caracterizadas pelo maciço volume de sedimentos e
conseqüentemente um alto teor de STD (585 mg/L), que influencia diretamente na alta
condutividade, fato que nos permite sugerir a revisão das legislações para o enquadramento das
águas amazônicas e novos estudos englobando o monitoramento de cursos de água.
Palavras-chave: Análise Físico Química, Água, Igarapé EIDAI, Distrito de Icoaraci.
55
AVALIAÇÃO DA QUALIDADE HIGIÊNICO-SANITÁRIA E
AGROINDUSTRIAL, COM VISTAS A COMPOSIÇÃO NUTRICIONAL,
MICROBIOLÓGICA E COLORIMETRICA DA POLPA DE AÇAÍ (Euterpe
oleracea Mart)
Aline Kazumi Nakata da SILVA1 ([email protected]); Marcos Rafael da Silva
JORGE1; Wilton Pontes da SILVA
1; Bianca Barbosa MUNIZ
1; Orquídea Vasconcelos dos
SANTOS1.
1 Universidade do Estado do Pará, Centro de Ciências Naturais e Tecnologia – Belém, PA.
Em meados dos anos 90, o açaí foi considerado um dos principais produtos que compunham a
alimentação das populações ribeirinhas e das camadas de baixa renda dos centros urbanos da
economia Amazônica. As áreas urbanas dos municípios produtores e a região metropolitana de
Belém são definidas como o epicentro do mercado de açaí, tomando o estado do Pará como
referência da economia do fruto, por concentrar a produção, o consumo e o domínio do mercado.
Tempos atrás, o açaí era destinado exclusivamente ao consumo local, no entanto, a produção do
açaí vem sendo intensificada devendo-se ao fato do fruto vir conquistando novos mercado e se
transformando numa importante matéria-prima para indústrias de polpa. Esta pesquisa tem como
intento maior avaliar o potencial agroindustrial tendo como base a composição nutricional,
microbiológica e colorimétrica da polpa de açaí. Os dados foram avaliados seguindo as
metodologias oficiais da Association Official Analytical Chemists (AOAC). Os resultados
apresentados mostram um fruto com alto valor energético total médio de 92,09 kcal/100g de polpa,
para a safra 2011, sendo a maior parte deste valor expressa na forma de lipídios com média de
6,25% e carboidratos 7,66%; com o teor em proteínas de 1,3% e fibras de 0,32%. A avaliação
microbiológica mostrou resultados insatisfatórios para a polpa de açaí, coletada de um ponto
comercial da grande Belém, para os níveis de Coliformes a 45 °C e Salmonella spp. A análise
instrumental colorimétrica mostra a forte tendência ao negro, tal como visualizado sensorialmente.
Com base nestes resultados é possível inferir a qualidade e possíveis alterações de valores
nutricionais entre as safras deste produto, bem como seus fatores de risco microbiológico, quando
da ausência das boas praticas fabricação.
Palavras-chave: Açaí, Euterpe oleracea Mart, Composição centesimal, Higiene, Colorimetria.
56
AVALIAÇÃO DAS BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO APLICADA EM
UMA AGROINDÚSTRIA DE BENEFICIAMENTO DE AÇAI (Euterpe
oleracea Mart.)
Luana Carolina Pinheiro da SILVA1; Suame dos Passos LEAL
2; Silas Rafael Figueiredo de
ARAÚJO3; Eliane do Socorro Dornelas do CARMO
4; Tatiane Lopes de BARROS
5; Paula Ondina
Martins SOUZA6.
1,2,4,5,6
Universidade do Estado do Pará -Centro de Ciência Naturais e Tecnologia- Cametá PA 3 Universidade Federal do Ceará- Departamento de Tecnologia de Alimentos- Fortaleza-CE
Uma grande parcela da população realiza o consumo da polpa obtida da maceração da parte
comestível do fruto do açaizeiro (Euterpe oleracea Mart.), fazendo com que este, seja considerado
alimento de fundamental importância na dieta da população paraense. Contudo há uma grande
preocupação com as condições tanto estruturais, quanto higiênico-sanitárias das agroindústrias
aonde ocorre o beneficiamento deste produto e dos manipuladores, uma vez que a polpa do açaí
apresenta alta suscetibilidade para contaminação microbiológica. Neste contexto, a pesquisa em
foco aplicou a lista de verificação das boas práticas de fabricação em estabelecimentos
produtores/Industrializadores de alimentos (check-list) adaptada pela resolução RDC n° 275, de 21
de outubro de 2002(BRASIL, 2002) em uma agroindústria de processamento do açaí fruto,
localizada no município de Igarapé-Miri-PA, durante o período de dezembro de 2010 a fevereiro de
2011, para a caracterização das condições higiênico-sanitárias dos manipuladores, da estrutura
física da indústria, dos utensílios e equipamentos, envolvidos no processo de beneficiamento da
polpa de açaí. Com os resultados alcançados através dos dados obtidos pelo Check-list pode-se
concluir que a agroindústria está classificada no grupo 3, o que revela índice insatisfatório, visto
que o número de itens em conformidade com a legislação foi de apenas 36%. Ficando demonstrada
a necessidade de fiscalizações mais rígidas pelos órgãos competentes.
Palavras-chave: Açaí, Boas Práticas de Fabricação, Check-list.
57
AVALIAÇÃO DA VIABILIDADE DA LEGISLAÇÃO AMBIENTAL PARA O
PEQUENO PRODUTOR RURAL NO ESTADO DO PARÁ
Helen Theyla Costa da CUNHA¹ ([email protected]); Oriana Trindade de ALMEIDA²
1Universidade Federal do Pará, Programa de Pós- Graduação em Ciências Ambientais – Belém, PA.
2Universidade Federal o do Pará, Núcleo de Altos Estudos Amazônicos, Belém, PA.
O presente trabalho tem como objetivo a avaliação da viabilidade da legislação ambiental para o
pequeno produtor rural no Estado do Pará, tendo sido realizado nas comunidades do Uraim e Del
Rei, com 56 e 43 pequenos produtores rurais, respectivamente. Foram aplicados 52 questionários
com entrevistas estruturadas e semi-estruturadas sobre a legislação exigida para efetuar o
Licenciamento Ambiental de pequenos produtores, a fim de traçar o perfil sócio-econômico, e
entender a percepção dos mesmos em relação às leis necessárias para emissão do licenciamento
ambiental. Foi observado que a maioria dos pequenos produtores entrevistados não sabe o que é o
Cadastro Ambiental Rural (CAR) (71%) e menos da metade sabe quais são as instituições que
implementam essa legislação. Somente uma minoria possui CAR (6%) ou Licença Ambiental (2%).
Comparando uma comunidade mais antiga (Uraim) com uma mais nova (Del Rey) não há diferença
nem no conhecimento nem na implementação entre os dois grupos. Portanto, produtores destas
localidades encontram-se num processo lento em relação à adequação da legislação ambiental
vigente.
Palavras-chave: Amazônia, legislação ambiental, desmatamento, manejo florestal para
pequenos produtores.
58
AVALIAÇÃO DO CÓDIGO FLORESTAL NO ESTADO DO PARÁ
Oriana ALMEIDA
1 ([email protected]); Sérgio RIVERO
1; Naíla Arraes de ARAUJO
1; Luciene
COSTA1, Cleide SOUZA
2, Thiago CASTELO
1.
1 Universidade Federal do Pará, Belém, PA. 2
Universidade da Amazônia, Belém, PA.
O presente trabalho visa avaliar a legislação presente e a nova proposta do código florestal a partir
da visão de técnicos e pesquisadores ligados ao setor florestal ou programas de manejo florestal e
sustentabilidade ambiental do estado do Pará. A avaliação foi feita com base em 93 entrevistas semi
estruturadas sobre a legislação ambiental em institutos de ensino e pesquisa de Belém do Pará e
órgãos governamentais. A maior parte dos entrevistados acha que tem um bom conhecimento da
legislação e uma parte menor, um médio conhecimento. Em relação ao tamanho da Reserva Legal e
tamanho da propriedade, mais de um terço dos entrevistados afirmaram que o código florestal
deveria definir a Reserva Legal em função do tamanho da propriedade, mas uma percentagem
similar não concorda com essa afirmação. Mais da metade concorda com o tamanho da APP
exigido por lei enquanto em torno de um terço, discorda. Em relação ao zoneamento estadual a
maior parte não acha correto que o zoneamento possa modificar o tamanho da reserva legal, mas
ainda assim, um grande número não acha que isso seja uma política correta. Os técnicos no geral
acham que o código florestal atual limita o crescimento e a produtividade no setor agrícola. Os
pesquisadores demonstram preocupação com a iminente alteração do código florestal que pode
levar a aumento do desmatamento florestal. A partir de entrevistas feitas aos técnicos ligados ao
setor florestal, agrícola e recursos naturais e aos pesquisadores, não há um consenso claro sobre
reforma da legislação florestal. Sugestões para melhoria são muitas tais como fiscalização efetiva,
treinamento dos técnicos e maior interação entre cientistas e produtores.
Palavras-chave: Legislação, Reserva Legal, APP, Pará, Amazônia.
59
AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO DE FORÇA DE SOLDADOS EM
PROTOCOLO MILITAR COM ALTERNÂNCIA DE SONO E VIGÍLIA
Marco Aurélio Gomes DE OLIVEIRA1,2
([email protected]); André Luiz
WALSH-MONTEIRO2,3
; Olavo Raimundo ROCHA-JUNIOR1; Cláudio Joaquim BORBA-
PINHEIRO1,3,4
1 Universidade do Estado do Pará, Laboratório de Exercício Resistido com Ênfase na Saúde
(LERES) - Tucuruí, PA. 2
Universidade do Estado do Pará, Laboratório de Biociências e Comportamento (LBC) - Tucuruí,
PA 3
Instituto Federal do Pará, Núcleo de Pesquisa em Saúde e Meio Ambiente - Tucuruí, PA
4 Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, Laboratório de Biociências da Motricidade
Humana (LABIMH) - Rio de Janeiro, RJ
Introdução: Nas Forças Armadas, a realização de plantões é parte de uma realidade que envolve a
segurança nacional. Entretanto, sabe-se que longas jornadas de trabalho afetam o ciclo de sono e
vigília dos indivíduos, comprometendo assim atividades metabólicas. Objetivo: Verificar o
desempenho de força de militares do Exército Brasileiro em plantões de 24h com alternância entre
sono e vigílias. Métodos: Oito militares do sexo masculino com 21,37 + 1,30 anos de idade;
169.61±4.66cm de estatura e 68.37 ± 5.96kg de massa corporal foram submetidos a quatro testes de
desempenho de força: preensão de mão, salto vertical, abdominal e barra vertical, antes e após um
regime de plantão de 24h. O protocolo de plantão seguiu o preconizado pelo Exército em ciclos de
6h onde os indivíduos trabalhavam por 2h, sestavam 2h e permaneciam em sobreaviso (repouso
ativo) por outras 2h. Foi utilizado o test t Student ou Wilcoxon. Resultados: Após o plantão, não
foram encontradas diferenças ( p < 0,05) no desempenho de força nos testes de: preensão de mão
(Δ%= +9,40%; p=0,1231), salto vertical (Δ%= -3,62%; p=0,0891) e abdominal (Δ%= -1,84%; p=
0,2102). O teste de barra vertical apresentou perda significativa (Δ%= -15,70%; p=0,0240) no
desempenho de força dos indivíduos após o plantão. Conclusão: Embora os militares tenham
mostrado perda de desempenho no teste de barra vertical, o protocolo de plantão militar com
alternância entre sono e vigília mostra-se eficaz na preservação do desempenho de força dos
indivíduos na maioria das variáveis estudadas.
Palavras-Chave: Sono, Privação de Sono, Força muscular, Militares.
60
AVALIAÇÃO DO POTENCIAL ANTI-INFLAMATÓRIO DE EXTRATOS
VEGETAIS EM EDEMA DE PATA EM RATOS INDUZIDO PELA
PEÇONHA DE Bothrops atrox DA REGIÃO DE SANTARÉM - PA
Valéria Mourão MOURA1 ([email protected]); Elenn Suzany Pereira ARANHA
2;
Joanderson de Sousa MARTINS2; Joacir Stolarz de OLIVEIRA
1; Ana Maria Moura da SILVA
3;
Rosa Helena Veras MOURÃO1.
1Universidade Federal do Oeste do Pará - UFOPA, Programa de Pós – Graduação em Recursos
Naturais da Amazônia - PGRNA – Santarém, PA.
2Laboratório de Bioprospecção e Biologia Experimental/UFOPA – Santarém, PA.
3Instituto Butantan - IBU- São Paulo, SP.
Introdução: Muitas comunidades e grupos étnicos utilizam como único recurso terapêutico o
tratamento com plantas medicinais. Bellucia dichotoma Cogn; Connarus favosus Planch; Aniba
fragrans Ducke; Plathymenia reticulata Benth e Philodendron megalophyllum Schott, conhecidas
pelos nomes populares de “Muúba”, “Verônica”, “Macacaporanga”, “Barbatimão” e “Cipó de
tracuá” respectivamente, são bastante “indicadas” na medicina popular de Santarém-PA para o
tratamento de envenenamentos ofídicos do gênero Bothrops. O tratamento preconizado pelo
ministério da saúde para esse tipo de acidente é a aplicação de soro antiofídico. Muitas
comunidades da região norte as quais o acesso a soroterapia é difícil ou inexistente usam extratos de
plantas como um substituto alternativo e/ou complementar a soroterapia. Baseado nessas
informações, esse trabalho objetivou avaliar o efeito neutralizador de extratos vegetais frente a
peçonha de B.atrox. Métodos: Os extratos aquosos foram preparados a partir do pó das cascas em
água destilada, na proporção de 1:6 (p.v). Os animais utilizados foram ratos Wistar machos (N=5).
A peçonha de B.atrox foi cedida pelo Laboratório de Pesquisas Zoológicas da FIT, Santarém-PA. A
atividade edematogênica foi avaliada determinando-se a dose mínima edematogênica (DME) da
peçonha em µg, capaz de induzir 50% de aumento máximo da espessura da pata experimental. As
espessuras dos coxins foram medidas com auxílio de um pletismografo nos intervalos de tempo:
30min, 1, 2, 4, 6 e 24h. Para o ensaio de neutralização foi usado uma relação peçonha:extrato de 1:5
e 1:10, com uma preincubação com 10µg (2DMH) de peçonha a 37°C por 30 min, injetadas no
coxim plantar dos ratos e medidas suas espessuras nos mesmos intervalos de tempo acima.
Resultados/conclusão: A atividade edematogênica induzida pela peçonha de B.atrox foi inibida
100% pelos extratos aquosos de P. reticulata, B. dichotoma e C. favosus, sugerimos que seus
inibidores naturais podem estar agindo contra as PLA2s presentes na peçonha. Os demais extratos p.
megalophyllum e A. fragrans não obtiveram percentual de inibição significativo. Os resultados
obtidos nesse trabalho demonstram que os extratos aquosos testados apresentam propriedade
neutralizante da peçonha de serpentes. Entretanto, o mecanismo de ação do extrato ainda é
desconhecido.
Palavras-chave: Ofidismo, Bothrops atrox, Plantas antiofídicas.
61
AVALIAÇÃO DO POTENCIAL DE EXPANSÃO DO SISTEMA
INTEGRAÇÃO LAVOURA-PECUÁRIA-FLORESTA NA RECOMPOSIÇÃO
DE PAISAGENS SUSTENTÁVEIS EM PARAGOMINAS, PA
Siglea Sanna de Freitas CHAVES1; Lucieta Guerreiro MARTORANO
2; Paulo Campos Christo
FERNANDES2; Daiana Carolina Antunes MONTEIRO
1; Rodrigo Figueiredo ALMEIDA
3; Jamil
Chaar EL HUSNY2
1 Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz/Universidade de São Paulo – Piracicaba, SP.
1 Embrapa Amazônia Oriental – Belém, PA.
³ Universidade Federal Rural da Amazônia – Belém, PA
No setor agrícola, novas tecnologias focadas no manejo conservacionista vêm sendo testadas no
Brasil, visando reincorporar ao sistema produtivo áreas com baixa produtividade agropecuária. Na
Amazônia, sistemas de manejo como o integração Lavoura-Pecuária-Floresta (iLPF) vêm ganhando
adeptos, por proporcionar diversificação na unidade produtiva. No Pará, existe cerca de 20% de
áreas antropizadas, indicando alto potencial de consolidação de sistemas agroflorestais nas mesmas.
Neste sentido, avaliou-se dados do censo agropecuário (IBGE), dados do PRODES (INPE) e dados
climáticos visando identificar o potencial de expansão do sistema iLPF em Paragominas, PA. As
altitudes no município predominam entre 100,1 a 200 m e a precipitação pluvial média anual varia
entre 1.890,1 a 2.430,0 mm. No período menos chuvoso a deficiência hídrica atinge valores entre
240,1 a 360 mm (CAD = 300 mm). No censo agropecuário de 2006, o município apresentava 1.028
ha com iLPF passando para 5.000 ha em 2010, indicando a expansão do sistema e seu potencial de
recomposição da cobertura vegetal. Avaliando os dados do PRODES, percebe-se que o
desflorestamento reduziu nos últimos cinco anos. De 2004 a 2005 o incremento no desflorestamento
ficou em torno de 2% e, de 2009 a 2010 as taxas foram de 0,35%, indicando reduções na pressão
pelo desflorestamento. Também, detectou-se quedas no efetivo de rebanho que contava em 2004
com 510.807 e em 2010 com 335.180 animais, reforçando o potencial de expansão do sistema iLPF
em Paragomina e a manutenção do título de município verde. Conclui-se que é possível manter
áreas produzindo diferentes tipos de produtos (carne, grãos, madeira, leite e serviços
ecossistemicos) com a consolidação de sistemas agropecuários sustentáveis na Amazônia.
Palavras-chave: Manejo conservacionista; Sustentabilidade; Sistemas Agroflorestais,
Nordeste Paraense
62
AVALIAÇÃO DO PROCESSO DE SUPRIMENTO DE MATERIAIS DE
EXPEDIENTE EM UM BANCO MÚLTIPLO
Bruno da Costa FEITOSA1 ([email protected]); Dorival Pereira TANGERINO NETO
2
1,2
Universidade da Amazônia, Programa de Pós-Graduação em Administração – Belém, PA.
O gerenciamento do processo de suprimentos tem sido um dos pontos mais importantes na
organização das atividades empresariais. Quando bem fundamentado origina diversos tipos de
benefício aos negócios da empresa. O trabalho tem por objetivo identificar os principais fatores que
levam à ruptura no suprimento de materiais de expediente nas agências de um banco múltiplo. Será
utilizada para coleta de dados a técnica do questionário, a ser aplicada em agências bancárias do
território nacional. O questionário foi composto de 8 questões para a quantidade de 50 respondentes
de diferentes agências. Como resultado da pesquisa, espera-se a avaliação do processo de
suprimentos de material de expediente nas agências do banco em estudo, assim como abrir caminho
para orientações para melhorias neste processo.
Palavras-chave: Processo de suprimentos, Materiais de expediente, Serviços bancários.
63
AVALIAÇÃO DO REFERÊNCIAL TEÓRICO DA EDUDAÇÃO
AMBIENTAL E SUSTENTABILIDADE NOS CURSOS DE PEDAGOGIA E
ENGENHARIA SANITÁRIA E AMBIENTAL, UFPA
Deyved Leonam Guimarães do NASCIMENTO ([email protected]); Érika Maia
SANTOS; Priscila da Silva BATISTA; Altem Nascimento PONTES
A educação ambiental e a sustentabilidade são de grande importância para o estímulo da
conscientização ecológica, desenvolvendo uma população que tenha conhecimentos e habilidades
para exercerem atitudes que visem o desenvolvimento sustentável. O Brasil vem sofrendo um
déficit qualitativo e quantitativo, seja no ensino fundamental, médio ou superior, uma vez que,
profissionais estão sendo formados sem terem conhecimentos básicos na área que atuam. Visando
analisar a qualidade da formação teórica referente à educação ambiental e a sustentabilidade, dos
graduandos de Pedagogia e Engenharia Sanitária e Ambiental aplicou-se um formulário em três
semestres de cada curso, onde o mesmo abordava assuntos indispensáveis para os estudantes. Após
a análise das respostas presentes no formulário, observou-se que os participantes de Pedagogia não
tiveram uma atuação satisfatória. Os participantes de Engenharia Sanitária e Ambiental
apresentaram um desempenho positivo de 21,56% - a percentagem de acertos no questionário -,
sendo que destes, 32.98%, 38.30% e 28.72% foram os desempenhos dos estudantes de 1º semestre,
5ª semestre e 8º semestre respectivamente. Mediante tais resultados, constatou-se que os estudantes
apresentam uma deficiência teórica em assuntos primordiais que tangem a educação ambiental e a
sustentabilidade.
Palavras - chaves: Educação Ambiental, Ensino Superior, Referencial Teórico,
Sustentabilidade.
64
AVALIAÇÃO SÓCIO-ECONÔMICA DA PESCA ARTESANAL E DO
POTENCIAL AQUÍCOLA NA REGIÃO LACUSTRE DE PENALVA - APA
DA BAIXADA MARANHENSE
Naíla Arraes de ARAUJO
1 ([email protected]); Claudio Urbano Bittencourt PINHEIRO
2.
1 Universidade Federal do Pará, Núcleo de Altos Estudos Amazônicos – Belém, PA.
2 Universidade Federal do Maranhão, Departamento de Oceanografia e Limnologia, São Luís – MA.
A região lacustre de Penalva, na Baixada Maranhense, é um bom exemplo da riqueza pesqueira nas
águas continentais do Maranhão. Apesar do grande volume de pescado na região, o sistema atual de
produção é injusto na sua base: o pescador não melhora a sua condição sócio-econômica pela falta
de apoio para a comercialização do que pesca diariamente. Este estudo pretendeu avaliar os
aspectos sócio-econômicos e os potenciais da pesca na região lacustre de Penalva (lagos Cajari, da
Lontra, Capivari e Formoso), caracterizando a cadeia produtiva da atividade, suas principais
características, seus problemas e perspectivas. Para tal foi utilizada uma metodologia adaptada que
incluiu a aplicação de questionários entre os pescadores da região e entre os gestores da atividade;
acompanhamento sistemático e aferição do desembarque do pescado no porto de Penalva; e,
determinação do destino do produto da pesca na região. Adicionalmente, foi feito um levantamento
de áreas similares no Brasil onde existe o cultivo de organismos aquáticos, para avaliar o potencial
da região de Penalva para esta atividade. Os resultados mostram que apesar da fartura de pescado na
região, os pescadores beiram a pobreza absoluta. A produção de pescado nos lagos de Penalva é
relevante do ponto de vista do volume produzido, mas carece de organização na sua
comercialização. O pescador, na base da cadeia produtiva, embora tenha uma renda garantida com a
pesca, é o que menos ganha e abaixo do que seria, no mínimo, o justo. Mesmo com esses limites, a
produção pesqueira em Penalva movimenta um comércio que extrapola a cidade, alcança povoados
do município e fora dele, produzindo proteína e gerando renda na cadeia de comercialização do
peixe. A aquicultura pode ser uma alternativa de geração de renda para essas pessoas e de
conservação ambiental, que pode contribuir para a redução da pressão sobre o estoque pesqueiro de
Penalva. As condições sócio-econômicas e tecnológicas são, contudo, limitantes.
Palavras-chaves: Pesca Artesanal, Lagos, Aquicultura, Penalva, Maranhão.
65
AVALIAÇÃO TEMPORAL DA PRECIPITAÇÃO PLUVIAL DIÁRIA EM
ÁREAS CULTIVADAS COM PALMA DE ÓLEO E POSSÍVEIS EFEITOS
EM ANOS DE OCORRÊNCIA DO AMARELECIMENTO FATAL (AF) NO
ESTADO DO PARÁ
Lucieta Guerreiro MARTORANO1 ([email protected]), José Reinaldo da Silva Cabral de
MORAES2, 'Alailson Venceslau SANTIAGO
1,Alessandra de Jesus BOARI
1
1Embrapa Amazônia Oriental– Belém, PA.
2Universidade Federal Rural da Amazônia, Instituto de Ciências Agrárias – Belém, PA.
Em regiões tropicais o elemento meteorológico de maior variabilidade é a precipitação pluvial,
podendo comprometer safras agrícolas tanto por deficiência quanto por excessos hídricos. Com o
lançamento do Programa Nacional de Palma de Óleo em 2009, tem aumentado o interesse de
empreendedores agrícolas pela cultura de Palma, no Pará. No ano de lançamento do programa a
área plantada totalizava cerca de 50.000 mil ha, mas esses dados vem aumentando a cada ano.
Estimativas apontam que nos próximos dez anos haverá uma expansão em mais 400% em áreas
antropizadas, muitas delas em vias de degradação, sendo incorporadas ao processo produtivo. Mas,
existe uma enfermidade denominada de amarelecimento fatal (AF), que preocupa os pesquisadores
e produtores da Palma de Óleo (Elaeis guineensis Jacq.), pois seu agente causal ainda é
desconhecido. Avaliando-se as condições agrometeorológicas que podem estar associadas a doença,
utilizou-se dados de ocorrência de AF (2005 a 2006), disponibilizados pela MARBORGES, além de
dados diários de precipitação pluvial do período de 1993 a 2008, disponibilizados por instituições
de monitoramento meteorológico em Moju, Cametá e Belém. Nesses municípios, no período de
maior oferta pluvial (Janeiro a Junho), verificou-se entre março e abril dos 15 anos avaliados, que
houve mais de 80% dos dias com chuva. Ao comparar com ocorrências de AF, notou-se um
crescimento nesses meses, atingindo-se o valor máximo em maio. Nesse mês, em 2006 na
MARBORGES registrou-se 1.440 plantas com AF, indicando possíveis efeitos da umidade do solo
associadas à essa enfermidade. Conclui-se que no período de maior oferta pluvial os cultivos de
Palma podem manifestar a doença e comprometer o sucesso de expansão da cultura em áreas
climaticamente não recomendadas, no Pará.
Palavras-chave: Agrometeorologia, Chuvas, Dendeicultura
66
AVANÇOS DO DESFLORESTAMENTO E AMEAÇAS DECORRENTE DA
EXPANSÃO DA FRONTEIRA AGROPECUÁRIA NA MESOREGIÃO DO
BAIXO AMAZONAS, PARÁ
Afonso Henrique Moraes OLIVEIRA¹, ([email protected]), Lucieta Guerreiro
MARTORANO², José Reinaldo da Silva Cabral de MORAES¹
1Universidade Federal Rural da Amazônia, Instituto de Ciências Agrárias – Belém, PA.
2Embrapa Amazônia Oriental – Belém, PA.
A fronteira agropecuária brasileira vem avançando cada vez mais para o norte do país,
impulsionada pela crescente demanda por alimentos. Entre as culturas anuais de grãos, a soja
apresenta lugar de destaque, tendo nos Estados Unidos e no Brasil as maiores produções. Outra
commodite agrícola importante é a carne bovina, que em 2010 contribuiu aos cofres brasileiros
cerca de 1,0 bilhão de dólares, decorrente de negócios na cadeia produtiva de carne, com
exportações em torno de 500 mil toneladas. De acordo com a FAO, é crescente a demanda mundial
por alimentos com estimativas de atingir 465 milhões de toneladas em 2050. Esses valores
reforçam a preocupação com o avanço da agropecuária em novas áreas da Floresta Amazônica.
Objetivo-se avaliar avanços do desflorestamento decorrente da expansão da fronteira agropecuária
na mesorregião do Baixo Amazonas, Pará. Foram avaliadas taxas de desflorestamento, bem como
dados do efetivo de rebanho e da cadeia produtiva de soja, disponibilizados por órgãos municipais e
estaduais. No Pará, o desflorestamento atingiu as maiores taxas em 2004, indicando avanços da
fronteira agrícola no estado, nesse ano, em Santarém o rebanho bovino estava com 153.115 animais.
Em 1974 Santarém possuía 62.660 e, em 2010 o plantel passou para 132.008 animais. Monte
Alegre, Alenquer e Santarém são os maiores produtores de carne dos municípios do Baixo
Amazonas, reforçando a preocupação se essas áreas adotam sistemas de produção tradicional como
a pecuária extensiva. No cenário de grãos, a soja se destaca na mesorregião, pois Santarém e
Belterra destinaram em 2005 mais de 51% de toda área plantada, que juntas atingiram cerca de 50%
de toda a produção do Pará. Ameaças pela agropecuária tradicional, podem comprometer
importantes serviços ecossistêmicos.
Palavras-Chave: Pecuária Extensiva, Desmatamento, Produção Agrícola.
67
CAPACIDADE DE ENRAIZAMENTO DE DOIS HÍBRIDOS DE
Eucalyptus urograndis
Leidimara da Silva Santos1
([email protected]); Silva do Nascimento1
([email protected]); Tadeu Miranda de Queiroz2
([email protected]); Dionei José da
Silva3 ([email protected])
1Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT) – Tangará da Serra, MT.
2Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT) – Barra do Bugres, MT.
3Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT) – Cáceres, MT.
Entre os métodos convencionais de propagação vegetativa a estaquia é um dos mais recomendados
para os eucaliptos. Portanto, o enraizamento de estacas no setor florestal é um fator limitante para a
produção de mudas em larga escala. Nesse sentido, objetivou-se através desse estudo avaliar o
enraizamento de dois híbridos de Eucalyptus urograndis após dois cortes da rebrota. O material
rejuvenescido foi obtido a partir do corte de duas árvores, sendo uma do material genético R162 e
outra do R256, no período de julho a outubro de 2011. Os materiais genéticos utilizados são
provenientes de um plantio comercial (particular), localizado no município de Nova Mutum - MT.
As árvores foram cortadas a 10 cm do solo e, após 30 dias, fez-se a primeira poda das brotações.
Após 30 dias, as brotações foram cortadas novamente e acondicionadas em caixa de isopor sobre
tecido úmido e levadas a um viveiro localizado em Tangará da Serra - MT. As brotações foram
triadas e cortadas em mini estacas de 8 a 10 cm, posteriormente foram plantadas em tubetes de
polietileno, previamente preenchidos com fibra de coco e palha de arroz carbonizada na proporção
1:1 e levadas à casa de vegetação. Sob nebulização intermitente permaneceram por 25 dias, quando,
então, o enraizamento foi avaliado. Ao todo foram plantadas 876 mini estacas, sendo 338 do
material genético R256 e 538 do R162, com enraizamento de 73% e 71% respectivamente. Os dois
híbridos de E. urograndis analisados mostraram potencial de enraizamento tecnicamente igual.
Palavras-chave: Material, Genético, Rebrota.
68
CAPITAL SOCIAL E REDES SOCIAS EM COMUNIDADES
AGROEXTRATIVISTAS NO SUL DO AMAPÁ
Adalberto Carvalho RIBEIRO – PPGADAPP/UNIFAP
O objetivo foi explicar como o capital social e a construção de redes sociais pode contribuir
para as conquistas das organizações sociais agroextrativistas localizadas na região Sul do Estado do
Amapá. O marco teórico é a discussão sobre capital social. Três autores se destacam: Bourdieu com
seu foco político de capital social; Colemam com o foco utilitarista, e Ostrom que buscar avançar
no conceito de capital social articulando-o com a categoria ação coletiva. As questões norteadoras
são: 1) Por que em determinadas comunidades rurais ações coletivas alcançam seus objetivos e
noutras fracassam? 2) Como se articulam as 4 organizações sociais ( 2 associações e 2 cooperativas)
nas suas respectivas redes de relações. A unidade espacial de referencia são 3 áreas especialmente
protegidas no Amapá: um assentamento agroextrativista, uma reserva extrativista e uma reserva de
desenvolvimento sustentável. A metodologia utilizada foi a analise de redes sociais – ARS com o
soft UCINET, mas também foram aplicados questionários, por amostragem, juntos as famílias
agroextrativista, adaptado dos instrumentos do Banco Mundial que tentam auferir capital social em
comunidades pobres. Os resultados 1) as ações coletivas dependem da qualidade do capital social
que circula nas redes, 2) o contexto cultural é influenciado por variáveis externas e internas, 3)
ações coletivas complexas são de mais difícil alcance, 4) existe uma forte malha de ajuda mutua no
plano comunitário dentro das comunidades, 5) as redes sociais no sul do Amapá mudou muito nos
últimos vinte anos e ajudaram a reconfigurar os níveis de desenvolvimento local, em especial nas
três áreas pesquisadas.
Palavras-chave: capital social, redes sociais, áreas protegidas.
69
CARACTERIZAÇÃO AGROAMBIENTAL DA PRODUÇÃO DO MILHO EM
QUATRO PROPRIEDADES DA REGIÃO SUDOESTE DE MATO GROSSO
Benhur da Silva Oliveira1 ([email protected]); Leidimara da Silva Santos
1
([email protected]); Mauricio Ferreira Mendes1([email protected])Mônica Josene
Barbosa Pereira2 ([email protected]) Dejânia Vieira de Araújo
2 ([email protected]) Marco A.
C. de Carvalho2([email protected])
1Discente do Mestrado Ambiente e Sistema de Produção Agrícola - Universidade do Estado de
Mato Grosso (UNEMAT) – Tangará da Serra, MT. 2Docente do Mestrado Ambiente e Sistema de Produção Agrícola - Universidade do Estado de Mato
Grosso (UNEMAT) – Tangará da Serra, MT
A busca por um sistema de produção que atenda a demanda de alimentos e energia das atividades
humanas sem que haja grande interferência ao meio ambiente, vem sendo discutido no mundo todo.
Este trabalho teve por objetivo caracterizar o sistema de produção agrícola do cultivo do milho
destacando o aspecto ambiental em quatro propriedades da região sudoeste do estado de Mato
Grosso. As propriedades estão localizadas no município de Campo Novo dos Parecis (propriedade
A), Sapezal (propriedade B) e Tangará da Serra (Propriedade C e D). Para coletar as informações
necessárias foi utilizado um questionário pré-estruturado e observações in loco nas propriedades
analisadas. Todas as propriedades possuem área de reserva e preservação permanente em
conformidade com a legislação ambiental, e podem ser consultadas através do site da Secretaria
Estadual de Meio Ambiente. Com exceção da propriedade D, as demais reconhecem a importância
quanto a melhoria da produção como uso de práticas conservacionista do solo, sendo destacada nas
três primeiras propriedades o uso do plantio direto e realização de curvas de nível. Quanto à
aplicação de agrotóxico e uso de adubação química foi informado que após o melhoramento
genético do milho, obtendo-se inúmeras cultivares e híbridos altamente tecnificados, houve uma
drástica redução na utilização desses produtos no controle de pragas e doenças, ressaltando ainda,
que a propriedade C é a única que utiliza adubação orgânica. Nesta perspectiva, foi possível
observar a evolução do sistema de produção agrícola do cultivo do milho, assim como o emprego
de novas tecnologias que visam tanto o aumento da produtividade como a diminuição do impacto
desta atividade ao meio ambiente.
Palavras-chave: Agronegócio, Tecnologia, Meio Ambiente.
70
CARACTERIZAÇÃO ECOLÓGICA DA COMUNIDADE
FITOPLANCTÔNICA NA ZONA COSTEIRA DO PORTO DO ITAQUI, SÃO
LUÍS - MA
Ana Karoline, DUARTE-DOS-SANTOS 1 ([email protected]); Mariana Ribeiro UTTA
PINTO 2; Débora Carolina, COSTA PRIVADO
3; Marco Valério Jansen, CUTRIM
4; Francinara
SANTOS FERREIRA 5.
1,5 Universidade Federal do Maranhão, Mestrado em Sustentabilidade de Ecossistemas – São Luís,
MA. 2,3
Universidade do Federal do Maranhão, Curso de Ciências Biológicas – São Luís, MA. 4 Universidade do Federal do Maranhão, Prof. Departamento de Limnologia e Oceanografia – São
Luís, MA.
Os estuários são considerados os ecossistemas mais produtivos e complexos do planeta e vem
sofrendo impactos diversos que precisam são avaliados e monitorados com intuito de almejar a
sua sustentabilidade. Sobre essa visão, este trabalho teve como objetivo caracterizar a comunidade
fitoplanctônica, próximo à construção do Pier IV no Porto do Itaqui - MA. Foram realizadas duas
coletas em um ponto fixo (02°33‟03” W/44°23‟02”S) na preamar com rede de plâncton (45 µm),
acondicionando e fixando as amostras a formalina 4% para identificação. Quanto às concentrações
de clorofila a foram filtradas as amostras, com volume entre 50 e 100 ml, congelando os filtros
resultantes e para a extração dos pigmentos seguiu-se a análise espectrofotométrica e em campo
foram aferidos parâmetros hidrológicos. Quanto aos resultados, o sistema estuarino foi considerado
eurialino com salinidade superior a 25,6, temperatura da água com média de 28,9°C e transparência
da água de 17 cm, compondo um ambiente turvo. O pH oscilou entre 8,12 a 5,13 revelando um
mecanismo ácido/básico de baixa saturação de oxigênio (54,4%) e oxigênio dissolvido entre 4,35 a
3,48 mg.L-1
. A comunidade fitoplanctônica esteve representada por 65 táxons, sendo para o
primeiro mês 49 e para o segundo 47, dos quais 95,38% eram diatomáceas. Essas espécies
estiveram enquadradas ecologicamente como planctônicas neríticas (27,69%) e oceânicas (18,46%),
seguida das ticoplantônicas, estuarinas e dulcícolas. Quanto à abundância, nenhuma espécie foi
considerada dominante, destacando-se Odontella regia com 26,26% em abril e em julho apenas
3,13% de representatividade. As concentrações de clorofila a permitem enquadrar o estuário do
Porto do Itaqui como oligotrófico com variações entre 4,15 mg.mm-³ e 5,51 mg.mm-³.
