anais metodologias ativas

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Metodologias ativas ANAIS A APRENDIZAGEM COLABORATIVA NO ENSINO DA IMUNOLOGIA NO CURSO DE ENFERMAGEM DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ Lilia Maria Carneiro Câmara (apresentadora), Ivan Henrique de Ramos Castro, Débora Praciano Correia Férrer, Irene Lopes Mello, José Ájax Nogueira Queiroz, Max Victor Carioca Freitas [email protected] UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - UFC Em março de 2007, na disciplina Imunologia aplicada à Enfermagem, do 3º semestre do curso de Enfermagem da UFC, de 4 créditos, foi introduzida uma estratégia baseada na aprendizagem colaborativa. A disciplina, que era num único turno, passou a ocorrer em dois momentos de 2 horas, com um intervalo de 8 horas sem atividades. No primeiro momento, é ministrada uma aula teórica, seguida pela análise do problema, sob a supervisão do monitor, quando cada equipe procura explicar a patologia/situação em foco. Os alunos elaboram objetivos de aprendizagem, voltados para a disciplina de Imunologia, que guiam o estudo individual. No momento seguinte, as equipes resolvem o problema, seguido de uma plenária, na qual o problema é explicado pelos alunos, contruindo-se um mapa conceitual. Após a plenária, os alunos respondem a uma questão aberta somativa. Uma avaliação somativa, com 20 questões de múltipla escolha, é feita na 11ª semana, antecedida de uma formativa na 5ª semana. Para avaliar o processo, foi elaborado um questionário no qual se avalia: impressão sobre a disciplina, qualidade das atividades desenvolvidas e adequação do espaço físico, grau de aprendizagem nas atividades, qualidade e grau de aprendizagem das avaliações, utilização de livros-texto, relacionamento com o professor, com o monitor e entre os alunos. Foi utilizada a escala de Likert (de 1=nulo a 5=excelente), e o valor zero para “não quero opinar”. Os 32/33 alunos do semestre 071 responderam ao questionário. A média da impressão geral sobre a disciplina foi de 4,56 + 0,5. O item que recebeu menor pontuação foram as aulas teóricas, média 3,25 + 1,24. Enquanto que o uso de problemas teve a maior média de 4,78 + 0,42. O uso de problemas, como estratégia de aprendizagem, estimulou o uso de livros, integrou os conhecimentos básicos com a formação profissional e auxiliou na aprendizagem das outras disciplinas do mesmo semestre. Os itens espaço físico para essa atividade, o alcance dos objetivos de aprendizagem, a participação nas etapas de análise e resolução do problema, as avaliações, a participação do monitor, o relacionamento com o professor e sua importância na aprendizagem e o relacionamento dos alunos entre si, receberam, todos, médias acima de 4. Embora a estratégia ainda necessite de aprimoramento, os dados apontam para o êxito dessa iniciativa pioneira no curso de Enfermagem da UFC. A IMPLANTAÇÃO DE METODOLOGIAS ATIVAS NA SUPERVISÃO DE ESTÁGIO CURRICULAR EM SERVIÇO SOCIAL DO CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ Cristiane Muller Calazans (apresentadora) [email protected] CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ – CESUMAR O curso de Serviço Social do Centro Universitário de Maringá- CESUMAR, foi criado em 2002, e em 2003 iniciou as atividades do estágio supervisionado. O Serviço Social como uma das profissões da saúde, visa à integralidade do cuidado do usuário, relacionando a intersetorialidade das ações e o acesso aos direitos. Desde a implantação do curso, o enfoque está voltado para a formação de profissionais que pensem criticamente e que tenham condições para exercer seu papel na sociedade, principalmente dentro das políticas sociais, garantindo a participação popular. A partir dessa visão, buscou- se novas alternativas que viessem possibilitar uma formação em consonância com as diretrizes curriculares dos cursos na área da saúde. O objetivo desse trabalho consiste em apresentar a inserção dessas metodologias ativas na disciplina de Estágio Supervisionado I e II, no Curso de Serviço Social do CESUMAR. O Estágio em Serviço Social, tem uma característica de que cada aluno está inserido em um espaço sócio- institucional diferente, sem a presença direta do professor, mas do profissional que está no espaço ocupacional e retorna à escola para a supervisão de estágio. Utilizamos situações vivenciadas pelo aluno no campo de estágio, problematizando-as, teorizando-as e propondo intervenções; o portifólio como avaliação em processo. Anteriormente a esse processo, o centro do saber permanecia no professor como detentor do saber e o aluno o que recebe esse conhecimento. Podemos perceber os resultados da inserção dessas metodologias na disciplina, pois trouxe uma proximidade entre ensino e a realidade social em que o aluno está, viabilizando processos de mudança nos campos de atuação e na visão técnica de ambos, contribuindo para a formação do ethos profissional de cada um, sendo as metodologias ativas um renovar do pensar a profissão e sua intervenção na realidade social. A METODOLOGIA DA PROBLEMATIZAÇÃO: UMA PROPOSTA SIGNIFICATIVA DE ATUAÇÃO NO CAMPO DA EDUCAÇÃO EM SAÚDE Marcia Regina Selpa de Andrade (apresentadora) [email protected] UNIVERSIDADE REGIONAL DE BLUMENAU - FURB O trabalho relata uma experiência realizada no componente curricular Políticas Educacionais e de Saúde, no curso de Medicina Veterinária. O referido curso tem ênfase na Saúde Humana e Saúde Animal, e nele procura-se desenvolver uma proposta pedagógica utilizando a metodologia da problematização como dinamizadora do processo ensino aprendizagem. Numa perspectiva dialógica, a experiência consistiu em desenvolver uma proposta de Educação em Saúde, numa Escola da Rede Municipal. METODOLOGIA: A) Conhecendo a proposta metodológica e a realidade escolar. O primeiro passo foi aprofundar o conceito, a dinâmica da metodologia da problematização e suas possibilidades de atuação. Em seguida, identificou-se a realidade do espaço escolar e as temáticas relevantes neste contexto para o desenvolvimento da proposta. A Escola escolhida está localizada numa região rural da cidade, com situações-problemas relacionadas à saúde humana e animal. Os acadêmicos foram distribuídos em 5 grupos, cada um dirigindo-se a uma turma do Ensino Fundamental, a fim de levantar questões relacionadas à estas situações na comunidade escolar. B) Teorização. Os temas abordados foram: Morcegos, devido a invasão de morcegos no forro da escola; Capivaras, animal nativo da região; Posse responsável dos animais; os maus tratos, e finalmente a Cisticercose, 48 Londrina, v.14, n.2, p.48-55, jul./dez. 2007 OLHO MÁGICO

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Metodologias ativas

A N A I S

A APRENDIZAGEM COLABORATIVA NO ENSINO DAIMUNOLOGIA NO CURSO DE ENFERMAGEM DA UNIVERSIDADEFEDERAL DO CEARÁ

Lilia Maria Carneiro Câmara (apresentadora), Ivan Henrique deRamos Castro, Débora Praciano Correia Férrer, Irene Lopes Mello,José Ájax Nogueira Queiroz, Max Victor Carioca Freitas

[email protected]

UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - UFC

Em março de 2007, na disciplina Imunologia aplicada à Enfermagem, do3º semestre do curso de Enfermagem da UFC, de 4 créditos, foiintroduzida uma estratégia baseada na aprendizagem colaborativa. Adisciplina, que era num único turno, passou a ocorrer em doismomentos de 2 horas, com um intervalo de 8 horas sem atividades. Noprimeiro momento, é ministrada uma aula teórica, seguida pela análisedo problema, sob a supervisão do monitor, quando cada equipe procuraexplicar a patologia/situação em foco. Os alunos elaboram objetivos deaprendizagem, voltados para a disciplina de Imunologia, que guiam oestudo individual. No momento seguinte, as equipes resolvem oproblema, seguido de uma plenária, na qual o problema é explicadopelos alunos, contruindo-se um mapa conceitual. Após a plenária, osalunos respondem a uma questão aberta somativa. Uma avaliaçãosomativa, com 20 questões de múltipla escolha, é feita na 11ª semana,antecedida de uma formativa na 5ª semana. Para avaliar o processo, foielaborado um questionário no qual se avalia: impressão sobre adisciplina, qualidade das atividades desenvolvidas e adequação doespaço físico, grau de aprendizagem nas atividades, qualidade e grau deaprendizagem das avaliações, utilização de livros-texto, relacionamentocom o professor, com o monitor e entre os alunos. Foi utilizada a escalade Likert (de 1=nulo a 5=excelente), e o valor zero para “não queroopinar”. Os 32/33 alunos do semestre 071 responderam ao questionário.A média da impressão geral sobre a disciplina foi de 4,56 + 0,5. O itemque recebeu menor pontuação foram as aulas teóricas, média 3,25 +1,24. Enquanto que o uso de problemas teve a maior média de 4,78 +0,42. O uso de problemas, como estratégia de aprendizagem, estimulouo uso de livros, integrou os conhecimentos básicos com a formaçãoprofissional e auxiliou na aprendizagem das outras disciplinas domesmo semestre. Os itens espaço físico para essa atividade, o alcancedos objetivos de aprendizagem, a participação nas etapas de análise eresolução do problema, as avaliações, a participação do monitor, orelacionamento com o professor e sua importância na aprendizagem eo relacionamento dos alunos entre si, receberam, todos, médias acimade 4. Embora a estratégia ainda necessite de aprimoramento, os dadosapontam para o êxito dessa iniciativa pioneira no curso de Enfermagemda UFC.

A IMPLANTAÇÃO DE METODOLOGIAS ATIVAS NA SUPERVISÃODE ESTÁGIO CURRICULAR EM SERVIÇO SOCIAL DO CENTROUNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ

Cristiane Muller Calazans (apresentadora)

[email protected]

CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ – CESUMAR

O curso de Serviço Social do Centro Universitário de Maringá-CESUMAR, foi criado em 2002, e em 2003 iniciou as atividades do

estágio supervisionado. O Serviço Social como uma das profissões dasaúde, visa à integralidade do cuidado do usuário, relacionando aintersetorialidade das ações e o acesso aos direitos. Desde aimplantação do curso, o enfoque está voltado para a formação deprofissionais que pensem criticamente e que tenham condições paraexercer seu papel na sociedade, principalmente dentro das políticassociais, garantindo a participação popular. A partir dessa visão, buscou-se novas alternativas que viessem possibilitar uma formação emconsonância com as diretrizes curriculares dos cursos na área da saúde.O objetivo desse trabalho consiste em apresentar a inserção dessasmetodologias ativas na disciplina de Estágio Supervisionado I e II, noCurso de Serviço Social do CESUMAR. O Estágio em Serviço Social, temuma característica de que cada aluno está inserido em um espaço sócio-institucional diferente, sem a presença direta do professor, mas doprofissional que está no espaço ocupacional e retorna à escola para asupervisão de estágio. Utilizamos situações vivenciadas pelo aluno nocampo de estágio, problematizando-as, teorizando-as e propondointervenções; o portifólio como avaliação em processo. Anteriormente aesse processo, o centro do saber permanecia no professor comodetentor do saber e o aluno o que recebe esse conhecimento. Podemosperceber os resultados da inserção dessas metodologias na disciplina,pois trouxe uma proximidade entre ensino e a realidade social em queo aluno está, viabilizando processos de mudança nos campos de atuaçãoe na visão técnica de ambos, contribuindo para a formação do ethosprofissional de cada um, sendo as metodologias ativas um renovar dopensar a profissão e sua intervenção na realidade social.

A METODOLOGIA DA PROBLEMATIZAÇÃO:UMA PROPOSTA SIGNIFICATIVA DE ATUAÇÃO NOCAMPO DA EDUCAÇÃO EM SAÚDE

Marcia Regina Selpa de Andrade (apresentadora)

[email protected]

UNIVERSIDADE REGIONAL DE BLUMENAU - FURB

O trabalho relata uma experiência realizada no componente curricularPolíticas Educacionais e de Saúde, no curso de Medicina Veterinária. Oreferido curso tem ênfase na Saúde Humana e Saúde Animal, e neleprocura-se desenvolver uma proposta pedagógica utilizando ametodologia da problematização como dinamizadora do processoensino aprendizagem. Numa perspectiva dialógica, a experiênciaconsistiu em desenvolver uma proposta de Educação em Saúde, numaEscola da Rede Municipal. METODOLOGIA: A) Conhecendo a propostametodológica e a realidade escolar. O primeiro passo foi aprofundar oconceito, a dinâmica da metodologia da problematização e suaspossibilidades de atuação. Em seguida, identificou-se a realidade doespaço escolar e as temáticas relevantes neste contexto para odesenvolvimento da proposta. A Escola escolhida está localizada numaregião rural da cidade, com situações-problemas relacionadas à saúdehumana e animal. Os acadêmicos foram distribuídos em 5 grupos, cadaum dirigindo-se a uma turma do Ensino Fundamental, a fim de levantarquestões relacionadas à estas situações na comunidade escolar. B)Teorização. Os temas abordados foram: Morcegos, devido a invasão demorcegos no forro da escola; Capivaras, animal nativo da região; Posseresponsável dos animais; os maus tratos, e finalmente a Cisticercose,

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devido à criação de suínos nas proximidades da escola; C) Intervençãona realidade. Cada grupo desenvolveu uma proposta pedagógica numaperspectiva dialógica envolvendo metodologias ativas a partir dos temasprevistos no diagnóstico e nas questões levantadas com os adolescentesdesta escola. RESULTADOS: os resultados foram significativos tanto doponto de vista do desenvolvimento do trabalho, como dasaprendizagens dos acadêmicos, dos estudantes e professores destaescola. A riqueza da metodologia da problematização está noenvolvimento significativo de todos os sujeitos no processo ensinoaprendizagem, possibilitando intervenções imediatas e em longo prazo,ressurgindo assim neste contexto possibilidades de novas propostas deeducação em saúde.