Palavras-chave: Ecologia, Fitoplâncton, Zona Costeira
71
CENSO DA AVIFAUNA EM REMANESCENTES FLORESTAIS NO
MUNICÍPIO DE TANGARÁ DA SERRA-MT
Seyla Poliana Miranda PESSOA1([email protected]); Rafael Willian WOLF
2; Bruno
Wagner ZAGO1; Josué Ribeiro da Silva NUNES
1,2; Edinéia Aparecida dos Santos GALVANIN
1,3.
1Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT), Mestrado Ambiente e Sistemas de Produção
Agrícola, Campus de Tangará da Serra. 2UNEMAT, Departamento de Ciências Biológicas, Campus de Tangará da Serra.
3UNEMAT, Departamento de Matemática, Campus de Barra do Bugres.
A avifauna brasileira é uma das mais diversificadas do mundo, porém, poucos estudos do censo da
avifauna no estado de Mato Grosso foram realizados. Este trabalho objetivou-se realizar um
levantamento qualitativo da avifauna, em remanescentes florestais, presentes no Bosque Municipal
e próximos à casa de eventos Flyer e Centro de Tradição Gaúcha-CTG, localizados no perímetro
urbano do município de Tangará da Serra/MT, Brasil, a fim de verificar a diversidade de espécies
sobre os distúrbios antrópicos. As amostragens ocorreram em março de 2011, os remanescente
variam de 80.000m2 a 150.000m
2, com vegetação de Cerrado sensu strictu e mata ciliar. A
metodologia de coleta foi realizada através de pontos fixos (100 m), na borda e centro de cada área,
observando e identificando as aves, através da visualização e vocalização, por 20 minutos em cada
ponto, anotando os dados em fichas de registro. Em aproximadamente 30 horas de esforço amostral,
foram observadas 35 espécies de aves, distribuídas em 8 ordens e 18 famílias e 7 guildas tróficas.
Tendo maior registro as ordens de Passeriformes (51%) e Psittaciformes (20%), as famílias
Tyrannidae (17%) e Psittacidae (17%) e as guildas tróficas frugívora (31%) e insetívora (28%). As
espécies mais representantes foram Brotogeris chiriri (Periquito-de-encontro-amarelo),
Campylorhynchus turdinus (Catatau) e Philohydor lictor (Bentevizinho-do-Brejo). Foi observado a
presença de Monasa morphoeus (Bico-de-brasa-de-testa-branca) uma espécie exótica e escassa que
se apresentou apenas no centro do Bosque municipal. Contudo, evidenciaram-se apenas espécies
generalistas, com maior diversidade nas bordas dos fragmentos da Flyer e CTG no período
matutino, áreas menos urbanizadas, diferente do Bosque municipal, localizado no centro da cidade.
Palavra-chave: Aves, levantamento e fragmento.
72
CENSO DA AVIFAUNA NA UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO
GROSSO (UNEMAT), CAMPUS DE TANGARA DA SERRA.
Bruno Wagner ZAGO1 ([email protected]); Gizele Regina ADAMI
2; Seyla Poliana
Miranda PESSOA1; Cleonir Andrade FARIA JÚNIOR
1; Edinéia Aparecida do Santos
GALVANIN3; Josué Ribeiro da Silva NUNES
1.
1Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT), Mestrado Ambiente e Sistemas de Produção
Agrícola - Tangará da Serra, MT. 2Graduada em Ciências Biológicas pela UNEMAT - Tangará da Serra, MT.
3UNEMAT, Departamento de Matemática - Barra do Bugres, MT.
4UNEMAT, Departamento de Ciências Biológicas - Tangará da Serra, MT.
O Brasil possui uma rica diversidade de aves, sendo considerado o terceiro país do mundo em
número de espécies, atualmente sendo listadas 1822. A grande riqueza de aves se deve pela elevada
heterogeneidade de ambientes encontrada no país, entre eles o Cerrado que conta com 50% das
espécies de brasileiras. Este trabalho teve como principal objetivo fazer um levantamento da
avifauna do Campus da Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT) em Tangará da Serra
- MT. As amostragens ocorreram entre outubro de 2007 e agosto de 2008 em cinco áreas, sendo
elas: área 1 (Área edificada), área 2 (Área de lazer), área 3 (Córrego São José), área 4 (Pastagem) e
área 5 (Fragmento florestal). Foram realizadas três visitas mensais das 7:00 as 11:00 horas e das
15:30 as 18:00 horas, sendo que uma das visitas foi realizada a partir das 04:00 horas, totalizando
253 horas de observação. A metodologia utilizada foi do tipo pontos fixos, observando-se por 20
minutos cada ponto para a identificação das aves através da visualização e vocalização, tendo os
dados anotados em fichas de registro. Através do método utilizado foi registrado 106 espécies de
aves, sendo as famílias mais representadas a Tyrannidae, Psittacidae e Ardeaidae com 12, 9 e 8
espécies respectivamente. A maior diversidades de aves foi encontrada na área 3 e 5 no período da
cheia e seca, sendo que o maior registro efetuado foi das espécies residentes seguido das espécies
visitantes e migratórias que possivelmente usam a área em função da variação na oferta de recursos
alimentares, estrutura de habitats e as próprias condições climáticas. Desta forma podemos inferir
que a avifauna do Campus da UNEMAT de Tangará da Serra consiste em uma rica diversidade de
espécies das quais disponibilizam deste local para sua sobrevivência.
Palavras-Chave: Aves, Levantamento, Diversidade.
73
COLETA E TRATAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS NA VILA DE
MAIAUATÁ/PA
Sinvaldo Amaral PANTOJA ([email protected]); Kátia Cilene Pureza GONÇALVES;
David da Costa PANTOJA, Carla Castro de MORAES; Marcilene da Silva MENDES; Adriane da
Costa GONÇALVES.
Universidade do Estado do Pará/UAB
A cultura de um povo ou comunidade caracteriza a forma de uso do ambiente, os costumes e os
hábitos de consumo de produtos industrializados e da água. No ambiente urbano tais costumes e
hábitos implicam na produção exacerbada de lixo e a forma com que esses resíduos são tratados ou
dispostos no ambiente, gerando intensas agressões aos fragmentos do contexto urbano, além de
afetar regiões não urbanas (MUCELIN, 2008). A quantidade de lixo produzido diariamente na Vila
de Maiauatá, 2º distrito do Município de Igarapé-Miri, com população de 15.000 habitantes é de
aproximadamente 15.000 kg/ semana. Esta pesquisa objetiva conhecer a situação ambiental da Vila
de Maiauatá no que se refere á coleta e tratamento de lixo, identificar possíveis problemas que
interferem na qualidade de vida da população e propor alternativas para minimizar os problemas
identificados. Após pesquisa bibliográfica, realização de entrevistas, observações e coleta de dados
em órgãos públicos, constatou-se que a coleta do lixo é feita por carrinhos de mão que trafegam
pelas passarelas (pontes de concretos), e que o acúmulo destes resíduos vem ocasionando sérios
problemas ambientais a esta comunidade. Assim foram propostas, ações em educação ambiental, a
fim de contribuir para a formação da comunidade e melhoria da qualidade de vida.
Palavras-chave: Resíduos sólidos; qualidade de vida; educação ambiental.
74
COMPOSIÇÃO FITOPLANCTÔNICA E CARACTERIZAÇÃO
HIDROLÓGICA NA LAGUNA DA JANSEN, SÃO LUÍS – MA
Francinara Santos FERREIRA1([email protected]);
Ana Karoline DUARTE-DOS-
SANTOS1; Bethânia de Oliveira ARAÚJO
1; Lisana Furtado CAVALCANTI
2; Marco Valério
Jansen CUTRIM1; Andrea Christina Gomes de AZEVEDO-CUTRIM
2.
1Universidade Federal do Maranhão, Departamento de Oceanografia e Limnologia – São Luís,
MA. 2Universidade Estadual do Maranhão, Centro de Educação, Ciências Exatas e Naturais, São Luís,
MA.
O estuário da Laguna da Jansen, localizado na área metropolitana da cidade de São Luís (MA), foi
analisado quanto a sua comunidade fitoplanctônica em setembro de 2011 durante a preamar no
período de estiagem. As amostras foram coletadas em dois pontos fixos: P1e P2 na superfície da
água com rede de plâncton malha de 45 m e acondicionadas em frascos de 200 ml, contendo
formalina a 4%. Foram mensurados alguns parâmetros abióticos da água (pH, temperatura,
salinidade, oxigênio dissolvido, oxigênio saturado e condutividade elétrica). No período analisado,
os dados referentes à temperatura da água não apresentaram grandes diferenças espaciais mantendo-
se em 28º C, a salinidade mostrou-se constante com 23 configurando um ambiente de água salobra
e o pH com média de 8,5. Os teores de oxigênio dissolvido oscilaram de 2,87 mg.L a 3,84 mg.L. A
saturação do oxigênio apontou que a Laguna da Jansen variou de zona semipoluída a de baixa
saturação. Já a condutividade da água, apresentou uma média de 37620 μS.cm-1
. Foram
identificadas 18 microalgas distribuídas em 4 divisões: Bacillariophyta (44,44%), Cianophyta
(27,77%), Dinophyta (22,22%) e Chlorophyta (5,55%). As diatomáceas foram as algas que com 8
táxons, proporcionaram a riqueza florística do microfitoplâncton local. Estas contribuíram com 6
espécies muito freqüentes, dentre elas Amphiprora alata (Ehrenberg) Kutzing, contribuindo com
45,94% dos espécimes contabilizados em P2, sendo a espécie mais abundante. Ressaltando ainda, a
presença marcante das cianobactérias da família Oscillatoriaceae representada por três espécies,
sugerindo a necessidade de um estudo mais detalhado deste grupo na área já que podem causar
sérios problemas ambientais. O que reflete a fragilidade desse ecossistema frente às ações
antrópicas.
Palavras-chave: Comunidade Fitoplanctônica1, Estuário2, Laguna da Jansen3.
75
COMPOSTAGEM COMO FORMA DE REAPROVEITAMENTO DE
RESIDUOS SÓLIDOS ORGÂNICOS GERADOS NA ESCOLA
Mayara Suellen Costa BESSA¹ ([email protected]); Fabiana BASSANI¹; Ana Emília Silva
CARVALHO¹ ; Maxwel Lima SANTOS¹; Fernando Leite da SILVA¹
¹Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia – IFPA, Conceição do Araguaia, PA
Este trabalho tem como objetivo apresentar a reutilização dos resíduos sólidos orgânicos (restos de
merenda escolar) que iriam para o lixão em uma composteira para constituição de húmus com fins
de adubação do solo. O trabalho foi realizado na Escola Municipal Maria Aparecida Rosa do
município de Conceição do Araguaia-Pará. Para isto, recolheram-se os restos de merenda escolar,
composto por: arroz, restos de pão, mingau de milho, sobras de legumes, frutas e verduras,
adicionou-se folhas de árvore trituradas e esterco bovino, levando em consideração a relação
carbono/nitrogênio. Os parâmetros acompanhados foram: umidade, temperatura, pH e, conforme a
demanda, a leira era revolvida para proporcionar oxigenação. Montou-se uma leira que recebeu
resíduos por um período de 2 meses. Obtiveram-se resultados positivos, sendo que a temperatura
variou de 32oC a 56
oC e a temperatura mais alta aferida foi nas primeiras semanas do experimento;
o pH ficou próximo da neutralidade: 8,0, o que é considerado pela literatura como ideal nessa faixa;
a umidade era realizada conforme a necessidade, buscando mantê-la próxima as 60%; a aeração era
realizada no intuito de proporcionar oxigenação, tendo em vista que consiste em um ambiente
aeróbio de decomposição por microorganismos. A leira apresentou boa aparência, com cor escura e
variação considerável dos parâmetros analisados, podendo ser passível a utilização do material final
como adubo. O reaproveitamento desses resíduos na escola ainda está sendo realizado em outra
leira e visa minimização da problemática do elevado volume de resíduos lançados ao ambiente,
poluindo o solo, ar e água, sendo que os mesmos são passíveis de reutilização.
Palavras-chaves: resíduos sólidos orgânicos, compostagem, merenda escolar.
76
COMUNIDADE CUIABÁ MIRIM - PANTANAL DE BARÃO DE
MELGAÇO/MT: REDE SOCIAL E O CONHECIMENTO
TRADICIONALSOBRE PLANTAS
Rosilainy Surubi FERNANDES1 ([email protected]); Sandra Mara Alves da
Silva Neves2;
Ronaldo José Neves3; Carolina Joana da Silva
4; Renato Fonseca de Arruda
5
1Universidade do Estado de Mato Grosso - UNEMAT, Mestrado em Ciências Ambientais –
Cáceres, MT.
2-3
Universidade do Estado de Mato Grosso - UNEMAT, Mestrado em Ambiente e Sistema de
Produção Agrícola - Tangará da Serra/MT e Departamento de Geografia/LabGeo Unemat -
Cáceres/MT.
4Universidade do Estado de Mato Grosso - UNEMAT, Mestrado em Ciências Ambientais –
Cáceres, MT.
5. Licenciado em História- UNEMAT- Mestrado Profissional em Preservação do Patrimônio Cultural
- Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan/MinC), Cuiabá, MT.
A comunidade Cuiabá Mirim situada no Pantanal de Barão de Melgaço no estado de Mato Grosso
adquiriu conhecimentos sobre plantas através das informações repassadas de gerações em gerações
e via rede social. Este trabalho objetivou investigar o conhecimento dos moradores sobre as
plantas do espaço em que vivem que fossem utilizadas como alimento para peixes e como estes
estão inseridos na rede social da comunidade. O grau de proximidade de uma rede é a capacidade
de um nó (um ator - morador) de ligar a todos os demais atores da rede, calculando-se a distância
geodésica de um ator para se ligar aos restantes. O delineamento deu-se a partir entrevistas semi-
estruturadas aplicadas a onze atores da comunidade e utilizou-se ainda os seguintes procedimentos
metodológicos: Bola de neve (Snowball Sampling), Listas Livres (Free Listing), transecto
participativo e a elaboração do gráfico da rede social através do programa UCINET, versão 6.0.
Dos onze atores da comunidade Cuiabá Mirim, um pertencia ao gênero feminino, indicando maior
comunicação entre os homens sobre o conhecimento das plantas utilizadas como fonte de alimento
para peixes; As plantas mais indicadas foram: marmelada (9) e Taiuiá (4), totalizando 31%; A rede
social da comunidade apresentou baixa densidade, com 5,6%, caracterizando uma relação fraca; O
ator que apresentou o maior grau de proximidade foi o codificado com o número 1 que apresentou
um valor de 677.000, seguido dos atores 23 e 17, com 676.000 e 675.000, respectivamente; e Os
menores percentuais apareceram entre os atores 26, 12 e 25, cada um com 586.000. Verificou-se
que o conhecimento tradicional de plantas que servem como alimento para peixes está presente na
memória dos moradores da comunidade pantaneira de Cuiabá Mirim, principalmente nos
informantes do gênero masculino. Apesar da rede social da comunidade se apresentar fraca os graus
de centralidade e proximidade se apresentaram altos com relação aos atores estudados.
Palavras-chave: Biogeografia, Etnoconhecimento, Comunidades tradicionais, Pantanal
Matogrossense.
77
CONDIÇÕES HIGIÊNICO-SANITÁRIAS DA COMERCIALIZAÇÃO DE
PESCADO NA FEIRA MUNICIPAL DE SANTA IZABEL DO PARÁ-PA
Suenne Taynah ABE SATO1 ([email protected]); Aline Kazumi Nakata da SILVA
1;
Suezilde da Conceição Amaral RIBEIRO2; Marcos Rafael da Silva JORGE
1; Michel Keisuke
SATO3; Letícia Cunha da HUNGRIA
3.
1Acadêmico do Curso de Tecnologia Agroindustrial/Alimentos da UEPA/CCNT - Belém, PA.
2 Professor Adjunto da UEPA/CCNT - Belém, PA.
3 Acadêmico do Curso de Agronomia da Universidade Federal Rural da Amazônia – Belém, PA.
Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), no peixe se encontra uma das
principais fontes de proteína para o ser humano. Todavia, é também um dos alimentos mais
suscetíveis à deterioração devido a seus fatores intrínsecos. Os manipuladores de alimentos por sua
vez, têm um papel importante na segurança alimentar. As práticas de manejo inadequadas podem
promover aumento no risco de toxinfecções alimentares. Esse estudo objetivou obter características
relacionadas à higiene dos pontos de venda de pescado na Feira Municipal de Santa Izabel do Pará
(PA), e traçar o perfil das pessoas envolvidas nessa atividade. Foram estudados oito pontos de
venda de comercialização de pescados e treze manipuladores. Os pontos de venda foram avaliados
através de análise visual e preenchimento de uma Lista de Verificação. Como resultados, observou-
se que 100% dos manipuladores não estavam cientes das Boas Práticas de Fabricação, e o uso de
EPI‟s não foi observado na maioria deles. Menos de 50% tinham boa aparência no que diz respeito
à higiene. Em 100% dos entrevistados foi detectada a manipulação de dinheiro concomitantemente
a manipulação dos pescados. Em geral, todos os pontos comerciais estavam em más condições de
higiene e os equipamentos e utensílios foram classificados como potenciais fontes de contaminação.
Os peixes dispostos para comercialização apresentaram alterações na pele, olhos, guelras e
consistência. Sabe-se que uma adequada manipulação é imprescindível para manter as qualidades
sensoriais e microbiológicas do pescado. Apesar disso, na feira estudada, ainda há muito que
progredir para que os padrões de higiene sejam alcançados. Em decorrência do nível de
escolaridade diminuído, o conhecimento sobre os riscos vinculados à contaminação pelos micro-
organismos é baixo, o que pode contribuir para a incidência de doenças veiculadas por alimentos.
Portanto, deveria haver mais interesse por parte dos órgãos competentes, a fim de orientar os
manipuladores sobre higiene e riscos microbiológicos, bem como realizar inspeções periódicas no
local.
Palavras-Chave: Segurança alimentar, boas práticas, capacitação.
78
CONFLITOS SOCIOAMBIENTAIS
Daguinete Maria Chaves BRITO1 ([email protected] Cecília Maria Chaves Brito BASTOS
2,
Rosana Torrinha Silva de FARIAS3, Daímio Chaves BRITO
4, Gabriel Augusto de Castro DIAS
5
1 Universidade Federal do Amapá (UNIFAP), Programa de Pós-Graduação em Direito Ambiental e
Políticas Públicas (PPGDAPP). 2 Universidade Federal do Amapá (UNIFAP), Doutoranda em Educação (UFU).
3 Universidade Federal do Amapá (UNIFAP), Especialista em gestão ambiental (UFPA).
4 Universidade Estadual do Amapá (UEAP) e Doutorando do Programa de Pós-Graduação em
Biodiversidade Tropical (PPGBio/UNIFAP) 5 Acadêmico do Curso de Ciências Ambientais (UNIFAP) e participante do Programa Voluntário de
Iniciação Científica (PROVIC/UNIFAP).
Os conflitos sociais estão presentes e são inerentes as sociedades humanas, independente do
contexto histórico e do espaço geográfico, estes nem sempre se mostram negativos e se tornam
importantes para o crescimento e desenvolvimento das sociedades. No século XXI o conflito que se
apresenta com maior evidência se relaciona ao uso e preservação (e ou conservação) dos recursos
naturais, denominado conflitos socioambientais, são fundamentais por conter nas suas análises a
discussão da permanência da humanidade no planeta. A natureza faz parte dos interesses difusos,
isto é, cada indivíduo gostaria que os recursos naturais fossem preservados/conservados, porém,
poucos adotam estas ações como preponderantes em suas atividades socioeconômicas, aumentando
a pressão sobre a natureza e a escassez de bens naturais se torna iminente. Neste contexto é
imprescindível avaliar a possibilidade de inversão deste processo e ponderar sobre a comunalização
de alguns recursos naturais e isto significa transformar em bens comuns, recursos anteriormente
privatizados, o que intensificará os conflitos relacionados à natureza. Objetivando avaliar a
proposição de teorias, métodos e ferramentas para solucionar ou amenizar os conflitos envolvendo
os recursos naturais, foi realizada pesquisa bibliográfica sobre os principais teóricos e teorias
concernentes a avaliação e resolução de conflitos socioambientais em países desenvolvidos e em
desenvolvimento. Observando-se que em países como EUA, França, Holanda e Alemanha, os
teóricos buscam desenvolver teorias, métodos e ferramentas no sentido de utilizar a conciliação e
negociação para a solução dos conflitos socioambientais. Enquanto que, em países da América
Latina, Ásia e África os teóricos estão iniciando e investigam apenas as causas das tensões e as
tentativas de solução do problema, ainda, está baseada em decisões políticas, administrativas e
judiciárias. Ou seja, em países como o Brasil, os conflitos socioambientais permanecem no contexto
das análises, sem proposições negociadas de resoluções, o que os caracterizam como duradouros.
Palavras Chave: Conflitos socioambientais, recursos naturais, sustentabilidade, negociação.
79
CULTURA E MEIO AMBIENTE NO CONTEXTO INDÍGENA XERENTE:
UM ESTUDO DE CASO SOBRE A TINGUIZADA
Maria do Carmo Pereira dos Santos TITO
1 ([email protected]); Odair GIRALDIN
2.
1Universidade Federal do Tocantins, mestranda em Ciências do ambiente – UFT/TO.
2Universidade Federal do Tocantins - UFT/TO.
O artigo compreende resultados preliminares da pesquisa em andamento no âmbito do Mestrado em
Ciências do Ambiente da Universidade Federal do Tocantins, que tem como objeto a tinguizada,
pesca tradicional realizada com vegetais Magonia pubescens, conhecida como tingui, ou com
Mascagnia rigida, conhecida como timbó. Ambas as plantas tóxicas, nativas do Brasil, que contém
substâncias, que em contato com a água provoca intoxicação nos peixes por falta de oxigênio,
facilitando a sua captura. O estudo está sendo desenvolvido junto ao povo indígena Akwen Xerente,
localizado na região central do Tocantins. O objetivo geral consiste em compreender a visão de
mundo do povo indígena Xerente a respeito da relação meio ambiente e prática cultural. Entre os
objetivos específicos destacam-se: a) identificar os referenciais utilizados pelos indígenas para a
construção de suas concepções sobre a preservação do meio ambiente; b) analisar a tinguizada
procurando compreender como esta se insere na discussão entre pesca predatória e prática cultural;
c) fazer análise físico-química e toxicológica da água. Em termos metodológicos, a pesquisa tem
caráter interdisciplinar e se estrutura a partir do método etnográfico, com a finalidade de conhecer
melhor o estilo de vida ou cultura de determinados grupos. O grau de toxidade será determinado a
partir da análise da água, por meio de amostras que serão tomadas em diferentes distâncias do local
da tinguizada. Os resultados preliminares apontam para a necessidade de que a legislação pesqueira
leve em consideração os componentes cosmológicos que envolvem a prática da tinguizada, uma vez
que para o povo Akwe-Xerente a tinguizada extrapola o sentido contumaz da pesca, se estendendo
ao universo do simbólico, o que lhe confere contornos culturais.
Palavras-chave: cultura, meio ambiente, Xerente, pesca, tinguizada.
80
CURRÍCULO COMO MEDIADOR DA PRÁTICA DOCENTE: A
EXPERIÊNCIA DOS PROFESSORES DAS ILHAS DA REGIÃO
METROPOLITANA DE BELÉM
Danielly coelho Gomes LEITE¹ ([email protected]), Eleanor Gomes da Sila PALHANO¹²;
Jair de Oliveira SILVA¹
¹ Universidade do Estado do Pará-Belém, Pa.
² Universidade Federal do Pará-Belém, Pa.
Este trabalho tem como objetivo refletir sobre as politicas públicas, presentes no projeto
curricular nas escolas públicas do município de Belém, em especifico as escolas das ilhas do
Combu, ilha Grande, ilha da Várzea e Mosqueiro. No entorno da cidade de Belém registra-se a
presença de 43 ilhas, as quais compõem a bacia do Marajó e a do rio Maguari. As ilhas
correspondem aproximadamente dois terço do território da região Metropolitano de Belém. O
estudo realizado nas escolas das ilhas de Belém adotou como metodologias a pesquisa documental e
histórica, realizaram-se contatos e reuniões com instituições como Secretarias Municipais de
Educação e Aplicou-se um roteiro de entrevista e questionários com 10 professores e 30 alunos. O
trabalho em pauta situa como as escolas das ilhas e seus professores articulam com o currículo
escolar a educação ambiental objetivando a preservação da fauna e da flora existentes nas
comunidades estudadas. As particularidades sociais e culturais da população das ilhas fazem parte
do currículo escolar; assim como a educação ambiental. O currículo das escolas das ilhas prioriza o
saber local e conteúdos necessários à formação integral dos sujeitos pesquisados. Os projetos
realizados na sala de aula pelos professores com os alunos abordam temas relacionados ao cotidiano
das comunidades amazônico e ribeirinho. Como considerações preliminares verificou-se que as
escolas das ilhas, junto aos professores, contextualizam no currículo escolar os conhecimentos
ribeirinhos como processo pedagógico para o ensino e aprendizagem dos alunos, além de pauta-se
em uma concepção de educação que acentua o caráter sócio-ambiental e sustentável com ênfase ao
contexto insular.
Palavras chave: Currículo; Escolas Ribeirinhas; Ilhas.
81
DESENVOLVIMENTO DE UM MODELO DE GESTÃO
SOCIOAMBIENTAL COLABORATIVA EM PROGRAMAS DE
PAGAMENTO POR SERVIÇOS AMBIENTAIS NO ESTADO DO MATO
GROSSO
1Rosane Duarte Rosa SELUCHINESK ([email protected])
2, Robert BUSCHBACHER
2
Simone Ferreira de ATHAYDE, 2 Wendy-Lin BARTELS,
3 Adriano CASTORINO.
1Universidade do Estado de Mato Grosso, Campus Universitário de Alta Floresta- Departamento de
Ciências Biológicas – Alta Floresta, MT. 2University of Florida, Amazon Conservation Leadership Initiative, Center for Latin American
Studies - Gainesville (Flórida/USA). 3Universidade Federal do Tocantins – Tocantins, TO.
Desde a Convenção da Diversidade Biológica (1990), tem sido reconhecida a necessidade do
diálogo e coordenação de ações e políticas entre diferentes áreas do conhecimento, atores sociais,
instituições e setores produtivos no manejo ou gestão dos recursos naturais. Os estudos sobre gestão
dos recursos naturais têm apontado para a necessidade de pensar e criar estratégias de valoração e
conseqüentemente de pagamento de serviços ambientais. Esta pesquisa tem como objetivo
desenvolver uma metodologia colaborativa e um modelo teórico para estudo, gestão e
monitoramento de sistemas sócio-ecológicos complexos em áreas de fronteira na Amazônia, para
informar processos de tomada de decisão em programas de pagamento por serviços ambientais, no
município de Cotriguaçu - MT. A execução do projeto esta sendo realizada por uma equipe
interdisciplinar e multiinstitucional de pesquisadores, professores, técnicos de instituições
governamentais, ONGs, e alunos de pós-graduação de universidades amazônicas. Os dados
coletados apontam que este cenário apesar de ser uma região voltada para a exploração do
agronegócio, tendo como fonte principal de renda a pecuária, permanece com 70% da sua área de
floresta preservada. Isso ocorre porque existem no município grandes áreas de manejo de madeira,
unidades de conservação, RPPNs e terra indígena. Entretanto existe uma pressão sobre essas áreas
pela pecuária de corte e leiteira, considerada a principal atividade econômica. O município conta
também com um setor madeireiro bem estruturado, cuja meta é explorar toda a madeira, incluído as
áreas protegidas e terras indígenas. Sobre esta tensão trabalha o poder público e instituições civis
que defendem o direito ao crescimento econômico como condição de sobrevivência da população
local. Durante a pesquisa o grupo percebeu a importância de contar com participação de uma equipe
interdisciplinar, cujos trabalhos conjuntos vêm permitindo leituras diferenciadas e o respeito pela
visão do outro que transcendeu o próprio grupo de pesquisa e chega até o posicionamento dos atores
sociais locais.
Palavras-chave: Interdisciplinaridade, recursos naturais, valoração ambiental, atores sociais,
cenários.
82
DETERMINAÇÃO DE
PROTEÍNAS TOTAIS EM CASTANHA-DO-BRASIL (Bertholletia excelsa)
POR ESPECTROFOTOMETRIA UV-Vis
Manoel Cristino do RÊGO1 ([email protected]); Sandra Maria de Souza Simões COSTA
2 ;
Waléria Pereira MONTEIRO3 ; Marcelo Valdez Nunes dos Santos LOPES
4; Cristine Bastos do
AMARANTE5.
1Mestrando em Ciências Ambientais pela Universidade do Estado do Pará/UEPA, Centro de
Ciências Naturais e Tecnologia/CCNT – Belém/PA 2Aluna Especial do Curso de Mestrado em Ciências Ambientais da Universidade do Estado do
Pará/UEPA 3Aluna Especial do Curso de Mestrado em Ciências Ambientais da Universidade do Estado do
Pará/UEPA 4Aluno Especial do Curso de Mestrado em Ciências Ambientais da Universidade do Estado do
Pará/UEPA 5Doutora em Química, Pesquisadora do Museu Paraense Emílio Goeldi – Belém/PA
O presente trabalho teve como objetivo a determinação quantitativa de proteínas totais em amostras
de endospermas de sementes Bertholletia excelsa (castanha-do-brasil ou castanha-do-pará), pelo
método do biureto por espectrofotometria na região do ultravioleta visível (UV-vis). Este método
baseia-se na propriedade de íons Cu2+
(presentes no reativo de biureto) em meio alcalino formarem
um complexo de coloração violeta com as ligações peptídicas das proteínas. As amostras de
castanha foram adquiridas em uma feira livre de Belém-PA e secas em estufa a 150 °C até peso
constante. Massa de 2,000 g da amostra seca foram maceradas e tratadas com 1 mL de NaOH 0,5 N.
Para a construção da curva analítica foram utilizadas concentrações crescentes da proteína soro
albumina bovina (BSA) como padrão. O gráfico da curva padrão “absorbância (nm) x concentração
do padrão de proteína (mg)” resultou na equação da reta y = 0,107x - 0,015 e apresentou boa
linearidade (R² = 0,999) para o método proposto. A leitura das amostras foi feita em
espectrofotômetro a λ = 545 nm. O teor de proteína obtido nas amostras foi de 50,66%, valor
considerado elevado quando comparado aos da literatura (16 – 23%). Entretanto, este resultado
pode ser atribuído à diferença de métodos utilizados. O método de Kjedahl (mais utilizado) fornece
o teor de Nitrogênio total e, por estimativa, o teor de proteína, enquanto que o método do biureto é
mais específico e seletivo por agir apenas nas ligações peptídicas. Outro fator é que, amostras ricas
em lipídios, como é o caso da amostra em questão, podem interferir na leitura, sendo necessária
uma etapa prévia de desengorduramento da amostra, o que não foi realizado neste trabalho. Nesse
sentido, nosso grupo está realizando novos ensaios considerando este fator.
Palavras-chave: Proteínas totais, método do biureto, castanha-do-brasil.
83
DIAGNÓSTICO DO SISTEMA DE PREPARO DO SOLO E ADUBAÇÃO DA CULTURA
DO ALGODÃO EM QUATRO PROPRIEDADES DA REGIÃO DO MÉDIO NORTE DE
MATO GROSSO
Jaqueline Aguilla PIZZATO¹ ([email protected]); Seyla Poliana Miranda PESSOA¹; Valvenarg
Pereira da SILVA¹; Dejânia Vieira de ARAÚJO; Mônica Josene Barbosa PEREIRA.
¹Universidade do Estado de Mato Grosso, Mestrado em Ambientes e Sistemas de Produção
Agrícola – Tangará da Serra, MT.
O preparo do solo consiste em uma das operações agrícolas na qual se procura alterar o estado
físico, químico e biológico do solo, de forma a proporcionar melhores condições para o máximo
desenvolvimento das plantas cultivadas, sendo este processo imprescindível para a cultura do
algodão, que apresenta pouca tolerância a impedimentos físicos e químicos do mesmo. O objetivo
do presente trabalho foi diagnosticar “in loco” o sistema de preparo do solo da cultura do algodão,
safra 2010/2011, em quatro propriedades da região do Médio norte de Mato Grosso. A pesquisa foi
realizada através de entrevistas semiestruturadas, no mês de maio de 2011, em quatro propriedades
produtoras de algodão, sendo duas delas de médio porte e duas de grande porte, localizadas entre as
coordenadas 14° 14' 35”S 57° 59' 43”W e 13º 56‟33,1”S e 57º14‟29,0” W na região do médio norte
do estado Mato Grosso. Todas as propriedades realizam análise do solo anualmente, e a partir desta
são realizadas as práticas de correção do solo em períodos de 1 a 4 anos, de acordo com a
propriedade. O revolvimento do solo é realizado em média a cada três anos. O uso de plantas de
cobertura como milheto (Pennicetum glaucum), crotalária (Crotalaria spectabillis) e capim
braquiária (Brachiaria sp.) é uma prática comum em todas as propriedades pesquisadas. A maioria
realiza adubação de NPK na base, de forma a parcelar nitrogênio e potássio que são aplicados
também em cobertura, sendo que uma das propriedades realiza adubação a lanço de fósforo e
potássio. Todas as propriedades fazem aplicação de micronutrientes. Desta forma, não houve muita
diferença nas formas de preparo de solo e adubação adotadas pelas propriedades em relação as
recomendações técnicas para a cultura.
Palavras-chave: Plantas de cobertura, Revolvimento, Macro e micronutrientes.
84
DIMINUIÇÃO DO IMPACTO AMBIENTAL ATRAVÉS DA ELABORAÇÃO
DE FERMENTADO ACÉTICO DE MANIPUEIRA EM UMA COMUNIDADE
DO APL DE MANDIOCA DO BAIXO TOCANTINS EM MOJU-PA
Aline Kazumi Nakata da SILVA1 ([email protected]); Érika Alinne Campos
VELOSO1; Paula Isabelle Oliveira MOREIRA
1; Carolina Borges ANDRADE
1; Christine da Silva
MACEDO1; Verônica de Menezes Nascimento NAGATA
1.
1
Universidade do Estado do Pará, Centro de Ciências Naturais e Tecnologia – Belém, PA.
A produção de farinha de mandioca nas casas de farinha do Arranjo Produtivo Local (APL) do
Baixo Tocantins é uma atividade conduzida predominantemente pela agricultura familiar. Segundo
dados do IBGE (2008), o município de Moju tem cerca de 2 mil hectares de área plantada de
mandioca, demonstrando a imensa importância sócio-econômica desta cultura. O processamento da
farinha envolve inúmeras operações unitárias que geram grandes quantitativos de resíduos, entre
estes, a manipueira. A manipueira é um resíduo líquido extraído da prensagem da mandioca ralada,
o qual tem em sua composição um teor elevado de cianeto, uma substância tóxica e nociva ao
homem e ao meio ambiente. Em geral, este resíduo é descartado no solo dos arredores da casa de
farinha, sendo um potencial poluidor para os igarapés próximos e pondo em risco a saúde da
população que utiliza a água em suas atividades rotineiras. Neste sentido, o objetivo deste trabalho
foi elaborar um fermentado acético de manipueira a fim de minimizar os impactos gerados a partir
do descarte inadequado da mesma no meio ambiente. O fermentado acético foi elaborado
artesanalmente na comunidade Poacê localizada a 13 km do centro de Moju. Para tal, foi utilizado
um decantador de PVC adicionado de manipueira e suco de abacaxi, exposto ao ar livre durante 15
dias. Obteve-se como produto final da fermentação alcoólica e acética promovida, respectivamente,
por leveduras e acetobactérias naturalmente presentes no mosto, ácido acético e CO2. O líquido
obtido foi pasteurizado a fim de paralisar o processo fermentativo. Os resultados das análises
microbiológicas mostraram-se satisfatórios para os níveis de coliformes a 45ºC e Salmonella spp,
indicando que o alimento está adequado ao consumo humano em relação à sua qualidade
microbiológica.
Palavras-chave: Fermentado acético, Manipueira, Poluição, Impacto ambiental.
85
DINÂMICA CAPITALISTA E MODELOS DE DESENVOLVIMENTO PARA
A AMAZÔNIA
Welbson do Vale MADEIRA1 ([email protected])
1Universidade Federal do Pará, Núcleo de Altos Estudos Amazônicos (NAEA) – Belém, PA.
Neste trabalho analisam-se relações entre a dinâmica do capitalismo mundial e da economia
brasileira e modelos de desenvolvimento usados na Amazônia. Mostra-se que após o fim dos “anos
dourados do capitalismo” e do “milagre econômico brasileiro” foi conveniente para o governo do
Brasil e para determinados grupos econômicos aprofundar as intervenções estatais na região
amazônica. Isso se manifestou por meio de programas vinculados ao II Plano Nacional de
Desenvolvimento, ao II Plano de Desenvolvimento da Amazônia e ao Programa de Pólos
Agropecuários e Agrominerais da Amazônia (POLAMAZÔNIA), sendo estes dois últimos
fundamentados no chamado Modelo Amazônico de Desenvolvimento. Este foi baseado, por sua
vez, nas teorias de dinâmica regional, em particular na Teoria dos Pólos e na Teoria da Transmissão
Interregional de Desenvolvimento. Por outro lado, com a mundialização do capital na década de
1990, consolidou-se a hegemonia de idéias neoliberais e apareceram novas referências de políticas
de desenvolvimento em que o Estado deveria cumprir funções distintas das exercidas no modelo
anterior. No Brasil isso se manifestou nos planos “Brasil em Ação” e “Avança Brasil”, do governo
Fernando Henrique Cardoso. Estes planos tiveram por referência o dito Modelo de Inserção
Competitiva, e como coluna vertebral a proposta de Eixos Nacionais de Integração e
Desenvolvimento. Argumenta-se, entretanto, que apesar de serem aparentemente conflitantes, os
modelos de dinâmica regional e de inserção competitiva se manifestaram por meio de planos de
desenvolvimento com fortes traços em comum, como, por exemplo, Grandes Projetos que mantém a
economia amazônica voltada para fora e com limitadas perspectivas de atender aos interesses da
maioria de sua população.