A PROBLEMATIZAÇÃO COMO ESTRATÉGIA NO PROCESSO DEIMPLANTAÇÃO DO CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA DAFUNDAÇÃO UNIVERSIDADE DE BLUMENAU-FURB

Maria Helena dos Santos (apresentadora), Sonia Maria dos Santos

[email protected]

UNIVERSIDADE REGIONAL DE BLUMENAU - FURB

O curso de Medicina Veterinária da FURB, que vem sendo implantadodesde 2006, foi planejado e é orientado conforme as DiretrizesCurriculares do Ministério da Educação, cujas orientações indicam umperfil generalista e competências necessárias demandadas pelarealidade dos processos de trabalho do Médico Veterinário. A realidadeatual retrata muitos desafios como: diversas e rápidas mudançastecnológicas; variados determinantes no processo saúde doençahumano e animal, sendo estes de natureza social, política, econômica ecultural. Nas últimas décadas, ainda se percebe a abertura parapesquisas, ampliação do setor produtivo agropecuário, a biotecnologia,mudanças no comportamento animal, incentivo ao bem estar animal,relação homem-animal e também o contato do homem com animaissilvestres. Junto a estes desafios surgem também novos problemas,carregados de muita complexidade e subjetidade. Este movimentoresulta na necessidade de médicos veterinários com perfil generalista ecom as mais variadas competências, tanto gerais como específicas daprofissão. O éxercício de enfrentamento de novos problemas,reconhecimento de suas mais variadas causas e ou determinantes paragarantir a saúde animal e humana é fundamental para a formação eprocesso de trabalho do médico veterinário atual. Neste contexto, apósmuito estudo e dicussões, os médicos veterinários da região deBlumenau optaram pela Problematização com estratégia em todo oprocesso de ensino aprendizagem do curso de Medicina Veterinária. Omovimento parte do diálogo, do reconhecimento da realidade e de seusproblemas e causas bem como de seus mais variados determinantes,por meio de contínuas aproximações, não só no ensino aprendizagemdos discentes e docentes, mas como de todos os atores sociaisenvolvidos em todo o processo do curso. Conclui-se que aProblematização é essencial para a formação do profissional críticoreflexivo que exige o momento atual. Então o objetivo mais amplo destetrabalho é contribuir para a melhora no processo do médico veterináriono país, e como específicos a socialização desta experiência de ensino,propiciar a reflexão sobre a Problematização no contexto da MedicinaVeterinária e também informar as dificuldades de possibilidades destemovimento.

A TERAPIA COMUNITÁRIA COMO METODOLOGIA INOVADORANO TRATAMENTO DO DESCONFORTO EMOCIONAL

Francinete Alves de Oliveira Giffoni, Gislene Farias de Oliveira,Leonardo Colares Castelo Branco, e Raimundo Rodrygo de [email protected] DE MEDICINA DO CARIRI - UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

INTRODUÇÃO: a descentralização da atenção à saúde no Brasil,ocorrida nos últimos anos desde a constituição de 1988, vempromovendo modificações no setor de atenção à saúde mental. Algumaspropostas de reforma no setor, como a desativação dos hospitaispsiquiátricos, foram implementadas. Em substituição aos antigosmanicômios surgiram novos centros de atenção à saúde mental, comserviços abertos e uso de terapias multidisciplinares. JUSTIFICATIVA:hoje os Centros de Atenção Psicossocial - CAPS já fazem parte darealidade do SUS em diversas cidades do país. No Ceará, houve aimplantação de vários CAPS na capital e interior. Nesse contexto demudanças surgiu também uma nova modalidade terapêutica: a TerapiaComunitária - TC, implementada pelo professor Adalberto Barreto,inicialmente em Fortaleza e inserindo-se como política pública hojedifundida em todo o país. Nessa abordagem ocorre troca de saberes eexperiências sobre o processo saúde-doença, de forma que osparticipantes se ajudam na superação de seus problemas, melhorando asua auto-estima e facilitando seu retorno ao convívio social. A pesquisafoi realizada no CAPS - Barbalha-CE, onde a TC foi recentementeimplementada. OBJETIVOS: 1. observar a influência da TerapiaComunitária no tratamento dos pacientes. 2. analisar a percepção depacientes, familiares e técnicos do CAPS a respeito da TC comoabordagem terapêutica. METODOLOGIA: a pesquisa foi desenvolvidanuma abordagem qualitativa, utilizando-se os procedimentos daobservação participante e entrevistas semi-estruturadas. RESULTADOS:a análise dos dados demonstrou que a TC foi percebida de formapositiva, como uma contribuição à abordagem da saúde emocional. Nafala dos sujeitos, foi relacionada a categorias de bem-estar:tranqüilidade; saúde; calma; algo muito bom; paz; de socialização:ambiente de encontro com amigos; um local de diálogo; onde pessoasestão dispostas a escutar; momento de confraternização e deressignificação do processo saúde-doença: as atitudes de pessoas tristessão amenizadas. CONCLUSÕES: a experiência da implementação da TCno CAPS – Barbalha aponta para a perspectiva de abertura a novasformas de atendimento pelo SUS no campo da Saúde mental.

ABRANGÊNCIA DAS AÇÕES DE SAÚDE:UM MÓDULO TEMÁTICO EM PERMANENTE CONSTRUÇÃO

Regina Kazue Tanno de Souza (apresentadora), Márcio José deAlmeida, Bárbara Turini, João José Batista de Campos, Lucio TedescoMarchese, José Carlos dos Santos [email protected] ESTADUAL DE LONDRINA - UEL

O presente trabalho apresenta a estrutura de um módulo temático queencerra o primeiro ano letivo dos estudantes do curso de Medicina. Tempor objetivo apresentar a nossa experiência, promover reflexão sobre apossibilidade da proposta desenvolvida permitir o alcance dos objetivoseducacionais, conhecer iniciativas semelhantes e discutir os principaisdilemas suscitados no processo de condução. Trata-se do módulodenominado “Abrangência das Ações de Saúde”, integrante do currículode Medicina desde 1998, que utiliza a metodologia da AprendizagemBaseada em Problemas - PBL, implantada no curso no mesmo ano.Desenvolve-se a partir das atividades teórico-práticas com duração dequatro semanas e 104 horas curriculares distribuídas em aulas teóricas(8), aulas práticas (16), sessões tutoriais (32), estudo orientado (45) eavaliação (3). O objetivo do módulo é propiciar aos estudantes e

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professores a possibilidade de construção de conhecimento acerca dasáreas de intervenção da Medicina, as modalidades e os limites das açõesno campo da saúde. Representa valioso conhecimento para quem sepreocupa em qualificar a sua prática profissional, por permitir odesenvolvimento do pensamento crítico sobre as relações entre saúde eorganização social; disposições legais que orientam o desenvolvimentodo SUS; contribuições da epidemiologia para a compreensão dosprocessos da saúde e da doença; assim como, o reconhecimento dosmodelos de atenção à saúde e os condicionantes da organização desistemas de saúde. Entre as dificuldades enfrentadas nodesenvolvimento do módulo, situa-se a necessidade de superação dasdebilidades detectadas, notadamente o contexto flexneriano, aindapredominante no pensamento docente e estudantil, apesar da inserçãoem um currículo inovador, voltado para formar o médico com visãohumanística, baseado nos princípios da bioética e nos aspectos sociais,culturais e econômicos. Ilustra o predomínio de tal pensamento a“fama” de ser um “módulo-férias” haja vista o seu conteúdo “light”.Desnudar o significado das expressões destacadas continuaapresentando-se como desafio tendo, como pano de fundo, o modeloconceitual do desenho do módulo traduzido na árvore temática (nesteano sendo remodelada nos mapas conceituais). Aproveitar aoportunidade do IV Forum para receber críticas e contribuições foramos principais motivos que nos levaram a inscrever esse trabalho, cujaconstrução é permanente e coletiva.

APRENDENDO E ENSINANDO SOBRE OS MORCEGOS ATRAVÉSDE METODOLOGIAS ATIVAS NO CURSO DE MEDICINAVETERINÁRIA

Gleiciani Elis Gramkow (apresentadora), Leticia Alaise Batista, AlfredoOsvaldo Grahl, Leonardo Pereira de Oliveira, Marcia Regina Selpa [email protected] REGIONAL DE BLUMENAU - FURB

INTRODUÇÃO: este trabalho é um relato de experiência articulado nadisciplina Políticas Educacionais e de Saúde no curso de MedicinaVeterinária. O objetivo desta disciplina no curso é desenvolver umaproposta de educação em saúde através da metodologia daproblematização. A proposta foi desenvolvida por grupos deacadêmicos do curso com temáticas diferenciadas, em uma Escolaperiférica da Rede Municipal. Entre estes trabalhos será apresentado umcom a seguinte temática: Morcegos, suas espécies, características e a suarelação com a saúde humana. A justificativa desta temática foiidentificada na própria escola, pois a mesma já havia denunciado aosórgãos competentes a invasão freqüente de morcegos no forro desta. Apreocupação da gestão desta escola estava relacionada à saúde dosalunos, que entrando em contato com esse tipo de animal poderiaocorrer a transmissão de doenças. Este problema nos levou a investigare desenvolver um trabalho educativo sobre a situação problemaidentificada. METODOLOGIA: no primeiro momento deste trabalho,fomos na escola conhecer seu espaço físico e verificar a influência domeio sobre o contexto escolar. Ao ser apresentada a situação real daescola, desenvolvemos uma proposta educativa com os alunos da sextasérie do Ensino Fundamental, pois estes se encontravam na respectivasala de aula em que os morcegos se alojavam. Num outro momentofomos conhecer os alunos e assim levantar questões sobre suascuriosidades e dúvidas a respeito da temática. Para desenvolver otrabalho precisamos buscar teoricamente as respostas das questõeslevantadas pelos estudantes e desenvolver uma metodologia ativa paratrabalhar com eles. Utilizamos exposição de imagens sobre morcegos,identificando suas espécies e os cuidados, as doenças que podem sertransmitidas ao homem, promovendo assim um diálogo constante comos estudantes relacionado as informações necessárias. Conclusão: nosso

trabalho foi de extrema significância, pois pudemos entrar em contatodireto com dúvidas existentes com pessoas que vivenciam diretamentecom essa realidade. Pudemos assim tirar as nossas dúvidas e a dosestudantes proporcionando um melhor conhecimento sobre o assunto.As metodologias ativas na sua essência trás essa perspectiva dialógicapromovendo o processo de ensino aprendizagem de forma maissignificativa.

APRENDIZAGEM BASEADA EM PROBLEMAS (ABP) EPROBLEMATIZAÇÃO: UTILIZAÇÃO POR TODA A VIDA?

Rinaldo Henrique Aguilar da Silva (apresentador), Hissachi Tsuji

[email protected]

FACULDADE DE MEDICINA DE MARÍLIA – FAMEMA

INTRODUÇÃO: a Faculdade de Medicina de Marília (Famema)desenvolve um modelo curricular que utiliza métodos ativos deensino/aprendizagem através das estratégias da Aprendizagem Baseadaem Problemas e Problematização. A diferença na aplicação destasestratégias consiste na possibilidade de intervenção na realidadevivenciada através da problematização, enquanto o ABP centra-se nadiscussão de casos de papel. Em ambos casos faz-se necessária autilização de passos numa sequência que visa garantir a efetividade doprocesso. Quando isto é realizado configura-se o método científicocontribuindo para a formação de um médico capaz de continuaraprender a aprender. OBJETIVO: comparar os passos dos métodos deABP e problematização durante a vida acadêmica, internato e vidaprofissional ressaltando as semelhanças, diferenças e a articulação como desenvolvimento de competência profissional. MÉTODO: revisãobibliográfica dos métodos, das práticas pedagógicas e do papel doprofissional. RESULTADOS: após a construção de um diagrama foipossível verificar que existe grande similaridade na aplicação dos passosdurante a vida acadêmica, internato e vida profissional. Se seguidoscorretamente é possível avaliar o desempenho e aferir oestabelecimento da competência profissional. Isto é mais facilmenteobservado nos anos iniciais do curso e com maior dificuldade noInternato evida profissional. CONCLUSÃO: os métodos ativos têm sidoapresentados na vida acadêmica como novidades. O que diferencia ométodo ativo do passivo são os passos da tutoria realizadosintegralmente. O fato do internato e vida profissional “lidarem” comproblemas reais simplesmente não garante a efetividade do métodoativo. Esta confusão é muito comum entre os preceptores do internato.Como lidam com os pacientes e seus problemas entendem que estãoutilizando a ABP ou a problematização. Na realidade estão empregandoo método passivo “travestido” de ativo. Concluímos que para osmédicos que foram educados no método passivo não é simplesentenderem as diferenças metodológicas.