Palavras-chave: Capitalismo; Modelos de Desenvolvimento; Economia Brasileira; Amazônia;
86
DINÂMICA DO MERCADO DE GEMAS E JÓIAS NO SUDESTE
PARAENSE: ARRANJO PRODUTIVO LOCAL, ECONOMIA SOLIDÁRIA
OU MERCADO OLIGOPOLISTA?
Alex Conceição dos SANTOS1 ([email protected]); Farid EID
1
1Universidade Federal do Pará, Instituto de Ciências Sociais Aplicadas – Belém, PA.
Pretende-se contribuir com o debate sobre a crítica da teoria do crescimento econômico como base
para o desenvolvimento. Apresentadas algumas contribuições teóricas relevantes de Furtado (1961),
Tavares (2010), Singer (2004), que tratam desta temática, em seguida, analisar como que a
economia paraense tem pautado por uma política de crescimento econômico baseada em exportação
de produtos in natura e, em menor valor, alguns produtos pouco manufaturados (Carvalho, 2006). A
partir deste, o trabalho centra-se numa base teórica com o intuito de discutir a realidade de uma das
atividades extrativas do Estado, a cadeia produtiva de gemas e jóias. Na década de 80, diante do
crescimento da precarização do trabalho e dos questionamentos teóricos sobre crescimento
econômico com concentração de renda, será enfatizado que surge a preleção da importância do
desenvolvimento econômico-social endógeno segundo princípios de uma economia emergente, a
Economia Solidária centrada aqui na abordagem da organização de cadeias produtivas solidárias e
inter-cooperação abordada em diversos autores (Eid, 2008). Ao mesmo tempo, se desenvolve outra
teoria, centrada na análise sobre a organização de Arranjos Produtivos Locais, proposto pela
Redesist da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Cassiolato, 2003). Uma terceira vertente
aborda as estratégias de crescimento das firmas em mercados oligopolistas e mostra a relevância
deste debate na atualidade, com destaque para o trabalho de Penrose (2006). Diante destas três
vertentes pretende-se chegar à seguinte pergunta: estaria em processo de consolidação um APL ou a
reprodução da dinâmica do mercado oligopolista controlado pelas firmas mineradoras ou a gênese
de práticas de economia solidária no Sudeste Paraense através do segmento de gemas e jóias?
Palavras-chave: Desenvolvimento; APL; Economia solidária; Oligopólio; Gemas e jóias.
87
DIREITO AMBIENTAL E TEORIAS CURRICULARES: RELAÇÕES
EPISTEMOLÓGICAS FUNDAMENTAIS NO CAMPO DOS NOVOS
PARADIGMAS
Sirliane da Costa VIANA 1 ([email protected]);
Adalberto Carvalho RIBEIRO2.
1Universidade Federal do Amapá – Mestranda, PPGDAPP/UNIFAP
2Universidade do Estado do Amapá – Docente, PPGADAPP/UNIFAP
O objetivo da pesquisa é explicar como se caracteriza a relação epistemológica entre o Direito
Ambiental e as Teorias Curriculares Pós-Críticas tendo como base a filosofia do emergente
Paradigma Sistêmico. O marco teórico assinala que o paradigma cartesiano, construiu-se sobre o
conceito de racionalidade (racionalidade instrumental, sobretudo), cujas características, dentre
outras, era a idéia de domínio da natureza, subjugando-a ao homem. Dentre tantas conseqüências
desse pensamento fragmentado e desse sistema econômico enfatiza-se a questão da degradação
ambiental, a crise ecológica e o aprofundamento das desigualdades que engendraram uma das
maiores crises da modernidade. Capra e Morin defendem a tese de um novo paradigma, já que
novos tempos estariam se consolidando e, novas formas de sobreviver desafiam ao homem e esses
aspectos põem em cheque a relevância do paradigma cartesiano diante da sociedade pós-moderna.
São duas as questões: 1) Quais fundamentos epistemológicos explicam as relações entre o Direito
Ambiental e as Teorias Curriculares Pós-criticas? Quanto a metodologia trata-se, quanto à natureza
de pesquisa básica. Quanto a abordagem do problema é qualitativa. A hipótese é de que o Direito
Ambiental tem como base a interdisciplinariedade. No entanto a natureza epistemológica dos
conteúdos da disciplina de Direito Ambiental é de uma proposta pautada na transdisciplinariedade.
A Teoria Curricular atual não tem como acontecer sem o diálogo interdisciplinar. A categoria
“complexidade”, de Morin, entre outras, pode explicar os vínculos epistemológicos entre esse dois
campos do saber. Os resultados parciais apontam no sentido da confirmação da hipótese.
Palavras-chave: paradigma, direito ambiental, teorias curriculares.
88
DISPOSIÇÃO A PAGAR DE UMA POPULAÇÃO URBANA DE SÃO LUIS
(MA) POR SERVIÇO AMBIENTAL FORNECIDO PELO PARQUE
ESTADUAL DO MIRADOR
Ricardo Madeira Tannús
1 ([email protected]); Caruline Silva Lago
1; Dhulia de Carvalho
Bittencourt1; Edivan Silva Almeida Junior
1; Fabiana Pereira Correia
1; Bruno Gueiros
2
1 Universidade Federal do Maranhão, Programa de Pós-graduação em Sustentabilidade e
Ecossistemas – PPGSE, São Luis-MA 2 Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade.
O processo histórico de uso e ocupação do solo brasileiro é marcado por degradação ambiental. A
legislação ambiental prevê a criação de unidades de conservação como uma estratégia para evitar a
completa destruição de seus biomas. No início as UC eram vistas como um pedaço da natureza
intocado. Atualmente as UCs são vistas como áreas fornecedoras de serviços ambientais para a
população humana. Parque Estadual do Mirador -PEM- localizado na bacia hidrográfica do
Itapecuru, presta importante serviço para a população maranhense. Ele protege a nascente do rio
Itapecuru, principal responsável pelo abastecimento de São Luís. O respectivo estudo pretende
verificar a disposição a pagar de uma população urbana de São Luis pelo serviço ambiental
fornecido pelo Parque. Foi utilizado o Método de Valoração Contingente (MVC) que busca revelar
as preferências dos indivíduos por um bem ou serviço ambiental; ou seja, busca captar a disposição
a pagar para garantir um beneficio ou a disposição a aceitar para incorrer em um malefício. As
entrevistas feitas nos meses de dezembro de 2010 e janeiro de 2011, no centro da cidade de São
Luís. O tamanho amostral foi definido pela técnica de Consenso de Informantes Entrevistados e
chegou a 101 pessoas (58,4% mulheres). O nível de instrução predominante foi o ensino médio
completo (54,5%). O maior grupo de renda familiar foi de 1 a 2 salários e com relação à faixa
etária, predominou a classe de 21 a 30 anos (33,7%). Uns 80% dos entrevistados estariam dispostos
à contribuir para a preservação do PEM, mas somente 35,8% estariam dispostos a pagar. Os valores
domiantes foram de até R$ 5,00, (46,43%) seguido pela faixa de R$ 11,00 a 15,00 (17,86%). Os
não-dispostos alegaram “motivos econômicos” (40%), “responsabilidade do governo” (20%) e
“corrupção” (15%) como principais motivos. Uma menor parcela dos entrevistados estaria disposta
a pagar pela conservação do Parque e contribuiriam com até 5 reais. Esse resultado pode estar
associado com a baixa renda e ou com o grau de instrução.
Palavras chave: disposição a pagar; rio; itapecuru; bacia hidrográfica
89
DOS RISCOS DE DANO AO PATRIMÔNIO CULTURAL SUBMERSO
DECORRENTE DA LEI 10.166/00.
Larissa Ferreira Teixeira Gazel¹ ([email protected]).
1Universidade Federal do Amapá- UNIFAP, Programa de Pós Graduação em Direito Ambiental e
Políticas Públicas- PPGDAP – Macapá, AP.
O advento da lei supracitada estabeleceu a atribuição de valor econômico a bens submersos de valor
histórico, artístico ou arqueológico, bem como o pagamento de recompensa ao concessionário em
ate 40% do valor destes bens. Além de estar em desalinho com a Carta Magna, representa grande
ameaça ao patrimônio ambiental cultural do país. Somente através do estudo hermenêutico da lei,
consagrando a universalidade da universidade é que poderemos reunir as ciências a fim de buscar a
efetivação do direito, como ciência social por excelência. Para a defesa do meio ambiente,
precisamos buscar a multidisciplinaridade, através de métodos, técnicas e fundamentos que possam
contribuir para a finalidade maior, que vem a ser a proteção, preservação e sustentabilidade do
patrimônio cultural amazônico, cujo potencial é reconhecido internacionalmente. O ponto de partida
é a revisão bibliográfica, a análise de direito comparado e posteriormente o estudo da legalidade e
constitucionalidade da legislação. As atividades de campo também visam traçar o perfil
socioeconômico das comunidades ao entorno de regiões com incidência de sítios submersos no
Amapá, considerando assim a visão da lei a partir da sua ótica de impacto social. Preliminarmente
consideramos que a legislação em comento, acaba por incentivar e legalizar a coleta desordenada e
descomprometida com a preservação dos bens arqueológicos e como conseqüência a perda de
conhecimento científico e histórico a respeito das nossas origens e da interpretação de nossa
sociedade como um todo.
Palavras-chave: Legislação, Patrimônio, Submerso, Arqueológico e Perda.
90
ECOLOGIA SIMBÓLICA E PAC (PROGRAMA DE ACELERAÇÃO DO
CRESCIMENTO): DESAFIOS PARA A CONSTRUÇÃO DE UMA
COMUNIDADE DE COMUNICAÇÃO ENTRE PERSPECTIVAS INDÍGENAS
E NÃO-INDÍGENAS SOBRE O MEIO AMBIENTE NO BRASIL
Odair Giraldin1 ([email protected])
1 Professor associado – Universidade Federal do Tocantins, campus de Porto Nacional. Pesquisador
e bolsista produtividade 2F do CNPq. Coordenador do Núcleo de Estudos e Assuntos Indígenas
(NEAI) da UFT.
Os estudos realizados pela Antropologia sempre partiram do principio da relação dos povos entre
natureza e cultura. Neste trabalho, parto das reflexões realizadas por Sahlins em Cultura e Razão
Prática, por Descola nos textos La Selva Culta. Simbolismo y Praxis en la Ecologia de los Achuar e
Constructing natures: Simbolic ecology and social practice, além das discussões sobre antropologia
ecológica nos trópicos úmidos realizadas por diversos autores para entender a perspectiva indígena
e antropológica do meio ambiente. Em seguida analiso as abordagens dos discursos sobre
desenvolvimento e crescimento econômico, presentes criticamente na Antropologia do
desenvolvimento, além de fazer uma leitura crítica do Plano de Aceleração do Crescimento.
Concateno este debate com o atual discurso que sai da Economia Sustentável e parte para a
formulação do discurso da Economia Verde. A partir destas leituras, elaboro uma reflexão baseada
nas discussões de Roberto Cardoso de Oliveira sobre a possibilidade (ou não!) da formação de uma
comunidade de comunicação e de argumentação entre as agências governamentais e os povos
indígenas, refletindo também sobre os limites e as possibilidades da participação da Antropologia
praticada no Brasil neste cenário.
Palavras-chave: Meio-Ambiente, Indígenas, Desenvolvimento, Amazônia
91
EDUCAÇAO AMBIENTAL A DISTÂNCIA EM ESTADOS DA AMAZONIA
LEGAL: ESTUDO SOBRE O PROCESSO FORMATIVO EM ESCOLAS
SUSTENTÁVEIS E COM-VIDAS NOS ESTADOS DO ACRE , AMAPÁ E
PARÁ
Dulce Maria PEREIRA1 ([email protected]); Jorge Luíz Murta BRESCIA
2;
Anselmo Rogério Lage dos SANTOS3;
Janaina Pizatti SOARES4;
Dary Jose FRANÇA5;
Diego
ELIAS 6
1Universidade Federal de Ouro Preto , Centro de Ensino a Distância – Ouro Preto , MG.
2 Universidade Federal de Ouro Preto , Departamento de Engenharia de Produção – Ouro Preto ,
MG. 3Universidade Federal de Ouro Preto , Centro de Ensino a Distância, ES – Ouro Preto , MG.
4Universidade Federal de Ouro Preto , Centro de Ensino a Distância, ES – Ouro Preto , MG.
5Universidade Federal de Ouro Preto , Centro de Ensino a Distância – Ouro Preto , MG.
6Universidade Federal de Ouro Preto , Centro de Ensino a Distância, ES – Ouro Preto , MG.
Resumo - Este trabalho apresenta um estudo sobre resultados do Processo Formativo em Educação
Ambiental: Escolas Sustentáveis e COM-VIDA nos estados do Acre, Amapá e Pará. O curso de
extensão , realizado de novembro de 2010 a setembro de 2011, foi concebido por três
universidades para atender às demandas de formação continuada de professores do ensino médio,
com execução interdisciplinar e interinstitucional. Trata-se de um processo formativo em educação
ambiental por intermédio do Ensino a Distância que articula gestão, currículo e espaço construído ,
com a participação da comunidade escolar.Propõe o exercício do controle social e da educação
ambiental, com foco nas questões socioambientais vivenciadas localmente, a partir da escola que
assume sua função de espaço educador sustentável.Coube ao CEAD da Universidade Federal de
Ouro Preto coordenar o processo em seis estados, três deles da Amazônia Legal: Acre, Amapá e
Pará. O presente artigo é dividido nos seguintes sub-temas: Relevância da Educação Ambiental na
Educação Ambiental ; as ferramentas de tecnologias da informação e da comunicação utilizadas, os
desafios para sua utilização e resultados, incluindo avaliação dos objetivos e metas alcançadas;
exemplos de processos de vivenciados no curso, a partir de trabalhos de professores cursistas dos
três estados amazônicos; conclusão com ponderações sobre os procedimentos, processos e
resultados do curso, reflexão sobre pesquisas e ponderações sobre a natureza das relações
interinstitucionais e interdisciplinares que podem assegurar melhor resultado do curso Escolas
Sustentáveis e COM-VIDApara as comunidades, como também práticas para a consolidação dos conceitos de educação ambiental na região.
Palavras-chave: Educação Ambiental, Ensino a Distância, Formação Continuada, Escolas
Sustentáveis e Com-Vida , Ecotecnologias.
92
EDUCAÇÃO AMBIENTAL COMO POLÍTICA SOCIAL: UMA
ESTRATÉGIA DE DESENVOLVIMENTO LOCAL NA AMAZÔNIA
Adirleide Greice Carmo de SOUZA1 ([email protected]) Adelma das Neves Nunes
Barros-MENDES2;
1Universidade Federal do Amapá, Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Direito
Ambiental e Políticas Públicas, Bolsista da CAPES – Macapá, AP. 2Universidade Federal do Amapá, Docente do Programa de Pós-Graduação em Direito Ambiental e
Políticas Públicas e Pró-Reitora de Graduação – Macapá, AP.
O texto apresenta resultados parciais da pesquisa “A educação ambiental como política social: uma
estratégia de reação social à pesca predatória e de desenvolvimento local do município de
Pracuúba/Amapá”, a qual vem sendo desenvolvida desde 2010, tendo como objetivo aplicar e
avaliar como a Educação ambiental, enquanto política social pode contribuir para reação social à
pesca predatória e para o desenvolvimento local do município de Pracuúba, através do método
etnográfico, pesquisa ação, e técnicas quantitativas e qualitativas de coleta de dados. O lócus da
pesquisa é o município de Pracuúba, situado na região dos lagos no leste do Amapá na região
amazônica. Os sujeitos envolvidos são pescadores cadastrados na Colônia de Pescadores do
município. Como resultado preliminar constatou-se, que a pesca predatória é uma problemática da
Costa Atlântica amapaense que abrange 10 municípios, onde a região mais afetada, segundo
mapeamentos do IEPA (Instituto de Estudos e Pesquisa do Amapá) é a região dos lagos, da qual, o
município estudado faz parte. No município a pesca predatória é agravada pela falta de fiscalização
do poder público, e, além disso, também é agravada pela aceitação da comunidade, sobretudo, por
falta de informação e saberes de como evitar (IEPA, 2010). Percebe-se a Educação Ambiental como
uma alternativa de reação a pesca predatória, a qual, desde a Declaração de Estocolmo, 1972, vem
sendo tratada como um desafio maior para se promover a sustentabilidade do desenvolvimento, e
enquanto política social, que tem como premissa a formação de cidadãos conscientes e
participativos, sobretudo, na gestão ambiental, efetivando a promoção da sustentabilidade na
perspectiva do socioambientalismo e do desenvolvimento local, que requer qualidade de vida ao
povo amazônico.
Palavras-chave: Educação ambiental, sustentabilidade, socioambientalismo.
93
EDUCAÇÃO AMBIENTAL: COM-VIDAS – AGENDA 21 E ESCOLAS
SUSTENTÁVEIS NA REDE ESTADUAL DE ENSINO DO PARÁ
Maria do Perpétuo Socorro Lopes de OLIVEIRA1 ([email protected])
1Secretaria de Estado de Educação – EEEFM Regina Coeli Souza Silva – Ananindeua, PA.
O presente trabalho tem como referência ações desenvolvidas pela Coordenadoria de Educação
Ambiental da Secretaria de Estado de Educação (CEAM/SEDUC-2007 a 2010). O objetivo é
demonstrar o desempenho de uma das escolas participantes das formações. O trabalho expõe as
atividades da Comissão de Meio Ambiente e qualidade de Vida (Com-Vida), da Escola Estadual
Regina Coeli. Localizada no PAAR, em Ananindeua-Pará, participou do Processo Formativo
Escolas Sustentáveis e Com-Vida, em parceria com a Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP),
através do Ensino a Distância (EaD). No Pará (2008), a formação de Com-Vida, passou a ser a
principal estratégia de enraizamento da educação ambiental na escola, através do Projeto “Vamos
Cuidar do Pará com as Escolas”. Segundo Morin (2011), são necessárias novas práticas
pedagógicas para uma educação transformadora envolvendo as relações indivíduo-sociedade-
natureza. A Agenda 21 da Escola Regina Coeli, se dá através do Projeto “Nossa Escola
Sustentável”, o plano apresenta ações articuladas com o Programa Mais Educação e Ensino Médio
Inovador. Na proposta inclui-se ações que promovem a sustentabilidade da escola, formando um
tripé entre Currículo, Gestão e Edificação, as ações são implementadas na perspectiva pedagógica
de educação ambiental emancipatória e transformadora. A Com-Vida atua na gestão ambiental da
escola, para implantação de conceitos como sustentabilidade, sociodiversidade e o cuidado. O
projeto visa adequação da escola em suas edificações e aplicação de ecotécnicas, conta com o apoio
técnico da UFOP e do Coletivo de Facilitadores de Educação Ambiental do Pará (CFEA). Boff
(1999), diz: “O cuidado com o nicho ecológico só será efetivo se houver um processo coletivo de
educação e que faça troca de saberes”. A “Nossa Escola Sustentável” materializa a educação
ambiental no chão da escola, através do protagonismo juvenil com responsabilidade socioambiental
para a promoção da qualidade de vida, da inclusão, e do respeito à diversidade da comunidade
escolar.
Palavras-chave: Escola, Sustentabilidade, Com-Vida, Protagonismo juvenil.
94
EDUCAÇÃO AMBIENTAL: DIREITO FUNDAMENTAL DA PESSOA
HUMANA
Francisca Marli Rodrigues de ANDRADE1 ([email protected]); José Antonio CARIDE
GOMÉZ1;
1Universidade de Santiago de Compostela, Facultade de Ciencias da Educación, Departamento de
Teoría da Educación, História da Educación e Pedagoxía Social – Grupo de Investigación en
Pedagoxía Social e Educación Ambiental.
A percepção das consequências da crise socioambiental gerou a urgente necessidade de mudança
nas relações constituídas no plano ambiental e social. Necessidade esta que foi o ponto de partida
para o fomento de encontros, discussões e elaboração de documentos que tem como objetivo
disseminar princípios norteadores de compromisso com o respeito e a melhoria da qualidade de
vida, em todas as suas formas de existência. Alguns destes documentos propagam meio ambiente e
educação como direito fundamental da pessoa humana. Nesse contexto a Educação Ambiental
também está inserida, já que, conforme mencionado anteriormente, ela pode ser compreendida
como o resultado da relação recíproca entre os conceitos de meio ambiente e educação. Com base
nesse entendimento é indispensável o seu desenvolvimento em todas as modalidades de ensino
formal e não-formal, como forma de legitimá-la enquanto direito, uma vez que seus reflexos podem
ser traduzidos no processo de formação cidadã, pautado em valores éticos, na sua interpretação mais
fiel – respeito à dignidade da pessoa humana, bem como, das demais formas e manifestações de
vida. Com base nesses argumentos, esta pesquisa se configura em um ensaio teórico, que tem como
objetivo discutir os principais documentos nacionais e internacionais que propõem a
institucionalização e legitimação da Educação Ambiental no cenário brasileiro, especialmente, no
âmbito da educação formal, como modo de evidenciar a necessidade de garantir a promoção desse
direito fundamental.
Palavras-chave: Educação Ambiental; direito fundamental; dignidade humana.
95
EDUCAÇÃO AMBIENTAL NA AMAZÔNIA: MULTIPLICADADE DE
IDENTIDADES
Francisca Marli Rodrigues de ANDRADE1 ([email protected]); José Antonio CARIDE
GOMÉZ1;
1Universidade de Santiago de Compostela, Facultade de Ciencias da Educación, Departamento de
Teoría da Educación, História da Educación e Pedagoxía Social – Grupo de Investigación en
Pedagoxía Social e Educación Ambiental.
Os diálogos sobre meio ambiente organizados nos últimos anos, evidenciaram a crise ambiental e
seus reflexos no cenário ecológico, social, econômico, cultural entre outros. Logo, esses reflexos
tendem a influenciar a abordagem da Educação Ambiental, seja ela formal ou informal,
promovendo um eco de diferentes sons, mas que, ao final, exprimem o mesmo sentido: a
democracia, a justiça, a igualdade, a dignidade, a cidadania, o direito a vida, a conservação e
preservação da natureza, etc. Esse fenômeno - diga-se de re-conceituação - é utilizado como forma
de ampliá-la ou torná-la mais enfática em determinados aspectos, o qual é chamado por alguns de
adjetivação da Educação Ambiental, porém o Ministério do Meio Ambiente brasileiro preferiu
chamá-lo de “Identidades da Educação Ambiental Brasileira”. A iniciativa desta publicação foi
oportuna para mapear as principais características da Educação Ambiental em território brasileiro.
Contudo, há que ponderar a necessidade de investigar, também, como esta vem se consolidando nas
diversas regiões do país, especialmente na Amazônia, na qual a Educação apresenta peculiaridades
e particularidades do próprio contexto socioambiental. Desse modo, esta investigação se configura
em um ensaio teórico, cujos objetivos estão direcionados a identificar as identidades de Educação
Ambiental desenvolvidas e consolidadas na Amazônia. Para tanto, recorre a diversos estudos,
especialmente as pesquisas realizadas nesta região como meio para atingir tal objetivo, cujos
principais resultados remete-nos a concluir que na Amazônia coexistem e coabitam uma diversidade
de identidades de Educação Ambiental.
Palavras-chave: Educação Ambiental; Identidades; Amazônia.
96
EDUCAÇÃO CONTINUADA EM SEGURANÇA E SAÚDE DO
TRABALHADOR EM BELÉM/PARÁ
Doracy Moraes de SOUZA ([email protected])
FUNDACENTRO- Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho –
Belém/PA
O Programa Nacional de Educação em Segurança e Saúde do Trabalhador (PROEDUC) é
desenvolvido na FUNDACENTRO/PA, fundação pública do Ministério do Trabalho e Emprego,
sediada em Belém do Pará, por meio do projeto de Educação Continuada em Segurança e Saúde do
Trabalhador desde 2005. Este projeto concretiza-se por meio de ações educativas que articulam os
eixos históricos, técnicos e práticos a fim de contribuir com a reflexão de questões na área de
Segurança e Saúde dos Trabalhadores. Para tal, profissionais com diferentes formações acadêmicas
– engenheiros, nutricionistas, psicólogos, assistentes sociais, pedagogos, dentre outros- têm
socializado estudos e experiências com o público que busca atualização profissional para
compreender e propor melhorias nos ambientes de trabalho. Esta proposta metodológica identifica
alternativas para minimizar ou superar as problemáticas elencadas para estudo por meio da
elaboração de Projetos de Trabalho. As ações educativas são realizadas visando o aprofundamento
de conceitos com exemplificações de situações relacionadas à segurança e saúde dos trabalhadores,
possibilitando a socialização de experiências e o esclarecimento de dúvidas sobre diversos olhares
para a melhoria das condições de vida dos trabalhadores. O processo de formação acadêmica e
atuação profissional expressam o compromisso com uma proposta de capacitação por meio de um
conjunto articulado de cursos, oficinas e palestras. Essas ações educativas têm alcançado um
público composto por profissionais de diversas áreas do conhecimento. Como exemplo, de 2005 a
2011 foram realizadas 125 palestras, totalizando 250h e registrada a freqüência de 4.920 pessoas.
Nos cursos foram elaborados 40 projetos de trabalho voltados para trabalhadores em diferentes
ramos de atuação.
Palavras-chave: Educação, Trabalho, Saúde do Trabalhador.
97
EFEITO DO SUBSTRATO SOBRE A GERMINAÇÃO DE SEMENTES DE CAMAPÚ
Bruno Calzavara FLORES1 ([email protected]); Abelardo de Kássio Lobato
CORDEIRO1; Maria Suellem da Conceição SILVA
1; Marcos Rafael Souza da COSTA
1.
1Universidade Federal Rural da Amazônia – Belém, PA.
O camapú (Physalis angulata) é uma frutífera exótica de grande valor nutricional e econômico,
sendo comercializada em larga escala principalmente na Colômbia. Caracteriza-se por ser uma
planta anual que produz frutos pequenos e saborosos, com grande quantidade de sementes,
propagando-se sexuadamente. O tipo de substrato afeta a germinação de sementes e tem
fundamental importância nos resultados obtidos nos testes que a avaliam. Assim, este trabalho
objetivou analisar o comportamento germinativo das sementes de P. angulata sob dois substratos. O
experimento foi conduzido na Casa de Vegetação do Departamento de Solos da Universidade
Federal Rural da Amazônia. Os frutos foram coletados no próprio campus da instituição e as
sementes foram retiradas manualmente por fricção em água corrente para completa eliminação dos
resíduos e colocadas para secar a sombra por 24 horas em temperatura ambiente. A semeadura foi
feita em recipientes gerbox, sobre areia e vermiculita umedecidas em função da capacidade de
campo. O delineamento experimental utilizado foi inteiramente casualizado com dois tratamentos,
quatro repetições de 100 sementes. As avaliações foram feitas diariamente durante 14 dias,
considerando como germinada a semente que emitiu o epicótilo. Os dados obtidos foram
submetidos à análise de variância e as médias comparadas pelo teste de Tukey, a 5% de
probabilidade. Ao final do experimento, registrou-se porcentagem de germinação de 82% e 49,5%
para areia e vermiculita, respectivamente. O tamanho da semente e sua exigência com relação à
água não foram compatíveis com as características físicas do substrato vermiculita, influenciando
negativamente na germinação.
Palavras-chave: Germinação, Substrato, Physalis, Camapú.
98
EFEITOS SOBRE A DURAÇÃO PUPAL DE Spodoptera frugiperda (J. E.
Smith, 1797) (Lepidoptera: Noctuidae) DO EXTRATO BRUTO
METANÓLICO DE Anemopaegma arvense (Vell) Stellfeld ex de Souza
Arno RIEDER1([email protected]), Rosilainy Surubi FERNANDES
2
1 Universidade do Estado de Mato Grosso; Departamento de Matemática, Biologia, Enfermagem,
Agronomia; Campus de Cáceres, MT. 2 Universidade do Estado de Mato Grosso, Programa de Pós Graduação em Ciências Ambientais,
Campus de Cáceres, MT
A catuaba (Anemopaegma arvense-BIGNONIACEAE) é uma planta do cerrado que contém tanino
e triterpenos (ácido oleanólico, ácido ursólico). É utilizada popularmente como medicinal,
atribuindo-lhe efeito estimulante e afrodisíaco. Espécies medicinais podem ter efeito biocida. Este
trabalho visa analisar o efeito do extrato foliar bruto metanólico de A. Arvense(EMeCa) sobre pupas
de S. frugiperda (J.E.Smith,1797)(Lepidoptera:Noctuidae) que é uma praga prejudicial a diversas
culturas, como o milho. Obteve-se o EMeCa, a partir de folhas coletadas na Serra do Mangaval,
margens da BR-070(16º14‟39,7”S; 57º30‟24”W), em 11Jan.2009. A partir da “solução estoque”
(extrato+água) foram preparadas 4 concentrações: de 50 mL (T4=18.000 ppm, T3= 9.000 ppm,T2=
4.500 ppm e T1= 2.250 ppm) e testemunha T0= água. No bioensaio foram utilizados 120 lagartas de
3oínstar, 2
ageração, criadas na Universidade do Estado de Mato Grosso, a 30 ± 3ºC, UR de 60 ±
10%. Estas foram tratadas com folhas de milho (5x5 cm2) contaminadas com o EMeCa, e a cada
24h observados sinais morfo-fisiológicos de bioatividade. Verificou-se sinais de provável efeito
fisiológico de tendêndia de reduzir a duração pupal. Mas as médias entre os tratamentos (11,00
dias) + desvio padrão (2,24 dias), diante das lagartas aproveitadas (n= 117) apresentaram-se no
limiar da existência ou não de diferenças significantes (F= 2,416; GL=4; α= 0,053). Mais
concentrações crescentes deverão ser testadas para complementar a avaliação de efeito do EMeCa
sobre S. frugiperda. Os resultados não descartam haver poder bioativo da A. arvense sobre S.
frugiperda e estimulam a continuidade destes estudos. Sugere-se também testar extratos
fracionados, incluindo vários nas faixas de mais e menos polares.
Palavras-chave: Catuaba, Extrato, Folhas, Bioatividade, Praga,
99
ELEIÇÕES MUNICIPAIS DE 2004 EM BELÉM: ESTRATÉGIAS DE
CAPTURA DO ELEITOR NO CONFRONTO DE ANA JÚLIA E DUCIOMAR
Jefferson Wagner e Silva GALVÃO ([email protected])
Universidade Federal do Pará. Núcleo de Altos Estudos Amazônicos-NAEA/PLADES
Este trabalho alinha-se aos estudos de Mídia e política. Trata-se de um estudo das estratégias de
captura do eleitor no confronto de Ana Júlia e Duciomar no primeiro turno das eleições municipais
de 2004. É objetivo deste trabalho demonstrar quais estratégias foram utilizadas e a contribuição
para o resultado final das eleições. Para tal, efetiva-se uma análise dos discursos utilizados pelos
candidatos no Horário Eleitoral Gratuito de Televisão. Observa-se a personificação da disputa com
a sobrevalorização da figura dos candidatos em detrimento dos partidos, o que é demonstrado na
descrição da trajetória política dos candidatos. Também é analisado o desempenho dos macro-
atores políticos e a construção do arco de aliança partidária das duas candidaturas. A análise das
estratégias de captura do eleitor e a construção das imagens públicas dos candidatos, como estas
foram trabalhadas discursivamente na campanha e os discursos de campanha dos dois candidatos
apontam a relação entre estes e o resultado das urnas.
Palavras-chave: Eleições Municipais; Personalização; Duciomar; Ana Júlia; Estratégias
discursivas.
100
ESTIMATIVA DO VALOR MONETÁRIO PARA O PARQUE ESTADUAL
DO MIRADOR – MA, COM BASE NA DISPOSIÇÃO POR TRABALHO
VOLUNTÁRIO (DATv) INDICADO POR UMA POPULAÇÃO URBANA DE
SÃO LUIS – MA.
Ricardo Madeira Tannús1 ([email protected]); Fabrícia de Lima Brito
1; James Werllen de
Jesus Azevedo1; Jaqueline dos Santos David
1; Odgley Quixaba Vieira
1; Rafael Ferreira Maciel
1
1. Universidade Federal do Maranhão, Programa de Pós-graduação em Sustentabilidade e
Ecossistemas – PPGSE, São Luis-MA
Historicamente o desenvolvimento de uma região está associado com a perda de qualidade
ambiental, afetando a vida da população. A implantação de áreas protegidas visa manter áreas com
qualidade ambiental alta para contrabalancear os efeitos do desenvolvimento. No entanto, essas
áreas precisam de manutenção (fiscalização, educação ambiental, infra-estrutura...) que nem sempre
fornecida pelo poder público. Qualquer cidadão pode contribui para a manutenção, seja através de
doação de valores ou através de trabalho voluntário. O estudo pretende estimar o valor do Parque
Estadual do Mirador considerando a disposição por trabalho voluntário. Utilizamos o Método de
Valoração Contingente (MVC) que indica as preferências do cidadão por um bem ou serviço
ambiental. As entrevistas foram realizadas em dezembro de 2010 e janeiro de 2011, na região
central de São Luís. A amostra foi determinada pela técnica de Consenso de Informantes
Entrevistados e chegou a 101 pessoas (41,6% homens). O grau de instrução dominante foi o ensino
médio completo (54,5%). O maior grupo de renda familiar foi de 1 a 2 salários-mínimos e em
relação à faixa etária, dominou o intervalo de 21 a 30 anos (33,7%). Observamos que 20% dos
participantes não se dispuseram à contribuir de nenhuma forma com a preservação do PEM. Do
restante temos que 64,2% da amostra está disposta à contribuir prestando algum tipo de serviço
gratuito, como o plantio de mudas (49,02%) e a apresentação de palestras educativas (29,41%).
Realizamos o cálculo de valor monetário da DATv, considerando o valor do salário mínimo (renda),
a quantidade de pessoas dispostas e a taxa de 2h/pes/sem. O valor final ficou em 537.150.042,64 de
reais. De forma geral, identificamos que uma amostra da população da cidade de São Luis está mais
disposta a colaborar através do trabalho voluntário a contribuir financeiramente pela conservação do
Parque. Das atividades de trabalho voluntário o plantio de mudas para recuperar áreas degradadas
foi o mais citado, seguido pela ação educacional. Esse resultado pode estar associado com a baixa
renda.
Palavra chave: itapecuru, bacia hidrográfica, maranhão, trabalho voluntário
101
ESTUDO DO MODELO OPEN ARCHIVES INITIATIVE E
ACESSIBILIDADE WEB PARA IMPLEMENTAÇÃO DE REPOSITÓRIOS
DIGITAIS NO MPEG
Igo Paixão de MEDEIROS1 (igo701@gmail); Vitor Pinheiro ALVES
2; Marcos Paulo Alves de
SOUSA3; Maria Emília Cruz SALES
4.
1Museu Paraense Emílio Goeldi, Serviço de Tecnologia da Informação – Belém, PA.
2Museu Paraense Emílio Goeldi, Serviço de Tecnologia da Informação – Belém, PA.
3Museu Paraense Emílio Goeldi, Coordenadoria do Núcleo de BioGeoInformática – Belém, PA.
4Museu Paraense Emílio Goeldi, Coordenadoria de Planejamento e Acompanhamento – Belém,
PA.
O repositório digital é um sistema de informação que tem o propósito de assimilar, preservar e
difundir produções científicas das instituições. O Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG) pretende
utilizar esse sistema para compartilhar suas publicações de forma digital que estão arquivadas e
organizadas na Coordenação de Informação e Documentação da Instituição. A mesma possuí
diversas pesquisas nas áreas de Botânica Tropical, Zoologia, Ciências Ambientais e Ciências
Sociais. Apesar de os pesquisadores compartilharem suas idéias na Rede publicando de forma
tradicional em periódicos eletrônicos, este meio de publicação é bastante limitado nos aspectos de
acessibilidade e discussão entre os pares. A publicação em periódicos pagos limita a divulgação do
conhecimento a um número restrito de especialistas que pode arcar com os custos de acesso. Além
disso, este meio tradicional não possui mecanismos que promovam o diálogo entre os especialistas
de forma a contribuir para a melhoria nos avanços das pesquisas publicadas. Uma solução moderna
para este problema é a construção de repositórios de publicação acessíveis utilizando a tecnologia
Open Archives Initiative - OAI (Arquivos Abertos), com objetivo de disponibilizar acessos livres às
produções científicas entre instituições de ensino e pesquisa pelo mundo. O projeto consiste em
implantar e customizar um repositório institucional para o MPEG de modo a capturar e publicar as
produções cientifica da instituição à comunidade investigadora. O Repositório Institucional do
Museu Paraense Emílio Goeldi encontra-se no endereço http://repositorio.museu-goeldi.br/jspui e
contém 406 publicações cadastradas em diferentes áreas do MPEG.
Palavras-chave: Sistema de Informação, Repositório Institucional, Repositório Digital,
Acessibilidade, MPEG.
102
ESTUDO ETNOBIOLÓGICO DAS COMUNIDADES ASSENTADAS NAS
MICROBACIAS DO MUNICÍPIO DE CODÓ-MA
Francisca Inalda Oliveira SANTOS
1 ([email protected]); Mariano Oscar Aníbal Ibañez
ROJAS1,2
([email protected]); Claudio Urbano Bittencourt PINHEIRO2 ([email protected])
1Universidade Federal do Maranhão, Mestrado em Sustentabilidade de Ecossistemas - São Luís-
MA. 2Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia – Codó-MA.