AS METODOLOGIAS INOVADORAS:A EXPERIÊNCIA DO CURSO DE ODONTOLOGIA DAUNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ

Cristiane Muller Calazans (apresentadora), Mitsue FujimakiHayacibara, Wellington Carvalho

[email protected]

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ - UEM

Em 1992, o curso de Odontologia da UEM implementou mudanças noprojeto pedagógico baseada em um currículo integrado. Estasmudanças foram consideradas inovadoras e encontram-se emconsonância com as diretrizes curriculares nacionais para os cursos degraduação em saúde, em vigor a partir de 2002. Entretanto, com opassar do tempo, seria natural que as necessidades de readequações

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aparecessem e, com as experiências acumuladas, para garantir acontinuidade do desenvolvimento do processo de mudança, novasalternativas deveriam ser buscadas. O presente trabalho tem comoobjetivo apresentar uma experiência de metodologias ativas de ensino-aprendizagem no curso de Odontologia da Universidade Estadual deMaringá (UEM) na disciplina de Odontologia Social e Preventiva. No anode 2006, as atividades do 5º. ano da graduação referentes à práticadentro do modelo Saúde da Família, foram reformuladas commetodologias ativas complementando o ensino. As metodologiasutilizadas na disciplina são a problematização, estudo de casos,seminários entre outras. No ensino tradicional, os professoresorganizam o conteúdo de suas aulas de acordo com a sua disciplina etransmitem as informações aos estudantes, os quais agem comoreceptores passivos, absorvendo e memorizando informações paraatividades específicas como o exame. Nas metodologias ativas,basicamente o papel do professor é servir de tutor ou facilitador doprocesso ensino-aprendizagem, motivando os estudantes a buscarem asinformações. Diante do exposto, concluiu-se que a adoção demetodologias ativas é um caminho viável para atingir a propostapedagógica dos cursos de graduação em saúde que buscam a formaçãode um profissional com habilidades e competências para atuarem comqualidade e resolutividade no Sistema Único de Saúde.

BUSCANDO A TEORIZAÇÃO DA PRÁTICA:RELATO DE EXPERIÊNCIA

Larissa Gutierrez da Silva (apresentadora), Denise Albieri Jodas, EloaOtrenti, Thamy Kronemberger da Cruz Aguilera, Marli TerezinhaOliveira Vannuchi

[email protected]

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA - UEL

A aplicação de metodologias ativas de ensino-aprendizagem tem sidodiscutida e implementada em cursos de graduação e pós-graduação.Nos processos de utilização das metodologias ativas, o aluno não é meroexpectador de seu aprendizado e sim o ator principal. O presenteestudo tem como objetivo relatar a vivência da aplicação do Relato daPrática como metodologia ativa no primeiro ano do curso de Residênciaem Gerência de Serviços de Enfermagem do Centro de Ciências daSaúde da Universidade Estadual de Londrina. No primeiro encontro fez-se uma discussão sobre as bases teóricas da metodologia e comoconstruir um relato da prática. Nos próximos encontros, cada residenteapresentou o seu relato da prática e o grupo elegeu um único relatopara ser explorado de acordo com o interesse educacional, de saúde egerencial. Foram levantadas as questões de aprendizagem queorientaram o estudo individual de cada residente para posteriordiscussão em sala de aula e construção da síntese definitiva. A adoçãodesta metodologia proporcionou maior reflexão e conseqüenteaproximação da teoria com a prática acompanhada de entusiasmo einteresse do aluno, uma vez que o residente buscava na sua práticacotidiana os problemas para serem teorizados em sala de aula.

DESCONSTRUINDO CICLOS E CONSOLIDANDO A INTEGRAÇÃOCURRICULAR

Sandra Pereira Impagliazzo (apresentadora), Carolina Costa ReisFajardo, Joao Batista Esteves, Luiza Maria Figueira Cromack

[email protected]

UNIGRANRIO

INTRODUÇÃO: a estrutura curricular em ciclos – básico, clínico eprofissional – é tradicional nos cursos de formação médica e a

integração curricular é um desafio. A concepção pedagógica focada noconteúdo é um reflexo desta estrutura curricular: parte-se do principioque é preciso primeiro “saber conteúdos” para apenas em um segundomomento, “aprender a fazer”. Partindo dos Quatro Pilares da Educação(UNESCO), a presente proposta parte do pressuposto de que aprendera conhecer, aprender a fazer, aprender a viver juntos e aprender a sersão processos contínuos e simultâneos e que a estrutura curricular emciclos inviabiliza este processo. OBJETIVOS / JUSTIFICATIVA: o objetivodo projeto é possibilitar a integração curricular a partir da convivênciaentre acadêmicos de diferentes fases da formação, quando eles podemvivenciar o processo de aprender a conhecer, aprender a fazer, aprendera viver juntos e aprender a ser. METODOLOGIA: “Saúde e Sociedade” foio tema adotado pela Universidade como eixo de integração entre asescolas de saúde e de integração curricular dentro de cada uma destasescolas. A partir deste eixo foi construída a presente proposta, na escolade Medicina, que consiste na realização de atividades de campo com osalunos do 4º período e do Internato em Medicina de Família eComunidade (11º período). Os alunos atuam de forma integrada, emvisitas domiciliares e consultas ambulatoriais, realizando discussões decasos, elaboração de projetos terapêuticos. PRINCIPAIS RESULTADOS: apartir desta integração foram construídos alguns projetos terapêuticosampliados para os casos atendidos em parceria entre os alunos. Alemdisto, internos e acadêmicos têm avaliado esta atividade comofundamental para a consolidação das habilidades de anamnese, examefísico. CONCLUSÕES / CONSIDERAÇÕES FINAIS: a expectativa é de queeste ensaio de integração curricular possa desdobrar-se e tornar-se umaestratégia de integração não apenas pontual, mas efetivamente de todaa estrutura curricular da escola de Medicina.

DISCUSSÃO DE CASO EM TUTORIAL – EXPERIÊNCIA

Evelin Massae Ogatta Muraguchi (apresentadora), Rose MeireAlbuquerque Pontes, Marina Kishima, Lúcia Vargas, Pedro HumbertoPerin Leite

[email protected]

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA - UEL

O curso de Medicina da UEL há dez anos adotou as metodologias ativascom o grupo tutorial / aprendizagem baseada em problemas, PBL, comoesqueleto. Mas, observou-se a tendência progressiva de simplificar ossete passos e utilizar o problema apenas como uma escada para chegaraos objetivos. Isto motivou na Comissão de AcompanhamentoCurricular a implantar no módulo 6MOD302 - Dor Abdominal, Vômito,Diarréia e Icterícia, da terceira série, uma discussão de caso durante otutorial. Este módulo foi escolhido para o teste piloto pelo engajamentodo grupo de planejamento, pela vivência clínica de todos os professorestutores. Foi escolhido o décimo primeiro problema, versando sobrediarréia crônica do adulto. Na semana anterior, os estudantes haviamacumulado informações suficientes para estarem aptos a discutir o caso.No manual do estudante, havia apenas um pequeno enunciado do caso,contendo dados sumários da história clínica. Junto estavam descritos ospassos da discussão de caso: 1. ler o problema; 2. levantar asinformações que deveriam ser colhidas do paciente, como se estivessemno consultório; 3. descrição dos possíveis achados do exame físico gerale específico compatíveis; 4. discutir as hipóteses diagnósticas e construircoletivamente as condutas diagnósticas e terapêuticas. Os itensformulados a cada passo deveriam ser apresentados, justificados,discutidos com o grupo, anotados no quadro e daí então o professortutor, de posse da anamnese completa e dos resultados dos exames,inclusive cópia colorida de fotos das peças anatômicas, apresentaria osachados. Na avaliação do caso, os estudantes referiram que gastarammais tempo, houve maior recordação dos conhecimentos anteriores,

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aprofundamento na discussão das hipóteses, e o interesse no estudoindividual dos objetivos também foi maior. A história clínica foifrequentemente consultada durante o estudo individual. Considerarama experiência muito mais estimulante, produtiva e desencadeadora deraciocínio clínico. Ao mesmo tempo, os professores tutores observaramque havia pouca sistematização da anamnese e exame físico.Acreditamos que as discussões de casos podem ter efeito benéfico noterceiro e quarto ano, por estimular os estudantes, melhorar asistematização das habilidades clínicas e prepará-los melhor para ointernato.

EXPERIÊNCIA DA PROBLEMATIZAÇÃO EM UNIDADES DEAPRENDIZAGEM DO CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA DAFURB

Sonia Maria dos Santos (apresentadora), Maria Helena dos Santos

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FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE REGIONAL DE BLUMENAU – FURB

O curso de Medicina Veterinária da FURB tem a Problematização comoproposta metodológica em todo o processo de ensino aprendizagem,tanto dos discentes, docentes, como dos demais atores desta formação:gestores do ensino de dos serviços de saúde e agropecuários,organizações e comunidade local. O direcionamento deste trabalho é aapresentação da experiência da Problematização nas unidades deaprendizagem: Inicação à Medicina Veterinária, Saúde Publica, SaúdeComunitária e Políticas Públicas de Agropecuárias e da Saúde. Estasunidades compõem a primeira fase do curso juntamente às unidadesque proporcionam a construção de conhecimentos básicos para omédico veterinário. Este trabalho também objetiva aumentar asdiscussões sobre a importância da Problematização na formação eautonomia de profissionaiscríticos e reflexivos para a transformação darealidade no que refere a promoção da saúde humana e animal. Aapresentação desta experiência pode proporcionar ainda a melhoriadesta proposta como de outras experiências de mudanças. A mostra épor meio da descrição dos passos seguidos pelos docentes. O diálogo seinicia a partir do reconhecimento da realidade do discente (ator), oschamados subsunçores (AUSUBEL), conhecimentos prévios paraproporcionar aprendizagem significativa e ao mesmo tempo aobservação da realidade na prática nos ambientes reais, cujas questõespartem dos conceitos, temas chaves dos conhecimentos a seremconstruídos. Como exemplo cita-se o levantamento de dados demorbidade, situação das zoonoses, das mordeduras de animais e dosaneamento básico na comunidade e município. O segundo passo apósdiscussão e visualização da situação real, busca-se a elaboração,sistematização e construção dos problemas, seguidos da fundamentaçãoteórica. Segue-se a formulação de hipóteses para minimizar, resolver osproblemas, ou seja transformar a realidade. A transformação pode serimediata e individual quando já se observa a mudança decomportamento e autonomia dos discentes frente à problemáticatrabalhada e ao seu processo de aprendizagem. A transformaçãomediata também já é identificada quando na mesma ou na próxima faseos discentes já interagem com a comunidade ou em seus própriosambientes. O curso considera a aplicação do arco de Maguerezapresentado por Bordenave e Pereira(1982), o diálogo, a crítica àeducação bancária, a proposição ação-reflexão-ação e busca daautonomia conforme Paulo Freire. Ainda a Educação Permanente emSaúde que enfatiza o processo de trabalho.

IMPLEMENTAÇÃO DE NOVAS METODOLOGIAS DEENSINO/APRENDIZAGEM E DE AVALIAÇÃO NUM CURSO DELICENCIATURA EM CIÊNCIAS – RETRATO DE UMAEXPERIÊNCIA-PILOTO NA UNIVERSIDADE DO MINHO,PORTUGAL

Cristina Zukowsky Tavares (apresentadora), Cristina Aguiar,Fernanda Cássio, Maria João Sousa, Teresa Lino Neto

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UNIVERSIDADE DO MINHO - BRAGA - PORTUGAL

Neste trabalho apresenta-se um projecto de aplicação de novasmetodologias de ensino-aprendizagem, que tem vindo a serdesenvolvido desde o ano lectivo de 2004/2005, pela Direcção de cursoe pelos docentes do Curso de Licenciatura em Biologia Aplicada daUniversidade do Minho, em Braga, Portugal. Trata-se de um projecto-piloto de estudo e prática de metodologias activas, que procura rompercom uma tradição milenar de aulas expositivas e práticas laboratoriaisdicotomizadas. Os crescentes desafios da investigação em Biologia (ouem Ciências, de um modo geral) impõe que o graduando adquiracompetências que o façam responder eficazmente a novos problemas.Torna-se assim necessário propiciar-lhe as ferramentas essenciais àconstrução da sua autonomia como estudante do Ensino Superior ecomo profissional futuro, com as quais será depois capaz de mobilizarestratégias cognitivas, conceptuais, práticas e comportamentais pararesponder com competência a novos desafios. A construção de ummodelo alternativo de projecto para esse curso de Licenciatura,desencadeou mudanças variadas no que se refere à I) ressignificação daconcepção de ensino, aprendizagem e avaliação, bem como nasmetodologias e práticas associadas; II) nas finalidades e competênciasestabelecidas; III) nos perfis delineados para o estudante e oinvestigador; e IV) no redimensionamento das estruturas de tempo eespaço educacionais, que se desdobram em desafios constantes à gestãoe formação dos professores envolvidos. Os resultados parciais desseprojecto-piloto foram elencados a partir do depoimento de alunos edocentes que inferem elementos importantes sobre o perfil dosestudantes-investigadores. Assim, na perspectiva desses interlocutores,os estudantes mostram-se mais polivalentes em termos deconhecimento e acção, sabem trabalhar em equipe em contextoprofissional, demonstram maior interesse em abrir novos horizontes deinvestigação, consolidam melhor o hábito de estudo contínuo e revelammaior capacidade de aprendizagem e de trabalho. Um dos desafios parao próximo ano lectivo coloca-se ao nível de uma nova composiçãotemporal dos módulos disciplinares, de modo a favorecer o diálogoentre unidades/áreas curriculares do mesmo curso e não sobrecarregaralunos e professores em determinados períodos do calendário lectivo.