A pesquisa intitulada “As Tecnologias Sociais e sua relação com indicadores de desenvolvimento
nas microbacias do município de Codó-MA, área de transição entre as Regiões dos Cocais e do
Cerrado Maranhenses (RCC e RCDM) vem sendo executada nas comunidades ribeirinhas dessa
região. As Tecnologias Sociais – TS‟s- foram escolhidas como elementos principais para a
execução desta pesquisa porque, acreditamos serem estas a base do desenvolvimento
socioeconômico (não reconhecido explicitamente pela comunidade científica) de todas as
comunidades, principalmente das tradicionais. Esta afirmação tem como base todo o processo da
evolução do ser humano no tempo e no espaço. Um exemplo claro disto é ilustrado, neste texto,
com a passagem dos grupos humanos nômades, (que desenvolveram tecnologias para a coleta e
caça visando o armazenamento de alimentos) para sedentários (que desenvolveram técnicas de
cultivo, aprimoramento de ferramentas para a caça, domesticação de animais, construção de
moradias, dentre outros), que com o tempo sofreram uma série de modificações a tal ponto de
atingir os estágios atuais já sistematizados e transformados em inovação tecnológica. Neste trabalho
são identificadas, além das tecnologias sociais utilizadas ou apenas descritas pelos comunitários do
município de Codó-MA, os aspectos sociais, econômicos, culturais e ambientais enfatizando-se,
para este último, o uso das plantas, caracterizada como um elemento de estudo da Etnobiologia. A
etnobiologia busca o entendimento de como as sociedades percebem, classificam e utilizam os
recursos naturais, os inter-relacionamentos entre a natureza e a sociedade, procurando a
compreensão de como as sociedades influenciam a natureza durante a sua apropriação dos recursos
naturais, e como esta, por outro lado, afeta a cultura humana. A metodologia utilizada neste trabalho
constitui-se da seleção de áreas de ocorrência de comunidades tradicionais (ribeirinhos,
agricultores, quilombolas, extrativistas, incluindo as mulheres detentoras de informações específicas
para este estudo); as técnicas de coleta de dados compreenderam a pesquisa bibliográfica, a
realização de expedições até as margens dos rios para a localização georreferenciada das
comunidades ribeirinhas, incluindo unidades de paisagem configuradas como roças visando captar o
conhecimento que a população detém dos referidos ecossistemas; entrevistas informais; elaboração
de questionários semi-estruturados (contendo questões abertas e fechadas), acompanhamento e
registro das atividades executadas pelos comunitários com a finalidade de coletar dados para
posterior tratamento e análise. Assim uma das TS‟s mais significativas está relacionada aos
diferentes usos das plantas nas comunidades pesquisadas tais como, o número de espécies de
plantas medicinais utilizadas, o número de espécies de plantas alimentícias e as espécies utilizadas
para construção como moradias, paióis, casas de farinha instrumentos de fabrico de farinha, de
canteiros, cercas, utensílios domésticos, móveis, ferramentas para o extrativismo de coco babaçu,
dentre outros. Todas estas intrinsecamente ligadas e tecnicamente incorporadas à área da
Etnobiologia. Quanto ao uso de recursos naturais, os dados colhidos na comunidade Barra do Saco,
Codó (MA), apontam o uso medicinal de algumas plantas, utilizadas para tratar as mais diversas
enfermidades, dentre elas: Hortelã (Mentha piperita); Boldo (Plectranthus barbatus Andr.); Língua-
de-vaca (Elephantopus scaber L.); Malva do Reino (Plectranthus amboinicus); Estoraque
(Liquidambar orientallis Mill); Alfavaca (Ocimum basilicum). Quanto ao uso para construção as
plantas citadas são: as palmeiras de Babaçu (Orbignya phalerata, Mart), Carnaúba (Copernicia
103
cerífera), Macaúba (Acrocomia Aculeata) sendo utilizadas as folhas e troncos; Marfim ou Pau-
marfim (Balfourodendron riedelianum) utilizada para fazer sabão; Aroeira (Schinus molle L.), Ipê
(Tabebuia chrysotricaha), Barrigudeira ou Barriguda ou Paineira (Chorisia glaziovii), Jatobá
(Hymenaea courbaril) Candeia (Gochnatia polimorfa) Sapucaia (Lecythispisonis), Mufumbo
(Combretum leprosum), sendo utilizado o tronco. Cabe ressaltar que além de utilizar para a
construção de paióis, casas são também utilizadas para outros fins. A análise dos dados permitirá a
elaboração de uma matriz analítica de tecnologias sociais identificadas, incluindo os aspectos
etnobiológicos, a sua importância no uso social efetivo, considerando suas limitações e
potencialidades e sua relação com a melhoria das condições e qualidade de vida das comunidades
em estudo.
Palavras chave: Tecnologias sociais, Etnobiologia, Comunidades tradicionais, Região de transição
entre o cerrado e cocais do Estado do Maranhão, Município de Codó.
104
ESTUDO FITOQUÍMICO BIOMONITORADO DE FRAÇÕES OBTIDAS DO
EXTRATO DICLOROMETÂNICO DAS FOLHAS DE Montrichardia linifera
(ARRUDA) SCHOTT.
Cristine Bastos do AMARANTE¹ ([email protected]); Patrícia Homobono Brito de
MOURA².
¹Museu Paraense Emílio Goeldi, Coordenação de Ciências da Terra e Ecologia – Belém-PA. ²Universidade do Estado do Pará, Centro de Ciências Naturais e Tecnologia – Belém-PA
Com ampla ocorrência às margens de rios e igarapés Amazônicos, a aninga (Montrichardia linifera
(Arruda) Schott) é uma macrófita aquática pertencente à família Araceae, sua utilização é comum
entre os caboclos e ribeirinhos, principalmente na medicina tradicional, como antiinflamatório,
cicatrizante, expectorante, dentre outras aplicações. Considerando que a maioria dos medicamentos
utilizados na indústria farmacêutica foram isolados a partir da indicação da utilização tradicional de
plantas, a aninga é uma espécie fitoterápica em potencial. Neste sentido, o presente estudo objetiva
continuar a pesquisa fitoquímica desta espécie, quantificar os teores de flavonóides por
espectrometria de absorção no ultravioleta visível (UV-VIS), validar esta metodologia empregada e
avaliar a atividade biológica do vegetal. A partir da obtenção das frações oriundas do extrato
diclorometânico foram feitos testes de flavonóides utilizando a curva de rutina como padrão. A
validação deste método foi realizada através dos cálculos limite de detecção (LD), do limite de
quantificação (LQ) e da recuperação. Para a avaliação da atividade biológica fez-se uso do ensaio
de toxicidade frente à Artemia salina (TAS). O extrato bruto e as frações apresentaram
concentração de flavonóides de 0 a 12%, o LD e LQ foram 0,12 μg/mL e 0,42 μg/mL,
respectivamente, logo este método se mostrou com alta sensibilidade para detectar e quantificar o
padrão, e em relação ao TAS, todas as frações e o extrato apresentaram alta toxicidade (< 100 µg
mL-1
) frente a Artemia salina, indicando que M. linifera apresenta-se promissora para estudos
fitoquímicos, farmacológicos e toxicológicos mais detalhados que poderão resultar no
desenvolvimento de um possível fitoterápico.
Palavras-chave: Montrichardia linifera, flavonóides, extrato diclorometânico, fitoterápico.
105
ESTUDO DE CASO: PROPOSTAS DE PESQUISA GOVERNAMENTAIS
PARA A ALIMENTAÇÃO SUSTENTÁVEL NA AMAZÔNIA
Alba Rocio Piratoba-AGUILAR1 ([email protected]); Diana Nathaly Monroy-PIRATOBA
1.
Universidade do Estado do Pará, Centro de Ciências Naturais e Tecnologia – Belém, Pa.
A Amazônia tem recursos biológicos de alto valor alimentício. A renda na sociedade não é
equitativa gerando fenômenos como o deslocamento populacional, e outros como a segurança
alimentar, segundo a FAO: “é o acesso aos alimentos para todos e em todo momento, em
quantidade e qualidade suficientes para uma vida saudável e ativa”. A coleta de sementes e a caça
foram a base da alimentação do home; depois a agricultura e suas revoluções. O aumento da
população também aumenta a demanda por alimentos. Segundo ONU é prioritário a Erradicação da
Pobreza e o Desenvolvimento Sustentável. A Agenda 21 define o Desenvolvimento Sustentável
como: “O desenvolvimento que procura satisfazer as necessidades da geração atual, sem
comprometer as necessidades das gerações futuras, fazendo uso razoável dos recursos da terra e
preservando as espécies e os habitats naturais”. Então o presente trabalho pretende mostrar
pesquisas da literatura de centros de Pesquisa, Revistas, Periódicos e Jornais Qualis, do estado da
arte na produção de alimentos sustentavelmente em países da Amazônia que brindem alimentação
de qualidade e o uso razoável dos Recursos Naturais. Trabalhos revisados destacam: a geração de
renda para os produtores, hábitos alimentícios de populações amazônicas, a agricultura sustentável
nas comunidades tradicionais e tradições familiares, atividades de dobro proposito exemplo as
plantas medicinais, potencial alimentício e futuro dos sistemas agro- alimentícios, o agenciamento
das boas práticas agrícolas, alternativas de trabalho às populações que ajudem no equilíbrio
ecológico, destaca-se as Pesquisa da EMBRAPA no Brasil, o IDMA no Peru, CORPOICA na
Colômbia, INIA na Venezuela, outros e Ministérios Agrícolas na promoção de uma alimentação
sustentável na Amazônia. Também a importância das politicas sociais na promoção de produtos que
melhorem a alimentação e evitar problemáticas sociais. Comparando o Brasil tem vantagem de
Pesquisa no aproveitamento dos recursos naturais para à alimentação. Os Centros de Pesquisa e
Tecnológicos geram informação e capacitam pessoas para melhorar a produção de alimentos
sustentavelmente na Amazônia.
Palavras-chave: Segurança Alimentar, Amazônia, Desenvolvimento Sustentável.
106
ETNOBOTÂNICA, POTENCIAL ANTI-CANDIDA E TOXICICIDADE DE
PLANTAS MEDICINAIS DA COMUNIDADE CUCURUNÃ - SANTARÉM,
PA.
Ana Paula Ferreira de ASSUNÇÃO1 ([email protected]); Luana Travassos BATISTA
1;
Sandra Layse Ferreira SARRAZIN2;
Valéria Mourão de MOURA2;
Ricardo Bezerra de
OLIVEIRA2;
Rosa Helena Veras MOURÃO2.
1Universidade Federal do Oeste do Pará - Laboratório de Bioprospecção e Biologia Experimental
Santarém, PA - Brasil.
2Programa de Pós – Graduação em Recursos Naturais da Amazônia – PGRNA, Santarém, PA.
A Etnobotânica define-se como a pesquisa sobre plantas medicinais através do conhecimento
a respeito do seu emprego por uma população, e constitui um recurso importante na elaboração de
estudos farmacológicos. Com isso, inúmeras pesquisas são voltadas ao estudo de plantas utilizadas
como terapia alternativa, a fim de validar o conhecimento tradicional, contribuir para minimizar os
riscos de intoxicação por uso inadequado e principalmente encontrar princípios ativos que possam
ser utilizados no desenvolvimento de novas drogas. Nesse estudo, realizou-se um levantamento
etnobotânico através de entrevistas tipo estruturada, buscando conhecer quais as plantas medicinais
utilizadas por moradoras da Comunidade Cucurunã no tratamento de Candidíases. Para isso foram
realizadas 70 entrevistas e entre 14 espécies citadas, 03 merecem destaque: Platymenia reticulata
(55,71%), Connarus favosus (24,28%) e Uncaria guianensis (12,85%). Os extratos aquosos destas
espécies foram avaliados quanto ao potencial anti-Candida, através do método de disco difusão em
Agar, e toxicidade aguda, frente ao bioensaio com Artemia salina. Os resultados revelaram que
nenhum dos extratos apresentou eficácia contra este fungo. Na avaliação da toxicidade, os
resultados obtidos foram: DL50 > 1000 µg/mL para P. reticulata e C. favosus, e DL50 246,75 µg/mL
para U.guianensis. De acordo com a classificação de Dolabela (1997), os extratos foram
considerados com baixa toxicidade ou não tóxicos. Com isso, sob nossas condições experimentais,
as plantas medicinais citadas como recurso terapêutico no combate a Candidíases não apresentaram
potencial antifúngico, porém apresentaram baixa ou nenhuma toxicidade, sugerindo que o uso
destas espécies vegetais pela população não implica em riscos de intoxicação.
Palavras-chave: Etnobotânica; Plantas Medicinais; Atividade anti-Candida; Toxicidade.
107
FATOR SOCIOECONÔMICO: CAUSA DETERMINANTE PARA A
PROLIFERAÇÃO DA DENGUE NO MUNICÍPIO DE PARAGOMINAS-PA
1Odineia Barrozo TEIXEIRA ([email protected]),
1Lilian Natalia Ferreira de LIMA,
1Maria Aparecida de Melo COSTA,
1Tiego dos Santos SILVA.
1. Universidade do Estado do Pará, Centro de Ciências Sociais e Educação- Paragominas,PA.
Ao longo da história a humanidade tem contraído doenças infecciosas que causam grandes
prejuízos econômicos à saúde pública, uma vez que se propagam coletivamente. Entre essas
doenças a Dengue elevou, neste ano, o número de casos no Pará. Esse é o motivo de se produzir um
trabalho que busque verificar se essa proliferação está relacionada ao fator sócio-econômico,
levando em consideração a falta de informação dos entrevistados e o trabalho realizado pela
Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Paragominas, tendo esse município como campo de
estudo. Para obtenção dos resultados fez-se duas pesquisas de campo, sendo uma realizada com a
SMS de Paragominas e outra em 2 bairros da cidade, com 245 moradores, dos quais 38.78% foram
entrevistados em um bairro de classe média e 61.22% num de classe baixa, com caráter
quantitativo, aplicada no mês de setembro, do ano de 2011, através de questionário com perguntas
fechadas, para se fazer um levantamento do conhecimento dos moradores de Paragominas sobre a
Dengue, formas de contração e prevenção, contribuição do entrevistado com a eliminação dos focos
do mosquito Aedes aegypti, considerando a renda familiar. A primeira pesquisa mostrou que
87.75% dos entrevistados conhecem os malefícios, transmissão e prevenção da Dengue. A outra
entrevista, por sua vez, realizada com a SMS mostrou que a SMS de Paragominas tem trabalhado
contra o agente transmissor através das visitas domiciliares realizadas pelo Agente Comunitário de
Saúde (ACS). No entanto, a classe baixa pouco contribui para a prevenção da Dengue, uma vez que
o ACS encontra resistência para observar as residências e quando o faz, geralmente, constata a
presença de reservatório de água parada. De acordo com a SMS, das casas visitadas pelos ACS‟s as
que mais apresentam foco da Dengue são as que pertencem aos moradores de classe baixa.
Portanto, conclui-se que essa classe, a pesar de conhecer os malefícios causados pela Dengue, é
negligente quanto sua prevenção, visto que em suas casas, geralmente são encontrados focos do
Aedes aegypti, o que por sua vez, só contribui para a proliferação da Dengue no Município.
Palavras-chave: Dengue, fator socioeconômico, proliferação.
108
FORÇA MUSCULAR E COMPOSIÇÃO CORPORAL DE ATLETAS
ESCOLARES DE VOLEIBOL FEMININO SUBMETIDAS A UM
PROGRAMA DE TREINAMENTO FUNCIONAL
Diogo Alves de OLIVEIRA
1 ([email protected]); Cláudio Joaquim BORBA-
PINHEIRO1,2,3
; Olavo Raimundo de Macêdo Barreto da ROCHA JÚNIOR1
1 Universidade Estado do Pará (UEPA, Campus XIII, Curso de Educação Física. Laboratório de
Exercícios Resistido e Saúde (LERES) – Tucuruí, PA. 2 Instituto Federal do Pará (IFPA) Campus de Tucuruí, PA.
3 Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO). Laboratório de Biociências da
Motricidade Humana (LABIMH). Rio de Janeiro, RJ
Introdução: O Treinamento Funcional é umas das alternativas para a preparação física para
esportistas, tendo a especificidade dos movimentos como base para desenvolver, entre outros
fatores, a força e a velocidade convergindo na ação que o atleta necessita realizar durante sua
prática. Objetivo: Verificar os efeitos de um programa de treinamento funcional sobre variáveis
relacionadas à composição corporal e força muscular de atletas escolares de voleibol feminino de
uma Instituição Federal de Ensino. Métodos: Sete voluntárias com 22,5±4,9 anos de idade;
159±0,03 cm de estatura e 56,5±6,1 de massa corporal participaram do estudo. Foram utilizados
protocolos de avaliação para mediar a força muscular de membros inferiores (salto vertical),
superiores (flexão de braço) e abdominal (flexão da coluna), além do índice de massa corporal
(IMC), índice de risco cintura & quadril (IRCQ) e percentual de gordura corporal (%G) de três
dobras para mulheres. O treinamento foi desenvolvido em um período de seis semanas, com duas
sessões/semana de 45 a 60min/aula. Foi utilizado o teste “t” Students para medidas repetidas
respeitando a normalidade dos dados. Resultados: Os resultados mostraram uma diferença
estatística significativa para a variável de força dos membros inferiores através do salto vertical
(∆%= 8,7%, p=0,004). Entretanto, as outras variáveis: força membros superiores (∆%=1,14%;
p=0,53); força abdominal (∆%=3,8%; p=0,22); IMC (∆%=1,4%; p=0,08); %G (∆%=1,9%; p=0,51);
IRCQ (∆%= -1,3%; p=0,43) não apresentaram melhoras estatísticas. Conclusão: Conclui-se com o
presente estudo que as variáveis de composição corporal e de força não sofreram alteração
estatística significativa (p<0,05), em um período de treinamento de seis semanas, com exceção do
salto vertical, que é uma variável de desempenho específico para o voleibol.
Palavras chave: Treinamento Funcional, Força muscular, Composição corporal, Atividade
física.
109
FUNCIONALIDADE DA PAISAGEM URBANA: ESTUDO DE CASO NO
MUNICIPIO DE VILA BELA DA SANTISSIMA TRINDADE/MT.
Laís Fernandes de Souza NEVES1 ([email protected]); Marcela de Almeida SILVA
1;
Jesã Pereira KREITLOW 1; Rosália CASARIN
1; Sandra Mara Alves da Silva NEVES
2
1Universidade Estadual de Mato Grosso, Laboratório de Geotecnologias, Grupo de Pesquisas
SERPEGEO UNEMAT – Cáceres, MT.
Quando se pensa numa cidade, pensa-se sempre em funcionalidade. As vias públicas, os edifícios, e
todos os equipamentos que compõem o cenário urbano devem ser concebidos para o eficiente
exercício de funções como moradia, trabalho, circulação e lazer (MINAMI, 2001). Sendo assim este
trabalho objetivou mostrar a funcionalidade da paisagem urbana do município de Vila Bela da
Santíssima Trindade localizada na região Sudoeste do estado de Mato Grosso. Vila Bela da
Santíssima Trindade foi a primeira capital do estado de Mato Grosso no seu centro encontra-se as
ruinas de uma catedral do período colonial. Ela é um símbolo da cidade e constitui o marco de uma
história que começa em 1752. Enquanto foi capital no período de 1752 a 1820 a cidade obteve um
avanço muito grande devido aos investimentos em infra-estrutura e apoios fiscais para os novos
habitantes, mas com a mudança da capital para Cuiabá em 1835 muitos residentes abandonaram a
região, deixando casas, estabelecimentos comerciais para trás. Esta pesquisa foi realizada através de
levantamento bibliográfico, trabalho de campo para coleta de coordenadas geográficas e registro
fotográfico e trabalho de laboratório. Localizada as coordenadas 15º00'28"S e 59º57'06"W possui
14.971habitantes IBGE (2006) a maior parte da sua população vive em casa ou terreno próprio, no
ano de 1991 59,9% da população do município viviam em casa própria, já em 2000 este índice
aumentou para 67,1% população vivendo em casa e terreno próprio e quitado, mas somente a
metade da população recebe a cobertura de energia elétrica e 39,6% do município conta com
abastecimento de água encanada. Segundo dados do IBGE (2003), existem no município 163
empresas formais, sendo que o comércio representava 41,1% do total das empresas do município.
Palavras-chave: População, Cenário urbano, Região.
110
GEMAS E JÓIAS NO SUDESTE DO PARÁ:
POSSIBILIDADES DO TURISMO GEMOLÓGICO NO
MUNICÍPIO DE PARAUAPEBAS
Alex Conceição dos SANTOS1 ([email protected]); Maria Gabriella Vilhena
MONTEIRO2; Ariani Rodrigues CORDEIRO
1.
1Universidade Federal do Pará, Instituto de Ciências Exatas e Naturais - Belém, PA.
2Universidade do Estado do Pará, Centro de Ciências Naturais e Tecnologia - Belém, PA
O turismo tem se tornado uma ferramenta de discussão significativa em vários contextos,
perpassando o desenvolvimento sustentável, meio ambiente e recentemente a questão mineral e o
design, através do turismo gemológico (Liccardo, 2009). Diante deste contexto, o ensaio tem como
objetivo, analisar as possibilidades de inserção do turismo gemológico no município de
Parauapebas, estimulando o mercado de gemas e jóias e divulgando os trabalhos e potenciais locais.
O discurso inicial é de que a riqueza mineral do Sudeste Paraense compreende substâncias minerais
como, ferro, cobre, manganês, níquel, ouro e gemas, (Barbosa, 2011). Dentre os minerais, o
destaque é a produção crescente nos últimos anos, proporcionada pelos atores públicos e privados
na cadeia produtiva de gemas e jóias, em que, ações estão sendo realizadas tanto pelo SEBRAE,
quanto por ações públicas realizadas pela FINEP, que financia o subprojeto TISEES – Tecnologia e
Inovação Social: Incubação de Empreendimentos Econômicos Solidários, referente ao segmento de
gemas e jóias do Sudeste Paraense, sob a coordenação do PITCPES/UFPA. Em Parauapebas existe
uma produção considerável de jóias e produtos artesanais - bijuterias e biojóias, (Barreto, 2010);
(Barbosa, 2011), porém não há registro de investimento para que os produtos sejam divulgados em
proporções maiores, tanto para o público externo quanto para o local, desmotivando produtores e
fazendo com que eles se distanciem cada vez mais de uma produção que considere a cultura e o
histórico local. No que tange aos processos metodológicos, a metodologia utilizada envolve a
pesquisa documental e bibliográfica, pesquisa de campo através da pesquisa exploratória;
observação direta e registro visual, possibilitando com isso o olhar, o ouvir e o escrever.
Palavras-chave: turismo; gemas; jóias; design; desenvolvimento sustentável.
111
GÊNERO E TRABALHO ENTRE AS MULHERES DA VILA DA BARCA,
BELÉM, PARÁ.
Lana Claudia Macedo da SILVA1 ([email protected]); Simone Nonato MIRANDA
2; Suzana
Cristina Rodrigues TRINDADE2; Flávia Alves de MACEDO
2; Raphaela Trindade GUIMARÃES
2.
1 Universidade do Estado do Pará – Centro de Ciências Sociais e Educação – Belém. Coordenadora
do Projeto de Pesquisa “MULHERES DA BARCA: Análise do Programa Bolsa Família
operacionalizado em direção às mulheres responsáveis por domicílios na Vila da Barca, Belém,
Pará”. 2 Graduanda do 6º semestre do Curso de Pedagogia –UEPA - Belém. Bolsista do Projeto de
Pesquisa “Mulheres da Barca”.
O texto adianta alguns resultados da pesquisa, fomentada pelo CNPq, articulando a perspectiva de
gênero no Programa Bolsa Família entre as mulheres provedoras da Vila da Barca. O referido
estudo objetiva lançar um olhar acerca da relação gênero e trabalho entre as mulheres levando em
consideração a perspectiva regional. O procedimento metodológico adotado foi baseado em
pesquisa quantitativa com 50 questionários aplicados às mulheres da Vila e, para análise de dados
utilizou-se a estatística. Os resultados apontam que as mulheres pesquisadas possuem perfil na
faixa etária de 30 a 39 anos, raça/etnia “morena”, ensino fundamental incompleto, católica, oriunda
da capital paraense. Essas mulheres constituíram sua primeira união conjugal por volta dos 14 aos
18 anos de idade, com uma média de 3,1 filhos por mulher. Quanto à situação de trabalho, elas
estão mais presentes em ocupações de baixo prestígio social e parcos rendimentos salariais, como
diaristas, empregadas domésticas, faxineiras, lavadeiras, vendedora de comidas típicas e outras.
Considera-se que na Vila da Barca persiste o modelo tradicional de divisão sexual do trabalho onde
à mulher cabe o espaço doméstico, em oposição ao homem circulando pela esfera pública. A
precariedade das atividades em que a mulher está inserida é manifestada através dos frágeis
vínculos empregatícios, das perdas salariais e da ausência de benefícios sociais conquistados pelo
trabalhador. Atrelada à baixa remuneração destas mulheres, amplia-se o quadro de precariedade,
emperrando o acesso a serviços públicos, como educação, plano de saúde, aposentadoria, etc. Nota-
se ainda que, à discriminação de gênero se soma a de raça e classe, formando um quadro de tripla
discriminação. Para finalizar, considera-se que os caminhos para a equidade na relação entre sexo e
raça são incertos, turbulentos e ainda há uma longa estrada a percorrer nesse sentido, mormente no
que tange ao mercado de trabalho.
Palavras-chave: Gênero, Trabalho, Vila da Barca.
112
GERMINAÇÃO DE SEMENTES DE CRAMBE COM E SEM PERICARPO
Cleonir Andrade FARIA JÚNIOR1 ([email protected]); Rivanildo DALLACORT
1;
Jaqueline Aguilla PIZZATO1; Dejânia Vieira de ARAÚJO
1; Bruno Wagner ZAGO
1.
1 Universidade do Estado de Mato Grosso, UNEMAT – Tangará da Serra, MT.
O crambe (Crambe abyssinica Hochst) é pertencente à família Brassicaceae. A planta apresenta
grande competitividade e vantagens sobre outros óleos vegetais, devido ao baixo custo de produção,
aproveitamento em áreas ociosas durante o outono/inverno e como fonte de diversificação da matriz
de óleo para biodiesel. O objetivo do trabalho foi analisar a germinação de sementes de crambe com
e sem pericarpo, em caixa gerbox e rolo de papel germitest, ao 4° e 7° dia de incubação. O
experimento foi conduzido no Laboratório de Fitopatologia/CPEDA da UNEMAT Campus
Universitário de Tangará da Serra, o delineamento utilizado foi inteiramente casualizado e as
sementes utilizadas foram da Cultivar FMS Brilhante. O teste com o rolo de papel foi conduzido
com quatro repetições de 50 sementes e em gerbox com oito repetições de 25 sementes, estes foram
mantidos em câmara de germinação com temperatura de 24 ºC e fotoperíodo de 12 horas. Para o
teste realizado em gerbox, sementes sem pericarpo se diferiram estatisticamente das com pericarpo
tanto no 4° como no 7° dia, com valores médios de germinação de 74 e 79% respectivamente. Já no
método do rolo de papel não houve diferença significativa. As maiores médias de germinação foram
observadas no método do rolo de papel, em que as avaliações no 4° e 7° dia não diferiram entre si.
Desta forma é possível afirmar que o método do rolo de papel demonstra uma maior média de
germinação para todas as avaliações exceto para a realizada no 4° dia para sementes sem pericarpo.
Com este trabalho pode-se concluir que as maiores porcentagens de germinação foram observadas
no 7° dia. Sendo que no Gerbox, observada nas sementes sem pericarpo e no rolo de Rolo de papel
não houve diferença na presença ou ausência do pericarpo.
Palavras-chave: Sementes, germinação, pericarpo.
113
GESTÃO COLABORATIVA DE SISTEMAS SÓCIO-ECOLÓGICOS
COMPLEXOS NA AMAZÔNIA BRASILEIRA
1Rosane Duarte Rosa SELUCHINESK ([email protected]),
2 Robert BUSCHBACHER,
2Simone Ferreira de ATHAYDE,
2Wendy-Lin BARTELS,
3Adriano CASTORINO
1Universidade do Estado de Mato Grosso, Campus Universitário de Alta Floresta- Departamento de
Ciências Biológicas – Alta Floresta, MT. 2University of Florida, Amazon Conservation Leadership Initiative, Center for Latin American
Studies - Gainesville (Flórida/USA). 3Universidade Federal do Tocantins – Tocantins, TO.
A Amazônia brasileira detém um patrimônio cultural e biológico de valor incalculável tanto para o
Brasil como para a humanidade. Além da importância ambiental, possui grande valor econômico e
social, através de atividades produtivas de diversas naturezas e geração de empregos. Entretanto,
riqueza tem gerado conflitos entre quem trabalham pela conservação da natureza e o setor
produtivo, assim o desafio para nossa geração é integrar distintos interesses e coordenar ações
coletivas entre os usuários dos recursos naturais da região. Neste contexto é que se propôs este
curso de especialização com objetivo de enfrentar tal desafio, conciliando estratégias de
conservação ambiental e desenvolvimento socioeconômico, através da gestão colaborativa de
recursos naturais, no município de Cotriguaçu. A opção pelo estudo interdisciplinar envolve
atividades de ensino pesquisa e extensão, iniciada no processo de seleção dos participantes,
provenientes de diversos estados da Amazônia, com formações e trabalhos diferenciados. A
metodologia tem como base a teoria de analise de sistemas sócio-ecológicos complexos (SSC) para
compreender processos de ocupação e desenvolvimento na região amazônica. O curso foi dividido
em 4 módulos com períodos de entorno de 15 dias presenciais, etapas intermediarias com reuniões
online e atividades em grupos de aplicação. Já foram realizados dois módulos: nos quais se
realizaram a introdução teórica e metodológica ao SSC, contato com os atores locais e a análise do
processo de tomada de decisão dos atores relativo ao uso e manejo de recursos naturais e fatores
que os influenciam. Com a realização destas etapas foi possível observar que o curso tem gerado
uma aprendizagem ativa pautada na experiência dos participantes que realizaram estudos,
levantaram dados, mapearam e analisaram o cenário, construindo elementos que servirão de base
para as próximas etapas. Os resultados dos estudos são utilizados como referencial para as
atividades desenvolvidas pelos participantes em seus locais de trabalho e para dimensionar outras
pesquisas e estudos.
Palavras-chave: Interdisciplinaridade, atores sociais, meio ambiente, ocupação, especialização
114
GESTÃO DOS RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE (RSS) EM
MACAPÁ/AP: UMA ANÁLISE A LUZ DA LEGISLAÇÃO
Gláucia Regina MADERS ([email protected])
Universidade Federal do Amapá, Departamento de Pós-Graduação
A finalidade do trabalho é discutir a gestão dos RSS das maiores unidades básicas de saúde (UBS)
do município de Macapá, sendo a UBS Marcelo Cândia (1) e a UBS Lélio Silva (2), ambas
unidades de pronto atendimento 24 horas, a partir de estudo gravimétrico (de composição e
quantidade) da fração de risco biológico/infectante (grupos A e E) desses resíduos, conforme
classificação e gerenciamento definidos pela RDC ANVISA n. 306/2004. A metodologia embasou-
se na revisão da literatura e legislações, entrevistas com os administradores das UBS sobre
procedimentos adotados no gerenciamento dos RSS e medidas de gestão, vistorias, revisão dos
contratos firmados pela municipalidade para manejo e disposição final e a realização de estudo
gravimétrico. O estudo gravimétrico apontou os seguintes resultados: Na UBS (1) 55,27% de RSS
dos grupos A e E, deveriam ser acondicionados como resíduos comuns e, 42,28% eram resíduos
que não necessitam de tratamento (EPI‟s, curativos, agulhas e seringas); na UBS (2) dos resíduos
analisados para os mesmos grupos, 60,98% eram resíduos comuns que deveriam estar
acondicionados como resíduos comuns e 38,87% eram resíduos que corretamente estavam
acondicionados como infectantes, mas sem necessidade de tratamento. Conclui-se que a falta de
gestão e um gerenciamento deficiente é fruto da inexistência dos planos de gerenciamento de
resíduos dos serviços de saúde (PGRSS) e de sua efetivação depende a economia de recursos e a
segurança do ambiente e de todos que manejam os RSS.
Palavras-chave: Resíduos dos serviços de saúde, gestão, gerenciamento, legislação.
115
GRAMÁTICA CONTEXTUALIZADA: UMA ALTERNATIVA NA
VALORIZAÇÃO DO CONHECIMENTO COTIDIANO E MOTIVAÇÃO NO
ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA
Karine Nafaeli Sousa LIMA1 ([email protected]).
1Universidade do Estado do Pará, Centro de Letras – São Miguel do Guamá, PA.
Um dos conteúdos normalmente “temidos”, ou em outras palavras, mais estigmatizados em se
tratando da Língua Portuguesa, é a questão das normas gramaticais; e algo que vem acentuar ainda
mais essa falsa imagem é a metodologia utilizada na maioria dos casos pelo professor no ensino da
gramática, que é trabalhada de forma descontextualizada e predominantemente prescritiva, ou seja,
trabalhando a questão da gramatica em sala de aula de forma desvinculada dos usos reais da língua
escrita ou falada no cotidiano, preocupada em constatar se as palavras redigidas pelos alunos estão
corretas ou não, sendo este o principal fator responsável pela falta de interesse e desmotivação do
aluno em relação ao estudo da mesma. Em uma nova perspectiva, teríamos uma valorização do
conhecimento utilizado pelo discente na sua comunicação cotidiana, em que a princípio este
realizaria um levantamento de frases do seu dia-a-dia, de maneira que nelas estivessem contidas os
conceitos gramaticais trabalhados pelo docente, sendo que a partir das frases selecionadas pelo
aluno, este com o auxílio do docente, faria uma análise dos traços linguísticos e gramaticais,
discutindo-os e comparando-os entre a gramática usual e a normativa; a atividade, se seguiria com a
socialização do levantamento e análise feitos pelos alunos, e por vez exposto pelos mesmos.
Conclui-se assim, que desta forma, é possível ampliar os conhecimentos do aluno acerca da
gramática e ao mesmo tempo motiva-lo á relacionar o conhecimento teórico, visto na escola, à
situações do seu dia-a-dia.
Palavras-chave: Gramática, cotidiano, motivação.
116
HIPOTENSÃO ARTERIAL PÓS-EXERCÍCIO: o processo de redução dos
níveis pressóricos em hipertensos
Marco Aurélio Gomes DE OLIVEIRA 1,2
([email protected]); André WALSH-
MONTEIRO 2,3
; Cláudio Joaquim BORBA-PINHEIRO 1,3,4
1 Universidade do Estado do Pará, Laboratório de Exercício Resistido com Ênfase na Saúde (LERES)
- Tucuruí, PA. 2 Universidade do Estado do Pará, Laboratório de Biociências e Comportamento (LBC) - Tucuruí, PA
3 Instituto Federal do Pará, Núcleo de Pesquisa em Saúde e Meio Ambiente - Tucuruí, PA
4 Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, Laboratório de Biociências da Motricidade
Humana (LABIMH) - Rio de Janeiro, RJ
Introdução: A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) acomete 30% da população com mais de 40
anos de idade, sendo fator de risco determinante para patologias como as doenças cardiovasculares.
A WHO (Organização Mundial da Saúde) e o ACMS (Colégio Americano de Medicina do Esporte)
indicam a prática de atividades físicas como método na prevenção e tratamento da HAS por
provocar a Hipotensão Pós-Exercício (HPE), que ocasiona em uma adaptação fisiológica e
posteriormente redução dos níveis pressóricos dos indivíduos. Objetivo: Verificar na literatura a
modalidade de atividade física e os processos de treinamento que melhor resultam no efeito HPE.
Método: Realizou-se um estudo de revisão sistemática nas bases de dados: Bireme e Pubmed. A
pesquisa baseou-se nos termos: hipotensão pós-exercício, hipertensão, exercício resistido e
exercício aeróbico e, suas respectivas traduções para a língua inglesa: postexercise hypotension,
hypertension, resistance exercise e aerobic exercise. Foram considerados apenas artigos originais,
realizados com humanos e, com avaliação da pressão arterial sistêmica pós-exercício de 20min após
a realização da atividade física. Resultados: Foram selecionados 22 artigo que correspondiam aos
critérios estabelecidos, sendo divididos em: aeróbicos (nove cicloergômetro e quatro em esteira
ergométrica), resistidos (oito exercício resistido) e mistos (um cicloergômetro e resistido). Os
protocolos apresentaram intensidades variando entre 55-70% da FCreserva e 46-72% de 1RM. A
média dos treinos foi de 36±12,11min para exercícios aeróbicos, 20±0,00 min para exercícios
resistidos e, 40±0,00 min para exercícios mistos. Conclusão: A HPE em hipertensos ocorre tanto na
realização do exercício aeróbico quanto em exercício resistido, sendo que apresenta maior duração
em atividades aeróbicas. No entanto, devido o uso de diferentes protocolos de investigação, ainda
não há consenso na literatura científica acerca dos melhores procedimentos quanto à duração,
intensidade e volume das cargas empregadas para provocar HPE em hipertensos.
Palavras-Chave: Hipotensão Pós-Exercício, Hipertensão, Exercício Aeróbico, Exercício
Resistido.
117
HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO: A ESCOLA NORMAL PARAENSE E O
ENSINO DAS CIÊNCIAS NO SÉCULO XIX (1871 – 1899)
Simone Karla Camelo de LIMA1 ([email protected]); Priscila Fernandes OLIVEIRA
1
1 Universidade do Estado do Pará, Centro de Ciências Sociais e Educação – Belém, PA.
O acesso à educação sempre foi marcado por reviravoltas ao longo da história brasileira. O Pará que
é o estado em questão apresentou profundas mudanças no processo educativo, contando com
reformas e leis a fim de organizar a instrução pública ao longo do século XIX. Com o objetivo de
ampliar e enriquecer a visão da História da educação brasileira, o presente trabalho originou-se a
partir de questionamentos a respeito do sistema educacional, da formação de professores e da
institucionalização das disciplinas científicas no Pará. O estudo se deu com ênfase na pesquisa
indireta documental e bibliográfica através de leis, decretos e documentos da época. A educação
brasileira teve início no Brasil colônia (1549), quando o ensino estava a cargo da Companhia de
Jesus. Após a expulsão dos jesuítas, a colônia passou a necessitar de uma infra-estrutura
educacional. Com a vinda da Família Real, em 1808, se conjecturou a criação de um Sistema
Nacional de Instrução Pública. A fim de minimizar a escassez de professores, as primeiras Escolas
Normais foram criadas (1835). Apesar de terem como objetivo a melhoria do ensino público, seus
resultados ficaram aquém do que esperavam seus idealizadores. Em 1871 fundou-se a Escola
Normal Paraense. A primeira referência a regulamentos e professores que atuaram na área das
Ciências foi em 1890. Constatou-se que as matérias científicas não foram facilmente incorporadas à
escola e que atuavam como professores médicos, dentistas e farmacêuticos, alguns formados fora
do Brasil. Na trajetória de construção deste trabalho, muitas foram as questões que chamaram
atenção dentro da educação brasileira. Esta pesquisa observou que as transformações da educação
no século XIX relacionaram-se às mudanças vividas na sociedade brasileira neste período.
Palavras Chaves: Educação brasileira, Escola Normal Paraense, Ciências.
118
IDENTIFICAÇÃO DOS PONTOS CRÍTICOS DE CONTROLE NO
PROCESSAMENTO DE POLPA DE FRUTAS EM UMA AGROINDÚSTRIA
DE PEQUENO PORTE LOCALIZADA NA VILA DE JAMBUAÇU
MUNICÍPIO DE SÃO FRANCISCO DO PARÁ.
Paula Ondina Martins SOUZA¹ ([email protected]); Pedro Soares de AMORIM JR2; Silas
Rafael Figueiredo de ARAÚJO3;
Lyliane Rodrigues de AMORIM14
; Tatiane Lopes de BARROS5;
Beatriz Nunes e SILVA6
1,2,4,5,6 Universidade do Estado do Pará- Centro de Ciencias Naturais e Tecnologia- Cametá-Pa
3 Universidade federal do Ceará- Departamento de tecnologia de Alimentos- Fortaleza-CE
O presente trabalho objetivou uma pesquisa baseada nas legislações vigentes e diretrizes que regem
o sistema de Análises de Perigos e Pontos Críticos de Controle – APPCC. O referido trabalho foi
desenvolvido em uma Agroindústria de pequeno porte processadora de polpa de frutas localizada na
zona rural do município de São Francisco do Pará. Foram realizadas visitas técnicas ao
estabelecimento, com o intuito de avaliar as etapas do processo de obtenção das polpas de frutas,
que compreende desde a colheita das frutas até a expedição das polpas para a comercialização. A
pesquisa foi realizada em três etapas: visita e levantamento dos dados da agroindústria,
acompanhamento das atividades do processamento de polpa de frutas e elaboração de fluxogramas
para identificação dos PCCs. O estudo foi realizado no período de Janeiro à Maio de 2010. O
fluxograma foi elaborado segundo dados da agroindústria. Foram identificados cinco PCCs em todo
o processo de obtenção das polpas. A busca pela identificação, avaliação e controle dos perigos,
reduz consideravelmente os riscos de doenças de origem alimentar. Baseado nesses resultados
foram então sugeridas as medidas preventivas/corretivas, para adequação do estabelecimento dentro
das normas de qualidade que sugere o programa APPCC.
Palavras – chave: Polpa de frutas, Controle de qualidade, Identificação de Pontos Críticos de
Controle.
119
IMPACTOS AMBIENTAIS EM ECOSSISTEMA DE MANGUEZAIS DA
ILHA DO MARANHÃO DECORRENTES DE GRANDES
EMPREENDIMENTOS: O CASO DA LAGUNA DA JANSEN
1Bianca dos Santos FERNANDES ([email protected]) ,
1Nathalia Cristina DUTRA,
1José Ronilmar ANDRADE
1. Universidade Federal do Maranhão
A crescente tendência à urbanização, fomentada pelo exercício do grande capital vem sendo notada
na realidade citadina brasileira e mundial. Nesse sentido, a função do Estado é minimizada, abrindo
espaço para o elemento chamado neoliberalismo, o que vai criar uma condição ideal para o
desenvolvimento de práticas tiranas de mercado. Nesse contexto, o Estado assume uma função
terceirizada, redefine-se o papel do Estado nacional, bem como das suas relações com a sociedade
civil, sem levar em consideração a historicidade da região. No caso da Laguna da Jansen não foi
diferente, este grande empreendimento foi construído sem levar em consideração os impactos
ambientais que viriam a ser acometidos no referido ecossistema. Não só os impactos ambientais
foram percebidos, mas ainda os sociais foram evidenciados, justificados em prol de um chamado
(des) envolvimento. Esse termo entendido epistemologicamente como um “não envolvimento”, ou
seja, um processo alienígena, exterior ao grupo social, que expropria a história, a memória e as
identidades locais. Popularmente denominada “Lagoa”, a Laguna da Jansen apresenta formação
recente, datada da década de 1970, com área em torno de 197 há e profundidade média em torno de
3,5m no canal do Igarapé da Jansen. A área objeto de estudo localiza-se na porção noroeste da Ilha
do Maranhão, no município de São Luís, sede da capital do estado, no perímetro urbano da cidade,
encontrando-se ladeada pelos bairros do São Francisco, Renascença, Ponta d‟areia e Ponta do Farol.
Suas coordenadas geográficas são: 2º29‟07‟‟ de latitude Sul e 44º18‟02‟‟ de longitude Oeste.
Palavras-chave: Laguna da Jansen, Impactos, Urbanização, Manguezal.
120
INCIDÊNCIA E ALTAS DE CASOS NOTIFICADOS DE HANSENÍASE NOS
ANOS DE 2009 E 2010 NO MUNÍCIPIO DE TUCURUÍ-PA.
Ana Caroline Araujo CAMPOS¹ ([email protected]); Juma Albuquerque Rocha de
SOUSA¹; Juliana De Oliveira BEZERRA¹; Edilaine Lélis LIMA¹; Cristiane Cardoso SANTOS¹;
Marcelle Patrícia Oliveira PINTO¹.
1 Universidade do Estado do Pará, Centro de Ciências Biológicas e da Saúde – Tucuruí, PA.
Introdução: Segundo o Ministério da Saúde, 2002 no Brasil, a hanseníase (MH) demonstrou
tendência à estabilização dos coeficientes de detecção, mas apresentou-se ainda em patamares
muito altos nas regiões Norte, Centro-Oeste e Nordeste do país. Objetivo: Comparar a incidência
de casos notificados e altas de Hanseníase nos anos de 2009 e 2010 no município de Tucuruí-PA.
Método: Análise dos dados de Hanseníase no município de Tucuruí-PA, documentados pelo
Departamento de Vigilância Epidemiológica de Tucuruí (DEVEPI), notificados pela Secretaria
Estadual de Saúde (SESPA) através do SINAN (Sistema de Informação de Agravo de Notificação)
nos anos de 2009 e 2010. Resultados: No ano de 2009 foram notificados nos postos e centros de
saúde de Tucuruí-PA, 187 casos de MH e no ano de 2010, a incidência de casos reduziu para 101
casos(Δ=-85,00%). Em relação às altas, ocorreram 122 no ano de 2009 e, 11 até outubro de 2010
(Δ=-90,98). Conclusão: Com as ações contínuas da Política nacional de controle da hanseníase
(PCNH) implantada em 2008, pode-se observar que a incidência da doença reduz anualmente,
assim como o número de altas por cura, sendo que se deve levar em consideração que o tratamento
da MH leva de 6 meses à 1 ano, logo, no ano de 2010 muitos dos casos não haviam concluído o
tratamento até a data da coleta dos dados.
Palavras chave: hanseníase, casos notificados, altas.
121
INCLUSÃO DE ALUNOS SURDOS: A CONTRIBUIÇÃO DO INTÉRPRETE
DE LÍNGUA DE SINAIS NO ENSINO SUPERIOR
Mayara Lopes da Costa FONSECA ([email protected]); Wendell Marim TADAIESKY1
1Universidade da Amazônia, Superintendência de Pós-Graduação -
Estudantes de Pós-Graduação em Gestão Escolar - Belém, PA
Este trabalho objetivou realizar um estudo sobre a atuação do intérprete de LIBRAS – Língua
Brasileira de Sinais no ensino superior. O foco desse estudo centrou-se nas seguintes questões:
analisar como o intérprete de LIBRAS contribui para a inclusão e permanência do discente surdo na
universidade, investigar as relações do intérprete com o discente surdo, professor e discentes
ouvintes; identificar que formação profissional o ILS recebe para atuar; verificar as dificuldades
encontradas pelo ILS no seu trabalho. Por meio de um estudo de caso desenvolvido numa
instituição pública de ensino superior, UEPA – Universidade do Estado do Pará, na qual
observações feitas durante as aulas de duas professoras, os questionários entreguem aos discentes
ouvintes da sala em questão, entrevistas com três ILS, com as duas professoras e uma discente surda
permitiu uma construção de como está se configurando esse novo espaço onde o (a) discente surdo
(a) pode receber suas informações na sua língua natura (LIBRAS) através do ILS, destacamos o
trabalho do intérprete de língua de sinais e sua importância para a inclusão e permanência de uma
aluna surda no ensino superior. O estudo resulta de uma analise crítico-reflexivo, das dificuldades
encontradas por esses profissionais, onde se destacam os poucos cursos de qualificação, a falta de
esclarecimento dos professores sobre o papel do ILS. Verificou-se um conjunto de políticas
públicas que vêm contribuindo para a acessibilidade do aluno surdo no ensino superior, também
para o reconhecimento do ILS, entretanto elas estão correndo de forma gradual.
Palavras-chave: Intérprete de Língua Brasileira de Sinais. Ensino Superior.
Profissionalização.
122
INDICADORES DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL PARA O
MUNICÍPIO DE PARAGOMINAS-PA: UMA ANÁLISE EXPLORATÓRIA
Rosinele da Silva de OLIVEIRA¹ ([email protected]); Sérgio Castro GOMES¹; Renan Alves
BRANDÃO¹; Dorival Pereira TANGERINO NETO¹; Eugênia Rosa CABRAL¹
¹Universidade da Amazônia – Belém, PA
Este estudo tem como objetivo elaborar e analisar indicadores de desenvolvimento sustentável, no
período de 1990 a 2010, para o município de Paragominas. Diante dos indicadores a modelagem
analítica proposta se baseia na revisão teórica especializada no tema e na revisão das pesquisas
empíricas. A motivação para pesquisa decorre do fato que, em 2008, o Governo Federal, em uma
tentativa de reduzir o desmatamento da Amazônia lançou uma lista com os 36 municípios que mais
desmatavam no país, sendo doze do Estado do Pará, onde Paragominas figurou por ter 45% de sua
área desmatada. A partir de então, diversas ações foram desenvolvidas para retirar o município
dessa lista e colocá-lo na condição de município sustentável. As condições exigidas para a retirada
da lista eram cadastrar, no mínimo, 80% dos imóveis rurais e apresentar desmatamento no ano
anterior até 40 km², o que Paragominas conseguiu em março de 2010 quando apresentou 85% dos
imóveis rurais cadastrados e 21 km² de desmatamento em 2009. Na discussão sobre o
desenvolvimento sustentável combina-se a exploração dos recursos naturais com vistas ao
crescimento econômico e social das gerações atuais, garantindo o desenvolvimento das gerações
futuras em um nível de bem-estar, no mínimo igual ao atual. Os indicadores a serem construídos são
relativos às dimensões ambiental, econômica, social e institucional, de maneira a possibilitar a
avaliação de processos biológicos, a capacidade de exploração e transformação dos recursos
existentes no município, o nível de serviços ofertados, a qualidade e a efetividade na área da saúde,
educação e saneamento e a presença e coordenação das instituições (governança).
Palavras-chave: Desenvolvimento Sustentável; Indicadores de Desenvolvimento Sustentável;
Município.
123
INSTITUIÇÕES E AVALIAÇÃO DOS GRUPOS DE INTERESSE EM
RELAÇÃO À GESTÃO AMBIENTAL NO ESTADO DO PARÁ
Thiago CASTELO
1 ([email protected]); Oriana ALMEIDA
1; Sergio RIVERO
1; Luciene
COSTA1; Rômulo RAVENA
2, Alana FONTENELLE
1;
1 Universidade Federal do Pará, Belém, PA. 2
Universidade da Amazônia, Belém, PA.
A política florestal vem trazendo grandes avanços, principalmente com a publicação da Lei
11.284/2006 de gestão de florestas públicas que inovou através do processo de descentralização da
gestão ambiental da União para os Estados e Municípios, (IDEFLOR, 2010). No Pará mais
especificamente as competências sobre a gestão ambiental do Estado tem ficado nas mãos da
Secretaria de Estado de Meio Ambiente, SEMA e do Instituto de Desenvolvimento Florestal do
Estado do Pará, IDEFLOR. A capacidade institucional para gerir o recurso florestal é fundamental.
Para avaliar as instituições ligadas ao setor florestal foi feito um levantamento com 93 entrevistados
sobre as instituições em relação à implementação da legislação florestal e eficácia institucional em
Belém. Os resultados mostraram que os stakeholders consideram que as pessoas que trabalham na
sua instituição são bem informadas sobre o setor madeireiro e razoavelmente informadas (os dois
somando mais de 80%). Sobre o treinamento do pessoal mais de um terço acha que o pessoal do
setor é treinado e a mesma proporção acha que é parcialmente treinado. Menos de um quinto acha
que não são treinados. Poucos acharam que as pessoas da instituição eram mal informadas. Em
relação à motivação dos funcionários, mais de um terço acha que o nível de motivação do pessoal é
alto e 35% acha que é moderado, entretanto, 10% acha que é alto e 10% acha que é baixo. Sobre
questões de corrupção, 44% acha que o nível é alto, e 23% que é muito alto, mas uma parcela
menor acha que é moderada e o restante acha que é baixo, não responderam ou não vêm essas
opções como corretas. Limitações institucionais não são necessariamente fatores de empecilhos
para a gestão florestal. Entretanto, o baixo nível de processos como forma de sanção à infração à
legislação tem sido citado como um fator chave.
Palavras-chave: Legislação ambiental, Descentralização, Amazônia.
124
JUVENTUDE, SEXUALIDADE E HIV/AIDS: UM DESAFIO AO ENSINO
PÚBLICO EM BELÉM DO PARÁ
Jair de Oliveira SILVA¹ ([email protected]), Eleanor.G.S.PALHANO².
Danielly.C.G.LEITE¹;
¹Universidade do Estado do Pará- Belém, PA; ²Prof. Dra./ Orientadora Faculdade de Ciências
Sociais- UFPA; Depto. De Filosofia e Ciências Sociais/ Curso de Pedagogia- UEPA- Belém, PA.
Este trabalho tem como objeto de estudo os cuidados da saúde com o corpo ou educação sexual,
junto aos jovens, alunos do ensino médio em escola pública de educação básica do bairro Telégrafo
periferia de Belém. A escola atende crianças, jovens e adultos do próprio bairro e outros. Estas
áreas são densamente povoadas, por famílias de baixa renda, onde a presença do poder público é
praticamente inexistente. Ao longo das últimas décadas, a educação para os cuidados com a saúde
do corpo ou “educação sexual”, termo já consolidado pelo uso comum para designar o conjunto de
ações e práticas educativas e preventivas para a transmissão de doenças, têm sido objeto de estudos.
Os estudos de Ribeiro (1990), Lages (2009) evidenciam a necessidade de espaços educacionais
capacitados para esclarecer os jovens em relação à sexualidade e às DST. Esta investigação se
propôs a verificar que práticas pedagógicas desenvolvidas pelos professores, contribuem para
orientar os alunos de modo a evitar DST/HIV. A pesquisa caracteriza-se como estudo de caso com
uma abordagem qualitativa. Houve a aplicação de um questionário a 20 sujeitos, sendo 5 docentes e
15 alunos entre 14 a 20 anos. Neste estudo constatou-se que 100% dos alunos pesquisados
confundem sexualidade com o ato sexual, verificou-se que: 60% dos alunos consideram a família
responsável pela educação sexual e, 25% os profissionais de saúde e 15% a escola. Na escola não
há registros de casos de alunos (as) contaminados por DST/HIV. Os dados da SESPA (2010)
apontam Belém com 49,06% de notificações e para CMB DST/AIDS e HIV (2010) no bairro
Telégrafo houve um aumento a taxa de HIV entre jovens. Este estudo evidenciou a necessidade de
uma ação sistematizada na escola pública para a promoção de projetos educacionais em educação
sexual aos alunos.
Palavras-chave: Educação básica, Educação sexual, HIV/AIDS, Juventude, Práticas
pedagógicas.
125
LEVANTAMENTO FITOSSOCIOLÓGICO EM FRAGMENTOS DE
CERRADO NO MUNICÍPIO TANGARÁ DA SERRA/MT.
Bruno Wagner ZAGO1 ([email protected]); Benhur da Silva OLIVEIRA
1; Cleonir
Andrade FARIA JÚNIOR1; Josué Ribeiro da Silva NUNES
2; Marco Antonio Camillo de
CARVALHO3; Rivanildo DALLACORT
4.
1Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT), Mestrado Ambiente e Sistemas de Produção
Agrícola - Tangará da Serra, MT. 2UNEMAT, Departamento de Ciências Biológicas - Tangará da Serra, MT.
3UNEMAT, Departamento de Agronomia – Alta Floresta, MT.
4UNEMAT, Departamento de Agronomia – Tangará da Serra, MT.
O Cerrado possui uma flora vascular estimada em mais de 6,000 espécies, sendo considerada a mais
rica savana do mundo. Conhecer a estrutura comunitária da vegetação natural é importante para o
desenvolvimento de modelos de conservação, manejo e recuperação de áreas. Desta forma, o
presente trabalho objetivou analisar parâmetros fitossociológicos em fragmentos de Cerrado em
Tangará da Serra/MT. Para a realização do levantamento da vegetação foram alocadas 4 parcelas
amostrais, sendo suas dimensões estabelecidas de acordo com o tamanho dos fragmentos de
vegetação, sendo amostrado no total 1 hectare. Em cada parcela foram amostrados todos os
indivíduos com circunferência á altura do solo igual ou superior a 20 cm, sendo realizada a
mensuração do diâmetro, altura e identificação e demarcação dos indivíduos. Todos os dados foram
anotados, organizados e calculados os seguintes parâmetros fitossociológicos: Número de
indivíduos, frequência, dominância e índice de valor de importância. Foram encontradas 107
espécies, distribuídas em 47 famílias. As espécies encontradas com maior abundância foram
Diptychandra aurantiaca, Cupania vernalis e Emmotum nitens com respectivamente 55, 33 e 29
indivíduos, as mesmas também se mostraram mais frequentes, estando presente em todas as
parcelas, exceto a espécie Cupania Vernalis, presente em 3 das 4 parcelas. A espécie Diptychandra
aurantiaca apresentou o maior valor de dominância. As 21 espécies que apresentaram o maior
número de indivíduos e dominância representam juntas mais da metade do índice do valor de
importância de toda a comunidade. Pode se observar que a área apresenta uma grande diversidade
de espécies, sendo essas espécies características de duas fitofisionomias de Savana, sendo elas a
Savana Arborizada e Savana Gramino-lenhosa.
Palavras-chaves: Remanescentes florestais, vegetação, Savana
126
LICENCIAMENTO AMBIENTAL: ANÁLISE TÉCNICA DOS ESTUDOS DE
IMPACTOS AMBIENTAIS DO AMAPÁ E A NÃO CONSIDERAÇÃO DOS
CRITÉRIOS SOCIOAMBIENTAIS
Adirleide Greice Carmo de SOUZA
¹ Universidade Federal do Amapá, bolsista da CAPES, Mestranda em Direito Ambiental e Políticas
Públicas. Centro de Ensino Superior do Amapá, Graduanda em Direito – Macapá, AP.
O texto apresenta resultado parcial da pesquisa de temática “Direito Socioambiental e
Licenciamento Ambiental”. O estudo objetiva investigar os fatores condicionantes para não
consideração dos critérios socioambientais pelos técnicos atuantes no licenciamento ambiental
durante o procedimento de análise técnica dos estudos de impactos ambientais protocolados junto
aos órgãos ambientais do Amapá. O Marco teórico é a discussão sobre socioambientalismo e
licenciamento ambiental. Destacam-se os autores: Santilli com um novo paradigma de
desenvolvimento, que deve promover não somente a sustentabilidade estritamente ambiental, mas
também a social; Milaré; Antunes; Fiorillo e Morato Leite com a visão social do meio ambiente e as
etapas do licenciamento ambiental. As questões norteadoras são: 1) Quais as técnicas e
metodologias utilizadas nas analises técnicas dos estudos de impacto ambiental? 2) Quais as etapas
do licenciamento e controle ambiental? 3) Quais os prejuízos da não observância dos critérios
socioambientais? A metodologia utilizada envolve o método dialético, com abordagens
quantitativas e qualitativas, com procedimentos técnicos de aplicação de questionários, pesquisa
bibliográfica e entrevistas. Os resultados parciais apontam que os órgãos estaduais que atuam no
licenciamento no Estado do Amapá, Instituto do Meio Ambiente e do Ordenamento Territorial -
IMAP e Secretária de Estado do Meio Ambiente - SEMA, não adotam critérios socioambientais nos
seus procedimentos de analise técnica de estudos de impactos ambientais, os fatores iniciais são: 1)
nas analises técnicas não há participação de técnicos das Ciências Sociais; 2) Após a fase de
concessão da licença ambiental não há monitoramento dos eixos socioambientais apresentados no
Estudo de Impacto Ambiental.
Palavras-chave: Socioambientalismo, Licenciamento Ambiental, Estudos de Impacto
Ambiental.
127
LIVRO DIDÁTICO AMAPAENSE DE
LÍNGUA PORTUGUESA: UMA REALIDADE POSSÍVEL
Benedito De Queiroz ALCANTARA ([email protected])1,
Carla Patrícia Ribeiro NOBRE2, Helen Costa COELHO
3
1Aluno do Programa de Pós Graduação - Mestrado em Políticas Publicas e Direito Ambiental-
UNIFAP
Professor de Filosofia-UEAP 2Aluna do Programa de Pós Graduação - Mestrado em Políticas Publicas e Direito Ambiental-
UNIFAP
Professora de Literatura-UEAP 3 Professora de Linguistica-UEAP
Este artigo objetiva apresentar o Projeto: LIVRO DIDÁTICO AMAPAENSE DE LÍNGUA
PORTUGUESA, encaminhado à Secretaria de Educação do Estado do Amapá SEED-AP,
desenvolvido pelos autores deste artigo e ainda pela professora Ângela Brito, todos professores da
rede pública estadual. O projeto foi aprovado pelo Governo do Estado do Amapá em maio, através
da Portaria 224/2011 e publicado no Diário oficial do Amapá nº 4984. Ele trata da concepção de um
livro didático direcionado para o 6º ano do ensino fundamental regular, específico de disciplina
língua portuguesa, levando em conta as diretrizes nacionais do currículo desta série e os textos
produzidos na Amazônia, em especial no Amapá. Para este artigo, apresentaremos a proposta geral
do livro com sua perspectiva teórica, um resumo geral das unidades a serem trabalhadas e a
metodologia da implantação do Projeto. A título de amostragem, falaremos da primeira unidade de
forma mais detalhada. A princípio, esse livro didático será voltado especificamente para o uso do
professor. Como resultado da implementação do projeto, esperamos que nossas escolas públicas
estaduais, possam ter mais um instrumento de valorização da produção literária amapaense e de
contextualização do ensino da língua portuguesa, pois a construção de um currículo que respeite a
realidade de nossos alunos é um desafio e uma emergência em tempos atuais, onde a globalização e
a internet nos desafiam cotidianamente a manter viva as tradições locais que constroem a identidade
de um povo. Um livro didático concebido segundo os aspectos da realidade regional que cerca
nossos alunos é uma antiga reivindicação da classe do magistério e com as facilidades tecnológicas
que temos hoje, vale a pena investir nessa possibilidade e inserir o Amapá nesse mercado. Ao fazer
isso, também estaremos apostando na produção de um livro organizado por amapaenses e trazendo
em suas atividades textos diversificados produzidos na Amazônia, em especial no Amapá e isso é
apostar na produção intelectual do nosso Estado e oportunizar aos nossos estudantes e professores
um ensino que privilegie o local, traçando interfaces para a compreensão do universal. A escola traz
a responsabilidade de promover, de forma sistemática, o contato da criança com os livros e de
contribuir para que os alunos se tornem leitores autônomos e proficientes. Para tanto, conta também
com a presença do livro didático em sala de aula, distribuído gratuitamente aos alunos no início do
ano letivo. O papel do professor, nesse sentido, é de extrema importância, pois cabe a ele a seleção
do livro didático e, consequentemente, dos textos trabalhados em sala de aula. Porém, existe aí, a
intermediação dos governos, federal e estadual, em proporcionar escolhas coerentes com um
modelo de educação que leve em conta, não apenas os conteúdos curriculares, mas a realidade dos
alunos, pois, principalmente no que se refere ao aluno adolescente, o PCNLP (1998), diz que a
organização do aprendizado de Língua Portuguesa requer que se reconheçam e se considerem as
características próprias do aluno adolescente, a especificidade do espaço escolar, no que se refere à
possibilidade de constituição de sentidos e referências nele colocada, e a natureza e peculiaridades
128
da linguagem e de suas práticas. Nesse contexto, o norte do Brasil leva considerada desvantagem,
pois não possui uma política afirmativa sobre a presença do livro didático, tampouco uma rede de
editoras que se propõem a inserir no mercado livros com características regionais e com textos de
autores locais. No Brasil, a definição de “livro didático” deu-se pela primeira vez no Decreto-Lei nº
1.006, de 30 de dezembro de 1938. Esse Decreto O decreto acima, com o objetivo de regulamentar
uma política nacional do livro didático, criou a Comissão Nacional do Livro Didático (CNLD),
marcando, assim, a primeira iniciativa governamental nessa área de política educacional. Ressalta-
se que isso ocorreu em pleno período de Estado Novo, ou seja, em um momento político autoritário,
onde se buscava garantir, sobretudo, a Unidade/Identidade Nacional. Essa comissão, dentre outras
responsabilidades, possuía a tarefa de examinar, avaliar e julgar os livros didáticos, concedendo ou
não autorização para o seu uso nas escolas, isto é, controlar a adoção dos livros, assegurando que
eles atendessem aos propósitos de formação de um certo espírito de nacionalidade, o que fez com
que, historicamente, os critérios para as avaliações dos livros valorizassem muito mais aspectos
político-ideológicos do que pedagógicos. Oliveira (1984) destaca que dos impedimentos
estabelecidos pela CNLD para a utilização do livro, a maioria relacionava-se à questão político-
ideológica e apenas uma minoria dizia respeito à didática propriamente dita; aspectos morais,
cívicos e políticos sobrepunham-se, então, aos aspectos didático-metodológicos. De lá para cá, se
buscou desenvolver no Brasil “uma política educacional consciente, progressista, com pretensões
democráticas e aspirando a um embasamento científico” (FREITAG, 1993, p. 12), onde se
consagrou o termo “livro didático”, entendido até os dias de hoje como sendo o livro adotado na
escola, destinado ao ensino, cuja proposta deve obedecer aos programas curriculares escolares.
Assim, foram vários os decretos e as comissões, grupos e programas criados com o objetivo de
regulamentar e melhorar a política nacional do livro didático. Pensando nisso, o governo,
novamente por meio de decreto, criou o Programa Nacional do Livro Didático (PNLD).
Estabeleceu-se, então, como meta do Programa, o atendimento a todos os alunos de 1ª a 8ª série do
Ensino Fundamental das escolas públicas do país, com prioridade para Matemática e Comunicação
e Expressão. Já em 2004, através da Resolução 38/2004 do FNDE, foi implantado o Programa
Nacional do Livro Didático do Ensino Médio (PNLEM), que definiu o atendimento, de forma
progressiva, aos alunos das três séries do Ensino Médio de todo o Brasil. O PNLEM segue
basicamente as mesmas regras do PNLD, que distribui livros aos alunos do Ensino Fundamental, ou
seja, assim que é publicado no Diário Oficial da União o edital que estabelece as regras para a
inscrição do livro didático, as editoras inscrevem seus livros, que passam por uma primeira triagem
para analisar se esses se enquadram nas exigências técnicas e físicas do edital. A seguir, as obras
aprovadas são encaminhadas para a avaliação pedagógica, realizada por especialistas selecionados
pela Secretaria de Educação Básica (SEB), órgão ligado ao Ministério de Educação e Cultura
(MEC), responsáveis por elaborar as resenhas dos livros aprovados, que passam a compor o guia do
livro didático, disponível na internet e enviado às escolas cadastradas no censo escolar. Quando esse
material chega às escolas, os professores analisam, escolhem os livros que serão utilizados, devendo
selecionar dois títulos, um em primeira e o outro em segunda opção, necessariamente de editoras
diferentes, e enviam o formulário, ou via correio ou via internet. A partir daí, iniciam as
negociações entre o FNDE e as editoras. Findo esse processo, o FNDE firma o contrato com as
editoras e informa as quantidades a serem envidas a cada uma das escolas. Quando inicia o ano
letivo do ano seguinte, os títulos escolhidos devem estar nas escolas, onde será distribuído um
exemplar para cada aluno. Cabe destacar que o livro deve ser reutilizado, no mínimo, por três anos
consecutivos, beneficiando, dessa forma, mais de um estudante. Recentemente, foi aprovado o
Decreto nº 7.084, DE 27 DE JANEIRO DE 2010, que dispõe sobre os programas de material
didático e dá outras providências, onde podemos ver claramente nos artigos 2º e 3º, uma
preocupação com a cultura e a realidade local. Destaca-se, nesse âmbito, que não temos notícia que
o Amapá possua uma equipe técnica com a qualificação e o objetivo de avaliar obras didáticas e
isso contribui para a parca produção nesse sentido. Cabe enfatizar que a proposta do nosso Projeto
para a concepção do livro, não busca eliminar a adoção do livro didático nacional, pelo menos por
enquanto, mas ser mais um instrumento que o professor pode contar no processo ensino
129
aprendizagem, especialmente para que o aluno veja sua região, sua cultura, seu falar expostos no
livro didático e, assim, possa se motivar ainda mais na construção do conhecimento e de sentido
daquele texto que, afinal foi concebido pensando em sua cidade, em seus problemas, em sua região,
pois o livro didático deve, entre outros objetivos, “Estimular o convívio social e a tolerância,
abordando a diversidade da experiência humana com respeito e interesse, inclusive no que se refere
à diversidade lingüística ( Brasil, 2007 p. 14). Com relação a visão de língua que o Projeto adota e,
considerando os avanços em pesquisas na área da lingüística que desde os anos 80, colaboraram, e
muito, para uma revisão nos objetivos do ensino da língua portuguesa, adotamos os novos
paradigmas de análise da linguagem, que levam em consideração sua inserção em contextos sociais
e suas diversas formas de representação e manifestação, onde rejeita-se o dogmatismo do ensino da
gramática tradicional, totalmente descontextualizada e fragmentada. Assim, Sendo a Amazônia uma
região tão rica, não podemos deixar de lamentar a pouca importância que é dada as suas particulares
Brasil afora. É notório como o povo da região norte, fica de fora de inúmeras políticas nacionais e,
com relação aos materiais didáticos, isso não é exceção. Portanto, o Projeto que apresentamos se
traduz em vanguardismo e ousadia, pois sua importância para o processo educacional que
vivenciamos, pode ultrapassar os muros das nossas escolas, vislumbrando até a criação de uma
possível Gerência para avaliar obras didáticas, pois com as facilidades tecnológicas atuais é
inadmissível que continuemos apenas a receber propostas de livros didáticos concebidos no eixo
das grandes editoras do País, que não apresentam uma preocupação com a produção local. Ou seja,
abre-se uma possibilidade de, com o apoio institucional, os autores amapaenses, mostrarem suas
obras para que as editoras possam também publicá-las e, quiçá, inseri-las no PNLD de forma
sistemática e seguindo os padrões da escolha nacional. As referencias bibliográficas foram os PCNs
de língua Portuguesa (1998); o Guia de livros didáticos PNLD 2008: língua Portuguesa; FREITAG
B. et al: O livro didático em questão (1993).
Palavras-chave: Livro didático. Ensino. Língua portuguesa. Amazônia
.
130
MEIO AMBIENTE URBANO e CULTURA:
DA PRODUÇÃO DO LIXO À BANALIZAÇÃO DO ABANDONO
Ana Maria DENARDI1 ([email protected]); Odair GIRALDIN
2
1
Universidade Federal do Tocantins, Mestranda em Ciências do Ambiente – Palmas, TO. 2 Universidade Federal do Tocantins, Professor Adjunto – Palmas, TO.
O estudo, elaborado sob uma perspectiva interdisciplinar, tem o propósito de compreender o elo
existente entre cultura e modo de interação dos indivíduos com o meio ambiente. Apresenta e
interpreta as diferenciações perceptíveis dessa relação nos povos tradicionais (baseado no princípio
da reciprocidade e no pensamento coletivo) e na sociedade ocidental contemporânea (baseada na
lógica capitalista e no princípio da acumulação). Afirma-se que essas visões diferentes de mundo
têm uma ancoragem na diferenciação cultural, pois para Geertz (1989), “a cultura é uma teia não
acabada de significados que o homem tece ao mesmo tempo em que está enredado nela, sendo
aquilo que nos permite agir, produzir e interpretar o mundo nossa volta”. O ser humano não age
instintivamente, pois, mesmo as ações habituais são movidas por um contexto de vivência, sendo
que nesse processo, a cultura é uma construção coletiva (e não um ato individual). Porém, é preciso
lembrar que nem todo mundo reflete exegeticamente sobre aquilo que vive, pois o comportamento
(diferentemente do temperamento que é um traço hereditário) depende de aprendizado para ser
moldado e construído durante o transcorrer do tempo. Nesse sentido, o trabalho aborda também a
qualidade ambiental urbana na cidade de Palmas, a jovem capital do Tocantins, interpretada pela
ótica de um problema manifesto no cenário atual desta capital: o descaso na ação de abandono de
lixo nos espaços públicos da cidade. Para compreensão da relação da sociedade com o problema do
lixo torna-se necessário interpretar a temporalidade, o pertencimento e o modo de vida da
população urbana capitalista, baseada e estimulada pela lógica do consumo. Assim, percebe-se que
a vivência diária com os mais diversos tipos de agressões ambientais resulta em um mascaramento
de fatos visíveis, que muitas vezes passam despercebidos e não recebem a devida atenção e reflexão
a respeito. Ao final, o trabalho enfatiza o poder da cultura como reformadora da ação,
ressignificando conceitos em prol de melhoria na relação indivíduo e meio ambiente.
Palavras-chave: cultura, qualidade do meio ambiente urbano, lixo.
131
MODELAGEM PROPOSITIVA DE DADOS AGROMETEOROLÓGICOS
PARA FACILITAR A INTEROPERABILIDADE ENTRE BASES
AMBIENTAIS NO BIOMA AMAZÔNIA
Robson Breno Mamede de LIMA¹([email protected]), Lucieta Guerreiro MARTORANO², Silvio
Roberto Medeiros EVANGELISTA³, Carla Geovana do Nascimento MACÁRIO³
1. Centro Universitário do Estado do Pará – Belém-PA.
2. Embrapa Amazônia Oriental – Belém-PA.
3. Embrapa Informática Agropecuária – Campinas-SP.
O objetivo do trabalho é apresentar uma modelagem propositiva de busca armazenamento e
migração de dados agrometeorológicos para dar celeridade nos estudos no bioma Amazônia. A
modelagem baseia-se no desenvolvimento de soluções capazes de realizar operações entre bases de
dados digitais a fim facilitar a integração de informações de condições de tempo e clima. No
modelo propositivo integrou-se os dados disponibilizados pelo Instituto Nacional de Meteorologia
(INMET), correspondentes a três horários de observações em dados diários. Utilizando a ferramenta
VBA (Visual Basic for Applications) fez-se a integração em leituras horárias, categorizando em
cada planilha a série histórica (anual) para facilitar a interoperabilidade e potencializar o uso de
dados agrometeorológico dentro de uma visão interdisciplinar focado no desenvolvimento
sustentável região. Prioritariamente, os dados serão integrados ao Banco de Dados de Recursos
Naturais da Embrapa e parceiros. Dados alfanuméricos e numéricos foram categorizados pela
menor célula espacial que é a unidade municipal, os quais foram armazenados em tabelas
relacionais. Extraiu-se dados diários de 37 estações com um volume de 539.481 de dados por
variável meteorológica (temperatura do ar [máximas, mínimas, bulbo seco e úmido], umidade
relativa do ar, precipitação pluvial, vento e outras), processando-se um total de mais de 5 milhões
de dados.Verificou-se que modelo proposto permitiu reduzir o tempo de sumarização de dados e
aumentar a eficiência na integração de séries históricas em três horários de observações,
contabilizando-se os dados diárias e facilitando a integração das informações agrometeorológicas
do bioma Amazônia com outras bases de dados.
Palavras-chave: Série Histórica, Agrometeorologia, Tecnologia da Informação, Banco de
Dados
132
NEGOCIAÇÃO DE CONFLITOS SOCIOAMBIENTAS NA REBIO DO
LAGO PIRATUBA/AP
Daguinete Maria Chaves BRITO1 ([email protected]), Wilson José BARP
2, Ana Rosa Baganha
BARP3
1Universidade Federal do Amapá (UNIFAP), Programa de Pós-Graduação em Direito Ambiental e
Políticas Públicas (PPGDAPP). 2Universidade Federal do Pará (UFPA), Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais (PPGCS).
3Universidade Federal do Pará (UFPA), Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil
(PPGEC).