INTEGRAÇÃO ENSINO-SERVIÇO: PESQUISA COMO AÇÃO

Ester Fogel Paciornik (apresentadora), Izabel Cristina Meister Coelho,Lêda Maria Albuquerque

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FACULDADE EVANGÉLICA DO PARANÁ

Nos últimos anos tem se produzido intenso debate em torno dastransformações curriculares dos cursos de Medicina no Brasil. Discorre-se sobre as propostas de novos cenários de prática no âmbito do ensinono sentido de inserir as Escolas Médicas nas discussões em torno de umnovo modelo de atenção à saúde da população. Nesse processo deintegração com as escolas, o SUS - Sistema Único de Saúde tem papelfundamental como cenário, através da rede de unidades de saúde quepropicia práticas articuladas entre o ensino e pesquisa, proporcionandocontato de professores e alunos com realidades sociais. Também no

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circuito de debates, a utilização de metodologias ativas de ensino-aprendizagem possibilitam a construção dos conhecimentos a partir dosproblemas da realidade. Dessa forma as disciplinas integradoras deatenção básica da Faculdade Evangélica do Paraná, têm seu alicerce nautilização de unidades de saúde como cenário de prática e adotam apesquisa como uma das estratégias metodológica no seu processo deensino-aprendizagem. Trata-se de assumir o estudo como situaçãoconstrutiva e significativa, com concentração e autonomia crescente,com a inserção dos estudantes do primeiro ao sexto ano do curso deMedicina no cuidado à saúde da população adstrita às Unidades deSaúde. A colocação dos alunos no início do curso em contato com apopulação, em diversos cenários, proporciona o aprendizado a partir daobservação de problemas reais; da busca da compreensão de suasdeterminações, com base em debates, reflexões e fundamentaçãoteórica; na formulação de hipóteses de solução e aplicações destas, numretorno à realidade, agora com o novo olhar através dos conhecimentosacumulados no processo. Neste retorno, confrontando a realidade, oaluno discute possíveis soluções para os problemas. As pesquisasrealizadas junto ao serviço durante as disciplinas de Saúde e SociedadeI e II, Saúde da Criança, Saúde da Mulher e Saúde Coletiva no Internatosão apresentadas e debatidas ao final do ano nos Encontros de SaúdeColetiva em conjunto com profissionais da Secretaria Municipal daSaúde de Curitiba. Este espaço proporciona a troca de experiências noensino e na prática de Saúde Coletiva, consolidando, portanto, a tãonecessária articulação ensino/serviço/comunidade como espaço comumde produção do conhecimento, de formação adequada para as reaisnecessidades do país e de transformação da realidade.

INTEGRANDO CENÁRIOS DE APRENDIZAGEM NO CURSO DEMEDICINA DA UNIDERP: UMA EXPERIÊNCIA NO MÓDULO DE“NASCIMENTO, CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO”

Fabrícia Gomes Monteiro Salles (apresentadora), Carolina PincelliCarrijo, Gabriel Costa Almeida, Giorgia Niwa Pecci, LouiseCaroline Zangari

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UNIVERSIDADE DO DESENVOLVIMENTO DA REGIÃO DO PANTANAL - UNIDERP

As atividades de integração foram propostas nos diferentes cenários docurso: Práticas Integradas de Ensino (LPI), Programa Interinstitucionalde Integração Ensino-Serviço-Comunidade (PINESC), HabilidadesMédicas e módulos temáticos. Como resultado das reuniõespromovidas pela Comissão de Planejamento de módulo, ainterdisciplinaridade é colocada em prática com o objetivo de promovermudanças no modelo de ensino em saúde e na participação social dofuturo profissional. No módulo “Nascimento, Crescimento eDesenvolvimento” elaborou-se um exercício integrador de diferentesdisciplinas e cenários de aprendizagem, que possibilitou a análise dascondições de vida, saúde e desenvolvimento de crianças. Os objetivospropostos eram o de compreender o desenvolvimento global da criançaimplicados na gênese do processo saúde-doença e nos distúrbios dedesenvolvimento; estabelecer propostas de solução dos problemasencontrados; planejar e executar ações de educação em saúde. NoPINESC, os alunos vinculam-se a equipes do Programa de Saúde daFamília (PSF) e são lotados em áreas pré-estabelecidas. Os alunosacompanharam; elaboraram e aplicaram um questionário direcionado àscrianças, para obtenção de informações adicionais das famíliascadastradas. Durante o processo, as crianças foram examinadas, aferidassuas medidas antropométricas, aplicadas tabelas de crescimento edesenvolvimento e conferido o estado vacinal. Depois foi feitainterpretação dos exames, solicitados pela UBS, com a colaboração dadocente do LPI e correlacionados os resultados com a clínica.

Identificados os problemas, analisados e discutidos com professores dasáreas afins, traçaram-se as metas a serem cumpridas na comunidade,com auxílio do preceptor do PINESC. Este trabalho favoreceu aintegração do conhecimento teórico discutido no módulo temático àprática. Por meio de diferentes saberes e cenários, propiciou-se umaprendizado contextualizado e real. Com os dados levantados, os alunospuderam diagnosticar, avaliar, discutir metas e, por fim, proporsoluções. Retornaram à comunidade com metas de educação em saúdea cumprir, além do acompanhamento das consultas e tratamento doscasos, feitas pelo médico preceptor do PINESC. Pode-se concluir que,com este modelo de ensino, os alunos foram instigados a resolverproblemas e se familiarizaram com a situação vivenciada pelacomunidade.

METODOLOGIA ATIVA DE ENSINO ATRAVÉS DE PROJETOSINTERDISCIPLINARES E INTERCURSOS

Maria Lúcia da S. G. Jorge (apresentadora), Léa Oliveira Borges,Patrícia T. Fiedler, Izabel Cristina M. Coelho, Ester F. Paciornik,Guilherme S. C. Albuquerque

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FACULDADE EVANGÉLICA DO PARANÁ

Metodologia ativa de ensino implica no processo de desenvolvimentoda autonomia do aprendizado pelo estudante. Inserido no contexto datransformação curricular do curso de Medicina existe o incentivo para odesenvolvimento de estratégias educacionais que promovam aparticipação ativa dos aprendizes. Os trabalhos interdisciplinarespropiciam a participação de profissionais da área da saúde e daeducação em diferentes momentos tanto do básico, como do clínico,tanto educador do curso de Medicina, como dos demais cursos,inclusive aprimorando a experiência daqueles que atuam em mais deum curso. Esse trabalho é enriquecido com a participação de alunos dediferentes cursos da área da saude. O Projeto Genoma (realizado emmaio de 2007) reuniu os cursos de Medicina, Enfermagem e Nutriçãoem um conjunto de palestras, debates e apresentações de trabalhosvoltados para o tema em questão. Nos trabalhos denominados “Projetocorpo humano” e “Encontro de Saúde Coletiva” equipesmultidisciplinares promovem, anualmente, atividades junto àcomunidade, desenvolvendo trabalhos de educação em saúde, técnicasde ensinar saúde e a prevenção de doenças. Tendo sempre comoprincipal foco de ação a atuação dos estudantes de diferentes áreas dasaúde em projetos interdisciplinares direcionados para a comunidade.Nesses projetos são formados grupos de trabalho com estudantes detodos os cursos envolvidos. Os membros do grupo tem funçõesdistribuídas de maneira equilibrada, e são orientados por um ou maisprofessores pertencentes a disciplinas dos cursos envolvidos. O trabalhointercursos possibilita ao estudante o aprendizado do trabalho emequipe e a participação ativa na elaboração de trabalhos tanto de cunhocientífico como voltado para a comunidade.

METODOLOGIA DE PESQUISA-AÇÃO PARA MODELAGENS DEIMPLANTAÇÃO DA VIGILÂNCIA EM SAÚDE AMBIENTAL

Evanira Rodrigues Maia (apresentadora), José Ferreira Lima Júnior

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - UFCFUNDAÇÃO ARARIPE

A Fundação Araripe é uma Organização da Sociedade Civil de InteressePúblico – OSCIP, a qual tem por objetivo possibilitar uma maiorparticipação da população nas decisões públicas com vistas ao

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desenvolvimento sustentável da biorregião do Araripe cearense. Oobjetivo desse trabalho é relatar a experiência da Fundação Araripe emconstruir estratégias de mobilização dos atores regionais em torno deagendas integradoras dos aspectos sócio-sanitários, ambientais e daampliação da participação social no processo de decisão política einstitucional. Este projeto, fomentado através do Ministério daSaúde/Coordenação Geral de Vigilância ambiental, foi realizado nomunicípio do Crato-CE entre os anos de janeiro/2004 a maio/2007.MÉTODO DA PESQUISA-AÇÃO: abordagem qualitativa e ecossistêmicaem saúde e ambiente. Utilizou-se a técnica de Matrizes da OrganizaçãoMundial da Saúde, além de Grupos de Trabalhos com a execução deoficinas multisetoriais e interdisciplinar, além de 10 capacitações na áreade saúde e ambiente. Como produto do processo de ativação coletivados atores sociais envolvidos conseguiu-se implantar a VigilânciaAmbiental em Saúde para a vigilância da água e do solo; proposição eapoio para Vigilância Integrada de dengue e da leishmaniose através dacapacitação de todos os médicos e enfermeiros das 26 Equipes deSaúde da Família, além da capacitação de 90 técnicos de saúde de nívelsuperior; 150 de nível médio; 250 conselheiros de saúde e de 38gestores de saúde. O processo metodológico utilizado para promover aimplantação da Vigilância em Saúde Ambiental se consolida em etapasde negociação e aproximação entre os gestores e a articulação para aconversação entre eles de forma autônoma e interessada. Foi propostaainda, a modificação do organograma da secretaria municipal de saúdecom a finalidade de criar a Coordenação/Núcleo de Vigilância à Saúdeonde as ações de vigilância epidemiológica, sanitária, ambiental e desaúde do trabalhador ficaram agregadas.

METODOLOGIAS ATIVAS NO ENSINO DA ENFERMAGEM

Maria do Carmo Lourenço Haddad (apresentadora), KiyomiNakanishi Yamada, Maria Helena Dantas de Menezes Guariente,Marita de Fátima Lemos

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA – UEL

O curso de Enfermagem da Universidade Estadual de Londrina (UEL)está estruturado em módulos interdisciplinares visando odesenvolvimento de competências, desempenhos e habilidades porparte dos estudantes. A eles cabe posicionar-se como sujeitos ativos,críticos e reflexivos, responsáveis pela construção de seu próprioconhecimento, e ao professor cabe planejar, orientar e acompanhar asatividades, criando situações para uma aprendizagem significativa. Estecurrículo contempla a aquisição de conhecimentos, habilidades eatitudes em quatro domínios: o saber, o saber fazer, o saber ser e o saberconviver propostos por Delors (1999). No primeiro módulodenominado "A Universidade e o Curso de Enfermagem", o estudantedesenvolve uma seqüência de atividades que objetiva levá-lo a conhecera Enfermagem, seus determinantes históricos e sociais, as entidades declasse, bem como os campos de atuação do enfermeiro, o curso deEnfermagem da UEL e os princípios orientadores do projeto políticopedagógico deste curso e também a ética do estudante de Enfermagem.O presente trabalho tem como objetivo relatar a utilização dadramatização como estratégia pedagógica no processo de aprendizagemda história da Enfermagem. Trata-se de um relato de experiênciavivenciado pelos 60 estudantes matriculados no primeiro ano do cursode Enfermagem da UEL em 2007. Os estudantes realizaram umaapresentação teatral sobre os diferentes períodos da história daEnfermagem, destacando o período antigo e a unidade cristã, períodocrítico da Enfermagem, atuação de Florence Nigthingale e aEnfermagem no Brasil. Foram destinados 3 períodos de aula para osensaios, incluindo a construção de cenários, seleção de trilha sonora evestuários de época. A dramatização foi apresentada no anfiteatro do

Hospital Universitário do Centro de Ciências da Saúde. Os estudantesforam responsáveis pela representação e construção da história daEnfermagem, de forma a torná-la significativa e, ao professor, coube opapel de mediador do processo ensino-aprendizagem. CONCLUSÃO:os estudantes relataram que a experiência possibilitou a apropriação deconhecimentos teóricos, trabalho em equipe, raciocínio investigativo,comunicação com colegas e com o público, liderança, relacionamentointer-pessoal, criatividade, diálogo e também, tolerância, respeito aopróximo, valorizando acima de tudo a dimensão ética do cuidar.

MODELO DE DISCIPLINA DE SEMINÁRIO INTEGRADOR

Ney Stival (apresentador), Edson Arpini Miguel, Patrícia BelliniNishiyama, Márcia Peicher, Zelio Fedatto Junior, Tânia Soares

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UNIDADE DE ENSINO SUPERIOR INGÁ LTDA. - UNINGÁ

A busca da integração entre as disciplinas do outrora chamado ciclobásico e atividades da prática clínica ou com situações que envolvempacientes é um desafio a ser superado na formulação de currículos ouestratégias curriculares nos cursos da área biomédica. Vários modelosbuscam integrar disciplinas e profissionais para a formulação deorganizar o raciocínio clínico deste as primeiras informações desta áreade conhecimento. Para demonstrar a experiência de uma disciplinaonde, a partir de situação-problema, ocorra uma discussão com enfoqueno sujeito e não nas doenças relacionadas ao caso, a UNINGÁ buscou aexperiência da integralidade, onde a partir da construção de umasituação problema, os professores da disciplina de Morfofisiologia I,conjuntamente com o professor da disciplina (médico) discutem osprincipais eixos que fundamentam tal texto e conduzirão as discussõescom os alunos. O segundo passo é a discussão com os alunos, onde osprofessores de morfofisiologia atuam como tutores e orientam abibliografia e acompanham o debate inicial em sala de aula e biblioteca.Os alunos, então, terão um prazo, em geral de cinco dias, para busca dematerial e descreverão relatório, pelo qual serão avaliados. Finalmente,durante a entrega dos relatórios haverá uma sessão de discussões sobreos assuntos, priorizando a integralidade e visão social do caso emquestão. Avaliamos nesse primeiro momento que o interesse dostutores pelos assuntos, o despertar no alunado do primeiro ano docurso de Medicina e a multiplicidade de desdobramentos das discussõestem trazido para o grupo um maior clareza da importância daintegralidade no curso de Medicina.