O Amapá se destaca no cenário nacional pelo alto percentual de áreas legalmente protegidas, com
destaque para as Unidades de Conservação (UC). Estas áreas, independentemente de sua categoria e
órgão gestor apresentam diversas atividades provocadoras de conflitos socioambientais e estão
relacionadas principalmente com utilização inadequada dos recursos naturais, como: invasões,
incêndios ou queimadas, desmatamentos, pecuária e agricultura extensiva, pesca e caça predatória,
extrativismo inadequado dos recursos florestais e minerais, além dos problemas fundiários.
Atualmente as alternativas adotadas pelo estado brasileiro para a solução desses conflitos passam
pelos campos político, jurídico e administrativo, o que em geral, não apresenta resultados positivos.
Com a finalidade de buscar alternativas para amenizar ou solucionar os conflitos relacionados à
gestão e manejo das UC do Amapá foi realizado um diagnóstico sobre os principais conflitos
socioambientais ocorridos na Reserva Biológica do Lago Piratuba, após a análise dos dados e tendo
como apoio o software Nvivo foi possível simular um modelo para resolução de conflitos
socioambientais a partir do emprego de técnicas como mediação, facilitação, conciliação e,
sobretudo, negociação. Na simulação ficou evidente que o emprego dessas técnicas, embora exija a
realização de várias atividades de discussão e aproximação entre os atores sociais envolvido com a
área (exigindo maior período de tempo para o resultado final) são mais eficientes no processo de
resolução dos conflitos envolvendo o planejamento e a gestão das UC. Observou-se que os
envolvido com os conflitos, quando do procedimento de negociação passam a ter maior
comprometimento, pois reconhecem a abrangência de suas ações. Foi possível concluir, também,
que na resolução dessa tipologia de conflito não se deve abandonar a normatização, arbitragem,
jurisdição e planejamento, estas devem compor, juntamente com as técnicas, metodologias e
ferramentas as possibilidades de resolução ou amenização dos conflitos socioambientais nas áreas
protegidas.
Palavras-chave: Amapá, unidades de conservação, conflitos socioambientais e negociação.
133
O AVANÇO DO CAPITAL NA PRODUÇÃO CAMPONESA DO
TERRITÓRIO AMAZÔNICO: ESTUDO EM ALGUMAS COMUNIDADES
NA MICRORREGIÃO DE TOMÉ-AÇU.
Laís Rodrigues Campos1 ([email protected])
1Universidade do Estado do Pará,Centro de Ciências Sociais e Educação– Belém, PA.
O presente trabalho corresponde a uma pesquisa realizada em 2010 a respeito do território
camponês no nordeste paraense, tendo como objetivo discutir acerca da produção camponesa
relacionada ao capital, em algumas comunidades rurais da microrregião de Tomé-açu, mas
especificadamente nas comunidades da Vila do Cravo e Nova Esperança, localizadas no município
de Concórdia do Pará. Assim para o desenvolvimento da pesquisa ocorreu um estudo teórico tendo
como aporte principal as teorias da territorialização e a monopolização do capital de acordo com
Oliveira (2001), além de pesquisa de campo e como técnica de pesquisa optamos pela utilização de
entrevistas, depoimentos, observação assistemática e conversas com os moradores da área em
estudo. Assim buscou-se analisar como a produção camponesa vendo sendo desenvolvida frente ao
avanço das relações capitalistas nas comunidades. Então a partir desses depoimentos e observações,
foi possível verificar como esse desenvolvimento influencia nas bases de produção dessas
comunidades. Visto que o grupo camponês tem um modo de vida próprio produzido a partir de sua
dimensão histórica e produtiva do trabalho, simbolizado nas relações de produção desse grupo.
Dessa forma pretendemos apresentar que elementos e características estão relacionados a esse
processo econômico e nesse caso precisamos primeiramente entender o que é o agrário. O olhar
sobre essas comunidades a partir dessa perspectiva da ótica capitalista e desses conceitos é que
trazem a discussão acerca de como esses espaços estão reorganizados a partir das relações
capitalistas de produção e com este trabalho pretendemos contribuir nas discussões teóricas
referentes ao estudo do espaço agrário. Percebendo que o território camponês é um ambiente social
no qual o sujeito que dele faz parte possui um saber que é um instrumento de sua prática social
resultante da diversidade das formas com que este se relaciona com: a produção, seus costumes e
sua cultura permeados por uma organização territorial, que é própria da história de sua luta social.
Palavras-chave: Território; Agrário; Produção; Capital; Agricultura.
134
O BANCO MUNDIAL E SUA INFLUÊNCIA NA EDUCAÇÃO BRASILEIRA
Eliton Janio Araújo FERREIRA ¹ ([email protected]), Kelrya Camila da Conceição
Alves ²
¹ Universidade do Estado do Pará, Campus Universitário de Igarapé-Açu, Campus X – Igarapé-
Açu, PA.
² Universidade do Estado do Pará, Campus Universitário de Igarapé-Açu, Campus X – Igarapé-Açu,
PA.
Com o objetivo de apoiar a reconstrução dos países afetados pela segunda guerra mundial, é criado
durante a Conferencia de Bretton Woods, em 1944, o Banco Mundial, este primeiramente tinha
como foco principal ajudar na reconstrução das economias dos países afetados, mudando o norte de
suas estratégias para a educação e outras áreas, devido a crise mundial recaída sobre países
subdesenvolvidos. O Brasil recebeu diversos empréstimos desta organização para vários setores
entre eles, a Educação. Desta forma, neste trabalho analisamos as influências desta organização na
política educacional brasileira. Como remate das informações apresentadas neste trabalho, conclui-
se que o Banco Mundial, ao conceder empréstimos aos países subdesenvolvidos, neste caso o
Brasil, impõe suas exigências para que a administração destes recursos seja eficaz, isto é, este
fornece a uma cartilha que regerá este recurso. Desta forma, o país adéqua-se as imposições desta
instituição, redirecionando a sua política educacional, dentre as quais destacamos: a
descentralização do Ministério da Educação como estância executora da educação, deixando estas
responsabilidades para estados, municípios e as escolas, o estabelecimento de currículos básicos
para o ensino, criação de sistemas de avaliação do Ensino, como: ENEM, ENAD, Provinha Brasil,
dentre outros.
Palavras-chave: Banco Mundial, Educação, Investimento.
135
O CHOQUE E A RESISTÊNCIA DA CLASSE TRABALHADORA NO
SETOR DE ELETRICIDADE PÓS-PRIVATIZAÇÃO: O CASO DOS
TRABALHADORES DA CELPA
JEFFERSON WAGNER E SILVA GALVÃO ([email protected])
Universidade Federal do Pará. Núcleo de Altos Estudos Amazônicos-NAEA/PLADES)
Este trabalho aborda o processo de enfrentamento dos trabalhadores urbanitários do Pará com o
capital, inicialmente representado pelo Estado-empresário, posteriormente pelo Grupo Rede. Para
tanto, relato o processo de eletrificação no Pará e a história da Celpa, a privatização e suas
consequências, o ataque orquestrado contra os trabalhadores e Sindicato dos Urbanitários, o
processo de reestruturação produtiva e a trincheira de resistência e luta materializada no sindicato.
O discurso privatista de que a desestatização da Celpa possibilitaria a redução das tarifas, a
melhoria da qualidade dos serviços, redução do tempo de espera para restabelecimento de
interrupções e da frequência da ocorrência dessas interrupções é colocado em xeque. A redução dos
custos – a custa da demissão de trabalhadores, do sucateamento da rede de distribuição e do
desmonte da empresa – serviu apenas para maximizar o lucro, sem trazer benefícios à sociedade.
Palavras-chave: Celpa, Empresas de distribuição de energia elétrica, setor elétrico, energia
elétrica, privatização.
136
OCORRÊNCIAS DE LOURO-PRATA (Ocotea guianensis Aublet) E
EVIDÊNCIAS DO POTENCIAL DE INCLUSÃO EM REARRANJOS
AGROFLORESTAIS NA AMAZÔNIA
Rodrigo Figueiredo ALMEIDA¹, ([email protected]) Lucieta Guerreiro MARTORANO²,
Maria do Socorro Gonçalves FERREIRA², Daiana Carolina Antunes MONTEIRO³, Leila Sheila
LISBOA³
1Universidade Federal Rural da Amazônia, Instituto de Ciências Agrárias – Belém, PA.
2Embrapa Amazônia Oriental– Belém, PA.
³Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”- Piracicaba, SP
Na Amazônia, em áreas de pousio, a vegetação secundária surge na forma de capoeira e com o
passar do tempo, há uma regeneração de espécies, condicionadas ao banco de sementes florestais no
solo. No Pará as perdas por desflorestamento são da ordem de 20%. O nordeste paraense possui a
maior área desflorestada, tendo nos municípios de Bragança, Capitão Poço e Garrafão do Norte
perdas em torno de 80% da cobertura florestal. Espécies florestais de crescimento rápido auxiliam
na recomposição dessas áreas antropizadas com importante papel ecológico na recomposição das
paisagens. O Louro-prata (Ocotea guianensis A.) é uma espécie com alto desempenho em altura e
diâmetro à altura do peito (DAP). A espécie é utilizada na construção civil, naval e na produção de
celulose, sendo enquadrada como madeira leve (0,44 g cm-3
) e de alto valor econômico. Avaliou-se
ocorrências desta espécie como estratégia de inclusão em arranjos agroflorestais na Amazônia.
Utilizou-se informações em bases internacionais, dados dos herbários da Embrapa Amazônia
Oriental e Museu Goeldi, bem como dados de levantamentos de campo nos municípios de Bragança
e Capitão-Poço. Espacializou-se os dados de ocorrências da espécie nas cartas climáticas. Estimou-
se que das 322 ocorrências na América do Sul, o Louro-prata, no Brasil, concentra-se na Amazônia.
No Pará, nos municípios de Bragança e Capitão Poço, verificou-se que o Louro-prata expressou
maior desenvolvimento em DAP, entre outras espécies secundárias investigadas. Detectou-se maior
ocorrência em Capitão Poço que está sob a influência de um regime pluvial entre 2.430,0 a 2.564,0
mm. Conclui-se que o Louro-prata apresenta potencial de inclusão em áreas desflorestadas pela
evidência de sua expressão em desenvolvimento associadas a oferta pluvial, na Amazônia.
Palavras-chave: Clima, Manejo Florestal, Pará, Desflorestamento
137
O DESAFIO DA LOGÍSTICA REVERSA COMO FERRAMENTA DE
SUSTENTABILIDADE NO SETOR DE BEBIDAS NO MUNICIPIO DE
BELÉM/PA: UMA DISCUSSÃO DESCRITIVO-BIBLIOGRAFICA
Márcio Martins Ribeiro
1 ([email protected]); Sarah Barradas Marinho
2;
1Universidade do Estado do Pará, Centro de Ciências Naturais e Tecnologia – Belém, PA.
2Universidade Federal Rural da Amazônia – Belém, PA.
Por que preocupar-se com a responsabilidade socioambiental? Essa é uma pergunta em que as
grandes empresas do mundo dos negócios estão tentando responder tendo em vista que persiste um
quadro em que a grande maioria das organizações ainda degradam o meio ambiente – o desafio,
então, é como impactar menos e a partir daí agregar valor e credibilidade ao negócio. Portanto,
preocupados com a idoneidade de suas organizações e suas importantes marcas, as empresas tem
adotado “a prática” da responsabilidade socioambiental como manifestação de reconhecimento e
aceitação junto à sociedade, é na verdade, uma tentativa concreta de se tentar agregar mais valor à
marca. Vale dizer que essas transformações – ou novo paradigma - decorrem devido às grandes
transformações impostas pelos seus stakerolders, que visam em suas estratégias não só a
lucratividade, mas também a transparência dos negócios e a sustentabilidade, as quais as empresas
devem ter uma visão de futuro (perspectiva de bons negócios) e preocupação concreta com o meio
em que vivem. O uso da logística se alinha a esta conjectura – e a este novo paradigma, em especial,
a logística reversa encontra-se diretamente ligada ao diferencial estratégico competitivo do atual
paradigma da sustentabilidade nos negócios, pois desempenha em sua operacionalidade a
preocupação corporativa com a sustentabilidade e a geração de resultados. A preocupação com as
questões ambientais tem se proliferado aceleradamente, o que é possível constatar em diversas
pesquisas, com diferentes abordagens. Contudo é importante avaliar que o cenário socioeconômico
esta atravessando transformações constantes, o qual visa buscar novas oportunidades empresariais.
A sustentabilidade não deve ser encarada como uma meta atingida dentro de uma conjuntura finita,
e sim como um processo de uma evolução continua. Nessa definição a avaliação do crescimento do
grau de sustentabilidade de uma organização, deve ser medida por indicadores de sustentabilidade,
pois é fundamental para que a empresa possa monitorar e avaliar, continuamente, os estágios de
sustentabilidade gerencial. A visão estratégica empresarial deve estar associada e combinada a uma
série de ferramentas que estão hoje disponíveis aos gestores comprometidos com a sustentabilidade.
Entre elas destacam-se: análise do ciclo de vida (ACV), design for environment, ecoeficiência,
logística reversa e marketing socioambiental. Inicialmente, é imprescindível que as organizações
reconheçam, entendam e avaliem os impactos de suas atividades produtivas. A Responsabilidade
Socioambiental expressa à capacidade de responder ou sugerir soluções equilibradas para as
diversas demandas surgidas entre as relações corporativas e o meio ambiente. Atualmente esse é o
grande dilema que norteia as grandes organizações, deixar de concentrar suas preocupações na
rentabilidade de seus conglomerados para focar também nas práticas sustentáveis. Segundo Leite
(2003: p. 16-17), a logística reversa tal como a área da logística empresarial planeja, opera e
controla o fluxo e as informações logísticas correspondentes, do retorno dos bens de pós-venda e de
pós-consumo ao ciclo de negócios ou ao ciclo produtivo, este processo ocorre por meio dos canais
de distribuição reversos, agregando-lhes valor de diversas esferas: econômico, ecológico, legal,
logístico, de imagem corporativa, entre outros. Essa ferramenta de sustentabilidade possui maior
eficácia no meio corporativo, especialmente nas empresas do setor de bebidas, pois além de
obterem vantagens competitivas, melhorar a sustentabilidade ambiental, agregando assim valor à
sua imagem corporativa junto a seus clientes. A sociedade vive um grande problema com os
materiais dispensados na natureza de forma inadequada, no caso das indústrias de bebidas, as
embalagens são classificadas em dois tipos: retornáveis ou descartáveis. No Brasil, as embalagens
descartáveis mais utilizadas são: latas de alumínio, latas de aço, garrafas plásticas de PET, garrafas
138
de vidro e, mais recentemente, embalagens assépticas (caixas de papel com múltiplas camadas, tipo
longa vida, específicas para bebidas não gaseificadas). O PET é um material reciclável
extremamente resistente e leva em média 100 anos para se decompor, sendo assim um grande
causador de degradação do meio ambiente. Segundo dados divulgados pela ABIPET (Associação
Brasileira do PET, 2002), apenas 35% do volume expedido ao consumidor têm sido reciclados. As
empresas de refrigerantes, entre outras bebidas, estão substituindo as garrafas de vidro retornáveis
pelas embalagens descartáveis do PET, devido os mesmos, razões: evitar transtorno ao consumidor
de ter que possuir espaço em casa para armazenar o vasilhame e de ter que mantê-lo sempre limpo
para evitar insetos causadores de doenças, não ter que se lembrar de retorná-lo para o ponto de
venda toda vez que necessitar da bebida e, além disso, a garrafa de vidro pode quebrar, causando
acidentes. Por estes motivos, aumentou muito a fabricação deste material, porém, após sua
utilização, o PET geralmente é direcionado para os famosos lixões e com o passar do tempo não
haverá mais espaço para armazená-lo ou é abandonado na natureza, ocasionando entupimento dos
córregos e rios, causando enchentes. Apesar dos benefícios e comodidade que o PET trouxe aos
clientes, as empresas envolvidas no ciclo de vida útil deste material devem ser responsabilizadas
pelo destino correto de seus produtos, para evitar problemas. As legislações ambientais têm sido
mais severas, como mostra a resolução 307/2004, com a sanção da Política Nacional de Resíduos
Sólidos (PNRS), o Brasil passa a ter um marco regulatório na área de Resíduos Sólidos. A lei faz a
distinção entre resíduo (lixo que pode ser reaproveitado ou reciclado) e rejeito (o que não é passível
de reaproveitamento), além de se referir a todo tipo de resíduo: doméstico, industrial, da construção
civil, eletroeletrônico, lâmpadas de vapores mercuriais, agrosilvopastoril, da área de saúde e
perigosos. Pode-se afirmar que a PNRS instaura o princípio de responsabilidade compartilhada pelo
ciclo de vida dos produtos, o que abrange fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes,
consumidores e titulares dos serviços públicos de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos. O
fator crucial na execução da PNRS é que a nova lei aborda a logística reversa, que se constitui em
um conjunto de ações para facilitar o retorno dos resíduos aos seus geradores para que sejam
tratados ou reaproveitados em novos produtos. De acordo com as novas regras, os envolvidos na
cadeia de comercialização dos produtos, desde a indústria até as lojas, deverão estabelecer um
consenso sobre as responsabilidades de cada parte. Gomes (2004, p.140) diz que: “A logística de
fluxo de retorno (ou reversa) visa à eficiente execução da recuperação de produtos. Tem como
propósitos a redução, a disposição e o gerenciamento de resíduos tóxicos e não tóxicos”. Para as
empresas de reciclagem de PET, a implantação da logística reversa, contribuirá para a retirada das
embalagens de PET pós-uso do meio ambiente, conseqüentemente haverá a conscientização das
empresas e da população em geral. A pesquisa em questão, nasceu da razão que fundamenta a
Responsabilidade Socioambiental Corporativa, objetivando em visão geral a avaliação o processo
de logística reversa do PET no setor de bebidas, no município de Belém/Pa. E como objetivos
especifico (i) Identificar os principais motivos pelos quais as empresas do município de Belém do
setor de bebidas à não utilizarem prática da logística reversa em seus processos gerenciais; (ii)
Avaliar as vantagens competitivas do ciclo de logística reversa para o setor de bebidas; (iii)
Apresentar as oportunidades da logística reversa para o setor de bebidas. Os procedimentos
metodológicos abordados nesta pesquisa estão mais bem discriminados através do método indutivo,
pois expõe um tipo de pesquisa exploratória e descritiva, além da técnica bibliográfica. A partir
destes métodos de pesquisa, foi possível traçar um diagnóstico da pratica da sustentabilidade
corporativa, iniciada através de ações ambientais realizadas pelas empresas Coca-Cola e AmBev no
município de Belém/Pa. Gerando através de resultados a constatação de que as empresas
pesquisadas do setor de bebidas do município de Belém, não praticam logistica reversa do ciclo
pós-consumo. As ações de apoio a programas de reciclagem é considerada externalizada, ou seja
são ações que não expressam compromisso integral e empresarial em absorver o retorno de uma
embalagem que foi colocada no mercado para consumo. Analizando as empresas com relação ao
ponto de vista da Responsabilidade Socioambiental Corporativa (RSAC), pode-se afirmar que estas
possuem seus objetivos para desenvolver a pratica do desenvolvimento sustentável. Contudo entre
as mesmas verificou-se uma maior preocupação da Coca-Cola Brasil em desenvolver ações e
139
pesquisas socioambiental referente a embalagem PET além de apoiar cooperativas e associações
através do programa “Reciclou, ganhou”, enquanto que sua maior concorrente a AmBev, não
desenvolve pesquisas e não aborda a preocupação com as embalagens sustentáveis, somente apoia
programas de reciclagem. Vale ressaltar que, mesmo sem incentivos do governo, sem
obrigatoriedade na legislação ambiental e sem coleta seletiva externalizada, as empresas do setor de
bebida do município de Belém/Pa incentivam cooperativas e associações de catadores de
reciclagem, realizando a prática da responsabilidade socioambiental corporativa. As iniciativas
relacionadas à logística reversa têm trazido consideráveis retornos para as empresas, economias
com a utilização de embalagens retornáveis ou com o reaproveitamento de materiais para produção
têm trazido ganhos que estimulam cada vez mais novas iniciativas. As empresas pesquisadas do
setor de bebidas do município de Belém, não praticam logistica reversa do ciclo pós-consumo. As
ações de apoio a programas de reciclagem é considerada externalizada, ou seja, são ações que não
expressam compromisso integral e empresarial em absorver o retorno de uma embalagem que foi
colocada no mercado para consumo. Segundo RIBEIRO (2011) “através da parceria formada pela
população, governo e empresas, o volume de produtos de pós-consumo dispensados de forma
incorreta na natureza tende a diminuir, fazendo com que haja um equilíbrio entre o fluxo direto e o
reverso.
Palavras – Chave: Responsabilidade Socioambiental Corporativa (RSAC), desenvolvimento
sustentável, logística reversa, Coca-Cola, AmBev.
140
O DISCURSO AMBIENTAL NA POESIA DA AMAZONIA
1Carla Patrícia Ribeiro NOBRE ([email protected])
1. Mestranda do Programa de direito ambiental e políticas públicas - UNIFAP
Professora da Universidade Estadual do Amapá
Neste trabalho apresento um estudo de base descritiva que tem por objetivo discutir a presença de
um discurso ambiental na produção poética da Amazônia, onde se busca responder: Quais as
mensagens, valores, personagens, mitos, afetividades, bandeiras de luta... que podemos encontrar
nesses poemas com relação ao meio ambiente? Esse discurso possui uma literariedade ou se mostra
como lugar comum e não tem nenhum atrativo literário? Os poemas utilizados para essa análise são
de Eliakin Rufino (Roraima), Thiago de Mello (Manaus), Manuel Bispo Correa, Carla Nobre e
Aracy Mont‟Alverne (Macapá); Marcos Quinan (Goiania, mas escolheu a Amazônia para viver) e
Juraci Siqueira (Belém). A pesquisa fundamenta-se nas vozes de Bachelard (1988), Compangnon
(2009), Costa (2011), Moisés (1993), Boff (1999), Fernandes (2004) e Loureiro (1995). Pesquisar o
discurso ambiental em uma área que atua no imaginário das pessoas –a literatura- é de fundamental
importância para que possamos vislumbrar cenários possíveis para reinventar nossas falas sobre
sustentabilidade, pois as leis por si só, parecem sempre carecer de tantas interpretações explicações,
que acabam por enfocar com frieza, temas tão ligados a nosso cotidiano, como é o meio ambiente.
A poesia da Amazônia existe e está, cada vez mais, conquistando o mundo, apesar da grande
dificuldade que enfrenta na edição e publicação, dada inclusive, a distância geográfica da região
com o restante do país. E mesmo enveredando por vários temas em sua caminhada, de uma forma
ou de outra, não se pode negar que sua origem nascedoura também emerge das experiências
cotidianas dos poetas e possibilita um olhar que nasce no local e atinge uma dimensão universal,
influenciando os seus temas e onde eles são explorados nas mais variadas ordens, mas são inegáveis
as metáforas que nascem da relação entre as pessoas e as simbologias ricas e diversas da Amazônia,
região que atrai para si lendas, mitos, personagens, perigos e contemplações, que são
constantemente revisitados pelos poetas em geral e, evidentemente, os que vivem por essas terras,
não poupam palavras para ela e suas surpreendentes aventuras e inúmeros desafios. Esse local
entremeado de significados e vivências do universal traz em si, múltiplos olhares, formando um
caleidoscópio de conceitos e discursos. Entre eles, é inegável a presença do discurso ambiental, que
chega impregnado de sentido e da realidade circundante do/da poeta e, por isso, carrega em si uma
carga de sentimentos de anúncio e denúncia que podem e devem ecoar para a sociedade. Nesse
discurso tem-se o painel de uma Amazônia múltipla, pois múltiplos são os olhares de quem a vê e
canta, de poetas que também são cidadãos críticos e conscientes de seu planeta. A presença da
temática ambiental na poesia da Amazônia é, então, indiscutível e chega com um tom telúrico e
respeitoso, explorado por quem a conhece e vivencia a floresta e seu cotidiano, já que, como afirma
LUREIRO, é possível perceber na convivência das pessoas com a Amazônia que “... diante da
presença mais do que real de rios e floresta, mesmo mantendo com floresta e os rios tão estreita
relação de vida e trabalho, a dimensão do cotidiano comportou sempre a leveza do etéreo, a sutiliza
de encontrar maravilha nas coisas... (1995, p. 99). Na análise é possível perceber também que o
discurso ambiental que orienta a poesia da Amazônia opta pelos oprimidos da/na floresta. É um
discurso, antes de tudo, revolucionário, pois denuncia e anuncia. Essa opção é fruto das relações
que o eu - lírico dos poetas estabelecem com a Mãe Terra, numa profusão de respeito e co-
responsabilidade. Há claramente a verdade da convivência e os alertas que emergem de quem
convive e conhece a Floresta e seus problemas e desafios. Em torno desse discurso também habita a
verdade da grandiosidade que a Amazônia representa para o mundo. São números esplendorosos e
são belezas inesgotáveis que habitam numa única região. A poesia não pode nem quer esconder essa
141
grandeza e essa beleza. Assim, optar pelo oprimido não significa adotar um discurso cabisbaixo,
tampouco pessimista. Habitamos a floresta, com ela aprendemos e a ela ensinamos. A opção pelo
oprimido também significa contar a alegria de se viver – conviver com a floresta. Somos também
fruto dessas relações e trazemos as marcas de nossa aprendizagem – convivência. Ser “povo da
floresta” – gente ribeirinha, cabocla, índia, castanheira – é trazer a vida marcada por simbologias de
sofrimento, de amor e de sabedorias que se constroem ao longo do tempo. Entretanto, ser povo da
floresta não exclui quem vive longe dela, mas reconhece toda essa teia de relações, numa constante
troca. Ou seja, reconhecer o papel interventor e social da poesia da Amazônia na sociedade,
especialmente no que concerne ao ambiente em que vivemos é também compreender um pouco
melhor como nos relacionarmos com/sobre/no ambiente, buscando a sustentabilidade e os valores
sócio-ambientais, numa sociedade do lucro e da posse, pois como alerta Bachelard “...os poetas
sempre imaginarão mais rápido do que aqueles que os observam imaginar”(1998, p. 25).
Palavras-Chave: Literatura, poesia da Amazônia, Discurso ambiental.
142
O ENSINO DAS FIGURAS DE LINGUAGEM ATRAVÉS DO JOGO DE
TABULEIRO
Karine Nafaeli Sousa LIMA1 ([email protected]).
1Universidade do Estado do Pará, Cento de Ciências Exatas e Naturais – São Miguel do Guamá,
PA.
O presente trabalho foi elaborado com base em um minicurso realizado na VII Semana Acadêmica,
no campus XI da Universidade do Estado do Pará, no município de São Miguel do Guamá, PA. O
projeto consiste na adaptação do jogo de tabuleiro, para o ensino de figuras de linguagem,
mostrando a importância de se trabalhar o lúdico como agente facilitador na relação ensino-
aprendizagem,pois já é notório a importância do mesmo como aliado na busca do despertar o
interesse do aluno, pela língua portuguesa e, a partir dessa necessidade, surge dentre várias
alternativas, a utilização de jogos. A execução do jogo proposto acima dar-se da seguinte forma:
Em um primeiro momento, faz-se a exposição do assunto abordado,em seguida, aplica-se a parte
prática, que consiste no lançamento de um dado cujo resultado será o número de casas a serem
percorridas pelo participante, ao responder corretamente à questão apresentada em cartas, as quais
devem ser retiradas aleatoriamente. A eficiência do jogo em questão foi constatada por meio da
aplicação de um questionário aos participantes do minicurso onde 100% responderam de forma
afirmativa, ao serem questionados sobre a viabilidade de se trabalhar o lúdico no ensino de figuras
de linguagem. Quanto à questão da aplicação do jogo em sala de aula, 70% responderam que
utilizariam o mesmo por acreditar que o jogo em questão possibilita um melhor rendimento na
aprendizagem do assunto trabalhado. Sobre a questão da motivação foram colocadas as alternativas:
boa ,ótima e insuficiente, sendo que 50% consideraram a atividade como boa motivadora, 50%
ótima e ninguém a considerou insuficiente. Como conclusão, questionamos a respeito do
rendimento dos participantes no curso, onde 50% o avaliaram como bom, os demais como ótimo,
sendo nula a porcentagem de insuficiência.
Palavras-chave: Ludicidade, Jogo, Figuras de Linguagem, Motivação.
143
O ENSINO DE CIÊNCIAS ATRAVÉS DA TEMÁTICA AMBIENTAL
Larissa Maciel do NASCIMENTO1 ([email protected]); Taynná Nayara Barreiros
ARRAIS2;
1Universidade do Estado do Pará, Instituto de Ciências Exatas e Naturais– Belém, PA 2Universidade Federal do Pará, Instituto de Ciências Exatas e Naturais – Belém, PA.
Com a importância da relação entre o ensino de Ciências Naturais nas escolas e a tão visada
educação ambiental, que de fato deveria esta envolvida desde os primórdios da educação, analisa-se
aspectos relacionados à nossa sociedade contemporânea e visa verificar se esta de fato engajada
nessa mobilização. Deveríamos considerar também em nossas atividades de ensino aspectos da
aplicação do conhecimento científicos diretamente relacionados com a temática ambiental como,
por exemplo, os aspectos relacionados a novas metodológicas e técnicas que docentes e futuros
docentes nas áreas de ciências naturais (física, química, biologia) podem se valer para que o ensino
seja diversificado e com isso podendo englobar áreas no âmbito ambiental, tais como envolver
alunos em atividades lúdicas e experimentais que propagem e disseminem noções de preservação
do meio no qual estamos inseridos, tais como, reutilização de materiais como garrafas pets, plástico,
papel entre outros na elaboração de experimentos de física, química e biológica com materiais de
baixo custo. Com isto neste trabalho analisamos de forma prática metodologias e problemáticas
envolvendo o ensino de ciências através de uma oficina de educação ambiental, na qual graduandos
do curso de ciências naturais da Universidade do Estado do Pará, por meio de práticas educacionais,
desenvolveram novas metodologias para inserir nas escolas formas práticas de disseminar esta
proposta. Para tanto, estes resultados foram obtidos a partir de uma oficina ministrada pelos nomes
aqui presentes na Universidade do Estado do Pará, visando corroborar com essas novas práticas no
ensino de física e das ciências naturais como um todo. De acordo com as atividades desenvolvidas
verificou-se que os graduandos de ciências naturais (física, química, biologia), matemática e
pedagogia, a pesar de mostrarem-se cientes da importância da atividade experimental e ligada ao
meio ambiente, não estão engajados com esse tipo de prática. Certa de 30% dos graduandos não
participa de atividades deste cunho e nem aplicam isto em sala de aula. Mesmo com estes dados o
restante destes 64% contribui com a prática da experimentação com materiais de baixo custo e
inserem no contexto atual de suas práticas docentes este tipo de atividade. Em suma verificou-se
com a pesquisa que a Universidade tem papel fundamental para a formação desse tipo de prática ao
graduando da área de ensino. Com simples atividades voltadas para a explanação do assunto, os
graduandos podem aprender como inserir essas novas metodologias em suas aulas cotidianas.
Palavras-chave: Metodologia, Ensino de Física, Educação Ambiental.
144
O ENSINO DE CIÊNCIAS E MATEMÁTICA PARA ALUNOS COM
NECESSIDADES ESPECIAIS
Larissa Maciel do NASCIMENTO1 ([email protected]); Taynná Nayara Barreiros
ARRAIS2; Flávia Pereira da ROCHA
3; Andrey Gomes MARTINS
4.
1,2,34Universidade do Estado do Pará, Departamento de Ciências Naturais – Belém, PA
Diferentemente do que o senso comum estabelece, alunos com necessidades educativas especiais
estão presentes em todos os níveis e em todos os ambientes escolares, e não apenas em escolas
especiais. As dificuldades de aprendizagem podem ter origem em uma ampla gama de fatores,
variando desde a inadaptação às metodologias tradicionais de ensino até questões de natureza
patológica. Nesse último caso, existem locais especializados, os quais adotam dinâmicas e
metodologias diferenciadas, visando proporcionar um ambiente que favoreça a aprendizagem
desses alunos. Tendo em vista a complexidade do assunto, objetivamos compreender
especificamente como se dá o ensino de ciências e matemática para os alunos que possuem algum
tipo de necessidade especial, matriculados na rede pública de ensino médio da cidade de Belém-PA.
Nossa proposta consiste em diversas etapas, norteadas por objetivos específicos. Em primeiro lugar,
procederemos com uma análise do currículo adotado pelas escolas, de modo a entender como o
conteúdo programático contempla a diversidade de indivíduos observada em sala de aula. Na
sequência, realizaremos uma análise mais profunda, levando em conta os papéis desempenhados
pelos diversos agentes do processo educativo. No ambiente escolar propriamente dito, isso inclui
alunos, professores, orientadores, gestores e corpo técnico. Além disso, também pesquisaremos as
ações, projetos e programas que têm sido desenvolvidos pelas organizações não governamentais
que atuam nessa área, assim como pela secretaria educação do estado do Pará, incluindo os cursos
de treinamento e capacitação oferecidos aos educadores, bem como as políticas de conscientização
e de preparação das escolas que irão receber alunos com necessidades especiais. Dessa forma,
teremos elementos que proporcionarão um diagnóstico da real situação da educação oferecida aos
alunos com necessidades educativas especiais, no contexto de nossa realidade local. Entendemos
que, na prática de sala de aula, os professores devam aplicar metodologias que auxiliem no
aprendizado de todos os alunos, incluindo aqueles com dificuldades de aprendizagem, os quais
exigem uma atenção ainda maior por parte dos professores. Criar metodologias de ensino capazes
de atingir a todos os alunos de maneira eficiente é uma das missões dos profissionais da educação,
constituindo-se como uma ferramenta para incluir, de fato, as crianças e jovens no processo
educativo, garantindo-lhes resultados satisfatórios no processo de ensino-aprendizagem. Com base
no exposto, nossa pesquisa visa dar conhecimento à sociedade acerca da realidade local do processo
de inclusão de alunos especiais em escolas regulares, tomando como referência o caso específico do
ensino das ciências e da matemática, contribuindo, assim, com o debate sobre uma questão tão
importante para o aperfeiçoamento cultural da sociedade paraense.
Palavras-chave: Ensino de Ciências Exatas e Naturais, Educação inclusiva.
145
O MUSEU DA IMAGEM E DO SOM COMO INSTRUMENTO DE
PRESERVAÇÃO DO MEIO AMBIENTE CULTURAL NO AMAPÁ
Edinaldo Pinheiro Nunes Filho¹ ([email protected]), Jaciléia Rocha de Vilhena¹
¹ Universidade Federal do Amapá – Programa de Pós Graduação Stricto Sensu em Direito
Ambiental e Políticas Públicas.
O Museu da Imagem e do Som do Estado do Amapá - MIS é um Museu Estadual que exerce um
importante papel junto à sociedade no registro, resgate e preservação do meio ambiente cultural do
Estado. Está vinculado à Secretaria de Cultura, na qualidade de Unidade de Execução Programática,
integrando a Coordenadoria de Preservação do Patrimônio Material e Imaterial desta Secretaria. Sua
atuação é na seara da preservação do patrimônio material e imaterial no Estado do Amapá, devendo
promover, preservar e estimular o resgate dessas memórias visuais e fonográficas, e, por
conseguinte, da identidade cultural do povo amapaense. Nesse sentido, o presente estudo visa
demonstrar a atuação do MIS enquanto instrumento de preservação do Meio Ambiente Cultural no
Estado do Amapá, e de que forma seu desempenho encontra alcance junto à Sociedade Amapaense.
Para diagnosticar de que forma o MIS tem contribuído no sentido de promover a preservação do
ambiente cultural amapaense buscou-se analisar a estrutura e seara de atuação do Museu, por meio
de uma pesquisa descritiva - analítica, de cunho qualitativo, embasado em pesquisa bibliográfica,
entrevistas e registros fotográficos. O estudo apontou que, embora o MIS possua um alto grau de
resposta da sociedade à realização das atividades propostas, sua fragilidade de recursos técnicos e
humanos é evidente, sendo sua estrutura museológica fortemente vinculada à administração do
Estado. Portanto, a pesquisa identificou a necessidade de fortalecimento dos mecanismos
administrativos e jurídicos, para que se possa possibilitar ao MIS exercer efetivamente seu papel de
difusor da identidade e memória do povo amapaense.
Palavras-Chave: Museu da Imagem e do Som. Identidade. Preservação do Meio Ambiente
Cultural. Amapá.
146
OS IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS CAUSADOS PELO USO DE
AGROTÓXICOS NA COMUNIDADE NOSSA SENHORA APARECIDA –
CONCÓRDIA DO PARÁ.
Antonio Denilson Leandro da Silva1 ([email protected]).
1Universidade do Estado do Pará, Centro de Ciências Sociais e da Educação – São Miguel do
Guamá, PA.
A implantação de novas tecnologias no campo veio ganhando espaço, mas a que se desenvolveu de
forma alarmante, se baseia no uso extensivo de agrotóxicos que a cada dia vem sendo mais utilizado
pelos pequenos produtores agrícolas. Entretanto, sabemos que o uso de agrotóxicos e defensivos
agrícolas provoca alterações no meio ambiente, pois se observa que “[...] os agrotóxicos têm trazido
uma série de transtornos e modificações, atingindo a biota, água, solo entre outros ecossistemas
(RIBAS & MATSUMURA, 2009, p.149)”. Além disso, segundo Azevedo et al (2010),um outro
problema que preocupa com o uso indiscriminado destes produtos consiste no acúmulo ao longo das
cadeias alimentares, pois, acabam alterando o ambiente e consequentemente a vida dos seres vivos.
Com este trabalho, objetivou-se diagnosticar os impactos socioambientais na comunidade Nossa
Senhora Aparecida no município de Concórdia do Pará em decorrência do uso de agrotóxicos,
apontando os danos inerentes à saúde humana e ao meio ambiente, haja vista que a citada
comunidade possui um número considerável de pequenos agricultores. O método utilizado no
desenvolvimento da pesquisa baseou-se em um estudo de caso na comunidade citada acima, através
do uso de questionários como instrumento de coleta de dados aplicado a vinte moradores. Após a
coleta e análise dos dados, constatou-se que 100% dos produtores rurais fazem uso de algum tipo de
agrotóxico, demonstrando e refletindo assim, um dado preocupante. Os fatos demonstram que
problemas estão ocorrendo, tanto ao homem quanto ao meio ambiente, uma vez que a falta de
informação muitas das vezes leva muitas pessoas a utilizarem essa prática de forma indevida, sem o
uso de EPIs e o destino inadequado que acabam dando às embalagens de tais produtos.
Palavras-chave: Agrotóxicos, Diagnóstico, Impactos Socioambientais, Estudo de Caso.
147
O TRABALHO DE ARTESÃOS CERAMISTAS EM ICOARACI
(BELÉM/PA) NA DINÂMICA DA AMAZÔNIA BRASILEIRA
Doracy Moraes de Souza ([email protected])
FUNDACENTRO- Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho –
Belém/PA
O trabalho dos artesãos ceramistas no pólo produtor de artesanato no bairro do Paracuri, em
Icoaraci, Belém/PA retrata aspectos da dinâmica econômica da Amazônia brasileira. A opção por
este Campo de pesquisa deveu-se à concentração de cerca de 80 (oitenta) olarias, nas quais estão
cerca 220 (duzentas e vinte) pessoas na confecção de artesanato em cerâmica, em especial com
grafismo Marajoara. Metodologicamente, o estudo é referenciado pela abordagem crítico-dialética.
Como instrumentos de coleta de dados foram utilizados: a) documentos; b) observação da dinâmica
de trabalho nas olarias e entrevista semi-estruturada. Teve 24 (vinte e quatro) sujeitos da pesquisa,
assim estratificados: 15 (quinze) artesãos ceramistas, 08 (oito) vendedores de peças artesanais
confeccionadas em Icoaraci e 01 (um) gestor de órgão público responsável pela execução de
política pública destinada ao artesanato no Estado do Pará. O trabalho desses artesãos ceramistas é
determinado pela dinâmica econômica, social, política e cultural da Amazônia brasileira. Sendo
assim, a continuação desse trabalho no Estado do Pará relaciona-se a aspectos como: savoir-faire,
organização social em associações e cooperativas e ações pautadas na agenda das várias políticas
públicas, como: Turismo, Meio Ambiente, Indústria e Comércio. As particularidades desse trabalho
artesanal expressam que as condições precárias de trabalho e de vida dos ceramistas estão
relacionadas ao lugar que a Amazônia brasileira vem ocupando na divisão internacional do trabalho.
Assim, a trajetória histórica de exportadora de produtos primários traduz-se como limite à melhoria
das condições de vida e de trabalho desses artesãos, os quais trabalham em condições precárias e,
nessa condição, contribuem para a acumulação do capital.
Palavras-chave: Trabalho artesanal, Condições de trabalho, Amazônia brasileira
148
O TRABALHO DOCENTE EM QUESTÃO: AÇÕES, PRÁTICAS E
DESAFIOS EM EDUCAÇÃO SEXUAL
Jair de Oliveira SILVA¹ ([email protected]), Eleanor.G.S.PALHANO².
Danielly.C.G.LEITE¹;
¹Universidade do Estado do Pará- Belém, PA; ²Prof. Dra./ Orientadora Faculdade de Ciências
Sociais- UFPA; Depto. De Filosofia e Ciências Sociais/ Curso de Pedagogia- UEPA- Belém, PA.
A(s) temática(s) que envolve(m) a Sexualidade e Educação sexual tem-se configurado ao longo dos
anos um desafio aos profissionais da área educacional por várias questões, tais como: a formação
destes professores, a discussão de temas considerados tabus que conflituam com orientações
religiosas e familiares, as diversidades, os preconceitos, dentre outras. O presente trabalho tem por
objetivo verificar quais as ações desenvolvidas pelos professores de História, Línguas Portuguesa e
Biologia, na ótica do escolar adolescente de uma escola pública em Belém-PA, contribuem a
profilaxia de DST. A metodologia deste trabalho consiste no Estudo de caso com uma abordagem
qualitativa. Houve a aplicação de um questionário semi-estruturando a 13 sujeitos, 3 professores e
10 alunos (5 do sexo feminino,5 masculino entre 13 e 18 anos). O critério de escolha dos sujeitos
foi aleatório e a participação positive em relação ao estudo. Neste estudo preliminar, pode-se
evidenciar que a educação sexual é um grande desafio aos professores e, mesmo assim,
oportunizam ações educativas com base em atividades lúdicas que segundo Oliveira (1998) são
dinâmicas que assumem a forma de brincadeira e são muito úteis para se trabalhar em educação
sexual, pois privilegia a participação do aluno nas atividades. Apesar da tentativa, os docentes não
estão preparados para desenvolver ações educativas transdisciplinares. A escola estudada pode
reformular seu PPP e proporcionar em seu planejamento, a entrada de parceiros públicos da saúde
para, em conjunto, escola + comunidade + parceiro em saúde, desenvolverem atividades contínuas
sobre sexualidade e prevenção de doenças.
Palavras-chave: Formação de Professores, Educação sexual, Atividades lúdicas.
149
O USO DO LODO DE ESGOTO NA AGRICULTURA
Renan Antônio Maia BARBOSA
1 ([email protected]); Altem Nascimento PONTES
2
1Universidade Federal do Pará, Instituto de Tecnologia – Belém, PA
2Universidade Federal do Pará, Instituto de Ciências Exatas e Naturais – Belém-PA
A crescente população das cidades é importante produtora de diversos resíduos, os quais,
geralmente, permanecem no ambiente sem o adequado tratamento ou utilização que possibilite a
reciclagem. Dentre esses, se destaca o lodo de esgoto resultante do tratamento das águas servidas.
Por ser gerado em larga escala, esse resíduo é uma fonte constante de preocupação no que se refere
à contaminação ambiental. O uso agrícola desse resíduo tem sido recomendado por proporcionar
benefícios agronômicos, como elevação do pH do solo e aumento na disponibilidade de
macronutrientes, além de dispor de modo menos impactante o resíduo no meio ambiente. O lodo de
esgoto contém considerável percentual de matéria orgânica e elementos essenciais às plantas,
podendo substituir, ainda que parcialmente, os fertilizantes industriais, desempenhando importante
papel na produção agrícola e na manutenção da fertilidade do solo. No Brasil, experimentos com o
lodo são desenvolvidos, destacando o seu uso na recuperação de áreas degradadas e como
fertilizante em diversas culturas, como milho, feijão e cana-de-açúcar. A aplicação do lodo de
esgoto tratado vem sendo comprovada por trabalhos com diferentes culturas, como aumento de
produtividade na produção de grãos de milho, soja, feijão. Com base nesses estudos, conclui-se que
a aplicação do lodo de esgoto pode ser equivalente ou superior, em produtividade, ao adubo
mineral. Embora a utilização agrícola de lodo de esgoto se apresente como uma das alternativas
mais atrativas à disposição final desse resíduo, elementos tóxicos podem limitar sua aplicação em
virtude da possibilidade de contaminação do solo, dos sistemas aquáticos e da atmosfera,
aumentando o risco de transferência deles à cadeia alimentar. Portanto, é necessária uma séria
regulamentação para o uso deste resíduo no solo, assim como estudos que determinem os riscos
ambientais a curto e longo prazo considerando os teores dos elementos tóxicos encontrados.
Palavras-chave: lodo de esgoto, Agricultura, Produtividade.
150
PERCEPÇÃO DE DONAS DE CASA QUANTO AOS RISCOS
PROVENIENTES DA MANIPULAÇÃO DE ALIMENTOS INADEQUADA -
IMPORTÂNCIA NA PREVENÇÃO DE TOXINFECÇÕES ALIMENTARES
Suenne Taynah ABE SATO1 ([email protected]); Evelyn Azevedo PACHECO
1; Lilaine
de Sousa NERES1; Ranna Catarine da Rocha MONTEIRO
1; Luciane do Socorro Nunes dos Santos
BRASIL2; Michel Keisuke SATO
3.
1 Acadêmica do curso de Tecnologia Agroindustrial/Alimentos da UEPA/CCNT - Belém, PA.
2 Docente da UEPA/CCNT – Belém, PA
3 Acadêmico do Curso de Agronomia da Universidade Federal Rural da Amazônia – Belém, PA.
A contaminação biológica de alimentos é um problema de saúde pública no Brasil. E nas últimas
décadas, a alimentação tem sido motivo de preocupação mundial. A contaminação dos alimentos
pode ter várias origens, apresentando-se como principal causa a manipulação inadequada de
alimentos. Essa pesquisa foi realizada com 35 donas de casa, em uma escola localizada no
município de Ananindeua – PA, onde foi aplicado um questionário com 10 questões com respostas
em verdadeiro ou falso, previamente à palestra sobre alimentação segura, objetivando avaliar a
percepção quanto às práticas adequadas na manipulação de alimentos. Os resultados foram
calculados utilizando-se da estatística descritiva. Apesar de todas apresentarem a percepção dos
riscos do ato de não lavar as mãos antes de manipular os alimentos e de não lavar frutas e legumes
antes do consumo, quase a metade (42,8%) acreditam que não há possibilidade de disseminação de
micro-organismos através de panos de limpeza. Em relação às tábuas de corte, 20% afirmaram que
se pode usar a mesma para alimentos crus e para os cozidos; e 17,14% afirmaram que não há
problema em armazenar alimentos crus e cozidos juntos; 28,57% acreditam que os alimentos
cozidos não precisam ser reaquecidos completamente para o consumo, 42,86% disseram não haver
problema em deixar carnes cozidas em temperatura ambiente durante a noite para esfriar. Mais da
metade erraram as questões que afirmavam que, a refrigeração apenas retarda a multiplicação de
micro-organismos, e que a água pode ser identificada como potável pelo aspecto que apresenta. A
média de acerto foi de 73,43%. Apenas 17,14% acertaram todas as questões. Diante dos resultados,
considera-se que é necessário que o indivíduo tenha a percepção adequada do risco da atividade que
exerce a fim de modificar o comportamento e incorporar novas atitudes que aportem segurança,
contribuindo para diminuição de surtos de doenças transmitidas por alimentos (DTA). Para isso, a
melhor ferramenta para assegurar a qualidade dos alimentos é a educação e esclarecimento das
pessoas, quanto ao potencial patogênico microbiano.
Palavras-chave: Higiene dos alimentos, Práticas inadequadas, Conscientização.
151
PERFIL MICROBIOLOGICO DA FARINHA DE TAPIOCA PRODUZIDA NA
ZONA RURAL DO MUNICIPIO DE SANTA IZABEL DO PARÁ
Silas Rafael Figueiredo de ARAÚJO
1([email protected]); Eliane do Socorro Dornelas do
CARMO2; Paula Ondina Martins SOUZA
3; Tatiane Lopes de BARROS
4; Luana Carolina Pinheiro da
SILVA5; Pedro Soares de Amorim Junior
6.
1Universidade Federal do Ceará- Departamento de Tecnologia de Alimentos-Fortaleza-CE
2,3,4,5,6 Universidade do Estado do Pará-Centro de Ciência Naturais e Tecnologia-Cameta-PA
A farinha de tapioca faz parte do hábito alimentar paraense. Caracteriza-se num alimento de alto valor
energético, possui teor elevado de amido, contém fibras e alguns minerais, além de garantir o sustento
de muitas famílias na região amazônica. Frente à importância econômica e nutricional deste produto,
com o presente trabalho, objetivou-se traçar e evidenciar o perfil higiênico sanitário da produção de
farinha de Tapioca em cinco unidades processadoras localizadas no município de Santa Izabel do Pará,
além da caracterização microbiológica e identificação de possíveis perigos físicos no produto, bem
como realizar um estudo detalhado da produção local, com o intuito de avaliar a qualidade do produto
comercializado e disponível a população, esperando com isso fornecer para os consumidores
informações referentes às condições higiênicas das unidades processadoras, as peculiaridades
microbiológicas e método de obtenção da farinha de tapioca. Os resultados obtidos com aplicação da
lista de verificações adaptada da resolução RDC nº 275/02 mostraram que quanto às condições
higiênicas sanitárias, todas as unidades avaliadas foram agrupadas no grupo 3 (0 a 50% de atendimento
aos itens avaliados), estando distantes do mínimo exigido pela legislação para estabelecimentos
produtores/Industrializadores de alimentos. De acordo com as analises microbiológicas realizadas
(Coliformes a 45ºC, Bacillus Cereus e Salmonellas), as amostras de farinha de tapioca encontram-se
nos limites estabelecidos pela legislação RDC nº12 ANVISA. As amostras submetidas à pesquisa de
sujidades e perigos físicos encontram-se em desacordo com o especificado na resolução CNNPA nº12
e resolução RDC nº175, pois em todas as amostras foram detectadas sujidades como pedras,
fragmentos de madeira, inseto e material não identificado(estranho).
Palavras-chave: Farinha de Tapioca, higiene e características microbiológicas.
152
PLANO DE COMBATE A DENGUE NO MUNICÍPIO DE PARAGOMINAS-
PA
1Tiego dos Santos SILVA ([email protected]),
1Odineia Barrozo TEIXEIRA,
1Lilian
1Natalia Ferreira de LIMA, Maria Aparecida de Melo COSTA.
1. Universidade do Estado do Pará, Centro de Ciências Sociais e Educação- Paragominas,PA.
As doenças infecciosas têm contribuído para vários problemas sociais no mundo; a dengue, por
exemplo, têm sido motivo de preocupação em Paragominas, visto que, nos últimos meses houve um
grande surto da doença. Segundo a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) a dengue atingiu
7.264 número de casos confirmados no Pará entre janeiro a maio de 2011, desse total, 374
ocorreram em Paragominas; tais dados levaram a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) a lançar um
plano para combater a doença, o que, por sua vez, provocou o desenvolvimento deste trabalho; o
qual tem por objetivo mostrar a ação da SMS, através do plano de combate à dengue. Seu
desenvolvimento deu-se a partir de levantamento bibliográfico de caráter quali-quantitativo dos
casos de dengue em município. Posteriormente foram realizadas entrevistas na SMS, para obter
informações a respeito do plano de combate adotado. A pesquisa foi realizada em Paragominas-PA,
no período de maio a junho de 2011. Nos anos de 2008, 2009 e 2010 notificou-se 159,83 e 50 casos,
respectivamente, demonstrando o controle e diminuição da doença; mas entre janeiro a agosto de
2011, ocorreram 374 casos. Diante disso, a SMS traçou um plano de combate à dengue com
finalidade de identificar e erradicaar os locais com ocorrências de focos do Aedes aegypt;
disponibilizar telefones para denúncia dos possíveis criadouros; incluir medidas de combate e
prevenção nas escolas como transversalidade pedagógica; multar proprietários (com base na lei
municipal), que tenham terrenos propícios aos criadouros; visitar, através de 40 agentes de saúde, as
famílias, orientando-as na identificação de focos. Apesar do município já está trabalhando ao longo
dos anos com medidas preventivas, se fez necessário incluir mais propostas, como a lei municipal e
a inclusão da prevenção da dengue no âmbito escolar. Medidas como estas e a intensificação de
outras já realizadas, compõem o plano de combate à dengue, demonstrando a preocupação do órgão
de saúde, que torna satisfatório tal trabalho. Com isso, espera-se a redução de incidência de dengue
em Paragomias.
Palavras-chave: plano de prevenção, dengue, lei municipal.
153
POLÍTICAS PÚBLICAS, EVENTOS CLIMÁTICOS E IMPACTOS
SOCIOAMBIENTAIS: O CASO DAS ENCHENTES EM LARANJAL DO
JARI-AP
Alzira Marques Oliveira1 ([email protected]); Alan Cavalcanti da Cunha
2
¹Instituto de Pesquisa Científicas e Tecnológicas do Estado do Amapá, Amapá - AP
²Universidade Federal do Amapá, Amapá - AP
O objetivo do trabalho foi analisar os impactos socioambientais causado por eventos
hidrometerologicos (chuvas intensas) na Bacia do rio Jarí (AP). Os eventos foram avaliados
segundo as ações de mitigação de danos empreendidas pelo governos federal, estadual e municipal.
Uma revisão da literatura foi necessária para subsidiar a analise tendo como referencia alguns
conceitos de risco social na atualidade, na qual se confrontam os eventos climáticos adversos e os
riscos da sociedade contemporânea. A metodologia de investigação consiste no uso de dados e
informações oficiais a partir de relatórios dos serviços prestados na ocorrência dos fenômenos, bem
como a análise de resposta, resgate, salvamento e assistência social para desalojados e desabrigadas
resultantes das enchentes. O principal documento analisado foi o relatório de avaliação de danos
(AVADAN) encaminhado a Secretaria Nacional de Defesa Civil do Ministério da Integração
Nacional. A partir das analises concluiu-se que as políticas de prevenção da Defesa Civil do Estado
do Amapá e do município de Laranjal do Jari têm tido dificuldade devido ao caráter reativo diante
às calamidades públicas causadas pelas enchentes. A mitigação de riscos de novos eventos extremos
deve ser associada ao comportamento da variabilidade climática naquela bacia. Há necessidade de
integração das políticas públicas existentes tendo como foco a redução dos efeitos catastróficos
desses eventos.
Palavras-chave: enchentes, clima, mitigação; Amapá
154
POSIÇÃO DA MALÁRIA NA ÁREA INDÍGENA: UM ESTUDO A PARTIR
DOS CASOS NO MUNICÍPIO DO OIAPOQUE-AMAPÁ
Paulo Roberto Rodrigues VIEIRA1 ([email protected]); Rosemary Ferreira de
ANDRADE2
1,2 Universidade Federal do Amapá, Programa de Mestrado em Desenvolvimento Regional –
Macapá, Amapá.
No Brasil, aproximadamente 99% dos casos de malária se concentram na Amazônia Legal, onde as
condições sócio-econômicas e ambientais favorecem a proliferação do mosquito do gênero
Anopheles, vetor da doença. Nas Terras Indígenas (TI) do Estado do Amapá esta endemia se
mantém com incidência elevada, sendo responsável por 57,75% das notificações de malária
registradas em 2009 no município de Oiapoque. Nesse contexto voltou-se o estudo para esta área
com o objetivo de descrever a distribuição dos casos de malária na área indígena do município de
Oiapoque no período de 2003 a 2010 utilizando como suporte os dados disponíveis no Sistema de
Vigilância Epidemiológica da Malária (SIVEP). Também a partir da utilização do Sistema de
Informações Geográficas (SIG) espacializou-se os casos detectados em campo no período de 2010 a
2011. O método utilizado foi o estudo observacional descritivo com abordagem quantitativa e
qualitativa. A partir da seleção das aldeias pelo IPA e localização geográfica, foram selecionadas as
aldeias Cariá, Kumarunã, Kamuywá, Uahá e Espírito Santo. Assim, diante dos dados obtidos pelo
SIVEP no período de 2003 a 2010, estas aldeias contribuíram com 35,80% da autoctonia e o
Plasmodium Vivax esteve presente em 88% dos casos. Portanto, constatou-se a partir de 2005,
incremento no IPA e a redução de casos em todas as aldeias em 2010. Entretanto, a aldeia Kamuywá
apresentou curva ascendente nesse indicador para 1035,29/1000 habitantes neste ano. Os resultados
demonstraram que atividades de subsistência e de lazer em horário propício ao repasto sanguíneo
dos Anophelinos e atuação tímida dos Agentes Indígenas de Saúde - AIS, na sensibilização da
comunidade para a promoção e prevenção em saúde foram fatores condicionantes à manutenção da
malária nessas áreas.
Palavras-chave: Amapá, área indígena do Oiapoque, Malária, Espacialização.
155
PRINCÍPIOS DO DIREITO AMBIENTAL E A PECUÁRIA BOVINA
EXTENSIVA NA AMAZÔNIA
Rodrigo Sousa dos SANTOS¹ ([email protected])
¹Universidade Federal do Pará, Bacharel em Direito pelo Instituto de Ciências Jurídicas –
Belém/PA.
A partir de TCC, constatou-se que o avanço da pecuária extensiva tem se dado de maneira predatória na
região Amazônica, com pouco ou nenhum uso de tecnologias que prevejam ou mitiguem os impactos
ambientais, bem como não incorporando no seu produto final (carne bovina e derivados) os custos
ambientais. Assim, indo de encontro a alguns dos mais relevantes princípios do Direito Ambiental. De
maneira que os princípios do Meio Ambiente Equilibrado (utilização racional do meio ambiente com
uso de tecnologias limpas que impliquem menos consumo de matéria e energia); Da Precaução – (art.
225, §1º, V, CF, as incertezas quanto a dimensão dos impactos impõem a defesa do meio ambiente
através da abstenção de poluir ou uso de técnica mais segura); Da Prevenção (perigo verossímil e
potencial exige a negativa de licença ambiental para atividades sabidamente poluidoras); e Do Poluidor-
pagador (o agente poluidor deve absorver os custos para prevenir, reparar e agir na repressão à
poluição), não são observados quando da implementação do modelo pecuarista extensivo. Por outro
lado, na perspectiva de defesa ambiental, dois projetos legislativos no Congresso Nacional pretendem
incentivar o uso de modelos menos agressivos, tal como a pecuária intensiva: um é Projeto de Lei do
Senado nº 474/2007 (o qual prevê incentivos na migração do sistema extensivo para intensivo) e o
Projeto de Emenda constitucional nº 353/2009 (Reforma Tributária Nacional – que traz bônus fiscais
para atividades menos poluidoras), dessa forma, diminuindo a pressão sobre áreas como a Amazônia.
Portanto, deve-se concluir, por uma análise jurídico-ambiental, pela inviabilidade da pecuária extensiva,
pois existem alternativas de intensificação da produção que são menos poluentes e onerosas para o meio
ambiente.
Palavras-chave: Princípios, Direito Ambiental, Pecuária bovina, Amazônia.
156
PROCESSO PARTICIPATIVO COMO FERRAMENTA PARA
ELABORAÇÃO DE METODOLOGIA DE CÁLCULO DE VAZÕES
ECOLÓGICAS COMO SUBSÍDIO A OUTORGA DE USO DAS ÁGUAS
PARA CONSTRUÇÃO DE HIDRELÉTRICAS NA AMAZÔNIA
Alzira Marques OLIVEIRA1 ([email protected]); Paula Verônica Campos Jorge
SANTOS²; Alan Cavalcanti da CUNHA3
¹Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Estado do Amapá, Amapá - AP 1, 2
Universidade Federal do Amapá, Programa de Pós graduação em Direito Ambiental e Políticas
Públicas – Amapá – AP
A vazão ecológica é utilizada no Brasil como ferramenta para determinação do objeto de outorga
das águas. Atualmente no país as entidades legitimadas a fornecerem a outorga, ou seja, a ANA
(Agência Nacional de Águas) e as SEMAs (Secretarias Estaduais de Meio Ambiente), utilizam-se
de metodologias que abordam apenas critérios estatísticos fundamentados em dados hidrológicos.
Segundo a literatura especializada tais métodos não são suficientes para manter a quantidade e
qualidade de água em padrões que garantam seus usos múltiplos, principalmente quando esses usos
estão relacionados aos usos ecológicos que de maneira geral são negligenciados pela atual
legislação de águas do país e pelos métodos usualmente utilizados. No cenário internacional a
tendência é a criação de métodos holísticos para o cálculo dessas vazões, países como Estados
Unidos, França e na África do sul a vazão ambiental é tratada como prioridade máxima quando da
gestão das águas, mas que para que o assunto seja tratado com a atenção que merece cada vez mais
se utilizam os processos participativos, pois a comunidade não vai se opor às decisões que ajudaram
a tomar. Desta forma o processo participativo foi utilizado como forma de desenvolvimento de uma
metodologia holística para a determinação da vazão ambiental na região Amazônica considerada a
última fronteira hidroenergética do país. A metodologia utilizou-se de reunião com várias
instituições utilizadoras da água e da comunidade envolvida. Na ocasião cada representante recebeu
material informativo da importância da vazão ambiental e uma discussão foi criada para que se
chagasse a uma conclusão afinal. Esse procedimento foi realizado em diferentes bacias
hidrográficas da região amazônica, de forma que o resultado final indicou que a vazão ecológicas
deve ser calculada baseado em particularidades locais de cada bacia hidrográfica, assim como
aspectos sociais, ecológicos, econômico e culturais devem ser considerados de forma específica em
cada bacia a ser estudada, visto que a região amazônica é detentora de inúmeras particularidades.
Palavras-chave: Vazão ecológica, Métodos holísticos, Processo participativo e Amazônia.
157
PROCESSOS DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A UM PORTADOR DE
HANSENÍASE ACOMETIDO POR SEQUELAS.
Ana Caroline Araujo CAMPOS¹ ([email protected]); Juliana De Oliveira BEZERRA¹;
Edilaine Lélis LIMA¹; Juma Albuquerque Rocha de SOUSA¹; Cristiane Cardoso SANTOS¹;
Marcelle Patrícia Oliveira PINTO¹.
1
Universidade do Estado do Pará, Centro de Ciências Biológicas e da Saúde – Tucuruí, PA.
Introdução: Apesar do tratamento da Hanseníase (MH) ser oferecido gratuitamente na rede de
atenção básica de saúde, tem se tornado um problema muito preocupante, pois as pessoas que se
descobrem portadoras nem sempre seguem o tratamento até sua finalização e acabam
desenvolvendo problemas secundários. Objetivo: Descrever os processos de assistência de
enfermagem a um portador de MH. Método: Acompanhamento de caso clínico de um paciente
(E.C.R.) acometido por MH, internado na Clínica Médica do Hospital Regional de Tucuruí. Após a
orientação sobe os procedimentos e objetivo, o paciente assinou o termo de compromisso livre e
esclarecido e concordou participar voluntariamente do estudo. Foram realizados métodos de
observação direta da atuação dos profissionais de enfermagem e entrevista semiestruturada ao
paciente. Resultados: Através dos métodos utilizados, foram encontrados os seguintes processos de
intervenção de enfermagem ao paciente: promoção do banho diário; observar e relatar sinais
de infecção; monitorizar fluidos e eletrólitos; controle sobre possíveis exposições a doenças
transmissíveis; oferecimento de aporte nutricional; observação de aspectos alterados na pele, e;
monitorização dos sinais vitais. O paciente em sua entrevista relatou um bom atendimento por parte
da equipe. Conclusão: Foi perceptível que a humanização na assistência faz toda diferença, sendo
fundamental no tratamento e recuperação dos pacientes, como a exemplo o Sr E.C.R. Pois por meio
das práticas empregadas, o paciente relatou se sentir amparado e diferenciado, fazendo com que
acreditasse ainda mais em sua reabilitação.
Palavras-chave: hanseníase, tratamento, assistência de enfermagem.
158
PROJETO MÚSICA E CIDADANIA: A MÚSICA COMO INSTRUMENTO
DE INCLUSÃO SOCIAL DAS PESSOAS COM NECESSIDADES ESPECIAIS
Ciro Cesar da Silva LOPES¹ ([email protected])
¹Faculdade Internacional de Curitiba – Belém, PA
Este trabalho versa sobre uma experiência pedagógica em educação musical apresentada no
trabalho de conclusão de curso (TCC) intitulado “Projeto Música e Cidadania: A Música Como
Instrumento de Inclusão Social das Pessoas com Necessidades Especiais”. O TCC veio responder o
seguinte problema: Como ocorre o processo de musicalização de pessoas com necessidades
especiais (PNE‟s) junto a pessoas em situação normal de aprendizagem no Projeto Música e
Cidadania Pólo VI–Associação Paraense das Pessoas com Deficiência (PMC Pólo VI-APPD)? Teve
como objetivo geral: realizar um relato sobre a experiência no PMC Pólo VI-APPD, analisando os
resultados do ensino de música para PNE‟s junto a pessoas em situação normal de aprendizagem.
Os objetivos específicos foram: descrever o PMC Pólo VI–APPD, descrever as experiências vividas
no cotidiano do PMC Pólo VI–APPD, descrever as formas de ensino utilizadas durante o processo
de musicalização e descrever os alunos em destaque e as principais apresentações do PMC Pólo VI–
APPD. A metodologia utilizada foi: pesquisa bibliográfica, na qual foi realizado um levantamento
de obras (livros, artigos, monografias e revistas) e pesquisa de campo que foi realizada no PMC
Pólo VI–APPD. As técnicas de coleta de dados, a partir das experiências pedagógicas dos anos de
2007, 2008 e 2009, foram: descrição de observações, relatos e análise de memórias, análise dos
alunos em sala de aula, entrevista e aplicação de questionário com os alunos, professores e pais. Os
principais resultados foram: ensino de música para PNE‟s, bem como relato dos erros e acertos
durante o processo. A conclusão do TCC apontou que o PMC Pólo VI-APPD contribui, através do
acesso à aprendizagem de música, para propagar a bandeira da inclusão das PNE‟s.
Palavras-chave: Ensino de música. Inclusão social. Pessoas com necessidades especiais.
Pessoas em situação normal de aprendizagem. Projeto Música e Cidadania
159
QUALIDADE FÍSICO-QUÍMICA E MICROBIOLÓGICA DE LEITE DE
BÚFALAS “CRU” NA AMAZÔNIA ORIENTAL
Suely Cristina Gomes de LIMA1 ([email protected]); Lilaine de Sousa NERES
2; José de
Brito LOURENÇO JÚNIOR2; Luciane do Socorro Nunes dos Santos BRASIL
2; Benjamim de
Souza NAHÚM3; Alexandre Rossetto GARCIA
3.
1Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará – Castanhal, PA.
2Universidade do Estado do Pará, Centro de Ciências Naturais e Tecnologia – Belém, PA.
O leite é um alimento indispensável à dieta humana, por isso deve ser produzido com qualidade,
isento de impurezas e bactérias. Na Amazônia Oriental, a maioria das pequenas propriedades utiliza
a ordenha manual, processo ineficiente e que compromete a qualidade nutricional e microbiológica
do leite. O objetivo desta pesquisa foi analisar o leite “cru” de búfalas leiteiras, ordenhadas
manualmente. Foram colhidas amostras para leite cru, em função de diferentes ordenhadores, para
análises físico-químicas e microbiológicas. As médias das análises físico-químicas foram: acidez
titulável em ácido láctico (039%), umidade (82,94%), resíduo seco (17,06%), cinzas (0,72%), pH
(6,2) e prova de amido (negativo). As análises microbiológicas para Salmonella spp (ausência em
25 mL), coliformes a 45°C (240 a >1100 NMP/mL) e bactérias mesófilas (1 x 105 UFC/mL). Os
resultados para acidez e resíduo seco das amostras de leite de búfalas “cru”, não estão em
conformidade com a Instrução Normativa N° 51, de 18 de setembro de 2002. A média para pH
resultou em valor próximo à neutralidade e faixa ideal de crescimento microbiológico. Os
resultados para Salmonella spp estão em conformidade com a legislação vigente, porém, para
coliformes a 45°C, ocorreu não conformidade (máx. 10 NMP/mL), o que indica risco para a saúde
do consumidor. O valor aceitável para bactérias mesófilas no alimento é de 106 UFC/mL, portanto o
valor determinado neste trabalho indica contaminação alimentar, provavelmente ocasionada por
procedimentos higiênicos sanitários ineficientes, no processo de obtenção da matéria-prima.
Palavras-chave: Controle de qualidade, ordenha manual, pequenos produtores, produto
origem animal.
160
QUANTIFICAÇÃO DE PROTEÍNAS TOTAIS EM FOLHAS DE Mangifera
indica PELO MÉTODO DO BIURETO
Alessandra Balbina de ALMEIDA1 ([email protected]); Marcelle Fernanda Santos
CORRÊA1; Daniel da Silva FERREIRA
1; André Matsumura SILVA
2; Cristine Bastos do
AMARANTE3
1Aluno Especial do Mestrado em Ciências Ambientais da Universidade do Estado do Pará, Centro
de Ciências Naturais e Tecnologia – Belém, PA. 2Aluno do Curso de Engenharia Ambiental da Universidade do Estado do Pará, Centro de Ciências
Naturais e Tecnologia – Belém, PA. 3Pesquisadora do Museu Paraense Emilio Goeldi, Coordenação de Ciências da Terra e Ecologia –
Belém, PA.
Há relatos na literatura de que as folhas de mangueira (Mangifera indica) podem ser úteis na
nutrição de ruminantes como um alimento não convencional, o que vem ganhando espaço nos
últimos anos por ter o potencial de atender às necessidades de pequenos produtores. Nesse sentido,
este trabalho teve como objetivo quantificar o teor de proteínas totais em folhas de mangueira por
espectroscopia na região do ultravioleta visívels (UV/VIS) utilizando o método do biureto. As
ligações peptídicas das moléculas de proteínas reagem com o biureto formando um complexo de
coloração violeta que pode ser medido por espectroscopia na região UV/VIS tendo o ponto máximo
de absorbância em = 545 nm. Aproximadamente 2,000 g das folhas secas e pulverizadas foram
maceradas com 20 mL de água destilada e 1 mL de NaOH 0,5 N. A mistura foi aquecida em banho-
maria por 3 minutos e, após filtrada, transferida para balão volumétrico de 50 mL. Alíquota de 1 mL
da solução-amostra foi transferida para tubo de ensaio onde foram adicionados 4 mL do reativo
biureto. Após homogeneização e repouso de 30 minutos a amostra (em triplicata) foi lida à 545 nm
em espectrômetro UV/VIS (modelo DB 1880S, Spectro Vision). Para a construção da curva
analítica foram utilizadas soluções de concentrações crescentes da proteína soro albumina bovina
(marca Sigma, Ref. A2153). Pela análise de R2
(0,9955), a curva analítica obtida (
0012,001087 xQ ) apresentou boa linearidade dentro da faixa avaliada (0,0 – 10,0 mg mL-1
). O
resultado obtido neste trabalho (9,10%) foi próximo ao teor de proteína encontrado na literatura
(7,50%) em estudo do aproveitamento das folhas desta árvore na nutrição de ruminantes. A
diferença entre os resultados pode ser atribuída a vários fatores entre eles: as condições
edafoclimáticas, variedades diferentes da espécie Mangifera indica, método analítico utilizado. O
método Kjeldahl é o mais utilizado para a determinação de proteínas, porém é uma determinação
indireta onde é quantificado o Nitrogênio total e, por estimativa, o teor de proteína. O método do
biureto, por reagir apenas com a ligação peptídica, é um método mais específico e seletivo.
Palavras-chave: Mangifera indica, Método do Biureto, Teor de Proteínas, Espectrometria
UV/VIS, nutrição de ruminantes.
161
QUELÔNIOS AMAZÔNICOS: ALGUMAS AMEAÇAS À CONSERVAÇÃO
DE Podocnemis expansa E Podocnemis unifilis
Adriana MALVASIO1 ([email protected]); Adson Gomes ATAÍDES
2
1,2
Universidade Federal do Tocantins, Mestrado em Ciências do Ambiente – Palmas, TO.
Os vários projetos de aproveitamento hidrelétrico estão entre as ameaças às populações de
quelônios amazônicos. Este trabalho estudou as populações de Podocnemis expansa e P.unifilis,
evidenciando a abundância relativa no Rio Araguaia (municípios Araguanã e Xambioá-TO), e no
Rio Tocantins, (município Tucuruí- PA). Na captura utilizaram-se os métodos: mergulho; batição,
cacuri (covo); capa-saco; boinha; pesca com linha comprida e anzol sem fisga; e arrasto de rede.
Foram 160 horas de amostragem em 2.009, considerando-se como abundância relativa, o número de
exemplares coletados/número de horas de captura. Coletou-se 42 e 101 espécimes, respectivamente,
de P. expansa e P. unifilis. Observou-se que os trechos no rio Araguaia correspondentes às Áreas 1
(Araguanã/Santa Isabel) e 2 (Santa Isabel/Antonina) foram os que apresentaram maior abundância,
com 1,31 e 1,32, respectivamente, espécimes capturados. Em contrapartida, no Rio Tocantins, entre
às cidades de Marabá e Itutpiranga-PA (Área 3) coletou-se apenas 0,50 espécimes; e na região a
jusante da UHE de Tucuruí (Área 4) 0,13 indivíduo. Nessas áreas (3 e 4) também não foram
capturados exemplares de P. expansa. A baixa coleta pode ser explicada pela sobrexploração dos
quelônios ou que as alterações do regime hidrológico do Rio Tocantins após a construção da UHE
de Tucuruí, causaram impactos negativos não superados pelos quelônios, principalmente a jusante.
O volume de água do Rio Tocantins a jusante de Tucuruí é modificado diariamente e produzindo a
“maré” (aumento/diminuição do nível das águas do rio). Isso pode afetar a reprodução dos
quelônios, pois, há uma sincronização entre o regime de vazante e enchente das águas dos rios da
Amazônia, desencadeando o comportamento de nidificação. Assim, estudos de longo prazo podem
fornecer informações aplicáveis à conservação desses animais.
Palavras-chave: Tartaruga-da-Amazõnia, Tracajá, Preservação, Ecologia Populacional.
162
QUÍMICA VERDE E BIOCATÁLISE − DESENVOLVIMENTO DE
TECNOLOGIAS LIMPAS
Krisnna Mariana Aranda ALVES ([email protected]); Suanne Elen Lobo MONTEIRO;
Luana Cristina Silva OLIVEIRA; Meriam Miranda Mescouto FILHO; Marineth da Conceição
Silgueira MELO; Genilza Feliz MACIEL.
Universidade Federal do Pará, Instituto de Ciências Exatas e Naturais – Belém, PA.