O PROCESSO TUTORIAL NA APRENDIZAGEM BASEADA EMPROBLEMAS (ABP) NA FACULDADE DE MEDICINA DE MARILIAE NA UNIVERSIDADE DO PLANALTO CATARINENSE

Maria Cristina Mazzetti Subtil (apresentadora), Rinaldo HenriqueAguilar da Silva

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UNIVERSIDADE DO PLANALTO CATARINENSE – UNIPLACFACULDADE DE MEDICINA DE MARÍLIA - FAMEMA

INTRODUÇÃO: as Faculdades de Medicina de Marília (FAMEMA) e daUniversidade do Planalto Catarinense (UNIPLAC) desenvolvem ummodelo curricular que tem como um dos eixos a utilização daAprendizagem Baseada em Problemas. Este currículo, centrado noestudante e orientado à comunidade, fundamenta-se nos princípios deeducação de adultos, abordando integralmente os problemas de saúde,nas suas dimensões biopsicosociais. Sendo centrada no estudante, aABP necessita atender às quatro taxonomias de Barrows. OBJETIVO:relatar distorções no processo tutorial que foram observadas nas duas

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escolas tecendo algumas considerações, sugestões e comparaçõesacerca de como cada passo deve ser realizado. METODOLOGIA: análisedos questionamentos de tutores e estudantes nas reuniões decapacitação e/ou planejamento e através dos formatos de avaliação docenário de ensino/aprendizagem. RESULTADOS: as distorções comunsencontradas foram: falta de análise adequada do problema, reativandoconhecimentos prévios (chuva de idéias); incompreensão daimportância do primeiro passo do processo tutorial; discussão dosproblemas sem a integração básico/clínica, com ênfase no diagnóstico,classificação de doenças e terapêutica; identificação inadequada delacunas de conhecimento; questões de aprendizagem formuladasinadequadamente; falta de discussão sobre estratégia de busca deinformações e questionamento da validade, aplicabilidade ecredibilidade dos artigos selecionados; processo de avaliação formativainadequado ou não realizado. Aparecem com mais freqüência naUNIPLAC distorções no entendimento do Exercício de AvaliaçãoCognitiva, e dúvidas quanto à eficácia e entendimento do modelopedagógico com foco no papel do tutor. CONCLUSÕES: as distorçõesque foram comuns em ambas escolas evidenciam falta de conhecimentopor parte de professores e estudantes dos passos tutoriais e poucoentendimento do modelo ensino/aprendizagem. Revelam ainda que ummaior período de implementação da proposta, como na Famema, podediminuir a ansiedade em relação à efetividade da estratégia pedagógica.

POR QUE UTILIZAR O RELATO DA PRÁTICA NA TEORIZAÇÃO?

Suzianne Vizentin Lima (apresentadora), Luciana de Fatima LeiteLourenço, Mariana Neves Faria Tenani, Marli T. Oliveira Vannuchi

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA - UEL

Para a discussão teórica do segundo ano de residência na área deGerência de Serviços de Enfermagem, utilizou-se como metodologia orelato da prática. Trata-se de uma metodologia ativa de aprendizagemonde os estudantes selecionam na sua prática o problema de interessedo grupo que melhor contribua para a construção da competência quese quer atingir, favorecendo a relação com a realidade e possibilitando aexploração dos desempenhos estabelecidos na área político-gerencial,cuidado a saúde e educação. Frente às crescentes mudanças ocorridasno cenário das estratégias educacionais, este trabalho tem comoobjetivo comparar os resultados alcançados através de umametodologia ativa, utilizada com os residentes da área de gerência, e ametodologia utilizada em aulas tradicionais. Trata-se de um relatode experiência vivenciado durante o primeiro e segundo anos daResidência do curso de Gerência de Serviços de Enfermagem, comembasamento bibliográfico em literaturas específicas da área.O relato daprática nos permite relacionar a vivência com a teorização, servindocomo estímulo à ampliação da capacidade de transformar a práticaprofissional.

PROJETO “MediCine”: CINEMA COMO EXPERIÊNCIA REFLEXIVANA FORMAÇÃO ACADÊMICA

Leandro Almeida Assunção (apresentador), Andréia Nascimento deAndrade, Daniela Paz Leal, Pricila Brum

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UNIVERSIDADE DO DESENVOLVIMENTO DA REGIÃO DO PANTANAL – UNIDERP

O curso de Medicina tem como alicerces: a Aprendizagem Baseada emProblemas, O Ensino Baseado na Comunidade e a Integralidade dasAções de Saúde. Essa configuração organiza as ações discentes edocentes no intuito de qualificar profissionais que atendam às

necessidades sociais preconizadas pelas diretrizes curriculares do MEC.Tendo como eixo essa formação integrada, surge a idéia de união entreo corpo discente e o Grupo de Orientação Educacional do curso paraelaboração de um projeto que contemple esses objetivos de formadidática e inovadora; é o início do MediCine. A idéia consistebasicamente na exposição cinematográfica de temáticas variadas ediscussões pós-filme, entre a platéia e profissionais convidados (nomínimo dois), sendo estas coordenadas por um acadêmico participantedo projeto. Essa dinâmica contribui na estruturação de um profissionalmédico comprometido com as questões sociais e humanas do paciente,com uma visão holística de sua própria realidade: uma vez que o cinemarevela-se como recurso afetivo e efetivo na educação humanística. Oprofissional de saúde também requer cuidados consigo, e neste intuitoesse espaço permite a identificação de conflitos pessoais, melhorando aqualidade de vida do indivíduo ao gerar uma atitude reflexiva em relaçãoaos acontecimentos cotidianos. A iniciativa colabora também para aintegração e troca de experiências com profissionais de outrasmodalidades, que não as da saúde, favorecendo a socialização e reflexãode objetivos comuns, como a formação ética e moral. As sessões têmtido uma platéia fiel, embora não muito numerosa. As razões doreduzido número de expectadores foram sugeridas pelos alunosexecutores: clientela desmotivada, falta de capital para uma divulgaçãoeficiente e dificuldades de comunicação entre os acadêmicosresponsáveis. Entretanto, o MediCine tem capacidade de receber umpúblico maior, e para isso vem desenvolvendo outros meios paraampliação do projeto, através de diferentes formas de publicidade.

TRABALHO INTERDISCIPLINAR COMO ESTRATÉGIA DETRABALHO COLETIVO NA FORMAÇÃO DO ENFERMEIRO:LIMITES E POSSIBILIDADES

Luiz Carlos Castello Branco Rena (apresentador), Kênia Lara Silva,Manoel Deusdedit Júnior, Maria da Consolação Magalhães Cunha,Maria Elizabeth Oliveira Silva, Wilma Dantas Pereira

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PONTÍFICIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS - BETIM

A atuação dos profissionais de saúde no mundo contemporâneo implicao reconhecimento da crescente complexidade dos fenômenos queconstituem o cenário de práticas desses trabalhadores. Entendendo queuma postura interdisciplinar deve ser construída ao longo da formaçãodo(a) profissional de Enfermagem a equipe de docentes elegeu oTrabalho Interdisciplinar - TI como eixo norteador das atividades deensino desenvolvidas na turma de 5º período do curso de Enfermagemda PUC Minas/Betim. Este trabalho relata a experiência vivenciada nosúltimos três anos apontando possibilidades e desafios para osprofessores, estudantes e para a instituição formadora. A experiência dedocência aqui referida se estrutura em torno de situações-problemasfortes que mobilizam os estudantes para a participação ativa no processode ensino-aprendizagem. Essa participação acontece desde a pesquisabibliográfica básica, passando pela problematização e a construção deuma proposta de intervenção que articule o conjunto dos micro-camposdo conhecimento que compõe o período. Apresentamos aqui as váriasfases de desenvolvimento do TI discutindo o sentido e a importância decada um dos procedimentos adotados, bem como o significado dessainiciativa para a consolidação de um currículo inovador.

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Novos cenários de prática

A CLINICA PSICOLÓGICA EM NOVOS CENÁRIOS: UMAEXPERIÊNCIA COM GRUPOS OPERATIVOS NA 3º IDADE

Clarice Cristina Andrade Benites (apresentadora)

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UNIVERSIDADE DO DESENVOLVIMENTO DA REGIÃO DO PANTANAL - UNIDERP

A psicologia clínica ocupa-se da compreensão psicodiagnóstica e dotrabalho psicoterapêutico de indivíduos ou de grupos, podendo partirde diversas abordagens teóricas e técnicas. Tradicionalmente, o settingclínico é estudado em um ambiente padrão: o consultório psicológico.A partir do movimento de ampliação das práticas psicológicas de modoque a população como um todo pudesse beneficiar-se do conhecimentoda psicologia, a prática da clínica precisou ser revista, especialmente noque diz respeito ao seu ambiente físico de atuação. Junto a isso, o PBL(Problem Based Learning) preconiza a interação teoria-prática noprocesso de criação do estudante e diversificação dos cenários deprática possibilitando a criação de vários laboratórios de aprendizagem.Assim, criou-se no módulo de Habilidades Específicas em Psicologia VIIIo laboratório de teorias e técnicas psicoterápicas: modalidade deatendimento ao idoso, onde em parceria com uma ONG, o Centro deAtendimento ao idoso (CAI), de Campo Grande, MS, estruturou-se oatendimento clínico aos Idosos, modalidade grupo operativo. Osestudantes elaboram projetos temáticos, utilizando-se das técnicas dedinâmica de grupo adequados à 3º idade visando o trabalho de questõescomo sociabilidade, processo adaptativo, processos psicoafetivos,reconstrução da identidade entre outros. Os projetos são executadosem grupos de mais ou menos 25 idosos. Esses já são previamenteformados e recebem outras modalidades de atuação propiciadas peloCAI. Os estudantes se inserem com a proposta e trabalham por umsemestre com o grupo designado. O atendimento acontece nos locaisde reunião do grupo, em seu próprio bairro de moradia. Este trabalhoacontece há três anos. Os resultados da experiência têm sidosatisfatórios, revelando benefícios tanto para os estudantes, que relatamcrescimento técnico e humano na medida em que lidam diretamentecom o paciente idoso em seu ambiente psicossocial, possibilitando umacompreensão clínica que não deixa de levar em conta questões denatureza social, como para os participantes dos projetos, que indicamcrescimento na adaptação psicossocial, com mais participação nosgrupos, estabelecimento de vínculos de amizades e aumento da rede deapoio social; além da possibilidade de revisão da vida e reconstruçãoidentidária adequada ao seu perfil atual. Conclui-se, a partir dessaexperiência, que a clínica psicológica pode atuar em cenários diversosdo ambiente tradicional, adequando-se as necessidades sociais, semperder suas características essenciais e trazendo benefícios de ordem dodesenvolvimento pessoal e melhora da qualidade de vida da população,bem como uma formação profissional contextualizada com as demandaspsicossociais.

A DRAMATIZAÇÃO DOS ALUNOS DO CURSO DEMEDICINA COMO ESTRATÉGIA PARA ATUAR NAINTERAÇÃO ENSINO E SERVIÇO COMUNITÁRIO JUNTOAO PROGRAMA SAÚDE DA FAMÍLIA, NO MUNICÍPIO DEBOA VISTA, RORAIMA

Alberto Ignacio Olivares Olivares (apresentador), Maria LivoniBezerra de Oliveira de Olivares, Jose Francisco Luitgards Moura,Mauro Luiz Schmitz Ferreira, Helizandro José Lopes Santos, AndréCésar Coelho Rosa da Silva

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE RORAIMA - UFRR

INTRODUÇÃO: a dramatização como metodologia de ensino eaprendizagem, voltada como serviço para a comunidade, é adotada pelaInteração Ensino e Serviço Comunitário (IESC) no início do 1º semestre2006, para os alunos do 1°, 2° e 3° ano do curso de Medicina. Asapresentações são realizadas seguindo o cronograma do curso, comtemas que buscam a reflexão junto à comunidade acerca do SistemaÚnico de Saúde com uma visão integradora entre universidade ecomunidade. OBJETIVOS: desenvolver habilidades de comunicaçãoentre Comunidade e Universidade. Integrar o aluno de Medicina nasações básicas de saúde. Identificar junto à comunidade as necessidadesde saúde. METODOLOGIA: formaram-se grupos de 4 a 5 alunos porafinidade para trabalhar as apresentações dos temas os quais foramapresentadas no laboratório do bloco IV da UFRR, sendo filmadas efotografadas, com ajuda de um projetor multimídia foram mostrados osroteiros da dramatização, para avaliação posterior e montar o acervopara o IESC. Algumas dramatizações foram mostradas para ascomunidades. RESULTADOS: a participação dos alunos do 1° ano foi100%, os alunos do 2° ano tiveram participação de 75% e os alunos do3° ano não participaram. No primeiro momento nossos avaliadoresforam os alunos e tutores, no segundo momento foi à comunidadeque teve participação nesta avaliação mediante questionário anônimoaplicado nas apresentações. Tendo uma aceitação de 100% e levando areflexão as necessidades de saúde existentes na comunidade. Dadosobtidos após avaliação da ficha A revelaram alguns problemas como:drogas, alcoolismo, prostituição (infantil), stress, pouco conhecimentodas doenças sexualmente transmissíveis, poluição do rio, precárioabastecimento de água, esgoto e energia elétrica. CONCLUSÕES: essavivência em novo cenário de atuação possibilitou uma reflexão dosproblemas, tornou a dramatização uma alternativa didática e pedagógicade fácil acesso para os recursos humanos e possibilitou a integraçãoentre acadêmicos de Medicina e comunidade.