Dentro da problemática industrial vigente, um dos principais problemas que se evidencia é o grande
volume de efluentes tóxicos gerados por vários processos químicos. Neste contexto, um dos
maiores desafios em todas as áreas da química tem sido o de incremento de tecnologias cada vez
menos prejudiciais ao meio ambiente, as chamadas tecnologias limpas. Inserida neste cenário está a
Química Verde, que pode ser definida como o desenho, desenvolvimento e implementação de
produtos químicos e processos para reduzir ou eliminar o uso ou geração de substâncias nocivas à
saúde humana e ao ambiente (LENARDÃO et al., 2003). Dentre os princípios que a regem, a
biocatálise tem se destacado como chave para o desenvolvimento sustentável no contexto da
inovação tecnológica. A biocatálise refere-se ao uso de enzimas ou células como catalisadores para
a síntese de moléculas orgânicas. A redução do impacto ambiental e a grande seletividade dos
processos enzimáticos a inserem no âmbito da Química Verde. Neste trabalho, o objetivo foi
estabelecer uma relação entre a Química Verde e a biocatálise a fim de verificar a contribuição,
desta última, para o desenvolvimento de tecnologias limpas e preservação ambiental. O presente
estudo foi realizado a partir de uma pesquisa bibliográfica utilizando artigos publicados em
periódicos indexados do banco de dados do Scielo e sites de universidades brasileiras. Os resultados
indicaram que a biocatálise torna os processos industriais mais rápidos, limpos e eficientes, pois
apresenta altos índices de pureza, minimiza a formação de subprodutos e reduz o consumo
energético, além de reduzir os impactos ambientais, características estas que se enquadram no que
diz respeito às tecnologias limpas.
Palavras-chave: Processos químicos, Impacto ambiental, Química Verde, Biocatálise,
Tecnologias limpas.
163
RELAÇÃO DAS TAXAS ANUAIS DE DESMATAMENTO COM A
PRODUÇÃO DE SOJA NO ESTADO DE MATO GROSSO
Silva do NASCIMENTO
1 ([email protected]); Micheli Silva GONÇALVES
1
([email protected]); Valvenarg Pereira da SILVA1
Leidimara da Silva SANTOS1 ([email protected]); Dionei José da SILVA
2
1 Mestrando (a) Ambiente e sistemas de produção agrícola, Universidade do Estado de Mato
Grosso (UNEMAT) – Tangará da Serra, MT; 2Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT)
– Reitoria.
O avanço agrícola tem sido um dos principais responsáveis pelo desmatamento do Estado de Mato
Grosso. A conversão da cobertura vegetal por atividades produtivas tem levado a uma diminuição
considerável da diversidade biológica, uma vez que vastas áreas são desmatadas para a implantação
de grandes monoculturas. O objetivo do presente trabalho foi relacionar as taxas de desmatamento
com a produção agrícola de soja no Estado de Mato Grosso entre o período de 2000 e 2009. Para
tal, foram utilizados dados secundários obtidos pelo Instituto de Pesquisas Espaciais (INPE),
Secretaria de Planejamento do Estado de Mato Grosso (SEPLAN-MT) e Companhia Nacional do
Abastecimento (CONAB). De 2000 a 2009 o total de superfície desflorestada no Mato Grosso
alcançou 6 milhões de hectares. Tais dados podem estar relacionados com o acelerado crescimento
da área plantada de soja entre 2000 e 2005, ocasionado pela alta dos preços da cultura. No mesmo
período ocorreu um crescimento das taxas anuais de desmatamento, sendo possível observar uma
forte correlação entre essas variáveis (r2= 0,96; F10,13= 46,35; p= 0,006). De 2006 a 2007 houve uma
redução de cerca de 17% da área plantada de soja no Estado, que pode estar relacionado com a
queda nos preços dos produtos agrícolas, especialmente grãos e carne. Nos anos de 2008 e 2009
observa-se um pequeno aumento da área plantada. A partir de 2006 nota-se uma redução gradual da
taxa de desmatamento no Mato Grosso, possivelmente devido à queda no preço da soja e a adoção
de planos, tais como o Plano Nacional de Mudanças Climáticas, que visam à redução do
desmatamento no Estado.
Palavras-chave: Agricultura, Soja, Desflorestamento.
164
RELAÇÕES ECOLÓGICAS ENTRE A FAUNA ICTIOLÓGICA E A
VEGETAÇÃO CILIAR DA REGIÃO LACUSTRE DO BAIXO PINDARÉ NA
BAIXADA MARANHENSE E SUAS IMPLICAÇÕES NA
SUSTENTABILIDADE DA PESCA REGIONAL
Naíla Arraes de ARAUJO 1 ([email protected]); Claudio Urbano Bittencourt PINHEIRO
2.
1 Universidade Federal do Pará, Núcleo de Altos Estudos Amazônicos – Belém, PA.
2 Universidade Federal do Maranhão, Departamento de Oceanografia e Limnologia, São Luís – MA.
A região lacustre de Penalva, na Baixada Maranhense, é formada pelos lagos Cajari, Capivari, da
Lontra e Formoso, que dão base em seus entornos, a uma diversificada vegetação ciliar. Esses
ambientes, sujeitos às influências de inundações sazonais, propiciam uma variedade de habitats para
abrigo, reprodução e alimentação de peixes. Algumas espécies de peixes ao se alimentarem de
frutos e sementes das espécies vegetais ciliares ajudam no processo de dispersão das sementes,
contribuindo para o sucesso reprodutivo das plantas. Esta pesquisa teve como objetivo estudar a
relação da fauna ictiológica da região lacustre de Penalva com a vegetação ciliar e suas implicações
na sustentabilidade da pesca regional. Mais especificamente, analisar a relação entre as diferentes
espécies vegetais e o período reprodutivo, alimentação e abrigo dos peixes, investigando quais as
espécies de peixes dependentes da vegetação ciliar e quais as espécies dispersoras de sementes. A
metodologia incluiu, em uma primeira fase, entrevistas com pescadores informantes-chaves,
utilizando-se questionários semi-estruturados para resgate e uso do conhecimento tradicional sobre
peixes e vegetação. Em uma segunda fase, foram realizadas coletas mensais de peixes nos lagos
Cajari e Capivari no período de abril de 2007 a junho de 2008, seguidas de análises laboratoriais.
Os resultados mostraram que os pescadores possuem conhecimentos apurados sobre a relação da
ictiofauna e a vegetação ciliar regional e evidenciaram a dependência entre peixes e plantas. Neste
estudo foram identificadas onze espécies de peixes dispersoras de sementes de onze espécies
vegetais ciliares. Na estação chuvosa, quando grandes áreas de vegetação encontram-se inundadas,
foi registrado o maior número de peixes com estômagos cheios e o maior número de machos e
fêmeas em estágio de maturação confirmando a importância da mata ciliar para a ictiofauna.
Palavras-chave: Matas Ciliares, Ictiofauna, Penalva, Relações Ecológicas, Sustentabilidade da
Pesca.
165
RELIGIOSIDADE TEMBÉ: TRANSFORMAÇÃO CULTURAL E O QUE
ISTO SIGNIFICA PARA A EDUCAÇÃO DAS NOVAS GERAÇÕES
Plumma Samanta Anhelo CORÊCHA
1Universidade do Estado do Pará, Centro de Ciências Sociais e Educação – Belém, PA
Esta pesquisa faz parte do Observatório da Educação Escolar Indígena, projeto da CAPES sobre os
povos indígenas do tronco étnico - lingüístico Tupi. Estudarei, dentro da minha área de graduação
que é as Ciências da Religião a história,a religiosidade, a cultura e os valores repassados de geração
em geração indígena, especificamente do povo Tembé, especificamente a Aldeia Sede, localizada
nas proximidades de Capitão Poço -PA. Tem como objetivo entender e analisar a história deste
povo, o contato com o homem branco, as influencias da religiosidade cristã, e como estas agem nas
novas gerações, que mudança trazem a este povo. Entender de que forma a religiosidade é vista
pelos Tembé e o que é religião para eles. Entender e analisar os processos educacionais de
transmissão de valores indígenas e o processo educacional não indígena (na forma de escola,
relação professor/aluno) e como isso influencia na mudança cultural sofrida por este povo. Com a
primeira visita realizada em 03 de novembro de 2011, podemos observar como este povo apresenta
forte influencia “branca”, nas roupas, nas casas (alvenaria, caixa d‟água, eletricidade), no modo de
agir (os homens fazem a barba, as mulheres depilam as sobrancelhas) e, como o enfoque deste
trabalho é a religião, podemos perceber também a clara influencia do cristianismo católico, com
cartazes de festas católicas (Festa de Santa Luzia, padroeira de Capitão Poço) colado no quadro de
avisos da escola da aldeia. Os traços de oralidade como expressões clamando por Deus e Nossa
Senhora, como bem conhecemos do meio católico, também estão muito presentes nesta população.
Palavras-chave: Religiosidade, História, Cultura, Educação, Povo Tembé.
166
RESPOSTAS DENDROMÉTRICAS ASSOCIADAS A VARIÁVEIS
CLIMÁTICAS PARA SUBSIDIAR ESTRATÉGIAS DE MANEJO
SILVICULTURAL EM PLANTIOS DE PARICÁ NO MUNICÍPIO DE DOM
ELISEU, PARÁ
Daiana Carolina Antunes MONTEIRO1 ([email protected]); Lucieta Guerreiro
MARTORANO2; Carlos Alberto VETTORAZZI
3; Silvio BRIENZA JUNIOR
2; Leila Sheila
LISBOA3; Milena Borges Santa BRÍGIDA
4
1 Escola Superior de “Agricultura Luiz de Queiroz”- ESALQ-CENA/USP - Ecologia Aplicada –
Piracicaba, SP. 2 Embrapa Amazônia Oriental - Belém, PA.
3 Escola Superior de “Agricultura Luiz de Queiroz”ESALQ/USP- Departamento de Engenharia de
Biossistemas – Piracicaba, SP. 4 Bolsista ITTO/Embrapa Amazônia Oriental - Belém, PA.
No Pará, em áreas com diversos indicadores de degradação do solo, a silvicultura tem auxiliado na
recuperação da paisagem. O município de Dom Eliseu, vem se destacando economicamente no
cenário nacional, devido a cadeia produtiva do Paricá (Schizolobium parahyba var. amazonicum
(Huber ex Ducke) Barneby). A espécie apresenta rendimento médio variando entre 60 a 100 m3. ha
-
1, sendo utilizada na produção laminados e derivados. Estudos apontam que a espécie responde a
condições topobioclimáticas específicas sob condição natural, preferindo áreas com deficiência
hídrica anual inferior a 180 mm (CAD=300 mm). Objetivando-se avaliar possíveis respostas
dendrométricas em plantios de Paricá, no período de maior deficiência hídrica, em Dom Eliseu, o
experimento vem sendo conduzido em parcelas (0,5 ha) para monitorar dados dendrométricos.
Neste trabalho apresentou-se dados de plantios homogêneos com 4 anos, na Empresa Rio Concrem,
em Dom Eliseu. Mensuram-se DAP (diâmetro a altura do peito) com fita métrica e alturas com
hipsómetro (Vertex), sorteadas para garantir a aleatoriedade. Foram utilizados dados topoclimáticos
da Embrapa Amazônia Oriental (base SIGclima) e dados dendrométricos de campo. Os resultados
evidenciam na faixa topotérmica altitudes que variam entre 0 a 400 m e temperaturas entre 26,3º a
27,4 ºC. Em outubro, chove em média 65,5 mm e os déficits hídricos atingem os 56 mm,
evidenciando necessidades de estratégias de manejo para reter e disponibilizar água às plantas.
Houve maior uniformidade em DAP e altura, em plantios com espaçamento 3 x 3,5 m com 81% das
árvores com DAP entre 14,1 a 20 cm, altura média comercial de 8,2 m e total de 13,6 m, indicando
a importância da interdisciplinaridade na detecção de respostas das plantas às condições climáticas
de uma região.
Palavras-chave: Dendrometria, Agrometeorologia, Manejo de florestas plantadas,
167
SABERES DA AMAZÔNIA: CULTURA, IDENTIDADE E EDUCAÇÃO NA
ESCOLA DO CAMPO JOÃO BRAGA DE CRISTO-NORDESTE PARAENSE
Laís Rodrigues Campos1 ([email protected])
1Universidade do Estado do Pará,Centro de Ciências Sociais e Educação– Belém, PA.
Este texto baseia-se em pesquisa que vem sendo realizada desde setembro de 2010 para construção
de uma monografia e atualmente faz parte de um projeto de iniciação cientifica sendo financiada
pelo CNPq, na Universidade do Estado do Pará, tendo como lócus de estudo a escola E.M.E.F João
Braga de Cristo, localizada a leste da rodovia PA-140 km 35,na comunidade Nossa Senhora das
Graças, ramal da Vila do Cravo,no município de Concórdia do Pará.Assim buscamos analisar como
os alunos dessa escola por meio de suas aulas nos ciclos do 1º ao 4º ano,fazem a compreensão do
seu espaço vivido através da representação social da identidade camponesa. Então a partir de
depoimentos e “observação participante‟‟, estamos verificando como esses alunos vêm
interpretando seu espaço vivido e como atribuem significados próprios a essa realidade a qual
pertencem, a partir da representação do território camponês enquanto seu espaço de vida. Dessa
forma buscamos apresentar a partir de nossos estudos preliminares como é trabalhado em sala de
aula os aspectos sócio-culturais do homem do campo, a partir das representações sociais
apresentadas pelos alunos do campo. Assim faz-se necessário compreender o conceito de campo,
que na visão de Fernandes (2005), é um espaço de vida multidimensional, em que a educação,
cultura, produção, trabalho, infra-estrutura, organização política, mercado, etc., são elementos que
constituem as dimensões desse território camponês. Desse modo, com este trabalho pretendemos
apresentar maior contribuição nas discussões teóricas referentes ao processo educativo no território
camponês.
Palavras-chave: Educação; Campo; Identidade; Cultura; Política.
168
SISTEMA DE INFORMAÇÃO DA COLEÇÃO ETNOGRÁFICA DO MUSEU
PARAENSE EMÍLIO GOELDI
Elcio Hiroyuki KADOSAKI1 ([email protected]); Marcos Paulo Alves de
SOUSA2([email protected]); Alegria BENCHIMOL³ ([email protected]).
Museu Paraense Emílio Goeldi, Instituição de Pesquisa de Ciências Naturais e Humanas – Belém,
PA.
A tecnologia da informação exerce um papel de importância nos processos de gestão da informação
dentro das instituições. Nesse contexto, o Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG) utiliza sistemas
de informações para documentar, organizar e divulgar dados a respeito das coleções científicas da
Coordenação de Ciências Humanas (CCH), o qual é responsável pelo processo de gestão dos
objetos etnográficos localizados nas dependências da Reserva Técnica Institucional. As coleções
etnográficas são consideradas documentos valiosos para a comunidade científica, que constituem
fontes de consulta imprescindível na área de ciências humanas, especificamente no campo das
pesquisas antropológicas. A documentação das coleções é importante devido às análises das
informações sob outras perspectivas, por diferentes especialistas, ensejando assim a produção de
outros estudos. Um dos grandes desafios da curadoria das coleções é a obtenção de sistemas de
informações capazes de oferecer processos de armazenamento, organização e controle de dados
etnográficos. Visando atender as necessidades de organização e gerenciamento das informações das
curadorias da CCH, implantou-se o SINCE (Sistemas de Informação da Coleção Etnográfica) com o
objetivo de oferecer serviços de gestão das coleções etnográficas do MPEG, que atualmente já
dispõem da base de dados das coleções Africanas e Índígena Kayapó-Iran Amiraire 1902. Este
trabalho tem como objetivo apresentar uma solução tecnológica para atender demandas de curadoria
etnográfica, mostrando arquitetura do sistema, seus processos e suas funcionalidades, além de
contribuir com o desenvolvimento da ciência da informação na instituição, produzindo e
disseminando conhecimentos históricos dos povos do Brasil, especialmente da província do Pará,
para a comunidade.
Palavras-chave: Ciência da Informação, Coleção Etnográfica, Gestão de Informação,
Tecnologia da Informação, Processo Organizacional.
169
SOCIEDADE, NATUREZA E PAISAGEM EM ESTUDOS
INTERDISCIPLINARES NA COSTA AMAZÔNICA
Cristina do Socorro Fernandes de SENNA¹ ([email protected]), Adalberto
Paula da SILVA¹, João Silva BARBOSA Jr¹, Stephanie Corrêa HOLANDA¹, Benedito de Souza
RIBEIRO Neto¹.
¹Museu Paraense Emilio Goeldi, Coordenação de Ciências da Terra - Belém, PA.
O presente trabalho tem como objetivo analisar as relações espaciais entre as diferentes
paisagens do município de Quatipuru – Pará, integrando-as ao conhecimento das populações
humanas sobre os ciclos da natureza, que se refletem na elaboração de estratégias de uso e
manejo dos recursos naturais, redefinindo cotidianamente suas percepções, atitudes e valores
sobre a diversidade ambiental. O enfoque metodológico da pesquisa é a Ecologia de Paisagem,
com a utilização do conceito de paisagem, então compreendida, no âmbito da análise geográfica,
como uma entidade natural que reúne atributos biológicos, litológicos, geomorfológicos,
edáficos, topográficos, sócio-culturais e econômicos, dentre outros. O Geoprocessamento
possibilitou uma visão holística da área de estudo, propiciando assim, uma análise em diferentes
escalas, que variaram do regional ao local. Para a validação dos resultados obtidos, os trabalhos
de campo são imprescindíveis, incluindo a aplicação de questionários semi-estruturados às
comunidades e o tratamento dos dados em laboratório. A área de estudo apresenta ambiente
continental, cuja paisagem inclui capoeiras, agricultura de subsistência, pastagens e maior
adensamento populacional em localidades. O ambiente flúvio-marinho apresenta maior
diversidade de paisagens, com campos periodicamente inundáveis, várzeas de maré, manguezais,
campos salinos e restingas. Há uma vasta riqueza cultural e arqueológica, com práticas de
manejo e registro dos processos antrópicos que afetam as paisagens. A pesquisa também
pretende avaliar as unidades de paisagem no âmbito do Ecoturismo e do Geoturismo, apontando
paisagens costeiras como potenciais áreas para a prática do turismo contemplativo, atuando
como promotoras da conservação ambiental na Planície costeira no Município de Quatipuru.
Palavras-chave: Ecologia de Paisagem, Ambientes costeiros, Geoprocessamento,
Conservação Ambiental, Ecoturismo.
170
SUBPRODUTO DO MURUMURU (Astrocaryum murumuru vr. murumuru
Mart.) NA ALIMENTAÇÃO DE RUMINANTES NA AMAZÔNIA ORIENTAL
Bruno Peres de MENEZES2; Laurena Silva RODRIGUES
2; José de Brito Lourenço JÚNIOR
3;
André Guimarães MACIEL E SILVA4; Stéfano Juliano Tavares de ANDRADE
4; Alexandre
Rossetto GARCIA5.
1Parte do projeto de dissertação do primeiro autor. Financiado pela Embrapa Amazônia Oriental e
CAPES (PROCAD NF 2008) 2Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal - UFPA/Embrapa/UFRA, Belém,
PA. Bolsista da Capes. Contato:
e_mail: [email protected] 3Docente da Universidade do Estado do Pará - UEPA, Belém, PA. e_mail:
[email protected] 4Docente da Universidade Federal do Pará - UFPA, Castanhal, PA. e_mail: [email protected];
[email protected] 5Pesquisador da Embrapa Amazônia Oriental, Belém, PA. e_mail: [email protected]
A avaliação de alimentos para o arraçoamento dos animais domésticos tem evoluído,
consideravelmente, nos últimos anos e o aumento da produtividade animal está diretamente
relacionado à qualidade da alimentação fornecida. Em regiões onde as condições climáticas
adversas prejudicam o desenvolvimento da atividade agropecuária, e geram baixos índices de
produtividade, há necessidade de fonte de proteína alimentar, de boa qualidade, com baixo custo e
oferta regular, que possa suprir as demandas produtivas dos animais. Desse modo, a utilização de
subprodutos da agroindústria surge como alternativa, que pode auxiliar na suplementação animal,
permitir ajustes na oferta de alimentos, ao longo do ano, elevar a capacidade de suporte das
pastagens e evitar a derrubada de novas áreas de florestas nativas, para expansão pecuária. Dentre
os subprodutos do extrativismo da região amazônica, destaca-se o murumuru (Astrocaryum
murumuru vr. murumuru Mart.), que pode compor dietas para ruminantes e minimizar os impactos
ambientais. Assim, este trabalho utilizou a torta de murumuru, subproduto da agroindústria
cosmética, para determinar o seu consumo voluntário, em ensaio metabólico com 20 carneiros, na
Unidade de Pesquisa Animal “Senador Álvaro Adolpho” (1º25‟S e 48º26‟W), da Embrapa
Amazônia Oriental, Belém, Pará. Foi usada a gramínea mombaça (Panicum maximum), como
volumoso. O delineamento foi inteiramente casualizado, com cinco tratamentos e quatro repetições:
Tratamento A (Controle) = 100% volumoso; Tratamento B = 90% volumoso + 10% de torta;
Tratamento C = 80% volumoso + 20% de torta; Tratamento D = 60% volumoso + 40% de torta; e
Tratamento E = 40% volumoso + 60% de torta. Constatou-se maior consumo de matéria seca (MS)
de torta de murumuru, nos animais do tratamento D, seguido pelos tratamentos C, E e B,
respectivamente, com médias de 152,11; 122,24; 97,21 e 52,65 gramas de MS/dia. Níveis de até
40% de substituição viabilizam o uso desse subproduto, como alternativa na suplementação
alimentar de ovinos.
Palavras-chave: Agroindústria, Nutrição, Suplementação, Alternativa alimentar.
171
TECNOLOGIAS AMBIENTAIS NOS ESTADOS DO ACRE, AMAPÁ E PARÁ
DESENVOLVIDAS POR INTERMÉDIO DO ENSINO A DISTÂNCIA
EM ESCOLAS DO ENSINO MÉDIO
Dulce Maria PEREIRA
1 ([email protected]);
Anselmo Rogério Lage dos
SANTOS2;
Diego ELIAS 3;
Yuri Tiradentes MURTA4 ; Amanda de Paiva SILVA
5;
1Universidade Federal de Ouro Preto , Centro de Ensino a Distância – Ouro Preto , MG.
2Universidade Federal de Ouro Preto , Centro de Ensino a Distância, ES – Ouro Preto , MG.
3Universidade Federal de Ouro Preto , Centro de Ensino a Distância, ES – Ouro Preto , MG.
4Universidade Federal de Ouro Preto , Programa Agenda 21-Eng. Metalúrgica - Ouro Preto , MG.
5Universidade Federal de Ouro Preto , Programa Agenda 21-Eng. Metalúrgica – Ouro Preto , MG.
O presente trabalho relata uma experiência de implantação de tecnologias ambientais nos estados do
Acre, Amapá e Pará. É referenciado no conceito de Escolas Sustentáveis. O curso de extensão de 90
horas, realizado de novembro de 2010 a setembro de 2011, atende às demandas de formação
continuada de professores do ensino médio. Foi desenvolvido pelas universidades federais o Mato
Grosso, Mato Grosso do Sul e Ouro Preto, realizado em 16 estados e no Distrito Federal e abrigou
cerca de 1600 cursistas assíduos, inscritos em 39 pólos da Universidade Aberta do Brasil. Articula
gestão, currículo e espaço construído com a consolidação de coletivos da comunidade escolar,
organizados em comissões denominadas COM-VIDAs. Objetiva associar a escola e a comunidade
na consolidação de processos por sociedades mais sustentáveis. Foram propostas tecnologias
ambientais, ou ecotécnicas, com a finalidade de apoiar a organização das escolas como espaços
educadores sustentáveis. O trabalho avalia a relevância das ecotécnicas na consolidação dos
objetivos do curso. Analisa os desafios e as possibilidades regionais para se desenvolverem
tecnologias locais que possam ser replicadas. Reflete sobre a utilização de conhecimentos
específicos de gestão ambiental locais, considerando, ademais, a seleção de materiais em cada um
dos estados. Inclui fundamentalmente os sub-temas: a utilização das tecnologias da informação e da
comunicação no ensino a distância; as ecotécnicas e a consolidação de conceitos de
responsabilidade ética, proteção e preservação ambiental; projetos de cursistas no Acre, Amapá e
Pará e o potencial de consolidação das ecotécnicas na implementação de políticas pública e, por
fim, reflexão sobre articulação de pesquisas futuras necessárias para o ecodesenvolvimento
regional.
Palavras-chave: Educação Ambiental, Ensino a Distância, Tecnologias Locais, Escolas
Sustentáveis e Com-Vida , Ecotecnologias.
172
UMA EXPERIÊNCIA INTERDISCIPLINAR NA FORMAÇÃO DE
PROFESSORES INDÍGENAS
Maria Aparecida da Rocha MEDINA
1 ([email protected]).
1Universidade Federal do Tocantins-UFT- (Curso Ciências do Ambiente- CIAMB ) Palmas,TO.
Este trabalho apresenta duas experiências vivenciadas com professores Xerente da Escola Indígena
Srêmtôwê, da Aldeia Porteira, e da Escola Indígena Waikarnãse, da Aldeia Salto, ambas situadas no
município de Tocantínia-TO. As ações aconteceram durante um encontro de Formação Continuada
nas aldeias, cujo objetivo era discutir com os professores o planejamento interdisciplinar,
relacionando os saberes tradicionais e culturais com os conhecimentos científicos, a partir de uma
prática dialógica e problematizadora. O primeiro relato narra a experiência sobre o manejo da
semente de tiririca pela comunidade indígena, da colheita à produção do artesanato. O segundo
aborda a problemática do lixo na aldeia, que, além de poluir os riachos tem causado danos à saúde,
principalmente das crianças e dos idosos. Em ambas os casos, os professores discutiram e
planejaram aulas interdisciplinares, nas quais o conteúdo foi entendido como eixo dialógico entre as
disciplinas e os níveis das turmas, de forma a tornar a aula mais participativa e significativa para os
alunos e a comunidade. Ao avaliar as atividades desenvolvidas, os professores afirmaram que o
Currículo da escola indígena, diferenciada e intercultural deve contemplar as experiências dos seus
antepassados, tanto no cuidado com a mãe terra, ventre que acolhe a semente para dar vida, quanto
na valorização dos saberes que caracterizam a escola indígena como diferenciada, bilíngue,
intercultural comunitária.
Palavras chave: Formação, professores indígenas, cultura, interdisciplinaridade
173
UM ESTUDO DA EVASÃO NA PÓS-GRADUAÇÃO BRASILEIRA POR
MEIO DA CORRELAÇÃO DE PEARSON: O CASO DA REGIÃO NORTE
Ananda Maira Ferreira do NASCIMENTO
1 ([email protected]); Altem Nascimento
PONTES2.
1Universidade do Estado do Pará, Mestrado Acadêmico em Ciências Ambientais – Belém, PA.
2Universidade do Estado do Pará, Centro de Ciências Naturais e Tecnologia – Belém, PA.
A pós-graduação compõe uma importante porção do ensino superior, pois proporciona expectativas
de continuidade de estudos para os recém graduados, possibilitando aos mesmos a produção de
conhecimento e experiência de ensino, pesquisa e extensão. Dentre as problemáticas enfrentadas
pela pós-brasileira estão à sua concentração em determinados estados e/ou regiões, e os índices de
evasão. Na região amazônica é perceptível a carência de profissionais qualificados, o que se torna
mais agravante somando-se às altas taxas de evasão de alunos matriculados na pós-graduação. Os
evadidos podem ser aqueles que abandonaram o curso por motivos diversos, ou ainda aqueles que
foram desligados dos programas sejam devido à reprovação, esgotamento do prazo de conclusão, ou
por falta de acesso a financiamento. Com isso, este trabalho objetivou correlacionar o número de
bolsas concedidas em 2007 pela CAPES, com o número de discentes titulados em 2009 nos cursos
de pós-graduação em nível de mestrado acadêmico da região amazônica. Assim, utilizou-se o
programa estatístico Biostat, v. 5.0, para a realização do teste de correlação de Pearson e de
regressão linear. Os resultados apontaram que, estatisticamente, houve uma correlação positiva
muito alta (r = 0,98, p < 0,001), com R2 = 0,96. Estudos de evasão norte-americanos demonstraram
que, de fato, estudantes que não obtiveram nenhum tipo de apoio financeiro eram os mais propícios
à evasão. No Brasil, é notória a tendência de diminuição de concessão de bolsas nos últimos anos,
de modo que, se este quadro permanecer, as taxas de evasão serão maiores no futuro. A concessão
de bolsas é importante, pois funciona como um estímulo para os alunos desenvolverem suas
pesquisas, além de permitir a subsistência dos mesmos ao longo do curso.
Palavras-chave: Mestrado; Concessão de Bolsas; Amazônia.
174
UM OLHAR SOBRE A CONSTRUÇÃO DA TERRITORIALIDADE RURAL:
IMAGENS E POESIA DO COTIDIANO
Benedito de Queiroz ALCANTARA([email protected])1
1Aluno do Programa de Pós Graduação - Mestrado em Políticas Publicas e Direito Ambiental-
UNIFAP, Professor de Filosofia-UEAP
Esse trabalho objetiva discutir as relações comunitárias nos Territórios Rurais do Estado do Amapá
através de imagens fotográficas colhidas em seu cotidiano. Esse trabalho é fruto de minha
experiência como Delegado Federal do Desenvolvimento Agrário no Amapá, onde pude participar
de inúmeros momentos com as comunidades rurais e assim colher uma série de imagens do seu
cotidiano rural, pois à medida que adentrava nos territórios rurais do Estado do Amapá, fui
percebendo momentos que revelavam toda uma produção territorial, toda uma tessitura, que gera
diversas interações, que desembocam em sistemas de malhas, de nós e de redes. Isso implica
encarar a questão do poder, que é inevitável e jamais inocente. Em tal produção a partir do espaço
vai se revelando uma imagem desejada ou mesmo projetada, que vai delimitando ou forjando
fronteiras, determinando uma escala de poder ou de poderes. A metodologia utilizada é uma
pesquisa descritiva, onde a coleta de dados se deu com a observação participante, para registrar o
cotidiano através de fotografias. O problema a ser resolvido parte do seguinte questionamento:
Como se processam as relações comunitárias nos territórios rurais? A hipótese inicial e confirmada
na análise, afirma que as relações são permeadas de poder, onde o papel dos atores sociais se
modifica constantemente influenciados pelas políticas públicas e por sua apropria organização
espacial, já que é na relação comunitária que podemos assistir a irrupção e a constituição de
“Territórios existenciais, que bem ou mal, suprem os antigos esquadrinhamentos rituais e religiosos
do socius “ (GUATTARI, 1990, p. 49). Assim, as imagens que compõem este trabalho formam um
mosaico de relações construídas na perspectiva de uma malha que entrelaça todo um conjunto de
fatores (humanos, econômicos, físicos, políticos, sociais, ambientais, enfim, existenciais) como
tessituras que se cortam e se recortam e sobre as quais, faço uma reflexão, tendo como foco as
relações de poder, o papel dos sujeitos sociais, suas visões de mundo e as interações com as
políticas públicas. Para cada grupo de imagens, busco traçar uma interface com poemas que
expressam a temática da terra. As referencias bibliográficas que apoiam minhas reflexões são:
ABRAMOVAY (2001), GUATTARI (1990), RAFFESTIN (1993), e SANTOS (2000). Como
considerações finais da minha pesquisa reflito que no esforço de concatenar a territorialidade com a
questão do poder, passando pela lente poética da relação com a conquista e posse da terra, é
possível perceber que fez-se necessário em tal análise, abraçar como instrumental possível de
interpretação, uma linguagem, entre tantas possíveis, para que a leitura aqui expressada revelasse
uma apreensão sincera de determinadas práticas territoriais, na elaboração mais do que possível da
existência humana. Sempre é tempo de caminhar, pois as botinas perfiladas estarão sempre à espera
dos pés que empreenderão os passos, largos ou não, pelas veredas já conhecidas ou ainda por
descobrir, projetando novas imagens territoriais, empoderando novas vivências e ressignificando
continuamente a vida individual e coletiva. Para Raffestin (pag. 153: 1993): ”Sem linguagem não há
leitura possível, não há interpretação, nenhum conhecimento sobre a prática que produziu o
território”, pois falar de relações, significa mediatizações, trocas, comunicações . São relações
existenciais ou produtivistas , que geram recortes, desenham fronteiras, e que, portanto, delimitam
exercícios de poder ou de poderes. Assim, as imagens apresentadas neste trabalho, como qualquer
imagem territorial, vão revelar as relações de poder, nas diversas escalas espaciais assentadas pela
territorialidade. São combinações simétricas ou dissimétricas, com ganhos e custos para as
comunidades.
Palavras-Chave: Territorialidade, poder, relações comunitárias.
175
USO DE SIG PARA MAPEAR EQUIPAMENTOS TURÍSTICOS NA ÁREA
RURAL DO MUNÍCIPIO DE CÁCERES/MT, BRASIL
Marcela de Almeida SILVA1 ([email protected]); Laís Fernandes de Souza NEVES
1;
Ronaldo José NEVES1; Rosália CASARIN
1; Sandra Mara Alves da Silva NEVES
1.
1Universidade do Estado de Mato Grosso, Laboratório de Geotecnologias, Grupo de Pesquisas
SERPEGEO UNEMAT - Cáceres, MT.
Os equipamentos de turismo são os destinados a programação turística em geral, associando
hospedagem, alimentação, recepção, transporte, dentre outras executadas em programações
diversificadas de lazer e recreação, construídas segundo as características geográficas, históricas e
culturais (BENI, 2001; BARRETO, 2001). Nesse sentido, o uso das ferramentas do SIG para o
mapeamento desses equipamentos, visou levantar informações e espacializar os equipamentos
turísticos existentes na área rural do município de Cáceres/MT, subsidiando o planejamento e
desenvolvimento da atividade turística local. Face ao exposto, utilizou-se pesquisa bibliográfica,
documental e pesquisa de campo com registro via fotografia. Os mapas foram gerados a partir de
bases cartográficas do Município e plotagem de pontos coletados em campo via GPS. A análise foi
realizada por meio de abordagens histórico-geográfica e econômica, na qual foram identificadas e
caracterizadas 20 equipamentos, que são os balneários: da Cachoeira da Piraputanga, Ponta do
Morro; as pousadas: Bambuzal, 2 de Ouro, da Dolina Água Milagrosa, Fordinho, Porto Conceição,
do Jauru, Recanto Arara Azul, Recanto das Águas, Santary, São Silvestre e a; as Fazendas:
Barranco Vermelho, Descalvados, Jacobina; os hotéis: Baiazinha, Barranquinho, Pantanal 3 Rios,
Recanto do Dourado, e o Pesque Pague Paraíso. Ao realizar este estudo, pode-se verificar a
necessidade de um planejamento estratégico para o desenvolvimento turístico nessas localidades,
tendo em vista que são propriedades que possuem muitos atrativos num só local, desenvolvem
atividades agropecuárias paralelas às turísticas, e constituem nessas estruturas geográficas grande
importância para o desenvolvimento socioeconômico, bem como para a formação histórica do
município de Cáceres.
Palavras-chave: Turismo, espacialização, ambiente rural, mapeamento, Cáceres/MT.
176
UTILIZAÇÃO DO SUBPRODUTO DO CUPUAÇU (Theobroma grandiflorum)
NA ALIMENTAÇÃO ANIMAL NA AMAZÔNIA ORIENTAL
Laurena Silva Rodrigues1 ([email protected]); Bruno Peres de Menezes
1; José de Brito
Lourenço Júnior2; André Guimarães Maciel e Silva
3; Stéfano Juliano Tavares de Andrade
3; Célia
Maria Costa Guimarães4.
1Pós-Graduação em Ciência Animal - UFPA/Embrapa/UFRA, Belém, PA.
2Universidade do Estado do Pará - UEPA, Belém, PA. 3Universidade Federal do Pará - UFPA, Belém, PA.
4Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnológica do Pará – Campus Castanhal.
Avanços tecnológicos na área da nutrição são importantes para elevar a produtividade animal e
permitem o desenvolvimento dos sistemas de produção animal, pois um dos principais entraves nos
sistemas de criação de ruminantes é a baixa rentabilidade da pecuária tradicional, onde não são
atendidas as demandas nutricionais, principalmente, devido ao período de estiagem, quando ocorre
redução da massa de forragem e diminuição do seu valor nutritivo, além da crescente demanda por
produtividade e competitividade no setor agropecuário. As agroindústrias geram grandes
quantidades de resíduos, que são considerados como custo operacional ou fonte de contaminação
ambiental. A alimentação é um dos principais componentes econômicos da produção, e os
resíduos/subprodutos agrícolas são formas de minimizar custos e alternativa na suplementação
animal. Assim, a torta de cupuaçu (Theobroma grandiflorum), subproduto do extrativismo e do
cultivo na Amazônia, pode compor dietas de ruminantes e minimizar impactos ambientais. Dessa
forma, foi avaliado o consumo desse subproduto da agroindústria cosmética, em ensaio metabólico,
com 20 carneiros, na Unidade de Pesquisa “Senador Álvaro Adolpho” (1º28′ S 48º27′ W), da
Embrapa Amazônia Oriental, Belém, Pará. O experimento foi conduzido em delineamento
inteiramente casualizadado, em cinco tratamentos e quatros repetições: Tratamento A (Controle) =
100% de volumoso (Panicum maximum); Tratamento B = 90% de volumoso + 10% de torta;
Tratamento C = 80% de volumoso + 20% de torta; Tratamento D = 60% de volumoso + 40% de
torta; e Tratamento E = 40% de volumoso + 60% de torta. As médias de consumo da torta de
cupuaçu, nos tratamentos E, D, C e B foram, respectivamente, 377,75; 245,25; 193,25; e 86,25
gramas de MS/dia. Níveis de 40% de substituição permitem o uso desse subproduto como
ingrediente na formulação de rações e constitui alternativa alimentar para ruminantes na Amazônia
Oriental.
Palavras-chave: Nutrição, Ruminantes, Torta, Preservação ambiental.