CONSTRUINDO ESTRATÉGIAS DE CUIDADO DACRIANÇA E DA FAMÍLIA

Cristina Brandt Nunes (apresentadora), Maria Angélica MarchetiBarbosa, Marisa Rufino Ferreira Luizari

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO DO SUL - UFMS

INTRODUÇÃO: as atividades teórico-práticas da disciplina EnfermagemPediátrica do Curso de Graduação em Enfermagem da Universidade

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Federal de Mato Grosso do Sul, têm como meta contextualizar a criançanos diferentes cenários de prevenção da doença, promoção e atençãoda saúde centrando as ações de saúde na criança e na família. Pensar asituação da criança e da família respeitando aspectos culturais eepidemiológicos exigem do estudante e dos professores mudanças deparadigmas de uma abordagem de transmissão de conhecimento parauma metodologia que permita a participação efetiva de todos os atoresenvolvidos no processo de ensino e assistência. Objetivo: Possibilitar aoestudante de enfermagem vivenciar a prática em diferentes cenários deatenção à saúde da criança em uma abordagem que inclua a família.METODOLOGIA: seleção de cenários diversificados e de estratégiasmetodológicas facilitadoras para a assistência sistematizada à criança e àfamília em comunidades, unidades de saúde, casa de apoio a crianças eadolescentes em situação de vulnerabilidade, escolas, centro deeducação infantil, instituições de atendimento à criança deficiente eunidades de internação hospitalar. RESULTADOS: Maior envolvimentodo estudante com a criança e família e com as estratégias de atenção emsaúde propostas pelo sistema de saúde vigente no país; estabelecimentode vínculo com a comunidade, e a busca por soluções conjuntas àssituações levantadas e a integração do estudante com a equipe de saúde.CONSIDERAÇÕES: a compreensão da necessidade de se pensar a saúdeda criança inserida no contexto social e familiar possibilitou aoestudante elaborar diversas formas de assistir a essa clientelarespeitando sua singularidade e oportunizou propor ações queatendessem às necessidades de saúde encontradas.

DE UMA PRÁTICA ISOLADA EM UM CENÁRIO DE UBS/PSF PARA UMA TEORIA INTEGRADORA NO SISTEMAMUNICIPAL DE SAÚDE

Ney Stival (apresentador), Rosiane Dantas Pacheco, Maria IdalinaMarques Fernandes, Brunno Stival

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UNIDADE DE ENSINO SUPERIOR INGÁ LTDA. - UNINGÁ

O trabalho procura analisar as reais concepções dos técnicos edirigentes responsáveis pelo Programa Saúde da Família e as práticaspor eles desenvolvidas em uma UBS/PSF de Maringá-Pr, no ano de 2006,com a inserção de estagiários da UNINGÁ dos cursos de Fonoaudiologia,Farmácia e Enfermagem, os mesmo relacionaram às aulas teóricas sobreintegralidade as atividades práticas realizadas nesse campo. O estudo éde natureza exploratória, tendo sido entrevistados profissionais desaúde das três áreas de serviço onde os estagiários desenvolvem açõespreviamente determinadas pelo supervisor de estágio no PSF: a unidadede referência da Secretaria Municipal de Saúde de Maringá é no PSF daUBS do Maringá Velho. As ações dos profissionais perante as famílias,concentram-se basicamente no trabalho de prevenção e intervenção. Osresultados demonstraram que as concepções sobre a integralidade seapresentam de maneira distinta para cada entrevistado, a depender dacategoria profissional à qual pertence, e do espaço de produção dasações preventivas. De uma forma geral, os profissionais demonstraramnas entrevistas um grande grau de conhecimento teórico que não era,necessariamente, transportada na prática. As evidências apontaram queexiste um grande interesse e comprometimento da integralidade entreas profissões onde se aproximam os conhecimentos profissionais,relacionando-se à percepção dicotômica, que permanece atrelada àformação predominantemente biologicista, e, em parte, à dificuldade dousuário de saber valer seus direitos de cidadão do SUS.

DESENVOLVENDO PRÁTICAS DE INTEGRALIDADENO CURSO MÉDICO: OS MÓDULOS DE AÇÕESINTEGRADAS EM SAÚDE

Magda Moura de Almeida (apresentadora), Alexandre Alcântara deHolanda, Henrique Luís do Carmo Sá

UNIVERSIDADE DE FORTALEZA - UNIFOR

Os módulos de Ações Integradas em Saúde (AIS) do curso de Medicinada Universidade de Fortaleza (UNIFOR) têm como objetivo primordialpossibilitar o entendimento do aluno para a importância de se exercitara prática médica com uma visão integral sobre o processo saúde-doençaem indivíduos, suas famílias e comunidades, nos mais diferentes níveisde atenção do Sistema Único de Saúde (SUS), durante os oito primeirossemestres do curso. São módulos longitudinais (90 h por semestre),com atividades em comunidades e serviços de saúde concentradas emum turno semanal, mais duas horas de discussões conceituais suscitadaspela experiência assistencial-comunitária. A organização das atividadesdos módulos AIS visa o equilíbrio entre estas ações comunitárias, quepressupõem abordagens de saúde coletiva ou familiar, e atividadesclínicas de cunho individual. Nos dois primeiros anos do curso médico,as atividades ocorrem preponderantemente em âmbito comunitário, nonível de atenção primária à saúde, com forte integração com o modelode saúde familiar. Os espaços de prática são a comunidade do Dendê,no entorno do campus da Universidade, com cerca de 18 mil habitantes;o Centro de Saúde da Família Mattos Dourado; e o Núcleo de AtençãoMédica Integrada (NAMI), policlínica multidisciplinar emultiespecialidades, ambos parte do Complexo de Saúde da Unifor. Épapel dos módulos AIS oferecerem aos estudantes oportunidades paraque vivenciem experiências nos diversos níveis de atenção à saúde, demaneira integrada e multidisciplinar. Tais vivências permitem apercepção da interdependência das ações e dos níveis do sistema, e quea assistência à saúde integral dos cidadãos depende dessa relaçãorecíproca. Uma visão mais abrangente, intensamente contextualizada,assegura a articulação entre a promoção da saúde em nível comunitárioe a prática médica clínica.

ESTUDO DAS ADAPTAÇÕES FISIOLÓGICAS AOEXERCÍCIO FÍSICO

Gabriel Costa Almeida (apresentador), Fabrícia Gomes MonteiroSalles, Carolina Pincelli Carrijo, Giorgia Niwa Pecci, Louise CarolineZangari

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UNIVERSIDADE DO DESENVOLVIMENTO DA REGIÃO DO PANTANAL - UNIDERP

Com o objetivo de sedimentar e correlacionar os conhecimentosteóricos do módulo Funções Biológicas à prática, o LPI (Laboratório dePráticas Integradas) realizou uma atividade para o estudo dahomeostase. Para tanto, foi realizada uma dinâmica do tipo “gincana”,onde poderiam ser observadas, através do exercício e dietas, asrespostas do organismo. Os sinais vitais foram utilizados comoindicadores das funções corpóreas. A turma do primeiro semestre foisubdividida em pequenos grupos de 6 voluntários; o primeirovoluntário foi submetido a dieta seca tendo coletado a urina antes dadieta e após 12 horas; o voluntário 2, ingeriu 1L de água durante 30minutos antes do experimento, coletando a urina antes e depois daingesta; o voluntário 3 coletou a urina antes e depois do esforço físico,estes dois últimos coletaram a amostra durante a prática; o voluntário 4permaneceu em repouso absoluto; o voluntário 5 (grupo controle)manteve sua rotina normal; o voluntário 6 ficou responsável por aferir a

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pressão arterial (PA), freqüência respiratória (FR) e freqüência cardíaca(FC); avaliar os aspectos e densidade urinária; a temperatura; aspectodos corredores e registrar os dados observados. As habilidades deaferição da PA, FC e FR, foram treinadas anteriormente no cenário dasHabilidades Médicas. Para a realização da atividade prática foi utilizada apista de atletismo da universidade, onde os voluntários 3 tiveramaferidos os parâmetros acima citados antes de realizar a prova de 400mrasos e imediatamente após. Durante a prática puderam observar osaspectos fisiológicos de cada sistema, a maneira como interagem etambém evidenciar as variações dos parâmetros observadoscomparando-os com os valores dos diferentes voluntários. Nosencontros subseqüentes, foram entregues perguntas estimuladoras doraciocínio que levassem os alunos a associarem os sistemas orgânicos naadaptação do organismo ao exercício. Estas deveriam servir de base paraconstrução de fluxogramas que foram apresentados no fechamento daatividade. A experiência tornou-os capazes de correlacionar a anatomia,histologia, fisiologia e bioquímica de forma estimulante levando-os àmotivação intrínseca.

INOVANDO OS AMBIENTES DE ENSINO –APRENDIZAGEM NA FORMAÇÃO DE PSICÓLOGOS:A BUSCA DA INTEGRALIDADE

Vera Lucia Kodjaoglanian (apresentadora), Paulo Eduardo Cabral,Cleudir Pereira Barbier

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UNIVERSIDADE DO DESENVOLVIMENTO DA REGIÃO DO PANTANAL - UNIDERP

Desde 2000, trabalhamos na formação de profissionais psicólogos comum Projeto Político Pedagógico que inova na organização curricularintegrada por módulos interdisciplinares e que aplica metodologiasativas de aprendizagem, predominantemente o Problem BasedLearning, PBL em todo o processo de formação. Porém, essas não são asúnicas inovações realizadas neste curso durante os últimos 8 (oito)anos. Considera-se que as diversidades dos cenários de práticasdesenvolvidas no curso transformam em muito a formação puramentetécnica para incluir também uma formação humanizada e voltada paraas questões de cidadania e compromisso social do setor saúde e seustrabalhadores. O programa de Interação Ensino – Serviço – Comunidade(PINESC) é um módulo transversal no curso que eleva o seu grau decomplexidade a cada série e coloca o estudante diretamente emcontacto direto com realidades distintas no campo do setor saúde esaúde mental existente no Sistema Único de Saúde – SUS municipal. Nas1º e 2º séries, os estudantes em grupos de 7 (sete) participam duranteum período semanal em uma Unidade Básica de Saúde (UBS), com oPrograma de Saúde da Família – PSF. Da 3º a 7º séries, os estudantes empequenos grupos realizam atividades durante um período semanal emserviços de saúde mental como; Centro de Doenças Infecto Parasitárias(CEDIP) com Hospital - Dia e Atendimento Domiciliar Terapêutico(ADT); Instituto Médico Legal (IML); Centro de EspecialidadesMunicipais (CEM); Centro de Atenção Psicossocial de Adultos (CAPS);Centro de Atenção Psicossocial de Álcool e Drogas (CAPS Ad); Centro deAtenção Psicossocial (CAPS Infância e Adolescência); Centro de Atençãoao Escolar (CAE); e os serviços de Psicologia e Psiquiatria da Santa Casa.Da 8º a 10º séries os estudantes retornam as UBS/ PSF originais paradesenvolver serviços psicológicos conforme a demanda da comunidadeusuária e de trabalhadores de saúde.

O PROCESSO DE FORMAÇÃO NA REDE DE ATENÇÃOBÁSICA

Sandra Marcia Soares Schmidt (apresentadora), Maria do HortoFontoura Cartana, Vânia Marli Schubert Backes

[email protected] ou [email protected]

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA - UFSC

INTRODUÇÃO: as Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs) propõemmudanças na lógica do processo ensino-aprendizagem, até entãocentrado no professor, nas tecnologias educacionais e em ambientes deprática diferenciados. A lógica proposta nas DCNs evidencia oprotagonismo do estudante em sua formação para o SUS, com odesenvolvimento de competências para a formação generalista. Taisdiretrizes são comuns às profissões da área da saúde e sua formulação,em relação às competências gerais e o perfil do graduado, é quaseidêntica entre os cursos de Enfermagem, Odontologia e Medicina. Ainserção de estudantes e professores em cenários concretos de práticadesde o início dos cursos requer por parte da gestão acadêmica, dagestão dos serviços, de professores, estudantes e profissionais, novasatitudes e planejamento cuidadoso. Trata-se de inserir de maneiraefetiva e eficaz, novos atores nos processos de ensino-aprendizagem ede assistência à saúde. OBJETIVO: este trabalho é um recorte de umprojeto de tese de doutoramento que tem por objetivo analisar comoocorre o processo de formação dos cursos de Enfermagem, Medicina eOdontologia de uma Instituição Federal de Ensino Superior em cenáriosde prática da Atenção Básica. METODOLOGIA: está sendo utilizado ométodo de estudo de caso, com técnicas de observação participante, aanálise dos documentos, grupos focais e entrevistas. RESULTADOS:analisando o Projeto Político Pedagógico (PPP) e considerando asobservações nos cenários de práticas, observou-se que há contradiçõesentre estas duas fontes de dados. Enquanto nos PPPs estão explicitadosos aspectos recomendados pelas DCNs, nos cenários de prática a lógicado processo ensino-aprendizagem é diferente. Nestes últimos percebe-se que existe distanciamento entre o ensino, pesquisa, extensão eassistência; o trabalho em equipe multiprofissional não existe; aintegração ensino-serviço acontece apenas no período de atividadespráticas, sem planejamento prévio nem avaliação conjunta dasatividades. CONCLUSÕES: Embora os resultados ainda sejampreliminares, já apontam a necessidade de rever esses aspectos noprocesso de ensino-aprendizagem dos três cursos e na gestão dosserviços. Percebe-se também a necessidade de criação de espaçoscoletivos de diálogo entre o mundo da escola e o mundo do trabalhopara efetivação das propostas das DCNs, com reflexos na qualidade daformação e da assistência à saúde.

O PROGRAMA DE SAÚDE DA FAMÍLIA (PSF)COMO CENÁRIO DE ENSINO/APRENDIZAGEM NAUNIVERSIDADE DO PLANALTO CATARINENSE(UNIPLAC) E NA FACULDADE DE MEDICINA DEMARÍLIA (FAMEMA)

Maria Cristina Mazetti Subtil (apresentadora), Rinaldo HenriqueAguilar da Silva

[email protected]

UNIVERSIDADE DO PLANALTO CATARINENSE - UNIPLACFACULDADE DE MEDICINA DE MARÍLIA - FAMEMA

INTRODUÇÃO: a UNIPLAC e a FAMEMA desenvolvem um currículocentrado no estudante e orientado à comunidade, tendo como eixoscentrais as Metodologias Ativas de Ensino Aprendizagem -Aprendizagem Baseada em Problemas (ABP) e Problematização. Alémdisto considera o Sistema Único de Saúde (SUS) com seus princípios de

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integralidade, equidade e universalidade o balizador da construção doconhecimento à partir da prática profissional, promovendo a formaçãode profissionais críticos e reflexivos que possam respondersatisfatoriamente às demandas da sociedade. OBJETIVO: apresentar oPSF como cenário de ensino/aprendizagem dos cursos médicos daUNIPLAC e Famema descrevendo algumas fortalezas e fragilidadesencontradas. MATERIAL E MÉTODOS: foi realizada uma análise históricados documentos institucionais (currículo, avaliações dos estudantes,docentes e portfólio reflexivo) bem como utilização de depoimentoscolhidos durante oficinas de capacitação. RESULTADOS: o PSF comocenário de ensino/aprendizagem em ambas instituições possibilitou arecuperação da escuta integral do outro, a identificação dasnecessidades de saúde das pessoas, famílias e comunidade. Além disto,ampliou as concepções das práticas de saúde possibilitando o trabalhoem equipe com forte potencial dialógico entre docentes, discentes,serviço e comunidade. As principais fragilidades detectadas referem-se àdificuldade na construção atenta do vínculo no trabalho multidisciplinare na dissociação entre os cenários de ensino/aprendizagem PSF eTutorias. CONSIDERAÇÕES FINAIS: a pontencialidade da vivência doPSF como cenário real de ensino/aprendizagem, trabalhada sobmetodologias ativas e em equipe multiprofissional, deflagra umapercepção integrada da pessoa e permite a construção de saberes parauma nova prática profissional.

PREVALÊNCIA DE DEPRESSÃO EM IDOSOS EFATORES ASSOCIADOS: UM ESTUDO REALIZADO NACOMUNIDADE POR ALUNOS DE ENFERMAGEME MEDICINA

Vera Lúcia Ribeiro de Carvalho (apresentadora), Ana Paula Passareli,Thalita Cristiane Silva de Oliveira, Joice de Souza Jardim, MarianaSalles Rocha, Ingrid Ribeiro do Nascimento

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA - UEL

Tendo em vista a necessidade da integralidade das ações de saúde,torna-se importante preparar o futuro profissional de saúde para umtrabalho multiprofissional e em equipe. Com o objetivo de promoveruma prática interdisciplinar, estudantes de medicina e enfermagemrealizaram pesquisa com finalidade de estimar a prevalência de sintomasdepressivos e fatores associados em idosos. Foi realizado um estudotransversal de base populacional cujo projeto foi construídocoletivamente pelos integrantes dos dois cursos e pelos docentes domódulo PIN 2 (Prática de Interação ensino-serviço-comunidade). Apopulação foi composta por indivíduos de sessenta anos ou maisresidentes na área de abrangência da UBS Piza, no município deLondrina (PR), no ano de 2006. Para a realização da entrevista os alunosforam treinados por um docente. Utilizou-se questionário e escala dedependência (KATZ) e geriátrica de depressão (EDG-15). Os dadosforam processados e tabulados por meio do programa Epinfo 2000. Estetrabalho foi aprovado pelo comitê de ética da UEL. Dos 103 idososentrevistados, 60,9% eram do sexo feminino, a maioria tinha entre 60 e74 anos, embora 35,0% tivessem convênio médico, 96,1% utilizavam aunidade básica de saúde da área. A prevalência de depressão foi de22,4%, resultado semelhante ao da literatura. Ao contrário de outrosestudos, a maior prevalência de depressão foi entre idosos do sexomasculino. Os fatores associados à depressão foram: escolaridade, classeeconômica, nível de dependência e a participação em atividadescomunitárias. Conclui-se que a depressão em idosos é um problema desaúde pública e que atividades na comunidade estão relacionadas aomenor número de idosos com sintomas depressivos. A realização dapesquisa por equipe multiprofissional proporcionou a aplicação prática

do conhecimento adquirido em cenários diferentes aos das salas deaula. Foram destacados pelos alunos resultados positivos relacionadosao aprendizado, à integração dos dois cursos envolvidos, bem como otreinamento para um olhar mais abrangente da situação de saúde.Sugere-se ao serviço de saúde pesquisado a criação e implementação deequipes multiprofissionais que incentivem e apóiem a realização deatividades comunitárias nesta região.

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Participação do estudante nos processos de mudança acadêmica

A PARTICIPAÇÃO DISCENTE NA CONSTRUÇÃO DE UM NOVOMODELO DE ATENÇÃO À SAÚDE ATRAVÉS DA INSERÇÃO NAREDE DOCENTE ASSISTENCIAL

Thaís Fávero Alves (apresentadora), Lucas Alexandre Pedebôs

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA - UFSCCENTRO ACADÊMICO LIVRE DE ENFERMAGEM

A representação estudantil do Centro Acadêmico Livre de Enfermagemesteve presente durante toda a transição do Programa DocenteAssistencial para Rede Docente Assistencial. Dessa forma, estáinformado e participativo nos processos de mudança curricular nãosomente da Enfermagem, mas também, de outros cursos jápreocupados em atender de forma mais eficaz às necessidades dapopulação brasileira usando de uma visão generalista,integral eigualitária. Presentes nessas reuniões, pudemos complementar, com avisão discente, o planejamento das formas de inserção de estudantes,docentes e articulação dos mesmos com os profissionais e outros cursosem estágio nas Unidades Locais de Saúde e Hospital Universitário emFlorianópolis, focando sempre a participação estudantil nos espaços dedebate para melhoria da estruturação e conformação da Rede, egarantindo que a atenção à saúde da população estivesse sempre comocentro dessas mudanças. Podemos afirmar, então, que as principaisconquistas dessa participação estudantil nas reuniões da Redeultrapassam de forma notável as questões de gestão e formação decomissões, chegando ao âmbito de integração com outros cursos,articulação de reuniões e discussão de pautas e projetos fora do horárioconvencional, e contribuição para a melhoria da assistência em saúde,trazendo sempre consigo a preocupação com os interesses dapopulação e o retorno que daríamos enquanto acadêmicos e futurosprofissionais de saúde. O momento de transição pelo qual passa asaúde brasileira exige que as Escolas formadoras de profissionaisatuantes na área estejam atentas e preocupadas com a reestruturação eadaptação dos cursos às reais necessidades da população. Entendemosque não há meios de se fazer mudanças relevantes nesse aspecto sem aconstrução coletiva das formas de ensino e aprendizagem entredocentes, discentes e povo, o foco do nosso cuidado, sendo a inserçãoestudantil fundamental para que a rede de atenção à saúde sejaconstituída de competências pertinentes, bem elaboradas, construídasconjuntamente, e de forma alguma, impostas.

ABORDAGEM DA SEXUALIDADE NA CONSULTA MÉDICA

Juliana Silva Dias (apresentadora), Maria Angélica Bonfim Varela

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UNIVERSIDADE DO GRANDE RIO

O presente estudo foi motivado por incessante inquietação duranteexperiência vivida durante o sexto período da faculdade de Medicina noambulatório Jamil Sabra da UNIGRANRIO e no internato quando passeipela cadeira de ginecologia no Hospital Municipal Maternidade deXerém. Durante as consultas médicas, na anamnese, sempre abordava opaciente sobre sua vida sexual com muita naturalidade e respeito, elesse sentiam a vontade para falar sobre a sua sexualidade. Mas quandorelatava nos round que eram realizados após as consultas sobre a saúdesexual e reprodutiva dos pacientes que atendia, vi a perplexidade dos

colegas e preceptores sobre essa abordagem. Isto me trouxe oquestionamento sobre a função do médico com relação a sexualidadedos pacientes que cuida. Observei a discrepância que há entre asnecessidades da população sobre assuntos ligados a sexualidade e aforma de conduzir esses questionamentos pelos médicos. Por estarmosnos graduando na área de saúde nos é de dever prevenir as doenças enão apenas tratá-las. Desta forma faz-se necessário que o médico vençaseus tabus e preconceitos para que possa escutar seu paciente sobre asua sexualidade. Destacam-se, a perspectiva de uma proposta depromoção de saúde sexual e reprodutiva, por meio dos cuidados com opróprio corpo que requer informações adequadas, atitudes preventivase acesso a serviços de saúde com médicos preparados para abordarsobre a sexualidade.

GESTÃO CONJUNTA DO INTERNATO MÉDICO NORTEADAPELAS AVALIAÇÕES - FEPAR

Izabel Cristina Meister Coelho (apresentadora), Patrícia Tempski,Guilherme Souza Cavalcanti de Albuquerque, Ricardo Rydygier deRuediger, Aristides Schier da Cruz, Ivan Jose Bartolomei Paredes

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FACULDADE EVANGÉLICA DO PARANÁ

As DCNs (2001) visam a formação de médicos mais reflexivos epreparados a atuarem pautados em princípios éticos, como promotoresda saúde integral dos seres humanos. Desde 2004, o curso de Medicinavem promovendo mudanças em seu Internato com intuito deoportunizar novos métodos de aprendizagem. O Internato Médico comduração de um ano e seis meses, antes composto de seis fases, passouas cinco grandes áreas do conhecimento médico. Incluídas atividades detodos os níveis de atenção e privilegiou-se o ensino de temas gerais,subtraindo-se dos programas, ambulatórios e visitas a enfermarias deserviços especializados. Em 2005 iniciamos a avaliação do InternatoMédico, implantando-se a avaliação conjunta da coordenação do cursoe dos coordenadores de estágio (ACCcCe), avaliação on-line dosdocentes(APDo) e avaliação conjunta da coordenação do curso einternos(ACCcI). Cada etapa visou observar pontos estratégicos daestrutura física e acadêmica dos estágios. A ACCcCe realizada em 2005sugeriu possíveis fatores de agregação: a implantação de reuniõesmensais entre os coordenadores de estágio e coordenação do Internatopara debater estratégias de ensino, mediar conflitos e acompanharinternos com dificuldades; maior contato entre coordenação do curso ecoordenadores de estágio. A decisão de consenso foi extinção do cargode coordenador do Internato e a instituição das reuniões propostas. AAPDo mostrou a necessidade: de rever locais de estágio para permitirmelhor aprendizado; de atualizar metodologias; de mudança de posturana relação entre internos e alguns docentes. Optou-se por semináriosperiódicos para debater metodologias e ética das relações docentes ediscentes, como parte das atividades do Internato, com objetivo depermitir momentos de interação. Estes seminários aprovaram epermitiram a implantação da ficha de avaliação de habilidades e atitudes.Ainda, novos locais de estágio para propiciar aprendizado maisadequado. ACCcI mostrou a necessidade: de rever a forma de avaliaçãodos internos, que buscavam um preparo maior para as provas deResidência; de reduzir as atividades teóricas em forma de aulaexpositiva, antes 20% do estágio por estudo de casos clínicos

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problematizados; de propiciar momentos de debate sobre bioética emercado de trabalho. Todas acatadas pela gestão. As avaliações ocorrema cada mês (CcCe) e anualmente com internos de 3º rodíziodemonstrando a importância da avaliação como promotora demudanças.

POTENCIALIZANDO O PAPEL SOCIAL DA UNIVERSIDADE:UTILIZANDO COMO ESTRATÉGIA A FORMAÇÃO DA LIGA DESAÚDE DA FAMÍLIA E COMUNIDADE

Aldir Guimarães Dias (apresentador), Caroline Bersot Baptista, JoãoPaulo Ferreira Manzo, Saulo Duque, Daniel Soranz, Vera Pacheco

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FUNDAÇÃO EDUCACIONAL SERRA DOS ÓRGÃOSCENTRO UNIVERSITÁRIO SERRA DOS ÓRGÃOS

INTRODUÇÃO: a atuação das Ligas Acadêmicas de Medicina vemcrescendo de forma constante em todos os estados brasileiros. As Ligassão entidades que congregam médicos docentes, residentes eestudantes de Medicina. Em várias regiões do Brasil, exercem funçãoimportante nos serviços de saúde, agregando valores à formação dosestudantes nas áreas de pesquisa, extensão e assistência à comunidade.OBJETIVOS: discutir a implementação da Liga de Saúde de Família eComunidade no Centro Universitário Serra dos Órgãos (LSFC-UNIFESO). MATERIAIS E MÉTODOS: relato de experiência daimplantação da Liga de Saúde de Família e Comunidade, utilizando apercepção dos alunos membros. PRINCIPAIS RESULTADOS: caracterizara Liga como um aliado para promover o bem-estar da população deTeresópolis, foi uma das estratégias para a sensibilização e apoio dediversas instituições. Com o apoio inicial do residente de Medicina deFamília e Comunidade e da disciplina de saúde coletiva definimosobjetivos de atuação e uma proposta de trabalho. Foi construído umestatuto próprio que valoriza a autonomia do estudante e a construçãodo conhecimento na área, a partir das necessidades da comunidade emconsonância com a política nacional de atenção básica, que caminha emdireção a mudanças tanto nas práticas de atenção e controle social comode formação em saúde. Hoje a Liga tem como parceiros as diversascoordenações de cursos da UNIFESO, a prefeitura de Teresópolis, aSecretaria de Estado da Saúde do Rio de Janeiro, a Sociedade deMedicina de Família e Comunidade e a Liga Estadual de Medicina deFamília e Comunidade. Com uma abordagem multidisciplinar, permite aassociação de estudantes e profissionais das diversas áreas deconhecimento que possam contribuir de forma dialética participativa enão assistencialista para a estratégia de saúde da família.CONSIDERAÇÕES FINAIS: a iniciativa dos acadêmicos da UNIFESO naformação da Liga e a vontade de participação como ator do sistemacontribui para potencializar o papel social da universidade na formaçãoem saúde através do desenvolvimento do senso crítico e daresponsabilidade social, e do compromisso com a cidadania a partir depráticas reflexivas.

REFORMULAÇÃO DO INTERNATO DO CURSO DE MEDICINA:A IMPORTÂNCIA DA PARTICIPAÇÃO DISCENTE

Júlio César Soares Aragão (apresentador), Ronel Mascarenhas e Silva,Emmanuel Moraes Antunes, Rafael Torrezan Risk Eid

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ESCOLA DE CIÊNCIAS MÉDICAS DE VOLTA REDONDA

INTRODUÇÃO: o Internato do nosso curso de Medicina pode serapontado como exemplo entre as escolas médicas de nosso País sobvários aspectos. Nossa instituição foi pioneira em implantar o Internatoem 2 anos. Infelizmente, o pioneirismo a que nos referimos

anteriormente trouxe algumas desvantagens, que impuseram umdesgaste nos processos do nosso Internato. OBJETIVOS: reconduzir oInternato em Medicina à sua vocação inovadora, reformulandopropostas e processos com participação discente. METODOLOGIA: oDiretório Acadêmico organizou uma Comissão de Internato, constituídapor acadêmicos do 5° ao 12° período e diretores do DiretórioAcadêmico, sendo levantadas as necessidades do alunado, que foramlevadas á Coordenação do Internato e do curso de Medicina, sendoavaliadas em sua operacionalidade e factibilidade. Este processoresultou na reestruturação do Internato, com sequenciamento dosMódulos, permitindo que cada semestre a partir do 9º período fossecomposto por 02 módulos a partir de agosto de 2007 e criação de umnovo módulo obrigatório de Clínica Médica (além do já existente).Paralelamente propomos a criação de um módulo de disciplina opcionalonde o aluno poderia repetir um dos módulos obrigatórios, à suaescolha. A possibilidade de realizar este período fora da IES tambémpode ser contemplada, pois a legislação permite esta situação (25% doInternato). A implantação do processo será levada a termo de acordocom a progressão dos novos alunos no curso e permitindo que osmódulos seqüenciados substituam paulatinamente a atual distribuição.AVALIAÇÃO: além das reformas, estaremos trabalhando ogerenciamento dos módulos, estabelecendo padrões de avaliaçãouniformes e comuns a todos, criando indicadores de qualidade pormeio de avaliações do desempenho dos módulos pelos discentes quepropiciarão a formação de uma série histórica e comparativa de cadamódulo. A meta gerencial estabelecida para este projeto é atingir 50% deavaliações positivas pelos discentes do Internato em dezembro de 2007,60% em agosto de 2008 e um mínimo de 75% a partir de janeiro de2009.

RENOVANDO A NOSSA ESCOLA: (RE) CONSTRUINDOCOLETIVAMENTE O CURRÍCULO DA ESCOLA DE MEDICINA

Sandra Pereira Impagliazzo (apresentadora), Mônica de CássiaFirmida, Francisco Barbosa Neto, Ivan Dias Ferreira, Homero Luis deAquino Palma, Daniel Lima Soares

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UNIGRANRIO

INTRODUÇÃO: o projeto pedagógico das Escolas Médicas deve serpermanentemente discutido e construído coletivamente, envolvendo osdirigentes das IES, gestores das escolas, docentes e discentes. Estaconstrução coletiva é essencial para que se possa efetivamente atingir osobjetivos preconizados pelas Diretrizes Curriculares. OBJETIVOS: aEscola de Medicina da UNIGRANRIO passará, ainda neste ano, peloprocesso de renovação de reconhecimento pelo MEC. Preocupadoscom este processo e, principalmente, com a melhoria e consolidação doprojeto pedagógico e da estrutura curricular da Escola, o CentroAcadêmico Valter Malully/CAVAM solicitou a alguns docentes que osajudassem a participar ativamente deste processo. A partir destasolicitação foram organizadas oficinas com o objetivo de discutir com osalunos as Diretrizes Curriculares e o Projeto Pedagógico da Escola.METODOLOGIA: foram organizadas 04 oficinas com as liderançasestudantis da Escola. As temáticas das oficinas foram: (1) DiretrizesCurriculares; (2) Projeto Pedagógico (3) Instrumento de Avaliação doMEC e (4) Construção de soluções para os problemas identificados. Asoficinas aconteceram semanalmente, com duração de duas horas.Participaram das oficinas, além dos alunos, duas docentes e o diretor daEscola. RESULTADOS / INTERVENÇÃO: as oficinas subsidiaram aslideranças estudantis e a direção para a realização de uma avaliação doprojeto pedagógico e da estrutura curricular, não apenas sob a luz doinstrumento de avaliação do MEC, mas especialmente, a partir decritérios como qualidade do ensino e adequação do projeto e do

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currículo às Diretrizes Curriculares. CONCLUSÕES /ENCAMINHAMENTOS: a realização das oficinas possibilitou uma maioraproximação de uma construção coletiva e compartilhada do projetopedagógico. Este é um processo difícil e, em geral, percebido pelasgestões das IES e das escolas médicas como perigoso.Tradicionalmente o aluno é visto mais como um empecilho e umaameaça. Entretanto esta experiência da Escola de Medicina daUNIGRANRIO apontou para a relevância desta construção coletiva.

TODA A HONRA PARA VIVER TODA A DIGNIDADE PARAMORRER

Stella Matutina do Socorro Teixeira Dias (apresentadora), NilceMarzolla Ideriha, Kathia Regina Xavier do Valle

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CENTRO UNIVERSITÁRIO DO ESPÍRITO SANTO - UNESC

A promoção de saúde tão difundida na atualidade, contemplaprincipalmente de terminada camada da população mundial que, naverdade, precisa de orientações, informações para que, se estiveremdoentes, se curem na medida do possível e se não estiverem, que nãofiquem. Mas, na observação aguçada de profissionais acostumados alidar com população carente, onde está o nosso olhar promocional emsaúde para o paciente fora de possibilidades terapêuticas? Baseadosnestas observações, o curso de Medicina do UNESC definiu um projetode extensão e pesquisa onde grupos de 04 alunos acompanham famíliaspreviamente definidas e analisadas, para estudar o comportamento dopaciente, bem como de seus familiares e, nesse ínterim, através deanálise, elaborar um plano de ação que contemple a qualidade de vidaao paciente e também de suporte aos familiares que já estão certamenteesgotados; por que sabemos que uma doença em família,principalmente estas com prognósticos reservados, rompe com todo oequilíbrio familiar. A metodologia é bem simples, o cuidado é bastanteprivilegiado na seleção dos alunos. Para participarem passam pordinâmicas com a visão "eu e o mundo" versus "eu e o paciente"; utiliza-se a música como ferramenta pedagógica e esta se tornou a inspiradorade todo o projeto-Alma (Pepeu Gomes) "Alma ,deixa eu ver a sua alma;deixa eu tocar a sua alma com a epiderme de minha mão". Temos ouvidodepoimentos de alunos com uma frase que traduz todo o sucesso doprojeto: "Eu toco em você, porque eu não posso fazer mais nada a nãoser mostrar que estou aqui". Constitui-se de visitas domiciliarespermeadas por grupos de estudo dos casos; onde são trocadasexperiências e sugestões; o respeito à individualidade do paciente efamiliar é mantido acima de qualquer aspecto, salvo quando acontecemcasos que afetam a segurança dos pacientes em questão. Os resultadosconstatados tem sido satisfatórios e além dos alunos terem muitariqueza de material para pesquisarem o lado humano que se revela éde uma grandeza espiritual que tem surpreendido a todos oseducadores. Alunos que pareciam totalmente insensíveis setransformam em seres humanos dispostos a ajudar e a criar um mundomenos desigual e mais harmonioso.

62 • Londrina, v.14, n.2, p.60-62, jul./dez. 2007 • OLHO MÁGICO

A N A I SA N A I S

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Trabalho em rede

EXPERIÊNCIA INICIAL COM O USO DE PORTIFÓLIO VIAINTERNET NO INTERNATO DE CIRURGIA

Eduardo Tomaz Froes (apresentador), Alexandre Sampaio Moura,Iure Kalinine Ferraz de Souza, Aline Maria Chaves Franco, TatianaViegas Rangel

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UNIVERSIDADE JOSÉ DO ROSÁRIO VELLANO - UNIFENAS

O Aprendizado Baseado em Problemas é a metodologia empregada noCurrículo da graduação Universidade de Medicina daUNIFENAS/Campus Belo Horizonte. Durante o internato de cirurgia queocorre no início do quinto ano letivo os alunos devem construir umportifólio com os casos vistos durante o Internato, onde ele se torna uminstrumento de acompanhamento da evolução dos alunos assim comoum local de trocas de experiências e dúvidas entre os alunos e oprofessor. Portifólio pode ser definido como o instrumento utilizado porum profissional para demonstrar seu trabalho. No Internato daUNIFENAS-BH, a utilização do portifólio permite ao aluno documentarseu processo de aprendizagem e refletir sobre as experiênciasvivenciadas durante este período. O portifólio deverá conter registrodos diversos casos acompanhados, dos procedimentos realizados, dasleituras realizadas, das impressões pessoais e dos sentimentosdespertados nos alunos. O instrumento disporá também de espaço parao aluno se auto-avaliar periodicamente e registrar seu plano dedesenvolvimento pessoal contendo objetivos individuais deaprendizagem. O portifólio fará parte da avaliação do aluno no internatoe será a base para o feedback periódico a ser realizado pelo supervisordocente. MÉTODO: foi construído um site (BLOG) onde os alunos secadastram e têm acesso e onde eles constroem o seu portifólio. Esteespaço é empregado para discussão dos casos através de comentários edúvidas da comunidade de alunos. Neste trabalho discutimos asvantagens, desvantagens e dificuldades do emprego deste método deaprendizagem.

UTILIZAÇÃO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA VIA INTERNET PARAO ESTUDO INDEPENDENTE

Eduardo Tomaz Froes (apresentador), Iure Kalinine Ferraz de Souza,Antônio Carlos Cioffi, Antonio Carlos C. Toledo Junior, LuanaCarolina Ferreira Fiúza, Rodolfo Terra Sales

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UNIVERSIDADE JOSÉ DO ROSÁRIO VELLANO - UNIFENAS

Na Faculdade de Medicina UNIFENAS adotamos a educação a distância(EAD) no estudo independente dos blocos, ou seja, aqueles alunos quenão tiveram o aproveitamento exigido, fazem novamente o blocoestruturado a distância e no formato semipresencial. A Internet foi aplataforma escolhida para ser ministrado. O objetivo é fazer com que osalunos repitam os blocos, os quais não foram atingidos o mínimonecessário de aproveitamento, de forma semipresencial. O curso se fazde forma semipresencial, ou seja, um tutor previamente escolhido etreinado nas ferramentas utilizadas, tem encontros presenciais com osalunos além de acompanhá-los ao longo do curso. Todo material a serutilizado na EAD é formatado e produzido por uma equipe compostapor médicos com treinamento e experiência em EAD, designer gráfico,

especialistas em animação gráfica e em ferramentas de comunicaçãopela Internet, conjuntamente com os professores da UNIFENASresponsáveis. Todos os objetivos teóricos previstos no bloco propostosão respeitados, somente modificando e a adaptando as aulas àsferramentas disponíveis. A produção de vídeo, cirurgias, fotografias depeças anatômicas e ou lâminas de patologia e histologia é realizadapelos médicos com experiência em EAD. O curso é ministrado em umAmbiente Virtual de Trabalho, desenvolvido especificamente para asnecessidades do curso, como o bate-papo, fórum de discussão, agendaeletrônica, exercícios para treinamento tanto de questões abertas e demúltipla escolha etc. Além disso, são produzidos aulas com áudio eimagem, filmes de aulas práticas e animações gráficas semprerespeitando os objetivos propostos para aquela unidade. Algunsencontros presenciais são marcados pelo professor para treinamentosdas habilidades, revisão de aulas práticas. Uma ferramenta paraconstrução de mapas foi desenvolvida para ser utilizada via internet. Oacompanhamento dos alunos é feito de forma presencial e eletrônica.Análises de freqüência de entrada no sistema, aulas assistidas,participação na discussão, etc podem ser vistos dentro das ferramentasde acompanhamento dos alunos e assim se ter uma avaliação global dosalunos. A avaliação do conteúdo ministrado é feito de forma presencialpor prova escrita usualmente utilizada na graduação. Após cada blocoministrado é realizada uma avaliação por parte dos alunos dametodologia, participação do professor e das ferramentas e aulasdisponibilizadas.

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OLHO MÁGICO • Londrina, v.14, n.2, p.63, jul./dez. 2007 • 63

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